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RELATÓRIO DE CONJUNTURA: PLANEJAMENTO Março de 2009 Nivalde J. de Castro Roberta Bruno PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS– FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO

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RELATÓRIO DE CONJUNTURA:

PLANEJAMENTO

Março de 2009

Nivalde J. de Castro

Roberta Bruno

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS–FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO

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PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES

SOBRE O SETOR ELÉTRICO

RELATÓRIO MENSAL

ACOMPANHAMENTO de CONJUNTURA:

PLANEJAMENTO

MARÇO de 2009

Nivalde J. de Castro Roberta Bruno

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS – FINANCEIRAS DO SETOR

ELÉTRICO

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Índice

1 – PROJEÇÕES PARA DISPONIBILIDADE DE ENERGIA ................................4

1.1 – CHUVAS E RESERVATÓRIOS........................................................................ 4 1.2 – CONSUMO ......................................................................................................... 5 1.3 – AGENTES DE GOVERNO ................................................................................ 8

3 - LEILÕES ...................................................................................................................9

3.1 – LEILÕES DE ENERGIA NOVA: A-3 e A-5 ..................................................... 9 3.2 – GERAL.............................................................................................................. 10

4 – PLANEJAMENTO EMPRESARIAL ..................................................................11

4.1 – FINANCIAMENTO.......................................................................................... 11 4.2 - INVESTIMENTO .............................................................................................. 13 4.3 – PROJETOS FUTUROS..................................................................................... 17

5 - TERMOELÉTRICAS.............................................................................................19

5.1 - ENERGIA NUCLEAR ...................................................................................... 19 5.2 - GÁS NATURAL................................................................................................ 21

5.2.1 – OFERTA DE GÁS NATURAL ................................................................. 22 5.2.2 – PETROBRAS ............................................................................................. 24

5.3 - OUTROS INSUMOS......................................................................................... 26

Relatório Mensal de Acompanhamento da Conjuntura de Reestruturação(1)

Nivalde J. de Castro(2) Roberta Bruno(3)

(1) Participaram da elaboração deste relatório como pesquisadores Roberto Brandão, Bruna de Souza Turques, Rafhael dos Santos Resende, Diogo Chauke de Souza Magalhães, Débora de Melo Cunha e Luciano Análio Ribeiro. (2) Professor do Instituto de Economia - UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (3) Assistente de Pesquisa do GESEL-IE-UFRJ

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1 – PROJEÇÕES PARA DISPONIBILIDADE DE ENERGIA

1.1 – CHUVAS E RESERVATÓRIOS

Chuvas manterão níveis elevados de reservatórios

Na última reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, realizada em 9 de março, o ONS informou que, mantidas as previsões de chuvas no fim de março, o armazenamento do subsistema deverá atingir 81,5% no subsistema SE/CO, 78,7% no NE, 95,3% no N e 64,3% no S. Com isso, o CMSE garantiu que há plena segurança de atendimento das cargas do Sistema Interligado Nacional, segundo informações do MME. O grupo chegou à conclusão pelo fato de a maioria dos reservatórios estar em condições favoráveis de armazenamento. De acordo com o ONS, houve redução do índice de chuvas a partir da segunda quinzena de fevereiro em razão de poucas frentes frias no país. A expectativa é de formação de zonas de convergência do Atlântico Sul ainda no final do período úmido, com menor intensidade. (10.03.2009)

Abastecimento energético do Brasil está garantido

As condições de abastecimento energético para o SIN estão garantidas, avaliou o CMSE, em reunião realizada na última segunda-feira (9). "Há plena segurança de atendimento das cargas do SIN nos patamares de segurança estabelecidos pelas regras vigentes", informou nota divulgada pelo MME. A maior parte dos reservatórios está em "condições favoráveis de armazenamento", segundo dados do ONS. De acordo com o Operador, houve redução do índice de chuvas a partir da segunda quinzena de fevereiro, devido ao número reduzido de frentes frias no Brasil. Mas, há expectativa de formação de Zonas de Convergências do Atlântico Sul ainda no final do período úmido. A previsão para o próximo trimestre é de chuvas próximas à média histórica. (11.03.2009)

Cesp fecha vertedouro de usinas na bacia do rio Paraná

A Cesp fechou os vertedouros de suas usinas hidrelétricas situadas na bacia do rio Paraná. De acordo com informação divulgada nesta sexta-feira (13), o vertedouro de Ilha Solteira foi fechado no dia 2. Nas usinas Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera) e Engenheiro Souza Dias (Jupiá) o fechamento foi dia 3. A Cesp também informou que está acompanhando as chuvas que estão ocorrendo no Vale do Paraíba. A Usina Hidrelétrica Paraibuna está com volume armazenado cerca de 30% maior do que no mesmo período em 2008. Já o reservatório da Usina Hidrelétrica Jaguari atingiu 100% de armazenamento em 16 de fevereiro e vem se mantendo cheio desde então. Os volumes excedentes que chegam à usina escoam pelo vertedouro de soleira livre. (14.03.2009)

Redução de nível-meta para 53%

O nível-meta dos reservatórios das usinas hidrelétricas brasileiras deve passar para algo em torno de 53%, caso o CMSE confirme nesta quarta-feira a revisão da previsão de demanda para algo entre 1.500 e 2.000 MW médios. O dado está na nova projeção feita pelo ONS e pela EPE que será entregue ao Comitê. A informação é do diretor-geral do ONS, Hermes Chipp. As afirmações foram feitas durante o Seminário 5 Anos do Novo Modelo, que foi realizado no Rio de Janeiro, pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico

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(Gesel) da UFRJ. Chipp afirmou que já no ano que vem deverá haver uma recuperação das taxas de crescimento da demanda do período anterior à crise internacional de energia. (24.03.2009)

Risco de déficit de abastecimento de energia no nordeste cairá para zero em 2013

O risco de déficit de abastecimento de energia no nordeste cairá para zero a partir de 2013. A previsão é da EPE, com base no Plano Decenal de Energia (PDE) 2008-2017. Até meados do ano passado o risco de déficit estava travado em 5% para todos os subsistemas. Em julho, porém, o MME publicou a portaria 258, que definiu a nova metodologia de cálculo para a garantia física das usinas. O novo cálculo determina o teto de 5%, mas o índice pode ser menor, conforme aumentar a disponibilidade de energia pelas usinas. De acordo com o PDE, neste ano o subsistema Sul tem o maior risco de déficit do país, de 4,55%. Em seguida estão os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, ambos com 2,95%. Já o subsistema Norte tem índice de 2,5%. Em 2010, o risco de déficit no Sudeste aumentará para 3,30%, enquanto os índices do Sul, Nordeste e Norte cairão para 3,55%, 1,7% e 1,85%, respectivamente. (25.03.2009)

1.2 – CONSUMO

Consumo de energia em janeiro foi o menor em 17 meses

O consumo de energia no país em janeiro deste ano, de 30.818 gigawatts/hora, foi o menor registrado nos últimos 17 meses. Segundo a EPE, vinculada ao MME, a queda do consumo do mês passado, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi de 4,6%. De acordo com a EPE, a queda foi unicamente puxada pelo setor industrial, que apresentou uma redução de 14,6% no consumo de energia. Os demais segmentos apresentaram aumento: residencial (5,4%), comercial (2,5%) e outros (1,2%). No acumulado dos últimos 12 meses, o consumo, no entanto, aumentou 3% em relação ao mesmo período anterior, com crescimento registrado em todos os segmentos. (27.02.2009)

Consumo de energia tem queda de 2,9% em São Paulo no mês de janeiro

O consumo de energia do estado de São Paulo, medido pelo volume de energia elétrica distribuído pelas concessionárias que atuam no estado, atingiu 9.206 gigawatts-hora (GWh) em janeiro. Os dados indicam uma retração de 2,9% em relação ao mesmo período de 2008. De acordo com a Secretaria estadual de Saneamento e Energia, o resultado foi pressionado pela queda de 13,1% do consumo da classe industrial em igual período. As indústrias respondem por 39,8% do consumo do estado. Os setores residencial e comercial, entretanto, mantiveram o ritmo de crescimento no primeiro mês de 2009. O primeiro, que equivale a 29,8% do consumo, apresentou alta de 8,9%; e a classe comercial teve alta de 2,2%. (27.02.2009)

Queda na demanda de energia deve elevar preços

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A redução na demanda de energia, levará a um aumento dos preços ao consumidor final. O professor titular do Instituto de Economia da UFRJ, Adilson de Oliveira, explica que a falta de utilização da energia fará com que a distribuidoras devolvam esta energia sem demanda às geradoras, causando um impacto no cálculo do custo médio e forçando uma elevação dos preços. O professor explicou que, pela lei, em caso de falta de demanda, as distribuidoras podem devolver uma parcela da energia que foi contratada. Entretanto, a legislação não especifica se a energia a ser devolvida será a mais barata ou a mais cara. Se for a mais barata, haverá impactos ao consumidor. Para este ano, o preço do MWh no mercado regulado deve chegar a R$ 80, mas para 2013, a expectativa é que chegue a R$ 90. (03.03.2009)

Elektro registra aumento de 3,9% no consumo de energia em 2008

O consumo de energia na área de concessão da Elektro, considerando-se clientes livres e cativos, aumentou 3,9% em 2008, quando comparado com o ano anterior, atingindo 13.716 GWh. Segundo a companhia, sua base de clientes em dezembro de 2008 era de 2.067 mil clientes, um acréscimo de 3,9% em relação ao ano anterior.No período, a companhia forneceu 10.845 GWh, representando um crescimento de 8,8% quando comparado com o ano de 2007, destacando-se o crescimento no consumo industrial, comercial e residencial. O crescimento da classe industrial, segundo a companhia, é justificado pelo aquecimento da economia como um todo e em particular do setor de construção civil, no primeiro semestre de 2008. No entanto, os efeitos da crise financeira mundial no último trimestre do ano passado afetaram fortemente o consumo industrial, notadamente os setores de metalurgia e autopeças. (05.03.2009)

Celesc: demanda de energia bate recorde

Dados preliminares da Celesc Distribuição apontam que o sistema elétrico catarinense bateu o recorde de sua demanda de energia ontem, dia 5 de março, às 15 horas. A demanda total, somadas todas as classes de consumo (residencial, comercial, industrial e poder público), chegou a 3.265 MW, representando aumento de 5,8 % em relação à máxima histórica anterior, registrada em março de 2008 também às 15 horas. Na mesma hora, a temperatura girou em torno dos 37 graus na região de Blumenau e Joinville, e 36 graus em Florianópolis. (06.03.2009)

Produção das usinas do Rio Madeira pode reduzir preço da energia em todo o país

A entrada em operação das usinas do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira - a partir de 2012 - poderá reduzir o preço da energia elétrica em todo o país. Em Rondônia, o impacto será maior porque a integração do estado ao SIN vai permitir a substituição da energia térmica, pelo menos quatro vezes mais cara que a hidráulica. De acordo com o diretor do departamento de monitoramento do setor elétrico do MME, Robésio Maciel, cerca de 800MW de energia das usinas serão disponibilizados para Rondônia. "O suficiente para garantir atendimento energético por mais de uma década", afirmou hoje (11). Para o restante do país, a queda do preço da energia será reflexo da redução da cobrança da CCC. (11.03.2009)

Consumo de energia de setores industriais cai 13,03%

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O consumo de energia dos diferentes setores industriais nacionais caiu 13,03% na comparação entre fevereiro deste ano e entre o mesmo mês do ano passado. Isso é reflexo da diminuição da atividade industrial, verificada desde o início da crise financeira em novembro do ano passado. O consumo em fevereiro de 2008 foi de 687,578 MW médios contra 598,013 MWm deste ano.Entretanto, na comparação entre fevereiro e janeiro houve um crescimento de 4,64%, que reflete a retomada da produção observada em janeiro (aumento de 3,05% sobre dezembro). Porém, a Comerc esclarece que o aumento de consumo detectado em fevereiro deve ser interpretado como uma retomada de produção, mas não significa um crescimento real em relação aos níveis de atividade anteriores à crise. (11.03.2009)

Preço da energia do mercado livre cai

O PLD caiu para o nível mínimo estipulado pela Aneel para a semana deste sábado (14) até o dia 20, na Região Norte. Os dados foram divulgados pela CCEE. Já o Sudeste/Centro-Oeste e o Sul apresentaram valores iguais entre si e também registraram queda. De acordo com a CCEE, o que causou a queda foram as chvuas que caíram.Com isso, o valor do PLD para todos os patamares de carga do0 Norte se encontra em R$ 16,31. No Sudeste/Centro-Oeste e Sul os preços estão estipulados pelo seguinte: carga pesada R$ 109,29; média R$ 108,20 e leve R$ 106,95 por MWh. O submercado Nordeste também apresentou uma pequena elevação nos valores e fixou R$ 96,86 na carga pesada e R$ 95,73 o MWh na média e leve. (14.03.2009)

Consumo de energia recua 4,4%

Mesmo superando as expectativas para fevereiro, o consumo de energia elétrica no Brasil continua sua trajetória para baixo. Segundo pesquisa mensal que a EPE, o índice ficou negativo comparado ao mesmo mês de 2008, em 4,4%, e novamente a indústria foi a grande responsável pelo indicador, com redução de 12,2%. Se levar em consideração a demanda no primeiro bimestre, a queda foi ainda maior, foram consumidos 24.732 GWh, ou 13,5% a menos do que em 2008. Esse foi o pior resultado para um mês de fevereiro desde 2002.A EPE procurou minimizar as queda e afirmou que no geral, a queda deve ser relativizada por conta dos 29 dias de fevereiro de 2008. Se esse mês no ano passado tivesse 28 dias, como ocorreu este ano, a queda seria de 1%. (23.03.2009)

Tolmasquim diz que consumo de energia industrial aumentou acima da média histórica em fevereiro

O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, afirmou ontem que o consumo de energia industrial em fevereiro aumentou acima da média histórica quando comparado com janeiro. Segundo ele, historicamente, o consumo pela indústria cresce 0,6% entre janeiro e fevereiro, enquanto neste ano a alta foi de 3,7%. "Foi melhor do que a gente esperava. Pode ter sido um movimento de recuperação de estoques, mas ainda é cedo para dizermos que é o início da recuperação do consumo pela indústria", disse Tolmasquim, que participou de seminário promovido pelo Grupo de Estudos de Energia Elétrica da UFRJ. Tolmasquim ponderou que mesmo com a queda de 4,4% no consumo de energia total em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2008, o resultado

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tem o impacto minimizado quando se leva em conta a existência de um dia a mais em fevereiro de 2008. Apesar do otimismo, Tolmasquim admitiu que a EPE deve divulgar em breve uma revisão, para baixo, da projeção de crescimento do consumo de energia neste ano, que está hoje em 5,2%. (24.03.2009)

Demanda por energia pode cair até 2 mil MW

O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, acredita que a demanda por energia no país em 2009 pode cair entre 1,5 mil MW médios e 2 mil MW médios em relação à previsão inicial, reflexo direto da crise financeira. A expectativa de Chipp é de que a demanda fique em torno de 53,5 mil MW médios, enquanto a projeção anterior era de 55 mil MW médios. Chipp, que participou de seminário organizado pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ, ressaltou que, mesmo com a queda da previsão, o movimento deverá ser de alta de 2% em relação ao consumo no ano passado. Ele disse que a partir de novembro o ONS notou uma queda na demanda tanto na comparação com o mês anterior, quanto em relação a igual período de um ano antes, movimento que começou a se inverter em fevereiro e março. (25.03.2009)

Consumo de energia em SP cai

O volume de energia elétrica distribuído no Estado de São Paulo em fevereiro apresentou queda de 5,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior e atendeu a uma população de 41,4 milhões, média de 224,1 kWh/habitante. Responsável por 40,9% do mercado total de eletricidade, a classe industrial apresentou queda no consumo de 12,2% em relação ao de fevereiro de 2008. (25.03.2009)

Consumo de energia deve crescer menos

A crise financeira internacional levou a EPE a reduzir a previsão de consumo de energia elétrica para 2009 em 14,2 mil GWh. O consumo total do ano era previsto para 411,6 mil GWh. Com a revisão, passou para 397,4 mil GWh. Com isso, deverá haver um crescimento do consumo total de energia de 1,2%, ante a previsão anterior, de expansão de 4,8%. Segundo a EPE, a diferença se concentra no consumo industrial. Nos anos seguintes, de 2010 a 2013, haverá também "reduções expressivas" em relação a previsões anteriores, entre 11 mil e 13 mil GWh por ano. Para revisar os números, a EPE considerou a queda na projeção do crescimento do PIB de 4% para 2% em 2009. A expansão do consumo residencial terá pouca alteração, passando de 4,5% para 4,1%. Já a indústria, cujo crescimento estava previsto para 5,1%, deverá ter retração do consumo de energia ao longo do ano de 2,1%. (26.03.2009)

1.3 – AGENTES DE GOVERNO

Brasil está livre de novo apagão energético

O Brasil está livre de sofrer uma crise de fornecimento de energia como a ocorrido em 2001 e que ficou conhecida como apagão. A afirmação foi feita hoje (18) pelo

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presidente Lula, ao visitar uma plataforma de regaseificação da Petrobras no Rio. "Essa planta de regaseificação e a ligação de linhas de transmissão no Brasil me garantem afirmar que não vamos ter mais apagão." (18.03.2009)

2 – PLANEJAMENTO NO CURTO PRAZO

Celpa testa sistema híbrido

As comunidades de Araras e Santo Antônio, na região da Ilha de Marajó (PA) serão as primeiras a receber o projeto piloto da Celpa que usará um sistema híbrido (solar-diesel-eólico) para o fornecimento de energia elétrica.O projeto vai avaliar alternativas de eletrificação e gerenciamento comercial, em função das características econômica, financeira e logística em áreas distantes de centros urbanos. A distribuidora deverá adotar o pré-pagamento em pelo menos uma das localidades com a finalidade de avaliar a sua eficácia, sendo obrigatória a informação visual da energia consumida e a sinalização ao consumidor sobre a proximidade do fim de seus créditos. (06.03.2009)

3 - LEILÕES 3.1 – LEILÕES DE ENERGIA NOVA: A-3 e A-5

Matriz elétrica se tornará hidrotérmica

"Nossa matriz elétrica deixou de ser hidráulica para se tornar hidrotérmica. No longo prazo teremos que aumentar a participação de termelétricas, mas há pelo menos 160 mil MW de potencial hidráulico a serem explorados", afirmou o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da UFJR, Nivalde José de Castro. Ele lembra que os 10.834 MW de fontes térmicas contratados nos últimos dois anos (leilões A-3 e A-5), sendo 63% de térmicas a óleo, só ocorreu pela interrupção há duas décadas dos estudos de inventário das grandes bacias brasileiras. Isso foi retomado com a criação da Empresa de Pesquisa Energética. O professor da UFRJ acredita que fontes alternativas, como a eólica e a biomassa, ganharão espaço na matriz energética brasileira nos próximos anos. "O leilão de energia de reserva do ano passado mostrou que há potencial para se acrescentar uma nova fonte à matriz brasileira, dependendo de pouco esforço econômico".

Cibepar deposita os R$ 196 mi do leilão A-3 com 92 dias de atraso

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Quatro dias antes do final do último prazo, a Águas Guariroba S.A., empresa controlada pela Cibe Participações, apresentou os R$ 196,278 milhões devidos. Contudo a empresa não se livrou ainda das penalidades previstas no edital que determinava a data limite de 28 de novembro para a apresentação desse valor. Com o depósito, o processo na diretoria colegiada da Aneel continua com a comissão responsável pela análise do caso, pois a Cibepar, empresa dividida entre o Grupo Bertin e o Grupo Equipav, descumpriu o edital do leilão. Dentre as penalidades, a Aneel informou que a empresa poderá receber uma advertência, multa ou outras punições mais brandas do que perder as usinas do A-3 e consequentemente do A-5, ambos do ano passado. (04.03.2009)

Aprimoramento de gestão para evitar atraso de leilões

O novo diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, reiterou a necessidade de aprimorar processos internos, para evitar que os leilões A-3 e A-5 se tornem "leilões A-2 e A-4". Além disso, Hubner salientou que a análise de projetos em andamento na agência precisa avançar para agilizar a concessão de licenças. De acordo com ele, a viabilização de hidrelétricas passa pela adequação dos trâmites internos. (13.03.2009)

3.2 – GERAL

Leilão de Ajuste movimenta R$ R$ 1,26 bi

A CCEE informou que o 9° Leilão de Ajuste, realizado no dia 20 de fevereiro, movimentou um total de R$ 1,26 bilhão, a um preço médio de R$ 145,67 o MWh. Para o presidente da CCEE, Antônio Carlos Fraga Machado, o resultado é uma prova de que a crise econômica mundial não atingiu o mercado de energia elétrica brasileiro. O leilão comercializou três tipos de produtos, o primeiro, com quatro meses de suprimento - de 1º de março a 30 de junho de 2009 - negociou 533,5 MW médios e movimentou R$ 227.195.085,60. O segundo produto, de sete meses de fornecimento - de 1º de junho a 31 de dezembro de 2009 - negociou 115,5 MW médios e movimentou R$ 86.097.235,58. O terceiro, com fornecimento de 1º de março a 31 de dezembro de 2009, negociou 887 MW médios, movimentando R$ 949.464.659,43. (26.02.2009)

CPFL Brasil realiza leilão simultâneo de compra e venda de energia

A CPFL Brasil realiza na próxima quinta-feira, 5 de março, leilão simultâneo de compra e venda de energia. O certame será via internet e terá quatro produtos com entregas de 1º a 28 de fevereiro. Cada produto será de 1 MW médio e com pontos de entrega, respectivamente, nos submercados Sudeste, Sul, Nordeste e Norte. A documentação deverá ser enviada até as 10 horas do dia do certame, que acontece às 15 horas. (03.03.2009)

Chesf realiza leilão para venda de energia

A Chesf realiza na próxima quarta-feira, 11 de março, leilão para venda de energia no ambiente de contratação livre. Com um produto com centro de gravidade do

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submercado Nordeste e período de entrega de 1º a 28 de fevereiro, o certame acontecerá via internet. Os interessados devem enviar o termo de adesão até as 17 horas desta terça-feira, 10. De acordo com o edital, a quantidade de energia a ser contratada será definida pela Chesf no final do leilão. O preço mínimo de venda será em percentual do PLD médio do submercado Nordeste no mês de entrega e será divulgado até as 12 horas do dia do certame. O resultado será divulgado no dia do leilão até as 16 horas. Clique aqui para ver o edital e os documentos referentes ao leilão. (09.03.2009)

Renova Energia quer viabilizar 177 MW em leilão de eólicas

O primeiro leilão de energia eólica, em planejamento pelo governo já começa a mobilizar empreendedores, interessados em aproveitar as oportunidades de negócios que começa a surgir com o certame. Um deles é a Renova Energia, que pretende negociar energia de alguns de seus projetos no leilão, previsto para acontecer no primeiro semestre, conforme sinalizado pelas autoridades energéticas.O primeiro passo aconteceu na semana passada, com a concessão, pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (Cepram), da Bahia, da Licença de Localização para sete parques eólicos localizados entre os municípios de Caetité e Igaporã, que somam 177 MW. A conclusão das obras está prevista para 2012. (12.03.2009)

4 – PLANEJAMENTO EMPRESARIAL

4.1 – FINANCIAMENTO

Eletrobrás vai financiar melhorias no sistema de transmissão de energia do Distrito Federal

Uma parceria entre a Eletrobrás e a CEB vai permitir a realização de 14 obras de recomposição do sistema de subtransmissão no DF. O acordo foi assinado hoje (3) entre o governador José Roberto Arruda, ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, o presidente da CEB, Benedito Carraro, e o presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz Lopes. O contrato é no valor de R$ 56 milhões, com contrapartida de R$ 2 milhões da CEB. O objetivo é chegar até o fim do ano que vem com os níveis de fornecimento exigidos pela Aneel. A previsão é que as obras de melhoria terminem em dezembro. A primeira parcela do financiamento, que corresponde a 10% do valor total, será liberada imediatamente, e o restante será reembolsado à CEB após inspeção de técnicos da Eletrobrás. (03.03.2009)

BNDES empresta mais R$ 950 mi a projetos da Alcoa

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O BNDES aprovou financiamento adicional de R$ 950 milhões para projetos de expansão da capacidade de produção de bauxita e alumina da Alcoa Alumínio no Pará e no Maranhão. O valor total de investimento dos projetos chega a R$ 9,7 bilhões. Segundo o banco, do total da suplementação de recursos, R$ 750 milhões serão usados para a implantação de infraestrutura aeroportuária, como porto, ferrovia e rodovia para explorar bauxita em Juruti, no Pará. Os R$ 200 milhões restantes serão destinados para instalar, em São Luís (MA), a unidade dois da refinaria do consórcio Alumar, do qual a Alcoa Alumínio faz parte. O objetivo é elevar a produção de alumina em 2,1 milhões de toneladas/ano. (05.03.2009)

Eletrobrás destinará R$ 10,895 bi de caixa próprio ao orçamento 2009-2012

A Eletrobrás vai destinar, do seu próprio caixa, R$ 10,895 bilhões ao orçamento de cerca de R$ 30,232 bilhões previstos pelo programa de ações estratégicas da empresa no período 2009-2012. Além do valor proveniente de capital próprio da estatal, outros R$ 3,78 bilhões são de recursos contratados e R$ 1,18 bilhão de recursos a definir. O montante financeiro a contratar, referente a projetos com fontes de recursos definidas, mas não contratadas até o momento, soma R$ 6,1 bilhões. Para este ano, a Eletrobrás contratou R$ 2,784 bilhões e outros R$ 2,057 bilhões ainda terão a origem definida. Os recursos próprios da empresa para 2009 são de R$ 2,61 bilhões, enquanto R$ 1,249 bilhão a ser captado corresponde a projetos com fontes de recursos definidas, mas ainda sem contratação. Até 2012, o maior orçamento previsto será em 2010, quando será de R$ 9,002 bilhões. (18.03.2009)

Elektro pretende captar até R$ 470 mi no mercado financeiro

A Elektro realizará captação de até R$ 470 milhões no mercado financeiro, com o lançamento de até R$ 350 milhões em debêntures simples, e de até R$ 120 milhões em notas promissórias. As propostas foram apresentadas pelo diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Elektro, Rodrigo Ferreira Medeiros da Silva, na reunião do Conselho de Administração, que aconteceu na última terça-feira, 17 de março. Os detalhes das operações serão apresentados em assembléia geral extraordinária, que decidirá se aprovará as captações. As propostas envolvem lançamento da 3ª emissão de debêntures simples, quirografárias e implementação da primeira emissão de Notas Promissórias Comerciais. (18.03.2009)

Novas fontes para financiar projetos

O mercado busca fontes alternativas para financiar um total de mais de R$ 57 bilhões em projetos de concessões já licitadas no país em meio à maior crise de crédito da história. São R$ 10 bilhões para projetos de linhas de transmissão, R$ 20 bilhões para as duas grandes hidrelétricas do Rio Madeira (Jirau e Santo Antônio). Os números não incluem usinas de geração de energia térmica, pequenas centrais hidrelétricas e portos, segundo Cassio Schmitt, responsável pela área de "project finance" do Santander. No mercado interno, o andamento dos projetos de infraestrutura não tem parado por falta de financiamento. O BNDES, que acaba de receber aporte de R$ 100 bilhões do Tesouro, dá prioridade absoluta para o PAC. "Há outras fontes de recursos que se tornaram mais presentes neste ano com a contração do crédito bancário, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Nordeste (BNB)", afirma Schmitt. O BID também tem merecido destaque, segundo ele, além dos fundos constitucionais do Norte e do Nordeste. "Outra

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fonte local importante para financiar projetos de infraestrutura é o Fundo de Investimento do FGTS", lembra Schmitt. (23.03.2009)

BID financia termelétricas no Brasil

O BID anunciou, na sexta-feira, que entregará US$ 197 milhões ao Brasil para financiar parcialmente a construção de duas termelétricas no Ceará e no Maranhão. Essas duas usinas a base de carvão vão elevar em 1.080 MW a capacidade de geração elétrica para ambos os estados, segundo o BID. A instituição também tramitará empréstimos de até US$ 314 milhões com vários bancos internacionais, enquanto o BNDES contribui para o projeto com um empréstimo de cerca de US$ 1,5 bilhão. Antes de aprovar o crédito, os patrocinadores dessas unidades se comprometeram a desenvolver projetos de energia renovável para compensar as emissões anuais de gases causadores do efeito estufa que serão produzidas pelas duas novas plantas. (23.03.2009)

4.2 - INVESTIMENTO

Elektro investe R$ 6,3 mi em subestação e ampliação de rede

A Elektro prevê investimentos de R$ 6,3 milhões na construção de uma nova subestação em Cerquilho (SP). A obra, que inclui a ampliação da rede elétrica local, está na fase de construção civil e deve ser concluída em julho. De acordo com a empresa, a SE Cerquilho II atenderá inicialmente 4,5 mil clientes e poderá atuar como contingência para fornecer energia aos clientes de Tietê. A unidade será totalmente digitalizada e contará com sistema integrado de supervisão, comando, controle e proteção. Segundo a distribuidora, foram construídas quatro linhas de cabos alimentadores de 13,8 kV, cada um com cerca de dois quilômetros. A subestação terá 33,3 MVA de potência, com a instalação de um transformador de potência de 25/33,3 MVA. A tensão de alimentação da unidade é de 138 KV, enquanto a tensão de saída é de 13,8 kV. (02.03.2009)

Duke retoma projeto de térmica em Pederneiras e planos de expansão

A Duke Energy retomou o projeto da usina termelétrica Pederneiras, que estava paralisado desde 2002, momento em que a empresa começou a viver um período de indefinições quanto a sua atividade no Brasil. Agora, o presidente Mickey Peters faz questão de dizer que cansou de responder a perguntas de quando a empresa vai deixar o país. A termelétrica é apenas a primeira da lista de investimentos apresentados por Peters. A empresa estuda a viabilidade de três usinas hidrelétricas, em parceria com a Cemig e está construindo duas PCHs, com capacidade de 30 megawatts e investimentos de R$ 200 milhões. O presidente diz que a empresa também está buscando parcerias com algumas usinas de cana-de- açúcar para produzir energia a partir de biomassa. Além disso, a empresa está com alguns projetos de parques eólicos em carteira e que pretende levar ao primeiro leilão de energia eólica que será realizado em meados desse ano. (03.03.2009)

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Light investirá R$ 3 bi até 2012

A crise mundial não alterou os planos de expansão da Light, distribuidora de energia do Rio, que anunciou ontem programa de investimentos de R$ 3 bilhões até 2012. Os recursos para bancar o investimento virão de linhas de financiamentos do BNDES e do caixa da companhia. Desse total, a Light irá aplicar R$ 626 milhões este ano. (04.03.2009)

Engevix investe R$ 110 mi em 2009

A Engevix preparou uma carteira de investimentos de R$110 milhões para 2009. Os recursos incluem o aporte necessário para a conclusão da hidrelétrica de Monjolinho (74 MW), e o início da construção da PCH Moinho (14 MW), e da hidrelétrica de Baixo Iguaçu (350 MW), cuja participação da empresa é de 10%. Segundo o vice-presidente de Energia e Recursos Hídricos da empresa, José Antunes Sobrinho, o montante poderá aumentar 'substancialmente' caso o financiamento para outras três PCHs seja aprovado. (04.03.2009)

Energias do Brasil: investimento neste ano será de R$ 1,18 bi

Para este ano, a EDP Energias do Brasil prevê investimentos de R$ 1,18 bilhão, dos quais 39% serão destinados ao projeto da termelétrica movida a carvão natural Porto do Pecém I, em Tocantins, que está sendo construída em parceria com a MPX energia, do empresário Eike Batista. A unidade demandará investimentos de US$ 1,2 bilhão e tem previsão de entrada em operação para 2011, com uma geração de 720 MW médios. Para 2010, a empresa estima fazer investimento de pouco mais de R$ 1 bilhão. De 2005, ano em que foi realizada a abertura do capital da Energias do Brasil, a 2012, a geração elétrica da empresa dará um salto de 229%, segundo António Pita de Abreu, diretor presidente do grupo. (06.03.2009)

CPFL investe mais em geração

A CPFL investirá R$ 497 milhões este ano na área de geração, 40,2% do capex da empresa para o período. Os investimentos serão direcionados ao avanço das obras da UHE Foz do Chapecó (436 MW), orçada em R$ 1,33 bilhões, e da UTE a biomassa Baldin (45 MW) , na qual serão investidos R$ 98 milhões até 2010. Com o fim das obras das usinas no próximo ano, o capex previsto para os anos seguintes deve ser quase na totalidade voltado para a área de distribuição. O planejamento da empresa prevê o aporte de R$ 4,997 bilhões nos próximos cinco anos. Em 2010 serão aplicados R$ 1,228 bi e, em 2011, R$ 993 bilhões. A área de distribuição vai receber investimentos de R$ 738 milhões este ano. (05.03.2009)

Celesc fixa plano para melhorar resultados

A Celesc, estatal catarinense do setor elétrico, anunciou ontem um plano de metas de longo prazo e uma reestruturação dos negócios. A empresa informou que fará investimentos de R$ 1,02 bilhão até 2012, pretende reduzir a inadimplência e as perdas técnicas de energia, além de estudar um PDV para enxugamento do seu quadro de funcionários. As mudanças têm relação com a proximidade do período de revisão da concessão dos serviços pela Aneel e a necessidade de ganhar mais eficiência sob pena

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de não conseguir a renovação do contrato. Em 2015 vence a concessão de distribuição da Celesc e a estatal precisa manifestar-se sobre a sua renovação três anos antes. Sobre investimentos, a diretoria informou que os recursos se concentrarão na ampliação da distribuição e aumento do parque gerador. (06.03.2009)

Neoenergia mantém investimentos em 2009

A Neoenergia vai manter o nível de investimentos dos últimos três anos e aplicar R$ 1 bilhão este ano. O aporte, contudo, será mais voltado à área de geração. Dos R$ 1,009 bilhão previstos para 2009, R$ 527 milhões serão destinados às usinas em construção. A meta é ampliar a capacidade instalada dos atuais 1.100 MW para 1.778 MW em 2012. Ainda este mês, a empresa espera colocar em operação duas PCHs.As distribuidoras do grupo vão investir R$ 482 milhões, dos quais R$ 350 milhões com recursos do BNDES. A Coelba será a distribuidora com o maior valor de investimento, de R$ 210,2 milhões, seguida pela Celpe, com R$ 193 milhões. A Cosern terá investimentos de R$ 79,1 milhões. (09.03.2009)

Renova Energia Renovável investe R$ 800 mi em parques eólicos

A Renova Energia Renovável vai investir cerca de R$ 800 milhões na implantação de sete parques eólicos com capacidade instalada total de 177 MW, nos municípios de Caetité e Igaporã, na região do semi-árido baiano. Este é o primeiro parque eólico previsto para o estado. A empresa disputará um contrato para venda da energia no próximo leilão de energia eólica, previsto para junho.O parque eólico, que recebeu a licença prévia do Conselho Estadual de Meio Ambiente do Estado da Bahia (Cepram) na última semana, deverá começar a sair do papel no primeiro semestre do ano que vem. Os parques ocupam uma área de 20 km de extensão e a expectativa é que entrem em operação em 2012, quando a energia negociada no leilão deverá ser entregue. (13.03.2009)

Eletrobrás prevê investir R$ 22 bi até 2012 em usinas e linhas de transmissão

A Eletrobrás vai investir R$ 22 bilhões entre 2009 e 2012, uma média de R$ 5,5 bilhões anuais. Os investimentos constam do seu primeiro Plano e Ações Estratégicas, lançado ontem. Para 2009, a meta de investimentos será maior: R$ 7,2 bilhões, exatamente o dobro do que foi investido em 2008. O plano prevê a participação da Eletrobrás na construção de projetos de geração que elevarão a capacidade do sistema integrado nacional em 7 mil MW. Também está previsto seu projeto de internacionalização, com a conclusão de estudos para atuação no Peru (seis usinas) e Argentina (duas). "Se vamos ou não construir essas usinas depende de estudos de viabilidade financeira e ambiental", informou José Antonio Muniz, presidente da Eletrobrás, em nota distribuída pela empresa. (17.03.2009)

CPFL Energia vai investir R$ 50 mi em 2009

A CPFL Energia vai destinar R$ 50 milhões para 40 projetos de P&D em 2009. As pesquisas da empresa estarão focadas em projetos de fontes renováveis, eficiência energética sob o conceito de Green Building, smart grid e novos materiais e padrões para redes de distribuição. "Dentre os maiores projetos estão os lotes pioneiros de sinalizador de faltas, cruzeta de concreto leve, transformador verde e central de

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qualidade de energia", afirmou o diretor de Engenharia da companhia, Rubens Bruncek Ferreira. Além disso, segundo ele, a CPFL Energia firmou parcerias com os institutos de pesquisas internacionais Fraunhofer, da Alemanha, e KEMA, da Holanda. Por intermédio dessas pesquisas, a empresa obteve patente de seis produtos que, segundo Ferreira, estarão em beve à disposição do mercado nacional e internacional. (16.03.2009)

Cemig investirá mais em gás

A reorganização pela qual passou a Cemig em fevereiro, com a criação da Diretoria de Gás, teve como objetivo preparar a empresa para um anúncio de expansão dos investimentos do governo mineiro no mercado de gás natural. O governador Aécio Neves anunciará amanhã as medidas e os projetos. A Cemig já controla a distribuidora de gás encanado no estado, a Gasmig. O foco do plano deve ser o de prospecção de gás no estado. (18.03.2009)

Cemig investiu R$ 1,35 bi em 2008

A Cemig investiu R$ 1,35 bilhão em 2008, aumento de 14,18% em relação aos investimentos realizados em 2007. A área de distribuição recebeu a maior parte dos aportes, R$ 883 milhões, fruto dos investimentos em universalização do acesso à energia. A segunda fase do Luz Para Todos na área de concessão da empresa prevê investimentos de R$ 491 milhões até 2010. A área de geração recebeu R$ 206 milhões em 2008. Na área de transmissão, os investimentos feitos foram basicamente em aquisição de participação em linhas. No ano, a empresa adquiriu em parceria com a Alupar 95% e 5%, respectivamente, das ações que a Brookfield tinha no capital das transmissoras Eate, Etep, Ente, Erte, e ECTE. A empresa adquiriu ainda 80% do capital social da Lumitrans e da STC pela Eate. Ao todo, foram aplicados R$ 108 milhões. (19.03.2009)

Light prevê investimentos

O presidente da Light, José Luiz Alquéres, declarou durante o Seminário 5 Anos do Novo Modelo, que foi realizado no Rio de Janeiro, pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ, que os investimentos devem aumentar para R$ 650 milhões. Alquéres acredita também que em virtude dos preços estarem mais altos no mercado livre, poderá haver uma mudança de grandes consumidores que hoje compram energia no mercado livre para o mercado cativo. Tudo porque os consumidores do mercado cativo sabem que poderão contar com este suprimento energético. (24.03.2009)

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4.3 – PROJETOS FUTUROS

Siemens na venda de aerogeradores

A Siemens elegeu o Brasil, Chile e México, nessa ordem de prioridade, para iniciar prospecção de oportunidades de venda de equipamentos eólicos na América Latina. Projeções do grupo apontam que até 2020 haverá na região uma capacidade instalada de aerogeradores da ordem de 10,1 GW, dos quais 4.400 MW somente no Brasil. Os negócios passarão a ser coordenados a partir da sede da companhia, em São Paulo. Edgard Corrochano, gerente de Vendas e Marketing para as Américas está no comando da operação. A Siemens, explicou o executivo, não irá em princípio trabalhar em desenvolvimento de projetos e nem na construção das plantas, mas poderá oferecer suporte em algumas etapas, caso o cliente enfrente dificuldades. (27.02.2009)

Vestas ampliando mercado no país

A Vestas entrega até o final do ano 125 aerogeradores para quatro parques que estão sendo implantados no país. São turbinas V-82, de 1,65 MW cada. A empresa dinamarquesa fechou fornecimentos para os parques Alegria I e II (RN-152 MW), Gravatá (PE-26MW) e Gargaú (RJ-28 MW). Desde o início do ano o Brasil passou a contar com operação própria de vendas, com sede em São Paulo. Os negócios até então eram firmados a partir do escritório situado na Argentina. A sede nacional se reporta diretamente à base da companhia para a região do Mediterrâneo, localizada em Madri. De acordo com Marcelo Hutschinski, responsável pela operação brasileira, a Vestas vê espaço no mercado para colocar máquinas de até 3 MW. (27.02.2009)

Eletrosul inicia implantação de biodigestores

A Eletrosul e Eletrobrás entregarão, na próxima sexta-feira, 6 de março, a ordem de serviço para a construção de biodigestores em municípios de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Com investimentos de R$ 1,9 milhão, serão instalados 35 equipamentos, que transformarão dejetos suínos em energia elétrica. Segundo a Eletrosul, os agricultores das localidades serão capacitados através de aulas práticas e teóricas. A iniciativa faz parte do Projeto Alto Uruguai, no qual participam 19 municípios catarinenses e 10 gaúchos. Estão envolvidas no programa as companhias Eletrosul, Eletrobrás, Unochapecó, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro. A solenidade será realizada na cidade de Itapiranga, em Santa Catarina. (05.03.2009)

Cemig assina contrato para construção de linha de transmissão

A Cemig e a empresa do ramo sucroalcooleiro Destilaria Vale do Paracatu Agroenergia assinaram contrato para a construção de conexão da usina termelétrica da empresa, com o sistema elétrico da Cemig. Será implantada, no município de Paracatu, uma linha de transmissão na tensão de 138 kV, com capacidade de transmissão de 70 MW em uma extensão de 25,6 quilômetros, que ligará a subestação da termelétrica da destilaria à Subestação Paracatu 7 da Cemig. O acordo foi assinado no último dia 05, por meio da subsidiária Efficientia. Segundo a companhia, com a capacidade de geração de 30 MW

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da usina termelétrica da destilaria, a energia oriunda da biomassa será suficiente para abastecer 115 mil residências. O empreendimento tem conclusão prevista para agosto deste ano. (09.03.2009)

Tractebel Energia estuda participar do leilão de eólicas

A Tractebel Energia planeja participar do leilão de eólicas previsto para acontecer ainda este ano, com a expansão dos parques eólicos de Beberibe (CE, 25,6 MW) e de Pedra do Sal (PI, 18 MW). De acordo com o diretor presidente da empresa, Manoel Zaroni Torres, caso a companhia participe do leilão de eólicas, ela, provavelmente, entrará sozinha e não em consórcio. As eólicas de Beberibe e Pedra do Sal foram adquiridas pela GDF Suez, controladora da companhia, em junho do ano passado e repassadas por R$ 200 milhões à Tractebel Energia em dezembro do mesmo ano. As usinas tiveram toda a sua energia vendida para o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica e entraram em operação em 2008. Além das centrais eólicas, a GDF Suez deverá repassar para a Tractebel Energia, ainda este ano, a hidrelétrica de Estreito (MA/TO, 1087 MW). (16.03.2009)

Energisa avalia investir em geração eólica

A Energisa está avaliando entrar no segmento de geração eólica. A empresa já recebeu contatos de empreendedores interessados em fechar parceria com a holding, a fim de tê-la como sócia em usinas eólicas. Segundo o diretor financeiro e de Relações com Investidores da Energisa, Maurício Perez Botelho, os ativos em análise estão localizados na região Nordeste, região onde o potencial eólico é mais elevado.Os estudos têm como foco o leilão de energia eólica planejado pelo governo federal, mas a decisão ainda depende de uma série de variáveis. Outra oportunidade de negócios seria investir em pequenas centrais hidrelétricas. (17.03.2009)

Suez continuará a apostar nos grandes projetos hidrelétricos

Durante o Seminário 5 Anos do Novo Modelo, realizado nesta terça-feira (24) pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico, da Universidade Federal do Rio (Gesel/UFRJ), no Rio de Janeiro, o diretor de Novos Negócios da Suez, Gil Maranhão, declarou que a empresa - através de sua controlada no Brasil, a Tractebel - continuará a apostar nos grandes projetos hidrelétricos, mesmo com o cenário de incerteza gerado pela crise. Maranhão também criticou a existência de um número elevado de projetos de construção de usinas termelétricas e ressaltou que a vocação do Brasil é a energia hídrica. Gil Maranhão também declarou que dois geradores para a casa de força da usina hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, serão comprados com fornecedores do exterior, possivelmente chineses. (24.03.2009)

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5 - TERMOELÉTRICAS

5.1 - ENERGIA NUCLEAR

Ibama libera Angra 3 em caráter definitivo

O Ibama deverá conceder, entre hoje e amanhã, a licença de instalação da usina nuclear de Angra 3. A autarquia avaliou que a Eletronuclear cumpriu as 60 exigências contidas na licença prévia e decidiu autorizar a retomada das obras, paradas desde 1986. De acordo com o presidente do instituto, Roberto Messias Franco, ficará mantida a condicionante mais polêmica da análise feita pela autarquia: a usina só poderá entrar em operação, quando as obras forem concluídas, se tiver apresentado à época o projeto executivo para a construção de um depósito para armazenamento "definitivo" dos rejeitos atômicos. Pelo cronograma do governo, Angra 3 deverá iniciar suas operações em 2014. (04.03.2009)

Anunciada intenção de novas usinas nucleares

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, já anunciou a intenção de escolher a localização exata de pelo menos duas novas usinas nucleares no Nordeste. Também estão em estudo, mas de forma menos avançada, duas usinas no Sudeste. O mais provável é que as usinas nordestinas sejam construídas na faixa costeira entre Salvador e Recife. Os governos de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe demonstraram interesse em abrigar as futuras instalações, de acordo com Lobão. Minc é contra. "O meu desafio (no governo) é provar que podemos avançar na questão energética sem precisar de novas térmicas a carvão ou a óleo, que são o pior de tudo, nem usinas nucleares", afirmou. Para evitar que a matriz elétrica se expanda por esse caminho, o ministro disse que o meio ambiente deve fazer o licenciamento de hidrelétricas de forma "mais rápida e segura". (04.03.2009)

Ibama alivia exigências para Angra 3

O Ibama recuou na exigência de um depósito final para o lixo das usinas nucleares ao autorizar ontem a retomada da construção da usina de Angra 3, uma das obras do PAC a serem construídas integralmente com dinheiro público que foi interrompida nos anos 80. Em vez do início da construção de um depósito final até 2014, um depósito de "longo prazo" para os rejeitos deverá ter um projeto detalhado até a conclusão das obras da usina, segundo condição apresentada na licença. A Eletronuclear esclareceu que o início das obras depende ainda de uma licença da Prefeitura de Angra dos Reis e outra da CNEN, além do aval do TCU.Ao conceder a licença prévia à retomada das obras, em julho, o Ibama impôs mais de 60 condições, entre elas o início da construção de um depósito final para os rejeitos radioativos. Depois de usado na usina, o combustível nuclear à base de urânio continua emitindo radiação por milhares de anos. (05.03.2009)

Licença de construção deve sair na próxima semana

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A retomada das obras da usina nuclear de Angra 3 deve ser autorizada no início da próxima semana, de acordo com a CNEN. A autorização permitirá à Eletronuclear, responsável pelo empreendimento, continuar as obras, que foram paralisadas em 1986. A previsão é que a usina comece a operar em 2014 e demande investimentos da ordem de R$ 7,3 bilhões. (05.03.2009)

Depósito nuclear só em 2026

Os resíduos de combustível nuclear que serão gerados por Angra 3, no Rio de Janeiro, só serão armazenados em um depósito de longa duração a partir de 2026. Até lá, eles serão mantidos em piscinas de estocagem que serão construídas próximo à usina, prevista para entrar em operação em novembro de 2014. A informação é do assessor da presidência da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães. Segundo ele, o projeto para a construção do depósito já está sendo elaborado pela Cnen e deverá ser entregue no prazo de 180 dias estabelecido pelo Ibama. Está sendo estudada também a construção do Repositório Nacional de Rejeitos de Baixa e Média Atividades, que deverá entrar em funcionamento em 2018. (05.03.2009)

Licença da Cnen sai na próxima semana

A Cnen deve emitir a licença de construção para a usina de Angra 3 (1.350 MW) na próxima semana. A estatal está avaliando documentos relativos à segurança do empreendimento para dar ou não o aval. Na última quarta-feira (4/3), o Ibama emitiu a LI da unidade. O documento possui 44 condicionantes que devem ser cumpridas pela empresa para instalação da planta. A previsão é de que a usina entre em operação em 2013. A construção, que estava paralisada desde 1986, custará aproximadamente R$ 7,3 bilhões. (06.03.2009)

Geradores nucleares de Angra 1 começam a ser substituídos

A Eletronuclear realizou nesse sábado (14) a retirada do primeiro gerador a vapor da Usina Angra 1, para substituí-lo por um novo equipamento, mais moderno e seguro. O gerador irá para um depósito construído nas instalações da própria Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense. A mesma operação será realizada com o segundo gerador a vapor que funciona em Angra 1 desde o início de operação da usina. O engenheiro Ronaldo Cardoso, coordenador da obra, prevê que a segunda substituição ocorrerá em três dias, no máximo. (13.03.2009)

Brasil pode ter a 2ª maior reserva mundial de urânio

Estudos realizados pelo Instituto de IPEN, INB e órgãos do governo federal revelam que o Brasil pode ter a segunda maior reserva de urânio do mundo. A projeção viabilizaria a busca nacional pelo domínio da tecnologia de enriquecimento do urânio para que se possa gerar energia nuclear e também o combustível necessário para o submarino nuclear, projeto da Marinha. Enquanto isso, mais uma mina com potencial em urânio começará a ser explorada. A mina de Itataia, em Santa Quitéria (CE) é rica em fosfato, mas ainda não teve o urânio ali contido explorado. Ela agora será explorada pela empresa Galvani, em associação com a INB. (24.03.2009)

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5.2 - GÁS NATURAL

Expansão termelétrica se dará com usinas a gás, a biomassa e nucleares

Os leilões de grandes complexos hidrelétricos previstos para os próximos anos mostram a atual necessidade da expansão das termelétricas no país para amenizarem os riscos hidrológicos. Com a perspectiva de aumento da produção nacional de gás natural, as térmicas movidas a esse combustível tendem a ser maioria. Para o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da UFJR, Nivalde José de Castro, a expansão de energia termelétrica se dará com usinas a gás, a biomassa e nucleares. Ele acredita que as usinas a óleo que prevaleceram nos últimos leilões de energia perderão espaço. "A ampliação da oferta em energia térmica a biomassa, a gás e eventualmente a carvão é necessária ao país, que não pode ficar exposto ao risco hidrológico", diz Castro.

Gás capixaba para térmicas cariocas

A Petrobras pode abastecer as termelétricas do sul do estado do Rio de Janeiro com gás produzido na parte capixaba da Bacia de Campos. Com a conclusão da obra do Gasduc 3, o reforço na malha flexibilizará o fornecimento do energético para essas usinas. O gás produzido no Espírito Santo é tratado na unidade de tratamento de gás de Cacimbas. A UTGC processa gás nos campos terrestres do norte capixaba e dos campos offshore de Peroá, Cangoá, Golfinho, Canapú e Camarupim. Com a conclusão da obra do gasoduto sul/norte capixaba, a unidade também passará a receber o gás produzido no Parque das Baleias, no litoral sul do estado. (05.03.2009)

Lula afirma que tornar o país independente na produção de gás é prioridade

Em discurso na inauguração da UTGC, em Linhares, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que tornar o país independente na produção de gás natural foi uma decisão de governo tomada em reuniões com a Petrobras. Lula também anunciou que o mega-campo de Tupi, na região do pré-sal, começará a produzir o seu primeiro óleo em 1º de maio, com o início do TLD. O presidente Lula admitiu que a Petrobras chegou a pensar em adiar os investimentos previstos em seu Plano de Negócios em função da crise financeira internacional e da dificuldade de crédito, mas que partiu do próprio governo a determinação de investir o necessário para tocar os projetos em andamento. (06.03.2009)

Dilma destaca avanço do país na produção de gás natural

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou que a conclusão da segunda fase da UTCG, localizada na cidade de Linhares, mostra a capacidade do Brasil de planejar e executar grandes projetos e faz com que o setor de gás natural no Brasil atinja a sua maturidade. A ministra lembrou que isso só foi possível em razão da determinação dada pelo presidente Lula, quando da decisão do governo da Bolívia de reestatizar o setor de gás daquele país, de aumentar investimentos que levassem o país a ser autosuficiente também em gás natural. (06.03.2009)

Cenário pode aumentar operação de térmicas

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O cenário do mercado nacional de gás, com oferta crescente e demanda menor por conta da crise financeira, pode estimular o País a usar usinas térmicas movidas com este combustível este ano, disse o diretor geral do ONS, Hermes Chipp. Segundo Chipp, ainda não há definição clara de qual será a necessidade de acionamento das térmicas, mas seja qual for o volume de energia térmica gerada este ano será menor do que em 2008. Chipp lembrou que os reservatórios este ano estão mais cheios, mas nas primeiras semanas de março choveu pouco e isso pode fazer com que térmicas a gás sejam ligadas já em abril. (09.03.2009)

EPE prepara nota técnica propondo que térmicas a óleo operem com gás natural A EPE vai concluir em um mês uma nota técnica propondo um modelo em que as térmicas a óleo combustível vencedoras dos últimos leilões operem a gás natural. Segundo o presidente da empresa de pesquisa, Maurício Tolmasquim, a medida trará ganho ambiental, reduzirá o custo da energia e aumentará a segurança no transporte do combustível. Durante o Seminário "5 Anos do Novo Modelo: Realidade e Perspectivas para o Setor de Energia Elétrica", promovido pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (GESEL/UFRJ), Tolmasquim explicou que, do ponto de vista de contratação não haverá problemas, porque as térmicas já serão bicombustíveis. Além disso, o custo do combustível é repassado para o consumidor. O presidente da EPE disse ainda não se preocupar quanto à disponibilidade de gás natural para a operação dessas térmicas. Ele considera o energético proveniente dos terminais de GNL e dos futuros campos na camada do pré-sal. Quando estiver concluída, a nota técnica será apresentada ao MME, ao Ministério do Meio Ambiente e à Petrobras, responsável pelo fornecimento de óleo combustível e gás natural. "Já conversamos sobre o assunto com o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente), que se mostrou muito interessado", afirmou Tolmasquim. (23.03.2009)

5.2.1 – OFERTA DE GÁS NATURAL

Pólo Cacimbas produzirá até 18 milhões de metros cúbicos de gás no segundo semestre

Com a conclusão das obras da terceira fase, prevista para o segundo semestre deste ano, o Pólo Cacimbas, no Espírito Santo, terá capacidade para processar até 18 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural e 34 mil barris/dia de condensado de petróleo. A informação foi dada em Vitória pelo gerente-geral da Unidade de Negócios da Petrobras no estado, Márcio Félix. O executivo informou que os investimentos totais da Petrobras no Espírito Santo alcançarão R$ 34,4 bilhões até 2013, dos quais R$ 6 bilhões neste ano. Só no Pólo Cacimbas, até dezembro de 2008 foram investidos aproximadamente R$ 2,4 bilhões. (05.03.2009)

Gás natural deve ficar 7% mais barato em maio

O preço do gás natural terá uma redução de 7%, em média, em maio, como reflexo da redução do preço do petróleo e de seus derivados no mercado internacional. A previsão é da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços

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do Rio de Janeiro. Esta será a segunda redução do valor do gás natural, que em fevereiro caiu, em média, 9%. De acordo com a Secretaria ainda não há cálculo para a diminuição dos valores finais para indústria e nas bombas dos postos de combustível, o que depende também da margem aplicada na distribuição e dos impostos. (09.03.2009)

Queda na atividade econômica provoca redução no consumo de gás

A crise internacional, os preços altos na comparação com outros combustíveis e a queda do volume de energia gerado a partir de termelétricas contribuíram para reduzir o consumo de gás natural no Brasil nos três primeiros meses do ano. Na segunda-feira, o volume de gás consumido no Brasil foi de 46,2 milhões de metros cúbicos, abaixo da média de março do ano passado, que foi de 59,6 milhões de metros cúbicos. No total, a diferença entre o consumo de gás em março deste ano para o consumido no mesmo mês de 2008 está em cerca de 15 milhões de metros cúbicos, quando se coloca na conta a utilização do insumo para geração termelétrica. Maria das Graças, diretora de Gás e Energia da Petrobras, frisou que em março de 2008 a Petrobras disponibilizava cerca de 16 milhões de metros cúbicos diários de gás para as térmicas, enquanto na segunda-feira este despacho foi de 8,7 milhões de metros cúbicos. (18.03.2009)

Consumo de gás tem leve recuperação

O consumo de gás no Brasil teve uma "leve recuperação no mês de março", segundo disse nesta terça-feira a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Graça Foster. O consumo no país, que atingiu ontem 46,2 milhões de metros cúbicos por dia, está 21,8% menor do que no mesmo período no ano passado. Na área industrial, principal ponto de "preocupação", segundo a diretora, o consumo está 6,7 milhões de metros cúbicos menor do que no mesmo período em 2008. Em janeiro, esta diferença havia sido de 8,7 milhões de metros cúbicos diários e em fevereiro esta diferença caiu para 7,5 milhões de metros cúbicos. Já o consumo térmico, que em janeiro e fevereiro teve uma média de consumo de 5 milhões de metros cúbicos, superou os 8 milhões de metros cúbicos nos primeiros dias de março, volume equivalente a metade da média registrada em 2008. (18.03.2009)

ANP e Sindigás ainda veem queda de consumo por crise econômica

A crise global ainda está afetando o consumo de diesel e de GLP, dois termômetros da atividade econômica do país, segundo representantes da ANP e do Sindicato das Empresas Distribuidoras de Gás Singigás. Segundo a ANP, a demanda por diesel no Brasil está em descaleração desde o último trimestre do ano passado, em decorrência do agravamento da crise internacional. O superintendente da autarquia Édson Silva, informou que em outubro do ano passado o consumo nacional de diesel era de 4,1 bilhões de litros e passou para 3,6 bilhões em novembro e para 3,4 bilhões de litros no mês de dezembro.Em janeiro, a demanda de diesel no país caiu para 3,2 bilhões de litros e em fevereiro deve se aproximar ainda mais dos 3 bilhões de litros. (19.03.2009)

Indústria quer pagar menos pelo gás

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Indústrias de vários segmentos estão inconformadas com o preço do gás natural, que se descolou recentemente da cotação de outros derivados de petróleo, como o óleo combustível, e pediram intervenção do Ministério de Minas e Energia nas negociações com a Petrobras. Em fevereiro, o preço médio do gás estipulado pela estatal às distribuidoras alcançou US$ 8,70 por milhão de BTU. Para a Abrace, associação que reúne os grandes consumidores livres de energia, o valor tornou-se abusivo diante da queda do petróleo. Segundo a entidade, o custo do gás no "henry hub" estava em US$ 4,68 por milhão de BTU na média de fevereiro, quase metade da cotação brasileira. Enquanto isso, o óleo combustível nacional estava sendo vendido pela Petrobras a US$ 6,72 por milhão de BTU - ou 29% menos que o preço do gás. (24.03.2009)

Consumo de gás no Brasil cai para menor nível desde 2004

O consumo de gás natural do país caiu 34,5 % em fevereiro contra igual período do ano anterior, após já ter registrado recuo em janeiro, totalizando 33,4 milhões de metros cúbicos diários, informou a Abegás nesta quinta-feira. Comparado ao consumo de janeiro, a queda foi de 1,03 por cento.O menor despacho das usinas térmicas, devido a um período farto de chuvas, contribuiu para a queda de consumo, destacou a Abegás. Em fevereiro o setor elétrico registrou queda de 11,43 por cento no consumo contra janeiro, o maior entre os usuários de gás no país. O setor residencial ficou em segundo lugar em consumo na mesma comparação, com menos 4,55 por cento; e as indústrias tiveram queda de 1,96 por cento. (26.03.2009)

5.2.2 – PETROBRAS

Petrobrás procura por gás natural na Austrália e Indonésia

A Petrobras está procurando oportunidades para gás natural na região noroeste da Austrália e da Indonésia, a fim de expandir seus investimentos em energia na Ásia, informou a companhia nesta sexta-feira. A empresa reservou 16,8 bilhões de dólares para investimentos internacionais nos próximos cinco anos. A empresa tem expandido seu alcance através do aumento de exportação de petróleo para a China e da aquisição de uma refinaria no Japão. "A Ásia pode ser considerada uma nova fronteira para a Petrobras. A Ásia representa muitas oportunidades para a Petrobras, porque nós precisamos de gás e há gás no sudeste da Ásia", disse Simone Totti Davidovich, da E&P International Business da Petrobras. (27.02.2009)

Petrobras inicia testes com terminal de GNL do RJ em março

A Petrobras programou para a terceira semana de março o início dos testes do terminal de GNL da Baía de Guanabara, que terá capacidade para processar até 20 milhões de metros cúbicos por dia. Para abastecer o primeiro volume de GNL necessário para os testes, a Petrobras receberá por volta do dia 11 de março o navio Excellence, de 138 mil metros cúbicos, vindo de Trinidad e Tobago. Este é o segundo terminal de GNL da empresa, que já anunciou que fará uma terceira planta, ainda sem local definido. O objetivo da Petrobras com o GNL é garantir a operação de usinas termelétricas a gás natural no país durante os períodos de seca, quando os reservatórios das usinas hidrelétricas abaixam de nível e as térmicas são acionadas. (03.03.2009)

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Petrobras tem prejuízo de R$ 282 mi no setor de Gás & Energia em 2008

A Petrobras obteve prejuízo de R$ 282 milhões no segmento de gás e energia em 2008. O resultado é 80% inferior aos R$ 1,381 bilhão de prejuízo contabilizados em 2007. No quarto trimestre, o prejuízo ficou em R$ 25 milhões, o que representa redução de 95% em relação ao prejuízo de R$ 486 milhões registrado em igual período do ano anterior. No terceiro trimestre do ano passado, o prejuízo havia sido de R$ 98 milhões.De acordo com a estatal, a diminuição no prejuízo anual se deu, principalmente, em razão do aumento nas margens de comercialização de gás e energia elétrica, que foi influenciada por melhores preços e pelo acrécimo nos volumes de venda dos insumos. (06.03.2009)

Petrobras bate recorde de geração em 2008

A Petrobras bateu recorde de geração de energia elétrica no último ano, atingido a produção de 2.025 MW médios, resultado 253% acima da produção de 574 MW médios apurada em 2007. Além da maior oferta e logística de gás natural, também contribuíram o resultado as condições de armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas brasileiras. A petroleira destaca ainda o bom desempenho operacional 17 térmicas que compõem seu parque gerador, com capacidade instalada de 5.443 MW. No último ano, os investimentos no segmento somaram R$ 664 milhões, com destaque para inauguração da Termoaçu e conclusão das obras de conversão para bicombustíveis das usinas Sepé Tiaraju, TermoCeará e Barbosa Lima Sobrinho, que agora podem operar com óleo diesel e gás natural. (09.03.2009)

Petrobras e Ecopetrol vão explorar no Peru

A Petrobras e a estatal colombiana Ecopetrol firmaram acordo para avaliar oportunidades de negócios nas atividades de exploração e produção de petróleo e gás no Peru. Como parte do negócio, a Ecopetrol vai adquirir da Perupetro (Petrobras Energia del Peru ) participações em dois blocos exploratórios no território peruano, ambos localizados na região leste do país. A Ecopetrol afirmou que as aquisições ainda precisam ser aprovadas pelas autoridades peruanas. A empresa não informou quanto irá pagar pelas participações, mas adiantou que pretende investir US$ 6,22 bilhões este ano em exploração, aumento da produção e na aquisição de outras companhias, como parte de planos para aportar US$ 60 bilhões no período de 2008 a 2015. (18.03.2009)

Petrobras nega ter problemas com gás

A Petrobras garantiu, no sábado, que cumpre o contrato de compra de gás natural boliviano e que não recebeu nenhum questionamento "formal" sobre uma suposta violação do acordo. "A Petrobras está cumprindo rigorosamente com o acordo comercial e não recebeu da YPFB nenhum questionamento formal sobre o mencionado descumprimento do contrato de compra e venda de gás natural celebrado entre a Petrobras e a YPFB", informou a estatal em comunicado à imprensa. "A Petrobras informa que prevê consumo de volumes maiores de gás natural da Bolívia a partir das próximas semanas, por conta do início do período seco no País, ocasião em que cresce a geração de energia elétrica por parte das termoelétricas que utilizam gás natural", informou a Petrobras. (23.03.2009)

Petrobras se une a Sapporo em busca de novas energias

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A Petrobras anunciou hoje, ao lado da Ergostech e da japonesa Sapporo, o lançamento de um projeto conjunto no Brasil para extrair hidrogênio de sobras de biomassa e utilizá-lo depois como energia. Os resíduos agroindustriais contêm uma elevada quantidade de carboidratos, já que se trata de substâncias orgânicas resistentes ao calor. A utilização destes recursos atrai cada vez mais a atenção no campo energético, pois permite uma redução significativa dos gases causadores do efeito estufa e a geração de energia alternativa a partir de produtos não alimentícios. Com o projeto, a Sapporo, a Petrobras e a Ergostech pretendem dar lugar a uma energia mais limpa e reduzir também o custo de produção biohidrogênio, que por enquanto tem um preço similar ou até superior ao da gasolina. Segundo a Sapporo, com este projeto, as três entidades querem ajudar na luta contra a mudança climática e impulsionar as relações de amizade entre Brasil e Japão. (24.03.2009)

5.3 - OUTROS INSUMOS

Térmica Seival recebe aval do Ibama

O Ibama emitiu a licença de instalação para a térmica Seival (540 MW), que será instalada em Candiota, no Rio Grande do Sul. Orçada em US$ 850 milhões, a usina da Tractebel será movida a carvão e tem sua licença válida por cinco anos. A usina será destinada à geração de energia para exportação para o Uruguai. A empresa da GDF Suez adquiriu em outubro de 2007, por meio de sua controlada Delta Participações, a totalidade do capital social da Seival Participações. A operação envolveu R$ 24 milhões, dos quais R$ 500 mil foram pagos antecipadamente e R$ 4,5 milhões foram pagos dez dias após a data do fechamento do negócio. O projeto da térmica inclui ainda uma LT em 500 kV e uma subestação de 230kV, que será construída entre as usinas Seival e Candiota. (27.02.2009)

Energia do lixo ainda distante

Empresa norte-americana especializada na produção de energia elétrica a partir do lixo, a Covanta Energy vê o Brasil com grande potencial para o aproveitamento deste tipo de fonte energética. A empresa, contudo, ainda não considera lucrativo investir no país porque não há cobrança de impostos para eliminação de lixo. "Chegamos a participar de algumas concorrências promovidas pelo governo de São Paulo, mas as contas não fechavam, mesmo com a possibilidade de obtenção de crédito de carbono. Queremos que essa situação mude para investirmos no país", conta o diretor de Desenvolvimento de Negócios da companhia, Mitchel Gorski. Em São Paulo funcionam duas usinas que geram energia a partir do lixo - nos aterros São João e Bandeirante, num total de 44,8 MW. (27.02.2009)

Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul) é criada

Foi criada em fevereiro a Biosul - Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul. A entidade representará os produtores de etanol, açúcar e bioeletricidade do Estado, agregando as funções dos respectivos sindicatos, com os quais a Biosul terá

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em comum os Conselhos Deliberativos, Fiscais e Presidência-Executiva. Essa reestruturação institucional decorre de um novo momento que o setor experimenta no Estado, com a instalação de unidades e perspectiva de um importante crescimento nos próximos anos. Esse contexto renova os desafios da representação do setor sucroenergético, com crescentes demandas não só dos associados, mas também de interação com os poderes constituídos e com a sociedade civil como um todo. A Biosul nasce com 27 associadas, sendo 14 unidades em operação na safra 2008/2009 e 13 projetos em fase de implantação. (20.02.2009)

Única: PDE 2008-2017 projeta baixo potencial da bioeletricidade

A União da Indústria de Cana-de-açúcar avalia que o potencial considerado pelo PDE 2008-2017 é baixo, subestimado em relação à realidade do setor sucroenergético. Segundo o assessor de bioeletricidade da Unica, Zilmar José de Souza, o plano considera um acréscimo de 4.977 MW em dez anos, o que colocaria o segmento - em particular a dupla eólica/biomassa - no quarto lugar do ranking de capacidade instalada. No entanto, o executivo destaca que o montante não deixa claro se o potencial considera apenas a biomassa ou se é somado com a geração eólica. Nas contribuições abertas pela Aneel, a Unica e a Cogen-SP projetam para o mesmo período um potencial de exportação de 28 mil MW, aproximadamente. (06.03.2009)

Compagás no mercado de biogás

A Compagás está estudando a entrada no mercado de produção de biogás. A diretoria da empresa se reuniu ontem em Marechal Cândido Rondon, no Paraná, para discutir a formatação de um consórcio para o aproveitamento comercial do biogás proveniente de dejetos suínos.A empresa é apoiadora tecnológica do projeto de implantação de um condomínio de agroenergia para agricultura familiar, que visa recolher os dejetos suínos em um biodigestor e transportar para uma central que produzirá o biogás para a geração de energia elétrica. O projeto está na fase inicial e ainda não há previsão de quanto será investido e do potencial que será instalado. (13.03.2009)

Usina no Rio produz energia a partir de lixo orgânico e plástico

Uma solução comumente adotada em países europeus para o gerenciamento de resíduos começa a ganhar espaço no Brasil: a geração de energia a partir do lixo. Uma usina-piloto iniciou as operações no campus da UFRJ em 2005 e a empresa responsável pelo desenvolvimento da tecnologia, a Usina Verde, trabalha agora na realização de projetos em escala comercial para três prefeituras e uma indústria de grande porte. A tecnologia é vista como alternativa aos lixões e aterros. Segundo Luiz Carlos Malta, diretor da Usina Verde, o prazo estimado para a entrada em operação dos projetos em escala comercial é de dois anos. Os interessados são duas prefeituras e uma indústria de Santa Catarina e uma prefeitura do Nordeste - uma cláusula de confidencialidade impede a divulgação dos nomes. Os projetos em escala comercial serão feitos em módulos para operar com 150 toneladas de lixo por dia e geração de 3,3 MWh. (21.03.2009)

Paraná investe em biogás

A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) vai investir R$ 1 milhões na construção de uma planta para processamento de biogás no aterro sanitário do

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município de Cianorte. Os recursos devem ser financiados pela CEF. A ideia é utilizar a energia gerada pela planta no próprio aterro sanitário. A empresa pretende reduzir os impactos ambientais do aterro com o aproveitamento do gás metano. (20.03.2009)

Cosan cria companhia de energia e une-se a fundo para cogeração

O grupo Cosan está criando uma nova empresa, a Cosan Bionergia, para montar a maior companhia global geradora de energia a partir do bagaço de cana. O Valor apurou que essa nova empresa vai receber um aporte de R$ 500 milhões do Fundo de Investimento FI-FGTS, que já financia empreendimentos em infraestrutura - energia, transporte e saneamento no país. Os investimentos da Cosan em cogeração a partir do bagaço de cana deverão somar R$ 2 bilhões, dos quais boa parte já foi aplicada pelo grupo. Com o aporte, o fundo terá cerca de 20% de participação na Cosan Bioenergia e o grupo privado os outros 80%. Esse projeto colocará a Cosan como a maior companhia geradora de energia a partir da biomassa do mundo. Com faturamento da ordem de R$ 2,7 bilhões na safra 2007/08, o grupo deverá registrar um forte incremento na receita com a incorporação da Esso. (26.03.2009)