Relatorio Sensorial Escala Do Ideal

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1. INTRODUÇÃO 1.1 – Fundamentos teóricos 1.1.1 – Escala do ideal Usado para avaliar a aceitabilidade de um determinado atributo, servindo para determinar os valores ótimos de um atributo no produto. (STEDEFELDT) Na escala do ideal o indivíduo expressa o quão ideal o produto está em relação à intensidade de um atributo específico. Geralmente, a escala possui de 3 a 5 pontos, podendo conter termos opostos como, por exemplo, “muito fraco” a “muito forte” e no centro da escala o termo “ideal”, de tal forma que tenha números iguais de categorias de ambos os lados. São apresentadas ao julgador amostras codificadas e aleatorizadas para indicar o quão ideal está certo produto em relação a termos pré-definidos (Ficha 1). Geralmente, os dados obtidos são avaliados na forma de porcentagem de julgamentos, podendo ser utilizado um limite de 70% de respostas para o termo “ideal”. O resultado também pode ser avaliado elaborando-se um gráfico de freqüências das respostas através de histogramas ou comparando-se a distribuição das respostas das amostras avaliadas com uma amostra-padrão pelo teste Qui-quadrado ou por regressão linear simples. Recomenda-se que o número de julgadores selecionados esteja entre 50 e 100. (RODAS) 1.2 – Objetivo Determinar o quanto uma determinada característica sensorial se encontra mais ou menos intensa que o ideal, em relação ao seu padrão mental. 2. PARTE EXPERIMENTAL 2.1 – Material necessário Salgadinhos de milho; Bandeja e copos descartáveis;

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1. INTRODUÇÃO

1.1 – Fundamentos teóricos

1.1.1 – Escala do ideal

Usado para avaliar a aceitabilidade de um determinado atributo, servindo para determinar os valores ótimos de um atributo no produto. (STEDEFELDT)Na escala do ideal o indivíduo expressa o quão ideal o produto está em relação à intensidade de um atributo específico. Geralmente, a escala possui de 3 a 5 pontos, podendo conter termos opostos como, por exemplo, “muito fraco” a “muito forte” e no centro da escala o termo “ideal”, de tal forma que tenha números iguais de categorias de ambos os lados. São apresentadas ao julgador amostras codificadas e aleatorizadas para indicar o quão ideal está certo produto em relação a termos pré-definidos (Ficha 1). Geralmente, os dados obtidos são avaliados na forma de porcentagem de julgamentos, podendo ser utilizado um limite de 70% de respostas para o termo “ideal”. O resultado também pode ser avaliado elaborando-se um gráfico de freqüências das respostas através de histogramas ou comparando-se a distribuição das respostas das amostras avaliadas com uma amostra-padrão pelo teste Qui-quadrado ou por regressão linear simples. Recomenda-se que o número de julgadores selecionados esteja entre 50 e 100. (RODAS)

1.2 – Objetivo

Determinar o quanto uma determinada característica sensorial se encontra mais ou

menos intensa que o ideal, em relação ao seu padrão mental.

2. PARTE EXPERIMENTAL

2.1 – Material necessário

Salgadinhos de milho;

Bandeja e copos descartáveis;

Caneta e ficha para análise do teste;

2.2 – Procedimento

Inicialmente as amostras são codificadas e delineadas. Em seguida são foram

apresentadas ao julgador de forma monádica e sequencial, solicitando-os que

avaliassem o quanto a CROCÂNCIA e SABOR DE QUEIJO das amostras estavam

próximos ou não do ideal utilizando a seguinte escala:

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+4 – Extremamente mais forte que o ideal+3 – muito mais forte que o ideal+2 – moderadamente mais forte que o ideal+1 – ligeiramente mais forte que o ideal 0 – ideal -1 – ligeiramente menos forte que o ideal-2 – moderadamente menos forte que o ideal-3 – muito menos forte que o ideal-4 – extremamente menos forte que o ideal

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Participaram deste teste 30 julgadores, cada qual analisando 2 amostras. Os dados abaixo mostram os resultados obtidos neste teste:

Escala do ideal

Crocância Sabor de queijoA B A B

-4 0 0 0 3-3 0 0 0 1-2 1 1 3 2-1 0 6 5 70 7 13 7 61 6 1 6 52 3 5 7 03 8 1 2 24 5 3 0 1

Tabela 1 – Resultados obtidos no Teste do ideal

3.1 – Histogramas

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Extre

mamen

te men

os forte

que o id

eal

Muito m

enos f

orte que o

idea

l

Moderadam

ente

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l

Ligeir

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Ideal

Ligera

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l

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idea

l

Extre

mamen

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forte

que o id

eal

0% 0%3%

0%

23%20%

10%

27%

17%

Amostra A

Gráfico 1 – Amostra A - Crocância

O gráfico 1 mostra que (26,67%) dos julgadores disseram que a amostra A no quesito crocância, esta muito mais forte que o ideal e 3,33% julgaram estar moderadamente menos forte que o ideal.

0% 0%

10%17%

23%20%

23%

7%0%

Amostra A

Gráfico 2 – Amostra A, sabor queijo.

No quesito sabor queijo do salgadinho de milho, 23,30% julgaram que a amostra A tanto esta ideal como esta moderadamente mais forte que o ideal.

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Extre

mamen

te men

os forte

que o id

eal

Muito m

enos f

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idea

l

Moderadam

ente

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l

Ligeir

amen

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os forte

que o id

eal

Ideal

Ligera

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Moderadam

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Extre

mamen

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eal

0% 0% 3%

20%

43%

3%

17%

3%10%

Amostra B

Gráfico 3 – Amostra B, crocância

43,33% dos julgadores, neste caso a maioria, disseram que a amostra B é ideal, ou seja, não esta nem mais ou menos forte que o ideal.

10.00%3.33%

6.66%

23.30%20.00%

16.67%

0.00%6.66%

3.33%

Amostra B

Gráfico 4 – Amostra B - Sabor queijo

Os dados do gráfico 4 revelam que 23,30% dos julgadores acharam que a amostra B possui um sabor de queijo ligeiramente menor que o ideal e 3,33% julgaram muito menos forte que o ideal e extremamente mais forte que o ideal.

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0%10%20%30%40%50%

Amostra A x B

Series1Series2

Gráfico 4 – Amostra A x B - Crocância.

A série 1 aqui mostrado no gráfico revela a amostra A e a série 2 a amostra B, comparando-as em relação ao quesito CROCÂNCIA, a amostra B (43,33%) foi considerada mais aceita que a amostra A (23,30%).

0%5%

10%15%20%25%

Amostra A x B

Series1Series2

Gráfico 6 – Amostra A x B - Sabor queijo.

O gráfico 6 mostra, que em relação ao quesito sabor de queijo a amostra A (23,30%) revelou-se a mais ideal comparada com a amostra B (20%).

4. CONCLUSÃO

Conclui-se, portanto que foi possível conhecer um dos métodos afetivos e determinar o quanto uma determinada característica sensorial se encontrava mais ou menos intensa

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que o ideal, em relação ao seu padrão mental. No quesito crocância a amostra B é mais ideal que a amostra A, e no quesito sabor queijo a amostra A é mais ideal que a B.

5. REFERÊNCIAS

RODAS, Maria e TORRE, Jussara C. M. Métodos Físico-Químicos para Análise de Alimentos - 4ª Edição. 1ª Edição Digital. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/11757612/Analise-Sensorial-de-Alimentos-Capitulo-6>. Acesso em 12 de Maio de 2012.

STEDEFELDT. Elke. Como aplicar os Testes de Aceitabilidade. Disponível em: < www.fnde.gov.br/index.php/downloads/.../217.../download>. Acesso em 15 de Maio de 2012.