RELATÓRIO PARCIAL (Projeto 2038/17) - agrisus.org.br · viáveis (SPV) de Brachiaria brizantha cv....

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RELATÓRIO PARCIAL (Projeto 2038/17) Título: FÍSICA DO SOLO E MATÉRIA ORGÂNICA EM SISTEMAS DE PRODUÇÃO AGRÍCOLA DE CERRADO Subtítulo: FÍSICA DO SOLO, ESTOQUE DE CARBONO E QUALIDADE DA MATÉRIA ORGÂNICA EM SISTEMAS DE PRODUÇÃO ENVOLVENDO CULTURAS GRANÍFERAS E CAPIM BRAQUIÁRIA EM PLANTIO DIRETO, UTILIZANDO AS CONDIÇÕES DE SOLO DE CERRADO COMO REFERÊNCIA. Responsável: Émerson Borghi (Eng. Agrônomo, Dr.) Pesquisador em Sistemas de Produção - Fitotecnia Embrapa Milho e Sorgo Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Sete Lagoas/MG [email protected] Colaboradores: Juliano Carlos Calonego (Eng. Agrônomo, Dr.) Professor no curso de agronomia da FCA/UNESP-Botucatu (SP). [email protected] Miguel Marques Gontijo Neto (Eng. Agrônomo, Dr.) - Pesquisador/Embrapa Milho e Sorgo. Sete Lagoas/MG. [email protected] Juslei Figueiredo da Silva. Doutoranda em Agronomia - Agricultura, UNESP Botucatu. [email protected] Álvaro Vilela de Resende (Eng. Agrônomo, Dr.) - Pesquisador/Embrapa Milho e Sorgo. Sete Lagoas/MG. [email protected] Natureza do Projeto Pesquisa Agronômica Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 23.200,00 Vigência do Projeto: até 30/12/2018 1- RESUMO DO PROJETO DE PESQUISA Em condições de clima tropical os desafios para o incremento da matéria orgânica do solo (MOS) são maiores, já que as temperaturas médias elevadas aumentam a atividade microbiana, o que demanda um elevado e constante aporte de matéria seca (MS) e carbono (C) ao solo. Nesse sentido, em rotações de culturas entre plantas forrageiras e produtoras de grãos, as chances de sucesso podem aumentar com o aporte de MOS, com conservação da água no solo, melhorias nas condições físicas, químicas e biológicas do perfil, e crescimento das raízes em profundidade, principalmente em sucessão ao cultivo da braquiária, com alto aporte de resíduo vegetal da parte aérea e radicular, auxiliando na cobertura e estruturação do solo. A pesquisa será conduzida durante a safra 2016/17 na Embrapa Milho e Sorgo em Sete Lagoas, MG, em Latossolo Vermelho-escuro A moderado, textura muito argilosa, fase cerrado subcaducifólio, relevo suave ondulado. O experimento é conduzido em semeadura

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RELATÓRIO PARCIAL (Projeto 2038/17)

Título: FÍSICA DO SOLO E MATÉRIA ORGÂNICA EM SISTEMAS DE PRODUÇÃOAGRÍCOLA DE CERRADO

Subtítulo: FÍSICA DO SOLO, ESTOQUE DE CARBONO E QUALIDADE DA MATÉRIAORGÂNICA EM SISTEMAS DE PRODUÇÃO ENVOLVENDO CULTURASGRANÍFERAS E CAPIM BRAQUIÁRIA EM PLANTIO DIRETO, UTILIZANDO ASCONDIÇÕES DE SOLO DE CERRADO COMO REFERÊNCIA.

Responsável: Émerson Borghi (Eng. Agrônomo, Dr.) Pesquisador em Sistemas de Produção - FitotecniaEmbrapa Milho e SorgoEmpresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)Sete Lagoas/[email protected]

Colaboradores: Juliano Carlos Calonego (Eng. Agrônomo, Dr.)Professor no curso de agronomia da FCA/UNESP-Botucatu (SP)[email protected] Marques Gontijo Neto (Eng. Agrônomo, Dr.) -Pesquisador/Embrapa Milho e Sorgo. Sete Lagoas/[email protected] Figueiredo da Silva. Doutoranda em Agronomia - Agricultura, UNESP Botucatu. [email protected]Álvaro Vilela de Resende (Eng. Agrônomo, Dr.) - Pesquisador/Embrapa Milho e Sorgo. Sete Lagoas/MG. [email protected]

Natureza do ProjetoPesquisa Agronômica

Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 23.200,00

Vigência do Projeto: até 30/12/2018

1- RESUMO DO PROJETO DE PESQUISA

Em condições de clima tropical os desafios para o incremento da matéria orgânica dosolo (MOS) são maiores, já que as temperaturas médias elevadas aumentam a atividademicrobiana, o que demanda um elevado e constante aporte de matéria seca (MS) e carbono(C) ao solo. Nesse sentido, em rotações de culturas entre plantas forrageiras e produtoras degrãos, as chances de sucesso podem aumentar com o aporte de MOS, com conservação daágua no solo, melhorias nas condições físicas, químicas e biológicas do perfil, e crescimentodas raízes em profundidade, principalmente em sucessão ao cultivo da braquiária, com altoaporte de resíduo vegetal da parte aérea e radicular, auxiliando na cobertura e estruturação dosolo. A pesquisa será conduzida durante a safra 2016/17 na Embrapa Milho e Sorgo em SeteLagoas, MG, em Latossolo Vermelho-escuro A moderado, textura muito argilosa, fasecerrado subcaducifólio, relevo suave ondulado. O experimento é conduzido em semeadura

direta desde de 2010, envolvendo diferentes sucessões de culturas. O delineamentoexperimental será em blocos ao acaso com três repetições e parcelas de 168 m2 (12 x 14 m).Os tratamentos constituem nove sistemas de produção e uma área de mata nativa (Cerrado),sendo eles: 1- Milho solteiro em monocultivo; 2- Santa-Fé (Milho consorciado com B.brizantha cv Piatã) em monocultivo; 3- Soja em monocultivo; 4- Pastagem de B. brizantha cvPiatã em monocultivo; 5- Soja e Santa-Fé em rotação anual; 6- Sequência Santa-Fé ePastagem de Piatã em rotação anual; 7- Sequência com Santa-Fé e pastagem por 2 anos; 8-Sequência com Soja, Santa-Fé e pastagem em rotação anual; 9- Sequência com Soja, Santa-Fé e pastagem por 2 anos em rotação; 10- Cerrado nativo (testemunha para parâmetros dosolo). Serão realizadas amostragens de solo para análises de fertilidade, C e N totais, relaçãoC/N do solo, e matéria orgânica por meio de fracionamento físico e químico. Serão coletadasamostras indeformadas utilizando anéis volumétricos para avaliação da densidade aparente,porosidade total, macro e microporosidade, e curva de retenção de água no solo (camada de0-0,10 m). O solo também será amostrado na forma de monólitos, na camada de 0-0,10 m,para a avaliação da estabilidade dos agregados. Será calculado o estoque de carbono (EC)com base nos dados obtidos, assim como o índice de manejo de carbono (IMC). A palhasobre o solo será amostrada para determinação da cobertura morta, exportação de nutrientes,teores de C e N, lignina, celulose e hemicelulose. Os dados serão submetidos à ANOVA peloteste F e as médias comparadas pelo teste t (p≤0,05).

2. OBJETIVO DO EXPERIMENTO

Objetiva-se com este trabalho avaliar o efeito de diferentes sistemas de produção

envolvendo o cultivo de Brachiaria brizantha cv Piatã, em monocultivo ou em rotação com

soja e milho, conduzido há seis anos em Sistema Plantio Direto, relacionando com o aporte e

com a qualidade dos resíduos vegetais.

3. DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO

3.1 Localização da área experimental

O experimento foi iniciado no ano de 2010 e está sendo conduzido em área

pertencente à Embrapa Milho e Sorgo no município de Sete Lagoas, MG (19° 28’S; 44°

15’W e 732m). O solo da área experimental é um Latossolo Vermelho-escuro A moderado,

textura argilosa, fase cerrado subcaducifólio e relevo suave ondulado.

3.2. Tratamentos e delineamento experimental

O delineamento experimental é em blocos inteiramente casualizados, com três

repetições. Cada parcela foi constituída por 12 m de largura e 14 m de comprimento (168 m2).

Os tratamentos avaliados constituem 9 sistemas de produção, além de uma área com mata

nativa (Cerrado), somando 10 tratamentos.

1- Milho solteiro em monocultivo (M)

2- Santa-Fé (Milho consorciado com B. brizantha cv. Piatã) em monocultivo (SF)

3- Soja em monocultivo (S)

4- Pastagem de B.brizantha cv. Piatã em monocultivo (P)

5- Soja e Santa-Fé em rotação anual

6- Sequencia Santa-Fé e Pastagem de piatã em rotação anual

7- Sequência com Santa-Fé e pastagem por 2 anos

8- Sequência com Soja, Santa-Fé e Pastagem em rotação anual

9- Sequência com Soja, Santa-Fé e pastagem por 2 anos em rotação

10- Cerrado nativo (testemunha para parâmetros do solo) (C)

O histórico de cultivo de cada tratamento está apresentado no quadro 1.

Quadro 1. Sequência de culturas em cada tratamento desde a safra 2010/2011 até a safra

2017/2018.

Tratamentos Safras10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18

1 M* M M M M M M M2 SF SF SF SF SF SF SF SF3 S S S S S S S S4 P P P P P P P P5 SF S SF S SF S SF S6 SF P SF P SF P SF P7 SF P P SF P P SF P8 SF P S SF P S SF P9 P S SF P P S SF P10 C C C C C C C C

*M- Milho solteiro; S – Soja; SF – Milho + capim Piatã em sistema Santa-Fé; P- Pastagem de capim Piatã; C – Cerrado

4. ATIVIDADES REALIZADAS ATÉ O MOMENTO

4.1 Cultivo das espécies vegetais

A semeadura do milho e da soja na safra 2016/2017, conduzida em Sistema Plantio

Direto, foi realizada com semeadora de parcelas de quatro linhas no espaçamento de 0,50 m

nas entrelinhas de plantas. Utilizou-se a cultivar de soja AS 3793 iPRO, inoculada e semeada

em 22/11/2016, visando estande de 15 sementes por metro, com 315 kg ha-1 da fórmula NPK

06-30-16. Além da prévia dessecação com 2 kg ha-1 com glifosato, foi realizada durante o

ciclo de cultivo outras 2 aplicação de glifosato em pós emergência e 2 aplicações de fungicida

(Ópera e PrioriXtra). A colheita da soja foi realizada em 20/04/2017. Nos tratamentos com

milho, semeados em 21/12/2016, foi utilizado a cultivar AS 1581 PRO, com estande inicial

de 3,5 sementes/m e adubação de semeadura de 368 kg ha -1 da fórmula NPK 06-30-16. Nas

parcelas de milho consorciada com capim foram utilizadas 4,0 kg ha-1 de sementes puras

viáveis (SPV) de Brachiaria brizantha cv. Piatã tratadas com fipronil e misturadas ao

fertilizante no momento da semeadura do milho. O controle de plantas espontâneas nas

culturas do milho consorciado foi realizado com aplicação de atrazina (3 L ha-1) e subdose de

nicosulfuron (0,1 L ha-1 de i.c. –Sanson) e apenas atrazina nas parcelas com milho solteiro.

Em 12/12/2016 foi realizada a distribuição em cobertura de 250 kg ha-1 de uréia. A colheita

do milho foi realizada em 19/04/2017.

Para a safra 2017/18, as parcelas foram dessecadas com glifosato em 06/11/2017 e em

13/11/2017 foram realizadas as semeaduras da soja (RK8115 iPRO) e de milho (AS8115

PRO) utilizando-se o mesmo equipamentos e estandes iniciais da safra anterior. Os tratos

culturais até o presente momento (com doses e produtos similares à safra anterior) foram:

controle de plantas daninhas em 04/12/2017, adubação em cobertura no milho em 08/12/2017

e aplicação de fungicida na sola em 20/12/2017.

4.2. Coleta de amostras e avaliações

No mês de março de 2017 foram realizadas coletas de solo. As coletas foram

realizadas em trincheiras abertas em cada parcela, totalizando 30 trincheiras. As trincheiras

foram abertas com auxílio de enxadão e pá de ponta e as amostras retiradas nas paredes da

trincheira nas camadas de 0,0 - 0,10 m, 0,10 - 0,20 m, 0,20 - 0,40 m. As amostras de solo para

fins de análises de fertilidade, física e fracionamento da MOS foram acondicionadas em sacos

plásticos e encaminhadas ao departamento de Produção e Melhoramento Vegetal e

Agricultura da FCA/UNESP, Botucatu (SP), onde estão sendo processadas. As amostras

deformadas para análise de fertilidade e de matéria orgânica foram secas ao ar, destorroadas,

passadas em peneira de 2 mm para obtenção da terra fina seca ao ar (TFSA) e devidamente

armazenadas.

Os monólitos de solo coletados na camada de 0,0 - 0,10 m na parede das trincheiras,

foram analisados quanto à estabilidade dos agregados via úmida, conforme Kemper e Chepil

(1965), utilizando o aparelho de oscilação vertical (YODER, 1936) com peneiras sobrepostas

com malhas: 2, 1, 0,5, 0,25, 0,01 mm. Para essa análise utilizou-se a fração de agregados que

passou na peneira de 8 mm e ficou retida na peneira de 4 mm. Com os resultados de

agregados retidos em cada peneira após realização do tamisamento foi possível calcular a

porcentagem de agregados maiores que 2 mm (retido na maior peneira), o diâmetro médio

geométrico (DMG), o diâmetro médio ponderado (DMP) e o índice de estabilidade de

agregados (IEA).

Foram também realizadas coletas indeformadas de solo com auxílio de anel

volumétrico de aço inox de 0,05 m de altura por 0,05 m de diâmetro, nas mesmas camadas do

perfil do solo descritas anteriormente. As amostras das camadas de 0,0 - 0,10 m e 0,10 - 0,20

m estão sendo processadas em Câmara de Richards, e confeccionada a curva de retenção de

água no solo, no Laboratório de Fitometria da FCA/UNESP, Botucatu (SP). Neste relatório

são apresentados os resultados de densidade aparente do solo, porosidade total, macro e

microporosidade para a camada de 0,20 - 0,40 m, determinados pelo método descrito em

EMBRAPA (1997).

No mês de dezembro de 2016 foi realizada coleta de palha remanescente na superfície

do solo para determinação de massa de matéria seca de resíduo por ocasião da semeadura da

safra de verão em cada tratamento. Para avaliação da massa de matéria seca sobre a superfície

do solo foram coletadas amostras em cada parcela com auxílio de quadrado metálico de 0,5 x

0,5 m. O quadrado metálico foi lançado três vezes aleatoriamente em cada parcela, obtendo-

se uma amostra composta. O material vegetal referente à coleta de 2016 foi seco em estufa de

circulação forçada a 65º C até peso constante, teve a massa seca determinada em balança de

precisão (0,01g), e em seguida foi processado em moinho do tipo Willey para análise dos

teores de macronutrientes (Malavolta et al., 1997). Com os resultados de teores de nutrientes

e massa seca foi possível calcular o acúmulo nos resíduos vegetais por hectare. A

determinação da percentagem de carbono e nitrogênio foram realizadas em analisador

elementar CHNS, sendo possível o cálculo da relação C:N.

O fracionamento físico da MOS foi realizado nas amostras coletadas nas

profundidades de 0 - 0,10; 0,10 - 0,20 e 0,20 - 0,40 m, no laboratório de Relações Solo-Planta

na FCA/UNESP em Botucatu (SP), seguindo metodologia adaptada de Cambardella e Elliott

(1992).

Por essa metodologia obtêm-se duas frações de carbono, o carbono orgânico

particulado (COP), que consiste no material mais recentemente adicionado ao solo e pouco

decomposto e, o carbono associado a minerais (COM), mais recalcitrante e humificado.

Foram pesados 20 gramas de solo seco ao ar previamente peneirado em malha de 2

mm em copos de polietileno de 250 mL e adicionados 80 mL de solução dispersante de

hexametafosfato de sódio 5 g L-1. Em seguida, as amostras foram agitadas por 15 horas em

agitador horizontal, passadas por peneira de malha de 0,053 mm (270 Mesh) e enxaguadas

com água destilada até remoção total da argila. O material particulado retido na peneira, ou

fração particulada (FP), foi transferido para potes de alumínio, com auxílio de jatos de água, e

seco em estufa de circulação de ar forçada a 45 C até atingir massa constante.⁰

Após a secagem, o material foi pesado, determinando-se assim a massa da fração

particulada (MFP), moído e homogeneizado com auxílio de um bastão de vidro, e submetido

à determinação de C em analisador elementar, obtendo-se o teor de carbono da fração

particulada do solo (CFP), sendo possível calcular o teor de carbono orgânico particulado

(COP) do solo, de acordo com a equação:

COP = CFP . MFP

Ps

Onde: COP = teor de carbono orgânico particulado do solo, em g kg-1; CFP = teor de carbono

da fração particulada, em g kg-1; MFP = massa da fração particulada, em gramas; Ps = massa

da amostra inicial do solo (20 gramas).

O teor de carbono associado a minerais (COM) foi calculado pela diferença entre o

carbono orgânico total e o carbono orgânico particulado:

COM = COT - COP

Onde: COM = teor de carbono orgânico associado a minerais no solo, em g kg-1; COT= teor

de carbono orgânico total do solo, em g kg-1; COP = teor de carbono orgânico particulado do

solo, em g kg-1.

O fracionamento químico da MOS também foi realizado no laboratório de Relações

Solo-Planta na FCA/UNESP em Botucatu (SP), de acordo com Embrapa (2017), esses dados

estão sendo processados e serão apresentados no próximo relatório.

As análises de celulose, hemicelulose e lignina serão realizadas no segundo semestre

do presente ano. As amostras de solo para fins de fertilidade estão em análise.

Desta maneira, constam no presente relatório as porcentagens de C, N e relação C:N

da palha e do solo, análise granulométrica do solo e o fracionamento físico da MOS, de forma

complementar ao relatório anterior.

Foi realizada análise estatística, ANOVA e teste t de (LSD) para comparação de

médias (p<0,05), apenas para alguns dados parciais, cujos resultados foram obtidos com uma

maior antecedência ao presente relatório, permitindo esta análise. Os demais dados são

apresentados na forma de médias por tratamento.

5. RESULTADOS PRELIMINARES

5.1 Estabilidade de Agregados

A estabilidade dos agregados (camada de 0 - 0,10 m) foi determinada via úmida em

aparelho de oscilação vertical e os resultados podem ser visualizados na Tabela 1. De acordo

com a análise estatística a área de Cerrado não diferiu dos sistemas SF/P/P, SF/P e pastagem

que apresentam superior porcentagem de agregados com tamanho entre 4,0 – 2,0 mm. Este

mesmo resultado pode-se observar para os dados de diâmetro médio ponderado dos

agregados (DMP). Já para o diâmetro médio geométrico (DMG), apenas o sistema com

pastagem em monocultivo não diferiu estatisticamente do Cerrado nativo. Não houve

diferença estatística para os dados de estabilidade de agregados (IEA), apesar de notadamente

haver diferença numérica entre alguns tratamentos, como as diferenças são de pequena

magnitude talvez seja necessário uma transformação de dados.

Tabela 1. Porcentagem de agregados de 4,0 – 2,0 mm estáveis em água (Agregados 4,0 – 2,0mm), diâmetro médio geométrico (DMG), diâmetro médio ponderado (DMP) e índice deestabilidade de agregados (IEA) na camada de 0,0 - 0,10 m, para os tratamentos com Milho;SF - Santa-Fé (Milho consorciado com capim Piatã); Soja; Pastagem; SF/S - Santa-Fé e Sojaem rotação anual; SF/P - Santa-Fé e pastagem em rotação anual; SF/P/P - Santa-Fé epastagem por 2 anos; SF/P/S - Soja, Santa-Fé e pastagem em rotação anual; S/SF/P/P - Soja,Santa-Fé e pastagem por 2 anos em rotação e Cerrado nativo.

SistemasAgregados

4,0 – 2,0 mmDMG DMP IEAns

% ................mm.................

Milho 78,6 bcd 3,13 bcde 4,08 bcd 96,13Santa-Fé 82,1 bcd 3,40 bcd 4,24 bcd 97,22Soja 57,4 e 2,21 e 3,21 e 94,61Pastagem 90,9 ab 4,08 ab 4,60 ab 98,06SF/S 68,0 de 2,54 de 3,66 de 95,27SF/P 85,1 abc 3,62 bc 4,37 ab 97,04SF/P/P 84,4 abc 3,53 bcd 4,34 abc 96,70SF/P/S 77,6 bcd 3,14 bcde 4,06 bcd 96,36S/SF/P/P 69,4 cde 2,69 cd 3,70 cde 94,49Cerrado 98,1 a 4,76 a 4,91 a 99,38

Média 79,1 3,31 4,12 96,53C.V. (%) 11,41 17,85 9,26 2,01

Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste t (LSD) (p<0,05). ns: nãosignificativo.

5.2 Densidade e porosidade do solo

Os dados preliminares (apenas para a camada de 0,20 - 0,40 m) podem ser

visualizados na Tabela 2. A menor densidade do solo na camada pode ser verificada na área

de Cerrado nativo. Os tratamentos com rotação de culturas apresentam menor densidade do

que o monocultivo de milho, sem diferir estatisticamente dos sistemas com monocultivo de

Santa-Fé, soja e pastagem.

Ainda de acordo com a tabela 2, observa-se que a maior macroporosidade e menor

microporosidade encontra-se na área de Cerrado nativo, sem diferença estatística para os

demais tratamentos. Não há diferença estatística entre os tratamentos avaliados com relação à

porosidade total do solo.

Tabela 2. Densidade (Ds), Macroporosidade (Macro), microporosidade (Micro) e porosidadetotal (PT), na camada de 0,20 - 0,40 m, para os tratamentos com Milho; SF - Santa-Fé (Milhoconsorciado com capim Piatã); Soja; Pastagem; SF/S - Santa-Fé e Soja em rotação anual;SF/P - Santa-Fé e pastagem em rotação anual; SF/P/P - Santa-Fé e pastagem por 2 anos;SF/P/S - Soja, Santa-Fé e pastagem em rotação anual; S/SF/P/P - Soja, Santa-Fé e pastagempor 2 anos em rotação e Cerrado nativo.

Sistemas Ds Macro Micro PTns

Mg m-3 ........................m3 m-3.........................Milho 1,25 a 0,14 b 0,49 a 0,63Santa-Fé 1,18 ab 0,15 b 0,47 a 0,62Soja 1,18 ab 0,17 b 0,48 a 0,65Pastagem 1,18 ab 0,15 b 0,48 a 0,64SF/S 1,14 b 0,16 b 0,48 a 0,64SF/P 1,16 b 0,17 b 0,48 a 0,65SF/P/P 1,13 b 0,16 b 0,49 a 0,65SF/P/S 1,15 b 0,15 b 0,50 a 0,65S/SF/P/P 1,15 b 0,16 b 0,49 a 0,65Cerrado 0,96 c 0,25 a 0,42 b 0,67Média 1,14 0,17 0,48 0,64C.V. (%) 4,60 18,77 4,21 5,01

Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste t (LSD) (p<0,05). ns: nãosignificativo.

5.3 Massa de matéria seca

Os valores médios de massa de matéria seca podem ser visualizados na Tabelas 3.

Foram apresentados apenas os valores médios de cada tratamento, sendo que os resultados

com análise estatística serão apresentados no próximo relatório, porém é possível destacar os

tratamentos denominados como Santa-Fé, SF/P e SF/P/S com elevadas produções de palha,

apresentando valores médios de 6936, 6476 e 5651 kg ha-1, respectivamente.

Tabela 3. Massa de matéria seca (kg ha-1) em dezembro de 2016, para os tratamentos comMilho; SF - Santa-Fé (Milho consorciado com capim Piatã); Soja; Pastagem; SF/S - Santa-Fée Soja em rotação anual; SF/P - Santa-Fé e pastagem em rotação anual; SF/P/P - Santa-Fé epastagem por 2 anos; SF/P/S - Soja, Santa-Fé e pastagem em rotação anual; S/SF/P/P - Soja,Santa-Fé e pastagem por 2 anos em rotação.

Sistemas Massa de matéria seca

kg ha-1

Milho 2704Santa-Fé 6936

Soja 2066Pastagem 3096

SF/S 2939SF/P 6476

SF/P/P 3422SF/P/S 5651

S/SF/P/P 2864

5.4 Macronutrientes do material vegetal

Os valores dos macronutrientes na palha podem ser visualizados na Tabela 4. Foram

apresentados apenas os valores médios de cada tratamento, sendo que os resultados com

análise estatística serão apresentados no próximo relatório.

Tabela 4. Acumulado de nitrogênio (N), potássio (K), fosforo (P), cálcio (Ca), magnésio(Mg) e enxofre (S) dos resíduos vegetais sobre o solo (Dezembro de 2016) para ostratamentos com Milho; SF - Santa-Fé (Milho consorciado com capim Piatã); Soja;Pastagem; SF/S - Santa-Fé e Soja em rotação anual; SF/P - Santa-Fé e pastagem em rotaçãoanual; SF/P/P - Santa-Fé e pastagem por 2 anos; SF/P/S - Soja, Santa-Fé e pastagem emrotação anual; S/SF/P/P - Soja, Santa-Fé e pastagem por 2 anos em rotação.

Sistemas N K P Ca Mg S

......................................kg ha-1......................................Milho 30,44 19,02 5,89 112,05 4,96 1,89Santa-Fé 57,52 42,83 17,72 292,17 16,81 3,96Soja 19,04 8,93 4,52 93,25 3,63 1,20

Pastagem 27,01 13,06 10,49 143,16 8,82 2,35SF/S 20,79 11,02 6,85 125,40 8,01 2,11SF/P 56,60 37,78 17,61 232,24 20,15 4,63SF/P/P 27,75 16,78 9,83 149,36 7,89 2,07SF/P/S 41,23 18,28 13,55 254,03 11,32 2,12S/SF/P/P 19,30 9,34 7,90 125,61 6,67 1,67

5.5 Porcentagem de carbono e nitrogênio totais e relação C:N do materialvegetal

Na tabela 5 são apresentados os dados de carbono, nitrogênio e a relação C:N, médias

por tratamento, da palha coletada em dezembro de 2016 por ocasião da semeadura dos

sistemas de produção da safra em questão. Ainda não foi realizada análise estatística,

entretanto é possível observar que o sistema SF em monocultivo apresenta maior

porcentagem de C e relação C:N e, os sistemas milho e soja em monocultivo com os menores

valores de relação C:N.

Tabela 5. Carbono (C), Nitrogênio (N) e Relação C:N da massa de matéria seca referente àdezembro de 2016, para os tratamentos com Milho; SF - Santa-Fé (Milho consorciado comcapim Piatã); Soja; Pastagem; SF/S - Santa-Fé e Soja em rotação anual; SF/P - Santa-Fé epastagem em rotação anual; SF/P/P - Santa-Fé e pastagem por 2 anos; SF/P/S - Soja, Santa-Fé e pastagem em rotação anual; S/SF/P/P - Soja, Santa-Fé e pastagem por 2 anos emrotação.Sistemas C N C:N

........................%...........................Milho 41,70 1,12 37SF 45,40 0,87 52Soja 33,13 0,93 36Pastagem 37,60 0,87 43SF/S 28,90 0,72 40SF/P 42,87 0,89 48SF/P/P 39,37 0,81 48SF/P/S 36,17 0,74 49S/SF/P/P 26,30 0,66 40

5.6 Análise Granulométrica

Para fins de caracterização da área experimental foi realizada análise granulométrica

(Embrapa, 1997) no laboratório de Fitometria da FCA/UNESP, em Botucatu, SP. Constatou-

se a classe textural da área em estudo como muito argiloso.

Tabela 6. Teores de argila, silte e areia (g kg-1) e classe textural de um Latossolo Vermelho naEmbrapa Milho e Sorgo em Sete Lagoas, MG.

Profundidade Argila Silte Areia Classe textural(cm) ......................(g kg-1)....................

0 – 10 768 114 118 Muito argiloso10 – 20 773 112 115 Muito argiloso20 – 40 774 116 110 Muito argiloso

5.7 Carbono orgânico total, nitrogênio total do solo e fracionamento físico damatéria orgânica do solo

Na tabela 7 são apresentas as médias por tratamento dos dados de carbono e de

fracionamento físico da matéria orgânica do solo nas camadas de 0 -0,10; 0,10 -0,20 e 0,20 -

0,40 m.

A avaliação do teor de carbono orgânico total é fundamental no estudo de sua

dinâmica e condição atual no solo, entretanto, alterações quantitativas no teor total podem

necessitar muito tempo. Por isso, a avaliação isolada do COT pode não ser um bom indicador

da MOS quando se pretende realizar estudos mais detalhados, pois os diferentes

compartimentos da MOS podem apresentar respostas distintas ao manejo adotado. Assim, são

necessárias avaliações que caracterizem de forma mais precisa a MOS em suas frações mais e

menos estáveis, o que, além da quantificação, permite uma compreensão de sua qualidade

(RAPHAEL, 2014).

Em função da quantidade de dados se faz necessário uma análise estatística para

desenvolver uma discussão a respeito dos dados, o que não foi possível incluir nesse

relatório.

Tabela 7. Carbono orgânico total (COT), nitrogênio total (NT), relação C:N, carbonoorgânico particulado (COP), carbono orgânico ligado a minerais (COM) e a relaçãoCOP/COM, em diferentes camadas de solo, para os tratamentos com Milho; SF - Santa-Fé(Milho consorciado com capim Piatã); Soja; Pastagem; SF/S - Santa-Fé e Soja em rotaçãoanual; SF/P - Santa-Fé e pastagem em rotação anual; SF/P/P - Santa-Fé e pastagem por 2anos; SF/P/S - Soja, Santa-Fé e pastagem em rotação anual; S/SF/P/P - Soja, Santa-Fé epastagem por 2 anos em rotação e Cerrado nativo.Sistemas COT NT C/N COP COM COP/COM

......g/kg-1...... ......g/kg-1...... %0 - 0,10 m

Milho 33,7 1,60 21,09 10,08 27,26 27,46SF 35,2 1,72 20,50 9,60 26,63 25,76Soja 24,1 1,02 23,73 8,18 23,62 26,07Pastagem 25,9 1,19 21,72 8,40 25,06 24,02SF/S 37,1 1,73 21,50 11,98 26,72 31,05SF/P 34,4 1,51 22,83 13,57 25,06 35,26

SF/P/P 32,6 1,43 22,88 11,28 29,22 29,77SF/P/S 39,4 1,83 21,51 9,76 21,54 32,38S/SF/P/P 38,1 1,83 20,77 10,56 27,01 28,44Cerrado 45,8 1,95 23,48 15,42 22,41 48,12Média geral 34,6 1,58 22,00 10,88 25,45 30,83

0,10 - 0,20 mMilho 24,9 1,18 21,04 5,40 22,00 19,61SF 28,7 1,39 20,69 10,69 26,34 28,08Soja 20,6 0,78 26,44 6,99 20,21 26,85Pastagem 23,9 1,08 22,03 8,02 22,98 24,48SF/S 29,0 1,29 22,40 7,92 24,41 23,55SF/P 29,8 1,23 24,14 8,36 23,58 25,53SF/P/P 23,2 1,27 18,25 6,14 22,26 21,36SF/P/S 30,3 1,42 21,40 8,61 24,29 26,10S/SF/P/P 25,5 1,18 21,58 5,45 22,42 19,58Cerrado 26,5 1,13 23,45 6,79 25,28 20,92Média geral 26,2 1,20 22,14 7,44 23,38 23,61

0,20 - 0,40 mMilho 21,9 1,02 21,50 4,96 20,37 19,53SF 28,5 1,14 24,99 6,09 22,91 20,98Soja 21,8 0,98 22,17 4,03 19,11 17,37Pastagem 21,0 1,02 20,63 6,20 19,67 23,14SF/S 25,4 1,16 21,84 6,53 22,17 22,56SF/P 24,3 1,03 23,60 5,43 20,67 20,76SF/P/P 27,1 1,27 21,27 5,77 21,57 21,12SF/P/S 27,6 1,27 21,80 6,65 24,22 21,97S/SF/P/P 24,1 1,13 21,36 5,00 19,80 20,18Cerrado 18,9 0,90 21,10 3,11 18,76 14,52Média geral 24,1 1,09 22,03 5,38 20,92 20,21

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No próximo relatório serão apresentados os resultados de fertilidade do solo e

fracionamento químico da MOS. A curva de retenção de água no solo, camada 0 - 0,10 m,

está quase finalizada.

Em virtude de ainda não ter sido feita a análise estatística de todos os dados obtidos

até o momento, fica impossibilitada uma discussão mais aprofundada dos resultados parciais.

7. AÇÕES DE TRANSFÊNCIA DE TECNOLOGIA E COMUNICAÇÃO

Conforme solicitação encaminhada pelo secretário executivo da Fundação Agrisus,

Dr. Ondino Clemente Bataglia, em email do dia 24/05/2017, por ocasião da aprovação do

projeto, foram sugeridas outras compensações a serem oferecidas pelo projeto, tais como

artigos científicos, um artigo de divulgação técnica e se possível dias de campo.

Em relação aos itens “dias-de-campo” e “divulgação técnica”, foram realizados 2

eventos. Entre os dias 21 e 25 de maio de 2018, foi realizada em Sete Lagoas-MG a 11ª

edição da Semana da Integração Tecnológica (SIT). Com o tema “Diversificação e inovações

para uma agropecuária sustentável”, o evento foi promovido pela Embrapa Milho e Sorgo,

Universidade Federal de São João del-Rei, Emater-MG e Epamig.

A SIT tem o objetivo de integrar instituições e os diversos setores que compõem o

segmento agropecuário, promover o diálogo e a troca de experiências entre produtores rurais,

pesquisadores, técnicos da extensão rural, universidades e empresas privadas, com princípio

norteador de atender às demandas agropecuárias e ambientais da região Central de Minas

Gerais, uma das principais responsáveis pelo Produto Interno Bruto do estado. O público

nesta 11ª edição foi de 3.000 participantes.

A Fundação Agrisus – Agricultura Sustentável, por intermédio do projeto “Física

do solo e matéria orgânica em sistemas de produção agrícola de cerrado”, apresentou a

viabilidade do sistema plantio direto (SPD) como prática conservacionista do solo em duas

ocasiões no evento: durante o seminário “Sistemas integrados de produção agropecuária” e

no curso “Sistema Plantio Direto”.

Os pesquisadores Emerson Borghi e Miguel Marques Gontijo Neto, da Embrapa

Milho e Sorgo, demonstraram que, ao longo do tempo de adoção do SPD, as alterações nas

propriedades química, física e biológica do solo proporcionam incrementos de produtividade

de grãos e de cobertura do solo, utilizando espécies forrageiras para aporte de palha.

Foram realizadas ações de comunicação dos eventos, tanto no site da Embrapa

(https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/34840560/fundacao-agrisus-e-embrapa-

milho-e-sorgo-demonstram-a-viabilidade-do-sistema-plantio-direto-para-a-regiao-central-de-

minas-gerais) como também no site da Fundação Agrisus (http://agrisus.org.br/noticias.asp?

cod=1844).

As fotos XXXXXX a YYYYY demonstram as estações do dia-de-campo e do

curso de SPD.

FOTOS

Figura 1. Abertura das trincheiras (A) e trincheira aberta (B) em março de 2017, SeteLagoas, MG.

Figura 2. Coleta de anéis volumétricos, área de Cerrado (A) e Santa-Fé (B) emmarço de 2017, Sete lagoas, MG.

A B

BA

Figura 3. Aparelho de oscilação vertical (A) e amostras sendo processadas (B),julho de 2017, Botucatu, SP.

Figura 4. Confecção da curva de retenção de água no solo, dezembro de 2017,Botucatu, SP.

BA

Figura 5. Amostras de solo (fracionamento físico da MOS) em agitador horizontal(A) e amostras retiradas da estufa após serem secas à 45 C (B), janeiro de 2017,⁰Botucatu, SP.

Figura 6. Analisador elementar LECO Modelo TruSpec™ CHNS - LECO® maio de2017, Botucatu, SP.

A B

Figura 7. Béqueres com alíquotas de solo, do padrão IAC e amostra em brancopara secagem em estufa e determinação da classe textural, junho de 2017,Botucatu, SP.

Figura 8. Fracionamento químico da MOS: Copos descartáveis de 80 ml com asfrações da MOS após extração, correção de pH e descanso em geladeira por umanoite; e balões volumétricos de 50 ml com as frações separadas por filtragem,fração ácido húmico - (FAH) e ácido fúlvico - (FAF), Botucatu, SP.

FAH FAF

Figura 9. Fracionamento químico da MOS, da direita para esquerda têm-se: Placa depetri com humina seca em estufa à 45 C; ⁰ frascos Erlemeyer de 125 mL com amostra

macerada para ser oxidada e amostra da prova em branco oxidada, Botucatu, SP.

Figura 10. Pesquisador Miguel Marques Gontijo Neto durante estação do dia-de-campo no seminário “Sistemas integrados de produção agropecuária” na 11ª Semanade Integração Tecnológica, em Sete Lagoas/MG.

Figura 11. Apresentação de palestra sobre Sistemas Integrados com ênfase em SPDdurante o seminário “Sistemas integrados de produção agropecuária” na 11ª Semanade Integração Tecnológica, em Sete Lagoas/MG.

Figura 12. Apresentação de resultados da área experimental durante o curso de SPDrealizado na 11ª Semana de Integração Tecnológica, em Sete Lagoas/MG.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAMBARDELLA, C. A.; ELLIOT, E. T. Particulate soil organic-matter changes across agrassland cultivation sequence. Soil Science Society of America Journal, Madison, v. 56, n.3, p. 777-783, 1992.

EMBRAPA. Serviço Nacional de Pesquisa do Solo. Manual de métodos de análises de solo.Rio de Janeiro, 1997. 212 p.

EMBRAPA. Serviço Nacional de Pesquisa do Solo. Manual de métodos de análises de solo.3⁰ ed., Rio de Janeiro, 2017. 575 p.

KEMPER, W.D.; W.S. CHEPIL. Size distribution of aggregates. In: BLACK, C.A., EVANS,D.D., WHITE, J.L., ENSMINGE, L.E.; CLARK, F.E., (Ed.), Methods of soil analysis.Madison: American Society of Agronomy, 1965. p. 499-510.

MALAVOLTA, E.; VITTI, G. C.; OLIVEIRA, S. A. Avaliação do estado nutricional dasplantas: princípios e aplicações. 2 ed. Piracicaba: POTAFOS, 1997, 319 p.

RAPHAEL, J. P. A. Matéria orgânica do solo em rotações de culturas sob sistemasemeadura direta, 2014. (Dissertação) – Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP,Botucatu, SP. 117 p.

YODER, R.E. A direct method of aggregate analysis of soils and a study of the physicalnature of erosion losses. Journal of American Society of Agronomy, v. 28, p. 337-351,1936.