Relatório Filme Criança a Alma Do Negócio

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDECENTRO DE EDUCAO E SADECURSO: BACHARELADO EM NUTRIOPROFESSORA: VANILLE PESSOADISCIPLINA:EDUCAO NUTRICIONAL

ESTER PEREIRA

RESENHA CRTICO-REFLEXIVA SOBRE O DOCUMENTRIO: CRIANA A ALMA DO NEGCIO

CUIT 2014Feito em So Paulo, o filme de Estela Renner e Marcos Nisti, lanado em 2007, "CRIANA, A ALMA DO NEGCIO" mostra como no Brasil o pblico infantil se tornou o principal alvo da publicidade. As crianas so bombardeadas por mensagens que estimulam o consumo e que falam diretamente com elas, manipuladas pela prpria mdia. Ele mostra atravs dos depoimentos de pais, crianas, pedagogos e psiclogos o quanto essa influncia est dominando o poder de compra de crianas sobre seus pais nos dias de hoje, mostrando o perfil da criana atual como uma grande consumista, que deixa de lado atividades como brincar, se socializar com outras crianas e seus pais para sofrer uma adultizao influenciada pelas propagandas televisivas. At mesmo brincadeiras infantis, que antes seriam na rua com outras crianas, ao ar livre, estimulam o consumo. J que os pais preferem seus filhos dentro de casa e entretidos com alguma coisa acabam se rendendo ao consumo de brinquedos, jogos, vdeo games que substituem a interao da criana com o mundo, para um mundo s dela. Por outro lado, as crianas esto consumindo produtos cada vez mais caros, de grande valor comercial como produtos eletrnicos, que foram mostrados como principais sonhos de consumo dessa faixa etria. Produtos que antes eram destinados apenas ao pblico adulto. Como uma menina que foi mostrada que j possua o seu 5 aparelho celular, antes mesmo dos seus prprios pais terem um. Consumo de artigos de beleza, como maquiagem, sandlias e roupas de determinada marca, que por terem uma maior repercusso na mdia e serem da moda fazem, principalmente as meninas, comearem cedo na busca pela vaidade, como em uma parte do documentrio em que uma professora disse que quase todas as meninas vo para a escola de sandlia alta e de batom, influenciadas por artistas que se vestem assim e so referncia de beleza para elas.Tudo isso faz a criana crescer antes do tempo, substituindo a fase de descobertas, de brincadeiras, formao de identidade e desenvolvimento de capacidades pela fase da busca da beleza, da competio alm da incluso e excluso de grupos pela posse ou no de determinados produtos. O que causa em tanto em outras crianas como tambm em seus pais, a no terem seus desejos atendidos e suas vontades feitas por falta de condies um sentimento de frustrao. Como quando no documentrio uma menina disse: toda criana sente vontade de chorar quando pede algo e a me diz que no ter dinheiro para comprar.Outra passagem muito importante do documentrio relacionada a alimentao, onde so mostrados produtos industrializados e vegetais a uma criana. Onde a mesma s soube o nome dos industrializados. Percebe-se a influencia que a mdia tem na alimentao, fazendo com que a criana prefira o consumo de alimentos no nutritivos ao invs de uma alimentao diversificada e saudvel, por conta da publicidade que gira em torno desses alimentos os associando a desenhos animados, que a faz pensar que porque do Shrek bom, nota-se isso quando uma menina disse a seguinte frase: as crianas gostam de doce e de desenho tambm, para alegrar as crianas o desenho. Fazendo com que a mdia aproveite dessa vulnerabilidade e faa essa associao.Nota-se o quanto a propaganda e a televiso tem impacto e influncia sobre os lares brasileiros. E interferem diretamente no comportamento das crianas, que so um alvo fcil por no terem pensamento crtico-reflexivo e serem altamente influenciveis. Diante desse documentrio, nos faz questionar a credibilidade de uma empresa que usa de artimanhas para conquistar um pblico-alvo to vulnervel que o infantil. O filme gera a reflexo de que em um jogo desigual e desumano, os anunciantes ficam com o lucro enquanto as crianas arcam com o prejuzo de inclusive uma precoce sexualidade e grande prejuzo a geraes futuras. Sobre a eficcia dos rgos ligados ao controle de abusos cometidos pela publicidade dessas empresas, informado no vdeo que os rgos privados como o CONAR ainda so ineficazes para o combate contra a publicidade abusiva destinada a crianas, e que muitas vezes tais propagandas s so oficialmente proibidas quando a campanha j terminou de veicular na mdia e est saindo do ar. Por isso, de consenso comum de que h a emergncia de uma comunicao entre o estado e o mercado publicitrio, controlando essa associao difcil que a liberdade de expresso comercial que os faz lucrar milhes em reais anuais na gerao de desejos de seus produtos em cima do pblico infantil, e a proteo criana. Atualmente, no Brasil foi instaurada uma resoluo que visa esse controle das publicidades, que dispe sobre a abusividade do direcionamento de publicidade e de comunicao mercadolgica criana e ao adolescente. Entrou em vigor em abril deste ano e at tomar todos os meios de comunicao esperamos que sirva de total proteo s geraes futuras contra os efeitos extremamente nocivos desse mercado de consumo que prejudica e ameaa o equilbrio social do nosso pas.