Rendimentos à escala
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Rendimentos à escala:
Reflectem a resposta do produto total quando todos os factores aumentam
proporcionalmente.
Os rendimentos constantes à escala:
Referem-se ao caso em que uma variação de todos os factores leva a uma
variação proporcional da produção. Por exemplo, se o trabalho, a terra, o capital e
outros factores duplicam, então, sob rendimentos constantes à escala, a produção
deverá também duplicar.
Os rendimentos crescentes à escala:
Ocorrem quando um aumento de todos os factores produtivos leva a um
aumento mais do que proporcional do nível de produção. Por exemplo, uma fábrica
faz um planeamento em que aumenta 10% os factores de trabalho, capital e
matérias-primas, mas a fábrica começa a produzir mais de 10%o produto total.
Os rendimentos decrescentes à escala:
Ocorrem quando um aumento proporcional de todos os factores de produção
leva a um aumento menos do que proporcional do produto total. Por exemplo uma
empresa de produção eléctrica que descobriu que quando as centrais se tornavam
muito grandes, o risco de falha das centrais era muito maior.
Classificação do tempo para os economistas:
Curtíssimo prazo: Período de tempo tão curto que não permite qualquer
alteração da produção.
Curto prazo: Os factores variáveis, matéria primas e trabalho podem ser
ajustados.
Longo prazo: Todos os factores produtivos (incluindo o capital) podem ser
alterados.
A função de produção depende da tecnologia utilizada:
O progresso tecnológico permite produzir mais com a mesma quantidade de
factores. O progresso tecnológico refere-se à alteração da tecnologia (novos
produtos, melhorias nos produtos antigos, alteração nos processos de produção…)
Produtividade de um factor:
É o mesmo que o produto médio do factor, por exemplo a produtividade do factor
de trabalho em uma região ou área geográfica.
Aula VII
Custo total (CT):
Representa a menor despesa monetária total necessária para produzir cada nível
de produção em quantidades. O CT aumenta quando q aumenta.
CT = CF + CV
Custo Fixo (CF):
Representa a despesa monetária que é suportada, mesmo que não haja qualquer
produção; o custo fixo não é afectado por qualquer variação da quantidade
produzida (rendas, salários fixos, etc.).
Custo Variável (CV):
Representa a despesa que varia com o nível de produção – como matérias-
primas, salários e combustíveis – e inclui todos os custos que não são fixos.
Custo Marginal (CMa):
Representa o custo adicional, ou suplementar, que ocorre quando a produção
adicional de uma unidade de produto. Por exemplo, considere que uma empresa
está a fabricar 1000 discos compactos, com um custo total de 10.000€. Se o custo
total para produzir 1001 discos for de 10.006€, então o custo marginal de
produção do 1001º disco é de 6€. Basicamente o custo marginal de produção é o
custo adicional decorrente da produção de 1 unidade adicional.
Custo Médio (CMe):
É o custo total dividido pelo número total de unidades produzidas.
CMe = CT / q
Custo Fixo Médio (CFM):
É o custo fixo dividido pelo número de unidades produzidas. O custo fixo é uma
constante, se a dividirmos pela produção crescente, obtemos uma curva
continuamente decrescente.
CFM = CF / q
Custo Variável Médio (CVM):
É igual ao custo variável dividido pela produção. Graficamente diminui primeiro
e depois aumenta.
CVM = CV / q
Exemplo:
Utilizemos o exemplo do bananal descrito na aula 6:
Consideremos que o salário dos
trabalhadores é de 10€. Um
trabalhador apanha 10 cachos, logo
o custo médio por cacho é de 1€. O
custo do trabalho é de 10€. Se
contratarmos mais um
trabalhador, os dois trabalhadores
apanham 18 cachos. O custo do
trabalho é de 20€. O custo médio é de 20/18 = 1,11€. Agora calculemos o custo
marginal que será o aumento de custo para produzir mais um cacho de bananas.
Então será entre os 10 cachos e os 18 cachos: 10/8 = 1,25€. Podemos repetir os
cálculos aumentando a produção e o factor de trabalho.
Agora consideremos o seguinte quadro:
Vamos estipular uma renda de 10€, isto seria o nosso custo fixo que não
depende da quantidade produzida, e o nosso custo variável o ordenado dos
trabalhadores que vamos contratando. Aqui podemos observar já inseridos os
custos marginais, os custos médios, fixos médios e variável médios, mediante as
formulas apresentadas na página anterior.
Função custo: É a despesa mínima necessária para produzir uma dada
quantidade. C = C (Q).
Representação
gráfica dos custos:
A função custo está relacionada com a função de produção:
Factores: Capital (K) e Trabalho (L)
Função de produção: Q = Q (K,L)
Função Custo: C = C (Q) = rK + wL
Lei dos rendimentos decrescentes e os custos marginais crescentes:
Regra do custo mínimo: Para produzir um determinado nível de produto ao
custo mínimo, uma empresa deve comprar os factores produtivos até que tenha
igualado o produto marginal por unidade monetária gasta em cada factor
produtivo. Isto implica:
Por exemplo utilizando os factores K e L que:
Produto Marginal de L/Preço de L = Produto marginal de K/Preço de K
Ou Preço de K/Produto Marginal de K = Preço de L/Produto Marginal de L
Para os economistas todos os custos devem ser incorporados, mesmo se os
factores pertencerem ao próprio usando-se a noção do custo de oportunidade.
Aula VIII
Vamos começar esta aula com o exemplo da aula anterior:
Vamos supor que está inserido num mercado de concorrência perfeita. As
quantidades que oferecemos não alteram o preço e o pior que pode acontecer é
não produzir e ter que pagar os custos fixos, ou seja ter um prejuízo igual aos
custos fixos. Nós vamos procurar maximizar o Lucro (π).
Definição do Lucro: Em contabilidade designamos o lucro como a diferença
entre as receitas menos os custos adequadamente imputados aos bens vendidos.
Na teoria económica designamos o lucro como a diferença entre as receitas das
vendas e o custo de oportunidade total dos recursos envolvidos na produção dos
bens.
Receita = P x Q; Custo = Custo Total e π = Receita – Custo
Vejamos o que acontece com um preço a 0,5€:
Como podemos observar a um preço
de 0,5€ obtém-se prejuízo em todas as
fases de produção, porém prefere estar
encerrado e ter um prejuízo de 10€. A
oferta é nula abaixo do mínimo dos
custos variáveis médios porque se a empresa não produzir nada, se encerrasse,
apenas teria como prejuízo os seus custos fixos. Isto é conhecido como Regra de
encerramento, isto ocorre quando as receitas apenas cobrem os custos variáveis
ou quando os prejuízos são iguais aos custos fixos. Quando o preço desce abaixo do
nível em que as receitas são iguais aos custos variáveis, a empresa minimizará os
seus prejuízos com o encerramento. O ponto crítico acontece quando preço = CMe.
Q R CT Π
0 0 10 -10
10 5 20 -15
18 9 30 -21
24 12 40 -28
Agora considerando o preço a 2€
podemos observar que temos lucro em
algumas fases da produção, no entanto, a
empresa produzirá só 24 unidades do
bem, pois é ali em que consegue
maximizar o lucro.
Representação gráfica da curva da oferta:
P
2
1
10 24 Q
No caso de uma função custo é a despesa mínima necessária para produzir uma
dada quantidade. C = C (Q).
A oferta: Coincide com a
curva dos custos marginais
(crescente) acima dos custos
variáveis médios (mínimo). P=
Cma; no longo prazo, como não
existem custos fixos, é em tudo
idêntico mas será acima dos
custos totais médios (mínimo).
Condição de encerramento
Q R CT Π
0 0 10 -10
10 20 20 0
18 36 30 6
24 48 40 8
28 56 50 6
P Q 0,5 0 1 10 2 24
No caso do Monopólio:
Para vender mais quantidades o seu preço tem que diminuir, isto provoca que a
receita adicional não é igual ao preço. Para vender mais uma unidade o preço de
todas as unidades vendidas anteriormente desce.
Exemplo: A procura é dada por Q = 1000 – 100P
P = 1 Q = 900 R = 900 e P = 2 Q =800 R = 1600
A receita marginal total = 900 – 1600 = -700
Ao fazermos a análise custo benefício:
Benefício: A receita marginal por unidade vendida.
Custo: O custo marginal por cada unidade produzida.
Para produzir o custo marginal não pode ser superior à receita marginal.
Condição de Maximização do Lucro:
O preço e a quantidade que maximizam o lucro de um monopolista ocorrem
quando a receita marginal iguala o custo marginal:
RMa = CMa, em preço e quantidade equilíbrio (P* e q*) máximo de lucro.
O lucro máximo ocorrerá quando a produção se encontrar no nível em que a
receita marginal da empresa seja igual ao seu custo marginal.
Observemos o seguinte quadro em que calculamos a receita marginal:
Neste quadro vamos observar a maximização do lucro quando RMa = CMa:
Agora observemos graficamente:
Lucro
Custo Total
p
q
Excedente do consumidor
Excedente do
produtor
A curva da procura
Para concluir vamos apresentar o equilíbrio no mercado num gráfico:
Podemos observar o excedente do consumidor e do produtor até
chegar ao ponto de equilíbrio.