RELATÓRIO FINAL - CNPq Análise da Precipitação Pluvial e ... · A posição latitudinal cortada...
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RELATÓRIO FINAL - CNPq Análise da Precipitação Pluvial e da Fluviometria da Bacia do Médio
Paranapanema Aluna Ângela Crespo
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi analisar a variabilidade da precipitação pluvial, da bacia
do Médio Paranapanema, tanto espacial quanto temporalmente. Para tanto foram utilizados 34
séries pluviométricas, dados cedidos pela Agência Nacional de Água (ANA), no período de
1940 a 2000 e no período de 1970 a 2000.
Calcularam-se valores médios, desvio padrão, quartis inferior e superior, máximos de
precipitação, dentro do período analisado, além da anomalia dessas séries. Também foram
calculadas correlações lineares do evento El Niño 1982/1983, além de classificação de áreas
homogêneas dentro da bacia.
Pode-se observar variabilidade de um ano para outro, com anos mais chuvosos, por
exemplo, 1982 e 1983 e anos mais secos como, por exemplo, 1985 e 2000.
Palavras chaves: precipitação, anomalias, variabilidade, ENOS.
INTRODUÇÃO
De acordo com a classificação climática de Arthur Strahler (1952) in Christofolleti
(1988), predominam no Brasil cinco grandes climas, a saber: 1) clima equatorial úmido da
convergência dos alísios, que engloba a Amazônia; 2) clima tropical alternadamente úmido e
seco, englobando grande parte da área central do país e litoral do meio-norte; 3) clima tropical
tendendo a ser seco pela irregularidade da ação das massas de ar, englobando o sertão
nordestino e vale médio do rio São Francisco e clima litorâneo úmido exposto às massas
tropicais marítimas, englobando estreita faixa do litoral leste e nordeste; clima subtropical
úmido das costas orientais e subtropicais, dominado largamente por massa tropical marítima,
englobando a Região Sul do Brasil.
Na Região Sul do país e parte da Sudeste as temperaturas médias anuais ficam abaixo
de 20oC. O Estado de São Paulo tem médias entre 20 e 25oC, no litoral e mais a noroeste, mas
predomina temperaturas abaixo de 25oC, em praticamente todo o Estado.
A posição latitudinal cortada pelo Trópico de Capricórnio, sua topografia bastante
acidentada e a influência dos sistemas de circulação perturbada são fatores que conduzem à
climatologia da região Sudeste ser bastante diversificada em relação à temperatura. A
temperatura média anual situa-se entre 20oC, no limite de São Paulo e Paraná e 24oC, ao norte
de Minas Gerais, enquanto nas áreas mais elevadas das serras do Espinhaço, Mantiqueira e do
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Mar, a média pode ser inferior a 18oC, devido ao efeito conjugado da latitude com a
freqüência das correntes polares.
Na Serra do Mar, em São Paulo, chove em média mais de 3600mm. Próximo de
Paranapiacaba e Itapanhaú foi registrado o máximo de chuva do país (4457.8mm, em um
ano). Nos vales dos rios Jequitinhonha e Doce são registrados os menores índices
pluviométricos anuais, em torno de 900mm.
O máximo pluviométrico da região Sudeste normalmente ocorre em janeiro e o
mínimo em julho, enquanto o período seco, normalmente centralizado no inverno, possui uma
duração desde seis meses, no caso do vale dos rios Jequitinhonha e São Francisco, até cerca
de dois meses nas serras do Mar e da Mantiqueira.
Especialmente sobre a Região Centro-Oeste, a Alta da Bolívia, gerada a partir do forte
aquecimento convectivo (liberação de calor latente) da atmosfera durante os meses de verão
do Hemisfério Sul (Virgi, 1981), é considerada como um sistema típico semi-estacionário da
região. Uma situação estacionária da circulação de grande escala em latitudes médias pode
influir diretamente na precipitação e temperatura sobre o Sudeste, caso a região esteja ou não
sendo afetada por sistemas associados ao escoamento ondulatório da atmosfera. Esse tipo de
situação é denominado de bloqueio e afeta, além do Sudeste, também a Região Sul do Brasil.
As regiões Sudeste e Centro-Oeste são caracterizadas pela atuação de sistemas que
associam características de sistemas tropicais com sistemas típicos de latitudes médias.
Durante os meses de maior atividade convectiva, a Zona de Convergência do Atlântico Sul
(ZCAS) é um dos principais fenômenos que influenciam no regime de chuvas dessas regiões
(Quadro e Abreu, 1994). O fato da banda de nebulosidade e chuvas permanecerem semi-
estacionárias por dias seguidos favorece a ocorrência de inundações nas áreas afetadas.
Nas regiões serranas, localizadas na parte leste do Sudeste, são registrados os extremos
mínimos de temperatura durante o inverno do Hemisfério Sul, enquanto que as temperaturas
mais elevadas são observadas no Estado de Mato Grosso, na região do Brasil Central. Em
geral a precipitação distribui-se uniformemente nessas regiões, com a precipitação média
anual acumulada variando em torno de 1500 e 2000mm. Dois núcleos máximos são
registrados na região do Brasil Central e no litoral da Região Sudeste, enquanto no norte de
Minas Gerais verifica-se uma relativa escassez de chuvas ao longo do ano.
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Figura 1 - Localização da área de estudo (Fonte: Relatório Zero do Comitê da Bacia)
A Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Médio Paranapanema
(UGRHI-17) representa uma das diversas unidades de gerenciamentos definidos pela lei no
9.034/94, com área total de 16763Km2. Agrega os tributários da margem direita do curso
médio do rio Paranapanema, localizando-se na porção centro-oeste do Estado de São Paulo,
Figura 1.
Seu gerenciamento é de responsabilidade do Comitê da Bacia Hidrográfica do Meio
Paranapanema, com os seguintes limites fisiográficos: Estado do Paraná e UGRHI-14 (alto
Paranapanema), ao sul; UGRHI-22 (Pontal do Paranapanema), a oeste; UGRHI-21 (Aguapeí),
UGRHI-20 (Peixe), UGRHI-16 (Tietê-Batalha), UGRHI-13 (Tietê-Jacaré), a norte e UGRHI-
10 (Tietê-Sorocaba), a leste.
Seu limite com a unidade do rio Paranapanema a montante (UGRHI-14) está no
divisor de águas que inicia na confluência deste rio com o rio Itararé. O divisor de águas que
inicia na confluência do rio Paranapanema com o rio Capivara é o limite com a unidade à
jusante (UGRHI-22).
OBJETIVOS
O objetivo desse trabalho é analisar a variabilidade espacial e temporal da precipitação
pluvial na bacia do Médio Paranapanema, como parte de um projeto da Unidade de
Gerenciamento de Recursos Hídricos (FEHIDRO). Traçar isolinhas e classificar áreas
homogêneas para futuras utilizações em previsão do tempo e no monitoramento dessa
unidade. Também será realizada a correlação dessa variável e da fluviometria com o
fenômeno El Niño – Oscilação Sul (ENOS).
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METODOLOGIA
Os dados utilizados neste trabalho foram cedidos pela Agência Nacional de Água
(ANA), totalizando 34 séries pluviométricas. O período de análise foi de 1940 a 2000 (séries
mais longas, que possibilitaram o estudo de tendência, por exemplo) e de 1970 a 2000.
Buscou-se uma melhor distribuição espacial e temporal para traçar as isolinhas das diferentes
estatísticas analisadas.
Foram estudados a evolução temporal, mensal e anual, bem como traçados de
isolinhas, utilizando-se o software SURFER, com interpolação pelo método de Kriging, para
valores médios, dentro período estudado. Também foram calculados desvio padrão, quartis
inferiores, superiores e correlação linear pelo método de Pearson, além de anomalias para
alguns anos.
-53 -52 -51 -50 -49 -48 -47 -46 -45
-24
-23
-22
-21
-20
Figura 2 - Mapa de localização da bacia do Médio Paranapanema, no Estado de São Paulo.
1
2
34
56 78
9
101112
13141516
1718
1920
2122
2324 2526
27
28
29 3031
32
33 34
-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5
-23
-22.5
Figura 3 – Localização das séries pluviométricas que foram utilizadas nesse trabalho.
As Figuras 2 e 3 apresentam a localização da bacia, somente no Estado de São Paulo
e a distribuição das estações pluviométricas, respectivamente.
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
As Figuras 4 e 5 apresentam os valores médios e desvio padrão, para o período
estudado, podendo-se observar que a precipitação pluvial média, ao longo da bacia foi de
120mm, com dispersão oscilando entre 80 e 105mm, aproximadamente. Pode-se, desta forma,
5
observar que não houve significativa variabilidade espacial (medida através do desvio
padrão), ao longo da bacia.
-51 -50.5 -50 -49.5 -49
-23
-22.5
Figura 4 – Isolinhas, valores médios para o período analisado, na bacia.
-51 -50.5 -50 -49.5 -49
-23
-22.5
Figura 5 – Isolinhas do desvio padrão na bacia, dentro do período de estudo.
Nas Figuras 6 e 7 são apresentados os quartis inferior e superior, respectivamente,
podendo-se notar que a precipitação abaixo de 25% (Figura 6), dentro do período analisado,
bem como os valores 75% acima (Figura 7) foram significativamente homogêneos em cada
caso, ou seja, os valores do quartil inferior oscilaram entre 40 e 54mm, já para o quartil
superior os valores estiveram em torno de 170mm.
-51 -50.5 -50 -49.5 -49
-23
-22.5
Figura 6 – Isolinhas dos quartis inferiores, dentro do período estudado.
6
-51 -50.5 -50 -49.5 -49
-23
-22.5
Figura 7 – Isolinhas dos quartis superior, dentro do período estudado.
Os valores máximos de precipitação pluvial apresentaram dentro da bacia, valores que
oscilaram entre 470 e 500mm, com homogeneidade nas chuvas dentro da área, para o período
estudado, Figura 8.
-51 -50.5 -50 -49.5 -49
-23
-22.5
Figura 8 – Valores máximos de precipitação pluvial, dentro do período de estudo.
-51 -50.5 -50 -49.5 -49
-23
-22.5
Figura 9 – Isolinhas de anomalias para o ano 1970.
As anomalias foram calculadas para alguns anos podendo-se observar que o ano 1970
apresentou anomalias positivas, ou seja, valores acima da média climatológica, em toda a área
analisada, Figura 9.
7
-51 -50.5 -50 -49.5 -49
-23
-22.5
Figura 10 – Isolinhas de anomalias para o ano 1972.
-51 -50.5 -50 -49.5 -49
-23
-22.5
Figura 11 – Isolinhas de anomalias para o ano 1982.
As anomalias dos anos 1972, 1982 e 1983 (Figuras 10, 11, 12) apresentaram valores
positivos em toda a bacia, com valores superiores a 600mm, nos três anos analisados, ou seja,
com chuvas significativas acima da média climatológica. Os anos 1982/1983, foram anos da
ocorrência de um dos maiores eventos El Niño – Oscilação Sul da década de 80 e dos últimos
100 anos.
-51 -50.5 -50 -49.5 -49
-23
-22.5
Figura 12 – Isolinhas de anomalias para o ano 1983.
-51 -50.5 -50 -49.5 -49
-23
-22.5
Figura 13 – Isolinhas de anomalias para o ano 1985.
Na Figura 13 pode-se observar anomalias negativas em toda a área analisada, com
valores ultrapassando a -300mm na maior parte da bacia. À Leste da área de estudo tem-se
valores positivos, mas que não excedem a 100mm de precipitação pluvial.
8
-51 -50.5 -50 -49.5 -49
-23
-22.5
Figura 14 – Isolinhas de anomalias para o ano 1998.
-51 -50.5 -50 -49.5 -49
-23
-22.5
Figura 15 – Isolinhas de anomalias para o ano 2000.
Na Figura 14 tem-se variabilidade significativa da precipitação pluvial com valores
oscilando entre 300 e -100mm de anomalia pluviométrica.
Outro ano muito marcado foi 2000, com significativa anomalia, com valores inferiores
a -400mm em grande parte da área analisada, Figura 15.
0
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40 44 48 52 56 60 64 68 72 76 80 84 88 92 96Ano
PP
Figura 16 – Evolução anual da precipitação pluvial: Botucatu.
Figura 17 - Evolução anual da precipitação pluvial: Gália.
9
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40 44 48 52 56 60 64 68 72 76 80 84 88 92 96
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1000150020002500
40 44 48 52 56 60 64 68 72 76 80 84 88 92 96
Ano
PP
Figura 18 – Evolução anual da precipitação pluvial: Duartina.
Figura 19 - Evolução anual da precipitação pluvial: Cabrália Paulista.
Nas Figuras 16 a 23, são analisadas as evoluções anuais da precipitação pluvial, para
algumas séries pluviométricas da bacia. Pode-se observar variabilidades de uma série para
outra, como, por exemplo, valor de precipitação pluvial próximo de 2500mm na série de Gália
(Figura 17). Na Figura 16 em alguns anos ocorreram precipitações significativamente
maiores, como 1947, 1965, 1972 e 1976 (com aproximadamente 2000mm), 1983 (acima de
2000mm). Já as séries pluviométricas de Duartina (Figura 18) e Cabrália Paulista (Figura 19),
não apresentaram significativos picos de chuva anuais, embora Duartina tenha apresentado
um valor acima de 2000mm.
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1000150020002500
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Ano
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15002000
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40 44 48 52 56 60 64 68 72 76 80 84 88 92 96
Ano
PP
Figura 20 – Evolução anual da precipitação pluvial: Santa Bárbara do Rio Pardo.
Figura 21 - Evolução anual da precipitação pluvial: Santa Cruz do Rio Pardo.
0500
1000150020002500
40 44 48 52 56 60 64 68 72 76 80 84 88 92 96Ano
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Ano
PP
Figura 22 – Evolução anual da precipitação pluvial: Ourinhos.
Figura 23 – Evolução anual da precipitação pluvial: Ibirarema.
As Figuras 21, 22 e 23 apresentam tendência positiva, conforme pode ser observado,
para as séries pluviométricas de Santa Cruz do Rio Pardo, Ourinhos e Ibirarema.
Nas Figuras 24 a 31 são analisadas as evoluções mensais de algumas séries
pluviométricas para a área de estudo. Pode-se observar que há uma onda anual marcada em
10
todas as séries, com valores máximos nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro (período
úmido) e mínimos em junho, julho e agosto (período seco), sendo janeiro, o mês de maior
chuva e agosto, o mês de menor chuva.
0
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150
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Mês
PP
/DP
Figura 24 – Evolução mensal da precipitação pluvial: Botucatu.
Figura 25 – Evolução mensal da precipitação pluvial: Duartina.
Todas as séries apresentaram valores, no período úmido, próximo de 200mm (exceção
a Botucatu que ultrapassou 200mm, Figura 24), já no período seco, a precipitação pluvial foi
de, aproximadamente 50mm.
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
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PP
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Figura 26 – Evolução mensal da precipitação pluvial: Cabrália Paulista.
Figura 27 – Evolução mensal da precipitação pluvial: Santa Bárbara do Rio Pardo.
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PP
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Figura 28 – Evolução mensal da precipitação pluvial: Santa Cruz do Rio Pardo.
Figura 29 – Evolução mensal da precipitação pluvial: Ourinhos.
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Mês
PP
/DP
Figura 30 – Evolução mensal da precipitação pluvial: Ibirarema.
Figura 31 – Evolução mensal da precipitação pluvial: Cândido Mota.
Na Figura 32 observa-se os valores médios da precipitação pluvial, para o período de
1970 a 2000, para todas as estações analisadas. Já na Figura 33, estão representados todos os
valores das estações analisadas, podendo-se observar tanto em uma figura quanto na outra
uma estrutura de máximos no verão e mínimos no inverno.
050000
100000150000200000250000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Mês
PP
Figura 32 – Valores médios de todas as estações. Figura 33 – Valores totais para todas as estações.
Tabela I - Correlação linear através do método de Pearson para períodos trimestrais. Estação Normal Defasagem 1 Defasagem 2 Defasagem 3
02248030 0,54 0,75 0,75 0,62 02249011 0,70 0,39 0,39 0,27 02249018 0,82 0,78 0,58 0,26 02249020 0,79 0,83 0,68 0,42 02249023 0,72 0,85 0,78 0,58 02249028 0,64 0,81 0,77 0,59 02249033 0,49 0,72 0,77 0,67 02249034 0,58 0,69 0,66 0,49 02250020 0,56 0,65 0,59 0,43 02250023 0,59 0,71 0,66 0,47 02348008 0,68 0,82 0,77 0,58 02349007 0,49 0,68 0,71 0,62
Na Tabela I foram analisados as correlações lineares para algumas estações, valores
trimestrais, para o período 1982/1983, em função da anomalia da Temperatura da Superfície
do Mar no Oceano Pacífico Equatorial, dados obtidos no NCEP/NOAA. Pode-se observar
correlações altamente significativas tanto para correlações denominadas normais (sem
defasagem), quanto para correlações com defasagem de um trimestre e dois trimestre.
050
100150200250
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Mês
PP
12
Método de Ward
Distância EuclidianaD
istâ
ncia
de
Vin
cula
ção
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1000
2000
3000
4000
5000
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E2
E
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E
27
E19
E
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E15
E
23
E18
E
20
E12
E
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E28
E
17
E26
E
24
E21
E
10
E
9
E11
E8
E7
E5
E6
E4
E
14
E
3
E33
E
32
E29
E
34
E16
E
30
E
1
Figura 34 – Análise Multivariada realizada com as séries de precipitações pluviais, para geração de áreas homogêneas, dentro da bacia.
Figura 35 – Áreas homogêneas geradas a partir dos dados de precipitação pluvial da bacia, utilizando-se análise multivariada para geração dessas áreas.
Através da Análise Multivariada (Método de Ward e Distancia Euclidiana), foram
classificadas cinco áreas homogêneas, podendo-se distinguir claramente as áreas três, quatro e
cinco, embora as áreas quatro e cinco estejam misturadas entre elas, Figuras 34 e 35. Com
base nessa classificação calcularam-se as anomalias representativas de cada área, agrupando-
se os totais anuais de todas as series pluviométricas pertencentes a cada grupo, calculando-se
a seguir, o valor médio. A partir desse valor médio fez-se os cálculos das anomalias, Figuras
36 a 40.
13
Anomalia Grupo I
-600
-400-200
0200
400600
AnosA
PP
Figura 36 – Anomalia das pluviométricas do Grupo I, para o período 1970 a 2000.
Na Figura 36 pode-se observar a variabilidade pluvial, na área homogênea do Grupo I.
Nota-se que as anomalias negativas significativas estão marcadamente associadas aos anos
1970, 1971, 1984, 1985, 1999 e 2000. Já as anomalias marcadamente positivas estão
associadas aos seguintes anos 1972, 1976, 1982, 1983, 1991, 1993, 1997 e 1998. Deve-se
ressaltar que a maioria desses anos estão associados a eventos de El Niño (observar
1982/1983 e 1997/1998: eventos intensos) e La Niña (observar 1984/1985 e 1999/2000).
Anomalia Grupo II
-600-400-200
0200400600
Anos
AP
P
Figura 37 – Anomalia das pluviométricas do Grupo II, para o período 1970 a 2000.
Na Figura 37 pode-se observar a variabilidade pluvial, na área homogênea do Grupo II.
Nota-se que as anomalias negativas significativas estão marcadamente associadas aos anos
1971, mas principalmente ao período de 1979 a 1981, a seguir anomalias negativas em 1984 e
1985. Já as anomalias marcadamente positivas estão associadas aos seguintes anos 1972,
1976, 1982, 1983 (esses dois anos não apresentaram, nessa área, anomalias tão significativas
quanto na área homogênea do Grupo I), 1986, 1987, 1989, 1990, 1992 e 1993. Deve-se
ressaltar que o evento El Niño 1997/1998 não foi tão significativo quanto ao que foi
classificado no Grupo I.
14
Anomalia Grupo III
-600-400-200
0200400600
AnosA
PP
Figura 38 – Anomalia das pluviométricas do Grupo III, para o período 1970 a 2000.
Na Figura 38 pode-se observar a variabilidade pluvial, na área homogênea do Grupo III.
Nota-se anomalias negativas significativas no período de 1978 a 1981, bem como em 2000.
As anomalias marcadamente positivas estão associadas aos seguintes anos: 1972, 1982, 1983.
Anomalia Grupo IV
-600-400-200
0200400600
Anos
AP
P
Figura 39 – Anomalia das pluviométricas do Grupo IV, para o período 1970 a 2000.
Na Figura 39 pode-se observar a variabilidade pluvial, na área homogênea do Grupo IV.
Nota-se anomalias positivas significativas no período de 1972 a 1974, 1976, 1982, 1983. As
anomalias negativas foram significativas entre 1978 e 1981, além de 1984 e 1985.
Anomalia Grupo V
-600-400-200
0200400600
Anos
AP
P
Figura 40 – Anomalia das pluviométricas do Grupo V, para o período 1970 a 2000.
15
Na Figura 40 pode-se observar a variabilidade pluvial, na área homogênea do Grupo V.
Observou-se anomalias positivas significativas no período de 1972, 1976, 1982, 1983. As
anomalias negativas foram significativas em 1984 e 1985.
Pode-se considerar significativa variabilidade na precipitação pluvial, na Bacia do
Médio Paranapanema, com ênfase nos eventos El Niño e La Niña, podendo-se observar que
os anos 1972, 1982 e 1983, apresentaram significativa anomalia positiva, em toda a bacia. Já
as anomalias negativas, em toda a bacia, estiveram concentradas nos anos 1981, 1984 e 1985.
ANÁLISE DA FLUVIOMETRIA
1
23
4
56
-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5
-23
-22.5
-22
Figura 41 – Localização das estações fluviométricas, na bacia estudada.
0102030405060708090
100
1956 1961 1966 1971 1976 1981 1986 1991 1996
Anos
PP
Figura 42 – Evolução temporal da série fluviométrica da estação Águas de S. Bárbara.
0
5
10
15
20
25
30
1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997
Anos
PP
Figura 43 - Evolução temporal da série fluviométrica da estação São Pedro do Turvo.
165167169171173175177179181183185
1970 1975 1980 1985 1990 1995
Anos
PP
Figura 44 - Evolução temporal da série fluviométrica da estação Palmital.
0
20
40
60
80
100
120
1977 1983 1989 1995 2001
Anos
PP
Figura 45 - Evolução temporal da série fluviométrica da estação Santo A. da Platina.
16
0
5
10
15
20
25
30
1980 1984 1988 1992 1996
Anos
PP
Figura 46 - Evolução temporal da série fluviométrica da estação Maracaí.
020
406080
100120140
160180
1932 1937 1942 1947 1952 1957 1962 1967 1972 1977 1982 1987 1992 1997 2002
Anos
PP
Figura 47 - Evolução temporal da série fluviométrica da estação Andirá.
As Figuras 42 a 47 apresentam a evolução temporal da fluviometria de algumas estações
da Bacia do Médio Paranapanema. Pode-se observar significativa variabilidade de uma série
para outra e relativamente a evolução do tempo. Isto demonstra que as vazões, em cada
tributário do Médio Paranapanema, têm uma dinâmica própria e importante na variabilidade
neste trecho da bacia.
Tabela II – Análise de eventos El Niño, dentro do período de estudo, para a série fluviométrica da estação Andirá.
EL NIÑO NORMAL DEF 1 DEF 2 DEF 3 57/58 -0,06 -0,20 -0,31 -0,32 63/64 0,55 0,61 0,72 0,88 65/66 -0,05 0,73 0,96 0,86 68/69 0,14 -0,57 -0,79 -0,05 72/73 0,68 0,70 0,49 0,06 76/77 0,17 0,29 0,29 0,07 82/83 0,09 0,08 0,23 0,36
86/87/88 0,22 0,09 -0,01 -0,20 91/92 0,36 0,66 0,83 0,86 94/95 0,53 0,89 0,93 0,65 97/98 -0,37 -0,06 0,46 0,83
Tabela III – Análise de eventos La Niña, dentro do período de estudo, para a série fluviométrica da estação
Andirá. LA NIÑA NORMAL DEF 1 DEF 2 DEF 3
50/51 -0,02 -0,06 -0,01 0,22 54/55/56/57 0,50 0,53 0,51 0,34
61/62 0,81 -0,09 -0,62 -0,61 64/65 0,35 -0,05 -0,31 -0,59 67/68 -0,43 0,42 0,89 0,91
70/71/72 -0,52 -0,12 0,14 0,19 73/74/75/76 -0,47 -0,63 -0,64 -0,54
84/85 -0,15 -0,47 -0,55 -0,66 88/89 -0,28 -0,62 -0,76 -0,52 95/96 0,62 0,08 -0,79 -0,82
98/99/00 -0,33 -0,45 -0,28 -0,08
As Tabelas II e III apresentam a variabilidade de eventos El Niño e La Niña, para a
série fluviométrica de Andirá, sem defasagem (normal) e com defasagem de um, dois e três
17
meses. Esses eventos foram correlacionados com a anomalia da temperatura da superfície do
mar no Oceano Pacífico Equatorial. Pode-se observar, desta forma, que existe relação entre as
vazões na bacia e a ocorrência de eventos ENOS, com significativa variabilidade de um
evento para outro. Deve-se destacar que foi analisada somente a série de Andirá, por ser a
série mais longa, dentre as disponíveis.
CONCLUSÃO PARCIAL
A variabilidade da precipitação pluvial, na área estudada apresenta-se significativa
durante o período analisado, com anos marcadamente úmidos e outros mais secos.
As correlações lineares, valores trimestrais, para o período, em função da anomalia da
Temperatura da Superfície do Mar no Oceano Pacífico Equatorial, foram altamente
significativas na Bacia Hidrográfica do Médio Paranapanema.
Os anos de 1982/1983 apresentam significativa média de precipitação pluvial comparada
a outros anos, sendo estes anos associados ao evento El Niño.
Da mesma forma que existe correlação entre a precipitação e a TSM do Oceano
Pacifico, também existe correlação entre a fluviometria e a TSM do referido oceano.
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19
ANEXOS Anos de ocorrência de El Niño e La Niña no período de 1950 até 2000, definida a partir
da temperatura da superfície do mar para a região do El Niño (1+2) excedendo valores de
0,4ºC (positivo ou negativo).
Período El Niño
Duração (meses)
Período La Niña
Duração (meses)
05/51 a 01/52 9 01/50 a 12/50 12 02/53 a 11/53 02/57 a 07/58 07/63 a 11/63 03/65 a 01/66 03/69 a 01/70 02/72 a 02/73 05/76 a 01/77 07/79 a 01/80 07/82 a 12/83 10/86 a 12/87 11/91 a 06/92 02/93 a 06/93 10/94 a 02/95 03/97 a 10/98
10 18 5 11 11 13 9 8 18 15 8 5 5 20
01/54 a 01/57 03/62 a 07/62 02/64 a 12/64 03/66 a 09/66 06/67 a 07/68 03/70 a 12/71 04/73 a 02/74 10/74 a 01/76 01/85 a 12/85 04/88 a 12/88 05/89 a 09/89 03/94 a 09/94 04/95 a 08/95 04/96 a 01/97 06/99 a 01/00
37 5 11 7 14 22 11 16 12 9 5 7 5 10 8
Fonte: Baldo (2000). Episódios quentes (vermelho) e frios (azul) baseados no limiar de +/- 0.5º C para o
Oceano Pacífico, três meses acumulados: El Niño 3.4, na região 5º N – 5º S, 120º - 170º W.
Year DJF JFM FMA MAM AMJ MJJ JJA JAS ASO SON OND NDJ 1950 -1.8 -1.5 -1.4 -1.4 -1.4 -1.2 -0.9 -0.8 -0.8 -0.8 -0.9 -1.0 1951 -1.0 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0.1 0.4 0.5 0.6 0.7 0.7 0.6 1952 0.3 0.1 0.1 0.1 0.0 -0.2 -0.3 -0.3 -0.1 -0.2 -0.2 -0.1 1953 0.1 0.3 0.4 0.5 0.5 0.4 0.4 0.4 0.4 0.4 0.3 0.3 1954 0.3 0.2 -0.1 -0.5 -0.7 -0.7 -0.8 -1.0 -1.1 -1.1 -1.0 -1.0 1955 -1.0 -0.9 -0.9 -1.0 -1.1 -1.0 -1.0 -1.0 -1.5 -1.8 -2.1 -1.7 1956 -1.2 -0.8 -0.7 -0.6 -0.6 -0.6 -0.7 -0.8 -0.9 -0.9 -0.9 -0.8 1957 -0.5 -0.1 0.2 0.6 0.7 0.8 0.9 0.9 0.8 0.9 1.2 1.5 1958 1.6 1.5 1.1 0.7 0.5 0.5 0.4 0.1 0.0 0.0 0.1 0.3 1959 0.4 0.4 0.3 0.2 0.0 -0.3 -0.4 -0.5 -0.4 -0.4 -0.3 -0.3 1960 -0.3 -0.3 -0.3 -0.2 -0.1 -0.1 0.0 0.0 -0.1 -0.2 -0.3 -0.2 1961 -0.2 -0.2 -0.2 -0.1 0.1 0.1 0.0 -0.3 -0.6 -0.6 -0.5 -0.5 1962 -0.5 -0.5 -0.5 -0.5 -0.4 -0.3 -0.2 -0.3 -0.4 -0.6 -0.7 -0.7 1963 -0.6 -0.3 0.0 0.1 0.1 0.3 0.6 0.8 0.8 0.9 1.0 1.0 1964 0.8 0.4 -0.1 -0.5 -0.7 -0.7 -0.8 -0.9 -1.0 -1.1 -1.1 -1.0 1965 -0.8 -0.5 -0.3 0.0 0.2 0.6 1.0 1.2 1.4 1.5 1.6 1.5 1966 1.2 1.1 0.8 0.5 0.2 0.1 0.1 0.0 -0.2 -0.3 -0.3 -0.4 1967 -0.4 -0.5 -0.6 -0.5 -0.3 0.0 0.0 -0.2 -0.4 -0.5 -0.5 -0.6 1968 -0.7 -0.9 -0.8 -0.8 -0.4 0.0 0.3 0.3 0.2 0.4 0.6 0.9 1969 1.0 1.0 0.9 0.7 0.6 0.4 0.4 0.4 0.6 0.7 0.7 0.6 1970 0.5 0.3 0.2 0.1 -0.1 -0.4 -0.6 -0.8 -0.8 -0.8 -0.9 -1.2 1971 -1.4 -1.4 -1.2 -1.0 -0.8 -0.8 -0.8 -0.8 -0.9 -0.9 -1.0 -0.9 1972 -0.7 -0.3 0.0 0.3 0.5 0.8 1.1 1.3 1.5 1.8 2.0 2.1 1973 1.8 1.2 0.5 -0.1 -0.5 -0.8 -1.1 -1.3 -1.4 -1.7 -1.9 -2.0
20
1974 -1.8 -1.6 -1.2 -1.1 -0.9 -0.7 -0.5 -0.4 -0.5 -0.7 -0.8 -0.7 1975 -0.6 -0.6 -0.7 -0.8 -1.0 -1.1 -1.3 -1.4 -1.6 -1.6 -1.7 -1.8 1976 -1.6 -1.2 -0.9 -0.7 -0.5 -0.2 0.1 0.3 0.5 0.7 0.8 0.8 1977 0.6 0.5 0.2 0.1 0.2 0.3 0.3 0.4 0.5 0.7 0.8 0.8 1978 0.7 0.4 0.0 -0.3 -0.4 -0.3 -0.4 -0.5 -0.5 -0.4 -0.2 -0.1 1979 -0.1 0.0 0.1 0.2 0.1 0.0 0.0 0.2 0.3 0.4 0.5 0.5 1980 0.5 0.3 0.2 0.2 0.3 0.3 0.2 0.0 -0.1 0.0 0.0 -0.1 1981 -0.3 -0.4 -0.4 -0.3 -0.3 -0.3 -0.4 -0.3 -0.2 -0.1 -0.1 -0.1 1982 0.0 0.1 0.2 0.4 0.6 0.7 0.8 1.0 1.5 1.9 2.2 2.3 1983 2.3 2.0 1.6 1.2 1.0 0.6 0.2 -0.2 -0.5 -0.8 -0.9 -0.8 1984 -0.5 -0.3 -0.2 -0.4 -0.5 -0.5 -0.3 -0.2 -0.3 -0.6 -1.0 -1.1 1985 -1.0 -0.8 -0.8 -0.8 -0.7 -0.5 -0.4 -0.4 -0.4 -0.3 -0.2 -0.3 1986 -0.4 -0.4 -0.3 -0.2 -0.1 0.0 0.2 0.5 0.7 0.9 1.1 1.2 1987 1.3 1.2 1.1 1.0 1.0 1.2 1.5 1.6 1.6 1.5 1.3 1.1 1988 0.8 0.5 0.1 -0.3 -0.8 -1.2 -1.2 -1.1 -1.3 -1.6 -1.9 -1.9 1989 -1.7 -1.5 -1.1 -0.9 -0.6 -0.4 -0.3 -0.3 -0.3 -0.3 -0.2 -0.1 1990 0.1 0.2 0.3 0.3 0.3 0.3 0.3 0.4 0.3 0.3 0.3 0.4 1991 0.5 0.4 0.4 0.4 0.6 0.8 0.9 0.9 0.8 1.0 1.4 1.7 1992 1.8 1.7 1.6 1.4 1.1 0.8 0.4 0.2 -0.1 -0.1 0.0 0.1 1993 0.3 0.4 0.6 0.8 0.8 0.7 0.5 0.4 0.4 0.3 0.2 0.2 1994 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.6 0.6 0.6 0.7 0.9 1.2 1.3 1995 1.2 0.9 0.7 0.4 0.2 0.1 0.0 -0.3 -0.5 -0.6 -0.7 -0.8 1996 -0.8 -0.7 -0.5 -0.3 -0.2 -0.2 -0.1 -0.2 -0.2 -0.2 -0.3 -0.4 1997 -0.4 -0.3 0.0 0.4 0.9 1.4 1.7 2.0 2.3 2.4 2.5 2.5 1998 2.4 2.0 1.4 1.1 0.4 -0.1 -0.8 -1.0 -1.1 -1.1 -1.3 -1.5 1999 -1.6 -1.2 -0.9 -0.7 -0.8 -0.8 -0.9 -0.9 -1.0 -1.2 -1.4 -1.6 2000 -1.6 -1.5 -1.1 -0.9 -0.7 -0.6 -0.4 -0.3 -0.4 -0.5 -0.7 -0.7 2001 -0.7 -0.5 -0.4 -0.2 -0.1 0.1 0.2 0.1 0.0 -0.1 -0.2 -0.2 2002 -0.1 0.1 0.3 0.4 0.7 0.8 0.9 0.9 1.1 1.3 1.5 1.3 2003 1.1 0.8 0.6 0.1 -0.1 0.0 0.3 0.4 0.5 0.5 0.6 0.5 2004 0.4 0.2 0.2 0.2 0.3 0.4 0.7 0.8 0.9 0.9 0.9 0.8 2005 0.6 0.5 0.3 0.4 0.5 0.3 0.2 0.0 0.0 -0.2 -0.4 -0.7
Fonte: http://www.cpc.ncep.noaa.gov/products/analysis_monitoring/ensostuff/ensoyears.html, acesso em 13/mar/06. PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS - Simpósio de Climatologia Geográfica a ser realizado na Universidade Federal do Mato Grosso, no final do mês de agosto.