RENASCER 41

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Actividades de Animação Actividades de Animação pág. 14 pág. 14 À Conversa com… Isabel Valente À Conversa com… Isabel Valente pág. 8 pág. 8 DESTAQUES Aposta na Formação Aposta na Formação pág. 4 pág. 4 (Página 3) Janeiro Fevereiro Março 2013 RENASCER boletim informativo Distribuição Gratuita | Publicação Trimestral | Nº 41 Santa Casa da Misericórdia de Sines www.scmsines.org

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Boletim Informativo Nº41. Edição de Janeiro, Fevereiro e Março de 2013.

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Actividades de AnimaçãoActividades de Animação pág. 14pág. 14 À Conversa com… Isabel ValenteÀ Conversa com… Isabel Valente pág. 8pág. 8

DESTAQUES

Aposta na Formação Aposta na Formação pág. 4pág. 4

(Página 3) 

Janeiro 

Fevereiro 

Março 

2013 

RENASCERb o l e t i m i n f o r m a t i v o

Distribuição Gratuita | Publicação Trimestral | Nº 41 

Santa Casa da Misericórdia de Sines www.scmsines.org 

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Dentro da experiência adqui‐

rida, considero que a realida‐

de social e as práticas sociais 

que  a  suportam,  apesar  da 

sua  universalidade,  divergem 

de  acordo  com  a  geografia 

dos lugares, o tipo de culturas 

e os hábitos adquiridos. 

Sines  é  o  Concelho  mais 

pequeno  do  Litoral  Alenteja‐

no,  com  cerca  de  15  000 

habitantes.  A  sua  localização 

é  junto ao mar e, por  razões 

sobejamente  conhecidas,  a 

sua  população  foi  gradual‐

mente  adquirindo  caracterís‐

ticas  mais  cosmopolitas.  Na 

década  de  60,  os  proprietá‐

rios  detentores  de  algum 

património rural foram expro‐

priados,  empobrecendo  até 

ao  desespero,  aqueles  que 

desse rendimento viviam. 

Pelas  suas  águas  profundas, 

nasceu  um  porto  marítimo 

para barcos de grande porte, 

com  escalas  internacionais, 

resultando  daí  a  vinda  de 

novas gentes, e consequente‐

mente o aumento populacio‐

nal e de postos de trabalho. A 

par  desta  evolução,  aconte‐

ceu  também  a  formação  e 

aprendizagem profissional de 

muitos  Sineenses, assistindo‐

se a uma analogia interessan‐

te: Sines albergou novas gen‐

tes e, ao mesmo tempo, veri‐

ficou‐se a emigração de mui‐

tos Sineenses. 

Com  estas  transformações, 

Sines  perdeu  grande  parte 

das  suas  raízes  e  identidade 

e, simultaneamente, a coesão 

e solidariedade sociais. 

Neste contexto, a área  social 

e  humana  só  têm  expressão 

quando  a  necessidade  bate 

directamente à porta de cada 

um. 

As  próprias  empresas  inves‐

tem apenas em actividades e 

eventos  de  grande  visibilida‐

de  e mediatismo,  esquecen‐

do‐se  desta  área,  quando 

somos nós, os actores sociais, 

que  recolhemos  a  maioria 

das  pessoas  que  nestes  últi‐

mos  40  anos  deram  o  seu 

grande  contributo  para  o 

desenvolvimento da  região e 

manutenção da qualidade de 

vida dos seus quadros empre‐

sariais. 

As  pessoas  que  recorrem  ao 

Lar  são  pessoas  já  muito 

dependentes, e destas, cerca 

de  85%  com  demência  e 

outras patologias graves; nos 

casos de demência, passámos 

nestes últimos 3 anos de cer‐

ca de 28 % para 47%. 

Ora, este tipo de utentes exi‐

ge uma maior atenção e  cui‐

dados  mais  assíduos,  bem 

como equipamentos adequa‐

dos e pessoal mais especiali‐

zado. 

Da  parte  das  famílias,  tam‐

bém  sentimos  que  está  em 

crescendo  o  aumento  do 

stress, não só pelas dificulda‐

des que as medidas de auste‐

ridade  estão  a  provocar, 

como  pelo  desgaste  do  tem‐

po  despendido  a  cuidar  dos 

seus familiares, repercutindo‐

se  depois,  em muitos  casos, 

no  desequilíbrio  psicológico 

que se traduz na forma como 

lidam  com  os  funcionários  e 

situações nas horas de visita. 

Como tal, procuramos colma‐

tar  estas  problemáticas  com 

mais  formação  profissional, 

melhoria  das  condições  físi‐

cas  dos  estabelecimentos  e 

ajustamento  das  condições 

gerais  aos  níveis  das  exigên‐

cias  legais  e  normas  instituí‐

das.  

Mas com as medidas de aus‐

teridade  em  curso  no  país, 

estamos a sentir o efeito dos 

cortes por parte da  Seguran‐

ça  Social  e  a  diminuição  dos 

recursos financeiros das famí‐

lias,  que  se  reflectem  tanto 

na  altura  das  admissões, 

como  depois  no  cumprimen‐

to  das  responsabilidades 

assumidas.  

No  nosso  caso,  como  dispo‐

mos  de  múltiplas  valências, 

as  situações  são  bem  mais 

complexas,  pois  as  respostas 

são mais  numerosas,  diversi‐

ficadas e exigentes. 

E como os comportamentos e 

hábitos  humanos  vão  evo‐

luindo em  todas as  suas ver‐

tentes, não podem estas  Ins‐

tituições  permanecer  estáti‐

cas e ficar aquém das respos‐

tas  e  necessidades  com  que 

diariamente  se  vão  deparan‐

do.  Terão  obrigatoriamente, 

para  que  acompanhem  esta 

evolução  natural  da  vida,  de 

se irem reestruturando, adap‐

tando  aos  novos  paradigmas 

e  investindo  sempre  que  as 

parcas posses o permitam. 

A palavra solidariedade assu‐

me,  neste  contexto,  um 

carácter  de  urgência,  uma 

junção  eficaz  de  sinergias, 

uma  responsabilidade  acres‐

cida para  todos os parceiros, 

uma  vontade  política  de 

encontrar  soluções  e  um 

compromisso  colectivo  de 

cidadania.  

RENASCER 

bo le t im in fo rmat i vo

A NOSSA REALIDADE FACE À CRISE

Luís Maria Venturinha de Vilhena

Provedor da Misericórdia de Sines

ED

ITO

RIA

L

Propriedade, Edição e Impressão SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SINES  

Periodicidade  Trimestral  

Número  41  

Edição Janeiro| Fevereiro | Março 2013 

Director Luís Maria Venturinha de Vilhena  

Redacção  Rita Camacho  

Revisão de Texto  José Mouro, Rita Camacho  

Fotografia Ricardo Batista, Rita Camacho 

Grafismo | Montagem | Paginação  Ricardo Batista, Rita Camacho  

Tiragem  300 exemplares  

Depósito legal  325965/11  

Distribuição  Gratuita 

Ficha Técnica

RENASCER b o l e t i m i n f o r m a t i v o

Page 3: RENASCER 41

Não é possível descrever  com  todo 

o  rigor  a  história  da  Santa  Casa  da 

Misericórdia  de  Sines.  No  entanto, 

as  mais  antigas  referências  encon‐

tradas  em  documentos  históricos 

indicam que esta  Instituição  já exis‐

tia  em  1516.  Constituída  como 

Associação de Fiéis na ordem Jurídi‐

ca Canónica, a Misericórdia de Sines 

foi criada com o objectivo de satisfa‐

zer carências sociais e praticar actos 

de culto católico, em harmonia com 

aquilo que  são  as Obras de Miseri‐

córdia. Entre outras, a Santa Casa da 

Misericórdia  foi criada com a  finali‐

dade de “rogar a Deus pelos vivos e 

pelos  mortos,  curar  os  enfermos, 

cobrir  os  nus,  dar  de  comer  aos 

famintos, dar de beber a quem tem 

sede, dar pousada aos peregrinos e 

pobres e enterrar os mortos”.  

Inicialmente  a Misericórdia  ter‐se‐á 

instalado na Capela do Espírito San‐

to,  anexa  ao  hospital  do  mesmo 

nome.  Em  1585  o  Provedor  e  os 

Irmãos  da  Instituição  iniciaram 

esforços  para  construção  de  uma 

nova  Capela,  a  actual  Capela  de 

Misericórdia,  cujo  edifício  subsiste 

como  foi  construído,  embora  com 

algumas alterações pontuais.  

Em  1630  a  Misericórdia  de  Sines 

passou a administrar o Hospital exis‐

tente na localidade, sendo aí presta‐

dos  todos  os  cuidados  de  saúde  à 

população, até à década de 70. Nes‐

sa altura, com a  reestruturação dos 

serviços  de  saúde,  o  Hospital  foi 

desactivado e a Misericórdia passou 

a funcionar nas instalações do Sana‐

tório Prats, local que antes do 25 de 

Abril albergava a Casa dos Pescado‐

res, gerida pela extinta Junta Central 

das  Casas  dos  Pescadores.  A  partir 

daí a Misericórdia passou a ocupar‐

se dos idosos que já viviam no Sana‐

tório  Prats,  criou  as  condições 

necessárias para receber outros ido‐

sos necessitados e diversificou a sua 

actividade.  Em  1987  foi  criado  o 

Infantário  “Capuchinho  Vermelho”, 

em  1988  iniciou‐se  o  Serviço  de 

Apoio  Domiciliário  e  em  1998 

entrou em  funcionamento o Centro 

de Dia. No ano de 2001 a Misericór‐

dia passou a apoiar menores em ris‐

co,  através  do  Lar  de  Rapazes  “A 

Âncora”  e  jovens  mães  solteiras 

através  do  Centro  de  Apoio  à  Vida 

“Mãe  Sol”.  Em  2003  nasceu  o  Cen‐

tro Acolhimento  Temporário  “Porto 

D’Abrigo” para apoiar mulheres víti‐

mas de violência doméstica. 

Mais  recentemente,  durante  o  ano 

de 2012, a Misericórdia, numa bus‐

ca  constante  para  apoio  a  quem 

mais  necessita,  criou  a  Cantina  e  a 

Loja  Social.  A  par  disso,  tem  sido 

desenvolvida nos últimos anos uma 

actividade  intensa, pensada primei‐

ramente no bem‐estar dos cerca de 

480 utentes, que são assistidos dia‐

riamente por duas centenas de cola‐

boradores.  

 

bo le t im in fo rmat i vo RENASCER 

497 ANOS DE HISTÓRIA E SOLIDARIEDADE

Bagão Félix inaugura valências da Santa Casa (2003) 

Maria José Ritta no 485º Aniversário 

Page 4: RENASCER 41

RENASCER 

bo le t im in fo rmat i vo

O DIA DO ANIVERSÁRIO No  dia  22  de  Fevereiro  a  Santa 

Casa da Misericórdia de Sines com‐

pletou 497 anos de existência. Para 

assinalar este dia simbólico, a Insti‐

tuição  organizou  um  conjunto  de 

actividades  nas  diferentes  valên‐

cias, entre as quais a celebração de 

uma Missa no Salão Social, durante 

a manhã, e um programa/convívio, 

durante a tarde, com música, uma 

homenagem  às  funcionárias  com 

25  anos  de  serviço,  e  os  tradicio‐

nais  “Parabéns  a  Você”,  acompa‐

nhados  de  Bolo  de  Aniversário. 

Entre  utentes,  colaboradores, 

órgãos  sociais,  voluntários  e 

irmãos  da  Santa  Casa,  várias  pes‐

soas  marcaram  presença  nesta 

comemoração  que  assinala  quase 

500 anos de uma das mais antigas 

Misericórdias do país.  

Celebração de Missa no Salão Social 

Comemoração no Lar “Anexo II”  Homenagem às funcionárias 

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bo le t im in fo rmat i vo RENASCER 

Antónia Pereira, de 61 anos, ajudante de cozinha no Infantário “Capuchinho Vermelho” e Fátima Neves, 48 anos, auxiliar 

de acção educativa na mesma  resposta social da  Instituição,  foram as duas  funcionárias homenageadas no dia 22 de 

Fevereiro. O “Renascer” recolheu o testemunho de ambas sobre os 25 anos de dedicação à Instituição. 

FUNCIONÁRIAS HOMENAGEADAS

«Comecei por trabalhar na limpeza e mais tarde passei a ser 

ajudante de cozinha,  funções que exerço ainda hoje. Sempre 

trabalhei no Infantário “Capuchinho Vermelho” e sem dúvida 

gosto muito do  emprego que  tenho,  sobretudo pela alegria 

das crianças e pelo bom relacionamento com as colegas.  

O meu dia‐a‐dia de trabalho passa por ajudar a preparar os 

almoços,  depois  ajudo  a  distribuir  as  refeições  às  crianças, 

preparo os  lanches e ajudo novamente as crianças na  toma 

dessa  refeição.  É  minha  tarefa  também  pôr  e  arrumar  as 

mesas. Nunca tinha trabalhado com crianças, mas a adapta‐

ção foi muito fácil, e fui ficando, fui ficando… até hoje.  

Em 25 anos, não considero que  tenham acontecido grandes 

mudanças no Infantário. Apenas as mudanças de instalações. 

A nossa forma de trabalhar e de educar as crianças é a mes‐

ma.  

No  futuro, espero continuar por aqui e  ir vivendo um dia de 

cada  vez.  Tenho  61  anos,  já  não  posso  desejar muito, mas 

quero continuar a ver a alegria destas crianças e ver passar 

por aqui filhos de meninos que já cá estiveram. E é uma gran‐

de  satisfação quando  eles nos  vêm  visitar  e dizem que  têm 

saudades da comida do Infantário. Encaro isso como um reco‐

nhecimento ao meu trabalho.»  

Antónia Pereira 

«Actualmente  sou auxiliar de acção  educativa no  Infantário 

“Capuchinho  Vermelho”, mas  quando  vim  trabalhar  para  a 

Misericórdia  de  Sines,  tinha  outras  funções.  Era  funcionária 

do serviço de limpeza, nos lares de idosos. Como gostava mui‐

to de crianças, uns anos mais tarde, pedi transferência para o 

Infantário. Nunca tinha trabalhado numa  Instituição de Soli‐

dariedade Social, mas agarrei esta oportunidade porque sem‐

pre gostei muito de crianças.  

O  que mais  gosto  no meu  trabalho  são  as  actividades  que 

desenvolvo  com  as  crianças  e  os  passeios  que  damos  com 

elas.  Já  trabalhei  com  crianças mais  velhas, mas  a  grande 

experiência que tenho é na sala dos bebés. Todas as crianças 

dão trabalho, mas as tarefas com os bebés são mais exigentes 

porque temos de lhes fazer tudo: dar comida, mudar fraldas, 

dar atenção… 

25  anos  é muito  tempo  e  penso  que  as  diferenças  entre  o 

Infantário de hoje e o que encontrei quando para cá vim tra‐

balhar, não são muitas. Apenas ao nível das instalações é que 

se verificaram mudanças, pois o dia‐a‐dia de  trabalho man‐

tem‐se. 

Acho muito engraçadas as gracinhas que as crianças fazem e 

o  podermos  acompanhar meninos  e meninas que uns  anos 

mais tarde trazem também para cá os seus  filhos. Eu nestes 

25  anos  já  assisti a  isso  e  é muito  engraçado  ajudarmos a 

criar os filhos de quem também já ajudamos a criar.  

O futuro a Deus pertence, mas para já posso dizer que me sin‐

to muito bem aqui no sítio onde trabalhei praticamente toda 

a minha vida.»   

Fátima Neves  

Antónia Pereira (ao centro) com outras funcionárias do Infantário 

Fátima Neves com Gabriel, um dos meninos da sua sala 

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A  qualificação  dos  recur‐

sos  humanos  constitui 

uma  das  prioridades  da 

Misericórdia  de  Sines, 

uma vez que esta verten‐

te se revela extremamen‐

te importante na adopção 

de um modelo de gestão 

da qualidade, que assegu‐

re a renovação de conhe‐

cimentos,  práticas  e  pro‐

cedimentos dos colabora‐

dores. Além disso, a reali‐

dade  social  não  é  uma 

realidade  estanque,  daí 

que  a  qualificação  e  efi‐

ciência  da  intervenção 

neste  campo  dependa, 

cada  vez mais, da  forma‐

ção  de  todos  os  agentes 

que nela intervêm. 

Assim,  para  o  ano  de 

2013,  a  Santa  Casa  da 

Misericórdia de Sines tem 

protocolado com a União 

das  Misericórdias  Portu‐

guesas  225  horas  de  for‐

mação,  em  diferentes 

áreas,  que  pretendem 

abranger  o  máximo  de 

colaboradores. 

Até ao momento já termi‐

naram  duas  dessas 

acções de formação, uma 

delas  sobre  “Saúde  da 

Pessoa  Idosa – Prevenção 

de  Problemas”  e  outra 

denominada  “Abordagem 

Geral  de  Noções  Básicas 

de Primeiros Socorros”. A 

formação  sobre  “Saúde 

da  Pessoa  Idosa”,  com  a 

duração de 50 horas, con‐

tou com a participação de 

15  colaboradores  que 

desenvolvem  tarefas 

directamente  com  idosos 

e  teve  como  objectivo  o 

reconhecimento de facto‐

res  que  contribuem  para 

a  promoção  da  saúde, 

bem  como  o  reconheci‐

mento  de  problemas  de 

saúde  mais  comuns  na 

Terceira  Idade.  Além  dis‐

so, os  formandos  ficaram 

habilitados a  identificar e 

prestar  cuidados  a  doen‐

tes  em  estado  terminal. 

No caso da  formação em 

“Primeiros  Socorros”,  os 

20  formandos  ficaram 

habilitados a prestar uma 

ajuda  imediata mais  cor‐

recta, em situações como 

acidentes,  lesões e doen‐

ças  súbitas.  Esta  forma‐

ção  teve  a  duração  total 

de 25 horas. 

A decorrer desde dia 8 de 

Abril  está  uma  formação 

sobre “Higiene e Seguran‐

ça Alimentar” destinada a 

profissionais  que  confec‐

cionam  e manuseiam ali‐

mentos  e  outra  na  área 

dos  Primeiros  Socorros, 

direcionada para todos os 

colaboradores da  Institui‐

ção  que  podem  ser  con‐

frontados  com  situações 

de emergência. 

No  futuro estão previstas 

outras formações na área 

dos  primeiros  socorros  e 

da  segurança alimentar e 

Sistema de HACCP e tam‐

bém uma formação sobre 

a  comunicação  na  inte‐

racção com o utente, cui‐

dador  e  família  já  a  pen‐

sar  nos  colaboradores 

que  vão  integrar  o  novo 

Lar Prats Sénior. 

Além  deste  protocolo 

com  a  União  das Miseri‐

córdias  Portuguesas,  a 

Santa  Casa  também  pro‐

move  algumas  acções  de 

formação  em  parceria 

com  o  Instituto  de 

Emprego e Formação Pro‐

fissional.  

APOSTA NA FORMAÇÃO

RENASCER 

bo le t im in fo rmat i vo

PRIMEIROS SOCORROS A  formação  “Abordagem  Geral  de 

Noções  Básicas  de  Primeiros  Socor‐

ros” teve a duração de 25 horas, sen‐

do  10  delas  dedicadas  a  práticas 

simuladas.  O  objectivo  geral  desta 

formação  consistiu  em  habilitar  os 

formandos  com  conhecimentos  em 

primeiros  socorros.  Em  termos  de 

objectivos  específicos  estes  foram: 

compreender  como  é  organizado  e 

coordenado  o  Sistema  Integrado  de 

Emergência  Médica;  conhecer  os 

dados a comunicar por via telefónica 

ao Centro de Orientação e Distribui‐

ção de Situações Urgentes; ser capaz 

de  responder  eficazmente  a  uma 

situação emergente de paragem car‐

dio‐respiratória, através da utilização 

de  técnicas  de  permeabilização  das 

vias  aéreas  e  de  reanimação  cardio‐

pulmonar;  responder  com  eficácia  a 

Os colaboradores da SCMS numa formação sobre Manutenção 

Page 7: RENASCER 41

 

bo le t im in fo rmat i vo RENASCER 

uma  situação  de  doença  súbita 

(hemorragia,  intoxicação,  engasga‐

mento,  entre  outras)  permitindo  a 

estabilidade da  vítima até  chegarem 

ao  local  os meios  e  os  profissionais 

especializados. Os formandos em pri‐

meiros  socorros  foram;  funcionárias 

do  Infantário  e  do  Lar  “A  Âncora”, 

funcionárias das valências de lares de 

idosos  e motoristas  da Misericórdia 

de Sines. 

A  formação é um processo organiza‐

do  de  educação  através  do  qual  os 

alunos enriquecem os  seus  conheci‐

mentos, desenvolvem as suas capaci‐

dades  e melhoram  as  suas  atitudes 

ou  comportamentos,  aumentando, 

deste  modo,  as  suas  qualificações 

com  vista  à  satisfação  e  realização 

pessoal.  A  formação  assume  uma 

posição de destaque enquanto agen‐

te  de  mudança  e  traz  benefícios 

directos  aos  seus  intervenientes  e  à 

Instituição que a promove. O balanço 

desta formação foi claramente positi‐

vo, na medida em que os formandos 

mostraram  bastante  interesse  no 

tema e  foram capazes de apreender 

conceitos  e  práticas  de  primeiros 

socorros  que  futuramente  poderão 

aplicar! 

Ao nível dos Primeiros Socorros aqui 

ficam  alguns  conselhos:  nunca  usar 

borras  de  café,  sal,  açúcar  ou  qual‐

quer  outro  produto  para  “estancar” 

hemorragias;  usar  sim  compressas 

esterilizadas  ou  um  pano  limpo  e 

sem pelos para comprimir o local. No 

caso  de  um  traumatismo  que  cause 

hematoma,  nunca  colocar  água 

quente  na  região  afectada;  colocar 

sim  um  saco  com  gelo  embrulhado 

numa  toalha  ou  pano.  Nunca  usar 

pasta  de  dentes,  manteiga,  vinagre 

ou qualquer pomada nas queimadu‐

ras. A tendência será agravar a lesão. 

O mais  correcto  é  colocar  sempre  a 

queimadura  em  água  fria  e  depois 

avaliar se é de 1º, 2º, ou 3º grau e ter 

especial  atenção  à  profundidade, 

extenção e  localização da queimadu‐

ra para a tratar ou encaminhar para o 

hospital. Ao nível da segurança, nun‐

ca  esquecer  uma  regra  de  ouro:  “o 

socorrista deve ter a preocupação de 

não se tornar a próxima vítima”.  

Miguel Reis  

(Enfermeiro da SCMS)    

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Acção de Formação em Primeiros Socorros 

Page 8: RENASCER 41

Em  1926,  mais  precisa‐

mente  no  dia  12  de 

Novembro, nascia em São 

Vicente, na ilha da Madei‐

ra,  Maria  Isabel  Valente. 

Filha de pais camponeses, 

Isabel  recorda que nasceu 

numa  terra  linda  e  que 

teve  uma  infância  muito 

feliz. «A terra onde nasci é 

um  encanto,  pequenina 

em  tamanho, mas grande 

em  beleza.  Fica  no  meio 

de  umas  rochas  muito 

grandes,  de  onde  descia 

uma cascata de água  lim‐

pa.  Os meus  pais,  avós  e 

irmãos  deram‐me  muito 

carinho  e  isso  foi  o  que 

mais  me  marcou  durante 

a  minha  infância.  O  meu 

pai era o sustento da famí‐

lia trabalhando na agricul‐

tura e  trazendo para  casa 

parte  daquilo  que  colhia. 

A  minha  mãe  trabalhava 

como bordadeira. Fazia os 

tradicionais  bordados  da 

Madeira  que  já  na  altura 

eram  exportados  para 

todo  o mundo.»  Ao  todo, 

Isabel  Valente  teve  seis 

irmãos  e  vivia  numa  casa 

cheia, onde o convívio e o 

respeito  entre  todos  era 

palavra  de  ordem: 

«Lembro‐me  que  ao 

serão, à  luz do  luar,  tinha 

eu  os  meus  quatro  anos, 

juntávamo‐nos  todos 

numas  escadas  que  havia 

em minha casa. O meu pai 

cantava  e  tocava  viola  e 

vinham  muitos  vizinhos 

também.  Era  uma  grande 

alegria.  Tínhamos  uma 

vizinhança sagrada. E lem‐

bro‐me, ainda, que era um 

tempo  de  grande  respei‐

to.» Isabel Valente recorda 

com  saudade  o  facto  de 

ser  do  tempo  em  que  os 

filhos  pediam  a  bênção 

aos pais e cumpriam à ris‐

ca  as  regras  por  eles 

impostas.  

Desde cedo que a  religião 

marcou  presença  na  vida 

de  Isabel  e,  ao  mesmo 

tempo que  ajudava  a  cui‐

dar dos  irmãos e da casa, 

tinha  aulas  de  catequese. 

«Tinha  cerca  de  seis anos 

quando fiz a 1ª Comunhão 

e  o  Crisma.  Sempre  fui 

muito  devota  a  Deus  e 

ainda  hoje  sou.  E  não 

esqueço  quando  me 

diziam  que  se  não  cum‐

príssemos  os  ensinamen‐

tos de Deus,  íamos para o 

Inferno  e,  se  calhar  por 

isso,  sempre  fui  muito 

devota  a  Deus  e  sempre 

segui  o  Cristianismo.»  A 

grande mágoa que guarda 

dos  tempos  de  criança 

está  relacionada  com  a 

escola.  «Na minha  altura 

só os rapazes é que  iam à 

escola,  e  eu  chorava mui‐

to,  com  pena  de  não 

aprender  a  ler  e  a  escre‐

ver.  Tive  sempre  uma 

RENASCER 

bo le t im in fo rmat i vo

Á CONVERSA Á CONVERSA COMCOM... ... Isabel ValenteIsabel Valente

Page 9: RENASCER 41

grande tristeza por não ter 

frequentado a escola, mas 

graças  à  minha  força  de 

vontade, aprendi mais tar‐

de.  E  hoje,  aqui  no  lar, 

aquilo  de  que mais  gosto 

são  as  actividades  de 

escrita.» 

As brincadeiras de criança, 

apesar de não  terem  sido 

muitas,  também  ficaram 

na  memória  de  Isabel 

Valente.  «Como  não  tive 

muitos brinquedos  lembro

‐me de quase todos os que 

possuí. Parece que estou a 

ver  aqui mesmo  à minha 

frente, uma boneca saloia, 

vestida  com  o  traje  típico 

da Madeira,  que  a minha 

mãe me comprou uma vez 

que foi ao Funchal, e uma 

matrafona  que  me  fez 

uma  vizinha  minha.  Esta 

boneca era feita num tear 

e  cheia  com  serradura. 

Eram os únicos brinquedos 

que  tinha  e,  tirando  isso, 

brincava com coisas muito 

simples.  Lembro‐me,  por 

exemplo,  de  brincar  com 

duas  latas  de  conserva 

calçadas  nos  pés  para 

fazer o barulho dos  saltos 

altos.  Eram  brincadeiras 

simples, mas que nos  tra‐

ziam uma enorme felicida‐

de.»,  refere  Isabel bastan‐

te divertida.  

Aos  12  anos  de  idade, 

quando arranjou o seu pri‐

meiro  emprego,  Isabel 

deixou  definitivamente 

para  trás  os  tempos  de 

infância.  «Comecei  por 

trabalhar  numa  casa  de 

costura,  mas  ganhava 

pouco  e  a  patroa  em  vez 

de  nos  ensinar  a  costurar 

mandava‐me, a mim  e às 

minhas  colegas,  fazer  a 

“lida  da  casa”,  por  isso 

não tive muito tempo nes‐

se  trabalho.  Fui  depois 

para uma Casa de Borda‐

dos onde  já ganhava qua‐

tro  escudos  por  dia.  Era 

uma  casa  muito  grande 

onde se fazia o Tradicional 

Bordado  da  Madeira.  As 

bordadeiras  bordavam  na 

rua, onde havia mais lumi‐

nosidade e dentro de casa 

fazíamos  outro  tipo  de 

trabalho,  como por  exem‐

plo,  recortar  e  passar  a 

ferro  os  bordados.  Nessa 

altura ainda era uma miú‐

da  e  nem  sempre  dava  o 

despacho  que  os  patrões 

pretendiam, mas felizmen‐

te  as minhas  colegas  aju‐

davam‐me para evitar que 

fosse despedida.» 

Nesses tempos de menina 

e  moça,  Isabel  Valente 

recorda  também,  com 

muita saudade, os primei‐

ros  amores.  «Eu  e  as 

minhas  colegas  ia‐mos  a 

pé para o trabalho. Demo‐

rávamos 30 minutos e, de 

vez  em  quando,  cruzava‐

mo‐nos  com  um  rapazito, 

que nos deitava um olhar 

mais  atrevido. O  primeiro 

rapaz  por  quem me  apai‐

xonei chamava‐se António 

e chegámos mesmo a tro‐

car  fotografias  um  com  o 

outro, mas  depois  as  coi‐

sas  não  foram  mais 

além.»  Conversar  sobre  a 

fase dos primeiros amores 

leva  Isabel  Valente  a 

recordar  uma  história 

curiosa e que ilustra o fac‐

to dos namoros de antiga‐

mente  serem  diferentes 

dos  de  hoje  em  dia. 

«Antigamente havia muito 

mais  respeitinho  e  era 

impensável  as  raparigas 

darem  confiança  aos 

rapazes.  A  maior  parte 

dos  namoros  acontecia 

por  correspondência. 

Comigo  até  se  passava 

uma  coisa  muito  curiosa: 

a  minha  irmã  que  tinha 

uma  idade muito próxima 

da minha,  para  não  rece‐

ber  as  cartas  do  namora‐

do em casa, pedia para ele 

enviar  as  cartas  para  o 

meu  emprego  e  assim  eu 

recebia  as  cartas  do meu 

namorado  e  do  da minha 

irmã.  Os  meus  patrões 

achavam que  eu  era uma 

moça  muito  concorrida, 

mas  enganavam‐se.»  De 

acordo com Isabel Valente 

os amores eram vividos de 

forma mais intensa e fazia

‐se  de  tudo  em  busca  de 

um  cruzar  de  olhares. 

«Uma vez fiz de tudo para 

ir  a  uma  Festa  na  Ribeira 

Brava só porque sabia que 

o António, o meu primeiro 

amor,  também  lá  estava. 

Quando  estávamos  apai‐

xonados  e  víamos os nos‐

sos  namorados  o  coração 

batia desalmadamente.» 

Com cerca de 20 anos Isa‐

bel  conheceu  aquele  que 

viria  a  ser  seu  marido, 

com  quem  casou  4  anos 

depois.  «O  meu  primeiro 

casamento  deu‐me  aquilo 

que  tenho de mais precio‐

so,  os  meus  dois  filhos. 

Estive  casada  durante  24 

anos  e  quando  decidi 

separar‐me  a  minha  vida 

deu muitas voltas.»  Isabel 

Valente,  que  na  altura  já 

vivia em Lisboa, divorciou‐

se pouco depois do 25 de 

Abril, numa época em que 

poucas mulheres o faziam, 

o  que  foi  uma  atitude 

muito corajosa. «Orgulho‐

me  de  ter  sido  capaz  de 

 

bo le t im in fo rmat i vo RENASCER 

Isabel Valente (ao centro) a participar numa das actividades da SCMS 

Page 10: RENASCER 41

10 

RENASCER 

bo le t im in fo rmat i vo

terminar  com  um  casamento  que 

não foi aquilo que estava à espera e 

depois disso parti para uma aventu‐

ra em  Inglaterra. Vivi e trabalhei  lá 

durante 6 meses, mas as  saudades 

de casa falaram mais alto e quando 

soube  que  ia  ser  avó  voltei  para 

Portugal.  Algum  tempo  depois, 

também  vivi  e  trabalhei  nos  EUA, 

numa  localidade  chamada  Canéri‐

ca, mas mais  uma  vez  voltei,  por‐

que não há nada como a nossa ter‐

ra.»  Aos  53  anos,  depois  de  ter 

estado  uma  segunda  vez  nos  EUA, 

Isabel voltou definitivamente a Por‐

tugal  e  voltou  a  casar.  «Tinha  59 

anos  quando  casei  pela  segunda 

vez  e  nessa  relação  sim,  fui muito 

feliz.  Apesar  só  ter  estado  casada 

durante  seis  anos,  foram  tempos 

maravilhosos em que passeei muito 

e  em  que  tive  um  grande  compa‐

nheiro ao meu lado.»  

Em Maio  de  2013  faz  2  anos  que 

Isabel Valente escolheu a Misericór‐

dia de Sines como residência. A vin‐

da para o Lar aconteceu para ela de 

forma natural, uma vez que enviu‐

vou  e  passava  muito  tempo  sozi‐

nha.  «Nunca  gostei  de  estar  sozi‐

nha, principalmente à noite,  custa‐

va‐me muito, por  isso a vinda para 

o Lar acabou por ser de minha livre 

vontade.  E  esta  experiência  de  2 

anos aqui tem‐me agradado muito. 

O que mais estranhei  foi a comida, 

mas de  resto  já  tenho muitos ami‐

gos,  adoro  o  convívio  com  as  fun‐

cionárias, as lições de português e o 

carinho  que  todos  têm  por  mim, 

pois  esta  também  já  é  a  minha 

família.  Ganho  muita  alegria  por 

estar aqui e posso mesmo dizer que 

me  sinto  feliz nesta  casa, que  é de 

todos nós.»  

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SINES Avenida 25 de Abril, n.º 2 Apartado 333 

7520‐107 SINES Site: www.scmsines.org 

Email: [email protected]  

Provedoria Tel.: 269630462 | Fax: 269630469  

Email: [email protected] Horário de Atendimento: 09h00‐13h00 | 14h00‐16h00  

Secretaria Tel.: 269630460 | Fax: 269630466  

Email: [email protected] Horário de Atendimento: 09h00‐13h00 | 14h00‐16h00  

Acção Social (Lares, Centro de Dia, Apoio Domiciliário) Tel.: 269630460 | Fax: 269630466 

Email: [email protected] Horário de Atendimento: 09h00‐13h00 | 14h00‐17h00  

 

 

 

 

Infantário “Capuchinho Vermelho” Telem.: 967825287  

Email: [email protected]  Horário de Funcionamento: 07h45‐19h45  

Loja Social “Sinergia Solidária” Horário de Funcionamento:  

Segundas‐feriras: 14h00‐17h30 | Quintas‐feiras: 09h00‐12h30  

Outros Contactos: Animação:  [email protected]  

Gabinete de Informação:  gab‐[email protected]  Voluntariado:  

[email protected]  Gabinete de Psicologia:  gab‐[email protected]  

Recursos Humanos:  [email protected]  Saúde:  

[email protected]  Contabilidade:  [email protected]  

Informações Úteis

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Isabel Valente com cerca de 40 anos 

Page 11: RENASCER 41

11 

 

bo le t im in fo rmat i vo RENASCER 

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Page 12: RENASCER 41

A PÁSCOA NA SANTA CASA

12 

BREVES

DIA DA MULHER

A  celebração  da  Páscoa  na 

Misericórdia  de  Sines  traz 

inevitavelmente até à  Insti‐

tuição  ovos,  amêndoas, 

folares  e  a  visita  das  famí‐

lias. Este ano, a distribuição 

de  amêndoas  a  todos  os 

utentes  aconteceu  no  dia 

28  de  Março,  quinta‐feira 

santa.  Além  disso,  a  época 

da Páscoa proporcionou um 

convívio  diferente  entre  os 

idosos  e  as  crianças  do 

Infantário “Capuchinho Ver‐

melho”. No dia 22 de Mar‐

ço, um grupo de idosos des‐

locou‐se  ao  Infantário  da 

Misericórdia com o propósi‐

to de participar na Festa da 

Primavera. 

Dia 8 de Março comemora‐

se  anualmente  o  Dia  Inter‐

nacional  da  Mulher  e  a 

Misericórdia  de  Sines  assi‐

nalou  a  data  homenagean‐

do  todas  as  mulheres  da 

Instituição.  Assim,  neste 

dia,  foram  distribuídas  flo‐

res  por  todas  as  utentes  e 

colaboradoras  da  Santa 

Casa,  que  além  disso  tive‐

ram  direito  a  um  bolo  em 

sua homenagem. 

Do  universo  de  todos  os 

utentes  adultos  da  Institui‐

ção,  63%  são mulheres. Do 

total de colaboradores, 92% 

são  do  sexo  feminino.  Não 

podia, por isso, a Santa Casa 

deixar passar em claro o Dia 

Internacional da Mulher.  

CARNAVAL 2013 Sendo o Carnaval uma  festa 

com grande tradição no con‐

celho de Sines, a Santa Casa 

da  Misericórdia  organizou 

na  tarde do dia 11 de Feve‐

reiro um Baile para todos os 

utentes.  Durante  este  Baile 

de  Carnaval,  abrilhantado 

pelo músico Carlos Azevedo, 

realizou‐se  um  concurso  de 

máscaras, no qual participa‐

ram  utentes  e  colaborado‐

res da Instituição. 

As Misericórdias  de  Alcácer 

do Sal, Grândola, Odemira e 

Santiago  do  Cacém  junta‐

ram‐se  à  festa  e  participa‐

ram no concurso de másca‐

ras,  nesta  tarde  que  decor‐

reu  bastante  animada.  No 

final  do  baile  os  presentes 

desfrutaram  de  um  lanche 

convívio. 

Alguns utentes da Misericór‐

dia de Sines assistiram  tam‐

bém ao Carnaval dos Peque‐

ninos, no dia 8 de Fevereiro, 

e ao desfile do corso do Car‐

naval  de  Sines,  no  dia  10, 

tendo  a  Associação  “Siga  a 

Festa”  oferecido  gentilmen‐

te as entradas para os uten‐

tes.  Por  isso  deixamos  o 

nosso reconhecido agradeci‐

mento  à Associação  “Siga a 

Festa”. 

RENASCER 

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bo le t im in fo rmat i vo RENASCER 

13 

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14 

RENASCER 

bo le t im in fo rmat i vo

Durante  os  primeiros  3 

meses  do  ano,  o  serviço 

de  Animação  Sociocultu‐

ral  da Misericórdia,  além 

das  actividades  perma‐

nentes,  envolveu  os  ido‐

sos da  Instituição noutras 

iniciativas pontuais. Entre 

estas,  são  de  destacar  a 

Comemoração do Dia dos 

Namorados, no dia 14 de 

Fevereiro,  uma  visita  ao 

Centro  de  Dia  de  Cercal 

do Alentejo, no dia 21 de 

Março, e uma visita à Cer‐

siago  em  Santiago  do 

Cacém, no dia 20 do mes‐

mo mês. Esta última visita 

aconteceu  no  âmbito  de 

uma  oferta  de  quadradi‐

nhos  de  lã  à  Cercisiago, 

instituição que apoia pes‐

soas  com  deficiência.  Os 

quadradinhos de lã foram 

feitos  pelas  utentes  dos 

Lares  e Centro de Dia da 

Misericórdia,  para  um 

projecto  que  deu  origem 

a uma manta de  retalhos 

gigante. 

Sempre que as condições 

meteorológicas  o  permi‐

tem, os  idosos da Miseri‐

córdia  fazem  também  os 

seus passeios pela cidade 

de Sines. 

ACTIVIDADES DE ANIMAÇÃO

Espaço Informativo da Santa Casa da Misericórdia de Sines na Rádio Sines 

TERÇAS-FEIRAS 11:15 | SEXTAS-FEIRAS 15:40 | DOMINGOS depois das 09:00

Passeio ao Mercado Municipal 

Comemoração do Dia dos Namorados  Visita ao Centro de Dia de Cercal do Alentejo 

Page 15: RENASCER 41

Hélder  Almeida,  médico 

na Unidade Local de Saú‐

de  do  Norte  Alentejano, 

foi  vítima  de  um  enfarte 

do  miocárdio  em  2010. 

Quando se sentiu recupe‐

rado dispôs‐se a partilhar 

a  sua  experiência  para 

ajudar  a  população  e, 

simultaneamente,  trans‐

mitir  uma mensagem  de 

esperança.  Para  tal,  este 

médico de 63 anos, deu a 

volta ao país em bicicleta, 

durante  um mês. No  dia 

21  de  Abril  passou  por 

Sines, e pernoitou no  Lar 

Prats  da Misericórdia.  O 

“Renascer”  aproveitou  a 

ocasião  e  esteve  à  con‐

versa  com  Hélder  Almei‐

da. 

Renascer  –  Com  que 

objectivo  decidiu  dar  a 

volta a Portugal em bici‐

cleta, durante 30 dias? 

Hélder Almeida – O gran‐

de  objectivo  desta  aven‐

tura,  à  qual  decidi  cha‐

mar  “Volta  do  Coração”, 

consiste  em  sensibilizar 

as pessoas para a neces‐

sidade  de  prevenir  e 

combater  o  enfarte  do 

miocárdio  e  o  acidente 

vascular  cerebral  (AVC), 

levando informação onde 

ela  possa  não  existir. 

Além  disso,  pretendo 

demonstrar  a  importân‐

cia  da  reabilitação  e  do 

acompanhamento  médi‐

co neste tipo de doenças, 

em que a taxa de mortali‐

dade  é muito  elevada  e,  

quando  os  doentes 

sobrevivem,  ficam  sem‐

pre com sequelas. Depois 

de um enfarte do miocár‐

dio ou de um AVC, ainda 

há  uma  vida  toda  para 

viver e é  importante que 

as pessoas não se esque‐

çam disso, não se deixem 

ir  abaixo  e  tenham  força 

de vontade como eu tive. 

R  – Como  tem  corrido  a 

viagem? 

HA – Saí de Portalegre no 

dia 1 de Abril e subi pelo 

interior  em  direcção  ao 

Norte depois desci e ago‐

ra  já vou em direcção ao 

Sul.  Apanhei  muito  mau 

tempo,  fiz  subidas  com 

mais  de  30km,  e  inicial‐

mente  a minha  condição 

física  não  era  a  melhor 

porque  não  tinha  por 

hábito andar assim  tanto 

de  bicicleta.  Tenho  feito 

cerca  de  70km  por  dia, 

todos  os  dias,  e  é muito 

duro.  Inicialmente  tam‐

bém  me  perdia  muito, 

porque  não  conhecia  os 

trajectos e até os cães me 

tentavam  atacar.  Foi  sus‐

to  atrás  de  susto,  mas 

felizmente  não  caí,  não 

adoeci  e  a  bicicleta  não 

avariou. A divulgação  fei‐

ta  pelas  rádios  e  pela 

televisão  também  têm 

corrido  bem  e  têm  sido 

importante,  sobretudo 

para alertar para factores 

de  risco  que  devem  ser 

evitados,  tais  como  o 

consumo  de  álcool  e  de 

tabaco.  De  resto,  tam‐

bém  tenho  sido  muito 

bem  recebido  em  todos 

os  quartéis  dos  bombei‐

ros  e,  quando  não  me 

podem  acolher,  como 

aconteceu aqui em Sines, 

encaminham‐me  para 

outras Instituições. 

R – Que mensagem deixa 

a  quem  contacta  consi‐

go?   

HA – Digo a todas as pes‐

soas que devem ter aten‐

ção aos  factores de  risco 

comportamentais,  assim 

como  àqueles  que  são 

controláveis  pelo médico 

de  família.  Só  assim  se 

pode  reduzir  a probabili‐

dade  de  vir  a  sofrer  de 

enfarte  ou  AVC.  Mas, 

mesmo  que  se  tentem 

controlar  todos  os  facto‐

res, as coisas acontecem. 

Assim, para quem  sofreu 

ou venha a sofrer de um 

destes problemas de saú‐

de, o conselho que dou é: 

“pensem que não é o fim 

da linha e lembrem‐se de 

mim.” Sofri um enfarte e 

depois disso dei a volta a 

Portugal  em  bicicleta. 

Convosco pode acontecer 

o mesmo, ou melhor.  

15 

 

bo le t im in fo rmat i vo RENASCER 

HÉLDER ALMEIDA PARTILHA EXPERIÊNCIA PELO PAÍS

Herder Almeida viajou de bicicleta pelo país 

Page 16: RENASCER 41

16 

RENASCER 

bo le t im in fo rmat i vo

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AGRADECIMENTO  

O “Renascer” agradece a todos os patrocinadores e amigos que contribuem para que este meio de comunicação da nossa Instituição se tor‐nasse uma realidade. 

Uma vez que é nosso objectivo melhorar gradualmente a forma e os conteúdos deste boletim informativo, assim como aumentar a sua tira‐gem e, consequentemente, divulgá‐lo junto de um público cada vez mais vasto, revela‐se de grande importância o apoio destes e de outros 

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