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FUNDAÇÃO AGRISUS - Agricultura Sustentável 2º RELATÓRIO PARCIAL Projeto: 2516/18 Título: Nematoides da soja em ILP Sub-título: Efeito da intensidade do pastejo sobre os nematoides da soja em sistema ILP com sucessão de culturas de longa duração Coordenador: Dr. Rodrigo Josemar Seminoti Jacques - Professor do Departamento de Solos/UFSM Instituição: Departamento de Solos – Centro de Ciências Rurais – Universidade Federal de Santa Maria - Prédio 42 - Avenida Roraima, 1000 - Camobi, Santa Maria - RS, CEP 97105-900 Fone (55) 3220-8108 ramal 206 – [email protected] Local da Pesquisa: Experimento de campo: Fazenda do Espinilho, São Miguel das Missões, RS. Análises laboratoriais: Departamento de Solos/UFSM Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 20.000,00 Vigência do Projeto: 25/07/2018 a 01/07/2020. Abrangência do Relatório: junho de 2019 a novembro de 2019. Santa Maria/RS, novembro de 2019.

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  • FUNDAÇÃO AGRISUS - Agricultura Sustentável

    2º RELATÓRIO PARCIAL

    Projeto: 2516/18

    Título: Nematoides da soja em ILP

    Sub-título: Efeito da intensidade do pastejo sobre os nematoides da soja em

    sistema ILP com sucessão de culturas de longa duração

    Coordenador: Dr. Rodrigo Josemar Seminoti Jacques - Professor do

    Departamento de Solos/UFSM

    Instituição: Departamento de Solos – Centro de Ciências Rurais –

    Universidade Federal de Santa Maria - Prédio 42 - Avenida Roraima, 1000 -

    Camobi, Santa Maria - RS, CEP 97105-900

    Fone (55) 3220-8108 ramal 206 – [email protected]

    Local da Pesquisa:

    Experimento de campo: Fazenda do Espinilho, São Miguel das Missões, RS.

    Análises laboratoriais: Departamento de Solos/UFSM

    Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 20.000,00

    Vigência do Projeto: 25/07/2018 a 01/07/2020.

    Abrangência do Relatório: junho de 2019 a novembro de 2019.

    Santa Maria/RS, novembro de 2019.

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    1. INTRODUÇÃO

    Um dos grandes desafios dos sistemas produtivos é o de combinar maior produção de

    alimentos por área com menor impacto ambiental (GARRETT et al., 2017). Os sistemas

    integrados de produção agropecuária (SIPA), como a integração lavoura-pecuária (ILP),

    associam cultivos agrícolas com a pecuária e, se manejados de forma correta, resultam na

    intensificação sustentável do uso das terras, maior produção vegetal e animal, diversificação

    e aumento da renda dos produtores rurais, e melhoria da qualidade do ambiente (CARVALHO

    et al., 2018; PONTES et al., 2018).

    Na região sul do Brasil, as áreas cultivadas no verão com soja (Glycine max (L.) Merr.)

    e milho (Zea mays L.) atingem, aproximadamente, 13,5 milhões de hectares, enquanto que as

    áreas cultivadas no inverno com trigo (Triticum aestivum L.) aveia (Avena sativa L.), cevada

    (Hordeum vulgare L.), canola (Brassica napus L.), triticale (X Triticosecale Wittimack) e centeio

    (Secale cereale L.) atingem somente 2,6 milhões de hectares (CONAB, 2019). Isto indica que

    aproximadamente de 11 milhões tem potencial para serem utilizados pela integração lavoura-

    pecuária, pois podem ser cultivados com plantas forrageiras de inverno, como aveia preta

    (Avena strigosa Schreb) e o azevém anual (Lolium multiflorum Lam.) para a alimentação

    animal, e ainda produzir suficiente acúmulo de palha e cobertura do solo para o plantio direto

    no verão (MORAES et al., 2014).

    Como resultado do forte fomento das instituições governamentais e privadas, a ILP já

    é utilizada em aproximadamente 2,5 milhões de hectares na região sul do Brasil (EMBRAPA,

    2019). Na maioria das propriedades o sistema adotado alterna culturas para a produção de

    grãos no verão, especialmente a soja, com pastagens anuais de inverno, como aveia preta +

    azevém anual para o pastejo contínuo dos bovinos. Devido aos excelentes resultados técnicos

    e econômicos, o número de produtores rurais que adotam a ILP vem crescendo a cada ano

    (PETERSON et al., 2018). Porém, dois aspectos têm posto a prova à sustentabilidade da ILP

    na região subtropical do Brasil: o cultivo continuado da sucessão soja/aveia e o excesso de

    carga animal na pastagem.

    O sistema plantio direto é utilizado pela quase totalidade dos produtores rurais, por

    apresentar muitos benefícios em comparação ao sistema convencional de preparo do solo.

    Um dos princípios fundamentais do plantio direto é a rotação de culturas, porém devido a

    valorização da cultura da soja esta prática tem sido negligenciada. Em aproximadamente 12

    milhões de hectares e há aproximadamente 20 anos têm sido cultivado ano após ano a

    sucessão de soja no verão e aveia preta no inverno, em mistura ou não com o azevém

    (CONAB, 2019). A falta de rotação de cultura tem resultado em diversos problemas, dentre os

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    quais destaca-se o aumento da ocorrência ou o surgimento de novas pragas, doenças e

    plantas daninhas, tanto na soja quanto na aveia. Um dos problemas mais graves é o aumento

    das áreas infestadas por nematoides parasitas de plantas, especialmente devido ao uso de

    cultivares de soja suscetíveis (SILVA et al., 2018). Entre os fitoparasitas de grande importância

    econômica destacam-se os formadores de galhas (Meloidogyne spp. Goelgi), o reniforme

    (Rotylenchulus reniformis Linford & Oliveira, 1940), o das lesões radiculares (Pratylenchus

    brachyurus (Godfrey, 1929) Filipjev & Schuurmans Stekhoven, 1941) e o do cisto da soja

    (Heterodera glycines Ichinohe, 1915) (DIAS et al., 2010).

    Outro problema observado com frequência nas propriedades que adotam a ILP é o

    excesso de carga animal na pastagem, o que pode trazer prejuízos ao solo e suplantar os

    benefícios advindos do aumento da renda (KUNRATH et al., 2015). A redução da biomassa

    das plantas forrageiras pelo pastejo intenso resulta em compactação e exposição do solo,

    menor infiltração de água e aeração, maior erosão, alteração da temperatura e da umidade,

    redução do teor de matéria orgânica, da ciclagem de nutrientes, etc. Tudo isto causa elevado

    estresse às plantas forrageiras e às plantas produtoras de grãos cultivadas em sucessão. Já

    foi comprovado que as plantas cultivadas em condições de estresses ambientais são mais

    suscetíveis a incidência de fitoparasitas (SILVA et al., 2018). Em função disto, é possível que

    o pastejo realizado com excesso de carga animal reduza a qualidade química, física e

    biológica do solo, ocasione significativo estresse às plantas e aumente a incidência de

    fitoparasitas.

    Por outro lado, as características ambientais da ILP tendem a contrapor o aumento

    populacional dos fitoparasitas no solo. A deposição do esterco e da urina sobre o solo aumenta

    abundância, a diversidade e a atividade biológica do solo em comparação às áreas

    exclusivamente agrícolas (MILLS; ADL, 2011). Com isto, a predação, o parasitismo e as

    demais interações biológicas negativas aos nematoides fitoparasistas podem ocorrer em

    maior magnitude. A deposição da urina e a degradação do esterco animal no solo resulta na

    liberação de amônia, uma substância com efeito nematicida. Além disto, o cultivo anual da

    aveia preta e do azevém pode consistir em uma forma de supressão das populações dos

    nematoides fitoparasitas, uma vez que estas plantas são más hospedeiras de Meloidgyne spp.

    e Pratylenchus spp. (DIAS-ARIEIRA et al., 2003; BORGES et al., 2009; LIMA et al., 2009;

    BORGES et al., 2010; NEVES, 2013). Entretanto, outros trabalhos contradizem esses

    resultados, demostrando que cultivares de aveia-preta e azevém apresentam suscetibilidade

    aos nematoides de galhas e lesões (BORGES et al., 2003; ASMUS et al., 2005; INOMOTO;

    ASMUS, 2010; UESUGI et al., 2018).

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    Os nematoides são excelentes bioindicadores da qualidade dos agroecossistemas e

    desta forma constituem-se em uma valiosa ferramenta para atestar a sustentabilidade da ILP.

    Além disto, apesar da importância econômica, social e ambiental da ILP, até o momento

    nenhuma pesquisa avaliou a ocorrência de nematoides fitoparasitas neste sistema na região

    subtropical do Brasil. Por isto, esta pesquisa busca-se responder a três importantes perguntas

    diretamente vinculadas aos sistemas produtivos do Sul do Brasil: 1) a conversão da pastagem

    natural em cultivo agrícola prejudica a comunidade de nematoides do solo? 2) a introdução da

    ILP na área agrícola favorece a comunidade de nematoides do solo? 3) o aumento da

    intensidade do pastejo na ILP prejudica a comunidade de nematoides do solo?

    3. OBJETIVOS

    Objetivo Geral O objetivo do presente trabalho é avaliar o efeito de quatro intensidades de pastejo

    sobre as populações de nematoides fitoparasitas da soja, após 15 anos de um sistema de

    integração lavoura-pecuária constituído pela sucessão soja-pastagem.

    Objetivos Específicos

    1. Comparar a comunidade de nematoides fitoparasitas de uma pastagem natural com a

    de uma sucessão de culturas constituída por soja no verão e aveia preta+azevém no inverno;

    2. Comparar a comunidade de nematoides fitoparasitas de um cultivo exclusivamente

    agrícola com a de uma ILP, em uma sucessão de culturas constituída por soja no verão e

    aveia preta+azevém no inverno de longa duração;

    3. Conhecer a influência da intensidade do pastejo dos bovinos em uma pastagem de

    aveia preta+azevém na comunidade de nematoides fitoparasitas do solo e do sistema

    radicular das plantas de soja cultivadas em sucessão;

    4. Correlacionar propriedades químicas e físicas do solo (dados já coletados) e de

    cobertura vegetal com a comunidade de nematoides fitoparasitas do solo e do sistema

    radicular das plantas.

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    4. MATERIAL E MÉTODOS Este relatório abrange as atividades realizadas no período entre 01 de junho de 2019 e

    22 de novembro de 2019, que foram: determinação do crescimento vegetal e da serapilheira

    da pastagem de aveia preta + azevém anual, coleta do solo da pastagem, extração dos

    nematoides do solo da pastagem e preparo das lâminas dos nematoides. A identificação dos

    gêneros de nematoides e a identificação das espécies de nematoides tanto da soja quanto da

    pastagem está em andamento e serão apresentadas no relatório final, a ser enviado até o dia

    01 de julho de 2020.

    Sítio experimental e condução do experimento

    O sistema de integração lavoura-pecuária (ILP) está localizado em São Miguel das

    Missões, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil (28º56’18”S 54º20’55”O, 465 m), em uma

    área de 22 ha (Figura 1). O clima é do tipo Cfa, com verão quente e úmido, com médias anuais

    de 19 °C e 1.850 mm de precipitação bem distribuídas ao longo do ano. O solo é classificado

    como um Latossolo Vermelho Distroférrico típico (Hapludox Rodic; Soil Survey Staff, 1999)

    profundo, bem drenado e de textura argilosa (540, 270 e 190 g kg-1 de argila, silte e areia,

    respectivamente).

    Figura 1. (A) Localização da área experimental no município de São Miguel das Missões, estado do Rio Grande do Sul, Brasil. (B) Disposição dos tratamentos com áreas de (esquerda

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    para direita): 2,19 ha; 1,60 ha; 0,90 ha; 0,86 ha; 2,87 ha; 2,10 ha; 0,10 ha; 1,89 ha; 1,07 ha e 3,53 ha. (C) Esquema amostral com a disposição dos pontos de coleta nos tratamentos com pastejo (esquerda) e nas áreas sem pastejo (direita). Os círculos pretos são os locais de coleta das nove sub-amostras que formaram cada uma das amostras compostas. A pastagem natural está localizada a 920 m da área experimental e não aparece na figura.

    A área originalmente era coberta por pastagem natural e durante décadas foi utilizada

    para a criação extensiva de bovinos de corte. Em 1993 foi convertida em lavoura de plantio

    direto para o cultivo da soja [Glycine max (L.) Merr.] no verão e de aveia preta (Avena strigosa

    Schreb) no inverno, como planta de cobertura do solo para a produção de palha para o plantio

    direto do verão. Em 2001, foi instalada a ILP e desde então a área é cultivada continuamente

    sob o sistema de plantio direto em uma sucessão de culturas de soja no verão (novembro a

    abril) para a produção de grãos, e aveia preta + azevém (Lolium multiflorum Lam .) no inverno

    (maio a outubro) para o pastejo contínuo dos bovinos.

    O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com seis tratamentos e três

    repetições. Os tratamentos consistiram de uma pastagem natural (PN), uma área agrícola

    (sem pastejo - SP) e a ILP com alturas de pasto de 10, 20, 30 e 40 cm (KUNRATH et al.,

    2015). A área agrícola (SP) foi cultivada com as mesmas plantas da ILP, porém sem pastejo

    no inverno e a aveia + azevém somente produzia palha para o plantio direto do verão (Figura

    1). Três animais-teste (peso vivo inicial médio de 200 kg) pastejaram continuamente durante

    o inverno nas parcelas de ILP, com áreas variando de 0,90 a 3,53 ha, resultando nas diferentes

    alturas de pasto. Quando necessário, foram feitos ajustes na altura de pasto com uso de

    animais reguladores. A pastagem natural (PN) localizada a 920 m do experimento de ILP, com

    mesmo tipo de solo, pastejada continuamente por bovinos, apresentando degradação

    moderada e massa seca próxima a 4.000 kg ha-1 durante todo o ano. A participação das

    espécies vegetais na biomassa da pastagem natural foi: Paspalum notatum Flüggé (40%),

    Aristida jubata (Arechav.) Herter (19%), Eragrostis plana Nees (11%), Baccharis trimera

    (Less.) DC (10%), Eryngium horridum Malme (9%), Schizachyrium microstachyum (Desv. ex

    Ham.) Roseng (4%), Sporobolus indicus (L.) R. Br. (4%), Cyperus brevifolius (Rottb.) Hassk.

    (1%) e Panicum hians Elliott (1%). Outras 19 espécies contribuem com menos de 0,5% da

    massa de forragem.

    Coleta e análise nematológica

    As coletas de solo foram realizadas no florescimento da aveia preta, cultivar BRS 139.

    O azevém germinou espontaneamente na área e apresentou florescimento irregular. Em cada

    parcela foram coletadas cinco amostras compostas, nos ângulos e no centro de um quadrado

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    virtual de 36 x 60 m posicionado no centro da parcela (Figura 1). Na pastagem natural as

    amostras foram coletadas da mesma forma e nas áreas sem pastejo a coleta foi realizada em

    um único transecto com sete pontos, distantes 15m entre si, em função das menores

    dimensões destas parcelas. Em um metro no entorno de cada ponto de coleta foram retiradas

    9 subamostras com auxílio de um trado calador, até 20 cm de profundidade. As subamostras

    foram misturadas em um balde para formar uma amostra composta de aproximadamente 900

    cm3 de solo (CARES;HUANG, 2008). Os pontos de coleta no verão e no inverno foram

    alocados nas mesmas coordenadas, determinadas pelo GPS de precisão. As amostras de

    solo foram acondicionadas em sacos plásticos e em caixas de isopor com gelo para transporte

    ao laboratório, onde foram armazenadas a 4°C por no máximo uma semana até sua utilização.

    Os nematoides foram extraídos de 300 cm3 de solo pelo método de flotação centrífuga

    em solução de sacarose (JENKINS, 1964), posteriormente mortos em banho-maria a 55ºC por

    um minuto e após fixados em solução de formalina a 4% (v/v) e concentradas em frascos de

    30 mL. A abundância total de nematoides foi determinada com auxílio de um microscópio

    composto, em três alíquotas de 1 mL, perfazendo 15% do volume original. Após a contagem

    as suspensões foram infiltradas com glicerina (SEINHORST, 1959) e 100 espécimes de cada

    amostra, tomadas ao acaso, foram utilizadas para montagem das lâminas de microscopia para

    identificação em nível de gênero, conforme a chave para identificação de fitoparasitas descrita

    por Mai;Mullin (1996).

    Identificação das espécies de fitoparasitas

    Para a identificação das espécies de Meloidogyne spp. será realizado um bioteste. As

    amostras de solo coletadas no experimento serão utilizadas para o cultivo de plantas

    suscetíveis de tomateiro (Solanum lycopersicum L. cv. Santa Cruz) em vasos, em casa de

    vegetação, a 25°C e fotoperíodo natural. Após 60 dias de cultivo poderão ser obtidas fêmeas

    adultas de Meloidogyne spp. das raízes do tomateiro para caracterização bioquímica das

    espécies pela técnica de eletroforese da isoenzima esterase (CARNEIRO; ALMEIDA, 2001).

    Para a identificação das espécies de Helicotylenchus Steiner, 1945, fêmeas adultas de

    cada amostra de solo serão caracterizadas morfológica e morfometricamente em microscópio

    óptico, com uso da Chave Ilustrativa de Uzma et al. (2015) e de Subbotin et al. (2014). As

    mensurações das imagens foram realizadas com auxílio do software SPOT Advanced (2004).

    Análise químicas e físicas do solo

  • 8

    As propriedades físicas e químicas do solo já foram obtidas em outras pesquisas

    realizadas na mesma área experimental em meses anteriores (Tabela 2). Para a avaliação

    das propriedades químicas do solo foram coletadas amostras com trado calador e

    determinados o carbono orgânico total (Walkley–Black), pH (água 1:1), P e K disponíveis

    (Mehlich-1), Ca, Mg e Al trocáveis (KCl 1 mol L-1) e V (% saturação de bases). Para a avaliação

    das propriedades físicas do solo foram coletadas amostras indeformadas com anéis

    volumétricos e determinada a porosidade total, a macroporosidade e a microporosidade em

    mesa de tensão (EMBRAPA, 1997); a densidade do solo (BLAKE; HARTGE, 1986) e a

    umidade gravimétrica.

    Análise estatística As variáveis físicas e químicas analisadas serão submetidas a uma análise de

    correlação de Pearson (com p

  • 9

    manejo inadequado, com excesso de carga animal, baixa biomassa de plantas e de

    serapilheira, áreas com solo descoberto, baixa fertilidade, baixo teor de matéria orgânica, etc

    (Tabela 1). Nestas condições há redução da qualidade física, química e biológica do solo, da

    diversidade vegetal, etc, e um provável desequilíbrio na população de nematoides

    fitoparasitas. Além disto, nestas condições ambientais há maior estresse das plantas, o que

    aumenta sua suscetibilidade ao ataque dos nematoides (SILVA et al., 2018).

    Figura 2. Abundância de nematoides fitoparasitas em 300 cm3 de solo encontrados em uma pastagem natural (PN) e na pastagem de aveia preta + azevém, em sistema de integração lavoura-pecuária constituído pela sucessão de soja no verão e pastagem no inverno, e que há 15 anos não é pastejada (SP) ou é pastejada (ILP) por bovinos no inverno com as alturas de pasto de 10, 20, 30 e 40 cm.

    Na comparação entre os tratamentos do sistema integrado de produção agropecuária

    pastejados (ILP) e não pastejado (SP) (Figura 2), observa-se o elevado número de nematoides

    fitoparasitas na área sem pastejo e no tratamento pastejado a 40 cm de altura da pastagem.

    Além disto, observa-se que quanto maior a altura do pastejo maior a incidência de nematoides

    fitoparasitas. O gradiente de altura de pastejo determina também um gradiente de quantidade

    de esterco depositada na superfície do solo. Segundo Silva (2015), a produção de massa seca

    de esterco durante um ciclo de pastagem neste experimento foi de 668,75; 478,03; 366,09 e

    212,98 Kg ha-1 nas alturas de pastejo de 10, 20, 30 e 40 cm, respectivamente. A deposição

    do esterco e da urina sobre o solo aumenta abundância, a diversidade e a atividade biológica

    do solo em comparação às áreas exclusivamente agrícolas (MILLS; ADL, 2011). Com isto, a

    predação, o parasitismo e as demais interações biológicas negativas aos nematoides

    fitoparasistas podem ocorrer em maior magnitude. Além disto, a deposição da urina e a

    0

    500

    1000

    1500

    2000

    2500

    3000

    PN SP ILP10 ILP20 ILP30 ILP40

    de

    ne

    ma

    toid

    es

    (30

    0 c

    m³)

    Tratamentos

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    degradação do esterco animal no solo resulta na liberação de amônia, uma substância com

    efeito nematicida. Isto também poderia explicar o elevado número de nematoides fitoparasitas

    no solo não pastejado, o qual não recebe a deposição de esterco e urina.

  • 11

    Tabela 1. Propriedades químicas, físicas e de cobertura vegetal do solo na camada de 0-20 cm em uma pastagem natural (PN) e em um

    sistema de integração lavoura-pecuária constituído pela sucessão de soja no verão e pastagem de aveia preta + azevém no inverno, e que

    há 15 anos não é pastejada (SP) ou é pastejada (ILP) por bovinos no inverno com as alturas de pasto de 10, 20, 30 e 40 cm. Os dados são

    médias de cinco repetições por tratamento.

    Trat. Pt1 Ma2 Mi3 DS4 Umidade pH MO5 P K CTC6 Al Ca Mg H+Al MSSE7 MSPA8

    m3 m-3 g cm-3 % g kg-1 mg dm-3 cmolc dm-3 Mg ha-1

    PN 0,51 0,11 0,39 1,35 19,84 4,90 25,50 1,90 125,86 12,76 1,49 2,04 1,15 9,60 0,93 2,10

    SP 0,53 0,11 0,42 1,29 21,16 4,32 34,30 12,62 183,00 16,14 1,47 3,39 1,43 10,86 5,85 5,95

    ILP10 0,61 0,11 0,40 1,37 19,98 4,65 32,20 6,58 120,14 13,83 1,25 3,97 1,85 7,72 1,15 1,35

    ILP20 0,52 0,09 0,41 1,36 22,60 4,83 33,10 7,68 161,74 14,03 0,89 4,63 2,20 6,79 2,40 2,95

    ILP30 0,51 0,09 0,41 1,32 21,93 4,92 33,90 6,42 119,87 12,80 0,64 4,59 2,13 5,79 2,60 3,35

    ILP40 0,52 0,10 0,42 1,41 20,47 4,75 33,75 8,68 145,30 14,04 0,79 4,26 1,85 7,56 3,75 4,45

    1Porosidade total do solo; 2Macroporisade; 3Microporosidade; 4Densidade do solo; 5Matéria orgânica; 6Capacidade de troca de cátions; 7Massa seca de serrapilheira;

    8Massa seca de parte área.

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    Como ainda não foram feitas as identificações do nematoides fitoparasitas, não é

    possível afirmar se as abundâncias estão acima ou abaixo dos níveis de danos econômicos,

    isto porque densidades populacionais de até 5.000 espécimes por 100 cm³ de solo do

    nematoide fitoparasita do gênero Helicotylenchus não causaram danos econômicos na soja,

    conforme relatado por Machado (2014). Nas próximas etapas do projeto, estes nematoides

    serão identificados e com isto será possível informar se há abundâncias acima do nível de

    dano econômico.

    A média de produtividade da soja em 15 anos desta integração lavoura-pecuária

    apresenta pouca variação entre os tratamentos, sendo de 2,85, 2,78; 2,71; 2,64; 2,81 t ha-1 no

    SP e nas alturas de pastejo de 10, 20, 30 e 40 cm, respectivamente. Porém, a produtividade

    de carne varia bastante entre os tratamentos, sendo de aproximadamente 680, 550, 400 e

    200 kg ha-1 nestes tratamentos, respectivamente. Nossos resultados indicam que nas

    menores alturas de pastejo as populações de nematoides fitoparasitas são menores no solo

    da pastagem. Porém, a altura de pastejo de 10 cm conduz a perda da biodiversidade de outros

    grupos de organismos do solo (FREIBERG et al. 2019) e a degradação química e física do

    solo (Tabela 1), e não deve ser adotada. A altura de pastejo de 40 cm resulta em maior

    abundância de nematoides fitoparasitas, menor produção de carne por área e apresenta baixa

    viabilidade econômica (MARTINS et al., 2015). Preliminarmente é possível informar que

    quando o pastejo é realizado a 20 cm ou 30 cm de altura, há menor abundância de nematoides

    fitoparasitas na pastagem e maior produção de carne.

    6. CONCLUSÕES PRELIMINARES

    Os resultados indicam que quando este sistema ILP é pastejado com alturas

    moderadas (20 e 30 cm) são conciliados dois aspectos fundamentais para a sustentabilidade

    desta sucessão constituída por baixa diversidade vegetal: menor desenvolvimento das

    populações de nematoides fitoparasitas e maior produção de carne. Informações mais

    precisas serão obtidas quando a identificação de todos os nematoides fitoparasitas for

    realizada e quando forem integrados os dados da soja com os da pastagem, o que será feito

    no relatório final.

    7. DESCRIÇÃO DAS DIFICULDADES E MEDIDAS CORRETIVAS

    Todas as atividades de pesquisa previstas no projeto foram desenvolvidas plenamente

    até agora e no tempo previsto. A previsão é de realizar todas as atividades conforme o

  • 13

    cronograma. A relação com a Fundação Agrisus tem sido muito eficiente, rápida e fácil, o que

    tem auxiliado no desenvolvimento do projeto.

    Solicita-se a alteração de orçamento. No projeto original submetido à Fundação Agrisus

    foi solicitado R$ 2.000,00 para aquisição de combustíveis para as viagens de coleta de solo e

    raízes. Tendo em vista que os veículos utilizados nas viagens pertencem ao Departamento de

    Solos/UFSM, os recursos financeiros para a aquisição dos combustíveis foram

    disponibilizados por este Departamento em reconhecimento à importância do projeto. Desta

    forma, solicita-se que os R$ 2.000,00 previstos para aquisição de combustíveis sejam

    transferidos para o item “Reagentes químicos - Sais, ácidos, bases... para análises

    nematológicas do solo e das raízes”, sem que ocorra alteração do valor total do projeto.

    8. PRÓXIMAS ATIVIDADES

    Atualmente está sendo realizada a identificação dos nematoides coletados na soja e na

    pastagem. Nos próximos meses serão concluídas as identificações e serão realizadas as

    análises estatísticas. Por fim, serão elaborados os relatórios, artigos e a prestação de contas.

    9. CRONOGRAMA

    Atividades do projeto já realizadas estão sublinhadas.

    Atividades

    Ano/Trimestre

    2018 2019 2020

    4º 1º 2º 3º 4º 1º 2º

    Revisão bibliográfica x x x x x x x

    Aquisição e preparo de reagentes e materiais para coleta x

    Definição das coordenadas geográficas do grid amostral x

    Determinação do crescimento vegetal e da serrapilheira s p

    Coleta do solo s p

    Extração dos nematoides s p

    Preparo das lâminas dos nematoides s s p p

    Identificação dos gêneros de nematoides s p

    Identificação das espécies de nematoides s p

  • 14

    Estudos da diversidade de nematoides no solo x

    Análises estatísticas x

    Elaboração dos relatórios semestrais x x x

    Elaboração do relatório final, artigo e prestação de contas x x

    x = atividades relacionadas à soja e à pastagem;

    s = atividades relacionadas à soja;

    p = atividades relacionadas à pastagem.

    10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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