Relatório higiene

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Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos ITA01116 – Higiene e Legislação Na Indústria de Alimentos Professor: José Maria Wiest Aluno: Lucas Prestes Fallavena Cartão: 00171030 Relatório Individual a respeito da 231° Feira do Peixe de Porto Alegre Foram analisados 6 tópicos em dois estabelecimentos diferentes da Feira do Peixe, realizadas 5 perguntas para dois consumidores aleatórios e observado o estado de conservação dos caminhões, bem como a descarga dos produtos. 1) Instalações: de um modo geral, todas os estabelecimentos da Feira do Peixe de Porto Alegre apresentavam o mesmo tipo de instalação. Divisórias de aglomerados simples, brancas, geralmente com um balcão para exposição dos produtos e freezers ao fundo. Algumas trocavam o balcão por um balcão refrigerado (na maioria, não funcionando devidamente). Observou-se também algum descuido em relação ao gelo, como no Estabelecimento “B”, onde os peixes não tinham qualquer tipo de refrigeração. Também notou-se que, algumas vezes, quando abertos os freezers, se demorava mais do que o necessário até fecharem novamente a porta do mesmo. 2) Preços e Tipos de Produtos: No geral, os preços seguiam um mesmo padrão, variando pouco de estabelecimento para estabelecimento. Estabelecimento “A” apresentava os seguintes pescados: Bagre (R$ 12,00/kg), Tainha (R$12,00/kg), Traíra Limpa (R$10,00/kg). Estabelecimento “B” apresentava: Tainha (R$10,00/kg) e Filé de Peixe (R$12,00/kg). Vale ressaltar que os produtos do Estabelecimento “B” estavam em bandejas sem gelo – ou qualquer tipo de refrigeração – e tinham um aspecto mais pegajoso. 3) Higiene dos manipuladores: no Estabelecimento “A” todos os funcionários utilizavam roupas brancas, sem sujeiras, bonés ou toucas. No entando, o manipulador que, no momento, estava vendendo um peixe, recebeu o dinheiro (mexeu com ele), devolveu o troco e novamente manipulou o peixe (para embrulhar e entregar ao comprador). Já no Estabelecimento “B” havia um funcionário específico para cuidar da finança do estande, enquanto outro se

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Universidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciência e Tecnologia de AlimentosITA01116 – Higiene e Legislação Na Indústria de AlimentosProfessor: José Maria Wiest

Aluno: Lucas Prestes FallavenaCartão: 00171030

Relatório Individual a respeito da 231° Feira do Peixe de Porto Alegre

Foram analisados 6 tópicos em dois estabelecimentos diferentes da Feira do Peixe, realizadas 5 perguntas para dois consumidores aleatórios e observado o estado de conservação dos caminhões, bem como a descarga dos produtos.

1) Instalações: de um modo geral, todas os estabelecimentos da Feira do Peixe de Porto Alegre apresentavam o mesmo tipo de instalação. Divisórias de aglomerados simples, brancas, geralmente com um balcão para exposição dos produtos e freezers ao fundo. Algumas trocavam o balcão por um balcão refrigerado (na maioria, não funcionando devidamente). Observou-se também algum descuido em relação ao gelo, como no Estabelecimento “B”, onde os peixes não tinham qualquer tipo de refrigeração. Também notou-se que, algumas vezes, quando abertos os freezers, se demorava mais do que o necessário até fecharem novamente a porta do mesmo.

2) Preços e Tipos de Produtos: No geral, os preços seguiam um mesmo padrão, variando pouco de estabelecimento para estabelecimento. Estabelecimento “A” apresentava os seguintes pescados: Bagre (R$ 12,00/kg), Tainha (R$12,00/kg), Traíra Limpa (R$10,00/kg). Estabelecimento “B” apresentava: Tainha (R$10,00/kg) e Filé de Peixe (R$12,00/kg). Vale ressaltar que os produtos do Estabelecimento “B” estavam em bandejas sem gelo – ou qualquer tipo de refrigeração – e tinham um aspecto mais pegajoso.

3) Higiene dos manipuladores: no Estabelecimento “A” todos os funcionários utilizavam roupas brancas, sem sujeiras, bonés ou toucas. No entando, o manipulador que, no momento, estava vendendo um peixe, recebeu o dinheiro (mexeu com ele), devolveu o troco e novamente manipulou o peixe (para embrulhar e entregar ao comprador). Já no Estabelecimento “B” havia um funcionário específico para cuidar da finança do estande, enquanto outro se preocupava em pesar, embrulhar e entregar o pescado. Mesmos trajes do Estabelecimento “A”.

4) Higiene das superfícies: Nenhum estabelecimento apresentou anomalias quanto a higiene das superfícies. Todos os estabelecimentos observados apresentaram cuidado quanto a limpeza do balcão.

5) Resíduos: Perguntou-se a um atendente de um Estabelecimento “C” a respeito dos resíduos e dejetos produzidos durante a comercialização de pescado e nos foi respondido que eram despejados diretamente em lixo comum. Indagado da possibilidade de limpeza do pescado, nos foi informado que é proibido pela organização da Feira a limpeza de pescado - caso comprado um pescado não-limpo, seria de responsabilidade do comprador a limpeza do mesmo. Todos os pescados limpos já deveriam vir limpos para comercialização.

6) Controle de Pragas: Os únicos controles de pragas observados em todos os estabelecimentos era tentativa de se manter o ambiente limpo e refrigeração do pescado (na maioria das vezes ineficaz).

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No geral, todos os estabelecimentos estavam “em pé de igualdade” na maior parte dos quesitos. A maioria dos manipuladores apresentava um descaso com a manipulação do pescado e da higiene nas mãos. Não foi observado nenhum banheiro ou pia em nenhum dos estandes.

Perguntas realizadas:

Pessoa A:Sexo: Masculino

i) Idade: 69;ii) Meio de deslocamento (ida e volta): Metrô;iii) Produto que procurava: Tainha;iv) Recomendaria a Feira do Peixe de PoA: Sim;v) O que faria com o produto comprado ao chegar em casa? “- Comeria imediatamente”;vi) Quantas vezes já foi à Feira? “- Primeira vez”.

Pessoa B:Sexo: Feminino

i) Idade: 66;ii) Meio de deslocamento (ida e volta): Ônibus;iii) Produto que procurava: Filé de peixe;iv) Recomendaria a Feira do Peixe de PoA: Não;v) O que faria com o produto comprado ao chegar em casa? “- Congelaria ou comeria”;vi) Quantas vezes já foi à Feira? “- Várias vezes”.

Em conjunto com as breves entrevistas de outros colegas, notou-se que o público é bastante diversificado, porém, com predomínio de idosos. Isso poderia ser explicado pela falta de cooperação da maioria das pessoas em responder as perguntas, bem como horário e dia que foi realizada a visita.

Quanto aos caminhões:

Observou-se maioria de caminhões do tipo isotérmico, mas com bom número de caminhões com refrigeração. Maioria dos caminhões era moderno e bem conservado. Notou-se, também, que os caminhões-refrigeradores estavam ligados.

Quanto à descarga de produtos:

Quando aberto o caminhão, viram-se diversas caixas empilhadas de qualquer forma, sem grande ordem. O manipulador subiu nas caixas para retirar as mais altas e empilhá-las de qualquer forma em cima do carrinho de carga. Não foi possível observar o estado do produto no interior das caixas.