Relatório Métodos Geofísicos - Perfilagem
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8/17/2019 Relatório Métodos Geofísicos - Perfilagem
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MÉTODOS GEOFÍSICOS EXPERIMENTAL
MARCO CEIA
Perfilagem
LARISSA BOECHAT CHEQUERLIZ BOECHAT CABRAL
MAXIMIANO KANDA FERRAZ
RENAN MARCOS DE LIMA FILHO
ROGER RANGEL DA CUNHA
Macaé
2013
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Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................3
2.
TEORIA...........................................................................................................................................4
2.1. Perfil Caliper ................................................................................................................................4
2.2. Perfil Gamma Ray ........................................................................................................................4
3. OBJETIVO .......................................................................................................................................6
4. METODOLOGIA ............................................................................................................................7
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................................ 11
6. CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 13
7. REFERÊNCIAS BIBILIOGRÁFICAS ......................................................................................... 14
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1. INTRODUÇÃO
A perfilagem é um levantamento completo de perfis referentes ao poço para a produção de
petróleo. O perfil de um poço é a imagem visual, em relação à profundidade, de uma ou mais
características ou propriedades das rochas perfuradas. Ele é obtido a partir de ferramentas que
são descidas no poço, onde os valores são captados e em seguida são armazenados em
arquivos digitais. Apesar de existirem vários processos físicos de medição (perfis), os dados
fornecidos pelos equipamentos eletrônicos de medida são chamados genericamente de perfis
elétricos.
Através da perfilagem podemos mapear o poço com gráficos ou figuras que nos mostram
as áreas de interesse a serem trabalhadas, no entanto, é bom deixar claro que ela não se mostra
auto-suficiente, pois necessita de técnicas auxiliares que se complementam para cumprir essa
meta. Como exemplo de uma técnica auxiliar temos a amostra de calha que é utilizada
juntamente com os perfis elétricos para ajudar na identificação das litofácies. Essa amostra
contém os resíduos das formações rochosas, durante a perfuração, que permanecem na broca
quando ela é levantada do interior do poço para a superfície.[1]
Com o auxílio da perfilagem é possível que se consiga determinar vários detalhes
fundamentais de um poço, como desvio de poços, propriedades geomecânicas, os limites das
zonas de interesse e o nível da água.[2]
Existem cinco perfis específicos que são chamados de perfis básicos. O perfil de Raios
Gama, o perfil de Densidade, o perfil de Potencial Espontâneo, o perfil Neutrônico e o perfil
Sônico. Porém existem ainda muito mais perfis que podem e devem ser feitos em um poço
para aumentar o volume de informações que se tem dele, possibilitando uma melhor
compreensão do ambiente e aumentando as chances de uma produção bem sucedida, como
por exemplo, o Caliper, o perfil de Indução, o perfil de Ressonância Magnética e o Dipmeter.
Neste trabalho nós iremos explorar a utilização dos perfis de Raio Gama e Caliper.
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2. TEORIA
2.1.
Perfil Caliper
Esse perfil verifica as variações do diâmetro nominal do poço. Variação para mais
significa desabamento e variação para menos significa formação de rebocos ou
estrangulamento. Verifica-se que o grau de desabamento e, consequentemente, a amplitude da
curva do caliper, é diretamente proporcional a dureza das camadas, enquanto o aparecimento
do reboco é função da permeabilidade da camada.
Seu funcionamento ocorre através de um dispositivo eletromecânico que mede a distância
entre braços e um mandril central. Estes braços se encontram pressionados contra as paredes
do poço. Também é utilizado um centralizador para calibrar corretamente o caliper. Existem
calipers, de um, dois, três, quatro ou mais braços. Em geral, utiliza-se a o caliper para:
Cálculo do volume de cimento de revestimento.
Apoio ao estudo de perfis, principalmente dos perfis de porosidade.
Apoio operacional a Testes de Formação.
2.2. Perfil Gamma Ray
O perfil Gamma Ray mede a Radioatividade Natural emitida pelos elementos Urânio e
Tório na unidade API. Permite distinguir os folhelhos e/ou argilas dos demais tipos
litológicos.
A principal vantagem desse perfil reside no fato de ser possível a sua realização pordentro de tubulações (poços revestidos), tornando-se muito útil em trabalhos de completação e
restauração dos poços. Sabendo-se que o perfil de Raios Gama reflete a proporção de folhelho
ou argila de uma camada, pode-se utilizá-lo com um indicador do teor de folhelho ou
argilosidade das rochas (VSHGR). O GR é também usado para detecção e avaliação de
minerais radioativos, tais como Urânio, Tório etc. Em geral, suas principais utilizações são:
Definição da Litologia com base no que seja Folhelho do não Folhelho
Definição eventual de Ambientes de Deposição
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Correlação entre poços vizinhos
Identificação de minerais radioativos
Cálculo da Argilosidade ou Volume de Folhelho (VSH)
Pode ser corrido em poços revestidos
Usos especiais: Identificação de intervalos canhoneiados;
Determinação exata de profundidades; e,
Detecção de fluxo fluido atrás dos revestimentos de poços antigos
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3. OBJETIVO
Utilizar uma ferramenta de perfilagem para simular uma sondagem feita em poço de
petróleo, porém na superfície, utilizando os perfis de Caliper e Raio Gama.
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4. METODOLOGIA
Os equipamentos utilizados no Laboratório de Geofísica para o experimento em questão
foram:
Registrador
Guincho
Sonda de Perfilagem
Diferentes tipos de Caliper
Amostras de Rocha Computador com software WINLOG
Os equipamentos estão listados abaixo, nas Figs. 1 a 5:
Figura 1 - Registrador
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Figura 2 - Guincho
Figura 3 - Sonda
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Figura 4 - Caliper
Figura 5 – Amostras de Rochas
Para a realização deste trabalho utilizamos uma ferramenta de perfilagem que está
adaptada em um dos laboratórios do LENEP. Ela se encontra posicionada na horizontal e está
adaptada para fazer dois tipos diferentes de perfil, o Caliper e o de Raio Gama. Ela estáconectada a um computador equipado com o software WINLOG, que é capaz de fazer
mostras as medições feitas pela ferramenta.
Ao iniciarmos então o experimento, primeiro ligamos o equipamento e abrimos o
software no computador conectado à ferramenta. O equipamento estava funcionando com
suplemento de 90 V e 20 mA Selecionamos então no software o LOG MODE de time based ,
para que a ferramenta pudesse mostrar como os dados variam com o tempo, já que o nossa
ferramenta estava parada, não seria coerente que os dados fossem mostrados variando com a profundidade.
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Iniciamos então com a medida do Caliper, através do WINLOG, enviamos um
comando para que a ferramenta abrisse o Caliper, setamos o intervalo de variação da medida
que o Caliper deveria mostrar nas curvas do programa entre 0 e 200 mm e começamos então a
colocar limitadores de diâmetros para ver quais as medidas que a ferramenta registraria.
Depois, foi a vez de utilizarmos o medidor de Raios Gama. Colocamos um intervalo
de registro no programa entre 0 e 200 API CS e começamos então a colocar diferentes
litologias próximas a ferramenta para aferir qual seria a resposta enviada da ferramenta para o
programa.
Analisamos então as curvas plotadas pelo programa para saber se a ferramenta
realmente estava medindo valores condizentes com a realidade. A Fig. 6 abaixo mostra o
programa WINLOG rodando.
Figura 6 – Programa WINLOG registrando perfil Gamma Ray
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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Realizando os procedimentos descritos na metodologia, obtivemos os resultados
descritos abaixo.
Para caso do Caliper, pudemos observar que ao colocarmos instrumentos de diâmetro
conhecido na ferramenta, pudemos observar que o diâmetro aferido pela mesma e apresentado
pelo programa de controle WINLOG era coincidente (Tabela 1).
Tabela 1: Diâmetros medidos pelo Caliper
Diâmetro colocado (mm) Diâmetro medido (mm)
50 ~ 50
100 ~ 100
200 ~ 200
Colocamos primeiramente um limitador de diâmetro de 50 mm e, através da leitura
das curvas do programa, observamos que ele realmente estava indicando um diâmetro de
aproximadamente 50 mm. O mesmo procedimento foi feito para os diâmetros de 100 e 200
mm, e os resultados encontrados também foram aproximados destes valores.
Por último, colocamos a ferramenta dentro de um cano de plástico, de diâmetro
desconhecido, e constatamos que ela indicava um diâmetro de aproximadamente 100 mm.
Para conferir então se este resultado estava coerente com a realidade, utilizamos um
paquímetro digital para aferir o diâmetro do cano de plástico. O paquímetro indicou um valor
de 97.04 mm de diâmetro, mostrando que o Caliper estava fazendo medidas corretas, já que o
erro apresentado foi aceitável.
Posteriormente utilizamos a ferramenta de Perfilagem para fazer as medições dos
Raios Gama. Para que pudéssemos aferir essa radiação, aproximamos do ponto de medição da
ferramenta diferentes litologias, para então avaliar como seria a variação da resposta da
ferramenta. A Tabela 2 apresenta os resultados medidos:
Tabela 2: Resultados de radiação gama aferidos pela ferramenta com a variação das litologias
Litologias Radiação Gama (API CS)Granito ~ 90
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Folhelho ~ 50 (igual ao nível ambiente)
Estromatólito Diminuiu a radiação natural
Areia da praia ~ 1250
Areia colocada a uma certa distância ~ 100
Areia separada por um arenito ~ 90
Areia separada por um cilindro de aço inox ~ 70
Podemos observar então que folhelho teve uma resposta de radiação gama menor que
a do granito, o que não era esperado, pois sabe-se que a maioria dos folhelhos tem mais argila
que os granitos, e a argila emite mais radiação gama natural.
Vimos também que a areia teve uma resposta muito alta de radiação gama, bem mais
alta que a de todas as outras litologias, porém quando afastamos um pouco a areia da
ferramenta, esta já detectou uma radiação gama bem menor (de 1250 para 100 API CS),
demonstrando que essa radiação gama emitida depende muito da distância em que se encontra
o objeto de captação. Colocamos então um arenito entre a areia e a ferramenta, e observamos
que este fez com que a radiação medida caísse ainda mais um pouco (de 100 para 90 API CS).
Por fim, colocamos um cilindro de aço inox entre a areia e a ferramenta e percebemos que
este cilindro fez com que a radiação diminuísse mais do que quando colocamos um arenitoentre os dois (de 100 para 70 API CS). Demonstrando assim que o aço inox constitui uma
melhor barreira para a radiação gama que o arenito.
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6. CONCLUSÃO
Neste experimento, foi observado o modo de funcionamento dos perfis caliper e
Gamma ray. Ao se assimilar as variações de medida do perfil caliper com o diâmetro e as
alterações na leitura do perfil de raios gama à presença de diferentes tipos de rocha (em
diferentes distâncias entre amostra e detector) entende-se a relevância dos mesmos no âmbito
da indústria do petróleo.
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7. REFERÊNCIAS BIBILIOGRÁFICAS
[1] Química de Fluidos de Perfuração para poços de petróleo IQ - UFRJ
[2] http://www.weatherford.com/dn/WFT177099
[3] Well Logging for Earth Scientists. Ellis, Darwin V., Singer, Julian M. Elsevier, 1987. 2nded. 2007, XIX, 692 p.
http://www.weatherford.com/dn/WFT177099http://www.weatherford.com/dn/WFT177099http://www.weatherford.com/dn/WFT177099http://www.weatherford.com/dn/WFT177099