Relatório prática 7..docx
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IFBA-INSTITUTO FEDERAL DA BAHIA
LICENCIATURA EM QUÍMICA
QUÍMICA EXPERIMENTAL II
DANIELLE FÉLIX
PODER OXIDANTE E REDUTOR
FABIANA BARBOSA
MATEUS CARAPIÁ
SHEILA SILVA
PORTO SEGURO, Junho de 2013
PODER OXIDANTE E REDUTOR
Relatório apresentado à disciplina
Química Experimental II ministrada
pela Profª Danielle Félix como
requisito parcial de avaliação
Semestre 2013.1
PRÁTICA 7: REALIZADA EM 05/06 /2013
INTRODUÇÃO
Fenômenos ou reações de oxidação são chamados abreviadamente de
oxirredução, oxi-red ou redox, dos mais importantes na Química e dos mais frequentes no
cotidiano.
As reações que envolvem perda e ganho de elétrons são denominadas reações de
oxirredução. Algumas delas são muito importantes no mundo que nos cerca e estão
presentes nos processos que permitem a manutenção da vida.
As reações de redução e oxidação (conhecidas como redox) envolvem a
transferência de elétrons (e-) de uma molécula para outra. O processo de perda de elétrons
é chamado de oxidação e o processo de ganho de elétrons é chamado de redução.
Quando uma substância é oxidada, o número de oxidação de um de seus átomos
aumenta (torna-se mais positivo), pois são perdidos elétrons. Do mesmo modo, quando uma
substância é reduzida, o número de oxidação de um de seus átomos diminui (torna-se mais
negativo), pois elétrons são ganhos.
Entende-se por número de oxidação (NOX), a carga que um átomo adquire quando
participa de uma ligação e que ajuda a entender como os elétrons estão distribuídos entre
as espécies que participam de uma molécula de um composto iônico.
Nos íons simples, o número de oxidação é a carga elétrica real do íon. Nos
compostos covalentes, o número de oxidação é carga elétrica que o átomo teoricamente iria
adquirir se houvesse a ruptura da ligação covalente, ficando o eletro com o átomo mais
eletronegativo.
OBJETIVOS
•Analisar os fatores que afetam o poder redutor de alguns metais
•Analisar os fatores que afetam o poder oxidante de alguns halogênios
•Evidenciar a ação antioxidante da vitamina C em amostras reais
MATERIAL E REAGENTES
Materiais Reagentes
Tubo de ensaio Limalha de ferro (esponja de aço)
Pinça metálica Tiras de alumínio (Papel alumínio)
Pipeta Pasteur ou conta-gotas Solução de HCl 50% v/v
(ou ácido muriático)
Pipeta graduada 5 mL Solução aquosa de KI
Béquer 50mL Solução de cloro (água sanitária)
Estante para tubo de ensaio Solução de iodo
Pera Vitamina C (ácido ascórbico) P.A 0,3g
Amostra de suco industrializado
Suco da fruta de laranja
METODOLOGIA
Experimento 1
Adicionou-se 5 mL da solução de HCl em um tubo de ensaio, em seguida um
pequeno pedaço da limalha de ferro (espoja de aço) foi colocado dentro do tubo. Observou-
se o resultado, sendo feita as devidas anotações.
Experimento 2
Em um tubo de ensaio foi adicionado 5 mL da solução de HCl, e adicionado ao
tubo um pequeno pedaço de tira de alumínio (Papel alumínio). Foram feitas as observações
e os resultados foram registrados.
Experimento 3
Adicionou-se 2 mL de solução aquosa de iodeto de potássio ao tubo de ensaio,
posteriormente, foi acrescentado ao tubo 6 gotas de água de cloro, agitou-se a solução e
foram feitas observações em relação à coloração da solução.
Experimento 4
Em um tubo de ensaio adicionou-se uma pequena porção de vitamina “C”. Em
seguida acrescentou cerca de 2 mL da solução de iodeto de potássio ao tubo, após agitar a
solução, foi adicionado 10 gotas de água de cloro. O resultado foi observado para
posteriormente ser comparado com o experimento3.
Experimento 5
Foram retirados 2 mL de uma amostra de suco industrializado de goiaba (Maratá)
e adicionado ao tubo de ensaio, em seguida foi colocado 4 gotas da solução de Iodo, até a
amostra do tubo “escurecer”.
Experimento 6
Em um tubo de ensaio foi adicionado 2 mL da amostra de suco da fruta de laranja,
sendo acrescentadas ao tubo 4 gotas da solução de iodo, até a amostra do tubo
“escurecer”.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Experimento 1
Após a imersão da limalha de ferro no tubo de ensaio contendo a Solução de HCl
50% v/v, observou-se formação progressiva de bolhas (H2), posteriormente o cheiro exalado
característico cloreto de ferro II (FeCl2), não houve alteração na coloração. A reação foi de
Simples Troca ou deslocamento e é expressa pela fórmula balanceada a seguir.
Fe +2HCl → FeCl2 + H2
Respectivos Nox’s (XNox) Fe0 + 2H+Cl- → Fe+2Cl2- + H20
(Houve variação do Nox do Fe (0→+2) e do H (+1→0))
Experimento 2
Ao ser submerso na Solução de HCl 50% v/v, o papel alumínio utilizado reagiu
progressivamente após 3 segundos, o tempo para iniciar a reação é devido á degradação do
Óxido de Alumínio (Al2O3) que se forma na superfície e só possibilita a reação do Alumínio
metálico após sua corrosão pelo ácido.
Após ser colocada a tira de Alumínio na solução de HCl 50% vv, houve imediata
liberação de H2(g), logo após, uma aceleração na liberação de H2(g) seguido de
aquecimento liberando energia (exotérmica), parte da solução foi expelida para fora do tubo,
houve também alteração na coloração de incolor para cinza grafite. A reação foi de Simples
Troca e é expressa pela fórmula balanceada a seguir.
2 Al + 6 HCl → 2 AlCl3 + 3 H2
Respectivos Nox’s (XNox) 2 Al0 + 6 H+Cl-→ 2 Al+3Cl3- + 3 H20
(Houve variação do Nox do Al (0→+3) e do H (+1→0))
Experimento 3
Com a adição da água sanitária (NaClO) à Solução Iodeto de Potássio (KI), pode
ser observada a reação ocorrendo no primeiro gotejamento. Houve a formação de uma
coloração amarelo-ouro no meio aquoso, sem formação de bolhas ou outros fenômenos que
indicam uma reação, exceto pela mudança de coloração.
A reação foi de Simples Troca e é expressa pela fórmula balanceada a seguir.
NaClO + KI → NaI + KClO
Respectivos Nox’s (XNox) Na+CI+O-2 + K+I- → Na+I- + K+Cl+O-2
(Não Houve Variação do Nox dos elementos)
Descobrindo o Nox do Cl na espécie química NaClO:
NaClO→ NOX : Na= +1,O= -2, Cl=?
Cl + 1 + (-2) = 0
Cl -1 = 0
Nox Cl = +1
Experimento 4
Após a mistura da Vitamina C (C6H8O6) com a solução de Iodeto de Potássio (KI),
nada ocorreu, pode-se afirmar que não houve reação. Quando a água de cloro é adicionada
à solução de iodeto de potássio e vitamina “C” a reação não ocorre, devido ao caráter
antioxidante da vitamina “C”. O ácido ascórbico se oxida facilmente, por isso em reações de
oxi-redução, como a que ocorre entre o iodeto e o cloro, ele atua como antioxidante, já que
ele oxida no lugar da espécie que iria ser oxidada em sua ausência.
C6H8O6 + KI → NÃO OCORRE REAÇÃO
Respectivos Nox’s (XNox) C6+2\3 H8+O6
-2 + K+I- → NÃO OCORRE REAÇÃO
Descobrindo o Nox Médio do C na espécie química C6H8O6:
C6H8O6→ NOX: H= +1, O= -2, C=?
(C(Nox)) + 8 + (-12) = 0
(C(Nox)) -4 = 0
C = +4 →Nox (C\6)= +4\6 ou +2\3
Experimento 5 e 6
Após a mistura de 4 gotas de solução de Iodo ao suco de goiaba industrializado
(Maratá) em um tubo de ensaio e repetindo o experimento substituindo o suco
industrializado por suco de laranja extraído da fruta diretamente, observou-se o
escurecimento das amostras, pode-se concluir que houve uma imediata reação entre a
solução de Iodo molecular que possui poder reativo razoável e o C6H8O6 presente nos
sucos.
A reação de decomposição está balanceada e expressa a seguir.
C6H8O6 + I2 → 2I- + C6H6O6 + 2H
Respectivos Nox’s (XNox) C6+2\3 H8+O6
-2 + I20 → 2I- + C6
+H6+O6
-2 + 2H0
(Houve variação do Nox do C (+2\3→+1), I (0→-1) e dos H liberados (+1→0).
CONCLUSÃO
Com a realização dos experimentos pode-se observar o poder reativo dos metais e
ametais como visto na literatura. Nas reações realizadas diversos fenômenos (reação
exotérmica, alteração de coloração, odores e formação de bolhas) foram identificados a fim
de confirmar que houve transformação de matéria devido o poder reativo dos reagentes
oxidantes e redutores.
Foi possível identificar também, os motivos que acarretam uma reação, a partir da
fila de reatividade dos elementos, além da impossibilidade da reação entre o iodeto de
potássio (KI) e a vitamina C, devido ao seu caráter anti-oxidante.
REFERÊNCIAS
ATKINS, Peter e JONES, Loretta. Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna e o
Meio Ambiente; tradução Ricardo Bicca de Alencastro. 3ª Edição. Editora Bookman. Porto
Alegre, 2006.
Feltre, Ricardo, 1928. – Química/ Ricardo Feltre. – 6. ed. – São Paulo : Moderna, 2004
Nobrega, Olímpio Salgado. Química, volume único / Olímpio Salgado Nobrega, Eduardo
Roberto da Silva, Ruth Hashimoto da Silva ; ilustrações Fernando Nunes de Araújo. – 1. ed.
– São Paulo : Ática, 2005.
QUESTIONÁRIO
1) O que você observou quando o fragmento de alumínio e limalha de ferro entrou em
contato com a solução de HCl?
Experimento I: A reação ocorrida é a seguinte
Fe (s) + 2 HCl (aq) → FeCl2(aq) + 2H(g): Inicialmente houve imediata liberação de H2(g),
através de bolhas, posteriormente o cheiro exalado característico cloreto de ferro II (FeCl2),
não houve alteração da cor.
Experimento II: A reação ocorrida é a seguinte:
2 Al(s) + 6 HCl(aq) → 2AlCl3(aq) + 3 H2(g)
Após ser submersa a tira de Alumínio na solução de HCl 50% vv, houve imediata liberação
de H2(g), logo após, uma aceleração na liberação de H2(g) seguido de aquecimento
liberando energia(exotérmica), parte da solução foi expelida para fora do tubo, houve
também alteração na coloração de incolor para cinza grafite.
2) Discuta a transformação química que ocorre quando os metais entram em contato
com a solução de HCl. Escreva as equações envolvidas.
Os metais quando colocados em presença do ácido liberam gás hidrogênio. Nos casos
abaixo houve reação de simples troca ou deslocamento, pois uma substância simples (Fe,
Al) deslocou o elemento (H) em uma sustância composta.
Fe + 2HCl → FeCl2 + H2
↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓
0 +1-1 +2-1 0
O Ferro (Fe) sofreu oxidação, doou elétrons e hidrogênio (H) sofreu redução, ganhou
elétrons.
2Al + 6HCl→ 2 AlCl3 + 3H2
↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓
0 +1-1 +3-1 0
O Alumínio (Al) sofreu oxidação, doou elétrons e o hidrogênio (H) sofreu redução, ganhou
elétrons.
3) Com base nos experimentos 1 e 2, discuta qual elemento possui maior
poder redutor: o Ferro ou o Alumínio?
Fila de reatividade dos metais:
Metais da col. 1A > col. 2A > Al > Zn > Fe > H > Cu > Hg > Ag > Pt > Au
Metais nobres
De acordo com a ordem de reatividade o Alumínio por ser mais reativo possui maior
tendência a reduzir-se que o Ferro. Ou seja, maior tendência a perder elétrons.
4) Qual a relação entre o poder redutor do metal e a energia de ionização?
Os metais têm, na maior parte dos casos, grandes poderes redutores, uma vez que
facilmente perdem elétrons. A energia de ionização cresce da esquerda para direita, de
baixo para cima. Os metais alcalinos tem a menor energia de ionização. Sendo assim
conseguimos afirmar qual a possibilidade de um metal promover a deslocação do hidrogênio
de um ácido, como, por exemplo, do ácido clorídrico. Os metais alcalinos são
particularmente redutores, originando a libertação de hidrogênio Quanto maior o poder
redutor, menor a energia de ionização.
5) Descreva com equações químicas as transformações envolvidas nos experimentos
3 e 4.
No experimento 3, a reação foi de Simples Troca e é expressa pela fórmula
balanceada a seguir:
NaClO + KI → NaI + KClO
No experimento 4 quando a água de cloro é adicionada à solução de iodeto de potássio e
vitamina “C” a reação não ocorre, devido ao caráter antioxidante da vitamina “C”. O ácido
ascórbico se oxida facilmente, por isso em reações de oxi-redução, como a que ocorre entre
o iodeto e o cloro, ele atua como antioxidante, já que ele oxida no lugar da espécie que iria
ser oxidada em sua ausência.
C6H8O6 + KI → NÃO OCORRE REAÇÃO
Respectivos Nox’s (XNox) C6 +2/3 H8+O6-2 + K+I- → NÃO OCORRE REAÇÃO
6)Qual elemento possui maior poder oxidante: o Cloro ou o Iodo?
Fila de reatividade dos ametais: F > O > N > Cl > Br > I > S > P > C
O cloro tem maior poder oxidante, pois é capaz de deslocar o iodo, numa reação ele desloca
os ânions I- transformando-se na espécie composta.
O processo inverso não ocorre porque o poder de deslocamento do I2 é muito fraco quando
comparado ao Cl2.
7.Qual a fórmula química estrutural da vitamina C? Determine as hibridizações de
cada carbono da molécula.
Todo carbono com quatro ligantes simples sofre hibridação sp³. A configuração espacial
do carbono híbrido em sp3 é tetraédrica
Número de orbitais híbridos = 4
Trata-se de carbono "saturado" (ligações sigma).
Todo carbono de uma dupla C = sofre hibridação sp². A configuração espacial do carbono
híbrido em sp2 é trigonal plana
Número de orbitais híbridos = 3 - no plano trigonal.
Número de orbitais "p puro" = 1 - perpendicular ao plano trigonal.
Trata-se de carbono "insaturado" com uma dupla ligação e duas ligações simples (três
ligações do tipo sigma e uma do tipo pi).
Ácido ascórbico C6H8O6
OH O \ / \ OH-CH2-CH-CH………C=O \ / HO- C = C - OH
8.A partir do observado, discuta a importante capacidade anti-oxidante da vitamina C,
Um antioxidante é uma molécula capaz de inibir a oxidação de outras moléculas. A
oxidação é uma reação química que transfere elétrons ou hidrogênio de uma substância
para um agente oxidante. As reações de oxidação podem produzir radicais livres. Por sua
vez, estes radicais podem dar início a reações em cadeia. Os antioxidantes interrompem
estas reações em cadeia eliminando os radicais livres intermediários e inibindo outras
reações de oxidação. Isto é conseguido através da sua própria oxidação, por isso os
antioxidantes são frequentemente agentes de redução, como o ácido ascórbico.
O ácido ascórbico se oxida facilmente, por isso em reações de oxi-redução, como a
que ocorre entre o iodeto e o cloro, ele atua como antioxidante, já que ele oxida no lugar da
espécie que iria ser oxidada em sua ausência. É um transferidor de íons H+, participando na
regulação do potencial de oxidorredução, sendo reversivelmente oxidada em ácido
deidroascórbico.
9.Faça uma tabela com as amostras de sucos utilizadas e o total de gotas adicionadas
da solução de KI. Coloque em ordem crescente de concentração de ácido ascórbico
nas amostras.
Sucos Gotas
Ácido ascórbico C6H8O6 0,3 g 2 mL KI / 10 gotas de cloro
Suco da fruta laranja 2 mL 4 gotas de I
Suco de goiaba (Maratá) 2 mL 4 gotas de I
10. Proponham um pequeno roteiro para se executar esta prática com materiais
encontrados no comércio local e calcule os custos para montagem de 06 kit´s de
prática.
Oxirredução: Reação entre o ferro e o ácido clorídrico
Material:
Material
2 tubos de ensaio
Rolha furada no centro
Uma mangueira flexível 40 cm
Pedaço de Bombril
Béquer 250 mL
Conta-gotas
Pinça metálica
Reagentes:
Reagente
1 mL de ácido clorídrico (HCl)
3 mL de água
Fósforo
Procedimento:
Faça a seguinte montagem para a coleta de hidrogênio:
Utilize o conta-gotas para medir 1mL de ácido muriático e 3 mL de água.
Com o auxilio de uma pinça adicione um pedaço da esponja de aço (Bombril).
Logo após a adição da solução no tubo de ensaio contendo a esponja de aço
(Bombril), feche-o com a rolha adaptada à mangueira; coloque a outra extremidade
desta no outro tubo, tal como mostra a figura.
Quando o tubo de ensaio estiver cheio de gás, retire-o com a concavidade voltada
para baixo e, com cuidado, aproxime dele um palito de fósforo aceso. Observe a
pequena explosão, que é a combustão do hidrogênio.
Questões propostas para a prática
1. Equacionar a reação entre o ferro e ácido.Resp: Fe + 2HCl → FeCl2 + H2
2. Determinar o nox de cada elemento. Resp: Fe + 2HCl → FeCl2 + H2
↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ 0 +1-1 +2-1 0
3.Quais espécies sofreram oxidação e redução?Resp: Oxidação o Fe, e redução o H.
4.Qual é o agente oxidante e qual é o redutor?Resp: Oxidante: H; Redutor: Fe.
5.Por que após retirarmos o tubo de ensaio contendo H2(g) devemos mantê-lo com a concavidade para baixo?Resp: Por que o gás H2(g) é menos denso que o ar
Referência
Hartiwig,Souza,Mota Química2,Físico-Química, Manual do professor editora Scipione, 1999 pg.61,62