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O assessor deve ter conhecimento técnico sobre o que é ou não notícia para a imprensa.

  O release tem o papel de levar até à imprensa uma oferta

de informação.   Publicá-la ou não ficará a critério do veículo.

Assim, a identificação da notícia para divulgação na imprensa está relacionada primeiramente aos critérios dos veículos de comunicação e somente depois aos interesses da organização/assessorado.

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O QUE É RELEASE

Embora qualquer tipo de material encaminhado à impressa possa ser considerado release, é tradição caracterizá-lo como o documento estruturado na forma de matéria jornalística.

Release pode ser entendido como material informativo distribuído aos jornalistas para servir de pauta, orientação ou ser veiculado completa ou parcialmente, de maneira gratuita.

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Caso o conteúdo seja utilizado, normalmente a autoria do texto (no caso, assessor) não terá seu nome divulgado. O veículo assume as informações como material editorial (mesmo sendo aproveitado na íntegra) e garante as informações enviadas pela assessoria. O leitor, por sua vez, interpretará a noticia como tendo sido pautada, apurada e editada pelo veículo. O que gera uma polêmica. É ético o veículo de comunicação se apropriar de um texto que não foi produzido pela redação?

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MATERIAL BOM É APROVEITADO

É quase impossível ao jornalista ignorar um bom assunto apresentado num release.

Seu envio tem a saudável capacidade de abastecer permanentemente as redações com uma oferta de notícias que, de outra maneira, não seriam identificadas. O material apresentado com qualidade e com origem de boa reputação reduz o trabalho de busca de pautas e, até, o de apuração e edição. Trata-se de uma grande fonte de informação que não pode ser desprezada e tem papel fundamental nos processos de identificação dos fatos que ocorrem no ambiente social em que o veículo está inserido.

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O release ainda é um dos meios mais eficientes para divulgação de fatos e idéias e a principal fonte de pautas em boa parte das redações.

É o instrumento físico principal de um sistema de informação e relacionamento entre instituições e imprensa. Apresenta a notícia do ponto de vista da fonte, mas adaptada ao ângulo e formato que aumente as possibilidades de despertar o interesse do jornalista e tornar-se notícia nos meios de comunicação.

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As chances de aproveitamento são baseadas primeiramente na oferta de uma boa pauta, mas também são afetadas por uma forma adequada de elaboração do texto, de apresentação e distribuição.

Deve ser objetivo, claro, direcionado a quem realmente possa se interessar pelo seu conteúdo – portanto, se preciso, o personalize.

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Michael Kunczik (1997, p. 286) cita estudo realizado na Suíça, no qual se conclui que quem divulga material “com a mesma formatação que o jornalista, obtém quase o dobro de linhas publicadas em comparação com o indivíduo que não processa assim seu material”. Além disso, é mais prático para um editor, ou pauteiro “atarefado”: lido o título e o lide, já é possível identificar se há algo que interesse.

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FORMATO (release padrão)

O release geralmente consta de apenas uma folha, com texto na estrutura jornalística padrão (título, lide...) com a indicação de um responsável pelas informações e é distribuído gratuitamente a veículos de comunicação que, supõe-se, podem interessar-se pelo assunto e transformá-lo em notícia.

  É preciso estar á disposição para esclarecimentos

adicionais.

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Entre os critérios para aproveitamento dos releases, estão:

interesse público: se a notícia interessa ao público do veículo, da editoria, do programa, do colunista;

ser novidade: se o assunto ainda não foi abordado pela imprensa;

disponibilidade: se existe informação suficiente sobre o assunto, fontes disponíveis e acessíveis, material adaptado à natureza do veículo. Por ex: se há imagem interessante, no caso da TV;

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exclusividade: se a informação é interessante e é oferecida somente a determinado jornalista ou veículo, terá preferência na publicação e provavelmente ocupe mais espaço do normalmente receberia;

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adequação: veículos de comunicação têm temas de interesse e critérios de seleção de notícias diferentes. Dificilmente, tratam um assunto da mesma forma. Por isso, a oferta de notícias adaptadas a cada veículo, programa ou editoria aumenta as chances de aproveitamento. Uma editoria de negócios abordará o assunto de um ponto de vista diferente de uma editoria de moda, por exemplo. A postura editorial de cada veículo também deve ser considerada na individualização do relacionamento: um jornal que apóie o governo local terá menos interesse em veicular notícias enviadas por um vereador de oposição, por exemplo.

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ESTRUTURA

Identidade Visual - Elabore um modelo que possa servir de padrão para todos os textos que enviar. É importante uniformizar tipologia, margens, espaçamento, título, distribuição dos elementos, de maneira a dar uma aparência estética simples e atraente, que caracterize uma identidade visual de sua assessoria. Isso, além de facilitar a identificação pelo jornalista, demonstra profissionalismo.

  Logo

- O release é produzido geralmente em folha A4, com o logotipo e informações do assessorado no timbre. Deve haver localização fixa para o nome da organização, inclusive fax, e-mail, telefones para contato, endereço.

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Espaço - Faça o texto em apenas uma lauda, com cerca de 30 linhas (máximo). Isso em geral é suficiente para informar o essencial e gerar notícia – se o assunto merecer. Se realmente for necessário mais de uma folha, numere todas.

  Identificação

- Todo release deve ter um autor responsável claramente expresso e indicação de como obter informações adicionais. Por isso, inclua registro profissional, telefone de assessoria (e o celular, se possível) e e-mail de contato. Em geral, o ideal é induzir o jornalista a buscar contato com a assessoria de imprensa, mas pode ser interessante, dependendo do assunto, oferecer telefones da fonte e de quem pode complementar as informações.

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Data

- Informe a data de elaboração ou envio em lugar específico. O release é um documento, por isso é importante ser datado.

Anexos

- Caso haja anexos, informe após o texto.

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TÍTULO

- Em corpo maior que o texto, preferencialmente em negrito e centralizado.

- O ideal é que seja curto. Deve resumir e chamar a atenção para o conteúdo.

- Além de sintético, deve ser atraente, com características jornalísticas e que apresente a essência do assunto. Mais importante que a criatividade é que seja objetivo. Um caminho: ele pode ter a origem no lide.

- Resista à tentação de colocar o nome da empresa, do dirigente ou produto no título, se não houver justificativa.

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LEAD

- Traz a essência da notícia, um resumo. Não se esqueça de responder à fórmula:

3Q + Co + Pq  - Deve apresentar um “gancho”, algo que “segure” o

interesse pelo assunto, que estimule a continuidade da leitura. Palavras como novo, inédito, novidade, lançamento (se for o caso, claro) ajudam a despertar o interesse e fazem pairar sobre o jornalista o risco de estar perdendo uma boa informação para seu público.

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Importante: Todos os dias, todas as horas, minutos, chegam releases às centenas nas redações, o que faz com que muitos editores e secretários de redação leiam apenas o título, no máximo o lide, para decidir se continuam a percorrer as demais linhas.

Resumindo: Título e lead bem feitos, com a essência de uma informação jornalísticas, atraem o interesse do jornalistas. Um bom título e um bom lead podem evitar que seu release tenha como destino a lata do lixo.

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TEXTO

- Procure ser prático na formatação (corpo 12, fonte conhecida, simples, sem rebuscamento), espaçamento máximo de 1,5 e margens de três cm (a da direita justificada). Isso forma um bom conjunto. Se não utilizar abertura de parágrafo, deixe um espaço maior entre um parágrafo e outro.

  - Objetividade é a grande virtude de um bom release. O

texto não precisa trazer detalhes, minúcias; deve apresentar o essencial para o leitor ter noção clara do assunto (se o jornalista quiser complementar, certamente entrará em contato). Além de ter conteúdo e formato de notícia, deve possuir densidade de informação.

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- É fundamental o uso de técnica de redação jornalística. Algumas regras básicas: não coloque frases em maiúsculas, nem use pontos de exclamação; evite adjetivos, frases longas, jargões, repetição de idéias e palavras, ordem indireta e orações intercaladas. (Isso tudo vale para qualquer texto...)

- As opiniões pessoais devem ser caracterizadas como tal por meio de aspas e com a indicação de autoria.

- É recomendável deixar bastante evidente quando os fatos ocorrem. Exemplo: “nesta terça-feira (29), ás 18 horas” e não “nesta terça-feira, às 6 horas da tarde”.

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- Especifique todas as fontes de informação, com nome e sobrenome, função ou cargo na organização. Não cite pessoas que não possam ser consultadas após o release ter sido distribuído. Da mesma forma, tenha todos os dados disponíveis para oferecer rapidamente ao jornalista, caso ele se interesse pelo assunto.

- Após redigir seu release, procure conferir (checar) as informações, dados e números. Não é incomum dados diferentes ou errados circularem em uma organização. Erros comprometerão sua credibilidade e a da instituição.

  - Faça revisão, não apenas gramatical, mas também dos dados

essenciais.

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- O texto deve ser notícia do ponto de vista da publicação à qual se destina. É para informar, subsidiar ou orientar o jornalista, não para bajular o assessorado, ou promover as qualidades da organização. Se o leitor compreender o conteúdo como simples propaganda, provavelmente vai desistir da leitura. A irrelevância, às vezes, transforma-o em motivo de piada ou irritação.

- O jornalista que recebe um release precisa avaliar que o assunto proposto destaca-se por interessar à audiência do veículo ou editoria em que trabalha, afetando de algum modo ou interessando ao público. Assim, é possível que um mesmo assunto possa ser abordado de diferentes formas e, por isso, mereça textos específicos para diferentes tipos de veículos de comunicação. Da mesma forma, não aborde assuntos diferentes no mesmo texto. Se for o caso, avalie a possibilidade de fazer dois releases.

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ENVIO

ATENÇÃO!!!

Depois de redigido o release, leia o conteúdo. De preferência em voz alta para verificar a fluência. Faça uma revisão impecável, não apenas gramatical, mas também dos dados essenciais (que não podem ser esquecidos) – data, hora, local, telefone de contato, índices, valores...

Não esqueça: quem assina o release é você!