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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

___

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E SEGURANÇA ALIMENTAR

SECRETARIADO TÉCNICO DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO

DE MARÇO – ABRIL DE 2018

Apoio de:

Junho de 2018

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RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO DE MARÇO – ABRIL DE 2018

COORDENAÇÃO PRINCIPAL

Dino Buene - SETSAN

Elda Famba - MISAU

Tomás Zaba - UNICEF

FICHA TÉCNICA

Titulo

Relatório Final da Avaliação Sazonal de Nutrição

de Março – Abril de 2018 Financiamento

Direcção

Cláudia Lopes – SETSAN

Mathieu Joyeux - UNICEF

Governo do Reino Unido (DFID)

Embaixada da Irlanda (Irish Aid)

Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF)

Equipa Técnica

SETSAN: Dino Buene e Joaquim Mulhovo

MISAU: Elda Famba, Hélio Douto e Ananias

António

INE: Basílio Cubula, Armando Tsandzana e

Elvino Nhantumbo

UNICEF: Tomás Zaba, Javier Rodriguez e Alina

Michalska

PMA: Franck Gressard Difusão Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional

Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional

Av. das FPLM nº 2698 – (Recinto do IIAM - Pavilhão Novo)

Tel: 258 21 461873 Fax: 258 21 462403 – Maputo – Moçambique

www.setsan.gov.mz

Informações adicionais: [email protected] ou [email protected]

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Acrónimos

Acrónimo Significado

SETSAN Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional

MISAU Ministério de Saúde

INE Instituto Nacional de Estatística

IPC Analises Integradas de Fases de Segurança Alimentar e Nutrição

SMART Método Padronizado de Avaliação e Monitoria para Alívio e Transição

DAG Desnutrição Aguda Grave

DAM Desnutrição Aguda Moderada

DA Desnutrição Aguda

ENA Emergency Nutrition Assessment

GPS Sistema de Posicionamento Global

AF Agregado Familiar

AE Área de Enumeração

PRN Programa de Reabilitação Nutricional

PB Perímetro braquial

SDAE Serviços Distritais de Actividades Económicas

IC Intervalo de Confiança

mm Milímetros

Sig Significância estatística

UNICEF Fundo das Nações Unidas para Infância

PMA Programa Mundial de Alimentação

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ÍNDICE SECRETARIADO TÉCNICO DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL ................................... 1

1. Introdução.............................................................................................................................................................. 6

CAPÍTULO I. Método SMART .................................................................................................................................. 8

2.1. Objectivos do Inquérito ................................................................................................................................ 8

2.2. Desenho de estudo ......................................................................................................................................... 8

2.2.2. Procedimentos de amostragem: áreas de enumeração ...................................................................... 9

2.2.3. Procedimentos de amostragem: selecção de agregados familiares e crianças ............................... 11

a) Selecção das crianças para Antropometria ............................................................................................... 13

2.2.4. Equipas de Inquérito........................................................................................................................... 14

2.2.5. Entrada dos dados ............................................................................................................................... 16

2.3. Análise dos Dados .................................................................................................................................... 18

2.3.1.1. Estatísticas Descritivas .......................................................................................................................... 19

2.3.2. DISTRITO DE MUTARARA (PROVÍNCIA DE TETE) ............................................................... 25

2.3.2.1. Estatísticas Descritivas.................................................................................................................... 25

2.3.3. DISTRITO DE MILANGE (PROVÍNCIA DE ZAMBÉZIA) ........................................................ 31

2.3.3.1. Estatísticas Descritivas.................................................................................................................... 31

2.4. Estatísticas Inferenciais ..................................................................................................................................... 36

2.4.1. Análise de regressão logística multivariada .............................................................................................. 36

CAPÍTULO II. MÉTODO RÁPIDO......................................................................................................................... 39

3.1. Desenho de Estudo ........................................................................................................................................ 39

3.1.1. Amostra e Amostragem......................................................................................................................... 39

3.1.2. Análise de Dados .................................................................................................................................. 40

3.2. Resultados ................................................................................................................................................ 41

3.2.1. Distrito de Marara (Província de Tete) ................................................................................................. 41

3.2.1.1. Estatísticas Descritivas ...................................................................................................................... 41

3.2.2. Distrito de Macossa (Província de Manica) .......................................................................................... 44

3.2.2.1. Estatísticas Descritivas ...................................................................................................................... 44

Província de Cabo Delgado .................................................................................................................................... 47

3.2.3. Distrito de Chiúre ................................................................................................................................ 47

3.2.4. Distrito de Macomia ............................................................................................................................ 51

3.2.4.1. Estatísticas Descritivas ...................................................................................................................... 51

3.2.5. Distrito de Balama............................................................................................................................... 53

3.2.5.1. Estatísticas Descritivas ...................................................................................................................... 53

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3.2.6. Distrito de Ancuabe............................................................................................................................. 56

3.2.6.1. Estatísticas Descritivas ...................................................................................................................... 56

3.3. Estatísticas Inferenciais .................................................................................................................................. 60

3.3.1. Análise de regressão logística multivariada .............................................................................................. 60

4. RESULTADOS DA ANÁLISE DE IPC MALNUTRIÇÃO AGUDA ............................................................ 62

5. LIMITAÇÕES DAS AVALIAÇÕES E ANÁLISES DE DADOS .................................................................. 64

a. Das avaliações/inquéritos .................................................................................................................................. 64

b. Das análises de dados ........................................................................................................................................ 64

6. RECOMENDAÇÕES DE RESPOSTA ............................................................................................................. 65

Recomendações de Intervenções de curto prazo – Desnutrição Aguda ................................................................. 65

Recomendações de Intervenções de curto prazo – Insegurança Alimentar Aguda .............................................. 65

7. REFERENCIAS .................................................................................................................................................. 66

8. APÊNDICES........................................................................................................................................................ 67

Apêndice A. Teste de Plausibilidade de Dados Antropométricos ............................................................................ 67

Apêndice B. Ficha de Áreas de Enumeração Seleccionadas para cada distrito ........................................................ 70

Apêndice C. Calendário de Eventos Locais .............................................................................................................. 72

Apêndice D. Árvore de Decisão para amostragem ................................................................................................... 75

Apêndice E. Tabela de selecção Aleatória de Agregados Familiares ....................................................................... 76

Apêndice F. Ilustração de mapa cartográfico com coordenadas ............................................................................... 77

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1. Introdução

A desnutrição é um problema causado pela ocorrência de doenças ou deficiência de macronutrientes,

resultante da desestabilização de factores que vulnerabilizam a sua ocorrência. A desnutrição quando é

aguda, é frequentemente afectada por factores de curto prazo como a variação sazonal, sendo importante

sempre que possível e necessário medir o impacto de uma época sazonal considerada de alto risco para

quantificar a sua magnitude.

Em Março e Abril de 2017 foram realizadas avaliações nutricionais em 20 distritos seleccionados de

acordo com a vulnerabilidade nutricional, baseada em evidências, seguido de Analises Integradas de Fases

de Segurança Alimentar e Nutrição Aguda (IPC), os distritos avaliados apresentavam alta vulnerabilidade

nutricional na época de escassez de alimentos, compreendida entre os meses de Outubro 2017 a Março

2018, devido a: baixa disponibilidade e acesso aos alimentos, com consequente redução das práticas de

alimentação infantil, ocorrência de doenças diarreicas, malaria e outras infecções devido a ocorrência de

chuvas.

Por outro lado, em Outubro de 2017, foram realizados rastreios rápidos em alguns distritos na província de

Cabo Delgado, não abrangidos pela avaliação de Março e Abril, onde consideráveis percentagens de

desnutrição aguda teriam sido encontradas. Ainda mais, dos resultados da avaliação nutricional exaustiva

realizada durante a semana nacional de saúde em Outubro-Novembro de 2017 foram identificados alguns

distritos onde as percentagens de desnutrição aguda eram elevadas. Deste modo, tendo em conta que o país

se encontra na época de escassez de alimentos, viu-se a importância de quantificar a magnitude de

afectação do estado nutricional das crianças para posterior classificação e análises das áreas de inquérito

com recurso aos procedimentos de IPC.

Refira-se que é a segunda vez consecutiva, em anos seguido, que o Governo de Moçambique por via do

Secretariado Técnico de Segurança Alimentar (SETSAN) e o Ministério da Saúde (MISAU) recebem apoio

técnico e financeiro do UNICEF Moçambique na realização de mais 3 inquéritos SMART, totalizando 6 já

realizados em 2017 e 2018, 8 avaliações rápidas em 2018. Por outro lado, UNICEF juntamento ao PMA

apoiou na realização de 17 avaliações rápidas em 20161, continuado, assim, de forma progressiva na

contribuição ao enriquecimento do sistema de informação nutricional em Moçambique.

1 2016 até actualidade, altura em UNICEF começou a envidar esforços técnicos e financeiros para a integração da nutrição

dentro do Sistema de Informação de Segurança Alimentar e Nutricional do SETSAN, foram realizadas cerca de 61 avaliações

nutricionais, destas 31 com validade estatística distrital e restantes provinciais.

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Dois tipos de desenho de estudo foram

aplicados para medir a situação em áreas

diferentes: (1) Método Padronizado de

Avaliação e Monitoria para Alívio e

Transição – SMART usado em 3

distritos e, (2) método rápido de

avaliação nutricional, usado em 7

distritos (ver figura 1). Note-se que a

selecção dos distritos e sua distribuição

para cada tipo de desenho de estudo foi

com base na sua vulnerabilidade à

desnutrição aguda, de acordo uma

análise secundária da situação do distrito

para o indicador em causa – a

desnutrição aguda, onde todos os

distritos do país foram analisados e,

segundo os critérios: (a) percentagem de

desnutrição aguda, (b) projecção da

situação nutricional e de insegurança

alimentar para o período de escassez de

alimentos e (c) a situação nutricional de

acordo com dados programáticos ao

longo do ano tal que:

Figura 1. Mapeamento de distritos vs. tipo de desenho estudo

a) O distrito que tivesse a percentagem de desnutrição aguda > 10% e com probabilidade alta da sua

situação deteriorar ao longo da época de escassez – este distrito preenchia critérios para o método

SMART;

b) O distrito que tivesse a percentagem de desnutrição aguda < 10% com probabilidade baixa de

deteriorar a situação ao longo da escassez de alimentos, contudo dados programáticos indicaram

para uma situação alta – este preenchia requisitos para o método rápido.

Clima e Época de realização do Inquérito

Estes inquéritos foram realizados durante o fim da época de escassez de alimentos, tendo a recolha de

dados efectivamente iniciado em 27 de Março de 2018 para o distrito de Namuno e 7 de Abril para os

distritos de Mutarara e Milange.

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CAPÍTULO I. Método SMART

Existência de Serviços de Assistência Humanitária

Os distritos de Mutarara e Namuno vêm sendo beneficiados desde Agosto de 2016 de serviços de

assistência humanitária em nutrição em resposta a situação de seca prolongada que afectou estes distritos e,

em Namuno por ter sido classificado como estando em situação critica de desnutrição aguda segundo

análises de IPC. A assistência humanitária consiste em brigadas móveis de nutrição que fazem o rastreio

activo para detecção precoce de crianças com desnutrição aguda (DA) nas comunidades e providenciar

tratamento nutricional das mesmas nas comunidades para os casos de DA Grave (DAG) ou moderada

(DAM) sem compleições médicas e encaminhamento para unidade sanitária os casos com complicações e

fortalecimento da capacidade de resiliência dos mesmos. O distrito de Milange por sua vez é assistido pelo

UNICEF dentro das suas acções de desenvolvimento na província da Zambézia.

2.1.Objectivos do Inquérito

Geral

• Avaliar a situação nutricional em crianças dos 6-59 meses de idade, no final do período de

escassez de alimentos nos distritos identificados com grande vulnerabilidade à desnutrição aguda.

Específicos

Avaliar o estado nutricional de crianças com idade dos 6-59 meses através de medição dos

parâmetros antropométricos (peso-para-altura) e perímetro braquial e/ou presença de edema

bilateral.

Avaliar os níveis dos indicadores de alimentação complementar em crianças com idade dos 0-23

meses de idade;

Avaliar os níveis dos indicadores de segurança alimentar dos agregados familiares;

Avaliar os níveis dos indicadores de doenças sazonais em crianças com idade dos 6-59 meses de

idade.

Realizar análises estatísticas relacionados a situação de desnutrição aguda para identificar

potencial associação entre a situação da desnutrição aguda e o conjunto de factores de risco

relacionados.

2.2.Desenho de estudo

Tratou-se de um estudo transversal que seguiu todas etapas e procedimentos do método SMART, tendo

sido o processo coordenado tecnicamente pelo SETSAN, UNICEF, MISAU e INE. O método SMART é

regido por princípios de amostragem que garantem a representatividade geográfica da área de inquérito que

neste caso foi a unidade administrativa número 3 (distrito).

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2.2.1. Tamanho de amostra

A determinação do tamanho de amostra de crianças, depois convertidos em números de agregados que

fariam parte do inquérito foi feito usando ENA for SMART Software (versão 9 de Julho de 2015) na página

de planificação e os resultados finais foram usados para determinar o número de áreas de enumeração

necessárias para o inquérito (tabela 1). Para determinação do número de crianças necessárias, foi

considerada a prevalência de desnutrição aguda observada na avaliação sazonal de Abril de 2017 nos

respectivos distritos e, associado as projecções das análises Integradas de Fases para Desnutrição Aguda

que previam uma deterioração da situação durante a época de escassez de alimentos. Os valores usados

para as variáveis necessárias para determinar o número de crianças e conversão destes em agregados

familiares são apresentados e justificados baseados no contexto na tabela 2. O inquérito cingiu-se em

amostragem por áreas de enumeração por duas razoes: (a) população rural em Moçambique é

geograficamente dispersa e (b) pelo facto de não se ter disponível uma lista completa e actualizada dos

agregados familiares por cada conglomerado aleatoriamente seleccionado.

2.2.2. Procedimentos de amostragem: áreas de enumeração

Terminado a determinação do tamanho de amostra como descrito acima, os resultados postulados no

protocolo do estudo foram enviados ao INE através do Departamento de Amostragem para proceder com

selecção aleatória das áreas de enumeração dos respectivos distritos. Segundo INE no seu manual de

procedimentos de campo, uma área de enumeração é compreendida como sendo parte do território que é

atribuída a um recenseador para recensear todas as pessoas e casas aí existentes, sendo ela dividida em

rural e urbano. Uma Área de Enumeração Rural (ERA) contêm entre 80 a 100 agregados familiares e uma

Área de Enumeração Urbana (AEU) 100 a 120. (INE, 2014).

Todos os postos administrativos de cada distrito estiveram representados na amostra, através das áreas de

enumeração que caíram nela e, o número destas áreas por cada posto variava de acordo com o tamanho

populacional de cada posto. Terminado esta etapa, seguiu-se com a preparação dos mapas cartográficos

com coordenadas geográficas de cada área de enumeração para sua localização com recurso aos aparelhos

de Sistema de Posicionamento Global (GPS) (exemplo de mapa cartográfico ver anexo E)

Tabela 1. Número de áreas de enumeração por distrito

Distrito

horas/di

a

Deslocamento -

comunidade Selecção

AF

Intervalo

(minutos)

Tempo

médio/AF

Tempo

restante

(minutos) AF

/d

ia

No

.

AF

AE

nec

e

ssá

ri

o

Namuno 8 2 1 30 20 264 14 485 35

Milange 8 2 1 30 20 264 14 586 41

Mutarara 8 2 1 30 20 264 14 536 38

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Tabela 2. Parâmetros usados para a determinação da amostra e suas suposições baseadas no contexto

Parâmetro

Antropométrico

Namuno Milange Mutarara Suposições baseadas no contexto

Prevalência

Estimada de DA*

(%)

14% 8.5 10 Ao fim da época de escassez de alimentos do ano de 2017 o distrito de Namuno teve uma média de

percentagem de desnutrição aguda de 13,6% e obtida de três comunidades seleccionadas

aleatoriamente, segundo as classificações de IPC para Desnutrição Aguda de Maio 2017, na situação

projectada para a época de escassez de alimentos, esperava-se que a situação de Namuno pudesse

deteriorar-se para a fase crítica cujos limites variam de 11% - 16,9% de desnutrição aguda através da

medição do perímetro braquial.

Seguindo as recomendações do método SMART, é sempre importante, dentro do intervalo estimado de

prevalência de desnutrição aguda, usar o valor mais alto (conservador) de forma a albergar mais

crianças, dai o uso de 14% para Namuno. A semelhança de Numano, no distrito de Mutarara esperava-

se também que situação pudesse deteriora-se, contudo sem mudança de fase (mantendo na fase

alerta/grave) cujos limites vão de 6% - 10.9% de Desnutrição Aguda por perímetro braquial. O distrito

de Milange por sua vez, segundo dados da Semana Nacional de Saúde de Novembro de 2017, o distrito

teve uma percentagem de 6.5% de desnutrição aguda por perímetro braquial de um rastreio exaustivo,

tendo sido no cálculo de amostra, acrescido mais duas unidades percentuais passando de 6.5% para

8.5%.

± Precisão

desejada

4.3% 3.2 3.5 Para as estimadas prevalências de desnutrição aguda, são recomendados os níveis de precisão que

variam de +/- 3 - +/- 4 com o objectivo de albergar um número de crianças suficientes.

Efeito de desenho 1.5 1.5 1.5 Nunca houve um inquérito SMART nestes distritos, dai que o SMART recomenda o uso de 1.5 o efeito

de desenho a ser usado (Action Contre la Faim International, 2012; Jacoby, 2012)

Crianças a serem

incluídas

408 476 461

Média do tamanho

de AF*

4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província, extrapolados para o distrito. Esta

informação foi extraída do relatório final do Inquérito de Orçamento Familiar IOF 2014/15. (INE,

2015)

% de crianças <5

anos

19.7 19.8 20.1 Calculada por distrito com base nas projecções populacionais por distrito do Instituto Nacional de

Estatística para o ano 2018 (INE, 2010)

% AF não

respondentes

3 3 3 Nunca houve um inquérito SMART nestes distritos, dai que foi usado uma taxa de não respondentes e

3% por definição

AF a serem

incluídos

485 586 536

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Figura 2. Aparelho de GPS usando nos trabalhos de campo

Durante os trabalhos de campo, para garantir que as

equipas se dirigiam para as áreas de enumeração exactas,

estas eram localizadas usando o GPSmap da marca

GARMIN versão 78s (figura 2) e das três equipas que

existiam para cada distrito, cada uma tinha um GPS.

Em campo, houve situações em que as coordenadas

inseridas correctamente no GPS indicavam para uma área

não habitada (mato, rio, etc), nestas situações, a

coordenada de uma área adjacente, com as mesmas

características que a inabitada era solicitada ao Cartografo

para substituição. Voltando a conceito de área de enumeração (AE) no manual de procedimento do INE, este

órgão não prevê na sua definição AE inabitadas. As AE inabitadas foram observadas pelo facto de ter sido

usados dados cartográficos do censo de 2007.

2.2.3. Procedimentos de amostragem: selecção de agregados familiares e crianças

Chegado a área de enumeração segundos os procedimentos cartográficos, a selecção de agregados familiares

onde o inquérito era realizado era alimentado por um processo de reconhecimento da área de enumeração

para identificar os limites da área e os agregados familiares contidos dentro da área atribuída. Feito isto,

seguia-se com o processo de contagem ou enumeração de todos agregados familiares da área presentes e

representação dos mesmos num mapa para facilitar a sua localização posterior (ver figura abaixo) até

encontrar o número total de AFs na área. Tendo este número, recorria-se a tabela de selecção aleatória

preparado pelo INE para selecção dos 14 agregados familiares para inquerir por área de enumeração (ver

apêndice D).

Dos 14 seleccionados todas crianças menores de 5 anos residentes naqueles agregados familiares eram

avaliados de acordo com os requerimentos por idade. Os agregados familiares ausentes não eram

substituídos pelos presentes que não tenham sido seleccionados. O agregado familiar seleccionado era

insubstituível

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Figura 3. ilustração de como a contagem de AF era feita e representado no mapa

Figura 4. Agregados familiares seleccionados para o inquérito.

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a) Selecção das crianças para Antropometria

Foram avaliadas todas crianças com idade compreendida entre os 6-59 meses da data do inquérito e vivendo

no agregado familiar aleatoriamente seleccionado, correspondendo a 6,0 e 59,99 meses de idade

respectivamente. Com relação aos outros indicadores não antropométricos – alimentação infantil, doenças

entre outros eram respondidos pela pessoa responsável pelas crianças.

Indicador de estudo

Conforme espelhado nos objectivos deste estudo, a desnutrição aguda foi o indicador principal de medição.

Tecnicamente este indicador é avaliado através do índice peso-para-altura da criança, tendo em referência a

respectiva idade em meses das mesmas. Assim para sua adequada medição (com precisão e eficácia) foram

reunidos variáveis da criança como: (a) idade através da extracção da data de nascimento em documentos

oficiais ou estimação da idade em meses com recurso a calendários de eventos locais produzidos localmente

(apêndice C); (b) Peso avaliado usando balança digital da marca SECA, usando quer seja método directo ou

indirecto de pesagem das crianças. Todas crianças eram pesadas sem roupa; (c) Altura ou comprimento

medido com recurso a altímetros de madeira, as crianças < 2 anos eram deitadas e > 2 anos medidas de pé,

porém todas crianças avaliadas de forma contrariam eram indicados no questionário; (c) Edema bilateral

avaliado no dorso dos dois pés de todas crianças.

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Reunidos todas variáveis, na análise foi considerado desnutrição aguda toda e qualquer criança, do grupo

alvo, que tivesse o z-score (unidade de medição do desvio padrão) do índice peso-para-altura <-2 e/ou com

presença de edema bilateral. Quanto a gravidade, é classificada com desnutrição aguda grave, quando <-3 z-

score Peso-para-altura e/ou edema bilateral.

Com vista a responder aos objectivos específicos do estudo, foram colhidos dados sobre as variáveis:

a) Alimentação infantil recordatório de 24 horas antes do dia do inquérito responder aos indicadores

de dieta mínima aceitável, frequência mínima aceitável e diversidade mínima da dieta para crianças

de 6-23 meses e, para estimar a situação de aleitamento materno exclusivo para crianças de 0-5

meses de idade.

b) Doenças: foram questionadas aos respondentes se a criança teve alguma das doenças ou sinais de:

malaria (febre), tosse, diarreia, disenteria até duas semanas da data do inquérito.

c) Segurança alimentar: colhidos para medir o nível de insegurança alimentar aguda dos agregados

familiares, através dos indicadores sobre duração de reservas alimentares até a próxima campanha

agraria, diversidade da dieta dos agregados familiares nas últimas 24 horas e nos últimos 7 dias

anteriores à data do inquérito e indicadores sobre acesso a água e saneamento do meio.

Por outro lado, foram também colhidos dados sobre crianças com desnutrição aguda que estão ou estiveram

admitidos ao programa de Reabilitação Nutricional (PRN) até 8 semanas antes do inquérito para dar uma

estimativa da cobertura dos mesmos. O termo criança com desnutrição aguda aqui refere-se aquelas que

durante o inquérito, quer seja através do PB ou índice peso-para-altura, eram classificadas como desnutridas.

2.2.4. Equipas de Inquérito

Cada distrito teve três (3) equipas compostas por duas pessoas: um inquiridor e um avaliador (equipa 1, 2 e

3) distribuídos pelos distritos seleccionados, sendo cada uma constituída por uma pessoa para os

questionários e apoiar nas medições antropométricas, conforme apresentado no esquema abaixo:

Figura 5. Composição das equipas de trabalho por distrito

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Fizeram parte da equipa de inquérito dois elementos que contribuíram de forma significativa para o decorrer

das actividades:

a) Técnico dos Serviços Distritais de Actividades Económicas (SDAE): que conhecia melhor o

distrito incluindo os líderes comunitários nas áreas de enumeração, de tal forma que sua ausência

poderia tornar o trabalho um pouco mais árduo.

b) Líderes comunitários que guiaram as equipas dentro das áreas de enumeração.

Recrutamento das Equipas e Treinamento

Contrariamente ao habitual, nesta edição os enumeradores para os inquéritos foram recrutados publicamente

tendo o processo passado de três etapas principais:

a) Anúncio público de vagas: os termos de referência foram preparados pelos coordenadores técnicos

do inquérito e com assinatura da Secretária Executiva do SETSAN anunciados publicamente nas

vitrinas das Direções Provinciais de Agricultura e Segurança Alimentar (DPASA) e Direcções

Provinciais de Saúde (DPS) e partilhados nos grupos de WhatsApp para extensão do alcance aos

prováveis interessados. Nesta fase foram uma média de 300 candidaturas sendo na sua maioria para

inquiridores (de segurança alimentar) e 10% para avaliadores (de antropometria).

b) Realização de teste escrito: os apurados foram submetidos a um teste escrito presencial nas

componentes de segurança alimentar e nutrição. Desta fase foram apurados candidatos para o

respectivo número de vagas com alguns suplementes.

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Pág. 16

c) Entrevista: a fase final consistiu de uma entrevista presencial a todos apurados do teste escrito e os

apurados, foram os que participaram das sessões de treinamento.

O treinamento dos apurados teve a duração de 6 dias uteis nas cidades de Pemba para as equipas de Namuno

e na cidade de Tete para as equipas de Milange e Mutarara. O treinamento consistiu nos seguintes temas

principais:

a) Amostragem e cartografia: selecção das áreas de enumeração e agregados familiares, técnicas de

entrevista, uso de mapas cartográficos e GPS para localização de agregados familiares (como ler e

interpretar os mapas cartográficos, inserção e união dos pontos de controlo.

b) Composição das equipas de inquérito, supervisão

c) Uso de tablet para introdução dos dados do inquérito

d) Técnicas de medição antropométrica, construção de calendários de eventos locais, teste de

padronização de medições antropométricas

e) Teste piloto dos instrumentos e procedimentos.

f) Familiarização com o teste de plausibilidade das medições antropométricas

Refira-se que constituiu membro da equipa o candidato que teve um bom desempenho durante o treinamento

e traduzido na nota final.

Recolha de Dados

2.2.5. Entrada dos dados Figura 6. Tablet usado para

recolha de dados

Todos os dados do inquérito foram digitados usando tablet na plataforma

ODK e iam sendo diariamente enviados ao servidor localizado no SETSAN

Central, onde Oficial de Tecnologias de Informação e Comunicação do

SETSAN ou o Técnico de Monitoria e Avaliação iam diariamente

monitorando o servidor, baixando (download) dos dados e enviar para os

responsáveis de controle de qualidade de Segurança Alimentar e Nutrição. O

controle de qualidade de dados antropométricos por sua vez era feito com

recurso ao ENA for SMART Software e diariamente através do teste de

plausibilidade, onde verificava-se a qualidade testes estatísticos específicos

que mediam os vieses de selecção da amostra: distribuição do conjunto de

dados por sexo, idade; viés de medição:

Preferências digitais para peso, altura, perímetro braquial e dados excluídos por estarem fora da média das

crianças avaliadas. O relatório era posteriormente enviado para o grupo por email e WhatsApp por província

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Pág. 17

onde faziam parte toda equipa de inquérito/avaliação nutricional rápida da província, incluindo os

coordenadores do processo de nível central.

Figura 7. Fluxo de dados para controle de qualidade e retroalimentação

Page 18: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 18

2.3. Análise dos Dados

2.3.1. DISTRITO DE NAMUNO (PROVÍNCIA DE CABO DELGADO)

Cobertura do Inquérito

Tabela 3. Comparação entre o planificado vs. realizado

mero

de

AE

pla

nif

ica

da

s

mero

de

AE

rea

liza

das

% R

eali

zad

os

/Pla

nif

ica

das

mero

de

AF

Pla

nif

ica

da

s

mero

de

AF

Rea

liza

do

s

% R

eali

zad

os

/Pla

nif

ica

das

mero

s d

e

cria

nça

s 6-5

9

mes

es

pla

nif

ica

da

s

mero

de

cria

nça

s 6-5

9

mes

es

rea

liza

das

% A

va

lia

da

s

/pla

nif

ica

das

35

312

88.6

%

485

434

89,4%

408

357

87,5%

A tabela acima apresentada, avalia a cobertura do inquérito entre o planificado em termos de (a) números de

áreas de enumeração, (b) agregados familiares (unidade de amostragem básica deste inquérito e das crianças

com idade entre os 6-59 meses (objecto principal do inquérito). Dos resultados, os três elementos estiveram

acima dos 86% de cobertura, estando estes dentro dos parâmetros normais aceitáveis.

Resultados Antropométricos (baseados nos padrões da OMS 2006)3

É considerada com desnutrição aguda toda e qualquer criança, do grupo alvo, que tiver o z-score (unidade de

medição do desvio padrão) do índice peso-para-altura <-2 e/ou com presença de edema bilateral. Quanto a

gravidade, é classificada com desnutrição aguda grave, quando <-3 z-score Peso-para-altura e/ou edema

bilateral. Note-se que nas análises, foram excluídos todos os valores de z-scores que estivessem fora da

média do total de crianças avaliadas. Isto aplicou-se para todos índices antropométricos.

Para melhor descrição e interpretação dos resultados, estes serão apresentados por área de inquérito.

2 As coordenadas geográficas de três áreas de enumeração iniciais, incluindo as subjacentes das mesmas (solicitadas ao cartografo)

caíram em zonas sem habitação. A quarta área não acessível devido a inundações sobre o rio Nina que impossibilitou a travessia

da equipa para outra margem. 3 Os resultados antropométricos apresentados são baseados nos padrões populacionais da Organização Mundial de Saúde do ano

2006, a qual Moçambique usa como referência.

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2.3.1.1.Estatísticas Descritivas

Distribuição da amostra por sexo e idade

Tabela 4. Distribuição da amostra por sexo e idade Idade(mês). mo. Masculino Feminino total rácio M/F

-------------------------------------------------------------------------------------

6 - 17 12 50/38,1 (1,3) 44/46,2 (1,0) 94/84,2 (1,1) 1,14

18 - 29 12 25/37,1 (0,7) 47/45,0 (1,0) 72/82,1 (0,9) 0,53

30 - 41 12 47/36,0 (1,3) 57/43,6 (1,3) 104/79,6 (1,3) 0,82

42 - 53 12 30/35,4 (0,8) 38/42,9 (0,9) 68/78,3 (0,9) 0,79

54 - 59 6 12/17,5 (0,7) 13/21,2 (0,6) 25/38,7 (0,6) 0,92

-------------------------------------------------------------------------------------

6 - 59 54 164/181,5 (0,9) 199/181,5 (1,1) 0,82

Para produção desta tabela de resultados, os dados foram expressos em números observados / números

esperados. Em geral, das duas categorias principais (6-29 meses e 30-59 meses) estão normalmente

distribuídos – como esperado – (p-value= 0,934). Por sua vez, os sexos masculinos e femininos estão

igualmente representados (p-value= 0,066). Olhando com mais detalhe, observa-se ligeira diferença na

distribuição de idade para crianças do sexo masculino nas categorias de 6-17 e 30-41 meses de idade, sendo

a diferença estatisticamente significativa (p-value= 0,009).

Prevalência pontual da Desnutrição Aguda

Do total de crianças avaliadas no inquérito para antropometria (n=357), 2,8% (n=10) foram automaticamente

excluídos destas análises pelo facto dos seus z-scores estarem foram da média observada (valores extremos).

De igual modo não constam 6 dados excluídos por (a) três destes serem de crianças com idade fora do grupo

alvo e (b) três crianças sem z-scores por apresentarem edema bilateral, restando com um total valido de 342

crianças.

Desta forma, a desnutrição aguda foi avaliada em 6,4% destas tiveram desnutrição aguda (n=22) variando de

4,1 a 10,0% a 95% de intervalo de confiança, sendo o fenómeno distribuído de igual modo para ambos

sexos. Do total da desnutrição aguda, 4,7% dos observados tiveram DAM e 1,8% DAG (tabela 5). A

desnutrição aguda foi mais observada em crianças com idade dos 6-17 meses com cerca de 19,3% (n= 17),

sendo a que mais ocorreu a DAM com 15,9% e DAG 3,4%.

Análises por áreas de enumeração mostram haver uma ligeira diferença entre a distribuição da desnutrição

aguda por cada área de enumeração estudada, conforme indica o efeito de desenho = 1,00.

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Tabela 5. Prevalência de desnutrição aguda com base do Peso-para-Altura z-score (e/ou edema bilateral)

por sexo

Todos

n = 342

M

n = 154

F

n = 188

Prevalência da desnutrição aguda

(<-2 z-score e/ou edema)

(22) 6,4 %

(4,1 - 10,0 95% I.C.)

(10) 6,5 %

(3,6 - 11,5 95% I.C.)

(12) 6,4 %

(3,3 - 11,9 95% I.C.)

Prevalência de desnutrição aguda

moderada

(<-2 z-score e >=-3 z-score, sem edema)

(16) 4,7 %

(3,1 - 7,0 95% I.C.)

(7) 4,5 %

(2,2 - 9,2 95% I.C.)

(9) 4,8 %

(2,3 - 9,8 95% I.C.)

Prevalência de desnutrição aguda grave

(<-3 z-score e/ou edema)

(6) 1,8 %

(0,6 - 5,4 95% I.C.)

(3) 1,9 %

(0,6 - 5,8 95% I.C.)

(3) 1,6 %

(0,3 - 7,2 95% I.C.)

Prevalência de edema bilateral foi de: 0,9%

Tabela 6. Prevalência da desnutrição aguda por idade com base no peso-para-altura z-score e/ou edema

DAG

(<-3 z-score)

DAM

(>= -3 e<-2 z-score)

Normal

(> = -2 z score)

Edema

Idade (mês) Total no. No. % No. % No. % No. %

6-17 88 3 3,4 14 15,9 71 80,7 0 0,0

18-29 65 0 0,0 1 1,5 64 98,5 0 0,0

30-41 102 0 0,0 0 0,0 100 98,0 2 2,0

42-53 64 0 0,0 0 0,0 63 98,4 1 1,6

54-59 23 0 0,0 1 4,3 22 95,7 0 0,0

Total 342 3 0,9 16 4,7 320 93,6 3 0,9

Tabela 7. Distribuição de desnutrição aguda e edema baseado no peso Peso-para-Altura z-score

<-3 z-score >=-3 z-score

Presença de edema Kwashiorkor Marasmático

No. 0

(0,0 %)

Kwashiorkor

No. 3

(0,9 %)

Ausência de edema Marasmo

No. 10

(2,8 %)

Sem desnutrição aguda grave

No. 339

(96,3 %)

Gráfico 1. Curva de distribuição do peso-para-altura z-score

Como é ilustrado no gráfico 1, a distribuição da

curva do peso-para-altura z-score das crianças

estudadas assume quase que uma distribuição normal

da população de referência, sendo a média de -0,08

(±1,07 desvio padrão). Esta situação indica que a

população estudada é quase que normal comparado a

população de referência.

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Pág. 21

Interpretação do Resultado do Inquérito

Refira-se que os resultados de inquéritos são geralmente expressos como uma estimativa com intervalos de

confiança, portanto não se sabe qual é a prevalência real do fenómeno na área de inquérito. Para este estudo,

de acordo com o desenho, foi usada a folha de cálculo do Center for Disease Control and Prevention (CDC)

para um inquérito com objectivo de calcular e conhecer a probabilidade da prevalência real (não conhecida)

exceder determinados limites, ou simplesmente conhecer onde o valor real recai dentro do intervalo de

confiança (o mesmo procedimento ira se aplicar para os distritos de Mutarara e Milange).

Tabela 8. Cálculo da probabilidade do valor real exceder os limites

Limites t-value

Probabilidade de

exceder o limite

2.5% 4.75 1,00

5.0% 1.21 0,88

7.5% 0,79 0,22

10,0% 2,27 0,02

A tabela acima mostra que a probabilidade da prevalência real do inquérito exceder o limite de 2,5% é de

100%. Considerando o intervalo de confiança (4,1 – 10,0% I.C.) estar-se-ia seguro a 88% que a prevalência

real excede os 5.0%, 22% dela exceder os 7,5% e apenas 2% de exceder os 10%, podendo se concluir que a

prevalência real da desnutrição aguda em Namuno estar entre valores > 2,5 e < 7,5%.

Além do peso-para-altura, a desnutrição aguda foi também avaliada através do perímetro braquial tendo se

observado que 8,0% (n= 28) das crianças eram agudamente desnutridas com intervalo de confiança variando

de 5,6 – 11,9%, portanto quase que igual a do peso-para-altura. Destas crianças, 2,8% (n=10) com DAG e

5,1 (n=18) com DAM.

Tabela 9. Prevalência de desnutrição aguda com base no Perímetro Braquial (MUAC) e/ou edema bilateral por

sexo

Todos

n = 352

M

n = 158

F

n = 194

Prevalência da desnutrição aguda

(< 125 mm e/ou edema)

(28) 8,0 %

(5,6 - 11,2 95% C.I.)

(10) 6,3 %

(3,6 - 11,0 95% C.I.)

(18) 9,3 %

(5,8 - 14,6 95% C.I.)

Prevalência de desnutrição aguda moderada

(< 125 mm e >= 115 mm, sem edema)

(18) 5,1 %

(3,2 - 8,0 95% C.I.)

(7) 4,4 %

(2,3 - 8,5 95% C.I.)

(11) 5,7 %

(3,2 - 9,8 95% C.I.)

Prevalência de desnutrição aguda grave

(< 115 mm e/ou edema)

(10) 2,8 %

(1,4 - 5,8 95% C.I.)

(3) 1,9 %

(0,6 - 5,6 95% C.I.)

(7) 3,6 %

(1,7 - 7,4 95% C.I.)

Total de

amostra

Prevalência

estimada

Efeito de

Desenho

Números

de AE

357 6,4% 1,00 31

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Pág. 22

Estimativa da Cobertura do tratamento da Desnutrição Aguda

O programa de Reabilitação Nutricional implementado pelo Ministério da Saúde cobre quase todos distritos

do país, porém sabe também que a sua cobertura não é suficiente para garantir a efectividade do tratamento

das crianças em necessidade. Em princípio os estudos de cobertura do tratamento são específicos para forma

grave da desnutrição aguda, porém, levando em consideração uma das limitações da estimativa da cobertura

do tratamento de DAG – tamanho de amostra de crianças com DAG – especialmente para o caso de

Moçambique onde a ocorrência é relativamente baixa, considerou-se para a equação abaixo e os resultados

na tabela 10.

4

Tabela 10. Estimativa da cobertura do tratamento da Desnutrição Aguda

Tratamento da Desnutrição Aguda

Sim Não

n % n %

Se a criança esta desnutrida

(DAM+DAG)

Sim 11 40,7% 16 59,3%

Não 0 0,0% 0 0,0%

Os resultados apresentados acima são referentes exclusivamente as crianças identificadas com desnutrição

aguda imediatamente depois da sua medição quer seja por peso para altura (através do uso da tabela de

classificação do estado nutricional) e perímetro braquial (através da leitura das cores da fita).

Morbilidade Infantil

Foram colhidos dados sobre a ocorrências de doenças infantis referentes as duas semanas anteriores a data

do inquérito para tosse, diarreias, disenterias, febre e outras variáveis uso da rede mosquiteira na noite

anterior ao inquérito e para as crianças referidas como doentes, se houve procura dos serviços de saúde. Os

resultados descritivos são apresentados na tabela abaixo.

Tabela 11. Frequência relativa de doenças e outros serviços

Tose Diarreia Disenteria Febre Procura de

serviços

de saúde

Uso de Rede

mosquiteira

Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não

% 51,5 48,5 32,8 67,2 16,0 84,0 60,2 39,8 49,1 50,9 75,6 24,4

n 184 173 117 240 57 299 215 141 131 136 270 87

Nos indicadores relacionados as doenças listadas na tabela acima, classificados como indicadores de

mudança rápida, a tosse, a febre foram as que mais ocorreram no distrito de Namuno, conforme ilustrado na

4 Considerou-se período de tratamento até 8 semanas anterior a data de inquérito e, a palavra tratamento no numerador referiu-se a

todos tipos de suplementos e produtos terapêuticos usados no protocolo do PRN: ATPU, ASPU.

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Pág. 23

tabela acima, sendo que a diarreia e disenteria em proporções abaixo dos 50%. Estas doenças têm forte

influencia para a ocorrência da desnutrição aguda através dos seus mecanismos de acção no organismo, por

esta razão, quanto maior a percentagem de crianças afectadas, maior é o risco.

Por outro lado, para as mesmas crianças cujas mães referiram ter estado doentes 49,1% delas procuraram por

serviços de saúde (numa unidade sanitária).

Situação de Segurança Alimentar

Disponibilidade de alimentos

Gráfico 2. Duração de reservas de cereais

Olhando para a disponibilidade de

alimentos, 44% dos AFs tinham

reservas alimentares de cereais e

52% tinha reservas alimentares de

raízes e tubérculos. Dos AFs que

tinham reservas alimentares de

cereais, mais da metade dos

agregados familiares (69%)

mostraram ter reservas alimentares

de cereais que durariam entre 1 a 3

meses, ou seja, de Abril a Junho de

2018.

Água e Saneamento

Gráfico 3. Principal fonte de água para consumo

Do total de 539 agregados

familiares inqueridos, 32,7%

destes referiram obter água de

fontes seguras.

9%

69%

22%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Menos de 1 Mês 1 a 3 Meses Mais de 3 Meses

% d

e A

gre

gad

os

Fam

ilia

res

Água

canalizada

Poço

protegido

Poço não

protegido

Furo com

bomba

manual

Água da

chuva

Rio /

riacho/lago/l

agoa

Namuno 17% 3% 59% 12% 0% 8%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%

100%

% D

e A

Fs

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Pág. 24

Gráfico 4. Tratamento de água para consumo

Apenas 3% dos agregados

familiares referiram tratar água

para o consumo.

Gráfico 5 Tipo de Latrina usada no Agregado Familiar

Apenas 11% dos agregados

familiares tem acesso a latrinas

melhoradas.

Gráfico 6. Consumo Alimentar (Diversidade da dieta alimentar)

O gráfico a esquerda refere-se à

percentagem de agregados

familiares com pontuações de

consumo alimentar classificados

em pobre, moderada e adequada.

63% dos agregados familiares

tiveram uma pontuação de

consumo alimentar adequado, ou

seja, consumiram mais de 4 grupos

de alimentos nos últimos 7 dias

anteriores ao inquérito.

3%

97%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Sim Não

% d

e A

Fs

qu

e tr

ata

m

ág

ua

Latrina

tradicional

não melhorada

Retrete (Pia)

com

autoclismo

Retrete (Pia)

sem

autoclismo

Latrina

melhorada

Latrina

tradicional

melhorada

Namuno 89% 0% 1% 3% 7%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

% d

e A

Fs

Pobre Moderada Adequada

Namuno 11% 26% 63%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

% d

e A

Fs

com

Div

ersi

da

de

da

die

ta

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Pág. 25

2.3.2. DISTRITO DE MUTARARA (PROVÍNCIA DE TETE)

Cobertura do Inquérito

2.3.2.1.Estatísticas Descritivas

Tabela 12. Comparação entre o planificado vs. realizado

mero

de

AE

pla

nif

ica

da

s

mero

de

AE

rea

liza

das

% R

eali

zad

os

/Pla

nif

ica

das

mero

de

AF

Pla

nif

ica

da

s

mero

de

AF

Rea

liza

do

s

% R

eali

zad

os

/Pla

nif

ica

das

mero

s d

e

cria

nça

s 6-5

9

mes

es

pla

nif

ica

da

s

mero

de

cria

nça

s 6-5

9

mes

es

rea

liza

das

% A

va

lia

da

s

/pla

nif

ica

das

38

38

100,0%

536

495

92,3%

461

396

85,9%

Distribuição da amostra por sexo e idade

Tabela 13. Distribuição da amostra por sexo e idade

Idade(mês). mo. Masculino Feminino total rácio M/F

-------------------------------------------------------------------------------------

6 - 17 12 39/45,2 (0,9) 38/46,4 (0,8) 77/91,6 (0,8) 1,03

18 - 29 12 51/44,1 (1,2) 59/45,2 (1,3) 110/89,4 (1,2) 0,86

30 - 41 12 49/42,8 (1,1) 41/43,9 (0,9) 90/86,6 (1,0) 1,20

42 - 53 12 37/42,1 (0,9) 41/43,2 (1,0) 78/85,2 (0,9) 0,90

54 - 59 6 19/20,8 (0,9) 21/21,3 (1,0) 40/42,2 (0,9) 0,90

-------------------------------------------------------------------------------------

6 - 59 54 195/197,5 (1,0) 200/197,5 (1,0) 0,98

Em geral a idade assume uma distribuição esperada para as categorias de 6-29 e 30-59 meses de idade, sendo

o rácio de 0.90 (o valor deve ser próximo de 0.85), porém nota-se alguma diferença estatisticamente

significativa na distribuição do sexo/idade (p-value = 0,045).

Prevalência pontual da Desnutrição Aguda

Da amostra (n=396), 1,5% das crianças (n=7) foram excluídas da análise por apresentar o z-score fora da

média observada, restando com um total válido de 389 crianças. Deste total, 2,3% das crianças tiveram

desnutrição aguda (n=9) variando de 1,1 – 4,8% a 95% de intervalo de confiança, sendo que crianças do

sexo feminino as mais afectadas 3,6% (1,6 – 7,7%, 95% IC). Todo o peso da desnutrição aguda é relativo à

sua forma moderada (ver tabela 17). Análises por AE mostram haver uma diferença na distribuição da

desnutrição aguda (algumas com desnutrição aguda e outras sem), conforme representado pelo efeito de

desenho = 1.16

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Pág. 26

Tabela 14. Prevalência de desnutrição aguda com base do Peso-para-Altura z-score (e/ou edema bilateral)

por sexo

Todos

n = 389

M

n = 193

F

n = 196

Prevalência da desnutrição aguda

(<-2 z-score e/ou edema)

(9) 2,3 %

(1,1 - 4,8 95% C.I.)

(2) 1,0 %

(0,3 - 4,0 95% C.I.)

(7) 3,6 %

(1,6 - 7,7 95% C.I.)

Prevalência de desnutrição aguda

moderada

(<-2 z-score e >=-3 z-score, sem edema)

(9) 2,3 %

(1,1 - 4,8 95% C.I.)

(2) 1,0 %

(0,3 - 4,0 95% C.I.)

(7) 3,6 %

(1,6 - 7,7 95% C.I.)

Prevalência de desnutrição aguda grave

(<-3 z-score e/ou edema)

(0) 0,0 %

(0,0 - 0,0 95% C.I.)

(0) 0,0 %

(0,0 - 0,0 95% C.I.)

(0) 0,0 %

(0,0 - 0,0 95% C.I.)

Prevalência de edema bilateral foi de: 0,0%

Tabela 15. Prevalência da desnutrição aguda por idade com base no peso-para-altura z-score e/ou edema

DAG

(<-3 z-score)

DAM

(>= -3 e<-2 z-

score)

Normal

(> = -2 z score)

Edema

Idade (mês) Total no. No. % No. % No. % No. %

6-17 73 0 0,0 2 2,7 71 97,3 0 0,0

18-29 109 0 0,0 5 4,6 104 95,4 0 0,0

30-41 90 0 0,0 1 1,1 89 98,9 0 0,0

42-53 77 0 0,0 1 1,3 76 98,7 0 0,0

54-59 40 0 0,0 0 0,0 40 100,0 0 0,0

Total 389 0 0,0 9 2,3 380 97,7 0 0,0

Gráfico 7. Curva de distribuição do peso-para-altura z-score

A semelhança do distrito de Namuno, a curva de

distribuição do peso-para-altura z-score no distrito de

Mutarara assume uma distribuição quase que normal (-

0,11±1,00 DP), comparado a população padrão da OMS

2006.

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Pág. 27

Interpretação do Resultado do Inquérito

Tabela 16. Cálculo da probabilidade do valor real exceder os limites

Limites t-value

Probabilidade de

exceder o limite

2.5% 0,12 0,45

5.0% 2,30 0,01

7.5% 3,73 0,00

Há 45% de probabilidade do valor real da prevalência de desnutrição aguda exceder os 2,5%, isto é: ela

ocorre em valores abaixo do limite de 2.5%.

Foi de igual modo avaliada a desnutrição aguda através do perímetro braquial, onde observou-se que 2,9%

(n=11) das crianças tiveram desnutrição aguda (1,3 – 6,4%, 95% IC), sendo ambos sexos distribuídos quase

da mesma forma.

Tabela 17. Prevalência de desnutrição aguda com base no Perímetro Braquial e/ou edema bilateral por sexo

Todos

n = 395

M

n = 195

F

n = 200

Prevalência da desnutrição aguda

(< 125 mm e/ou edema)

(12) 3,0 %

(1,5 - 6,2 95% C.I.)

(5) 2,6 %

(0,9 - 6,8 95% C.I.)

(7) 3,5 %

(1,6 - 7,6 95% C.I.)

Prevalência de desnutrição aguda moderada

(< 125 mm e >= 115 mm, sem edema)

(11) 2,8 %

(1,5 - 5,3 95% C.I.)

(5) 2,6 %

(0,9 - 6,8 95% C.I.)

(6) 3,0 %

(1,4 - 6,1 95% C.I.)

Prevalência de desnutrição aguda grave

(< 115 mm e/ou edema)

(1) 0,3 %

(0,0 - 2,0 95% C.I.)

(0) 0,0 %

(0,0 - 0,0 95% C.I.)

(1) 0,5 %

(0,1 - 3,9 95% C.I.)

Estimativa da Cobertura do tratamento da Desnutrição Aguda

Tabela 18. Estimativa da cobertura do tratamento da desnutrição aguda5

A criança está ou esteve em algum tratamento nas últimas 8 semanas?

Sim Não

n % n % n %

A criança tem desnutrição

aguda (DAG ou DAM)?

Sim 0 0,0% 1 5,9% 16 94,1%

Não 379 100,0% 0 0,0% 0 0,0%

5 Lembrar que os resultados apresentados acima são referentes exclusivamente as crianças identificadas com desnutrição aguda

imediatamente depois da sua medição quer seja por peso para altura (através do uso da tabela de classificação do estado nutricional) e perímetro braquial (através da leitura das cores da fita).

Total de

amostra

Prevalência

estimada

Efeito de

Desenho

Números

de AE

372 2,4% 1,00 38

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Pág. 28

Do total de crianças com desnutrição aguda identificadas durante o inquérito, 94,1% (n=16) referiram não ter

estado no programa de tratamento da desnutrição aguda quer seja no momento da entrevista ou 8 semanas

antes.

Morbilidade Infantil

Tabela 19. Frequência relativa de doenças e outros serviços

Tosse

Diarreia

Disenteria

Febre

Procura de

serviços

de saúde

Uso de Rede

mosquiteira

Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não

% 56,1 43,9 24,7 75,3 4,0 96,0 59,8 40,2 65,4 34,6 96,5 3,5

n 222 174 98 298 16 380 237 159 178 94 382 14

Entre as questões relacionadas a morbilidade infantil, a tosse, febre foram as que tiveram alta prevalência

56,1% e 59,8% respectivamente. Das crianças que referiram ter tido pelo menos um dos sinais, 65,4%

referiram ter procurado serviços de saúde (unidade sanitária) para tratamento. 96,5% das crianças avaliadas

teriam dormido debaixo de uma rede mosquiteira na noite anterior ao inquérito.

Situação de Segurança Alimentar

Disponibilidade de alimentos

Gráfico 8. Duração de reservas de cereais

Olhando para a disponibilidade de

alimentos no distrito de Mutarara,

45% dos AFs tinham reservas

alimentares de cereais e apenas 1%

tinha reservas alimentares de raízes e

tubérculos. Dos AFs que tem

reservas alimentares de cereais, mais

da metade dos agregados familiares

(66%) mostraram ter reservas

alimentares de cereais que durariam

entre 1 a 3 meses, ou seja, de Abril a

Junho de 2018.

Água e Saneamento

Gráfico 9. Principais fontes de água segura

1%

66%

33%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Menos de 1 Mês 1 a 3 Meses Mais de 3 Meses

% d

e A

gre

gad

os

Fam

ilia

res

Page 29: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 29

Do total de 495 agregados familiares

inqueridos, 50,1% referiram obter água de

fontes seguras: água canalizada (5,8%),

poço protegido (1,2%), furo com bomba

manual (43,0%).

Gráfico 10. Tratamento de água para consumo

Cerca de 90,7% dos agregados

familiares referiu não tratar água

que usa para o consumo.

Gráfico 11. Tipo de Latrina usado no Agregado Familiar

Apenas 22% dos agregados

familiares têm acesso a

latrinas melhoradas.

Água

canaliza

da

Poço

protegid

o

Poço

não

protegid

o

Furo

com

bomba

manual

Água da

chuva

Rio /

riacho/l

ago/lag

oa

Mutarara 6% 1% 19% 43% 2% 28%

0%

20%

40%

60%

80%

100% %

de

AF

s

9%

91%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Sim Não

% d

e A

Fs

que

trat

am á

gua

Latrina

tradicional

não melhorada

Retrete (Pia)

com

autoclismo

Retrete (Pia)

sem

autoclismo

Latrina

melhorada

Latrina

tradicional

melhorada

Mutarara 78% 0% 0% 5% 17%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%

100%

% d

e A

Fs

Page 30: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 30

Consumo alimentar

Gráfico 12. Categorias de consumo alimentar (Diversidade da dieta)

O gráfico a esquerda refere-se à

percentagem de agregados familiares

com pontuações de consumo alimentar

classificados em pobre/inadequado,

moderado e adequado ou aceitavel, No

distrito de Mutarara 70% dos agregados

familiares tiveram uma diversidade da

dieta adequada/aceitável ou seja

consumiram mais de 4 grupos de

alimentos.

Pobre Moderada Adequada

Mutarara 4% 26% 70%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

% d

e A

Fs

Page 31: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 31

2.3.3. DISTRITO DE MILANGE (PROVÍNCIA DE ZAMBÉZIA)

Cobertura do Inquérito

2.3.3.1.Estatísticas Descritivas

Tabela 20. Comparação entre o planificado vs. realizado

mer

o d

e A

E

pla

nif

ica

da

s

mer

o d

e A

E

rea

liza

da

s

% R

eali

zad

os

/Pla

nif

ica

da

s

mer

o d

e

AF

Pla

nif

ica

da

s

mer

o d

e

AF

Rea

liza

do

s

% R

eali

zad

os

/Pla

nif

ica

da

s

mer

os

de

cria

nça

s 6

-59

mes

es

pla

nif

ica

da

s

mer

o d

e

cria

nça

s 6

-59

mes

es r

eali

zad

as

% A

va

lia

da

s

/pla

nif

ica

da

s

41

30

73,1%

586

434

74,0%

461

338

73,3%

O distrito de Milange, como consequência de determinados problemas logísticos não conseguiu alcançar a

meta mínima de áreas de enumeração: 85%, tendo consequentemente não alcançado o número de AF e

crianças planificadas, reduzindo assim o grau de confiança deste inquérito.

Distribuição da amostra por sexo e idade

Tabela 21. Distribuição da amostra por sexo e idade

Idade(mês). mo. Masculino Feminino total rácio M/F

-------------------------------------------------------------------------------------

6 - 17 12 48/40,6 (1,2) 52/37,8 (1,4) 100/78,4 (1,3) 0,92

18 - 29 12 47/39,6 (1,2) 40/36,9 (1,1) 87/76,5 (1,1) 1,17

30 - 41 12 45/38,4 (1,2) 40/35,7 (1,1) 85/74,1 (1,1) 1,13

42 - 53 12 29/37,8 (0,8) 26/35,2 (0,7) 55/72,9 (0,8) 1,12

54 - 59 6 6/18,7 (0,3) 5/17,4 (0,3) 11/36,1 (0,3) 1,20

-------------------------------------------------------------------------------------

6 - 59 54 175/169,0 (1,0) 163/169,0 (1,0) 1,07

Como se pode ver da tabela acima, há uma distribuição assimétrica e não esperada das faixas etárias de 6-29

meses e 30-59 meses onde a primeira com mais crianças (187) que a segunda (151), sendo a diferença

estatisticamente significativa (p=0,001). As diferenças na idade são assimétricas para ambos sexos. Em

princípio, estudo populacional em crianças é esperado que haja mais crianças entre os 30-59 meses que o

contrário.

Prevalência pontual da Desnutrição Aguda

Da amostra (n=341), 3,0% das crianças (n=10) foram excluídas da análise por apresentar o z-score fora da

média observada, restando com um total válido de 328 crianças. Deste total, 4,0% das crianças tiveram

desnutrição aguda (n=13) variando de 2,2 – 7,0% a 95% de intervalo de confiança, sendo que crianças do

sexo feminino as mais afectadas 4,4% (2,2 – 8,8%, 95% IC). Todo o peso da desnutrição aguda é relativo à

Page 32: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 32

sua forma moderada. Analises por AE mostram haver uma ligeira diferença na distribuição da desnutrição

aguda (algumas com desnutrição aguda e outras sem), conforme representado pelo efeito de desenho = 1.09

Tabela 22. Prevalência de desnutrição aguda com base do Peso-para-Altura z-score (e/ou edema bilateral)

por sexo

Todos

n = 328

M

n = 170

F

n = 158

Prevalência da desnutrição aguda

(<-2 z-score e/ou edema)

(13) 4,0 %

(2,2 - 7,0 95% C.I.)

(6) 3,5 %

(1,5 - 8,3 95% C.I.)

(7) 4,4 %

(2,2 - 8,8 95% C.I.)

Prevalência de desnutrição aguda

moderada

(<-2 z-score e >=-3 z-score, sem edema)

(13) 4,0 %

(2,2 - 7,0 95% C.I.)

(6) 3,5 %

(1,5 - 8,3 95% C.I.)

(7) 4,4 %

(2,2 - 8,8 95% C.I.)

Prevalência de desnutrição aguda grave

(<-3 z-score e/ou edema)

(0) 0,0 %

(0,0 - 0,0 95% C.I.)

(0) 0,0 %

(0,0 - 0,0 95% C.I.)

(0) 0,0 %

(0,0 - 0,0 95% C.I.)

Prevalência de edema bilateral foi de: 0,0%

Tabela 23. Prevalência da desnutrição aguda por idade com base no peso-para-altura z-score e/ou edema

DAG

(<-3 z-score)

DAM

(>= -3 e<-2 z-

score)

Normal

(> = -2 z score)

Edema

Idade (mês) Total no. No. % No. % No. % No. %

6-17 97 0 0,0 4 4,1 93 95,9 0 0,0

18-29 86 0 0,0 4 4,7 82 95,3 0 0,0

30-41 81 0 0,0 3 3,7 78 96,3 0 0,0

42-53 53 0 0,0 2 3,8 51 96,2 0 0,0

54-59 11 0 0,0 0 0,0 11 100,0 0 0,0

Total 328 0 0,0 13 4,0 315 96,0 0 0,0

Gráfico 13. Curva de distribuição do peso-para-altura z-score

A curva de distribuição do peso-para-altura está

ligeiramente assimétrica para esquerda, representado

haver crianças desnutridas na amostra comparado a

população padrão da OMS 2006.

Page 33: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 33

Interpretação do Resultado do Inquérito

Tabela 25. Cálculo da probabilidade do valor real exceder os limites

Limites t-value

Probabilidade de

exceder o limite

2.5% 1,67 0,95

5.0% 0,80 0,22

7.5% 2,71 0,01

Há 95% de probabilidade do valor real da prevalência de desnutrição aguda exceder os 2,5% e 22% de

probabilidade de exceder 5,0%.

Foi de igual modo avaliada a desnutrição aguda através do perímetro braquial, onde observou-se que 6,5%

(n=22) das crianças tiveram desnutrição aguda com PB variando de 3,8 – 10,9% a 95% de intervalo de

confiança. Com o perímetro braquial foram observadas algumas crianças com desnutrição aguda grave na

percentagem de 1,5% (n=5) variando de 0,5 – 4,1% a 95% de IC.

Tabela 26. Prevalência de desnutrição aguda com base no Perímetro Braquial e/ou edema bilateral por sexo

Todos

n = 395

M

n = 195

F

n = 200

Prevalência da desnutrição aguda

(< 125 mm e/ou edema)

(22) 6,5 %

(3,8 - 10,9 95% C.I.)

(11) 6,3 %

(3,3 - 11,7 95%

C.I.)

(11) 6,7 %

(3,7 - 12,1 95% C.I.)

Prevalência de desnutrição aguda moderada

(< 125 mm e >= 115 mm, sem edema)

(17) 5,0 %

(2,7 - 9,0 95% C.I.)

(8) 4,6 %

(2,0 - 10,3 95%

C.I.)

(9) 5,5 %

(3,2 - 9,4 95% C.I.)

Prevalência de desnutrição aguda grave

(< 115 mm e/ou edema)

(5) 1,5 %

(0,5 - 4,1 95% C.I.)

(3) 1,7 %

(0,6 - 5,2 95% C.I.)

(2) 1,2 %

(0,3 - 5,0 95% C.I.)

Estimativa da Cobertura do tratamento da Desnutrição Aguda

Tabela 27. Estimativa da cobertura do tratamento da desnutrição aguda6

6 Os resultados apresentados acima são referentes exclusivamente as crianças identificadas com desnutrição aguda imediatamente

depois da sua medição quer seja por peso para altura (através do uso da tabela de classificação do estado nutricional) e perímetro

braquial (através da leitura das cores da fita).

Total de

amostra

Prevalência

estimada

Efeito de

Desenho

Números

de AE

328 4,0% 1,09 30

Tratamento da Desnutrição Aguda

Sim Não

n % n %

Desnutriçã Sim 6 75,0% 2 25,0%

Page 34: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 34

75% das crianças identificadas com desnutrição aguda os seus respondentes referiram ter estado admitidos

ao PRN.

Morbilidade Infantil

Tabela 28. Frequência relativa de doenças e outros serviços

Tosse

Diarreia

Disenteria

Febre

Procura de

serviços

de saúde

Uso de Rede

mosquiteira

Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não

% 38,4 61,6 15,4 84,2 0,6 99,4 40,5 59,2 59,8 40,2 93,8 6,2

n 131 210 54 287 2 339 138 202 107 72 320 21

A febre foi o sinal de doença (malária) que ocorreu com maior frequência 40,5% seguido da tosse com

38,4%.

Situação de Segurança Alimentar

Disponibilidade de alimentos

Gráfico 14. Duração de reserva de cereais

Olhando para a disponibilidade de

alimentos no distrito de Milange, 56%

dos AFs tinham reservas alimentares de

cereais e 12% tinha reservas

alimentares de raízes e tubérculos. Dos

AFs que tem reservas alimentares de

cereais, a maior parte dos agregados

familiares (55%) mostraram ter

reservas alimentares de cereais que

durariam mais de 3 meses, ou seja, até

a próxima campanha agraria.

4%

41%

55%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Menos de 1 Mês 1 a 3 Meses Mais de 3 Meses

% d

e A

gre

ga

do

s F

am

ilia

res

Grafico 17: Duração de reservas de cereais

o Aguda Não 0 0,0% 0 0,0%

Page 35: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 35

Água e Saneamento

Gráfico 15. Principais fontes de água segura

Do total de 434 agregados familiares

inqueridos, 49% referiram obter

água de fontes seguras: Poço

protegido (16%), furo com bomba

manual (33%).

Gráfico 16. Tratamento de água para consumo

Cerca de 93% dos agregados

familiares referiu não tratar água

que usa para o consumo.

Gráfico 17. Tipo de Latrina usado no Agregado Familiar

Apenas 20% dos

agregados familiares têm

acesso a latrinas

melhoradas em Milange.

Água

canalizad

a

Poço

protegido

Poço não

protegido

Furo com

bomba

manual

Água da

chuva

Rio /

riacho/la

go/lagoa

Milange 0% 16% 27% 33% 0% 23%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

% d

e A

gre

ga

do

s F

am

ilia

res

7%

93%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Sim Não

% d

e A

Fs

que

trat

am á

gua

Latrina

tradicional

não

melhorada

Retrete (Pia)

com

autoclismo

Retrete (Pia)

sem

autoclismo

Latrina

melhorada

Latrina

tradicional

melhorada

Milange 80% 1% 2% 2% 15%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Page 36: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 36

Consumo alimentar

Gráfico 18. Categorias de consumo alimentar (Diversidade da dieta)

O gráfico a esquerda refere-se à

percentagem de agregados familiares

com pontuações de consumo alimentar

classificados em pobre/inadequado,

moderado e adequado/aceitável, No

distrito de Milange, 78% dos agregados

familiares tiveram uma diversidade da

dieta adequada/aceitável ou seja

consumiram mais de 4 grupos de

alimentos.

2.4.Estatísticas Inferenciais

Uma vez o número de casos (desnutrição aguda) não ser grande o suficiente comparado com a amostra

(crianças avaliadas), tal que não apropriado o simples teste de hipóteses (usando chi-quadrado ou modelos

de correlação) por distrito, todos os dados dos 3 inquéritos SMART foram fundidos numa única base de

dados e esta usada para fazer análises inferenciais usando a regressão logística multivariada, conforme

descrito abaixo.

2.4.1. Análise de regressão logística multivariada

Efectuada com objectivo de identificar a associação de cada uma das variáveis na equação sobre a

desnutrição aguda, foram adicionadas no modelo as variáveis (independentes) nas categorias conforme

apresentadas e descritas abaixo:

(a) Demográficas: sexo do agregado familiar (masculino ou feminino), idade do chefe agregado familiar, nível

de escolaridade (com escolaridade ou sem escolaridade), e total de membros do agregado familiar.

(b) Variáveis ao nível do agregado familiar: categorias de consumo alimentar (inadequado, moderado e

adequado), tratamento de água para consumo (sim ou não), posse de latrina (sim ou não), tipo de latrinas

(melhorada ou não melhorada).

(c) Variáveis do nível individual: ocorrência de doenças (diarreia, tosse, febre e disenteria) cada uma com

opções: não sabe, sim e não.

Estas variáveis foram seleccionadas para o modelo de regressão logística pelo facto haver evidências

nacionais (sobre algumas áreas) e globais da sua associação para com a ocorrência da desnutrição aguda,

dentre elas estão as variáveis demográficas. Por outro lado, as análises de IPC para Desnutrição aguda nas

suas três edições já realizadas em Moçambique, as variáveis como doenças infantis, insegurança alimentar

Pobre Moderada Adequada

Milange 4% 18% 78%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Page 37: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 37

aguda, acesso ao saneamento melhorado, fontes de água segura para consumo foram identificadas como

factores de contribuição para a desnutrição aguda.

Os resultados do modelo de regressão logística multivariada apresentado abaixo, mostra, por sua vez, que:

apenas a variável diarreia foi identificada como influenciando na desnutrição aguda cujo valor de Exp(B) foi

de 4.5, significando que crianças com diarreia tem 4.5 vezes mais a probabilidade de experimentar um

evento de desnutrição aguda que as crianças de referência no modelo (que não tiveram diarreia na amostra)

(ver tabela abaixo). Outras variáveis ligeiras probabilidade e, concomitantemente sem diferenças

estatisticamente significativas (p-value > 0,05).

Tabela 29. Modelo de regressão logística multivariada

Variáveis na equação B Sig. Exp(B) 95% C.I. for EXP(B)

Lower Upper

Step 1a Sexo do chefe de AF (1) -,180 ,788 ,835 ,224 3,109

Idade do chefe do agregado familiar ,009 ,680 1,010 ,965 1,056

Nível de escolaridade chefe AF (1) -,277 ,556 ,758 ,302 1,904

Total de membros no AF ,075 ,360 1,077 ,918 1,264

Número de crianças < 5 anos ,018 ,948 1,019 ,588 1,763

FCS categorias

,876

FCS categorias (1) -18,435 ,998 ,000 ,000 .

FCS categorias (2) -,268 ,607 ,765 ,275 2,127

Posse de latrina (1) ,175 ,714 1,191 ,467 3,039

Tipo de latrina (1) -,490 ,309 ,612 ,238 1,576

Tratamento água para consumo (1) ,211 ,795 1,235 ,250 6,089

Ocorrência do choque no AF (1) -,512 ,262 ,599 ,245 1,468

Ocorrência de Diarreia na criança (1) 1,513 ,001* 4,541 1,789 11,528

Ocorrência Disenteria na criança (1) -,049 ,932 ,952 ,310 2,930

Ocorrência de Febre na criança

,998

Ocorrência de Febre na criança (1) -17,099 1,000 ,000 ,000 .

Ocorrência de Febre na criança (2) ,034 ,949 1,034 ,370 2,892

Ocorrência de Tosse na criança (1) ,450 ,318 1,569 ,648 3,798

Constant -4,085 ,004 ,017

Page 38: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 38

Este modelo tem a limitação de não incluir na análise variáveis relacionadas a alimentação infantil. Estes

dados foram colhidos durante o inquérito, todavia ao final notou-se erro na codificação, no ODK, de uma

variável importante para os cálculos dos indicadores de alimentação infantil: diversidade mínima da dieta,

frequência mínima de refeições e dieta mínima aceitável.

Page 39: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 39

CAPÍTULO II. MÉTODO RÁPIDO

3.1.Desenho de Estudo

Um método rápido de avaliação do estado nutricional foi usado de forma a ter uma amostra com força

estatística o suficiente para fazer inferências sobre área de estudo e seu uso para análises de IPC para

Desnutrição Aguda. Assim, os resultados sobre a desnutrição a ser apresentados aqui não devem ser lidos e

interpretados como prevalência, senão estimativa da situação na área de estudo.

3.1.1. Amostra e Amostragem

A amostragem consistiu de 2 etapas principais:

a) Selecção de áreas de enumeração: um total de 18 áreas de enumeração foram aleatoriamente

seleccionadas dentro do total de áreas dos respectivos distritos de acordo com tamanho populacional

dentro dos distritos, de tal forma que certas subunidades distritais – postos administrativos,

localidades – tinham mais áreas que outras.

b) Selecção dos Agregados familiares: tendo as AE, os procedimentos de amostragem aplicados a AE

(uso de GPS, uso de mapas cartográficos, reconhecimento da área, contagem de AF) eram

praticamente os mesmos que os descritos para o método SMART com algumas diferenças conforme

apresentado na figura abaixo. Neste desenho, a taxa de amostragem de agregados familiares por AE

foi de 30, porém sabendo que nem todos agregados familiares tem crianças (<5 anos), uma

amostragem de 60 agregados familiares/AE era preparada e apenas 30 agregados familiares com

criança eram visitados isto é: os trabalhos de recolha de dados serão feitos apenas em agregados

familiares com crianças com idade < 5 anos.

Figura 6. Etapas e procedimentos de amostragem no campo

Page 40: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 40

Indicador de Estudo

Neste método a desnutrição aguda era exclusivamente medida através do perímetro braquial a todas crianças

com idade dos 6-59 meses de idade residentes nos agregados familiares aleatoriamente seleccionados e, para

sua determinação eram colhidas variáveis de identidades: sexo, idade (através da extracção da data de

nascimento em documentos oficiais ou estimação da idade em meses com recurso a calendários de eventos

locais produzidos localmente) e avaliação da presença de edema bilateral. Reunidas todas variáveis, a

desnutrição aguda foi classificada segundo os parâmetros:

Desnutrição aguda grave: < 115 mm

Desnutrição aguda moderada: ≥ 115mm a <125 mm

A semelhança do método SMART, foram também colhidos dados sobre (a) segurança alimentar, (b) doenças

infantis, (c) alimentação infantil nos mesmos moldes de definição apresentados na descrição do SMART.

Equipas de Inquérito: Composição, treinamento das equipas foi exactamente igual ao descrito para o

método SMART.

Recolha e entrada de dados: os dados foram recolhidos e entrados da mesma forma como descrito para o

método SMART.

3.1.2. Análise de Dados

Foram usados dois instrumentos para análise dos dados a destacar: (a) ENA for SMART Software (versão 9

de Julho de 2015) para verificação da plausibilidade dos dados antropométricos através da avaliação de três

testes estatísticos (1) significância do Qui-quadrado do rácio sexo; (2) significância do Qui-quadrado do

rácio idade (6-29 vs. 30-59 meses) e, (3) preferências digitais do perímetro braquial, como descrito na tabela

30

Tabela 30. Critérios para determinação da plausibilidade de Perímetro Braquial

Teste estatístico Excelente Bom Aceitável Problemático

Rácio sexo (X2) 0 2 4 10

Rácio idade (6-29 vs 30-59 meses) (X2) 0 2 4 10

Preferência digitais 0 2 4 10

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Pág. 41

3.2.Resultados

3.2.1. Distrito de Marara (Província de Tete)

3.2.1.1.Estatísticas Descritivas

Tabela 31. Distribuição da amostra por sexo e idade

Idade(mês). mo. Masculino Feminino total rácio M/F

-------------------------------------------------------------------------------------

6 - 17 12 51/57,1 (0,9) 54/68,7 (0,8) 105/125,8 (0,8) 0,94

18 - 29 12 51/55,6 (0,9) 76/67,0 (1,1) 127/122,6 (1,0) 0,67

30 - 41 12 65/53,9 (1,2) 80/64,9 (1,2) 145/118,8 (1,2) 0,81

42 - 53 12 61/53,1 (1,1) 66/63,9 (1,0) 127/117,0 (1,1) 0,92

54 - 59 6 18/26,3 (0,7) 20/31,6 (0,6) 38/57,8 (0,7) 0,90

-------------------------------------------------------------------------------------

6 - 59 54 246/271,0 (0,9) 296/271,0 (1,1) 0,83

Na amostra há uma distribuição normal (esperada) de crianças na idade de 6-29 e 30-59 meses de idade e,

um excesso estatisticamente significativo de crianças do sexo feminino (p-value = 0,032). Importa

mencionar que, tirando o problema de sexo (que é aceitável, segundo o teste de plausibilidade), o resto dos

testes estatísticos mostraram um comportamento excelente.

Percentagem de Desnutrição Aguda

Do total de 542 crianças avaliadas, a desnutrição aguda foi observada em 3,1% (n=12) sendo as crianças do

sexo feminino as mais afectadas com 4,1%. Parte significativa do peso da desnutrição aguda é referente a

sua forma moderada 3,0%.

Tabela 32. Estimativa da desnutrição aguda com base no Perímetro Braquial e/ou edema bilateral por sexo

Todos

n = 542

M

n = 246

F

n = 296

Prevalência da desnutrição aguda

(< 125 mm e/ou edema)

(17) 3,1 %

(1,6 - 6,2 95% C.I.)

(5) 2,0 %

(0,7 - 5,7 95% C.I.)

(12) 4,1 %

(1,9 - 8,5 95% C.I.)

Prevalência de desnutrição aguda moderada

(< 125 mm e >= 115 mm, sem edema)

(16) 3,0 %

(1,4 - 6,2 95% C.I.)

(5) 2,0 %

(0,7 - 5,7 95% C.I.)

(11) 3,7 %

(1,6 - 8,4 95% C.I.)

Prevalência de desnutrição aguda grave

(< 115 mm e/ou edema)

(1) 0,2 %

(0,0 - 1,5 95% C.I.)

(0) 0,0 %

(0,0 - 0,0 95% C.I.)

(1) 0,3 %

(0,0 - 2,8 95% C.I.)

Tabela 33. Estimativa da desnutrição aguda por idade com base no Perímetro Braquial e/ou edema

DAG

(<115 mm e/ou

edema)

DAM

(< 125 mm e >=

115 mm, sem

edema)

Normal

(< 125 mm e/ou

edema)

Edema

Idade (mês) Total no. No. % No. % No. % No. %

6-17 105 1 1,0 8 7,6 96 91,4 0 0,0

18-29 127 0 0,0 5 3,9 122 96,1 0 0,0

30-41 145 0 0,0 2 1,4 143 98,6 0 0,0

42-53 127 0 0,0 1 0,8 126 99,2 0 0,0

Page 42: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 42

13%

53%

34%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Menos de 1 mes 1 a 3 meses Mais de 3 meses

% d

e A

gre

ga

do

s

Fa

mil

iare

s

Gráfico 23: Duração de reservas de cereais

54-59 38 0 0,0 0 0,0 38 100,0 0 0,0

Total 542 1 0,2 16 3,0 525 96,9 0 0,0

Estimativa da Cobertura do tratamento da Desnutrição Aguda

Tabela 34. Estimativa da cobertura do tratamento da desnutrição aguda7

Do total de crianças reportados tendo

desnutrição aguda (n=17), cerca de 94,1%

delas (n=16) não estiveram no programa de

tratamento da desnutrição aguda quer seja no

momento da entrevista ou 8 semanas antes.

Morbilidade Infantil

Tabela 35. Prevalência de sinais de doenças

Tosse

Diarreia

Disenteria

Febre

Procura de

serviços

de saúde

Uso de Rede

mosquiteira

Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não

% 60,5 39,5 30,0 70,0 7,4 92,6 56,6 43,3 70,0 30,0 89,7 10,3

n 383 250 190 442 47 586 358 274 353 151 568 65

Conforme apresentado na tabela acima, a tosse e a febre foram os dois sinais que ocorreram numa

percentagem >50%. Note-se que para estes sinais considerou-se um denominador valido de 633 crianças.

Situação de Segurança Alimentar

Disponibilidade de alimentos

Gráfico 19. Duração de reserva de cereais

Em Marara apenas 14% dos AFs tinham

reservas alimentares de cereais e nenhum

agregado familiar tinha reservas alimentares

de raízes e tubérculos. Dos 14% de AFs que

tem reservas alimentares de cereais, a maior

parte dos agregados familiares (53%)

mostraram ter reservas alimentares de cereais

que durariam de 1 a 3 meses, ou seja, de Abril

a Junho de 2018. Este é um dos factores

7 Lembrar que os resultados apresentados acima são referentes exclusivamente as crianças identificadas com desnutrição aguda

imediatamente depois da sua medição através da leitura das cores da fita.

Tratamento da Desnutrição Aguda

Sim Não

n % n %

Desnutrição

Aguda (DAM

e DAG)

Sim 1 5,9% 16 94,1%

Não 0 0,0% 3 0,5%

Page 43: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 43

Água

canalizada

Poço

protegido

Poço não

protegido

Furo com

bomba

manual

Água da

chuva

Rio /

riacho/lag

o/lagoa

Marara 9% 0% 8% 45% 0% 38%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

contribuintes usadas para a classificação de insegurança alimentar aguda no distrito, mostrando que a

disponibilidade de alimentos não foi boa.

Água e Saneamento

Gráfico 20. Principais fontes de água segura

Do total de 533 agregados familiares inqueridos,

54,4% referiram obter água de fontes seguras:

água canalizada (9,4%), e furo com bomba manual

(45,03%).

Gráfico 21. Tratamento de água para consumo

De todos agregados familiares, independentemente da fonte

de água, apenas 15,4% referiram tratar água antes de usá-la

para consumo.

Gráfico 22. Tipo de latrina usada no agregado familiar

Cerca de 31,5% (n=168) dos agregados

familiares referiram possuir uma latrina e,

destes conforme apresentado no gráfico a

esquerda, 36,3% são latrinas melhoradas.

Retrete (Pia)

sem autoclismo

Latrina

melhorada

Latrina

tradicional

melhorada

Latrina

tradicional não

melhorada

Marara 0% 8% 36% 56%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Page 44: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 44

Consumo alimentar

Gráfico 23. Categorias de consumo alimentar (Diversidade da dieta FCS)

O gráfico a esquerda refere-se à percentagem de

agregados familiares com pontuações de

consumo alimentar classificados em

pobre/inadequado, moderado e

adequado/aceitável, No distrito de Marara. 44,6%

dos agregados familiares tiveram uma pontuação

de consumo alimentar adequado, seguidos de

moderado 42,8%.

Este é um dos elementos de resultados utilizado

para a classificação de insegurança alimentar

aguda no distrito, estes 56% de AFs com

consumo alimentar pobre a moderado é indicativo de fase 3 de acordo com a classificação de IPC Agudo.

3.2.2. Distrito de Macossa (Província de Manica)

3.2.2.1.Estatísticas Descritivas

Tabela 36. Distribuição da amostra por sexo e idade

Idade(mês). mo. Masculino Feminino total rácio M/F

-------------------------------------------------------------------------------------

6 - 17 12 68/65,4 (1,0) 66/66,6 (1,0) 134/132,0 (1,0) 1,03

18 - 29 12 67/63,8 (1,1) 75/64,9 (1,2) 142/128,7 (1,1) 0,89

30 - 41 12 63/61,8 (1,0) 57/62,9 (0,9) 120/124,8 (1,0) 1,11

42 - 53 12 52/60,8 (0,9) 64/61,9 (1,0) 116/122,8 (0,9) 0,81

54 - 59 6 32/30,1 (1,1) 25/30,6 (0,8) 57/60,7 (0,9) 1,28

-------------------------------------------------------------------------------------

6 - 59 54 282/284,5 (1,0) 287/284,5 (1,0) 0,98

Todas as variáveis: sexo, idade, estão normalmente distribuídos na amostra.

Percentagem da Desnutrição Aguda

A desnutrição aguda foi observada em 5,4% (n=31) de um total de 573 crianças avaliadas. Do total das

crianças desnutridas, 4,0% (n=23) são relativas a forma moderada e 1,4% (8) a forma grava da desnutrição

aguda. O edema bilateral ocorreu a 0,5% (n=3) conforme apresentado na tabela abaixo.

Tabela 37. Estimativa da desnutrição aguda com base no Perímetro Braquial e/ou edema bilateral por sexo

Todos

n = 569

M

n = 282

F

n = 287

Prevalência da desnutrição aguda

(< 125 mm e/ou edema)

(31) 5,4 %

(3,7 - 7,9 95% C.I.)

(16) 5,7 %

(3,7 - 8,5 95% C.I.)

(15) 5,2 %

(3,0 - 9,0 95% C.I.)

Prevalência de desnutrição aguda moderada

(< 125 mm e >= 115 mm, sem edema)

(23) 4,0 %

(2,6 - 6,1 95% C.I.)

(11) 3,9 %

(2,2 - 6,8 95% C.I.)

(12) 4,2 %

(2,4 - 7,2 95% C.I.)

Prevalência de desnutrição aguda grave

(< 115 mm e/ou edema)

(8) 1,4 %

(0,8 - 2,5 95% C.I.)

(5) 1,8 %

(0,8 - 4,0 95% C.I.)

(3) 1,0 %

(0,3 - 3,3 95% C.I.)

Pobre Moderado Adequado

Marara 13% 43% 45%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

% d

e A

greg

ado

s Fa

mili

ares

Page 45: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 45

Tabela 38. Estimativa da desnutrição aguda por idade com base no Perímetro Braquial e/ou edema

DAG

(<115 mm e/ou

edema)

DAM

(< 125 mm e >=

115 mm, sem

edema)

Normal

(< 125 mm e/ou

edema)

Edema

Idade (mês) Total no. No. % No. % No. % No. %

6-17 134 4 3,0 14 10,4 116 86,6 0 0,0

18-29 142 1 0,7 5 3,5 136 95,8 1 0,7

30-41 120 0 0,0 3 2,5 117 97,5 1 0,8

42-53 116 0 0,0 1 0,9 115 99,1 1 0,9

54-59 57 0 0,0 0 0,0 57 100,0 0 0,0

Total 569 5 0,9 23 4,0 541 95,1 3 0,5

Estimativa da Cobertura do tratamento da Desnutrição Aguda

Tabela 39. Estimativa da cobertura do tratamento da desnutrição aguda8

Cerca de 54% (n=15) das crianças identificadas com

desnutrição aguda estiveram ligadas ao tratamento da

desnutrição e, 46,4% (n=13) não estiveram. Note-se

que os resultados que aparecem na linha de crianças

sem desnutrição aguda, mas em tratamento são

referentes a casos que aparecem na base de dados mal

classificados: crianças com PB ≥12,5cm e sem edema.

Os resultados referentes a esta linha não devem ser considerados.

Morbilidade Infantil

Tabela 40. Prevalência de sinais de doenças

Tosse

Diarreia

Disenteria

Febre

Procura de

serviços

de saúde

Uso de Rede

mosquiteira

Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não

% 34,0 65,8 16,8 83,1 0,5 99,3 52,5 47,1 82,2 17,8 96,0 4,0

n 195 377 96 476 3 569 301 270 267 58 550 23

Conforme apresentado na tabela, a febre foi o sinal que com maior frequência ocorreu, sendo a percentagem

de 52,5% de um total de 573 crianças. Do total de crianças que apresentaram quer seja tosse ou diarreia ou

disenteria ou febre, juntos ou separados (n=325), 82,2% dos respondentes referiram ter procurado por

serviços de saúde. 96,0% das 573 crianças dormiram debaixo da rede mosquiteira na noite anterior ao

inquérito.

8 Lembrar que os resultados apresentados acima são referentes exclusivamente as crianças identificadas com desnutrição aguda

imediatamente depois da sua medição através da leitura das cores da fita.

Tratamento da Desnutrição Aguda

Sim Não

n % n %

Desnutrição

Aguda

Sim 15 53,6% 13 46,4%

Não 5 50,0% 5 50,0%

Page 46: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 46

22%

62%

16%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Menos de 1 mes 1 a 3 meses Mais de 3 meses

% d

e A

gre

gad

os

Fam

ilia

res

Situação de Segurança Alimentar

Disponibilidade de alimentos

Gráfico 24. Duração de reservas de cereais

Olhando para a disponibilidade de

alimentos no distrito de Macossa, 45% dos

AFs tinham reservas alimentares de cereais

e 13% de AFs tinham reservas alimentares

de raízes e tubérculos. Dos 45% de AFs

que tem reservas alimentares de cereais, a

maior parte dos agregados familiares

(62%) mostraram ter reservas alimentares

de cereais que durariam de 1 a 3 meses, ou

seja, de Abril a Junho de 2018.

Água e Saneamento

Gráfico 25. Principais fontes de água segura

Do total de 384 agregados familiares

inqueridos, 47,1% obtém água de

fontes seguras sendo estas

percentagem distribuídas em: água

canalizada (5,7%), poço protegido

(1,04%) e furo com bomba manual

(40,6%).

Gráfico 26. Tratamento de água para o consumo

Independentemente da fonte de água, apenas

6,25% dos agregados familiares trata água

para o consumo.

Água

canalizada

Poço

protegido

Poço não

protegido

Furo com

bomba

manual

Água da

chuva

Rio /

riacho/lag

o/lagoa

Macossa 6% 1% 9% 41% 0% 44%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Page 47: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 47

Gráfico 27. Tipo de latrina usada no agregado familiar

Cerca de 50,5% dos agregados

familiares referiram ter latrinas e, destas

que tem latrinas, 34,02% são latrinas

melhoradas.

Consumo alimentar

Gráfico 28. Categorias de consumo alimentar (Diversidade da dieta FCS)

Província de Cabo Delgado

3.2.3. Distrito de Chiúre

3.2.3.1.Estatísticas Descritivas

Tabela 41. Distribuição da amostra por sexo e idade

Idade(mês). mo. Masculino Feminino total rácio M/F

-------------------------------------------------------------------------------------

6 - 17 12 90/71,2 (1,3) 73/72,6 (1,0) 163/143,9 (1,1) 1,23

18 - 29 12 69/69,4 (1,0) 87/70,8 (1,2) 156/140,3 (1,1) 0,79

30 - 41 12 65/67,3 (1,0) 68/68,6 (1,0) 133/135,9 (1,0) 0,96

42 - 53 12 53/66,2 (0,8) 61/67,5 (0,9) 114/133,8 (0,9) 0,87

54 - 59 6 30/32,8 (0,9) 24/33,4 (0,7) 54/66,2 (0,8) 1,25

-------------------------------------------------------------------------------------

6 - 59 54 307/310,0 (1,0) 313/310,0 (1,0) 0,98

Retrete (Pia)

sem autoclismo

Latrina

melhorada

Latrina

tradicional

melhorada

Latrina

tradicional não

melhorada

Macossa 0% 8% 26% 66%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%

100%

O gráfico a esquerda refere-se à

percentagem de agregados familiares com

pontuações de consumo alimentar

classificados em pobre/inadequado,

moderado e adequado/aceitável, No

distrito de Macossa. 67,5% dos agregados

familiares tiveram uma pontuação de

consumo alimentar adequado, seguidos de

moderado 25,0%.

Pobre Moderado Adequado

Macossa 8% 25% 68%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

% d

e A

gre

ga

do

s F

am

ilia

res

Page 48: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 48

Conforme se pode observar da tabela, há mais crianças na faixa etária dos 6-29 meses que 30-59 meses e a

diferença é estatisticamente significativa (p-value =0,049). As crianças do sexo masculino e feminino estão

normalmente distribuídas na amostra (p-value = 0,810).

Percentagem da Desnutrição Aguda

A desnutrição aguda foi observada em 4,2% (n=26) de um total de 620 crianças avaliadas. Do total da

desnutrição aguda 2,7% (n=17) são relativas a forma moderada e 1,5% (9) a forma grave da desnutrição

aguda. O edema bilateral ocorreu a 0,2% (n=1) conforme apresentado na tabela abaixo.

Tabela 42. Estimativa da desnutrição aguda com base no Perímetro Braquial e/ou edema bilateral por sexo

Todos

n = 620

M

n = 307

F

n = 313

Prevalência da desnutrição aguda

(< 125 mm e/ou edema)

(26) 4,2 %

(2,8 - 6,3 95% C.I.)

(10) 3,3 %

(1,7 - 6,2 95% C.I.)

(16) 5,1 %

(3,0 - 8,6 95% C.I.)

Prevalência de desnutrição aguda moderada

(< 125 mm e >= 115 mm, sem edema)

(17) 2,7 %

(1,4 - 5,2 95% C.I.)

(5) 1,6 %

(0,8 - 3,4 95% C.I.)

(12) 3,8 %

(1,7 - 8,3 95% C.I.)

Prevalência de desnutrição aguda grave

(< 115 mm e/ou edema)

(9) 1,5 %

(0,6 - 3,4 95% C.I.)

(5) 1,6 %

(0,4 - 6,2 95% C.I.)

(4) 1,3 %

(0,4 - 3,9 95% C.I.)

Tabela 43. Estimativa da desnutrição aguda por idade com base no Perímetro Braquial e/ou edema

DAG

(<115 mm e/ou

edema)

DAM

(< 125 mm e >=

115 mm, sem

edema)

Normal

(< 125 mm e/ou

edema)

Edema

Idade (mês) Total no. No. % No. % No. % No. %

6-17 163 4 2,5 11 6,7 148 90,8 0 0,0

18-29 156 3 1,9 5 3,2 148 94,9 0 0,0

30-41 133 0 0,0 1 0,8 132 99,2 0 0,0

42-53 114 1 0,9 0 0,0 113 99,1 1 0,9

54-59 54 0 0,0 0 0,0 54 100,0 0 0,0

Total 620 8 1,3 17 2,7 595 96,0 1 0,2

Estimativa da Cobertura do tratamento da Desnutrição Aguda

Tabela 44. Estimativa da cobertura do tratamento da desnutrição aguda9

Do total de crianças com desnutrição aguda, 46,4%

delas estiveram admitidas ao programa de

reabilitação nutricional. A informação na tabela

sobre crianças não desnutridas, mas em tratamento

são relativas às classificações erradas sobre o

estado nutricional durante a medição.

9 Lembrar que os resultados apresentados acima são referentes exclusivamente as crianças identificadas com desnutrição aguda

imediatamente depois da sua medição através da leitura das cores da fita.

Tratamento da Desnutrição

Aguda

Sim Não

n % n %

Desnutrição

Aguda

sim 13 46,4% 11 39,3%

Não 2 0,3% 3 0,5%

Page 49: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 49

Água canaliza

da

Poço protegid

o

Poço não

protegido

Furo com

bomba manual

Água da chuva

Rio / riacho/lago/lagoa

Chiúre 8% 8% 56% 12% 1% 15%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

% d

e A

Fs

Morbilidade Infantil

Tabela 45. Prevalência de sinais de doenças

Tosse

Diarreia

Disenteria

Febre

Procura de

serviços

de saúde

Uso de Rede

mosquiteira

Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não

% 11,5 88,3 11,8 88,2 4,1 95,7 20,7 79,1 79,2 20,8 95,3 4,7

n 73 559 75 558 26 606 131 501 141 27 603 30

Todos os sinais de doenças ocorreram em percentagens abaixo dos 50%. Das crianças que referiram ter um

dos ou todos sintomas (n=178), 79,2% procuraram por serviços de saúde.

Situação de Segurança Alimentar

Disponibilidade de alimentos

Gráfico 29. Duração das reservas de cereais

Olhando para a disponibilidade de

alimentos no distrito de Chiúre, 31%

dos AFs tinham reservas alimentares de

cereais e 43% de AFs tinham reservas

alimentares de raízes e tubérculos. Dos

31% de AFs que tem reservas

alimentares de cereais, 48% dos

agregados familiares mostraram ter

reservas alimentares de cereais que

durariam de 1 a 3 meses, ou seja de

Abril a Junho de 2018.

Água e Saneamento

Gráfico 30. Principais fontes de água

Do total de 542 agregados familiares inqueridos, 28% obtém água de fontes seguras sendo estas percentagem distribuídas em: água canalizada (8%), poço protegido (8%) e furo com bomba manual (12%).

15%

48%

37%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Menos de 1 mes 1 a 3 meses Mais de 3 meses

% d

e A

greg

ado

s Fa

mili

ares

Page 50: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 50

Gráfico 31. Tratamento de água para o consumo

Independentemente da fonte de água, apenas 6% dos agregados familiares trata água para o consumo.

Gráfico 32. Tipo de latrina usada no agregado familiar

Cerca de 85% dos agregados familiares referiram ter latrinas e, destes AFs que latrinas, 4% dos AFs tem latrinas melhoradas.

Gráfico 33. Categorias de consumo alimentar (FCS)

O gráfico acima refere-se à

percentagem de agregados familiares

com pontuações de consumo alimentar

classificados em inadequado/pobre,

moderado e adequado. 74% dos

agregados familiares tiveram uma

pontuação de consumo alimentar

adequado, seguidos de moderado

21%.

6%

94%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Sim Não

Retrete (Pia) sem autoclismo

Latrina melhorada

Latrina tradicional melhorada

Latrina tradicional não

melhorada

Chiúre 0% 1% 3% 96%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

% d

e A

Fs

Pobre Moderado Adequado

Chiúre 5% 21% 74%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

% d

e A

Fd

Page 51: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 51

3.2.4. Distrito de Macomia

3.2.4.1.Estatísticas Descritivas

Tabela 46. Distribuição da amostra por sexo e idade

Idade(mês). mo. Masculino Feminino total rácio M/F

-------------------------------------------------------------------------------------

6 - 17 12 55/59,6 (0,9) 76/68,0 (1,1) 131/127,6 (1,0) 0,72

18 - 29 12 71/58,1 (1,2) 69/66,3 (1,0) 140/124,4 (1,1) 1,03

30 - 41 12 50/56,3 (0,9) 59/64,2 (0,9) 109/120,6 (0,9) 0,85

42 - 53 12 58/55,5 (1,0) 62/63,2 (1,0) 120/118,7 (1,0) 0,94

54 - 59 6 23/27,4 (0,8) 27/31,3 (0,9) 50/58,7 (0,9) 0,85

-------------------------------------------------------------------------------------

6 - 59 54 257/275,0 (0,9) 293/275,0 (1,1) 0,88

Todas as variáveis: sexo, idade, estão normalmente distribuídos na amostra.

Percentagem da Desnutrição Aguda

Do total de 550 crianças avaliadas, 1,3% (n=7) tiveram desnutrição aguda sendo 1,1% (n=6) a forma

moderada e 0,2% (n=1) a forma grave.

Tabela 47. Estimativa da desnutrição aguda com base no Perímetro Braquial e/ou edema bilateral por sexo

Todos

n = 550

M

n = 257

F

n = 293

Prevalência da desnutrição aguda

(< 125 mm e/ou edema)

(7) 1,3 %

(0,6 - 2,8 95% C.I.)

(5) 1,9 %

(0,8 - 4,9 95% C.I.)

(2) 0,7 %

(0,2 - 2,7 95% C.I.)

Prevalência de desnutrição aguda moderada

(< 125 mm e >= 115 mm, sem edema)

(6) 1,1 %

(0,4 - 2,7 95% C.I.)

(4) 1,6 %

(0,5 - 4,8 95% C.I.)

(2) 0,7 %

(0,2 - 2,7 95% C.I.)

Prevalência de desnutrição aguda grave

(< 115 mm e/ou edema)

(1) 0,2 %

(0,0 - 1,6 95% C.I.)

(1) 0,4 %

(0,0 - 3,4 95% C.I.)

(0) 0,0 %

(0,0 - 0,0 95% C.I.)

Tabela 48. Estimativa da desnutrição aguda por idade com base no Perímetro Braquial e/ou edema

DAG

(<115 mm e/ou

edema)

DAM

(< 125 mm e >=

115 mm, sem

edema)

Normal

(< 125 mm e/ou

edema)

Edema

Idade (mês) Total no. No. % No. % No. % No. %

6-17 131 0 0,0 5 3,8 126 96,2 0 0,0

18-29 140 1 0,7 1 0,7 138 98,6 0 0,0

30-41 109 0 0,0 0 0,0 109 100,0 0 0,0

42-53 120 0 0,0 0 0,0 120 100,0 0 0,0

54-59 50 0 0,0 0 0,0 50 100,0 0 0,0

Total 550 1 0,2 6 1,1 543 98,7 0 0,0

Page 52: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 52

12%

80%

8%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Menos de 1 mes 1 a 3 meses Mais de 3 meses

% d

e A

greg

ado

s Fa

mili

ares

Morbilidade Infantil

Tabela 49. Prevalência de sinais de doenças

Tosse

Diarreia

Disenteria

Febre

Procura de serviços

de saúde

Uso de Rede

mosquiteira

Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não

% 14,4 84,5 6,5 93,5 0,2 98,7 32,7 66,4 65,6 34,4 90,5 9,5

n 80 470 36 520 36 520 182 369 147 77 503 53

Nenhum dos sinais de doenças ocorreu em níveis acima de 50%. Note-que neste distrito Macomia em algum

momento a opção “não sei” foi registada em percentagens desprezíveis. Esta situação aconteceu para a

disenteria com 1,1%, Febre 0,9% e Tosse 1,1%.

Situação de Segurança Alimentar

Disponibilidade de alimentos

Gráfico 34. Duração das reservas de cereais

Olhando para a disponibilidade de alimentos no

distrito de Macomia, 23% dos AFs tinham

reservas alimentares de cereais e 50% de AFs

tinham reservas alimentares de raízes e

tubérculos. Dos 23% de AFs que tem reservas

alimentares de cereais, 80% dos agregados

familiares mostraram ter reservas alimentares

de cereais que durariam de 1 a 3 meses, ou seja

de Abril a Junho de 2018.

Água e Saneamento

Gráfico 35. Principais fontes de água

Do total de 434 agregados familiares

inqueridos, 33% obtém água de fontes

seguras sendo estas percentagem

distribuídas em: água canalizada (2%),

poço protegido (13%) e furo com bomba

manual (18%).

Água

canalizada

Poço

protegido

Poço não

protegido

Furo com

bomba

manual

Água da

chuva

Rio /

riacho/lag

o/lagoa

Macomia 2% 13% 52% 18% 7% 4%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%

100%

Page 53: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 53

Gráfico 36. Tratamento de água para o consumo

Independentemente da fonte de água, apenas 9% dos

agregados familiares trata água para o consumo.

Gráfico 37. Tipo de latrina usada no agregado familiar

Cerca de 51% dos agregados familiares referiram ter

latrinas e destas que tem, 24% são latrinas

melhoradas.

Gráfico 37. Categorias de consumo alimentar (FCS)

O gráfico acima refere-se à percentagem de

agregados familiares com pontuações de consumo

alimentar classificados em inadequado, moderado e

adequado. 59% dos agregados familiares tiveram

uma pontuação de consumo alimentar adequado,

seguidos de 28% com consumo moderado.

3.2.5. Distrito de Balama

3.2.5.1.Estatísticas Descritivas

Tabela 50. Distribuição da amostra por sexo e idade

Idade(mês). mo. Masculino Feminino total rácio M/F

-------------------------------------------------------------------------------------

6 - 17 12 57/53,8 (1,1) 58/60,1 (1,0) 115/113,9 (1,0) 0,98

18 - 29 12 48/52,5 (0,9) 57/58,6 (1,0) 105/111,1 (0,9) 0,84

30 - 41 12 59/50,9 (1,2) 66/56,8 (1,2) 125/107,7 (1,2) 0,89

42 - 53 12 46/50,1 (0,9) 55/55,9 (1,0) 101/105,9 (1,0) 0,84

54 - 59 6 22/24,8 (0,9) 23/27,6 (0,8) 45/52,4 (0,9) 0,96

-------------------------------------------------------------------------------------

6 - 59 54 232/245,5 (0,9) 259/245,5 (1,1) 0,90

9%

91%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Sim Não

Retrete

(Pia) sem

autoclismo

Latrina

melhorada

Latrina

tradicional

melhorada

Latrina

tradicional

não melhorada

Macomia 0% 4% 21% 76%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Pobre Moderado Adequado

Macomia 13% 28% 59%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Page 54: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 54

Todas as variáveis: sexo, idade, estão normalmente distribuídos na amostra.

Percentagem da Desnutrição Aguda

Do total de 491 crianças avaliadas, 5,7% (n=28) tiveram desnutrição aguda sendo 3,5% (n=17) a forma

moderada e 2,2% (n=11) a forma grave e 0,2% (n=1) de edema bilateral.

Tabela 51. Estimativa da desnutrição aguda com base no Perímetro Braquial e/ou edema bilateral por sexo

Todos

n = 491

M

n = 232

F

n = 259

Prevalência da desnutrição aguda

(< 125 mm e/ou edema)

(28) 5,7 %

(3,3 - 9,6 95% C.I.)

(9) 3,9 %

(1,7 - 8,7 95% C.I.)

(19) 7,3 %

(3,5 - 14,6 95% C.I.)

Prevalência de desnutrição aguda moderada

(< 125 mm e >= 115 mm, sem edema)

(17) 3,5 %

(1,8 - 6,7 95% C.I.)

(6) 2,6 %

(0,7 - 8,6 95% C.I.)

(11) 4,2 %

(1,9 - 9,4 95% C.I.)

Prevalência de desnutrição aguda grave

(< 115 mm e/ou edema)

(11) 2,2 %

(0,7 - 6,8 95% C.I.)

(3) 1,3 %

(0,3 - 5,3 95% C.I.)

(8) 3,1 %

(0,8 - 11,5 95% C.I.)

Tabela 52. Estimativa da desnutrição aguda por idade com base no Perímetro Braquial e/ou edema

DAG

(<115 mm e/ou

edema)

DAM

(< 125 mm e >=

115 mm, sem

edema)

Normal

(< 125 mm e/ou

edema)

Edema

Idade (mês) Total no. No. % No. % No. % No. %

6-17 115 8 7,0 9 7,8 98 85,2 0 0,0

18-29 105 3 2,9 4 3,8 98 93,3 1 1,0

30-41 125 0 0,0 4 3,2 121 96,8 0 0,0

42-53 101 0 0,0 0 0,0 101 100,0 0 0,0

54-59 45 0 0,0 0 0,0 45 100,0 0 0,0

Total 491 11 2,2 17 3,5 463 94,3 1 0,2

Estimativa da Cobertura do tratamento da Desnutrição Aguda

Tabela 53. Estimativa da cobertura do tratamento da desnutrição aguda10

Cerca de 34,8% das crianças com desnutrição aguda

estiveram admitidas ao PRN comparado aos 65,2%

que não.

10

Lembrar que os resultados apresentados acima são referentes exclusivamente as crianças identificadas com desnutrição aguda imediatamente depois da sua medição através da leitura das cores da fita.

Tratamento da D. Aguda

Sim Não

n % n %

Desnutrição

Aguda

Sim 8 34,8% 15 65,2%

Não 0 0,0% 0 0,0%

Page 55: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 55

Morbilidade Infantil

Tabela 54. Prevalência de sinais de doenças

Tosse

Diarreia

Disenteria

Febre

Procura de

serviços

de saúde

Uso de Rede

mosquiteira

Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não

% 27,5 72,5 10,2 89,9 2,4 97,6 29,9 70,1 74,0 26,0 95,6 4,4

n 137 361 51 447 12 486 149 349 134 47 476 22

Nenhum dos sinais de doenças ocorreu em níveis acima de 50%. Do total de crianças que referiu ter tido

algum dos sinais (n=181), 74% dela os seus respondentes referiram ter procurado por serviços de saúde.

Situação de Segurança Alimentar

Disponibilidade de alimentos

Gráfico 38. Duração de reservas de cereais

Olhando para a disponibilidade de

alimentos no distrito de Balama, 70%

dos AFs tinham reservas alimentares de

cereais e 64% de AFs tinham reservas

alimentares de raízes e tubérculos. Dos

23% de AFs que tem reservas

alimentares de cereais, 87% dos

agregados familiares mostraram ter

reservas alimentares de cereais que

durariam de 1 a 3 meses, ou seja de

Abril a Junho de 2018.

Água e Saneamento

Gráfico 39. Principais fontes de água

Do total de 411 agregados familiares

inqueridos, 54% obtém água de fontes

seguras sendo estas percentagem

distribuídas em: poço protegido (31%) e

furo com bomba manual (23%).

1%

87%

13%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Menos de 1 mes 1 a 3 meses Mais de 3 meses

% d

e A

greg

ado

s Fa

mili

ares

Água

canalizad

a

Poço

protegido

Poço não

protegido

Furo com

bomba

manual

Água da

chuva

Rio /

riacho/la

go/lagoa

Balama 0% 31% 44% 23% 0% 2%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

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Pág. 56

Gráfico 40. Tratamento de água para o consumo

Independentemente da fonte de água,

apenas 3% dos agregados familiares

trata água para o consumo.

Gráfico 41. Tipo de latrina usada no agregado familiar

Cerca de 91% dos agregados familiares

referiram ter latrinas e destas que tem, 28% são

latrinas melhoradas.

Gráfico 42. Categorias de consumo alimentar (FCS)

O gráfico acima refere-se à percentagem de

agregados familiares com pontuações de

consumo alimentar classificados em

Pobre/inadequado, moderado e adequado. 79%

dos agregados familiares tiveram uma

pontuação de consumo alimentar adequado,

seguidos de 18% com consumo moderado.

3.2.6. Distrito de Ancuabe

3.2.6.1.Estatísticas Descritivas

Tabela 55. Distribuição da amostra por sexo e idade

Idade(mês). mo. Masculino Feminino total rácio M/F

-------------------------------------------------------------------------------------

6 - 17 12 58/55,0 (1,1) 71/65,2 (1,1) 129/120,2 (1,1) 0,82

18 - 29 12 57/53,6 (1,1) 71/63,6 (1,1) 128/117,2 (1,1) 0,80

3%

97%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Sim Não

Retrete

(Pia) sem

autoclismo

Latrina

melhorada

Latrina

tradicional

melhorada

Latrina

tradicional

não

melhorada

Balama 0% 1% 27% 72%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%

100%

Pobre Moderado Adequado

Balama 3% 18% 79%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

FC

S

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Pág. 57

30 - 41 12 58/52,0 (1,1) 64/61,6 (1,0) 122/113,6 (1,1) 0,91

42 - 53 12 44/51,1 (0,9) 54/60,6 (0,9) 98/111,8 (0,9) 0,81

54 - 59 6 20/25,3 (0,8) 21/30,0 (0,7) 41/55,3 (0,7) 0,95

-------------------------------------------------------------------------------------

6 - 59 54 237/259,0 (0,9) 281/259,0 (1,1) 0,84

Todas as variáveis: sexo, idade, estão normalmente distribuídos na amostra.

Percentagem da Desnutrição Aguda

Do total de 518 crianças avaliadas, 4,1% (n=21) tiveram desnutrição aguda sendo 3,1% (n=16) a forma

moderada e 1,1% (n=5).

Tabela 56. Estimativa da desnutrição aguda com base no Perímetro Braquial e/ou edema bilateral por sexo

Todos

n = 518

M

n = 237

F

n = 281

Prevalência da desnutrição aguda

(< 125 mm e/ou edema)

(21) 4,1 %

(2,6 - 6,3 95% C.I.)

(2) 0,8 %

(0,2 - 3,5 95% C.I.)

(19) 6,8 %

(4,1 - 11,0 95% C.I.)

Prevalência de desnutrição aguda moderada

(< 125 mm e >= 115 mm, sem edema)

(16) 3,1 %

(1,7 - 5,4 95% C.I.)

(2) 0,8 %

(0,2 - 3,5 95% C.I.)

(14) 5,0 %

(2,5 - 9,8 95% C.I.)

Prevalência de desnutrição aguda grave

(< 115 mm e/ou edema)

(5) 1,0 %

(0,4 - 2,6 95% C.I.)

(0) 0,0 %

(0,0 - 0,0 95% C.I.)

(5) 1,8 %

(0,7 - 4,6 95% C.I.)

Tabela 57. Estimativa da desnutrição aguda por idade com base no Perímetro Braquial e/ou edema

DAG

(<115 mm e/ou

edema)

DAM

(< 125 mm e >=

115 mm, sem

edema)

Normal

(< 125 mm e/ou

edema)

Edema

Idade (mês) Total no. No. % No. % No. % No. %

6-17 129 2 1,6 8 6,2 119 92,2 0 0,0

18-29 128 2 1,6 4 3,1 122 95,3 0 0,0

30-41 122 1 0,8 4 3,3 117 95,9 0 0,0

42-53 98 0 0,0 0 0,0 98 100,0 0 0,0

54-59 41 0 0,0 0 0,0 41 100,0 0 0,0

Total 518 5 1,0 16 3,1 497 95,9 0 0,0

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Pág. 58

Estimativa da Cobertura do tratamento da Desnutrição Aguda

Tabela 58. Estimativa da cobertura do tratamento da desnutrição aguda11

Apenas 19% das crianças com desnutrição aguda

estiveram admitidas ao PRN comparado aos 76,2%

que não.

Morbilidade Infantil

Tabela 59. Prevalência de sinais de doenças

Tosse

Diarreia

Disenteria

Febre

Procura de serviços

de saúde

Uso de Rede

mosquiteira

Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não

% 39,6 60,4 15,9 83,9 3,8 95,8 52,4 47,6 81,8 18,2 94,6 5,4

n 207 316 83 439 20 501 274 249 274 61 495 28

A febre foi o único sinal que maior frequência teve com 52,4%, seguido de Tosse com 39,6%.

Situação de Segurança Alimentar

Disponibilidade de alimentos

Gráfico 43. Duração de reservas de cereais

Olhando para a disponibilidade de

alimentos no distrito de Ancuabe, 55%

dos AFs tinham reservas alimentares de

cereais e 79% de AFs tinham reservas

alimentares de raízes e tubérculos. Dos

23% de AFs que tem reservas

alimentares de cereais, 78% dos

agregados familiares mostraram ter

reservas alimentares de cereais que

durariam de 1 a 3 meses, ou seja de

Abril a Junho de 2018.

11

Lembrar que os resultados apresentados acima são referentes exclusivamente as crianças identificadas com desnutrição aguda

imediatamente depois da sua medição através da leitura das cores da fita.

3%

78%

19%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Menos de 1 mes 1 a 3 meses Mais de 3 meses % d

e A

gre

gad

os

Fam

ilia

res

Tratamento da D. Aguda

Sim Não

n % n %

Desnutrição

Aguda

Sim 4 19% 12 76,2%

Não 0 0,0% 0 0,0%

Page 59: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 59

Água e Saneamento

Gráfico 44. Principais fontes de água

Do total de 403 agregados familiares

inqueridos, 52% obtém água de fontes

seguras sendo estas percentagem distribuídas

em: agua canalisada 33%, poço protegido

(7%) e furo com bomba manual (12%).

Gráfico 45. Tratamento de água para o consumo

Independentemente da fonte de água, apenas

11% dos agregados familiares trata água para o

consumo.

Gráfico 46. Tipo de latrina usada no agregado familiar

Dos cerca de 86% dos agregados familiares

que referiram ter latrinas, destes 22% de

AFs tem latrinas melhoradas.

11%

89%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Sim Não

Água

canalizad

a

Poço

protegido

Poço não

protegido

Furo com

bomba

manual

Água da

chuva

Rio /

riacho/lag

o/lagoa

Ancuabe 33% 7% 39% 12% 1% 9%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%

100%

Retrete (Pia)

sem autoclismo

Latrina

melhorada

Latrina

tradicional

melhorada

Latrina

tradicional não

melhorada

Ancuabe 0% 1% 21% 78%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Page 60: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 60

Gráfico 47. Categorias de consumo alimentar (FCS)

O gráfico acima refere-se à percentagem de

agregados familiares com pontuações de

consumo alimentar classificados em

inadequado, moderado e adequado. 81% dos

agregados familiares tiveram uma pontuação de

consumo alimentar adequado, seguidos de 17%

com consumo moderado.

3.3.Estatísticas Inferenciais

3.3.1. Análise de regressão logística multivariada

O desenho do modelo apresentado abaixo seguiu os mesmos critérios e justificativas que apresentadas no

capítulo dos inquéritos. Note-se, no entanto, que a amostra neste capítulo é quase o dobro da do capítulo

anterior, podendo a análise ser mais rigorosa neste pelo dado o número de casos de desnutrição aguda

(n=139) em relação ao total de crianças avaliadas (n=3,884).

Conforme apresentado na tabela abaixo, as variáveis “posse de latrinas”, “experiencia de choque nos últimos

12 meses”, “ocorrência de diarreias em crianças”, “ocorrência de febres em crianças” e “ocorrência de tosse

em crianças” foram as 5 variáveis que mostraram associação estatisticamente significativa (p-value < 0,05)

para com a desnutrição aguda. As primeiras duas variáveis, apesar de sua observada associação, as

probabilidades de uma criança no agregado familiar que tenha experienciado este tipo de situação e poder ter

desnutrição aguda são baixas. Para as doenças por sua vez (medidas ao nível individual – crianças)

observou-se que crianças que tiveram diarreia têm 2,4 vezes a mais de probabilidade de experienciar um

evento de desnutrição aguda; 2,9 vezes mais de probabilidade para crianças com febre e 1,7 para as com

tosse.

Pobre Moderado Adequado

Ancuabe 2% 17% 81%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

% P

erce

nta

gem

de

AF

s

Page 61: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 61

Tabela 60. Modelo de regressão logística multivariada

Variáveis na equação B Sig. Exp(B) 95% C.I.for EXP(B)

Lower Upper

Step 1a Sexo do chefe de AF (1) -,468 ,098 ,626 ,359 1,090

Idade do chefe do AF -,019 ,097 ,981 ,959 1,003

Escolaridade chefe do AF (1) ,278 ,257 1,320 ,817 2,133

Total de membros AF -,046 ,452 ,955 ,847 1,077

Número de crianças < 5 anos no AF -,166 ,423 ,847 ,565 1,270

FCS categorias

,868

FCS categorias (1) -,082 ,879 ,921 ,319 2,659

FCS categorias (2) ,130 ,627 1,138 ,674 1,922

Posse de latrina no AF (1) -2,118 ,038 ,120 ,016 ,891

Tipo de latrina usado (1) ,203 ,447 1,225 ,727 2,064

Tratamento água para consumo (1) ,713 ,148 2,040 ,777 5,358

Choque nos últimos 12 meses AF

,020

Choque nos últimos 12 meses AF (1) ,639 ,168 1,894 ,764 4,698

Choque nos últimos 12 meses AF (2) -,604 ,028 ,546 ,319 ,936

Ocorrência de diarreia na criança

,001

Ocorrência de diarreia na criança (1) 2,766 ,093 15,893 ,631 400,568

Ocorrência de diarreia na criança (2) ,889 ,000 2,433 1,479 4,001

Ocorrência de Disenteria na criança

,573

Ocorrência de Disenteria na criança (1) -,318 ,856 ,728 ,024 22,344

Ocorrência de Disenteria na criança (2) ,422 ,301 1,524 ,686 3,389

Ocorrência de Febre na criança?

,001

Ocorrência de Febre na criança (1) 1,498 ,392 4,474 ,145 137,875

Ocorrência de Febre na criança (2) 1,087 ,000 2,966 1,692 5,200

Ocorrência de Tosse na criança

,075

Ocorrência de Tosse na criança (1) 1,373 ,441 3,947 ,120 129,357

Ocorrência de Tosse na criança (2) ,560 ,030 1,751 1,055 2,907

Constante -3,829 ,000 ,022

Note-se que apesar de outras variáveis (não mencionadas acima, porem apresentadas na tabela abaixo) não

apresentarem uma associação estatisticamente significativa, nota-se uma probabilidade, não descartável, de

influência na desnutrição aguda: é o caso de escolaridade dos chefes dos agregados familiares com 1,3 vezes

mais probabilidade de uma criança num agregado sem escolaridade influenciar na desnutrição aguda. Note-

se que desta variável, 34,2% (n=1309) não tem qualquer nível de escolaridade. Outra situação que se pode

descrever é o tratamento de água para consumo onde há 2,0 vezes mais probabilidade de uma criança

experienciar um evento de desnutrição aguda. Aqui, 92,1% (n = 3525) dos agregados familiares referiu não

tratar água para o consumo.

Page 62: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 62

4. RESULTADOS DA ANÁLISE DE IPC MALNUTRIÇÃO AGUDA

SITUAÇÃO DE DESNUTRIÇÃO AGUDA Período de Março-Maio 2018:

Neste período, que corresponde a época de pré-colheita, o número de casos de desnutrição aguda estimados é de cerca

de 34,000 crianças destas, cerca de 6,000 com desnutrição aguda grave e 29,000 com desnutrição aguda moderada. O

distrito de Namuno na província de

Cabo Delgado foi o único em

situação de alerta (fase 2 do IPC-DA

por Peso para Altura) e os restantes

8 distritos classificados em situação

aceitável. Refira-se que para igual

período do ano passado (2017) o

distrito de Namuno havia sido

classificado em situação critica (fase

4 do IPC-DA por perímetro braquial).

Esta mudança na situação é provável

que seja relacionado a mudança no

método de recolha de dados usado

na recente avaliação sazonal de

nutrição – inquérito SMART – que foi

representativo para o distrito e

desnutrição aguda medida pelo índice peso-para-altura. Por outro lado, as respostas de emergência (baseadas na

comunidade) intensivas que vêm sendo levadas a cabo naquele distrito (incluindo Chiúre). Note-se, no entanto, que

apesar do distrito de Milange (província de Zambézia) estar em situação aceitável, este é o que apresenta maior número

de crianças afectadas com 11,800 crianças seguido de Namuno com 5,984 e Chiúre com 4,614 crianças.

Projecção Junho–Agosto 2018 e Setembro 2018–Fevereiro 2019:

No curto período de tempo da primeira projecção, que corresponde a época de colheita e pós-colheita, um distrito

poderá mudar de fase: Macossa poderá passar para a fase alerta/grave (fase 2-3 do IPC-DA por perímetro braquial). O

distrito de Macossa tem um padrão epidemiológico atípico do resto do país. Dados históricos para o mesmo período de

projecção dos passados dois anos (2016 e 2017) mostraram registos de casos consideráveis de malaria onde cerca de

5850 e 5757casos registados em 2016 e 2017 respectivamente. Note-se, no entanto, que a mudança de fase projectada

pode ser provável uma vez a percentagem de desnutrição aguda observada em 5.4%, precisando apenas de 0.6% para

mudança. O distrito de Namuno poderá registar ligeiras melhorias na situação, todavia sem mudança de fase.

Por sua vez, para a segunda projecção de Setembro 2018–Fevereiro 2019, correspondente a época de escassez, a

situação poderá deteriorar-se para todos os distritos com impactos sobre a mudança de fase nos distritos de Balama

(Cabo Delgado) e Marara (Tete) para fase alerta/grave (fase 2-3 de IPC-DA por perímetro braquial) e Milange (Zambézia)

para a situação de alerta (fase 2 de IPC-DA por peso-para-altura). Em geral, o distrito de Namuno continua sendo o mais

vulnerável para todos períodos de analise.

Factores Contribuintes

As causas imediatas, em todos os distritos analisados (especialmente nos distritos mais afectados), são: quantidade e

qualidade muito baixa da alimentação infantil e complementar; doenças, especialmente a diarreia, malaria.

As causas subjacentes são principalmente as práticas de aleitamento/aleitamento materno exclusivo; aliado à baixa

procura dos serviços de saúde onde existe uma cobertura muito baixa do Programa de Reabilitação Nutricional (falta

recorrente de suplementos nutricionais e fraca rede comunitária para fazer busca activa dos casos de DA); e baixo acesso

a fontes de água segura e não disponibilidade de saneamento do meio melhorado e insegurança alimentar na situação de

estresse e critica em determinadas áreas.

Além disso, nas causas básicas destacam-se os altos índices de analfabetismo, com maior prevalência nas mulheres (>

60%), e uma baixa cobertura de unidades sanitárias e fraco acesso às mesmas, fraco saneamento, altos níveis de pobreza

nas zonas rurais, entre outras. Uma visão completa dos factores que contribuem para a desnutrição aguda junto com um

enfoque sobre os resultados da análise dos distritos mais afectados para desnutrição aguda são apresentados nos

apêndices.

Page 63: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 63

No período de Março-Maio 2018, a

situação de desnutrição aguda foi

aceitável em quase todos

distritos analisados (9), excepto

Namuno.

MAPAS DA SITUAÇÃO DE DESNUTRIÇÃO AGUDA

A situação projecta-

se a melhorar em

quase todos

distritos, excepto

Macossa que poderá

passar para fase

alerta-grave (fase

2-3 de IPC-DA por

Perímetro braquial)

No período de Setembro 2018–

Fevereiro 2019, a situação

poderá deteriorar no distrito

de Balama, Marara e Milange

Classificação de Fases de Desnutrição Aguda – Situação actual

Page 64: RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO SAZONAL DE NUTRIÇÃO …³rio-da-Avalia... · 3.1. Desenho de Estudo ... 4.9 4.7 4.9 Foi usada a média do tamanho de agregados familiares da província,

Pág. 64

5. LIMITAÇÕES DAS AVALIAÇÕES E ANÁLISES DE DADOS

a. Das avaliações/inquéritos

Taxa de cobertura das áreas de enumeração não alcançada por completo devido a (a)

inacessibilidade das áreas de enumeração em alguns distritos, (b) problemas de atraso na logística

por parte da instituição coordenadora do inquérito devido a restruturação do corpo directivo, o que

tornou impossível o alcance da meta no distrito de Milange.

Reduzida abrangência das avaliações nos distritos por deficiência de fundos. Para o mesmo

período do ano de 2017 foram avaliados 20 distritos contra 10 do ano corrente.

b. Das análises de dados

Limitações nas estatísticas descritivas

Não possibilidade de cálculo sobre os indicadores de alimentação infantil (diversidade

mínima de refeições, frequência mínima de refeições e dieta mínima aceitável) por erros

de codificação de uma variável importante no ODK;

Amostra relativamente pequena sobre os casos de desnutrição aguda para análise da

estimativa de cobertura de tratamento de desnutrição aguda.

Limitações nas estatísticas inferenciais

Os resultados sobre as análises de associação entre a desnutrição aguda e outras variáveis

poderia ser mais informativo se fosse contextualizado por cada distrito onde o inquérito,

avaliação nutricional foi conduzida, todavia, não obstante número considerável de crianças

avaliadas para desnutrição aguda por distrito, o número de casos foi relativamente baixo o

que tornou as análises impraticáveis por distrito.

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Pág. 65

6. RECOMENDAÇÕES DE RESPOSTA

Recomendações de Intervenções de curto prazo – Desnutrição Aguda

Frente a situação esperada para os períodos de projecção, algumas recomendações para seguimento são

sugeridas:

Monitoria da situação nos distritos em risco de mudança de fase e preparação de plano de

contingência para os mesmos.

Aumentar a comunicação sobre a prevenção da diarreia, malaria e alimentação infantil nos

distritos com risco de mudança de fase;

Necessidade de agir de forma intensiva e coordenada para garantir a disponibilidade de

aguda potável, e cobertura da rede de unidade sanitária.

Pelo facto de ser a segunda vez que o distrito de Macossa é classificado em fase alerta-

grave, uma avaliação da situação usando método robusto e rigoroso, representativo do

distrito (Inquérito SMART) é recomendado ao meio da época de escassez de alimentos

(Novembro-Dezembro) para ter uma imagem real da situação ao meio.

Recomendações de Intervenções de curto prazo – Insegurança Alimentar Aguda

Mobilização para a diversificação da produção e consumo alimentar;

Construção de sistemas multi-uso com sombrites;

Apoio em sementes diversificadas e tolerantes a mudanças climáticas e insumos agrários;

Mobilização para o controlo de pragas e doenças;

Assistência Humanitária as famílias com deficit alimentar sem capacidade de recuperar ate

na próxima campanha;

Reforçar acções com vista ao melhoramento das condições de água e saneamento do meio;

Monitoria do período de escassez de alimentos (Outubro a Fevereiro);

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Pág. 66

7. REFERENCIAS

Action Contre la Faim International (2012) ‘Emergency Nutrition Assessment for Standardized Monitoring

and Assessment of Relief and Transition (ENA for SMART)’, 2011(August).

INE (2010) Projecções Anuais Da População Total, Urbana E Rural, Dos Distritos Da Província De Tete.

Available at: http://www.ine.gov.mz/estatisticas/estatisticas-demograficas-e-indicadores-

sociais/populacao/projeccoes-da-populacao.

INE (2014) Manual de Procedimentos para a Produção Estatística no Sistema Estatístico Nacional

Dezembro de 2014. Edited by Instituto Nacional de Estatistica. Maputo: Instituto Nacional de Estatistica.

Available at: http://www.ine.gov.mz/documentos/documentos-metodologicos/manual-de-procedimentos-

para-a-producao-estatistica-vf-03.pdf/view.

INE (2015) RELATÓRIO FINAL DO INQUÉRITO AO ORÇAMENTO FAMILIAR - IOF-2014 / 15.

Maputo.

Jacoby, G. (2012) ‘Measuring Mortality, Nutritional Status, and Food Security in Crisis Situations’,

SMART Methodology, (April), pp. 1–129.

Kielmann, A. A. et al. (1976) ‘The effect of nutritional status on immune capacity and immune responses

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477–483. doi: 10.1086/587658.

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8. APÊNDICES

Apêndice A. Teste de Plausibilidade de Dados Antropométricos

Distrito de Namuno

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Distrito de Mutarara

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Distrito de Milange

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Apêndice B. Ficha de Áreas de Enumeração Seleccionadas para cada distrito

Milange

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Mutarara

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Apêndice C. Calendário de Eventos Locais

Distrito de Namuno

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Distrito de Milange

Mês Ano Ano de Eleição do Presidente de

Municio da vila de Milange

(2013)

Idad

e em

mes

es

Ano de Eleição do actual

Presidente da Republica (2014) Idad

e em

mes

es2

Tomada de Posse do

Presidente da Republica de

Mocambique

2015 Idad

e em

mes

es3

2016 Idad

e em

mes

es32

Recenseamento Geral

da Populacao

2017

Idad

e em

mes

es33

Janeiro Ano Novo/Plantacao de Gergelim 50

Ano Novo

Destruicao da Ponte do Rio Licungo

Plantacao de Gergelim 38

Ano Novo/Plantacao de

Gergelim 26

Ano Novo/Plantacao de

Gergelim 14

Fevereiro Fome 49 Fome 37 Fome 25 Fome 13

Marco

Início da colheita de amendoim,

maçaroca nas machambas

Semana santa 48

Início da colheita de amendoim,

maçaroca nas machambas

Semana santa 36

Início da colheita de

amendoim, maçaroca nas

machambas

Semana santa 24

Início da colheita de

amendoim, maçaroca nas

machambas

Semana santa 12

Abril

Pascoa

Carnaval

Dia da Mulher (7 de Abril)

Inicio da colheita de Milho

Inicio de Frio 59

Pascoa

Carnaval

Dia da Mulher (7 de Abril)

Inicio da colheita de Milho

Inicio de Frio 47

Pascoa

Carnaval

Dia da Mulher (7 de Abril)

Inicio da colheita de Milho

Inicio de Frio 35

Pascoa

Carnaval

Dia da Mulher (7 de Abril)

Inicio da colheita de Milho

Inicio de Frio 23

Pascoa

Carnaval

Dia da Mulher (7 de Abril)

Inicio da colheita de Milho

Inicio de Frio 11

Maio

Dia internacional dos Trabalhadores;

Campanha venda de Tabaco

Inicio do período do frio 58

Dia internacional dos

Trabalhadores;

Campanha venda de Tabaco

Inicio do período do frio 46

Dia internacional dos Trabalhadores;

Campanha venda de Tabaco

Inicio do período do frio 34

Dia internacional dos

Trabalhadores;

Campanha venda de Tabaco

Inicio do período do frio 22

Dia internacional dos

Trabalhadores;

Campanha venda de Tabaco

Inicio do período do frio 10

Junho

Mês da independencia nacional,

Mês da crianca, Dia da vila de

Milange 57

Mês da independencia nacional,

Mês da crianca, Dia da vila de

Milange 45

Mês da independencia nacional,

Mês da crianca, Dia da vila de

Milange 33

Mês da independencia

nacional,

Mês da crianca, Dia da vila de

Milange 21

Mês da independencia

nacional,

Mês da crianca, Dia da vila

de Milange 9

Julho

Inicio da campanha de venda de

feijao boer 56

Inicio da campanha de venda de

feijao boer 44

Inicio da campanha de venda de

feijao boer 32

Inicio da campanha de venda

de feijao boer 20

Inicio da campanha de

venda de feijao boer 8

Agosto

Fim da campanha de venda de feijao

boer 55

Fim da campanha de venda de

feijao boer

Inicio da construcao da estrada

Milange - Mocuba 43

Fim da campanha de venda de feijao

boer 31

Fim da campanha de venda de

feijao boer 19

Fim da campanha de venda

de feijao boer

Recenseamento geral da

Pop e Habitacao/Venda de

algodao 7

Setembro

Mês de inicio da luta armada para

libertacao nacional 54

Mês de inicio da luta armada para

libertacao nacional 42

Mês de inicio da luta armada para

libertacao nacional 30

Mês de inicio da luta armada

para libertacao nacional 18

Mês de inicio da luta

armada para libertacao

nacional 6

Outubro

Mês do professor

Mês da Paz 53

Mês do Professor

Mês da Paz

Inauguracao de BCI

Eleicao do presidente da Republica

de Mocambique 41 Mês do Professor; Dia da Paz 29 Mês do Professor; Dia da Paz 17

Mês do Professor; Dia da

Paz

Novembro

Eleicoes do Presidente do Municipio

de Milange 52

Início das chuvas e a sementeira do

milho 40

Início das chuvas e a sementeira do

milho 28

Início das chuvas e a

sementeira do milho 16

Início das chuvas e a

sementeira do milho

Dezembro Natal 51 Natal 39 Natal 27 Natal 15 Natal

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Distrito de Mutarara

Mês Ano

(2013)

Idad

e em

mes

es

Ano de Eleição do actual

Presidente da Republica

(2014)

Idad

e em

mes

es2

2015 Idad

e em

mes

es3

Ano de seca em Tete

(2016)

Idad

e em

mes

es32

Ano de Recenseamento

Geral da Populacao

2017 Idad

e em

mes

es33

Janeiro Ano Novo 50

Ano Novo

Tomada de Posse do

Presidente da Republica 38 Ano Novo 26 Ano Novo 14

Fevereiro Fome 49 Fome 37 Fome 25 Fome 13

Marco Inicio de colheita 48 Inicio de colheita 36 Inicio de colheita 24 Inicio de colheita 12

Abril

Dia da mulher

Dia da vila de

Nhamayabwe 59

Dia da mulher

Dia da vila de

Nhamayabwe 47

Dia da mulher

Dia da vila de

Nhamayabwe 35

Dia da mulher

Dia da vila de

Nhamayabwe 23

Dia da mulher

Dia da vila de

Nhamayabwe 11

Maio Dia do trabalhador 58 Dia do trabalhador 46 Dia do trabalhador 34 Dia do trabalhador 22 Dia do trabalhador 10

Junho

Dia da crianca

Mês da independencia 57

Dia da crianca

Mês da independencia 45

Dia da crianca

Mês da independencia 33

Dia da crianca

Mês da independencia 21

Dia da crianca

Mês da independencia 9

Julho Epoca de frio 56 Epoca de frio 44 Epoca de frio 32 Epoca de frio 20 Epoca de frio 8

Agosto

Tempo de caça de

Mbewe 55

Tempo de caça de

Mbewe 43

Tempo de caça de

Mbewe 31 Tempo de caça de Mbewe 19

Tempo de caça de

Mbewe 7

Setembro

Dia da luta armada

Tempo de caca de

Mbewe 54

Dia da luta armada

Tempo de caca de

Mbewe 42

Dia da luta armada

Tempo de caca de

Mbewe 30

Dia da luta armada

Tempo de caca de Mbewe 18

Dia da luta armada

Tempo de caca de

Mbewe 6

Outubro Dia da Paz 53

Dia da Paz

Eleicao do Presidente

de Republica de

Mocambique 41 Dia da Paz 29 Dia da Paz 17 Dia da Paz

Novembro

Eleicao do Presidente do

Municipio de 52 Epoca de sementeira 40 Epoca de sementeira 28 Epoca de sementeira 16 Epoca de sementeira

Dezembro Natal 51 Natal 39 Natal 27 Natal 15 Natal

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Apêndice D. Árvore de Decisão para amostragem

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Apêndice E. Tabela de selecção Aleatória de Agregados Familiares

Continuação até 200 agregados familiares

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Apêndice F. Ilustração de mapa cartográfico com coordenadas

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