Relatório Métodos Geofísicos - Perfilagem

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    MÉTODOS GEOFÍSICOS EXPERIMENTAL

    MARCO CEIA

    Perfilagem 

    LARISSA BOECHAT CHEQUERLIZ BOECHAT CABRAL

    MAXIMIANO KANDA FERRAZ

    RENAN MARCOS DE LIMA FILHO

    ROGER RANGEL DA CUNHA

    Macaé

    2013

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      Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro2

    SUMÁRIO

    1.  INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................3

    2. 

    TEORIA...........................................................................................................................................4

    2.1.  Perfil Caliper  ................................................................................................................................4

    2.2.  Perfil Gamma Ray ........................................................................................................................4

    3.  OBJETIVO .......................................................................................................................................6

    4.  METODOLOGIA ............................................................................................................................7

    5.  RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................................ 11

    6.  CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 13

    7.  REFERÊNCIAS BIBILIOGRÁFICAS ......................................................................................... 14

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    1.  INTRODUÇÃO

    A perfilagem é um levantamento completo de perfis referentes ao poço para a produção de

     petróleo. O perfil de um poço é a imagem visual, em relação à profundidade, de uma ou mais

    características ou propriedades das rochas perfuradas. Ele é obtido a partir de ferramentas que

    são descidas no poço, onde os valores são captados e em seguida são armazenados em

    arquivos digitais. Apesar de existirem vários processos físicos de medição (perfis), os dados

    fornecidos pelos equipamentos eletrônicos de medida são chamados genericamente de perfis

    elétricos.

    Através da perfilagem podemos mapear o poço com gráficos ou figuras que nos mostram

    as áreas de interesse a serem trabalhadas, no entanto, é bom deixar claro que ela não se mostra

    auto-suficiente, pois necessita de técnicas auxiliares que se complementam para cumprir essa

    meta. Como exemplo de uma técnica auxiliar temos a amostra de calha que é utilizada

     juntamente com os perfis elétricos para ajudar na identificação das litofácies. Essa amostra

    contém os resíduos das formações rochosas, durante a perfuração, que permanecem na broca

    quando ela é levantada do interior do poço para a superfície.[1] 

    Com o auxílio da perfilagem é possível que se consiga determinar vários detalhes

    fundamentais de um poço, como desvio de poços, propriedades geomecânicas, os limites das

    zonas de interesse e o nível da água.[2] 

    Existem cinco perfis específicos que são chamados de perfis básicos. O perfil de Raios

    Gama, o perfil de Densidade, o perfil de Potencial Espontâneo, o perfil Neutrônico e o perfil

    Sônico. Porém existem ainda muito mais perfis que podem e devem ser feitos em um poço

     para aumentar o volume de informações que se tem dele, possibilitando uma melhor

    compreensão do ambiente e aumentando as chances de uma produção bem sucedida, como

     por exemplo, o Caliper, o perfil de Indução, o perfil de Ressonância Magnética e o Dipmeter.

     Neste trabalho nós iremos explorar a utilização dos perfis de Raio Gama e Caliper.

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    2.  TEORIA

    2.1. 

    Perfil Caliper

    Esse perfil verifica as variações do diâmetro nominal do poço. Variação para mais

    significa desabamento e variação para menos significa formação de rebocos ou

    estrangulamento. Verifica-se que o grau de desabamento e, consequentemente, a amplitude da

    curva do caliper, é diretamente proporcional a dureza das camadas, enquanto o aparecimento

    do reboco é função da permeabilidade da camada.

    Seu funcionamento ocorre através de um dispositivo eletromecânico que mede a distância

    entre braços e um mandril central. Estes braços se encontram pressionados contra as paredes

    do poço. Também é utilizado um centralizador para calibrar corretamente o caliper. Existem

    calipers, de um, dois, três, quatro ou mais braços. Em geral, utiliza-se a o caliper para:

      Cálculo do volume de cimento de revestimento.

      Apoio ao estudo de perfis, principalmente dos perfis de porosidade.

      Apoio operacional a Testes de Formação.

    2.2.  Perfil Gamma Ray

    O perfil Gamma Ray mede a Radioatividade Natural emitida pelos elementos Urânio e

    Tório na unidade API. Permite distinguir os folhelhos e/ou argilas dos demais tipos

    litológicos.

    A principal vantagem desse perfil reside no fato de ser possível a sua realização pordentro de tubulações (poços revestidos), tornando-se muito útil em trabalhos de completação e

    restauração dos poços. Sabendo-se que o perfil de Raios Gama reflete a proporção de folhelho

    ou argila de uma camada, pode-se utilizá-lo com um indicador do teor de folhelho ou

    argilosidade das rochas (VSHGR). O GR é também usado para detecção e avaliação de

    minerais radioativos, tais como Urânio, Tório etc. Em geral, suas principais utilizações são:

      Definição da Litologia com base no que seja Folhelho do não Folhelho

      Definição eventual de Ambientes de Deposição

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      Correlação entre poços vizinhos

      Identificação de minerais radioativos

      Cálculo da Argilosidade ou Volume de Folhelho (VSH)

      Pode ser corrido em poços revestidos

      Usos especiais: Identificação de intervalos canhoneiados;

      Determinação exata de profundidades; e,

      Detecção de fluxo fluido atrás dos revestimentos de poços antigos 

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    3.  OBJETIVO

    Utilizar uma ferramenta de perfilagem para simular uma sondagem feita em poço de

     petróleo, porém na superfície, utilizando os perfis de Caliper e Raio Gama.

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    4.  METODOLOGIA

    Os equipamentos utilizados no Laboratório de Geofísica para o experimento em questão

    foram:

      Registrador

      Guincho

      Sonda de Perfilagem

      Diferentes tipos de Caliper

      Amostras de Rocha  Computador com software WINLOG

    Os equipamentos estão listados abaixo, nas Figs. 1 a 5:

    Figura 1 - Registrador  

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    Figura 2 - Guincho

    Figura 3 - Sonda

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    Figura 4 - Caliper

    Figura 5 –  Amostras de Rochas

    Para a realização deste trabalho utilizamos uma ferramenta de perfilagem que está

    adaptada em um dos laboratórios do LENEP. Ela se encontra posicionada na horizontal e está

    adaptada para fazer dois tipos diferentes de perfil, o Caliper e o de Raio Gama. Ela estáconectada a um computador equipado com o software WINLOG, que é capaz de fazer

    mostras as medições feitas pela ferramenta.

    Ao iniciarmos então o experimento, primeiro ligamos o equipamento e abrimos o

    software no computador conectado à ferramenta. O equipamento estava funcionando com

    suplemento de 90 V e 20 mA Selecionamos então no software o LOG MODE de time based ,

     para que a ferramenta pudesse mostrar como os dados variam com o tempo, já que o nossa

    ferramenta estava parada, não seria coerente que os dados fossem mostrados variando com a profundidade.

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    Iniciamos então com a medida do Caliper, através do WINLOG, enviamos um

    comando para que a ferramenta abrisse o Caliper, setamos o intervalo de variação da medida

    que o Caliper deveria mostrar nas curvas do programa entre 0 e 200 mm e começamos então a

    colocar limitadores de diâmetros para ver quais as medidas que a ferramenta registraria.

    Depois, foi a vez de utilizarmos o medidor de Raios Gama. Colocamos um intervalo

    de registro no programa entre 0 e 200 API CS e começamos então a colocar diferentes

    litologias próximas a ferramenta para aferir qual seria a resposta enviada da ferramenta para o

     programa.

    Analisamos então as curvas plotadas pelo programa para saber se a ferramenta

    realmente estava medindo valores condizentes com a realidade. A Fig. 6 abaixo mostra o

     programa WINLOG rodando.

    Figura 6 –  Programa WINLOG registrando perfil Gamma Ray

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    5.  RESULTADOS E DISCUSSÕES

    Realizando os procedimentos descritos na metodologia, obtivemos os resultados

    descritos abaixo.

    Para caso do Caliper, pudemos observar que ao colocarmos instrumentos de diâmetro

    conhecido na ferramenta, pudemos observar que o diâmetro aferido pela mesma e apresentado

     pelo programa de controle WINLOG era coincidente (Tabela 1).

    Tabela 1: Diâmetros medidos pelo Caliper

    Diâmetro colocado (mm) Diâmetro medido (mm)

    50 ~ 50

    100 ~ 100

    200 ~ 200

    Colocamos primeiramente um limitador de diâmetro de 50 mm e, através da leitura

    das curvas do programa, observamos que ele realmente estava indicando um diâmetro de

    aproximadamente 50 mm. O mesmo procedimento foi feito para os diâmetros de 100 e 200

    mm, e os resultados encontrados também foram aproximados destes valores.

    Por último, colocamos a ferramenta dentro de um cano de plástico, de diâmetro

    desconhecido, e constatamos que ela indicava um diâmetro de aproximadamente 100 mm.

    Para conferir então se este resultado estava coerente com a realidade, utilizamos um

     paquímetro digital para aferir o diâmetro do cano de plástico. O paquímetro indicou um valor

    de 97.04 mm de diâmetro, mostrando que o Caliper estava fazendo medidas corretas, já que o

    erro apresentado foi aceitável.

    Posteriormente utilizamos a ferramenta de Perfilagem para fazer as medições dos

    Raios Gama. Para que pudéssemos aferir essa radiação, aproximamos do ponto de medição da

    ferramenta diferentes litologias, para então avaliar como seria a variação da resposta da

    ferramenta. A Tabela 2 apresenta os resultados medidos:

    Tabela 2: Resultados de radiação gama aferidos pela ferramenta com a variação das litologias

    Litologias Radiação Gama (API CS)Granito ~ 90

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    Folhelho ~ 50 (igual ao nível ambiente)

    Estromatólito Diminuiu a radiação natural

    Areia da praia ~ 1250

    Areia colocada a uma certa distância ~ 100

    Areia separada por um arenito ~ 90

    Areia separada por um cilindro de aço inox ~ 70

    Podemos observar então que folhelho teve uma resposta de radiação gama menor que

    a do granito, o que não era esperado, pois sabe-se que a maioria dos folhelhos tem mais argila

    que os granitos, e a argila emite mais radiação gama natural.

    Vimos também que a areia teve uma resposta muito alta de radiação gama, bem mais

    alta que a de todas as outras litologias, porém quando afastamos um pouco a areia da

    ferramenta, esta já detectou uma radiação gama bem menor (de 1250 para 100 API CS),

    demonstrando que essa radiação gama emitida depende muito da distância em que se encontra

    o objeto de captação. Colocamos então um arenito entre a areia e a ferramenta, e observamos

    que este fez com que a radiação medida caísse ainda mais um pouco (de 100 para 90 API CS).

    Por fim, colocamos um cilindro de aço inox entre a areia e a ferramenta e percebemos que

    este cilindro fez com que a radiação diminuísse mais do que quando colocamos um arenitoentre os dois (de 100 para 70 API CS). Demonstrando assim que o aço inox constitui uma

    melhor barreira para a radiação gama que o arenito.

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    6.  CONCLUSÃO

     Neste experimento, foi observado o modo de funcionamento dos perfis caliper e

    Gamma ray. Ao se assimilar as variações de medida do perfil caliper com o diâmetro e as

    alterações na leitura do perfil de raios gama à presença de diferentes tipos de rocha (em

    diferentes distâncias entre amostra e detector) entende-se a relevância dos mesmos no âmbito

    da indústria do petróleo.

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    7.  REFERÊNCIAS BIBILIOGRÁFICAS

    [1] Química de Fluidos de Perfuração para poços de petróleo IQ - UFRJ 

    [2] http://www.weatherford.com/dn/WFT177099 

    [3] Well Logging for Earth Scientists. Ellis, Darwin V., Singer, Julian M. Elsevier, 1987. 2nded. 2007, XIX, 692 p.

    http://www.weatherford.com/dn/WFT177099http://www.weatherford.com/dn/WFT177099http://www.weatherford.com/dn/WFT177099http://www.weatherford.com/dn/WFT177099