Relatório X PLE - RJ
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Relatório apresentado sobre a mesa-redonda: “Parâmetros norteadores das universidades
parceiras do PLE-RJ: Puc-Rio, UFF, UFRJ e UERJ.
Apresentado à professora Rosa Marina de Brito Meyer e
Adriana Albuquerque
pelo aluno Lucas Rezende Almeida.
05 de maio de 2014, Rio de Janeiro.
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O ensino de Português para estrangeiro tem como capital a cidade turística do
Rio de Janeiro, entender, portanto, de que forma esse processo educativo tem sido
percorrido ao longo dos últimos quarenta anos é compreender o entrelaço entre o ensino
superior brasileiro e a sua forma de ensinar uma segunda língua. Com esse intuito, esse
relato pretende sintetizar as ideias tragas à tona na mesa redonda das instituições
superiores que possuem um trabalho de destaque no PLE2.
Na Universidade Federal de Fluminense, localizada em Niterói, temos o
português para estrangeiro atuando na extensão, no ensino e na pós-graduação. O PLE
se iniciou em 1993 através do curso de Língua e Cultura brasileira para alunos
estrangeiros com carga horária de 320 horas durante 7 meses. Ao término desse curso,
os alunos deveriam ser aptos para realizarem o Celpebras na própria instituição que
também é um posto aplicador. Na extensão, temos os cursos de imersão normalmente
específicos para o perfil e a cultura solicitada de uma empresa ou de outras faculdade
com convênio. A instituição também ministra cursos de aperfeiçoamento e atualização
em PLE com o intuito de preparar professores para atuarem nesse campo.
Na pós-graduação, a pesquisa é orientada tematicamente tanto para os materiais
didáticos, em que pretende-se analisar e elaborá-los, quanto para a documentação
histórica do ensino de Português no cenário mundial, ligado ao programa de pesquisa
“Português do Brasil para Estrangeiros: Estudos e depoimentos sobre o processo de
constituição e consolidação da área.”
Na Universidade Federal do Rio de Janeiro, localizada na Ilha do Governador, o
português está ligado ao departamento de Letras Vernáculas e iniciou-se oficialmente
em 1997 com um concurso público para professor auxiliar de PLE. Atualmente, a
instituição consta de quatro docentes com dedicação exclusiva nessa área que atuam no
ensino de português instrumental, no ensino de Português para estrangeiro e na
disciplina optativa dada na graduação. No projeto de extensão, temos os cursos do PEC-
G, assim como na UFF, cursos de estrangeiros para residentes do RJ, intensivos para
alunos de intercâmbio e a aplicação do CelpeBras. A UFRJ possui um laboratório de
formação para docentes com o intuito de preparar alunos graduandos para atuarem nos
projetos de extensão como professores.
![Page 3: Relatório X PLE - RJ](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022082516/55cf8fc3550346703b9f921d/html5/thumbnails/3.jpg)
Na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, localizada próxima ao Maracanã,
temos quatro anos de trabalho oficial realizado com a entrada de um professor
especializado no ensino de Português como segunda língua. A instituição consta de um
curso de extensão aberto a comunidade vinculado ao departamento de Cooperação
Internacional. Atualmente, na graduação, os alunos podem atuar como professor de PLE
por meio do projeto de Iniciação à Docência. A graduação também possui duas
disciplinas eletivas de trinta horas mais um curso de extensão para formação de
professores.
A Pontíficia Universidade Católica do Rio de Janeiro, localizada na Gávea, é a
pioneira no ensino de Português como LE no Brasil, datando de 1969. No âmbito do
ensino, inicialmente foram-se criados cinco disciplinas com níveis de proficiência
diferentes para alunos estrangeiros que atualmente já realizam a prova de nivelamento
online. Em 1998, começaram a oferta de cursos intensivos em janeiro e junho para
intercambistas. Alunos de Universidades estrangeiras começaram a procurar a PUC com
o intuito de aperfeiçoarem o seu conhecimento nos níveis de proficiência avançados.
Em seguida, começaram a criação de pacotes de ensino para empresas específicas. O
próximo projeto que está sendo desenvolvido é de ensinar Português para Estrangeiros à
distância por meio de uma plataforma moodle. A PUC possui o seu próprio material
didático não comercializável. Os professores que ministram essas aulas não são alunos
da graduação, eles são contratados após sua formação na pós-graduação para atuarem
como professores de PLE.
No âmbito da pesquisa, foi-se criado uma oficina dada uma vez a cada três
semestres. Na pós-graduação, a instituição conta de uma especialização que está na sua
décima terceira edição com duração de 360 horas fragmentadas em 3 semestres. No
Mestrado e Doutorado, os trabalhos iniciaram em 1993, constando hoje de 60
dissertações já apresentadas e que possuem como bases teóricas o funcionalismo e o
Interculturalismo.
Percebemos como as instituições federais possuem caminhos semelhantes no
ensino de PLE e como suas barreiras e limitações também coincidem, o que se difere da
instituição particular que através do capital privado progride de acordo com o mercado e
a procura. Entretanto, o projeto de internalização da pesquisa e do ensino de português
no cenário globalizado coloca todas as faculdades supracitadas juntas lutando por um
![Page 4: Relatório X PLE - RJ](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022082516/55cf8fc3550346703b9f921d/html5/thumbnails/4.jpg)
reconhecimento político de um aparato legal nas causas que envolvem o ensino de
português como segunda língua.