Relatório Papel
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ENSAIOS MECÂNICOS EM PAPEL
César Augusto Gonçalves
Jackeline Souto
Larissa Ciro
Maria Thalita Siqueira
Recife, Novembro de 2011
UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
Centro de Tecnologia e Geociências
Departamento de Engenharia Química
Curso de Química Industrial
Disciplina: Química Analítica Aplicada
RESUMO
Este mostra a prática realizada no Laboratório de Controle de Qualidade da
Universidade Federal de Pernambuco, onde foram feitas análises da gramatura,
resistência ao estouro, resistência ao rasgo, porosidade e absorção de água.
Palavras-chaves: Papel, Ensaios físico-mecânicos.
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Sumário
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................4
2. OBJETIVOS..............................................................................................................6
2.1 OBJETIVO GERAL...........................................................................................6
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.............................................................................6
3. MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................................7
3.1 Materiais utilizados.............................................................................................7
3.2 Procedimento Experimental................................................................................7
3.2.1 Gramatura....................................................................................................7
3.2.2 Absorção de água (Teste de COBB)...........................................................7
3.2.3 Porosidade...................................................................................................8
3.2.4 Resistência ao rasgo....................................................................................8
3.2.5 Resistência ao estouro.................................................................................8
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES.............................................................................8
4.1 Gramatura...........................................................................................................9
4.2 Absorção de água (Teste de COBB)...................................................................9
4.3 Porosidade.........................................................................................................10
4.4 Resistência a rasgo............................................................................................11
4.5 Resistência a estouro.........................................................................................11
5. CONCLUSÕES.......................................................................................................12
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................12
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1. INTRODUÇÃO
O conhecimento das propriedades físico-químicas do papel faz necessário para
obtenção de resultados que permitam a previsão do comportamento do material ou
produto sujeito a esforços.
A importância desse estudo situa-se na interação dos conhecimentos e aplicação das
leis universais da Física e da Química na explicação dos fenômenos biológicos inerentes
a vida. Por conseguinte a composição do papel, sua estrutura e os vários componentes
que compõe as propriedades físico-mecânicas dos materiais.
Os principais ensaios realizados no controle de qualidade do papel são gramatura,
resistência ao estouro, resistência ao rasgo, porosidade e absorção de água.
A gramatura é a massa do papel expressa em gramas por metro quadrado (g.m -2).
A medição se realiza, em corpos de prova condicionados, por meio de uma
balança analítica ou uma balança na qual é possível ler diretamente a massa em
gramas por metro quadrado, quando se pesa uma folha de área determinada.
A resistência ao rasgo mede o trabalho necessário para rasgar o papel, a uma
distância determinada, depois do rasgo ter sido iniciado por meio de uma faca
adaptada ao aparelho. A resistência é medida em um aparelho tipo pêndulo,
Elmendorf, no qual os corpos de prova de dimensões especificadas são presos
entre duas garras. O pêndulo é solto de forma a completar o rasgo iniciado,
sendo o trabalho despendido nesta operação marcado em uma escala graduada
de 0 a 100 gf, fixada no próprio aparelho. A figura 1 mostra um aparelho de
Elmendorf. A força média necessária para rasgar uma só folha com a distância
fixada é expressa em mN e é calculada da seguinte maneira:
R = 16 x L
n
onde:
R = resistência ao rasgo em mN;
L = média das leituras feitas;
n = número de folhas ensaiadas em conjunto
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Figura 1. Aparelho de Elmendorf.
A porosidade é o tempo necessário para um certo volume de ar
atravessar, sob pressão constante, uma determinada área de papel.Tal como a
permeabilidade ao ar, quantifica a capacidade que o papel tem em se deixar
atravessar pelo ar. A figura 2 mostra o aparelho para a determinação da porosidade.
Unidades: s/100 ml (pode ser medido para 50 ml ou 200 ml)
Figura 2. Aparelho para a determinação da porosidade.
A resistência ao estouro é definida como a pressão necessária para produzir o
arrebentamento do material, ao se aplicar uma pressão uniformemente crescente,
transmitida por um diafragma elástico, de área circular. O corpo de prova,
submetido ao ensaio, é preso rigidamente entre dois anéis concêntricos. O
esforço ao qual o material está submetido simula o emprego prático do papel, em
5
forma de sacos, papel de embrulho e outros. A pressão limite no momento da
ruptura, chamada de resistência ao arrebentamento, é expressa em kPa. Para sua
determinação utiliza-se o aparelho Mullen (figura 3).
Figura 3. Aparelho de Mullen.
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Esta prática tem como objetivo aprender as análises físico-mecânicos do papel.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Esta prática tem como objetivos específicos a realização dos seguintes
parâmetros do controle da qualidade em papeis:
Gramatura
Resistência ao estouro
Resistência ao rasgo
Porosidade
Absorção de água.
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3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais utilizados
Tesoura
Régua
Balança semi-analítica
Aparelho de COBB
Cronômetro
Balança com precisão de 0,01g
Papel toalha
Porosímetro tipo Gurley
Aparelhagem tipo Müller
3.2 Procedimento Experimental
3.2.1 Gramatura
Preparou-se 4 amostras de forma retangular com área de 10000 mm². Os corpos de
prova foram pesados em balança semi-analítca com uma casa decimal.
3.2.2 Absorção de água (Teste de COBB)
Cortou-se 10 corpos de prova, 5 para cada lado de amostra, com 125 x 125 mm.
Cada um dos corpos de prova foi pesado em precisão de 0,01g (m1). Colocou-se sobre a
base, o pedaço de borracha seco e sobre este, o corpo de prova com face a ser ensaiada
para cima, montando a seguir o anel sobre o conjunto e pressionou-se por meio de duas
porcas. Adicionou-se 100 mL de água dentro do anel (até alcançar o nível interno do
anel), acionando ao mesmo tempo o cronômetro. A água foi deixada entrar em contato
com o corpo de prova durante 2 minutos. Cerca de 10 segundos antes de terminar o
tempo de ensaio, encheu-se rapidamente com água o interior do anel, evitando que a
mesma respingue sobre o corpo de prova. Após os 2 minutos, retirou-se o corpo de
prova e eliminou-se o excesso de água da superfície do papel, colocando-o entre duas
folhas de papel mata-borrão e pressionou-se rapidamente com a mão. Pesou-se
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imediatamente o corpo de prova com precisão de 0,01g (m2). Executou-se 3 ensaios
para cada lado da amostra.
3.2.3 Porosidade
Cortou-se dez corpos de provas com dimensões de 7,0 X 7,0 cm. Suspendeu-se o
cilindro móvel sustentando-o pela haste. A amostra foi colocada entre os discos de
vedação e baixou-se o cilindro móvel suavemente até que flutue. Cronometrou-se o
tempo necessário para que 200 para 100 mL de ar atravessasse o corpo de prova. Após o
ensaio, retirou-se a amostra e o cilindro móvel voltou para o suporte da haste.
3.2.4 Resistência ao rasgo
Deslocou-se o sistema pendular em sua posição inicial (100g) fixando a trava.
Centrou-se a amostra nos encaixes com o lado inferior cuidadosamente ajustado na base
da garra. Fixou-se as folhas nas garras de modo que a largura do corpo de prova de 63
mm fique na vertical. Utilizou-se a mesma pressão em ambas as garras. Realizou-se o
corte inicial de 20 mm. Adicionou-se a navalha do aparelho. O pêndulo foi solto tão
rápido quanto possível e anotou-se a leitura e o prendeu no retorno sem alterar a posição
do ponteiro.
3.2.5 Resistência ao estouro
Cortou-se 10 corpos de prova de 65 mm X 65 mm. Certificou-se que o aparelho
estivesse totalmente descarregado e que o ponteiro carregador do manômetro indicasse
zero. Fixou-se o corpo de prova no aparelho e aplicou-se pressão hidráulica até ocorrer
o estouro. Realizou-se a leitura da resistência ao estouro pelo ponteiro indicador,
voltando o mesmo a seguira parar a carga zero. Executou-se mais 4 ensaios para o
mesmo lado do papel.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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4.1 Gramatura
No ensaio de gramatura, com o papel na dimensão de 10 x 10 cm,
obtivemos os seguintes dados:
Tabela 1 – Gramatura do papel
Amostra P A G
1 11.3 10000 1130
2 11.5 10000 9988.5
3 11.4 10000 9988.6
4 12.2 10000 9987.8
média 11.6 10000 7773.725
Onde:
P é o peso do papel em g.
A é a área em mm²
G é a gramatura em g/m², calculada por G = 10 6 * P
A
4.2 Absorção de água (Teste de COBB)
No teste de COBB (Absorção de água) construíram-se as tabelas
abaixo com os dados obtidos:
Tabela 2 – Absorção de água (Parte porosa para cima)
Amostra m1 m2 m2-m1 A
1 1.92 2.35 0.43 43
2 1.93 2.34 0.41 41
3 1.95 2.32 0.37 37
média 1.933333 2.336667 0.403333 40.33333
Tabela 3 – Absorção de água (Parte porosa para baixo)
Amostra m1 m2 m2-m1 A
1 1.94 2.33 0.39 39
2 1.93 2.32 0.39 39
3 1.95 2.32 0.37 37
9
média 1.94 2.323333 0.383333 38.33333
Onde:
m1 é a massa inicial do papel
m2 é a massa após a absorção de água
A é a absorção da água, calculado por (m2-m1)*100
4.3 Porosidade
Assim como no teste de COBB, o teste de porosidade foi feito
considerando ambos os lados do papel, obtendo as seguintes tabelas.
Tabela 4 – Porosidade (Parte porosa para cima)
Amostra t
1 19.67
2 21.21
3 21.69
4 20.29
5 17,40
média 20.715
Tabela 5 – Porosidade (Parte porosa para baixo)
Amostra t
1 20.08
2 21.01
3 20.70
4 19.48
5 18.43
média 19.94
Onde:
t é o tempo necessário para que a coluna desça de 200 a 100.
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4.4 Resistência a rasgo
Devido à falta de papel, o teste foi feito considerando apenas um dos
lados.
Tabela 6 – Resistência a rasgo
n x E
3 19 156.000
4 23 117.000
5 32 93.600
6 43 78.000
L 29.25
E = 16 x L onde: E - Resistência ao rasgo em gf
n L - Média das leituras obtida
n - Número de folhas ensaiadas
de cada vez
4.5 Resistência a estouro
Tabela 7 – Resistência ao estouro
Provas x M
1 3.3 3.520
2 3.5
3 3.5
4 3.7
5 3.6
Soma 17.6
Onde:
x é a leitura feita no experimento
M é a resistência ao estouro
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5. CONCLUSÕES
O presente experimento foi bastante enriquecedor, pois proporcionou o
conhecimento de uma ferramenta muito utilizada no dia-a-dia, o papel. Mas não se pode
esquecer a presença de algumas imprecisões durante o experimento que deixaram o
mesmo impreciso, como por exemplo, erros do analista e de equipamento.
Através das análises realizadas, pode-se conhecer os processos de determinação
das propriedades do papel como sua gramatura, absorção e porosidade, alem de testes
de qualidade como resistência a rasgo e resistência a estouro.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
M.A.M. Brasil. VARIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS E DAS
PROPRIEDADE FÍSICO-MECÂNICAS COM REFINAÇÃO DA
CELULOSE SULFATO DE MADEIRA DE Eucalyptus saligna SMITH.
IPEF n.5, p.33-45, 1972.
Polpa e Papel. Disponível em:
<www.madeira.ufpr.br/.../polpaepapel/introdprocessos.ppt> Acesso em 20 de
novembro de 2011.
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