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RELATÓRIO E CONTAS 2002 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2002 PAPELARIA FERNANDES-INDÚSTRIA E COMÉRCIO, S.A. Sede: Largo do Rato, nº 13 - 1º - 1250 Lisboa Capital Social: 13.750.000 Euros Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o nº 6848 Pessoa Colectiva nº 500 211 310 Sociedade Aberta CONVOCATÓRIA Assembleia Geral Anual Nos termos da Lei e dos estatutos, são convocados os Senhores Accionistas desta sociedade para se reunirem em assembleia geral anual, pelas 11:00 horas do dia 15 de Abril de 2003 na sala Solimões, do Hotel Amazónia - Travessa Fábrica dos Pentes, nº 12 - 20 - Lisboa, local escolhido por as instalações da sede não permitirem a reunião em condições satisfatórias, com a seguinte ordem de trabalhos: 1º Discutir, aprovar ou modificar o Relatório de Gestão, o Balanço e Contas não consolidadas da empresa relativos ao exercício de 2002, bem como os respectivos Relatório e Parecer do Conselho Fiscal; 2º Discutir, aprovar ou modificar o Relatório de Gestão, o Balanço e Contas consolidadas da empresa relativos ao exercício de 2002, bem como os respectivos Relatório e Parecer do Conselho Fiscal; 3º Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados da empresa, apresentada pelo Conselho de Administração; 4º Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da empresa, de harmonia com o disposto nos artº 376.º e 455.º, n.º 1, do Código das Sociedades Comerciais; 5º Deliberar sobre uma proposta do Conselho de Administração para aquisição e alienação de acções próprias da sociedade, em conformidade com o disposto nos artºs 319.º e 320.º, ambos do Código das Sociedade Comerciais; 6º Proceder à eleição dos membros dos corpos sociais para o quadriénio 2003-2006; 7º Deliberar acerca da prestação ou não da caucão pelos Administradores que forem nomeados;

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 1

RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2002

PAPELARIA FERNANDES-INDÚSTRIA E COMÉRCIO, S.A.Sede: Largo do Rato, nº 13 - 1º - 1250 Lisboa

Capital Social: 13.750.000 EurosMatriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o nº 6848

Pessoa Colectiva nº 500 211 310Sociedade Aberta

CONVOCATÓRIA

Assembleia Geral Anual

Nos termos da Lei e dos estatutos, são convocados os Senhores Accionistas desta

sociedade para se reunirem em assembleia geral anual, pelas 11:00 horas do dia 15

de Abril de 2003 na sala Solimões, do Hotel Amazónia - Travessa Fábrica dos

Pentes, nº 12 - 20 - Lisboa, local escolhido por as instalações da sede não

permitirem a reunião em condições satisfatórias, com a seguinte ordem de trabalhos:

1º Discutir, aprovar ou modificar o Relatório de Gestão, o Balanço e Contas não

consolidadas da empresa relativos ao exercício de 2002, bem como os respectivos

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal;

2º Discutir, aprovar ou modificar o Relatório de Gestão, o Balanço e Contas

consolidadas da empresa relativos ao exercício de 2002, bem como os respectivos

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal;

3º Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados da empresa, apresentada

pelo Conselho de Administração;

4º Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da empresa, de

harmonia com o disposto nos artº 376.º e 455.º, n.º 1, do Código das Sociedades

Comerciais;

5º Deliberar sobre uma proposta do Conselho de Administração para aquisição e

alienação de acções próprias da sociedade, em conformidade com o disposto nos

artºs 319.º e 320.º, ambos do Código das Sociedade Comerciais;

6º Proceder à eleição dos membros dos corpos sociais para o quadriénio 2003-2006;

7º Deliberar acerca da prestação ou não da caucão pelos Administradores que forem

nomeados;

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8º Deliberar acerca da retribuição ou não dos membros do Conselho de

Administração e do Conselho Fiscal, ou de alguns deles.

No caso de a assembleia se não poder reunir em primeira convocatória por falta de

quórum, desde já se convocam os Senhores Accionistas para se reunirem, em

segunda convocatória, pelas 11 horas no dia 6 de Maio de 2003 Hotel Amazónia -

Travessa Fábrica dos Pentes, nº 12 - 20 - Lisboa, com a mesma ordem do dia e

podendo deliberar com qualquer quórum.

Os documentos de prestação de contas, as propostas a apresentar pelo Conselho

de Administração, bem como as informações a que se refere o artº 289º do Código

das Sociedades Comerciais, encontrar-se-ão à disposição dos Senhores

Accionistas, na sede social, com quinze dias de antecedência sobre a data fixada

para a realização da Assembleia Geral que ora se convoca.

Têm direito a estar presentes na Assembleia Geral e aí discutir e votar os Senhores

Accionistas que possuam pelo menos cem acções averbadas como propriedade

sua, quando nominativas, ou, quando ao portador, depositadas em instituições de

crédito ou entidades equiparadas por lei para o efeito, até quinze dias antes da data

marcada para a reunião, facto que comprovarão à sociedade com, pelo menos, oito

dias de antecedência.

Para efeitos do parágrafo anterior as acções deverão manter-se na situação nele

referida até ao encerramento da Assembleia Geral.

A cada grupo de cem acções corresponde um voto, podendo os Senhores

Accionistas que não possuírem tal número agruparem-se por forma a completá-lo,

devendo nesse caso fazer-se representar por um só. O representante de Senhores

Accionistas agrupados ou dos contitulares de um lote de acções deverá ser indicado

à Sociedade com, pelo menos, oito dias de antecedência sobre a data marcada para

a reunião em causa.

Os Senhores Accionistas com direito a voto poderão, de harmonia com o disposto

no art. 22º do Código dos Valores Mobiliários, exercê-lo por correspondência,

através de declaração por si assinada, onde manifestem, de forma inequívoca, o

sentido de voto em relação a cada um dos pontos da ordem do dia.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 3

A declaração de voto deve ser acompanhada de fotocópia legível do bilhete de

identidade do Senhor Accionista; sendo este uma pessoa colectiva, as assinaturas

de quem a obrigue deverão ser reconhecidas nessa qualidade.

As declarações de voto deverão ser inseridas em envelope fechado, endereçado ao

Presidente da Mesa da Assembleia Geral e enviado através de correio registado, e

recebidas na sede social até ao dia 14 de Abril de 2003.

Os Senhores Accionistas poderão, a partir do dia 31 de Março de 2003 solicitar o

teor das propostas colocadas à disposição dos Senhores Accionistas, bem como os

exemplares dos boletins de voto especialmente elaborados para o exercício dos

votos por correspondência.

Lisboa, 7 de Março de 2003.

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Fernando Manuel Nore de Almeida Jardim

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RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DAS SOCIEDADES

Capítulo I – Divulgação de Informação

1. Organização da Sociedade

O Grupo Papelaria Fernandes é constituído por seis empresas, sendo a Empresa

mãe simultaneamente holding e operacional.

À Empresa mãe, enquanto holding cabem também as funções Financeiras,

Compras, Aprovisionamento e Gestão de Produtos, Informática, Pessoal e engloba a

Assessoria Jurídica que presta regularmente às suas participadas.

A estratégia da Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio e também do Grupo de

Empresas é delineada pelo Conselho de Administração e os administradores

executivos determinam, acompanham e controlam a sua implementação.

Estratégia

Operacional

ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE

Financeira Controle de Gestãoe

Auditoria

Informática Comprase

Gestão de Produtos

Pessoal

Catarina Formigo

Comercial Marketing

Logística Distribuição

António Arriaga

Fernandes ConvertingTransformação de Papel

João Sá Nogueira

Papelaria FernandesLojas

Graça Medina

Fernandes TécnicaDesenho e Reprodução

Graça Medina

TransferSociedade de Transportes

António Arriaga

PrintimaImpressão e Tratamento

de ImagensVitor Chen

Conselhode

AdministraçãoAdministradores Executivos

JúridicoRelações com o Mercado

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2. Evolução das Cotações

Desempenho dos Valores Mobiliários em Bolsa

As acções da Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio revelou uma “perfomance”

francamente positiva, apesar do contexto pouco satisfatório vivido pelo mercado de

capitais em 2002.

Não podemos deixar de fazer menção ao reconhecimento do mercado de Capitais

na evolução do desempenho da Papelaria Fernandes. Num quadro de contracção

generalizada, as cotações da Papelaria Fernandes observaram uma variação

positiva de 71% entre 31 de Dezembro de 2001 e 31 de Dezembro de 2002.

Esta tendência revela sustentabilidade, uma vez que até à data em que nos

encontramos a redigir o relatório, as mesmas cotações já evoluíram +24%.

3. Política de dividendos

A Papelaria Fernandes mercê dos resultados negativos desde há vários exercícios

não tem procedido à distribuição de dividendos.

4. Planos de aquisição de acções ou atribuição de opções de compra de acções a funcionários ou órgãos de administração

Embora a sociedade tenha autorização dos seus accionistas para adquirir até 10%

de acções próprias para eventual atribuição aos membros dos seus órgãos,

quadros, empregados e também dos das suas associadas, tal faculdade não foi

exercida até ao presente.

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A Papelaria Fernandes não dispõe de qualquer plano de aquisição de acções para

os seus funcionários e não está também definido qualquer plano de “Stock Options”

quer para colaboradores, quer para membros dos órgãos sociais.

5. Utilização das novas tecnologias

Assinala-se a modernidade dos Sistemas de informação da Empresa, quer pela sua

plataforma de “hardware” quer pela flexibilidade e abrangência das funcionalidades

dos diversos subsistemas aplicacionais.

A Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio e as suas participadas disputam de

condições de modernidade no capítulo das novas tecnologias.

Para além do já referido dispõe do portal transaccional do Grupo, com o endereço

www.papelariafernandes.pt e estão disponíveis catálogos em todos os “Market

Places” conhecidos bem como em alguns portais verticais.

Devem também salientar-se os vários outros projectos de “e-procurement” de

algumas grandes empresas em que a PFIC se envolveu, cuja importância no

posicionamento estratégico da Companhia é crucial e que implicaram que, já no final

do ano, cerca de 1/3 das suas mais de 600 transacções diárias fossem efectuadas

via Internet.

A Papelaria Fernandes cumpre as disposições legais, divulgando todos os factos

relevantes da vida da Empresa e que estão naturalmente disponíveis, através da

CMVM, também na sua página na Internet www.cmvm.pt

Todas as notas informativas, bem como os comunicados, avisos e dados

contabilisticos, são também enviados, através de correio electrónico, para

intermediários financeiros, investidores, meios de comunicação e agentes com que a

empresa se relaciona.

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6. Gabinete de apoio aos investidores

A Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio dispõe de um Gabinete de Apoio aos

Investidores, onde se inserem também as responsabilidades de Representante para

as Relações com o Mercado. Este gabinete é o responsável pelas relações da

Empresa com os agentes do mercado, nomeadamente entidades oficiais CMVM,

Euronext Lisboa.

É também através deste gabinete que se estabelece o contacto com os accionistas

da sociedade.

Os contactos a utilizar podem ser os seguintes:

Representante para as relações com o mercado

Dra. Catarina Mira Machado Gorjão Formigo

Tel. 351 21 426 82 90

Fax 351 21 426 82 31

e-mail [email protected]

Qualquer esclarecimento adicional, nomeadamente sobre o pagamento de

dividendos, evolução da actividade da empresa, datas de realização de assembleias

gerais ou apresentações de resultados, podem também ser solicitadas a este

gabinete, através dos meios anteriormente referidos, ou por escrito para:

Papelaria Fernandes-Industria e Comércio, S.A.

Gabinete de Apoio aos Investidores

Estrada Nacional 249 – 3 – Sítio do Cotão

2735-307 Cacém

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Capítulo II – Exercício do Direito de Voto e Representação de Accionistas

1. Incentivos ao exercício do direito de voto

Objectivar acções ou mecanismos para incentivar a participação dos accionistas nas

assembleias gerais, ou promover o exercício dos seus direitos de voto é tarefa que

desde há muito tem sido uma preocupação da Sociedade. Não sendo tarefa fácil,

destacamos uma cuidada preparação das exposições do Conselho de

Administração sobre as actividades desenvolvidas e perspectivas do negócio com

adequada documentação de apoio à disposição de accionistas, opção por espaços

convidativos para realização das reuniões com as melhores condições para

discussão entre os accionistas dos temas em debate e sobretudo de fácil acesso ao

maior número.

Neste âmbito é ainda preocupação da empresa que a divulgação seja o mais

abrangente e publicitada possível. Assim a publicação da realização das

Assembleias Gerais é efectuada para além do boletim de Cotações da BVLP e do

Diário da República, através de anúncio num jornal de grande circulação nacional,

conforme determinam as disposições legais.

Para o exercício do voto por correspondência houve inevitavelmente que

estabelecer uma disciplina que fosse o menos limitativa possível e apenas

condicionada pelas exigências de organização e regular andamento dos trabalhos

da Assembleia Geral. Assim é facultado aos accionistas o direito de enviarem o seu

voto por correspondência até ao terceiro dia anterior ao da realização da

assembleia.

Relativamente ao exercício do direito de voto para presença na Assembleia Geral os

Accionistas devem informar acerca da titularidade das acções até 8 dias antes da

data da Assembleia Geral.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 9

Até ao presente não foi possível conciliar as preocupações de realização da

Assembleia em local com as melhores condições de espaço e de resposta às

exigências técnicas do exercício de voto por meios electrónicos. A Sociedade não

obteve até ao momento, da parte dos seus accionistas um especial interesse por

esta modalidade de voto.

Nas Assembleias Gerais desta sociedade têm direito de voto os accionistas titulares

de, pelo menos, cem acções, sem prejuízo do direito daqueles que forem titulares de

um menor número se agruparem por forma a completá-lo, fazendo-se, nesse caso,

representar por um dos agrupados. Por cada cem acções conta-se um voto.

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Capítulo III – Regras Societárias

1. Códigos de Conduta da Sociedade e Controle de Risco na Actividade da

Sociedade

A Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio, S.A., enquanto “holding” acompanha

regularmente a actividade das Sociedades participadas através do seu “staff” em

Controle de Gestão e Auditoria Interna que vai apontando a evolução de cada

Empresa e comparando mensalmente com os objectivos delineados.

Enquanto Empresa operacional e para além do mesmo enquadramento em matéria

de Controle e Auditoria Interna, também dispõe de um conjunto de normas e

procedimentos aplicáveis na generalidade ou em cada uma das funções específicas.

Há normas definidoras de “pricing” para os vários canais de venda e a política de

descontos a Clientes está claramente regulamentada, tanto do ponto de vista de

plafonds como do ponto de vista de cabaz de artigos fornecidos.

Há normas definidoras das condições de pagamento e há um controle rigoroso das

situações de crédito de cada Cliente.

Há normas definidoras das condições de recepção da mercadoria e do próprio

processo de encomenda aos fornecedores.

Há normas definidoras das condições de constituição de stocks de segurança.

Há normas definidoras dos procedimentos administrativos e validação de

documentos contabilisticos.

Há normas definidoras das condições de admissão de pessoal e também das

alterações do perfil ou temporalidade dos contratos de trabalho.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 11

Há normas definidoras para as situações pontuais de trabalho extraordinário.

Há normas de segurança e de higiene no trabalho.

Há um Regulamento de Prevenção e Controlo do Consumo do Álcool.

O cumprimento do estabelecido é verificado por cada um dos Directores, nas várias

funções, mas não dispensa a intervenção e acompanhamento da Auditoria Interna.

A Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio, considera estar dotada dos meios de

controle suficientes para um efectivo domínio do risco na actividade da empresa e

das suas participadas.

2. Limitação aos direitos de voto

Para além da quase inexpressiva limitação de voto decorrente da contagem de voto

por cada cem acções detidas, a que atrás já nos referimos justificado por

necessidades de ordenamento do processamento das votações em Assembleia

Geral, dos estatutos da sociedade consta ainda uma limitação, para protecção de

minorias, de que resulta não serem contados os votos emitidos por um accionista ou

por conjunto de accionistas que se encontrem coligados entre si, na parte que

excedam 15% da totalidade dos votos correspondentes ao capital social.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 12

Capítulo IV – Órgão de Administração

O Conselho é composto por cinco membros.

Membros Executivos

� Catarina Mira Machado Gorjão Formigo

� António Manuel Formigal de Arriaga

Membros Não Executivos

� Vasco Luís Schultess de Quevedo Pessanha

� Casimiro Bento da Silva Santos

� Pedro de Meneses Pereira dos Santos

Não existe comissão executiva.

Os administradores são também administradores doutras sociedades do Grupo e

fora dele, conforme se explicita:

Vasco Luís Schultess de Quevedo PessanhaAdministrador – Inapa-IPG, S.A.

Administrador – SDP-Sociedade de Distribuição de Papel, S.A.

Administrador –Medialivros-Actividades Editoriais, S.A.

Administrador –Gestinapa, SGPS, S.A.

Administrador –Inaveste – Sociedade de Gestão de Participações Sociais, S.A.

Administrador –Inapa France

Administrador –Inapa Deutschland GmbH

Administrador –Lucchetti Decart, Spa

Administrador –Papier Union GmbH (Beirat)

Administrador – Mepesa – Sociedade de Investimentos Imobiliários, SA

Administrador – Sagritávora – Soc. Agric. Da Quinta do Távora, SA

Gerente – Sociedade Agrícola da Quinta dos Bruxeiros, Lda

Gerente – Sociedade Agrícola da Quinta dos Fidalgos, Lda

Administrador – Sociedade Agrícola da Quinta da Barata, SA

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 13

Administrador – Imprerocha – Investimentos Prediais da Rocha, SA

Administrador – VQP – Investimentos, Gestão e Participações Financeiras, SA

Administrador – Solvay Portugal, SA

Catarina Mira Machado Gorjão FormigoPresidente C.A. – Fernandes Converting-Transformação de Papel, S.A.

Presidente C.A. – Papelaria Fernandes – Lojas, S.A.

Presidente C.A. – Fernandes Técnica – Desenho e Reprodução, S.A.

Presidente C.A. – Transfer-Sociedade de Transportes, S.A.

Presidente C.A. – Printima-Impressão e Tratamento de Imagens, S.A.

Gerente – Catguir, Sociedade Imobiliária, Lda

António Manuel Formigal de ArriagaAdministrador – Papelaria Fernandes – Lojas, S.A.

Administrador – Fernandes Técnica – Desenho e Reprodução, S.A.

Administrador – Transfer-Sociedade de Transportes, S.A.

Casimiro Bento da Silva Santos

Administrador – Inapa – IPG, SA

Administrador – SDP – Sociedade de Distribuição de Papel, SA

Administrador – Gestinapa, SGPS, SA

Administrador – Idisa-Inapa Distribuição Ibérica, SA

Gerente – Sociedade de Decorações, Lda

Gerente – Papéis Carreira Açores, Lda

Administrador – CPA-Central Papeleira de Alenquer, SA

Gerente – Papéis Carreira – Madeira, Lda

Pedro Pereira dos Santos

Secretário Mesa Assembleia – Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio, SA

Presidente M.A. – Fernandes Converting – Transformação de Papel, SA

Presidente M.A. – Papelaria Fernandes – Lojas, SA

Presidente M.A. – Fernandes Técnica – Desenho e Reprodução, SA

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 14

Presidente M.A. – Transfer – Sociedade de Transportes, SA

Presidente M.A. – Printima – Impressão e Tratamento de Imagens, SA

As funções desempenhadas noutras empresas não conflituam com a independência

do desempenho do seu cargo nesta sociedade, sendo de salientar que,

relativamente àqueles que desempenham funções de administração fora do Grupo,

a presença dos administradores Inaveste SGPS, SA, representado pelo Senhor Dr.

Vasco de Quevedo Pessanha e Casimiro Bento Silva Santos tem permitido um

enriquecimento do conselho de administração em termos de experiência e

conhecimentos dos sectores chave da distribuição e armazenagem de papel, sem

afectação da sua independência de avaliação e decisão.

O Conselho reúne mensalmente para apreciação da actividade da Sociedade e das

Sociedades participadas e reúne trimestralmente para aprovação das contas a

divulgar nos termos da lei, também pode ocorrer reuniões de Administração para

apreciação de matérias que o justifiquem.

As remunerações do Conselho de Administração foram de 130.000 € em 2002.

Estas são as remunerações efectivas e não há qualquer componente variável.

Esclarece-se que os membros não executivos não auferem remunerações.

Cacém, Março de 2003.

O Conselho de Administração

Inaveste-SGPS, S.A., representada porVasco Luís Schulthless de Quevedo PessanhaCatarina Mira Machado Gorjão FormigoAntónio Manuel Formigal de ArriagaCasimiro Bento da Silva SantosPedro Pereira dos Santos

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 15

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Índice

1. Introdução

2. Síntese do Exercício

3. Actividade da Papelaria Fernandes – Indústria e Comércio,SA.

4. Proposta da Aplicação de Resultados

5. A Actividade das Empresas Subsidiárias

5.1. Fernandes Converting-Transformação de Papel, S.A.5.2. Papelaria Fernandes-Lojas, S.A.5.3. Fernandes Técnica-Desenho e Reprodução, S.A.5.4. Transfer-Sociedade de Transportes, S.A.5.5. Printima-Impressão e Tratamento de Imagens, S.A.

6. Contas Consolidadas

7. Nota Final

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 16

1 - INTRODUÇÃO

Após mais um ano de actividade intensa na história da Papelaria Fernandes, vimos

agora dar a conhecer aos Senhores Accionistas e ao mercado em geral, os factos

mais marcantes da vida da nossa Empresa em 2002.

Continuamos a testemunhar que o nome Papelaria Fernandes que os portugueses

tão bem conhecem, contém uma marca positiva, largamente diferenciada e

diferenciadora, que se traduz numa vantagem relativamente a outros operadores

nossos concorrentes, apesar de estarmos conscientes das dificuldades que estes

mesmos nos impõem em clima de agressividade acrescida.

Mantemos o espírito do desafio permanente e não descuramos a busca permanente

de apresentar propostas de valor a todos os nossos Clientes que desejem não

apenas um fornecedor, mas antes um parceiro de negócio, sem reparos do ponto de

vista ético.

A comunicação de objectivos e valores continua a merecer atenção reforçada,

porque cada vez mais temos a certeza que os desafios só são eficazes quando a

mensagem que os transmite for entendida e partilhada por todos os colaboradores,

em qualquer área funcional, desde os mais antigos aos mais recentes e que muito

rapidamente têm de perceber que a aculturação aos valores é condição essencial

para integração com sucesso na Equipa Papelaria Fernandes.

Todos conhecemos as adversidades macro-económicas em que as empresas

tiveram de operar em 2002, nomeadamente a partir do 2º Semestre, sentindo já os

efeitos de uma desaceleração acentuada dos padrões de consumo e de

investimento e antevendo o cenário de uma recessão próxima.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 17

A Papelaria Fernandes também não foi imune a estas condicionantes e alguns

projectos implementados observaram um desenvolvimento mais lento do que teriam

observado se o ambiente do nosso país fosse de maior prosperidade.

Contudo, pensamos que o mercado não está desatento e observa com confiança os

projectos em que estamos envolvidos e que temos tido a preocupação de divulgar

com muita transparência.

Não podemos pois deixar de fazer menção ao reconhecimento do mercado de

Capitais na evolução do desempenho da Papelaria Fernandes. Num quadro de

contracção generalizada, as cotações da Papelaria Fernandes observaram uma

variação positiva de 71% entre 31 de Dezembro de 2001 e 31 de Dezembro de

2002, parecendo esta tendência revelar sustentabilidade, uma vez que até esta data,

as mesmas cotações já evoluíram +24%.

O decréscimo do consumo privado afectou particularmente a nossa Empresa de

retalho para particulares, a Papelaria Fernandes Lojas, SA, que manteve um volume

de negócios ao nível do ano anterior mas apenas porque disponibilizou novos

pontos de venda.

Enquanto constatamos que os portugueses não deixaram de preferir as lojas da

Papelaria Fernandes, e até verificámos um acréscimo no número de transacções,

também observamos que o valor médio dessas transacções sofreu uma redução

comparativamente com 2001.

Parece evidente que este facto está associado, e é dependente exclusivamente, do

decréscimo do poder de compra e do tão falado abalo no indicador de confiança dos

portugueses, nos últimos meses.

No entanto, e apesar de não termos conseguido ainda em 2002, o atingimento dos

resultados perspectivados, os elementos quantitativos que vamos apresentar,

traduzem inequivocamente uma melhoria relativamente ao ano anterior, e isto

fundamentalmente devido à recuperação da casa mãe, a Papelaria Fernandes-

Indústria e Comércio, que viu crescer o seu volume de negócios em 20%.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 18

O modelo estratégico que vamos consolidando e os contínuos ajustamentos

organizacionais não revelam desadequação às especificidades das várias áreas de

negócio da Papelaria Fernandes e ao seu desenvolvimento em modernidade.

Por via duma actuação sustentada por estas linhas orientadoras, as contas da

Papelaria Fernandes - Indústria e Comércio e das suas subsidiárias não podem

exibir os resultados esperados apenas por não ter sido possível alcançar o volume

de negócios do plano de 2002, e não por desvios de custos, uma vez que dos

mesmos transparecem, na realidade, os efeitos da racionalidade e flexibilidade

planeadas.

2 - SÍNTESE DO EXERCÍCIO

O volume de negócios consolidado situou-se em 48.743 mil Euros, o que reflecte um

acréscimo de 5,4% relativamente a 2001 e que é influenciado pelo crescimento das

vendas da Empresa-mãe, a Papelaria Fernandes – Indústria e Comércio, S.A..

2002 2001Vendas Líquidas 48.743 100.0% 46.240 100.0%

Resultados Operacionais 1.723 3.5% 1.758 3.8%

Resultados Financeiros -2.526 -5.2% -2.886 -6,2%

Resultado Líquido -628 -1.3% -773 -1.7%

Milhares de Euros

Enquanto a margem bruta consolidada ascendeu a 17.093 mil Euros revelando um

decréscimo de 2,9 pontos percentuais, os custos denotaram decréscimo relativo, o

que com a contribuição favorável da redução do peso da função financeira permitiu

que o resultado líquido consolidado que se cifrasse em 628 mil Euros negativos,

contemplando uma melhoria de 145 mil Euros relativamente a 2001.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 19

3 - ACTIVIDADE DA PAPELARIA FERNANDES – INDÚSTRIA ECOMÉRCIO, S.A.

Sem alteração do enquadramento em que opera, a Papelaria Fernandes - Indústria

e Comércio (PFIC), mantém o estatuto de Empresa mãe, holding consolidante da

actividade das suas subsidiárias e ao mesmo tempo o de Empresa operacional,

actuando como Empresa grossista distribuidora de produtos e serviços nos sectores

de material escolar e de escritório.

Actividade Comercial

Mau grado as circunstâncias desfavoráveis da conjuntura económica e o continuado

aumento da concorrência, sobretudo de operadores internacionais, a PFIC

conseguiu fazer crescer o seu volume de negócios em 20%, por via do impacto de

dois projectos comerciais que, para além da sua importância quantitativa, valem

essencialmente pelo seu carácter pioneiro e paradigmático no sector de actividade

em que a Empresa se insere. Trata-se do fornecimento de economatos,

nomeadamente do BPI, e da parceria comercial com o PMElink.

O primeiro, pelas suas dimensão e abrangência, bem como pela complexidade

operacional e tecnológica incorporadas e ainda pela economia e racionalização

induzidas nos Clientes, estabeleceu, sem dúvida, uma referência inovadora e

modular, mesmo em termos internacionais, no que pode tornar-se o “procurement”

de economato de grandes instituições, com intensa dispersão regional, através de

um catálogo de artigos na sua grande maioria exclusivos e utilizando processos

transaccionais electrónicos totalmente integrados.

No segundo caso, configura-se um negócio em parceria com um operador

inteiramente cibernético, um “stockless dealer”, em que a PFIC assegura a cadeia

de abastecimento de uma parte muito relevante e sempre crescente da respectiva

oferta de produtos ao mercado nacional das PME’s. Este exemplo é também um

paradigma a afirmar, em “contracorrente”, o êxito possível de um canal de vendas

B2B por via da internet, quando na presença de uma operação bem montada

comercial e logisticamente.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 20

Devem também salientar-se os outros projectos de “e-procurement” de algumas

grandes empresas em que a PFIC se envolveu, cuja importância no posicionamento

estratégico da Companhia é crucial e que implicaram, já no final do ano, que cerca

de 1/3 das suas mais de 600 transacções diárias fossem efectuadas via Internet.

Nos restantes negócios de revenda, a quebra de vendas verificada acompanhou

genericamente a evolução desfavorável do sector e contribuiu decisivamente para a

significativa transferência de facturação para a actividade comercial de venda directa

às Empresas e Instituições (B2B), sector onde a Empresa estrategicamente se vai

afirmando como um fornecedor capaz de responder às novas exigências do

mercado, quer em termos de modernidade, quer de racionalização, marcando

claramente a suas diferenciação e vantagens competitivas.

Importa ainda referir a importância dos novos projectos comerciais desenvolvidos

cujo impacto se fará sentir em exercícios futuros e que vão completando o

posicionamento estratégico da Empresa como fornecedor global e exaustivo e

operando, tendencialmente cada vez mais, através de parcerias comerciais com

agentes ou operadores diversos e bem caracterizados.

� A aquisição dos direitos de “master-franchiser”, tanto para Portugal, como

também para Angola e Moçambique, da cadeia internacional de retalho da

especialidade “Office 1 Superstore” bem como a abertura das duas primeiras

lojas próprias em Lisboa, vai permitir já à Empresa posicionar-se, através

deste tipo de retalho, no segmento SOHO (small office & home office) e

beneficiar da transferência de “know-how” específico, bem como de fortes

sinergias internacionais de compras. Na sequência deste projecto, será

aberta mais uma loja própria no Porto e iniciar-se-á o processo de “sub-

franchising”, o seu vector de desenvolvimento, através da abertura, em 2003,

de um mínimo de 4 novas lojas.

� O lançamento e a divulgação, já no final do ano, do catálogo de “Corporate

Gift”, fez arrancar, de forma consistente e abrangente, a exclusiva proposta

de valor da Empresa no mercado tão grande e prometedor do artigo

publicitário e das ofertas corporativas, usufruindo da exaustiva gama de

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 21

artigos já comercializados e da sua extensa experiência de “sourcing” e

marcando a diferença pela sua credibilidade. Para desenvolver este negócio

virá a ser estabelecida uma rede regional de agentes comerciais,

beneficiando-se da capacidade de relacionamento local destes e da sua

disponibilidade e empenho.

� Finalmente, no último dia do ano, foi assinado um acordo de parceria com os

CTT atinente à instalação e exploração, em cerca de 400 estações de

correios, de quiosques modulares de papelaria, geridos e abastecidos pela

PFIC, o que permitirá desenvolver, num curto prazo, um novo negócio de

apreciável dimensão e notoriedade e de baixo risco, por via do tráfego de

consumidores aí já existente e dos reduzidos recursos próprios a afectar

nesta operação.

� Deverá também referir-se a decisão tomada de abrir, durante o primeiro

semestre de 2003, uma rede de 7 entrepostos logísticos regionais, através

de parcerias com agentes locais, com vista a melhorar consideravelmente o

nível de serviço prestado aos Clientes do Norte do País e do interior, criando

vantagem competitiva. Esta operação implicará apenas custos marginais

variáveis, dado que consistirá na deslocalização de “stock” do armazém

central, não implicando qualquer acréscimo estrutural.

Assim, através dos vários projectos de parceria comercial com todos estes

operadores – agentes comerciais, “sub-franchisados”, CTT, “stock-less dealers”, etc.

– a Empresa reforçará substancial e solidariamente a sua base de negócio,

beneficiando da capacidade geradora de vendas de todos os seus parceiros

reservando-se um papel próprio exclusivo e de valia única - o respectivo “integrador

logístico”.

Resultados e Situação Económica e Financeira

Os documentos de prestação de contas da Papelaria Fernandes - Indústria e

Comércio, S.A., referentes ao exercício de 2002, foram elaborados de acordo com

as normas vigentes e o mesmo rigor foi prosseguido no domínio dos critérios de

especialização.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 22

Sem alterar a metodologia de apresentação dos anos anteriores, no quadro que se

segue, damos nota detalhada acerca das principais rubricas e indicadores.

2002 2001Vendas Líquidas 25.976 100.0% 21.781 100.0%

Margem Bruta 6.139 23.6% 5.660 26.0%

Outros Resultados 1.316 5.1% 1.581 7.3%

FSE 2.697 10.4% 2.541 11.7%

Pessoal 2.952 11.4% 2.798 12.8%

Outros Custos 135 0.5% 137 0.6%

Amortizações+Provisões 959 3.7% 1.059 4.9%

Resultados Operacionais 710 2.7% 707 3.2%

Resultados Financeiros -1.549 -6.0% -1.875 -8.6%

Resultados Exploração -839 -3.2% -1.169 -5.4%

Resultados Extraordinários 104 0.4% 191 0.9%

Resultados Antes Impostos -735 -2.8% -978 -4.5%

Resultado Líquido -751 -2.9% -989 -4.5%

Meios Libertos Brutos 1.757 6.8% 1.946 8.9%

Cash Flow (incl.Extra) 208 0.8% 70 0.3%

EBIT / % Vendas 814 3.1% 897 4.1%

EBITDA / % Vendas 1773 6.8% 1.957 9.0%

Milhares de Euros

Salienta-se o acréscimo de 20% no volume de vendas, desacompanhado de igual

recuperação da margem, uma vez que em termos médios se verificou a deterioração

do “mix” de vendas de produtos.

Este facto tem claramente a ver com a própria composição dos segmentos de

Clientes, sendo que gradualmente o negócio B2B, de margens mais reduzidas,

assume maior quota na repartição das vendas.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 23

A Papelaria Fernandes ao conhecer bem esta realidade reforçou os objectivos de

racionalidade e controle de custos, salientando-se que a expressão de cada uma

das rubricas, em relação ao volume de vendas, apresenta sinal descendente,

incluindo a função financeira.

O orçamento de 2003 assenta em objectivos de margem suportados por esta

constatação.

Destaca-se a recuperação de cerca de 240.000 Euros no resultado, embora ainda

não tenha sido possível atingir o pleno de equilíbrio, tendo presente a conjuntura

vivida.

O diferencial para este patamar teria sido concretizado se os novos projectos

implementados tivessem encontrado ambiente que lhes permitisse um arranque

mais acelerado.

Investimentos

Os investimentos realizados no decurso de 2002 obedeceram aos critérios de

racionalização a que nos vimos habituando, contemplando os projectos de

desenvolvimento já anunciados e também as adaptações exigidas nos sistemas de

informação.

A Papelaria Fernandes continua, em posição de modernidade diferenciada no seu

sector de actividade no que se refere à aplicação de novas tecnologias nos modelos

transaccionais.

Recursos Humanos

O quadro de meios humanos da Papelaria Fernandes – Indústria e Comércio em 31

de Dezembro de 2002 era de 159 colaboradores, exibindo um acréscimo aparente

de 16 relativamente a 31.12.2001, que reflecte não apenas os colaboradores

admitidos para reforço técnico e comercial das novas áreas de negócio mas também

o reforço dos meios de “picking” e “packing” no armazém e que ascendem a um

diferencial de 8 colaboradores, correspondendo o restante à deslocalização de

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 24

outras subsidiárias, mais uma vez consequência do esforço de integração de

funções horizontais para a Empresa mãe, satisfazendo assim as necessidades de

todas as subsidiárias.

Situação Patrimonial

O Conselho de Administração reitera a convicção do imperativo de intervenção de

grande abrangência no domínio do Balanço da Papelaria Fernandes – Indústria e

Comércio que naturalmente influenciará o consolidado.

Na senda do objectivo de saneamento da estrutura patrimonial, durante o exercício

de 2002 preocupamo-nos com a potenciação do valor de alguns activos imóveis,

não afectos à exploração, que poderão vir a ser alienados e, permitir a redução do

nível de endividamento em dimensão considerável.

As acções desenvolvidas permitiram a celebração do contrato de promessa de

venda do imóvel das antigas instalações fabris no Rato, cuja escritura de venda

prevemos outorgar brevemente, uma vez que o projecto de reabilitação já foi

aprovado pelo IPPAR.

Esta transacção permitirá realizar uma mais valia confortável no exercício de 2003.

Também apresentamos na Câmara Municipal de Sintra um pedido de informação

prévia para um projecto imobiliário, contemplando o aproveitamento faseado do

terreno no Cacém onde se encontram as actuais instalações de Armazém e

Escritórios da Papelaria Fernandes - Indústria e Comércio, SA.

Procurando ajustar, ainda que com prudência, os valores do património em que este

projecto assenta, procedemos a uma avaliação independente e acrescentamos uma

reserva de reavaliação adequada, corrigindo a prática adoptada em exercícios

anteriores.

Mas ainda há muito a fazer, visando a melhor adequação do nível dos capitais

circulantes ao volume de actividade com reflexo de monta no Balanço,

nomeadamente nos indicadores de Tesouraria.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 25

É verdade que já foram iniciados vários procedimentos com a finalidade de reduzir o

valor afecto às existências e às dívidas de Clientes, estando em curso medidas que

permitirão alcançar patamares compatíveis com a dimensão da actividade.

Os níveis de serviço a que os contratos de abastecimento de economato e as

parcerias comerciais nos obrigam, determinam, nalguns casos stocks padrão de

segurança, acima do que seria economicamente desejável.

A centralização das compras e a gestão mais atenta da gama e do

aprovisionamento de produtos levará a resultados no sentido do que pretendemos.

De qualquer modo, há um aspecto importante que sofreu alterações significativas, e

com sinal positivo durante o exercício de 2002, e que respeita à redução do número

e valor das referências com menor rotação.

Este resultado foi consequência de uma análise exaustiva levada a cabo no

exercício que permitiu expor para comercialização muitos produtos que por inércia e

com indicação de descontinuados tinham deixado de ser apresentados ao mercado

ou não eram apresentados com a insistência que se impõe e exige.

Trata-se na realidade de produtos de qualidade e mesmo actualidade indiscutíveis e

que apenas não eram vendidos porque, entretanto, por força de apelos de design,

tinham sido substituídos por sucedâneos mais recentes.

Os novos índices de rotatividade vieram dar a conhecer com sustentação que os

valores de provisões para depreciação de existências reflectem confortavelmente

poderem estar além do que seria exigível do ponto de vista de prudência por

avaliação do risco de obsolescência.

Foram visíveis as actuações no domínio do controle de crédito e recuperação de

saldos vencidos, ao ponto de também aqui, as provisões para o efeito de cobranças

duvidosas, se revelarem adequadas.

Procuramos sobretudo agilizar os mecanismos de cobrança e actuação com maior

celeridade na tentativa de encontrar garantias adicionais que suportem saldos de

Clientes devedores com quem celebramos acordos de pagamentos em prestações.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 26

Ainda no domínio da estrutura patrimonial cabe referir dois pontos essenciais que

tradicionalmente os nossos Auditores observam.

Uma questão tem a ver com a valorização das marcas registadas de referência e de

exclusividade da Papelaria Fernandes, das quais mantemos a convicção de que

constituem um património que não se deteriorou mas antes se apreciou com a

passagem do tempo.

É nossa intenção proceder a um novo estudo de avaliação deste incorpóreo, até

porque com o alargamento das áreas de negócio, estas marcas ficam privilegiadas

pela abrangência de exposição.

Por via desta decisão e entendendo que o acréscimo da reserva será superior a

eventuais correcções de situação líquida se viermos a enveredar por critério de

amortização, elegemos o próximo exercício para reponderar este tema.

A segunda questão tem a ver com a valorimetria das participações financeiras e que

correspondem às participações no capital das associadas.

A Papelaria Fernandes - Indústria e Comércio, sempre adoptou a contabilização ao

valor de compra/constituição de capital. Ao analisarmos o impacto do método de

equivalência patrimonial, concluindo que a diferença é materialmente irrelevante.

Perspectivas

O orçamento da Papelaria Fernandes - Indústria e Comércio traduz o cruzamento

das sensibilidades dos vários intervenientes e responsáveis conforme as áreas de

negócio.

Concertando as estimativas para os negócios que já constituem o portfólio de

actividades da Empresa e acrescentando as projecções dos novos negócios,

admitimos um volume de vendas para 2003 da ordem dos 32 milhões de Euros.

A margem bruta estimada aponta para a manutenção do percentual de 2002,

determinando um acréscimo em termos absolutos de cerca de 1,2 milhões de Euros

e apontando para o equilíbrio da exploração da Empresa.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 27

4 - PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Propomos que os resultados líquidos no exercício no montante de 751.012,80 €

negativos sejam levados à conta de resultados transitados.

5 - ACTIVIDADE DAS EMPRESAS SUBSIDIÁRIAS

5.1. - Fernandes Converting-Transformação de Papel, S.A.

Capital Social - 3.000.000 €

Participação PFIC - 100%

Actividade Produtiva e Comercial

O ano de 2002 concretizou a estratégia de aposta determinada na produção de

sobrescritos, como centro da actividade comercial da Fernandes Converting,

complementada e diversificada unicamente com a produção de produtos de

cartonagem e pautação geradores de uma margem adequada, visando conciliar as

necessidades do Grupo Papelaria Fernandes com os objectivos de rentabilidade da

Empresa.

Assim, foram desactivados progressivamente os equipamentos alienados no ano

anterior, na área da produção de produtos de pautação, mantendo-se operativa

somente a produção de blocos agrafados, nomeadamente do emblemático bloco

“Castelo”.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 28

Esta estratégia de produção conduziu à seguinte repartição de vendas (103 €):

2002 2001Sobrescritos 6.560 7.495

Cartonagem 1.865 1.776

Pautação 802 1.029

Revestimento 178 188

TOTAL 9.405 10.488

A importância da operação de sobrescritos leva-nos a fazer uma análise

individualizada deste sector, de que destacamos, por imposição das condições de

mercado, uma maior pulverização da dimensão das ordens de fabrico (desde 2000 a

dimensão média baixou em cerca de 25%) e o consequente aumento do número de

mudanças de formato por máquina. Os métodos de trabalho tiveram que ser

“reinventados” e o que pudemos observar é que os rearranjos operativos permitiram

uma reorganização subsequente dos recursos humanos, possibilitando uma redução

dos quadros da Empresa, de 168 elementos no início do ano para 145 no seu final.

Outras medidas foram implementadas conducentes ao aumento da produtividade e

da rentabilidade, de que salientamos:

� a redução dos stocks de matérias primas e de produtos acabados;

� a utilização mais económica - sem prejuízo da qualidade dos nossos produtos -

de matérias primas alternativas;

� a concretização de pequenos investimentos com muito rápido período de

pagamento;

� a renegociação do contrato de fornecimento de energia eléctrica, que permitirá

uma redução anual na ordem dos 10%;

Em termos do desempenho das várias áreas de negócio em 2002, destacamos o

crescimento comercial no seu conjunto das empresas do Grupo Papelaria

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 29

Fernandes, em parte pelo impacto positivo de grandes contratos transversais, o

razoavelmente animador desempenho, em ambiente económico difícil, das Grandes

Contas e clientes nacionais directos, mas também o resultado aquém das

expectativas dos negócios de exportação e em geral do negócio com as

distribuidoras para a indústria gráfica.

Beneficiando dos efeitos positivos das principais medidas de reorganização e de

investimento adoptadas, que permitiram reforçar o nível geral de serviço e os índices

de satisfação do mercado (a que não foi alheia a introdução gradual do software de

programação de fabricos), pode concluir-se que 2002 assistiu à consolidação da

posição de liderança da Fernandes Converting no mercado nacional de sobrescritos,

esforço até reconhecido pela própria concorrência, que elegeu a Fernandes

Converting como Coordenador do Núcleo Sectorial de Fabricantes de Envelopes

recém constituído no seio da apigraf – Associação Portuguesa das Indústrias

Gráficas, de Comunicação Visual e Transformadoras de Papel.

Resultados e Situação Económica e FinanceiraO quadro resumo sintetiza o desempenho da Fernandes Converting em 2002:

2002 2001Vendas Líquidas 9509 100.0% 10.614 100.0%

Margens Bruta 3702 38.9% 4.263 40.2%

Amortizações + Provisões 512 5,4% 635 6.0%

Resultado Operacional 382 4.0% 312 2.9%

Resultado Financeiro -350 -3.7% -442 -4.2%

Resultado Exploração 32 0.3% -130 -1.2%

Resultado Líquidodepois de impostos

85 0.9% 85 0.8%

Meios Libertos 948 10.0% 1.162 10.9%

Cash Flow Bruto 598 6.3% 720 6.8%

EBIT 438 4.6% 531 5.0%

EBITDA 951 10.0% 1.166 11.0%

Milhares de euros

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 30

É visível o decréscimo de 10% nas vendas, essencialmente derivado de uma

redução operacional no mercado de sobrescritos para revenda, tanto em Portugal

como em Espanha e que só pode ser coerente com a regressão generalizada do

sector gráfico.

A exploração da Empresa reflecte um sacrifício das margens que nos é imposto pela

concorrência acrescida em mercado reduzido, mas ainda assim em equilíbrio no

resultado, conseguido a partir de uma cuidadosa contenção nos custos.

Mantemos firmeza nesta determinação de redução de custos e as perspectivas de

que seguidamente daremos nota, assentam nos mesmos pressupostos.

Perspectivas para 2003

Numa altura em que a economia portuguesa mantém a trajectória de desaceleração

da actividade – abrandamento da procura interna, crescimento débil das

exportações e diminuição clara dos índices de confiança da generalidade dos

agentes económicos e dos consumidores – é natural que o orçamento para 2003 da

Fernandes Converting traduza as preocupações de uma gestão adaptada a estas

condicionantes, na continuação do já verificado em 2002, nomeadamente:

� Maior focalização da actividade da empresa na produção de sobrescritos,

consolidando a sua posição de líder do mercado;

� Uma política de máximo rigor na concretização de pequenos investimentos que

se traduzam, no curto prazo, em melhorias no desempenho global da empresa;

� Uma melhor utilização dos Recursos Humanos, com ganhos significativos de

produtividade, pelo aproveitamento de novas sinergias.

� Manutenção de um apertado controlo de gastos com fornecimentos e serviços de

terceiros, com uma procura constante de novas soluções.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 31

� Rigoroso controlo dos stocks de matérias primas e de produtos acabados e dos

saldos dos clientes.

� Paralelamente a uma aposta na melhoria da qualidade e do nível de serviço a

clientes, procura de novos nichos de mercado propiciadores da manutenção e,

se possível, da melhoria sustentada das margens do negócio.

Assente nestes pressupostos, o Orçamento para 2003 contempla Vendas da ordem

dos 9 milhões de Euros.

5.2. - Papelaria Fernandes – Lojas, S.A.

Capital Social - 3.000.000 euros

Participação PFIC - 100%

Actividade Comercial

A Papelaria Fernandes – Lojas, S.A., manteve no exercício de 2002, a sua

actividade tradicional de venda a retalho, fundamentalmente focalizada nos

consumidores privados.

Continua a confirmar-se uma área de negócio de grande potencial e de boa

rendibilidade, apesar de ter sido a Empresa em que mais se fez sentir a quebra dos

indicadores macro-económicos, nomeadamente de consumo. É certo que o volume

de negócios quase não sofreu decréscimo, mas também é verdade que o mesmo foi

conseguido a partir de um maior número de pontos de venda disponibilizados.

Prosseguindo a estratégia de desenvolvimento da Empresa, no Exercício de 2002 a

Papelaria Fernandes inaugurou a sua primeira Loja em “franchising”, em Abril de

2002. Trata-se de um instrumento que permite aliar a experiência e a solidez de uma

marca com notoriedade e prestígio, à capacidade e autonomia do gestor da Loja

Franchisada Papelaria Fernandes, simultaneamente seu proprietário.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 32

De forma a acelerar a expansão da rede de “franchising”, recorreu-se a uma

Empresa especializada na selecção de franchisados. O objectivo de

desenvolvimento é de abrir mais 22 Lojas em “franchising” num prazo de 3 anos.

Em relação à Rede Própria de Lojas, foi inaugurada uma nova Loja, no Forum

Almada, elevando para 17 o número de Lojas Próprias.

Apesar da racionalidade em que procuramos operar, tanto na exploração como nos

investimentos, a Empresa PF-Lojas continua a empenhar-se na melhoria das

condições de atractividade e funcionalidade das Lojas já existentes.

Em Agosto de 2002 procedemos aos necessários melhoramentos na Loja do Centro

Comercial Colombo e em 2003 outras intervenções serão levados a cabo, visando e

mesmo objectivo.

Sem acomodação à sombra do nome da tradição da Papelaria Fernandes, mas

antes querendo perpetuá-lo em desenvolvimento, também na PF-Lojas tivemos um

ano marcado por acções de comunicação inovadoras e potenciadoras de negócio

futuro.

Foram celebrados protocolos com diversas Instituições, maioritariamente de ensino,

para proporcionar benefícios aos respectivos associados nas compras efectuadas

nas Lojas Papelaria Fernandes. Em paralelo, realizaram-se várias acções de

animação do ponto de venda, de entre as quais se destaca uma passagem de

modelos de época escolar na Loja do GaiaShopping e também concursos de

pintura.

Por outro lado, tendo em conta a evolução do mercado onde actua a Papelaria

Fernandes Lojas e dos novos agentes que nele actuam, no exercício de 2002,

continuou-se a revisão do posicionamento da Empresa, no que diz respeito a

políticas de pricing, de promoção e de racionalização da gama de produtos, com o

especial cuidado de se reforçar as transacções com as restantes Empresas do

Grupo e aproveitar as sinergias daí resultantes. Consideramos que esta reflexão,

que ficará sedimentada durante o exercício de 2003, será essencial para garantir

ainda mais o êxito da Papelaria Fernandes Lojas e a rendibilidade do seu negócio.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 33

Resultados e Situação Económico Financeira

2002 2001Vendas Líquidas 10.224 100.0% 10.448 100.0%

Margem Bruta 4.834 47,3% 5.036 48.2%

Amortizações + Provisões 517 5,1% 591 5,7%

Resultados Operacionais 490 4.8% 483 4.6%

Resultados Financeiros -445 -4.4% -375 -3.6%

Resultados Exploração 45 0.4% 108 1.0%

Resultado Líquido depois de impostos

44 0.4.% 53 0.5%

Meios Libertos Brutos 1.006 9.8% 1.020 9.8%

Cash Flow (incl.Extra) 561 5.5% 644 6.2%

EBIT 494 4.8% 479 4.6%

EBITDA 1.011 9.9% 1.070 10.2%

Milhares de euros

Os indicadores conferem à Papelaria Fernandes-Lojas uma apreciação positiva

embora o ano tenha sido marcado pelas condicionantes já reportadas e que muito

afectaram o volume de vendas.

Perspectivas

O orçamento de 2003 contempla a abertura de uma nova Loja da rede própria no

Parque Nascente, em Gondomar e a passagem da unidade de Santarém para o

novo Centro Comercial W Shopping, ambas em Setembro de 2003.

Também contemplamos o negócio inerente à abertura de mais uma loja em

“Franchising” que será inaugurada em Abril de 2003 no Forum Montijo.

Por outro lado, foi tomada a decisão de encerrar, em Março de 2003, a Loja no

Marquês de Pombal, no Porto, para dar lugar a uma nova Loja Office 1 Superstore.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 34

Prevê-se também o relançamento do cartão cliente, em moldes mais dinâmicos e

geradores de maior fidelização dos clientes da Papelaria Fernandes, baseado num

sistema de acumulação de pontos que gera benefícios para o cliente.

Com estas premissas estimamos que as vendas venham a atingir cerca de 12

milhões de Euros.

5.3. - Fernandes Técnica – Desenho e Reprodução, S.A.

Capital Social - 1.750.000 €

Participação - 100%

Actividade

Continuando a operar num mercado de concorrência acrescida e muito exigente do

ponto de vista da evolução tecnológica, a Fernandes Técnica – Desenho e

Reprodução, manteve a sua actividade comercial em 2002, subordinada a quatro

grandes áreas de negócio.

1 - Suportes para impressão e reprodução em sistemas de grandes formatos para o

mercado de Arquitectura, Engenharia e Construção (A/E/C) e gráfico,

2 - Sistemas de grandes formatos para o mercado A/E/C,

3 - Informática geral para A/E/C + PME’s,

4 - Arquivo Electrónico e Gestão Documental para Integradores

Salientamos a nossa convicção de que a linha orientadora de estratégia para esta

Empresa do Grupo Papelaria Fernandes tem que incutir uma aposta obsessiva no

desenvolvimento e especialização em novas tecnologias e informática porque cada

vez mais se denota a exigência de resposta da FTDR nessas áreas, por parte dos

Clientes finais.

A concorrência acrescida e a atitude de quase indisciplina de vários operadores em

domínios tradicionais da Fernandes Técnica - Desenho e Reprodução, confirmam

que a orientação reforçada da nossa Empresa para clientes finais não pôde deixar

de produzir vantagens futuras.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 35

A Fernandes Técnica - Desenho e Reprodução, potenciou em 2002 as vendas nas

regiões Autónomas com agenciamento a partir da Equipa Comercial da PFIC. É

mais uma faceta oportuna do aproveitamento das sinergias entre as várias

Empresas do Grupo.

No relatório de 2001 enfatizámos a “emergência” no sector de Arquivo Electrónico e

Gestão Documental.

A FTDR confirma a sua presença preponderante, com a representação exclusiva

dos equipamentos de Imagem da marca Fujitsu e está empenhada em vir a

desenvolver esta área de negócios.

Já tendo sido referido as sinergias comerciais intragrupo, não devemos deixar de

abordar, até pela expressiva poupança que permitiu, as grandes vantagens das

integrações das funções financeiras e de compras nos órgãos funcionais da casa

mãe e que passaram a servir todas as Empresas do Grupo.

Mais uma vez, o bom clima social no Grupo Papelaria Fernandes, permitiu que a

redução de meios humanos, decorresse em ambiente positivo.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 36

Resultados e situação económico-financeira

2002 2001Vendas Líquidas 7.680 100.0% 7.815 100.0%

Margem Bruta 1.983 25.8% 2.264 29.0%

Amortizações+Provisões 274 3.6% 267 3.4%

Resultados Operacionais 204 2.7% 397 5.1%

Resultados Financeiros -151 -2.0% -166 -2.1%

Resultados Exploração 52 0.7% 231 3.0%

Resultado Líquido depois de impostos

76 1.0% 230 2.9%

Meios Libertos Brutos 501 6.5% 664 8.5%

Cash Flow (incl.Extra) 350 4.6% 497 6.4%

EBIT 237 3.1% 436 5.6%

EBITDA 511 6.7% 704 9.0%

Milhares de euros

A Fernandes Técnica – Desenho e Reprodução foi afectada nos objectivos pela

recessão sentida no sector de actividade que é um dos seus segmentos alvo – a

arquitectura, engenharia e construção.

Mau grado este revés, a Empresa ainda assim gerou resultados positivos, tendo

conseguido uma assinalável redução de custos.

A flexibilidade da sua estrutura actual e a transferência de instalações para o Cacém

com as inerentes economias de FSE´s conferem a esta Empresa do Grupo

Papelaria Fernandes uma elevada estabilidade e adaptação aos ciclos de mercado.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 37

Perspectivas

O orçamento da FTDR de 2003 contempla as modificações na sua organização,

levadas a cabo em 2002 e também as que decorrem da transferência das suas

instalações em Lisboa para o Cacém, em Março de 2003.

A Empresa não deixa de estar presente em Lisboa, mantendo-se aí um Balcão

Expresso, em parte das antigas instalações, mas todos os serviços de logística e de

apoio de “back office” comercial e ainda a transformação de papel passaram a estar

localizadas no Cacém e permitiram a redução drástica com rendas.

As vendas estimadas apontam para 8 milhões de Euros.

5.4. - Transfer-Sociedade de Transportes, SA

Capital Social - 50.000 €

Participação PFIC - 100%

Actividade

Por via dos contratos concluídos no final do exercício anterior, a TRANSFER

aumentou substancialmente ao seu volume de negócios, tendo cumprido o

respectivo orçamento de vendas e consolidando a sua posição comercial neste

mercado. Recorda-se que a transportadora do grupo Papelaria Fernandes tem vindo

a concentrar e desenvolver a sua actividade na distribuição capilar – porta-a-porta,

piso-a-piso, gabinete-a-gabinete – de materiais de economato provenientes, quer de

fornecimentos feitos pelas empresas do Grupo, quer de necessidades de clientes

próprios, alheios ao mesmo. No exercício findo, cerca de 39% dos proveitos da

TRANSFER tiveram já origem nestes últimos clientes, que, predominantemente, são

empresas dos sectores financeiro e de produção de formulários.

Em 2003, a TRANSFER efectuou mais de 209.000 entregas, transportando

aproximadamente 24.225 toneladas, para cerca de 14.000 destinos distintos em

todo o País, continental e insular. Complementarmente, procedeu ainda a inúmeras

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 38

subcontratações de transportes marítimos, num total de 800 toneladas mais e

desempenhou ainda outros serviços logísticos diversos.

No entanto, a relativa impreparação estrutural da Empresa para todo este

movimento aliada a algumas dificuldades de controle operacional, implicaram que,

para se cumprirem os níveis de serviço contratados, tenha havido um crescimento

dos inerentes custos operacionais bastante acima do orçamentado, por via da

subcontratação de alguns serviços de transporte, o que veio a gerar um resultado

muito insatisfatório. Esta situação foi sendo corrigida e está actualmente controlada

do ponto de vista orçamental. De salientar, a dotação da Empresa com um

sofisticado sistema de registo em tempo real, via “SMS”, das entregas realizadas, o

que veio permitir um muito maior controle das operações e a próxima implantação

da leitura óptica na movimentação interna dos volumes quando do “cross-docking”.

Entretanto, decidiu-se lançar o projecto do progressivo “franchising” da actividade,

através da autonomização dos motoristas e da cedência das respectivas viaturas,

com vista ao subsequente aumento de produtividade e rendibilidade das mesmas e

à completa externalização dos custos da frota. A actividade operacional da

TRANSFER ficará de futuro limitada à angariação e gestão dos fluxos de carga e à

subcontratação e coordenação do sistema de transportes necessário e adequado ao

consequente volume de actividade.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 39

Resultados e situação económica financeira

2002 2001Valor dos ServiçosPrestados

2.271 100.0% 1.614 100.0%

Amortizações+Provisões 100 4.4% 95 5.9%

Resultados Operacionais -103 -4.5% -111 -6.9%

Resultados Financeiros -18 -0.8% -6 -0.4%

Resultados Exploração -121 -5.3% -117 -7.3%

Resultado Líquido depois de impostos

-122 -5.4% -119 -7.4%

Meios Libertos Brutos -4 -0.2% -18 -1.1%

Cash Flow (incl.Extra) -22 -1.0% -24 -1.5%

EBIT / % Vendas -103 -4.5% -112 -6.9%

EBITDA / % Vendas -3 -0.1% -17 -1.1%

Milhares de euros

O desempenho da Transfer só pode ter uma apreciação negativa.

Apesar do valor das Prestações de Serviços ter atingido o nível do orçamento, o

mesmo não foi conseguido do ponto de vista de custos.

Pensamos que o facto decorreu de alguma impreparação para o solavanco de

crescimento.

As causas são conhecidas e as consequências são bem visíveis. As medidas

tomadas perspectivam uma recuperação imediata.

Perspectivas

O plano para 2003 contempla um volume de negócios idêntico a 2002 e um

resultado que traduz equilíbrio de exploração.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 40

5.5. - Printima – Impressão e Tratamento de Imagens, SA

Capital Social - 250.000 €

Participação PFIC - 80%

Actividade

A Printima foi uma Empresa do Grupo Papelaria Fernandes que em 2002 conseguiu

alterar o sinal dos seus resultados, pautando-se por um excelente desempenho a

nível de volume de negócios e a um esforço conseguido na racionalização dos

meios de produção.

Apesar da retracção generalizada no sector gráfico português a nossa Empresa

conseguiu aproveitar o nicho do mercado proporcionado pelos contratos de grandes

contas da Casa mãe, Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio, e sem sobressaltos

deu satisfação plena aos desafios que lhe foram impostos.

Parece que a nossa aposta num modelo de organização mais vocacionado para a

coordenação eficaz de algumas operações subcontratadas ao exterior, deu à

Empresa uma possibilidade de grande abrangência sem risco de inactividade.

O carácter plurianual de alguns destes contratos de gestão de economatos na

Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio é garante de um futuro próximo sem

descontinuidades na Printima, isto naturalmente sem prejuízo de prosseguirmos as

tentativas de outras parcerias de negócio com Clientes terceiros.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 41

Resultados e situação económico-financeira

2002 2001Vendas Líquidas 1042 100.0% 979 100.0%

Margem Bruta 546 52.4% 595 60.8%

Amortizações+Provisões 132 12.7% 159 16.3%

Resultados Operacionais 9 0.9% -30 -3.0%

Resultados Financeiros -5 -0.5% -15 -1.5%

Resultados Exploração 3 0.3% -45 -4.6%

Resultado Líquido Depois de impostos

20 1.9% -33 -3.4%

Meios Libertos Brutos 157 15.1% 141 14.4%

Cash Flow (incl.Extra) 152 14.6% 126 12.9%

EBIT 26 2.5% -18 -1.8%

EBITDA 158 15.2% 142 14.5%

Milhares de euros

Para além do que já foi referido pouco há a acrescentar a não ser reiterar a inversão

do sinal dos resultados desta nossa Empresa.

As medidas de racionalização que implementámos traduziram resultados

compatíveis.

Perspectivas

O plano e orçamento para 2003 projectam um quadro idêntico ao conseguido em

2002, quer a nível do volume de negócios quer a nível de resultados.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 42

6 - CONTAS CONSOLIDADAS

Resultados e situação económico financeira

Seguindo as normas estabelecidas para a consolidação, as vendas consolidadas

atingiram 48.743 mil Euros. Cabe referir que os valores de vendas agregadas do

conjunto de todas as Empresas se cifram em 58 milhões de Euros.

Este acréscimo do volume de negócios no consolidado foi determinado

essencialmente pelo expressivo desenvolvimento da Empresa mãe Papelaria

Fernandes - Indústria e Comércio,

O resultado líquido consolidado após dedução do valor estimado para IRC é de 632

mil Euros, já afectado pelos interesses minoritários de 4.000 Euros, apresentando

uma recuperação de 145.000 Euros, relativamente a 2002.

Apesar desta recuperação ainda antes de encerrar mais um Capítulo da apreciação

do desempenho, não podemos deixar de exprimir a insatisfação por não ter sido

possível a inversão do sinal do resultado.

De qualquer modo, também não podemos deixar de referir que emprestámos todo o

esforço à causa da Papelaria Fernandes e que estamos crentes no sucesso dos

projectos em que ousámos envolvê-la.

Também temos a certeza que as medidas de reestruturação e racionalização de

custos são tarefa recorrente e inacabada, pelo que estabelecemos connosco

próprios o compromisso de as prosseguir.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 43

Quadro síntese de valores consolidados

2002 2001Vendas Líquidas 48743 100.0% 46.240 100.0%

Margens 17.093 35.1% 17675 38.2%

Outros Resultados 1.496 3.1% 1.050 2.3%

FSE 5.282 10.8% 5.087 11.0%

Pessoal 8.897 18.3% 8.879 19.2%

Outros Custos 193 0.4% 195 0.4%

Amortizações+Provisões 2.495 5.1% 2.806 6.1%

Resultados Operacionais 1.723 3.5% 1.758 3.8%

Resultados Financeiros -2.526 -5.2% -2.886 -6.2%

Resultados Exploração -803 -1.7% -1.129 -2.4%

Resultados Extraordinários 211 0.4% 462 0.1%

Resultados Antes Impostos -592 -1,2% -667 -1.4%

Resultado Líquido -628 -1,3% -773 -1.7%

Meios Libertos Brutos 4.393 9,0% 4.919 10.6%

Cash Flow (incl.Extra) 1.867 3.8% 2.033 4.4%

EBIT / % Vendas 1.937 4.0% 2.220 4.8%

EBITDA / % Vendas 4.429 9.1% 5.026 10.9%

Milhares de Euros

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 44

Balanço Consolidado

2002 2001 Variação

ACTIVO

Imobilizado 39.091 38.365 1.9%Circulantes 25.371 24.495 3.6%Disponibilidades 1.104 1.129 -2.2%Acréscimos e Diferim. 1.879 1.605 17.1%

Total Activo 67.445 65.594 2.8%CAPITAIS PRÓPRIOS

Capital e Reservas 35.900 34.596 3.8%Resultados Transitados -25.658 -24.512 4.7%Resultado Exercício -632 -767 17.6%

Total Capitais Próprios 9.609 9.318 3.1%PASSIVO

Provisões 1.203 1.502 -19.9%Passivo MLP 6.352 7.705 -17.6%Acréscimos e Diferim. 1.595 2.102 -24.1%Interesses Minoritários 11 7 57.1%Passivo CP 48.675 44.960 8.3%Total Passivo 57.825 56.269 2.8%Total Cap.Próprios+Pass. 67.445 65.594 2.8%

Milhares de euros

As preocupações que assinalámos relativamente ao Balanço individual da PFIC,

podem ser replicadas no domínio consolidado.

Os efeitos que esperamos vir a conseguir mediante a concretização das acções

iniciadas, terá reflexo considerável no âmbito desta situação patrimonial.

Cabe aqui, e por antecipação, salientar uma nota esclarecedora a um ponto que os

nossos Auditores costumam referenciar e que tem a ver com o valor dos trespasses

de estabelecimentos.

Com a preocupação de conferir alguns efeitos segundo critérios de prudência,

constatamos que os valores que afectam a situação líquida consolidada com origem

nas operações de trespasse. Equilibrando-se com os valores dos direitos de

ingresso que estão contabilizados a custo de aquisição.

Ressalta daqui que a situação líquida que se apresenta é sustentada por critérios de

objectividade.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 45

Perspectivas Futuras

O modelo estratégico do Grupo concerta ajustamentos específicos em cada uma

das unidades de negócio e organização que decorre por adaptação coerente a cada

uma destas unidades.

Procuramos a obtenção máxima de sinergias com a disciplina já implementada de

centralização das funções de apoio.

Partimos para 2003 com pressupostos de um volume de vendas consolidadas da

ordem dos 60 milhões de Euros e com a expectativa de retoma a um novo ciclo de

resultados positivos.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 46

7 - NOTA FINAL

Antes de concluir desejamos citar, com muito e verdadeiro apreço, os amigos da

Papelaria Fernandes e expressar-lhes a nossa gratidão reconhecida.

� Os Senhores Accionistas pelo apoio sempre disponível pela solidariedade

quer à Empresa quer ao conselho de Administração;

� O Conselho Fiscal e Senhores Auditores pelo mérito das suas sugestões;

� Todos os colaboradores do Grupo que nos merecem o maior respeito e

com quem contamos para prosseguir;

� As Instituições Financeiras, Clientes e Fornecedores, pela manifesta

confiança que depositam na Papelaria Fernandes.

Cacém, 14 de Março de 2003.

O Conselho de AdministraçãoInaveste-SGPS, S.A., representada porVasco Luís Schulthless de Quevedo PessanhaCatarina Mira Machado Gorjão FormigoAntónio Manuel Formigal de ArriagaCasimiro Bento da Silva SantosPedro Pereira dos Santos

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 47

PAPELARIA FERNANDES-INDÚSTRIA E COMÉRCIO, SA BALANÇOCódigo das Contas

2001CEE POC AB=Activo Bruto AP=Amortizações AL=Activo Líquido AL=Activo

e Prov.Acum.Activo

C Imobilizado:I Imobilizações incorpóreas:

1 431 Despesas de instalação 11.464.886,42 11.328.983,84 135.902,58 150.520,011 432 Despesas de investigação e de desenvolvimento 3.298.239,82 3.234.996,08 63.243,74 223.781,252 433 Propriedade industrial e outros direitos 5.706.325,96 5.706.325,96 5.626.759,513 434 Trespasses 11.472,35 11.472,35 11.472,35

Imobilizações em curso - Incorpóreo 119.026,90 119.026,90 118.629,1020.599.951,45 14.563.979,92 6.035.971,53 6.131.162,22

II Imobilizações corpóreas:1 421 Terrenos e recursos naturais 8.770.604,53 8.770.604,53 5.378.114,181 422 Edificios e outras construções 10.509.297,39 3.968.666,64 6.540.630,75 8.818.769,602 423 Equipamento básico 1.572.703,61 937.366,46 635.337,15 708.765,882 424 Equipamento de transporte 511.966,33 437.110,52 74.855,81 79.228,123 425 Ferramentas e utensilios 32.999,76 25.550,70 7.449,06 3.669,933 426 Equipamento administrativo 3.159.321,43 2.636.541,28 522.780,15 527.554,093 427 Taras e vasilhame 168.236,33 168.003,36 232,97 0,003 428 Outr. Imobiliz. Corpóreas 12.577,66 2.808,83 9.768,834 441/6 Imobilizações em curso 119.472,00 119.472,00 22.430,94

24.857.179,04 8.176.047,79 16.681.131,25 15.538.532,74III Investimentos financeiros:

1 4111 Partes de capital em empresas do Grupo 8.024.939,89 8.024.939,89 8.012.918,863 4112 Partes de capital em empresas associadas 79.807,66 79.807,665 4114 Partes de capital em out. emp. particip. 1.401,63 1.401,63 1.401,63

8.106.149,18 8.106.149,18 8.014.320,49D Circulante

I Existências:1 36 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo2 33 Produtos acabados e intermédios3 32 Mercadorias 8.071.865,01 596.500,00 7.475.365,01 7.038.094,16

8.071.865,01 596.500,00 7.475.365,01 7.038.094,16

II Dívidas de terceiros - Médio e Longo Prazo2 252 Empresas do grupo 997.595,79

Outros deved. e subscritores de capital0,00 0,00 0,00 997.595,79

II Dívidas de terceiros-Curto Prazo:1 211 Clientes c/c 5.915.963,85 5.915.963,85 7.199.554,241 212 Clientes - Títulos a receber 35.136,18 35.136,18 176.997,471 218 Clientes de cobrança duvidosa 2.047.329,84 1.443.000,00 604.329,84 758.253,682 252 Empresas do grupo 0,00 1.064.196,502 253 Empresas Associadas 3.821,39 3.821,39 3.821,39

Outros accionistas4 2619 Facturas em Recep. / Confer. 396.040,00 396.040,00 335.044,664 24 Estado e outros entes públicos 5.013,90 5.013,90 3.109,724 26 Outros devedores 1.579.925,60 1.579.925,60 1.911.171,12

9.983.230,76 1.443.000,00 8.540.230,76 11.452.148,78III Títulos negociáveis:

Acções em empresas associadas 79.807,66 Outros títulos negociáveis

0,00 0,00 0,00 79.807,66IV Depósitos bancários e caixa:

12+14 Depósitos bancários 115.720,58 115.720,58 86.986,1411 Caixa 16.403,78 16.403,78 13.948,68

132.124,36 0,00 132.124,36 100.934,82E Acréscimos e diferimentos:

271 Acréscimos de proveitos 871.045,22 871.045,22 1.023.416,46272 Custos diferidos 45.935,52 45.935,52 75.614,00

916.980,74 0,00 916.980,74 1.099.030,46 Total de amortizações 22.740.027,71 Total de provisões 2.039.500,00TOTAL DO ACTIVO 72.667.480,54 24.779.527,71 47.887.952,83 50.451.627,12

EXERCÍCIOS2002

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 48

PAPELARIA FERNANDES-INDÚSTRIA E COMÉRCIO, SA BALANÇOCódigo das Contas EXERCÍCIOS

2002 2001CEE POC

Capital próprio e Passivo

A Capital próprio:

I 51 Capital 13.750.000,00 13.750.000,00521 Acções próprias-valor nominal (150.811,54) (150.811,54)522 Acções próprias-prémios e desconto (28.713,61) (28.713,61)

II 54 Prémios de emissão de acções 4.317.095,80 4.317.095,80III 55 Reservas de reavaliação 6.222.811,59 5.104.145,96

IV Reservas:

1/2 561 Reservas legais 748.196,85 748.196,854 58 Reservas livres 10.310.772,64 10.310.772,64

V 59 Resultados transitados (24.693.783,09) (23.716.756,32)VI 88 Resultado líquido do exercício (751.012,80) (989.061,74)

Total do capital próprio 9.724.555,84 9.344.868,04

Passivo

B Provisões para riscos e encargos:

2 292 Provisões para impostos3 2927 Outras provisões para riscos e encargos 1.203.183,81 1.502.194,71

1.203.183,81 1.502.194,71

C Dívidas a terceiros-Médio e Longo Prazo

2 231 Dívidas a instituições de crédito2 232 Empréstimos p/Obrigações2 239 Outros empréstimos obtidos - Pap. Comercial 2.493.990,00 2.493.989,498 2611 Fornecedores de imobilizado c/c 2.534.290,69 3.335.820,548 268 Outros credores

5.028.280,69 5.829.810,03

C Dívidas a terceiros-Curto Prazo:

Empréstimos p/Obrigações

2 231+12 Dívidas a instituições de crédito 21.698.461,66 22.777.001,084 221 Fornecedores c/c 7.447.644,10 8.755.897,755 222 Fornecedores-Títulos a pagar6 228 Forneced. Fact. Em Recep/Confer. 20.736,40 128.572,078 255 (Restantes) accionistas (sócios) 8.749,32 8.821,55

Adiantamentos de clientes8 2611 Fornecedores de imobilizado c/c 1.105.946,01 859.965,908 24 Estado e outros entes públicos 381.832,56 173.528,838 26+211 Outros credores 500.427,43 163.039,23

31.163.797,48 32.866.826,41

D Acréscimos e diferimentos:

273 Acréscimos de custos 765.204,59 906.968,18274 Proveitos diferidos 2.930,42 959,75

768.135,01 907.927,93

Total do passivo 38.163.396,99 41.106.759,08

Total do capital próprio e do passivo 47.887.952,83 50.451.627,12

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 49

PAPELARIA FERNANDES-INDÚSTRIA E COMÉRCIO, SA - DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS LÍQUIDOS Código das Contas

CEE POC

Custos e perdasA

2 61 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas: Mercadorias 19.837.007,21 13.204.267,94 Matérias 19.837.007,21 2.916.950,15 16.121.218,09

2 62 Fornecimentos e serviços externos 2.697.340,09 2.540.725,86

3 Custos com o pessoal:3 641+642 Remunerações 2.281.572,98 2.073.162,10

645+646 Encargos 501.607,17 461.612,78

3 Encargos sociais:6486/2 Pensões 167.362,59645/8 Outros 168.679,99 2.951.860,14 95.739,22 2.797.876,69

4 66 Amortizações 756.819,48 895.403,624 67 Provisões 202.500,00 959.319,48 163.678,74 1.059.082,365 63 Impostos 115.416,94 132.991,605 65 Outros custos operacionais 19.776,18 135.193,12 3.575,35 136.566,95

(A) 26.580.720,04 22.655.469,95

7 Juros e custos similares: Relativos a empresas do grupo Relativos a empresas associadas 89.182,15 127.470,86

68 Outros 1.686.679,38 1.775.861,53 1.953.384,52 2.080.855,38 (C) 28.356.581,57 24.736.325,33

10 69 Custos e perdas extraordinários 389,78 59.389,47 (E) 28.356.971,35 24.795.714,80

8+11 86 Imposto sobre o rendimentos do exercício 15.792,02 11.039,85 (G) 28.372.763,37 24.806.754,65

13 88 Resultado líquido do exercício -751.012,80 -989.061,7427.621.750,57 23.817.692,91

Proveitos e ganhosB

1 71 Vendas: Mercadorias 25.975.596,54 17.586.403,95 Produtos 25.975.596,54 4.194.814,01 21.781.217,96

1 72 Prestações de serviços 1.150.518,24 1.528.666,182 Variação de produção3 75 Trabalhos para a própria empresa 46.926,914 73 Proveitos suplementares 165.023,75 5.577,754 76 Outros proveitos operacionais

(B) 27.291.138,53 23.362.388,80Ganhos de participações de capital Relativos a empresas do Grupo Relativos a empresas Associadas Relativos a outras Empresas 0,00

6 Rendimentos de títulos negociáveis e outr.apl. financ. Relativas a Empresas do Grupo 748,20 Relativos a outras Empresas Outros 0,00 748,20

7 Outros juros e proveitos similares: Relativos a Empresas do Grupo 80.927,26 136.431,46 Relativos a empresas associadas Outros 145.586,60 226.513,86 68.184,86 204.616,32 (D) 27.517.652,39 23.567.753,32

9 79 Proveitos e ganhos extraordinários 104.098,18 249.939,59 (F) 27.621.750,57 23.817.692,91

Resultados operacionais: (B)-(A)= 710.418,49 706.918,85 Resultados financeiros: (D-B)-(C-A)= -1.549.347,67 -1.875.490,86 Resultados correntes: (D)-(C)= -838.929,18 -1.168.572,01 Resultados antes de impostos: (F)-(E)= -735.220,78 -978.021,89 Resultado líquido do exercício: (F)-(G)= -751.012,80 -989.061,74

Euros Euros

EXERCÍCIOS2002 2001

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 50

PAPELARIA FERNANDES-INDÚSTRIA E COMÉRCIO, SA MAPA COMPARATIVO DE BALANÇOS Milhares de Euros2002 2001 VARIAÇÕES

GRUPO I ACTIVO CAP. PRÓP./ ACTIVO CAP. PRÓP./ + -/PASSIVO /PASSIVO

DISPONIBILIDADES Outros Títulos Negociáveis Depósitos Bancários 116 87 29 Caixa 16 14 2

132 0 101 0 31 0DÍVIDAS A TERCEIROS A CURTO PRAZO Dívidas a Inst. Crédito 21.698 22.777 1079 Fornecedores, C/C 7.448 8.756 1.308 Fornecedores - Títulos a Pagar Fornecedores-Fact.Recp./Confer. 21 128 107 Empréstimos p/Obrigações Accionistas/Sócios 9 9 Forneced. Imobilizado, C/C 1.106 860 246 Estado e Outros Entes Públicos 382 170 212 Outros Credores 500 163 337 Interesses Minoritários Acréscimos e Diferimentos 768 908 140

0 31.932 0 33.771 2.634 795DÍVIDAS DE TERCEIROS A CURTO PRAZO Clientes, C/C 5.916 7.200 1.284 Clientes-Títulos a Receber 35 177 142 Clientes de Cobrança Duvidosa 2.047 2.066 19 Empresas Associadas 0 1.064 1.064 Outros Accionistas 4 4 Facturas em Recep./Conferência 396 335 61 Estado e Outr. Entes Públicos 5 5 Outros Devedores 1.580 1.911 331 Acréscimos e Diferimentos 917 1.099 182

10.900 0 13.856 0 66 3.022EXISTÊNCIAS Matérias Primas Prod. Trab. Curso Mercadorias 8.072 7.567 505

8.072 0 7.567 0 505 0

TOTAL DO GRUPO I 19.104 31.932 21.524 33.771 3.236 3.817

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 51

PAPELARIA FERNANDES-INDÚSTRIA E COMÉRCIO, SA MAPA COMPARATIVO DE BALANÇOS Milhares de Euros2002 2001 VARIAÇÕES

GRUPO II ACTIVO CAP. PRÓP./ ACTIVO CAP. PRÓP./ + -/PASSIVO /PASSIVO

PROVISÕES Prov. p/cobr. Duvidosas 1.443 1.308 135 Prov. p/Depr. Existências 596 529 67 Outr. Prov. p/Risco e Encargos 1.203 1.502 299

0 3.242 0 3.339 299 202DÍVIDAS DE TERC. - M/L PRAZO Empresas do Grupo 997 997

0 0 997 0 0 997

DÍVIDAS A TERC. - M/L PRAZO Outros Empréstimos Obtidos - Papel Comercial 2.494 2.494 Fornecedores de Imobilizado, c/c 2.534 3.336 802 Empréstimos p/Obrigações

0 5.028 0 5.830 802 0IMOBILIZADO

IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS Despesas Instalação 11.465 11.357 108 Desp. Invest. Desenvolv. 3.298 3.261 37 Prop. Ind. / Outr. Direit. 5.707 5.627 80 Trespasses 11 11 Imobilizações em Curso - Incorpóreas 119 119

20.600 0 20.375 0 225 0

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS Terrenos e Recursos Naturais 8.771 5.378 3.393 Edifícios e Outras Construções 10.509 12.663 2.154 Eq. Básico/Máquinas 1.573 1.555 18 Eq. Transporte 512 513 1 Ferramentas e Utensilios 33 27 6 Eq. Administrativo 3.159 2.973 186 Taras e Vasilhame 168 168 Outras Imobilizações Corpóreas 13 13 Imobilizações em Curso - Corpóreo 119 22 97

24.857 0 23.299 0 3.713 2.155INVESTIMENTOS FINANCEIROS Partes Capital Emp. Grupo 8.025 8.013 12 Títulos e Outr. Aplic. Financ. 1 1 Partes Capital Emp. Associad. 80 80

8.106 0 8.094 0 12 0AMORTIZAÇÕES 22.740 22.004 736

0 22.740 0 22.004 0 736CAPITAL, RESERVAS, RESULT. TRANS. Capital 13.750 13.750 Acções Próprias 180 180 Prémios emissão acções 4.317 4.317 Reservas Reavaliação 6.224 5.105 1.119 Reservas Legais 748 748 Reservas Livres 10.311 10.311 Resultados Transitados 24.694 23.717 977

24.874 35.350 23.897 34.231 977 1.119RESULTADOS Resultados Líquidos Exerc. 751 989 238

751 0 989 0 0 238

TOTAL DO GRUPO II 79.188 66.360 77.651 65.404 6.028 5.447

TOTAL DOS GRUPOS I E II 98.292 98.292 99.175 99.175 9.264 9.264

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 52

PAPELARIA FERNANDES-INDÚSTRIA E COMÉRCIO, SA DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES DOS FUNDOS CIRCULANTESAumento das existências

Diminuição das Dívidas de Terceiros - Curto Prazo Mercadorias 505 Clientes, C/C 1.284

Clientes - Títulos a Receber 142Aumento das dívidas de terceiros a curto prazo Clientes de Cobr. Duvidosa 19 Facturas em Recep./Conferência 61 Empresas Associadas 1.064 Estado e outr. Entes Públicos 5 66 Outros Devedores 331

Acréscimos e Diferimentos 182 3.022Aumento das dívidas a terceiros a curto prazo

Diminuições das dívidas a terceiros a curto prazo Estado e Outr. Entes Públicos 212 Div. A Instit. Crédito 1.079 Fornecedores Imobilizado, c/c 246 Fornecedores, c/c 1.308 Outros Credores 337 795 Forneced. Facts. Em Recep, / Conferência 107 Acréscimos e Diferimentos 140 2.634

Aumento das Disponibilidades Caixa 2 Depósitos Bancários 29 31Redução dos Fundos Circulantes 581

.TOTAL 3.817 TOTAL 3.817

PAPELARIA FERNANDES-INDÚSTRIA E COMÉRCIO, SA DEMONSTRAÇÃO DA ORIGEM E DA APLICAÇÃO DE FUNDOS ORIGEM DOS FUNDOS APLICAÇÃO DOS FUNDOS

INTERNAS INTERNAS Amortizações 757 Variação de Provisões 97Aumentos dos Capitais Próprios Resultado Liquido do Exercício 751 Reserva de Reavaliação - Terreno Cacém 119 Resultados Transitados 8 856EXTERNAS EXTERNASMOVIMENTOS FINAN. A M/L PRAZODiminuição das Dívidas a Terceiros - M/L Prazo MOVIMENTOS FINANCEIROS A M/L PRAZO Empresas do Grupo 997 Diminuição das Dívidas a Terc. - M/L PrazoDIMINUIÇÃO DE IMOBILIZAÇÕES Forneced. Imobilizado, C/C 802 Alienação/Cedência de Imobilizações

Imobilizações Corpóreas 27 AUMENTOS DE IMOBILIZAÇÕESAquisição de Imobilizações Imobilizações Incorpóreas 225 Imobilizações Corpóreas 467 Investimentos Financeiros 12 Reavaliação Terreno 1.119 1.823

REDUÇÃO DOS FUNDOS CIRCULANTES 581

TOTAL DAS ORIGENS 2.481 TOTAL DAS APLICAÇÕES 3.481

Milh. Euros Milh. Euros

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 53

Papelaria Fernandes - Indústria e Comércio, SA

Demonstração de Resultados Por Funções

Rúbricas 2002 2001( MEuros ) ( MEuros )

Vendas e Prestação Serviços 27.126 23.252 Custo Vendas e Prestação Serviços -19.835 -16.108

Resultados Brutos 7.291 7.144

Outros Proveitos e Ganhos Operacionais 167 174 Custos de Distribuição -4.109 -3.894 Custos Administrativos -2.400 -2.389 Outros Custos e Perdas Operacionais -135 -137

Resultados Operacionais 814 897

Custos Liquido do Financiamento -1.557 -1.884 Ganhos (Perdas) em Filiais e Associadas 0 0 Ganhos (Perdas) em Outros Investimentos 8 9

Resultados Correntes -735 -978

Impostos s/Resultados Correntes -16 -11

Resultados Correntes Após Impostos -751 -989

Resultados Extraordinários 0 0

Impostos s/Resultados Extraordinários 0 0

Interessses Minoritários 0 0

Resultados Líquidos -751 -989

Resultados Por Acção 0 0

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 54

PAPELARIA FERNANDES-INDÚSTRIA E COMÉRCIO, SA

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DO EXERCÍCIO FINDO

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002(Montantes expressos milhares de euros)

1 - FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS

Recebimento de Clientes 29.395 23.236Pagamento a Fornecedores (24.884) (21.018)Pagamentos ao Pessoal (2.923) (2.784) FLUXOS GERADOS PELAS OPERAÇÕES 1.588 (566)Pagamento do imposto sobre o rendimento (53) (43)Recebimento do imposto sobre o rendimento 60 53Outros recebimentos relativos a actividade operacional 165 6Outros pagamentos relativos a actividade operacional (1.405) (1.396) FLUXOS GERADOS ANTES DAS RUBRICAS EXTRAORDINÁRIAS 355 (1.946)Pagamentos relacionados com rubricas Extraordinárias 0 (2)Recebimentos relacionados com rubricas Extraordinárias 2 57FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS 1.436 (1.891)

2 - FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTORecebimentos provenientes de: Inestimentos Financeiros Imobilizações Corpóreas 5 0 Imobilizações em Curso 0 0 Juros e Proveitos Similares 227 204 Dividendos 0 1

232 205

Pagamentos respeitantes a: Imobilizações Incorpóreas (376) (142) Imobilizações Corpóreas (467) (240)

(843) (382)FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO (611) (187)

3 - FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos provenientes de: Empréstimos Bancários 0 0 Empresas do Grupo 2.061 42

2.061 42Pagamentos respeitantes a: Outros Empréstimos Obtidos - Papel Comercial 0 (2.494) Juros e Custos Similares (1.776) (2.081)

(1.776) (4.575)FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO 285 (4.533)

VARIAÇÕES DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES 1.110 (6.611)Caixa e seus equivalentes no inicio do período (101) (541)Saldos Bancários Mobilizados C/Prazo no inicio período 22.777 16.606

Caixa e seus equivalentes no fim do período 132 101Saldos Bancários Mobilizados de c/Prazo no fim do período (21.698) (22.777)

20012002

PAPELARIA FERNANDES-INDÚSTRIA E COMÉRCIO, SAANEXO À DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOSDE CAIXA DO EXERCÍCIO FINDO EM 31.12.2002

2002 2001Numerário 16 14Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 116 87Equivalentes a caixaOutras disponibilidades

Disponibilidades constantes do balanço 132 101

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 55

Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio, S.A.

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATIVAS AO EXERCÍCIO FINDO EM 31DE DEZEMBRO DE 2002(Montantes expressos em milhares de euros)

NOTA 1 – INTRODUÇÃO

A Sociedade foi formalmente constituída em 26 de Agosto de 1919, embora a sua actividade remonte a 1891.A passagem a sociedade anónima ocorreu em 1957 e a sua actividade consiste, principalmente, nacomercialização por grosso de transformados de papel e de mercadorias adquiridas para revenda, bem comona venda a retalho de artigos de papelaria e outros.

A partir do exercício de 1991, a Papelaria Fernandes iniciou um processo de reestruturação interna e deautonomização de áreas de negócio que conduziu à constituição de diversas sociedades nas quais detém atotalidade do capital social.

Em 1 de Outubro de 1999 foi constituída, no 13º Cartório Notarial de Lisboa, a Fernandes Converting-Transformação de Papel, S.A., com o capital social de 3.000.000 de Euros inteiramente subscrito e realizadopela entrada de bens em espécie feito pelo único promotor, Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio, S.A..Os bens transmitidos para a nova sociedade são os que integravam, em 30 de Setembro de 1999, auniversalidade do património do estabelecimento fabril do promotor.

As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade. Asnotas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis à Empresa ou a suaapresentação não é relevante para a apreciação das demonstrações financeiras anexas.

NOTA 2 – VALORES COMPARATIVOS

A Empresa não procedeu à alteração das suas principais práticas e políticas contabilísticas pelo que todos osvalores apresentados são comparáveis, nos aspectos relevantes, com os do exercício anterior.

NOTA 3 – BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS E CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, apartir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com os princípios de contabilidadegeralmente aceites em Portugal.

Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram osseguintes:

a) Imobilizações incorpóreas

São principalmente constituídas pelos custos suportados com o processo de reestruturação do Grupo, com aaquisição de know-how técnico e comercial, com a valorização de marcas e patentes, com os custos dascampanhas de lançamento de novos produtos através de Catálogos e Feiras, bem como pelos custos deaquisição de trespasses de armazéns e lojas. As amortizações são calculadas por duodécimos; comexcepção dos trespasses e marcas que não são objecto de amortização contabilística e serão reavaliadosperiodicamente e devidamente corrigidas contabilisticamente. As imobilizações incorpóreas são na suamaioria amortizadas à taxa correspondente ao período de 3 anos contado a partir do ano em que os custossão incorridos. Exceptuam-se algumas despesas associadas a maior repercussão futura, as quais estão a seramortizadas no prazo máximo de cinco anos.

b) Imobilizações corpóreas

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 56

As imobilizações corpóreas são registadas ao custo de aquisição ou de construção e as suas amortizaçõessão calculadas a partir da data em que os bens entram em funcionamento, por duodécimos, de acordo com ométodo das quotas constantes, utilizando-se para o efeito as taxas definidas pela Portaria nº 787/81 de 29 deAgosto, para os bens adquiridos até Dezembro de 1988, e as taxas definidas pelo Decreto Regulamentar nº2/90 de 12 de Janeiro, para os bens cuja entrada em funcionamento se tenha verificado após 1 de Janeiro de1989, as quais se considera representarem satisfatoriamente a vida útil estimada dos bens, e são comosegue:

Edifícios e outras construções 1,00% - 12,50% Equipamento básico 6,25% - 20,00%Equipamento de transporte 8,33% - 25,00%Equipamento administrativo 6.25% - 12,50%Ferramentas e utensílios 25,00%Taras e vasilhame 14,28%Computadores-Program. Computador 25,00% - 33,33%Uniformes/Fardamentos 20,00% - 50,00%

Os bens do activo imobilizado corpóreo foram objecto de reavaliação, calculada nos termos dos Decretos-Leinºs 430/78, 219/82, 339-G/84, 118-B/86, 111/88, 49/91 e 264/92. Os bens adquiridos após 1991 encontram-se valorizados ao custo histórico de aquisição ou de construção.

Em 1997 e 2001, parte dos terrenos e edifícios foram objecto de reavaliação particular cujos valores obtidossão os que figuram no balanço.

Em 2002, o terreno do Cacém foi objecto de reavaliação particular, efectuada por entidade especializada,cujo valor obtido figura no balanço.

c) Contratos de locação financeira

Relativamente aos contratos celebrados anteriormente a 1 de Janeiro de 1994 mantém-se o critério adoptadodecorrente da aplicação do regime definido pela Directriz Contabilística nº 10. No que diz respeito aosrestantes, foram aplicados os critérios actualmente em vigor e de acordo com o POC.

d) Investimentos financeiros

Os investimentos financeiros são relevados no activo pelo respectivo custo de aquisição. Atendendo aosvalores patrimoniais das participadas se optássemos pela valorização e pela equivalência patrimonial osvalores do activo seriam objecto de um acréscimo de 496.000 euros, correspondente ao diferencial do valorda situação líquida da Pf-Lojas, F. Coverting e Transfer e a um decréscimo de 575.000 correspondente aodiferencial do valor da situação líquida da FTDR e da Printima. Anote-se que o diferencial do valor da FTDRdecorre do reforço de provisões.

As acções próprias em carteira estão registadas ao custo de aquisição e são apresentadas a deduzir aocapital.

e) Existências

As quantidades existentes em armazém à data de 31 de Dezembro de 2002, foram determinadas a partir dosregistos contabilísticos, confirmados por contagens físicas efectuadas em Novembro de 2002. As entradas

foram valorizadas ao custo de aquisição (Mercadorias) inferior ao valor líquido de realização estimado. Assaídas de mercadorias e de produtos acabados são valorizados de acordo com o Custo Médio Ponderado.

f) Provisão para depreciação de existências e para créditos de cobrança duvidosa

A provisão para depreciação de existências corresponde ao produto do valor de mercadorias, dadas comomono, pela percentagem média de desvalorização sobre o preço de custo verificada nas vendas efectuadasneste tipo de mercado. No final do exercício o total acumulado foi reforçado tendo em atenção uma análisedo comportamento de determinados produtos e mercadorias com baixa frequência de vendas.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 57

A provisão para créditos de cobrança duvidosa é calculada com base na análise dos riscos de cobrançaexistentes no final de cada período de encerramento de contas.

g) Títulos negociáveis

Os títulos negociáveis são relevados no activo pelo respectivo custo de aquisição.

h) Especialização de exercícios

A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização dos exercíciospelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas independentemente domomento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e ascorrespondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos.

i) Complemento de pensões de reforma e sobrevivência

A Sociedade adopta no reconhecimento das suas responsabilidades pelos complementos de reforma esobrevivência, os critérios consagrados pela Directriz Contabilística nº 19 , emanada da Comissão deNormalização Contabilística (ver Nota 31).

j) Transacções em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira são convertidas em euros com base nos câmbios vigentes à data daoperação. As diferenças de câmbio realizadas no exercício, bem como as potenciais apuradas nos saldosexistentes na data do balanço por referência às paridades nessa data, integram os resultados correntes doexercício.

A rubrica de Clientes c/c – Estrangeiros inclui saldos a receber, no valor global de 669 milhares de euros(2001: 849 mil euros), expressos em euros e libras esterlinas.

A rubrica de Fornecedores c/c – Estrangeiros inclui saldos a pagar no valor global de 1.313 mil euros (2001:2.378 mil euros), expressos principalmente em euros e libras.

A rubrica de Dívidas a Instituições de Crédito inclui um montante global de 1.195 mil euros (2001 = 1.797 mileuros) relativos a financiamentos externos expressos principalmente em euros.

k) Imposto sobre o rendimento

A Empresa requereu, em 2001, a necessária autorização do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais paraser tributada pelo lucro consolidado em conjunto com as Sociedades subsidiárias:

. Papelaria Fernandes - Lojas, S.A.

. Transfer- Sociedade de Transportes, S.A.

. Fernandes-Material de Escritório e Escolar, S.A.

. Fernandes Técnica-Desenho e Reprodução, S.A.

. Fernandes Converting – Transformação de Papel, S.A.

NOTA 6 - IMPOSTOS

A Empresa está sujeita ao regime geral de tributação a título consolidado de acordo com a legislação emvigor (IRC), encontrando-se as declarações fiscais de rendimentos sujeitas a revisão e eventual ajustamentopor parte das autoridades fiscais durante um período de cinco anos, para os exercícios até 1997, e, por umperíodo de 4 anos, para o exercício de 1998 e seguintes. Contudo, no caso de serem apresentados prejuízosfiscais, estes podem ser sujeitos a revisão pelas autoridades fiscais por um período de 10 anos. AAdministração da Empresa entende que as correcções resultantes de revisões/inspecções por parte dasautoridades fiscais àquelas declarações de impostos não deverão ter um efeito significativo nasdemonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2002, aliás verificou-se no Exercício o total deferimento,por parte da Direcção Geral de Impostos, ao recurso hierárquico desde 1989, inerente aos CFI e DLRRoportunamente requeridos.

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NOTA 7 – NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL

O número médio de pessoas ao serviço da Empresa, durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de2002 e de 2001, foi de 153 e de 138 respectivamente.

NOTA 10 – MOVIMENTO NO ACTIVO IMOBILIZADO

O movimento ocorrido nas contas de imobilizações incorpóreas, imobilizações corpóreas e investimentosfinanceiros, durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, bem como nas respectivas amortizaçõesacumuladas e provisões foi o seguinte:

Transfe-rências e

Saldo Reaval. Alienações abates Saldoinicial Partic. Aumentos final

Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação 11 357 107 11 464 Despesas de investigação e desenvol- vimento 3 261 38 3 299 Propriedade industrial e outros direitos 5 627 79 5 706 Trespasses 11 11 Imobilizações em curso 119 152 ( 151) 120

20 375 376 0 ( 151) 20 600 Imobilizações corpóreas:

Terrenos e recursos naturais 5 378 1 119 2 274 8 771 Edifícios e outras construções 12 663 119 ( 2 274) 10 508 Equipamento básico 1 554 18 1 572 Equipamento de transporte 513 25 ( 25) 513 Ferramentas e utensílios 28 6 34 Equipamento administrativo 2 973 188 ( 2) 3 159 Outras imobilizações corpóreas 13 13 Taras e vasilhame 168 168 Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 22 228 ( 131) 119

23 299 1 119 597 ( 27) ( 131) 24 857 Investimentos financeiros:

Partes de capital em empresas do grupo 8 013 12 8 025 (Nota 16)Partes de capital em empresas associadas (Nota 16) 80 80 Outras Empresas 1 1 Títulos e outras aplicações financeirasAdiantam. por conta de invest. financeiros (Nota 16 b))

8 014 0 12 0 80 8 106 51 688 1 119 985 ( 27) ( 202) 53 563

Activo bruto

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Saldo Aliena- Transf. Saldoinicial Reforço ções e Abates final

Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação 11 207 122 11 329Despesas de investigação e desenvol- vimento 3 037 198 3 235Propriedade industrial e outros direitos

14 244 320 - 14 564

Imobilizações corpóreas:Edifícios e outras construções 3 844 124 3 968Equipamento básico 846 92 938Equipamento de transporte 434 24 ( 24) 3 437Ferramentas e utensílios 24 2 26Equipamento administrativo 2 445 191 2 636Outras imobilizações corpóreas 3 3Taras e vazilhame 168 168

7 761 436 ( 24) 3 8 176

22 005 756 ( 24) 3 22 740

Amortizações acumuladas

NOTA 12 – CRITÉRIOS DE REAVALIAÇÃO DO IMOBILIZADO

Até 1991 e ao abrigo de vários diplomas legais, os bens do activo imobilizado corpóreo foram objecto dereavaliações, encontrando-se totalmente reintegrados (ver Nota 3 b) do presente Anexo.

Em 2001 e através de entidade especializada, o Imóvel do Cacém foi avaliado pelo Método de Comparaçãode Mercado e aferido pelo Método dos Custos Correntes e Substituição de Factores, gerando reserva dereavaliação no montante de 2.274 milhares de euros (ver Notas 13 e 40).

Em 2002 e através de entidade especializada, o Terreno do Cacém foi avaliado pelo mesmo método acimamencionado, gerando reserva de reavaliação no montante de 1.229 milhares de euros (ver Notas 13 e 40).

NOTA 13 – EFEITO DAS REAVALIAÇÕES NO IMOBILIZADO

ValoresCustos Reava- contabilísticos

históricos liações reavaliadosBens reavaliados: Terrenos e recursos naturais 5 378 3 393 8 771 Edifícios e outras construções 0 Equipamento básico 0 Equipamento de transporte 0 Ferramentas e utensílios 0 Equipamento administrativo 0 Outras imobilizações corpóreas 0

5 378 3 393 8 771Bens não reavaliados 7 910 7 910

13 288 3 393 16 681

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 60

Os valores acima encontram-se líquidos de amortizações.

NOTA 15 – VALOR DOS BENS UTILIZADOS EM REGIME DE LOCAÇÃO FINANCEIRA

Os bens utilizados em regime de locação financeira são como segue:

Data de Valor de mercado Períodoinício do dos bens no de contratocontrato início do contrato (meses)

Armazém Cacém II (Robot) 15/12/1996 6 822 120IBM AS400 01/10/2001 155 242 Copiadores/Impres./Fax 15/12/2002 53 24

NOTA 16 – EMPRESAS DO GRUPO

A composição em 31 de Dezembro de 2002 dos investimentos financeiros em empresas do grupo eassociadas e a principal informação financeira sobre as empresas do grupo e associadas sumarizam-secomo segue:

Resultado

Total do Capitais Resultado % de líquido

Sede activo próprios líquido participação apropriado 2002 2001

Empresas do grupo:

PF-Lojas, SA Lisboa 12 379 3 379 44 100% 44 12 379 11 660

FT-Desenho e Reprodução, SA Lisboa 6 331 1 376 76 100% 76 6 331 6 036

Transfer-Soc. De Transportes, SA Cacém 1 092 54 ( 122) 100% ( 122) 1 092 452

F.Comverting, SA Cacém 11 040 3 014 85 100% 85 11 040 12 398

F.Material Escrit. E Escolar Lisboa 100%

83 30 842 30 546

Empresas associadas:

Printima-Imp. E Tratamento Imagens, SA Alfragide 504 53 20 80% 16 504 692

16 504 692

Valor de balanço

Empresa

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Os saldos em 31 de Dezembro de 2002 e as transacções efectuadas durante o exercício findo naquela data,com as principais empresas do grupo, sumarizam-se como segue:

Clientes Empresas Empresas Adianta- Fornecedoresconta do grupo- do grupo- mentos a Outros conta de imobili- Outros

corrente m l prazo curto prazo forneced. Devedores corrente zado credores

PF-Lojas, S.A. 446 57 42 34 141FT-Desenho e Reprodução, S.A. 117 2 111 7 16Transfer-Soc. Transportes, S.A. 267F.Converting, S.A. 185 1116F.Material Esc. E Escolar, S.A. 25Printima-Impr. Tratam. Imagens, S.A. 84 97 106 23

832 0 0 154 150 1 528 30 182

Activo Passivo

Forneci-mentos e Juros e Proveitos Juros eserviços custos Prestações suple- proveitos

Compras externos similares Vendas de serviços mentares similaresPF-Lojas, SA 3 96 1038 626 77FT-Desenho e Reprodução, SA 51 58 89 247Transfer-Soc.Transportes, SA 1045 22 163F.Converting, SA 3257 24 11 102F.Mat-Escrit. E Escolar, SAPrintima-Impr.Tratam. Imagens, SA 479 24 12 4

3 790 1 247 0 1 160 1 150 0 81

Transacções

NOTA 17 – CAIXA E EQUIVALENTES

Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, esta rubrica tinha a seguinte composição:

2002 2001

Caixa 16 14Depósitos Bancários 196 167

212 181

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 62

NOTA 22 - EXISTÊNCIAS

Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, o saldo desta rubrica registado no activo de curto prazo apresentavaa seguinte composição:

2002 2001

Produtos e trabalhos em cursoSubprodutos, desperdícios, resíduos e refugosProdutos acabados e intermédiosMercadorias 8 072 7 567Adiantamentos por conta de compras

Total 8 072 7 567

Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001 não se encontravam existências à guarda de terceiros.

NOTA 23 – DÍVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA

Em 31 de Dezembro de 2002 existiam dívidas de clientes de cobrança duvidosa no montante de 2.047milhares de euros. A provisão para clientes de cobrança duvidosa ascendia, naquela data, a 1.443 milharesde euros (ver Nota 34).

NOTA 25 – SALDOS COM O PESSOAL

Analisam-se como segue os saldos em balanço relacionados com o pessoal (ver Nota 49):

2002 2001

Valores a receber 1 3Valores a pagar 374 345

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NOTA 28 – ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001 não existiam dívidas em situação de mora com o Estado e outrosentes públicos. Os saldos com estas entidades eram os seguintes:

2002 2001 2002 2001

Imposto sobre o Valor Acrescentado 217 31Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Nota 6) 5 16 8Segurança Social 99 86Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares - retenções na fonte 49 45Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - retenções na fonteOutros 1 1

5 0 382 171

Saldos devedores Saldo credores

Em 31 de Dezembro de 2002 o saldo devedor/credor da rubrica do Imposto sobre o Rendimento das PessoasColectivas corresponde a:

Saldo Devedor = 5 mil euros (Retenções efectuadas por Terceiros = 1; Pagamentos especial p/c IRC= 4)Saldo Credor = 16 mil euros (Provisão IRC do Exercício).

NOTA 31 – COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS

a) Complemento de pensões de reforma e sobrevivência

A responsabilidade da Empresa relativamente a complementos de reforma tem sido objecto de interpretaçõesdiferenciadas e que conduzem a âmbitos mais ou menos alargados da aplicação da obrigação decorrente.

Um estudo realizado no ano de 1999, que assenta na análise de todos os documentos de regulamentaçãointerna, para além das bases estatutárias da Empresa, conduziu a um parecer inequívoco sobre esta matériae que aponta para a restrição do universo dos beneficiários.

A Empresa entendeu assim proceder ao ajustamento dos valores das responsabilidades registadas emBalanço desde 31.12.98, actualizando o seu montante para 1.643 mil euros, no exercício de 1999 e com baseno supra mencionado.

Com base em idêntico estudo efectuado em relação a 2002, a provisão foi coerentemente actualizada para1.203 mil euros, reduzindo-se o seu montante em 299 mil euros (2001 = 1.502 mil euros).

NOTA 32 - GARANTIAS PRESTADAS

Em 31 de Dezembro de 2002 a Empresa tinha assumido responsabilidades por garantias bancáriasprestadas no montante de 22 milhares de euros (2001: 22 milhares de euros) relacionadas com Cosec-Seguros de Crédito.

A rubrica de Clientes – Títulos a Receber apresenta-se líquida de efeitos descontados e não vencidos cujomontante ascende a 35 mil euros em 31 de Dezembro de 2002 (2001 = 177 mil euros)

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 64

NOTA 34 – PROVISÕES

Saldo Saldoinicial Reforço Redução final

Provisão para outros riscos e encargos 1 502 299 1 203 Provisão para clientes de cobrança duvidosa 1 308 135 1 443 Provisão para outros devedores 529 68 597

3 339 203 299 3 243

O saldo da provisão para outros riscos e encargos corresponde à responsabilidade da Empresa relativamentea complementos de reforma (ver Nota 31).

NOTA 36 – COMPOSIÇÃO DO CAPITAL

Em 31 de Dezembro de 2002 o capital da Empresa era composto por 2.750.000 de acções com o valornominal de 5 euros cada.

NOTA 37 – IDENTIFICAÇÃO DAS PESSOAS COLECTIVAS COM MAIS DE 10% DO CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO

São as seguintes as Pessoas Colectivas que detém, directamente ou indirectamente, uma participação commais de 10% do Capital Social subscrito:

Inaveste – Sociedade Gestão de Participações, SA;Metalgeste, SAFundação Ernesto Lourenço Estrada, Filhos

NOTA 40 – VARIAÇÃO NAS RUBRICAS DE CAPITAL PRÓPRIO

O movimento ocorrido nas rubricas de capital próprio durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002foi como segue:

Saldo Aumentos/ Distribuições/ Saldoinicial (diminuições) transferências final

Capital 13 750 13 750Acções próprias - valor nominal ( 151) ( 151)Acções próprias - descontos e prémios ( 29) ( 29)Prémios de Emissão de Acções 4 317 4 317Reserva de reavaliação 5 105 1 118 6 223Reserva legal 748 748Outras reservas 10 311 10 311Resultados transitados ( 23 717) ( 989) 12 ( 24 694)Resultado líquido do exercício

2001 ( 989) 989 02002 ( 751) ( 751)

9 345 367 12 9 724

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 65

De acordo com a lei vigente, a reserva legal é reforçada, no mínimo, em 5% do lucro líquido apurado emcada exercício, até atingir pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível em numerário,podendo, contudo, ser incorporada no capital social ou utilizada para cobertura de eventuais prejuízos.

Por deliberação da Assembleia Geral de 9 de Maio de 2002, a Empresa procedeu à aplicação do resultadodo exercício de 2001 como segue:

Resultados Transitados = 989 mil euros

NOTA 41 – CUSTO DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS

O custo das matérias consumidas durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, foideterminado como segue:

Mercad. Mat.Primas Total Mercad. Mat.Primas TotalExistências iniciais 7 567 7 567 6 362 84 6 446Compras 20 342 20 342 14 409 2 833 17 242Regularização de existênciasExistências finais ( 8 072) 0 ( 8 072) ( 7 567) ( 7 567)

Custo no período 19 837 0 19 837 13 204 2 917 16 121

2002 2001

NOTA 43 – REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

As remunerações atribuídas aos órgãos sociais da Empresa durante os exercícios findos em 31 de Dezembrode 2002 e de 2001, foram as seguintes:

2002 2001

Conselho de Administração 130 130Conselho Fiscal/Fiscal Único 22 110Assembleia Geral

152 240

NOTA 44 – VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR ACTIVIDADE E MERCADOS GEOGRÁFICOS

As vendas realizadas durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, distribuíram-se daseguinte forma:

2002 2001 2002 2001 2002 2001Vendas: Mercado Interno 25 267 21 287 25 267 21 287 CEE 5 2 5 2 Exportação 703 492 703 492 Prest. Serviços 1 151 1 529 1 151 1 529

26 418 22 816 708 494 27 126 23 310

Mercado interno Mercado externo Total

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 66

NOTA 45 – DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS FINANCEIROS

Os resultados financeiros para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, têm a seguintecomposição:

Custos e perdas 2002 2001 Proveitos e ganhos 2002 2001

Juros de empréstimos bancários (Nota 48) 1 417 1 689 Juros obtidos - empresas do grupo

Juros suportados - empresas do grupo (Nota 16) 74 132

(Nota 16) Outros juros obtidos 41 49

Outros juros suportados 94 127 Ganhos em empresas do grupo (Nota 16) 7 8

Perdas em empresas do grupo e associadas Rendimento de participações de capital 1

(Nota 16) Diferenças de câmbio favoráveis 2 3

Amortizações e provisões de aplicações Descontos de pronto pagamento obtidos 101 11

e investimentos financeiros (Nota 16) Outros proveitos e ganhos financeiros 2 1

Diferenças de câmbio desfavoráveis 30 27

Descontos de pronto pagam. concedidos 92 101

Outros custos e perdas financeiros 143 137

1 776 2 081

Resultados financeiros ( 1 549) ( 1 876)

227 205 227 205

NOTA 46 – DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

Os resultados extraordinários para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001 têm aseguinte composição:

Custos e perdas 2002 2001 Proveitos e ganhos 2002 2001

Donativos Ganhos em existências 2 13Dívidas incobráveis Ganhos em imobilizações 1 50Perdas em existências Recup. Dívidas 1 2Perdas em imobilizações Reduções de provisões 99 61Multas e penalidades Correcções relativas a exercíciosCorrecções relativas a exercícios anteriores 1 54 anteriores 59 Outros proveitos e ganhosAmortizações do exercício de bens extraordinários 70 subsidiados (Nota 10)Outros custos e perdas extraordinários

0 59Resultados extraordinários 104 191

104 250 104 250

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 67

NOTA 48 - EMPRÉSTIMOS

Em 31 de Dezembro de 2002 esta rubrica tinha a seguinte composição:

Curto Médio e prazo longo prazo Total

Descobertos Bancários 19 505 19 505Contas Caucionadas 997 997Financimentos Externos 1 196 1 196Apoio TesourariaPapel Comercial 2 494 2 494

21 698 2 494 24 192

NOTA 49 – OUTROS DEVEDORES E CREDORES

Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, estas rubricas, excluindo os saldos relativos a empresas do Grupotinham a seguinte composição:

2002 2001 2002 2001

Pessoal 1 1Sindicatos 2 3Outros de valor individual reduzido 1 522 1 285 499 32

1 523 1 286 501 35

Saldo devedor Saldo credor

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 68

NOTA 50 – ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001 os saldos destas rubricas apresentavam a seguinte composição:

2002 2001Acréscimos de proveitos:Impostos a Recuperar 32 32Rappel de Fornecedores 484 588Especialização do exercício - Doc. a Emitir 403Vendas / Prest. Serviços 17Valores a debitar a Fornecedores 130Outros Acréscimos de Proveitos 208

871 1 023

Custos diferidos:Rendas Adiantadas 16 3Prémios Seguro AntecipadosJuros Antecipados 20 31Catálogos a diferir 27Coomp. Papel Comercial BES 10 14

46 75

Acréscimos de custos:Juros ref. Exercício 18 44Comissionistas 5 4Férias/Subs. Férias a liquidar Exercícios seguintes 374 345Rappel a conceder a Clientes 503FSE Diferidos 8 4Outros Acréscimos de Custos 360 7

765 907

Proveitos diferidos:Subsid. P/cobertura InvestimentosEncargos a debitar a Clientes 3 1

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 69

NOTA 52 – DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES

a) Reconciliação da rubrica de resultados extraordinários evidenciada na demonstração dosresultados por naturezas e na demonstração dos resultados por funções

A demonstração dos resultados por funções foi preparada em conformidade com o estabelecido pela DirectrizContabilística nº 20, a qual apresenta um conceito de resultados extraordinários diferente do definido no Plano Oficial deContabilidade (POC) para preparação da demonstração dos resultados por naturezas. Assim, em 31 de Dezembro de2002, os custos e perdas extraordinários no montante de 0.4 milhares de euros e os proveitos e ganhos extraordinários nomontante de 104 milhares de euros, apresentados na demonstração dos resultados por naturezas (ver Nota 46), foramreclassificados para as rubricas de resultados operacionais. Em 31 de Dezembro de 2001, os custos e perdasextraordinários no montante de 59 milhares de euros, e os proveitos e ganhos extraordinários no montante de 250milhares de euros apresentados na demonstração dos resultados por naturezas (ver Nota 46), foram reclassificados para asrubricas de resultados operacionais. Estas reclassificações proporcionam as seguintes diferenças nas diversas naturezasde resultados:

Ajustamentos em DR PFIC 2002 (Meuros)P/Natureza Reclassif. r Funções

Resultados Operacionais 710 104 814Resultados Financeiros -1.549 0 -1.549Resultados Correntes -839 104 -735Resultados Extraordinários 104 -104 0Resultados Líquidos Exercício -751 0 -751

2001 (Meuros)P/Natureza Reclassif. r Funções

Resultados Operacionais 707 191 897Resultados Financeiros -1.875 0 -1.875Resultados Correntes -1.169 191 -978Resultados Extraordinários 191 -191 0Resultados Líquidos Exercício -989 0 -989

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 70

GRUPO PAPELARIA FERNANDES BALANÇO CONSOLIDADO Código das Contas E X E R C Í C I O S

31-Dezembro-2002 31-Dezembro-2001CEE POC AB=Activo Bruto AP=Amortizações e AL=Activo Líquido AL=Activo Líquido

Provisões Acumuladas Euros EurosActivo

C Imobilizado:

I Imobilizações Incorpóreas:1 431 Despesas de Instalação 14.195.958,10 13.842.325,09 353.633,01 366.694,921 432 Despesas de Investigação e de Desenvolvimento 4.345.056,39 4.200.299,64 144.756,75 591.793,332 433 Propriedade Industrial e Outros Direitos 8.100.555,87 2.394.229,91 5.706.325,96 5.626.759,513 434 Trespasses 7.863.087,87 0,00 7.863.087,87 7.798.980,89

34.504.658,23 20.436.854,64 14.067.803,59 14.384.228,65II Imobilizações Corpóreas:1 421 Terrenos e Recursos Naturais 9.799.375,19 9.799.375,19 6.406.884,841 422 Edificios e Outras Construções 19.103.908,26 8.560.990,53 10.542.917,73 12.949.330,962 423 Equipamento Básico 11.705.344,03 9.182.625,55 2.522.718,48 3.094.540,242 424 Equipamento de Transporte 1.713.469,95 1.380.794,05 332.675,90 216.079,663 425 Ferramentas e Utensílios 353.264,65 230.603,25 122.661,40 62.274,513 426 Equipamento Administrativo 6.084.436,52 4.713.859,73 1.370.576,79 970.618,913 427 Taras e Vasilhame 232.597,81 231.676,23 921,58 0,003 429 Outras Imobilizações Corpóreas 127.614,33 89.384,37 38.229,96 13.815,064 441 Imobilizações em Curso 291.953,45 291.953,45 265.880,28

49.411.964,19 24.389.933,71 25.022.030,48 23.979.424,46III Investimentos financeiros:1 4111 Partes de Capital em Empresas do Grupo 0,00 0,00 0,003 4112 Partes de Capital em Empresas Associadas 557.572,84 557.572,84 0,005 4114 Partes de Capital em Empresas Participadas 0,00 0,00

Títulos e Outras Aplicações Financeiras 1.401,63 1.401,63 1.401,63558.974,47 0,00 558.974,47 1.401,63

DI Existências:1 36 Matérias-Primas, Subsidiárias e de Consumo 969.818,95 969.818,95 1.264.876,652 33 Produtos Acabados e Intermédios 1.185.626,11 31.499,09 1.154.127,02 1.166.593,153 32 Mercadorias 12.593.871,61 1.388.687,40 11.205.184,21 10.979.058,95

14.749.316,67 1.420.186,49 13.329.130,18 13.410.528,75

II Dívidas de Terceiros - Médio e Longo Prazo:2 252 Empresas do Grupo 0,00 0,00 0,00

268 Outros 0,00 0,000,00 0,00 0,00 0,00

II Dívidas de Terceiros-Curto Prazo:1 211 Clientes C/C 9.874.230,77 9.874.230,77 8.770.279,721 212 Clientes C/Títulos a Receber 44.955,43 44.955,43 206.559,821 218 Clientes de Cobrança Duvidosa 2.373.304,22 1.647.964,32 725.339,90 797.828,082 252 Empresas Grupo 0,00 0,00 0,002 253 Empresas Associadas 3.821,39 3.821,39 3.821,392 255 Outros Accionistas 0,00 0,00 0,004 229 Adiantamentos a Fornecedores 0,00 0,00 0,004 2619 Adiantamentos a Fornecedores de Imobilizado 0,00 0,00 64.547,774 24 Estado e Outros Entes Públicos 159.676,00 159.676,00 5.363,684 26 Outros Devedores 1.234.141,32 1.234.141,32 1.236.018,07

13.690.129,13 1.647.964,32 12.042.164,81 11.084.418,53

III Títulos negociáveis: Acções em Empresas Associadas 0,00 0,00 557.572,84

3 1514 Outros Títulos Negociáveis 0,00 0,00 0,00 0,00 Outras Aplicações de Tesouraria 0,00 0,00

0,00 0,00 0,00 557.572,84

IV Depósitos Bancários e Caixa:12+14 Depósitos Bancários 513.123,57 513.123,57 540.173,88

11 Caixa 33.121,73 33.121,73 30.992,02546.245,30 0,00 546.245,30 571.165,90

E Acréscimos e Diferimentos:271 Acréscimos de Proveitos 1.641.862,12 1.641.862,12 1.353.661,03272 Custos Diferidos 236.642,64 236.642,64 251.248,36

1.878.504,76 0,00 1.878.504,76 1.604.909,39 Total de Amortizações 44.826.788,35 Total de Provisões 3.068.150,81 Total do Activo 115.339.792,75 47.894.939,16 67.444.853,59 65.593.650,16

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 71

GRUPO PAPELARIA FERNANDES BALANÇO CONSOLIDADOCódigo das Contas

CEE POC 31-Dezembro-2002 31-Dezembro-2001Euros Euros

Capital Próprio e Passivo

A Capital Próprio:

I 51 Capital: 13.750.000,00 13.750.000,00521 Acções Próprias - Valor Nominal -150.811,54 -150.811,54522 Acções Próprias - Prémios e Descontos -28.713,61 -28.713,61

II 54 Prémios de Emissão de Acções 4.317.095,80 4.317.095,80 Diferenças de Consolidação

III 55 Reservas de Reavaliação 6.391.094,46 5.135.677,16 Outras Variações nos Capitais Próprios

IV Reservas: 1/2 561 Reservas Legais 871.801,11 852.819,71

4 58 Reservas Livres 10.749.324,60 10.720.011,34

V 59 Resultados Transitados -25.658.322,41 -24.511.676,82VI 88 Resultado Líquido do Exercício -631.993,33 -766.790,68

Total do Capital Próprio 9.609.475,08 9.317.611,35

Passivo

B Provisões para Riscos e Encargos:

2 292 Provisões para Impostos3 2927 Outras Provisões para Riscos e Encargos 1.203.183,81 1.502.194,71

1.203.183,81 1.502.194,71

C Dívidas a terceiros-Médio e Longo Prazo

2 231 Dívidas a Instituições de Crédito 0,00 0,00232 Empréstimos p/Obrigações 0,00 0,00252 Empresas do Grupo 0,00 0,00

2 239 Outros Empréstimos Obtidos - Pap. Comercial 2.493.989,49 2.493.989,498 2611 Fornecedores de Imobilizado C/C 3.857.758,30 5.210.685,148 268 Outros Credores

6.351.747,79 7.704.674,63C Dívidas a Terceiros-Curto Prazo:

2 232 Empréstimos p/Obrigações 0,00 0,00

2 231+12 Dívidas a Instituições de Crédito 33.854.487,17 27.970.760,664 221 Fornecedores C/C 11.462.552,22 13.835.521,705 222 Fornecedores C/Títulos a Pagar 0,00 0,00

228 Forneced.-Fact. Recep./Confer. 20.736,40 128.572,07 Adiantamentos de Clientes 0,00 0,00

253 Empresas Associadas 0,00 0,008 255 (Restantes) Accionistas 8.749,32 8.821,558 2611 Fornecedores de Imobilizado C/C 1.719.169,30 1.652.498,578 24 Estado e Outros Entes Públicos 972.354,28 830.009,678 26+211 Outros Credores 637.270,00 534.060,60

48.675.318,69 44.960.244,82Interesses Minoritários Capital 6.707,65 13.334,41 Resultado 3.917,94 -6.626,75

10.625,59 6.707,65D Acréscimos e Diferimentos:

273 Acréscimos de Custos 1.583.247,04 2.099.973,49274 Proveitos Diferidos 11.255,59 2.243,50

1.594.502,63 2.102.216,99 Diferenças de Eliminações de Operações Intergrupo 0,00 0,00

0,00 0,00

Total do Passivo 57.824.752,92 56.269.331,15

Total do Capital Próprio e do Passivo 67.444.853,59 65.593.650,16

EXERCÍCIOS

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 72

GRUPO PAPELARIA FERNANDES DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS LÍQUIDOS CONSOLIDADOS Código das Contas E X E R C Í C I O S

CEE POC 31-Dezembro-2002 31-Dezembro-2001

Custos e PerdasA

2 61 Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas Mercadorias 25.844.017,40 18.919.807,98 Matérias 5.806.314,45 31.650.331,85 9.645.752,38 28.565.560,36

2 62 Fornecimentos e Serviços Externos 5.282.051,55 5.087.205,92

3 Custos com o Pessoal:3 641+642 Remunerações 7.017.623,13 6.900.962,46

645+646 Encargos s/Remunerações 1.542.971,52 1.521.730,123 Encargos Sociais:

6486/2 Pensões 0,00 167.362,59647/8 Outros 336.352,35 8.896.947,00 288.534,38 8.878.589,55

4 66 Amortizações do Imobilizado Corpóreo e Incorpóreo 2.135.961,99 2.507.712,814 67 Provisões 358.824,90 2.494.786,89 298.335,38 2.806.048,19

5 63 Impostos 169.406,63 185.331,365 65 Outros Custos Operacionais 23.315,02 192.721,65 9.913,68 195.245,04

(A) 48.516.838,94 45.532.649,06

7 Juros e Custos Similares: Relativos a Empresas do Grupo 0,00 0,00 Relativos a Empressas Associadas 0,00 244.324,42

68 Outros 2.825.446,96 2.825.446,96 2.774.296,33 3.018.620,75 (C) 51.342.285,90 48.551.269,81

10 69 Custos e Perdas Extraordinários 21.350,80 80.425,07 (E) 51.363.636,70 48.631.694,88

8+11 86 Imposto sobre o Rendimentos do Exercício 35.889,78 106.529,36 (G) 51.399.526,48 48.738.224,24Diferença de Eliminações Oper. Intergrupo

Interesses Minoritários no Resultado 3.917,94 -6.626,75

13 88 Resultado Líquido do Exercício -631.993,33 -766.790,6850.771.451,09 47.964.806,80

Proveitos e GanhosB

1 71 Vendas: Mercadorias 38.190.828,50 30.463.426,86 Produtos 10.552.210,91 48.743.039,41 15.776.636,43 46.240.063,29

1 72 Prestações de Serviços 971.610,08 399.094,162 Variação de Produção -19.809,54 59.007,203 75 Trabalhos para a Própria Empresa 1.055,98 341.694,024 73 Proveitos Suplementares 518.643,48 250.423,384 76 Outros Proveitos Operacionais 24.939,89 0,00

(B) 50.239.479,30 47.290.282,055 784 Rendimentos de Participações de Capital

Relativas a outras Empresas 0,00 0,00 Rend. Títulos e Outras Aplicações 0,00 5.985,58 Outros 0,00 0,00 0,00 5.985,58

7 Outros Juros e Proveitos Similares: Relativos a Empresas do Grupo 0,00 0,00 Relativos a Empresas Associadas 0,00 0,00 Outros 299.944,55 299.944,55 126.206,77 126.206,77 (D) 50.539.423,85 47.422.474,40

9 79 Proveitos e Ganhos Extraordinários 232.027,24 542.332,40 (F) 50.771.451,09 47.964.806,80

Resumo: Resultados Operacionais: (B) - (A) 1.722.640,36 1.757.632,99 Resultados Financeiros: (D-B) - (C-A) -2.525.502,41 -2.886.428,40 Resultados Correntes: (D) - (C) -802.862,05 -1.128.795,41 Resultados Antes de Impostos: (F) - (E) -592.185,61 -666.888,08 Resultado Consolidado c/Interesses Minoritários Líquido do Exercício: (F)-(G) -628.075,39 -773.417,44

Euros Euros

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 73

GRUPO PAPELARIA FERNANDES MAPA COMPARATIVO DOS BALANÇOS CONSOLIDADOS2002 2001 VARIAÇÕES

GRUPO I ACTIVO CAP. PRÓP./ ACTIVO CAP. PRÓP./ + -/PASSIVO /PASSIVO

DISPONIBILIDADES Outros Títulos Negociáveis Depósitos Bancários 513 541 28 Caixa 33 31 2

546 0 572 0 2 28 DÍVIDAS A TERCEIROS A CURTO PRAZO Dívidas a Inst. Crédito 33.854 27.971 5.883 Fornecedores, C/C 11.463 13.835 2.372 Fornecedores-Títulos a Pagar Fornecedores-Fact.Recep/Conferência 21 129 108 Empréstimos por Obrigações Accionistas/Sócios 9 9 Forneced. Imobilizado 1.719 1.652 67 Estado e Outros Entes Públicos 972 830 142 Outros Credores 637 534 103 Interesses Minoritários 11 7 4 Acréscimos e Diferimentos 1.595 2.102 507

0 50.280 0 47.069 2.987 6.200DÍVIDAS DE TERCEIROS A CURTO PRAZO Clientes, C/C 9.874 8.770 1.104 Clientes-Títulos a Receber 45 207 162 Clientes de Cobrança Duvidosa 2.373 2.272 101 Empresas do Grupo Empresas Associadas 4 4 Adiantam. a Forneced. Imobiliz. 65 65 Estado e Outr. Entes Públicos 160 5 155 Outros Devedores 1.234 1.236 2 Acréscimos e Diferimentos 1.879 1.604 275

15.569 0 14.163 0 1.635 229EXISTÊNCIAS Matérias Primas 970 1.265 295 Prod. Trab. Curso 1.186 1.198 12 Mercadorias 12.594 11.782 812

14.749 0 14.245 0 812 308

TOTAL DO GRUPO I 30.864 50.280 28.980 47.069 5.436 6.764

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 74

GRUPO PAPELARIA FERNANDES MAPA COMPARATIVO DOS BALANÇOS CONSOLIDADOS2002 2001 VARIAÇÕES

GRUPO II ACTIVO CAP. PRÓP./ ACTIVO CAP. PRÓP./ + -/PASSIVO /PASSIVO

PROVISÕES Prov. p/cobr. Duvidosas 1.648 1.475 173 Prov. p/Depr. Existências 1.420 835 585 Outr. Prov. p/Risco e Encargos 1.203 1.502 299

0 4.271 0 3.812 299 758DÍVIDAS DE TERC. - M/L PRAZO Outr. Deved. e Subscrit. Capital Empresas do Grupo

0 0 0 0 0 0DÍVIDAS A TERC. - M/L PRAZO Outros Empréstimos Obtidos 2.494 2.494 Dívidas a Inst. Crédito Fornecedores de Imobilizado, c/c 3.858 5.211 1.353 Empréstimos p/Obrigações

0 6.352 0 7.705 1.353 0IMOBILIZADO

IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS Despesas Instalação 14.196 13.942 254 Desp. Invest. Desenvolv. 4.345 4.537 192 Prop. Ind. / Outr. Direit. 8.101 8.021 80 Trespasses 7.863 7.799 64

34.505 0 34.299 0 398 192IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS Terrenos e recursos naturais 9.799 6.407 3.392 Edifícios e outras construções 19.104 21.006 1.902 Eq. Básico 11.705 13.628 1.923 Eq. Transporte 1.713 1.625 88 Ferramentas e utensilios 353 272 81 Eq. Administrativo 6.084 5.294 790 Taras e vasilhame 233 232 1 Outras Imobilizações Corpóreas 128 77 51 Imobilizações em Curso 292 266 26

49.412 0 48.807 0 4.430 3.825

INVESTIMENTOS FINANCEIROS Partes Capital Emp. Grupo Títulos e Outr. Aplic. Financ. 1 2 1 Partes Capital Emp. Associad. 558 558

559 0 560 0 0 1AMORTIZAÇÕES 44.827 44.742 85

0 44.827 0 44.742 0 85CAPITAL, RESERVAS, RESULT. TRANS. Capital 13.750 13.750 Acções Próprias 180 180 Prémios emissão acções 4.317 4.317 Reservas Reavaliação 6.391 5.136 1.255 Reservas Legais 872 853 19 Reservas Livres 10.749 10.720 29 Resultados Transitados 25.658 24.511 1.147 0

25.838 36.079 24.691 34.776 1.147 1.303RESULTADOS Resultados Líquidos Exerc. 632 767 135

632 0 767 0 0 135

TOTAL DO GRUPO II 110.946 91.529 109.124 91.035 7.627 6.298141.810 141.810 138.104 138.104 13.063 13.063

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 75

GRUPO PAPELARIA FERNANDES DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES DOS FUNDOS CIRCULANTES CONSOLIDADOSAumento das existências Diminuição das Existências

Matérias Primas 296 Mercadorias 812 Prod. Trab. Curso 12 308

Aumento das dívidas de terceiros a curto prazo Diminuição das Dívidas de Terceiros - Curto Prazo Clientes c/c 1.104 Adiantam. A Fornec. Imobilizado 65 Estado e Outr. Entes Públicos 155 Outr. Devedores 2 Clientes de Cobrança Duvidosa 101 Clientes - Títulos a Receber 162 229 Acréscimos e Diferimentos 274 1.634 Aumento das dívidas a terceiros a curto prazo

Dívidas a Institu. Crédito 5.883 Estado e Outr. Entes Públicos 142 Outr. Credores 103

Diminuições das dívidas a terceiros a curto prazo Fornecedores Imobilizado, c/c 67 Fornecedores, C/C 2.372 Interesses Minoritários 4 6.199 Fornec. Facts. Recep./Conferência 108 Acréscimos e Diferimentos 507 2.987 Diminuição das DisponibilidadesAumento das Disponibilidades Depósitos Bancários 28 Caixa 2 Outr. Titul. Negociáveis 1 3Redução dos Fundos Circulantes 1.328

.TOTAL 6.764 TOTAL 6.764

GRUPO PAPELARIA FERNANDES DEMONSTRAÇÃO DA ORIGEM E DA APLICAÇÃO DE FUNDOS CONSOLIDADOS ORIGEM DOS FUNDOS APLICAÇÃO DOS FUNDOS

INTERNAS Amortizações 2.136 Variação de Provisões 459 2.595

Redução dos Capitais PrópriosAumento dos Capitais Próprios Resultado Líquido do Exercício 632

Resultados Transitados 84 716 Reservas de Reavaliação - Partic. 1.256 EXTERNAS Reservas Legais 19 Movimentos Financeiros - M/L Prazo Reservas Livres 29 1.304 Diminuição das Dívidas a Terceiros - M/L Prazo

Fornecedores Imobilizado, C/C 1.353

EXTERNASDiminuição de ImobilizaçõesCessão / Transferência de Imobilizações: AUMENTOS DE IMOBILIZAÇÕES Imobilizações Incorpóreas 14 Aquisição de Imobilizações: Imobilizações Corpóreas 192 206 Imobilizações Incorpóreas 448

Imobilizações Corpóreas 1.660 Reavaliação Particular 1.256 3.364

REDUÇÃO DOS FUNDOS CIRCULANTES 1.328

TOTAL DAS ORIGENS 5.433 TOTAL DAS APLICAÇÕES 5.433

Milh. Euros Milh. Euros

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 76

Grupo Papelaria Fernandes

Demonstração de Resultados Por Funções CONSOLIDADA

Rúbricas 2002 2001( MEuros ) ( MEuros )

Vendas e Prestação Serviços 49.715 46.875 Custo Vendas e Prestação Serviços -34.289 -31.165

Resultados Brutos 15.425 15.710

Outros Proveitos e Ganhos Operacionais 629 661 Custos de Distribuição -8.825 -8.228 Custos Administrativos -5.086 -5.726 Outros Custos e Perdas Operacionais -207 -197

Resultados Operacionais 1.937 2.220

Custos Liquido do Financiamento -2.533 -2.890 Ganhos (Perdas) em Filiais e Associadas 0 -10 Ganhos (Perdas) em Outros Investimentos 8 14

Resultados Correntes -588 -666

Impostos s/Resultados Correntes -36 -107

Resultados Correntes Após Impostos -624 -772

Resultados Extraordinários 0 0

Impostos s/Resultados Extraordinários 0 0

Interessses Minoritários -4 7

Resultados Líquidos Grupo -628 -765

Resultados Por Acção 0 0

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 77

GRUPO PAPELARIA FERNANDES

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS DO EXERCÍCIO FINDO

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002(Montantes expressos em milhares de euros)

1 - FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS

Recebimento de Clientes 50.909 46.628Pagamento a Fornecedores (40.900) (35.329)Pagamentos ao Pessoal (8.907) (8.814) FLUXOS GERADOS PELAS OPERAÇÕES 1.102 2.485

Pagamento do imposto sobre o rendimento (103) (74)Recebimento do imposto sobre o rendimento 59 103Outros recebimentos relativos à actividade operacional 544 250Outros pagamentos relativos a actividade operacional (3.141) (2.874) FLUXOS GERADOS ANTES DAS RUBRICAS EXTRAORDINÁRIAS (1.539) (110)

Pagamentos relacionados com rubricas Extraordinárias (4) (10)Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 3 287FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS (1.540) 167

2 - FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

Recebimentos provenientes de: Imobilizações Corpóreas 250 52 Investimentos Financeiros 0 0 Juros e Proveitos Similares 300 126 Dividendos 0 6

550 184

Pagamentos respeitantes a: Imobilizações Incorpóreas (434) (484) Imobilizações Corpóreas (1.660) (1.069)

(2.094) (1.553)FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO (1.544) (1.369)

3 - FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Pagamentos respeitantes a: Outros Empréstimos Bancários - Papel Comercial 0 (2.494) Juros e Custos Similares (2.825) (3.019)

(2.825) (5.513)

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO (2.825) (5.513)

VARIAÇÕES DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (5.909) (6.715)

Caixa e seus equivalentes no inicio do período (572) (780)Saldos Bancários Mobilizados C/Prazo no inicio período 27.971 21.464

Caixa e seus equivalentes no fim do período 546 572Saldos Bancários Mobilizados de c/Prazo no fim do período (33.854) (27.971)

2002 2001

GRUPO PAPELARIA FERNANDESANEXO À DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31.12.2002

2002 2001Numerário 33 31Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 513 541Equivalentes a caixaOutras disponibilidades

Disponibilidades constantes do balanço 546 572

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 78

PAPELARIA FERNANDES-INDÚSTRIA E COMÉRCIO, S.A.

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATIVAS AO

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002

(Montantes expressos em milhares de euros)

NOTA INTRODUTÓRIA

O Grupo Papelaria Fernandes surge no seguimento de um processo de reestruturação interna iniciado apartir de 1991 e que conduziu à autonomização das diversas áreas de negócio da Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio, S.A., actual empresa-mãe, cuja actividade remonta ao ano de 1891. A actividadeprincipal do Grupo consiste na transformação industrial de papel e na comercialização por grosso dos artigosassim produzidos e de mercadorias adquiridas para revenda, bem como na venda a retalho de artigos depapelaria e outros.

As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade (POC)para a apresentação de demonstrações financeiras consolidadas. As notas cuja numeração se encontraausente deste anexo não são aplicáveis ao Grupo Papelaria Fernandes ou a sua apresentação não érelevante para a apreciação das demonstrações financeiras consolidadas anexas.

NOTA 1 – EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas incluídas na consolidação, em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, foram as seguintes:

Designação Sede Social % de participação

Empresas do Grupo

FERNANDES CONVERTING-TRANSFORMAÇÃO DE PAPEL S.A.

Est. Paço ArcosAlto Bela Vista2735 Cacém

100%

TRANSFER-SOCIEDADE DETRANSPORTES, S.A.

Est. Nac. 249-3-Sitio do Cotão– 2735 Cacém 100%

FERNANDES-MATERIAL DE ESCRITÓRIO EESCOLAR, SA

Largo do Rato, 13 - 1º1250 Lisboa 100%

PAPELARIA FERNANDES-LOJAS, S.A.Largo do Rato, 13 - 1º1250 Lisboa 100%

FERNANDES TÉCNICA-DESENHO EREPRODUÇÃO, S.A.

Rua Silva Carvalho, 141-A1250 Lisboa 100%

Empresas Participadas

PRINTIMA-IMPRESSÃO E TRATAMENTODE IMAGENS, S.A.

Av. Leite Vasconcelos, 18-22 –Alfragide 80%

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 79

As Empresas acima referidas foram incluídas na consolidação pelo método de consolidação integral, combase no estabelecido na alínea a) do nº 1 do artigo 1º do Decreto-Lei nº 238/91 de 2 de Julho.

NOTA 7 – NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL

Durante os exercícios de 2002 e de 2001, o número médio de pessoas ao serviço do Grupo PapelariaFernandes foi o seguinte:

Empresa 2002 2001

Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio, SA 153 138

Fernandes Converting-Transformação de Papel, SA 158 170

Papelaria Fernandes-Lojas, SA 135 129

Fernandes Técnica-Desenho e Reprodução, SA 45 49

Transfer-Sociedade de Transportes, SA 55 53

Printima-Impressão e Tratamento de Imagens, SA 16 18

562 557

NOTA 10 – DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO

Pelo facto de o Grupo ter surgido na sequência do processo de autonomização das diversas áreas denegócio da Papelaria Fernandes - Indústria e Comércio, SA e terem as participações financeiras daídecorrentes sido valorizadas ao respectivo valor nominal, não se apuraram diferenças de consolidaçãosignificativas no contexto das contas consolidadas.

NOTA 15 – CONSISTÊNCIA NA APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS

São consistentes os principais critérios de valorimetria seguidos pelas empresas do Grupo incluídas naconsolidação, descritos na Nota 23.

NOTA 21 – COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS

a) Complemento de pensões de reforma e sobrevivência

A responsabilidade do Grupo relativamente a complementos de reforma tem sido objecto de interpretaçõesdiferenciadas e que conduzem a âmbitos mais ou menos alargados da aplicação da obrigação decorrente.

Os estudos actuariais desenvolvidos por entidade independente, realizados no ano de 1999, que assentamna análise de todos os documentos de regulamentação interna, para além das bases estatutárias daEmpresa, conduziram a um parecer inequívoco sobre esta matéria e que aponta para a restrição do universodos beneficiários.

O Grupo entendeu assim proceder ao ajustamento dos valores das responsabilidades registadas em Balançodesde 31.12.98, actualizando o seu montante para 1.643 mil euros no Exercício de 1999 e com base nosupra mencionado.

Com base em idênticos estudos efectuados em relação a 2002, a provisão foi coerentemente actualizadapara 1.203 mil euros, reduzindo-se o seu montante em 299 mil euros (2001=1.502 mil euros).

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 80

Os estudos actuariais desenvolvidos por entidade independente, com referência a 31 de Dezembro de 2002 ede 2001, para efeitos de apuramento nessas datas das responsabilidades acumuladas tiveram por base ospressupostos de restrição do universo de beneficiários e adequação do valor da provisão dos valoresefectivamente auferidos.

NOTA 22 – GARANTIAS PRESTADAS

Em 31 de Dezembro de 2002 o Grupo tinha assumido responsabilidades por garantias bancárias prestadasno montante de 227 milhares de euros (2001: 227 milhares de euros) essencialmente relacionadas comfornecimentos e organismos públicos e fornecedores.

No mesmo período, tinha assumido responsabilidades por garantias bancárias prestadas no montante de 22milhares de euros (2001: 22 milhares de euros) relacionados com Cosec-Seguros de Crédito.

A rubrica de Clientes – Títulos a receber apresenta-se líquida de efeitos descontados e não vencidos cujomontante ascende a 45 mil. euros em 31 de Dezembro de 2002 (2001=207 mil euros).

NOTA 23 – BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS E CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS

Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade dasoperações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas indicadas na Nota 1, mantidos deacordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites, tendo-se utilizado os procedimentos deconsolidação a seguir descritos.

Procedimentos de consolidação

A consolidação das empresas referidas na Nota 1, efectuou-se pelo método da consolidação integral. Astransacções e saldos significativos entre as empresas foram eliminados no processo de consolidação. Ovalor correspondente à participação de terceiros nas empresas subsidiárias é apresentado no balanço narubrica interesses minoritários.

Os investimentos financeiros e títulos negociáveis são relevados no activo pelo respectivo custo de aquisição.

Principais critérios valorimétricos

Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras consolidadasforam os seguintes:

a) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas são constituídas basicamente por despesas associadas a estudos, projectos deinvestigação e outros considerados relevantes para o desenvolvimento das actividades no futuro. Estasdespesas, excluindo as que se encontram em curso e as diferenças de consolidação (ver Nota 10), sãoamortizadas pelo método das quotas constantes ao longo de um período de entre três a cinco anos. Ostrespasse e as marcas não são objecto de amortização e as mais valias geradas em exercícios anteriorespelos trespasses não foram eliminadas.

b) Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas são originalmente registadas ao custo de aquisição, reavaliado de acordo com asdisposições legais.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 81

As amortizações são calculadas, pelo método das quotas constantes, a partir da data de entrada emfuncionamento dos bens, utilizando de entre as taxas permitidas pela legislação fiscal em vigor, as quepermitam a reintegração do imobilizado, durante a sua vida útil estimada. As taxas de amortização utilizadascorrespondem às seguintes vidas úteis médias estimadas:

Anos médiosde vida útil

Edifícios e outras construções 5,00% - 12,50% Equipamento básico 7,14% - 14,28%Equipamento de transporte 14,28% - 25,00%Equipamento administrativo 10,00% - 12,50%Ferramentas e utensílios 25,00%Taras e vasilhame 14,28% - 20,00%Computadores-Program. Computador 25,00% - 33,33%

Os encargos com reparações e manutenção de natureza corrente são registados na demonstração deresultados do exercício em que são incorridos.

As reparações que aumentam a utilidade económica dos activos imobilizados são registadas comoimobilizações corpóreas e amortizadas durante a vida útil remanescente dos mesmos.

c) Contratos de locação financeira

Os bens adquiridos em regime de locação financeira encontram-se relevados na situação patrimonial comoestabelece a Directriz Contabilística nº 25, emanada da Comissão de Normalização Contabilística. Assim, (i)o valor dos bens é registado em imobilizado corpóreo sendo depreciado em conformidade com a vida útilesperada e (ii) a responsabilidade para com terceiros, pela parte de capital incluída nas rendas vincendas, éevidenciada no passivo.

d) Existências

As quantidades existentes em armazéns nas diversas empresas do Grupo à data de 31 de Dezembro de2002 foram determinadas a partir dos registos contabilisticos, confirmados por contagens físicas efectuadasem Dezembro de 2002. As entradas foram valorizadas ao custo de aquisição (Mercadorias e Matérias-Primas).

O método de valorimetria das existências finais de Produtos Acabados, à semelhança do Exercício anterior,manteve o custo standard industrial.

e) Provisão para depreciação de existências e para créditos de cobrança duvidosa

É constituída provisão para depreciação de existências pela diferença entre (i) o custo de produção dosprodutos acabados e intermédios (ii) o custo de aquisição das matérias primas e mercadorias e o valor derealização estimado, sempre que este seja inferior aos primeiros.

A provisão para créditos de cobrança duvidosa é calculada tendo por base os riscos previstos de cobrança nofinal de cada ano.

f) Títulos negociáveis

Os títulos negociáveis são registados pelo respectivo custo de aquisição. Os dividendos são reconhecidoscomo proveitos no exercício em que são recebidos.

g) Especialização de exercícios

As Empresas do Grupo registam as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especializaçãodos exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradasindependentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantesrecebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas deacréscimos e diferimentos.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 82

h) Complemento de pensões de reforma e sobrevivência

Ver Nota 21.

i) Indemnizações pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho

Os encargos associados a indemnizações a trabalhadores pela cessação por mútuo acordo de contratos detrabalho são amortizados pelo método das quotas constantes ao longo de ume período de três anos.

k) Subsídios atribuídos para financiamento de imobilizações corpóreas

Os subsídios recebidos a fundo perdido para o financiamento de imobilizações corpóreas estão registadosem balanço na rubrica de proveitos diferidos para posterior reconhecimento na demonstração dos resultadosde cada exercício, proporcionalmente às amortizações das imobilizações corpóreas subsidiadas. A parcelade subsídio reconhecido como proveito no exercício, bem como as correspondentes amortizações, integramos resultados extraordinários do exercício.

k) Subsídios à exploração

Os subsídios atribuídos sobre a forma de incentivo fiscal durante um período pré-determinado sãoreconhecidos na demonstração de resultados no período em que se verifica a redução da carga fiscal.

l) Transacções em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira são convertidas em euros aos câmbios vigentes à data da operação.As diferenças de câmbio realizadas no exercício, bem como as potenciais apuradas nos saldos existentes nadata do balanço por referência às paridades vigentes nessa data, integram os resultados correntes doexercício.

m) Imposto sobre o rendimento

O encargo com o imposto sobre o rendimento é apurado tendo em consideração as disposições do Códigodo Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC). (ver Nota 38).

NOTA 27 – MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADO

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, o movimento ocorrido no valor bruto dasimobilizações incorpóreas, imobilizações corpóreas e investimentos financeiros, bem como nas respectivasamortizações acumuladas, foi o seguinte:

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 83

Transfe-rências e

Saldo Alienações regula- Saldoinicial e abates rizações final

Aquisiç. Reavaliaç.

Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação 13 942 268 ( 14) 14 196 Despesas de investigação e desenvol- vimento 4 243 102 4 345 Propriedade industrial e outros direitos 8 021 80 8 101 Diferenças de consolidação 0 Imobilizações em curso - incorpóreas 203 335 ( 401) 137 Trespasses 7 799 64 7 863

34 208 849 0 0 ( 415) 34 642

Imobilizações corpóreas:Terrenos e recursos naturais 6 407 1 119 2 273 9 799 Edifícios e outras construções 21 006 368 3 ( 2 273) 19 104 Equipamento básico 13 628 63 ( 1 986) 11 705 Equipamento de transporte 1 625 94 143 ( 149) 1 713 Ferramentas e utensílios 272 121 4 ( 44) 353 Equipamento administrativo 5 294 870 2 ( 81) 6 085 Taras e vasilhame 232 1 233 Outras imobilizações corpóreas 77 51 128 Imobilizações em curso - Corpóreas 63 555 ( 463) 155 Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 0

48 604 2 123 1 271 ( 2 260) ( 463) 49 275

Investimentos financeiros:Partes de capital em empresas do grupo 0 Empréstimos a empresas do grupo 0 Partes de capital em empresas associadas 558 558 Empréstimos a empresas associadas 0 Títulos e outras aplicações financeiras 2 2 Adiantamentos por conta de investimen- tos financeiros 0

2 0 0 0 558 560

82 814 2 972 1 271 ( 2 260) ( 320) 84 477

Activo bruto

Aumentos

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 84

Saldo Regula- Saldoinicial rizações final

Amortizaç. Revaliiaç.

Imobilizações incorpóreas:

Despesas de instalação 13 576 267 ( 1) 13 842

Despesas de investigação e desenvolvimento 3 945 256 4 201

Propriedade industrial e outros direitos 2 394 2 394

Diferenças de consolidação 0

19 915 523 0 ( 1) 20 437

Imobilizações corpóreas:

Terrenos e recursos naturais 0

Edifícios e outras construções 8 057 502 2 8 561

Equipamento básico 10 533 500 ( 1 850) 9 183

Equipamento de transporte 1 409 94 13 ( 134) 1 382

Ferramentas e utensílios 209 41 ( 20) 230

Equipamento administrativo 4 324 450 ( 61) 4 713

Taras e vasilhame 232 232

Outras imobilizações corpóreas 63 26 89

24 827 1 613 15 ( 2 065) 24 390

44 742 2 136 15 ( 2 066) 44 827

Amortizações acumuladas

Aumentos

a) A composição em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001 da rubrica de investimentos financeiros emempresas do grupo e associadas e a principal informação financeira sobre essas empresas do grupoe associadas sumarizam-se como segue:

Parte doresultado

Total do Capitais Resultado % de líquidoSede activo próprios líquido participação apropriado (d) 2002 2001

Empresas do grupo:Papelaria Fernandes-Ind. e Com., SA Lisboa 47 888 9 725 ( 751) Emp. Mãe 47 888 54 459 Papelaria Fernandes-Lojas, SA Lisboa 12 379 3 379 44 100% 44 12 379 11 660 Fernandes Técnica-Des. e Reprodução,SA Lisboa 6 331 1 376 76 100% 76 6 331 6 036 Transfer-Soc.Transportes, SA Cacém 1 092 54 ( 122) 100% ( 122) 1 092 452 Fernandes Converting-Transf. De Papel, SA Cacém 11 040 3 014 85 100% 85 11 040 12 398 F Material e Escolar Lisboa 100%

83 78 730 85 005

Empresas associadas:Printima-Impressão e Trat. de Imagens,SA Alfragide 504 53 20 80% 16 504 692

16 504 692

Valor de balançoEmpresa

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 85

NOTA 36 – VENDAS, PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS E PROVEITOS SUPLEMENTARES DECOMPOSTOS POR ACTIVIDADE E POR MERCADO GEOGRÁFICO

As vendas, prestações de serviços e proveitos suplementares nos exercícios de 2002 e de 2001, distribuem-se como segue:

2002 2001 2002 2001

CEE Export. CEE Export.

Vendas:

Mercadorias 37 449 29 938 35 703 15 510 38 187 30 463

Produtos Acabados 8 100 15 777 2 058 394 10 552 15 777

0 0

45 549 0 2 093 1 097 15 510 48 739 46 240

Prestações de serviços 972 693 972 693

46 521 693 2 093 1 097 15 510 49 711 46 933

Proveitos suplementares 519 250 519 250

519 250 0 0 519 250

47 040 943 2 093 1 097 15 510 50 230 47 183

Mercado interno Mercado externo Total

2002 2001

NOTA 38 - IMPOSTOS

As empresas incluídas na consolidação são tributadas pelo regime de consolidação, sendo o Imposto sobre oRendimento das Pessoas Colectivas (IRC) auto-liquidado por cada uma das empresas. De acordo com alegislação em vigor, as declarações fiscais dessas empresas estão sujeitas a revisão e correcção por partedas autoridades fiscais durante um período de cinco anos, para os exercícios até 1997, e, por um período de4 anos para o exercício de 1998 e seguintes. Contudo, no caso de serem apresentados prejuízos fiscais,estes podem ser sujeitos a revisão pelas autoridades fiscais por um período de 10 anos. A Administração daEmpresa entende que as correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscaisàquelas declarações de impostos não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeirasconsolidadas em 31 de Dezembro de 2002.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 86

NOTA 39 – REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais da Empresa-mãe nos exercícios de 2002 e de2001, foram respectivamente:

2002 2001

Conselho de Administração 130 130

Conselho Fiscal 61 110

191 240

NOTA 41 – CRITÉRIOS DE REAVALIAÇÃO DO IMOBILIZADO

Até 1991 e ao abrigo de vários diplomas legais, os bens do activo imobilizado e do corpóreo foram objecto dereavaliações, encontrando-se totalmente reintegrados.

Em 2001 foi efectuada a Reavaliação pelos coeficientes de desvalorização monetária de bens do activoimobilizado corpóreo, não totalmente reintegrados, da empresa Printima, e na PFIC o Imóvel do Cacém foiavaliado, através de entidade especializada, pelo Método de Comparação de Mercado e aferido pelo Métododos Custos Correntes e Substituição de Factores, gerando reservas de reavaliação no montante de 2.295milhares de Euros (ver Notas 27 e 42).

Em 2002 o terreno do Cacém foi avaliado pelo mesmo método acima mencionado, gerando reserva dereavaliação no montante de 1.229 mil euros; na Transfer foram também objecto de reavaliação particulardiversos elementos do imobilizado corpóreo gerando reservas de reavaliação de 136 mil euros.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 87

NOTA 42 – EFEITO DAS REAVALIAÇÕES NO IMOBILIZADO

ValoresCustos Reava- contabilísticos

históricos liações reavaliados

Bens reavaliados Terrenos e recursos naturais 8 680 1 119 9 799 Edifícios e outras construções 10 542 1 10 543 Equipamento básico 0 Equipamento de transporte 201 130 331 Ferramentas e utensílios 119 4 123 Equipamento administrativo 1 370 2 1 372 Taras e vasilhame 0 Outras imobilizações corpóreas 0

20 912 1 256 22 168Bens não reavaliados 2 717 2 717

23 629 1 256 24 885

Os valores acima encontram-se líquidos de amortizações.

NOTA 43 - VALORES COMPARATIVOS

A Empresa e as restantes empresas consolidadas não procederam a alterações de práticas contabilísticas,pelo que todos os valores apresentados são comparáveis, nos aspectos relevantes, com os do exercícioanterior.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 88

NOTA 44 – DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS FINANCEIROS CONSOLIDADOS

Os resultados financeiros têm a seguinte composição:

Custos e perdas 2002 2001 Proveitos e ganhos 2002 2001

Juros de empréstimos por obrigações Juros obtidos - empresas do grupo

Juros suportados - empresas do grupo (Nota 55)

(Nota 55) Juros obtidos 43 75

Outros juros suportados 2 207 2 421 Rendimentos de Imóveis 1 2

Perdas em empresas do grupo e Rendimentos de participações de capital 6

associadas Diferenças de câmbio favoráveis 15 26

Diferenças de câmbio desfavoráveis 46 71 Descontos de pronto pagamento

Descontos de pronto pagamento obtidos 203 22

concedidos 173 187 Outros proveitos e ganhos

Outros custos e perdas financeiros 399 339 financeiros 37 1

2 825 3 018

Resultados financeiros ( 2 526) ( 2 886)

300 132 300 132

NOTA 45 – DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS CONSOLIDADOS

Os resultados extraordinários têm a seguinte composição:

Custos e perdas 2002 2001 Proveitos e ganhos 2002 2001

Donativos 2 1 Ganhos em existências 44 63

Perdas em existências 5 Ganhos em imobilizações 78 285

Perdas em imobilizações (Nota 27) 13 1 Recuperação de dívidas 3 2

Multas e penalidades 2 9 Reduções de amortizações e provisões 103 64

Correcções relativas a exercícios Correcções relativas a exercícios

anteriores 5 65 anteriores 6 56

Amortizações do exercício dos bens Outros proveitos e ganhos

subsidiados (Nota 27) extraordinários 72

Outros custos e perdas extraordinários

21 81

Resultados extraordinários 211 461

232 542 232 542

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 89

NOTA 46 – MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES

Durante o exercício de 2002, realizaram-se os seguintes movimentos nas contas de provisões:

Saldo Saldoinicial Reforço Redução final

Provisões para outros riscos e encargos 1 502 299 1 203

Provisões para depreciação de existências 835 586 1 420

Provisões para clientes de cobrança duvidosa 1 475 175 1 650

3 812 761 299 4 273

NOTA 47 – VALOR DOS BENS UTILIZADOS EM REGIME DE LOCAÇÃO FINANCEIRA

Em 31 de Dezembro de 2001 o Grupo Papelaria Fernandes utiliza os seguintes bens adquiridos em regimede locação financeira:

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 90

Data de Valor de mercado Período do

início do dos bens no início contrato

contrato do contrato (meses) Curto Prazo M/L Prazo Total Curto

Prazo M/L Prazo Total

PFIC=armaz. Cacém/Robot/Ampl. 1996-12 6 822 120 753 2 540 3 293 720 3 293 4 013

IBM AS400 (2) 2001-10 155 24 41 41 75 41 116

2 Copiadoras/Impress./Fax 2002-12 53 24 16 36 52

F.Converting=Fábrica + Armaz. Cacém 1994-12 4 115 120 467 772 1 239 445 1 239 1 684

Maq. Offset 1998-09 260 96 32 102 134 30 134 164

Maq. Envelopes 1999-02 689 96 85 301 386 80 386 466

Maq. Envelopes W& D 102 1999-10 330 48 50 0 50 83 50 133

Maq. Siliconar Kit p/W& D 102 2000-12 50 36 18 0 18 16 18 34

Ftécnica=Impressora KIP 2710E 2000-01 20 36 0 1 1

Imp. KIP 9010 PRN 220/50 2000-05 31 48 8 3 11 8 11 19

Dobrad. Elect. G. Des. Format. 2000-05 19 48 5 2 7 5 7 12

Computad(13)Portat.Note Book/Toshiba 2000-09 25 24 0 11 11

Computad(12)Técnica PIII 2000-09 14 18 0 1 1

Transfer=Nissan Trade=29-87-LB 1998-06 12 48 0 1 1

Nissan Trade=29-66-LB 1998-06 12 48 0 1 1

Nissan Trade=29-60-LB 1998-06 12 48 0 1 1

Nissan Trade=29-78-LB 1998-06 12 48 0 1 1

Nissan Trade=29-57-LB 1998-06 12 48 0 1 1

Nissan Trade=21-78-LE 1998-06 8 48 0 1 1

Carroç(3)=29-87-LB/29-66-LB/29-78-LB 1998-06 11 48 0 2 2

Carroç(2)=29-60-LB/29-57-LB 1998-06 15 48 0 2 2

Nissan ECO=21-78-LI 1998-06 17 48 0 3 3

Mitsubish Canter=80-41-SL 2001-09 19 48 4 10 14 4 14 18

Mitsubishi Canter=80-52-SL 2001-09 19 48 4 10 14 4 14 18

Mitsubish Canter=80-60-SL 2001-09 19 48 4 10 14 4 14 18

Mitsubish Canter=19-24-TC 2002-02 21 48 5 13 18

Mitsubish Canter=19-32-TC 2002-02 21 48 5 13 18

Printima=Máq. Impr. Heidelberg 1999-07 125 36 0 21 21

Maq. Dobrar Stahl 1999-07 43 36 0 7 7

Maq. Coser arame Muller 1999-07 17 36 0 3 3

5 309 6 752

2002 2001

NOTA 50 - EMPRÉSTIMOS

Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001 os empréstimos tinham a seguinte composição:

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 91

Médio Médio

Curto e longo Curto e longo

prazo prazo Total prazo prazo Total

Depósitos Bancários 31.662 31 662 22 184 22 184

Contas Caucionadas 997 997 997 997

Financiamen. Externos 1.196 1 196 1 797 1 797

Apoio Tesouraria 0 2 993 2 993

Papel Comercial 2.494 2 494 2 494 2 494

0 0

0 0

0 0

Outros 0 0

33 854 2 494 36 348 27 971 2 494 30 465

2002 2001

� Papel comercial

A dívida relativa a papel comercial corresponde a emissão de Papel Comercial por colocação directa.

� Descobertos bancários

Os descobertos bancários correspondem a contas correntes caucionadas que vencem juros a taxas correntesde mercado.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 92

NOTA 51 – MOVIMENTO NAS RUBRICAS DE CAPITAIS PRÓPRIOS

O movimento ocorrido nas rubricas de capital próprio durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002,foi como segue:

Saldo Aumentos/ Distribuições/ Saldo

inicial (diminuições) transferências final

Capital 13 750 13 750

Acções próprias - valor nominal ( 151) ( 151)

Acções próprias - descontos e prémios ( 29) ( 29)

Prémios de emissão de Acções 4 317 4 317

Reservas de reavaliação 5 136 1 255 6 391

Reserva legal 853 19 872

Reservas estatutárias 0

Outras reservas 10 720 29 10 749

Resultados transitados ( 24 511) ( 380) ( 767) ( 25 658)

Resultado líquido:

° Exercício de 2002 ( 632) ( 632)

° Exercício de 2001 ( 767) 767 0

9 318 291 0 9 609

A variação de Resultados Transitados inclui o reforço adicional na Provisão para Depreciação de Existênciasna Fernandes Tècnica de 400 mil euros.

De acordo com a lei vigente, a reserva legal é reforçada, no mínimo, em 5% do lucro líquido apurado emcada exercício, até atingir pelo menos 20% do capital social. As reservas legais e de reavaliação não sãodistribuíveis em numerário, podendo, contudo, ser incorporadas no capital social ou utilizadas para coberturade eventuais prejuízos.

NOTA 52 – INTERESSES MINORITÁRIOS

Os interesses minoritários representam os direitos de terceiros em 31 Dezembro 2002 e de 2001 tinham aseguinte comparação:

2002 2001Capital 7 13Resultado 4 (6)

11 7

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 93

NOTA 53 – EXISTÊNCIAS

Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001 o saldo desta rubrica apresentava a seguinte composição:

2002 2001 2002 2001 2002 2001Matérias-primas, subsidiárias e de consumo:

Matérias-primas: 970 1 265 970 1 265

Produtos acabados, intermédios e subprodutos: 1 186 1 198 1 186 1 198

Mercadorias 12 594 11 782 9 846 9 846

Adiantamentos por conta de compras

14 750 14 245 0 0 14 750 14 245

Curto prazo Médio e longo prazo Total

NOTA 54 – ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001 não existiam dívidas em situação de mora com o Estado e outrosentes públicos. Os saldos com estas entidades eram os seguintes:

2002 2001 2002 2001

Imposto sobre o Valor Acrescentado 12 575 420Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas 165 5 18 29Segurança Social 288 277Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares - - retenções na fonte 1 106 103Outros 4 1

178 5 991 830

Saldos devedores Saldos credores

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 94

NOTA 55 – EMPRESAS DO GRUPO

Os saldos em 31 de Dezembro de 2002 e as transacções efectuadas durante o exercício findo naquela data,com as empresas do grupo Papelaria Fernandes são as seguintes:

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 95

Forne- Forne-

Clientes, Empresas Empresas Adianta- cedores cedores Outros Acréscimo

PAPELARIA FERNANDES conta do grupo do grupo mentos a Outros conta de credores de

INDÚSTRIA E COMÉRCIO, S.A. corrente m/l prazo curto prazo forneced. Devedores corrente imobil. custos

Papelaria Fernandes-Lojas, SA 446 57 42 34 141

Fernandes Técnica-Desenho e Reprodução, SA 117 2 111 7 16

Transfer-Soc. de Transportes, SA 267

Fernandes Converting-Transform. De Papel, SA 185 1 116

Fernanandes-Material Escritório e Escolar, SA 25

Printima-Impressão e Tratamento de Imagens, SA 84 97 106 23

832 0 0 154 150 1 528 30 182 0

Activo Passivo

Forneci- Juros e Prestações Juros e

mentos e custos Vendas de Proveitos proveitos

PAPELARIA FERNANDES serviços similares serviços suple- similares

INDÚSTRIA E COMÉRCIO, S.A. Compras externos mentares

Papelaria Fernandes-Lojas, SA 3 96 1 038 626 77

Fernandes Técnica-Desenho e Reprodução, SA 51 58 89 247

Transfer-Soc. de Transportes, SA 1 045 22 163

Fernandes Converting-Transform. De Papel, SA 3 257 24 11 102

Fernanandes-Material Escritório e Escolar, SA

Printima-Impressão e Tratamento de Imagens, SA 479 24 12 4

3 790 1 247 0 1 160 1 150 0 81

Transacções

Forne- Forne-

Clientes, Empresas Empresas Adianta- Acréscimo cedores cedores Outros Acréscimo

PAPELARIA FERNANDES conta do grupo do grupo mentos a de conta de credores de

LOJAS, S.A. corrente m/l prazo curto prazo forneced. Proveitos corrente imobil. custos

Papelaria Fernandes-Ind.Com, SA 39 416 1

Fernandes Converting-Transform. De Papel, SA 1

Fernandes Técnica-Desenho e Reprodução, SA 22 823 129

Transfer-Soc. de Transportes, SA 1 5

Printima-Impressão e Tratamento de Imagens, SA 3

63 0 0 5 0 1 242 129 1 0

Activo Passivo

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 96

Forneci- Juros e Prestações Juros e

mentos e custos Vendas de Proveitos proveitos

PAPELARIA FERNANDES serviços similares serviços suple- similares

LOJAS, S.A. Compras externos mentares

Papelaria Fernandes-Ind.Com, SA 979 635 71 5 95

Fernandes Converting-Transform. De Papel, SA 1

Fernandes Técnica-Desenho e Reprodução, SA 361 45

Transfer-Soc. de Transportes, SA 26

Printima-Impressão e Tratamento de Imagens, SA 16 31

1 356 737 71 5 96 0 0

Transacções

Forne- Forne-

Clientes, Empresas Empresas Adianta- Acréscimo cedores cedores Outros Acréscimo

FERNANDES TÉCNICA conta do grupo do grupo mentos a de conta de credores de

DESENHO E REPRODUÇÃO, S.A. corrente m/l prazo curto prazo forneced. Proveitos corrente imobil. custos

Papelaria Fernandes-Ind.Com, SA 130 43 17

Papelaria Fernandes-Lojas, SA 926 65 21

Fernandes Converting-Transform. De Papel, SA 11

Transfer-Soc. de Transportes, SA 12

Printima-Impressão e Tratamento de Imagens, SA

1 056 0 0 65 0 88 0 17 0

Activo Passivo

Forneci- Juros e Prestações Juros e

mentos e custos Vendas de Proveitos proveitos

FERNANDES TÉCNICA serviços similares serviços suple- similares

DESENHO E REPRODUÇÃO, S.A. Compras externos mentares

Papelaria Fernandes-Ind.Com, SA 88 249 101 47 4

Papelaria Fernandes-Lojas, SA 14 388 44

Fernandes Converting-Transform. De Papel, SA 166 4 3 1

Transfer-Soc. de Transportes, SA 125

F.Mater.Esc. E Escolar

Printima-Impressão e Tratamento de Imagens, SA 30

269 408 0 492 93 4 0

Transacções

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 97

Forne- Forne-

Clientes, Empresas Empresas Adianta- Acréscimo cedores cedores Outros Acréscimo

FERNANDES CONVERTING conta do grupo do grupo mentos a de conta de credores de

TRANSFORMAÇÃO DE PAPEL, S.A. corrente m/l prazo curto prazo forneced. Proveitos corrente imobil. custos

Papelaria Fernandes-Ind.Com, SA 1 290 180

Papelaria Fernandes-Lojas, SA 1

Fernandes Técnica-Desenho e Reprodução, SA 11

Transfer-Soc. de Transportes, SA 7

Printima-Impressão e Tratamento de Imagens, SA 5 10

1 307 0 0 0 0 198 0 0 0

Activo Passivo

Forneci- Juros e Prestações Juros e

mentos e custos Vendas de Proveitos proveitos

FERNANDES CONVERTING serviços similares serviços suple- similares

TRANSFORMAÇÃO DE PAPEL, S.A. Compras externos mentares

Papelaria Fernandes-Ind.Com, SA 9 104 3 419 24

Papelaria Fernandes-Lojas, SA 2

Fernandes Técnica-Desenho e Reprodução, SA 0 3 167 4

Transfer-Soc. de Transportes, SA 127 3

Printima-Impressão e Tratamento de Imagens, SA 101 2 52

111 238 0 3 638 32 0 0

Transacções

Forne- Forne-

Clientes, Empresas Empresas Adianta- Acréscimo cedores cedores Outros Acréscimo

TRANSFER conta do grupo do grupo mentos a de conta de credores de

SOCIEDADE DE TRANSPORTES, S.A. corrente m/l prazo curto prazo forneced. Proveitos corrente imobil. custos

Papelaria Fernandes-Ind.Com, SA 267

Fernandes Converting-Transform. De Papel, SA 7

Fernandes Técnica-Desenho e Reprodução, SA 12

Papelaria Fernandes-Lojas, SA ( 5) 1

Printima-Impressão e Tratamento de Imagens, SA 1

282 0 0 0 1 0 0 0

Activo Passivo

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 98

Forneci- Juros e Prestações Juros e

mentos e custos Vendas de Proveitos proveitos

TRANSFER serviços similares serviços suple- similares

SOCIEDADE DE TRANSPORTES, S.A. Compras externos mentares

Papelaria Fernandes-Ind.Com, SA 185 1 045

Fernandes Converting-Transform. De Papel, SA 3 127

Fernandes Técnica-Desenho e Reprodução, SA 125

Papelaria Fernandes-Lojas, SA 26

Printima-Impressão e Tratamento de Imagens, SA 1 5

0 189 0 0 1 328 0 0

Transacções

Forne- Forne-

Clientes, Empresas Empresas Adianta- Acréscimo cedores cedores Outros Adiantamentos

PRINTIMA conta do grupo do grupo mentos a de conta de credores de

IMPRESSÃO E TRAT. DE IMAGENS SA corrente m/l prazo curto prazo forneced. Proveitos corrente imobil. Clientes

Papelaria Fernandes-Ind.Com, SA 84 30 76 27

Papelaria Fernandes-Lojas, SA 15

Fernandes Converting-Transform. De Papel, SA 10

Transfer-Soc. de Transportes, SA 5

Fernandes Técnica-Desenho e Reprodução, SA 1

25 0 0 0 90 30 76 27

Activo Passivo

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 99

Forneci- Juros e Prestações Juros e

mentos e custos Vendas de Proveitos proveitos

PRINTIMA serviços similares serviços suple- similares

IMPRESSÃO E TRAT. DE IMAGENS SA Compras externos mentares

Papelaria Fernandes-Ind.Com, SA 12 4 572 17

Papelaria Fernandes-Lojas, SA 57

Fernandes Converting-Transform. De Papel, SA 52 95 1

Transfer-Soc. de Transportes, SA 5 1

Fernandes Técnica-Desenho e Reprodução, SA 30

52 17 4 755 18 0 0

Transacções

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 100

NOTA 56 – OUTROS DEVEDORES E CREDORES

Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, o saldo a curto prazo desta rubrica excluindo os saldos relativos aEmpresas do Grupo, apresentava a seguinte composição:

2002 2001 2002 2001

Pessoal 5 8 10Sindicatos 9Outros de valor individual reduzido 1 630 1 348 544

1 635 1 356 0 563Valores Contencioso 8 36 -

1 643 1 356 36 563

Saldos devedores Saldos credores

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 101

NOTA 57 – ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, os saldos destas rubricas apresentavam a seguinte composição:

2002 2001

Acréscimos de proveitos:

Impostos a Recuperar 32 32

Rappel de Fornecedores 592 662

Especialização Exercício - Docum. A emitir 660

Vendas/Prest.Serviços 30

Rend.Particip.Capital 4

Valores a debitar a fornecedores 332

Outros Acréscimos de Proveitos 651

1 641 1 354

Custos diferidos:

Rendas Adiantadas 103 75

Prémios Seguros Antecipados

Juros Antecipados 42 62

Comissões Papel Comercial BES 10 14

FSE Diferidos 57 100

Outros Custos Diferidos 24

236 251

Acréscimos de custos:

Seguros Acid.Trabalho 1

Juros ref. Ao Exercício 18 74

Comissionistas 5 19

Rappel a conceder a clientes 577

Impostos a Liquidar 28 28

Férias/Subs.Férias a liquidar Exercício seguinte 1 048 1 072

FSE Diferidos 20 36

Outros Acréscimos Custos 464

1 584 1 806

Proveitos diferidos:

Encargos a debitar a Clientes 11 2

Subsídio p/Cobertura ao Investimento

11 2

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 102

NOTA 58 – SUBSÍDIOS AO INVESTIMENTO

Ver Nota 23 K)

2002 2001

Reconhecimentos 0 70

0 70

NOTA 59 - CAIXA E EQUIVALENTES

Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, esta rubrica tinha a seguinte composição:

2002 2001

Numerário 33 31Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 513 541

546 572

Outros títulos negociáveis 557 557Outras aplicações de tesouraria

557 557

1 103 1 129

NOTA 60 - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES

a) Reconciliação da rubrica de resultados extraordinários evidenciada na demonstração dosresultados por naturezas e na demonstração dos resultados por funções

A demonstração dos resultados por funções foi preparada em conformidade com o estabelecido pelaDirectriz Contabilística nº 20, a qual apresenta um conceito de resultados extraordinários diferentedo definido no Plano Oficial de Contabilidade (POC) para preparação da demonstração dosresultados por naturezas. Assim, em 31 de Dezembro de 2002, o valor dos custos e perdasextraordinários no montante de 21 milhares de euros, e os proveitos e ganhos extraordinários nomontante de 232 milhares de euros apresentados na demonstração dos resultados por naturezas(ver Nota 45), foram reclassificados para as rubricas de resultados correntes. Em 31 de Dezembrode 2001, o valor dos custos e perdas extraordinários no montante de 80 milhares de euros e osproveitos e ganhos extraordinários no montante de 542 milhares de euros apresentados nademonstração dos resultados por naturezas, foram reclassificados para as rubricas de resultadosoperacionais. Estas reclassificações proporcionaram as seguintes diferenças nas diversas naturezasde resultados:

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 103

Por Reclas- Por Por Reclas- Pornaturezas sificação funções naturezas sificação funções

Resultados operacionais 1 723 211 1 934 1 758 462 2 220 Resultados financeiros ( 2 526) 0 ( 2 526) ( 2 886) 0 ( 2 886)Resultados correntes ( 807) 211 ( 596) ( 1 129) 462 ( 667)Resultados extraordinários 211 -211 0 462 ( 462) 0 Resultado líquido do exercício ( 628) 0 ( 628) ( 767) 0 ( 767)

Demonstração dos resultados em 2002

Demonstração dos resultados em 2001

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 104

INFORMAÇÃO NOS TERMOS DO ARTº447 DO CSC

- Nos termos do artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais (CSC), foi comunicadoà Empresa o número de acções de que, à data de 31.12.2002, são titulares os membros dosÓrgãos Sociais:

Nº ACÇÕES

Conselho de Administração

Presidente:Inaveste-Soc. Gestão Participações, S.A. 492.118representada porDr. Vasco Luis Schulthess de Quevedo Pessanha 30.000

Vogais:Dra Catarina Mira Machado Gorjão Formigo 0Dr. António Manuel Formigal de Arriaga 14.000Casimiro Bento da Silva Santos 0Dr. Pedro Pereira dos Santos 0

Conselho Fiscal

PresidenteDr. Carlos Alberto Domingues Ferraz 0

VogaisDr. José de Sousa Santos 0Dr. Dinis Pinto Vieira 0

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 105

LISTA DOS TITULARES DE PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS, CALCULADAS NOS TERMOS DO ARTIGO 20º DO CV

ACCIONISTA Nº ACÇÕES TOTAL % Nº de Acções % Direitos de Voto (a)

Directas Indirectas 2.750.000 27.198

Inaveste-Soc. Gestão de Participações, SA 492.118

Inaveste-Mediação e Seguros, SA (*) 53.000

Dr. Vasco Quevedo Pessanha (**) 30.000 575.118

20,91% 21,15%

Metalgest, Sa 275.250

Imobiliária Magnólia Madeira, Lda 270.000 545.250

19,83% 20,05%Fundação Ernesto Lourenço Estrada, Filhos 350.000 350.000

12,73% 12,87%

Ramele Holding. Ltd 247.000 247.0008,98% 9,08%

N Par-Prestação de Serviços 264.000 264.0009,60% 9,71%

Surpapel, SL 127.390 127.3904,63% 4,68%

Meteil-Participations, Ltd 94.000 94.0003,42% 3,46%

(*) A somar nos termos da alínea b) do artº 20º do CVM à participação da Inaveste-Soc. Gestão de Participações, SA.(**) A somar nos termos da alínea d) do artº 20º do CVM à participação da Inaveste-Soc. Gestão de Participações, SA

(a) O cálculo da percentagem de direitos de voto encontra-se deduzido do número de acções próprias detidas pela Sociedade, em número de 30.235.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 106

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

Introdução

1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas de PAPELARIA FERNANDES –Indústria e Comércio, S.A., as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2002(que evidencia um total de balanço de 47.887,95 milhares de euros e um total de capitalpróprio de 9.724,56 milhares de euros, incluindo um resultado líquido negativo de 751,01milhares de euros), as Demonstrações dos Resultados por Naturezas e por Funções e aDemonstração dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data e os correspondentesAnexos.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade da Administração a preparação de demonstrações financeiras queapresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultadodas suas operações e os fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérioscontabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente,baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

4. Excepto quanto às limitações descritas no parágrafo n.º 6.1 abaixo, o exame a queprocedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes deRevisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que omesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitávelsobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes.Para tanto o referido exame incluiu:

- a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgaçõesconstantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadasem juízos e critérios definidos pela Administração utilizadas na sua preparação;

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a suadivulgação, tendo em conta as circunstâncias;

- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e

- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação dasdemonstrações financeiras.

5. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressãoda nossa opinião.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 107

Reservas

6.1. Conforme o referido no Relatório do Conselho de Administração, no exercício de1997 a empresa procedeu a uma avaliação económica das suas marcas (não objecto deamortização), com base em pareceres técnicos de entidades independentes, conformeo referido nas notas 3, 10 e 40 do Anexo ao Balanço e à Demonstração dosResultados. Tais acréscimos líquidos, no valor de 3.093 milhares de euros, foramrelevados por contrapartida de Resultados Transitados e não de Reservas deReavaliação, conforme o disposto na Directriz Contabilística n.º 16.

6.2. Encontram-se relevados como dívidas a receber, de Clientes e de Outros Devedores,cerca de 1.416 milhares de euros com antiguidade superior a um ano, sem que tenhasido constituída qualquer provisão para fazer face aos eventuais riscos deincobrabilidade daqueles valores a receber. Por outro lado, a provisão constituída paraclientes de cobrança duvidosa é inferior em 604 milhares de euros, relativamente aosclientes reconhecidos pela empresa como sendo susceptíveis de risco de crédito, peloque, em nossa opinião, o Activo e os Capitais Próprios se encontram sobreavaliadosem 2.020 milhares de euros.

Opinião

7. Em nossa opinião, excepto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiam revelar-se necessários caso não existisse a limitação descrita no parágrafo n.º 6.1 acima eexcepto quanto aos efeitos da situação descrita no parágrafo n.º 6.2 acima, asdemonstrações financeiras referidas apresentam de forma verdadeira e apropriada, emtodos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da PAPELARIAFERNANDES – Indústria e Comércio, S.A. em 31 de Dezembro de 2002, oresultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, emconformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 108

Ênfases

8. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, chamamos a atenção para assituações seguintes:

8.1. As demonstrações financeiras objecto do nosso exame foram elaboradas com base naaplicação do princípio contabilístico da continuidade, no pressuposto de que serápossível melhorar a rentabilidade da actividade operacional da Empresa e de que secontinuará a verificar o empenho dos sócios e dos credores em garantir o apoiofinanceiro necessário ao respectivo equilíbrio económico-financeiro.

8.2. Os Investimentos Financeiros encontram-se valorizados ao custo de aquisição,conforme o referido na nota 3 do Anexo ao Balanço e à Demonstração dosResultados, não tendo para o efeito sido aplicado o critério valorimétrico daequivalência patrimonial, conforme preconizado na Directriz Contabilística n.º 9,embora a empresa esteja obrigada e tenha elaborado demonstrações financeirasconsolidadas.

Lisboa, 28 de Março de 2003

SOUSA SANTOS & ASSOCIADOSSociedade de Revisores Oficiais de Contas

Representada porJosé de Sousa Santos (ROC n.º 804)

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 109

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

Introdução

6. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas anexas de PAPELARIAFERNANDES – Indústria e Comércio, S.A., as quais compreendem o Balanço em 31 deDezembro de 2002 (que evidencia um total de balanço de 67.444,85 milhares de euros e umtotal de capital próprio de 9609,48 milhares de euros, incluindo um resultado líquido negativode 631,99 milhares de euros), as Demonstrações Consolidadas dos Resultados porNaturezas e por Funções e a Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa do Exercíciofindo naquela data e os correspondentes Anexos.

Responsabilidades

7. É da responsabilidade da Administração a preparação de demonstrações financeiras queapresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do Grupo, o resultado dassuas operações e os fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérioscontabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.

8. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente,baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

9. Excepto quanto às limitações descritas no parágrafo n.º 6.1 abaixo, o exame a queprocedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes deRevisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que omesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitávelsobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes.Para tanto o referido exame incluiu:

- a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgaçõesconstantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadasem juízos e critérios definidos pela Administração utilizadas na sua preparação;

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a suadivulgação, tendo em conta as circunstâncias;

- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e

- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação dasdemonstrações financeiras.

10. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressãoda nossa opinião.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 110

Reservas

6.3. Conforme o referido no Relatório do Conselho de Administração, no exercício de1997 o Grupo procedeu a uma avaliação económica das suas marcas (não objecto deamortização), com base em pareceres técnicos de entidades independentes, conformeo referido nas notas 3, 10 e 40 do Anexo ao Balanço e à Demonstração dosResultados. Tais acréscimos líquidos, no valor de 3.093 milhares de euros, foramrelevados por contrapartida de Resultados Transitados e não de Reservas deReavaliação, conforme o disposto na Directriz Contabilística n.º 16.

6.4. Encontram-se relevados como dívidas a receber de Clientes e de Outros Devedores daempresa-mãe, cerca de 1.416 milhares de euros com antiguidade superior a um ano,sem que tenha sido constituída qualquer provisão para fazer face aos eventuais riscosde incobrabilidade daqueles valores a receber. Por outro lado, a provisão constituídapara clientes de cobrança duvidosa, evidenciada nas Demonstrações Financeiras doGrupo, é inferior em 725 milhares de euros relativamente aos clientes reconhecidoscomo sendo susceptíveis de risco de crédito, pelo que, em nossa opinião, o Activo e osCapitais Próprios se encontram sobreavaliados em 2.141 milhares de euros.

Opinião

9. Em nossa opinião, excepto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiam revelar-se necessários caso não existisse a limitação descrita no parágrafo n.º 6.1 acima eexcepto quanto aos efeitos da situação descrita no parágrafo n.º 6.2 acima, as referidasdemonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma verdadeira e apropriada,em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada daPAPELARIA FERNANDES – Indústria e Comércio, S.A. em 31 de Dezembro de2002, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos consolidados de caixa noexercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticosgeralmente aceites.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 111

Ênfase

10. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, chamamos a atenção para asituação seguinte:

8.3. As presentes demonstrações financeiras foram elaboradas com base na aplicação doprincípio contabilístico da continuidade, no pressuposto de que será possível melhorara rentabilidade da actividade operacional do Grupo e de que se continuará a verificar oempenho dos sócios e dos credores em garantir o apoio financeiro necessário aorespectivo equilíbrio económico-financeiro.

Lisboa, 28 de Março de 2003

SOUSA SANTOS & ASSOCIADOSSociedade de Revisores Oficiais de Contas

Representada porJosé de Sousa Santos (ROC n.º 804)

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 112

Relatório de Auditoria sobre aInformação Financeira Individual

Introdução

1 Para os efeitos do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o nosso Relatóriode Auditoria sobre a informação financeira contida no Relatório de gestão e nas demonstrações financeirasanexas da Papelaria Fernandes – Indústria e Comércio, SA, as quais compreendem o Balanço em 31 deDezembro de 2002 (que evidencia um total de €47,888 milhares e um total de capital próprio de €9,725milhares, incluindo um resultado líquido negativo de €751 milhares), as Demonstrações dos resultados, pornaturezas e por funções e a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e oscorrespondentes Anexos.

Responsabilidades

2 É da responsabilidade do Conselho de Administração (i) a preparação de demonstrações financeirasque apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suasoperações e os fluxos de caixa; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com osprincípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e que seja completa, verdadeira, actual, clara,objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas ecritérios contabilísticos adequados; (iv) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e (v) adivulgação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira ouresultados.

3 A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos deprestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectivae lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatórioprofissional e independente baseado no nosso exame.

Âmbito

4 Excepto quanto às limitações descritas no parágrafo 7 abaixo, o exame a que procedemos foiefectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos RevisoresOficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter umgrau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras não contêm distorções materialmenterelevantes. Para tanto o referido exame incluiu: (i) a verificação, numa base de amostragem, do suporte dasquantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas emjuízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; (ii) a apreciaçãosobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta ascircunstâncias; (iii) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; (iv) a apreciação sobre se éadequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras; e (v) a apreciação se ainformação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

5 O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante doRelatório de gestão com os restantes documentos de prestação de contas.

6 Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossaopinião.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 113

Reservas

7 Do trabalho a que procedemos resultaram as seguintes limitações do âmbito:

(i) A Sociedade procedeu em exercícios anteriores à reavaliação das marcas de sua propriedade (€5.6milhões). Por ser convicção da Administração de que a referida reavaliação não está sujeita adesvalorização, mas antes se terá apreciado no intervalo temporal decorrido, não são registadasquaisquer amortizações, pelo que as demonstrações financeiras estão afectadas por montantes quenão são passíveis de quantificação. No entanto, a Administração mantém o propósito de, no decorrerde 2003, proceder a um novo estudo de avaliação das referidas marcas, e tomar e aplicar, a partirdaquela data, as decisões consentâneas com as normas técnicas vigentes. Por outro lado, a Reservainicialmente apurada pela reavaliação acima referida, que deveria ter tido por contrapartida asReservas de reavaliação, foi registada em Resultados transitados, cuja quantificação, à data, não seencontra calculada.

(ii) O encargo com o imposto sobre o rendimento é calculado pelo método dos impostos a pagar,consistentemente com exercícios anteriores, não adoptando a Sociedade o método dos impostosdiferidos, nem quantificando o efeito nas demonstrações financeiras.

8 Apesar das análises internas efectuadas pelos Serviços no decorrer do 2º semestre de 2002, asrubricas de Clientes e de Outros devedores, em 31 de Dezembro de 2002, ainda incluem cerca de €1.8milhões de dívidas vencidas com antiguidade superior a um ano para as quais não existe qualquer provisãopara fazer face aos eventuais riscos de cobrança identificados. Nesta conformidade, consideramos que em 31de Dezembro de 2002 o activo e os capitais próprios seriam inferiores em cerca de €1.8 milhões, sendo queuma parte significativa respeita a resultados de exercícios anteriores.

9 Os investimentos financeiros foram valorizados ao custo de aquisição, consistentemente comexercícios anteriores, não tendo a Sociedade adoptado o método da equivalência patrimonial. Contudo,conforme informação prestada na Nota 16 do Anexo, a adopção deste método originaria uma redução doactivo líquido em 31 de Dezembro de 2002, dos capitais próprios no início do exercício e do resultadonegativo do exercício em cerca de €135 milhares, €234 milhares, e €99 milhares, respectivamente.Adicionalmente, de acordo com o mencionado no nosso relatório sobre as contas consolidadas em 31 deDezembro de 2002, caso tivessem sido eliminados nas demonstrações financeiras consolidadas os valores dostrespasses de estabelecimentos comercias, efectuados entre empresas do Grupo em exercícios anteriores, asimobilizações incorpóreas e os capitais próprios seriam inferiores em cerca de €6.7 milhões.

Opinião

10 Em nossa opinião, excepto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiam revelar-se necessárioscaso não existissem as limitações referidas no parágrafo 7 acima, e excepto quanto aos efeitos das situaçõesreferidas nos parágrafos 8 e 9 também acima, as referidas demonstrações financeiras apresentam de formaverdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da PapelariaFernandes – Indústria e Comércio, SA em 31 de Dezembro de 2002, o resultado das suas operações e osfluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticosgeralmente aceites em Portugal e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectivae lícita.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 114

Ênfases

11 Sem afectar a opinião expressa no parágrafo 10 acima, chamamos a atenção para as situaçõesseguintes:

(i) Os Resultados líquidos negativos do exercício, bem como os Resultados transitados negativos,afectam significativamente o Capital próprio em 31 de Dezembro de 2002. Contudo, asdemonstrações financeiras foram preparadas segundo o princípio da continuidade das operações,sendo convicção da Administração que será possível melhorar a rentabilidade das operações egarantir o continuado apoio financeiro externo necessário para assegurar o reequilíbrio económico-financeiro.

(ii) A rubrica de Dívidas a terceiros de médio e longo prazo inclui papel comercial (€2.5 milhões),objecto de renegociação periódica, por ser convicção da Administração que estes financiamentos,pela renovação consecutiva e permanência no balanço, assumem características de médio e longoprazo.

(iii) O nosso Parecer sobre o exame às demonstrações financeiras do exercício de 2001, emitido em 22de Maio de 2002, incluía uma reserva relativa ao facto da Sociedade ter sido alvo de duasliquidações oficiosas da Administração Fiscal para pagamento adicional de IRC. Uma vez que em31 de Dezembro de 2002 prescreveu o período para ajustamento das referidas declarações fiscais,não se justifica a manutenção desta reserva.

Lisboa, 14 de Abril de 2003

Belarmino Martins, Eugénio Ferreira & Associados- Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda.representada por:

________________________________Ricardo Filipe de Frias Pinheiro, R.O.C.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 115

Relatório de Auditoria sobre aInformação Financeira Consolidada

Introdução

1 Para os efeitos do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o nosso Relatóriode Auditoria sobre a informação financeira consolidada contida no Relatório consolidado de gestão e nasdemonstrações financeiras consolidadas anexas da Papelaria Fernandes - Indústria e Comércio, SA, as quaiscompreendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2002 (que evidencia um total de €67,445milhares, um total de interesses minoritários de €11 milhares e um total de capital próprio de €9,609milhares, incluindo um resultado líquido negativo de €632 milhares), as Demonstrações consolidadas dosresultados, por naturezas e por funções, e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findonaquela data, e os correspondentes Anexos.

Responsabilidades

2 É da responsabilidade do Conselho de Administração (i) a preparação de demonstrações financeirasconsolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto dasempresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos de caixaconsolidados; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com os princípioscontabilísticos geralmente aceites em Portugal e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva elícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérioscontabilísticos adequados; (iv) a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados; e (v) a divulgaçãode qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade do conjunto das empresas incluídas naconsolidação, a sua posição financeira ou os resultados.

3 A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos deprestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectivae lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatórioprofissional e independente baseado no nosso exame.

Âmbito

4 Excepto quanto às limitações descritas no parágrafo 7 abaixo, o exame a que procedemos foiefectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos RevisoresOficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter umgrau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas não contém distorçõesmaterialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: (i) a verificação de as demonstraçõesfinanceiras das empresas incluídas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casossignificativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias edivulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos peloConselho de Administração, utilizadas na sua preparação; (ii) a verificação das operações de consolidação;(iii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo emconta as circunstâncias; (iv) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; (v) a apreciaçãosobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas; e (vi) aapreciação se a informação financeira consolidada é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

5 O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira consolidadaconstante do relatório consolidado de gestão com os restantes documentos de prestação de contas.

6 Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossaopinião.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 116

Reservas

7 Do trabalho a que procedemos resultaram as seguintes limitações do âmbito:

(i) O Grupo procedeu em exercícios anteriores à reavaliação das marcas de sua propriedade (€5.6milhões). Por ser convicção da Administração de que a referida reavaliação não está sujeita a desvalorização,mas antes se terá apreciado no intervalo temporal decorrido, não são registadas quaisquer amortizações, peloque as demonstrações financeiras consolidadas estão afectadas por montantes que não são passíveis dequantificação. No entanto, a Administração mantém o propósito de, no decorrer de 2003, proceder a um novoestudo de avaliação das referidas marcas, e tomar e aplicar, a partir daquela data, as decisões consentâneascom as normas técnicas vigentes. Por outro lado, a Reserva inicialmente apurada pela reavaliação acimareferida, que deveria ter tido por contrapartida as Reservas de reavaliação, foi registada em Resultadosconsolidados transitados, cuja quantificação, à data, não se encontra calculada.

(ii) O encargo com o imposto sobre o rendimento é calculado pelo método dos impostos a pagar,consistentemente com exercícios anteriores, não adoptando o Grupo o método dos impostosdiferidos, nem quantificando o efeito nas demonstrações financeiras consolidadas.

8 Apesar das análises internas efectuadas pelos Serviços no decorrer do 2º semestre de 2002, asrubricas de Clientes e de Outros devedores, em 31 de Dezembro de 2002, ainda incluem cerca de €2,1milhões de dívidas vencidas com antiguidade superior a um ano para as quais não existe qualquer provisãopara fazer face aos eventuais riscos de cobrança identificados. Nesta conformidade, consideramos que em 31de Dezembro de 2002 o activo e os capitais próprios seriam inferiores em cerca de €2,1 milhões, sendo queuma parte significativa respeita a resultados consolidados de exercícios anteriores.

9 Os valores de trespasses de estabelecimentos comerciais, efectuados entre empresas do Grupo emexercícios anteriores, não foram eliminados porque a Administração as considera como operações efectuadasem condições normais de mercado, conforme avaliações técnicas independentes. Caso se procedesse à suaeliminação nas contas consolidadas de 2002, as rubricas de Imobilizações incorpóreas e de Reservas livresseriam inferiores em cerca de €6.7 milhões e €2.4 milhões, respectivamente, e os Resultados transitadosnegativos superiores em cerca de €4.3 milhões.

Opinião

10 Em nossa opinião, excepto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiam revelar-se necessárioscaso não existissem as limitações referidas no parágrafo 7 acima, e excepto quanto aos efeitos das situaçõesreferidas nos parágrafos 8 e 9 também acima, as referidas demonstrações financeiras consolidadasapresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posiçãofinanceira consolidada da Papelaria Fernandes - Indústria e Comércio, SA em 31 de Dezembro de 2002, oresultado consolidado das suas operações e os fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data,em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e a informação nelasconstante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 117

Ênfases

11 Sem afectar a opinião expressa no parágrafo 10 acima, chamamos a atenção para as situaçõesseguintes:

(i) Os Resultados consolidados líquidos negativos do exercício, bem como os Resultados consolidadostransitados negativos, afectam significativamente o Capital próprio em 31 de Dezembro de 2002.Contudo, as demonstrações financeiras foram preparadas segundo o princípio da continuidade dasoperações, sendo convicção da Administração que será possível melhorar a rentabilidade dasoperações e garantir o continuado apoio financeiro externo necessário para assegurar o reequilíbrioeconómico-financeiro.

(ii) A rubrica de Dívidas a terceiros de médio e longo prazo inclui papel comercial (€2.5 milhões),objecto de renegociação periódica, por ser convicção da Administração que estes financiamentos,pela renovação consecutiva e permanência no balanço consolidado, assumem características demédio e longo prazo.

(iii) O nosso Parecer sobre o exame às demonstrações financeiras consolidadas do exercício de 2001,emitido em 22 de Maio de 2002, incluía duas reservas relativas ao facto do Grupo (a) ter sido alvode duas liquidações oficiosas da Administração Fiscal para pagamento adicional de IRC e (b) não teraplicado, no passado, o limite percentual associado à matéria colectável consolidada. Dado que em31 de Dezembro de 2002 prescreveu o período para ajustamento das referidas declarações fiscais,não se justifica a manutenção destas reservas.

Lisboa, 14 de Abril de 2003

Belarmino Martins, Eugénio Ferreira & Associados- Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Ldarepresentada por:

________________________________Ricardo Filipe de Frias Pinheiro, R.O.C.

Page 118: RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2002 2002.pdf · RELATÓRIO E CONTAS 2002 3 A declaração de voto deve ser acompanhada de fotocópia legível do bilhete de identidade do Senhor

RELATÓRIO E CONTAS 2002 118

EXTRACTO DA ACTA DA ASSEMBLEIA GERAL

Acta nº 87

Aos quinze de Abril do ano dois mil e três, pelas onze horas, realizou-se, em primeira convocação,a Assembleia Geral ordinária de PAPELARIA FERNANDES – INDÚSTRIA E COMÉRCIO, S.A., noHotel Amazónia, na Travessa da Fábrica dos Pentes, nº 12-20 , em Lisboa, local este escolhidopelo Presidente da Mesa em virtude das instalações da sede não permitirem a reunião emcondições satisfatórias.Presidiu o Senhor Dr. Fernando Manuel Nore de Almeida Jardim, secretariado pela Senhora D.Ana Maria Laureano de Moura Mendes, .Depois de ter verificado que se encontravam presentes ou representados Accionistas detentoresde um milhão seiscentos e cinquenta e sete mil setecentos e quatorze acções, representativas desessenta vírgula vinte e oito por cento do capital social, conforme lista de presenças, cartasmandadeiras e os demais documentos comprovativos do depósito das acções, os quais mandouarquivar, que os avisos convocatórios tinham sido publicados no Boletim da Bolsa de Valores deLisboa, no Jornal de Negócios e no Diário da República, Terceira Série, número sessenta e três,respectivamente de doze, treze e quinze de Março do corrente ano, e que tinham comparecidotodas as demais pessoas cuja presença é obrigatória, o Senhor Presidente da Mesa declarou aAssembleia Geral devidamente constituída e em condições de deliberar validamente acerca dosassuntos da ordem de trabalhos, do seguinte teor:1º Discutir, aprovar ou modificar o Relatório de Gestão, o Balanço e Contas não consolidadas daempresa relativos ao exercício de 2002, bem como os respectivos Relatório e Parecer doConselho Fiscal;2º Discutir, aprovar ou modificar o Relatório de Gestão, o Balanço e Contas consolidadas daempresa relativos ao exercício de 2002, bem como os respectivos Relatório e Parecer doConselho Fiscal;3º Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados da empresa, apresentada pelo Conselhode Administração;4º Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da empresa, de harmonia com odisposto nos artºs 376.º e 455.º, n.º 1, do Código das Sociedades Comerciais;5º Deliberar sobre uma proposta do Conselho de Administração para aquisição e alienação deacções próprias da sociedade, em conformidade com o disposto nos artºs 319.º e 320.º, ambos doCódigo das Sociedade Comerciais;6º Proceder à eleição dos membros dos corpos sociais para o quadriénio 2003-2006;7º Deliberar acerca da prestação ou não da caucão pelos Administradores que forem nomeados;8º Deliberar acerca da retribuição ou não dos membros do Conselho de Administração e doConselho Fiscal, ou de alguns deles.

Entrando-se no terceiro ponto da ordem de trabalhos, o Senhor Presidente pôs à discussão eseguidamente à votação a proposta de aplicação de resultados da empresa, constante do relatóriodo Conselho de Administração, sendo assim deliberado, por unanimidade, que o resultado líquidoapurado no exercício de 2002, no valor de 751.012,80 € negativos, fosse acrescido à conta deresultados transitados.

Nada mais havendo a tratar, a assembleia geral foi encerrada pelas treze horas, dela se lavrandoa presente acta que, por estar conforme, vai assinada pelo Senhor Presidente da Mesa daAssembleia Geral e Secretário.

Fernando Manuel Nore de Almeida Jardim – PresidenteAna Maria Laureano de Moura Mendes - Secretário