Relatório de grupo 1º semestre/2019 - Escola do Sítio...carinhoso, o abraço apertado, uma...
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A tartaruga e o lobo
(Palavra Cantada)
Como toda tartaruga, levo minha casa comigo
Que é feita de casca dura, pra proteger do inimigo.
E quando um lobo, bem bobo, vem tonto
E aparece e quer me comer.
Eu entro na casca dura
Que a casa da tartaruga.
Voz do lobo: Dona tartaruga me deixe entrar
Dona tartaruga eu só quero conversar.
Dona tartaruga abra logo essa porta
Abra logo essa porta que eu quero entrar.
Assim iniciamos nosso semestre, com muitas expectativas, com muitas
mudanças, criando novos laços afetivos. E os alunos com uma grande vontade
de carregar a casa com eles, para se sentirem acolhidos e seguros.
Relatório de grupo – 1º semestre/2019
Turma: Maternal A
Professora: Elizabeth Fontes Clemente de Souza
Professora auxiliar: Rita de Cássia Terrazan
Coordenadora: Lucy Ramos Torres
É assim, primeira vez na escola, ou uma nova escola, ou voltando para ela. A
insegurança é a mesma, os olhares observadores, as conquistas, as angústias,
os medos. Acolhemos com muito carinho, muitos abraços, muitas conversas,
tentando entender cada um a sua maneira.
Nesta fase, sabemos o quão importante são os laços afetivos, as amizades que
se formam, o desejo de estar com a família, a vontade de brincar com os
amigos. Tão importante quanto os conteúdos pedagógicos são também o beijo
carinhoso, o abraço apertado, uma palavra de conforto quando cai, um carinho
quando as conquistas aparecem, um incentivo para não desistir.
Segundo Piaget (1976, p. 16) o afeto é essencial para o funcionamento da inteligência.
(...) vida afetiva e vida cognitiva são inseparáveis, embora distintas. E são
inseparáveis porque todo intercâmbio com o meio pressupõe ao mesmo tempo
estruturação e valorização. Assim é que não se poderia raciocinar, inclusive em
matemática, sem vivenciar certos sentimentos, e que, por outro lado, não existem
afeições sem um mínimo de compreensão.
Acreditamos muito no potencial que cada um nos apresenta e por acreditar,
podemos dizer que o semestre da Turma do Maternal veio cheio de
possibilidades e superações.
Desde a adaptação de cada novo integrante da turma, observamos os laços de
amizade que iam se formando, a cada chegada de um novo amigo, a sala foi
ganhando mais cor e alegria.
Cantamos, dançamos, brincamos, sorrimos, interpretamos, contamos e
recontamos, conversamos, e colocamos todo o corpo em movimento.
Descobrimos assim uma música que nos chamou muita atenção e que norteou
nosso trabalho neste semestre: A Tartaruga e o Lobo (Palavra Cantada).
Através dela, descobrimos possibilidades de diversas atividades e desafios
para o desenvolvimento de cada um. Assistimos ao clip musical, cantamos em
roda, associamos livros, interpretamos os personagens, ora tartaruga, ora lobo.
Com as observações das crianças, através de várias propostas de atividades e
rodas de conversas diárias, elas nos mostraram diversos animaizinhos que
tinham casa ou que construíam suas próprias casas. Podemos assim nos
divertir ao construir a casinha de cada um deles, e também para o lobo
“coitadinho não tem casa” falaram algumas das crianças.
Foi um semestre cheio de descobertas, de muito desenvolvimento e novas
sensações.
A cada dia que se passava, observamos como a diferença entre cada um e
seus gostos, seria muito aproveitada para a socialização em grupo, e sempre
recebendo a colaboração que cada um trazia em sala.
Trabalhar com esta turma no desenvolvimento deste projeto foi muito
prazeroso e com isso proporcionamos o desenvolvimento de diversas
habilidades de coordenação, participação, raciocínio e autonomia. Sempre com
um olhar diferenciado para cada um deles, fazendo com que as propostas
tivessem significado e proporcionassem cada vez mais suas conquistas e
aprendizado.
Nossas brincadeiras passaram a ter cada dia mais harmonia, começando a
surgir as afinidades e preferências.
Para Kischimoto (2002), uma característica marcante na infância é a grande
intensidade da atividade motora e da fantasia que acontece nesta etapa, permitindo à
criança reconhecer e controlar progressivamente o próprio corpo, ampliando suas
possibilidades de interação com o meio que a cerca.
Foram muitos momentos significativos nos quais surgiram pinturas, colagens,
dança, música, atividades ao ar livre, jogamos, pulamos, apresentamos,
conversamos, trabalhando sempre para desenvolver a atenção e a percepção
de cada um.
O projeto de leitura junto à Biblioteca da escola colaborou com intensidade em
nossas relações e projeto pedagógico, proporcionando a cada um a
aproximação e reconhecimento de diversos tipos de livros e também o estímulo
à leitura junto à família. Esta tem muita importância neste processo de
apropriação e desenvolvimento dos hábitos de leitura.
Para Sousa (2004), as primeiras experiências que as crianças têm com os livros
devem ser impulsionadas pelos adultos, pelos que estão ao seu redor, até mesmo
porque a criança tem uma necessidade constante de imitar os adultos que conhece. É
fundamental que se aguce a curiosidade que a criança já tem, transformando a leitura
num processo agradável e que valorize ariqueza de detalhes, com uma interpretação
que fascine a criança.
Trabalhamos com muita dedicação para dar suporte as emoções e despertar o
prazer na participação ativa da construção do imaginário e no sucesso de
nossa proposta pedagógica. Através de muitas brincadeiras e muita
imaginação, as crianças alcançaram um significativo desenvolvimento cognitivo
e motor.
Sabemos que o brincar e o imaginar são os processos mais ricos para a
concretização da aprendizagem e desenvolvimento, fazendo com que as
crianças não percam a sua essência e ampliem o conhecimento, através
principalmente, das expressões de suas emoções, dúvidas, anseios e medos.
Através da criação de uma negociação de significados e regras compartilhadas
com as crianças diariamente, envolvemos o faz de conta em nosso cotidiano
escolar, assim as crianças, através deste jogo simbólico conquistam seus
espaços, cultural e socialmente.
Assumimos o papel de mediadoras e fortalecedoras de vínculos de empatia,
pois através deles é que as crianças aprendem a conviver com pessoas e
opiniões diferentes, prevalecendo um ambiente com harmonia e afeto, com o
objetivo de favorecer um processo de construção do conhecimento mais eficaz
e significativo.
O que mais nos preocupa a cada dia é como dar significado e nortear nossas
ações para que a aprendizagem e a busca pelo conhecimento venham de
forma prazerosa e autônoma. Queremos que eles entendam o que é ser livre,
respeitando nossos combinados, para que possam explorar o meio a sua volta
e se desenvolverem sensorialmente.
Através de nossa convivência diária com cada um de nossa turma, podemos
perceber suas ações e necessidades e assim nos deixar levar pelo caminho
dos imprevistos, do inesperado, das incertezas e inseguranças. É assim que
nosso semestre se encerra e dá lugar a muitas conquistas e realizações que
mostraram o enorme potencial desse grupo.
Explorar, manipular, testar, descobrir, são ações que desde o maternal
enriquece e desenvolve os seus repertórios. Estabelecendo relações com os
outros e com o mundo através dos gestos e da exploração dos espaços e
objetos. Cada criança, cada corpo fala, cria e aprende com o movimento.
As experimentações estimulam e ampliam a sensibilidade e as relações que as
crianças estabelecem quando percebem as sensações. E toda a imaginação
delas se baseiam nas experiências e explorações.
O direito das crianças, de Ruth Rocha
Toda criança no mundo Deve ser bem protegida
Contra os rigores do tempo Contra os rigores da vida.
Criança tem que ter nome Criança tem que ter lar
Ter saúde e não ter fome Ter segurança e estudar.
Não é questão de querer Nem questão de concordar
Os direitos das crianças Todos têm de respeitar.
Tem direito à atenção Direito de não ter medos Direito a livros e a pão
Direito de ter brinquedos.
Mas criança também tem O direito de sorrir.
Correr na beira do mar, Ter lápis de colorir…
Ver uma estrela cadente, Filme que tenha robô,
Ganhar um lindo presente, Ouvir histórias do avô.
Descer do escorregador, Fazer bolha de sabão, Sorvete, se faz calor,
Brincar de adivinhação.
Morango com chantilly, Ver mágico de cartola, O canto do bem-te-vi, Bola, bola, bola, bola!
Lamber fundo da panela Ser tratada com afeição
Ser alegre e tagarela Poder também dizer não!
Carrinho, jogos, bonecas, Montar um jogo de armar,
Amarelinha, petecas, E uma corda de pular.
REFERÊNCIAS
______ KISHIMOTO, Tizuca Morchida. O Jogo e a Educação infantil. São
Paulo: Thompson Pioneira, 2002.
PIAGET, Jean. A construção do real na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.
SOUSA, Marivalda Guimarães. Leitura: aprendizagem e prazer. Quadrimestral n. 8. Maringá, 2004. Disponível em: Acesso em: 08 de outubro de 2018.