Resolu§£o da Ficha de Trabalho de TCC casa — Qumica Bionorg¢nica.pdf
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OPERAÇÃO DE AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
EDUARDO STÜKER, FABIANA LAGOAS, JACKSON S. GABE, ROBSON GOMES
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA – CENTRO DE TECNOLOGIA DE ALEGRETE – ELETRONICA
APLICADA E INSTRUMENTAÇÃO
CEP 97546-550 – CIDADE DE ALEGRETE – RS – BRASIL
E-mails: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]
Abstract This article was built based on simulations of operations with operational amplifier (Amp-Op), in which these DC
multistage amplifiers with differential input, have characteristics that approximate an ideal amplifier. This active component is
used in performing arithmetic operations involving analog signals. The simulations proposed are designed and simulated in PSIM software and ORCAD.
Keywords Operational amplifiers, differentiable input, ideal amplifier, Operations arithmetic, PSIM, ORCAD
Resumo Este artigo foi feito baseado em simulações de operações com amplificadores operacionais (Amp-Op), no qual estes
amplificadores CC multiestágio, com entrada diferencial, possuem características que se aproximam de um amplificador ideal. Este
componente ativo é usado na realização de operações aritméticas envolvendo sinais analógicos. As simulações propostas foram elabo-radas e simuladas nos softwares PSIM e ORCAD.
Palavras-chave Amplificadores operacionais, entrada diferenciável, amplificador ideal, operações aritméticas, PSIM,
ORCAD.
1 Introdução
O nome amplificador operacional (também de-
nominado op-amp) é usado quando muitos amplifi-
cadores convencionais são necessários para imple-
mentar uma grande variedade de operações lineares
ou não lineares. Estes são circuitos bastante usados
em instrumentação analógica, permitindo a execução
de uma série de operações matemáticas. Nos tempos
atuais, são implementados com circuitos integrados.
Este artigo consistiu na simulação de três circui-
tos com amplificadores operacionais, nos quais vari-
amos diversos parâmetros (resistência, tensões de
entrada, fontes de tensão CC para CA). As respostas
das simulações realizadas consistiram basicamente
na obtenção de gráficos e dados fornecidos pelos
softwares.
Para realizarmos tantas simulações utilizamos
dois softwares: Psim e Orcad.
Nomenclatura
LM324 Amp-Op a ser usado
VAC Fonte para fazer a varredura CA
VDC Fonte CC
VSin Fonte senoidal
Bubble Para fazer conexões virtuais;
R Resistor
C Capacitor
F11 Simular;
F12 Rodar o Probe
VAmpl Rodar o Probe
Freq Frequência
VOff Frequência
Analysis setup Configuração da simulação
2 Fundamentação Teórica
Um amplificador operacional tem a representa-
ção simbólica dada na Figura 01 abaixo (a tensão de
alimentação do circuito interno Vcc e a massa GND
estão indicadas nesta figura por questão de clareza.
Podem ser omitidas nas demais).
Figura1. Estrutura de amplificador operacional.
Na parte de sinal, é caracterizado por:
• uma saída vo.
• uma entrada não inversora (+) v1.
• uma entrada inversora (−) v2.
A relação entre entradas e saída é:
(1)
O parâmetro a é o ganho do amplificador. É,
portanto, um amplificador linear, cuja tensão de saída
é proporcional à diferença entre as tensões aplicadas
nas entradas.
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2.1 Principais Características
Um amplificador operacional ideal teria alguns
parâmetros nulos e outros infinitos. Desde que isso
não é obtido prática, estes parâmetros são uma apro-
ximação do ideal [1].
• Ganho a: no caso ideal este ganho seria infinito. Na
prática valores tão altos como 200k são possíveis.
• Impedância de entrada: infinita no caso ideal. Na
prática, valores como 10 MΩ são possíveis (isso
significa que o amplificador não consome corrente
pelas entradas).
• Impedância de saída: nula no ideal. Valores como
75 Ω são encontrados na prática, significando ausên-
cia de queda de tensão interna na saída.
• Resposta de frequência: de 0 ao infinito no ideal.
Na prática escolhem-se tipos com resposta bastante
acima da frequência na qual irão operar para dar uma
aproximação do ideal.
• Relação de rejeição em modo comum: esse parâme-
tro provavelmente é mais conhecido com sigla ingle-
sa CMRR (common mode rejection ratio). Conforme
igualdade da formula 1 do tópico anterior, um ampli-
ficador operacional ideal tem saída nula se as entra-
das são iguais. Nos circuitos práticos, há sempre uma
pequena saída com as entradas iguais, condição esta
chamada de modo comum.
A condição usual, isto é, com tensões de entrada
diferentes, é denominada modo diferencial. E o pa-
râmetro é definido pela relação, expressa em deci-
béis.[2]
3 Simulações com Amplificadores Operacionais
Os circuitos da Figura 2 foram simulados no
programa PSIM sendo que os parâmetros dos dispo-
sitivos utilizados são apresentados na tabela 1.
Figura 2. Circuitos com Amp-Op.
TABELA I
Parâmetros dos Dispositivos.
Parâmetro Valor
Parâmetro Valor
R1a 100kΩ
R1c 200kΩ
R2a 500kΩ
R2c 500kΩ
Vina 2V
R3c 1MΩ
R1b 100kΩ
R4c 1MΩ
R2b 500kΩ
Vin1c 2V
Vinb 2V
Vin2c 3V
Vin3c 1V
A segunda parte das simulações foram realizadas
com o circuito da figura 3 utilizando o mesmo pro-
grama. A fonte de tensão quadrada foi configurada
com uma amplitude de 2 Vp-p e offset de -1V.
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Figura 3. Circuito com Amp-op.
A terceira parte das simulações foram realizadas
com o circuito da Figura 4 no MicroSim PSpice,
fazendo a varredura CA conforme especificado (fre-
quência final=10MHz).
Figura 4.Circuitos com Amp-Op.
A simulação do circuito é refeita, agregando um
capacitor de 10nF em paralelo com o resistor R6.
As simulações iniciam pela análise com fontes de
corrente contínua.
Como proposto foi montado no PSim os circuitos
da Figura 2 juntamente com os valores dos parâme-
tros pré-definidos, expostos na Tabela 1.
Os circuitos retornaram os gráficos das Figuras
5,6 e 7 respectivamente.
Figura 5. Gráfico gerado pelo PSim referente ao
circuito da figura 1 (a). Tendo Vina = 2V (vermelho) e
Vouta=-10V (azul).
Através do gráfico da Figura 5 e a partir da anali-
se do circuito da Figura 2 (a) verifica-se que corres-
ponde a um circuito amplificador inversor. A saída é
obtida pela multiplicação da entrada por um ganho
fixo ou constante, fixado pelo resistor de entrada R1a
e o resistor de realimentação R2a. Essa saída também
é invertida em relação à entrada. Utilizando a Equa-
ção 3 é obtido o valor do ganho do circuito, obtento o
ganho de -10 V.
Figura 6. Gráfico gerado pelo PSim referente ao
circuito da Figura 1 (b). Tendo Vinb = 2V (vermelho)
e Voutb=12V (azul).
Através do gráfico da Figura 6 e a partir da anali-
se do circuito da Figura 2 (b) verifica-se que corres-
ponde a um circuito amplificador não-inversor. O
ganho de tensão do circuito, pode ser obtido através
da Equação 4. Obtendo o valor de 12 V.
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Figura 7. Gráfico gerado pelo PSim referente ao
circuito da Figura 1 (c). Tendo Vin1c = 2V (verme-
lho), Vin2c=3V (azul), Vin3c=1V (verde) e Voutc=-17V
(rosa).
Através do gráfico da Figura 7 e a partir da anali-
se do circuito da Figura 2 (c) verifica-se que corres-
ponde a um circuito amplificador somador. O circui-
to mostra um circuito amplificador somador de três
entradas que fornece um meio de somar algebrica-
mente três tensões, cada uma multiplicada por um
fator de ganho constante. O ganho pode ser obtido
através da Equação 5. Obtendo -17 V.
Nos circuitos foram substituídas as fontes de ten-
são CC por fontes CA com uma frequência de
600Hz. Consideramos os valores de tensão dados na
tabela 1 como sendo valores de pico.
Agora substituindo as fontes de tensão CC por
fontes CA com frequência de 600Hz e fazendo os
valores das tensões dadas na Tabela 1 como valores
de pico, temos os circuitos e respectivos gráficos
expostos nas Figuras 8, 9, 10, 11, 12 e 13.
Figura 8. Circuito com Amp. Op proposto desenhado
no PSim.
Figura 9. Gráfico das tensões Vina(vermelho) e Vou-
ta(azul) do circuito, gerado pelo PSim.
Como visto anteriormente na análise em corrente
contínua a tensão de saída é amplificada e invertido.
Figura 10. Circuito com Amp. Op proposto desenha-
do no PSim.
Figura 11. Gráfico das tensões Vinb(vermelho) e
Voutb(azul), do circuito, gerado pelo PSIM.
Como visto anteriormente na análise em corren-
te contínua a tensão de saída é apenas amplificada.
Figura 12. Circuito com Amp. Op proposto desenha-
do no PSim.
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Figura 13. Gráfico das tensões Vin1c(vermelho),
Vin2c(azul), Vin3c(verde), Voutc(rosa) do circuito, gera-
do pelo PSim.
Como visto anteriormente na análise em corren-
te contínua a tensão de saída é somada e invertida.
Simulando agora o circuito da Figura 2(c), com
os valores da Tabela 2, como pode ser visualizada na
Figura 14, a forma da tensão de saída é apresentado
na figura 15.
TABELA II
Parâmetros dos Dispositivos.
Parâmetro Valor
Parâmetro Valor
R1c 200kΩ
Vin1c 2Vp,
100Hz
R2c 200kΩ
Vin2c 2Vp,
300Hz
R3c 200kΩ
Vin3c 2Vp,
500Hz
R4c 1MΩ
Figura 14. Circuito com Amp. Op proposto desenha-
do no PSim.
Figura 15. Gráfico das tensões Vin1c(vermelho),
Vin2c(azul), Vin3c(verde), Voutc(rosa), gerado pelo
PSim, referente ao circuito da Figura 14.
Utilizando fontes de tensão com onda qua-
drada, simula-se o circuito da Figura 2(c), com os
parâmetros da Tabela 3, como pode ser visto na Fi-
gura 16 e a forma de onda da tensão de saída vista na
figura 17.
TABELA III
Parâmetros dos Dispositivos.
Parâmetro Valor
Parâmetro Valor
R1c 100kΩ
Vin1c 1Vp,
100Hz
R2c 200kΩ
Vin2c 1Vp,
200Hz
R3c 400kΩ
Vin3c 1Vp,
400Hz
R4c 200kΩ
Figura 16. Circuito com Amp. Op proposto desenha-
do no PSim.
Figura 17. Gráfico das tensões Vin1c(vermelho),
Vin2c(azul), Vin3c(verde), Voutc(rosa), gerado pelo
PSim, referente ao circuito da Figura 16.
Simulando o circuito da Figura 18, com uma fon-
te de tensão quadrada configurada com uma amplitu-
de de 2Vp-p e offset de -1V, temos como resultado o
gráfico da Figura 19.
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Figura 18. Circuito com Amp. Op proposto desenha-
do no PSim.
Figura 19. Gráfico das tensões Vin e Vout, gerado pelo
PSim, referente ao circuito da Figura 15.
O capacitor como componente de realimentação
caracteriza o circuito da Figura 15 como Integrador.
A Equação 6 mostra que a saída é a integral da
entrada, com uma inversão e um multiplicador de
.
Em principio, a saída do Amp. Op. deve ser de 0
V quando a entrada for de 0V, mas, na prática, há um
certo valor de tensão diferente de zero denominado
de tensão de offset. A utilização do offset é para os
casos em que o circuito possui tensão residual, a fim
de que essa tensão seja anulada utiliza-se deste recur-
so, para que não haja influência na tensão de saída do
amplificador. O fabricante do componente especifica
a tensão de offset de entrada do amplificador.[2].
Através da simulação do circuito da figura 20,
faz-se uma análise de frequência, varredura CA, na
frequência de 1Hz a 100MHz, inicialmente a propos-
ta foi que realizasse a varredura até 10MHz, no en-
tanto, para verificar se os valores de tensão encontra-
dos permaneciam constantes.estendemos nossa var-
redura até 100MHz, para verificar se os valores de
tensão encontrados permaneciam constantes. Com o
circuito da figura 20 geramos o gráfico da figura 21.
Figura 20. Circuito com Amp. Op proposto
desenhado no ORCAD.
Figura 21. Tensão x Frequência.
Simulando o circuito da figura 20, no entanto rea-
lizada com a presença do capacitor de 10nF, como
pode ser visto na figura 22, em paralelo ao R2 para
uma varredura CA., as faixas de frequência analisa-
das permaneceram as mesmas da análise anterior.
Com a simulação geramos o gráfico da figura 23.
Figura 22. . Circuito com Amp. Op proposto
desenhado no ORCAD.
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Figura 23. Tensão x Frequência.
Na parte da varredura, sem a presença do capaci-
tor em paralelo ao resistor constatou-se que a tensão
inicial permaneceu praticamente constante até apro-
ximadamente uma frequência de 80kHz, a maior
queda de tensão se concentra no período de 80KHz a
3.7MHz onde a tensão inicial foi reduzida para apro-
ximadamente 4.6V. No período de 3.7MHz a
30.4MHz a tensão aumentou para aproximadamente
4.87V e em seguida permaneceu aproximadamente
constante.
Na parte com a presença do capacitor de 10nF em
paralelo a R2, verificou-se que a tensão inicial per-
maneceu praticamente constante até aproximadamen-
te uma frequência de 1.8kHz, a maior queda de ten-
são se concentra no período de 1.8KHz a 2.2MHz
onde a tensão inicial foi reduzida para aproximada-
mente 4.75V e em seguida permaneceu praticamente
constante até a frequência de 100Mhz
4 Conclusão
Consideração todas as análises apresentadas,
constatamos que os amplificadores operacionais são
componentes importantíssimos na eletrônica moder-
na por ser extremamente versátil, sendo um bloco
fundamental na construção de circuitos analógicos.
A partir de diversas combinações dos elementos
resistivos e capacitivos pode-se montar circuito bási-
cos como amplificadores inversores, não inversores,
somadores, integradores, entre outros, que possuem
um ganho, definido pela combinação dos resistores e
demais elementos conectados aos seus terminais.
Por possuírem essas características são usados em
amplificação, controle, geração de formas de onda,
em baixas e altas frequências, dependendo de sua
configuração executar operações matemáticas como
a soma, subtração, integração, derivação, entre outros
utilizados em aplicações em instrumentação, siste-
mas de controle, sistemas de regulação de tensão e
corrente, processamento de sinais.
Referências Bibliográficas
[1] MSPC - Informações Técnicas. Amplificadores
operacionais. Disponível em:
<http://www.mspc.eng.br/eletrn/ampop110.shtml>.
Acesso dia 24 de abril de 2012.
[2] Boylestad, Robert L.. Dispositivos eletrônicos e
teoria de circuitos, 8° edição / Robert L. Boylestad,
Louis Nashelsky; tradução Rafael Monteiro Simon;
revisão técnica José Bueno de Camargo, José Luci-
mar do Nascimento, Antonio Pertence Júnior. – São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.