RELATÓRIO ANUAL 2018 - BNU Macau · RELATÓRIO ANUAL 2018 O rácio de crédito vencido aumentou...
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RELATÓRIO ANUAL 2018
ÍNDICE
ECONOMIA DE MACAU ........................................................................................ 5
PRINCIPAIS ACTIVIDADES DO BNU ................................................................... 7
Estrutura da Demonstração de Resultados ....................................................................... 9
Margem Financeira ..................................................................................................... 9
Outros Proveitos ......................................................................................................... 9
Produto Bancário ...................................................................................................... 10
Custos de Estrutura ......................................................................................................... 11
Provisões ........................................................................................................................ 11
Evolução do ROE, ROA e Rácio de Eficiência ................................................................ 12
Proposta de Aplicação de Resultados ............................................................................. 12
ESTRUTURA DO BALANÇO .......................................................................................... 13
Activos do Banco ...................................................................................................... 13
Passivos do Banco ................................................................................................... 14
Rácio de Solvabilidade .................................................................................................... 14
ACTIVIDADE ........................................................................................................ 16
Banca de Retalho ............................................................................................................ 16
Private Banking e Clientes Institucionais ......................................................................... 17
Banca de Empresas ........................................................................................................ 18
Banca de Empresas de Jogo e Hotelaria ........................................................................ 19
Agência de Hengqin ........................................................................................................ 19
Cartões ........................................................................................................................... 20
Banca Telefónica ............................................................................................................ 20
Organização e Sistemas ................................................................................................. 21
Marketing ........................................................................................................................ 22
Recursos Humanos ......................................................................................................... 26
Tesouraria ....................................................................................................................... 27
Organização e Procedimentos ........................................................................................ 27
Compliance ..................................................................................................................... 27
Auditoria .......................................................................................................................... 28
Controlo Financeiro e Desenvolvimento Corporativo ....................................................... 29
Operações ...................................................................................................................... 29
Compras e Logística ....................................................................................................... 30
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Gestão de Risco .............................................................................................................. 31
Gestão do Risco de Crédito ............................................................................................ 34
ÓRGÃOS SOCIAIS .............................................................................................. 35
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ................................................................... 37
ACCIONISTAS COM PARTICIPAÇÃO QUALIFICADA ...................................... 40
PARTICIPAÇÕES ................................................................................................ 40
PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS .................................................... 41
Informação Corporativa ................................................................................................... 41
Bases de Apresentação .................................................................................................. 41
Reconhecimento de Proveitos ......................................................................................... 41
Empréstimos e Adiantamentos a Clientes ....................................................................... 42
Carteira de Títulos e Acções ........................................................................................... 42
Provisões para Risco País .............................................................................................. 43
Instrumentos Financeiros Derivados Extrapatrimoniais ................................................... 43
Imóveis, Equipamento e Amortizações ............................................................................ 44
Locações ......................................................................................................................... 45
Imparidade ...................................................................................................................... 45
Imposto sobre os lucros .................................................................................................. 46
Moeda Estrangeira .......................................................................................................... 47
Benefícios dos Colaboradores ........................................................................................ 48
Provisões ........................................................................................................................ 48
Subsídios do Governo ..................................................................................................... 49
Caixa e Equivalentes de Caixa ........................................................................................ 49
PARECER DOS AUDITORES.............................................................................. 50
PARECER DO FISCAL ÚNICO ............................................................................ 51
CONTACTOS MAIS IMPORTANTES .................................................................. 52
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ECONOMIA DE MACAU
Em 2018, a economia da Região Administrativa Especial de Macau (“Macau” ou “RAE Macau”)
continuou a crescer, com o Produto Interno Bruto (PIB) a subir 4,7% em termos reais, mas a
um ritmo mais lento do que no ano anterior (9,1%). Esta tendência de desaceleração da
economia é ainda mais visível nas taxas trimestrais de crescimento do PIB; em termos reais
o crescimento homólogo de 2,1% no quarto trimestre de 2018 por comparação com um
crescimento de 9,3% no primeiro trimestre de 2018.
Tal deveu-se sobretudo a uma redução no número de grandes projectos de construção, o que
levou a uma diminuição de 22,5% no investimento em construção e a uma desaceleração das
exportações de serviços.
As receitas do jogo continuaram a sustentar o crescimento do PIB em 2018, com o sector do
jogo a representar 50% do PIB, 84% das receitas fiscais e cerca de 21% da força de trabalho.
Outras actividades, como a MICE (Reuniões, Incentivos, Conferências e Exposições) têm
desempenhado um papel progressivamente importante na economia de Macau. No entanto,
esta depende ainda muito de factores externos, como o número e montante dos gastos de
turistas provenientes essencialmente da China Continental e de Hong Kong. Em 2018 o
número total de visitantes aumentou 9,8%, atingindo 35,8 milhões.
O PIB real per capita atingiu 666.893 patacas e para o período de doze meses terminados em
31 de dezembro de 2018, o Governo da Região Administrativa Especial de Macau registou
um superavit financeiro de 53.872,7 milhões de patacas.
A taxa de desemprego geral, já de si baixa, voltou a cair para 1,8% no final de 2018,
comparada com 2,0% no final de 2017, confirmando a situação de pleno emprego de Macau
e mantendo a tendência ascendente das remunerações do emprego. A taxa de inflação
aumentou para 3,01% (1,23% em 2017).
Neste ambiente económico e apesar do abrandamento do crescimento da economia, o sector
bancário de Macau continuou a ter um desempenho estável e positivo em 2018.
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PRINCIPAIS ACTIVIDADES DO BNU
O Banco Nacional Ultramarino, S.A. (“BNU”) é uma subsidiária integralmente detida pela Caixa
Geral de Depósitos, S.A., um banco detido pelo estado com sede em Portugal (“CGD”) e
representa o Grupo CGD em Macau.
Actua como banco comercial e é, simultaneamente, um dos dois bancos com responsabilidade
pela emissão de moeda em Macau.
Em 2018, apesar de um sector bancário cada vez mais competitivo em Macau, o BNU
continuou a apresentar uma forte solvabilidade, liquidez e rentabilidade.
O crédito concedido registou um decréscimo de 5,8%, essencialmente devido a reembolsos
de empréstimos sindicados existentes. O crédito pessoal aumentou 9,3%, impulsionado
principalmente pelos empréstimos à habitação que aumentaram 14,9%.
Os depósitos de clientes e os custos de depósitos de clientes diminuíram como resultado de
uma política deliberada de redução do custo de fundos, através da diminuição de depósitos
com taxas de juros mais elevadas.
O rácio de transformação atingiu 68,7% em 2018 (2017: 60,4%).
A margem financeira aumentou 4,3% em 2018, principalmente devido à combinação do efeito
do aumento das taxas de juro do lado dos proveitos e da diminuição acima referida do custo
dos depósitos.
As comissões recebidas diminuíram 0,5%, devido à redução iniciada em meados de 2017,
das comissões da rede CUP. Esta redução não foi totalmente compensada pelo aumento das
comissões de bancassurance, vendas de fundos de investimento e de outras comissões de
venda cruzada, aumento este que é uma evidência clara da melhoria contínua da fidelização
dos clientes e da venda cruzada de produtos. Os custos com comissões também aumentaram
devido principalmente ao aumento dos custos com comissões de cartões de crédito.
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RELATÓRIO ANUAL 2018
O rácio de crédito vencido aumentou ligeiramente, de 0,95% em 2017 para 1,04% em 2018,
tendo a cobertura do crédito vencido há mais de 90 dias pelo total de provisões atingido
139,7% no final de 2018.
No final de 2018, o rácio de solvabilidade era de 19,8%.
O Resultado Líquido foi de 511,2 milhões de patacas em 2018, um decréscimo de 17,1% em
comparação com 2017. Esta redução deve-se principalmente ao facto de os lucros em 2017
incluírem resultados não recorrentes de 108,2 milhões de patacas relacionados com ganhos
extraordinários na venda de uma propriedade do Banco.
Adicionalmente, e na sequência da desaceleração verificada no crescimento económico, o
Banco tem vindo a adoptar uma política mais conservadora em termos de criação de
provisões.
Excluíndo os ganhos não recorrentes, os lucros do Banco em 2018 permaneceram
praticamente inalterados em comparação com 2017.
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Estrutura da Demonstração de Resultados
Margem Financeira
A margem financeira aumentou 4,3% em 2018, atingindo 804,5 milhões de Patacas (771,6
milhões de patacas em 2017).
Os juros e rendimentos similares diminuíram ligeiramente, pois o efeito preço, decorrente do
aumento das taxas de juro (subida das taxas HIBOR em termos tendenciais ao longo do ano
e aumento da HK Prime rate de 5,25% p.a. para 5,375% p.a. em Setembro de 2018), não
compensou a redução do crédito concedido.
No entanto, a já referida redução de juros pagos mais do que compensou a redução dos juros
recebidos.
Outros Proveitos
Os outros proveitos, que incluem também os resultados de operações financeiras, diminuíram
30,3% em 2018, totalizando 235,1 milhões de patacas, uma diminuição de 102,1, milhões de
patacas por comparação com 2017, devido aos ganhos não recorrentes de 108,2 milhões de
patacas na venda de uma propriedade do BNU, tal como referido anteriormente.
2018 2017 Absoluta Percentual
804.492 771.555 32.937 4,3
235.059 337.172 -102.113 -30,3
1.039.550 1.108.727 -69.177 -6,2
397.388 364.179 33.209 9,1
704.669 801.257 -96.588 -12,1
Resultado antes de Impostos e Provisões 642.163 744.548 -102.385 -13,8
Resultado Liquido 511.201 616.308 -105.107 -17,1
Cash Flow
Resumo da Demostraçao de Resultados
(em milhares de patacas)
VARIAÇÃO
Margem Financeira
Outros Proveitos
Produto Bancário
Custos Operacionais
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10 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2018
As variações das principais componentes de Outros Proveitos foram as seguintes:
Os resultados de operações financeiras registaram uma subida de 84,3%, devido
essencialmente ao efeito favorável das taxas de câmbio na reavaliação.
As comissões líquidas diminuíram 9,8% devido aos motivos já referidos: redução nas
comissões de acquiring nas ATM’s (rede CUP) e aumento dos custos em comissões de
cartões de crédito.
Os restantes outros proveitos diminuíram em 93,9% devido ao já referido ganho não
recorrente de 108,2 milhões em 2017, na venda de uma propriedade do Banco.
As comissões líquidas e os restantes outros proveitos representaram 66,2% de Outros
Proveitos em 2018 (2017: 88,9%) e os resultados de operações financeiras representaram
27,4% de Outros Proveitos (2017: 10,4%).
Produto Bancário
O produto bancário, que inclui a margem financeira e os outros proveitos, diminuiu 6,2%,
totalizando 1.039 milhões de patacas em 2018, um decréscimo de 69,2 milhões de patacas
em relação a 2017, ou seja, inferior ao referido ganho extraordinário e não recorrente em 2017
na venda de uma propriedade do banco, (MOP 108,2 milhões).
2018 2017
77,4 69,5
16,4 27,3
6,2 3,2
Estrutura do Produto Bancário(%)
22,6
30,5
30,5
Margem
Financeira
Comissões Liquidas
e outros Proveitos
Resultado em Operações
Financeiras
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11 BNU
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Custos de Estrutura
Os custos de estrutura aumentaram 33,2 milhões de patacas (9,1%) em 2018, totalizando
397,4 milhões de patacas, os quais incluem:
Custos com o Pessoal - aumentaram 5,0% para 216,7 milhões de patacas, reflectindo os
elevados custos de retenção de quadros qualificados num mercado laboral altamente
competitivo e de pleno emprego.
Gastos Gerais Administrativos - aumentaram 16,9% para 116,5 milhões de patacas,
principalmente devido ao arrendamento de uma nova agência na Universidade de Macau,
ao aumento geral de rendas das agências, às despesas com consultores relacionadas com
a implementação da norma IFRS 9 e do Common Reporting Standard, aumento das
despesas relacionadas com a melhoria dos planos de Continuidade de Negócio (Disaster
Recovery) e às obras de reparação originadas pelos estragos do tufão Mangkhut em
algumas agências do banco.
Depreciações e amortizações - aumentaram 10,2% para 62,5 milhões de patacas,
principalmente devido à aquisição e obras de uma nova agência (Flower City) e política de
continuado investimento em tecnologia.
Provisões
As provisões líquidas aumentaram 18,4 milhões de patacas para 57,2 milhões de patacas em
2018 em resultado da adopção de uma política mais conservadora face ao abrandamento do
crescimento económico.
No final de 2018, o crédito vencido há mais de 90 dias correspondia a 1,04% do total da
carteira de crédito (2017: 0,95%) e o rácio de cobertura do crédito vencido por provisões era
de 139,7% (2017: 147,6%).
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12 BNU
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Evolução do ROE, ROA e Rácio de Eficiência
Em 2018, a Rendibilidade do Capital Próprio (“ROE”) foi de 9,2% (2017: 11,5%), a
Rendibilidade do Activo (“ROA”) de 0,9% (o mesmo que em 2017) e o Rácio de Eficiência
(“Cost-to-income”) foi de 38,2% (32,8% em 2017).
No entanto, os valores ajustados para 2017, ou seja, excluíndo o ganho não recorrente de
2017 devido à referida venda de um imóvel do Banco, foram de 9,72%, 0,78% e 36,4%
respectivamente para o ROE, ROA e Rácio de Eficiência.
Proposta de Aplicação de Resultados
Nos termos legais e estatutários, a seguinte proposta de aplicação de resultados é submetida
para aprovação da Assembleia Geral Anual:
Para reserva legal, de acordo com o artigo 60o do Regime Jurídico do Sistema Financeiro do território de Macau: 102.240.230,36 patacas;
Para distribuição de dividendos aos acionistas: 255.600.575,89 patacas; e
Remanescente para reservas livres: 153.360.345,53 patacas.
2018 2017
9,2% 9,7%
0,9% 0,8%
38,2%36,4%
Evolução do ROE, ROA e Rácio de Eficiência
Rendibilidades dos
Capitais Próprios (ROE)
Rendibilidade do
Activo Líquido (ROA)
Rácio de Eficiência
(incluindo Amortizações)
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ESTRUTURA DO BALANÇO
Activos do Banco
Em 2018, a estrutura financeira do BNU manteve-se sólida, apresentando elevados níveis de
liquidez, rentabilidade, solvabilidade e eficiência.
A 31 de Dezembro de 2018, o total do activo era de 57.900 milhões de patacas, o que
representou um decréscimo de 13,1% face ao ano anterior. O total do crédito concedido,
líquido de provisões para crédito vencido, registou um decréscimo de 5,8% devido a
reembolsos de empréstimos sindicados, e totalizou 26.800 milhões de patacas, representando
46,3% do total dos activos (2017: 42,7%).
A carteira de obrigações representou 8,5% do total do activo com um saldo de 4.900 milhões
de patacas em 31 de dezembro de 2018, um decréscimo de 1,0% relativamente ao ano
anterior.
O total das aplicações interbancárias totalizou 10.800 milhões de patacas, um decréscimo de
42,3% quando comparado com 2017, ajustando-se à diminuição dos depósitos institucionais
no lado do passivo.
Estrutura do Activo 57.9 MM Patacas
%
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14 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2018
Passivos do Banco
Em 31 de Dezembro de 2018, o total dos depósitos de clientes atingiu 39.200 milhões de
patacas, o que corresponde a um decréscimo de 17,1% em relação ao exercício anterior,
como resultado da redução deliberada dos depósitos de clientes institucionais com taxas de
juro mais elevadas (-42,1%).
Os depósitos à ordem e de poupança representavam 63,3% dos depósitos totais (2017:
53,6%) e diminuíram 2,1% em 2018. Os depósitos a prazo representavam 36,7% dos
depósitos totais (2017: 46,3%) e diminuíram 33,6% em 2018 como resultado da política
anteriormente mencionada.
Como o Banco mantém um elevado nível de liquidez, toma emprestado um volume
relativamente pequeno de fundos no mercado interbancário e os montantes devidos a outros
bancos totalizaram 1.200 milhões de patacas em 2018, um decréscimo de 57,7% face a 2017,
representando apenas 2,0% do total do Passivo e Situação Liquida.
Rácio de Solvabilidade
No final de 2018, os Fundos Próprios totalizavam 6.009 milhões de patacas (2017: 6.316
milhões de patacas), uma redução essencialmente devida ao reembolso parcial de um
empréstimo subordinado. O rácio de solvabilidade, calculado de acordo com o Aviso "Rácio
de Solvabilidade" da AMCM (Aviso N.º 011/2015 de 7 de Outubro de 2015), atingiu 19,8% em
2018.
Estrutura do Passivo e Situação Liquida 57.9 MM Patacas
em %
Variação do Passivo e Situação Liquida 2017-2018
em %
Estrutura do Passivo e Situação Liquida 57.9 MM Patacas
em %
Variação do Passivo e Situação Liquida 2017-2018
em %
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15 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2018
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16 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2018
ACTIVIDADE
O BNU tem uma excelente imagem de mercado e uma marca forte, de reconhecimento
imediato por toda a população de Macau.
Em 2018, o Banco continuou a aproveitar as oportunidades decorrentes do crescimento, ainda
que a um menor ritmo, da economia de Macau, implementando estratégias para enfrentar o
futuro, desenvolvendo novos produtos e serviços e adquirindo novos clientes, preservando
simultâneamente a sua forte base de clientes já existente.
Além disso, através da recentemente criada agência de Hengqin, que começou a funcionar
em pleno no final de 2017, o BNU continua a promover e apoiar as relações entre a República
Popular da China e os Países de Língua Portuguesa, com especial destaque para a
internacionalização do Renminbi nestes Países.
A agência de Hengqin ajuda a satisfazer as necessidades dos empresários de Macau que
operam na região de Guangdong e também dos clientes que investem em imobiliário na China
Continental.
Tal como nos anos anteriores, em 2018 as estratégias do Banco continuaram a ser
implementadas através de vários Planos de Acção (PDA) com iniciativas diversas, com
impacto significativo na atividade do Banco no corrente ano e no futuro, definidos por divisões
e departamentos e impulsionados e monotorizados pelos responsáveis de equipa.
Banca de Retalho
A Banca de Retalho registou um desenvolvimento constante em 2018 com:
Um crescimento de dois dígitos nos empréstimos;
Uma base sólida no negócio de cross-selling;
Um desenvolvimento contínuo de novos produtos, como o “Plano de Poupança Garantida
a 3 Anos” e o “Fundo de Previdência Central não Obrigatório”, ambos lançados em 2018
em parceria com uma seguradora, e que aumentaram ainda mais a nossa geração de
proveitos;
Uma série de campanhas promocionais realizadas com sucesso ao longo do ano para
angariar novos clientes e aumentar ainda mais o negócio de cross-selling; e
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17 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2018
Um desenvolvimento contínuo da plataforma online do Banco com um número crescente
de clientes a realizarem transações online bem como um aumento do volume das
transacções realizadas através deste canal.
O projecto de optimização da rede de agências continuou durante todo o ano de 2018 com o
objectivo de melhorar ainda mais um serviço de qualidade para os nossos clientes. A agência
da Taipa (“Flower City”) foi transferida em Abril para uma localização próxima com uma nova
imagem inovadora e foi inaugurada em Outubro uma nova agência na Universidade de Macau
(UM) para a prestação de melhores serviços personalizados aos estudantes e funcionários da
UM. Para simplificar os processos internos e melhorar os serviços ao cliente, foi iniciado um
estudo para a introdução de um novo Sistema de Caixas (Teller System) cujo plano de
implementação terá início em 2019.
Private Banking e Clientes Institucionais
Em 2018, a rede de Private Banking e Clientes Institucionais continuou a concentrar-se no
desenvolvimento do negócio e na prestação de serviços de qualidade oferecendo aos clientes
uma variedade de soluções financeiras, tais como Fundos de Investimento, Serviços de
Custódia Financeira, Gestão Discricionária de Activos e outros produtos de Banca Privada
concebidos à medida das necessidades deste segmento de clientes.
Aproveitando também a extensa rede global do Grupo CGD, o BNU conseguiu receber e
oferecer cross-referrals de e para outros bancos do Grupo, proporcionando, desta forma, uma
cobertura adicional às necessidades financeiras e de negócios dos seus clientes.
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18 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2018
Banca de Empresas
Em 2018, a Direcção de Banca de Empresas do BNU continuou a servir os clientes
empresariais do sector das PMEs, que estão essencialmente sediados em Macau,
desempenhando também um papel activo no apoio e coordenação de serviços e produtos de
cross-selling aos clientes das restantes Divisões Comerciais do BNU.
O foco principal desta Direcção é a promoção de serviços financeiros para PMEs
estabelecidas localmente, um mercado com um enorme potencial, com ênfase nos projetos
na “Grande Baía”, e com outras áreas interessantes em termos de penetração de mercado,
tais como a indústria da construção.
Como resultado de uma participação activa em projectos organizados pelo Governo da RAE
de Macau, várias associações e câmaras de comércio, o BNU conseguiu também aumentar
a sua base de clientes e aumentar as suas receitas.
Para melhorar ainda mais a prestação de serviços neste mercado em constante mudança, o
BNU:
a) lançou um cartão para atendimento prioritário de empresas ao balcão com vista a
melhorar a eficiência dos serviços prestados a clientes empresariais; e
b) melhorou os seus serviços de pagamento electrónico ao introduzir o WeChat Pay e o UPI
QR Code para os seus clientes comerciantes.
Esperam-se mais desenvolvimentos nos serviços de pagamento electrónico e nos serviços de
internet acquiring em 2019.
Além disso, como instituição responsável e solidária que é, no rescaldo do super tufão
Mangkhut, o BNU demonstrou, como habitualmente, o seu compromisso para com a
comunidade local, oferecendo serviços bancários atempados e personalizados aos clientes
afectados por este desastre.
Com um crescente interesse dos empresários locais em explorarem oportunidades de negócio
com Portugal e com os Países de Língua Portuguesa (“PLP”), esta Direcção mantém um
contacto estreito com a CGD e outros Bancos do Grupo CGD através do International Desk
para prestar serviços rápidos e profissionais na conclusão de oportunidades de negócio.
Em relação ao crescente interesse e potencial do conceito da “Grande Baía”, esta Direcção
continuará a cooperar com as autoridades locais para oferecer apoio aos clientes do BNU.
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19 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2018
Banca de Empresas de Jogo e Hotelaria
O foco desta Direcção é o fornecimento de produtos e serviços bancários abrangentes aos
sectores do Jogo e Hotelaria (“JeH”) e aos departamentos governamentais da RAE Macau.
Promoções intensivas para estes setores resultaram em oportunidades comerciais
encorajadoras tanto em termos de serviços, como de cross-selling.
A receita bruta do sector do jogo em Macau registou um aumento de dois dígitos em 2018,
com o número de turistas e a ocupação hoteleira a apresentarem igualmente um bom
crescimento. Através da prestação de serviços bancários de alta qualidade e da preservação
de relações estreitas com o sector do JeH, o BNU aumentou o seu negócio e quota de
mercado em diversas áreas de serviços bancários, tais como máquinas ATM’s, terminais de
máquinas NRT, número de estabelecimentos comerciais com cartões de crédito e serviços de
acquiring nos principais hotéis em 2018. Novos projetos cooperativos e oportunidades de
negócio estão em estudo com os principais intervenientes do sector do (“JeH”).
Para cooperar com a iniciativa do Governo de Macau no “Plano Quinquenal de Serviços
Digitais”, vários projectos digitais com departamentos governamentais foram e serão
concluídos em 2018 e 2019, respectivamente. Estes projectos, além de simplificarem os
processos de trabalho com uma maior eficiência, precisão e comodidade para os cidadãos de
Macau, promovem também a imagem corporativa positiva do BNU como um dos dois bancos
emissores de moeda em Macau e como “Agente da Caixa do Tesouro” para o Governo de
Macau.
Agência de Hengqin
Com o objectivo de apoiar o desenvolvimento e o investimento das empresas e residentes de
Macau na China Continental, bem como promover o comércio e o investimento entre a
República Popular da China (“RPC”) e os Países de Língua Portuguesa (“PLP”), onde o Grupo
CGD possui uma forte presença, a Agência de Hengqin foi formalmente inaugurada em 18 de
Janeiro de 2017, sendo o BNU pioneiro entre os bancos sedeados em Macau na criação de
uma agência neste distrito económico especial da China.
Seguindo a missão inicialmente definida, a Agência de Hengqin envolve-se activamente com
promotores imobiliários em Hengqin e empresários de Macau na promoção de relações de
cooperação, apoiando os residentes de Macau em aquisições imobiliárias e no financiamento
de projectos em Hengqin e concedendo também empréstimos para fundo de maneio a
empresários de Macau para apoiar o cash flow operacional das suas empresas.
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20 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2018
Por último, mas não menos importante, sendo a única agência do sector bancário de Macau
a operar em Hengqin, esta Agência do BNU também contribui continuamente com
comentários e sugestões ao governo local para facilitar os desenvolvimentos na “Área da
Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau”.
Cartões
Durante o ano de 2018 e com vista a preservar e desenvolver ainda mais a imagem inovadora
do Banco no mercado, o Centro de Cartões do BNU trabalhou em vários projetos de métodos
de pagamento avançados, tais como o QR Code, canais com tecnologia contactless e
pagamentos móveis.
Com a crescente popularidade dos pagamentos digitais e a sua maturidade nos mercados
vizinhos, o Banco tomou a iniciativa de adoptar esta nova estratégia para continuar a aumentar
a sua competitividade no negócio de emissão de cartões. O pagamento móvel por QR Code
UnionPay foi implementado para facilitar de forma ilimitada os pagamentos dos clientes na
“Área da Grande Baía”. O cartão de crédito UnionPay do BNU também foi melhorado para
permitir o pagamento de parques de com tecnologia contactless. Para diminuir o tempo de
pagamento, iniciou-se um novo projeto de desenvolvimento de cartões contactless tendo já
sido emitido o Visa payWave, com tecnologia contactless.
Quanto aos serviços de acquiring e para ampliar os canais de aceitação de pagamento dos
estabelecimentos comerciais de forma a acomodar o enorme aumento de visitantes da China
Continental, foi também implementado o pagamento móvel por QR Code da UnionPay e
através da parceria, o serviço comercial foi também melhorado com a função WeChat Pay.
Em 2019, o Banco continuará a aperfeiçoar os seus serviços de cartões, tanto para os titulares
de cartões como para os comerciantes, com benefícios adicionais e funcionalidades
avançadas, com ênfase em melhorias tecnológicas de pagamento digital, visando oferecer
mais opções de serviços de qualidade aos estimados clientes do Banco.
Banca Telefónica
Foi também um grande ano de desenvolvimento contínuo nos serviços prestados pelo Call
Center do BNU, que tiveram especialmente em conta a importância das redes sociais no
mercado actual, como foi o caso da conta oficial do BNU no WeChat. Mesmo com a
comodidade adicional das novas plataformas, o Call Center continuou a melhorar a qualidade
das chamadas e do serviço prestado pelos funcionários do Call Center. Com este objetivo foi
introduzido um Programa de Revisão de Chamadas no início de 2018.
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RELATÓRIO ANUAL 2018
Este programa provou ser uma ferramenta muito útil para a monitorização de chamadas e
para o controlo de qualidade, permitindo que os supervisores revejam as ligações telefónicas
e façam comentários e orientações úteis para melhorar o serviço.
Entretanto, o Call Center também se concentrou na concretização de um grande número de
chamadas para apoiar o Projeto de Supervisão Consolidada do Banco, e no desenvolvimento
de um extenso trabalho de telemarketing para ajudar os clientes a receberem, de forma rápida,
informações sobre as mais recentes campanhas promocionais.
Os clientes costumam elogiar a Banca Online do BNU como sendo a aplicação mais amiga
do utilizador no mercado. Mesmo assim, o Banco continua a procurar novas oportunidades de
melhoria.
Para melhorar a experiência dos nossos clientes, foi lançada uma nova App BNU para
telemóvel que não só é mais amiga do utilizador como também disponibiliza os mais recentes
recursos de segurança, tais como token de software e reconhecimento facial. Para lidar com
esta tendência de mobilidade, o Call Center continuará a desenvolver os esforços para
melhorar a oferta de um óptimo serviço que os clientes apreciam bastante.
Organização e Sistemas
O Banco continuou a investir fortemente em tecnologia para acompanhar os requisitos
tecnológicos cada vez mais exigentes dos seus clientes. A App BNU foi lançada com métodos
de login mais seguros para manter as atividades online dos clientes seguras.
Estão agora disponíveis online, informações sobre a situação das filas para que os clientes
não percam tempo à espera nas agências. Também estão a ser instalados novos terminais
multifunções que aceitam depósitos em dinheiro, levantamentos e impressão de cadernetas
para evitar filas nas agências.
Para melhorar adicionalmente o serviço ao cliente, o BNU introduziu cartões com tecnologia
contactless, incluíndo também dispositivos equipados com esta tecnologia permitindo assim
que os clientes do BNU aproveitem a rapidez, simplicidade e segurança dos pagamentos
contactless.
Para acompanhar a tendência digital, o Banco tem várias iniciativas tecnológicas em larga
escala, para transformar outros serviços bancários tradicionais, num serviço online sempre
acessível, que incluem a reformulação dos serviços bancários online para empresas e
particulares, o lançamento de locação financeira e um novo sistema avançado de caixas (teller
system) nas agências.
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RELATÓRIO ANUAL 2018
O Banco tem ainda vários outros projetos em curso com grandes empresas e o sector público
para plataformas de pagamento online. Todas estas iniciativas para melhor servir os clientes
do BNU, deverão ser lançadas em 2019.
Em linha com todas estas novas iniciativas, o Banco tem também investido na actualização
contínua das infraestruturas na área de Informática e Tecnologia, melhorando o desempenho,
a funcionalidade, a capacidade de expansão e a eficiência da rede para suportar o
crescimento contínuo dos negócios.
Marketing
O ano de 2018 revelou-se um ano empolgante de crescimento contínuo, marcado pela
abertura de duas novas agências, pelo lançamento de novos meios de pagamento e por um
envolvimento acrescido com a comunidade de Macau.
Com a transferência da agência de Flower City e a abertura da agência da Universidade de
Macau (“UM”), o BNU inovou em termos de design e conveniência para os seus clientes e o
público em geral. Construídas com o objetivo de prestar um serviço ainda melhor aos clientes,
as novas agências têm um ambiente de alta tecnologia, mantendo, ao mesmo tempo o
conforto e a acessibilidade.
Com a sua agência na UM, o BNU poderá também optimizar os serviços bancários à
comunidade, proporcionando mais serviços e opções para o público, funcionários e
estudantes da UM, destacando-se em particular, o serviço bancário “Advantage” adaptado
aos funcionários da UM.
Com a sua experiência internacional, o BNU ajudará a UM no desenvolvimento e condução
de programas universitários, de cooperação e intercâmbio entre a China Continental e os
Países de Língua Portuguesa.
O ano ficou igualmente marcado pelo lançamento da App BNU no primeiro semestre de 2018,
melhorando a experiência do cliente numa aplicação que centraliza um conjunto de serviços
bancários. O objetivo é fortalecer continuamente a App BNU com mais e melhores serviços,
motivo pelo qual uma nova versão, que oferece um maior nível de segurança mediante
diferentes tipos de acesso: palavra-passe, impressão digital e reconhecimento facial, já foi
introduzida logo após o lançamento.
No segundo semestre de 2018, pagamentos eletrónicos inovadores permitiram que os nossos
clientes comerciantes começassem a receber pagamentos via QR Code da UnionPay e
WeChat, cumprindo a promessa de estarmos mais próximos das PMEs.
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RELATÓRIO ANUAL 2018
Além disso, ao longo do ano, foram lançadas várias campanhas de cartões de débito e crédito
com melhores benefícios tanto para os novos aderentes como para os titulares de cartões já
existentes, permitindo ao BNU manter a sua interessante quota de mercado no negócio de
Cartões:
A campanha de Verão no cartão AMEX “Compre 1 Bilhete de Ida e Volta no TurboJET e
receba outro Grátis”
Promoção Visa “Asia Miles”: “10.000 Milhas de Boas-vindas “Asia Miles”.
Campanhas UnionPay: “Promoção de Cupão New Yaohan”, “3 x Pontos de Bonificação
em Alimentos e Bebidas”” e “Aplicar+Usar+Obter”.
Promoção conjunta com a MGM: “Vales para alimentos e bebidas com desconto”.
Promoção conjunta com a Torre de Macau: “15% desconto| 3 Restaurantes | Macao Tower
International Fireworks”.
Também no negócio de Cartões, o BNU começou a usar a tecnologia Contactless. Os cartões
VISA foram os primeiros a obter o símbolo Contactless e, desta forma, podem ser utilizados
em todo o mundo como um método de pagamento rápido e fácil.
Em termos de Bancassurance, e no âmbito da atividade de mediação de seguros, o BNU
desenvolveu um vasto leque de iniciativas destinadas a alargar a oferta de serviços aos seus
clientes, destacando-se os seguintes:
Campanha de promoção do plano Educação Garantida.
Lançamento de 2 séries de Poupança Garantida 3 anos.
Campanha de Seguro de Proteção do Lar.
Lançamento do Fundo de Previdência Central (“FPC”).
Plano de Protecção Hipoteca Sobre Bens Imóveis - Taxa de Juro tão baixa quanto Prime
rate -3,45%.
Campanha de Seguro de Viagem - Férias do Natal.
Como parte das soluções financeiras do dia-a-dia e para além das referidas campanhas de
cartões, serviços digitais e oferta alargada de seguros, os clientes foram abordados também
proactivamente, e de forma complementar, com diferentes soluções financeiras, adequadas
ao seu perfil de vida e financeiro, tais como produtos de depósitos a prazo, negociação de
acções e fundos de investimento.
Na área do crédito, o foco principal do BNU continuou a ser o crédito hipotecário, tendo
lançado a “First Property Mortgage” (Financiamento hipotecário da Primeira Propriedade), em
linha com a estratégia do governo de facilitar a aquisicão da primeira habitação pelos jovens
de Macau.
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RELATÓRIO ANUAL 2018
Adicionalmente, e de forma a apoiar através de donativos as PMEs e particulares afectados
pelo tufão Mangkhut, o BNU lançou rapidamente após o tufão um programa de empréstimo
de apoio às pequenas e médias empresas e particulares afectados.
Por último, mas não menos importante, as ferramentas internas de gestão de clientes (CRM,
Customer Relationships) para clientes particulares e empresas foram melhoradas com avisos
enviados a clientes particulares e empresas informando-os de eventos relacionados com o
seu relacionamento com o Banco, tais como cartas e SMS sobre contas inactivas e o uso de
cartões de crédito e datas de pagamento.
A dedicão do BNU em fornecer os mais altos níveis de qualidade de serviço e satisfação do
cliente num ambiente excepcionalmente competitivo continua a ser reconhecido pela indústria
financeira e o Banco recebeu vários prémios pelo seu compromisso duradouro e inabalável
para com os seus clientes, stakeholders e a comunidade, tais como:
- “O Melhor Banco em Responsabilidade Social - Macau” e “Melhor Banco de Retalho” –
Macau” pela International Finance Magazine, pelo 4º ano consecutivo; e
- “Banco Mais Inovador em 2018” pela The European Magazine.
RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA
O BNU continuou a acompanhar de perto o bem-estar e as necessidades da comunidade local
e tem participado activamente e contribuído para o desenvolvimento harmonioso da sociedade
de Macau. Em 2018, o BNU financiou mais de 60 projectos de instituições de solidariedade
social, universidades e associações locais, nomeadamente:
1. Ajuda aos necessitados em parceria com as principais instituições de solidariedade social locais
Contribuiu com uma percentagem dos gastos efetuados pelos clientes em cartões de
crédito de afinidade BNU Tung Sin Tong para actividades de carácter solidário;
Visitou o “Centro de Santa Margarida da Caritas”; e
Doou para o Programa do Cabaz de Alimentos da Santa Casa da Misericórdia de Macau.
2. Apoio ao sistema educativo
Doou, pelo quarto ano consecutivo, no âmbito do acordo de 10 anos de patrocínio global
de 10,6 milhões de patacas, para a criação de um fundo de doação na Fundação de
Desenvolvimento da Universidade de Macau, com o objetivo de apoiar tanto o ensino
como a investigação académica de um professor catedrático;
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RELATÓRIO ANUAL 2018
Contribuiu com uma percentagem dos gastos efetuados através dos seus cartões de
crédito affinity para a Universidade de Macau, Instituto de Estudos de Turismo, Instituto
Politécnico de Macau e Instituto de Gestão de Macau e para instituições de
solidariedade social com fins de educação e investigação;
Ofereceu bolsas de estudo anuais à Universidade de Macau, Instituto de Estudos de
Turismo, Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, Universidade de São José e
Instituto de Gestão de Macau; e
Patrocinou workshops no Campus das PMEs organizado pela Associação Industrial e
Comercial de Macau onde representantes do BNU partilharam experiências e
conhecimentos sobre o sector financeiro com os estudantes.
3. Desenvolvimento e promoção da língua portuguesa
Patrocinou as comemorações de 10 de Junho no âmbito da celebração do Dia de
Portugal organizado pelo Consulado de Portugal para Macau e Hong Kong;
Patrocinou o Programa de Verão de Língua Portuguesa da Universidade de Macau; e
Patrocinou a Escola Portuguesa de Macau (EPM) pelo seu 20º aniversário, a Viagem
de Verão dos Alunos (fim do curso) e o “Pal Portugal”, (Programa de Melhoria da
Língua em Portugal).
4. Apoio a actividades culturais e desportivas
Patrocinou a exposição de pintura dos Países de Língua Portuguesa no Clube Militar de Macau;
Patrocinou o dia dos amigos e desporto do CESL Ásia; e
Participou em vários eventos desportivos solidários, incluíndo a Marcha de Caridade
do Fundo de Caridade organizada pelo Macao Daily News.
DESK INTERNACIONAL
A cooperação empresarial com outras instituições do Grupo CGD, Países de Língua
Portuguesa (“PLP”), Macau e a China Continental está a evoluir de forma constante através
de indicações e referências intragrupo, participações em seminários organizados pelo
Governo e visitas oficiais de altos quadros dos PLP. O Desk Internacional desempenha
funções de comunicação e coordenação na canalização de negócios de empresas de e para
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RELATÓRIO ANUAL 2018
os PLP com Macau e a China e para a liquidação de operações de trade finance denominadas
em Renminbi.
Foi assinado um novo protocolo entre o BNU e a sua casa mãe CGD com o objectivo de
reforçar a cooperação entre os dois bancos e utilizar a rede global da CGD para promover
referências cruzadas de negócios individuais, empresariais, financeiros e institucionais,
apoiando assim o papel da RAE de Macau na criação de uma plataforma cooperativa para o
comércio e negócios entre a China Continental e os PLP (Países de Língua Portuguesa).
Através do seu Desk Internacional e da Direção da Banca de Empresas, o BNU também
promoveu activamente o Banco como um interveniente-chave na ponte entre os negócios
sino-portugueses, realizando apresentações em seminários e participando em vários eventos.
Recursos Humanos
Mais esforços foram concentrados no recrutamento de pessoal devido à taxa de desemprego
extremamente baixa (1,7%) e à elevada taxa de rotação de pessoal em Macau, praticamente
uma economia de pleno emprego.
Para reforçar as vantagens de recrutamento do BNU entre as novas gerações, o Banco
participou num roadshow de carreiras organizado por universidades locais. O Banco também
cooperou com universidades locais, com o IFF (Instituto de Formação Financeira) e com a
DSEJ (Direcção de Serviços de Educação e Juventude) na oferta de oportunidades de estágio
para estudantes universitários.
De forma a potenciar as oportunidades de desenvolvimento de carreira dos seus
colaboradores, a rotação entre departamentos continuou a ser um pilar essencial da gestão
de RH baseado nos requisitos funcionais e no perfil de competências e aspirações dos
colaboradores.
Foram organizados cursos de formação internos e externos com vista a melhorar o
conhecimento dos colaboradores. O Programa de Orientação para Colaboradores foi também
revisto para proporcionar um conhecimento mais aprofundado e alargado de novos
colaboradores após admissão no BNU. Foram igualmente organizados cursos de formação
em Sensibilização para a Segurança, Plano de Continuidade do Negócio e Compliance para
dar resposta aos requisitos das autoridades reguladoras.
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27 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2018
Tesouraria
Em 2018, o mercado monetário interbancário e as taxas de câmbio foram altamente
influenciados pelas subidas da taxa de juro da moeda americana (100 pontos no total), pela
guerra comercial EUA/China e pelo Brexit. A liquidez de Hong Kong também diminuiu e a sua
taxa de câmbio em relação ao dólar americano subiu para perto do valor limite da banda.
As primeiras Obrigações Corporate denominadas em patacas foram lançadas em Macau. O
emitente foi o Bank of China e o BNU participou com 300 milhões de patacas no montante
total da emissão de 3.000 milhões de patacas.
A Tesouraria continuou a concentrar-se na carteira de títulos, mas com uma duração mais
curta e essencialmente com taxas variáveis flutuantes.
Organização e Procedimentos
Em 2018, o Departamento de Organização e Procedimentos (“ORGAP”) continuou a colaborar
com todos os outros departamentos e direcções no desenvolvimento e revisão periódico de
diversas normas e procedimentos que implementam os padrões globais da CGD com vista à
contínua actualização em termos de requisitos regulatórios e de compliance.
Além desta actualização continuada de normas e procedimentos ao longo do ano, a ORGAP
também desempenhou o papel de project manager dos seguintes projectos:
Otimização de processos através do Projecto Eficiência das Agências;
Análise da diminuição dos tempos de resposta dos principais processos operacionais
e de negócio para optimizar o serviço aos clientes e identificar oportunidades de
melhoria;
Gestão Anual de Continuidade dos Negócios; e
Arquivo Central Fase II; e
Common Reporting Standard (CRS): remediação e elaboração de relatórios.
Compliance
O Departamento de Compliance continuou a assegurar a coordenação da gestão global do
risco de compliance no BNU e a salvaguarda da implementação adequada de todos os
procedimentos adoptados pelo Banco para prevenir o Branqueamento de Capitais e o
Financiamento do Terrorismo. Através da realização das seguintes iniciativas chave em 2018,
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28 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2018
o Departamento de Compliance continuou a reforçar e fortalecer a adesão aos requisitos
legais e regulatórios e a promover acções que contribuam para uma cultura organizacional de
compliance apoiada nos mais elevados padrões de ética e integridade:
Monitorização, avaliação, aconselhamento e auditoria de risco de compliance;
Monitorização e triagem de transacções;
Supervisão das práticas de realização de negócios em termos de compliance;
Monitorização do Código de Conduta e da Política de Prevenção e Gestão de Conflitos
de Interesses; e
Formação a todos os colaboradores do Banco sobre o Código de Conduta, Prevenção
do Branqueamento de Capitais e do Financiamento ao Terrorismo e de requisitos de
compliance.
Auditoria
Em 2018, o Departamento de Auditoria Interna continuou a fornecer uma avaliação
independente e objectiva, exercendo também funções de consultoria com o objectivo de
ajudar o Banco a alcançar os seus objectivos, através da avaliação e melhoria da eficácia dos
processos de gestão de riscos, sistemas de controlo e de governação mediante uma
abordagem sistemática e disciplinada.
Os principais trabalhos realizados podem ser classificados em:
Acções de Auditoria (tanto programadas como não programadas);
Auditoria Contínua;
Investigações (especialmente em casos de fraude e phishing)
Teste de Controlo de Macro-Processos; e
Emissão de pareceres sobre regras, directrizes e projectos bancários internos do ponto
de vista do controlo interno, bem como a participação em diversas comissões de
segurança, incluíndo o CSBE (Comité de Segurança da Banca Electrónica) e o GSSI
(Grupo de Segurança de Sistemas de Informação).
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RELATÓRIO ANUAL 2018
Controlo Financeiro e Desenvolvimento Corporativo
Em 2018, a Direcção de Controlo Financeiro e Desenvolvimento Corporativo (“DIFCC”)
continuou a assegurar a elaboração das demonstrações financeiras e contabilísticas do
Banco, de acordo com as Normas do Reporte Financeiro emitidas pela RAE de Macau e o
Rporte regular à Autoridade de Supervisão (AMCM) e à CGD, de forma atempada e exacta.
A DIFCC esteve também envolvida na elaboração do orçamento e na análise e reporte à
Comissão Executiva e à CGD dos seus desvios e justificações de forma a acompanhar e
monitorizar o desempenho e avaliar o progresso na realização dos objectivos financeiros do
Banco.
A DIFCC apoiou também a elaboração de análises de custo-benefício de vários projectos e
de potenciais oportunidades de negócios e diferentes estudos e análises de apoio às áreas
comerciais.
Operações
Em 2018, a Direção de Operações (DIOPE) concluiu todos os testes exigidos pela AMCM
para a 2ª fase do Sistema de Liquidação Automática de Cheques (CCAS) a fim de ser possível
a utilização de QR codes para Cashier Orders e Cheques Oferta. Serão lançados no mercado
no início de 2019.
A maioria dos grandes clientes institucionais e empresas acedeu a enviar ficheiros digitais
para pagamento automático de salários, o que ajudou a melhorar o fluxo de trabalho do
pagamento na Área de Apoio Operacional. Para agilizar ainda mais o fluxo de trabalho desta
Área, foi solicitada à equipa da área de informática e tecnologia a criação de uma plataforma
de sistema para todas as remessas, a fim de evitar lançamentos redundantes pela DIOPE.
No 3º trimestre de 2018, todos os documentos de Trade Finance foram arquivados através do
nosso Sistema de Arquivo Central que padroniza o arquivo destes documentos.
Para proteger ainda mais o Banco de ataques cibernéticos, implementou-se a 2FA
(autenticação por dois factores) no Sistema Swift e a “Versão 7.2” foi também actualizada.
Estes dois elementos irão promover uma segurança ainda maior e mais eficaz do sistema
Swift.
No âmbito da atualização contínua dos Planos de Continuidade (Disaster Recovery) foi
também implementado um serviço de backup (Swift Alliance Lifeline in our Disaster Site), para
prevenir a interrupção dos serviços Swift no caso de ocorrer um desastre no edifício principal
do Banco.
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RELATÓRIO ANUAL 2018
Em 2018, durante o tufão Manghkut, a Tesouraria Central do BNU apoiou também as outras
agências, substituíndo rapidamente as notas danificadas nas caixas ATM’s de forma a que os
clientes do BNU não fossem impedidos de efectuar levantamentos.
Compras e Logística
Esta área apoia o Banco principalmente nas seguintes áreas:
PROCA - Centraliza a aquisição de bens, serviços, compras, arrendamento e venda
de instalações para os diferentes departamentos do BNU, em articulação também com
a CGD quando necessário.
ALPAG - Trata de toda a logística e facturação para o Banco, incluíndo transporte geral,
recepção e envio de correio.
ARSCA – Centraliza a digitalização e o Arquivo, assegurando também o cumprimento
dos requisitos de conservação de registos do Governo de Macau e da AMCM.
GESTI - Trata das instalações e edifícios do BNU, assegurando manutenções
preventivas e correctivas, reparações e apoio técnico, bem como a gestão dos
projectos de todas as remodelações e decorações, incluíndo a das agências.
A Área do PECON monitoriza também a segurança do Banco em termos de controlo de
acessos, manutenção e gestão de sistemas de segurança, ajudando igualmente os
departamentos, se os registos de CCTV necessitarem de ser visualizados e gere a distribuição
de artigos de papelaria e formulários para todos os diferentes departamentos e agências.
De entre as diversas atividades especiais desenvolvidas na PECON em 2018, destacam-se
as seguintes:
Realização do concurso para selecção dos serviços de arquitectura, desenho,
renovação e compra de mobiliário, equipamento e decoração para as novas Agências
Flower City (transferência AGTAI) e Agência da Universidade de Macau.
Coordenar com diferentes fornecedores e empreiteiros de forma a retomar a
actividade das agências afectadas durante o tufão Mangkhut.
Apoiar na aquisição de novas máquinas de contagem de notas para 20 agências
através da realização de testes com diferentes fornecedores para selecionar o melhor
modelo e atualização do software para a nova série das Notas de Hong Kong.
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RELATÓRIO ANUAL 2018
Apoiar a aquisição de novas máquinas ATM e MFM em substituição das antigas.
Realização do concurso para a selecção do Novo Sistema de Atendimento para a
agência Flower City.
Tratamento das propostas recebidas para o novo site do BNU, substituição do antigo
sistema HP Blade, SAN Storage e do sistema CCTV.
Conclusão de vários projectos de Arquivo.
Apoio na supervisão de obras de remodelação nas agências atingidas pelo tufão.
Gestão de Risco
Os principais desenvolvimentos em 2018 nas áreas geridas pela Direção de Gestão de Risco
foram:
RISCO DE CRÉDITO E CONCENTRAÇÃO
Para ter um controlo mais profundo da carteira de crédito, dois novos indicadores foram
introduzidos:
Clientes em Dificuldades Financeiras (“ICDF”) e Crédito reestruturado devido a Dificuldades
Financeiras de Clientes (“RDF”). Além disso, foi igualmente realizada uma avaliação da
qualidade do crédito concedido pelas áreas comerciais no âmbito das suas competências.
Uma nova política para crédito à habitação a Jovens Adultos Elegíveis e compradores pela
primeira vez foi também implementada de acordo com as diretrizes da AMCM. Foram também
controlados e avaliados os limites para NPE (Non-Performing Exposures), NPL (Non-
performing Loans), Custo do Risco e Cobertura de Imparidades de NPE e limites de crédito
por produtos e sectores económicos de actividade.
RISCOS DE MERCADO E CAMBIAL
Dando continuação ao trabalho desenvolvido em anos anteriores, a Posição Cambial
continuou a ser controlada diariamente através da avaliação dos respectivos limites por moeda,
valor de mercado e valor em risco (Value At Risk - VAR). O risco de mercado é controlado
diariamente pela avaliação das carteiras de Tesouraria através do seu valor de mercado e
valor em risco.
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RELATÓRIO ANUAL 2018
Os limites diários de monitorização do VAR da Carteira de Negociação Prudencial, da Posição
Cambial e do Valor Líquido Absoluto Total de Exposição ao Risco Cambial também foram
controlados e revistos.
RISCO DE TAXA DE JURO
Continuando o trabalho desenvolvido nos anos anteriores, as seguintes análises foram
igualmente efectuadas:
a) Avaliação do impacto na Margem Financeira Líquida e nos Fundos Próprios de um
aumento paralelo de 200 pontos base nas taxas de juro;
b) A Duração do “Gap”; e
c) Análise de Sensibilidade do Valor Económico do Capital em situações de aumentos e
diminuições paralelos nas taxas de juro de 50, 100 e 200 pontos base.
Os limites do Impacto na Margem Financeira (choque paralelo de 200 pontos base), do
Impacto nos Fundos Próprios (choque paralelo de 200 pontos base), do Valor Económico do
Capital Próprio em Risco e do Impacto nos Resultados do Gap acumulado de 12 meses
(Repricing Gap), também foram monitorizados e revistos.
RISCO DE LIQUIDEZ, FINANCIAMENTO, SOLVABILIDADE E CONCENTRAÇÃO
O desfasamento entre activos e passivos continuou a ser avaliado e controlado em termos
dos Gaps contratuais e estruturais, assim como os limites estabelecidos para os Rácios de
Liquidez e os limites de liquidez por moedas. Realizaram-se Stress Tests trimestralmente para
analisar melhor a evolução dos cash flows num período de um ano.
Adicionalmente, para cumprir com o quadro regulamentar de Risco da CGD, foi implementado
o Mecanismo Único de Supervisão (MUS) diário e o exercício do (MUS) anual foi realizado
durante uma semana conforme exigido pelo Banco Central Europeu (“BCE”).
Todos os limites de liquidez foram revistos e alguns foram ajustados de acordo com a situação
do Banco, tais como o Rácio de Cobertura de Liquidez, Rácio de Financiamento Estável
Líquido, Colateral Disponível para o Financiamento do Banco Central Local, Diversificação de
Passivos, Stock de Activos Líquidos, Limites internos de liquidez e limites para o
Desfasamento de Vencimentos e Stress Tests.
Relativamente à Solvabilidade, os limites definidos foram avaliados e revistos, incluíndo o
Rácio de Capital Total, Requisitos de Fundos Próprios para Risco de Crédito e Rácio de
Alavancagem.
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RELATÓRIO ANUAL 2018
RISCO OPERACIONAL
Em 2018, foi executado o fluxo normal de tarefas, nomeadamente, Registo de Eventos,
Principais Indicadores de Risco e Macro-processos. Todos os Principais Indicadores de Risco
foram revistos e avaliados para todas as unidades do BNU com o apoio destas.
O evento mais importante em 2018 resultou do tufão Mangkhut em Setembro que afectou
algumas Agências do BNU e, por isso, estes eventos foram registados em termos de Risco
Operacional. Os procedimentos foram implementados com sucesso e as Agências ficaram
completamente operacionais após dois dias. Também foram reclamados os respectivos
montantes de perdas às Companhias de Seguros.
Levou-se a cabo um exercício global, conforme estabelecido no Plano de Continuidade de
Negócios (“PCN”), com um cenário adverso de inundações em torno do 1,5m a 2m, para testar
as novas medidas e acções tomadas, tendo depois sido efectuado um relatório sobre este
exercício global de crise.
Foi igualmente publicada uma política relacionada com Planos de Acção e todos os
procedimentos e políticas foram revistos e actualizados, assim como o manual.
RISCO REPUTACIONAL, DE NEGÓCIOS E ESTRATÉGICO
Em termos do Risco Reputacional, foi analisado o número e o tipo de reclamações dos
clientes. As sugestões e os elogios feitos pelos clientes foram tomados em consideração na
Comissão de Qualidade de Serviço ao Cliente (CSQS). Além disso, foram também incluidos
os comentários das áreas e outras acções para reclamações idênticas nos procedimentos
para a CSQC.
Os limites relativos ao Risco de Negócio e Estratégico foram também avaliados e revistos,
nomeadamente o ROE, ROA e Rácio de Eficiência.
RISCO PAÍS E SOBERANO
Em 2018, os limites relacionados com o Risco Soberano, Duração da Carteira de Obrigações
Soberanas, Exposição ao Risco Soberano Nacional e Exposição à Dívida Soberana foram
monitorizados e revistos.
O Banco criou e implementou um novo modelo para avaliar o risco País individual que
substituiu os modelos anteriores de limites definidos por grupo de países com o mesmo nível
de risco.
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RELATÓRIO ANUAL 2018
Foram também realizados Stress Tests trimestrais para determinar o montante adequado de
provisões para os países. Além disso, a atribuição de códigos de país também foi revista para
clientes de acordo com o seu estatuto em termos de devedores finais.
OUTROS
Foi também implementado um novo modelo para o cálculo da imparidade de acordo com a
nova norma IFRS9, incluindo no cálculo da imparidade a carteira de crédito do BNU Hengqin,
Obrigações, Certificados de Depósito, Aplicações no Mercado Interbancário e Bilhetes do
Tesouro.
Em relação ao Modelo de risco, também foram revistos o Modelo de Scoring de Empréstimos
à Habitação e as Estatísticas do Modelo Scoring de Crédito.
Foi igualmente realizada uma avaliação de risco de todos os novos produtos e serviços
disponibilizados aos nossos clientes.
Esta avaliação foi feita na perspectiva do cliente e do Banco e foram levados em consideração
vários tipos de riscos.
Gestão do Risco de Crédito
O Banco continuou a melhorar a sua avaliação do risco de crédito, identificando também sinais
de alerta de forma a minimizar as perdas inesperadas nas operações de crédito.
Em 2019, serão lançados diferentes projectos para adicionalmente aumentar a qualidade e
eficiência na avaliação e gestão de crédito.
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35 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2018
ÓRGÃOS SOCIAIS
Mesa da Assembleia Geral
Presidente: Joaquim Jorge Perestrelo Neto Valente
Vice-Presidente: Liu Chak Wan
Conselho de Administração
Presidente: CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.,
representada por José João Guilherme
Vice-Presidente: Carlos Manuel Sobral Cid da Costa Álvares desde 26 de Junho de 2018
Pedro Manuel de Oliveira Cardoso até 20 de Junho de 2018
Administradores: Tou Kei San
Tse See Fan Paul
Ieong Kim Man desde 31 de Maio de 2018
João Paulo Tudela Martins desde 31 de Maio 2018
Vítor Fernando Guerreiro do Rosário desde 17 de Agosto de 2018
Francisco Ravara Cary desde 18 de Dezembro de 2018 Leandro Rodrigues da Graça Silva até 31 de Agosto de 2018
Alberto Manuel Sarmento Azevedo Soares até 31 de Março de 2018
Armando Mata dos Santos até 31 de Maio de 2018
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36 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2018
Comissão Executiva
Presidente: Carlos Manuel Sobral Cid da Costa Álvares desde 26 de Junho de 2018
Pedro Manuel de Oliveira Cardoso até 20 de Junho de 2018
Membros: Tou Kei San
Ieong Kim Man desde 31 de Maio de 2018
Vítor Fernando Guerreiro do Rosário desde 17 de Agosto de 2018 Leandro Rodrigues da Graça Silva até 31 de Agosto de 2018
Fiscal Único CSC & ASSOCIADOS – SOCIEDADE DE AUDITORES representado por Chui Sai Cheong
Secretário da Sociedade Pedro Afonso Correia Branco
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37 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2018
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A.
BALANÇO ANUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018
MOP
Caixa 2.003.518.218,92 0,00 2.003.518.218,92
Depósitos na AMCM 750.474.874,82 0,00 750.474.874,82
Certificados de Dívida do Governo
de Macau8.994.676.991,67 0,00 8.994.676.991,67
Valores a Cobrar 91.337.894,88 0,00 91.337.894,88
Depósitos à Ordem Noutras Instituições
de Crédito No Território563.023.465,08 0,00 563.023.465,08
Depósitos à Ordem no Exterior 523.326.010.96 0,00 523.326.010,96
Ouro e Prata 0.00 0,00 0,00
Outros Valores 2.306.198,30 0,00 2.306.198,30
Crédito Concedido 26.910.891.319,79 98.046.754,33 26.812.844.565,46
Aplicações em Instituições de Crédito
no Território4.653.000.000,00 0,00 4.653.000.000,00
Depósitos com Pré-Aviso e a Prazo
no Exterior6.199.673.780,88 0,00 6.199.673.780,88
Acções, Obrigações e Quotas 4.952.699.856,66 0,00 4.952.699.856,66
Aplicações de Recursos Consignados 0,00 0,00 0,00
Devedores 177.694.816,85 0,00 177.694.816,85
Outras Aplicações 0,00 0,00 0,00
Participações Financeiras 8.944.781,44 0,00 8.944.781,44
Imóveis 2.023.209.263,60 104.545.456,66 1.918.663.806,94
Equipamento 157.967.131,09 115.669.986,71 42.297.144,38
Custos Plurienais 106.807.998,01 77.742.446,40 29.065.551,61
Despesas de Instalação 0,00 0,00 0,00
Imobilizações em Curso 0,00 0,00 0,00
Outros Valores Imobilizados 1.833.731,65 0,00 1.833.731,65
Contas Internas e de Regularização 192.920.857,52 0,00 192.920.857,52
Total 58.314.307.192,12 396.004.644,10 57.918.302.548,02
Activo Activo Bruto
Provisoes
Amortizações
e Menos-ValiasActivo Líquido
-
38 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2018
BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A.
BALANÇO ANUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018
MOP
MOP
Notas em Circulação 9.252.275.890,00
Depósitos a Ordem 18.748.932.376,97
Depósitos C/ Pré-Aviso 0,00
Depósitos a Prazo 9.122.291.106,34 27.871.223.483,31
Depósitos do Sector Publico 11.286.340.705,07
Recursos de Instituições de Crédito no Território 257.383.560,43
Recursos de Outras Entidades Locais 0,00
Empréstimos em Moedas Externas 907.298.005,78
Credores por Recursos Consignados 0,00
Cheques e Ordens a Pagar 1.876.956,17
Credores 220.878.546,21
Exigibilidades Diversas 126.082.906,95 12.799.860.680,61
Contas Internas e de Regularização 545.748.348,37
Provisões para Riscos Diversos 295.213.096,65
Capital 2.000.000.000,00
Outras Reservas 4.642.779.897,30 6.642.779.897,30
Resultados Transitados de Exercícios Anteriores 0,00
Resultado do Exercício 511.201.151,78
Total 57.918.302.548,02
Passivo Sub- Totais Total
Valores Recebidos em Depósito 695.071.278,07
Valores Recebidos para Cobrança 0,00
Valores Recebidos em Caução 411.059.830.158,90
Garantias e Avales Prestados 2.672.711.068,36
Créditos Abertos 4.955.797,78
Aceites em Circulação 0,00
Depósitos de valores mobiliários 5.646.480,00
Compras a Prazo 0,00
Vendas a Prazo 0,00
Outras Contas Extrapatrimoniais 19.232.366.609,90
Dos Quais. Tesouro Publico-Conta Corrente 1.171.798.869.92
Contas Extrapatrimoniais Montante
-
39 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2018
BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A.
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018
MOP
CONTA DE LUCROS E PERDAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018
MOP
Responsável Pela Contabilidade
Cecilia Kou
Presidente da Comissão Executiva
Carlos Manuel Sobral Cid da Costa Álvares
Prejuízo de Exploração 0,00 Lucros de Exploração 554.172.376,99
Perdas Relativas a Exercícios
Anteriores159.246.721,17
Lucros Relativos a Exercícios
Anteriores28.844.845,13
Perdas Excepcionais 0,00 Lucros Excepcionais 0,00
Dotações para Impostos Sobre
Lucros do Exercício71.816.070,34 Provisões Utilizadas 159.246.721,17
Resultado do Exercício
(Se Positivo)511.201.151,78
Resultado do Exercício
(Se Negativo)0,00
Total 742.263.943,29 Total 742.263.943,29
Crédito MontanteDébito Montante
Custos de Operações Passivas 431.543.732,99 Proveitos de Operações Activas 1.236.035.260,88
Custos Com Pessoal 216.676.834,88 Proveitos de Serviços Bancários 321.232.780,61
Dois Quais:
Remunerações dos Órgãos
de Gestão e Fiscalização
9.820.801,90Proveitos de Outras Operações
Bancárias83.838.142,82
Remunerações de Empregados 181.905.442,62Rendimentos de Títulos de
Crédito e de Participações Financeiras1.061.426,24
Encargos Sociais 22.155.943,87 Outros Proveitos Bancários 21.997.587,42
Outros Custos Com Pessoal 2.794.646,49 Rendimento não bancário 6.101.377,79
Fornecimentos de Terceiros 12.550.053,48 Prejuízos de Exploração 0,00
Serviços de Terceiros 103.981.362,79
Outros Custos Bancários 203.920.252,32
Impostos 1.672.633,26
Custos Inorgânicos 4.575.781,46
Dotações Para Amortizações 62.506.726,70
Dotações Para Provisões 78.666.820,89
Lucros de Exploração 554.172.376,99
Total 1.670.266.575,76 Total 1.670.266.575,76
Débito Montante Crédito Montante
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40 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2018
ACCIONISTAS COM PARTICIPAÇÃO QUALIFICADA
Nos termos do Regime Jurídico do Sistema Financeiro de Macau, participação qualificada é
aquela que, por forma direta ou indireta, representa, pelo menos, 10% ou mais do capital ou
dos direitos de voto da instituição participada ou que, por qualquer outro modo, confere a
possibilidade de exercer uma influência significativa na gestão da mesma.
Accionistas com participação qualificada:
Caixa Geral de Depósitos, S.A. ----------------------- 99,425 %
PARTICIPAÇÕES
Lista das instituições em que o Banco Nacional Ultramarino, S.A. detém participação superior
a 5% do respectivo capital social ou superior a 5% dos seus fundos próprios, com indicação
do respectivo valor percentual:
Nada consta.
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41 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2018
PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
Informação Corporativa
O Banco Nacional Ultramarino, S.A. (“BNU” ou o “Banco”) é uma sociedade de
responsabilidade limitada por acções constituída na Região Administrativa Especial de Macau
(“RAEM”) e é um banco autorizado a exercer a sua actividade ao abrigo das leis da RAEM e
regulado pelas regras emitidas pela Autoridade Monetária de Macau (“AMCM”). O Banco tem
sede na Av. Almeida Ribeiro, N.º 22, Macau.
A principal actividade do Banco é a prestação de serviços bancários e financeiros em Macau
ao abrigo dos regulamentos da AMCM. A empresa-mãe e a única empresa detentora final do
Banco é a Caixa Geral de Depósitos, S.A. (“CGD”), um banco público com sede em Portugal
e uma sociedade anónima de responsabilidade limitada cujas acções apenas podem ser
detidas pelo Estado Português.
Bases de Apresentação
Estas demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o Decreto-Lei Número
32/93M, de 5 de Julho (a “Lei”), e com as Normas de Reporte Financeiro promulgadas pela
RAE de Macau (“Normas de Reporte Financeiro de Macau”).
Estas demonstrações financeiras foram preparadas com base na convenção de custo
histórico, com excepção de terrenos e imóveis, que são avaliados ao justo valor. Estas
demonstrações financeiras são apresentadas em patacas de Macau (“MOP”), a moeda
funcional do Banco. Todos os montantes apresentados foram arredondados à MOP mais
próxima excepto quando indicado de outra forma.
Reconhecimento de Proveitos
Os proveitos são reconhecidos quando é provável que os benefícios económicos ingressem
no Banco e quando os proveitos possam ser mensurados de forma confiável, de acordo com
os seguintes critérios:
a) Os proveitos com juros são reconhecidos na demonstração de resultados à medida
que são gerados diariamente, excepto nos casos de crédito vencido em que são
creditados numa conta extrapatrimonial e não são reconhecidos na demonstração de
resultados.
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42 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2018
Por crédito vencido entendem-se os empréstimos e adiantamentos a clientes vencidos
e não pagos há mais de 3 meses. Os juros de crédito vencido se, subsequentemente
recuperados, são directamente creditados em proveito.
b) Os proveitos de serviços e comissões são reconhecidos quando os serviços são
prestados.
c) Os dividendos são reconhecidos em resultados quando for atribuído o direito ao seu recebimento.
Empréstimos e Adiantamentos a Clientes
Os empréstimos e adiantamentos a clientes (crédito a clientes) são contabilizados no balanço
deduzidos das provisões específicas e genéricas para perdas de imparidade. São constituídas
provisões específicas para crédito a clientes se houver dúvidas quanto à recuperação final do
respectivo capital ou juros. As provisões específicas são feitas de forma a reduzir os
montantes contabilizados dos valores de empréstimos e adiantamentos, líquidos de garantias,
até ao valor que se espera que seja realizável, de acordo com a análise efectuada das
potenciais perdas nesses créditos. É constituída uma provisão genérica de 1% para perdas
em todos os empréstimos e adiantamentos a clientes e em passivos contingentes. As
provisões são estabelecidas de acordo com os requisitos exigidos pela AMCM e estão
baseadas em estimativas dos orgãos responsáveis do Banco que são revistas
periodicamente.
Os empréstimos e adiantamentos e as provisões associadas são abatidos quando não há
perspectivas realistas de recuperação e todas as garantias foram executadas ou foram
transferidas para o Banco.
Carteira de Títulos e Acções
Os investimentos em valores mobiliários cotados e não cotados são reconhecidos pelo preço
de custo deduzido de perdas de imparidade identificadas.
Os investimentos em títulos de dívida são reconhecidos pelo seu custo amortizado deduzido
de perdas por imparidade identificadas.
O Banco avalia no final de cada período de reporte se existe evidência objectiva de que um
investimento ou grupo de investimentos esteja em imparidade. Sempre que existam
indicações objetivas de imparidade, o montante da perda por imparidade é calculado como a
diferença entre o valor do balanço do activo e o montante considerado recuperável, sendo
esta diferença reconhecida na conta de resultados. As perdas por imparidade são anuladas
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43 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2018
através da conta de resultados (mas unicamente até ao valor que o activo teria se a imparidade
não tivesse sido reconhecida), quando um aumento do valor recuperável do activo possa ser
objectivamente atribuído a algum facto ocorrido em data posterior ao reconhecimento da perda
por imparidade na conta de resultados.
Provisões para Risco País
São contabilizadas provisões para exposições transfronteiriças de acordo com os requisitos
exigidos pela AMCM.
Instrumentos Financeiros Derivados Extrapatrimoniais
Os instrumentos financeiros derivados, incluindo swaps de taxa de juro, contratos cambiais a
prazo e swaps cambiais são utilizados principalmente para cobertura das exposições do
Banco às taxas de juro e riscos cambiais resultantes da sua actividade operacional, financeira
e de investimento.
Os juros resultantes de instrumentos financeiros derivados de taxas de juros são reconhecidos
na demonstração de resultados como juros e proveitos equiparados e juros e custos
equiparados. Os ganhos ou perdas decorrentes da liquidação de instrumentos financeiros
derivados em moeda estrangeira são reconhecidos como ganhos ou perdas no período em
que ocorrem. Os instrumentos financeiros derivados são registados em rubricas
extrapatrimoniais.
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44 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2018
Imóveis, Equipamento e Amortizações
Os imóveis e equipamento, que não imóveis em construção, são reconhecidos pelo custo ou
avaliação deduzido de amortizações acumuladas e eventuais perdas por imparidade. O custo
dos imóveis e equipamento compreende o preço de compra e todos os custos directamente
atribuíveis para colocar o bem em condições e no local de utilização para o uso pretendido.
As despesas incorridas após a entrada em funcionamento de imóveis e equipamentos, tais
como reparações e manutenções, são normalmente debitadas na conta de resultados no
período em que ocorrem. Em situações em que os critérios de reconhecimento forem
satisfeitos, as despesas de uma grande inspecção são capitalizadas ao valor de balanço do
activo. Quando partes significativas de imóveis e equipamentos têm que ser substituídas
periodicamente, o Banco reconhece estas partes como activos individuais com vidas úteis
específicas e amortiza-las em conformidade.
Terrenos e edifícios são avaliados ao justo valor deduzido das respectivas amortizações
acumuladas e de perdas por imparidade.
As avaliações são realizadas com frequência suficiente para garantir que o justo valor de um
activo reavaliado não difira materialmente do seu valor de balanço. Qualquer excedente ou
défice de reavaliação é contabilizado como um movimento na reserva de reavaliação do
activo. Se o total desta reserva for insuficiente para cobrir um défice, calculado individualmente
por activo, o excesso do défice é imputado à conta de resultados. Qualquer excedente de
reavaliação subsequente é creditado na conta de resultados na medida do défice
anteriormente debitado. Na alienação de um activo reavaliado, a parte relevante da reserva
de reavaliação de activos realizada relativamente a avaliações anteriores é transferido para
lucros retidos como um movimento nas reservas.
Com excepção dos terrenos próprios, a amortização é calculada linearmente de forma a
abater o custo de cada imóvel e equipamento pelo seu valor residual ao longo da vida útil
estimada. As principais taxas anuais utilizadas para este fim são as seguintes:
Terrenos próprios: Sem amortização
Imóveis próprios: 2%
Terrenos e imóveis arrendados: O menor entre o prazo de arrendamento e 2%
Melhorias em imóveis próprios e arrendados e software: entre 2% to 33⅓%
Equipamentos de escritório, móveis e decoração: entre 10% e 50%
Um imóvel ou equipamento, incluíndo qualquer parte significativa inicialmente reconhecida, é
desreconhecido após a alienação ou quando nenhum benefício económico futuro é esperado
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45 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2018
do seu uso ou alienação. Qualquer ganho ou perda na alienação ou baixa contabilizado na
conta de resultados no exercício em que o activo é desreconhecido é a diferença entre o
produto líquido da venda e o respectivo valor de balanço.
Imóveis em construção representam edifícios em construção que são contabilizados ao custo
deduzido de eventuais perdas por imparidade e não são amortizados. Custo inclui os custos
directos da construção e os custos capitalizados de financiamento de empréstimos associados
durante o período de construção. Os imóveis em construção são reclassificados para a
categoria adequada de imóveis e equipamento quando concluídos e prontos para utilização.
Locações
A determinação se um acordo é, ou contém, um contrato de locação, baseia-se na substância
do acordo e requer uma avaliação se o cumprimento do acordo depende da utilização de um
bem específico e se o acordo transmite o direito de uso do activo.
Os contratos de locação são classificados como locações financeiras sempre que os termos
da locação transfiram para o Banco substancialmente todas as recompensas e riscos
inerentes à propriedade locada. Todos as outras locações são classificadas como locações
operacionais.
Os pagamentos de locações operacionais, líquidos de quaisquer incentivos recebidos do
locador são reconhecidos como custo na conta de resultados de forma linear ao longo do
período de locação.
Os pagamentos de locações que não podem ser alocados de forma fiável entre terrenos e
edifícios são incluídos no custo do terreno e dos imóveis como locação financeira em imóveis
e equipamento.
Os pagamentos de arrendamentos que não podem ser alocados de forma fiável entre terrenos
e edifícios são incluídos no custo do terreno e dos imóveis como arrendamento financeiro em
imóveis e equipamento.
Imparidade
O Banco avalia no final de cada período de reporte se existe alguma indicação de que um
activo possa ter uma perda por imparidade. Se tal indicação existir, o Banco efectua uma
estimativa do valor recuperável do activo.
Uma perda por imparidade é reconhecida na conta de resultados sempre que o valor de
balanço de um bem excede o valor recuperável. A perda por imparidade é anulada se houver
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46 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2018
uma alteração favorável das estimativas utilizadas para determinar o valor recuperável. Uma
anulação da perda por imparidade é limitada ao valor de balanço que o activo teria se
nenhuma perda por imparidade tivesse sido reconhecida em exercícios anteriores. A anulação
da perda por imparidade é creditada na conta de resultados no exercício em que ocorre.
Imposto sobre os lucros
O Imposto sobre lucros inclui os impostos correntes e diferidos. O
Imposto sobre lucros relativo a itens reconhecidos fora da conta de
resultados é reconhecido fora da conta de resultados.
Os activos e passivos fiscais correntes para os períodos corrente
e anteriores são calculados pelo valor que se espera recuperar ou pagar à autoridade
tributária, com base nas taxas de imposto (e leis tributárias) que foram aprovadas ou
substancialmente aprovadas no fim do período de reporte, tendo em consideração as
interpretações e práticas prevalecentes nos países onde o Banco opera.
O imposto diferido é calculado usando o método do passivo com base no balanço, sobre as
diferenças temporárias no fim do período de reporte decorrentes das bases tributárias de
activos e passivos e os seus valores de balanço para fins de reporte financeiro. As taxas de
imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas no fim do período do reporte são usadas
para determina