Relatório sobre Violência - SINAN NET nº [1]
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dade de vida. Conforme a Classificação
Estatística Internacional de Doenças e
Problemas Relacionados à Saúde (CID)
– 10ª revisão, as causas externas cor-
respondem aos capítulos XIX e XX,
referente às “Lesões, envenenamento
e algumas outras consequências de
Causas Externas” e às “Causas Externas
de Morbidade e de Mortalidade”, res-
pectivamente.
As doenças e agravos não transmissí-
veis (DANT) constituem um impor-
tante problema de saúde pública. As
doenças crônicas não transmissíveis
(DCNT) passaram a liderar as causas
de óbitos no país, ultrapassando as
taxas de mortalidade por doenças in-
fecciosas e parasitárias (DIP) a partir
da década de 80. Os acidentes e as
violências, causas externas, configu-
ram um problema de saúde pública de
grande magnitude e transcendência,
que tem provocado intenso impacto
na morbidade e na mortalidade da
população.
Tendo em vista a necessidade de en-
tender e acompanhar esse panorama
organizou-se o sistema de vigilância
que já era utilizado para as doenças
transmissíveis, objetivando subsidiar
os sistemas de saúde com coleta e aná-
lise das informações capazes de norte-
ar as políticas de prevenção das doen-
ças não transmissíveis, os programas
de redução de acidentes e do enfren-
tamento à violência.
Nessa perspectiva, no ano de 2003,
houve a criação da Coordenação Ge-
ral de Doenças e Agravos Não Trans-
missíveis (CGDANT) na Secretaria
de Vigilância em Saúde pelo Ministé-
rio da Saúde. No mesmo ano, a Su-
perintendência de Epidemiologia/
Secretaria de Estado de Saúde de
Minas Gerais promoveu a estrutura-
ção da Coordenadoria de Doenças e
Agravos Não Transmissíveis
(CDANT) acompanhando o modelo
nacional e entendendo a necessidade
de ampliar a vigilância epidemiológi-
ca para DANT no Estado.
Os agravos que fazem parte da vigi-
lância da DANT são os acidentes e
violências e estes se expressam com
impacto no adoecimento e morte da
população, perpassando por todas as
faixas etárias e interferindo na quali-
Relatório Técnico
Semestre 1/ 2010 Volume 1, número 1
Vigilância de Violências
Índice: Vigilância de DANT
Capa
Conceitos: Acidentes e violências 2
Tipologia das violências 2
Natureza das violências 3
Vigilância epidemiológica das violências 5
VIVA-Vigilância de Violências e Acidentes 6
Ações para a implantação de Vigilância de Violências em MG 7
Ficha de notificação de violência doméstica, sexual e/ou outras violên-
cias: importante instrumento de vigilância de violências 8
Algumas publicações... 9
Legislação sobre a temática da violência: algumas leis e portarias 10
Análise dos dados de violências notificadas no SINAN Net—2009/2010 11
Tipologia e Natureza da Violência (figura) 4
Considerações Finais 20
Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis-DANT
Coordenadoria de Doenças e
Agravos Não Transmissíveis
(CDANT) Gerência de Vigilância Epidemiológica
Superintendência de Epidemiologia
Subsecretaria de Vigilância em Saúde
Secretaria de Estado de Saúde de Minas
Gerais
Pode-se conceituar acidente “como
um evento não-intencional e evitá-
vel, causador de lesões físicas e/ou
emocionais no âmbito doméstico e
em outros espaços sociais, como o
do trabalho, o do trânsito, da esco-
la, de esportes e o de la-
zer.” (BRASIL, 2001).
A violência pode ser definida, segun-
do a Política Nacional de Redução
da Morbimortalidade por Acidentes
e Violências (2001), como:
“fenômeno complexo e representado
por ações e omissões humanas reali-
zadas por indivíduos, grupos, clas-
ses, nações, numa dinâmica de rela-
ções, ocasionando danos físicos,
emocionais, morais e/ou espirituais
a si próprio ou a outros.” (p.7)
A Organização Mundial da Saúde
(OMS), em 2002, conceituou violên-
cia como: “O uso da força física ou
do poder real ou em ameaça, contra
si próprio, contra outra pessoa, ou
contra um grupo ou uma comunida-
de, que resulte ou tenha qualquer
possibilidade de resultar em lesão,
morte, dano psicológico, deficiência
de desenvolvimento ou privação.”
Conceitos: Acidentes e violências
Página 2 Vigilância de Violências
Tipologia das violências
Em 2002, a OMS catego-
rizou o fenômeno da
violência e a dividiu em
três tipos, estabelecendo
uma diferença entre a
violência que uma pesso-
a inflige a si mesma, a
violência infligida por
outro indivíduo ou por
um pequeno grupo de
indivíduos e a violência
infligida por grupos mai-
ores, como estados, gru-
pos políticos organiza-
dos, grupos de milícia e
organizações terroristas.
(DAHLBERG; KRUG,
2006)
�Violência dirigida con-
tra si mesmo (auto-
provocada);
�Violência interpessoal;
�Violência coletiva.
A violência dirigida con-
tra si mesmo é subdividi-
da em comportamento
suicida e agressão auto-
provocada. O primeiro
inclui pensamentos sui-
cidas, tentativas de suicí-
dio – também chamadas
em alguns países de
"para-suicídios" ou "auto
-injúrias deliberadas" – e
suicídios propriamente
ditos. A auto-agressão
inclui atos como a auto-
mutilação.
As violências interpessoais
dividem-se em duas subcate-
gorias: 1) violência intrafa-
miliar é a que ocorre entre
parceiros íntimos e por pes-
soas ligadas por laços famili-
ares, principalmente no am-
biente doméstico, mas não
unicamente; 2) violência
comunitária é aquela que
ocorre no ambiente social,
entre indivíduos sem relação
pessoal, entre conhecidos e
desconhecidos e, geralmen-
te, ocorre fora dos lares.
A primeira subcategoria in-
clui formas de violência tais
como abuso infantil, violên-
cia entre parceiros íntimos e
maus-tratos de idosos. A
segunda subcategoria inclui
violência juvenil, agressões
físicas, estupro ou ataque
Para reflet
ir:
A maioria
dos evento
s violentos
e
traumatism
os não são
acidentais
,
podem ser e
nfrentados
, prevenido
s e
evitados.
sexual por desconheci-
dos e violência institu-
cional que ocorre, por
exemplo, em escolas,
locais de trabalho, pri-
s õ e s e a s i l o s .
(DAHLBERG; KRUG,
2006)
Por violências coletivas
se entendem os atos vio-
lentos que acontecem
nos âmbitos macrossoci-
ais, políticos e econômi-
cos e sugerem possíveis
motivos para a violência
cometida por grandes
grupos ou por países. A
violência coletiva come-
tida com o fim de reali-
zar um plano específico
de ação social inclui, por
exemplo, crimes cometi-
dos por grupos organiza-
dos, atos terroristas,
crimes de multidão. Na
área política econômica,
estão as guerras e os
processos de extermínios
de determinados povos e
nações por outros.
Outro tipo de violência
foi acrescido à classifica-
ção feita no Relatório
Mundial sobre a Violên-
cia e a Saúde da OMS
(2002) e foi denominada
de Estrutural. A violên-
cia estrutural se refere
“aos processos sociais,
políticos e econômicos
que reproduzem e croni-
ficam a fome, a miséria e
as desigualdades sociais,
de gênero, de etnia e
mantêm o domínio adul-
tocêntrico sobre crianças
e adolescente” (BRASIL,
2005, p. 24).
Natureza das violências
Abuso sexual diz respeito
ao ato ou jogo sexual que
ocorre nas relações hete-
ro ou homossexual e visa
estimular a vítima ou
utilizá-la para obter exci-
tação sexual e práticas
eróticas, pornográficas e
sexuais impostas por mei-
o de aliciamento, violên-
cia física ou ameaça
(BRASIL, 2005).
Negligência ou abandono
se entende a ausência, a
recusa ou a deserção de
cuidados necessários a
alguém que deveria rece-
ber atenção e cuidados
(BRASIL, 2009).
As quatro descrições da
natureza dos atos violen-
tos ocorrem em cada uma
das tipologias e de suas
subcategorias descritas
anteriormente, com exce-
ção da violência auto-
provocada, como mostra-
do na figura 1.
A natureza dos atos vio-
lentos pode ser classifica-
da em quatro modalida-
des: física, psicológica,
sexual e envolvendo a-
bandono, negligência ou
privação de cuidados.
Abuso físico significa o
uso da força para produ-
zir injúrias, feridas, dor
ou incapacidade em outra
pessoa (BRASIL, 2009)
Abuso psicológico nomeia
agressões verbais ou ges-
tuais com o objetivo de
aterrorizar, rejeitar, hu-
milhar a vítima, restringir
a liberdade ou ainda, iso-
lá-la do convívio social
(BRASIL, 2009)
Sugestões de
filmes:
- Bicho de sete
cabeças
- Má educação
- A excêntrica
família de Antônia
Página 3 Volume 1, número 1
Não deixe de ler:
Relatório mundial
sobre violência e
s a ú d e , d a
O r g a n i z a ç ã o
Mundial da Saúde
(KRUG , E. G. et al.,
2002).
Acesse: http://www.opas.org.br/cedoc/hpp/ml03/0329.pdf
Págin
a 4
Vigilância de Violências
Figura 1- Tipologia e natureza das violências
Fonte: Adaptado de KRUG et al, 2002.
Página 5 Volume 1, número 1
Para o monitoramento
das violências existem
diversas fontes de infor-
mações que podem ser
utilizadas para compor
indicadores que visam
conhecer o perfil de mor-
bimortalidade por esses
agravos. Portanto, os da-
dos e informações concer-
nentes às violências não
se restringem ao setor
saúde, pois muitos não
chegam até os serviços de
saúde. Uma série de insti-
tuições, tais como Secre-
taria de Defesa Social,
Secretaria de Segurança
Pública, Conselhos Tute-
lares, Secretarias Munici-
pais e Estaduais de Saúde,
são fontes importantes de
informação sobre ocor-
rências de violências. Em-
bora cada uma delas pos-
sua atribuições, objetivos
e funções sociais diferen-
tes.
Até então, as informações
existentes no setor saúde
abrangiam apenas os ca-
sos de óbitos e interna-
ções (realizadas pelo Sis-
tema Único de Saúde).
Assim, não era possível
conhecer, por meio dos
sistemas de informações,
aqueles casos que deram
entrada em nível ambula-
torial, nos serviços de
urgência e emergência e
em unidades básicas de
saúde. Sabe-se que muitas
das pessoas que sofrem
violência não necessitam
de internação. Existe um
número maior de atos
violentos que ocorrem nos
lares, nos locais de traba-
lho, dentre outros. Essa
violência é invisível e,
frequentemente, perma-
necem velada em nossa
sociedade.
Recentemente, em 2006,
foi estruturada, nacional-
mente, a Vigilância de
Violências e Acidentes
(VIVA) com a finalidade
de viabilizar a obtenção
de dados e divulgação de
informações sobre violên-
cias e acidentes, o que
possibilitará conhecer a
magnitude desses graves
problemas de saúde pú-
blica.
Em Minas Gerais, a vigi-
lância epidemiológica das
violências é realizada por
meio dos seguintes siste-
mas de informações:
1. Sistema de Informação
sobre Mortalidade
(SIM);
2. Sistema de Internação
Hospitalar do SUS
(SIH/SUS);
3. Sistema de Informação
de Agravos de Notifica-
ção (SINAN NET).
Vigilância epidemiológica das violências
Página 6 Vigilância de Violências
O Ministério da Saúde
juntamente com as Secre-
tarias Estaduais e Muni-
cipais de Saúde do Brasil,
desenvolveram um proje-
to com o objetivo de im-
plantar e implementar no
SUS a notificação de vio-
lências e acidentes. Este
Sistema de Vigilância de
Violências e Acidentes
(VIVA) tem dois compo-
nentes: a vigilância
contínua direcionada às
vítimas de violências
(notificação compulsória,
conforme Portaria MS nº
2.472, de 31 de Agosto de
2010) e a vigilância
pontual que abarca
acidentes e violências.
A modalidade de vigilân-
cia contínua está sendo
implantada, gradual-
mente no Estado, em
serviços de referência
para violências. Apresen-
ta como instrumento epi-
demiológico de coleta a
Ficha de Notificação/
Investigação Indivi-
dual de Violência Do-
méstica, Sexual e/ou
outras Violências Esta
ficha deve ser utilizada
para a notificação de
qualquer caso suspeito
ou confirmado de vio-
lência doméstica, sexual
e/ou outras violências
conforme o Manual Ins-
trutivo da ficha.
Esta ficha contribui para
o aumento da cobertura
das informações, de for-
ma que medidas de pre-
venção, de atenção e de
proteção às pessoas víti-
mas ou em situação de
violência sejam estabele-
cidas com base em evi-
dências.
O componente de vigi-
lância contínua faz parte
do SINAN Net desde
dezembro de 2008 e o
fluxo da notificação deve
seguir a rotina, conforme
normas operacionais já
estabelecidas na vigilân-
cia de todas as doenças e
agravos de notificação
compulsória.
Quanto a vigilância pon-
tual, esta é realizada pelo
Ministério da Saúde em
conjunto com as Secreta-
rias Estaduais e Munici-
pais de Saúde nas capi-
tais e Distrito Federal. A
pesquisa é desenvolvida
por meio de inquérito em
serviços de urgência e
emergência pré selecio-
nados. Sua periodicidade
é bi-anual e ocorre du-
rante o período de um
mês selecionado ao ano.
A coleta é feita por amos-
tragem, em turnos alter-
nados por pesquisadores
de campo contratados,
que utilizam como instru-
mento outra ficha diferen-
te daquela utilizada na
vigilância contínua. Trata-
se da Ficha de Notifica-
ção de Acidentes e Vi-
olências em Serviços
de Urgência e Emer-
gência. Esse componente
não faz parte do SINAN
Net, portanto, não é ca-
racterizado como ativida-
de de rotina dos serviços
de saúde. Tal vigilância
tem como objetivos espe-
cíficos: descrever o perfil
das violências e acidentes
em unidades sentinelas,
além da análise da ten-
dência destes eventos.
Para ambos componentes,
nas situações de violên-
cias envolvendo crianças,
adolescentes, mulheres e
idosos a notificação é de
caráter compulsório e
contínuo. Conforme de-
termina as seguintes leis:
nº 8069/1990 (Estatuto da Criança e Adolescente);
n º 1 0 . 7 7 8 / 2 0 0 3
(Notificação de Violência
contra a mulher) e nº
10.741/2003 (Estatuto do
Idoso).
VIVA-Vigilância de Violências e Acidentes
Atenção!
Notificar significa iniciar um processo c u j o o b j e t i v o principal é o de in ter romper a violência no âmbito d a f am í l i a (BRASIL, 2004).
O que é VIVA?
Página 7 Volume 1, número 1
Ações para a implantação da Vigilância de
Violências em Minas Gerais
A Secretaria de Saúde do
Estado de Minas Gerais por
meio da CDANT participou
da construção da Vigilância
de Violências e Acidentes. O
Ministério da Saúde/
CGDANT realizou capacita-
ções para elaboração e apri-
moramento das fichas
(componente I e II ) .
Algumas atividades desen-
volvidas pela CDANT para
implantação do “VIVA” em
Minas Gerais:
1. Em dezembro de 2008,
aconteceu uma Reunião Téc-
nica de Estruturação da Vigi-
lância de Violências e Aciden-
tes (VIVA) e implementação
das ações de prevenção de
violências , promoção da
saúde e cultura da paz. Um
representante do Ministério
da Saúde discorreu sobre o
tema. Participaram deste en-
contro representantes das 28
Gerências Regionais de Saúde
(GRS), municípios que rece-
beram recursos financeiros
para a estruturação de Nú-
cleos e áreas técnicas da
SES/MG .
2. Em setembro de 2009,
ocorreu:
- “I Oficina de Vigilância de
DANT” que teve como pú-
blico alvo coordenadores
das GRS , municípios prio-
ritários e aqueles com po-
pulação acima de 100.000
habitantes. Dentre os te-
mas enfocados , destaca-
mos o preenchimento da
Ficha de Notificação de
Violência.
- No mesmo ano, a equipe
técnica da CDANT realizou
capacitações sobre a vigi-
lância de violências nas
seguintes GRS: Patos de
Minas, Unaí, Coronel Fa-
briciano, Belo Horizonte.
3. Em maio de 2010, “II
Oficina de Vigilância de
DANT: ênfase em Vigilân-
cia de Violências”, nova-
mente, com a participação
de coordenadores das
GRS , municípios prioritá-
rios e aqueles com popula-
ção entre 80.000 e
100.000 habitantes.
Nesta oficina as GRS de
Divinópolis, Ubá e São
João Del Rei apresentaram
suas experiências de im-
plantação da Ficha de
Notificação de Violências.
4. Realização, em 2009 e
2010, de palestras em se-
minários organizados pela
SES/MG para apresen-
tação da Ficha de Notifica-
ção da Violência.
5. A CDANT compõe a e-
quipe de docentes do
“Curso de Transferência de
Tecnologia de Abordagem
da Violência e de Constru-
ção da Paz” realizado pelo
Departamento de Medicina
Preventiva e Social da Fa-
culdade de Medicina da
Universidade Federal de
Minas Gerais Nossa área
técnica é responsável pelo
módulo da Vigilância das
Violências.
Página 8 Vigilância de Violências
A Ficha de Notificação/Inves-
tigação Individual de Violência
Doméstica, Sexual e /ou outras
violências constitui–se num
importante instrumento para a
vigilância de violências. Entre-
tanto, para que esta vigilância
seja efetiva, torna-se necessá-
rio primar pela qualidade dos
dados advindos desta ficha.
Pois, sabe-se que essas infor-
mações servirão de subsídios
para os processos de tomada de
decisão e planejamento de polí-
ticas públicas.
Por isso, citamos alguns pon-
tos importantes para melhorar
a qualidade da notificação.
1) A ficha deve ser preen-
chida conforme o Instruti-
vo de Preenchimento, de-
senvolvido pelo Ministério
da Saúde. Assim, tenha-o
sempre em mãos para es-
clarecer dúvidas.
2) A notificação é obrigató-
ria nos casos suspeitos ou
confirmados de violência
contra: crianças e adoles-
centes, mulher e pessoa
idosa.
3) Esta ficha não se aplica
aos casos de violência físi-
ca ocorridos no ambiente
extrafamiliar, cujas vítimas
sejam adultos (20 a 59 a-
nos) do sexo masculino. Os
demais casos envolvendo
homens serão notificados.
4) Os campos: nome do
paciente e nome da mãe
devem ser preenchidos de
forma legível e sem abrevi-
ações.
5) Todos os campos da fi-
cha devem ser preenchi-
dos.
6) Evite, sempre que possí-
vel, preencher o campo
com o item ignorado, ou
deixá-lo em branco. Preen-
cha com o item ignorado
quando, realmente , não
dispuser de informações
suficientes sobre a variável
em questão. Esta prática
compromete a qualidade
dos dados e de sua análise,
bem como, as possíveis
propostas de intervenções.
7) Procure inserir infor-
mações no campo obser-
vações adicionais para
complementar os dados da
ficha.
8) É essencial que o muni-
cípio estabeleça uma rotina
para identificação de dupli-
cidade de caso e, se houver,
excluí-lo do banco de da-
dos do SINAN NET.
Ficha de Notificação/Investigação Individual de
Violência doméstica, sexual e/ou outras violências:
importante instrumento de vigilância de violências
Lembrem-se:
A implantação da
F i c h a d e
Notificação é um
processo gradual e
contínuo.
A c a p a c i t a ç ã o contínua dos técnicos é fundamental para a m e l h o r i a d a
No caso da notificação das violências, NÃO há investigação epidemio-lógica de campo como é feita para as doenças de notificação compulsória.
A data de encerramento da
ficha deve ser a mesma da
data de notificação
Página 9 Volume 1, número 1
Algumas publicações...
Impacto da Violência na Saúde dos Brasileiros (2005)
Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/impacto_violencia.pdf
Viva : vigilância de violências e acidentes, 2006 e 2007 (2009)
Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/viva_vigilancia_violencias_acidentes.pdf
Enfrentando a Violência (2005)
Disponível em: http://www.saude.df.gov.br/sites/100/163/00000906.pdf
Painel de Indicadores do SUS Nº 5 - Prevenção de Violências e Cultura de Paz (2008)
Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Painel_de_Indicadores_do_Sus_5.pdf
Violência: uma epidemia silenciosa nº 15, 16 e 17-(2008 e 2009)
Disponível em: http://www.conass.org.br/arquivos/file/conassdocumenta15.pdf
http://www.conass.org.br/arquivos/file/conassdocumenta16.pdf
http://www.conass.org.br/arquivos/file/conassdocumenta17.pdf
Enfrentando a Violência contra a Mulher (2005)
Disponível em: http://www.ucamcesec.com.br/arquivos/publicacoes/manual_enfrentando_violencia.pdf
Violência Intrafamiliar (2002)
Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd05_19.pdf
Notificação de Maus-tratos contra crianças e adolescentes pelos profissionais de saúde
(2002)
Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/notificacao_de_maus_tratos.pdf
Página 10 Vigilância de Violências
Legislação sobre a temática da
violência: algumas leis e portarias
• Lei Nº 8.069/1990—Estatuto da criança e do adolescente
• Portaria GM/MS Nº 1.968, de 25 de outubro de 2001 , que dispõe sobre a notificação, às
autoridades competentes, de casos de suspeita ou de confirmação de maus tratos contra crian-
ças e adolescentes atendidos nas entidades do Sistema Único de Saúde
Portaria MS/GM Nº737 de 16 de maio de 2001—Política Nacional de Redução da Mor-
bimortalidade por acidentes e violências
• Lei Nº 10.741/2003—Estatuto do Idoso
• Lei Nº 10.778/2003, que institui o serviço de notificação compulsória de violência contra a
mulher nos serviços públicos e privados de saúde
• Portaria Nº 2.406/GM de 5 de novembro de 2004, que institui serviço de notificação com-
pulsória de violência contra a mulher e aprova instrumento e fluxo para notificação
Portaria MS/GM Nº 687 de 30 de junho de 2006—Política Nacional de Promoção
da Saúde
• Portaria Nº 1.876 de 14 de agosto de 2006, que institui as diretrizes nacionais para preven-
ção do suicídio.
• Portaria Nº 2.472 de 31 de agosto de 2010, que define a relação de doenças, agravos (dentre
esses as violências) e eventos em saúde pública de notificação compulsória
Página 11 Vigilância de Violências
As informações apresentadas a
seguir referem-se aos casos de
violência notificados no SINAN
Net de Minas Gerais, nos anos de
2009 e 2010 (dados atualizados
em 13 de agosto de 2010) prove-
nientes da Ficha de Notificação
Individual de Violência Domésti-
ca, Sexual e/ou outras violências.
O número total de notificações foi
de 3.488 casos.
Em todas as Regionais de Saúde do Estado, com exceção das GRS Uberlândia e Leopoldina, houve municípios que apresentaram pelo menos uma notificação no SINAN Net, o que pode ser visua-lizado na figura 2. Na tabela 1, estão identificados todos os mu-nicípios com suas respectivas freqüências, em ordem decres-cente.
Análise dos dados de violências notificadas no
SINANNet—2009/2010
Belo Horizonte
Barbacena
Diamantina
Juiz de Fora
Montes Claros
Patos de Minas
Ponte Nova
Itabira
Pouso Alegre
Varginha
Uberlândia
Uberaba
Sete Lagoas
Divinópolis
Governador Valadares
Teófilo Otoni
Ubá
Pedra Azul
São João Del ReiAlfenas
Passos
Coronel Fabriciano
Manhumirim
Ituiutaba
Unaí
Leopoldina
Pirapora
Januária
Municípios
Sem notif icação
Com notif icação
Área da GRS
Figura 2– Municípios notificadores de casos de violências, segundo GRS . Minas Gerais, 2009-2010.
Dados atualizados em 13/08/2010.
Página 12 Vigilância de Violências
Tabela 1- Frequência de casos por município de notificação. Minas Gerais, 2009-2010.
MUNICÍPIOS n
Belo Horizonte 596
Patos de Minas 421
Contagem 392
Uberaba 331
Juiz de Fora 202
Betim 178
Montes Claros 138
Várzea da Palma 124
Machado 115
Sete Lagoas 100
Santa Luzia 74
Cruzília 61
Governador Valadares 61
São Sebastião do Paraíso 60
Buritis 54
Ribeirão das Neves 50
Poços de Caldas 48
Bambuí 43
Serro 35
Passa Quatro 34
Passos 23
Jaboticatubas 20
Corinto 15
Varginha 12
Pitangui 11
Araxá 10
%
17,09
12,07
11,24
9,49
5,79
5,10
3,96
3,56
3,30
2,87
2,12
1,75
1,75
1,72
1,55
1,43
1,38
1,23
1,00
0,97
0,66
0,57
0,43
0,34
0,32
0,29
Visconde do Rio Branco 10 0,29
MUNICÍPIOS n
Antônio Dias 9
Carangola 9
Ituiutaba 9
Pedra Azul 9
Pouso Alegre 9
Teófilo Otoni 9
Três Pontas 8
Desterro do Melo 7
Esmeraldas 7
Mariana 7
Brasília de Minas 6
Campo Belo 6
Conceição do Pará 6
Ibirité 6
Paracatu 6
Paraguaçu 6
São Lourenço 6
Conceição da Aparecida 5
Ponte Nova 5
São Domingos das Dores 5
Abaeté 4
Conceição do Rio Verde 4
Congonhas 4
Guanhães 4
Matozinhos 4
Mercês 4
%
0,26
0,26
0,26
0,26
0,26
0,26
0,23
0,20
0,20
0,20
0,17
0,17
0,17
0,17
0,17
0,17
0,17
0,14
0,14
0,14
0,11
0,11
0,11
0,11
0,11
0,11
Monte Belo 4 0,11
Página 13 Volume 1, número 1
MUNICÍPIOS n %
São Francisco 4 0,11
Carmo do Rio Claro 3 0,09
Itajubá 3 0,09
Pará de Minas 3 0,09
Piedade do Rio Grande 3 0,09
Pratinha 3 0,09
Presidente Kubitschek 3 0,09
São João Del Rei 3 0,09
São José do Goiabal 3 0,09
Ubá 3 0,09
Viçosa 3 0,09
Antônio Carlos 2 0,06
Barão de Cocais 2 0,06
Boa Esperança 2 0,06
Cabeceira Grande 2 0,06
Coronel Fabriciano 2 0,06
Coronel Pacheco 2 0,06
Engenheiro Navarro 2 0,06
Itabira 2 0,06
Lagoa Dourada 2 0,06
Lagoa Santa 2 0,06
Ouro Preto 2 0,06
São Domingos do Prata 2 0,06
São Vicente de Minas 2 0,06
Seritinga 2 0,06
Serranos 2 0,06
Unaí 2 0,06
Vargem Alegre 2 0,06
Vespasiano 2 0,06
Areado 1 0,03
Bela Vista de Minas 1 0,03
MUNICÍPIOS n %
Botumirim 1 0,03
Braúnas 1 0,03
Cabo Verde 1 0,03
Carmo da Cachoeira 1 0,03
Dom Joaquim 1 0,03
Guidoval 1 0,03
Igarapé 1 0,03
Iguatama 1 0,03
Itapagipe 1 0,03
Janaúba 1 0,03
Januária 1 0,03
João Pinheiro 1 0,03
Lagoa da Prata 1 0,03
Lagoa Grande 1 0,03
Medeiros 1 0,03
Mirabela 1 0,03
Nepomuceno 1 0,03
Piau 1 0,03
Pirapora 1 0,03
Pompéu 1 0,03
Prados 1 0,03
Presidente Bernardes 1 0,03
Sabará 1 0,03
Santo Antônio do Amparo 1 0,03
Santo Antônio do Monte 1 0,03
São Gonçalo do Abaeté 1 0,03
São Sebastião do Rio Verde 1 0,03
Senhora dos Remédios 1 0,03
Turmalina 1 0,03
Uruana de Minas 1 0,03
Página 14 Vigilância de Violências
A notificação de violência
doméstica, sexual e/ou outras
violências f0i inserida ao SI-
NAN, em 2009 e nesse ano
ocorreram 2.002 notifica-
ções. Em 2010, (dados atuali-
zados em 13/08/2010) foram
1.486 até o momento. Con-
cluímos, portanto, que entre
esses dois anos houve um
progresso quanto ao aumento
do número de casos notifica-
dos. Houve aumento percen-
tual de 23% no número médio
de notificações por mês
(Figura 3) Tal fato reforça a
disseminação e a importância
desse agravo na rede de saúde
do Estado.
Dentre todas as notificações
(n= 3.488) presentes no ban-
co de dados, mais da metade
delas tiveram como vítima
mulheres (Figura 4). Quanto à
raça/etnia (Figura 5), a maior
frequência foi registrada na
branca com 35,1%. Porém, ao
somarmos a parda e a preta,
ambas totalizam 37,9%. A-
quelas cuja variável foi igno-
rada representou 24%.
Em relação à faixa etária,
(Figura 6) observa-se que
houve um maior número de
casos entre os jovens de 20 a
39 anos, representando,
44,4% do total de notifica-
ções, conforme figura 11. Em
segundo lugar, destaca-se a
faixa etária de 10 a 19 anos
que foi responsável por 25,6%
dos casos.
Figura 4- Frequência de casos por sexo. Minas Gerais, 2009-2010.
Figura 3- Frequência de casos por ano de notificação. Minas Gerais, 2009-2010.
Figura 5- Frequência de casos por raça/etnia. Minas Gerais, 2009-
Figura 6- Frequência de casos por faixa etária. Minas Gerais, 2009-2010.
Em seguida, totalizando
14,3% dos casos, aparece a
faixa etária de 40 a 59 anos.
Os grupos etários que repre-
sentaram menores números
de casos foram as crianças
de 0 a 9 anos e idosos de 60
e mais anos, com 12,1% e
3,5%, respectivamente.
Página 15 Volume 1, número 1
A figura 7, que representa os
casos por zona de ocorrência,
mostra que a urbana é a que
possui o maior número de
notificações (62,5%). A soma-
tória do número de notifica-
ções na qual esse campo foi
deixado “em branco” ou pre-
enchido com “ignorado” cor-
respondem a 31,5% do núme-
ro total de notificações.
A “residência” foi o local de
ocorrência com maior núme-
ro de notificações (40,2%)
quando comparada aos ou-
tros locais. A opção
“ignorado” apresenta um con-
siderável percentual (30,4%)
dentre o total de notificações
(Figura 8). A análise desse
campo da ficha de notificação
revela a violência doméstica
dentro dos lares da população
mineira. Antes da inserção da
ficha nos serviços de saúde, a
violência nas vias públicas,
tinha maior visibilidade.
Figura 8- Frequência de casos por local de ocorrência. Minas Gerais, 2009-2010.
Figura 7- Frequência de casos por zona de ocorrência. Minas Gerais, 2009-2010.
Figura 9- Frequência de casos por escolaridade. Minas Gerais, 2009-2010.
Na variável escolaridade
44,8% das notificações tive-
ram o campo ignorado pre-
enchido. Em relação às de-
mais, percebeu-se que as
pessoas com nível de escola-
ridade inferior ao ensino
superior correspondeu ao
percentual de 37%. Enquan-
to que aquelas com ensino
superior incompleto ou com-
pleto representou 2,1%
(Figura 9).
Página 16 Vigilância de Violências
Figura 11- Frequência de casos por violência sofrida, segundo faixa etária. Minas
Gerais, 2009-2010.
Figura 10- Frequência de casos por violência sofrida, segundo sexo. Minas Gerais,
2009-2010.
Com relação ao tipo de vio-
lência, as três formas mais
freqüentes foram: violência
física com 2.621 notificações
(75,1%), violência sexual
com 931 casos (26,6%) e
violência psicológica/moral
com 753 notificações
(21,5%). O sexo feminino
apresentou percentual mais
elevado que o sexo masculi-
no em quase todos os tipos
de violência, sofrendo varia-
ção de acordo com a modali-
dade da violência (Figura 9).
Entre os homens, a tortura
foi o tipo de violência predo-
minante (76,4%) das notifi-
cações.
Em ambos os sexos. trabalho
infantil apresentou o mesmo
número de notificações
(Figura 10).
Deve-se ressaltar que devido
à possibilidade da ocorrên-
cia de mais de um tipo de
violência em um mesmo
caso, torna-se necessário
cautela, pois as análises dos
tipos de violência nesse rela-
tório foram feitas de forma
isolada.
Ao analisar os tipos de vio-
lência segundo faixa etária
(Figura 11), observou-se que
as crianças foram as que
mais sofreram negligência/
abandono (47,4%). Dentre
as faixas etárias que sofre-
ram intervenção legal, os
adolescentes tiveram 57,1%
de casos notificados. Na
violência financeira/ econô-
mica os idosos foram as mai-
ores vítimas com 31,6%.
Página 17 Volume 1, número 1
A respeito do meio de perpetrar a
agressão (Figura 12), nota-se que
a força corporal/espancamento
foi a mais frequente com 55,5%,
seguida da ameaça (12%) e da
utilização de objeto pérfuro-
cortante (9,4%). Entretanto, deve-
se levar também em consideração
o fato de que pode haver mais de
uma forma de agressão para o
mesmo caso. O que requer cuida-
do para a interpretação dos da-
dos.
Em relação à natureza da lesão
principal (Figura 13), em primeiro
lugar destacam-se as lesões por
corte, perfuração e laceração, que
respondem por 23% dos casos,
seguida pela contusão (22,1%). As
variáveis em branco e ignorado
totalizaram 16,5% do número das
notificações. As demais apresen-
taram percentual inferior a 5%
para cada tipo de lesão.
Observando os dados apresenta-
dos na figura 14, excluindo as
opções “não se aplica”, “em bran-
co”e “ignorado”, percebemos que
a parte do corpo mais atingida
durante os atos violentos corres-
pondeu à opção “cabeça/face”
com 38,6% dos casos notificados.
Em segundo lugar está a opção
“membros superiores” com 16,9%
do número de notificações, segui-
da de “múltiplos órgãos” com
7,1%.
Figura 13- Frequência de casos por natureza da lesão. Minas Gerais, 2009-2010.
Figura 14- Frequência de casos por parte do corpo atingida. Minas Gerais, 2009-
Figura 12- Frequência de casos por meio de agressão. Minas Gerais,
Página 18 Vigilância de Violências
Figura 15- Frequência de casos por número de autores envolvidos. Minas Gerais, 2009-2010.
Ao se analisar o número de
autores envolvidos, observa-
se que na maioria dos casos,
apenas um autor estava en-
volvido (56,8%). Somente
14,4% das notificações tive-
ram envolvimento de dois ou
mais autores. Por outro lado,
as opções ignorado e em
branco somaram 28,8%, res-
pectivamente. (Figura 15)
Figura 17- Frequência de casos por suspeita de uso de álcool pelo agressor. Minas Gerais, 2009-2010.
Quanto a variável suspeita de
uso de álcool pelo agressor
(Figura 17) em 32,3% dos
casos notificados foi referido
que não havia suspeita de
uso de álcool pelo agressor,
enquanto que 24,8% decla-
raram haver suspeita de con-
sumo de bebida alcoólica.
Figura 16- Frequência de casos por sexo do provável autor da agressão. Minas Gerais, 2009-2010.
Na Figura 16, o sexo masculi-
no foi referido como sendo o
principal autor das agressões
com 58,4% do número total
de notificações, posterior-
mente, a opção “ignorado”
vem com 27,6% e o sexo fe-
minino com 10,9%.
Página 19 Vigilância de Violências
Dentre as notificações de vio-
lências, o encaminhamento
ambulatorial foi o mais fre-
quente com 50,4% (Figura 14),
o que sugere que as violências
sofridas pelas vítimas têm gera-
do cuidados ambulatoriais.
Logo em seguida a variável
“Não se aplica” com 823 notifi-
cações que correspondem a
23,5%, significando que não
houve necessidade de encami-
nhamentos da vítima no setor
saúde. Ao se agrupar as variá-
veis: “ignorado” e “em branco”
estas totalizaram 16,7% das
notificações, o que interfere na
qualidade dos dados.
Figura 18- Frequência de casos por encaminhamento no setor saúde. Minas Gerais,
2009-2010.
Considerações Finais
A análise dos dados obtidos por meio da vigilân-
cia epidemiológica das violências (componente I),
embora incipiente e com limitações, aponta para
a necessidade de elaborar medidas de prevenção e
controle deste evento. Os resultados mostram
uma realidade que ao longo dos tempos foi velada
e/ou silenciada. Pode-se dizer, portanto, que este
componente do VIVA vem cumprindo um de seus
objetivos: contribuir para o aumento da cobertura
das informações, de forma que medidas de pre-
venção, de atenção e de proteção às pessoas víti-
mas ou em situação de violência sejam estabeleci-
das com base em evidências
Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis
“Violência: problema comum, solução deve ser pensada por todos”
(autor desconhecido)
Equipe:
Maria Leonor Ferreira Abasse
(Coordenadora)
Carolina Guimarães Marra
Hugo Ferreira Costa
Janaína Passos de Paula
Juliana Alves Belo
Leandro Sérgio da Silva
Thiago Miranda Bicalho
Tiago Campos Silva
Avenida Afonso Pena , 2300/15º
andar - Funcionários
Telefones: (31) 3215.7253 ou
3215.7254
E-mail: [email protected]
Elaboração
Coordenadoria de Doenças e Agravos Não
Transmissíveis (CDANT)