Relatorio Iogurte
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Karoliny Teixeira
Larissa Zenaide Felisberto
Vanessa Stanger Zanelatto
FABRICAÇÃO DO IOGURTE
Tubarão, 2011
Karoliny Teixeira
Larissa Zenaide Felisberto
Vanessa Stanger Zanelatto
FABRICAÇÃO DO IOGURTE
Relatório apresentado à disciplina de Química Geral Experimental do Curso de Química Industrial
Professora Msc. Márcia Luzia Michels
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
Tubarão, 2011
1. INTRODUÇÃO
O iogurte é um produto fermentado do leite com um sabor ligeiramente
azedo, obtido a partir da ação combinada de duas espécies de bactérias, a
Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus thermophilus.
O iogurte é produzido através da fermentação láctea e é realizada por
bactérias a uma temperatura favorável de 42ºC. A fermentação dá-se devido á
degradação da lactose (presente no leite) em ácido láctico (produto desejado). Este
ácido láctico irá diminuir o pH do meio e, como conseqüência, as proteínas lácteas
coagulam, dando o aspecto ao iogurte.
O iogurte é uma importante fonte de cálcio e é de fácil digestão.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O iogurte é reconhecidamente um alimento tradicional dos povos do
Oriente Médio, e o interesse nele fez com que se espalhasse para a Itália, França,
Holanda, para outros países europeus e América do Norte. Nos países ocidentais,
basicamente o seu consumo era devido a prescrições médicas em razão da
reputação do seu valor terapêutico. Hoje, o produto, além de não ter perdido a
característica dietética, é consumido como sobremesa, como complemento de
refeições ligeiras e mesmo por prazer, devido não só à sua apresentação, ao seu
sabor e aspecto agradáveis, como também devido ao conhecimento do seu valor
nutritivo.
Fermento, inóculo, culturas láticas são termos sinônimos de culturas
“starters” usadas no desenvolvimento de produtos lácteos fermentados. Essas
culturas são microorganismos saprófitos, ativos, que crescem em leite ou soro. A
cultura pode ser constituída de uma estirpe de uma espécie bacteriana, conhecida
por cultura simples, ou pode reunir várias estirpes e/ou espécies, conhecida por
cultura mista ou múltipla.
As funções das culturas “starters” são: incorporar número substancial de
organismos no material “starting”, de modo que estes microorganismos possam
crescer, continuar crescendo e produzir as modificações esperadas; sobrepujar o
crescimento de qualquer agente contaminante que pudesse estar presente no
substrato que está sendo usado na fermentação; o produto terá maior uniformidade
em diferentes lotes de produção.
Bactérias do ácido láctico utilizadas em produtos lácteos fermentados são
de natureza mesofílica. Estes microrganismos crescem na faixa de 10 a 45ºC com
um crescimento médio (ótimo) a 35ºC.
O iogurte é um produto lácteo, ácido, que envolve o uso de culturas
simbióticas de Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus thermophilus. (FERREIRA,
1993).
Figura 1 - Lactobacillus bulgaricus Figura 2 - Streptococcus thermophilus
A cultura do iogurte deve conter uma percentagem igual dos dois germes,
do contrário não se obterá a consistência e característica desejável do odor no
produto industrializado.
Na fermentação do iogurte, os thermophillus desenvolvem inicialmente
com grande intensidade para dar ambiente favorável para o bulgaricus, os quais
intensificam seu desenvolvimento em seguida.
Assim as duas culturas se completam, porém devem sempre estar em
igualdade de percentagem.
O iogurte divide-se primeiramente em dois tipos ou sistemas de
fabricação – o natural (com coalhada firme) e o batido (com coalhada mexida). Tanto
a um como a outro, para melhorar a consistência, o aspecto ou para diferenciar sua
composição, poderão ser agregados ingredientes tais como ágar-ágar, gelatina,
açúcar, glicose, maisena, leite em pó ou condensado, etc. e ainda poderão ser
acrescidos sabores como coco, café, chocolate, etc.
Temos os produtos sofisticados os quais são acrescidos de sabores ou
aromas de frutas, frutas preparadas ou em calda ou concentradas. Estes estão em
grande voga em todo o mundo, porém diminuem o seu valor terapêutico e dietético.
(BEHMER, 1984).
O leite é o ingrediente básico no preparo do iogurte. Sua composição
pode ser modificada para atender a aspectos econômicos, práticos e de aceitação
do consumidor. Pode ser integral, desnatado, parcialmente desnatado, fortificado
(com adição de leite em pó, ou soro em pó) ou modificado (delactosado).
Os sólidos totais têm efeito marcante na firmeza do gel do iogurte. Em
geral, quanto maior a percentagem de sólidos, mais firme é o produto. (FERREIRA,
1993).
3. MATERIAIS E REAGENTES
Tabela 1: Materiais utilizados na Fabricação do Iogurte.
Materiais Capacidade Quantidade
Panela - 2
Bico de Bunsen - 1
Termômetro-10°C a
110°C1
Tripé de Ferro - 1
Tela de Amianto - 1
Bequér 2000mL 1
Béquer 100mL 1
Balança analítica 0,5g a 1000g 1
Faca - 1
Colher de pau - 1
Caixa de fósforo - 1
Estufa 42 – 45ºC 1
Geladeira 5ºC 1
Fonte: As autoras
Tabela 2: Reagentes utilizados na Fabricação do Iogurte.
Reagentes Quantidade
Leite Pausterizado 2 Litros
Leite em pó desnatado 40g
Açúcar 200g
Iogurte natural 60g
Corante vermelho 0,20g
Aromatizante de morango 0,20g
Morango natural 200g
Fonte: As autoras
4. MÉTODO
Colocou-se 2 litros de leite pausterizado em uma panela. Juntou-se 10%
de açúcar e 2% de leite em pó desnatado.
Levou-se ao fogo até que a mistura atingiu 90ºC de temperatura e deixou-
se nessa temperatura por 10 minutos.
Resfriou-se a 42 – 45ºC e inoculou-se o fermento (iogurte natural) a base
de 3% em relação ao volume inicial de leite, misturou-se bem e incubou-se em
estufa a 42 – 45ºC até que o pH atingiu 4,4.
Retirou-se da estufa e colocou-se na geladeira a 5ºC para resfriar e no dia
seguinte adicionou-se o aromatizante e o corante na proporção de 0,01%
respectivamente, homogeneizou-se, embalou-se, armazenou-se em geladeira e
consumiu-se.
5. DISCUSSÃO
O processo de fabricação de iogurte faz com que o rendimento seja total,
pois não há perdas.
Utilizou-se o leite em pó, na fabricação do iogurte, pois se desejava obter
um produto mais encorpado, sendo este um aditivo cujo emprego é aumentar a
viscosidade.
O iogurte natural tem a função de fermentar o leite, pois este contém os
lactobacilos necessários para essa fermentação, sendo imprescindível a incubação
em temperatura ideal, para que haja a incubação dessas bactérias, somente após o
tempo necessário, é que deve-se resfriar o produto, até que atinja uma temperatura
muito baixa, mantendo-a para que a paralisação da fermentação aconteça.
Após o processo concluído, obteve-se um produto com a consistência
desejada, com a posterior adição de aromatizante e corante, este apresentou as
características esperadas.
6. CONCLUSÃO
Com o uso do leite na alimentação do homem surgiram os alimentos
derivados do leite.
O iogurte é produzido a partir da ação de uma cultura mista e em igual
proporção dos microorganismos Streptococcus thermophilus e Lactobacillus
bulgaricus. Essas bactérias consomem a lactose, o açúcar do leite, para obterem
energia e em contrapartida eliminam o ácido lático que coalha o leite. O leite
coalhado preserva a gordura, os minerais e o conteúdo de vitaminas do leite puro,
mas apresenta bem menos lactose, sendo então um alimento de mais fácil digestão
que o leite.
Para garantir sua qualidade microbiológica, o iogurte deve estar isento de
microorganismos causadores da decomposição do produto e ser conservado sob
refrigeração, à temperatura máxima de 10ºC, não sendo permitida a adição de
substâncias conservantes.
7. REFERÊNCIAS
FERREIRA, Célia Lúcia de Luces F. Produtos lácteos fermentados: aspectos bioquímicos e tecnológicos. 1. ed. Viçosa: Imprensa Universitária – Universidade Federal de Viçosa, 1993.
BEHMER, Manuel Lecy Arruda, 1910 – Tecnologia do leite: leite, queijo, manteiga,caseína, iogurte, sorvetes e instalações: produção, industrialização, análise – 13ª ed. rev. e atualizada. – São Paulo: Nobel, 1984.