RELATÓRIO JOSIANE

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

CURSO DE PEDAGOGIA

:Acadêmica: JosianeZarnott Crizel

Pelotas, 14 de Janeiro de 2012.



Relatório

Ingressei no PIBID em agosto de 2011, mas já era monitora na Escola

Getúlio Vargas. Com a monitoria aumentou meu interesse de estar na escola e

fazer parte do PIBID, pois pude conhecer o trabalho realizado pelas bolsistas e

também percebi a importância de estar na escola e participar das atividades,

dos planejamentos, de estar com os alunos, pois é fundamental para minha

formação como futura educadora estar na escola.

Estar no ambiente escolar é muito importante, pois enriquece nossa

formação, nos da à oportunidade de poder ajudar a escola e as crianças, e

também nos da à oportunidade de aprender muito com a prática que tantosolicitamos ao longo do curso.

Ao entrar para o PIBID fui muito bem recebida por todos, professores,

supervisores, coordenadores, alunos, funcionários e as bolsistas do PIBID.

Comecei a ir à escola duas vezes na semana e participar das reuniões

quartas feiras na FAE, onde tínhamos a possibilidade de realizar estudos e

conversar sobre tudo que estava ocorrendo na escola, e também conversar

com as PIBIDIANAS, coordenadoras e supervisoras expondo nossas dúvidas edividindo nossas experiências.

Nas segundas feiras na escola também ocorriam reuniões após o

recreio, onde tínhamos a oportunidade de realizar o planejamento de todas as

atividades que eram realizadas ao longo da semana junto com as professoras.

Esta era uma oportunidade de trocar experiências com elas e também de poder

por em prática tudo aquilo, o qual estudamos. Também podíamos conversar

sobre os alunos e sobre as dificuldades que a escola enfrenta, desde aestrutura, falta de material e de problemas que ocorriam com os alunos.

Conversávamos sobre como poderíamos resolver estes problemas, sempre

visando o melhor para a escola e para os alunos.

Estas reuniões são fundamentais, pois realizar o planejamento facilitava

a preparação das aulas, separando o material em tempo hábil, nos dava a

segurança de replanejar o trabalho frente a novas situações que poderiam

acontecer no decorrer das aulas.



Quando planejamos, temos a possibilidade de fazer uma reflexão e

avaliação de nossas práticas, sempre criando e recriando o planejamento

atualizando as atividades de acordo com os progressos dos alunos.

Assim que ingressei no PIBID começamos o planejamento das

atividades a partir do Livro O Carteiro Chegou (JANETE & ALLAN AHLBERG).

Para mim era o primeiro planejamento que estava realizando, este foi

dividido em grupos e cada um ficou responsável por uma história do livro. Eu e

meu grupo nos reunimos diversas vezes para conversar e debater quais

atividades selecionar, visando o melhor para o aprendizado dos alunos.

Confesso que no início estava muito insegura, mas temos todo o apoio das

coordenadoras, supervisoras, as quais nos orientam e nos ajudam muito.

Também podíamos contar com a professora titular, trocar experiência, expor

nossas dúvidas, pois era essencial para um bom planejamento.

Fui direcionada para uma turma de primeiro ano, pois estava nesta

turma, desde que era monitora, portanto já conhecia os alunos e a professora

titular. Ela sempre foi muito aberta a sugestões, compartilhávamos o

planejamento, mas fui percebendo que ela tinha certo receio de avançar com

os alunos, tinha medo talvez que eles não conseguissem atingir o objetivo

esperado. Neste caso senti muita dificuldade, pois apesar da professora titular

ser bem receptiva em alguns momentos ela não concordava com algumas

atividades, nos solicitando para deixar para mais adiante. A solução que

encontramos era sempre adaptar a atividade, não deixando de realiza-la.

Quando era monitora em um primeiro momento eu ficava em sala de

aula com outra PIBIDIANA e a professora, após o recreio ficava sozinha com

os alunos aplicando as atividades que me eram deixadas. Tínhamos a

oportunidade de ficar sozinhos com as crianças de poder por em prática asatividades, de poder por algumas horas ser a titular desta turma, sentir a

responsabilidade de uma professora. Foi isso que senti falta como PIBIDIANA,

pois não conseguimos ficar com os alunos sem a interferência da professora,

pois tínhamos vontade e determinação para realizar as atividades que por

medo ou insegurança da professora não pudemos realizar. Sentimos que os

alunos eram capazes sim de realizar as atividades, claro que alguns

precisavam de mais ajuda e explicação em vista de outros, mas com certezapoderiam avançar e realizar as atividades propostas.



Antes das reuniões realizadas nas segundas feiras na escola realizamos

o recreio orientado, incentivando as crianças a participarem das brincadeiras

que era proposto por nós, o aluno não era obrigado a participar, mas sempre

procuramos incentivar e trazer novas brincadeiras para que todos tivessem

interesse em participar.

Percebemos que ao passar das semanas a procura aumentava

gradativamente e com isso, as crianças tinham a possibilidade de interagir de

brincar de propor uma nova brincadeira. E assim observamos quais os alunos

não brigavam mais na hora do recreio, não ficavam correndo sem nenhum

propósito.

Quando era chegada a hora do recreio eles já se direcionavam para a

quadra a esperar por nós e quando por algum motivo não acontecia às

atividades eles nos cobravam.

Tentamos resgatar algumas brincadeiras como cantigas de rodas que os

alunos adoravam, eles também traziam outras cantigas das quais

desconhecíamos e com esta interação havia uma troca de experiências com os

alunos, também nos davam a oportunidade de conhecer um pouquinho mais

sobre eles. O recreio orientado era aberto do primeiro ano ao quarto ano,

portanto havia uma interação com todas as turmas.

Neste dia também era realizada a hora do conto, organizado por

bolsistas da Pedagogia Juntamente com o Teatro. Eles preparavam a leitura do

livro e o cenário, e em algumas histórias os alunos participavam, interagindo

com a história. Quando retornavam para a sala de aula estavam eufóricos

entusiasmados com a leitura e com a encenação, portanto deixávamos por

algum tempo eles conversarem sobre a hora do conto. Nos outros dias que

estávamos em sala de aula, também era realizado leituras, escolhidas por nósou também por eles.

Realizamos também com esta turma de primeiro ano o livro da vida,

cada dia era escolhido um aluno, e era entregue o livro a ele para que ele

pudesse expor em palavras ou desenhos o que estava sentindo ou colocar o

que aprendeu em sala de aula. Lembrando que esta atividade ocorria sem a

interferência de nós bolsistas e nem da professora titular. A maioria acabou

desenhando, alguns escreveram o nome ou outra palavra, mas o desenho



predominou, nunca dissemos qual seria o certo se desenhar ou escrever, os

deixamos decidirem o que queriam colocar.

Nas datas comemorativas nos reuníamos e planejávamos com

antecedência o que poderíamos fazer nestas datas, pois a escola não tinha

possibilidades de realizar festividades e nem tão pouco solicitar aos pais

alguma colaboração, visto que se trata de uma escola com poucos recursos e a

comunidade é carente, dispondo de poucos recursos. Então resolvemos

realizar as festividades, nos reunimos e cada uma colaborou com o que pode.

Também procuramos fazer diversas atividades nestes dias, como

brincadeiras, danças etc. Para os alunos foi muito importante, pois vimos à

felicidade nos rostos de cada criança. Conseguimos comprar doces e houve

doações de brinquedos no dia da criança e no Natal, uma de nossas colegas

conseguiu que um grupo realizasse estas doações. Deixando-nos muito felizes

vendo a felicidade destas crianças e podendo de alguma forma trazer outras

atividades para a escola, já que a mesma não disponibiliza muitos recursos.

Todas as atividades realizadas na escola só me deu a certeza que não

posso mais ficar longe dela. Não posso pensar em uma formação sem estar

ativamente na escola. Pois o PIBID nos da esta oportunidade de por em prática

todo o estudo realizado, de aprender na prática, de trocar e viver novas

experiências. Todos nós sempre desejamos estar na escola, portanto só tenho

a agradecer a oportunidade de fazer parte do PIBID e agradecer a todos da

escola, professores, funcionários, alunos, coordenadores e supervisores por

esta oportunidade.

É gratificante de ver o quanto ajudamos na melhoria da escola e na

aprendizagem dos alunos, de ter a certeza que de alguma forma fomos

importante na vida escolar destas crianças. De ver o quanto eles avançaram,de ver suas conquistas e perceber que a escola mudou com nossa chegada.

Acredito que cresci como pessoa e como profissional, percebi e

confirmei mais uma vez o fato de que realmente desejo ser professora, quero

muito estar na sala de aula, pois é ótimo poder ensinar e ajudar as crianças.

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