Relatório do Primeiro Semestre de 200 4 - Escola Sá · PDF fileca,...

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nhecido, usando o conhecimento das crianças para isso, como representar, através da mím i- ca, canções que falam do mar e para a cons- trução de um grande barco de tecido. Em se- guida paramos num porto seguro para iniciar nossos ensaios para a festa junina... Ihh... Tem um Jaguará querendo me pegar! MÚSICA A Turma da Sereia começou o ano pro- fundamente envolvida com o carnaval. Pedindo licença à alegria e embalados pelo pulso marcante dos nossos surdos pas- seamos pela memória das antigas marchi- nhas de rua. Entrudos, cordões e a história do primeiro bloco, nos enriqueceram num ano em que o próprio carnaval de rua do Rio pareceu ganhar ainda mais fôlego. Ficamos empolgados com a visita misteriosa do Bate- Bola, o nosso Clóvis (clown). Ele pode ter assustado alguns, mas nada como fazer u- mas brincadeiras atrás de uma máscara. Preparados ou não, saímos à rua cantando o samba-enredo composto pela Manoela, pro- fessora de Música do Ensino Fundamental, especialmente para este ano, afinal “...a or- dem de Momo é Sambar!” Dizem que a água tem memória e que o mar simboliza o inconsciente. O fato é que vieram parar nas nossas praias diversas his- tórias e canções fantásticas. As sereias nos lembraram que a nossa ancestralidade co- meçou na água. O seu canto, literalmente, tem o dom de encantar. “Sereiô, sereia / Se- reia, quem mandou me chamar / Ela mora num monte de pedra / No oceano, é lá no meio do mar / Ela quer ver, se decora o meu boiar” (toada maranhense, d.p.). Algumas canções praieiras nos falaram sobre a Rainha do Mar, a Mãe das Águas, Iemanjá (mitologia afro-brasileira). Ou ainda, Janaína (mitologia indígena) “Estava / na beira da praia / Ouvindo / o balanço do mar / Quando eu vi / uma linda sereia / E eu com e- cei a cantar / Janaína vem ver / Janaína vem já / Receber essas flores / que eu vou te ofertar “ (ciranda pernambucana, d.p ). Numa daquelas histórias de pescador e naufrágios de barquinhos de papel, pudemos brincar com o “tambor d’água” (tarol com miçangas) e com a lata-trovão (latão de tinta com mola) reproduzindo o som de verdadei- ras tempestades! Às vezes, o mar é cruel, e lá se vai mais um marinheiro encantado. “Não chora, não chora, mamãe / Não chora, não chora, papai / A Mãe D’água, me leva / A Mãe D’água, me leva / A Mãe D’água me traz” (A Barca). Dorival Caymmi também esteve presente no nosso repertório, justamente quando co- memorava seus noventa anos, com as músi- cas sobre canoeiros e jangadas. “Minha jan- gada vai sair pro mar...” . Mobilizados com o canto de trabalho da Puxada de Rede de Xaréu (Bahia), a crian- çada se envolveu com esse verdadeiro muti- rão que é a pesca de arrasto, no qual a co- munidade das vilas de pescadores saúdam o mar e os seus deuses, agradecendo o ali- mento que lhes é concedido. “Vamos cha- mar o Vento / Êooo / Que coisa linda / O céu e o mar / Em noite de lua / pescador à maris- car”. O resultado desse trabalho pôde ser conferido na nossa Festa Pedagógica. Esquentando para a nossa Festa Junina, estamos trabalhando alguns mitos ligados a São João, como a história do seu boizinho encantado. De tão cobiçado, o bicho teve um triste fim, dando origem à brincadeira em forma de promessa do bumba-meu-boi. Professor da Turma: Cléa Albrecht Auxiliar da Turma: Rosilea Santos Expressão Corporal: Marta Vieira Música: Jean Philippe Trindade Coordenação: Paula Lacombe Direção: Maria Teresa Moura e Maria Cecília Moura Relatório do Primeiro Semestre de 2004 Educação Infantil Rua Capistrano de Abreu, 29 - Botafogo Tel 2535-2434 Rua Cesário Alvim, 15 - Humaitá Tel 3239-0950 www.sapereira.com.br / [email protected] Embalados pelo samba “Catando sonhos no tempo”, de Manuela Marinho, professora de Música, travamos nossos primeiros con- tatos. Para botar o Bloco da Sá Pereira na rua, a primeira semana de aula foi de muita cantoria e as conversas foram desdobra- mentos do samba. Trouxemos uma grande concha do mar As crianças trouxeram estatuetas de serei- a, que foram usadas como modelo para o desenho, e foram sendo convidadas a exerci- tar a sua escrita com palavras significativas, como o próprio nome e o nome da turma. Os livros “Quem é Iara?”, de Ângela Fin- zetto, e “A Sereia dos Cabelos de Ouro” de Ana Raquel e Rogério Andrade Barbosa, para apreciação e escuta. Muitas questões surgiram desse encontro. No entanto, precisávamos de algo que nos desse uma identidade maior e começaram, então, as discussões e votações para a esco- lha do nome da turma. Os mistérios do mar inspiraram os meninos e meninas e a Sereia passou a ser o nosso foco de pesquisa. Turma da Sereia Álvaro Luiz Maritan de Aboim Costa / Bernardo Pena Santos / Flávio Goldman Thompson / Helena Tonini Oliveira Telles / Joana Teixeira Brodt / Letícia Nery Tomei / Manuela Athié Bernardo / Manuela Mariani da S. T. B. Guimarães / Maria Antônia Pereira da Silva Mello / Maria Eduarda Lazoski Ramos / Maria Rita Abreu Monte-Mór de Morais / Mariana Pinto de Almeida / Renata Marques Canario Moreira / Rosa Neves Saad

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nhecido, usando o conhecimento das crianças para isso, como representar, através da mími-ca, canções que falam do mar e para a cons-trução de um grande barco de tecido. Em se-guida paramos num porto seguro para iniciar nossos ensaios para a festa junina... Ihh... Tem um Jaguará querendo me pegar!

MÚSICA A Turma da Sereia começou o ano pro-

fundamente envolvida com o carnaval. Pedindo licença à alegria e embalados

pelo pulso marcante dos nossos surdos pas-seamos pela memória das antigas marchi-nhas de rua. Entrudos, cordões e a história do primeiro bloco, nos enriqueceram num ano em que o próprio carnaval de rua do Rio pareceu ganhar ainda mais fôlego. Ficamos empolgados com a visita misteriosa do Bate-Bola, o nosso Clóvis (clown). Ele pode ter assustado alguns, mas nada como fazer u-mas brincadeiras atrás de uma máscara. Preparados ou não, saímos à rua cantando o samba-enredo composto pela Manoela, pro-fessora de Música do Ensino Fundamental, especialmente para este ano, afinal “...a or-dem de Momo é Sambar!”

Dizem que a água tem memória e que o mar simboliza o inconsciente. O fato é que vieram parar nas nossas praias diversas his-tórias e canções fantásticas. As sereias nos lembraram que a nossa ancestralidade co-meçou na água. O seu canto, literalmente, tem o dom de encantar. “Sereiô, sereia / Se-reia, quem mandou me chamar / Ela mora num monte de pedra / No oceano, é lá no meio do mar / Ela quer ver, se decora o meu boiar” (toada maranhense, d.p.).

Algumas canções praieiras nos falaram sobre a Rainha do Mar, a Mãe das Águas, Iemanjá (mitologia afro-brasileira). Ou ainda, Janaína (mitologia indígena) “Estava / na beira da praia / Ouvindo / o balanço do mar / Quando eu vi / uma linda sereia / E eu come-cei a cantar / Janaína vem ver / Janaína vem já / Receber essas flores / que eu vou te ofertar “ (ciranda pernambucana, d.p ).

Numa daquelas histórias de pescador e naufrágios de barquinhos de papel, pudemos brincar com o “tambor d’água” (tarol com miçangas) e com a lata-trovão (latão de tinta com mola) reproduzindo o som de verdadei-

ras tempestades! Às vezes, o mar é cruel, e lá se vai mais um marinheiro encantado. “Não chora, não chora, mamãe / Não chora, não chora, papai / A Mãe D’água, me leva / A Mãe D’água, me leva / A Mãe D’água me traz” (A Barca).

Dorival Caymmi também esteve presente no nosso repertório, justamente quando co-memorava seus noventa anos, com as mús i-cas sobre canoeiros e jangadas. “Minha jan-gada vai sair pro mar...” .

Mobilizados com o canto de trabalho da Puxada de Rede de Xaréu (Bahia), a crian-çada se envolveu com esse verdadeiro muti-

rão que é a pesca de arrasto, no qual a co-munidade das vilas de pescadores saúdam o mar e os seus deuses, agradecendo o ali-mento que lhes é concedido. “Vamos cha-mar o Vento / Êooo / Que coisa linda / O céu e o mar / Em noite de lua / pescador à maris-car”. O resultado desse trabalho pôde ser conferido na nossa Festa Pedagógica.

Esquentando para a nossa Festa Junina, estamos trabalhando alguns mitos ligados a São João, como a história do seu boizinho encantado. De tão cobiçado, o bicho teve um triste fim, dando origem à brincadeira em forma de promessa do bumba-meu-boi.

Professor da Turma: Cléa Albrecht Auxiliar da Turma: Rosilea Santos Expressão Corporal: Marta Vieira Música: Jean Philippe Trindade Coordenação: Paula Lacombe Direção: Maria Teresa Moura e Maria Cecília Moura

Relatório do Primeiro Semestre de 2004 Educação Infantil

Rua Capistrano de Abreu, 29 - Botafogo Tel 2535-2434

Rua Cesário Alvim, 15 - Humaitá Tel 3239-0950 www.sapereira.com.br / [email protected]

Embalados pelo samba “Catando sonhos no tempo”, de Manuela Marinho, professora de Música, travamos nossos primeiros con-tatos. Para botar o Bloco da Sá Pereira na rua, a primeira semana de aula foi de muita cantoria e as conversas foram desdobra-mentos do samba.

Trouxemos uma grande concha do mar

As crianças trouxeram estatuetas de serei-a, que foram usadas como modelo para o desenho, e foram sendo convidadas a exerci-tar a sua escrita com palavras significativas, como o próprio nome e o nome da turma.

Os livros “Quem é Iara?”, de Ângela Fin-zetto, e “A Sereia dos Cabelos de Ouro” de Ana Raquel e Rogério Andrade Barbosa,

para apreciação e escuta. Muitas questões surgiram desse encontro.

No entanto, precisávamos de algo que nos desse uma identidade maior e começaram, então, as discussões e votações para a esco-lha do nome da turma. Os mistérios do mar inspiraram os meninos e meninas e a Sereia passou a ser o nosso foco de pesquisa.

Turma da Sereia Álvaro Luiz Maritan de Aboim Costa / Bernardo Pena Santos / Flávio Goldman Thompson / Helena Tonini Oliveira Telles / Joana Teixeira Brodt /

Letícia Nery Tomei / Manuela Athié Bernardo / Manuela Mariani da S. T. B. Guimarães / Maria Antônia Pereira da Silva Mello / Maria Eduarda Lazoski Ramos / Maria Rita Abreu Monte-Mór de Morais / Mariana Pinto de Almeida /

Renata Marques Canario Moreira / Rosa Neves Saad

foram explorados e serviram de enredo para as nossas dramatizações.

Nelas as crianças viveram personagens diferentes, alargando assim sua compreen-são sobre os relacionamentos humanos, e a interação lúdica e cognitiva aconteceu de maneira mais fácil.

Três canções marcaram de forma espec i-al. “O mar serenou”, de Candeia, interpreta-do por Clara Nunes, “A lenda das Sereias”, de Vicente Mattos, Dinoel e Arlindo Velloso, interpretada por Marisa Monte e “Eu morava na areia, sereia”, do CD “Abra a roda tin do lê lê” dirigido por Lydia Hortelio.

Em parceria com a Turma do Pégaso ela-boramos o projeto “No reino das Águas”. A-través do elemento água, conhecemos dife-rentes mitos, lendas, estados e ciclos, e tam-bém a importância de sua preservação para a sobrevivência do planeta.

O desenho de um Pégaso na capa da agenda logo chamou a atenção dos peque-nos. Pesquisamos a mitologia grega, espec i-almente no livro “Divinas Aventuras”, de He-loisa Prieto para explicar como foi o nasci-mento desse ser fantástico. Fizemos um grande encontro com a Turma da Estrela para investigar e trocar os detalhes da histó-ria. Medusa, Posêidon e Pégaso logo encan-taram e impressionaram as crianças.

Para a observação dos estados físicos da água, propusemos pintura com gelo colorido, fabricação de sacolé e sensibilização tátil

Imersos no universo marítimo, marcamos um passeio à vila dos pescadores do Posto 6, em Copacabana. Preparamos uma entre-vista com o pescador César, que nos rece-beu com muita atenção e carinho. Quando chegamos à praia, ele estava vindo do mar, todo orgulhoso, com o barco cheio de nov i-dades. Além de responder às nossas per-guntas, ainda nos mostrou um peixe por dentro, com direito a todas as explicações. O passeio só acabou, de verdade, no dia se-guinte, quando saboreamos um delicioso peixe assado na escola.

E, para alimentar o coração, pesquisamos sobre o nosso querido Dorival Caymmi, que completou 90 anos em abril e nos falou de sua paixão pelo mar.

“Bota aquela música que as mulheres re-zam”, foi o pedido mais constante. A canção se chama “História de Pescadores” do Lp de-dicado aos quatro elementos e intitulado “Milagre”. A canção virou uma febre na turma.

Caymmi também costuma pintar e rece-bemos uma valiosa contribuição de um vovô muito querido da turma, que nos emprestou a capa de um disco de vinil com ilustração feita pelo compositor. As crianças fizeram uma releitura da imagem, que era composta de elementos relacionados ao mar, com figu-ras geométricas no segundo plano, utilizan-do a técnica de colagem.

Escrevemos uma cartinha para o aniversa-riante, que além de ser publicada no informe da escola, foi gentilmente entregue ao compo-sitor pelos pais de uma aluna da turma.

Através da canção “Dois de Fevereiro”, de Caymmi, e do livro “Festas – O Folclore de Mestre André”, de Marcelo Xavier, conversa-mos também sobre Iemanjá, a rainha do mar.

Confeccionamos uma sereia e preparamos vários animais que moram no mar para a construção de um mural, em parceria com a Turma do Pégaso, para a Festa Pedagógica.

As crianças ensaiaram para a festa as coreografias da puxada de rede, com o Je-an, e a canção “Eu morava na areia, sereia”, com Marta. Ficou tudo muito caprichado e muitas lágrimas rolaram de emoção!

No decorrer do projeto também trouxemos informações sobre a vida de alguns animais marinhos e sobre a situação da água no nos-so planeta.

Nos voltamos, então, para outro lugar os países Nórdicos, com o objetivo de investi-gar a vida e as lendas de um povo muito va-

(caminhar sobre gelo, areia e argila). A expe-riência com as bacias de água, vivenciadas no corredor de sensações da Festa Pedagó-gica, foi o maior sucesso! O sacolé, feito com suco de uva, imediatamente foi apelida-do em coro pela turma e se transformou em “Sacolé Sangue de Medusa”. As crianças se lambuzaram a valer!

Fizemos, também, experiências na água com diferentes objetos para observação dos materiais que podem ou não flutuar. Regis-tramos num gráfico o resultado da pesquisa.

Recebemos, então, uma cartinha muito carinhosa da Turma do Pégaso. A elabora-ção da carta resposta foi o nosso primeiro texto coletivo. Combinamos de fazer um mu-ral conjunto com os personagens que envol-v iam o Posêidon, o rei do mar e o seu filho Pégaso. As crianças se empenharam muito nessa tarefa e o mural ficou lindo!

“O mar quando quebra na praia é bonito é bonito”

Dorival Caymmi Para sensibilizar o olhar e instigar a cria-

ção, trouxemos fragmentos da vida e obra de um pintor que havia se dedicado às mari-nas, o marinheiro Pancetti. As crianças fo-ram convidadas a fazer trabalhos com inter-ferências gráficas, assim como a realizar releituras das obras apresentadas.

asmo e alegria os diferentes desafios colocados e vem se constituindo em um grupo harmoni-oso e produtivo. Dando vida e mov i-mento às nossas pesquisas, as cri-anças costumam organizar corinhos re i v i nd ica tó r ios . Talvez eles falem tão alto quanto al-gumas paixões aqui rev eladas.

“Fantasia!” “Desenho” “Sacolé Sangue de Medusa!” “Fúria dos Titãs!” “Dorival Caymmi!” “Receita do Vulcão!” “Pátio!” “Doroty!” Nos despedimos com uma citação do filó-

sofo romeno Mircea Eliade: “A água é a ma-triz de todas as possibilidades de existência”.

Um forte abraço.

EXPRESSÃO CORPORAL A Turma da Sereia teve um ótimo desen-

volvimento motor e criativo nas atividades de Expressão Corporal. Durante o semestre

fizemos uma grande brincadeira com o corpo passando por várias etapas do desenvolv i-mento psicomotor: arrastar, engatinhar, rolar, andar com quatro apoios até caminhar como “gente”, sempre usando estímulos lúdicos como a postura dos animais.

Propusemos algumas atividades livres com a utilização de materiais específicos como o pula-pula, bambolês, prancha de equilíbrio, tecidos, bolas e outros. Criamos circuitos com esses objetos visando o aper-feiçoamento da coordenação motora, do e-quilíbrio, da noção de lateralidade e da cons-trução do esquema e imagem corporal. Tam-bém incentivamos a execução de alguns jogos corporais como a execução de camba-lhotas, da ponte, do “João bobo”, de giros, improvisações e do teatro de sombras, com o objetivo de estimular a criatividade, expres-sividade e planejamento das ações motoras.

Durante esse período fizemos uma pes-quisa de movimento relacionados ao tema do projeto da turma. Exploramos a movimen-tação das sereias, dos pescadores, das em-barcações (barcos, canoas e jangadas), do arrastão de peixes e do próprio mar. Experi-mentamos também a água através dos senti-dos com um relaxamento onde passamos um refrescante pincel molhado sobre a pele. A partir dessas experiências corporais, cria-mos nossa coreografia da “sereia” apresen-tada na festa pedagógica.

Nestas últimas semanas temos viajado com os Vikings em suas aventuras pelo mar desco-

lente e guerreiro, os marinheiros Vikings. Depois de conhecer um pouco seus deu-

ses e façanhas, elaboramos um jogo de tr i-lha, cheio de obstáculos, aventuras, valquí-rias e serpentes. Através de jogos e brinca-deiras com os números e as quantidades, as crianças se familiarizam com o universo dos cálculos. Contamos os pontos, as cartas, as agendas, os materiais que serão distribuí-dos, os dedinhos levantados diante de uma votação, enfim, vivenciamos situações mate-máticas significativas.

Da mesma forma, convivemos com o uni-verso da leitura e da escrita de maneira con-textualizada. As fichas com os nomes das crianças e das salas de aula, e as palavras importantes dos projetos desenvolvidos são amplamente exploradas através de jogos e no confronto de hipóteses das crianças, quando são convidadas a exercitar a sua escrita nas tarefas dirigidas.

Nosso segundo passeio foi ao Forte São João, na praia da Urca. Aproveitamos para explorar e acompanhar a previsão do tempo nos jornais, já que precisávamos de um dia de sol.

O ciclo da água está sendo trabalhado atra-vés da música “Água”, de Paulo Tatit e Arnaldo Antunes, que nos mostra a brilhante poesia e o instrumento africano “kalimba”, além do cam i-nho percorrido pela mãe natureza.

Para o encerramento desse projeto vere-mos uma réplica, em miniatura, de uma em-barcação Viking, construída pelo artista plás-tico Júlio Jorge Filho, natural de Campo Grande, RJ.

A Turma da Sereia vive com muito entus i-