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RELATÓRIO E CONTAS DE 2005 Actividade Consolidada e Individual Páginas ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO Economia Internacional 1 Economia Portuguesa 4 CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS Síntese da Actividade 12 Evolução do Grupo CGD 18 Áreas de Negócio 25 Banca de Retalho 25 Projecto Líder 25 Segmentos de Clientes 26 Produtos e Serviços 32 Indicadores de Actividade 40 Banca de Investimento 47 Área de “Corporate” 47 Mercado de Capitais 52 Gestão do Risco 57 Canais de Distribuição 68 Rede de Balcões 68 Canais Electrónicos 69 Quadro Regulamentar das Contas Consolidadas de acordo com as Normas IAS/IFRS 73 Análise Financeira 78 Actividade Consolidada 78 Actividade Individual 95

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RELATÓRIO E CONTAS DE 2005

Actividade Consolidada e Individual

Páginas

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

Economia Internacional 1Economia Portuguesa 4

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS

Síntese da Actividade 12

Evolução do Grupo CGD 18Áreas de Negócio 25

Banca de Retalho 25Projecto Líder 25Segmentos de Clientes 26Produtos e Serviços 32Indicadores de Actividade 40

Banca de Investimento 47Área de “Corporate” 47Mercado de Capitais 52

Gestão do Risco 57Canais de Distribuição 68

Rede de Balcões 68Canais Electrónicos 69

Quadro Regulamentar das Contas Consolidadas de acordo com as Normas IAS/IFRS 73

Análise Financeira 78Actividade Consolidada 78Actividade Individual 95

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Outras Actividades do Grupo em Portugal 99Banca de Investimento 99Actividade Seguradora 103Crédito Especializado 113Gestão de Activos 116

Actividades do Grupo no Exterior 124Recursos Humanos 146Fundo de Pensões e Plano Médico do Pessoal da CGD 153Organização e Sistemas de Informação 155Gestão Administrativa e do Aprovisionamento 158Responsabilidade Social da Empresa 160Proposta de Aplicação de Resultados 199Notas Finais 200Eventos Subsequentes 203Anexo ao Relatório de Gestão (artigo 447º e 448º do CSC)

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS

BalançoDemonstração de Resultados por Funções Demonstração de Fluxos de Caixa Demonstração das Alterações nos Capitais Próprios

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

RELATÓRIOS E PARECERES ÀS CONTAS

Relatório de Auditoria Relatório e Parecer do Fiscal Único Certificação Legal das Contas

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ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

ECONOMIA INTERNACIONAL

Evolução Global

Em 2005, a economia mundial manteve um elevado dinamismo, com uma taxa de expansão de 4,3%, liderado pela China, Índia, Rússia, EUA e pelos novos membros da UE, ritmo que, no entanto, abrandou face ao ano anterior (+5,2%).

Esta evolução foi acompanhada pela aceleração das trocas comerciais, particularmentepronunciada nas economias asiáticas em desenvolvimento, sobretudo na China e na Índia, e nos países da Europa Central e de Leste que aderiram à UE em Maio de 2004.

A Ásia (excluindo o Japão) foi a região de maior crescimento em 2005, com taxas superiores a 7%, tendo a China e a Índia (segundo o FMI) progredido, respectivamente, 9% e 7,1%. A economia japonesa, por seu turno, manteve a tendência de retoma económica, embora a umritmo moderado, com o Produto a aumentar 2,5%, contra 2,7% em 2004.

O crescimento da actividade económica nos EUA permaneceu elevado em 2005, cerca de 3,5%, impulsionado pelo dinamismo do consumo e do investimento privados, embora comuma desaceleração no ritmo de crescimento das exportações.

O aumento sustentado da procura, com origem principalmente na China e nos EUA, contribuiu, em boa parte, para a subida e manutenção em níveis elevados dos preços das matérias-primas, sobretudo dos produtos petrolíferos, com a capacidade produtiva a situar-se próxima do limite máximo. Assim, durante o ano, a cotação internacional do petróleo manteve uma trajectória ascendente, atingindo em Agosto, a média dos 62 dólares. O aumentodo preço do brent, em termos de média anual, foi de 45% face a 2004.

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Taxas de variação (em %) PIB Inflação Taxa de

Desemprego2004 2005 2004 2005 2004 2005

União Europeia (25) 2,4 1,5 2,1 2,3 9,0 8,7

Área Euro 2,1 1,4 2,1 2,3 8,9 8,6

Alemanha 1,6 0,8 1,8 2,0 9,5 9,5

França 2,3 1,5 2,3 2,0 9,6 9,6

Reino Unido 3,2 1,6 1,3 2,4 4,7 4,6

Espanha 3,1 3,4 3,1 3,6 11,0 9,2

Itália 1,2 0,2 2,3 2,2 8,0 7,7

EUA 4,2 3,5 2,7 3,3 5,5 5,1

Japão 2,7 2,5 0,0 -0,2 4,7 4,5

Rússia 7,2 5,5 10,9 12,8

China 9,5 9,0 3,9 3,0

Índia 7,3 7,1 3,8 3,9

Brasil 4,9 3,3 6,6 6,8Fonte: Comissão Europeia - Previsões Económicas do Outono 2005; OCDE - Economic Outlook - Novembro 2005;

FMI - World Economic Outlook - Setembro 2005.

Os mercados financeiros internacionais registaram em 2005 um desempenho favorável, apesar do aumento do preço do petróleo, da revisão em baixa das expectativas de crescimentoe da subida das taxas de juro directoras nos EUA em 2 p.p. para 4,25%, e na área do Euro em0,25 p.p. para 2,25%, esta última inalterada desde Junho de 2003.

É de referir que o ano foi também marcado por aspectos menos positivos, como a persistência de desequilíbrios macroeconómicos associados aos elevados défices externo e do sector público nos EUA, o progresso lento na consolidação orçamental de algumas das economias da área do Euro e a fraca implementação das reformas estruturais na União Europeia.

União Europeia

Não obstante a conjuntura externa à área do Euro ter evoluído de um modo favorável, a economia da União Europeia, após um abrandamento no 1º semestre de 2005, registou, no ano, uma taxa de crescimento moderada de 1,5%, o que representou uma desaceleração face aos 2,4% verificados em 2004.

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Na área do Euro o crescimento em 2005 foi igualmente modesto (+1,4%), influenciado pelo esforço orçamental que tem vindo a ser conduzido, nomeadamente pelas três grandes economias, Alemanha, França e Itália.

O crescimento económico foi diferenciado entre os países desta área, com a Espanha e, emmenor grau a França, a progredir acima da média dos restantes países, evolução suportada pelo desempenho da procura interna, verificando-se situação inversa na Alemanha e emPortugal, com este último a registar um dos ritmos de expansão mais baixos.

Indicadores Económicos da União Europeia e Área Euro (em %)

União Europeia Área Euro

2004 2005 2004 2005 (1) Taxas de variação (em %)Produto Interno Bruto (PIB) 2,4 1,5 2,1 1,4

Consumo privado 2,1 1,6 1,6 1,4

Consumo público 1,3 1,2 1,2 1,2

FBCF 3,0 2,3 2,3 2,2

Procura Interna 2,4 1,6 2,1 1,5

Exportações 6,7 3,9 6,0 3,8

Importações 7,0 4,2 6,3 4,6

Taxa de Inflação (IHPC) 2,1 2,3 2,1 2,3

RáciosTaxa de desemprego 9,0 8,7 8,6 8,6

Saldo do Sector Púb. Adm. (em % do PIB) -2,6 -2,7 -2,7 -2,9

Fonte: Comissão Europeia, Previsões Económicas do Outono 2005. (1) BCE, Março 2006.

A taxa de variação do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) na área do Euro situou-se em 2,3% em 2005, o que traduz um aumento anual de 0,2 p.p. resultante, sobretudo, do comportamento dos bens energéticos. A taxa de desemprego manteve-se elevada nos 8,6% em 2005, registando, porém, ligeira melhoria no espaço da União Europeia.

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ECONOMIA PORTUGUESA

Evolução Global

A economia portuguesa registou em 2005 um aumento real do PIB de apenas 0,3%, desacelerando face ao ano anterior (+1,3%), mantendo-se o clima de moderado crescimentoda actividade, que se manifesta desde 2001, com uma queda em 2003. Esta evolução tem sido influenciada por diversos choques externos, como o forte aumento do preço do petróleo, a intensificação da concorrência com a entrada de produtos provenientes do mercado asiático, as dificuldades estruturais intrínsecas à economia portuguesa, que afectam a produtividade e competitividade dos produtos transaccionáveis e, ainda, pelas dificuldades no controlo das contas do sector público.

A desaceleração no crescimento do Produto resultou de diminuição acentuada em algumascomponentes da procura interna, em especial do investimento (FBCF), que registou umaquebra de 3,1%, reflectindo o comportamento do sector da construção e obras públicas, bemcomo do consumo público, que desacelerou de 2,6% para 1,1%. Globalmente, a procura interna evidenciou um aumento de apenas 0,6%, sustentado em boa parte pelo consumoprivado (+1,8%), não obstante os condicionamentos impostos pelo elevado grau de endividamento das famílias portuguesas.

Indicadores da Economia Portuguesa(em %)

2003 2004 2005PIB (Taxas de variação real) -1,2 1,3 0,3

Consumo Privado -0,4 2,3 1,8Consumo Público -0,1 2,6 1,1FBCF -10,1 0,2 -3,1Procura Interna -2,5 2,1 0,6Exportações 4,4 5,4 1,8Importações -0,7 6,8 2,4

Taxa de Inflação 3,3 2,5 2,1

RáciosTaxa de Desemprego (1) 6,3 6,7 7,6Balança Corrente e Balança de Capital (em % do PIB) -3,7 -5,9 -8,2Défice do SPA (em % do PIB) -2,8 -2,9 -6,0Dívida Pública (em % do PIB) 60,0 61,6 65,9

Fonte: Banco de Portugal- Boletim Económico- Inverno 2005; INE; Comissão Europeia, Previsões Económicas do Outono 2005.

(1) Valores médios anuais.

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Do lado da procura externa, também as exportações apresentaram uma retracção significativa face ao ano anterior (de 5,4% para 1,8% em 2005), acompanhada, porém, de uma ainda maisdesaceleração nas importações (de +6,8% para +2,4%), o que permitiu melhorar ligeiramenteo contributo da procura externa líquida para o crescimento do produto.

Ao longo do primeiro semestre, a variação homóloga da inflação reduziu-se, tendência que se inverteu em Julho, reflexo do perfil ascendente do preço dos bens energéticos e do efeito do aumento da taxa normal do IVA de 19% para 21% nesse mês. Contudo, a inflação no conjunto do ano, medida pela variação média do IHPC situou-se em 2,1%, contra 2,5% em2004.

A redução do défice das contas públicas continuou como preocupação dominante do Governo o que, a par do cumprimento das obrigações perante a União Europeia, levou à actualização, em Dezembro de 2005, do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), apresentado emJunho do mesmo ano. Esta revisão concentrou o esforço, em particular, no processo de consolidação orçamental, uma vez que Portugal se encontra sob o Procedimento de Défice Excessivo (PDE) do PEC, comprometendo-se o Governo, através da implementação de medidas de carácter estrutural, a diminuir o rácio do défice do SPA em relação ao PIB em 1,4 p.p. em 2006, em 0,9 p.p. em 2007 e em 1,1% em 2008, de forma a que seja inferior a 3% neste último ano.

Agregados de Depósitos e Crédito

O sector bancário português continuou a evoluir de forma positiva em 2005, com os agregados de crédito a beneficiar da manutenção de condições de financiamento favoráveis, bem como do alargamento dos prazos contratuais de amortização dos empréstimos. Oagregado de liquidez M3, excluindo a circulação monetária, constituído maioritariamente por passivos à vista e outros até 2 anos, registou um aumento de 5,4%, taxa semelhante à do ano anterior (+5,7%), reflectindo, em especial o elevado dinamismo dos Depósitos de empresas(+21,7%).

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Agregados Monetários em Portugal (a)Taxas de Variação Anual

2004 2005M3, excluindo circulação monetária 5,7% 5,4%Depósitos Totais 2,8% 6,4%Depósitos de Empresas 4,4% 21,7%Depósitos de Particulares e Emigrantes 2,9% 1,8%

Crédito Interno Total 7,3% 7,4%Crédito às Administrações Públicas (b) 26,0% 1,1%Crédito a Empresas 4,1% 5,3%Crédito Habitação 10,5% 11,1%Crédito ao Consumo e Outros Fins 4,4% 4,6%

Fonte: Banco Portugal – Boletim Estatístico, Fevereiro 2006. (a) Taxas de variação com base nos saldos de fim do mês. Nos agregados de Depósitos não estão

incluídos os de IFNM e nos de Crédito estão incluídos os créditos titularizados. (b) Líquido dos Passivos face à Administração Central.

Os Depósitos de particulares aumentaram apenas 1,8%, traduzindo a quebra verificada nos saldos detidos pelos Emigrantes e o nível reduzido das taxas de remuneração dos depósitos, reorientando a poupança para instrumentos financeiros alternativos.

No tocante ao Crédito interno total (CI), assistiu-se a um maior dinamismo nos últimos mesesdo ano, com a variação anual a atingir uma taxa de +7,4%, semelhante à do ano anterior, evidenciando uma ligeira aceleração em vários segmentos, em especial no Crédito a empresas, com +5,3%, e no Crédito à Habitação, com +11,1%, e desacelerando no Crédito às administrações públicas (apenas +1,1%).

Fonte: Banco Portugal – Boletim Estatístico, Fevereiro 2006

Moeda e Crédito em 2005 (taxas de variação homóloga)

0

2

4

6

8

10

12

Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ag. Set. Out. Nov. Dez.

%

M3, excluindo Circulação Monetária Crédito Interno TotalDep. Totais Crédito a EmpresasDep. de Particulares, incl. Emigrantes Crédito à Habitação

6

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Os agregados de crédito analisados incluem os saldos titularizados, que ascendiam, no final

do ano a 17,1 mil milhões de euros (+6% face ao ano precedente), equivalente a cerca de

7,5% do Crédito Interno.

Taxas de Juro

Em 2005 as taxas de juro interbancárias (Euribor) para os prazos mais curtos (a 1, a 3 e a 6 meses) apresentaram uma evolução estável ao longo do 1º semestre. A partir de meados do ano, a expectativa de subida da taxa directora do BCE, iniciada em Dezembro com umaumento de 0,25 p.p., reflectiu-se na subida das Euribor em todos prazos.

S1.7

1.9

2.1

2.3

2.5

2.7

2.9

3.1

Jan04

Mar Mai Jul et Nov Jan05

Mar Mai Jul Set Nov

1m 3m 6m 12m

EURIBOR (*)

(*)

Fonte: Banco Portugal - Boletim Estatístico, Fevereiro 2006. (*) Valores relativos ao último dia do mês.

As taxas de juro activas praticadas pelos bancos acompanharam a tendência de subida descrita, atingindo a taxa dos novos empréstimos até 1 ano para montantes acima de 1 milhãode euros, concedidos a “Sociedades não Financeiras” 3,93% em Dezembro último (médiaanual de 3,73%), contra 3,53% em Dezembro de 2004, enquanto na Habitação a taxa contratada se fixou respectivamente, em 3,50% e 3,39%.

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Taxas de Juro (%)

2004 2005Dez. Mar. Jun. Set. Dez.

Taxa Directora do BCE 2,00 2,00 2,00 2,00 2,25

Euribor (1)

1 mês 2,13 2,11 2,10 2,12 2,40

3 meses 2,16 2,15 2,11 2,18 2,49

6 meses 2,22 2,21 2,10 2,21 2,64

12 meses 2,36 2,36 2,08 2,32 2,84

Taxa de Juro das Novas Oper. de Crédito

Sociedades Não Financeiras (2) 3,53 3,67 3,72 3,64 3,93

Particulares – Habitação 3,39 3,37 3,30 3,28 3,50

Taxa de Juro dos Dep. a Prazo e de Poupança (3)

Sociedades Não Financeiras 2,29 2,16 2,17 2,13 2,46

Particulares 1,98 1,96 1,94 1,91 1,93Fonte: BP - Boletim Estatístico, Fevereiro 2006. (1) Taxas relativas ao último dia do mês. (2) Operações acima de 1 milhão de euros. (3) Com prazo até 2 anos.

Nas taxas dos depósitos a prazo de particulares “até 2 anos”, embora se tenha verificado umaligeira redução de 1,98% em Dezembro de 2004 para 1,93% em 2005, assistiu-se a ummovimento ascendente no último trimestre do ano.

Evolução Cambial

No decurso do ano, a taxa de câmbio do euro face à moeda americana mostrou uma tendência descendente, diminuindo o seu valor médio mensal de 1,34 dólares em Dezembro de 2004 para 1,19 dólares em Dezembro de 2005, o que corresponde a uma depreciação de 11,6%, invertendo a tendência de valorização dos últimos três anos, comportamento associado sobretudo às subidas da taxa dos fed funds e à evolução mais favorável da economiaamericana comparativamente à área do euro.

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Taxas de Câmbio do Euro(Valores Médios Mensais)

0.60

0.70

0.80

0.90

1.00

1.10

1.20

1.30

1.40

J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D110

115

120

125

130

135

140

145

150

USD GBP JPY

USD

eG

BP

JPY

2004 2005

Fonte: Banco Portugal - Boletim Estatístico, Fevereiro 2006.

Relativamente à libra esterlina, a divisa europeia registou em 2005 uma desvalorização de 2,3%, enquanto que face ao iene japonês mostrou uma apreciação de 1%.

Mercado de Capitais

Mercado Accionista

O mercado accionista internacional registou, na globalidade, uma evolução positiva sustentada pelos lucros de empresas do sector das telecomunicações, matérias primas, sector financeiro, banca e produtos energéticos. Porém, o receio de pressões inflacionistas na economia norte-americana, em conjunto com os prémios de risco das acções temporariamentemais elevados exigidos pelos investidores e o aumento do preço do petróleo, tiveram impactona tendência dos preços das acções, originando uma pontual correcção dos mesmos.

Os principais índices de acções registaram valorizações significativas, com destaque para o índice DJ Stoxx 50 com 20,9%, o S&P-500 com 4%, o Footsie com 17,1% e o DAX com28,2%.

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Nas bolsas internacionais, de relevar o excelente desempenho da Bolsa de Tóquio, com o índice Nikkei 225 a registar em 2005 a maior valorização desde 1986, 40,2%, sustentada pela entrada de capitais internacionais nas bolsas japonesas, face a expectativas positivas da evolução da economia nipónica.

Em Portugal, apesar da incerteza quanto à retoma económica e das alterações políticas de um novo Governo, 2005 foi um ano de aumentos significativos do volume de transacções no mercado accionista (+7,6%), e de alargamento da base de investidores activos em títulos portugueses, originando uma valorização do PSI 20 de 13,4%, após os 12,6% registados em 2004.

Mercado Obrigacionista

No mercado obrigacionista, as taxas de rendibilidade das obrigações de longo prazo mantiveram-se ao longo do ano em níveis considerados baixos, afectadas pelas dúvidas sobre a sustentabilidade de crescimento económico mundial, e com os investidores a terem fracas reacções à política monetária mais restritiva nos EUA e à divulgação de alguma informação económica positiva. Outros factores que influenciaram negativamente o comportamento das taxas das obrigações, relacionaram-se com a forte procura de dívida, sobretudo da parte de fundos de pensões, numa tentativa de redução de exposição ao risco.

A nível nacional, a débil performance da economia, aliada aos elevados défices acumulados e à fraca definição de efectivas políticas de restruturação económica, conduziram a anúncios de downgrades do rating da dívida pública portuguesa por parte de agências de rating. A Standard & Poors anunciou no final de Junho, a redução do rating atribuído à dívida soberana de longo prazo de Portugal de AA para AA- e a Fitch mudou o outlook da República de estável para negativo. No tocante às emissões públicas, de salientar a emissão sindicada pela República Portuguesa da nova OT benchmark a 10 anos, no valor de 3 mil milhões de euros, na qual a CGD foi um dos Joint Lead Managers.

Importa ainda destacar a reestruturação do mercado Euronext Lisboa, iniciada em 4 de Abril, com o objectivo de tornar mais clara a organização do mercado e proporcionar uma melhor composição das carteiras por parte dos investidores. A nova estrutura inclui cinco compartimentos: três que dividem as cotadas por capitalização bolsista, um que respeita ao “Secondary Listing” e outro indicado para empresas em situação económica e financeira débil.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS

Indicadores Gerais Situação em 31 de Dezembro (milhões de euros)

CGD(Activ. Individual)

Grupo CGD(Activ. Consolidada)

2004 2005 2004 2005De balanço:

Aplicações em instituições de crédito 8 693 12 102 6 737 9 861Créditos sobre clientes (bruto) 42 260 45 416 48 100 51 337Carteira de títulos 9 312 9 373 17 327 19 368Recursos de bancos centrais e instit. de crédito 7 837 9 601 3 740 4 386Recursos de clientes 41 938 43 192 47 863 50 162Responsabilidades representadas por títulos 8 729 8 870 12 486 11 652Capitais próprios 3 673 3 986 3 318 4 325Activo líquido 67 902 73 648 78 355 86 461

De exploração:Margem financeira alargada 1 169 1 168 1 429 1 454Margem complementar 371 605 340 658Margem técnica da actividade seguradora 370 513Produto da actividade 1 540 1 773 2 139 2 625Resultado bruto de exploração 567 752 703 998Resultado antes de impostos 312 377 454 674Resultado líquido de impostos 307 351 408 538

Rácios:Rácio de solvabilidade (Banco de Portugal) 9,2% 11,0% 9,4% 12,4%TIER 1 (Banco de Portugal) 7,4% 7,5% 6,2% 7,4%Crédito com incumprimento / Crédito total (a) 2,45% 2,69% 2,68% 2,69%Crédito com incumprimento, líq. / Crédito total líq. (a) - - 0,16% -0,04%Crédito vencido / Crédito total 2,22% 2,39% 2,38% 2,44%Imparidade acumulada / Crédito vencido - - 105,7% 111,7%Imparidade acumulada / Crédito vencido há mais de 90 dias - - 113,4% 125,2%Cost to income 62,9% 57,3% 66,3% 61,2%ROE (após impostos) - - 15,5% 14,9%ROA (após impostos) - - 0,51% 0,67%

Quota de mercado em Portugal:Crédito a clientes 22,0% 22,1% - -Depósitos de clientes 30,1% 30,2% - -

Outros indicadores:Número de empregados (b) 10 912 10 832 19 065 20 778

Em instituições bancárias 10 912 10 832 13 629 13 646Seguradoras - - 2 394 3 822Sociedades financeiras - - 300 308Em outras actividades - - 2 742 3 002

Número de agências bancárias 834 828 1 095 1 099Portugal 778 770 780 771Estrangeiro 56 58 315 328

Número de escritórios de representação 6 6 10 10(a) Ver definição no capítulo da Análise Financeira da Actividade Consolidada.(b) Não inclui os empregados com vínculo contratual à CGD, colocados no Departamento de Apoio à Caixa Geral de

Aposentações (311) ou requisitados em serviço público ou outras situações (100).

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SÍNTESE DA ACTIVIDADE

Resultados (*)

Os resultados líquidos consolidados do Grupo Caixa Geral de Depósitos, em 2005, ascenderam a 537,7 milhões de euros, valor que traduz, numa base comparável (*), uma taxa de crescimentode +31,9% e um aumento de 129,9 milhões de euros.

O produto da actividade (bancária e seguradora) somou 2 625,4 milhões de euros, com umcrescimento de 23,2% (495 milhões de euros) face ao ano anterior. Este aumento reflecte a progressão verificada na margem financeira de retalho (+10,3%), na margem complementar(+93,7%) e na margem técnica de seguros (+37,6%).

Os custos operativos – custos com pessoal, fornecimentos e serviços de terceiros e amortizações – totalizaram 1 627,8 milhões de euros com um crescimento de 13,4%,significativamente influenciado pela integração da Império-Bonança. Excluindo este efeito, os custos operativos teriam aumentado apenas 3,7% e os custos com pessoal cerca de 7,5%.

Em termos de eficiência, o rácio cost-to-income situou-se em 61,2%, contra 66,3% em 2004, valor que traduz a especificidade de conglomerado financeiro que caracteriza o Grupo CGD, em resultado do peso significativo da actividade seguradora (13% do balanço consolidado). Na actividade individual da CGD, que não inclui os seguros, o rácio foi de 57,3% em 2005.

O resultado bruto da exploração, antes de provisões e imparidade, cifrou-se em 997,6 milhõesde euros, registando um crescimento de 303 milhões de euros (+43,6%).

O saldo líquido das dotações do exercício para provisões e imparidade somou 348,9 milhões de euros a que corresponde um acréscimo de 88,2 milhões (+33,8%) relativamente a 2004.

O resultado antes de impostos e interesses minoritários, por seu turno, fixou-se nos 673,8 milhões de euros (+48,4%), tendo o imposto sobre lucros ascendido a 119,0 milhões de euros, o que se compara com 41,2 milhões de euros em 2004.

(*) Para efeitos de comparabilidade, as contas de 2004 foram preparadas de acordo com as Normas IAS/IFRS, tendo aindasido deduzidos aos custos com pessoal desse ano os efeitos não recorrentes resultantes da transferência deresponsabilidades do Fundo de Pensões da CGD para a Caixa Geral de Aposentações.

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Os rácios de rendibilidade e eficiência, antes de impostos, evoluíram favoravelmente,destacando-se os valores do ROE (18,1%) e do ROA (0,8%), bem como os valores dos rácios de custos com pessoal (32,1%) e produto da actividade (3,1%).

O activo líquido total do Grupo CGD situou-se, no final de 2005, em 86,5 mil milhões de euros, com um crescimento de 10,3%. Entre as suas diversas componentes salienta-se a progressão verificada no crédito sobre clientes (+3 mil milhões de euros, +6,5%), na carteira de títulos(+2,0 mil milhões de euros, +11,8%) e nas disponibilidades e aplicações em instituições decrédito (+1,9 mil milhões de euros, +19%).

Na carteira de títulos é de referir a parcela respeitante ao sector segurador, cujos investimentosem valores mobiliários ascenderam a 9,2 mil milhões de euros (+40,0%).

O crédito sobre clientes alcançou 51,3 mil milhões de euros, valor que equivale a 57,5% do activo, destacando-se o contributo da actividade individual da CGD, num total de 45,4 milmilhões de euros. Entre as filiais, de salientar a contribuição do Banco Simeón, com 2 milmilhões de euros (+13,4%), e da Caixa Leasing e Factoring, com 1,5 mil milhões de euros (+1,9%).

O rácio do crédito com incumprimento, calculado de acordo com as normas do Banco dePortugal, situou-se, no final do ano, em 2,7% em termos consolidados, valor semelhante ao registado no ano anterior. O rácio de crédito vencido relativamente ao crédito total manteve-senos 2,4%.

O saldo no balanço das provisões e da imparidade foi reforçado em 191 milhões de euros (+15,7%), tendo totalizado 1 401 milhões de euros, o que representa uma cobertura de 125,2% face ao crédito e juros vencidos há mais de 90 dias.

A totalidade dos recursos captados pelo Grupo ascendeu a 79,2 mil milhões de euros, a que corresponde um acréscimo de 4,9%.

No universo dos fundos registados no balanço salientam-se os recursos de clientes, constituídosquase exclusivamente por depósitos bancários, os quais alcançaram 47,8 mil milhões de euros (+5,6%). Acrescem a estes os débitos representados por títulos (11,7 mil milhões de euros) e os seguros de capitalização, no montante de 6,4 mil milhões (+25,3%).

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Entre os recursos “fora do balanço”, destaque para os fundos de investimento, com 6,4 milmilhões de euros (+17,9%) e os fundos captados pela área de gestão de patrimónios, com 4,1 mil milhões de euros (+42,9%).

Quanto aos recursos de instituições de crédito, registou-se um acréscimo de 646 milhares de euros, mantendo-se a confortável situação de liquidez do Grupo.

Os capitais próprios registaram um aumento de 1 007,1 milhões de euros (+30,4%), resultado de variações positivas nas reservas de justo valor, nos interesses minoritários e nos resultados do exercício. O crescimento das reservas de justo valor deveu-se essencialmente à valorização dos activos das seguradoras, enquanto o reforço dos interesses minoritários foi originado pela emissão de acções preferenciais (Tier 1).

O rácio de solvabilidade calculado nos termos do normativo do Banco de Portugal, apresentou um valor de cerca de 12,4%, que compara com 9,4% no ano anterior. O rácio dos fundos próprios de base (Tier 1) foi de 7,4%, contra 6,2% no ano transacto, enquanto o Core Tier 1, que corresponde aos fundos próprios de base, excluindo as acções preferenciais, se situou em6,2%.

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Rating do Grupo

Em 2005 as três principais agências de rating internacionais – STANDARD & POOR’S,MOODY’S e FITCHRATINGS – confirmaram as notações atribuídas às responsabilidades financeiras de curto e longo prazos assumidas pela Caixa Geral de Depósitos, as maiselevadas concedidas a um banco português e que colocam a CGD na mesma categoria de risco das mais sólidas instituições financeiras internacionais.

Em Setembro de 2005, a FITCHRATINGS reviu o Outlook da CGD de estável para negativo, reflectindo exclusivamente a alteração no mesmo sentido dos ratings atribuídos à República Portuguesa.

CurtoPrazo

LongoPrazo

Outlook

STANDARD & POOR’S A-1 A+ Estável Abril 2005MOODY’S Prime –1 Aa3 Estável Dezembro 2005FITCHRATINGS F1+ AA- Negativo Setembro 2005

A apreciação constante dos relatórios emitidos pelas três agências de rating encontra-sesintetizada como se segue:

Standard & Poor’s, Abril de 2005

“The ratings on Caixa Geral de DepósitosS.A. (CGD) are supported by the bank's full state ownership (Republic of Portugal (AA/Negative/A-1+)); ironclad franchise in domestic retail banking, which, among other things, provides the bank with a large, stable, and low-cost funding base; and overall adequate financial profile. At the same time, CGD's tight solvency position,high level of single-name riskconcentration, and large and concentrated portfolio of equity holdings weigh negatively on the ratings.”

“As notações atribuídas à Caixa Geral de Depósitos, SA (CGD) têm por base o facto deo Banco ser totalmente detido pelo Estado Português (com notações de AA/Negative/ A-1+); beneficiar de uma posição sólida na banca de retalho a nível nacional o que, entre outras coisas, propicia ao Banco uma base de funding alargada, estável e a custos reduzidos e, sobretudo, deter um adequado perfil financeiro. Por outro lado, pesaramnegativamente nas notações o apertado nível de solvabilidade da CGD e os riscos decorrentes da elevada concentração de exposição a clientes individuais e da carteira de participações.”

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Moody’s, Dezembro de 2005

“Caixa Geral de Depósitos S.A.’s Aa3/P-1/B ratings, with stable outlook, are underpinned by the bank’s leading market shares in Portugal, its strong funding, and relatively low business risk profile with halfof the loan book comprising residential mortgages. The ratings also take into account the increasingly harsh competitive pressures, the bank’s adequate asset quality indicators, as well as the challenge of increasing its non-interest income through cross-selling while maintaining cost efficiency and a relatively low risk profile.”

“While our ratings take account of state support in the currently unlikely event of a distressed scenario, this is not a key rating driver, and is reflected in the B financial strength rating (FSR). In other words, wedo not currently expect a potential privatisation of CGD to imply a downgrade of its long-term deposit ratings, as long as it is not accompanied by a change in the bank’s business risk profile, or a material deterioration of its franchise or financial fundamentals.”

“…CGD remains a major force in thebanking system, and benefits from a position in its domestic market that very few other European institutions can boast in their own countries.”

“A notação de Aa3/P-1/B atribuída à Caixa Geral de Depósitos, com tendência estável, reflecte a posição de liderança do banco em termos de quotas de mercado em Portugal, a sua forte base de funding e um perfil de baixo risco de crédito, em que metade da carteira de crédito é composta por créditohipotecário. Aquela notação reflecte,igualmente, a crescente pressão da concorrência, a adequada qualidade dos activos do Banco, bem como o desafio de aumentar a margem complementar através davenda cruzada, mantendo ao mesmo tempo,um eficiente controlo de custos e um perfil de baixo risco.”

“Apesar de as nossas notações consideraremo apoio do Estado num cenário pouco provável de necessidade, tal não é um factor determinante e está reflectido na notação de solidez financeira (B). Por outras palavras, não antevemos que uma hipotética privatização da CGD venha a implicar umadescida na sua notação de longo prazo, desde que não seja acompanhada por uma mudança do seu perfil de risco, por uma deterioração relevante da sua posição no mercado ou dos seus alicerces financeiros.”

“...a CGD mantém-se como uma referência no sistema bancário desfrutando, no mercadonacional, de uma posição que muito poucas instituições europeias detêm nos respectivos países.”

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FitchRatings, Setembro de 2005

“The Short-term, Long-term and Support ratings of Caixa Geral de Depósitos (“CGD”) (F1+/AA-/1) reflect its stateownership and its strong franchise, with a dominant market share of retail deposits and mortgage lending. The Individual rating reflects its relatively low appetite for credit risk and adequate capitalisation and it also takes into account the recent improvement in its operating profitability and some risk concentration from large equityinvestments.”

“CGD’s ratings have a Negative Outlook reflecting the Negative Outlook on Portugal’s sovereign ratings.”

“Downside risk for CGD’s ratings would arise if the sovereign ratings were downgraded or if CGD’s profitability and capitalisation were to deterioratesignificantly. CGD’s size and Portugal’s ratings constrain any upside.”

“As notações da Caixa Geral de Depósitos (CGD) reflectem a sua qualidade de bancodetido pelo Estado e a sua forte posição no mercado com uma quota dominante nos depósitos de particulares e no crédito hipotecário. A notação individual reflecte uma apetência relativamente baixa pelo riscode crédito, uma adequada capitalização e também a recente melhoria nos resultados de exploração, bem como alguma concentraçãode risco decorrente da grande carteira de participações.”

“O rating da CGD regista um “NegativeOutlook” que reflecte idêntica notaçãoatribuída ao rating soberano de Portugal.”

“O risco de uma descida da notação da CGD poderia acontecer se as notações do país baixassem ou se a rendibilidade e acapitalização da CGD sofressem umasignificativa deterioração. A dimensão da CGD e as notações atribuídas a Portugal condicionam uma subida das mesmas.”

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EVOLUÇÃO DO GRUPO CGD

Os principais desenvolvimentos do Grupo CGD em 2005 estiveram relacionados com a sua consolidação orgânica, o reforço de posições de liderança nos vários mercados, o maiordinamismo na gestão das participações em sectores considerados estratégicos da economianacional, bem como a alienação das participações detidas no Unibanco e no UnibancoHoldings, no âmbito da reformulação da presença do Grupo no mercado brasileiro.

Através de uma política de diversificação do risco e de apoio a empresas competitivas do tecidoempresarial português, e de uma gestão dinâmica das participações financeiras do Grupoconsideradas estratégicas, salienta-se a entrada no capital da Cimpor mediante a aquisição de 1,19% do capital social da cimenteira, reforçada para 1,55% no início de 2006, bem como a entrada no capital da Galp, operação em curso, iniciada em Dezembro 2005 e ainda sujeita a autorização das autoridades, com a qual o Grupo CGD volta a deter uma participação na empresa e reforça a sua presença no sector energético nacional.

Em conformidade com as linhas definidas, foi ajustada a exposição accionista nas grandes participações financeiras do Grupo. Em Setembro de 2005, a CGD alienou à Parpública 4,91% do capital social da EDP, reduzindo a sua participação de 9,796% para 4,89%. Em Dezembrode 2005, a CGD alienou 0,49% do capital social do BCP e, em Janeiro de 2006, 0,13% diminuindo a participação do Grupo para 2,26%.

A reorganização das áreas de negócio do Grupo encontra-se, de uma forma geral, concluída,com excepção da área seguradora onde está em curso o processo de integração das estruturasorganizacionais das sociedades adquiridas no final de 2004. A entrada da Império Bonança – Companhia de Seguros, SA, para o Grupo CGD permitiu alcançar de forma destacada a liderança do mercado segurador nacional, designadamente nos seguros Não Vida. A participação do Grupo na Seguro Directo Gere – Companhia de Seguros, SA, detentora da marca Seguro Directo, foi alienada em 2005 de acordo com a decisão da Autoridade daConcorrência.

No âmbito do processo de reorganização da área de crédito especializado, ocorreu no final de 2004 a fusão, por incorporação, da Imoleasing, Locapor e Lusofactor, na Caixa Empresas de Crédito, que se transformou, por sua vez, na Caixa Leasing e Factoring - IFIC. Esta operação permitiu ao Grupo usufruir de fortes sinergias, redução de custos e racionalização na estruturade capitais, quer no interior da área de crédito especializado, quer no contexto da sua articulação com a rede bancária do Grupo CGD.

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No final de 2005, efectuou-se, também, a integração da actividade da Caixa Crédito - SFAC na Caixa Leasing e Factoring - IFIC.

De salientar, ainda, o aumento do capital social da Locarent em 2 milhões de euros, mantendoo Grupo CGD a participação de 45% no capital da empresa.

Na área de gestão de activos, importa referir que se encontra consolidada a gestão discricionária das carteiras, transferidas no ano anterior da extinta Caixa Gestão dePatrimónios para a Caixagest. Sublinha-se também que as diferentes classes de activosgeridos pelo Grupo CGD acompanharam, de uma forma geral, o desempenho positivo registado pelos mercados.

Na área da designada “nova economia”, em reconhecimento de que, na generalidade, as participações da Caixaweb, SGPS não se enquadram no core business nem assumem uminteresse para a Caixa que não possa ser consumado através de contratos de prestação deserviços sem necessidade de um envolvimento empresarial, procedeu-se à dissolução da referida holding.

Na área internacional do Grupo ocorreram desenvolvimentos muito significativos, salientando-se a alienação da participação no Unibanco, que dará lugar à reformulação da presença da CGD no Brasil, bem como a concretização de mais um passo no reforço da sua presença nos países de expressão portuguesa, através da aquisição de uma participação no Banco Totta de Angola.

Neste sentido e na sequência de negociações iniciadas no ano anterior, a CGD assinou, emFevereiro de 2006, um acordo com o Banco Santander Totta (BST), nos termos do qual adquirirá uma participação de 50% numa sociedade gestora de participações sociais a constituir, ficando com opção de compra de mais 1% do capital. Esta sociedade, por sua vez, assumirá o domínio sobre o Banco Totta de Angola – instituição financeira até agora controlada pelo grupo BST. Com esta aquisição, dependente de aprovação das autoridades angolanas e portuguesas, a CGD concretiza a sua entrada em Angola, alargando assim apresença do Grupo CGD no continente africano.

No quadro da alteração da presença do Grupo CGD no Brasil foram alienadas, através de umaOferta Pública de Venda (OPV) pela Caixa Brasil, SGPS – sociedade detida a 100% pela CGD e entretanto dissolvida – as participações detidas no capital do Unibanco-União de Bancos Brasileiros (4,8%) e do Unibanco Holdings (12,6%). A OPV registou uma forte

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procura consubstanciada no elevado volume de ordens de compra, que superou três vezes o volume da oferta, situação que permitiu que o preço de venda fosse fixado praticamente semdesconto face ao preço de mercado. De realçar que a presente operação constituiu a maioroferta de acções em toda a América Latina desde 2002 e a terceira maior oferta de sempreefectuada por uma instituição financeira latino-americana.

Ainda, com vista ao reforço da intervenção do Grupo CGD nos mercados internacionais e a dar resposta às crescentes necessidades da rede internacional do Grupo, foi constituído um banco, na Região Administrativa Especial de Macau, denominado Caixa Geral de Depósitos-Subsidiária Offshore de Macau.

Em Espanha, o ano de 2005 foi caracterizado pela consolidação da reestruturação comercial,iniciada com a fusão dos três bancos que deram origem ao actual Banco Simeón, traduzida numa cultura e práticas comuns a toda a rede.

No seguimento da reestruturação e redefinição estratégica, foi dado início à implementação deum projecto de negócios para o quinquénio 2005-2010, com o qual o Banco Simeón pretende dar um importante salto qualitativo e quantitativo na sua presença no mercado espanhol. Neste âmbito, o projecto aponta como vectores principais o crescimento orgânico da rede de agências, o incremento das quotas de mercado ao nível de depósitos e crédito e a liderança do negócio bilateral Portugal - Espanha.

Como consequência, procedeu-se a um aumento de capital em 275 milhões de euros, o que permite dotar o banco com os meios necessários para desenvolver de forma sustentada o crescimento estimado do nível de actividade.

Já em 2006, após decisão tomada em Assembleia Geral de accionistas, foi aprovada pelas autoridades competentes de Espanha a alteração da denominação social de Banco Simeón para Banco Caixa Geral.

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Dimensão do Grupo e Ranking Internacional

A CGD continuou a manter uma posição de topo na banca de retalho em Portugal, com assuas quotas de mercado nos depósitos de clientes a ultrapassar os 30%, cabendo aossegmentos de particulares e emigrantes, respectivamente, 35,8% e 38,6%.

No crédito a clientes a quota da CGD ascendeu a 22,1% do mercado (20,7% incluindo os créditos titularizados), destacando-se o crédito à habitação com 33,5% (28,9% incluindo oscréditos titularizados) e o crédito ao sector público administrativo, com cerca de 51%.

Dimensão do Grupo – Quotas de Mercado em Portugal

Dez 2004 Dez 2005

Quota Ranking Quota RankingActividade Bancária

Activo Líquido (a) 26,6% 2º 30,9% 1ºCrédito a Clientes (b) 22,0% 2º 22,1% 2º

Do qual: Crédito a Particulares 28,0% n.d. 28,1% n.d.Do qual: Crédito à Habitação 34,2% 1º 33,5% 1º

Depósitos de Clientes (b) 30,1% 1º 30,2% 1ºDo qual: Depósitos de Particulares 35,7% 1º 35,8% 1º

Resultado Líquido (a) 26,1% 2º 24,9% 2ºActividade Seguradora (c) 19,6% 2º 22,3% 1º

Ramo Vida 18,0% 2º 16,6% 3ºRamo Não Vida 21,8% 1º 34,3% 1º

Crédito EspecializadoLeasing imobiliário 14,4% 3º 11,4% 4ºLeasing mobiliário 9,0% 5º 9,2% 5ºFactoring 13,2% 3º 14,2% 3º

Gestão de ActivosFundo de Investimento Mobiliário (FIM) 19,1% 2º 19,3% 2ºFundo de Inv. Imobiliário (FII) 11,2% 3º 11,7% 3ºFundos de Pensões (d) 5,5% 8º (f) 6,0% 6ºGestão de Patrimónios (e) 11,0% 3º (f) 11,3% 3º

(a) Considerando a actividade consolidada dos cinco maiores Grupos do sistema bancário português. Em 2004, as quotas foram calculadas com base nas contas elaboradas segundo o PCSB, que não integra a actividade da áreaseguradora.

(b) Fonte: E.M.F. do Banco de Portugal. No Crédito estão excluídas as operações titularizadas.(c) Fonte: Instituto de Seguros de Portugal. Respeitam à actividade em Portugal e as quotas do Grupo não incluem as

seguradoras Império-Bonança e Seguro Directo em 2004 e a Seguro Directo em 2005.(d) Fonte: Instituto de Seguros de Portugal. Quotas da CGD Pensões, SA e da Fidelidade-Mundial, SA. Os valores

excluem em 2004 a parcela do Fundo de Pensões da CGD a transferir para a Caixa Geral de Aposentações em 2005.

(e) Fonte: CMVM.(f) Dados de 2005 provisórios.

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No estrangeiro, o Grupo CGD lidera o mercado em Cabo Verde, através do Banco Comercialdo Atlântico e da Garantia-Companhia de Seguros de Cabo Verde, enquanto emMoçambique detém o segundo maior banco comercial do país – o BCI Fomento.

Na actividade seguradora, com a aquisição da Império-Bonança, a Caixa Seguros, holdingseguradora do Grupo CGD, detém a liderança destacada do mercado, em termos de produção do ano, com uma quota de mercado de 22,3%, sendo líder nos ramos Não-Vida (quota de 34,3%) e detendo a terceira posição nos ramos Vida (quota de 16,6%).

Na Gestão de Activos, a Caixagest reforçou a quota de mercado de 19,1% para 19,3%, mantendo o 2º lugar no ranking das sociedades gestoras de FIM em Portugal. A Fundimodetinha, por seu lado, uma quota de mercado de FII 11,7% (11,2% em 2004), ou seja, o 3º lugar no ranking por capitais geridos, quota que se eleva a 15,3% no universo dos fundos imobiliários abertos a operarem em Portugal.

No mercado de Project Finance em Portugal, a posição de liderança do CaixaBI é confirmada pela “Dealogic”, que o coloca em primeiro lugar a nível nacional e em 5º a nível ibérico nesta área. A publicação “Project Finance International”, por sua vez, coloca a CGD como o 31º banco da EMEA (Europa, Médio Oriente e África e o 42º a nível mundial.

Ranking Internacional

Em termos de ranking entre as maiores instituições bancárias mundiais, e de acordo com aRevista “The Banker”, edição de Julho de 2005, a CGD encontrava-se classificada na 109ªposição (103ª em 2004) de acordo com o critério do volume de Activos, e na 136ª posição(128ª em 2004) em função do volume de capitais próprios. No contexto europeu, a CGD ocupava a 69ª posição (65ª em 2004) quanto ao valor dos Activos e na 64ª posição (61ª em2004) segundo o volume dos capitais próprios.

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ÁREAS DE NEGÓCIO

BANCA DE RETALHO

O ano de 2005 foi marcado pelo reforço da Orientação para o Cliente suportada, nos seus aspectos essenciais, pelo Projecto Líder, lançado no final do ano anterior e que tem como alvoprincipal a Banca da Retalho, na actividade em Portugal.

Essa orientação assenta no aprofundamento de propostas de valor para o cliente, no aumentoda fidelização, na inovação em produtos e serviços e na melhoria dos indicadores de eficiência comercial e operacional, com o objectivo de reforçar a liderança da Caixa nasprincipais áreas de negócio bancário, produtos e segmentos de clientes.

Neste sentido, e sob a égide do Projecto Líder, enquanto ferramenta de instrumentalização e operacionalização dos objectivos traçados, a CGD melhorou a sua oferta base, vem optimizando os modelos de serviço, particularmente através da segmentação de clientes, e procedeu a uma melhor articulação entre as suas redes comerciais, o marketing, as unidades de produto e as estruturas de back-office e suporte operacional.

Ao nível da segmentação salienta-se a orientação para os clientes de Gama Alta, Universitários, Portugueses residentes no estrangeiro e PME’s. Ao nível da oferta de produtos e serviços as prioridades foram a Captação de Poupança, o Crédito Imobiliário, os Cartões deCrédito e ainda, a optimização dos serviços da rede de Canais não Presenciais.

Projecto Líder

O Projecto Líder consubstancia a estratégia definida para a Banca de Retalho do mercadodoméstico da CGD para o triénio 2005-2007, envolvendo as áreas chave da estrutura da CGD.

Os grandes objectivos do projecto assentam no reforço da liderança nas principais áreas da Banca de Retalho, no aumento do volume de negócios por cliente, no incremento dos níveis de rendibilidade e desenvolvem-se através das seguintes linhas de acção:

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Segmentação de Redes, envolvendo a articulação entre a Rede de Particulares e de Pequenos Negócios (Agências) e a Rede de Empresas (Gabinetes de Empresas e Soluções), permitindo uma abordagem direccionada a cada um destes dois macro-segmentos do mercado, adequando as soluções e acompanhamento do cliente às suasnecessidades específicas;Optimização dos Segmentos de Clientes, envolvendo os segmentos chave de particulares (Gama Alta, Gama Média com potencial e Universitários) e de PME; Melhoria da Oferta de Produtos aos clientes, no âmbito do Crédito Imobiliário, dos Cartões de Crédito, do Crédito ao Consumo na vertente de financiamento automóvel e, ainda, na área da Poupança e Captação de Recursos; Melhoria de Eficiência e Rentabilidade, com a optimização da margem financeira e do comissionamento;Fortalecimento das Plataformas de Suporte da actividade comercial das redes da CGD, com novas ferramentas tecnológicas, maior utilização dos canais alternativos e melhor informação de gestão aos vários níveis de decisão.

Segmentos de Clientes

Gama Alta

No universo dos clientes particulares e do segmento de Gama Alta continuou a desenvolver-se o serviço Caixazul, lançado em 2004, orientado para os clientes Affluent.Potenciando o acesso preferencial a um gestor dedicado, o serviço Caixazul foi alargado a um conjunto de novos clientes, procurando-se, em 2005, privilegiar o perfil socio-económico e profissional dos clientes. Este esforço foi possível graças à nomeação de novos gestores,detentores de elevado grau de conhecimento dos produtos e serviços oferecidos e com reconhecidas competências na área comercial.

Para acomodar o atendimento especializado, foram criados novos espaços Caixazul e melhorou-se a qualificação dos existentes, actualmente localizados em 377 agências e com 804 postos de trabalho afectos. Ao longo de 2005 foram concluídos 176 novos espaços Caixazul, com dotação para 247 postos de gestores de cliente e 11 caixas dedicados.

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No âmbito do CRM (Customer Relationship Management), foram disponibilizadas novas funcionalidades na ferramenta informática de apoio à gestão da relação com os clientes, através da introdução de novas mensagens informativas e da optimização das existentes, a parda produção de novos relatórios de carteiras, permitindo um acompanhamento eficaz donegócio da actividade financeira dos clientes Caixazul.

Com enfoque na adequação da oferta ao perfil do cliente, foram dirigidas soluções financeirase efectuada uma campanha de comunicação – Selecção Caixa Poupança e Investimento. Estacampanha teve como principal objectivo explicitar a oferta da Caixa, aliada a um melhorconhecimento do perfil do investidor, na perspectiva de que para diferentes investidores há diferentes soluções de investimento.

Universitários

O ano de 2005 foi o ano de viragem para o segmento Universitário, tendo sido redefinida a estratégia com uma nova abordagem e um novo conceito de serviço bancário. Adoptou-seuma linha de comunicação mais jovem, moderna e inovadora reforçando a marca Caixa junto dos estudantes e explicitando o princípio da facilitação dos seus projectos. Este modelo temcomo pivot o Banco telefónico, que irá gerir a execução comercial e relacional com os estudantes, através do telefone, telemóvel, internet e e-mail. O telefone e um portal dedicado aos universitários – www.cup.pt – consubstanciará todo o relacionamento com os jovens estudantes.

O serviço presencial, por outro lado, é prestado pela “lojas universitárias” nos campusuniversitários, tendo sido inauguradas duas lojas, com o novo layout, no ISEG e na FCT.

Foi ainda alvo de revisão o processo de “angariação e acolhimento dos novos alunos universitários, de forma a potenciar a melhoria do nível de serviço e a atribuição “chave-na-mão” da oferta base para os novos clientes do segmento.

A oferta financeira foi concebida para dar resposta às necessidades inerentes ao ciclo/fase da vida académica do estudante: “Entrada no Ensino Superior” e a “Entrada na Vida Activa”.

Durante o ano foram lançadas as seguintes campanhas para este segmento:

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Campanha Fórmula U - oferta dirigida à aquisição do primeiro automóvel, através de três soluções de financiamento: crédito pessoal, leasing e renting, com benefícios no seguro automóvel; Campanha “Dia da Independência” - dirigida aos finalistas e recém-licenciados, com a oferta da conta Caixaordenado, cartões de pagamento, crédito habitação, Crediformação, CrediAuto, Caixadirecta, Manual da Banca e um Guia da Independência.

Portugueses Residentes no Estrangeiro

Para o segmento de residentes no estrangeiro, a acção da Caixa está assente no conceito “O Banco de todos os Portugueses está onde eles estão”, proporcionando soluções flexíveis e adequadas às necessidades dos diferentes perfis de clientes e nos mais diversos países onde se situam as principais comunidades portuguesas, beneficiando da forte presença internacional em mais de vinte países.

Nesse sentido, melhorou-se a gestão integrada de clientes residentes no estrangeiro, articulando acolhimento e conveniência através das redes de agências no exterior (Agências, Sucursais, Bancos Afiliados e Escritórios de Representação) e dos canais não presenciais deacesso remoto (Contact Center e Caixadirecta). Assegura-se, assim, a dinamização dasoperações e transacções, bem como o relacionamento dos clientes com a Caixa onde quer que se encontrem.

Com o objectivo de, não obstante a distância, proporcionar fluidez na informação aos clientes deste segmento, a Caixa disponibiliza uma newsletter – “Rotas da Caixa Geral de Depósitos” –, em paralelo com uma área reservada no site www.cgd.pt para a comunicação deprodutos e serviços.

Segmento PME

A proposta de valor para este segmento foi objecto de um redesenho profundo tanto ao nível das soluções dirigidas aos clientes PME como da sua articulação com as diversasredes da CGD.

A aposta da Caixa no segmento tem uma forte incidência ao nível do investimento para amodernização do tecido empresarial nacional e a sua rentabilização, com enfoque na

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profissionalização, expressão internacional e transmissão inter geracional. São diversosos instrumentos disponíveis, desde o financiamento ao investimento, numa base de grande flexibilidade, como soluções que promovam a competitividade das empresas, o acesso anovos mercados, a aquisição ou recuperação de instalações e de equipamento, a melhoriada logística de entrada e de saída, a reengenharia de processos, o marketing e as vendas, a certificação de qualidade, etc.

Em complemento com uma oferta completa e flexível, a CGD possui soluções baseadasem propostas de valor ajustadas à especificidade de cada sector de actividade e com condições financeiras especiais de investimento e optimização de tesouraria. É o caso da nova “Solução Farmácias”, que apresenta, para além da oferta integrada, condições muito competitivas para a gestão diária da actividade farmacêutica e para a valorização dos seusprofissionais, sócios e colaboradores. A este nível, a CGD desenvolve igualmente a celebração dos mais diversos protocolos com entidades e associações empresariais,permitindo o acesso a ofertas específicas aos seus associados.

Para além das soluções no âmbito do financiamento das diversas fases do ciclo de vida empresarial, a Caixa vem ainda apoiando um conjunto de iniciativas relacionadas com a presença e participação dos clientes em encontros empresariais com Câmaras de Comércio, sobretudo para aqueles cujas estratégias de internacionalização passam pormercados como Espanha e França.

Também com vista a dinamizar a iniciativa comercial, a CGD criou o Plafond Multiusos, consubstanciado numa linha de crédito única, disponível para o cliente de acordo com as suas necessidades (curto prazo, médio/longo prazos, saneamento financeiro, etc.),promovendo a flexibilidade no relacionamento com as empresas e grupos empresariais.Através de um contrato único, são fixadas condições que permitem a utilização de diferentes produtos e serviços à medida das necessidades dos clientes.

Dando continuidade ao relacionamento desde há muitos anos estabelecido com o Banco Europeu de Investimentos-BEI, a Caixa contratou com aquela Instituição um empréstimo,denominado "Linha de Crédito BEI XII", destinado a financiar, em complemento com autilização de fundos da CGD, projectos de investimento situados exclusivamente emRegiões Assistidas para efeitos de apoio pelos fundos estruturais (no caso de Portugal exclui Lisboa e Vale do Tejo), nos sectores industrial, do comércio, do turismo e dosserviços e afins, da saúde e da educação ou que contribuam para a realização de economias de energia ou para a protecção do ambiente e ainda para projectos de infra-

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estruturas, tendo em atenção as restrições e exclusões decorrentes dos regulamentos da União Europeia.

Igualmente com vista a facilitar o financiamento às PME a CGD celebrou protocolos com diversas sociedades de garantia mútua (SGM), passando a oferecer em operações de crédito a pequenas e médias empresas (PME), para além das garantias habituais, tambémas garantias mútuas – garantias bancárias pagas à primeira solicitação (“on firstdemand”).

Como garantia complementar de outras que a CGD exija nas operações ou como garantia exclusiva, a garantia mútua assume o papel de elemento “facilitador” da concretização das operações de crédito para as PME, podendo igualmente proporcionar condições de preço e prazo vantajosos para as empresas.

Para facilitar soluções para o negócio electrónico, a CGD, através da oferta de produtos e serviços de acessibilidade e conveniência para as empresas, fundamentais para criar sinergias na gestão diária da sua actividade, melhorou o Serviço Caixa e-banking com novas funcionalidades, associado ao Sistema de Débitos Directos. Também, através do pmelink.pt os clientes CGD beneficiam de preços vantajosos para efectuarem as suas compras, no maior portal de negócio electrónico, com total segurança nos seus pagamentos.

Durante o ano de 2005 – designado “Ano Internacional do Microcrédito” pela Organização das Nações Unidas – foram efectuados contactos entre a CGD e alguns organismos que, pela sua natureza e práticas na sociedade portuguesa, conhecem emprofundidade os potenciais destinatários do microcrédito.

O primeiro Protocolo, celebrado em Julho com o Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS), pretende contribuir para a integração social e económica dos imigrantes que encontramdificuldades na obtenção do crédito bancário e no acesso ao mercado de trabalho, mas que demonstram capacidade para promover a criação do seu próprio emprego e de pequenos negócios. Em Dezembro, a CGD estabeleceu outras duas importantes parcerias, uma coma Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC) e outra com a Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), visando a criação de mais duas linhas de microcréditoCGD.

Para as iniciativas de microcrédito foi aprovado um montante global de 1 milhão de euros, verba que permite o lançamento de parcerias com as referidas entidades e com outras

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organizações que tenham como missão a concretização de acções no domínio da solidariedade social ou da promoção do espírito empresarial.

No âmbito das linhas de microcrédito criadas são concedidos financiamentos até 5 mileuros (25 mil euros no caso específico da ANJE), por um prazo de 3 anos (4 anos para a ANJE) e com taxas de juro que, tendo por base a Euribor a 3 meses, beneficiam despreads consideravelmente inferiores aos praticados nas operações comerciais correntescom o mesmo prazo e grau de risco.

Com o lançamento destas iniciativas a Caixa pretende contribuir efectivamente para umasociedade mais desenvolvida e solidária, preocupada com a plena integração de todos os cidadãos.

A CGD lançou também uma linha de crédito para os Jovens Empresários Agrícolas da Região Autónoma da Madeira, com a finalidade de financiar a componente privada do investimento elegível do projecto, candidato aos programas co-financiados pela União Europeia, nomeadamente no âmbito do Plano de Apoio Rural e do Plano de Reestruturação e Reconversão das Vinhas. Os projectos de investimento apresentados terão de ser candidatos aos apoios comunitários no âmbito dos planos referidos e objecto de aprovação.

Ainda no quadro do Crédito a Empresas e Outras Entidades, os normativos do regimegeral sofreram alterações ditadas pela necessidade da sua adequação a novas disposiçõeslegais entretanto publicadas, bem como de clarificação dos pontos mais sensíveis, tais como os da constituição das garantias e do imposto do selo, tendo em conta as dúvidas que com maior frequência têm vindo a ser colocadas pela rede comercial. Os novosnormativos tiveram em conta a necessidade de uniformizar e actualizar normas e minutascontratuais e dotar a rede de um instrumento eficiente para uma resposta comercialadequada.

Na sua actividade de intercâmbio com as empresas, o Euro Info Centre (EIC) da CGD estáenvolvido no projecto Europe Autoparts, em colaboração com o Euro Info Centre da Confederação de Empresários de Aragón e outros parceiros institucionais de oito países europeus, com o objectivo de promover a cooperação transnacional entre empresas do sector de peças e componentes para o sector automóvel. Em 2005, duas FeirasInternacionais acolheram este projecto: a MOTORTEC, em Madrid, que contou com aparticipação de 124 empresas provenientes dos 10 países envolvidos, entre as quais 12 empresas a convite da Caixa, e a EQUIPAUTO, em Paris, na qual participaram 180 empresas (10 convidadas pela CGD).

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No âmbito da sua actividade informativa para as empresas, o EIC deu resposta, em 2005, a questões colocadas por empresas clientes, através da área específica do website da CGD.No mesmo período foram divulgados pelo EIC, através da base de cooperação internacional da Rede Europeia de Euro Info Centres, um total de mais de 800 pedidos de cooperação dos quais resultaram cerca de 500 contactos de empresas potencialmenteinteressadas.

Produtos e Serviços

Captação de Poupança

Na área da Poupança, a CGD tem criado soluções que potenciam uma gestão integrada edinâmica de clientes, de que se salienta a “Caixa Poupança e Investimento” que agrega a oferta do Grupo CGD, desde os produtos tradicionais aos produtos mais sofisticados, apresentada de forma simples e adequada ao perfil de investidor de cada cliente – maisprudente ou equilibrado, mais dinâmico ou arrojado.

Neste contexto, lançou durante o ano um conjunto de produtos de poupança de que se salientaram os seguintes:

Valor Nacional - Foram lançadas três emissões deste produto no mercado doméstico, num total de 315,7 milhões de euros. Este produto apresentava a vantagem de um benefício fiscal para prazos superiores a 5 anos e ainda, a oferta de valiosas colecções de medalhas em pratafina e prata dourada aos titulares dos depósitos mais avultados.

Selecção Caixa 7% - Foram lançadas três emissões, num total de 220 milhões de euros. Para estas emissões, de perfil inovador, foram criados propositadamente os fundos especiais de investimento fechado (FEI), Caixagest Selecção Mais 2008, Caixagest Selecção Oriente 2008 e Caixagest Selecção Emergentes 2008. Os recursos recebidos são aplicados em doisinstrumentos financeiros: 1/3 num depósito a prazo a 182 dias, remunerado a uma taxa bastante atractiva (Taxa Anual de Base de 7%), e 2/3 num fundo de investimento, um FEICaixagest, pelo prazo de 3 anos, com uma remuneração variável e indexada a um cabaz de fundos Caixagest.

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Fundos Especiais de Investimento fechados - Para além dos três FEI criados para as campanhas do Selecção Caixa 7%, foram lançados três novos FEI, com um total de 195 milhões de euros.

DuoInvest - Foram também lançadas quatro emissões para promover a colocação em fundosde investimento já existentes (Caixagest Rendimento, Caixagest Estratégia Moderada I e II, Caixagest Estratégias Alternativas, Caixagest Acções Europa e Portugal, Caixa ReformaActiva e Valor, sempre combinados com Fundimo), que registaram subscrições no montantede 198 milhões de euros.

Crédito Imobiliário

Enquanto instituição de referência no sistema financeiro português, a orientaçãoestratégica seguida pela CGD ao longo de 2005 para o crédito imobiliário, nomeadamentea Particulares para a Habitação e a outros investimentos imobiliários, consistiu no reforço da sua posição competitiva, por forma a manter a liderança nesta área de negócio.

Como forma de alcançar aqueles objectivos, a Caixa tem vindo a desenvolver soluções diversificadas e inovadoras, à medida de cada segmento, apostando na diferenciação da sua oferta face aos actuais graus de exigência dos clientes, à sua maior informação e a uma concorrência cada vez mais agressiva, bem como à melhoria dos seus níveis deserviço. Nesse sentido, efectuou-se também uma segmentação dos produtos, adequando-os ao perfil do cliente, como é o caso das ofertas jovem e sénior.

No tocante à inovação um conjunto alargado de medidas passou a incorporar a vasta e flexível oferta do crédito à habitação da Caixa. São exemplos o alargamento do prazo das operações, a possibilidade de carência de capital por prazos mais alargados (até 10 anos) dependendo do prazo da operação, o diferimento de parte do capital para o fim do empréstimo, a utilização simultânea de carência e diferimento de capital e a possibilidade de reutilização de capital já amortizado através da contratação de uma nova operação garantida por uma hipoteca genérica.

Com o intuito de levar as vantagens associadas ao crédito jovem a uma cada vez maior fatia de clientes, a CGD decidiu alargar o conceito de jovem até aos 35 anos, inclusivé,permitindo com esta medida enquadrar na oferta jovem uma percentagem significativa dos novos clientes de Crédito à Habitação da CGD, em 2005.

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Os produtos apresentados e as inovações que os caracterizam são sinónimo de vitalidade e de grande dinamismo criativo, num mercado cada vez mais concorrencial. No seu lançamento e por forma a tomar a decisão de crédito mais célere, enquadrada por critérios de fácil percepção e interpretação, foi desenvolvida uma nova grelha de spreads que melhora significativamente as condições a atribuir a operações de menor risco e de valores mais elevados.

Também ao nível dos seguros foram assumidas importantes medidas visando, acelerar o processo de contratação de um novo financiamento através da rápida aceitação do seguro,ao mesmo tempo que se definiram novas regras para determinação do valor do prémio asuportar pelos clientes, fazendo-o depender das seguintes variáveis: capital seguro,número de pessoas a segurar e idade dos proponentes.

Por outro lado, parcerias com instituições financeiras de renome mundial, como o BEI (Banco Europeu de Investimento) e o KfW (Kreditanstalt für Wiederaufbau), têmpermitido reflectir nos clientes inúmeras vantagens, nomeadamente através de isenções e reembolsos diversos ou períodos de spreads promocionais.

Concretizando estas medidas em produtos de crédito e na sequência da modalidade T30 introduzida em 2004, foi lançada em 2005, a modalidade Triplex e desenvolvida a modalidade Reabilitação Urbana Spread Zero.

O Crédito à Habitação Triplex permite conjugar as três opções de não pagar capitaldurante os primeiros 10 anos do empréstimo, diferir o pagamento até 30% do capital para a última prestação, ou conjugar as duas anteriores opções, obtendo, assim, a prestação mais baixa do mercado. Além destas condições favoráveis, são ainda concedidas diversas isenções e reembolsos de despesas em percentagem do valor do empréstimo. Olançamento do Triplex foi acompanhado por uma campanha de comunicação que faziauso de ícones dos anos 80.

Quanto à modalidade Reabilitação Urbana Spread Zero, ela corresponde a umanecessidade premente dos investidores particulares, empresas e institucionais, no âmbito da melhoria das condições de salubridade, segurança e habitabilidade dos edifícios, desenvolvida em parceria com o BEI (Banco Europeu de Investimento). Neste contexto, decorrendo da celebração de um protocolo com a Porto Vivo (Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa Portuense, SA), a Caixa assinalou a sua presença num projecto de inegável importância e que marcará definitivamente a vida de todos aqueles que habitam e

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desenvolvem as sua actividades económicas numa zona fortemente marcada pela história e pelas tradições da cidade do Porto.

As parcerias identificadas permitem afirmar a Caixa como um banco que procura estar presente no rejuvenescimento e na promoção das zonas nobres e históricas das grandes cidades, como Lisboa e Porto, contribuindo, também desta forma, para o seu desenvolvimento sustentável, mantendo os seus traços originais e característicos.

Aspecto igualmente significativo é o que se prende com o desenvolvimento dos canaisexternos de angariação de novas operações de financiamento imobiliário para a Caixa e que levou ao estabelecimento de protocolos financeiros e de cooperação que se têm estabelecido com os vários agentes do mercado imobiliário. Consequência directa dessesprotocolos, tem sido a participação da Caixa em convenções promovidas pelas grandesredes de mediadores e consultores financeiros em regime de franchising, com as quais a CGD mantém contactos comerciais de relevância.

Para além dos protocolos com os agentes do mercado imobiliário identificados, a Caixatem assinado um conjunto significativo de parcerias tendentes à concessão de condições preferenciais aos promitentes compradores de fracções em empreendimentos de elevadoprestígio.

Ainda com cabimento na área dos canais externos de angariação de Crédito à Habitação e aproveitando as sinergias das empresas do Grupo, a Caixa em parceria com a Fidelidade-Mundial e com a Império-Bonança, deu recentemente início a um projecto de “assurfinance”, que consiste na venda de produtos bancários pelos mediadores exclusivos da seguradora, esperando-se um elevado potencial de negócio.

Para dar visibilidade a todo este projecto no seio do Crédito Imobiliário, a CGD temvincado as suas iniciativas através de campanhas junto do grande público, potenciando a modernidade da sua actividade, com reflexos visíveis junto dos clientes. Paralelamente,estão a ser desenvolvidos instrumentos de trabalho que proporcionam melhoria nos níveis de serviço, na celeridade, na apreciação das propostas e sobretudo na tomada de decisão.Tais instrumentos permitem ainda que a Caixa acompanhe de forma pró-activa as simulações geradas nos vários canais (rede de agências, internet e extranet),maximizando, deste modo, a sua eficácia comercial.

Por outro lado, para apoio a estes objectivos, desenvolveu-se uma solução aplicacional para a gestão integrada de crédito à habitação – o workflow de crédito à habitação –

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elemento importante para a tomada rápida da decisão, e também para facultar informação up-to-date sobre qualquer processo de crédito à habitação.

Em resultado da estratégia adoptada, pode referir-se que, em 2005, a procura de crédito imobiliário por particulares na CGD, teve um crescimento na ordem dos 9,2% face ao ano anterior, enquanto que o montante do crédito contratado evoluiu, no mesmo período, à taxa de 24,3%.

Também como forma de reforço da sua posição, a CGD tem-se feito representar nos grandes certames e conferências, nacionais e internacionais, cujo tema de fundo é o imobiliário. A nível nacional, importa destacar a presença da Caixa na INVESTEXPO, realizado em Vilamoura, no IMOBITUR, realizado no Porto, e no Salão Imobiliário deLisboa. Internacionalmente, a CGD fez-se representar no MIPIM, em Cannes, no SalónInmobiliario de Madrid (SIMA 2005), bem como no Barcelona Meeting Point. Estaspresenças são sinónimo de uma atitude pró-activa e dinâmica do Banco, que procura ir de encontro aos potenciais clientes e investidores, com uma perspectiva de grandeflexibilidade e dinamismo.

A conjugação de todos os factores enunciados e o desenvolvimento das medidasapresentadas tem permitido à Caixa cimentar a sua posição como banco líder na concessão de crédito à Habitação em Portugal, reflectindo nos seus clientes o saber de umaexperiência acumulada a que tem aliado flexibilidade e inovação.

Cartões de Crédito e Débito

A CGD tem vindo a introduzir uma crescente inovação na área dos cartões de crédito e a assumir um papel de referência no mercado. Durante o ano, lançou um novo cartão de crédito – “Ímpar” –, relançou o Caixa Classic, ambos com novos atributos e funcionalidades ao dispor dos clientes, colocando mais de 180 mil novos cartões no mercado, e lançou, ainda, o Cartão Miles & More da Caixa, em parceria com a Lufthansa. No lançamento destes cartões a Caixa apostou em métodos de comunicação centralizados que contribuíram para o sucesso junto da sua base de Clientes.

O cartão Ímpar é um cartão direccionado para os utilizadores frequentes de crédito, comuma das mais baixas, ou mesmo a mais baixa taxa de juro do mercado e diversas isenções, que premeia e facilita o comportamento de revolving (recurso contínuo ao crédito do cartão), proporcionando uma melhor gestão do orçamento familiar. Para além da

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utilização do crédito até ao limite do plafond atribuído, o cartão dispõe ainda de uma linha de crédito suplementar para aquisição de bens ou serviços, recorrendo a pagamentosfraccionados, em prestações iguais, até 36 meses.

O cartão Caixa Classic possui um programa de fidelização, pelo qual devolve aos clientesaté 3% sobre o montante de compras efectuadas, sendo o desconto creditado em sistemade cash-back de forma automática na conta do cliente. Oferece, também, a primeira e emcertas condições as anuidades seguintes e pode funcionar como cartão de débito no serviço Caixautomática e na rede Multibanco.

O cartão oferece, igualmente, um período de crédito gratuito, a opção pela modalidade de pagamento mais conveniente ao cliente e tem associado um completo pacote de seguros, onde se destacam as coberturas de seguro de acidentes pessoais em viagem, seguro de gastos abusivos e seguro de assistência em viagem/emergência.

O cartão Miles & More é emitido nas versões Gold e Classic e permite aos Clientesparticulares a acumulação de milhas que podem ser utilizadas em qualquer companhiaaérea membro da Star Alliance. À semelhança do Ímpar, o cartão Miles & More dá acessoimediato a uma linha de crédito suplementar, para o pagamento fraccionado das compras de maior montante realizadas com o cartão, até ao limite de crédito atribuído.

No contexto do posicionamento que tem vindo a assumir neste produto e do ponto de vista tecnológico, a Caixa esteve presente, recentemente, numa exposição em Paris a convite daempresa Gemplus (um dos maiores produtores mundiais de cartões) com os cartões Ímpar e CUP (Caixautomática Universidade / Politécnico), tendo o cartão Ímpar sido considerado tecnicamente inovador.

Ainda com o objectivo de dinamizar o negócio de cartões de crédito, a Caixa lançou uma campanha com condições especiais para a aquisição, pelos seus Clientes, de produtos de prestígio (medalhas e serviços de porcelana) e também várias campanhas baseadas emprémios de seguros associados ao volume de facturação dos cartões.

Canais não presenciais

Durante o ano de 2005, o desenvolvimento de canais não presenciais privilegiou essencialmente os serviços de internet banking, em especial, através do lançamento, em Maio,

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de uma nova versão do Caixadirecta on-line, com novos grafismo, lógica de navegação e funcionalidades.

De acordo com os cerca de sete mil clientes que responderam ao inquérito colocado on-linelogo após o lançamento do novo serviço, a nova versão do Caixadirecta on-line tem uma apresentação mais agradável e a alteração de lógica não prejudicou a qualidade deinformação.

Em Junho e Julho de 2005 foi lançada uma forte campanha de comunicação de angariação de clientes para os serviços Caixadirecta telefone e Caixadirecta on-line, a qual incluiu as vertentes de publicidade, marketing directo e incentivos à venda, tendo tido um impactosignificativo no aumento das taxas de penetração destes serviços.

Quanto ao serviço de internet banking para empresas – Caixa e-banking –, os principais desenvolvimentos consistiram no lançamento das áreas de Cartões e Bolsa. (Ver desenvolvimento dos canais não presenciais no Capítulo “Canais Electrónicos”).

Internet

O Grupo CGD tem vindo claramente a marcar o panorama do sector financeiro nos rankings de domínios e sites bancários e na promoção da utilização dos canais digitais eelectrónicos. Salientam-se as várias presenças institucionais ou comerciais que a Caixadetém no espaço virtual em vários domínios (.pt, .com, .fr, .mo, etc.) e a sua preocupação em acompanhar a maturação dos comportamentos da “nova economia”.

Atento às tendências de mercado, às exigências da sociedade de informação e às necessidades de quem preferencialmente acede aos serviços bancários à distância, oGrupo desenvolveu projectos ambiciosos na estratégia de comunicação do portfolio de produtos e serviços e das diversas soluções financeiras que divulga nos sites das suas instituições: www.caixabi.pt, www.caixagest.pt, www.clf.pt, www.locarent.pt,www.caixacredito.pt e www.imocaixa.pt.

O Grupo CGD obteve, ao longo de 2005, resultados crescentes relativamente a 2004, atingindo uma média mensal de 270 mil utilizadores únicos e cerca de 18 milhões de páginas visitadas, continuando a manter o 1º lugar nos rankings de domínios e sites no índice total da Banca.

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Em 2005, a Caixa dinamizou o seu espaço na web, perfilando-o com outros media em todas as campanhas de comunicação e marketing lançadas, conseguindo um alinhamento consolidado nas diversas áreas da imagem, conteúdos e suportes media (spots TV e rádio, streaming de músicas, rádio on-line e playlists exclusivas, etc.).

Os segmentos de mercado fundamentais para o Banco foram alvo de iniciativas de comunicação inovadoras, demonstrando a capacidade de mudança e novas abordagens ao cliente. É disso exemplo a reformulação em 2005 do portal exclusivo para Universitários –www.cup.pt –, que consolida a experiência vivida nas Agências Universitárias.

As ferramentas e funções de índole transaccional que os sites do Grupo CGD disponibilizam on-line, como por exemplo consulta e movimentação de contas, compra e venda de acções, encomendar, comprar, simular, aderir ou mesmo subscrever produtos financeiros, são projectos em constante desenvolvimento que imprimem dinamismo ao corebusiness do banco e impulsionam oportunidades de negócio e de fidelização do cliente – https://caixadirecta.cgd.pt, https://caixaebanking.cgd.pt, e https://caixadirectainvest.caixabi.pt.

Outra das preocupações da Caixa prende-se com as acessibilidades e o respeito pelas regras de usabilidade colocando o site www.cgd.pt numa posição privilegiada relativamente aos utilizadores com necessidades especiais.

O desenvolvimento e evolução das plataformas de negócio à distância alavancaram, entre outros, a estruturação de um portal de divulgação e pesquisa imobiliária, indispensável para a geração permanente de oportunidades de captação de Crédito à Habitação.

A Caixa, através de novos canais, pretendeu também apoiar os clientes do sector da construção na promoção das suas vendas disponibilizando-lhes a divulgação acrescida e gratuita de imóveis e empreendimentos construídos sob financiamento CGD em portais como o LardoceLar.com – www.lardocelar.com – e o Bolsa Caixa Imobiliário –www.bci.lardocelar.com.

O site na versão em inglês, exclusivamente institucional, é o resultado de uma preocupação constante com as entidades estrangeiras que nos procuram e que necessitam de obter dados e informação sobre a actividade do Grupo CGD. Prevê-se que durante o ano 2006 seja lançada uma versão alargada com a oferta da Caixa. www.cgd.pt/english/index.htm.

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Indicadores de Actividade

Em termos de Grupo CGD, espelhando a sua vasta actuação nas diversas áreas de negócio, nos mercados doméstico e internacional, a captação de recursos e a concessão de crédito juntode clientes alcançaram saldos globais de, respectivamente 79,2 mil milhões de euros e 51,3 mil milhões no final de 2005.

Recursos Captados

No universo dos Recursos Captados pelo Grupo salientam-se, no balanço, os recolhidos junto do segmento do retalho, com um saldo total de 56,8 mil milhões de euros (+5,8% do que o ano anterior), com destaque para os depósitos bancários, com 47,8 mil milhões (+5,6%) e os seguros de capitalização, no montante de 6,4 mil milhões (+25,3%). Nestes últimos estão incluídos produtos unit-linked e de taxa fixa, nos montantes de, respectivamente, 0,7 milmilhões e 2,2 mil milhões de euros.

No sub-conjunto “Outros recursos de clientes”, o saldo de 2,7 mil milhões de euros integra, sobretudo, obrigações de caixa (1,9 mil milhões) e obrigações de caixa subordinadas (0,6 milmilhões).

Captação de Recursos pelo GRUPO CGD (a) (b)Saldos em 31 de Dezembro

(milhões de euros)2004 2005 Variação

Absoluta RelativaRECURSOS DE CLIENTES

No balanço: 65 263 67 666 2 403 3,7%Retalho 53 698 56 802 3 104 5,8%

Depósitos de clientes 45 215 47 766 2 551 5,6%Seguros de capitalização 5 070 6 355 1 285 25,3%Outros recursos de clientes 3 412 2 681 -732 -21,4%

Investidores Institucionais 11 565 10 864 -701 -6,1%EMTN 6 407 6 127 -280 -4,4%ECP e USCP 3 850 3 520 -330 -8,6%Nostrum Mortgages e Nostrum Consumer 1 308 1 217 -92 -7,0%

Fora do balanço: 10 119 11 536 1 417 14,0%Unid. particip. de fundos de investim. 5 447 6 420 973 17,9%

Caixagest 4 654 5 465 811 17,4%Fundimo 793 955 162 20,4%

Fundo de Pensões (c) 1 819 1 040 -779 -42,8%Gestão de Patrimónios 2 853 4 076 1 223 42,9%

Total 75 382 79 202 3 820 5,1%(a) Actividade Consolidada(b) Não inclui depósitos de Instituições de Crédito e Financeiras.(c) Incluindo a parcela de activos a transferir para a CGA.

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A captação junto de investidores institucionais, através do mercado de capitais, assumetambém uma importância relevante no financiamento do balanço, elevando-se o saldo vivo dos títulos emitidos no âmbito dos programas de Euro Medium Term Notes e de CommercialPaper, em euros e dólares, e das operações de titularização do crédito hipotecário e aoconsumo, a um montante global de 9,8 mil milhões de euros (ver capítulo “Análise Financeira”).

Entre os recursos captados “fora do balanço”, sobressaem os fundos de investimento – Caixagest e Fundimo –, que evoluíram muito favoravelmente, com um montante de 6,4 milmilhões de euros (+17,9%), e os fundos captados pela área de gestão de patrimónios, através da Caixagest, com 4,1 mil milhões de euros (+42,9%).

Nos Depósitos de Clientes, para o aumento do saldo verificado de 2,6 mil milhões de euros contribuíram todos os segmentos: os Particulares com 1,3 mil milhões (+3,4%), as Empresascom 0,8 mil milhões (+18,7%), e o Sector Público com 0,5 mil milhões (+14%). Por modalidade, a progressão foi suportada sobretudo pelos Depósitos à Ordem (+12,3%).

Depósitos de Clientes no GRUPO CGD (a)Situação em 31 de Dezembro

(milhões de euros)2004 2005 Variação

Absoluta RelativaParticulares 37 426 38 699 1 273 3,4%

Depósitos à Ordem 10 476 11 311 835 8,0%Depósitos a Prazo 18 297 18 742 445 2,4%Depósitos de Poupança 8 653 8 646 -7 -0,1%

Empresas 4 072 4 832 760 18,7%Depósitos à Ordem 2 314 3 044 730 31,5%Depósitos a Prazo 1 758 1 788 30 1,7%

Sector Público 3 716 4 235 519 14,0%Depósitos à Ordem 2 666 3 009 343 12,9%Depósitos a Prazo 113 378 265 234,7%Depósitos Obrigatórios 937 848 -90 -9,5%

Total 45 215 47 766 2 551 5,6%

(a) Actividade consolidada.

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Do saldo dos Depósitos, 83% respeitam à actividade doméstica da CGD, sendo de relevarentre as sucursais e filiais do Grupo, o saldo constituído no Banco Simeón (1,7 mil milhões deeuros) e na Sucursal de França (1,3 mil milhões).

A quota de mercado dos Depósitos de Clientes da CGD, em Portugal, elevou-se a 30,2%, valor semelhante ao atingido no ano precedente (30,1%), cabendo aos segmentos departiculares e emigrantes, respectivamente, 35,8% e 38,6%.

Produtos Estruturados

No conjunto dos recursos captados, são de referir os produtos estruturados, sob a forma dedepósitos, de obrigações, de fundos mobiliários e de produtos unit-linked, atingindo o respectivo saldo vivo incluído em Depósitos e em Obrigações com aquelas características,respectivamente, 1,4 mil milhões e 1,6 mil milhões de euros no final do ano. Por modalidadesde produtos, as subscrições dos clientes em 2005, num montante global de 1,8 mil milhões de euros, distribuíram-se da seguinte forma:

Por modalidades

(milhões de euros)2005

Produtos no mercado doméstico 460Produtos no offshore 169Obrigações 457Fundos de investimento 523Produtos unit-linked 170Total 1 779

Crédito a Clientes

O saldo do Crédito a Clientes no Grupo CGD progrediu, no ano, 3,2 mil milhões de euros (+6,7%), elevando-se a 51,3 mil milhões, o que representou cerca de 57,5% do activo.

A actividade individual da CGD totalizou 45,4 mil milhões de euros , sendo de destacar ainda os contributos do Banco Simeón, com 2 mil milhões de euros (+13,4%), e da Caixa Leasing e Factoring, com 1,5 mil milhões de euros (+1,9%).

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Créditos a Clientes (a)Por segmentos de clientesSaldos devedores em 31 de Dezembro

(milhões de euros)2004 2005 Variação

Absoluta RelativaEmpresas 17 515 17 962 447 2,6%Sector Púb. Administrativo 2 642 2 808 167 6,3%Particulares 27 943 30 567 2 624 9,4%Total 48 100 51 337 3 238 6,7%(a) Actividade Consolidada.

Os principais destinatários do crédito são os particulares, segmento que absorveu cerca de 60% do saldo total concedido, sobretudo para financiamento à aquisição de habitação e que continuou a evidenciar elevado dinamismo, com um crescimento de 2,6 mil milhões de euros (+9,4%), face ao ano transacto.

Por seu turno, os saldos do crédito às empresas e do crédito ao sector público administrativoaumentaram, respectivamente, 2,6% e 6,3%, invertendo a tendência negativa que se verificava nos últimos anos.

A quota de mercado do Crédito a Clientes da CGD, em Portugal, situou-se em 22,1% (20,7% incluindo os créditos titularizados) em Dezembro, quota que atinge no crédito à habitação33,5% (28,9% incluindo os créditos titularizados), o que lhe permitiu manter a liderança nessa área, enquanto que a do crédito ao sector público administrativo ultrapassou os 50%.

Na estrutura do balanço, o rácio de transformação de depósitos em crédito fixou-se em104,5%, valor ligeiramente superior ao verificado no final do ano transacto (103,7%). Mas, considerando para além dos depósitos os outros recursos da banca de retalho provenientes do balanço dos bancos do Grupo, o mesmo rácio foi de 97,6%.

Na área internacional e em mercados emergentes, o Grupo CGD realiza operações de financiamentos de curto prazo de apoio ao comércio externo, que são objecto de acompanhamento, dentro de limites adequados, no sentido de acautelar a concentração dorisco por país. Em 2005, o saldo das operações activas totais do Grupo nestes mercadoscifrou-se em 520,2 milhões de euros, conforme quadro seguinte:

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Aplicações em Mercados Emergentes (a)

Saldos em 31 de Dezembro

(milhares de euros)Variação2004 2005

Absoluta Relativa

Aplicações totais 413 258 520 231 106 973 25,9%

dos quais:

América do Sul 98 162 249 220 151 058 153,9%

América Central 76 656 82 331 5 675 7,4%

África 123 312 104 251 -19 061 -15,5%

Ásia 75 391 37 169 -38 222 -50,7%

Provisões e Imparidade 46 154 25 121 -21 033 -45,6%Exposição Total Líquida 367 104 495 110 128 006 34,9%Em % do Activo Líquido 0,46% 0,57%Em % dos Fundos Próprios 8,7% 8,1%(a) Exclui valor das Participações Financeiras.

A exposição total, líquida de imparidade e excluindo o valor das participações financeiras, representava 0,6% do Activo Líquido e 8,1% dos Fundos Próprios.

Crédito a Empresas

Por sectores de actividade, o crédito às empresas encontrava-se, na sua maioria, aplicado nosector dos Serviços, da Construção e Obras Públicas e das Indústrias Transformadoras,registando-se uma quebra no saldo deste último sector.

Crédito às Empresas (a)Por sectores de actividadeSaldos devedores em 31 de Dezembro

(milhões de euros)2004 2005 Variação

Absoluta RelativaAgricultura e pescas 294 272 -22 -7,4%Indústrias extract. e transformadoras 3 206 2 918 -288 -9,0%Construção e obras públicas 3 384 3 502 117 3,5%Electricidade, gás e água 494 662 169 34,1%Serviços 10 138 10 609 471 4,6%Total 17 515 17 962 447 2,6%

(a) Actividade Consolidada.

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Crédito a Particulares

O crédito a particulares cresceu 2,6 mil milhões de euros, sustentado pelo crédito à habitação que progrediu 2,4 mil milhões (+9,2%), face ao ano anterior.

Relativamente ao novo crédito concedido para aquisição de habitação durante o ano em Portugal, a CGD mantém a liderança, tendo contratado 67 341 operações, +15,8% do que no ano anterior, no montante de 4,6 mil milhões de euros (+24,3%).

Crédito a Particulares (a)(milhões de euros)

2004 2005 VariaçãoAbsoluta Relativa

SALDOS DEVEDORES:Habitação 26 257 28 670 2 413 9,2%Pessoal e outros fins 1 686 1 897 211 12,5%

do qual:Credicaixa (Consumo) (b) 528 627 99 18,7%Cartões de Crédito (b) 130 125 -5 -3,8%Outro Crédito Pessoal 1 028 1 145 118 11,5%

Total 27 943 30 567 2 624 9,4%

NOVAS OPERAÇÕES: (b)Habitação

Número de contratos 58 147 67 341 9 194 15,8%Montante (milhões de euros) 3 726 4 631 905 24,3%

Credicaixa (Consumo)Número de operações 41 831 42 565 734 1,8%Montante (milhões de euros) 310 353 43 13,9%

(a) Actividade Consolidada.(b) Actividade em Portugal.

O crédito pessoal e para outros fins, reflectindo a postura mais competitiva do Grupo apoiada numa oferta dotada de uma maior flexibilidade de condições quanto à finalidade, ao preço e ao prazo, assim como uma maior rapidez de decisão, progrediu a um ritmo apreciável (+12,5%), alcançando o saldo de 1,9 mil milhões de euros.

Em Outro Crédito Pessoal está incluído o saldo das operações nas Filiais e Sucursais,salientando-se o Banco Simeón, com 0,4 mil milhões de euros.

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Crédito ao Sector Público

A política de contenção da despesa pública implementada desde 2002 tem condicionado quer a actividade de captação de recursos quer as operações activas junto dos clientes que integram o sector público. Por outro lado, a forte concorrência que se tem assistido nesta área tem conduzido a um esmagamento das margens no âmbito das consultas efectuadas pelos Municípios para financiamento de projectos de investimento e para acorrer a dificuldades pontuais de tesouraria.

Não obstante os limites restritivos fixados ao endividamento municipal com a implementação do crescimento nulo e num contexto fortemente competitivo, o saldo do crédito concedido pela CGD ao sector público atingiu 2,8 mil milhões de euros, +6,3% do que em 2004, proporcionando uma quota de mercado no crédito aos Municípios de cerca de 50% em termos de saldo em vigor.

Crédito ao Sector Público (a)Saldos devedores em 31 de Dezembro

(milhões de euros) 2004 2005 Variação

Absoluta Relativa Administração Central 576 668 93 16,1%Municípios 2 066 2 140 74 3,6%

Constr. p/ habitação e obras públicas 1 306 1 364 58 4,4%Serviços 760 776 16 2,1%

Total 2 642 2 808 167 6,3%(a) Actividade Consolidada.

De referir que, para além dos condicionalismos externos atrás mencionados, na CGD a evolução do saldo do crédito ao sector público é afectada pelo facto de uma grande componente da carteira se encontrar em fase acelerada de amortização e de o prazo de muitos empréstimos contratados ao abrigo de linhas de crédito exclusivas da Caixa estar a atingir o seu termo.

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BANCA DE INVESTIMENTO

ÁREA DE “CORPORATE”

O Caixa-Banco de Investimento (CaixaBI) é a plataforma de banca de investimento do GRUPO, actuando em articulação com as estruturas comerciais e financeira da CGD, emespecial, com a Direcção de Grandes Empresas (DGE) e a Direcção dos MercadosFinanceiros (DMF). O Banco prosseguiu em 2005 o desenvolvimento de produtos e serviços orientados para os clientes do universo que constitui o seu mercado alvo – grandes e médiasempresas, institutos públicos e autarquias, investidores institucionais e promotores de grandes projectos de investimento de dimensão nacional e regional.

No desenvolvimento da sua actividade internacional, para além da rede de sucursais do Grupo CGD, o CaixaBI apoia-se numa sucursal em Espanha (Madrid), inaugurada em 2004, pólo dinamizador das oportunidades de banca de investimento, com especial relevo nos mercados espanhol e brasileiro em resultado do estabelecimento de acordos de actuação com os principais players financeiros. Neste contexto, entre as operações cross borderdesenvolvidas em 2005, destaca-se a assessoria financeira à Portugal Telecom, SGPS, naalienação da PrimeSys, uma sua participada no Brasil, bem como a assessoria à Europac na aquisição da participação detida pelo Grupo Sonae na Gescartão.

Durante o ano, o Banco liderou diversas operações que, quer pela sua estrutura inovadora, aproveitando o enquadramento legislativo e regulamentar, quer pelo montante ou relevância dos intervenientes, merecem ser destacadas:

Liderança e organização do financiamento concedido à Inbepor – Investimentos em Bebidas Portugal, SGPS, SA - sociedade veículo especialmente constituída, emparceria com a Sumolis – Companhia Industrial de Frutas e Bebidas, SA, no âmbitode uma operação de aquisição e refinanciamento das empresas Compal – CompanhiaProdutora de Conservas Alimentares, SA e Nutricafés – Cafés e Restauração, SA, no montante de 313,7 milhões de euros. Esta foi a maior operação de private equityrealizada em Portugal nos últimos anos;

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Assessoria financeira à EGREP – Entidade Gestora de Reservas de Produtos Petrolíferos, E.P.E. na obtenção de um empréstimo sindicado de longo prazo, no montante máximo de 310 milhões de euros, para aquisição de reservas estratégicas de produtos petrolíferos; Liderança, organização e participação da reestruturação do passivo financeiro da AIP/CCI – Associação Industrial Portuguesa/Câmara de Comércio e Indústria, no montante de 81,8 milhões de euros; Liderança, organização e participação da reestruturação do empréstimo sindicadocom aval do Estado concedido à GIL – Gare Intermodal de Lisboa, SA, no montantede 81,1 milhões de euros; Liderança e organização do apoio ao investimento da EPUL – Empresa Pública de Urbanização de Lisboa, no projecto da Praça de Entrecampos, através dafinanciamento de 35 milhões de euros, integralmente tomado firme pelo Grupo CGD pelo prazo de 4 anos; Liderança, organização e tomada firme do financiamento no âmbito da operação de financiamento da aquisição da Portucel Tejo - Empresa de Celulose do Tejo, SA pela Altri, SGPS, SA, no montante de 30 milhões de euros; Liderança, organização e tomada firme da reestruturação do passivo financeiro, noâmbito do processo de constituição da Altri, SGPS, SA, por cisão da Cofina, SGPS, SA, no montante de 25 milhões de euros; Liderança, organização e participação no empréstimo sindicado de longo prazo concedido à Somague Engenharia, SA, no montante de 24,25 milhões de euros.

Na área de Project Finance, o ano de 2005 foi o melhor de sempre em termos de volume decrédito sob gestão, sendo de relevar a que se desenvolveu para o mercado espanhol, área onde se obteve considerável êxito por se tratar de um mercado considerado extremamentecompetitivo. Da actividade global, destacam-se as seguintes operações:

Consultoria financeira à empresa Indáqua no âmbito da sua candidatura ao concursopúblico internacional para concessão da exploração e gestão dos serviços públicosmunicipais de abastecimento de água e de saneamento do concelho de Espinho; Estruturação de um financiamento de 114 milhões de euros para uma sociedadeveículo, maioritariamente detida pela Câmara Municipal de Mafra, denominadaMafratlântico, detentora da concessão em regime de portagem real de um conjunto delanços viários que ligarão Mafra, Malveira e a A8;Estruturação de um financiamento para um parque eólico de 42MW sito no AltoMinho, e detido pela SIIF Energies, Finerge e parceiros locais;

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Estruturação de um financiamento para a expansão de um parque eólico de 111MW sito na Serra dos Candeeiros e integralmente detido pela Enersis; Estruturação de um financiamento para apoio aos Grupos Enersis e Eurowatt naaquisição de activos detentores de um conjunto de licenças para parques eólicos em França;Estruturação de um financiamento para um parque eólico de 73MW sito em La Brujúla, Espanha e detido pela Hidrocantábrico, Grupo EDP; Estruturação de um financiamento para a concessionária Tagusgás, Grupo GDP,detentora da concessão de distribuição de gás natural na região do Vale do Tejo; Consultoria financeira e estruturação de financiamento para o consórcio HPP/Teixeira Duarte, um dos agrupamentos concorrentes aos concursos públicos de estabelecimento de uma parceria público-privada para os futuros hospitais de Braga eCascais;Consultoria financeira e estruturação de financiamento para a EPS, empresa do Grupo CGD, no âmbito do concurso público de estabelecimento de uma parceria público-privada para a concepção, projecto, instalação, financiamento, exploração e transferência para a entidade pública contratante do centro de atendimento do SNS – Serviço Nacional de Saúde; Consultoria financeira à Fertagus no âmbito da renegociação do contrato de concessão com o Estado; Participação no financiamento à aquisição do activo rodoviário Chicago Skyway, estruturado a pedido do consórcio Cintra/Macquarie, vencedores do concurso públicointernacional lançado pelo Município de Chicago. Estruturação de um financiamento de 171 milhões de euros à sociedade veículoTratolixo, indirectamente participada por diversos municípios limítrofes de Lisboa, detentora, em regime de exclusividade, da concessão de tratamento, valorização e recolha de resíduos sólidos urbanos nesses mesmos municípios;Estruturação de um financiamento de 115 milhões de euros para uma sociedadeveículo, maioritariamente detida pela Sacyr Vallehermoso, detentora da concessão emregime de portagem virtual de um conjunto de lanços viários denominados por Concessão Palma – Manacor em Palma de Maiorca; Estruturação de um conjunto de financiamentos para a Valoriza, Grupo SacyrVallehermoso, para diversas unidades industriais interligadas, incluindo uma central de produção de um composto de azeitona para colocação em mercado, uma unidadede co-geração e uma central de produção de energia a partir de biomassa.

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Em Espanha, para além dos mandatos de estruturação referidos, o Banco esteve envolvidoem alguns dos projectos emblemáticos financiados nesse país no ano transacto, nomeadamente através de tomada firme para sindicação das operações de financiamento da concessão rodoviária denominada por Ocaña – La Roda e da concessão ferroviária de alta velocidade que ligará Espanha a França denominada por TP Ferro.

Com a actividade desenvolvida o CaixaBI reforçou a liderança no mercado de ProjectFinance em Portugal, posição confirmada pela “Dealogic”, que o coloca em primeiro lugar a nível nacional e em 5º a nível ibérico nesta área. A publicação “Project Finance International”, por sua vez, coloca a CGD com o 31º banco na região EMEA – Europa, Médio Oriente e África e o 42º a nível mundial.

Na área do Structured Finance, o Banco actuou como Arranger de duas operações envolvendo a cessão de créditos futuros por dois municípios portugueses.

Na área de Assessoria Financeira consolidou-se a sua posição de liderança no mercado português, atingindo mais uma vez uma posição de destaque entre os bancos portugueses no ranking de operações de fusões e aquisições realizadas em Portugal, divulgado por entidades especializadas. De realçar as operações de assessoria financeira desenvolvidas e concluídas com sucesso pelo CaixaBI em 2005 às seguintes empresas:

Caixa Geral de Depósitos, na alienação de uma participação de 12,3% no capital doUnibanco – União de Bancos Brasileiros através de uma oferta combinada de acções;Parpública, na avaliação económico-financeira da EDP – Energias de Portugal no âmbito da 6ª fase do processo de privatização atrás referido; Caixa Desenvolvimento e Sumolis, na aquisição de 100% do capital social da Compal– Companhia Produtora de Conservas Alimentares e de 100% do capital social da Nutricafés – Cafés e Restauração; Parmalat Portugal, no processo de reestruturação do seu passivo financeiro; Portugal Telecom, SGPS, na alienação de uma participação de 100% no capital social da PrimeSys, Soluções Empresariais, bem como na avaliação económico-financeirada PT Multimédia no âmbito do processo de emissão de Put Warrants sobre acções da PT Multimédia;Altri, na aquisição de uma participação de 95% no capital da Portucel Tejo no âmbitoda 1ª fase de reprivatização da empresa;Europac, na aquisição de uma participação de 36,08% do Grupo Sonae na Gescartão.

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Na actividade de Capital de Risco, desenvolvida pelo Grupo CGD através da Caixa Capital e da Caixa Desenvolvimento, SGPS, foram investidos, durante o ano, 116,5 milhões de euros em novas participadas e 2,3 milhões no reforço de participações da carteira. A Caixa Capital analisou 65 projectos ou oportunidades de investimento que respeitaram sobretudo a investimentos de expansão e projectos de start-up, assumindo importância os projectos ligados à área das energias renováveis/alternativas e dos biocombustíveis, bem como aosfundos de private equity.

De entre os investimentos concretizados são de mencionar a já referida operação relacionada com a Inbepor – Investimentos em Bebidas Portugal, SGPS, SA, com a tomada de umaparticipação correspondente a 80% do seu capital, e o investimento realizado no Grupo Visabeira, SGPS, SA no montante de 16,5 milhões de euros, correspondente a umaparticipação global de 9,8355% do capital da empresa.

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MERCADO DE CAPITAIS

Dívida Pública

No contexto do programa de financiamento e de gestão da Dívida Pública, manteve-se a orientação estratégica de incremento da liquidez do mercado de Obrigações do Tesouro(OT) e de consolidação do segmento de Bilhetes do Tesouro (BT), tendo sido emitido umtotal de 56,6 mil milhões de euros, com o objectivo de satisfazer as necessidades de financiamento do Estado.

As OT mantiveram-se como o principal instrumento de financiamento, com um total emitido de 16,8 mil milhões de euros, enquanto nos BT ascendeu a cerca de 16,5 milmilhões de euros, equivalendo no conjunto a um financiamento líquido de cerca de 2 milmilhões de euros. O restante financiamento da Dívida Pública foi obtido pela emissão de instrumentos não negociáveis, com predomínio para os Certificados de Aforro.

O ano de 2005 foi ainda marcado pelo lançamento de três emissões de OT sindicadas, no montante de 3 mil milhões de euros cada, que corresponderam aos novos títulos benchmark para 15, 10 e 5 anos: OT 3,85% Abril 2021, OT 3,35% Outubro 2015 e OT 3,2% Abril 2011.

De destacar ainda, no âmbito do Programa de Troca de Dívida, a recompra no 1º trimestre, no total de 700 milhões de euros da OT 5,25% Outubro 2005, através da realização de 3 leilões.

Com a entrada em vigor, desde 1 de Julho último, da Directiva 2003/48/CE (Directiva da Poupança) relativa à tributação de rendimentos da poupança sob a forma de juros, e como objectivo de assegurar a harmonização fiscal da curva das OT, o IGCP reabriu diversasséries de OT, ainda em benefício do Fundo de Regularização da Dívida Pública.

O segmento da dívida pública portuguesa continuou, durante o ano de 2005, a constituir uma das prioridades de actuação do Grupo CGD, destacando-se, no quadro do estatuto de Operador Especializado em Valores do Tesouro (OEVT) detido pela CGD, a intervenção do CaixaBI, nas três emissões de OT atrás referidas:

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Como Joint Lead Manager na colocação inaugural da emissão sindicada da nova OT benchmark a 10 anos da República Portuguesa (OT 3,35% Outubro 2015), no montante de 3 mil milhões de euros; Como Co-Lead Pot nas outras duas colocações sindicadas – OT 3,2% Abril 2011e OT 3,85% Abril 2021 –, reflectindo a boa qualidade das ordens de investidores angariadas pelo CaixaBI. Nesta última operação de colocação, a atribuição deobrigações situou-se no montante máximo de 100 milhões de euros permitido a cada Co-Lead.

Dívida Privada

Mercado Obrigacionista

No mercado primário de obrigações privadas o CaixaBI, em 2005, esteve envolvido em 16 emissões com um volume global de 5,1 mil milhões de euros, tendo actuado como líder em 13 delas, num montante total de 3 mil milhões de euros, das quais se destacam:

Portugal Telecom International Finance B.V. – duas emissões, no montante global de1 500 milhões de euros; Parpública – uma emissão, no montante de 500 milhões de euros; Portucel – duas emissões, no montante global de 450 milhões de euros; Sonae Indústria – duas emissões, no montante global de 350 milhões de euros; Modelo Continente – uma emissão, no montante de 150 milhões de euros.

De acordo com os dados coligidos pela Bloomberg relativamente a 2005, o CaixaBI posicionou-se em 1º lugar entre os bancos portugueses quer em número quer em volume de lideranças de emissões obrigacionistas de emitentes nacionais (excluindo dívida pública, emissões próprias e de entidades relacionadas).

De salientar ainda que o CaixaBI actuou como o colocador português da emissão de European Regional Bonds do HSBC Finance Corporation, no montante global de 1,5 milmilhões de euros.

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Papel Comercial

No Papel Comercial, a estratégia seguida pelo Grupo CGD continuou a privilegiar a desintermediação, com enfoque nos programas sem garantia de reembolso e, em muitoscasos, sem garantia de subscrição. Como consequência deste posicionamento, observaram-seem 2005, por um lado, acréscimos no número de novos programas abertos, no volumecolocado e no leque de clientes emitentes e de clientes investidores activos neste produto e, por outro lado, reduções generalizadas nos spreads de colocação.

O CaixaBI reforçou a carteira de programas por si liderados e agenciados com mais 19 programas num montante total de 781,5 milhões de euros, salientando-se os seguintes, pela sua dimensão e por assentarem numa filosofia de total desintermediação, não beneficiando de garantia quer de reembolso quer de subscrição:

Brisa, Jerónimo Martins e Recheio, Metro de Lisboa, Refer e Unicer – cada uma com uma emissão de 100 milhões de euros; SAG Gest, - uma emissão de 50 milhões de euros; Banco Mais – uma emissão de 30 milhões de euros.

No final de 2005, o número de programas de emissões de Papel Comercial agenciados ascendeu a 58, totalizando 4,5 mil milhões de euros.

No âmbito dos programas por si liderados e agenciados, o CaixaBI esteve no ano de 2005 envolvido em 385 emissões com um volume de 11,3 mil milhões de euros. Do montante total oferecido, o CaixaBI foi responsável pela colocação de cerca de 64,6%, ou seja, cerca de 7,3 mil milhões de euros.

Mercado Corporate de Acções

No mercado Corporate de Acções, destacou-se a actuação do Banco como coordenadorglobal e joint bookrunner da primeira reprivatização através da emissão de obrigaçõespermutáveis em Portugal, efectuada pela Parpública, no montante de 572,8 milhões deeuros, por acções da EDP– Energias de Portugal (6ª fase de privatização). Estaemblemática operação foi concluída com enorme sucesso em Dezembro de 2005,confirmado pela procura que correspondeu a 1,8 vezes a oferta e permitiu ainda à Parpública aceder ao mercado de capitais em condições particularmente vantajosas para a empresa. Com esta operação, o CaixaBI consolidou a sua posição de liderança em

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Portugal na área de mercado de capitais, com uma quota de 28%, segundo informaçãodisponibilizada pela CMVM.

Merecem ainda referência as seguintes intervenções em 2005:

Organização e montagem da oferta pública de subscrição de acções da Fisipe - FibrasSintéticas de Portugal; Organização e montagem de oferta pública de distribuição de acções da AbbottLaboratories, Inc., reservada a trabalhadores; Participação na oferta pública inicial de acções da EDP - Energias do Brasil com o estatuto de co-manager;Participação na oferta pública combinada de acções da Bradespar com o estatuto deco-manager.

Durante o ano de 2005, o volume global intermediado em Bolsa atingiu 7 mil milhões de euros, +3,6% do que o ano anterior, dos quais 48% através do Euronext Lisbon. Neste mercado, o Banco manteve o 7º lugar, em termos de turnover, num ranking de 54 membros, e o 3º lugar medido em função do número de negócios.

Em termos de posicionamento na recepção e execução de ordens sobre acções, de acordocom a estatística publicada pela CMVM, o CaixaBI ocupou o 3º lugar no ranking dos intermediários portugueses, tendo em conta todos os mercados que disponibilizou aos seus clientes.

No campo da prospecção de novos serviços, o Banco contratou com o Euronext Lisbon o estatuto de Expert em small e mid caps de 11 sociedades cotadas tendo apresentado o serviço de Liquidity Provider e aquele seu estatuto a várias empresas cotadasidentificadas como potenciais interessados nestes novos serviços. Das abordagens realizadas resultaram a assinatura de contratos com a Nova Base, Altri, Cofina, Reditus e Orey Antunes.

Emissões Próprias da CGD

O ano de 2005 caracterizou-se, ao nível do financiamento, pela manutenção da estratégia que vem sendo seguida em anos anteriores, e é orientada sobretudo para a obtenção de recursos em condições de optimização de custos e na observação estrita de parâmetros de controlo de risco superiormente definidos. Associados a estes vectores encontram-seainda os objectivos de expansão e fidelização da base de investidores da Caixa e, não menos importante, de diversificação das fontes de financiamento.

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Neste contexto, a Caixa prosseguiu uma política de utilização contínua e flexível dos seus principais instrumentos de captação de recursos em mercado institucional, actuação que permitiu a realização de significativas poupanças de financiamento, por comparação com os níveis de pricing de mercado de emitentes comparáveis.

No segmento do curto prazo, o Programa de Euro Commercial Paper continuou a constituir o veículo privilegiado para captação de fundos com o saldo vivo deste produto a situar-se, ao longo do ano, em níveis em geral superiores a 3 mil milhões de euros. Dentro do espírito de flexibilidade que tem pautado a emissão de ECP, a Caixa incluiu em 2005 um novo dealer no programa.

O programa de Euro Medium Term Notes (EMTN), as linhas de crédito especiais e, em menor escala, os empréstimos Schuldschein constituiram por sua vez, os principais instrumentos de obtenção de recursos no médio e longo prazos.

Ao nível do Programa EMTN, concluíram-se 157 operações num total de 2,1 mil milhões de euros, todas na forma de colocações privadas. Não obstante o elevado dinamismo verificado neste segmento ao longo do ano, o saldo vivo do programa no final de 2005 era inferior em cerca de 200 milhões de euros ao de Dezembro de 2004, o que resultou de um volume de vencimentos no ano de cerca de 2,3 mil milhões de euros. Foram ainda realizados três empréstimos Schuldschein num total de 52,5 milhões de euros, um dos quais na forma de dívida subordinada Lower Tier II.

No domínio da dívida subordinada, o total emitido para o sector institucional situou-se em 311,5 milhões de euros, tendo ainda sido realizada uma nova série do empréstimo Renda Mais “Renda Mais 2005/2015” , no valor de 104 milhões de euros, destinada aos clientes de retalho. Para estes clientes foram ainda lançadas mais 9 emissões de obrigações de dívida sénior, num total de 357 milhões de euros.

Deve ser referido que o ano de 2005 ficou ainda marcado pelo lançamento da segunda operação de Títulos Perpétuos Tier I no montante de 350 milhões de euros, transacção que foi objecto de uma muito boa receptividade por parte do mercado, visível não apenas no volume de procura observado e na rapidez de colocação, mas sobretudo no nível de preço final e na qualidade e diversidade do livro de ordens. Deste modo, para além de ter cumprido cabalmente o principal objectivo a que se destinava reforço dos fundos próprios de base consolidados esta operação de Tier I contribuiu também para o alargamento da base de investidores e a confirmação do prestígio e qualidade do nome da Caixa.

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GESTÃO DO RISCO

A gestão do risco é realizada na CGD de forma centralizada e abrange a avaliação e controlo dos riscos de crédito, de mercado e de liquidez incorridos pelo Grupo, consagrando o princípio da segregação de funções entre as áreas comerciais e a área de risco.

RISCO DE CRÉDITO

A actuação da CGD no tocante ao risco de crédito é desenvolvida através da elaboração de pareceres e do controlo do risco implícito na carteira, os quais incorporam na análise a evolução económico-financeira previsional do projecto e a influência e a percepção de factores susceptíveis de criar um risco agravado.

A avaliação do risco, quer de operações do activo quer de extrapatrimoniais, está suportada na análise sistemática dos seguintes factores:

transparência e qualidade da informação económico-financeira disponibilizada; qualidade da gestão, eficiência operacional, influência do meio envolvente do cliente/risco e de mercado/posicionamento concorrencial, área geográfica, sector de actividade, contingências, relacionamento com CGD e Banca, permitindo a detecção de riscos endógenos e exógenos; qualidade da operação proposta, nomeadamente da sua finalidade, prazo, garantias, partilha de responsabilidades, colateral, risco cambial, etc.

São específicos na avaliação de risco dos grupos económicos os critérios de:

ponderação de notações externas de risco de crédito; ponderação do risco de crédito das várias áreas/empresas do Grupo;concentração da exposição;Limite aos grandes riscos, na perspectiva regulamentar, do seu peso face aos capitais próprios e da ponderação no rácio de solvabilidade.

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No contexto da avaliação do risco e como auxiliar de decisão, é ainda efectuada umanotação interna, utilizando-se uma metodologia comum a todo o Grupo, através de “rating” para as empresas de maior dimensão e os grupos económicos e de “scoring”para o segmento de Particulares.

A avaliação do risco das Instituições Financeiras (IC) assenta em regras estabelecidas internamente, em especial, através da atribuição de limites de exposição por contraparte a qual é suportada, não só pela notação das agências de rating como também pelaponderação de outros critérios de natureza quantitativa e qualitativa. É igualmente tido emconsideração o mercado e a economia em que se encontram inseridas, a qualidade dos seus accionistas e outros factores que poderão mitigar o risco de crédito.

As regras atrás referidas foram transpostas para uma metodologia de avaliação de risco, com vista não só à atribuição de limites para estas contrapartes como também à sua integração nos sistemas informáticos, de modo a permitir a análise dos riscos incorridos por entidade, por unidade de negócio ou a nível consolidado. Os limites são atribuídos por contraparte, maturidade e produto em função do respectivo grau de risco da entidade/cliente e da sua capacidade de endividamento. Procede-se, igualmente, ao acompanhamento de risco das contrapartes, bem como ao controlo da exposição e dos limites atribuídos.

Está em desenvolvimento um modelo de rating interno para IC o qual permitirá melhorara análise das carteiras e o estabelecimento de normas mais rigorosas de avaliação.

Quanto ao acompanhamento do risco de crédito, orienta-se em torno da avaliação dos principais indicadores procedendo-se à desagregação da carteira por produto, segmento de cliente, estrutura de decisão, grau de exposição no sistema financeiro, sector de actividade e área geográfica, analisando-se ainda o valor da exposição face aos limites aos grandes riscos nos termos prudenciais fixados.

Relativamente ao crédito vencido, as áreas comerciais são informadas das situações de incumprimento, diário e mensal, segmentadas por produto e tipo de cliente, através da elaboração de relatórios.

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CONTROLO DE CRÉDITO E RECUPERAÇÃO

Uma vez concedido o crédito, com respeito pelos critérios definidos, as áreas comerciaisfazem o acompanhamento adequado da respectiva carteira de modo a evitar incumprimentos pontuais ou sistemáticos e actuar, por antecipação, perante sinais de alerta vindos da própria empresa ou do mercado em que actua.

As diligências das áreas comerciais abrangem, numa 1ª fase, o conjunto das estruturas ligadas à concessão de crédito, passando depois, em alguns casos, para “especialistas” dedicados à recuperação do crédito vencido.

Dada a importância do controle do incumprimento, foi superiormente decidido criar umaestrutura centralizada que sistematizasse uma intervenção atempada em cada tipo de operações nessa situação. Esse departamento visa assegurar o trabalho necessário para a cobrança do crédito vencido, a reestruturação aconselhável para o crédito vincendo e o tratamento pelas vias mais eficazes em cada situação concreta.

Privilegia-se a recuperação pela via extra-judicial, acompanhada sempre que possível pela manutenção e recuperação dos clientes envolvidos, após resolução das dificuldades conjunturais que determinaram o incumprimento em detrimento da afectação à recuperação contenciosa, que a experiência mostra ser demasiado lenta e, por isso, pouco eficaz e desincentivadora.

Este modelo centralizado de recuperação do crédito assenta assim na capacidade de intervenção oportuna e adequada em cada caso, em conjugação de esforços entre área comercial, área de recuperação e estruturas de contencioso, capazes de melhorar posturas internas sobre a matéria e transmitir para os clientes diferente filosofia de actuação da Caixa.

Esgotadas as soluções de recuperação negociada, o cliente é avisado da intervenção de advogados e tribunais, com vista à recuperação contenciosa, mantendo-se no entanto a Caixa receptiva à negociação numa base realista que conduza à regularização da dívida.

O “edifício” da recuperação pretende atingir rapidamente os diferentes tipos de crédito emtodas as áreas geográficas, potenciando as estruturas existentes quer a nível central quer a nível regional e estabelecendo-se regras claras de interligação entre as áreas comerciais,

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de molde a determinar em cada momento o grau de cobrabilidade do crédito e o consequente provisionamento necessário à cobertura do risco inerente.

A análise do crédito vencido, das provisões e da imparidade e dos respectivos rácios é efectuada no Capítulo da “Análise Financeira – Contas Consolidadas”.

RISCO DE MERCADO

As regras de gestão do risco de mercado estabelecidas pela Caixa para cada carteira ou unidade de negócio, incluem limites de risco de mercado e ainda limites quanto à exposição a risco de crédito, de mercado e de liquidez, rentabilidade exigida, tipos de instrumentos autorizados e níveis de perdas máximas admissíveis.

O estabelecimento daquelas regras constitui a fase final dos processos de obtenção da informação relevante para avaliação de risco, tendo sido aprovadas, em 2005, revisões às regras de gestão das carteiras de negociação da Sede e de investimento do Grupo, bemcomo às regras de gestão do risco cambial.

Encontram-se completamente segregadas as funções de execução das operações de mercado e o controlo do risco incorrido decorrente das mesmas.

As operações de cobertura de risco de mercado são decididas pelos gestores das carteiras ou das unidades de negócio, tendo em conta os limites de risco e os instrumentosautorizados, colaborando a área da gestão de risco na avaliação do impacto das coberturas no risco total incorrido ou na alteração aos níveis de risco de mercado autorizados, caso as condições assim o aconselhem.

A medida de risco de mercado utilizada é o Value at Risk (VaR) para todos os tipos de risco de mercado (taxa de juro, acções, taxa de câmbio e volatilidade), segundo a metodologia de simulação histórica, estando os níveis de confiança utilizados dependentes do objectivo de detenção das carteiras. Adicionalmente, são usadas outras medidas de risco de mercado, como a sensibilidade a variações de preço dos activos subjacentes (basis point value (bpv), para taxa de juro) e outros indicadores de sensibilidade comummente aplicados a carteiras de opções (vulgo, gregos). Desenvolveram-se ainda avaliações do impacto nos resultados para cenários extremos de variação por factor de risco (stress-testing).

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São efectuadas, diariamente, análises de backtesting teórico e real da medida de VaR, comcálculo dos valores de backtesting teórico e, mensalmente, com cálculo de backtestingreal. O número de excepções obtidas, isto é o número de vezes em que as perdas teóricas ou reais ultrapassam o valor de VaR, permite avaliar a bondade do modelo utilizado e implementar medidas de ajustamento, caso necessário. Em 2005, iniciou-se a análise dos resultados dos modelos internos de risco de mercado para cálculo dos requisitos de fundos próprios, para a cobertura deste risco e respectiva comparação com o método actualmenteaplicado.

Apresentam-se de seguida os níveis de risco de mercado, medidos em VaR, atingidos durante o ano, para as carteiras de negociação e de investimento:

Risco de Mercado – Carteira de Negociação

(milhares de euros) VaR 95%

Mínimo Médio MáximoTaxa de Juro 229 337 229Preço 274 499 666Taxa de câmbio 25 100 894

Total (a) 433 614 1 250 (a) O VaR total refere-se ao efeito conjunto dos riscos de taxa de juro, de

preço, cambial e de volatilidade que é, em geral, inferior à soma dos riscos tomados individualmente devido ao efeito de diversificação.

Risco de Mercado – Carteira de Investimento

(milhares de euros) VaR 99%

Mínimo Médio MáximoTaxa de Juro 3 597 4 411 5 341 Preço 93 558 1 188Taxa de câmbio 15 134 1 840 Volatilidade 2 8 16

Total (a) 3 620 4 381 5 252 (a) Ver nota do quadro anterior.

Os níveis de exposição ao risco de taxa de juro, medidos em bpv, para todas as carteiras controladas na Sede atingiram durante o ano os valores máximos de -95 milhares de euros, mínimos de -9 milhares de euros e médios de -49 milhares.

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A gestão da carteira de negociação, tem objectivos de curto prazo e aproveitamento de oportunidades de mercado, podendo não existir posições na carteira, enquanto na carteira de investimento os objectivos são de médio e longo prazo, tendo em vista a geração de umfluxo regular e pouco volátil de resultados, havendo limites para o montante mínimoinvestido.

As regras de gestão da carteira de negociação e de investimento são definidas em“guidelines” aprovadas superiormente e controladas diariamente. Ambas foram objecto de revisão, em termos de medidas de stop losses, verificando-se ainda alargamento dos tipos de instrumentos autorizados na carteira de investimento e dos limites parciais de risco de mercado e composição em termos de rating, na carteira de negociação. Foi introduzida emcada carteira a exigência de um mínimo de EBT (Earnings before taxes – resultados brutos deduzidos de custos de financiamento próprio e alheio), em termos absolutos, mantendo a exigência de um mínimo de ROE. Em 2005, ambas as carteiras atingiram o nível exigido de rentabilidade ajustada ao risco, bem como o valor absoluto de EBT.

Estas regras sujeitam cada carteira a restrições em termos da sua composição, quanto aos activos e aos níveis de risco. Os limites de risco são definidos tanto para exposição de crédito (concentração por nome, sector, rating e país), como de mercado (nível máximode risco total, por factor de risco e por prazo), como de liquidez (número de cotações mínimas exigido, limite da percentagem máxima autorizada em carteira de cada emissão,composição da carteira de acções em função da sua inclusão em índices autorizados). Para estas carteiras são produzidas análises mensais e de controlo da rentabilidade com a avaliação do risco de crédito segundo as definições regulamentares em vigor e do risco de mercado segundo a abordagem de modelos internos.

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RISCO CAMBIAL

O controlo e a avaliação do risco cambial é efectuada a nível individual, diariamente, para a actividade doméstica e para cada uma das Sucursais e Filiais e, quinzenalmente, a nível consolidado para todo o Grupo. São calculados valores e limites em termos de VaR, assimcomo por posição aberta total e posição aberta por moeda, os quais foram revistos em 2005. Em termos de alterações mais relevantes, a frequência de avaliação e controlo passou a ser diária para cada instituição do Grupo e todas as participações em moeda estrangeira passarama ser incluídas nos limites.

Apresentam-se de seguida os níveis de risco e o valor de mercado da posição cambial do Grupo, atingidos durante o ano:

Risco Cambial(milhares de euros)

VaR 99% Valor de Mercado Máximo Mínimo Médio Máximo Mínimo Médio

Total 24 252 975 4 453 635 141 -568 624 56 359

GESTÃO DE ACTIVOS E PASSIVOS

A gestão de activos e passivos (Asset-Liability Management, ALM) tem como objectivo assegurar uma gestão prudente da situação de liquidez, de consumo de capital e de controlo dos riscos financeiros associados, incidindo, em especial, sobre riscos de liquidez, taxa de juro e de mercado.

Risco de Liquidez

A gestão deste risco, desenvolvida com recurso à análise dos prazos residuais dos diferentes activos e passivos evidencia, para cada um dos intervalos estabelecidos, a diferença, entre os volumes de cash inflows e cash outflows bem como o respectivo gap de liquidez, o qual se apresenta no quadro seguinte:

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Gap de Liquidez, em 31.12.2005 (milhões de euros)Intervalos 1 Mês 3 M 12M 3Y 10Y >10Y

Gap do Período -1 073,5 -6 982,6 -7 850,8 2 635,4 -5 409,7 16 557,6

Gap Acumulado -1 073,5 -8 056,1 -15 906,9 -13 271,5 -18 681,2 -2 123,6 * CGD, SFE, Sucursais de França, Londres, Nova Iorque e Cayman, Caixa-Banco de Investimento, CGD Finance,

Caixa Geral Finance, CGD North America e CGD Subsidiária Offshore de Macau.

A fim de evitar valores negativos elevados para os intervalos de curto prazo nos gaps de liquidez, a CGD dispõe de instrumentos de financiamento nos mercados internacionais para fazer face à maturidade, sobretudo do crédito hipotecário concedido. Nesse sentido, a CGD prosseguiu, ao longo de 2005, a política de captação de recursos de longo prazo que melhoram o mismatch existente entre os prazos de activos e passivos e asseguram uma maiorestabilidade dos recursos de clientes, através da utilização do programa de Euro Medium Term Notes, da emissão de dívida subordinada e de acções preferenciais e ainda através de produtos estruturados de poupança.

Relativamente ao rácio de liquidez da Caixa, comunicado trimestralmente ao Banco de Portugal, o seu valor era, no final do ano, de 86,2%, para a actividade individual, e de 93,3%, para a actividade consolidada.

Risco de taxa de juro

A assunção de risco de taxa de juro ocorre sempre que, no desenvolvimento da sua actividade, a Caixa contrata operações com fluxos financeiros futuros sensíveis a variações da taxa de juro.

Para a medição deste risco, a metodologia adoptada socorre-se do agrupamento dos activos e passivos sensíveis em intervalos fixos de tempo, de acordo com as respectivas datas de revisão de taxas de juro (repricing dates). Para esses intervalos, são calculados os cash flowsactivos e passivos, bem como o correspondente gap de risco de taxa de juro.

O gap acumulado de taxa de juro estático, até 12 meses, sofreu uma subida muito ligeira desde o início do ano, mantendo-se, contudo, sempre positivo, atingindo no final do ano o montante de 11 985,6 milhões de euros.

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Gap de Taxa de Juro, em 31.12.2005 * (milhões de euros)Intervalos 1 Mês 3 M 6M 12M 3Y >3Y

Gap do Período 10 461,8 -2 598,0 5 665,1 -1 543,3 -16 677,9 2 241,0

Gap Acumulado 10 461,8 7 863,8 13 528,9 11 985,6 -4 692,3 -2 451,2 * CGD, SFE, Sucursais de França, Londres, Nova Iorque e Cayman, Caixa-Banco de Investimento, CGD Finance, Caixa

Geral Finance, CGD North America e CGD Subsidiária Offshore de Macau.

Para acompanhar o efeito dos gaps mencionados sobre a margem financeira, procede-se periodicamente à elaboração de cenários previsionais da evolução mensal dos activos e passivos sensíveis, integrando comportamentos e tendências relevantes da actividade bancária, bem como a evolução das diferentes taxas de mercado e as expectativas reflectidas na yield curve.

Semestralmente, é também calculado, para a actividade consolidada, o risco de taxa de juro da carteira bancária, englobando esta todos os elementos do balanço e extrapatrimoniais não abrangidos pela carteira de negociação. A avaliação e a medição deste tipo de risco socorre-se do impacto acumulado nos instrumentos sensíveis à taxa de juro, resultante de umadeslocação paralela da curva de rendimentos de +/- 200 b.p. (conforme Instrução nº19/2005, do Banco de Portugal). No final do ano, o impacto nos capitais próprios e na margem de juros, resultante daquela variação, era de 8% e 21%, respectivamente.

RISCO OPERACIONAL

Enquadrado nos deveres e obrigações decorrentes do Acordo de Basileia II, articulado com as tendências que vêm sendo observadas a nível internacional relativamente à adopção de melhores práticas no que respeita ao controlo interno – Lei Sabarnes Oxley –, a CGD transformou este desafio numa oportunidade para rever os seus processos e procedimentos de controlo interno e de gestão de risco operacional.

Neste sentido, tem em curso um projecto de risco operacional e de controlo interno, através do qual pretende estabelecer e implementar melhores práticas de gestão do risco e de controlo interno, reforçando a cultura de controlo e a consciencialização da existência do risco e das necessidades daí decorrentes, em termos de procedimentos e métodos que os permitamidentificar, medir, monitorizar e desencadear as acções adequadas de mitigação. Com o evoluir progressivo e sustentado deste projecto, pretende-se criar condições para a adopção de

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métodos de medição avançada do risco operacional, aproveitando o quadro envolvente para optimizar os seus recursos financeiros e documentar todos os processos e procedimentos de controlo interno.

ALCO

O Comité de Gestão de Activos e Passivos (Asset-Liability Committee, ALCO) é o órgão delegado do Conselho de Administração responsável pelo processo de Asset-LiabilityManagement (ALM), o qual reuniu regularmente ao longo do ano tomando deliberações que envolveram a área do risco, o desempenho das carteiras, as políticas de financiamento e de capital, bem como medidas referentes à área internacional. O ALCO proporcionou, ainda, umespaço de divulgação rápida da informação de gestão transversal ao Grupo.

Foram, também, dados passos para que a gestão integrada de activos e passivos alcance umnovo patamar, com o recurso a técnicas avançadas (ALM) que permitam aprofundar a análise de risco e fundamentar medidas de optimização dos níveis de risco / rendimento considerados adequados.

BASILEIA II

Com base no Novo Acordo de Basileia (Basileia II), a União Europeia elaborou duas Directivas, que deverão ser transpostas para a ordem interna dos Estados membros até ao final de 2006, permitindo a aplicação do Acordo às Instituições de Crédito instaladas no seu espaço.

Em Portugal, prevê-se que a regulamentação nacional venha a ser publicada durante o ano de 2006 e que, a partir de 1 de Janeiro de 2007, as instituições nacionais se encontrem sujeitas a novas regras no cálculo dos requisitos de capitais próprios. Esta nova regulamentação vai trazer alterações na gestão das instituições e criar novos incentivos para um maiorinvestimento nas metodologias e tecnologias de gestão de riscos, sobretudo para aquelas que se candidatem à utilização dos métodos mais avançados.

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A CGD está a desenvolver, desde 2002, o Programa Basileia II tendo em vista a aplicação das novas regras e a utilização de modelos internos no cálculo dos requisitos de capitais próprios. A execução daquele programa continuou, em 2005, com a construção de um DataMart de risco, o desenvolvimento de modelos de risco de crédito e de mercado, a aquisição e implementação de ferramentas informáticas, a elaboração de manuais de risco e a preparação e realização de acções de formação.

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CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO

REDE DE BALCÕES

O número de balcões que integravam a rede do Grupo CGD, no final do ano, ascendeu a 1 099 dos quais 771 em Portugal e 328 no estrangeiro. A rede doméstica diminuiu 9 unidades tendo sido inaugurados 8 balcões, integrados 12 em outros já existentes e encerrados 5 da rede Empresas e Soluções.

Número de Agências Bancárias do Grupo

2004 2005

CGD (Portugal) (a) 778 770Caixa-Banco de Investimento (b) 3 2Banco Simeón 173 175Banco Nacional Ultramarino (Macau) 11 11Banco Comercial e de Investimentos (Moçambique) 32 35Banco Interatlântico (Cabo Verde) 4 5Banco Comercial Atlântico (Cabo Verde) 24 24Mercantile Lisbon Bank Holdings 14 15Sucursais da CGD 56 61Subsidiária Offshore de Macau - 1

Total 1 095 1 099

Escritórios de representação 10 10(a) Inclui a Rede Empresa & Soluções, com 42 agências em 2005. (b) Inclui uma Sucursal em Madrid.

Para promover o atendimento especializado aos clientes do Serviço Caixazul foram criados, em 2005, na rede de balcões 176 novos espaços próprios, totalizando 377 no final do ano.

No exterior, salienta-se a abertura de 4 balcões de atendimento na Sucursal de Timor,alargando a sua presença a oito distritos do Território e contribuindo desta forma para a melhoria do acesso da população local aos produtos e serviços bancários, e de 3 balcões no Banco Comercial e de Investimentos (BCI Fomento), passando, assim, a estar representado em todas as capitais provinciais de Moçambique, com um total de 35 agências.

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CANAIS ELECTRÓNICOS

Caixautomática Multibanco e TPA

Em 2005, a CGD continuou a expandir-se e a aperfeiçoar as suas redes de auto-serviço bancário – CAIXAUTOMÁTICA e MULTIBANCO - promovendo a externalização das operações automatizáveis para os meios electrónicos. Tais redes assumem, por isso, umafunção de complementaridade da agência, detendo um papel vital no incremento das transacções de rotina e transformando uma crescente parte da actividade da Caixa, numalógica de “banca de relações” com o cliente, ao invés da característica banca de transacções.

No final do ano, o número de unidades ATM das duas redes CAIXAUTOMÁTICA e MULTIBANCO atingia o número de 4 343, contra 4 009 em 2004 (+8%), as quais processaram, no ano, cerca de 244 milhões de transacções (+10%). A modernização dos equipamentos foi uma das preocupações, traduzindo-se em 2005 na instalação de mais184 caixas de depósito inteligente, as quais permitem a identificação automática de notas e ficando de imediato disponíveis na conta do cliente.

Esta evolução tem permitido incrementar significativamente a taxa de automatização dos balcões (medida pelo peso das transacções no Serviço Caixautomática, no total das transacções automatizáveis no balcão e no serviço) a qual se situava no final de 2005 em61,2%. Para este resultado muito contribuiu a conclusão do Programa de Migração de Transacções para as redes automáticas. Considerando, porém, os diversos canais não presenciais da CGD (ATM - rede Multibanco, ATM – rede Caixautomática, canal telefone e os canais internet banking) a taxa de automatização global no final de 2005 atingiu os 75%.

Na rede MULTIBANCO, partilhada com a SIBS, o parque de caixas automáticas apoiadas pela CGD somava no final do ano 1 734 (+4%), número que representa cerca de 16% das máquinas no sector bancário. Tal crescimento deveu-se essencialmente à instalação de equipamentos em locais não bancários, potenciando o valor da conveniência, destacando-se em 2005 as instaladas em grandes superfícies comerciais e juntas de freguesia.

O número de equipamentos em locais não bancários atingiu 873 unidades (+7%), pela primeira vez ultrapassando o número de equipamentos em locais bancários, número que representa 50,3% do parque total, contra os 49% do ano transacto.

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A rede de Terminais de Pagamento Automático (TPA) da CGD cresceu 7,5% face a 2004 atingindo as unidades disponibilizadas junto dos utilizadores o número de 14 083.

Novos Canais Electrónicos

Durante o ano o desenvolvimento do relacionamento multicanal, através da articulação entre canais electrónicos presenciais e não presenciais, continuou um dos objectivos fundamentais da actividade da Caixa na sua relação com o cliente.

O Grupo intensificou a melhoria do acesso à plataforma multicanal, que integra os seguintes canais:

Para clientes particulares: – O CAIXADIRECTA

– O CAIXADIRECTA ON-LINE, que utiliza a internet– O CAIXA UNIVERSIDADE POLITÉCNICO (AUC - Agência Universitária Central) – O CAIXADIRECTA WAP, que utiliza a internet via telemóvel– O CAIXADIRECTA SMS– O CAIXADIRECTA INVEST, que faculta um serviço de corretagem on-line.

Para clientes Empresas e Institucionais: – O CAIXA E-BANKING

E, ainda, a seguinte plataforma:

– O CAIXACONTACTCENTER

Caixadirecta

O canal CAIXADIRECTA é o serviço de banco telefónico da CGD, através do qual o cliente acede a um leque alargado de operações, ao nível da consulta e movimentação das suas contas, obtenção de simulações de crédito (habitação e pessoal) e ainda de informação sobre a oferta da CGD.

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O canal Caixadirecta registou durante o ano um aumento do número de clientes de cerca de 37%, ultrapassando neste momento os 675 mil aderentes, fruto da campanha publicitária de dinamização do serviço, efectuada nomeadamente através dos media e de acções de telemarketing realizadas pela área de outbound do CaixaContactCenter. O crescimento do número de clientes explica em grande medida o número de chamadas recebidas através do inbound, + 47%, atingindo em 2005, um número total de cerca de 2,5 milhões de chamadas.O índice de automatização subiu significativamente, com 85% das chamadas recebidas a serem atendidas pelo modo automático enquanto, em termos de nível de serviço, 77% das chamadas foram atendidas em menos de 30 segundos.

Caixadirecta on-line

A Caixadirecta-on-line é o canal de internet banking da CGD, o qual foi profundamenterenovado em 2005, com alterações ao nível do design, da navegação, proximidade do cliente, visão ampliada do património detido e maior enfoque na lógica do negócio. Houve a preocupação com a vertente de segurança e o incremento de novas funcionalidades, destacando-se a disponibilização da “caixa de correio” - mensagens seguras entre os clientes e a rede comercial através do serviço, a adesão a novos cartões e a adaptação da área de bolsa e de fundos ao novo sistema de gestão de activos financeiros.

A consolidação do serviço traduziu-se no aumento dos contratos activos que atingiu o númerode cerca de 418 mil, tendo os novos contratos no ano progredido 154%. O número de operações realizadas com sucesso ascendeu a 137 milhões (+75%), muito contribuindo para tais resultados a campanha Caixadirecta que decorreu entre Junho e Julho.

Caixa e-banking

O serviço da CAIXA E-BANKING é o canal de internet banking para o segmento de empresase entidades institucionais. Em 2005, foram implementadas neste serviço novas funcionalidades, passando o Caixa e-banking a apresentar duas novas áreas, Bolsa e Cartões. Na área de Bolsa o cliente pode agora consultar cotações e respectivo histórico, carteira de títulos e eventos de bolsa, e na área de cartões, pode aceder aos seus cartões de débito, crédito e cash and carry.

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Em relação às optimizações salientam-se a possibilidade de consultar os valores a aguardar cobrança e a respectiva data de disponibilização, o IBAN e o SWIFT, o extracto em formato “pdf” e, em simultâneo com a descontinuação dos extractos diários gratuitos em papel, a inclusão da Região Autónoma dos Açores no pagamento da Taxa Social Única bem como a possibilidade de personalizar as contas CGD e os NIB’s de utilização mais frequente.

Estiveram presentes as preocupações com a segurança na realização das transacções, através da composição de determinados códigos pelos utilizadores.

Por forma a melhorar a articulação com a rede comercial foi disponibilizado um endereço de mail, para o qual têm sido enviadas sugestões e esclarecidas questões sobre a utilização do serviço.

Estas medidas traduziram-se em aumentos, tanto dos novos contratos (+51%), num total acumulado de 43 mil, como de operações efectuadas com sucesso (+44%), atingindo cerca de 18 milhões. O crescimento de transacções resultou sobretudo da atractividade do serviço, da sua constante optimização e da introdução de novas funcionalidades desde o seu lançamento em 2002.

Caixa Universidade Politécnico - Agência Universitária Central

O canal CAIXA UNIVERSIDADE POLITÉCNICO a funcionar desde o dia 1 de Setembro de 2005, integra a plataforma CaixaContactCenter e pretende dinamizar a gestão do segmento universitário, através de um modelo de banca à distância. O modelo assente na Agência Universitária Central que tem o apoio das lojas universitárias e das restantes agências da rede, proporcionando um relacionamento efectivo com os clientes durante a vida académica, de modo a aumentar o grau de satisfação, para que no inicio da sua vida activa se mantenha na CGD como parceiro financeiro preferencial.

A Agência Universitária Central funciona como uma agência à distância, disponível 24 horas por dia, todos os dias do ano, estabelecendo-se o contacto através de um número azul, específico e diferenciado do Caixadirecta, e de um endereço de e-mail.

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QUADRO REGULAMENTAR DAS CONTAS CONSOLIDADAS, DE ACORDO COM AS NOVAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE IAS/IFRS

NORMATIVO

De acordo com o Regulamento n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, as sociedades cujos valores mobiliários (acções e/ou obrigações) estejamadmitidos à negociação num mercado regulamentado de qualquer Estado membro devemelaborar as suas contas consolidadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), também conhecidas por Normas Internacionais de Contabilidade, com início em 1 de Janeiro de 2005.

O referido Regulamento determinou ainda a apresentação de informação comparável para o exercício de 2004, excepto no que respeita às Normas 32 (contabilização e informaçãode instrumentos financeiros), 39 (reconhecimento e mensuração dos instrumentosfinanceiros) e IFRS 4 (contratos de seguros), que só entraram em vigor no dia 01.01.2005.

Através do Aviso n.º 1/2005, o Banco de Portugal regulamentou a aplicação das referidas normas e estabeleceu o modelo de reporte para as entidades sujeitas à sua supervisão.

Atendendo a que a CGD se encontra abrangida pelo Regulamento mencionado, a informação financeira consolidada foi preparada com base na aplicação das IAS/IFRS.

Tendo em vista a comparabilidade das demonstrações financeiras consolidadas com o ano de 2004, a CGD preparou demonstrações financeiras trimestrais relativas a 2004 convertidas para as IAS/IFRS, com as excepções relativas às normas atrás mencionadas,estando neste caso os instrumentos valorizados e contabilizados de acordo com o Plano de Contas para o Sistema Bancário (PCSB).

Ao nível das contas individuais, o Banco de Portugal, através da carta circular n.º102/04/DSBDR, de 23 de Dezembro de 2004, estabeleceu que as demonstraçõesfinanceiras individuais de 2005 e anos seguintes das Instituições de Crédito com títulos cotados passavam a ser elaboradas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA).

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As NCA reflectem os princípios de reconhecimento contabilístico e avaliação das IAS/IFRS, com excepção das seguintes matérias, em que o Banco de Portugal continua a regulamentar os procedimentos de contabilização e avaliação, a saber:

Valorização e provisionamento do crédito a clientes, que continua a obedecer aos princípios aos anteriormente constantes do PCSB; Diferimento e reconhecimento faseado ao longo de 5 a 7 anos dos impactos de transição dos benefícios dos trabalhadores; Restrição da aplicação de algumas opções permitidas pelas IAS/IFRS.

PRINCIPAIS IMPACTOS DE TRANSIÇÃO PARA AS IAS/IFRS EM 01.01.2005

A aplicação das normas IAS/IFRS desde 1 de Janeiro de 2005 determinou um conjunto de ajustamentos de transição nas contas consolidadas em 31.12.2004, com impacto ao nível do activo, passivo e capitais próprios. De entre os impactos mais significativos nos capitais próprios, destacam-se os seguintes:

Consolidação integral da actividade seguradora: As IAS/IFRS determinam a consolidação integral das seguradoras que no PCSB eram consolidadas pelo método de equivalência patrimonial.

Consolidação das SPE: Passaram a ser consolidadas, no âmbito das IAS/IFRS, os “SpecialPurpose Entities” (SPE) em que a CGD exerce controlo ou em que lhe sejamsubstancialmente atribuíveis os respectivos riscos e benefícios, abrangendo, no caso, os veículos constituídos no âmbito das operações de titularização. Este facto implicou o reconhecimento no balanço das operações de securitização de crédito à habitação e ao consumo.

Justo valor e imparidade na carteira de títulos e participações financeiras: As carteiras de títulos de investimento e de participações financeiras (com excepção das subsidiárias e associadas) foram reclassificadas para as categorias de “activos financeiros avaliados ao justo valor por contrapartida de resultados” e de “activos financeiros disponíveis para venda”. As IAS/IFRS determinam a contabilização dos títulos classificados nestas

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categorias pelo justo valor, permitindo assim o reconhecimento das mais-valias e das menos-valias potenciais. No PCSB não era permitido o reconhecimento das mais-valiaspotenciais, enquanto que as menos-valias de participações financeiras eram provisionadas parcialmente. O impacto destas alterações nos capitais próprios da CGD somou 394,6 milhões de euros, incluindo o efeito das participações da CGD no Unibanco e Unibanco Holding. Estas participações detidas através da Caixa Brasil, SGPS, que antes eramcontabilizadas pelo método de equivalência patrimonial, foram reclassificadas em“activos financeiros disponíveis para venda”, originando um impacto positivo nos capitais próprios de cerca de 256,8 milhões de euros.

Imparidade do Crédito - As normas do PCSB exigiam a constituição de provisões específicas para o crédito vencido de forma automática pelo critério de garantia e de antiguidade da situação de incumprimento, enquanto que as IAS/IFRS estipulam o reconhecimento da imparidade no crédito, em função das estimativas do valor recuperável e incorporando o factor do desconto. O montante de imparidade apurado, com referência à data de transição, teve um impacto negativo de 42,3 milhões de euros;

Activos intangíveis e tangíveis: As IAS/IFRS determinam o reconhecimento de imparidade nesses activos quando exista uma estimativa de perda de valor não recuperável do investimento efectuado. Por outro lado, foi necessário reclassificar activos que à luz das IAS/IFRS não constituem activos intangíveis e ajustar as taxas de depreciação dos investimentos qualificados como activos tangíveis e intangíveis. As alterações efectuadas induziram um impacto negativo de 29,8 milhões de euros neste conjunto de activos.

Periodificação das comissões: Nas regras do PCSB as comissões relativas a operações de crédito e outros instrumentos financeiros eram registadas quando cobradas. De acordo com as IAS/IFRS, as comissões associadas a instrumentos financeiros que não tenham a natureza de remuneração por prestação de serviços são periodificadas ao longo da vida das referidas operações. A periodificação deste conjunto de comissões traduziu-se numimpacto de transição para as IAS/IFRS negativo de 83,9 milhões de euros.

Justo valor de derivados: As IAS/IFRS determinam que todos os derivados, incluindo os de cobertura, devem ser relevados ao justo valor. Caso se encontrem reunidas as condições para a aplicação de contabilidade de cobertura definidas pelo IAS 39, o impactoda valorização do derivado é compensado pela valorização dos elementos cobertos. O impacto da aplicação destas normas traduziu-se num valor de –1,2 milhões de euros.

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Responsabilidade com pensões de reforma e outros benefícios aos empregados: De acordo com as IAS/IFRS, as responsabilidades com as pensões de reforma devem ser calculadas com recurso a pressupostos e parâmetros actuariais de mercado. As referidas normas,determinaram também o reconhecimento de outras responsabilidades pós-emprego,designadamente com o plano médico.

A CGD procedeu ao cálculo das responsabilidades com as pensões para 31/12/2003 e 31/12/2004 de acordo com os pressupostos e parâmetros exigidos pelas IAS/IFRS, e optou pela hipótese de “Reset” dos custos diferidos e do corredor, ainda não relevados em resultados, pelo que em 31/12/2004, transferiu cerca de 159,5 milhões de euros para a conta de reservas.

A CGD teve ainda de reconhecer em 31/12/2004 cerca de 342,9 milhões de euros relativos a responsabilidades com os outros benefícios aos empregados. As responsabilidades com o plano de pensões e outros benefícios relativos aos empregadosdas outras empresas do Grupo CGD, induziram um agravamento da situação líquida consolidada em cerca de 6,8 milhões de euros.

Impostos diferidos activos: Os impostos diferidos activos, que não eram reconhecidos no âmbito da aplicação do PCSB, passaram a ser integrados nas contas desde que seja provável a existência de lucros tributáveis que venham a absorver as diferenças temporárias dedutíveis (incluindo prejuízos fiscais).

O montante líquido de impostos diferidos apurado teve um impacto positivo na situação líquida de 317,5 milhões de euros.

Estes ajustamentos resultantes da aplicação das normas IAS/IFRS, sintetizados no quadro seguinte, tiveram globalmente impacto favorável no volume de capitais próprios consolidados na transição de 31/12/04 para 01/01/05:

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Ajustamentos de Transição(milhões de euros)

Capitais próprios consolidados em 31.12.2004 (PCSB) 3 290,1Justo valor e imparidade na carteira de títulos e participações financeiras 394,6

do qual:- Reclassificação das participações no Unibanco e Unibanco Holding 256,8

Imparidade do crédito -42,3Activos tangíveis e intangíveis -29,8Periodificação das comissões de crédito -83,9Justo valor de derivados -1,2Responsab. com pensões de reforma e outros benefícios de empregados -509,2Contratos de seguros (IFRS 4) -15,9Impostos diferidos activos 317,5Outros ajustamentos -16,8

Capitais próprios consolidados, em 01.01.2005, após ajustamentos (IAS) 3 303,1

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ANÁLISE FINANCEIRA

ACTIVIDADE CONSOLIDADA

As contas consolidadas da CGD referentes ao exercício de 2005 foram preparadas emconformidade com as normas IAS/IFRS, que estão em vigor desde 1 de Janeiro. De forma a reportar a informação relativa ao período homólogo anterior em base comparável, as demonstrações financeiras referentes a 2004 foram reajustadas aos mesmos critérios de 2005 (contas pró-forma), com excepção das normas 32 (contabilização e informação de instrumentos financeiros), 39 (reconhecimento e mensuração dos instrumentos financeiros) e IFRS 4 (contratos de seguros). Estas excepções dificultaram a comparabilidade directa de algumas rubricas contabilísticas, mesmo após a conversão das contas de 2004 para as normasIAS/IFRS.

Evolução do Balanço

O Activo Líquido total do Grupo CGD situou-se, no final de 2005, em 86,5 mil milhões de euros, +10,3% do que a base comparável em igual data do ano anterior. Entre as suas diversas componentes salienta-se a progressão verificada no Crédito a Clientes (+3 mil milhões de euros, +6,5%), na carteira de Títulos (+2 mil milhões de euros, +11,8%) e nas Disponibilidades e Aplicações em Instituições de Crédito (+1,9 mil milhões de euros, +19%).

No contexto do Grupo, a actividade individual da CGD representa 77,6% do Activo Líquido, enquanto a expressão do conjunto das seguradoras, agrupadas na Caixa Seguros atinge os 12,7%, contra 9,5% em 2004. Este crescimento dos seguros, na estrutura do Activo do Grupo, resultou da integração da Império Bonança no início do ano.

Entre as restantes Instituições do Grupo salienta-se o Banco Siméon em Espanha, e a Caixa Leasing e Factoring, cujos activos têm um peso no Activo do Grupo de 2,6% e 1,8%, respectivamente.

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Balanço Consolidado do Grupo CGD Saldos em 31 de Dezembro

(milhões de euros) 2004 2005 Variação

Absoluta RelativaActivoCaixa e disponibilidades em bancos centrais 3 211 1 989 -1 222 -38,1%Aplicações em instituições de crédito 6 737 9 861 3 124 46,4%Crédito a clientes 46 889 49 936 3 047 6,5%Aplicações em títulos 17 327 19 368 2 042 11,8%Investimentos em filiais e associadas 288 308 20 6,9%Propriedades de investimento 247 311 64 26,0%Activos intangíveis e tangíveis 1 145 1 386 242 21,1%Activos por impostos correntes 75 11 -65 -85,9%Activos por impostos diferidos 365 437 72 19,6%Provisões técnicas de resseguros cedidos 146 232 86 58,4%Outros activos 1 923 2 621 698 36,3%Total 78 355 86 461 8 107 10,3%PassivoRecursos de bancos centrais e instit. decrédito 3 740 4 386 646 17,3%Recursos de clientes 47 863 50 162 2 298 4,8%Passivos financeiros 561 1 022 461 82,2%Responsabilidades representadas por títulos 12 486 11 652 -834 -6,7%Provisões 632 721 89 14,0%Provisões técnicas de actividade de seguros 4 310 7 010 2 700 62,6%Passivos subordinados 1 608 1 702 94 5,8%Outros passivos 3 834 5 480 1 646 42,9%Soma 75 036 82 136 7 100 8,3%CAPITAIS PRÓPRIOS 3 318 4 325 1 007 30,4%Total 78 355 86 461 8 107 10,3%

Por entidades, o Activo Líquido Consolidado encontrava-se distribuído da seguinte forma:

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Activo Líquido Consolidado do Grupo CGD Saldos devedores em 31 de Dezembro

(milhões de euros) 2004 2005

Valor Estrutura Valor EstruturaGRUPO CGD

Caixa Geral de Depósitos 62 036 79,2% 67 092 77,6%

Caixa-Seguros 7 500 9,6% 11 000 12,7%

Banco Simeón (Espanha) 2 080 2,7% 2 246 2,6%

BNU-Banco Nacional Ultramarino, SA (Macau) 871 1,1% 949 1,1%

Caixa-Banco de Investimento 998 1,3% 1 169 1,4%

Caixa Leasing e Factoring 1 551 2,0% 1 572 1,8%

Banco Comercial Atlântico (Cabo Verde) 385 0,5% 429 0,5%

Banco Com. e de Investimentos (Moçambique) 296 0,4% 337 0,4%

Outras empresas (a) 2 638 3,4% 1 667 1,9%

Activo Líquido Consolidado 78 355 100,0% 86 461 100,0%(a) Inclui as unidades do Grupo consolidadas pelo método de equivalência patrimonial, o qual apenas integra

Capitais Próprios na proporção detida pela CGD.

Disponibilidades e Aplicações e Recursos em Instituições de Crédito

As Disponibilidades e Aplicações em Instituições de Crédito progrediram 1,9 mil milhões de euros (+19%), enquanto o volume de recursos com a mesma origem registou um acréscimo de 646 milhares de euros, mantendo-se a confortável situação de liquidez do Grupo.

No tocante aos Recursos de IC’s, dando continuidade à dinamização de linhas de crédito de longo prazo com organizações internacionais, a CGD assinou, em 2005, com o Kreditanstaltfür Wiederaufbau (KFW), um contrato de 900 milhões de euros, que teve por objectivo suportar uma nova campanha de crédito à habitação jovem e, com o Banco Europeu de Investimento (BEI), um contrato de 100 milhões de euros de novos créditos.

O ano encerrou com um total contratado de 2 520 milhões de euros em linhas de longo prazo com o BEI (933 milhões de euros), com o KfW (1 450 milhões) e com o Banco do Conselho da Europa (137 milhões), permitindo poupanças muito significativas em termos de custos e ao mesmo tempo contribuindo de forma positiva para o alargamento do prazo da dívida.

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Crédito a Clientes

O Crédito a Clientes (ilíquido) ascendeu a 51,3 mil milhões de euros, com um crescimento de 6,7%, suportado em boa parte pelo crédito à habitação, que progrediu 9,2% (ver capítulo “Indicadores de Actividade”).

O crédito da actividade individual da CGD, por seu turno, somou 45,4 mil milhões de euros e o das filiais bancárias no estrangeiro, 3,1 mil milhões, salientando-se entre estas a contribuição do Banco Simeón, com 2 mil milhões de euros (+13,4%), e o da Caixa Leasing e Factoring, com 1,5 mil milhões de euros (+1,9%).

Crédito Vencido, Imparidade e Provisões Económicas

No âmbito do Crédito a Clientes, os crédito e juros vencidos somaram 1 255 milhões de euros, apresentado um agravamento de 110 milhões (+9,6%) face ao ano anterior. Contudo, o rácio do crédito com incumprimento, calculado de acordo com as normas do Banco de Portugal, situou-se, no final do ano, em 2,7% em termos consolidados, valor semelhante ao registado no ano anterior.

O rácio de crédito vencido relativamente ao crédito total, por seu lado, manteve-se nos 2,4%, valor que se reduz para 2,2%, considerando apenas o crédito vencido há mais de 90 dias.

O montante da imparidade acumulada relativa ao crédito a clientes (normal e vencido) atingiu os 1 401 milhões de euros, tendo sido reforçada em 191 milhões (+15,7%), o que representa um grau de cobertura de crédito vencido de 105,7% em 2004, elevado para 111,7% em 2005. Se considerarmos o crédito vencido há mais de 90 dias, o grau de cobertura eleva-se para 125,2%.

Nas contas individuais e de acordo com normas do Banco de Portugal, são calculadas “provisões económicas”, tendo em vista a quantificação do risco implícito da sua carteira de crédito e a determinação de um índice de cobrabilidade, de modo a aferir da adequação das provisões efectivamente constituídas, face às necessárias do ponto de vista económico.Aquele cálculo abrange os segmentos de empresas e de particulares e tem como âmbito o crédito sobre clientes, garantias prestadas e outros passivos eventuais e serve de suporte à elaboração de relatório independente e de confirmação do adequado provisionamento dos créditos da CGD.

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Créditos sobre Clientes (Consolidado) Saldos devedores em 31 de Dezembro

(milhões de euros)2004 2005 Variação

Absoluta Relativa1. Crédito total 48 100 51 337 3 238 6,7%

1.1. Crédito sobre clientes (vincendo) 46 954 50 083 3 128 6,7%1.2. Crédito e juros vencidos 1 145 1 255 110 9,6% Do qual: vencido há mais de 90 dias 1 067 1 119 52 4,9%

2. Imparidade do crédito 1 211 1 401 191 15,7%2. 1. Imparidade acumulada–Crédito a clientes 521 530 9 1,8%2. 2. Imparidade acumulada–Crédito e juros vencidos 690 871 181 26,3%

3. Crédito líquido de imparidade 46 889 49 936 3 047 6,5% Rácios

Rácio de crédito com incumprimento (1) 2,68% 2,69%Crédito com incumprimento líquido/crédito total líquido (1) 0,16% -0,04%Crédito vencido / Crédito total 2,38% 2,44%Crédito vencido há mais de 90 dias/Crédito total 2,22% 2,18%Imparidade acumulada/Crédito Vencido 105,7% 111,7%Imparidade acumulada/Crédito vencido há mais de 90 dias 113,4% 125,2%

(1) Indicadores calculados de acordo com a Instrução do Banco de Portugal.

Carteira de Títulos

Na carteira de Títulos, o saldo atingiu 19,4 mil milhões de euros, contra 17,3 mil milhões no final de 2004 (+11,8%), sendo de referir a parcela respeitante ao sector segurador, cujo investimento em valores mobiliários ascendeu a 9,2 mil milhões de euros (+40,0%) e representa 48% do total.

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Aplicações em Títulos (Consolidado)Saldos devedores em 31 de Dezembro

(milhões de euros)2004 2005 Variação

Absoluta Relativa

Actividade bancária 10 736 10 141 -595 -5.5%Activos financeiros ao justo valor através de resultados 7 294 7 595 301 4.1%Activos financeiros disponíveis para venda 3 443 2 546 -896 -26.0%Actividade seguradora 6 591 9 227 2 636 40.0%Activos financeiros disponíveis para venda 6 560 8 558 1 998 30.5%Investimentos assoc. a produtos unit-linked 31 669 638 2065.7%TOTAL 17 327 19 368 2 042 11.8%

Dos quais:Instrumentos de dívida 13 142 14 872 1 729 13,2%

dos quais: Dívida Pública Portuguesa 3 451 4 728 1 277 37,0%Instrumentos de capital 3 128 2 201 -927 -29,6%

Na estrutura da carteira bancária, salienta-se o peso dos “Activos financeiros ao justo valor através de resultados”, 75% do total, que integra os títulos adquiridos para venda no curto prazo, bem como outros cuja venda está relacionada com políticas de gestão do risco de liquidez, taxa de juro ou taxa de câmbio. Os restantes títulos compõem a carteira de “activos financeiros disponíveis para venda” e passou a integrar, também, as participações financeiras anteriormente classificadas no Imobilizado financeiro. Nesta carteira verificou-se, emSetembro, uma alienação da totalidade da participação detida pela CGD, através da Caixa-Brasil, SGPS, no capital do Unibanco, no montante de 617 milhões de euros. Também em2005, a CGD alienou à Parpública, SGPS 4,91% da sua participação no capital social da EDP, no montante de 409 milhões de euros, e adquiriu uma participação de 1,19% na Cimpor, no montante de 37,2 milhões.

A carteira da área seguradora está quase totalmente classificada como “disponível para venda”, tendo aumentado no ano, 2,6 mil milhões de euros (+40,0%).

Por espécies, a carteira consolidada era constituída maioritariamente por instrumentos de dívida sob a forma de obrigações, 75% do total, dos quais 30% respeitantes a dívida pública portuguesa, e o restante em instrumentos de capital, sob a forma de acções.

Na globalidade da carteira os “activos financeiros ao justo valor através de resultados” representavam 39% do total e os “activos disponíveis para venda” 57%.

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Recursos de Clientes

O saldo dos Recursos de Clientes atingiu 50,2 mil milhões de euros aumentando, no ano, 2 299 milhões (+4,8%), com origem sobretudo nos depósitos à ordem e a prazo.

Recursos de Clientes (Consolidado)Situação em 31 de Dezembro

(milhões de euros) 2004 2005 Variação

Absoluta RelativaDepósitos 45 215 47 766 2 551 5,6%

À Ordem 15 456 17 364 1 908 12,3%A prazo 20 168 20 908 740 3,7%De poupança 8 653 8 646 -7 -0,1%Obrigatórios 937 848 -90 -9,5%

Outros Recursos 2 648 2 396 -252 -9,5%Total 47 863 50 162 2 299 4,8%

No saldo dos Depósitos, cabe à actividade individual da CGD um montante de 43,1 milmilhões de euros, equivalente a cerca de 90% do total consolidado.

Na estrutura do Balanço, o rácio de transformação de depósitos em crédito fixou-se em104,5%, valor superior ao verificado no final do ano transacto (103,7%).

Responsabilidades Representadas por Títulos

As Responsabilidades Representadas por Títulos somaram 11 652 milhões de euros, registando uma redução no saldo de 6,7% face a 2004, o que reflectiu significativos volumesde vencimentos, não obstante a CGD ter prosseguido com a utilização contínua e flexível dos seus principais instrumentos de captação de recursos no mercado internacional o Programade Euro Medium Term Notes (EMTN), que constituem recursos no médio e longo prazos, e os Programas de Commercial Paper em euros (ECP) e em dólares (USCP), no segmento de curto prazo.

Ao nível do Programa EMTN, concluiu 157 novas operações num total de 2,1 mil milhões de euros, embora no final do ano o saldo vivo do programa (excluindo dívida subordinada) tivesse sofrido uma redução de 536 milhões. Ainda ao abrigo do programa do EMTN, foram

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emitidos títulos, com a característica de subordinação, ascendendo o saldo no final do ano a 1,1 mil milhões de euros, estes contabilizados como Passivos Subordinados.

Responsabilidades representadas por Títulos (Consolidado)Saldos em 31 de Dezembro

(milhões de euros)2004 2005 Variação

Absoluta RelativaEmissões do Programa EMTN (a) 5 443 5 055 -387 -7,1%Emissões do Programa ECP e USCP 3 850 3 520 -330 -8,6%Nostrum Mortgages e Nostrum Consumer 1 308 1 217 -92 -7,0%Obrigações de caixa e Certif. de Depósito 1 886 1 860 -26 -1,4%Total 12 486 11 652 -834 -6,7%(a) Não inclui emissões classificadas como Passivos Subordinados, no montante de 1 072 milhões de euros

em 2005.

O Programa de Euro Commercial Paper continuou a constituir o veículo privilegiado para captação de fundos de curto prazo, com o saldo vivo a situar-se, ao longo do ano, em níveis em geral superiores a 3 mil milhões de euros.

Capitais Próprios

Os Capitais Próprios registaram um aumento de 1 007 milhões de euros (+30,4%), resultado de variações positivas nas reservas de justo valor, nos interesses minoritários e nos resultados do exercício.

Capitais Próprios (Consolidado)Situação em 31 de Dezembro

(milhões de euros)2004 2005 Variação

Absoluta RelativaCapital social 2 950 2 950 - 0.0%Prémio de emissão 300 0 -300 -100,0%Reservas de justo valor 126 565 440 349,4%Outras reservas 621 -68 -689 -110,9%Resultados transitados -1 199 -347 852Resultado do exercício 223 538 315 141,2%Interesses minoritários 298 687 389 130.8%Total 3 318 4 325 1007 30,4%

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O crescimento das reservas de justo valor deveu-se essencialmente à valorização dos activos das seguradoras, enquanto o reforço dos interesses minoritários foi originado pela emissão de acções preferenciais (Tier 1), no montante de 350 milhões de euros.

Por outro lado, e tendo em consideração a existência de um resultado transitado negativo de 1 067 milhões de euros, registado nas contas aprovadas do exercício de 2004, a AssembleiaGeral da CGD aprovou em 17 de Junho de 2005 a sua regularização através da aplicação da Reserva de Prémio de Emissão de 300 milhões de euros, de parte da Reserva Legal em 539 milhões e do Resultado do Exercício da actividade individual de 228 milhões. A redução no valor da Reserva Legal explica a maior parte da variação registada em 2005 em Outras Reservas.

Rácio de Solvabilidade

O rácio de solvabilidade consolidado, calculado nos termos dos normativos do Banco de Portugal, apresentou um valor de 12,4%, significativamente acima do verificado no ano anterior (9,4%).

Rácio de Solvabilidade (Em Base Consolidada) (a)Saldos devedores em 31 de Dezembro

(milhões de euros)2004 2005

1. Fundos próprios totais 4 183 5 849 a) De base 2 792 3 507 b) Complementares 1 873 2 697 c) Deduções 482 355

2. Activos ponderados (riscos de crédito) e riscos de mercado 44 683 47 117 3. Requisitos de fundos próprios 3 575 3 769 4. Fundos próprios excedentários (1.-3.) 608 2 080 5. TIER 1 ((1a)./(3.*12,5)) 6,2% 7,4%6. Rácio de solvabilidade (1./(3.*12,5)) 9,4% 12,4%(a) De acordo com as normas do Banco de Portugal.

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Os fundos próprios totais, determinados para efeito do rácio de solvabilidade, ascenderam a 5 849 milhões de euros, contra 4 183 milhões em 2004 (+39,8%).

Para aquela variação, os fundos próprios de base (TIER I) concorreram com +715 milhões de euros provenientes da emissão de acções preferenciais (+350 milhões de euros), da inclusão dos impostos diferidos activos (+175 milhões de euros) e de outros montantes em reservas livres, em resultados transitados e em outras rubricas. No respeitante às deduções que habitualmente assumem um maior peso negativo nos fundos próprios de base, a variação relativa às imobilizações incorpóreas foi pouco significativa (-11 milhões de euros em 2005). Quanto aos custos diferidos com contribuições para Fundo de Pensões, o respectivo montante(140 milhões de euros) foi totalmente reflectido em Resultados Transitados, na sequência da adopção das normas IAS.

No tocante aos fundos próprios complementares, o crescimento atingiu os 824 milhões de euros e proveio, essencialmente, das reservas de reavaliação (+498 milhões de euros) e da inclusão das provisões para riscos gerais de crédito (+338 milhões de euros), que anteriormente eram abatidas aos activos ponderados. A contribuição da dívida subordinada perpétua e não perpétua para esta componente dos fundos próprios foi de 1 563 milhões de euros mantendo-se, porém, quase inalterada face a 2004, devido ao facto de as novas emissões de 2005 terem sido acompanhadas do exercício de call option de operações existentes.

De referir ainda, a melhoria verificada nas deduções aos fundos próprios totais que baixaramde -482 milhões de euros em 2004 para -355 milhões. Esta evolução deveu-se, fundamentalmente, à redução na participação na EDP, a qual originou a eliminação do abatimento de 165 milhões registado em 2004, bem como à venda da participação accionista no Unibanco, no valor de 188 milhões de euros. Em sentido contrário é de assinalar o excedente da exposição agregada do Grupo CGD, para efeitos de Grandes Riscos, o qual registou um agravamento de 229 milhões de euros relativamente a 2004, devido, sobretudo, à inclusão da Império Bonança no Grupo em 2005.

Quanto aos activos ponderados, alcançaram os 47,1 mil milhões de euros (+5,4%), proporcionando requisitos mínimos de Fundos Próprios de 3 769 milhões, que se comparamcom o total de fundos existentes de 5 849 milhões, ou seja, um excedente de 2 080 milhões de euros, no final de 2005.

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Considerando apenas os Fundos Próprios de Base, o respectivo rácio Tier 1 foi de 7,4%, contra 6,2% no ano transacto, enquanto o Core Tier 1, que corresponde ao rácio de Fundos próprios de base, excluindo as acções preferenciais, se situou em 6,2%.

Resultados e Rendibilidade (*)

Os Resultados Líquidos consolidados do Grupo Caixa Geral de Depósitos, em 2005, ascenderam a 537,7 milhões de euros, valor que traduz, numa base comparável (*), uma taxa de crescimento de 31,9% e um aumento de 129,9 milhões de euros.

Aquele valor reflecte a significativa progressão no Produto da Actividade, +495,0 milhões de euros (+23,2%), proveniente da Margem Complementar (+93,7%) e da Margem Técnica da actividade de seguros (+37,6%).

A Margem Financeira totalizou 1 454,4 milhões de euros, montante não totalmentecomparável com o de 2004, devido à aplicabilidade da norma IAS 39 apenas a partir de 1 de Janeiro de 2005, excluindo, portanto, naquele ano, determinados valores relativos a instrumentos financeiros que foram integrados na margem complementar.

Salienta-se, no entanto, que a margem financeira do negócio da banca de retalho, actividade dominante da CGD, ascendeu a 994,4 milhões de euros, com um crescimento de 10,3%.

A margem complementar somou 658,3 milhões de euros (+93,7%), destacando-se a parcela referente aos resultados em operações financeiras, com 297,2 milhões de euros, fruto da valorização dos instrumentos financeiros que compõem a carteira de títulos, bem como da mais-valia líquida (142,8 milhões de euros) realizada na venda da participação accionista no Unibanco. Esta mais-valia não influenciou os resultados, já que foi afecta a provisões para riscos e encargos, ao reforço da imparidade e à cobertura de outros factos não recorrentes. Ainda nesta margem, menciona-se o valor das comissões líquidas que atingiram os 319 milhões de euros (+4,9%).

(*) Para efeitos de comparabilidade neste capítulo, nas contas de 2004 preparadas de acordo com as NormasIAS/IFRS, foram deduzidos em custos com pessoal os efeitos não recorrentes, no montante de 184,9 milhõesde euros, resultantes da transferência de responsabilidades do Fundo de Pensões da CGD para a Caixa Geralde Aposentações.

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Demonstração de Resultados (Consolidado) (*)

(milhares de euros) 2004 2005 Variação

Absoluta RelativaMargem financeira alargada (1) 1 417 881 1 454 462 36 581 2,6%Juros e rendimentos similares 2 837 103 3 277 889 440 786 15,5%Juros e encargos similares 1 491 467 1 912 460 420 993 28,2%Rendimentos de instrumentos de capital 72 245 89 033 16 788 23,2%Margem complementar (2) 339 860 658 285 318 425 93,7%Rendimentos de serviços e comissões (líquido) 299 837 319 440 19 604 6,5%Resultados em operações financeiras -40 811 297 218 338 029 -Outros resultados de exploração 80 834 41 627 -39 207 -Margem técnica da activ. seguradora (3) 372 626 512 648 140 022 37,6%Prémios líquidos de resseguro 1 735 598 2 376 226 640 628 36,9%Rendimento invest. afecto contratos de seguro 199 134 245 952 46 819 23,5%Custos com sinistros líquidos de resseguro 1 482 189 1 955 489 473 300 31,9%Comissões e outras prov. e custos associados -79 917 -154 041 -74 125 92,8%Produto da actividade (4)=(1)+(2)+(3) 2 138 827 2 625 395 486 568 22,7%Custos operativos (5) 1 435 754 1 627 800 192 046 13,4%Custos com pessoal (*) 739 350 859 140 119 790 16,2%Fornecimentos e serviços de terceiros 583 959 643 557 59 598 10,2%Depreciações e amortizações 112 445 125 103 12 658 11,3%Resultado bruto de exploração (6)=(4)-(5) 703 073 997 596 294 523 41,9%Provisões e imparidade (7) 260 664 348 867 88 203 33,8%Provisões líquidas de anulações 55 923 64 026 8 103 14,5%Imparidade de crédito, líquida 225 633 252 419 26 786 11,9%Imparidade de outros activos, líquida -20 892 32 422 53 314 -Resultados em empresas associadas (8) 20 048 25 049 5 001 24,9%Resultados, antes de impostos e de interesses minoritários (9)=(6)-(7)+(8) 453 998 673 778 219 780 48,4%Impostos (10) 41 160 118 995 77 835 189,1%Correntes 21 370 124 610 103 240 483,1%Diferidos, líquido 19 790 -5 615 -25 405 -Resultado líquido consolidado do exercício (11)=(9)-(10) 412 838 554 783 141 945 34,4%

Atribuível a interesses minoritários 5 079 17 116 12 037 237,0%Atribuível ao accionista da CGD 407 759 537 667 129 908 31,9%

(*) Para efeitos de comparabilidade, os custos com pessoal de 2004 foram ajustados de custos não recorrentes, no montante de 184,9 milhões de euros, relacionados com a transferência do Fundo de Pensões da CGD para a CGA.

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A margem técnica da actividade de seguros atingiu 512,6 milhões de euros (+37,6%), com umritmo de progressão nos prémios de seguros (+36,9%) bastante superior ao dos custos comsinistros (+31,9%). Nesta margem incluiu-se, pela primeira vez, o efeito da integração das contas da Império-Bonança pelo que, excluindo esse efeito, o seu valor teria reduzido 11,6%.

Os custos operativos, que incluem os custos com pessoal, fornecimentos e serviços de terceiros e amortizações, totalizaram 1 627,8 milhões de euros (+13,4%) valor influenciado pelo efeito da integração da Império-Bonança, cuja exclusão significaria um aumento de 3,7%.

Os custos com pessoal cifraram-se em 859,1 milhões de euros, com um aumento de 16,2% ou, excluindo o efeito da seguradora, de apenas 7,5%. Note-se ainda que, para apresentar umaevolução em base comparável, se excluíram, em 2004, os custos associados ao aumento das responsabilidades com pensões dos empregados da CGD transferidas para a CGA, no montante de 184,9 milhões de euros, provenientes de alteração nos pressupostos actuariais, ocorridos nesse ano.

Os custos com fornecimentos e serviços de terceiros ascenderam a 643,6 milhões de euros, valor que baixa para 581,8 milhões (-0,4%), com a exclusão da seguradora Império-Bonança,pela mesma razão atrás referida.

Adicionados das amortizações no montante de 125,1 milhões de euros, os custos operativos conduziram, em termos de eficiência, a um rácio de cost-to-income de 61,2%, contra 66,3% em 2004, valor que reflecte a especificidade de conglomerado financeiro do Grupo CGD, emresultado do peso significativo da actividade seguradora (13% do balanço consolidado). Emfunção do Produto da Actividade, o rácio de custos com pessoal melhorou também de 33,9% para 32,1%.

Rácios de custos operativos

2004 2005Custos Operativos:

Em função do Produto da Actividade (Cost-to-income) 66,3% 61,2%Em função do Activo líquido médio 1,82% 1,95%

Custos com Pessoal em função do Produto da Actividade 33,9% 32,1%

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O Resultado bruto da exploração, antes de provisões e de imparidade, cifrou-se em 997,6 milhões de euros, um crescimento de 303,0 milhões (+43,6%).

O Resultado em empresas associadas, que respeitam à parcela nos lucros das empresasconsolidadas por equivalência patrimonial, em que a CGD detém pelo menos umaparticipação accionista de 20%, alcançou 25 milhões de euros e proveio principalmente das empresas REN-Rede Eléctrica Nacional (22 milhões de euros), SIBS-Sociedade Interbancária de Serviços (1,4 milhões) e AdP-Águas de Portugal (2,7 milhões).

Os Impostos, por seu turno, ascenderam a 119,0 milhões de euros, dos quais 124,6 milhõesrelativos a impostos correntes, que estão influenciados em 2005 pelo reporte de prejuízos fiscais relativos a 2004, resultante sobretudo do reconhecimento de menos-valias emparticipações financeiras. Quanto aos impostos diferidos, com um montante negativo de 5,6 milhões de euros, correspondem a um valor de imposto recuperável no futuro.

Após impostos e interesses minoritários, o Resultado líquido consolidado elevou-se a 537,3 milhões de euros, +31,9% do que em 2004. Os interesses minoritários somaram 17,1 milhõesde euros, e correspondem quer à apropriação de resultados de empresas consolidadas integralmente pela CGD, na parcela accionista não detida pela Caixa, em especial no Banco Comercial e de Investimentos (Moçambique) (4,7 milhões de euros), no Mercantile Lisbon Bank Holdings Limited (África do Sul) (711 milhares de euros) e no Banco Comercial do Atlântico (Cabo Verde) (1,3 milhões de euros), quer aos rendimentos pagos aos tomadoresdas acções preferenciais emitidas pela CGD (10,1 milhões de euros).

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Provisões e Imparidade no Exercício

As dotações líquidas do exercício para provisões e imparidade somaram 348,9 milhões de euros (+29,6%), o que traduz um acréscimo de 79,7 milhões relativamente a 2004.

Mapa de Provisões e Imparidade no Exercício (Consolidado)

(milhares de euros) 2004 2005 Variação

Absoluta RelativaPROVISÕES

Dotação para provisões 193 624 185 116 -8 508 -4,4%Reposição e anulação de provisões 137 701 121 090 -16 611 -12,1%

Provisões (líquidas) 55 923 64 026 8 103 14,5%

IMPARIDADE

A) De Crédito (1-2-3) 225 633 252 419 26 786 11,9%Perdas de imparidade (1) 608 719 667 258 58 539 9,6%

Crédito a clientes 223 963 180 005 -43 958 -19,6%Crédito e juros venc.-créd. a clientes 384 757 487 254 102 497 26,6%

Reversões por perda de imparidade (2) 339 504 369 708 30 204 8,9%Crédito a clientes 202 248 166 469 -35 779 -17,7%Crédito e juros vencidos - créd. a clientes 137 256 203 239 65 984 48,1%

Recuperação de crédito (3) 43 583 45 132 1 549 3,6%De créditos incobráveis 31 431 29 652 -1 779 -5,7%De juros e desp. crédito vencido 12 152 15 480 3 327 27,4%

B) De Outros Activos (1-2) -20 893 32 422 53 315 -Perdas de imparidade (1) 144 197 47 826 -96 370 -66,8%

Aplicações em instituições de crédito 16 324 5 417 -10 906 -66,8%Devedores e outras aplicações 122 401 279 229,6%Títulos 48 411 7 141 -41 269 -85,2%Investimentos em filiais excl. consol. 19 370 969 -18 401 -95,0%Activos não financeiros e outros Activos 59 970 33 898 -26 072 -43,5%

Reversões por perda de imparidade (2) 165 089 15 404 -149 685 -90,7%Aplicações em instituições de crédito 36 903 9 152 -27 751 -75,2%Devedores e outras aplicações 98 176 78 80,0%Títulos 59 308 - -59 308 -100,0%Investimentos em filiais excl. consol. 20 466 6 -20 460 -100,0%Activos não financeiros e outros Activos 48 314 6 069 -42 245 -87,4%

Imparidade (líquida) (A + B) 204 740 284 841 80 101 39,1%

PROVISÕES E IMPARIDADE DO EXERCÍCIO 260 664 348 867 88 203 33,8%

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O montante das dotações (líquidas) para Provisões e Imparidade somou, no exercício, respectivamente, 64,0 milhões de euros (-0,6%) e 284,8 milhões (+39,1%), valores que configuram realidades distintas dos conceitos adoptados no anterior PCSB.

As provisões existentes reportaram-se, em 2005, à cobertura de contingências fiscais (15,2 milhões de euros), a encargos e benefícios de empregados (7,9 milhões) e a diversas situações que revestem o carácter de riscos gerais (31,7 milhões).

No que respeita ao Crédito e a Outros activos, em vez de provisões o conceito agora adoptado é o de imparidade, o qual corresponde à diferença entre o valor do balanço e os cash-flowsfuturos esperados, incorporando um factor de desconto. Nos empréstimos em que se verifica evidência de perda por imparidade, o montante estimado vai afectar a exploração do exercício.

Na determinação das provisões era aplicada ao crédito vencido, automaticamente, umapercentagem de acordo com o período de atraso das prestações em dívida e as garantias recebidas, independentemente do seu grau de cobrabilidade.

A Imparidade do Crédito, no montante líquido de 252,4 milhões de euros, registou umaumento de 11,9%, proveniente sobretudo da imparidade do Crédito Vencido, que cresceu 102 milhões de euros (+26,6%), compensado parcialmente por reversões, também no crédito vencido de 66 milhões (+48,1%). Para a redução do efeito da imparidade contribuiu, a recuperação de créditos incobráveis e de juros do crédito vencido, que ascendeu a 45,1 milhões de euros (+3,6%).

A imparidade mais significativa em Outros Activos reporta-se ao Imobilizado Tangível, comum valor de 34 milhões de euros em 2005, atenuado por reversões no montante de 6 milhõesde euros. Registou-se ainda imparidade, embora com menor significado, em Aplicações emInstituições de Crédito (5,4 milhões de euros) e em Títulos (7,1 milhões), eliminada, no primeiro caso, através de reversões em montante superior.

Rendibilidade

As rendibilidades do Activo (ROA) e dos Capitais Próprios (ROE), antes de impostos,evoluíram positivamente, atingindo respectivamente, 18,1% e 0,8%, contra 17,0% e 0,56% em 2004. Após impostos, a rendibilidade dos capitais próprios foi de 14,9% e a do activo de 0,65%, este último observando uma melhoria no ano.

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O Produto da actividade bancária e seguradora, relativamente ao Activo Líquido, apresentou também uma evolução positiva de 2,7% para 3,1%, em 2005.

Rácios de rendibilidade

2004 2005

Rendibilidade bruta dos capitais próprios – ROE (1) 17,0% 18,1%

Rendibilidade, após impostos, dos capitais próprios – ROE (1) 15,5% 14,9%

Rendibilidade bruta dos activos – ROA (1) 0,56% 0,81%

Rendibilidade, após impostos, dos activos – ROA (1) 0,51% 0,67%

Produto da actividade (2) / Activo líquido médio 2,7% 3,1%(1) Considerando os valores de Capitais próprios e de Activo líquido médios. (2) Inclui Resultados em empresas associadas.

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ACTIVIDADE INDIVIDUAL (*)

As contas individuais foram elaboradas, de acordo com o regulamentado pelo Banco de Portugal, com base nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), as quais reflectem os princípios de reconhecimento contabilístico e avaliação das IAS/IFRS, com excepção dasseguintes matérias, em que o Banco de Portugal continua a regulamentar os procedimentos decontabilização e avaliação, a saber:

Valorização e provisionamento do crédito a clientes, que continua a obedecer aosprincípios semelhantes aos anteriormente constantes do PCSB;

Diferimento e reconhecimento faseado ao longo de 5 a 7 anos dos impactos de transição dos benefícios dos trabalhadores;

Restrição da aplicação de algumas opções permitidas pelas IAS/IFRS.

Evolução do Balanço da CGD

O Activo líquido da actividade individual da Caixa Geral de Depósitos alcançou os 73,6 milmilhões de euros, valor a que corresponde um aumento de 5,7 mil milhões (+8,5%) face ao ano anterior. Este valor representa cerca de 78% do Activo consolidado.

Para o crescimento do Activo concorreu, em especial, o Crédito a Clientes, com +3 milmilhões de euros (+7,2%), em resultado da expansão do crédito a particulares para habitação,com +2,5 mil milhões (+9,5%).

O conjunto Disponibilidades e Aplicações em Instituições de Crédito somou 13,8 mil milhõesde euros, evidenciando um aumento de 2,2 mil milhões (+18,5%) que se compara com +1,8 mil milhões nas rubricas de Recursos de Instituições de Crédito, do lado do Passivo.

Os Recursos de Clientes, por seu turno, atingiram um saldo de 43,2 mil milhões de euros (+3%) e foram complementados com Recursos obtidos através de Responsabilidades representadas por Títulos, com 8,9 mil milhões (+1,6%), e Passivos Subordinados, com 2,1 mil milhões (+27,6%).

(*) Incluindo a actividade das Sucursais de França, Londres, Luxemburgo, Mónaco, Nova Iorque, Grand Cayman,Financeira Exterior da Madeira, Timor e Zuhai.

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Balanço (Individual)Saldos em 31 de Dezembro

(milhões de euros)2004 2005 Variação

Absoluta RelativaActivoCaixa e disponibilidades em bancos centrais 3 001 1 754 -1 246 -41,5%Aplicações em instituições de crédito 8 693 12 102 3 408 39,2%Crédito a clientes 41 509 44 513 3 005 7,2%Aplicações em títulos 9 312 9 373 61 0,7%Investimentos em filiais e associadas 2 221 2 418 197 8,9%Activos intangíveis e tangíveis 825 832 8 0,9%Activos por impostos correntes 69 - -69 -Activos por impostos diferidos 158 233 75 47,5%Outros activos 2 115 2 422 306 14,5%Total 67 902 73 648 5 746 8,5%PassivoRecursos de bancos centrais e instit. de crédito 7 837 9 601 1 764 22,5%Recursos de clientes 41 938 43 192 1 254 3,0%Passivos financeiros 531 728 197 37,2%Responsabilidades representadas por títulos 8 729 8 870 142 1,6%Provisões 860 920 60 6,9%Passivos subordinados 1 615 2 062 446 27,6%Outros passivos 2 718 4 287 1 569 57,7%Soma 64 229 69 661 5 433 8,5%Capitais Próprios 3 673 3 986 313 8,5%Total 67 902 73 648 5 746 8,5%

Os Capitais Próprios totalizaram 4 mil milhões de euros e aumentaram 313 milhões(+8,5%), provenientes sobretudo do Resultado do Exercício, com 350,8 milhões de euros. Na evolução das restantes rubricas salienta-se, em especial, a anulação quase integral dosResultados negativos transitados do ano anterior (867 milhões de euros), através da absorção do prémio de emissão (300 milhões) e da utilização de Reserva Legal (482 milhões).

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Capitais Próprios (Individual)Stuação em 31 de Dezembro

(milhões de euros)2004 2005 Variação

Absoluta RelativaCapital 2 950 2 950 - -Prémio de emissão 300 - -300 -Reservas de justo valor - 65 65 -Reservas de reavaliação 301 241 -60 -19,9%Reservas legal 879 397 -482 -54,8%Outras reservas -12 -3 9 -Resultados transitados -867 -15 852 -Resultado do exercício 122 351 229 186,4%

Total 3 673 3 986 313 8,5%

O rácio de solvabilidade da actividade individual da CGD calculado de acordo com as normasdo Banco de Portugal cifrou-se em 11,0% e o Tier 1 em 7,5%, contra respectivamente 9,2% e 7,4% em 2004.

Resultados

O Resultado Líquido individual em 2005 foi de 350,8 milhões de euros, contra 122 milhõesno ano anterior. Este último valor traduz a aplicação das normas IAS/IFRS, em termos de pró-forma e em consonância com as contas de 2005 (*). Para efeitos de comparabilidade, após deduções efectuadas em custos com pessoal, conforme nota (*), o resultado em 2004 teria sido de 307,3 milhões de euros.

O Resultado do exercício foi significativamente influenciado pelo aumento de provisões e imparidade, as quais somaram 375,5 milhões de euros, contra 255,4 milhões em 2004, pois o Resultado bruto de exploração atingiu 752,5 milhões de euros (+32,6%).

A Margem financeira manteve-se estável o que reflecte um crescimento mais acentuado dos Juros e encargos similares (+42,9%), face ao dos juros e rendimentos (+23%).

(*)Para efeitos de comparabilidade na análise deste ponto, nas contas de 2004 preparadas de acordo com as normas IAS/IFRS, foram deduzidos nos custos com pessoal dos efeitos não recorrentes, no montante de184,9 milhões de euros, resultantes da transferência de responsabilidades do Fundo de Pensões da CGD paraa Caixa Geral de Aposentações.

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Ainda assim, o Produto Bancário cresceu 233,0 milhões de euros (+15,1%), relevando-se o contributo da Margem complementar, com +62,9%, a qual inclui em Resultados em operações financeiras, a mais-valia líquida da venda do Unibanco (142,8 milhões de euros).

Nos Custos Operativos, que aumentaram apenas 47,9 milhões de euros (+4,9%), salientam-se os Custos com Pessoal, com um crescimento de cerca de 6,7%, após os ajustamentos decorrentes da transferência do Fundo de Pensões da CGD, enquanto os Fornecimentos e serviços de terceiros aumentaram apenas 3,1%. Estes valores proporcionaram um cost-to-income de 57,3%, contra 62,9% em 2004.

Demonstração de Resultados (Individual) (*)(milhares de euros)

2004 2005 Variação Absoluta Relativa

Margem financeira alargada (1) 1 168 533 1 168 020 -513 0,0%Juros e rendimentos similares 2 396 314 2 946 527 550 213 23,0%Juros e encargos similares 1 300 864 1 858 812 557 948 42,9%Rendimentos de instrumentos de capital 73 083 80 306 7 222 9,9%Margem complementar (2) 371 214 604 719 233 504 62,9%Rendimentos de serviços e comissões (líquido) 270 550 251 974 -18 576 -6,9%Resultados em operações financeiras -24 936 239 705 264 641 -Outros resultados de exploração 125 600 113 039 -12 561 -10,0%Produto Bancário (3) = (1)+(2) 1 539 747 1 772 738 232 991 15,1%Custos operativos e amortizações (4) 972 383 1 020 239 47 856 4,9%Custos com pessoal (*) 509 999 544 363 34 364 6,7%Fornecimentos e serviços de terceiros 391 682 403 829 12 147 3,1%Depreciações e amortizações 70 702 72 047 1 345 1,9%Resultado bruto de exploração (5)=(3)-(4) 567 364 752 499 185 135 32,6%Provisões e imparidade (líquidas de reposição e anulações) (6) 255 442 375 487 120 045 47,0%Provisões para crédito 295 843 354 743 58 900 19,9%Imparidade e outros activos financeiros -32 965 5 135 38 101 -Imparidade outros activos -7 437 15 608 23 045 -Resultados antes de impostos (7)=(5)-(6) 311 922 377 012 65 090 20,9%Impostos (8) 4 610 26 243 21 633 469,2%Correntes 3 396 33 3973 - -Diferidos 1 214 -7 154 -8 368 -Resultado do exercício (9)=(7)-(8) 307 312 350 770 43 458 14,1%(*) Para efeitos de comparabilidade, os custos com pessoal de 2004 foram ajustados de custos não recorrentes, no montante

de 184,9 milhões de euros, relacionados com a transferência do Fundo de Pensões da CGD para a CGA.

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OUTRAS ACTIVIDADES DO GRUPO EM PORTUGAL

BANCA DE INVESTIMENTO

CAIXA – BANCO DE INVESTIMENTO

Como referido no capítulo sobre a Banca de Investimentos o ano de 2005 foi, para o CaixaBI, de intensa actividade comercial, reflectida na captação de elevado número de operações que conduziram a um significativo aumento do crédito sob gestão e do seu Activo líquido cujo saldo alcançou 1 353,8 milhões de euros e progrediu 25,7%.

Na análise dos diferentes indicadores, salienta-se o produto bancário que cresceu 12,1%, influenciado pelo comissionamento, somando 47,9 milhões de euros. Esta evolução está directamente associada ao desempenho na captação de novas de operações e que se reflectiu no saldo do Crédito a Clientes, com 716,7 milhões de euros (+53%).

O Resultado Líquido elevou-se a 19,5 milhões de euros, semelhante ao do ano anterior, o qual teve em conta a necessidade de reforçar provisões em cerca de 2,4 milhões de euros.

CAIXA-BANCO DE INVESTIMENTO (milhares de euros)

2004 2005Activo líquido 1 077 379 1 353 833 Créditos a clientes 467 545 716 701 Carteira de títulos 364 264 368 077 Outros activos 137 180 171 051 Capitais próprios 170 884 172 377 Resultado líquido 19 753 19 463

Capital social 81 250 81 250 % Grupo CGD 99,63% 99,65%

Rating de médio e longo prazo atribuído pela FITCH RATINGS AA-

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CAIXA CAPITAL

A Caixa Capital gere a carteira de participações de capital de risco do GRUPO CGD e a gestão de dois fundos — o FIQ PME Caixa Capital e o FIQ Grupo CGD Caixa Capital.

À semelhança dos últimos anos, a actividade da Caixa Capital continuou a ser influenciada pela conjuntura macro-económica, provocando incerteza nos agentes económicos compropensão a realizar novos investimentos.

Durante o ano, a área de risco investiu 116,5 milhões de euros em novas participadas e 2,3 milhões de euros no reforço de participações da carteira.

Entre os investimentos concretizados realça-se a participação em 80% do capital da Inbepor-Investimentos em Bebidas Portugal, SGPS, SA, para aquisição ao Grupo Nutrinveste da totalidade do capital social das empresas Compal – Companhia Produtora de Conservas Alimentares, SA, e Nutricafés – Cafés e Restauração SA, tendo sido a maior operação de private equity realizada em Portugal nos últimos anos. Esta operação foi concretizada através de um processo competitivo e contou com vários investidores, nacionais e internacionais, implicando um investimento da área de capital de risco de 100 milhões de euros, repartidos em 68,75 milhões de euros pela Caixa Desenvolvimento e 31,25 milhões de euros pelo FIQ Grupo CGD Caixa Capital.

No Grupo Visabeira, SGPS, SA foram investidos 16,5 milhões de euros (9,8% do capital social da empresa), repartidos em 6,6 milhões de euros pela Caixa Capital e 9,9 milhões de euros pelo FIQ Grupo CGD.

Em 2005 foram alienadas 7 participações, na sua totalidade, e 4 alienações parciais, que permitiram um valor de realização de 23,9 milhões de euros, tendo dado origem a 6,1 milhõesde mais-valias líquidas.

No final do ano, a Caixa Capital geria uma carteira de 39 empresas de vários sectores de actividade, tendo os montantes investidos aumentado em mais de 100 milhões, em grande parte devido à operação Nutrinveste / Compal.

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Os capitais afectos aos dois fundos - FIQ PME Caixa Capital e o FIQ Grupo CGD Caixa Capital – ascendia, no final do ano, a 79,3 milhões de euros e as respectivas carteiras têm uminvestimento global realizado de 99,5 milhões de euros.

CAIXA CAPITAL (milhares de euros)

2004 2005

Activo líquido 21 324 25 387 Activos financeiros disponíveis para venda 9 106 12 961

Aplicações em Instituições de Crédito 4 525 8 532 Outros activos 7 437 3 311 Capitais próprios 20 288 23 876

Meios libertos de exploração 1 637 6 387 Resultado líquido 1 554 4 933

Capital social 16 500 16 500 % Grupo CGD 100% 100%

CAIXA DESENVOLVIMENTO

A Caixa Desenvolvimento prosseguiu, em 2005, o acompanhamento das sociedades suas participadas e concretizou um investimento de 68,75 milhões de euros na tomada da participação de 55% do capital da Inbepor – Investimentos em Bebidas Portugal, SGPS, SA, conforme atrás referido. Para este efeito foi contraído um financiamento de igual montantejunto do Caixa BI, SA.

Em termos de desinvestimentos procedeu-se à alienação da participação nas empresas SAG Gest, SGPS, SA e Visabeira Indústria, SGPS, SA com um encaixe respectivo de 3,3 e 6,9 milhões de euros. Foram também alienadas as Obrigações do Tesouro da série “OTJUL0306E” detidas, com um encaixe de 49,2 milhões de euros.

No final de 2005, a carteira de participações detidas pela Caixa Desenvolvimento era constituída por seis empresas com um valor global de 16 milhões de euros.

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CAIXA DESENVOLVIMENTO (milhares de euros)

2004 2005

Activo líquido 104 221 111 703 Activos financeiros disponíveis para venda 66 471 6 286 Aplicações em Instituições de Crédito 4 633 4 366 Outros activos 32 185 100 528 Capitais próprios 45 620 41 495 Meios libertos de exploração 2 229 1 878 Resultado líquido 773 1 937

Capital social 2 500 2 500 % Grupo CGD 100% 100%

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ACTIVIDADE SEGURADORA

Evolução do Sector

Num contexto macroeconómico pouco favorável, com um clima de crescimento muitomoderado da economia, o sector segurador apresentou, em 2005, uma evolução positiva, traduzida no crescimento dos prémios que beneficiou da transferência de aplicações emdepósitos a prazo para produtos de capitalização de seguros.

Em termos de Prémios de Seguro Directo, o mercado contabilizou, na actividade em Portugal, uma produção de 13 431 milhões de euros a que equivale uma taxa de crescimento de 28,1%. A actividade em mercados externos registou uma produção de 137 milhões de euros, sendo a Fidelidade-Mundial responsável por mais de 70% desse valor.

O incremento da actividade em Portugal deveu-se, essencialmente, ao Ramo Vida, cujo montante ascende a 9 136 milhões de euros (+46,2%) e reforçou o seu peso na estrutura da carteira de prémios para cerca de 68% do total. No ramo Não Vida, a produção foi de 4 295 milhões de euros, com um crescimento de apenas 1,8%, em consonância com o abrandamento da actividade económica.

A estrutura de distribuição voltou a evidenciar, tal como em anos anteriores, um reforço do peso do canal bancário, que, contudo, se encontra concentrado no ramo Vida, continuando os canais tradicionais de mediação e corretagem a manter uma grande relevância e uma presença dominante nos ramos Não Vida, onde são responsáveis por cerca de 90% da produção.

No que respeita aos resultados, as medidas de eficiência, de selecção de riscos e de contenção de custos implementadas pelas seguradoras, associadas ao favorável comportamento dos mercados financeiros, foram decisivas para uma evolução positiva, em 2005, dos resultados da generalidade das empresas do sector.

O volume de prémios obtido pelo Grupo CGD, na actividade em Portugal, atingiu ummontante de 3 mil milhões de euros (+6,8%), equivalente a uma quota de mercado de 22,3%, a qual reflecte, porém, realidades distintas ao nível dos ramos Vida com 16,6% e Não Vida com 34,3%.

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CAIXA SEGUROS, SGPS, SA

Síntese da Actividade

A Caixa Seguros, é a holding do Grupo CGD para a área seguradora, detida a 100% pela CGD e tem na sua carteira a totalidade das participações nas seguradoras Companhia de Seguros Fidelidade-Mundial, SA, Império Bonança – Companhia de Seguros, SA e Cares – Companhia de Seguros de Assistência, SA.

A Caixa Seguros detém ainda indirectamente participações em diversas empresas, sendo a maioria delas vocacionada para actividades complementares à área seguradora, de que se salientam a Via Directa – Companhia de Seguros, SA, especializada na exploração do canal telefónico e, na área da saúde a holding HPP – Hospitais Privados de Portugal, SGPS, que gere uma rede de hospitais e clínicas e a EPS – Gestão de Sistemas de Saúde, SA. A Cares exerce a actividade de seguros nos ramos de assistência e protecção jurídica e a Via Directa comercializa seguros do ramo automóvel, sob a marca “Ok! Teleseguro”.

O ano de 2005 marca o início de uma nova fase da Caixa Seguros, decorrente da aquisição da Império Bonança, facto que alterou substancialmente o posicionamento da empresa no sector segurador e que acarreta um conjunto de oportunidades e de sinergias. Neste sentido, está em curso uma política de reformulação da estrutura organizativa que inclui a criação de diversos departamentos comuns às principais seguradoras integrando as áreas de back-office, com o objectivo de melhorar a eficiência operativa das Companhias.

Ao nível dos produtos intensificou-se a orientação para a satisfação dos clientes, com o desenvolvimento de novos produtos e melhorias em outros existentes, através da introdução de coberturas e serviços inovadores.

Em termos de produção, a Caixa Seguros detém a liderança destacada do mercado comuma quota de 22,3%, sendo líder nos ramos Não Vida (quota de 34,3%) e detendo a terceira posição nos ramos Vida (quota de 16,6%).

As seguradoras detidas pela Caixa Seguros registaram, em 2005, um montante de Produção (contratos de seguros e instrumentos financeiros) de 2 939 milhões de euros (+44,5%), distribuído pela actividade Vida com 1 548 milhões de euros e Não Vida com1 391 milhões.

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CAIXA SEGUROS, SGPS, SA (a)

(milhares de euros) 2004 2005

Activo líquido 8 250 347 12 356 011 Investimentos 6 347 795 9 160 993 Provisões técnicas líquidas de resseguro 4 160 304 6 774 459 Responsabilidades com subscritores de produtos Taxa Fixa e Unit links 2 403 995 2 876 268 Prémios de seguro emitidos, líquido de resseguro (no ano) 1 735 598 2 376 226 Produtos de Taxa Fixa e Unit linkedemitidos (no ano) 298 064 567 180 Resultado líquido 78 844 120 121

Capitais próprios 453 685 1 123 549 Capital social 994 000 448 400 % Grupo CGD 100% 100%

(a) Os valores apresentados neste quadro estão em consonância com as normas IAS/IFRS.

A actividade Não Vida, considerando a inclusão da Império Bonança em 2004, evidenciou um decréscimo de 3% justificado pelo clima de abrandamento económico e pelos ajustamentos da carteira de prémios, decorrente da integração daquela Companhia no Grupo Caixa.

A evolução do ramo Vida reflectiu a forte concorrência no sector e os ajustamentoscompetitivos das seguradoras do Grupo após a nova estrutura organizativa, mas foi comum às restantes seguradoras do ramo Não Vida.

As responsabilidades decorrentes dos contratos subscritos (de seguros e instrumentosfinanceiros) alcançaram, de acordo com os critérios de valorização para efeitos de representação das responsabilidades um valor de 9 874 milhões de euros e os respectivos investimentos totais 10 058 milhões o que se traduz num rácio de cobertura de provisões de cerca de 102%.

As indemnizações de Seguro Directo e de Resseguro Aceite (excluindo custos imputadosa sinistros) atingiram o montante de 2 015 milhões de euros, -2,4% que em 2004 (adicionando as indemnizações da Império Bonança às contas de 2004), valores que reflectem uma redução nas indemnizações, quer nos ramos Vida, quer nos ramos Não Vida, sendo de destacar o comportamento do Automóvel e Incêndio e Outros Danos.

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A taxa de sinistralidade global, líquida de resseguro, da actividade Não Vida registou umdecréscimo de 1,15 p.p (considerando a inclusão da Império Bonança em 2004), emconsequência do comportamento favorável do ramo Automóvel, que superou o efeito da evolução negativa dos agrupamentos Acidentes e Doença e Transportes.

Relativamente ao Resseguro Cedido, verificou-se um desagravamento da taxa de sinistralidade, facto a que não é alheia a ausência de sinistros de grande dimensão durante o exercício e o crescimento sustentado das retenções no âmbito da Caixa Seguros.

Resultados e Situação Líquida

Em virtude da continuada política de gestão selectiva de riscos e da contenção de custos, associada ao favorável desempenho do mercado de capitais, a Caixa Seguros obteve, em2005, um resultado líquido positivo de 120,1 milhões de euros.

Para este Resultado contribuiu o aumento dos rendimentos decorrente do crescimento da carteira de investimentos que foi, em grande parte, influenciado pelo baixo nível das taxas de juro, ascendendo a 364,2 milhões de euros (+8,1%), assim como o bom desempenho dos mercados accionistas que permitiu a realização de ganhos de capital na alienação de investimentos em montante semelhante ao ano anterior, com um impacto favorável nas contas técnicas.

Por seu turno, o total de custos por natureza das quatro seguradoras detidas pela Caixa Seguros atingiu 443,2 milhões de euros, em 2005, valor que passou a incluir a ImpérioBonança.

O capital próprio da Caixa Seguros, no final de 2005, era de 1 123,5 milhões de euros, tendo beneficiado do crescimento do Resultado do exercício.

Ajustamentos resultantes da aplicação das normas IAS/IFRS

Os ajustamentos necessários à apresentação das contas da Caixa Seguros no formato IAS, em2005, com pró-forma em 2004, tendo em vista a sua integração global nas contas consolidadas do Grupo CGD, conduziram a uma redução do lucro líquido do exercício de 2005 em 1,9 milhões de euros, para um montante de 120,1 milhões de euros.

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As subsidiárias da Caixa Seguros, que se seguem - Fidelidade Mundial e Império Bonança -preparam as respectivas Demonstrações Financeiras de acordo com a regulamentação do Instituto de Seguros de Portugal, pelo que os valores a seguir apresentados não são expressos de acordo com as IAS/IFRS.

COMPANHIA DE SEGUROS FIDELIDADE MUNDIAL, SA

Síntese da Actividade

O ano de 2005 marca o início de uma nova fase da Companhia, caracterizada pela integração de estruturas de back-office, decorrente da aquisição da Império Bonança por parte do Grupo CGD, que irá proporcionar sinergias apreciáveis e um novo posicionamento externo no sector segurador.

Foram ainda desenvolvidas acções para o reforço e consolidação da marcaFidelidade Mundial, nomeadamente a conclusão do processo de mudança de imagem nas agências e nos escritórios de mediadores exclusivos e preferenciais, o lançamento de acções comerciais e de marketing com os canais de distribuição da CGD e CTT, bemcomo de campanhas de promoção e dinamização comercial para os segmentos de particulares e empresas.

Também ao nível dos produtos se verificaram passos importantes, tendo no ramo Vida sido lançados vários produtos ICAE (Instrumentos de Captação de Aforro Estruturados) nos canais bancário e postal e reformulada, para todos os canais de distribuição, a oferta de produtos tradicionais. Na vertente dos ramos Não Vida prosseguiu-se o trabalho de uniformização e melhoria contínua dos produtos, através da introdução de coberturas e serviços inovadores e de medidas de fidelização de clientes.

A Companhia de Seguros Fidelidade Mundial registou, em 2005, um montante global de prémios de Seguro Directo de 2 416 milhões de euros, +12,6% do que no ano anterior, cabendo à actividade em Portugal o montante de 2 308 milhões de euros (+14,1%). Apesar desta evolução assistiu-se a uma redução na quota de mercado em 2,1 p.p.,situação que foi comum às seguradoras nas quais os ramos Não Vida têm uma maior

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relevância, uma vez que o forte crescimento evidenciado pelo mercado teve origem na actividade Vida.

COMPANHIA DE SEGUROS FIDELIDADE MUNDIAL (a)

(milhares de euros) 2004 2005

Activo líquido 7 869 569 9 061 856 Investimentos (activos de representação) 7 027 697 8 079 158 Provisões técnicas líquidas de resseguro 6 493 385 7 408 337 Prémios de seguro directo (no ano) 2 145 183 2 415 915 Resultado líquido 89 597 95 387

Capitais próprios 800 447 913 800 Capital social 400 000 400 000 % Grupo CGD 100,0% 100,0%

Número de empregados (b) 2 335 2 337 Número de agências 93 92

(a) Os valores apresentados neste quadro estão em consonância com as normas relativas à actividadeseguradora.

(b) Incluindo as seguradoras Cares e Via Directa.

Na actividade no estrangeiro a carteira de prémios de Seguro Directo registou no exercício um decréscimo de 12,5%, em consequência da cessação do negócio do ramo Automóvelna Sucursal de Espanha, pelo que o principal contributo do exterior foi proveniente da Sucursal de França, em cuja carteira de prémios se inclui também a produção realizada, em regime de LPS, no Luxemburgo, Bélgica, Holanda e Itália.

No que respeita à estrutura da distribuição dos produtos da Fidelidade Mundial, o canal bancário e o canal postal reforçaram o seu peso, passando a representar cerca de 58% da produção total da Companhia, enquanto as Sucursais diminuíram a sua contribuição para 4,3%, devido, exclusivamente, à descontinuação da carteira do Ramo Automóvel na Sucursal de Espanha.

A taxa de sinistralidade de Seguro Directo, líquida de resseguro, da actividade Não Vida em Portugal registou um acréscimo de 1,2 pontos percentuais, em consequência do comportamento negativo da generalidade dos agrupamentos de ramos, com excepção do agregado Acidentes e Doença, onde o Ramo Doença contribuiu decisivamente para a melhoria do indicador.

As Provisões Técnicas de Seguro Directo e Resseguro Aceite apresentaram, no final de 2005, um montante de 7,6 mil milhões de euros, correspondente a um acréscimo de cerca

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de mil milhões de euros, que reflecte, sobretudo, o aumento das Provisões ligadas à actividade Vida. Os activos afectos à representação das Provisões Técnicas, sob a formade investimentos, atingiram 8,1 mil milhões de euros, traduzindo-se num rácio de cobertura das Provisões Técnicas de seguro directo e resseguro aceite de 105,9%.

Resultados e Situação Líquida

No âmbito da exploração salienta-se a redução na taxa de comissionamento em 0,6%, fixando-se em 4,1% do total dos prémios de Seguro Directo, que se ficou a dever à alteração na estrutura da carteira de prémios, nomeadamente ao maior peso da actividade Vida, caracterizada por taxas de mediação mais reduzidas.

Os custos por natureza a imputar baixaram cerca de 7,5%, reflectindo a redução das rubricas de custos com pessoal e fornecimentos e serviços de terceiros, que no ano anterior tinhamsido influenciadas por custos não recorrentes (nova imagem e reforço extraordinário do fundo de pensões).

Esta evolução na exploração, aliada ao bom comportamento do mercado de capitais, da contenção de custos e, sobretudo, da gestão selectiva da carteira de riscos, proporcionou umResultado líquido positivo de 95,4 milhões de euros, face aos 89,6 milhões de euros apurados em 2004.

O Capital Próprio individual da Fidelidade Mundial, atingiu os 914 milhões de euros, valor que representa um acréscimo de 14,2% face ao ano anterior, reflectindo o Resultado do exercício e o acréscimo de Reservas.

A Fidelidade Mundial consolida as suas contas com um conjunto de empresas nas quais detém participação, o que conduziu a um aumento dos Resultados para 101,3 milhões de euros, a que corresponde um acréscimo de 11,4%, face aos 91 milhões obtidos em 2004.

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IMPÉRIO BONANÇA – COMPANHIA DE SEGUROS, SA

Síntese da Actividade

A Império Bonança – Companhia de Seguros, SA iniciou, a partir de 2005, uma nova etapa da sua existência, passando a integrar o Grupo CGD. A implementação de uma nova estrutura organizativa com integração das áreas de back-office e a criação de departamentos comuns às duas seguradoras do Grupo, tendo por objectivo a obtenção de sinergias e eficiência operativa sem quebra dos níveis de serviço, constituíram a nota dominante do exercício.

Na sua actividade a Império Bonança prosseguiu a estratégia de apostar na dinamização e reforço do seu canal privilegiado de distribuição – a Rede de Mediação e Corretores. Ao nível de produtos salienta-se o início da comercialização do seguro de saúde MultiCare,bem como o lançamento de 3 novos Produtos – Vida Fácil, MultiCasa e Geração com Futuro – expressando o empenho da Império Bonança na satisfação dos seus clientes.

A Império Bonança desenvolveu também um site institucional e comercial, comapresentação global da sua oferta quer para clientes particulares, quer para empresas.

No exercício de 2005 a Companhia processou um montante de 653 milhões de euros de Prémios de Seguro Directo, o que representa um decréscimo de 13,6% face ao ano anterior.

IMPÉRIO BONANÇA – COMPANHIA DE SEGUROS, SA (a)

(milhares de euros) 2004 2005

Activo líquido 2 477 768 2 570 213 Investimentos (activos de representação) 2 146 131 2 211 262 Provisões técnicas líquidas de resseguro 1 929 917 1 965 385 Prémios de seguro directo (no ano) 598 415 563 371 Resultado líquido 25 751 16 160

Capitais próprios 162 376 165 480 Capital social 202 005 202 005 % Grupo CGD (b) 70,0%

Número de empregados 1 420 Número de agências 63

(a) Os valores apresentados neste quadro estão em consonância com as normas relativas à actividade seguradora.

(b) Através do contrato celebrado entre a CGD e o BCP está prevista a aquisição pela Caixa Seguros dosrestantes 30% do capital da Império Bonança.

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O ramo Vida contabilizou prémios no montante de 90,1 milhões de euros, diminuindo43%, em parte, por não terem sido comercializados produtos Unit Linked, os quais no ano transacto ascenderam a 46 milhões de euros. Verificou-se, porém, o lançamento de umnovo produto Vida Risco - Vida Fácil, alargando a oferta de protecção pessoal da seguradora, bem como um PPR/E - PPR/E Ganha +, com taxa de rendimento garantida, produtos que proporcionaram prémios no valor de 7,1 milhões de euros.

Os ramos Não Vida registaram um volume de negócios de 563,4 milhões de euros, valor que significa uma redução de 5,9%, face ao ano anterior.

A actividade internacional restringiu-se à Sucursal no Luxemburgo, onde a acção comercial se encontrava interrompida desde 2003, pelo que devido à ausência de produção nova, bem como de vencimentos e anulações de contratos da carteira do ramoVida, único tipo de negócio que a sucursal desenvolveu no passado, se registou umadiminuição de 26,5% nos Prémios de Seguro Directo.

A taxa de sinistralidade de seguro directo liquida de resseguro do ramo Não Vida situou-se em 61,2%, +0,3 pontos percentuais face ao período homólogo, induzida sobretudo pela modificação do tratado de resseguro do ramo Doença, registando-se na generalidade dos outros ramos taxas de sinistralidade mais favoráveis.

As Provisões Técnicas de Seguro Directo e Resseguro Aceite totalizaram 2 058 milhõesde euros, +1,3% do que em 2004, e os investimentos afectos 2 211 milhões de euros, o que corresponde a um rácio de cobertura de 107,4%.

Resultados e Situação Líquida

No contexto da exploração salienta-se que comissões e despesas de aquisição totalizaram 57 milhões de euros, -15,5% face ao ano anterior, em linha com a diminuição da receita, verificando-se uma quebra de 1,1 p.p. na taxa de comissionamento dos ramos Não Vida.

Os custos por natureza a imputar, pelo seu lado, somaram 148 milhões de euros, com umdecréscimo de 1,8% face a 2004. Porém, os custos com pessoal aumentaram 9,2%, enquanto as restantes rubricas de custos apresentam valores inferiores ao ano anterior, evolução que é consequência das alterações estruturais advindas da integração da companhia no Grupo CGD, e que mesmo assim, já reflecte custos extraordinários desta integração

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Devido a este comportamento e não obstante a melhoria da sinistralidade da generalidade dos diversos ramos, o Resultado líquido foi de 16,2 milhões de euros, - 9,6 milhões de euros que em 2004.

O Capital Próprio individual da Império Bonança situou-se em 165 milhões de euros, com umacréscimo de 3,1 milhões de euros, valor associado ao Resultado do exercício, bem como a ajustes efectuados em resultados transitados.

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CRÉDITO ESPECIALIZADO

Durante o ano de 2005 observou-se uma evolução globalmente muito favorável do negócio de locação financeira, com crescimentos de 28% no sector de leasing imobiliário e de 9% no leasing mobiliário, enquanto o de factoring progrediu 15% e o crédito ao consumo 16%.

Caracterizado por evidenciar um elevado grau de concentração, o mercado do leasingmanteve-se dominado pelos cinco principais grupos financeiros que representaram, emconjunto, cerca de 80% do volume de negócios.

Com uma produção agregada de 491 milhões de euros e um crescimento de 6,2% relativamente a 2004, o financiamento em leasing do Grupo CGD através da Caixa Leasing e Factoring, IFIC (CLF) obteve uma quota de 10%.

No sector do factoring, o volume de créditos tomados ascendeu a 16 954 milhões de euros (+15%), tendo a CLF melhorado a sua quota de mercado de 13,2% para 14,2%.

Produção do Sector no Ano (milhões de euros)

2004 2005 Quotas de Mercadodo Grupo

Leasing imobiliário 1 430 1 833 11,4%Leasing mobiliário 2 798 3 056 9,2%Factoring 14 711 16 954 14,2%Crédito ao consumo 4 552 5 270

CAIXA LEASING E FACTORING, IFIC

Na sequência do processo de reorganização da área de crédito especializado do Grupo, ocorreu no final de 2004 a fusão, por incorporação, da Imoleasing, Locapor e Lusofactor, na Caixa Empresas de Crédito e posterior transformação desta na Caixa Leasing e Factoring, IFIC (CLF).

Esta operação permitiu usufruir de fortes sinergias entre a área de crédito especializado e a rede bancária, beneficiando de significativas reduções de custos, da racionalização da

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estrutura de capitais e, numa óptica mais abrangente, da optimização da sua gestão. O ano de 2005 constituiu, assim, o primeiro ano completo de actividade da CLF, com resultados positivos ao nível do desenvolvimento da sua actividade da área de crédito especializado evidenciou, globalmente, uma evolução muito favorável.

O nível de actividade no crédito especializado evoluiu a um ritmo apreciável, em especial nas áreas de factoring e de crédito ao consumo que verificaram variações homólogas positivas de 24% e 118%, respectivamente.

Produção no Grupo CGD (milhares de euros)

2004 2005Leasing imobiliário 205 837 209 596

Leasing mobiliário 252 583 281 054

Factoring 1 945 798 2 411 382

Crédito ao consumo 22 021 47 942

Operando numa envolvente caracterizada por forte intensidade concorrencial, a actividade de exploração da CLF gerou uma margem financeira de 28,4 milhões de euros, condicionada pelo estreitamento do spread de intermediação relativamente ao ano precedente. Todavia a redução dos custos operacionais e das necessidades de provisionamento reflectiram-se numresultado líquido positivo de 13,8 milhões de euros, o que traduz um crescimento de cerca de 6% face a 2004.

(milhares de euros) 2004 2005

Caixa Leasinge Factoring

CaixaCrédito

Caixa Leasinge Factoring

CaixaCrédito

Activo líquido 1 589 670 42 854 1 622 618 62 512

Créditos sobre clientes 1 530 722 37 291 1 536 528 57 419

Provisões para crédito vencido (saldos) 20 658 1 662 18 604 1 044

Capitais próprios 85 673 8 744 102 557 9 543

Resultado líquido 13 062 1 311 13 801 798

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Na área do crédito ao consumo, a Caixa Crédito, concretizou uma produção de cerca de 48 milhões de euros (+118% que no ano anterior), proporcionando um crescimento do saldo de crédito de 54%.

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GESTÃO DE ACTIVOS

A área de gestão de activos desenvolveu a sua actividade, em 2005, num enquadramentomacro-económico caracterizado pela continuação dum período de forte expansão da economiamundial, manutenção de bons ritmos de crescimento das economias norte-americana e japonesa e, no segundo semestre, melhoria do clima económico na Europa.

Os mercados obrigacionistas não registaram uma tendência marcada nos prazos mais longos, enquanto que nos prazos mais curtos os yields subiram, influenciados pelo aumento de taxas de juro oficiais do Federal Reserve e, no final do ano, do Banco Central Europeu.

Os mercados accionistas registaram mais uma vez subidas significativas, sustentados nos bons resultados das empresas e no enquadramento macro-económico global, destacando-se os desempenhos dos mercados europeus (com ganhos em torno de 20%) e japonês (com retorno superior a 40%).

O mercado nacional acompanhou esta tendência positiva, com o PSI a atingir os 8 619 pontos no final do ano e a valorizar +13,4%, após 12,6% em 2004. O volume de transações cresceu 7,6% comparativamente ao ano anterior, ascendendo a 201 mil milhões de euros, enquanto a volatilidade foi inferior à registada em 2004 (10,4%) fixando-se em 8,3%.

Este comportamento influenciou positivamente o desempenho dos fundos de investimentomobiliário, os quais atingiram um valor total sob gestão em Portugal de 28 286 milhões de euros, registando um aumento de 16% relativamente a 2004.

Com uma representatividade conjunta de 65% os fundos de Obrigações e de Tesouraria continuaram a dominar o mercado de fundos em Portugal, salientando-se, contudo, que nos primeiros se verificou uma evolução positiva (+10%), enquanto nos segundos se manteve a tendência decrescente (-1%) que se regista desde 2003. Nas restantes categorias de fundos destaca-se o forte incremento (+205%) nos fundos especiais de investimento (FEI), emvirtude do dinamismo no lançamento de novos fundos pela generalidade das sociedades gestoras e, ainda, os aumentos nos fundos de fundos (93%) e nos fundos de acções (26%).

Na continuidade do que vem ocorrendo nos últimos anos em Portugal, em 2005 os fundos de investimento imobiliário voltaram a registar um crescimento acima dos dois dígitos (+15,8%), alcançando um volume total de 8 164 milhões de euros. O baixo risco associado a este tipo de produtos, conjugado com remunerações mais atractivas do que as que actualmente são

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oferecidas nos depósitos bancários explicam este crescimento, tendo sido suficientes para contrariar a concorrência do mercado de acções.

Após o decréscimo registado em 2004 com a transferência para a Caixa Geral de Aposentações dos fundos de pensões da ANA, NAV, INCM e de parte do fundo de pensões do pessoal da CGD, em 2005 o mercado de fundos de pensões em Portugal voltou a apresentar uma dinâmica de crescimento, tendo alcançado os 18,9 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 25% em relação ao ano anterior.

Os activos sob gestão e aconselhamento no Grupo CGD totalizavam no final do ano 22 012 milhões de euros, o que significa um crescimento de 26% face a 2004.

As diferentes classes de activos acompanharam o desempenho positivo registado pelo mercado, inclusive a gestão de fundos de pensões, uma vez que o montante registado por esta classe de activos em 2004 abrange 1 076 milhões de euros do fundo de pensões do pessoal da CGD que transitou para a CGA (Decreto Lei nº 241 A/2004) ao longo de 2005, com vista a cumprir a meta de controlo orçamental estabelecida pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento.

Activos Geridos pelo Grupo CGD (milhões de euros)

2004 2005 Quotas de mercado2005

Em Portugal: - Fundos Mobiliários (Caixagest) 4 654 5 465 19,3% - Fundos Imobiliários (Fundimo) 793 955 11,7% - Fundos de Pensões (CGD Pensões) (*) 1 819 1 040 6,0% - Gestão de Patrimónios (Caixagest) – gestão discricionária 2 853 4 076 11,3% - Gestão de Patrimónios (Caixagest) – aconselhamento 218 243 - Carteiras de Seguros - aconselhamento 7 099 10 233 Total 17 436 22 012

(*) Em 2004 incluía 1 076 milhões de euros da parcela de activos a transferir para a CGA em cumprimento doDecreto-Lei 241-A/2004, cuja transferência foi efectuada durante o exercício de 2005.

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CAIXAGEST - Técnicas de Gestão de Fundos

Em 2005 a CAIXAGEST registou, na carteira de fundos de investimento mobiliário (FIM), um crescimento de 17,4%, atingindo os 5 465 milhões de euros, o que lhe permitiu aumentara sua quota de mercado de 19,1% para 19,3% e continuar a ocupar o 2º posto no ranking das sociedades gestoras de FIM em Portugal.

Durante o exercício, a Caixagest procedeu à fusão, por incorporação, dos fundos do agrupamento Gestão (Monetária, Eurobrigações, Lusoacções, Euroacções e Acções EUA) emfundos com a mesma política de investimentos, simplificando assim a sua oferta global de fundos de investimento mobiliário. Paralelamente procedeu-se ao alargamento da oferta comercial, através do lançamento de oito novos Fundos Especiais de Investimento, sendo dois abertos e os restantes fechados, o que se traduziu na captação de 391 milhões de euros e numtotal de 40 fundos em comercialização.

Entre os fundos especiais de investimento abertos lançados em 2005, destaca-se o Caixagest Energias Renováveis, dirigido para um investimento diversificado no sector accionista das energias renováveis, qualidade do ambiente e activos “carbono”, que se inscreve simultaneamente na política de inovação da oferta da Caixagest e nas preocupações de responsabilidade social do Grupo Caixa Geral de Depósitos.

Merece ainda destaque o facto de os fundos Caixagest Acções Japão e o Caixagest Acções Emergentes terem sido os FIM portugueses mais rentáveis em 2005, o primeiro com umarentabilidade de 53,9% e o segundo com 50,6%, tendo sido os únicos a superar os 50%.

FUNDOS MOBILIÁRIOS SOB GESTÃO (milhares de euros)

2004 2005

Fundos de Obrigações 1 559 219 1 767 018 Fundos de Acções 339 513 491 355 Fundos de Tesouraria 2 184 814 2 208 483 Fundos de Fundos 95 608 125 060 Fundos Mistos 34 678 30 332 Fundos de Poupança Acções (PPAs) 98 901 95 485 Fundos Especiais de Investimento – Abertos 15 178 59 283 Fundos Especiais de Investimento – Fechados - 350 110 Fundos Fechados de Capital Garantido 326 098 337 448 Total 4 654 008 5 464 575

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Na gestão discricionária de carteiras de patrimónios, o valor sob gestão atingiu os 4 076milhões de euros, +43% do que em 2004. No final do ano, a quota de mercado da Caixagest na gestão individual destes activos cifrou-se em 11,3%(a), contra 11% em 2004, mantendo o 3º (a) lugar no ranking nacional nesta área (fontes: CMVM).

Na actividade desenvolvida ao longo do exercício salienta-se a integração, neste tipo de gestão de carteiras, dos 1 076 milhões de euros relativos à segunda parcela do Fundo de Pensões do pessoal da CGD transferida para a Caixa Geral de Aposentações.

As carteiras de outros institucionais progrediram 15%, alcançando 1 564 milhões de euros, salientando-se também o desempenho nas carteiras de particulares com um aumento de 19%.

Em paralelo, a Caixagest detinha, ainda, Activos sob Aconselhamento no montante de 10 476 milhões de euros, registando um crescimento de 43%, nas quais as carteiras das seguradoras do Grupo CGD representavam 98% do total. Já no final do ano, foi integrada neste âmbito a carteira da Império-Bonança no valor de 1 915 milhões de euros.

GESTÃO DISCRICIONÁRIA DE CARTEIRAS (milhares de euros)

2004 2005

Activos sob Gestão 2 853 499 4 075 578 Institucionais 2 799 660 4 011 375 Empresas 2 361 2 848 Particulares 51 479 61 355

Activos sob Aconselhamento 7 316 551 10 476 044 Carteiras de Seguros do Grupo CGD 7 098 931 10 233 481 Outros Institucionais 217 620 242 563

Total 10 170 049 14 551 622

O desempenho demonstrado na carteira de fundos mobiliários, juntamente com a evolução registada na gestão discricionária de activos, permitiu que a sociedade gestora obtivesse umResultado Líquido de 4,3 milhões de euros, o que significa +80% do que em 2004.

(a) Quotas não corrigidas de um problema de dupla contabilização em outras sociedades gestoras, tal comoreferido nos relatórios de Gestão de Activos da CMVM

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SOCIEDADE GESTORA (milhares de euros)

2004 2005

Activo líquido 25 538 30 306 Capitais próprios 22 466 24 623 Resultado líquido 2 397 4 308

Capital social 9 300 9 300 % Grupo CGD 100,0% 100,0%

FUNDIMO – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário

À semelhança do sucedido nos últimos anos, os fundos de investimento imobiliáriocontinuaram a representar uma alternativa aos investidores mais avessos ao risco, apresentando simultaneamente uma rentabilidade média superior aos depósitos e acima da inflação.

Assim, apesar do abrandamento verificado no sector imobiliário e à concorrência de aplicações alternativas, verificou-se um valor recorde de subscrições do fundo aberto Fundimo, o qual superou as 87 milhões de unidades em circulação, contra 77 milhões no ano anterior.

O valor global do fundo atingiu os 683 milhões de euros, com um crescimento de 15%, tendo gerado uma rentabilidade por unidade de participação de 5,04%. Em termos de mercado o Fundimo manteve uma quota nos fundos imobiliários abertos a operarem em Portugal de 15,3% (fonte APFIPP).

Adicionalmente, a sociedade gestora Fundimo geria, no final do ano, 10 fundos fechados no montante de 272 milhões de euros, (+36% do que no final de 2004), dos quais dois (Turifundo e Fundigroup) entraram em actividade em 2005.

No total, o montante gerido pela Fundimo elevava-se a 955 milhões de euros, registando umaumento de 20% no ano, o que representa 11,7% da quota de mercado de Fundos de Investimento Imobiliário (11,2% em 2004), com a sociedade gestora a manter o 3º posto no ranking por capitais geridos.

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FUNDOS GERIDOS (milhares de euros)

2004 2005Fundo aberto Fundimo Valor do fundo 592 043 682 721 Carteira imobiliária 581 499 696 690 Carteira imobiliária / Valor do Fundo 98,2% 102,0%Rentabilidade 5,00% 5,04%Nº de UP's subscritas 10 524 471 15 174 538 Nº de UP's resgatadas 2 611 507 4 457 918 Nº de UP's em circulação 76 601 763 87 318 383

Fundos FechadosEurofundo 100 402 114 310 Fundicentro 7 500 47 500 Promovest 25 000 27 028 Saudeinvest 33 251 35 734 Fundicapital 10 012 10 186 Solid 17 298 18 540 Crescendis 5 000 5 800 Capitaltur 2 000 3 039 Turifundo (*) - 6 100 Fundigroup (**) - 3 950

Total sob Gestão 792 506 954 908 (*) Fundo Fechado lançado em Setembro de 2005. (**) Fundo Fechado lançado em Dezembro de 2005.

As comissões originadas pelo desempenho do fundo aberto Fundimo, conjugado com o incremento nos fundos fechados sob gestão, traduziu-se num aumento de 52% nos resultados obtidos pela sociedade gestora, atingindo-se no final do exercício um resultado líquido de 3,3 milhões de euros.

SOCIEDADE GESTORA (milhares de euros)

2004 2005

Activo líquido 4 559 6 222 Capitais próprios e equiparados 3 873 5 007 Resultado líquido 2 166 3 299

Capital social 600 600% Grupo CGD 100,0% 100,0%

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CGD PENSÕES – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões

Durante o ano, o desempenho da CGD Pensões continuou marcado pela decisão tomada pelo Governo, no final de 2004, de transferir parte do Fundo de Pensões do Pessoal da CGD para a Caixa Geral de Aposentações, e consequente transição da segunda tranche, no valor de 1 076milhões de euros, de forma faseada ao longo do ano, para aquela instituição.

No final do exercício, a CGD Pensões tinha sob a sua gestão 16 fundos de pensões, dos quais dois abertos, com um montante global de 1 040 milhões de euros. A parcela gerida do Fundo de Pensões do Pessoal da CGD, correspondente às responsabilidades com pensões de aposentação e sobrevivência posteriores a Dezembro de 2000, representava 79% do total da carteira. Salienta-se, ainda, que não incluindo os activos do Fundo de Pensões do Pessoal da CGD transferidos, o volume global sob gestão apresentou um crescimento da ordem dos 40%.

A quota de mercado detida pela CGD Pensões atingiu os 6,0% no final do ano, tendo passado a ocupar a 6ª posição no ranking das sociedades gestoras de fundos de pensões a actuarem emPortugal.

Durante o exercício foram incorporados dois novos fundos fechados à carteira da CGD Pensões, o fundo de pensões da CMVM, no valor de cerca de 4,0 milhões de euros e, já no final do ano, o fundo de pensões da Império-Bonança, no valor de 70,5 milhões de euros. EmNovembro, na sequência de um novo concurso levado a cabo pela Petrogal para a gestão do seu fundo de pensões, a CGD Pensões deixou de realizar a gestão da quota-parte do mesmo.

No respeitante aos fundos abertos, assinala-se o lançamento em Dezembro de um novo fundo, o Caixa Reforma Valor, que complementa o já existente Caixa Reforma Activa, do qual se distingue pelo nível de risco mais elevado. Com este alargamento da oferta, a CGD Pensões procurou ir ao encontro das expectativas dos seus clientes, dando-lhes a possibilidade de repartirem o seu investimento pelos dois fundos na proporção que entenderem, podendo alterar a distribuição das suas contribuições futuras sempre que o pretendam ou realocar o investimento já feito.

Desde o seu lançamento, em Dezembro, foram subscritas 265 891 unidades de participação do fundo Caixa Reforma Valor, no montante de 1,3 milhões de euros. O fundo Caixa ReformaActiva registou, com o lançamento da campanha Duo Invest 2005 – III, um forte dinamismoao longo de 2005, tendo sido concretizadas três adesões colectivas e 3 734 adesões individuais, o que perfez um total de 6,3 milhões unidades de participação, correspondentes a mais 72,2 milhões de euros, contra os 3,2 milhões de euros registados em Dezembro de 2004.

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FUNDOS GERIDOS (milhares de euros)

2004 2005

Fundos Fechados: Fundo de Pensões da CGD (*) 1 721 140 824 576F. de Pensões da Petrogal 42 889 ---F. de Pensões da Gestnave 5 147 6 706F. de Pensões da Bolsa de Lisboa e Porto 3 860 4 359F. de Pensões da Caixa Banco de Investimentos 1 733 2 078F. de Pensões da Interbolsa 1 317 1 648F. de Pensões da Caixa Empresas de Crédito 2 033 2 141F. de Pensões da Cª Portuguesa de Resseguros 821 799F. de Pensões da Galp Energia – Conservador 5 378 5 887F. de Pensões da Galp Energia – Agressivo 1 644 2 076F. de Pensões do Finibanco 20 543 29 411F. de Pensões da Sojornal 6 097 6 391F. de Pensões do Instituto Nacional de Estatística 2 734 2 996F. de Pensões da Comissão Mercado Valores Mobiliários (**)

- 3 982

F. de Pensões da Império-Bonança (***) - 70 455Fundos Abertos: Caixa Reforma Activa 3 239 75 394Caixa Reforma Valor (****) - 1 335Total 1 818 575 1 040 231

(*) Em 2004 incluía 1 076 milhões de euros da parcela de activos a transferir para a CGA em cumprimento do Decreto-Lei nº 241-A/2004, cuja transferência foi efectuada durante o exercício de 2005.

(**) Integrou a carteira gerida pela CGD Pensões em Janeiro de 2005. (***) Integrou a carteira gerida pela CGD Pensões em Dezembro de 2005. (****) Integrou a carteira gerida pela CGD Pensões em Dezembro de 2005.

A diminuição do Resultado líquido em 2005, para 231 mil euros deve-se às transferências de parte do Fundo de Pensões da CGD para a CGA, originando um decréscimo acentuado no nível de comissões cobradas.

SOCIEDADE GESTORA (milhares de euros)

2004 2005

Activo líquido 4 938 4 457 Capitais próprios 4 265 4 006 Resultado líquido 545 231

Capital social 3 000 3 000 % Grupo CGD 100,0% 100,0%

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ACTIVIDADES DO GRUPO NO EXTERIOR

SUCURSAIS E FILIAIS BANCÁRIAS

O Grupo CGD dispõe de uma rede de 9 Sucursais bancárias – Nova Iorque, Londres, França, Luxemburgo, Zhuhai (República Popular da China), Timor Lorosae, Grand Cayman, Mónaco e Zona Franca da Madeira –, e de 7 filiais –, Banco Siméon (Espanha), Banco Comercial e de Investimentos (Moçambique), Banco Comercial do Atlântico (Cabo Verde), Banco Interatlântico (Cabo Verde), Banco Nacional Ultramarino (Macau), Mercantile Bank (África do Sul) e Caixa Geral de Depósitos Subsidiária Offshore de Macau. Através desta rede actua quer junto das comunidades portuguesas residentes, quer no apoio às operações de empresas portuguesas no exterior.

Sucursais e Filiais Bancárias (a)(milhões de euros)

Sucursais Filiais2004 2005 2004 2005

Aplicações em Instit. de Crédito 18 844 18 690 1 451 1 772Créditos a Clientes 2 308 2 403 2 614 3 113Recursos de Instit. de Crédito 10 640 11 008 563 674Recursos de Clientes 3 793 2 896 3 539 4 155

(a) Inclui relações intra-Grupo.

As entidades bancárias do Grupo CGD no exterior registaram um saldo de crédito a clientes, que ascendeu, em 2005, a cerca de 5,5 mil milhões de euros, enquanto o de poupança captada somou mais de 7,2 mil milhões. Salienta-se o papel das Sucursais nas operações comInstituições de Crédito que ultrapassou os 18 mil milhões de euros, valor resultante, emgrande parte, da sua função de intermediação entre a CGD (Portugal) e as grandesinstituições financeiras internacionais e investidores institucionais no contexto das operações de mercado de capitais e de uma adequada gestão da liquidez do Grupo.

Em termos de Activo líquido (após relações intra-Grupo), as Sucursais somavam, no final de 2005, 5,4 mil milhões de euros e as Filiais bancárias 4,3 mil milhões, isto é, 6,2% e 5%, respectivamente, do total do Grupo CGD.

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ESPANHA

A economia espanhola manteve a linha ascendente de crescimento dos últimos anos com o PIB a crescer 3,4%, acima dos 3,1% registados em 2004, assente na procura interna, no investimento em bens de equipamento e no dinamismo dos sectores da construção e dosserviços. A inflação situou-se em 3,6%, acelerando face ao ano transacto (3,4%), em grande parte influenciada pelo aumento dos preços da energia.

A taxa de desemprego, por seu turno, foi de 9,2%, baixando relativamente ao ano anterior (11%), favorecida pelos níveis de crescimento económico dos últimos anos e da moderaçãodos salários reais.

A actividade bancária, em termos da oferta de crédito, beneficiou do enquadramento de taxas de juro baixas, incentivando os empréstimos de longo prazo a empresas e, principalmente, oscréditos para compra de habitação. Ao nível da poupança verificou-se um aumento dosdepósitos a prazo dos clientes particulares.

Banco Simeón

O ano de 2005 marcou um momento particularmente significativo para o Banco Siméon coma adopção de um plano de relançamento em que se definiram objectivos em termos de crescimento, rentabilidade e capacidade competitiva e se ponderaram os investimentos a realizar e os recursos a mobilizar, para assegurar o aproveitamento adequado das oportunidades identificadas no mercado espanhol.

Uma nova equipa de gestão tomou posse em meados de 2005, dando prioridade às acções de reorganização, racionalização e saneamento consideradas necessárias para assegurar a gestão adequada do desenvolvimento comercial e do alargamento da rede de agências, com foco permanente na qualidade e no controlo rigoroso dos custos e dos riscos.

Os primeiros passos do plano foram dados no segundo semestre do ano, através de um aumento de capital de 275 milhões de euros, do qual foram realizados 110 milhões em 2005, e o restante a cumprir até 2007, bem como do lançamento de um conjunto de medidas de racionalização e de saneamento do balanço.

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BANCO SIMEÓN(milhares de euros)

2004 2005Activo líquido 2 397 686 2 784 784Aplicações em Instit. de Crédito 493 606 473 132Créditos a clientes 1 757 775 1 984 777Carteira de títulos 39 670 40 535Recursos de Instit. de Crédito 481 706 579 741Depósitos de clientes 1 683 748 1 721 355Capitais próprios 158 850 397 579Resultado líquido -11 675 -31 154Capital social 167 792 442 792% Grupo CGD 99,6% 99,8%Número de empregados 862 899Número de agências 173 175

O Activo total do Banco aumentou 16,1% resultante da evolução na carteira de crédito (+12,9%), em especial no segmento de empresas (+130 milhões de euros) e no crédito hipotecário (+97 milhões). O crescimento verificado nos depósitos (+2,2%) teve origem nasmodalidades à vista e de poupança.

O Resultado líquido negativo apurado em 2005 de 31,2 milhões de euros está em linha com o previsto na projecção financeira que fundamenta o plano de relançamento, sendo de realçar o peso dos custos inerentes às referidas acções de saneamento e racionalização.

FRANÇA

A economia francesa registou um abrandamento no seu ritmo de crescimento com o PIB a aumentar 1,5%, contra 2,3% no ano anterior, evolução suportada sobretudo pelos consumoprivado (+2%) e investimento das empresas (+3,3%). O emprego total não observou alteração sensível, apesar das medidas tomadas para flexibilizar o mercado de trabalho, mantendo-se a taxa de desemprego em cerca de 9,6%, valor idêntico ao de 2004. A taxa de inflação situou-se nos 2%, ligeiramente mais baixa do que em 2004 (2,3%), com os preços a reagirem maismoderadamente à subida dos preços do petróleo, tendo em conta o peso da energia nuclear emFrança.

O déficit das contas públicas em 2005 situou-se também acima dos 3% do PIB, apesar de um controlo apertado das despesas da Administração Central.

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Sucursal de França

A actividade do Grupo CGD em França, através da sua Sucursal, registou uma ligeira desaceleração nos principais agregados do balanço, tendo porém obtido aumentos nos depósitos de clientes (+3,7%), sobretudo nos provenientes de residentes (+9,3%). No Crédito a clientes verificou-se um ligeiro recuo de 0,7%, mas os empréstimos ao sector imobiliáriocresceram 8,9%.

Salienta-se o papel da Sucursal nas operações realizadas por conta da Sede, sobretudo através da emissão de dívida, ao abrigo dos programas de Euro Medium Term Notes e EuroCommercial Paper, assegurando a manutenção de adequados níveis de liquidez global do Grupo.

Na exploração verificou-se uma variação positiva do Produto bancário (+5,9%) fruto dos crescimentos tanto na margem financeira (+6%), com destaque para os juros do crédito, como na margem complementar (+5,7%).

Tendo em atenção os custos de funcionamento (+6,4%) e as dotações para provisões e paraimpostos, o Resultado líquido cifrou-se em 4,3 milhões de euros.

SUCURSAL DE FRANÇA(milhares de euros)

2004 2005

Activo líquido 12 908 271 12 619 682Aplicações em Instit. de Crédito 10 227 589 9 938 563 Créditos a clientes 1 721 773 1 709 688Carteira de títulos 777 847 752 305Recursos de Instit. de Crédito 5 544 974 4 409 300Depósitos de clientes 1 269 344 1 316 918Resultado líquido 4 228 4 320

Número de empregados 473 492Número de agências 45 45

Para fidelizar e rejuvenescer a sua clientela no mercado local, bem como aumentar o númerode produtos por cliente, a Sucursal prosseguiu o seu plano comercial dinamizando a venda cruzada de seguros da Fidelidade e apostando na utilização da banca electrónica.

Durante o ano foi inaugurada uma nova agência em Paris na zona de La Nation (Paris XI) eprocedeu-se à fusão de duas outras por razões de proximidade geográfica.

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LUXEMBURGO

Na economia luxemburguesa, o PIB cresceu cerca de 3,5%, o que representou umadesaceleração face ao ano anterior (4,5%), consequência da forte subida dos preços da energia, que influenciou negativamente os níveis de consumo e o volume das exportações, sobretudo de produtos siderúrgicos. Ainda assim, a economia foi bastante dinâmica,beneficiando, em particular, da evolução muito positiva dos mercados financeiros e dos serviços às empresas.

Face a este comportamento, a taxa de desemprego manteve-se num nível baixo, 4,6% em 2005, uma das mais reduzidas da Europa, enquanto a taxa de inflação registou uma subida de1,9% para 2,2%.

Sucursal do Luxemburgo

O Activo da Sucursal cresceu 9,1%, destacando-se os aumentos no crédito a clientes (+51%) e na carteira de títulos (+63%) e uma quebra nos recursos captados junto de clientes (-27%), motivada, essencialmente, pela entrada em vigor da Directiva europeia da poupança.

SUCURSAL DO LUXEMBURGO(milhares de euros)

2004 2005

Activo líquido 181 236 197 691Aplicações em Instit. de Crédito 69 247 27 796 Créditos de clientes 27 292 41 172Carteira de títulos 75 161 122 480Recursos de Instit. de Crédito 31 285 86 773Depósitos de clientes 143 103 104 872Resultado líquido 1 735 829

Número de empregados 16 20Número de agências 1 2

O Resultado líquido da Sucursal fixou-se em 829 mil euros, baixando face a 2004, o que se deve, em parte, ao aumento dos custos operacionais, relacionado com o alargamento da rede comercial.

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Durante o ano verificou-se a abertura de uma nova agência na cidade de Esch sur Alzette e, jáno segundo semestre do ano, no sentido de melhorar a qualidade do serviço prestado, foraminauguradas novas instalações da Agência Central, bem como disponibilizadas duas ATM’s ealargado o horário de atendimento ao público que passou a ser contínuo, entre as 8.45h e as 17.00h.

Em Outubro de 2005 foi inaugurada uma Mediateca na Sucursal, destinada a servir a vasta comunidade portuguesa residente. Trata-se de um instrumento complementar dos serviçosbancários prestados que contribui para a projecção de uma imagem inovadora.

REINO UNIDO

O crescimento do PIB no Reino Unido foi de 1,6%, evidenciando uma desaceleração face a 2004 (3,2%), resultante do abrandamento no consumo privado e público, bem como do mercado da habitação. Apesar deste comportamento, a taxa de inflação subiu de 1,3% para 2,4%, não só devido à elevação dos preços da energia, como dos preços dos produtos importados, variação que não foi, porém, muito influenciada por movimentos na taxa decâmbio.

Este comportamento da economia, apesar de tudo, não influenciou negativamente a taxa de desemprego, que se fixou em 4,6% (4,7% em 2004), a qual, em boa parte, beneficiou dos movimentos migratórios da UE que atenuaram as tensões sobre o mercado de trabalho.

Sucursal de Londres

A actividade da Sucursal de Londres centra-se na estruturação de produtos de valor acrescentado para os clientes da rede do Grupo Caixa Geral de Depósitos, bem como nagestão dinâmica do risco de volatilidade dentro do Grupo. Estas actividades sãodesempenhadas por recursos humanos especializados, com avançadas técnicas financeiras,envolvendo um uso intensivo de instrumentos derivados.

A gama de estruturas concebidas vai desde as mais simples até às de elevada complexidade, e os produtos estruturados cobrem um vasto leque que inclui depósitos ou obrigações emitidospelos bancos do Grupo, fundos de investimento e fundos especiais de investimento geridos

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pela Caixagest, e produtos financeiros de seguros lançados pela Fidelidade-Mundial. A Sucursal fornece também serviços de estruturação de produtos do activo, designadamente em ligação com a oferta de produtos de crédito a taxa fixa, bem como presta serviços à comunidade portuguesa emigrada no Reino Unido e aos cidadãos britânicos com interesses em Portugal. As duas vias de negócio entre o Reino Unido e Portugal têm vindo a registar crescimento com a Sucursal bem posicionada para dar resposta a essa realidade.

O volume de Activos geridos pela Sucursal de Londres manteve-se em cerca de 2,5 milmilhões de euros no final de 2005. Do lado do passivo, sobressai o saldo captado através do programa de Euro Commercial Paper, da ordem dos 2 mil milhões de euros, canalizados para a Sede em Portugal.

Sucursal de Londres (milhares de euros)

2004 2005

Activo líquido 2 557 424 2 500 987Aplicações em Instit. de Crédito 2 259 947 2 109 159 Carteira de títulos 220 731 348 778Recursos de Instit. de Crédito 206 347 200 395Depósitos de clientes 200 251 127 592Débitos representados por títulos 2 011 704 2 022 633Resultado líquido 15 576 2 116

Número de empregados 26 27Número de agências 1 1

O Resultado líquido de 2005 fixou-se em 2,1 milhões de euros. De realçar que este resultado não é directamente comparável com o do ano anterior, por alteração de procedimentoscontabilísticos, bem como pelo facto de, em 2004, a actividade da Sucursal ter sido predominantemente orientada para a estruturação de produtos (depósitos e obrigações) para venda directa aos clientes de retalho, enquanto que em 2005 se assistiu a um significativo crescimento do negócio com a Caixagest e com a Fidelidade, que contribuiu de formasubstancial para o resultado consolidado do Grupo, mas sem reflexo contabilístico nos resultados da Sucursal.

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ESTADOS UNIDOS

A economia americana registou um crescimento no PIB de 3,5%, com um abrandamento face ao ano anterior (4,2%), influenciado pelos efeitos do furacão Katrina, na região de NovaOrleães e agravado pelo furacão Rita. Os danos causados por estes desastres diminuíram emcerca de 25% a capacidade de produção interna de petróleo dos EUA e destruíram cerca de 200 mil empregos, reflectindo-se negativamente no crescimento do PIB em cerca de 0,7%.

Em consequência dos desastres naturais e da forte subida dos preços do petróleo, a inflaçãonos Estados Unidos atingiu os 3,3%, acelerando face a 2004 (2,7%), mas os índices de crescimento do Produto, sustentados pelo consumo privado e pelo investimento, geraram umnovo aumento do emprego total e consequente redução da taxa de desemprego de 5,5% para5,1%, valor próximo do seu nível de equilíbrio estrutural.

Tendo em atenção a evolução da economia, o FED iniciou, a 30 de Junho de 2004, umapolítica de aumento gradual das taxas de juro, fixando incrementos de 25 p.b. a cada reunião do Fed Open Market Committee, política que deverá manter-se em 2006. No final do ano a taxa dos Fed Funds era de 4,25%.

Nos mercados financeiros, mais concretamente no segmento de wholesale banking em que aSucursal se insere, o ano foi caracterizado por um repricing bastante rápido da carteira depassivos, o que resultou num esmagamento de margens. No entanto, registou-se uma maiorprocura de crédito por parte das empresas, especialmente no segundo semestre do ano.

Sucursal de Nova Iorque

A Sucursal de Nova Iorque actua ao nível do mercado de wholesale banking na praça financeira de Nova Iorque. Com um enfoque especial nas operações sindicadas, a Sucursal trabalha também ao nível do trade finance e dos mercados de capitais (renda fixa), sendo ainda responsável pela gestão do programa de United States Commercial Paper para o Grupo CGD.

Ao nível da actividade, o ano caracterizou-se por um crescimento significativo nos activos rendíveis, com especial ênfase nas Aplicações em Instituições de Crédito (+64%), principalnegócio da Sucursal. Salienta-se o fecho de diversas operações de elevado valor com grandes grupos financeiros americanos, incluindo a Bear Stearns, Morgan Stanley, Lehman Brothers e Merrill Lynch, entre outros.

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A contracção verificada na rubrica de crédito a clientes decorreu de uma maior aposta daSucursal nas operações interbancárias tendo globalmente, o volume de activos crescido de forma expressiva (+19%) assim como o de operações extrapatrimoniais que ultrapassou osmil milhões de USD.

SUCURSAL DE NOVA IORQUE

2004 2005Milhares

USDMilhares

EURMilhares

USDMilhares

EURActivo líquido 1 642 563 1 205 970 1 956 208 1 658 225 Aplicações em Instit. de Crédito 749 673 550 410 1 226 913 1 040 021 Créditos a clientes 399 113 293 029 275 681 233 688 Carteira de títulos 490 675 360 253 447 459 379 299 Recursos de Instit. de Crédito 1 281 723 941 041 1 644 271 1 393 805 Depósitos de clientes 90 835 66 691 151 246 128 207 Resultado líquido 5 560 4 470 2 732 2 195

Número de empregados 16 16Número de agências 1 1

Nota: Taxa de câmbio EUR/USD: Balanço 1,3620 em 2004 e 1,1797 em 2005; DR 1,2439 em 2004 e 1,2448 em 2005.

Em termos de resultados, registou-se uma quebra significativa ao nível da Margem financeira (-39%), devido ao esmagamento das margens de intermediação, que se reflectiu no Produto bancário (-26%), e implicou uma descida no Resultado líquido (-51%).

CABO VERDE

O crescimento do PIB de Cabo Verde, em 2005, situou-se em cerca de 6%, sendo os principais motores desta evolução o consumo e o investimento, sobretudo do sector público. Os sectores dos transportes aéreos e do turismo, bem como o comportamento positivo das remessas dos emigrantes fizeram melhorar o défice da conta corrente para apenas 1% do PIB.

As reservas cambiais viram-se reforçadas, em particular, pela entrada de fundos no âmbito de projectos ligados ao investimento directo estrangeiro e da ajuda orçamental, mas também pelo aumento das remessas dos emigrantes. As reservas internacionais líquidas do Banco de Cabo Verde cresceram cerca de 26,9%, passando a garantir 3,1 meses de importação.

Os bancos comerciais procederam a ajustamentos nas taxas de juro de mercado, com reduçõesgraduais nas suas taxas activas e passivas, com destaque para as taxas dos empréstimos à

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habitação. Apesar da criação destas condições favoráveis, o crédito à economia continua a ter uma evolução bastante modesta (aumento de 2,6% em Setembro face a Dezembro de 2004).

De referir, no entanto, que esta evolução do crédito não traduz o dinamismo do investimentoprivado, na medida em que as informações disponíveis sobre as transacções com o exterior indicam que as grandes empresas têm preferido recorrer a empréstimos externos em condições de financiamento supostamente mais favoráveis comparativamente às do mercadointerno.

Banco Comercial do Atlântico

O BCA é o banco líder no mercado em Cabo Verde, tanto no Crédito como nos Depósitos, e é, igualmente, o banco de referência da emigração cabo-verdiana, canalizando a maioria das remessas que entram no país.

O Activo líquido do banco progrediu 17% (em moeda local), sendo de destacar, na evolução do balanço, os crescimentos da carteira de Títulos em 17%, dos Depósitos de clientes em 15%e das Aplicações em Instituições de Crédito em 469%.

BANCO COMERCIAL DO ATLÂNTICO

2004 2005Milhares

CVEMilhares

EURMilhares

CVEMilhares

EURActivo líquido 42 359 351 384 160 49 395 814 447 974 Aplicações em Instit. de Crédito 745 993 6 765 4 242 122 38 472 Créditos a clientes 15 058 753 136 569 15 846 748 143 715 Carteira de títulos 14 921 000 135 319 17 444 287 158 203 Recursos de Instit. de Crédito 459 176 4 164 715 130 6 486 Depósitos de clientes 37 829 757 343 080 43 377 327 393 392 Capitais próprios 1 130 226 10 250 1 546 218 14 023 Resultado líquido 211 834 1 921 346 242 3 140

Capital Social 1 000 000 9 069 1 000 000 9 069% Grupo CGD 59,2% 59,2%

Número de empregados 394 399Número de agências 24 24Nota: Taxa de câmbio EUR/CVE: 110,265 em 2004 e 2005.

No Crédito a clientes destacou-se o aumento no segmento das empresas (+11,6%) e, nosdepósitos, as modalidades de poupança e a prazo (+25%).

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Com esta evolução o resultado líquido subiu 63% em 2005, sobretudo devido a uma menornecessidade de provisionamento.

No tocante à banca electrónica o BCA dispõe de 17 ATM’s estando já aprovada a aquisição de mais 16 numa aposta na dinamização dos canais alternativos. Neste sentido, em 2005, 2,4% dos clientes do BCA tinham já acesso ao BCA Directo, através da internet, contra 1,4% em 2004. De referir também o desempenho ao nível da colocação de cartões de débito com 16 mil novos cartões emitidos em 2005, contra cerca de 10 mil em 2004.

Banco Interatlântico

O Activo do Banco Interatlântico cresceu 47% (em moeda local), salientando-se, àsemelhança do BCA, o comportamento dos Depósitos de clientes (+28%), da carteira de Títulos (+113%) e do Crédito a clientes (+18%).

BANCO INTERATLÂNTICO

2004 2005Milhares

CVEMilhares

EURMilhares

CVEMilhares

EURActivo líquido 5 868 535 53 222 8 622 555 78 198 Aplicações em Instit. de Crédito 999 229 9 062 1 852 929 16 804 Créditos a clientes 2 169 285 19 673 2 553 561 23 158 Carteira de títulos 1 058 176 9 597 2 249 591 20 402 Recursos de Instit. de Crédito 245 128 2 223 535 538 4 857 Depósitos de clientes 4 792 662 43 465 6 124 266 55 541 Capitais próprios 755 899 6 855 772 430 7 005 Resultado líquido 102 079 926 55 201 501

Capital Social 600 000 5 441 600 000 5 441% Grupo CGD 70,0% 70,0%

Número de empregados 53 55Número de agências 4 5Nota: Taxa de câmbio EUR/CVE: 110,265 em 2004 e 2005.

No entanto, o aumento nos custos operacionais afectou o Resultado líquido que se fixou em501 mil euros (-46%).

Durante o ano, o Banco inaugurou uma nova agência na Ilha do Sal, elevando a rede para 5 agências.

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No desenvolvimento da banca electrónica em Cabo Verde, o banco instalou mais duas ATM’s, passando a dispor de uma rede de seis máquinas. No número de cartões de débito emitidos pelo banco, registou-se um aumento em 2005, para cerca de 3,3 mil, contra 2,4 milem 2004.

No conjunto dos dois bancos participados pela Caixa e Cabo Verde, a rede de ATM’s éconstituída por 23 máquinas num total de 44 no país.

GARANTIA - Companhia de Seguros de Cabo Verde

A Garantia é uma das duas seguradoras a operar no mercado de Cabo Verde, liderando o sector com uma quota de mercado de cerca de 66% em 2005.

Em Cabo Verde a banca não exige seguros de vida na contratação de créditos hipotecários(em particular para habitação própria e permanente) o que explica, em boa parte, o peso muitoreduzido que o ramo Vida ainda representa no conjunto da actividade seguradora. É no ramoNão Vida que assenta a actividade das seguradoras e, em particular, da Garantia (99% da actividade da Companhia em 2005).

Os principais indicadores da actividade registaram evoluções positivas em 2005, com destaque para a taxa de crescimento da carteira, 9,7% contra 1,5% em 2004, atingindo o montante global de 8,3 milhões de euros em Prémios de Seguro Directo. Em sentido inverso a taxa de sinistralidade do seguro directo líquido de resseguro situou-se em 57% (45% em2004).

O rácio de cobertura das provisões técnicas evoluiu de forma muito positiva para 112% em2005 (103% em 2004), garantindo assim que a Companhia tem inteiramente cobertas as suas responsabilidades para com os segurados e terceiros, cumprindo os limites estabelecidos paraas aplicações financeiras bem como os níveis de margem de solvência e do fundo de garantia.

O Activo líquido da seguradora aumentou 18% enquanto a carteira de Investimentosprogrediu 6,4% e as Provisões técnicas 70%. O Resultado líquido alcançado em 2005 foi de 397 mil euros, +10,3% que no ano anterior.

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GARANTIA – COMPANHIA DE SEGUROS DE CABO VERDE

2004 2005Milhares

CVEMilhares

EURMilhares

CVEMilhares

EURActivo líquido 1 295 830 11 752 1 529 667 13 873 Investimentos (activos de representação) 592 035 5 369 630 167 5 715 Provisões técnicas de contratos de seguro 429 113 3 892 730 084 6 621 Prémios de seguro directo (no ano) 838 827 7 607 920 105 8 344 Resultado líquido 39 681 360 43 798 397

Capital Social 200 000 1 814 200 000 1 814Capitais próprios 429 310 3 893 432 684 3 924% Grupo CGD 65,3% 65,3%

Número de empregados 59 65Número de agências 6 6

Nota: Taxa de câmbio EUR/CVE: 110,265 em 2004 e 2005.

A PROMOTORA – Sociedade de Capital de Risco

A carteira de participadas da Promotora engloba oito empresas em áreas como o e-business,os transportes, a publicidade e a agro-pecuária, entre outras.

O Activo líquido ascendeu a 3,7 milhões de euros, dos quais 1,4 milhões representam os depósitos a prazo e 1,1 milhões as aplicações em Títulos do Tesouro cabo-verdiano. O Resultado líquido, apesar de negativo em 55 mil euros, foi mais favorável do que o valorregistado em 2004, o qual reflecte, no essencial, o menor esforço de provisionamento dacarteira de participadas (-94%) e, por outro lado, o aumento dos outros proveitos de exploração (+179%) por via da inclusão nas suas receitas de comissões referentes a serviços prestados.

A PROMOTORA – Sociedade de Capital de Risco (milhares de euros)

2004 2005

Activo líquido 4 037 3 732Investimentos financeiros 3 179 2 229Capitais próprios 3 497 3 149Resultado líquido -161 -55

Capital social 4 081 4 081% CGD 36,2% 36,2%% Grupo CGD 52,7% 52,7%

Nota: Taxa de câmbio EUR/CVE: 110,265 em 2004 e 2005.

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MOÇAMBIQUE

Durante o ano de 2005, estima-se que o PIB em Moçambique tenha crescido cerca de 7,7%, tendo a economia sido bastante afectada pelas subidas do preço do petróleo nos mercadosinternacionais. A inflação acumulada situou-se na ordem dos 14%.

O défice comercial agravou-se em consequência do aumento significativo das importações,mas foi mitigado pelo incremento da ajuda internacional, o que permitiu cumprir o nível de Reservas internacionais líquidas proposto pelo FMI (cobertura de 5 meses de importações).No mercado cambial, após a apreciação do metical de 20,8% em 2004, registou-se umadepreciação assinalável em 2005 face ao dólar (-28%). No início do ano, o Banco de Moçambique implementou o sistema de leilão de divisas, o que originou um período de elevada volatilidade da taxa de câmbio.

BCI Fomento

O Banco apresentou, em Dezembro de 2005, um Activo líquido de 383 milhões de euros, registando um crescimento de 17%, resultado do forte crescimento da carteira de Crédito (+40%). Os Recursos de clientes aumentaram, por seu turno, 17%.

Face ao crescimento do Produto bancário (+24%) sobretudo por efeito da margem financeira,e apesar do crescimento dos custos de funcionamento e das provisões, o Resultado líquido do exercício aumentou cerca de 57%, atingindo um valor de 8,1 milhões de euros.

BCI FOMENTO

2004 2005MilhõesMZM

MilharesEUR

MilhõesMZM

MilharesEUR

Activo líquido 8 191 258 327 650 10 724 965 382 701Aplicações em Instit. de Crédito 1 643 910 65 756 1 430 680 51 051Créditos a clientes 3 385 509 135 420 5 313 046 189 586Carteira de títulos 1 413 243 56 530 1 896 040 67 657Recursos de Instit. de Crédito 142 792 5 712 369 957 13 201Depósitos de clientes 6 095 288 243 812 7 973 685 284 527Capitais próprios 874 324 34 973 922 277 32 910Resultado líquido 139 880 5 176 230 773 8 106

Capital Social 311 746 12 470 321 580 11 475% Grupo CGD 42,0% 42,0%

Número de empregados 499 549Número de agências 32 35

Nota: Taxa de câmbio: EUR/MZM: Balanço 25000 em 2004 e 28024 em 2005; DR 27027 em 2004 e 28470 em 2005.

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O BCI tem vindo a dinamizar a utilização da banca electrónica e lançou, em 2005, o cartãode débito Visa Electron, complementando a oferta de cartões do banco, depois das suas ATM’s terem sido ligadas à rede Visa, com a consequente movimentação dos cartões em todo o mundo. A oferta quer a particulares quer a empresas, continuou a desenvolver-se econfirmou a aposta na banca electrónica em produtos como os POS, sendo o pagamento de serviços através da rede de ATM’s já é uma realidade. O número de ATM’s do BCIascendeu a 63 em Dezembro de 2005, o que representa cerca de 16% do total do mercado e 85% do total da rede Ponto 24.

O Banco Comercial e de Investimentos (BCI Fomento) reforçou a sua presença no mercado moçambicano com a abertura de 3 novas agências, passando a totalizar 35 agências. Com a abertura de uma destas agências em Gaza, o banco passou a estar representado nas 14 capitaisprovinciais do país e ainda com 21 agências em Maputo. Por esta razão o banco consolida também a sua posição de segundo maior banco comercial de Moçambique, com uma quota de mercado no crédito de 28% e nos depósitos de 24%.

MACAU

A economia de Macau manteve um desempenho favorável, com o PIB a crescer cerca de 10%, ainda assim inferior aos 25% registados em 2004. A taxa de desemprego situou-se nos 4%, a mais baixa dos últimos cinco anos.

Esta evolução continuou alicerçada na dinâmica da indústria do turismo e do jogo, dois vectores da economia de Macau que em 2005 continuaram a beneficiar da crescente afluência de turistas ao Território, estimando-se que o seu número tenha atingido os 17 milhões nos primeiros 11 meses do ano, +12,5% que em igual período do ano anterior, sobretudo oriundos da China Continental (+9,8%), devido à maior flexibilidade do Governo Central na emissãode vistos individuais para visitar aquele território.

O Acordo de Parceria Económica entre Macau e a China Continental, isentando de tarifas aduaneiras 273 produtos de exportação para o mercado chinês, assim como o acordo, já anunciado pelos Governos de Macau e da China, quanto ao projecto de construção de umaponte que ligará Macau a Zhuhai e a Hong Kong, são iniciativas que contribuirão para reforçar a integração económica da região do Rio das Pérolas. Espera-se que esta região continue a beneficiar, nos próximos anos, do crescimento elevado que se perspectiva para a economia da China Continental.

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A apreciação do Renmimbi (CNY) face ao USD em cerca de 2% decorrente da alteração, emJulho de 2005, do regime cambial – passou de um sistema de fixed peg face ao dólar americano para um sistema de floating exchange indexado a um cabaz de moedas (USD, JPY e EUR) – não teve grande impacto nos mercados regionais asiáticos.

Para salvaguardar a estabilidade monetária associada ao peg da pataca (MOP) com o dólar de Hong Kong (HKD), as taxas de juro de curto prazo em Macau continuaram a acompanhar as dos bancos de Hong Kong e a base rate fixada pela Autoridade Monetária de Macau continuaigual à base rate cotada pela Autoridade Monetária de Hong Kong (5,75%).

A médio prazo, as oportunidades de negócio continuam a concentrar-se nos sectores do turismo e do jogo (construção de novos casinos e hotéis), no sector imobiliário (construção para habitação), nas obras públicas e no sector da produção de bens e serviços essenciais. A abolição integral em 2005 do sistema de quotas para exportação de produtos têxteis de Macau para a Europa e Estados Unidos e a situação folgada da liquidez das empresascontribuiu para um crescimento de 7% da carteira de crédito de curto prazo às empresas.

A criação de uma Zona industrial transfronteiriça entre Macau e Zhuhai, já aprovada pelo Governo da China Continental, poderá vir a contribuir para aumentar as necessidades de financiamento à indústria.

No sector bancário, dois novos bancos offshore passaram a funcionar no Território em 2005, um dos quais a Caixa Geral de Depósitos - Subsidiária Offshore de Macau, um bancodireccionado para clientes não residentes em Macau.

BNU, SA (Macau)

Em 2005 o BNU emitiu e colocou em circulação novas notas de 10, 20, 100, 500 e 1000 patacas, no âmbito da responsabilidade emissora que tem no Território de Macau desde 1902, data em que iniciou a sua actividade nesta região asiática. O BNU continua a exercer estafunção emissora, na qualidade de Agente do Governo do Território, em relação à emissão de 50% das notas com curso legal que integram a circulação fiduciária de Macau.

Apesar da pequena dimensão do mercado e da forte competitividade do sector bancário, oBNU expandiu o seu activo em cerca de 20% (em moeda local), particularmente influenciado pelos segmentos do crédito aos particulares (+64%) e à habitação (+72%), que contribuírampara um incremento da carteira de crédito de cerca de 27%.

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BANCO NACIONAL ULTRAMARINO (Macau)

2004 2005Milhares

MOPMilhares

EURMilhares

MOPMilhares

EURActivo líquido 14 300 088 1 311 249 17 095 276 1 814 438Aplicações em Instit. de Crédito 8 163 224 748 528 9 772 412 1 037 213Créditos a clientes 3 508 476 321 710 4 458 893 473 253Carteira de títulos 1 864 423 170 959 1 741 849 184 874Recursos de Instit. de Crédito 615 543 56 442 652 660 69 271Depósitos de clientes 11 568 203 1 060 748 13 917 982 1 477 211Capitais próprios 635 391 58 262 856 499 90 906Resultado líquido 80 057 8 030 205 767 20 720

Capital Social 400 000 36 678 400 000 42 455% Grupo CGD 100,0% 100,0%

Número de empregados 286 309Número de agências 11 11

Nota: Taxa de câmbio EUR/MOP: Balanço10,9057 em 2004 e 9,4218 em 2005; DR 9,9702 em 2004 e 9,9309 em 2005.

A captação de recursos manteve a tendência de crescimento dos anos precedentes,progredindo 20% em patacas (39% em euros), evolução que resulta não só do crescimento da economia, mas também do bom relacionamento comercial e institucional que o BNU mantémno Território.

A estratégia comercial do BNU, direccionada para a indústria do entretenimento associada ao negócio do turismo e dos casinos , quer através da participação no financiamento dos grandes projectos em curso, quer pela via da diversificação de produtos e serviços, contribuiude forma muito positiva para o incremento da Margem financeira (+54%) e da Margemcomplementar do banco (+60%), e, portanto, do Produto bancário (+69%). Com esta evolução na exploração e, tendo os custos operativos progredido apenas 3%, o Resultado líquido alcançou um valor de 20,7 milhões de euros, superior em 158% ao do ano anterior.

TIMOR

O sistema financeiro de Timor Lorosae confina-se praticamente à componente bancária composta por uma Autoridade Bancária e de Pagamentos, com função de banco central, três bancos (sucursais) com sede no exterior e uma instituição local de micro-crédito, autorizada areceber depósitos, tal como os bancos.

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De acordo com o relatório anual da Autoridade Bancária e de Pagamentos, relativo ao período 2004-2005, o sistema bancário de Timor evoluiu de forma saudável em consequência de umamaior diversificação da carteira de activos.

Embora a expansão do crédito tenha registado alguma desaceleração em 2005, a concessão decrédito constituiu o elemento mais marcante da actividade bancária, particularmente nossectores da construção civil, do comércio e dos transportes públicos, com destaque tambémpara um aumento significativo dos empréstimos pessoais.

O total dos activos do sistema bancário em 30 de Junho de 2005 era de 157,1 milhões de dólares americanos, representando um aumento de 16% relativamente ao ano anterior,constituindo os depósitos dos particulares a principal fonte de financiamento do sector.

Sucursal de Timor

O Grupo CGD, presente em Timor Leste desde 1999, continuou a actuar como Banco da administração do país, tendo desempenhado um papel activo no processo de recuperação da economia timorense, nomeadamente através do apoio às pequenas empresas e a projectos de investimento, disponibilizando linhas de crédito específicas, bem como no desenvolvimentode uma cultura bancária local.

No âmbito de um protocolo negociado com a Timor Telecom para a prestação conjunta de serviços ao público timorense, foram abertos em 2005 mais 4 balcões de atendimento,alargando a presença da CGD a oito distritos do país, contribuindo para a melhoria do acesso da população local aos produtos e serviços disponibilizados pela CGD.

Neste contexto, o Activo líquido da Sucursal ascendeu a 73 milhões de euros, o que representa um crescimento de 31% face a 2004. Refira-se no entanto que, sem o efeito cambial, o crescimento teria sido de 13,6%.

A carteira de Crédito a clientes elevou-se a 60,6 milhões de euros e registou um significativo incremento (+30,8%), suportado maioritariamente pelos recursos captados de clientes (+35,3%), que ascenderam a 42,7 milhões de euros, já que os recursos de outras IC’s registaram um aumento de apenas 15%.

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SUCURSAL DE TIMOR

2004 2005Milhares

USDMilhares

EURMilhares

USDMilhares

EURActivo líquido 75 977 55 782 86 296 73 151Aplicações em Instit. de Crédito 11 388 8 361 14 858 12 595Créditos a clientes 63 064 46 301 71 448 60 564Recursos de Instit. de Crédito 26 229 19 258 26 165 22 179Depósitos de clientes 42 979 31 555 50 365 42 693Resultado líquido 3 204 2 576 3 795 3 048

Número de empregados 71 78Número de agências 4 8

Nota: Taxa de câmbio EUR/USD: Balanço1,3620 em 2004 e 1,1797 em 2005; DR 1,2439 em 2004 e 1,2448 em 2005.

O Resultado líquido de 3 milhões de euros reflecte um crescimento de 18,3% face ao ano anterior.

ÁFRICA DO SUL

A estabilidade política foi um dos factores que contribuiu para o desempenho positivo da economia da África do Sul em 2005, tendo-se verificado um crescimento do PIB de cerca de 4,5%, essencialmente resultante do crescimento do consumo privado (6%) bem como dadespesa interna (6%).

A taxa de inflação tem-se mantido estável, cerca de 4% em 2005, sendo o objectivo das autoridades sul africanas que a mesma se mantenha dentro de um limite máximo de 5% até ao final de 2007.

O sector bancário acompanhou esta tendência de crescimento da economia, verificando-se umforte crescimento no crédito ao consumo (+22% em Junho de 2005) assim como aos sectores dos transportes e comunicações (+33%).

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Mercantile Lisbon Bank Holdings Limited

Durante o exercício, o Mercantile Bank Limited prosseguiu a reestruturação iniciada em2002, através da descontinuação de algumas actividades fora do core business do banco e do redimensionamento do seu quadro de pessoal.

Em consequência o Banco recuperou a sua imagem no mercado, face à ligação com o Grupo CGD, ganhando uma nova dinâmica que lhe permitiu um crescimento da actividade, medidapelo Activo líquido, de mais de 28% (em moeda local). Para isso contribuiu o aumentoregistado no Crédito a clientes (+42%), com particular enfoque no segmento de PME’s, bem como nos Depósitos (+39%), suportado pela sua base de clientes tradicional e por taxas de juro competitivas.

MERCANTILE LISBON BANK HOLDINGS

2004 2005Milhares

ZARMilhares

EURMilhares

ZARMilhares

EURActivo líquido 2 650 610 344 696 3 397 767 455 209Aplicações em Instit. de Crédito 1 067 141 138 775 1 163 524 155 881Créditos a clientes 938 751 122 079 1 329 386 178 102Carteira de títulos 466 737 60 696 362 975 48 629Recursos de Instit. de Crédito 99 662 12 960 - -Depósitos de clientes 1 199 860 156 035 1 664 783 223 036Capitais próprios 472 477 61 443 542 004 72 614Resultado líquido -205 819 -25 698 67 012 8 465

Capital Social 1 210 143 157 372 1 210 143 162 126% Grupo CGD 91,75% 91,75%

Número de empregados 437 415Número de agências 14 15

Nota: Taxa de câmbio EUR/ZAR: Balanço7,6897 em 2004 e 7,4642 em 2005; DR 8,0092 em 2004 e 7,9168 em 2005.

Face a esta evolução, o Mercantile alcançou um Resultado líquido de 8,5 milhões de euros, que contrasta com o prejuízo do ano anterior (25,7 milhões de euros). De notar, porém, que a comparação com 2004 está prejudicada pelo facto de o Mercantile ter constituído nesse anoprovisões de 172 milhões de rands (21,6 milhões de euros), em resultado da anulação dasgarantias prestadas pela CGD, no âmbito do aumento de capital de 555 milhões de rands realizado em Setembro desse ano. A referida anulação de garantias teve como consequência a libertação de provisões de igual montante na CGD, o que, globalmente, teve um impactopositivo, tendo a CGD ficado detentora de 92% do Banco Mercantile.

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Outras Actividades Internacionais

Em 2005, o negócio internacional continuou assente no esforço de articulação das diversas unidades do Grupo (em Portugal e no estrangeiro) com o intuito de melhorar a qualidade do serviço prestado aos clientes e apostando no conceito de cross-border / cross selling, quer na actividade de banca comercial, quer na de banca de investimento.

Nestes termos, continuaram a desenvolver-se serviços de apoio ao comércio externo, nomeadamente através do estabelecimento e gestão de linhas de trade finance dirigidas para mercados em África (Angola, Marrocos, Egipto, Tunísia, Moçambique, África do Sul, etc.), Ásia (China, Macau, Hong Kong, Índia, Arábia Saudita, etc.), América do Sul (Brasil, México, Venezuela, etc.), Europa Central e de Leste e Ásia Oriental (Bulgária, Hungria, Polónia, Roménia, Rússia, Cazaquistão, etc.).

Estas linhas são geralmente estabelecidas em acordos com bancos parceiros estrangeiros, sejam bancos multilaterais vocacionados para o apoio ao investimento e ao desenvolvimento(BEI, BERD, BID, IFC, BAD e ADB), sejam bancos locais em países para onde se pretende incentivar as exportações portuguesas.

Neste particular, deve ser destacada a continuada divulgação da adesão da CGD ao “TradeFacilitation Programme”, um programa patrocinado pelo Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) que tem por objectivo o fomento do comércio externo com a Europa Central e de Leste e com os países da Comunidade de Estados Independentes (ex-URSS).

No âmbito das operações de apoio à exportação para África, destaca-se a realização de financiamentos à exportação de médio e longo prazo na modalidade de crédito ao importador (buyers credit) com garantia da COSEC, o que demonstra o interesse do Grupo CGD pelos mercados africanos, com especial destaque para projectos em que intervenham empresasportuguesas.

Como exemplo deste tipo de operações, salienta-se o financiamento de cerca de 19 milhões de euros à empresa cabo-verdiana ASA – Empresa Nacional de Aeroportos e Segurança Aérea SA, para a remodelação e ampliação do Aeroporto de São Pedro, na Ilha de São Vicente, em Cabo Verde. O financiamento, em cuja montagem colaborou o Banco Interatlântico (instituição financeira cabo-verdeana com participação maioritária da CGD), conta, ainda, com um seguro de crédito da COSEC.

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Ao abrigo da Convenção de Cobertura de Riscos de Crédito Portugal-Angola (100 milhões de euros) foi lançada uma nova linha para financiar as exportações de bens e serviços para aquele país, tendo a CGD sido responsável por cerca de 40% do respectivo montante.

No que respeita à vertente do negócio wholesale internacional, manteve-se o protagonismo da CGD no mercado primário, através da captação de numerosas operações sindicadas.

Paralelamente, continuou a promover-se o relacionamento institucional com as principais instituições financeiras internacionais originadoras de financiamentos estruturados para mercados emergentes, tendo em vista não só a diversificação da carteira de activos como a actuação em mercados com significativo potencial de crescimento, como é o caso da Federação Russa.

Neste particular, merece especial destaque a colaboração com instituições multilaterais como o BERD e a International Finance Corporation (IFC-Grupo Banco Mundial), sendo a CGD o grupo financeiro português que em 2005 mais participou em operações estruturadas por estas entidades.

Em 2005 foram inauguradas duas novas Mediatecas, uma na cidade do Luxemburgo e outra na cidade de Mindelo, em Cabo Verde. Com a abertura destas unidades, passou a ser de oito a rede de Mediatecas que a CGD disponibiliza em diversos países onde está presente. A Mediateca é uma biblioteca informatizada e multimédia que tem por objectivo proporcionar a consulta de informação técnica especializada nas áreas de finanças, gestão, economia, direito, obras de referência, literatura, estatísticas e ciência, entre outros.

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RECURSOS HUMANOS

Como em anos anteriores, a gestão de recursos humanos assumiu-se como uma vertente estratégica da gestão da empresa, não só assegurando as tarefas de suporte ao seu normalfuncionamento no que diz respeito ao pessoal, mas desenvolvendo igualmente alguns projectos específicos, num quadro de alinhamento com os objectivos de negócio.

Desses projectos, uns iniciados durante o ano, outros transitando de anos anteriores, destacam-se os seguintes, particularizando-se as acções principais desenvolvidas:

Recrutamento e Acolhimento - Recolha de candidaturas para recrutamento, efectuada por via do e-recruitment, com

recurso a uma plataforma tecnológica específica, amplamente divulgada junto dos segmentos mais jovens;

- Orientação do Recrutamento para as competências comerciais e aprofundamento das metodologias de Selecção, com base em assessment centre;

- Reforço do acompanhamento e avaliação dos estagiários que participaram no Programa de Estágios da CGD, fonte privilegiada de recrutamento;

- Reformulação do Programa de Acolhimento e Formação Inicial, com a definição de um conjunto de “Agências Escola” onde os recém-admitidos, após uma formaçãoinicial, estagiam, adquirindo conhecimentos técnicos e padrões de comportamento,decisivos para um desempenho de elevada qualidade.

Formação e Desenvolvimento - Programa de Desenvolvimento de Empregados de Elevado Potencial, que abrangeu

cerca de 100 empregados, com elevado desempenho em funções de gerência ou de gestão de clientes particulares e formação superior;

- Programa intensivo de Formação de Gestores de Clientes Particulares, nomeadamenteos que actuam nos chamados espaços Caixazul, um serviço de excelência para clientes preferenciais;

- Programa de Formação de Apoio ao Sistema de Informação de Gestão (SIG), envolvendo milhares de colaboradores da Rede Comercial, que receberam formaçãoem novos conceitos e instrumentos de apoio ao negócio;

- Projecto de e-Learning, no âmbito do qual se produziram e disponibilizaram vários novos Cursos, assumindo a metodologia b-Learning (combinação de sessões presenciais com sessões de e-Learning) um papel de relevo na actividade formativa.

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Gestão da Informação - Disponibilização mensal de um Tableau de Bord com os principais indicadores de

Recursos Humanos ao nível global e de cada Direcção a todos os decisores de 1ª linha; - Projecto Employee Relationship Management (ERM), no âmbito do qual se

prosseguiu a “webização” de um conjunto alargado de funcionalidades e se reviram e integraram vários processos que, futuramente, conduzirão ao Portal de Empregado e à descentralização e webização da maior parte dos procedimentos associados à gestão de pessoal.

Responsabilidade Social - Sistematização das iniciativas do âmbito da Responsabilidade Social da Empresa,

conceito que foi aprofundado, recolhendo-se e sistematizando-se as iniciativas que a CGD promove, divulgada no Relatório e Contas da CGD.

Relações de Trabalho e Medicina do Trabalho - Uniformização das condições laborais aplicáveis na Empresa, decorrente da

negociação de Acordos de Empresa;- Preparação dos suportes técnicos e administrativos para o novo quadro legal de

Segurança Social, aplicável aos trabalhadores admitidos a partir de 01.01.2006; - Reorganização do serviço de Medicina do Trabalho com transferência controlada de

tarefas para outsourcing;- Apoio à contratação colectiva com as Empresas do Grupo; - Desenvolvimento de algumas novas aplicações para cumprimento de obrigações legais

e execução do normativo interno.

Manteve-se, por outro lado, a participação em projectos transversais, na formação dos empregados, salientando-se:

- Programa Integrado de Migração de Transacções (PIMT), assegurando-se a formaçãode empregados que antes desempenhavam funções de apoio e que, na sequência das alterações conseguidas, passaram a desempenhar funções de atendimento comercial;

- Projecto de Workflow Habitação, no âmbito da agilização do crédito à habitação, exigindo a formação intensiva de um conjunto alargado de empregados que, na Rede de Agências, desempenham a função de atendedores especializados para esta matéria;

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- Programa de Formação de Apoio ao Sistema de Informação (SIG), assegurando o recrutamento de recursos para reforço temporário das equipas e de toda a formação à Rede de Agências, nos novos conceitos de negócio e na utilização das novas soluções informáticas;

- Projecto Líder, assegurando que todas as alterações com impacto em recursos humanos ficavam adequadamente enquadradas do ponto de vista da regulamentação e das boas práticas nesta matéria, nomeadamente a iniciativa de Autonomização das Redes de Particulares e de Empresas, bem como as reestruturações que se seguiramem cada uma;

- Sistema de Incentivos por Resultados Comerciais, onde se assegurou a articulação entre o processo de definição e avaliação de objectivos comerciais e a atribuição de prémios individuais.

Evolução do Efectivo

No final de 2005 o quadro de pessoal do Grupo CGD abrangia 20 778 empregados, númeroque significou um aumento de 1 713 no ano, traduzindo a entrada no Grupo da seguradora Império-Bonança, com 1 420 empregados.

Na actividade bancária consolidada estavam ao serviço 13 646 empregados, número próximodo verificado em 2004, dos quais 2 641 pertenciam à rede de Filiais no estrangeiro.

Em Portugal, o número de empregados da Caixa na actividade bancária era de 10 161, tendo, durante o ano, saído 815 empregados, dos quais 351 por passagem à reforma, e sido 702 admitidos ou contratados a termo. As contratações incidiram em candidatos mais novos e mais habilitados do que a média do efectivo, num quadro do rejuvenescimento e de reforço do potencial humano, criando melhores condições de resposta aos desafios actuais e futuros.

Na área seguradora e actividades associadas, o efectivo de pessoal aumentou de 3 005 para 4 649, reflectindo a mencionada aquisição da Império-Bonança, enquanto nas restantes actividades não bancárias, o Grupo contava com 2 483 empregados (2 431 no ano anterior), dos quais 964 da Esegur-Empresa de Segurança, 160 da Caixa Leasing e Factoring, 513 da Sogrupo-Sistemas Informáticos, 237 da Sogrupo-Serviços Administrativos, 200 da Sogrupo-Gestão de Imóveis e 26 da Sogrupo-Gestão de Activos.

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Número de Empregados do Grupo (a)

2004 2005 Actividade bancária consolidada 13 629 13 646

CGD (Actividade Individual) 10 912 10 832 CGD (actividade em Portugal) (b) 10 274 10 161 Sucursais da CGD 628 661Escritórios de Representação da CGD 10 10

Filiais da CGD 2 717 2 814 Caixa-Banco de Investimento 175 173Banco Simeón 862 899Banco Nacional Ultramarino (Macau) 286 309Banco Comercial e de Investimentos (Moçambique) 499 549Banco Interatlântico (Cabo Verde) 53 55Banco Comercial Atlântico (Cabo Verde) 394 399Mercantile Lisbon Bank Holdings 437 415Outros e Escritórios de Representação das Filiais 11 15

Actividade não bancária 5 436 7 132 Seguradoras 2 394 3 822

Fidelidade-Mundial 2 335 2 337 Império-Bonança - 1 420 Garantia 59 65

Sociedades Financeiras 300 308Outras actividades 2 742 3 002

Sogrupo (ACE’s) (c) 917 976Associadas às Seguradoras 611 827Esegur (d) 1 001 964Serviços Sociais da CGD 73 72Outras 140 163

Total Consolidado 19 065 20 778 (a) Não estão incluídos neste Quadro os empregados com vínculo contratual à CGD, colocados no Departamento de

Apoio à Caixa Geral de Aposentações (311) ou requisitados em serviço público ou outras situações (100).(b) O número da CGD inclui apenas os empregados de actividade bancária, não abrangendo os colocados nos ACE’s

(Agrupamentos Complementares de Empresas).(c) Respeita às ACE’s Sogrupo-Serviços de Administrativos, Sogrupo-Serviços de Informação, Sogrupo-Gestão de

Activos e Sogrupo-Gestão de Imóveis. (d) Número correspondente a 50% do efectivo total da Esegur.

Caracterização do Pessoal em Portugal

Na actividade em Portugal a percentagem mais elevada do efectivo está concentrada nas áreas comerciais, agências e Gabinetes de empresas (redes comerciais), correspondendo a 82% do total, enquanto que nas direcções operacionais se encontravam 11% e nas de Apoio 7%.

A média etária dos empregados desceu muito ligeiramente, mantendo-se próxima dos 42 anos. O efectivo feminino continuou a crescer, ultrapassando o masculino pela primeira vez,

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no que se refere ao conjunto de empregados que presta serviço efectivo e atingindo 51,3% do total. Este crescimento deve-se ao facto de as saídas, especialmente por reforma, serem, comonos últimos anos, predominantemente do género masculino, enquanto que o recrutamento se mantém maioritariamente feminino.

Relativamente ao perfil de qualificações do efectivo, em Portugal, o peso da formaçãosuperior continuou a aumentar, representando agora 36% enquanto que o da formação do nível secundário (12º ano) e básico representam 40% e 24% respectivamente. Para esta melhoria sustentada continuou a contribuir decisivamente a preferência dada a candidatos com formação superior, o investimento no apoio à melhoria das habilitações académicas e as saídas de empregados com mais idade e menor qualificação.

Manteve-se a tendência para a redução das posições hierárquicas intermédias e aumentorelativo do número de técnicos, quer nas áreas comerciais, quer nos restantes departamentos,nomeadamente nos operacionais mais directamente associados ao negócio, representando as funções de direcção 1,1% do total, as de chefia 16,2% e as funções técnicas e específicas 20,8%. O segmento dos empregados com funções administrativas nos departamentos centrais abrangia 12,7% e o das funções de atendimento comercial nas agências e gabinetes de empresas 46,9%, mantendo-se o pessoal auxiliar em valores pouco significativos, apenas 2,3% do efectivo.

O índice de absentismo foi de 5,8%, continuando a ser fortemente influenciado por algumassituações de ausências prolongadas e tendo as ausências por doença e maternidade a maiorrepresentatividade.

Durante o ano de 2005 foram promovidos 2 538 empregados (25%), num quadro em que o mérito foi o factor determinante.

Formação

A formação é uma vertente fundamental da gestão dos recursos humanos da empresa,mantendo-se um elevado nível de investimento nesta actividade. Durante o ano foram revistos alguns cursos e lançados novos, com o objectivo de melhoria das competências dos empregados, a todos os níveis de formação (inicial, contínua e manutenção) e muitas vezes em parcerias com Universidades nacionais e estrangeiras de grande prestígio. O e-Learningpermitiu um incremento superior a 80% no número de participantes e de cerca de 55% no volume de horas de formação, relativamente ao ano anterior. O número de horas de formação

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por empregado, que em 2004 foi de 36, passou para 56, em grande parte devido ao investimento feito na formação para utilização da nova plataforma de apoio ao negócio.

Quatro vectores marcaram o ano nesta área:

O investimento feito no desenvolvimento de 37 novos cursos disponibilizados na plataforma e-learning e o início da produção de outros 21 cursos, para disponibilização em 2006. No final de Dezembro, estavam colocados na plataforma e acessíveis para frequência 76 Cursos, sendo 25 orientados para a área informáticaespecializada e de utilização exclusiva das equipas da área de Sistemas de Informaçãoe 51 para a generalidade dos empregados da CGD, ainda que alguns orientados preferencialmente para segmentos funcionais específicos;

O prosseguimento dos projectos departamentais assentes numa intervenção formativatransversal e apoiando projectos de mudança, os quais integram diagnósticos organizacionais e de clima, workshops, acções de formação técnica e comportamentale, em vários casos, outdoors;

A formação intensiva dos Gestores de clientes particulares, tendo como objectivo a capacitação técnica e as atitudes e comportamentos que conduzam a um serviço de excelência e a um incremento dos resultados comerciais;

O aprofundamento de programas avançados para Quadros, com destaque para o Programa de Desenvolvimento dirigido a empregados de elevado potencial que alia uma componente formativa de nível superior, com um programa específico de desenvolvimento de competências, suportado em coaching e os Programas de Desenvolvimento em Gestão e Liderança que envolvem Universidades nacionais e estrangeiras, nomeadamente a Escola de Gestão do Porto e a London Business School;

Para além destes quatro vectores, tiveram ainda uma expressão significativa a formação de apoio a projectos relacionados com os sistemas de informação, com o lançamento de novos produtos e serviços e campanhas comerciais. Foram ainda incrementadas acções no desenvolvimento de novas competências através do apoio à realização de diversos cursos de especialização, Pós-Graduações e Mestrados.

Manteve-se o Programa de Estágios que vem sendo desenvolvido há já alguns anos e que visa permitir, preferencialmente, a jovens licenciados e finalistas de cursos superiores um contacto com a realidade empresarial, contribuindo-se assim para a sua maior empregabilidade futura.

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Em 2005 apoiaram-se 322 estágios, sendo 99 de natureza curricular, 170 de integração na vida activa e 53 numa perspectiva profissionalizante.

Em termos sintéticos a actividade desenvolvida pode-se resumir da seguinte forma:

Indicadores de Actividade(Em Unidades)

Nível de Formação Participantes Horas AcçõesInicial

Geral 1 134 22 485 65Específica 3 736 24 800 17

Soma 4 870 47 285 82Contínua

Actualização 71 813 291 268 1 551 Aperfeiçoamento 4 716 49 128 336Especialização 4 078 58 182 635Desenvolvimento 306 42 943 62Novas competências 4 996 77 432 334

Soma 85 909 518 953 2 918 Total 90 779 566 238 3 000

Actividade formativaInterna 88 623 484 138 2 397 Externa 2 156 82 100 603

Total 85 909 518 953 2 918 Presencial 38 651 456 999 2 909 Ensino à distância 150 13 803 6E-learning 51 978 95 436 85

Total 90 779 566 238 3 000

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FUNDO DE PENSÕES E PLANO MÉDICO DO PESSOAL DA CGD

O Fundo de Pensões do Pessoal da CGD foi constituído em 31.12.1991 e destina-se a assegurar a satisfação dos encargos com as pensões de aposentação dos empregados da CGD, bem como das de sobrevivência, relativas aos empregados admitidos após aquela data. As pensões de sobrevivência do pessoal admitido anteriormente são da responsabilidade da Caixa Geral de Aposentações.

No final de 2004, com a publicação dos Decretos-Lei nº 240-A/2004, de 29 de Dezembro, e nº 241-A/2004, de 30 de Dezembro, as responsabilidades com pensões de aposentação e de sobrevivência do pessoal da CGD, relativamente ao tempo de serviço prestado até 31 de Dezembro de 2000, foram transferidas para a Caixa Geral de Aposentações (CGA). Comocompensação, o Fundo de Pensões transferiu para a CGA as provisões constituídas para a cobertura daquelas responsabilidades.

Após a referida transferência, o valor do Fundo de Pensões do Pessoal da CGD totalizava, em31.12.2004, 645 217 milhares de euros, sendo de realçar a inclusão, no total das responsabilidades com as pensões de reforma e sobrevivência, de 44 108 milhares de euros associados ao subsídio por morte na situação de aposentação.

No exercício de 2005, a CGD efectuou alterações de pressupostos utilizados nos cálculos das responsabilidades, designadamente da taxa de desconto (de 5% para 4,75%) e da tábua de mortalidade feminina (TV 73/77 para TV 88/90), as quais induziram desvios actuariais de 36 576 milhares de euros e 27 507 milhares de euros, respectivamente.

Evolução do Fundo de Pensões em 2005 (milhares de euros)

Valor do Fundo em 31.12.04 645 217 Contribuições dos empregados 26 139 Contribuição da CGD 23 467 Contribuições extraordinárias da CGD 41 115 Pensões pagas 19 480 Rendimento líquido do Fundo 108 118

Valor do Fundo em 31.12.05 824 576

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No final do ano, o Fundo cobria integralmente, quer a parcela das responsabilidades compensões em pagamento, quer as responsabilidades por serviços passados relativas aos trabalhadores no activo.

Em 2005, foram relevados como custos do exercício da actividade individual 49 203 milharesde euros bem como 31 907 milhares de euros como amortização de “custos diferidos” por contrapartida de reservas. No final do ano, o saldo da rubrica “custos diferidos” ascendia a 127 628 milhares de euros e o de flutuação de valores (“corredor”) a 60 290 milhares de euros.

No âmbito da aplicação das Normas Internacionais de Contabilidade, foi efectuado um estudo de avaliação actuarial das responsabilidades associadas aos benefícios médicos pós-empregodo pessoal da CGD. Em 31.12.2004, as responsabilidades com o plano médico totalizavam316 324 milhares de euros e encontravam-se cobertas a 100% por provisões registadas no balanço da CGD.

Em 2005, as responsabilidades com o plano médico fixaram-se em 399 586 milhares de euros e estavam também integralmente provisionadas. Os desvios actuariais associados deveram-seessencialmente às alterações dos pressupostos e foram afectos ao “corredor” (+16 019milhares de euros) e a custos diferidos (60 337 milhares de euros). No final do ano, os saldos dessas rubricas ascendiam a 39 959 milhares de euros e 60 337 milhares de euros, respectivamente.

No cálculo das responsabilidades com as pensões e com o plano médico, em 2005, foramutilizados, entre outros, os seguintes pressupostos:

- taxa de desconto 4,75%- taxa de crescimento salarial 3,00%- taxa de crescimento das pensões 2,00%- tábua de mortalidade masculina TV 73/77 - tábua de mortalidade feminina TV 88/90 - idade média reforma 60 anos

os quais obedecem às exigências das Normas Internacionais de Contabilidade aplicáveis aos benefícios pós-emprego.

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ORGANIZAÇÃO E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Em 2005 a área de sistemas de informação, continuou a centrar a sua atenção no desenvolvimento do “Programa SIG” (Sistema de Informação para o Grupo CGD), com a entrada em produção de novos módulos, relativos aos Sistemas de Gestão de Operações Activas (SGOA), de Gestão de Activos Financeiros (SGAF), de Moeda Estrangeira (SGOE), de Base Banca e de Gestão de Meios de Pagamento (SGMP). Neste último sistema salientam-se o desenvolvimento do cartão Ímpar, do cartão Líder Classic e do cartão Lufthansa e no âmbito do cross-selling a nível do Grupo CGD, a implementação da Unit Link associado ao produto Multi-opções das Seguradoras. Também o sistema de recolha e armazenamento de informação em base de dados (Datawarehouse) se continuou a expandir a novas áreas e registou um crescente grau de fornecimento de elementos tanto a nível interno, como externo.

Com o objectivo de se obterem elevados níveis de satisfação na prestação de serviços aos clientes e melhorar a oferta de produtos, prosseguiu-se com o aprofundamento da “Gestão do Relacionamento com o Cliente” (CRM), concluindo-se o Programa “+ Valor”, bem como a continuação do Projecto de Infra-estrutura de Suporte ao Marketing, destinado a melhorar o conhecimento do perfil do Cliente.

Em linha com a dinamização do auto-atendimento e do relacionamento com o cliente numalógica multicanal, foi disponibilizada uma nova versão do serviço CaixaDirecta Online, a qual teve como principais objectivos a oferta de um leque mais abrangente de funcionalidades, a modernização em termos de imagem, a simplicidade na sua utilização e navegação e a organização de conteúdos. Também o Caixa Contact Center, o serviço de call-center da CGD, cresceu significativamente no que diz respeito a novas funcionalidades, de entre as quais se destaca a Agência Universitária Central (AUC) e a disponibilização de variadas campanhas de outbound para Marketing Directo.

Como resposta à necessidade de dotar a CGD do controlo de todas as operações susceptíveis de serem examinadas no âmbito do branqueamento de capitais, bem como a comunicação às autoridades judiciárias competentes das correspondentes informações, foi implementado o Sistema de Prevenção de Branqueamento de Capitais.

De forma a dar suporte à estratégia definida para externalização de actividades foi desenvolvido o sistema de Arquivo de Imagem dos Cheques Próprios, e implementado o processo de Disponibilização das Imagens dos Cheques.

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Para dar satisfação a diversos enquadramentos legais desenvolveram-se actividades no âmbitodo Programa Basileia II, na implementação das Normas Internacionais de Contabilidade (NIC's), no Sistema de Gestão de Operações com a SIBS (SGOS) e no Sistema para apoio à SEPA (Single Euro Payments Area).

Na área das infraestruturas, registou-se a participação das várias equipas em mais de umacentena de projectos, com especial relevância para o projecto de integração da Império-Bonança e, ainda:

Nos sistemas centrais do Grupo, a substituição das unidades robóticas com obtenção de ganhos de eficiência substanciais;

No Disaster Recovery (DR), a disponibilização no Centro de Recuperação:

Na vertente de Operação de Sistemas, a abertura ou melhoria do serviço de Operação de Sistemas Distribuídos, permitindo uma melhor qualidade de serviço e uma gestão mais eficaz dos recursos técnicos existentes, a Gestão Data Center, com reforço da capacidade de controlo e gestão integrada dos espaços e infra-estruturas de CPD e a Certificação Aplicacional, relativa a certificação estática do software;

Na área de comunicações, a operacionalização do novo modelo de controlo dos prestadores de serviços com especial ênfase nos aspectos de controlo técnico e financeiro;

Na área protecção de informação, o desenvolvimento das defesas “Anti-Spyware”permitindo uma maior protecção dos dados das estações de trabalho e, consequentemente dos servidores, assim como um sistema de segregação das ligações inter-sistemas de empresas do Grupo CGD, com melhores níveis de Segurança. É de referir, também, a contratação do serviço de Gestão Centralizada de Infra-estruturas de Segurança, garantindo a operacionalidade permanente dos equipamentos de defesa dos Sistemas de Informação e uma maior capacidade de resposta em caso de tentativa de ataque.

No desenvolvimento organizacional e das pessoas, tendo como preocupação melhorar o desempenho das suas actividades têm vindo a desenvolver-se um conjunto de iniciativas para a performance económica e eficiência dos projectos, contratos e serviços, de que se destacam:

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a criação da área da Qualidade e definição do Sistema de Gestão da Qualidade, a implementação dos processos de Controlo e Seguimento dos Projectos, a definição do Modelo de Medição da performance da SSI e a definição de um Modelo de Optimização de Financiamento de Investimentos;

as preocupações de eficiência para controlo de custos, identificando-se áreas de melhoria, e medidas de redução de custos, estando em curso o desenvolvimento de um sistema integrado de gestão de activos;

na gestão e desenvolvimento do capital humano, o programa de Desenvolvimento de Competências de Gestão, o Programa de Avaliação de Potencial e Desenvolvimento e o Projecto de Levantamento das Competências Técnicas.

Apresentam-se no quadro seguinte alguns indicadores de actividade e desempenho desta área:

Indicadores de Actividade

Unidades 2004 2005 Variação(%)

Eficiência e desempenho Número global de transacções Milhões € 2 007 2 357 17,4%Capacidade de armazenamento Tbytes 66 105 58,4%Número de PC’s Un. 17 886 15 500 -12,9%Número de Servidores Un. 1 648 2 050 24,4%Número de processos de desenvolvimentoconcluídos Un. 15 441 17 170 11,2%

As capacidades de processamento e armazenamento continuam com aumentos significativos decorrentes da entrada em produção de novas aplicações do SI e do crescimento das transacções do negócio em cerca de 18% ao ano.

O decréscimo do número de PC’s deve-se, sobretudo, a uma acção de racionalização de atribuição deste tipo de equipamentos.

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GESTÃO ADMINISTRATIVA E DO APROVISIONAMENTO

A gestão do aprovisionamento e serviços gerais está atribuída ao Sogrupo, Serviços Administrativos, Agrupamento Complementar de Empresas que assegura serviços partilhados para o Grupo CGD.

O número de empresas agrupadas neste ACE manteve-se em treze, tendo ocorrido, em 2005, a integração da Império Bonança-Companhia de Seguros, SA e a fusão por incorporação de duas anteriores agrupadas, com alteração da denominação social da firma incorporante para Fidelidade Mundial-Sociedade de Gestão e Investimento Imobiliário, SA.

Consolidada a parametrização da aplicação informática para suporte às suas actividades, o ACE, em 2005, focalizou-se na exploração empresarial dos meios instalados, comintensificação da prestação de serviços à agrupada CGD através, nomeadamente:

Da centralização no ACE dos pagamentos a fornecedores; Do processamento pelo ACE das amortizações do imobilizado;No fornecimento de informação com mais qualidade dos consumos de áreas de custos relacionadas com bens de economato e comunicações móveis, com reflexos na eficácia do seu controlo.

A flexibilidade da aplicação informática em uso, permitiu a completa descentralização do processo de requisições de bens de consumo corrente, em todas as unidades operacionais da CGD, da Fidelidade-Mundial e da Império Bonança, com base na disponibilização e no acesso, em tempo real, a catálogos de bens e produtos específicos por agrupada (impressos e material de escritório) e ao módulo de planeamento e controlo orçamental de cada unidade consumidora, o que permitiu a redução/automação de processos com eliminação de actividades administrativas complexas.

No mesmo sentido, foi também possível, em 2005, aos departamentos centrais e agências da CGD passarem a comunicar electronicamente ao ACE a informação relacionada comcontratos descentralizados, em detrimento do suporte em papel.

Com base na solução e-procurement o Sogrupo, SA continuou a intensificar o acesso a mercados electrónicos. Esta solução, permite a emissão automática das encomendas para os actuais fornecedores de bens de economato e de mobiliário e máquinas com acordos de

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fornecimentos registados na plataforma, proporcionando melhorias nos custos administrativos e dos produtos.

Na gestão de armazéns de bens de economato, intensificaram-se os procedimentos de logística e de estandardização de produtos decorrentes fundamentalmente da integração da agrupada Império Bonança, desenvolvendo-se para o efeito catálogos e modelos de actuação específicos. Desenvolveu-se também a externalização de parte das funções de armazém com a distribuição descentralizada de artigos de higiene para cerca de 900 unidades consumidoras da CGD.

No âmbito do projecto de racionalização de meios e optimização de custos, iniciou-se o projecto de redução da emissão de extractos para clientes, por contrapartida da dinamização das valências dos canais electrónicos e reforço de soluções de agregação de correio para clientes.A frota automóvel da rede comercial da CGD, foi objecto de renovação e racionalização com opção para o sistema de locação em “renting”, através da Locarent – Companhia Portuguesa de Aluguer de Viaturas, SA.

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RESPONSABILIDADE SOCIAL DA EMPRESA

A Responsabilidade Social da Empresa (RSE) valoriza as atitudes empresariais que assumamos impactos económicos, sociais e ambientais da sua actividade e integrem, numa basevoluntária, estas preocupações nas suas práticas financeiras e comerciais e nas suas relaçõescom todos os interlocutores.

A nova visão do conceito de empresa harmoniza-se com o objectivo do desenvolvimentosustentável de “satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade dasgerações futuras de satisfazer as suas próprias necessidades” e com os princípios previstos noPacto Global das Nações Unidas que visam a adopção generalizada pelas empresas, demedidas de justiça social.

O Pacto Global pede às empresas que adiram, apoiem e apliquem, na sua esfera de influência, um conjunto de valores fundamentais em matérias como os direitos humanos, as normaslaborais, a protecção do ambiente, a ética, etc., sendo uma iniciativa voluntária que procura fornecer um quadro mundial para promover o crescimento sustentável e a boa cidadania, pormeio da liderança empenhada e criativa das empresas. Este Pacto constitui, com outrasiniciativas de âmbito transnacional e europeu, o quadro de referência que visa criar um mercado global mais equitativo e susceptível de favorecer a inclusão, promovendo parcerias e contribuindo para o aparecimento de “valores e princípios comuns que dêem um rostohumano ao mercado global”.

Assim, tendo em atenção, nomeadamente, o disposto no Livro Verde da Comissão Europeia, os Valores, Missão e Ética que caracterizam a CGD, publica-se, sem prejuízo do tema vir a ser tratado com detalhe autonomamente, uma breve súmula de acções e iniciativas de RSE desenvolvidas em 2005 - com enfoque nos Colaboradores, nos Clientes e no Mercado, na Sociedade e no Ambiente - e que enformam a prática da Responsabilidade Social na Caixa Geral de Depósitos.

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A- OS COLABORADORES

Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Permanentes

Clima Social - Num quadro de preocupação com o clima social da empresa, a CGD lançou, em 2005, o estudo “Entre Nós”, preparado com o apoio de uma equipa do ISCTE que assegurou a independência e o rigor científico na elaboração do questionário, sua aferição e tratamento de dados.

Este estudo, extensivo a todos os colaboradores, foi respondido de forma anónima, através da Intranet, e contou com uma participação superior a 60%, reveladora da excelente receptividade e empenho da maioria dos inquiridos. De entre outros objectivos, destacou-se a oportunidade de analisar as opiniões e atitudes dos colaboradores, em aspectos relevantes para o funcionamento da CGD, tendo em vista a melhoria do desempenho individual e colectivo. Oclima e a cultura organizacional, a opinião sobre a comunicação, a integração interna e a mudança, a opinião sobre as práticas de gestão dos recursos humanos e o grau de satisfação, foram algumas das questões analisadas. Este estudo permitiu avaliar a necessidade de seremintroduzidos alguns ajustamentos, sem descurar os valores da cultura da organização,reforçados como uma mais-valia.

Os resultados foram publicados em Suplemento da “Caixa em Revista”, publicação interna daCGD distribuída a todos os colaboradores do Grupo Caixa Geral de Depósitos.

Recrutamento/Igualdade de Oportunidades - Os processos de recrutamento e selecção daCGD respeitam, integralmente, os princípios da igualdade de oportunidades. Por um lado, a Caixa privilegia os processos de recrutamento interno para funções qualificadas ou de maiorresponsabilidade, possibilitando, assim, aos seus colaboradores, múltiplas oportunidades de desenvolvimento profissional e de progressão na carreira. Por outro lado, e no que se refere ao recrutamento externo (e-Recruitment), a divulgação de oportunidades e o envio de candidaturas é acessível a todos os indivíduos através da Internet, bastando, para tal, efectuar o registo de dados pessoais e curriculares no site institucional da CGD – www.cgd.pt.

Em qualquer dos casos, a escolha dos candidatos para determinada função tem sempre porbase o seu currículo e perfil de competências, sem qualquer discriminação no que se refere aogénero, raça, classe social, orientação sexual, crenças ou ideologias. Em 2005, foramefectuadas 702 contratações, sendo 487 do sexo feminino e 215 do sexo masculino.Actualmente trabalham na CGD 148 pessoas portadoras de deficiência física, sendo 67 mulheres e 81 homens.

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Formação Contínua - O desenho de uma estratégia organizacional tem, cada vez mais, que ter em conta um dos elementos decisivos para o sucesso das organizações: as pessoas. Neste contexto, a formação profissional contínua assume um papel fundamental enquanto garante da capacitação e desenvolvimento desse capital.

Num quadro profundamente concorrencial e de constante mudança que continua a caracterizar o sector bancário, a estratégia de formação desenhada procurou encontrar respostas em duas vertentes diferentes:

Actuar sobre o presente, assegurando a manutenção das competências dos empregados da empresa, permitindo que a estrutura funcione; Actuar sobre o futuro, preparando as competências futuras, criando condições para que os projectos inovadores em curso encontrem os seus utilizadores capazesquando for a altura disso e, introduzindo uma profunda mudança nas atitudes e comportamentos, promotora da competência das pessoas e geradora da suamotivação, levando-as a partilhar os objectivos organizacionais.

Para além disso, procurou-se potenciar as capacidades existentes e assumir o desafio da construção de um espaço dedicado ao diálogo, à informação e à gestão da relação com osempregados ao nível da formação, dos processos de aprendizagem e do desenvolvimentopessoal e profissional.

E-Learning - O e-learning na CGD constituiu-se num espaço alternativo, complementar dasoutras metodologias de formação, onde as pessoas podem encontrar soluções deaprendizagem para dar resposta às suas necessidades.

A estratégia da CGD nesta área assenta essencialmente numa metodologia blended-learning,ou seja, complementando a disponibilização de um curso em e-learning com a realização deuma acção de formação presencial, destinada, conforme os casos, a esclarecer dúvidas, a solidificar conhecimentos ou a permitir a experimentação prática, a realização de case-studiesou de simulações.

A funcionar desde 2003, o portal de e-learning da CGD já contabilizou mais de 127 milparticipações e 272 mil horas de formação. Este portal, que começou a ser concebido em 2001, entrou na fase piloto em Agosto do ano seguinte e ficou operacional em Fevereiro de 2003. No final de 2005, registam-se já 80 diferentes cursos disponibilizados, em diferentes áreas de conhecimento (microinformática, área comportamental, negocial, mercados ou marketing).

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A formação por e-learning, efectuada via computador através da rede interna – intranet – apresenta vantagens para os colaboradores já que, entre outras, não exige a deslocação doformando ou um horário rígido, permite um ritmo individual de aprendizagem e proporciona recursos completamente mediatizados. Cada curso tem vários módulos, com uma componente teórica e uma vertente prática. Em muitos casos, o sistema indica aos formandos os erros cometidos e qual a matéria a rever.

Actividade Formativa em 2005 - No âmbito referido a formação profissional abrangeu 90 219 participações, em 3 001 acções, num total de 568 406 horas de formação (Ver Capítulo –“Recursos Humanos”).

A filosofia que a Caixa tem vindo a incrementar nos últimos anos é no sentido de “apoiar as pessoas na sua aprendizagem”, através da frequência de mestrados, pós-graduações, cursos avançados e especializações.

Também junto de empregados identificados com potencial de crescimento profissional, se tem procurado reforçar as suas competências nas funções actualmente desempenhadas, assim como potenciar desempenhos futuros em funções de maior responsabilidade, através dafrequência de um Programa de Desenvolvimento abrangente, com uma duração de 9 meses.Este programa tem como objectivos reforçar competências através da aquisição de novos conhecimentos e do contacto com diferentes perspectivas, alargar o conhecimentoinstitucional melhorando a compreensão das políticas e práticas dos diversos departamentos,melhorar competências comportamentais através de um plano de desenvolvimento individualapoiado por coaching individualizado e desenvolver uma maior capacidade de antecipação e resposta aos actuais contextos de mudança.

Apoio à Melhoria da Qualificação dos Colaboradores – Para além da formação profissional,a Caixa incentiva os seus empregados a melhorarem as suas qualificações, não só com umaaplicação rigorosa de tudo o que legal e contratualmente está estabelecido sobre esta matéria,mas indo mais além, ao estabelecer uma regulamentação interna para enquadramento das situações de licenciaturas, pós-graduações e mestrados, onde se definem formas de apoio financeiro e dispensas.

Estágios - Os estágios promovidos pela Caixa visam possibilitar aos jovens dos diferentesgraus de ensino a conclusão dos seus cursos, proporcionando ainda aos recém-formados umaprimeira experiência de actividade no meio laboral, bem como um contacto estreito com o sector bancário aumentando, desta forma, a sua empregabilidade futura. O Programa de Estágios da CGD envolveu já milhares de jovens estudantes ou recém-formados, tendo sido

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efectuados 322 estágios em 2005, dispersos por todo o país. Paralelamente, a CGD faculta formação no posto de trabalho a formandos do IFB e de outras escolas profissionais.

No final do estágio, e caso se verifique uma avaliação positiva, os jovens integram a nossa bolsa de recrutamento, com vista à sua futura integração nos nossos processos derecrutamento e selecção.

Acesso a Novas Tecnologias

Projecto NAVEG@R - A Internet veio revolucionar o conceito de informação e conhecimentopela sua diversidade, total disponibilidade, rapidez, forma e nível de actualização. O seu impacto é actualmente tão evidente que a taxa de info-exclusão é já considerada ao nível da taxa de analfabetismo na determinação de índices de desenvolvimento.

Atenta a esta realidade, a CGD desenvolveu o "Projecto Naveg@r" com o objectivo de facilitar aos seus empregados (e famílias) o acesso às novas tecnologias de informação emcondições muito favoráveis: equipamento informático (computadores, impressoras, scanners,etc.); software (produtos microsoft office); acesso à internet (banda larga) e crédito para apoioà aquisição de equipamento sem juros.

Em 2005, os benefícios do projecto Naveg@r foram alargados aos empregados aposentados em total alinhamento com os objectivos da Comunidade Europeia para a sociedade de informação e com a preocupação de minimizar situações de solidão e de acessibilidade que o pós-emprego muitas vezes acarreta. No âmbito desta linha, foram já concedidos 3 265empréstimos aos colaboradores.

Transparência na Gestão do Desempenho dos Colaboradores

Avaliação do Desempenho – O processo de avaliação de desempenho envolve um conjunto de intervenientes – avaliado, avaliador, superior hierárquico directo e responsável máximo do departamento, com papéis bem definidos de forma a garantir a justiça da respectiva aplicação.Como parte integrante do processo de avaliação destacamos a entrevista, efectuadaobrigatoriamente no fim do processo de avaliação, com o objectivo de fomentar a relação chefia-empregado, promovendo o papel do gestor como orientador dos seus colaboradores, partilhando os objectivos da empresa e fomentando uma cultura de responsabilidade individual e colectiva alinhada com a visão da gestão.

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O empregado pode formalizar a sua opinião sobre a sua avaliação de desempenho, verificando-se que cerca de 80% dos empregados concordam com a avaliação efectuada.

No âmbito deste processo é ainda facultada a possibilidade de quer a chefia, quer o empregado, indicarem acções de formação ou outras que se considerem ajustadas aodesenvolvimento profissional. Todo o processo é transparente, do conhecimento de toda a comunidade, estando detalhado em apresentação acessível por qualquer empregado via e-learning.

Evolução Profissional – Os empregados da Caixa evoluem nas suas funções e categorias de acordo com regras e critérios que se encontram publicadas e acessíveis a todos. Anualmente, eexcedendo as obrigações contratuais nesta matéria, a CGD revê a situação profissional e remuneratória a mais de 25% do seu efectivo. Ainda que, nalguns casos, a antiguidade na função, traduzindo experiência e comprometimento com a equipa e a empresa tenha algumarelevância, a maioria destas alterações são feitas tendo por base o mérito e os resultados alcançados por cada um dos colaboradores na base de uma avaliação feita pela respectivahierarquia e na medida objectiva dos resultados que alcançaram.

Incentivos e Reconhecimento - Desde 2001, a CGD tem vindo a introduzir na componente de Remuneração Variável uma parcela adicional com o objectivo de premiar os empregados que mais e melhor contribuam para alcançar bons resultados.

O processo começou por considerar apenas o cumprimento de alguns objectivos estratégicos ao nível de equipa. Entretanto, o investimento no domínio dos sistemas de informação de gestão da CGD, por um lado, e no processo de planeamento e orçamento, por outro, permitiram uma evolução qualitativa significativa, na medição da actividade da redecomercial, ao nível individual.

Assim, em 2005, foi implementado o novo sistema de incentivos que considera:

critérios de avaliação no cumprimento de objectivos previamente fixados às unidades de negócio e o contributo individual de certas funções específicas.

O sistema prevê-se evolutivo e deverá gradualmente integrar as restantes áreas operacionais e de suporte da CGD com vista a estimular o desempenho e reconhecer a realização dos objectivos, promovendo uma maior objectividade na recompensa dos contributos individuais.

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A empresa tem uma política remuneratória preocupada com a equidade interna, procurando situar-se acima da média do respectivo sector de actividade, sendo igualmente este sistematotalmente transparente para todos podendo ser consultadas, a todo o momento, e no seu posto de trabalho, as regras e critérios que enformam o processo.

A Comunicação Interna

Para além da Internet, os suportes em que a informação é disponibilizada na CGD, são essencialmente os seguintes:

A Intranet na CGD – A Intranet foi constituída com o objectivo de receber e disponibilizar informação da Empresa, partilhá-la por todo o universo de colaboradores de forma a melhorar, simplificar, optimizar e inovar a execução das suas actividades.

Toda a sua organização e lógica de informação foram assentes por forma a garantir:

Um ponto único de acesso; uma estruturação clara, intuitiva e coerente; umaestabilidade lógica e temática, tendo sempre como principais preocupações, aorientação do utilizador na direcção da informação pretendida e a eliminação derepetições e incoerências na informação divulgada.

Assim, os empregados podem beneficiar de: uma navegação lógica e intuitiva; uma pesquisaeficiente sobre a informação total; utilização de bases de dados para tratamento dinâmico da informação; gestão global de prioridades; definição clara de seguranças e acessos e da interligação com as restantes aplicações de negócio.

A Intranet da CGD prevê a existência de 3 áreas principais:

Corporativa: destinada à informação de negócio e operacional de que se destacamos seguintes itens: Informação do Grupo, Informação Económica / Financeira e Jurídica, Normas e Procedimentos, Recursos Humanos, Helpdesk, Apoio à Venda, Informação de Gestão e Serviços Sociais, entre outros.Comunidade: destinada à divulgação e gestão de informação sobre projectos,equipas e unidades organizativas específicas (ex: Comissão de Trabalhadores). Pessoa: destinada à informação de interesse na perspectiva do empregado.

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“Caixa em Revista” – A CGD iniciou em 2005 a edição desta publicação mensal, distribuída a todos os colaboradores (activos e aposentados), cujo objectivo é possibilitar o acesso à informação interna, propondo-se constituir uma plataforma indispensável à sua difusão, emtempo útil. Esta revista, para além do editorial, divulga projectos em destaque na CGD; contém sempre, por exemplo, um artigo sobre a vida saudável, bem como um de opinião feito por uma personalidade em destaque; divulga a participação em eventos internacionais com a presença de representantes da empresa; e divulga o “retrato” de alguns colaboradores (tentando revelar quem somos, o que somos, o que gostamos e os projectos que desenvolvem ao nível pessoal, para além de aspectos profissionais que já são conhecidos). Junto das diversas Direcções e das Agências, relata, divulga e mostra quem são os que fazem parte destagrande Empresa, possibilitando assim um melhor conhecimento e o reforço da cultura organizacional.

Informação de Gestão de Recursos Humanos - No sentido de apoiar melhor a gestão dos seus Recursos Humanos pelas respectivas Direcções, a CGD disponibiliza, desde o primeirotrimestre de 2005, uma caracterização mensal de RH que resume os indicadores maisrelevantes de suporte à decisão: estrutura do efectivo por tipo de contratação, níveis de habilitação, estrutura etária e de senioridade, níveis de absentismo e trabalho suplementar e a estrutura remuneratória. Também o Tableau de Bord foi desenvolvido com o objectivo de fornecer aos principais decisores uma síntese dos indicadores ao nível da gestão do efectivo,remunerações, formação, horas trabalhadas e absentismo, relações e condições de trabalho e produtividade das principais áreas de negócio do Grupo. Toda esta informação constitui uminstrumento relevante para se tirar o melhor partido das capacidades dos empregados e apoiar o seu desenvolvimento.

Programa ERM - Employee Relationship Management - Para dinamizar a área Pessoa da Intranet, a CGD está a desenvolver um programa específico na área de Recursos Humanosdestinado a estabelecer uma relação de maior proximidade entre a empresa e os seusempregados.

Este programa assenta nos mesmos princípios que a CGD estabeleceu para o relacionamentocom os clientes: conhecer eficientemente os seus clientes, de forma a perceber e antecipar assuas necessidades e sugerir produtos e serviços que, potencialmente, podem gerar uma maiorsatisfação e aumento do grau de relação do cliente com a instituição.

No caso do ERM, pretende-se assim estabelecer uma relação de proximidade e de maioradequação às necessidades dos empregados ao longo da sua vida profissional na CGD,

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reforçando os mesmos valores e cultura que a CGD quer sedimentar junto dos seus clientes finais.

Utilizando a área Pessoa da Intranet, o programa ERM deu inicio no último trimestre de 2005 à implementação do Portal do Empregado o qual permitirá, muito em breve, o acessointegrado a todas as informações e aplicações de gestão de Recursos Humanos nas seguintes perspectivas de relacionamento: o Empregado e a Empresa; o Empregado e a Função; oEmpregado e outros Empregados; o Empregado e a Vida Pessoal. Em 2005, foram tambémdisponibilizadas mais funcionalidades online como, por exemplo, a Declaração de IRS online, que vêm facilitar e acelerar o acesso a informação relevante na perspectiva do empregado.

A CGD já disponibiliza aos seus empregados cerca de 20 aplicações online de suporte aosRecursos Humanos que atenuam a distância aos centros de decisão e a dispersão geográfica da maioria dos empregados de que destacamos: Gestão Técnica; Avaliação do Desempenho;Formação online (e-learning); Incentivos Comerciais; Actualização de Dados Pessoais;Gestão de Períodos de Trabalho (Presenças, Trabalho Suplementar, Férias e Ausências); Prestações familiares e Declaração de IRS.

Harmonizar o Trabalho com a Família, a Saúde e o Lazer

Saúde e Bem Estar

Os Serviços Sociais – Os cuidados de saúde aos empregados e seus familiares são prestados pelos Serviços Sociais da CGD e, em menor escala, para um grupo restrito de colaboradores originários do ex-BNU, pelos SAMS dos Sindicatos dos Bancários. Os níveis de satisfação dos utentes são, como o demonstrou um recente inquérito, muito elevados. A figura do“Delegado dos Serviços Sociais” existente em cada Agência, Direcção ou Departamento é umexemplo típico de voluntariado e representatividade entre os colaboradores da Caixa.

A área de intervenção denominada CCDOTL – Centro de Cultura, Desporto e Ocupação de Tempos Livres, apoia a prática de modalidades desportivas como a Natação (2.113 inscritos),a Ginástica de Manutenção (1.897 inscritos), Culturismo/Musculação (1.641), Futebol de Salão (1.487), a Ginástica Aeróbica (523), a Pesca Desportiva (324) e ainda o Atletismo,Basquetebol, Futebol de 11, Voleibol, Golfe, Karting, Ténis de Campo e de Mesa, Judo, Actividades Subaquáticas, Vela, Windsurf, Tiro, etc., que registam, no seu conjunto, mais de2.500 inscrições, a nível de todo o país, embora a maior concentração se faça em Lisboa, no Centro Cultural e Desportivo do Edifício-Sede e no Edifício da Ajuda.

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Os Serviços Sociais desenvolvem também várias actividades lúdicas e culturais – Campismoe Caravanismo (406 inscritos), Artes Plásticas (147), Música (77), Pintura em Azulejo e Cerâmica (47), Artes Decorativas (44), Grupo Coral (38) e ainda outros cursos artísticos (77), uma biblioteca, etc. Desenvolvem também actividades comerciais a preços reduzidos emquiosques junto da área de convívio do Edifício-Sede (Jornais / Revistas / Jogos / Fotos / Prendas / Vista Alegre/Roupas/Artigos de Desporto/Perfumaria, etc.), têm uma filial deAgência de Viagens e fazem vendas por correspondência. A C.P. disponibilizou um quiosque no Edifício–Sede, na área de convívio, que vende os Passes Sociais aos empregados do Grupo CGD, no final de cada mês.

Os Serviços Sociais possuem ainda uma vasta rede de comerciantes e de instituições comquem celebraram Protocolos para que efectuem descontos e condições especiais aos seus sócios. Realizam Colónias de Férias e Festas de Natal para os filhos dos empregados, e atribuem bolsas de estudo aos filhos dos sócios de menores rendimentos. O Parque de Campismo Polivalente, em Salgueiros, é uma referência de qualidade e tem assinalado elevados índices de ocupação.

A campanha “Um Centro de Formação Artística para Moçambique”, em resposta a um pedido de ajuda do Mestre Malangatana, com uma colecta e a venda de t-shirts com obras deste grande artista moçambicano, cifrou-se numa grande mobilização de solidariedade conduzida pelos S. Sociais.

Medicina do Trabalho - Tendo em conta aspectos actuais relacionados com a saúde física e mental da população trabalhadora, para além dos exames médicos estipulados na lei, a Medicina do Trabalho desenvolveu as seguintes actividades:

Acções de Prevenção:

COLABORADORES ABRANGIDOSACÇÃO DE PREVENÇÃO EXAMES

Homens Mulheres TotalNutrição 440 100 114 214Antitabágico 66 16 16 32Rastreio Gineco-Mamário 113 0 75 75Prevenção Cardio-Vascular (a) 57 46 11 57

(a) Provas de esforço.

Causas de Absentismo Prolongado - Está em fase de conclusão um estudo sobre as causas deste tipo de absentismo.

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Rastreio do Cancro no Cólon/Recto - Feita abordagem prévia a especialista desta área, com vista a estudo e posterior proposta de acções de prevenção.

Gestão do Stress - Foram elaborados relatórios sobre conclusões da acção de formação a umgrupo piloto sobre esta temática.

Rede Europeia “ENTERPRISE FOR HEALTH” (EfH) - A cultura promotora de saúde e baseada na participação é um investimento crucial para o futuro de qualquer empresa. Este princípio fundamental levou à criação e desenvolvimento de uma rede europeia de empresassaudáveis (EfH), da qual a CGD é membro fundador.

A EfH compreende 19 grandes empresas de 13 países europeus, unidas num único objectivo: -salvaguardar a competitividade a longo prazo e o custo / benefício das suas organizações.

Isto só é possível com uma força de trabalho motivada, eficaz e empenhada nos objectivos.

No início de 2005 foi reactivada a nossa intervenção na rede, com trabalho apresentado e participação nas Reuniões realizadas na Alemanha e Polónia, bem como através da nossa colaboração na elaboração de um livro das empresas incluídas nesta 1.ª fase da rede.

Em 14/10/2005, realizou-se em Berlim a Conferência de Gestores “EfH Management Conference 2005”, na qual a CGD se fez representar pela Medicina do Trabalho e Direcçãode Pessoal. Nesta Conferência, a comunicação apresentada pela Medicina no Trabalhoinseriu-se no tema “Saúde Mental e Desempenho Profissional”, tendo sido explanadas algumas das mais significativas abordagens / intervenções que na CGD se desenvolvemnaquele âmbito, incidindo o trabalho apresentado, em síntese, no seguinte:

É aceite que as condições de trabalho influenciam a vida pessoal dos trabalhadores e a capacidade competitiva das empresas; que a qualidade de vida no trabalhoimplica a existência de um ambiente de bem-estar pessoal e social; que as condições de trabalho influenciam a qualidade de vida no trabalho, logo a motivação / satisfação dos trabalhadores, dependendo o sucesso empresarial da motivação e eficiência daqueles.

Como conseguir que os colaboradores ultrapassem os constrangimentos diários epotenciem os factores de desempenho? Num âmbito interdisciplinar estão emcurso na CGD um conjunto de acções de aperfeiçoamento profissional permanentee outras conducentes à harmonização do trabalho com a saúde, a família e o lazer,

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com particular atenção para as medidas que têm como objectivo capacitar os colaboradores para atitudes promotoras de bem-estar, aumentando a prevalência daqueles que conseguem controlar situações de distress, prevenindo doenças relacionadas com o trabalho.

Para isso muito tem contribuído o trabalho do Núcleo de Acção Social, o espírito de culturaparticipada dos Serviços Sociais, geridos por representantes eleitos pelos trabalhadores, nomeadamente os responsáveis pelas áreas da Medicina Curativa nas suas diversas valências e pelas áreas desportivas, culturais e de lazer, com abrangência para familiares. Foi tambémfocada a preocupação da CGD em desenvolver uma política activa no apoio à cultura, através da Culturgest com as suas actividades culturais, artísticas, científicas e formativas e ainda a existência e importância da Mediateca e do Projecto Navegar.

Na sequência da participação da CGD na Rede EfH e na “Management Conference 2005”, a Caixa foi convidada a dar continuidade a este intercâmbio de grandes culturas empresarias europeias.

Foram elaborados e distribuídos pelas empresas europeias, com o apoio da reputada FundaçãoAlemã “Bertelsmann Stiftung”, duas brochuras referentes às políticas de cultura participada – políticas de sucesso empresarial dos diversos intervenientes na rede.

Aconselhamento Anti-Tabágico - Além do aconselhamento feito nos exames médicos da Medicina do Trabalho e nas consultas de aconselhamento anti-tabágico que se realizamregularmente, há a salientar a organização, em conjunto com o NAS/DPE e integrado no DIA MUNDIAL SEM TABACO, de um Colóquio na Culturgest sobre Prevenção do Tabagismo,tendo como lema “Fumar / Não Fumar – Queremos Ajudar”, visando sensibilizar os fumadores e não fumadores para uma vida mais saudável, indicando caminhos e ajudas e onde foram oradores reputados especialistas na matéria.

Seminário sobre “Segurança, Higiene e Saúde do Trabalho na Administração Pública” - Promovido pelo AEDES / ISCSP, este Seminário contou com uma intervenção da Medicina do Trabalho que, em colaboração com o GPS fez uma apresentação sobre “O Modeloadoptado na Caixa Geral de Depósitos”, no âmbito do tema “Boas Práticas na Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Administração Pública e no Sector Empresarial Público”.

8.º Fórum Nacional de Medicina do Trabalho - Organizado pela Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho e com o patrocínio da CGD. Nele participaram médicos do trabalho,enfermeiras e auxiliares de acção médica da CGD.

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Vacinação anti-gripe: a Caixa disponibilizou a todos os seus empregados a possibilidade de serem vacinados contra a gripe de forma inteiramente gratuita.

O Núcleo de Acção Social - A sua missão é a de promover o bem-estar e a qualidade de vidados empregados, contribuindo para o seu desenvolvimento pessoal e organizacional. Apoia a integração dos novos colaboradores, promove as boas-práticas existentes fomentando umacultura de responsabilidade social e assegura o atendimento individual a todos os empregadosao nível do diagnóstico e aconselhamento.

Desenvolve projectos de prevenção ao nível das doenças da adicção (prevenção primária,secundária e terciária), e colabora na prevenção do stress. Apoia a gestão em acções que contribuam para a conciliação entre o trabalho e a família, nomeadamente através da análisede situações de necessidades sociais de crédito pessoal, na assistência à família de carácterexcepcional, na adequação e flexibilidade de horários de trabalho nas situações que o justifiquem, na análise das situações que podem determinar transferências ou reorientaçãoprofissional, em situações de crise na vida dos empregados (doenças, acidentes, falecimentos,divórcios, situações de conflito, etc.). O NAS apoia ainda as chefias nas situações que exigemuma intervenção específica de carácter social e colabora activamente com a Medicina do Trabalho, quer ao nível da prevenção, quer ao nível do apoio social. Tem dado significativo apoio a campanhas de solidariedade, promove a constituição de grupos de voluntários (realizando a sua supervisão), acompanha situações do processo de passagem à aposentação e colabora em projectos de animação socio-cultural junto dos aposentados.

Em suma, pretende ser uma resposta às questões sociais dos empregados da CGD, a nível nacional, de forma constante (mesmo em pós-laboral), adequada e integrada, actuando comconfidencialidade e disponibilidade.

Prevenção e Segurança - Prosseguindo o objectivo de proporcionar condições de trabalho facilitadoras do melhor desempenho e bem-estar dos colaboradores, no decurso de 2005 foidado um novo impulso aos projectos na área da Prevenção e da Higiene e Segurança, enquadrados por uma política de segurança definida e por uma preocupação de monitorizaçãopermanente. Assinala-se o incremento das visitas periódicas às instalações, por todo o país, com vista ao diagnóstico de disfunções, em áreas como a acessibilidade e segurança (dopúblico interno e dos clientes), ergonomia dos postos de trabalho, condições térmicas,qualidade do ar, nível de iluminação, ruído, etc.

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Destaque também para o envolvimento dos próprios colaboradores nas preocupações de segurança, através das “Equipas de Primeira Intervenção - EPI”, criadas para cada área de trabalho numa base de voluntariado e com o envolvimento da linha hierárquica. É ministradaformação adequada, o que traduz uma mais-valia em termos de competências adquiridas.

Assinala-se como inovação, em termos de prevenção, o “programa de visitas” ao Edifício-Sede, assegurado pela área da Segurança no âmbito do processo de credenciação dos novos residentes (empregados e prestadores em permanência). Também é de realçar a formaçãoministrada aos elementos das empresas de manutenção que operam no Edifício-Sede em trabalhos perigosos.

Prevenir a Exclusão e o Isolamento Social após a Reforma

Reforma – Acompanhar a saída, prevenir a exclusão: Com o objectivo de promover uma vidaactiva para além do trabalho e prevenir roturas, é reconhecida a importância da vida associativa, bem como o alcance do voluntariado social na empresa, como formas de estimular valores de solidariedade e de proporcionar uma participação mais adequada na fase de reforma. É de salientar o apoio da CGD às Associações de Reformados, traduzido na cedência de instalações e de algum suporte logístico e administrativo, de subsídios a projectoscom maior relevo e de apoio social.

A Associação Nacional de Aposentados da CGD - A.N.A.C. - criada em 1985, reúne cerca de 2100 sócios efectivos aposentados da CGD, e 1100 sócios-auxiliares, recrutados entre os activos. Desenvolve uma intensa programação recreativa e cultural, destacando-se em 2005, entre outras realizações, um Almoço Nacional, na Batalha, que proporcionou o convívio de cerca de 800 sócios oriundos de diversos pontos do país; a inauguração da Biblioteca,ampliada e reorganizada com o apoio técnico da Mediateca da CGD e de estagiárias do Núcleo de Acção Social e a participação voluntária e empenhada de alguns sócios.

A Associação dos Antigos Empregados do BNU - A.A.E.B.N.U. - criada em 1990, constitui um elo de união entre todos aqueles, reformados e activos, que prestaram serviço no ex-Banco Nacional Ultramarino (fundido, por absorção, na CGD, em Julho/2001), contando com cerca de 3000 sócios efectivos, na maioria reformados daquele Banco. A festa de comemoração doseu 15.º Aniversário, realizada em 30 de Outubro de 2005, foi um momento expressivo da dinâmica de participação atingida, reunindo mais de 700 sócios no Grande Auditório da Culturgest.

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“Voluntariamente ... ao ritmo do Coração” - Constituído em 1986, por iniciativa do Núcleo de Acção Social, face à constatação de um número significativo de empregados em situaçãode isolamento após a reforma, o Séniamor - Grupo de Voluntários da CGD, prosseguiu a sua missão em 2005, reunindo 25 aposentados que dedicam o seu tempo livre a apoiar esses colegas.

Esta acção tem sido limitada à área da grande Lisboa, onde foram acompanhadas 67 situações ao longo de 2005, estando em projecto o alargamento deste Grupo ao Porto. São efectuadas visitas regulares a casa e a instituições de internamento, pequenos recados e o acompanhamento a consultas médicas com o objectivo de quebrar a solidão e contribuir para a melhoria da qualidade de vida daqueles aposentados.

Destacam-se duas campanhas levadas a efeito pelo Grupo em 2005: a Caixa dos Livros (recolha de livros junto dos empregados activos, como estímulo à solidariedade entre gerações de trabalho) e mais um “Faz Acontecer Natal” com festa em 7 dos lares visitados,em que se associou o empenho dos voluntários e de outros empregados que asseguraram a animação cultural às ofertas de algumas empresas do Grupo Caixa.

A CGD aliou-se como parceiro da ENTRAJUDA, um projecto inovador na área da solidariedade social, que visa prestar um apoio estruturante junto de um número crescente de instituições (IPSSs) mais carenciadas em termos de recursos e instrumentos para uma acção social eficaz, mobilizando o envolvimento de Benfeitores (donativos), Parceiros (produtos e serviços) e Voluntários (com o seu conhecimento, experiência e trabalho gratuito). Entre outros apoios, a CGD promoveu a ampla divulgação deste projecto junto de todos os colaboradores, activos e reformados, com o objectivo de sensibilizar e mobilizar voluntáriospara esta meritória acção, nomeadamente através de mailing e de uma Sessão de Apresentação, levada a efeito na Culturgest em Março de 2005.

B- OS CLIENTES / MERCADO

Relação com os clientes

As preocupações da Caixa, neste âmbito, são a orientação para o cliente e a prestação de serviços de qualidade nas diferentes vertentes, procurando ir ao encontro das suas expectativas e necessidades e desenvolvendo continuamente produtos e serviços que o satisfaçam. Apostando na qualidade, proactividade e eficácia no atendimento, procura-se o

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estabelecimento de relações próximas, assentes em bases de confiança, privacidade e ética com os seus clientes, concedendo-lhes o primeiro plano de todas as acções.

Toda a acção do Grupo Caixa procura assentar numa relação promotora da valorização dosseus 4 milhões de clientes. Prosseguindo este objectivo, desenvolve acções para grupos-alvo como sucede com as contas com créditos de ordenados, reformas ou pensões, contas jovens, contas às quais esteja associado o cartão Caixautomática Universidade /Politécnico, entreoutras, as quais têm isenção de despesas de manutenção.

A Caixa procura colaborar activamente com a comunidade local em que se insere (que é muito vasta dado que a empresa cobre todo o território nacional e, em grande parte, o do interior e o insular), prestando apoio institucional às populações e ao desenvolvimentoregional colaborando, inclusivamente, com Associações e Instituições da Sociedade Civil, nomeadamente, pela cedência de espaços e pelo apoio logístico.

O Projecto Líder - "O Projecto Líder pretende mobilizar toda a organização para umamelhoria do serviço prestado à nossa base de clientes, de forma a alcançar os objectivos de crescimento e rentabilidade que estabelecemos para 2005/2007”, como refere o Presidente daCGD. Neste sentido tem estado a ser redefinida a rede física das Agências, podendo passar pela desmultiplicação ou deslocalização em alguns centros urbanos, e ainda a criação dediferentes tipologias e uma reconfiguração de lay-outs de modo a melhor adequá-los às necessidades específicas de cada região.

"O grande desafio é aproveitar a enorme base de clientes para aumentar a penetração dosnossos produtos, apostando na sua fidelização e assim reforçar a posição de liderança" na banca de retalho em Portugal. O mercado-alvo da rede de empresas é o conjunto das cerca de 18 mil pequenas e médias empresas para as quais estão especialmente direccionados os Gabinetes de Empresas CGD. A Caixa efectuou já reajustamentos nas suas direcções comerciais, dando-lhes maior flexibilidade e autonomia com o objectivo de obter um maiorenfoque no cliente.

Por se tratar de um projecto transversal a toda a organização e em que a participação de todos é determinante, o primeiro grande inquérito interno ao Grupo - o “Entre Nós” – permitiucolher a opinião de cada colaborador relativamente ao projecto e aferir atitudes, pretendendo-se criar uma nova dinâmica na relação da Caixa com o Cliente, em que a auto-responsabilização e o desenvolvimento do potencial e das competências dos colaboradores,constituam um incremento da orientação para o mercado. Esta é uma das principais linhasorientadoras do Projecto Líder, uma iniciativa que a grande maioria dos colaboradores (68%)

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afirma conhecer, acreditando no seu êxito, até porque considera que o projecto vai ajudar a CGD a enfrentar eficazmente a concorrência. Como factor encorajador a grande maioria dos trabalhadores afirma que adere facilmente às mudanças que estão a ocorrer e considera que as alterações em curso vão beneficiar a relação da CGD com os seus diversos públicos.

As reclamações - Todos os clientes têm a possibilidade de formular facilmente as suasreclamações em qualquer órgão de estrutura (incluindo no Serviço de Apoio ao Cliente Caixa Directa).

Entende-se que as reclamações são um meio de melhorar a qualidade dos serviços prestados, sempre no sentido de resolver a situação colocada pelo cliente, utilizando os meios e procedimentos mais adequados. Todos os pedidos de informações, sugestões e reclamaçõesdos clientes são encaminhados para os Departamentos com competência nessa área e, salvo situações excepcionais, são respondidos num período máximo de 21 dias.

A este nível tem existido apoio informático (disponível em toda a Rede Comercial e Departamentos Centrais) o qual tem sido adaptado para fazer face às necessidades. Por outrolado, a CGD garante um conjunto de medidas pertinentes no combate à fraude e ao branqueamento de capitais e garante práticas anti-corrupção eficazes, através de um rigoroso controlo de Auditorias e do Gabinete de Suporte à Função Compliance.

Comunicação com o Mercado

A Internet - A CGD dispõe de um site www.cgd.pt, que apresenta duas perspectivas. Na perspectiva institucional (que é dirigida a instituições, estudantes, potenciais colaboradores,jornalistas e cidadãos em geral) pode aceder-se a uma vasta informação sobre o Grupo Caixa Geral Depositos tais como: endereços, órgãos sociais do banco, press-releases, a missão,história, informações financeiras e contas de solidariedade, bem como recrutamento de colaboradores. Numa perspectiva de negócio (dirigida a clientes efectivos e potenciais),apresenta as seguintes vertentes:

Por famílias de produtos – através de uma navegação por famílias de produtos, os clientes,particulares e empresas, descobrem os produtos e serviços do banco.

Por segmentos de clientes – toda a informação dos produtos é organizada segundo uma óptica de interesses, nomeadamente, para jovens, universitários, portugueses/estrangeiros e seniores.

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Por necessidades – é possível encontrar neste site as principais soluções financeiras, segundo as necessidades mais susceptíveis dos clientes: compra de casa e/ou carro, viagens,preparação do futuro dos filhos, preparação das reformas, entre outras.

Por campanhas promocionais – destaca-se, neste site, um conjunto de serviços e promoçõesapelativas com ofertas muito atractivas.

O Call Center, a Revista Azul e a Caixa Directa são meios muito eficientes de comunicaçãoda Caixa com os clientes e destes com a empresa.

Incentivo ao Empreendedorismo

1º. Concurso Nacional de Empreendedorismo (CNE) - Sob o lema “Fazer da VontadeRealidade”, a CGD lançou, em parceria com a Universidade Nova de Lisboa, em Março de 2005, a 1ª edição do Concurso Nacional de Empreendedorismo, iniciativa com a qual se pretende incentivar a inovação, reforçar o tecido empresarial e estimular uma culturaempreendedora em Portugal.

Em Maio estavam já seleccionados 20 dos 108 projectos concorrentes, tendo seis deles sido alvo de divulgação pública a 7 de Julho. Em Outubro foi encontrado o vencedor, a FoodMetric, empresa de biotecnologia de Aveiro que apresentou um projecto inovador na área da análise química da qualidade dos produtos alimentares com o qual conquistou o 1º. Prémio no valor de 25 mil euros.

A CGD investiu nesta primeira edição 80 mil euros e está já, em conjunto com a Universidade Nova de Lisboa, a promover uma segunda edição do concurso, estimulando assim o aparecimento de novos projectos.

Microcrédito – Aposta na Inclusão Social e Económica. As iniciativas ligadas à concessão demicrocrédito por instituições financeiras têm vindo a multiplicar-se internacionalmente nos últimos anos e pretendem contribuir de forma positiva para o combate à exclusão social e económica, através do apoio à criação de auto-emprego e de pequenos negócios.

No início de 2005, designado “Ano Internacional do Microcrédito” pela Organização das Nações Unidas, a CGD iniciou contactos com organismos que, pela sua natureza e práticas na sociedade portuguesa, conhecem em profundidade os potenciais destinatários domicrocrédito.

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O primeiro protocolo, celebrado em Julho com o Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS), pretende contribuir para a integração social e económica dos imigrantes que encontramdificuldades na obtenção do crédito bancário e no acesso ao mercado de trabalho, mas quedemonstram capacidade para promover a criação do seu próprio emprego e de pequenos negócios.

Em Dezembro, a CGD estabeleceu outras duas parcerias. Uma com a Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC) e outra com a Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), visando a criação de mais duas linhas de microcrédito CGD. Estas parcerias reflectem duas vertentes possíveis do microfinanciamento.

No caso da ANDC, pretende-se contribuir para a concretização de pequenos negócios por quem normalmente se sente excluído do acesso ao sistema financeiro. O objectivo é a reintegração social e económica de cidadãos.

A parceria com a ANJE visa a identificação de projectos de empreendedores jovens que serãoanalisados e financiados em condições favoráveis, mas mais próximas das do mercado. Oobjectivo desta parceria é facilitar o acesso à actividade económica de cidadãos em início devida e com potencial empreendedor.

Para as iniciativas de microcrédito a CGD aprovou um montante global de 1 milhão de euros, verba que permite o lançamento de parcerias com as referidas entidades e com outras organizações que tenham como missão a concretização de acções no domínio da solidariedadesocial ou da promoção do espírito empresarial, pretendendo-se contribuir efectivamente para uma sociedade mais desenvolvida e solidária, preocupada com a plena integração de todos os cidadãos.

Protocolos - A celebração de Protocolos entre a CGD e entidades empresariais, institucionaisou associativas visa desenvolver e alargar os segmentos de clientes, promovendo a sua acção nos vários sectores de actividade e intensificar o nível de negócios que o banco estabelececom os clientes.

Com os Protocolos, é colocada à disposição das entidades, em condições especiais, umagrande diversidade de produtos e serviços bancários e financeiros, disponíveis através do Grupo CGD.

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Ética

Código de Conduta Voluntário do Crédito à Habitação – A CGD segue as recomendaçõesda União Europeia. A Deco confirma as boas práticas e o cumprimento integral do Código, por parte da Caixa, através de visitas-mistério.

CGD é membro do ICAP – Instituto Civil da Autodisciplina da Publicidade e respeita o seuCódigo de Conduta, cujo objectivo é fomentar o respeito pela ética e deontologia.

Abordagem comercial de alguns segmentos com relevo na Responsabilidade Social

Crédito Habitação para Jovens - O Crédito Habitação Triplex, lançado em Outubro, responde à preocupação de oferecer as melhores condições para os jovens, em idade que foi alargada até aos 35 anos, inclusive, na compra da sua primeira casa, que passam a dispor da prestação mais baixa do mercado e a beneficiar de diversas isenções e reembolsos de despesas, até 1,3% do valor do empréstimo.

Crédito Habitação para Seniores - Através das Soluções de Crédito Habitação – Seniores, a Caixa disponibiliza aos clientes com mais de 50 anos condições financeiras específicas para o financiamento de habitação, permitindo que o prazo da operação se adeqúe às suas necessidades, sem limite de idade.

Crédito Habitação para pessoas portadores de deficiência física - Os portadores de deficiência física com grau de incapacidade igual ou superior a 60% e das Forças Armadasdispõem na Caixa de uma solução de financiamento para aquisição ou construção de habitação em condições mais vantajosas

Crédito Habitação para emigrantes - Os titulares de uma conta emigrante na Caixa há maisde seis meses podem beneficiar do Crédito Emigrante da Caixa para comprar, construir ou fazer obras na sua residência, casa de férias ou para arrendar, com uma bonificação de 25% na taxa de referência, atribuída pelo Estado Português.

Crédito para Reabilitação Urbana - Os clientes da Caixa dispõem também do acesso à linha de crédito Reabilitação Urbana Spread Zero, com condições especialmente favoráveis e deestímulo à recuperação do património construído.

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Serviços bancários para imigrantes - A Caixa está presente no Centro Nacional de Apoio aoImigrante (CNAI), em Lisboa, desde 2004, com o objectivo de facilitar o acesso a serviçosbancários e a integração da crescente comunidade de cidadãos estrangeiros residentes emPortugal.

Caixa Universidade - A Caixa manteve activo um elevado número de acordos e protocolos com entidades de Ensino Superior, assegurando a disponibilização de produtos e serviços em condições favoráveis para a população universitária, a par da emissão do cartão Caixa Universidade Politécnico. Manteve-se a parceria com a AIESEC (associação estudantil comum âmbito de actuação internacional), permitindo que os titulares do cartão Caixa Universidade Politécnico possam candidatar-se a estágios internacionais, para além dos estágios promovidos pela própria Caixa.

Manteve, ainda, a parceria com a UNICEF, através da qual efectua uma contribuição para este organismo, determinada em função da utilização do cartão Caixa Universidade Politécnico.

Área internacional - A presença do Grupo CGD em 21 Países e Territórios dispersos por 4 continentes evidencia a forma como o Grupo tem privilegiado o acompanhamento dos interesses nacionais no exterior, quer junto das comunidades portuguesas não residentes, apoiando as suas iniciativas económicas, quer junto das empresas no seu processo de internacionalização, com especial incidência nos países da lusofonia.

Esta presença internacional do Grupo, materializada através de escritórios de representação, sucursais, subsidiárias e participações em Instituições Financeiras locais, como é o caso da presença da CGD em África, traduz a mais completa plataforma internacional dos bancosportugueses.

O desenvolvimento das relações comerciais com o continente africano tem sido uma daspreocupações do Grupo, quer sob o ponto de vista da oferta de produtos e serviços que vão ao encontro das necessidades das populações, quer no apoio ao desenvolvimento de infra-estruturas que contribuam para a melhoria das suas condições de vida, quer ainda, pela via da defesa de valores essenciais ao desenvolvimento sustentável das sociedades, associando a imagem Institucional do Grupo a iniciativas de âmbito social ao nível da cultura, do ensino,da arte e do desporto.

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Na CGD existe a convicção de que o desenvolvimento da competitividade, numa perspectiva de longo prazo, só é possível com o compromisso de cooperação de todas as partes interessadas em contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade.

Neste âmbito, foram desenvolvidas em 2005 várias iniciativas no contexto social, nomeadamente nas áreas do ensino, formação e estágios, do desporto e da cultura, com destaque para esta onde se tem mantido uma política de investimento sustentada no apoio ao funcionamento de Mediatecas no âmbito do Protocolo de Cooperação entre a CGD e o IPAD (Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento).

Em Moçambique, o Banco Comercial de Investimentos (BCI), do Grupo CGD, apoiou, organizou e patrocinou um leque alargado de iniciativas, com destaque para as instituições de apoio à criança, organização de palestras e de exposições de pintores locais (Malangatana e Naguib), lançamento de livros e de discos, concursos musicais e espectáculos de entretenimento, entre outros.

Em Timor, o papel de interacção com a sociedade faz parte do quotidiano da actividade daSucursal da CGD presente neste Território, quer pela via da concessão de estágios a estudantes das Universidades locais, quer apoiando as populações do interior do Territórioatravés de abertura de balcões, já dispersos por sete distritos, através dos quais é possível contribuir para desenvolver a capacidade de iniciativa das populações, apoiando as suas actividades e pequenos negócios.

C – A SOCIEDADE

Mecenato e Solidariedade Social

A evolução da CGD tem sido marcada pelo papel historicamente desempenhado no apoio ao desenvolvimento económico e social do País. Numa óptica de Responsabilidade Social, destaca-se um conjunto de acções, como o mecenato, a solidariedade e a beneficência e outrosapoios a projectos com impacto social e cultural manifesto, bem como algumas iniciativas degrupos da empresa que traduzem o envolvimento dos próprios colaboradores em torno dos valores da solidariedade social.

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A CULTURGEST - Uma Casa do Mundo

A Culturgest – Gestão de Espaços Culturais, SA, criada em 1992, continuou a ser em 2005, um dos instrumentos mais relevantes da intervenção da CGD no domínio da acção cultural, aoserviço do público português e dos criadores e intérpretes nacionais e estrangeiros, continuando a marcar a agenda cultural portuguesa com uma nota de vanguarda.

Entre os espaços que gere em Lisboa e na Galeria do Porto, foram organizadas 10 exposições que atraíram cerca de 20 000 visitantes, sendo que algumas delas (exposição antológica do artista Xana, exposição de obras recentes de Fátima Mendonça, exposição de fotografias de Helmar Lerski integrada no Festival Lisboa Photo ou a mostra “O Desenho na Colecção da Fundação Luso-Americana”) foram citadas por críticos como das mais importantesapresentadas em Portugal durante 2005. Em parceria com a Fundação Gulbenkian realça-se a exposição organizada em Paris de fotografias da Colecção da CGD, de autores destacados,que mostram um olhar estrangeiro sobre a realidade nacional. A mesma exposição abriu ao público no espaço Fidelidade Mundial Chiado, ainda no final de Dezembro de 2005.

O Serviço Educativo criado em 2005 incluiu mais de 450 visitas às exposições, dirigidas a públicos de várias idades e em especial ao público escolar. Foram também oferecidas cerca de40 visitas guiadas aos colaboradores da CGD. O Serviço Educativo organizou ainda ateliersde férias (de desenho, fotografia, cerâmica, dança, marionetas) destinados a jovens, um ciclo de conferências intitulado “Percursos no feminino”; para além de ter sido responsável pela presença de cerca de 2400 jovens nas récitas do espectáculo de teatro musical “Fábrica de Nada” e de 44 no espectáculo de dança “On Danse”, tendo elaborado dossiers para apoiopedagógico aos professores.

Confirmando a importância dada ao público mais jovem, o bilhete único de 5 €, para os jovens até 30 anos, revelou ser uma medida de grande adesão, repercutindo-se no aumentorelativo do número de espectadores. No total, cerca de 50% dos espectadores usufruíramdesse preço especial.

A Programação de 2005 incluiu a apresentação de 97 sessões de 44 espectáculos diferentes,nacionais e internacionais, entre o teatro, a dança e a música (ópera, música contemporânea, jazz e música do mundo); 111 sessões de cinema; para além de conferências, leituras, debates e workshops. Estas iniciativas atraíram mais de 48 000 pessoas, representando uma taxa de ocupação média dos espectáculos de 70%.

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No domínio do teatro, destacaram-se: a Companhia húngara Teatro Krétakör que apresentou uma encenação memorável de Árpad Shilling de “A Gaivota” de Tchékóv, ou “Michel Foucault, choses dites, choses vues” um espectáculo de Jean Jourdheuil e Mark Lammert ou “Berenice”, de Racine, pela reputada companhia belga Tg STAN. De entre a produçãonacional, com estreia preparada nos espaços Culturgest, é de mencionar: “Um Número” deCaryl Churchill, pela companhia Assédio, “Nunca-Terra em vez de Peter Pan”, de MiguelCastro Caldas, pela Companhia Primeiros Sintomas ou o espectáculo musical para um público juvenil “A Fábrica de Nada” de Judith Herzberg, pelos Artistas Unidos.

No domínio da dança, podem-se citar: as novas criações de Meg Stuart (“Forgeries, Love and Other Matters”), de Mathilde Monnier (“Publique”) ou de Montalvo/Hervieu (“On Danse”), ou as de Tiago Guedes (“Trio”), Miguel Pereira (“Corpo de Baile”) ou Francisco Camacho(“Live/Evil”).

Na música erudita relevo para um concerto dos Appollo Saxophone Quartet em cujo programa se incluíam várias peças de compositores portugueses, a estreia em Portugal, pelaOrquestra Sinfónica Juvenil de “Hymnen mit Orchester” de Karlheinz Stockhausen, o Festival Expresso Oriente, com a OrchestrUtopica ou, em co-produção com o Teatro São Carlos, a ópera de câmara “Hanjo” do compositor japonês Hosokawa e as “Peças da Rosa dos Ventos” de Mauricio Kagel, numa interpretação do agrupamento musikFabrik dirigido pelo autor.

No jazz, o Quarteto de Enrico Rava, o Quinteto de Chano Domínguez, o piano solo de Uri Cane, a Orquestra de Bob Brookmeyer ou os concertos “Ascent” do Trio2 de Bernardo Sassetti e o de Hermeto Pascoal foram momentos altos da programação.

A Culturgest colaborou com numerosas entidades no domínio da cultura, como as já citadas Fundações Gulbenkian e Luso-Americana, o Teatro Nacional de São Carlos, o InstitutoPortuguês do Livro e das Bibliotecas, o Centro de Estudos da História das Ciências Naturais e da Saúde, a Fundação de Serralves, a ExperimentaDesign, a Apordoc (na apresentação conjunta do III Festival Internacional de Cinema Documental, que só por si trouxe mais de 17 000 espectadores), o Festival Luís de Freitas Branco, o Festival de Jazz de Guimarães, o Festival de Almada, o Festival Cinanima, Os Amigos de S. Carlos, mas também com teatros fora de Lisboa como Teatro Aveirense, Teatro Viriato, Teatro Rivoli, Teatro Municipal deFaro, Casa das Artes de Famalicão, Teatro Carlos Alberto (Porto), em co-produções e co-apresentações, contribuindo para fortalecer o tecido cultural do país.

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Para além de ter cedido gratuitamente as suas instalações para algumas iniciativas culturais,como lançamento de livros ou ante-estreias de filmes, a Culturgest alugou ainda os seus espaços para a realização de 33 eventos, ou cedeu-os, a solicitação da CGD, para outros 35 (entre espectáculos, congressos, reuniões e convenções de empresas, colóquios e acções de promoção), além de que foram realizadas 49 reuniões internas da CGD.

Um dos objectivos de 2005 foi direccionado para o público interno, reforçando a ideia de que a Culturgest também é “património comum” dos colaboradores da CGD, pelo que se destacam as condições especiais de acesso como, por exemplo, as visitas organizadas em horários articulados e os descontos para empregados em espectáculos. A Culturgest continuou a assessorar a Administração da CGD na aquisição de obras para a Colecção de Arte Contemporânea da Caixa.

Em conclusão, a Culturgest prosseguiu em 2005 os fins para que foi criada, marcada por umagestão cultural moderna e consonante com a tradição de mecenas humanista da CGD, contribuindo assim para o fortalecimento do tecido cultural, artístico e científico português e para a criação de novos públicos.

Outras actividades Culturais e de Mecenato

A acção da CGD neste domínio é enquadrada pelas relações comerciais e institucionais que desenvolve com os mais diversos agentes sociais, prosseguindo, em muitos casos, umacolaboração continuada com Autarquias, Fundações e Associações Culturais, nas áreas que passamos a destacar:

Música – Em Portugal e no Estrangeiro - Conjugando a tradição humanista e cultural daCGD, a estratégia de descentralização cultural visa levar a música onde a oferta de iniciativas de qualidade é menor, procurando atingir e formar novos públicos. É assim que dezenas de concertos exclusivos, em regiões do País mais carenciadas de eventos culturais, e apoiomecenático em várias latitudes, preenchem, ano após ano, a programação da CGD nas áreasda música clássica e da ópera. Destacam-se:

Os Concertos Exclusivos Caixa Geral de Depósitos (promovidos desde 2001) emcolaboração com a AMEC / Orquestra Metropolitana de Lisboa, que estiveram nasmais diversas cidades e prestigiadas salas de espectáculo, designadamente: Palácio Nacional de Queluz, Fórum da Maia, Auditório da Universidade do Minho (Guimarães), Cineteatro Avenida (Castelo Branco), Academia Almadense, TeatroAveirense, Centro Artes Espectáculos (Figueira da Foz), Teatro Angrense (Angra

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do Heroísmo), Teatro Faialense (Horta), Teatro Micaelense (Ponta Delgada),Centro Cultural Gil Vicente (Sardoal), Cineteatro Luísa Todi (Setúbal), Cineteatro Louletano (Loulé) e Sé Catedral (Portalegre). Os espectáculos musicais que se realizaram por todo o país com o apoio da CGD, com especial destaque para a Temporada 2005 da Orquestra do Algarve e dos Jovens Músicos “Os Violinhos” e entre muitos outros eventos, o apoio aos destacados: Festival de Música do Palácio da Bolsa – Porto, Sintra Festival, Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim, Festival "Música na Região Norte" - Fundação da Casa de Mateus, International Music Festival Viana do Castelo-EUA, Festival de Ópera e Música Clássica de Ponte de Lima, Ópera do Coliseu do Porto, Projecto Ópera no Alentejo, Actividades Culturais da CâmaraMunicipal de Braga, Festival Internacional de Guitarra de Santo Tirso, Academiade Música de Lagos, XXIII Festival de Música de Leiria-Orfeão de Leiria, FestivalMaré de Agosto-Associação Cultural Maré de Agosto, Festival “Músicas doMundo” - Câmara Municipal de Sines, Festas Gualterianas – Câmara Municipal de Guimarães, Concurso Nacional de Canto de Luísa Todi e Cistermúsica-Festival de Música de Alcobaça.

Na música Jazz, destaca-se o apoio da CGD ao Festival Guimarães Jazz (exclusivo para o sector bancário desde 1998) e ao Festival de Jazz de Matosinhos, tendo sido patrocinado o Concerto de Encerramento.

Destaque, também, em 2005, para o Caixa Groove on, uma Festa de Música da CGD, e o apoio aos Festivais de Verão – Super Bock Super Rock, Hype@Tejo, Sudoeste e Ericeira SurfFestival – em que, sobretudo, os jovens celebram a vida ao ritmo da música. Também atournée dos “Xutos e Pontapés” teve apoio da Caixa Geral de Depósitos.

Não esquecendo os portugueses residentes no estrangeiro, a CGD levou artistas portugueses ao Luxemburgo, como Rui Veloso, e a Paris, como os Da Weasel que, como era de prever, tiveram o maior êxito.

Artes Plásticas - Em 2005, a CGD apoiou diversas iniciativas no âmbito de parcerias com diferentes entidades:

Fundação de Serralves - A CGD é membro do Conselho de Fundadores e mecenasexclusivo de exposições do Museu de Arte Contemporânea; Fundação Júlio Pomar- Protocolo com o Mestre Júlio Pomar e exposição de obras do pintor, da Colecçãode Arte da CGD, na Sede da Instituição; Fundação Calouste Gulbenkian – Co-

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patrocínio do Prémio de Artes Plásticas União Latina (desde 1992); Centro Nacional de Cultura - Associação às comemorações do 60.º Aniversário do CNC, promovendo o Prémio Revelação de Pintura CGD/CNC. A CGD colaborouigualmente na realização da Exposição Comemorativa do V Centenário de S. Francisco Xavier.

Cinema e Imagem - De salientar a renovação do apoio a vários eventos nesta área, designadamente: Festival Internacional de Cinema de Animação – Espinho (Grande PrémioCinanima/CGD), desde 1998; World Press Photo – no Fórum da Maia, desde 2002; Festival Nacional de Vídeo de Ovar, apoio bancário exclusivo, desde 2002; Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, desde 1995. Ainda neste âmbito, a CGD patrocinou, pela primeira vez, a 6ª edição do Imago Film Festival, Festival Internacional de Cinema Jovem(Prémios Selecção Oficial Caixa Geral de Depósitos – “Competição” “Internacional” e “Docsin Short2” – e Prémio “Under 25”).

Dança - Desde 1995 que é mantido o apoio à Companhia de Dança de Lisboa e ao Sintra Festival.

Literatura - Nesta área, foram patrocinadas as seguintes iniciativas: Prémio Literário DomDiniz, da Fundação Casa de Mateus (desde 1990); Prémio da Crítica, do Centro Português daAssociação Internacional de Críticos Literários; Prémio Vida Literária, da AssociaçãoPortuguesa de Escritores (desde 1991).

É de referir, também, o apoio mecenático à Fundação Eça de Queiroz, bem como o tradicionalpatrocínio às Feiras do Livro de Lisboa e Porto, que tiveram mais de um milhão de visitantes.

Língua e Cultura Portuguesas

Escola Virtual – Ensino à Distância - A CGD é o patrocinador exclusivo de um portal, concebido para ensinar, de forma aliciante e interactiva, a língua portuguesa a residentes no estrangeiro. Trata-se de uma parceria com o Ministério dos Negócios Estrangeiros/Secretariade Estado das Comunidades, a Porto-Editora, a Universidade Lusíada - Fundação Minerva, ea Universidade Aberta (as quais têm a seu cargo a elaboração dos exames, que decorrerão nosconsulados e embaixadas portuguesas e serão reconhecidos internacionalmente) e a RTP eRDP, que se ocupam da divulgação da Escola Virtual pelos canais internacionais. Os alunos podem candidatar-se a um exame que lhes dará acesso a um certificado de habilitações reconhecido pelo Ministério da Educação.

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A Caixa disponibiliza 5.500 acessos gratuitos aos seus clientes residentes no estrangeiro para frequentar esta escola, através do site da CGD.

Apoio à Lusofonia - Associando-se à Fundação Portugal África, a CGD participou no desenvolvimento do Projecto Memória de África, o qual visa reforçar a memória histórica dos laços que unem Portugal à África Lusófona e contribuir para uma melhoria dos níveis deinvestigação sobre temas da nossa história, na construção de uma identidade colectiva dospovos desses países. Este projecto tem como objectivo principal a criação de uma biblioteca virtual/digital – A Memória de África - que reuna as referências existentes em arquivos e bibliotecas relacionadas com a temática do desenvolvimento e cooperação com os PALOP, bem como a colocação on-line das obras raras ou únicas de difícil acesso, com software que possibilite a pesquisa dentro dos textos. O acesso à biblioteca virtual, via Internet é gratuito.

Educação e Ciência - Pretende-se incentivar a inovação e contribuir para revitalizar o tecidoempresarial português, estimulando a cultura empreendedora de estudantes e investigadores, através do apoio a projectos como os seguintes:

Apoio à Excelência - Os melhores alunos de diferentes cursos (Licenciatura, Bacharelato, Mestrado e Pós-Graduação) em diferentes áreas, de Universidades e Institutos Politécnicos de todo o País foram, também em 2005, distinguidos e apoiados pela CGD.

Empreendedorismo – Destaque para o 1º Concurso Nacional de Empreendedorismo,iniciativa da CGD e da Universidade Nova de Lisboa, que contou com a participação de 286 pessoas e em que foram apresentados 186 projectos nas áreas da Biotecnologia, Serviços e Ambiente; o concurso “Jovens Cientistas e Investigadores”, promovidopela Fundação da Juventude, com patrocínio da CGD e a atribuição de bolsas de estudo anuais à Fundação Cidade de Lisboa, prosseguindo os apoios de anosanteriores.

Cidadania

Edifício-Sede aberto aos visitantes - Numa perspectiva de permanente abertura à sociedade, e respondendo a inúmeras solicitações de todo o país, continuaram a realizar-se visitas ao Edifício-Sede da CGD por Jardins de Infância, Escolas do Ensino Básico, Escolas

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Secundárias e Superiores, Centros de Formação e outros Estabelecimentos de Ensino. O enfoque da visita é ajustado aos interesses e idades dos visitantes.

Manteve-se o apoio ao desenvolvimento do arquivo da História da Resistência Timorense,promovido pela Fundação Mário Soares, e à Associação “Acordar História Adormecida”,através de espectáculos cujas receitas revertem para o Museu da Criança.

Apoio aos Sectores Empresarial e Institucional - Manteve-se o apoio ao Programa de Estágios PEJENE, da Fundação da Juventude, Ordem dos Advogados, Ordem dosEconomistas, Instituto Portuário e Transportes Marítimos, Governo Regional da Madeira e Gabinete Coordenador do Desporto Escolar. Foi renovado o patrocínio do Programa da RTP2 do Clube de Jornalistas.

Protecção do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - A CGD foi a primeira instituiçãofinanceira portuguesa a fazer parte do World Business Council for Sustainable Development.Destaca-se o patrocínio exclusivo da CGD à Conferência Anual do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável do BCSD Portugal e o co-patrocínio do Manual de Boas Práticas de Eficiência Energética, uma edição do BCSD.

Também o Concurso Nacional de Boas Práticas Locais para o Desenvolvimento Sustentável, promovido pela CIVITAS, contou com o patrocínio da Caixa. No âmbito do Esforço Nacional de Combate aos Incêndios Florestais, em 2005, a Liga dos Bombeiros Portugueses contou com apoio financeiro da CGD, tendo sido patrocinado o programa televisivo “Vida por Vida”, iniciativa desta Liga dos Bombeiros Portugueses.

Solidariedade e beneficência

“ENTRAJUDA, Ajudar quem Ajuda” – Esta associação tem por objectivo apoiar as Instituições de Solidariedade Social a organizar-se melhor para melhor servir os seus utentes, constituindo um projecto inovador e estruturante na área da responsabilidade social. Contou com o apoio da CGD desde o seu início como “Banco da Entrajuda”, tendo arrancado com o voluntariado de colaboradores e reformados da Caixa. O apoio traduziu-se ainda em fundos, e na disponibilização de técnicos e instalações (Culturgest) para a realização de diferentesacções de formação, promovidas pela Entrajuda em colaboração com diversas entidades, paradirigentes e colaboradores das Associações de Solidariedade.

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“Um salto pelo TIAGO” – A CGD, o Lisboa Ginásio Clube, e Tiago Monteiro (único piloto português de Fórmula 1) uniram-se para apoiar Tiago Sousa, um atleta daquele Ginásio que ficou paraplégico, vítima de um acidente durante um treino de tumbling. Usava equipamentocom logotipo da Caixa, patrocinador oficial do Lisboa Ginásio Clube. Por cada 10 euros na Conta de Solidariedade de Tiago Sousa, os participantes na campanha habilitam-se ao sorteio (em 2006) do capacete de Tiago Monteiro.

Campanha de Natal 2005 – Pelo sonho das Crianças: “Quando for grande quero um mundo melhor cheio de meninos felizes” - Desde o ano 2000 que, na CGD, o montante normalmente gasto em ofertas institucionais de Natal, passou a ser atribuído a Instituições de Solidariedade na área da infância. Em 2005, sob o lema “Uma Acção Presente Um Futuro Assente”, a Caixa direccionou a sua campanha de Natal para o equipamento com infra-estruturas tecnológicas (computadores pessoais e portáteis, webcam com microfoneincorporado, ligação à internet de banda larga, software-base e software lúdico-didáctico, etc.) de vários Hospitais Pediátricos portugueses, para que as crianças internadas, entre os 4 eos 12 anos, se mantenham ligadas ao seu mundo e, a aprender, continuem a sonhar.

Muitos outros projectos de solidariedade contaram com o apoio da CGD, designadamente, nas áreas do desporto para deficientes, na saúde e na cultura, numa perspectiva de promoção deuma sociedade melhor, destacando-se: 1.º Fórum da Responsabilidade Social dasOrganizações; Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes – Projecto BICAS; 4 º Aniversário da Associação dos Deficientes das Forças Armadas; Federação Portuguesa de Bancos Alimentares contra a Fome; Fundação Portuguesa de Cardiologia – “Maio, mês do coração”; Refúgio Aboim Ascensão; Festa de Natal da ala pediátrica do IPO; Centro Prof.Albuquerque e Castro Edições Braille – Santa Casa da Misericórdia; Associação Portuguesa de Apoio à Vitima – Projecto IUNO II; ACAPO – Associação de Cegos e Amblíopes Portugal – Campeonato da Europa de Atletismo para Deficientes; Liga Portuguesa de Deficientes Motores - Centro de Recursos Sociais – Plural – Núcleo de Dança Contemporânea.

Exemplos de Solidariedade Interna - Destacamos o incentivo dado, em algumas áreas daempresa, ao empenhamento dos colaboradores em acções de solidariedade. Em 2005, o ACE responsável pela informática da CGD (SSI) foi exemplo interno de boas práticas, renovando uma campanha que constitui já tradição, bem como acções em defesa do meio ambiente, quealiam os objectivos sociais com a sensibilização dos colaboradores para as preocupaçõesambientais.

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Grupo de Dadores de Sangue – A actividade e o altruísmo deste Grupo, que está integrado nos Serviços Sociais, tornam-no um elaborado exemplo e uma referência dos valores de solidariedade e serviço público da própria CGD, bem patentes na sua animada Festa Anual que se realiza na Culturgest e onde são entregues os diplomas aos dadores que se distinguempela regularidade e número de dádivas . Este Grupo adoptou uma estratégia de total cobertura geográfica do País, tendo criado núcleos em todos os distritos e diversificado as colheitas, permitindo que delas beneficiem os respectivos hospitais locais e empregados da Caixa e as sua famílias. Conta com 4 316 dadores inscritos que, em 2005, contribuíram com 1 768 dádivas. A recolha de plaquetas cifrou-se em 16 dadores e conseguiu-se já o registo de 63 sócios no CEDACE, como dadores de medula óssea. A consideração e a estima doscolaboradores da CGD por este Grupo atinge os mais elevados índices.

Natal Solidário 2005 – Realizada desde 2002 naquele ACE, esta campanha de fundos para instituições sociais foi relançada em 2005, com um capital inicial a que acresceu a generosidade dos colaboradores, duplicada no final pela empresa. Além desta “matemáticasocial” foram recolhidos roupas, brinquedos e utensílios domésticos. As instituições foramseleccionadas pelos próprios colaboradores, recebendo o Centro Social dos Montes Altos e as Irmãs Missionárias da Caridade da Madre Teresa de Calcutá, de Setúbal, uma doação de 3 200 euros cada, além do produto das ofertas. Esta acção foi retomada com o Verão Solidário2005, que resultou em cerca de 54 caixas de donativos entregues naquela instituição de Setúbal.

Na área do ambiente, também pela mão daquele ACE da CGD, mereceram destaque diversasiniciativas como a recolha de material reciclavel, cuja receita foi direccionada para instituições de solidariedade social, reunindo-se assim os fins humanitários e a defesa ambiental, num esforço colectivo e participado.

Comemorações, com solidariedade, marcam a presença da CGD - A Caixa comemorou, em 2005, o 25.º aniversário das Agências de Calheta–S. Jorge, Velas–S. Jorge, Lages do Pico, Santa Cruz da Graciosa, Santa Cruz das Flores, Ermezinde, Boticas, S. Mamede de Infesta, Foz do Douro, Fiães e Vale de Cambra, atribuindo-se às instituições de solidariedade locais de maior relevo, um donativo simbólico da presença que a Caixa tem marcado.

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A Mediateca

Dez Anos a Promover o Conhecimento, a Mediateca tem dado um valioso contributo no domínio do acesso à informação e ao conhecimento, especialmente em áreas técnicas ligadasà actividade financeira, para os empregados do Grupo e o público em geral, com realce para a comunidade académica.

Registou, em 2005, cerca de 60 mil utilizadores, tendo sido consultados mais de 22 000 títulosde livros e 1.000 revistas em suporte papel, de áreas temáticas específicas, em especial económicas e financeiras, para além de discos ópticos, vídeos, software didáctico e acedidas grandes bases de dados, de que se destacam as bases de revistas online da EBSCO, que permitem consultar mais de 5 000 revistas, a maioria em texto integral, em todas as áreas do conhecimento.

Na Mediateca funciona também um espaço Internet, dispondo de 20 PCs, de acesso gratuito, onde os utilizadores podem não só fazer as suas pesquisas na web, mas também construírem as suas próprias páginas e comunicarem entre si no ciberespaço. De salientar que em 2005 este espaço acolheu mais de 22 mil cibernautas.

No seu avançado serviço de Atendimento a Deficientes Visuais, com transcrição para Braillee sintetizador de voz, foram efectuados 1 070 atendimentos, dando origem a 49 189 páginas tratadas (em Braille e em disquete). A Mediateca facultou mais de 2000 empréstimosdomiciliários de livros, dos quais 60% para leitores externos, e recebeu a visita de 39 grupos de profissionais e estudantes, num total de mais de 1 500 participantes. A rede de Mediatecas do Grupo CGD no espaço Lusófono – Moçambique (Maputo e Beira), Timor Leste (Díli), S.Tomé e Príncipe e Cabo Verde (Polo da Praia e Polo do Mindelo), foi alargada com a inauguração, no final de 2005, deste último Polo. Foi ainda inaugurada no Luxemburgo, emOutubro de 2005, a primeira Mediateca fora do Espaço Lusófono, num país com umaimportante e dinâmica comunidade de portugueses, lusodescendentes e de outros falantes da língua portuguesa. Esta rede de Mediatecas é um instrumento que facilita aos clientes do Grupo CGD e ao público em geral, o acesso à informação, ao conhecimento e à literatura que se exprime em português, promovendo simultaneamente a difusão e a utilização da língua portuguesa.

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O Arquivo Histórico / Património Museológico

O ano de 2005 marca o arranque do tratamento arquivístico sistemático da documentação de carácter histórico. Neste processo, defensora da normalização internacional, a CGD segue as linhas orientadores definidas pelo Conselho Internacional de Arquivos. As normas ISAD(G) (General International Standard Archival Description) aplicadas ao sistema multinívelpermitem integrar cada documento na sua estrutura hierarquicamente dependente, definindo a sua tramitação ao longo do processo.

Como ferramentas de trabalho desenvolveram-se e produziram-se importantes documentoscom vista a facilitar e normalizar o tratamento documental. Nesta perspectiva foi efectuadoum estudo e adaptação das ISAD(G) à realidade da documentação da CGD, elaborou-se um manual de procedimentos de descrição documental e lançaram-se as bases da criação de umquadro de classificação da documentação histórica.

Simultaneamente, procedeu-se à adaptação da aplicação informática que irá receber os dadoscom vista a facilitar a consulta e gestão dos documentos e ainda a sua divulgação interna externa.

Procedeu-se à análise e descrição documental do crédito ao sector público e corporativo, um sector da actividade da Caixa com grande tradição, que teve e continua a ter grandes repercussões no desenvolvimento económico e social das autarquias.

Esta documentação testemunha uma grande intervenção num domínio da história local, sobre a qual se tem escrito, por vezes sem se recorrer às fontes documentais primárias, que, a partir de agora, ficam mais acessíveis. Os trabalhos, desenvolvidos em 2005, tornam mais fácil a consulta de documentos importantes do arquivo histórico da CGD, designadamente, por parte da comunidade científica. Prosseguiu, entretanto, a organização e tratamento do espólio que constitui o Arquivo Histórico, a Biblioteca e o Núcleo Museológico, do ex-BNU. No Arquivo Histórico foram classificadas cinco áreas distintas: Arquivo Textual, Arquivo Fotográfico, Arquivo dos Processos de Obras, Arquivo Audiovisual e Arquivo Cartográfico / Iconográfico.

Dentro do Arquivo Textual, salienta-se o Arquivo do Pessoal que passou a permitir a localização, com grande rapidez, de qualquer processo individual dos antigos funcionários do BNU.

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Relativamente à Área da Biblioteca, na parte que respeita à Biblioteca Ultramarina, deu-secontinuidade à sua organização informatizada, desenvolvida em parceria com a Fundação Portugal-África. Com esta Fundação, com o CESA – Centro de Estudos sobre África e do Desenvolvimento/ Instituto Superior de Economia e Gestão e com a Universidade de Aveiro, foi desenvolvido o Projecto Memória de África. Ainda no âmbito deste projecto, procedeu-se ao tratamento bibliográfico de cerca de 6 mil livros referentes a Moçambique e iniciou-se a digitalização de obras de referência desta Biblioteca, nomeadamente: “Colecção de Álbuns Fotográficos e Descritivos da Colónia de Moçambique”, “Colecção de Gravuras Portuguesas - Luanda, Angola e Moçambique” e “Boletins dos Serviços Económicos do Banco Nacional Ultramarino”.

Assinala-se o apoio da CGD para a realização da série televisiva Quando os Lobos Uivam,baseada no romance homónimo de Aquilino Ribeiro (a estrear na RTP em 2006), que contou com a cedência de diversas peças de mobiliário antigo e de alguns exemplares de notas e moedas em escudo, datadas dos anos de 1948 a 1954, que fazem parte das colecções numismáticas do ex-BNU.

Ainda para a exposição comemorativa do V Centenário do nascimento de S. Francisco Xavier, que estará patente ao público na Cordoaria Nacional, em Lisboa, até Abril de 2006, aCGD cedeu a tapeçaria do século XVI, “Chegada de Vasco da Gama a Calicut”.

D - O AMBIENTE

As preocupações ambientais e com vista ao desenvolvimento sustentável têm norteado umaatenção crescente da Caixa às atitudes adoptadas, quer no que se refere à gestão dos espaços (SGI) e dos equipamentos e às relações com fornecedores e parceiros (SSA) quer no âmbitoexterno, pelo apoio a projectos de interesse ambiental, nomeadamente através da oferta de linhas de crédito especiais.

O moderno Edifício-Sede, bem como as instalações da Av.ª 5 de Outubro, em Lisboa, constituem um referencial de boas práticas, pois são edifícios inteligentes, com modernossistemas de poupança de energia e água e espaço de lançamento de iniciativas “amigas do ambiente” que se pretende venham a ser estendidas aos diversos edifícios e departamentos da CGD.

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Reciclar equipamentos e resíduos – Com a opção de substituição, à medida das novasnecessidades, de equipamentos informáticos adquiridos em regime de “renting”, por empresas certificadas que asseguram o cumprimento de todas as normas comunitárias, estematerial tem vindo a ser doado a instituições de interesse público ou de solidariedade social.O mesmo acontece com as peças de mobiliário de linhas descontinuadas.

Relativamente a equipamentos como fotocopiadoras e faxes, é promovida a retoma pelos fornecedores, que se encarregam de lhes dar destino regulamentar, sendo a substituiçãoefectuada por aparelhos com características técnicas, energéticas e de consumíveis jácompatíveis com os requisitos das normas comunitárias.

No Edifício-Sede, os resíduos de toners e tinteiros são regularmente recolhidos por uma firmaque procede à sua reciclagem e entrega parte do lucro obtido com esta operação a umaentidade de solidariedade social, aliando-se os objectivos humanitários aos ambientais.

Destacam-se outras iniciativas de departamentos como, por exemplo, a área responsável pela informática da Caixa (SSI), em que os colaboradores se empenharam na recolha de tinteiros e papel usado para doação a uma instituição de Apoio à Sida, bem como na doação de consumíveis informáticos e telemóveis para a campanha de reciclagem da Fundação AMI,fontes de financiamento para a acção humanitária e social daquelas instituições. Outro exemplo do envolvimento deste grupo de colaboradores é a recolha de tampinhas de plástico para a Associação Tampa Amiga, cuja receita da respectiva reciclagem reverte para a comprade material ortopédico para desfavorecidos.

O envolvimento solidário desta área departamental da CGD, ao nível do ambiente, fora iniciado em 2004, no rescaldo dos incêndios de Verão com a recolha de donativos destinados à reflorestação da Tapada de Mafra. Em Janeiro de 2005 assinala-se um ponto alto da campanha com a deslocação de um grupo de empregados que, ao entregar os fundos recolhidos, aí plantou simbolicamente algumas árvores (sobreiros).

Reciclar o papel, racionalizar os consumos - Em 2005, foram entregues pela Caixa para reciclagem 266,8 toneladas de papel e cartão usado, proveniente tanto da Sede como das Agências, de forma articulada com uma empresa externa qualificada, do ramo da produção de papel.

Mas a prioridade foi para a racionalização dos consumos, designadamente o de papel de fotocópia, cujo consumo anual per capita foi reduzido em 35,4%, entre 2003 e 2005.

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Por outro lado, a Caixa promoveu a conversão de diversos documentos em templatesinformáticos, designadamente o recibo de vencimento e os impressos relativos a CréditoPessoal, entre outros utilizados nas agências, traduzindo uma economia de custos e redução significativa do desperdício.

Extracto mensal e versão electrónica - Durante 2005, as emissões diárias e semanais de extracto de conta passaram a ter periodicidade mensal. Tratou-se de uma medida compreocupações ambientais subjacentes e que teve ainda em conta o facto de os clientes disporem actualmente de várias alternativas de consulta permanente aos saldos e movimentosdas suas contas, com grande comodidade e conveniência como, por exemplo, através do serviço Caixadirecta ou do Caixa e-banking.

Entre outras medidas de redução do consumo de papel, neste ano acelerou-se a preparação da integração num mesmo suporte dos extractos, avisos e comunicações ainda impressos e expedidos separadamente, bem como o desenvolvimento da versão puramente electrónica desses mesmos documentos, que permitirá eliminar em absoluto o consumo de papel,aumentando em simultâneo o potencial da informação prestada aos clientes.

Separar e tratar o lixo - A adopção desta prática teve um novo impulso em 2005, em fase experimental na área do Edifício-Sede, com a disponibilização de contentores adequados emalguns departamentos, e posterior remoção por empresa responsável. Também a empresacontratada para a limpeza das instalações na Sede, procede à triagem do lixo orgânico, que entrega aos serviços camarários, recolhendo o lixo reciclável. Quanto aos resíduos da área da restauração do Edifício-Sede são diariamente triturados, compactados e embalados, ficando frigorificados até ao momento da sua entrega aos serviços camarários de recolha competentes.

No âmbito dos transportes – A distribuição de economato e correspondência aos departamentos e agências continuam contratadas com prestadores em outsourcing, resultando na redução do parque automóvel privativo, com emergentes vantagens do ponto de vista de diminuição da utilização de consumíveis fósseis e de óleos lubrificantes nocivos ao ambiente.Por outro lado, o parque automóvel privativo da CGD é sujeito à manutenção regular e rigorosa de acordo com as indicações dos fabricantes, tentando-se assegurar a sua utilizaçãonas melhores condições de funcionamento, optimização de consumo e eficácia não poluente.Anota-se que mesmo os empilhadores mecânicos que são utilizados na deslocação e carga demercadorias e economato no Edifício Sede e no armazém de Sacavém são movidos a electricidade.

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Mobilidade Urbana – Como membro do ”Conselho Empresarial para o DesenvolvimentoSustentável – BCSD – Portugal”, a Caixa colaborou em diversos projectos e iniciativas deste Conselho, incluindo a participação num estudo, em colaboração com outras grandes empresas, denominado “Mobilidade Urbana Sustentável – o Impacte das Empresas e dos seus Trabalhadores”, através de um inquérito interno aos empregados do Edifício-Sede da CGD eda Av.ª 5 de Outubro sobre mobilidade (deslocações casa-trabalho) no âmbito do “YoungManagers Team” e destinado também a desenvolver as capacidades dos jovens gestores na abordagem do desenvolvimento sustentável.

Financiamento de Projectos “Amigos do Ambiente”

O maior destaque vai, entretanto, para a concepção selectiva de linhas de crédito especiais emdefesa do ambiente:

Credicaixa Ambiente - Esta linha destina-se a clientes particulares preocupados com o ambiente e que pretendam recorrer a crédito para aquisição de produtos ecológicos / "amigosdo ambiente", nomeadamente os que utilizem energias renováveis – painéissolares/equipamentos para captação de energia solar, termo-acumuladores, aquecimento e acessórios para piscinas, automóveis a electricidade ou a gás, sistemas alternativos deelectricidade, ventiladores (a energia solar), esquentadores para apoio a colectores solares térmicos, frigoríficos sem CFC ou por sistema fotovoltaico, bombas de água, aquecimentocentral (gás natural), recuperadores de calor, placas de cobertura irradiantes, conversão de automóveis para combustão a gás, bicicletas eléctricas, entre outros.

Acordo para financiamento de grandes projectos ecológicos - A aposta nas energias renováveis é um factor da maior relevância na implementação das políticas dedesenvolvimento sustentado, não só pelos ganhos económicos obtidos mas, sobretudo, pelo aproveitamento e preservação dos recursos naturais que estas energias ‘limpas’ proporcionam.Em complemento aos projectos já em curso, a CGD e o Banco de DesenvolvimentoEconómico do Conselho da Europa (CEB) estabeleceram um acordo para financiaremprojectos de maior envergadura, na área das energias renováveis, em Portugal.

Pretende-se, assim, dotar as PME de meios financeiros para que possam também elas assumirboas práticas, quer no que respeita às políticas de ambiente, quer no campo da protecção social.

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Assim, são financiados projectos apresentados por PME, municípios e instituiçõesparticulares de solidariedade social que se destinem à implementação de infra-estruturasrelacionadas com o ambiente (produção de energia renovável, tratamento de águas e de resíduos, descontaminação e protecção de lençóis de água, recuperação de redes de distribuição hídrica, investimentos para redução de impacto ambiental e, ainda, de infra-estruturas nos sectores da saúde, da educação e da habitação social, além da recuperação de património histórico e da criação de infra-estruturas sociais) para melhoria da qualidade devida em zonas urbanas degradadas.

“Linha de Crédito BEI XII” – Dando continuidade ao relacionamento desde há muitoestabelecido com o Banco Europeu de Investimentos, a Caixa contratou com aquela Instituição um empréstimo destinado a financiar, em complemento com a utilização de fundos da CGD, os projectos de investimento situados exclusivamente em regiões assistidas, para efeitos de apoio pelos fundos estruturais, tendo em atenção as restrições e exclusões decorrentes dos regulamentos da Comunidade Europeia. Entre outros sectores, são abrangidos os que contribuam para a realização de economias de energia ou para a protecção doambiente, incluindo o tratamento/eliminação de resíduos sólidos e projectos de renovação urbana.

O Protocolo entre a CGD e a QUERCUS - Através do qual ambas as entidades se propõem promover, em Portugal, a gestão sustentável de resíduos, com particular ênfase no apoio às actividades de prevenção e de reciclagem.

Reabilitação Urbana “Spread Zero” – Também com o apoio do Banco Europeu de Investimento (BEI), este produto financeiro destina-se a promover o investimento nareabilitação urbana, como obras em edifícios urbanos degradados, de habitação não social e fogos arrendados para fins não habitacionais, fogos e partes devolutas do edifício, urbanizações destinadas a servir o edifício ou o conjunto edificado a reabilitar. Permite aindafinanciar a aquisição de equipamentos destinados à melhoria das condições de habitabilidadeou do ambiente

Incêndios: Protocolo para a utilização de material lenhoso - Os incêndios florestais dos últimos anos conduziram a volumes anormais de material lenhoso a que importa dar a melhorutilização, envolvendo a coordenação dos diversos agentes do sector e das suas organizaçõesassociativas. Nesse sentido, foi assinado um acordo entre a administração pública e esses agentes, e estabelecido um protocolo com a CGD, com o objectivo de financiar as despesas extraordinárias com a exploração, transporte e armazenagem do material lenhoso provenientedas áreas atingidas pelos incêndios.

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Primeiro Fundo de Carbono Português - A CGD integrou a joint-venture para a constituição do primeiro fundo de carbono português, lançado pelo MC2 (Mercado de Carbono e Mudanças Climáticas, Assessoria e Consultoria de Ambiente) e liderado pela Fomentinvest. Esta iniciativa dedica-se à comercialização de quotas de emissão de gases com efeito de estufa, designadamente o dióxido de carbono, apoiando as empresas portuguesas na gestão destas emissões.

Linha de Crédito "Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (CEB)” - Com o objectivo de melhorar as condições de diversos sectores sociais, a Caixa contratou uma linha de crédito no montante de 100 milhões de euros com o Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (CEB) destinada a financiar um programa “multiprojecto”. O financiamento poderá atingir até 50% do custo de investimento por projecto, podendo ser complementado com fundos próprios da Caixa.

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PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Nos termos do artigo 376º do Código das Sociedades Comerciais e do artigo 26º dos Estatutos aprovados pelo Decreto-Lei nº 287/93, de 20 de Agosto, propõe-se que o Resultado Líquido do Exercício respeitante à actividade individual da CGD, no montante de 350 769 642 euros, tenha a seguinte aplicação:

1. 20% para a Reserva Legal, 70 153 928 euros;

2. 14 569 623 euros para a cobertura de Resultados Transitados;

3. 195 000 000 euros para dividendos;

4. 71 046 091 euros para reservas livres.

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NOTAS FINAIS

Em Assembleia Geral de 1 de Agosto de 2005, o accionista Estado por deliberação unânimepor escrito decidiu:

1. Reduzir o número dos membros do Conselho de Administração de onze para nove.

2. Eleger os seguintes novos membros do Conselho de Administração, para completar o mandato do quadriénio 2004-2007:

Carlos Jorge Ramalho dos Santos Ferreira - PresidenteArmando António Martins Vara - VogalFrancisco Manuel Marques Bandeira – Vogal

mantendo-se em funções os restantes membros do Conselho de Administração que ficou assim constituído:

Conselho de Administração Presidente: Carlos Jorge Ramalho dos Santos Ferreira Vice-Presidente: António Manuel Maldonado Gonelha Vogais: José Joaquim Berberan e Santos Ramalho

Vitor Manuel Lopes Fernandes Carlos da Silva Costa Maria Celeste Ferreira Lopes Cardona Norberto Emílio Sequeira da Rosa Armando António Martins Vara Francisco Manuel Marques Bandeira

3. Pela mesma deliberação unânime cessaram os seus mandatos para o quadriénio 2004-2007 os seguintes membros do Conselho de Administração:

Vitor Ângelo Mendes da Costa Martins - PresidenteJoão Eduardo Mora da Silva Freixa – Vice-PresidenteAntónio Manuel da Silva Vila Cova – VogalGracinda Augusta Figueiras Raposo – VogalLuís Filipe Alves Monteiro – Vogal

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4. A deliberação mencionada produziu efeitos a partir do dia 4 de Agosto de 2005.

5. O Conselho de Administração expressa o seu reconhecimento ao accionista Estado, à Sociedade de Revisores Oficiais de Contas e às autoridades monetárias e de supervisão, pela valiosa cooperação no acompanhamento da actividade da CGD.

O Conselho manifesta igualmente aos trabalhadores da CGD e das Empresas do Grupo o seu apreço pela atitude e empenhamento profissional no exercício das suas funções, que dessa forma contribuíram para o desenvolvimento e prestígio da Instituição.

Lisboa, 24 de Abril de 2006

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O Conselho de Administração

Presidente:

Carlos Jorge Ramalho dos Santos Ferreira

Vice-Presidentes:

António Manuel Maldonado Gonelha

Vogais:

José Joaquim Berberan e Santos Ramalho

Vítor Manuel Lopes Fernandes

Carlos da Silva Costa

Maria Celeste Ferreira Lopes Cardona

Norberto Emílio Sequeira da Rosa

Armando António Martins Vara

Francisco Manuel Marques Bandeira

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EVENTOS SUBSEQUENTES

1. Em 2006, a alteração da denominação social de Banco Simeón para Banco Caixa Geral, decidida em Assembleia Geral de accionistas, foi aprovada pelas autoridades competentes de Espanha.

2. No início de 2006, a percentagem de participação da CGD no capital da Cimpor foi reforçada de 1,19% para 1,55%.

3. Na sequência de negociações iniciadas no ano anterior, a CGD assinou, em Fevereiro de 2006, um acordo com o Banco Santander Totta (BST), nos termos do qual adquirirá uma participação de 50% numa sociedade gestora de participações sociais a constituir, ficando com opção de compra de mais 1% do capital. Esta sociedade, por sua vez, assumirá o domínio sobre o Banco Totta de Angola – instituição financeira até agora controlada pelo grupo BST. Com esta aquisição, dependente de aprovação das autoridades angolanas e portuguesas, a CGD concretiza a sua entrada em Angola, alargando assim a presença do Grupo CGD no continente africano.

4. Em Março de 2006, a CGD concluiu o acordo de alienação, pelo valor de 25 milhões de dólares, da participação de 51% que detinha no capital da CGD USA Holding Company, Inc., sociedade que detém, por sua vez, o capital do Crown Bank, N.A.. instituição bancária localizada em Nova Jérsia (Nova Iorque). As autoridades norte-americanas de supervisão competentes não manifestaram oposição à transacção e à alteração da designação social da CGD USA Holding Company, Inc. para JJR Holding Company, Inc..

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POSIÇÃO OBRIGACIONISTA DOS MEMBROS DO CONSELHO DEADMINISTRAÇÃO (ARTº 447º E 448º DO CSC)

Obrigacionistas Título Nº títulos à data de 31.12.05

Membros do Conselho de Administração

Dr. Norberto Rosa Obrigações Grande Prémio 2001/2006

Obrigações CGD Março 2006 (1)

Obrigações CGD CX Outubro 2006 (1)

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(1) Adquiridas em 2005. Também em 2005 foram reembolsadas 2 713 Obrigações CGD Vera Cruz.

Indicação sobre Accionistas da CGD em 31.12.2005

Accionistas Capital Social % da Participação

Estado Português 2 950 000 000 euros 100%

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(Euros)

Juros e rendimentos similares 2 946 526 555 2 396 313 616 Juros e encargos similares -1 858 812 302 -1 300 863 937

Margem financeira 1 087 714 253 1 095 449 679

Rendimentos de instrumentos de capital 80 305 673 73 083 472 Rendimentos de serviços e comissões 308 545 411 328 857 386 Encargos com serviços e comissões -56 571 251 -58 307 165 Resultados activos e passivos aval. justo valor através resultados -2 566 467 -56 269 646 Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 20 735 784 15 140 278 Resultados de reavaliação cambial 46 517 578 10 067 106 Resultados de alienação de outros activos 175 018 033 6 126 070 Outros resultados de exploração 113 039 426 125 600 188

Produto da actividade 1 772 738 440 1 539 747 368

Custos com pessoal -544 363 194 -694 850 226

Outros gastos administrativos -403 829 237 -391 682 428

Depreciações e amortizações -72 046 723 -70 701 749

Provisões líquidas de reposições e anulações -62 768 156 -73 145 418

Corr. de valor assoc. ao créd. a clientes e val. a receber de out. dev. -291 975 371 -222 698 681

Imparidade outros activos financ. líquida reversões e recuperações -5 135 467 32 965 204

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações -15 607 952 7 436 923

Resultado antes de impostos 377 012 340 127 070 993

Impostos -26 242 698 -4 610 167

Correntes -33 397 080 -3 396 106

Diferidos 7 154 382 -1 214 061

Resultado líquido do exercício 350 769 642 122 460 826

O Técnico Oficial de Contas - João de Sousa MartinsPresidente: Carlos Jorge Ramalho dos Santos FerreiraVice-Presidente: António Manuel Maldonado GonelhaVogais: José Joaquim Berberan e Santos Ramalho Vitor Manuel Lopes Fernandes Carlos da Silva Costa Maria Celeste Ferreira Lopes Cardona Norberto Emílio Sequeira da Rosa Armando António Martins Vara Francisco Manuel Marques Bandeira

O Conselho de Administração

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S ADEMONSTRAÇÃO RESULTADOS INDIVIDUAL (NCA) em 31 de Dezembro de 2005

2005 2004

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2005 2004

Juros e rendimentos similares 3 277 889 273 2 837 103 118

Juros e encargos similares -1 912 460 428 -1 491 467 305

Rendimentos de instrumentos de capital 89 033 174 72 245 640

MARGEM FINANCEIRA ALARGADA 1 454 462 019 1 417 881 453

Rendimentos de serviços e comissões 392 990 328 374 747 405

Encargos com serviços e comissões -73 549 830 -74 910 544

Resultados em oper. financeiras 297 217 888 -40 810 837

Outros resultados de exploracao 41 626 970 80 833 998

PRODUTO DA ACTIVIDADE FINANCEIRA 2 112 747 375 1 757 741 475

MARGEM TÉCNICA DA ACTIVIDADE DE SEGUROS 512 648 070 372 626 126

Prémios líquidos de resseguro 2 376 226 235 1 735 598 449

Rendimento inv. afectos contrt. seguro 245 952 402 199 133 750

Custos c/ sinistros líquidos de resseg -1 955 489 437 -1 482 189 451

Comissões e outr. prov. custos assoc -154 041 130 -79 916 622

PRODUTO DA ACTIVIDADE BANCÁRIA E SEGURADORA 2 625 395 445 2 130 367 601

Custos com pessoal -859 139 745 -924 200 841

Outros gastos administrativos -643 557 347 -583 959 408

Depreciações e amortizações -125 102 503 -112 444 675

Provisoes liquidas de anulacoes -64 025 742 -55 922 942

Imparidade credito liquida de revers -252 419 012 -225 632 888

Imparidade outr activos liquida de v -32 422 155 20 892 255

Resultados em empresas associadas 25 049 233 20 048 327

RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS E DE INTERESSES MINORITÁRIOS 673 778 174 269 147 429

Impostos sobre lucros:

Correntes -124 610 129 -21 369 771

Diferidos 5 614 825 -19 790 495

-118 995 304 -41 160 266

Resultado consolidado do exercício, do qual: 554 782 870 227 987 163

Interesses minoritarios -17 115 773 -5 078 533

RESULTADO LÍQUIDO ATRIBUÍVEL AO ACCIONISTA DA CGD 537 667 097 222 908 630

O Técnico Oficial de Contas - João de Sousa MartinsPresidente: Carlos Jorge Ramalho dos Santos FerreiraVice-Presidente: António Manuel Maldonado GonelhaVogais: José Joaquim Berberan e Santos Ramalho Vitor Manuel Lopes Fernandes Carlos da Silva Costa Maria Celeste Ferreira Lopes Cardona Norberto Emílio Sequeira da Rosa Armando António Martins Vara Francisco Manuel Marques Bandeira

O Conselho de Administração

(euros)

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, SA

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS INDIVIDUAIS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros)

Notas 2005 2004

(Pró-forma)

Juros e rendimentos similares 24 2 946 525 2 396 314 Juros e encargos similares 24 (1 858 812) (1 300 864)MARGEM FINANCEIRA 1 087 713 1 095 450

Rendimentos de instrumentos de capital 25 80 306 73 084 Rendimentos de serviços e comissões 26 308 545 328 857 Encargos com serviços e comissões 26 (56 571) (58 307) Resultados de activos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados 27 (2 566) (56 270) Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 28 20 736 15 140 Resultados de reavaliação cambial 46 518 10 067 Resultados de alienação de outros activos 29 175 018 6 126 Outros resultados de exploração 30 113 039 125 600PRODUTO BANCÁRIO 1 772 738 1 539 747

Custos com pessoal 31 (544 363) (694 850) Gastos gerais administrativos 33 (403 829) (391 682) Amortizações do exercício 10 e 11 (72 047) (70 702) Provisões líquidas de reposições e anulações 19 (62 768) (73 145) Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 19 (291 975) (222 699) Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e 19 (5 135) 32 965 Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperaçõ 19 (15 608) 7 437

RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 377 013 127 071

Impostos sobre lucrosCorrentes 13 (33 397) (3 396)Diferidos 13 7 154 (1 214)

(26 243) (4 610)Resultado do Exercício 350 770 122 461

Número médio de acções ordinárias emitidas 22 590 000 000 494 109 589Resultado por acção (Euros) 0.59 0.21

O anexo faz parte integrante destas demonstrações.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA INDIVIDUAIS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros)

2005 2004

ACTIVIDADES OPERACIONAISFluxos operacionais antes das variações nos activos e passivos

Juros, comissões e outros proveitos equiparados recebidos 3 164 655 2 650 071Juros, comissões e outros custos equiparados pagos (1 602 677) (1 111 811)Recuperação de capital e juros 38 740 38 856Resultados cambiais 46 702 3 163Pagamentos a empregados e fornecedores (817 163) (1 150 647)Pagamentos e contribuições para fundos de pensões (64 581) (527 678)Outros resultados 75 884 86 775

841 560 (11 271)

(Aumentos) diminuições nos activos operacionais:Créditos sobre instituições de crédito e clientes (6 421 829) (2 293 519)Activos detidos para negociação e outros activos avaliados ao justo valor através de (566 302) (477 473)Outros activos (243 470) 212 586

(7 231 601) (2 558 406)

Aumentos (diminuições) nos passivos operacionais:Recursos de outras instituições de crédito e bancos centrais 1 754 994 (5 779 259)Recursos de clientes e outros empréstimos 1 253 708 577 270Outros passivos 1 009 654 898 269

4 018 356 (4 303 720)

Caixa líquida das actividades operacionais antes dos impostos sobre lucros (2 371 685) (6 873 397)

Impostos sobre lucros 77 833 (129 400)

Caixa líquida das actividades operacionais (2 293 852) (7 002 797)

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTORendimentos de instrumentos de capital 80 306 73 083Rendimentos de activos financeiros disponíveis para venda 20 736 28 345Aquisições de investimentos em filiais e associadas, líquidas de alienações 148 552 (86 829)Aquisições de activos financeiros disponíveis para venda, líquidas de alienações 295 336 165 601Aquisições de activos tangíveis e intangíveis, líquidas de alienações (76 404) (70 257)

Caixa líquida das actividades de investimento 468 526 109 943

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTOJuros de passivos subordinados (60 899) (54 783)Juros de responsabilidades representadas por títulos (224 752) (250 681)Emissão de passivos subordinados, líquida de reembolsos 444 143 250 000Emissão de responsabilidades representadas por títulos 305 944 497 594Aumento de capital - 400 000Dividendos distribuídos - (320 380)

Caixa líquida das actividades de financiamento 464 436 521 750

Aumento (diminuição) líquido de caixa e seus equivalentes (1 360 890) (6 371 104)

Caixa e seus equivalentes no início do período 3 517 628 9 888 732Caixa e seus equivalentes no fim do período 2 156 738 3 517 628

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros)

Notas 2005 2004(Pró-forma)

Juros e rendimentos similares 29 3 277 889 2 837 103 Juros e encargos similares 29 (1 912 460) (1 491 467) Rendimentos de instrumentos de capital 30 89 033 72 246MARGEM FINANCEIRA ALARGADA 1 454 462 1 417 882

Rendimentos de serviços e comissões 31 392 990 374 747 Encargos com serviços e comissões 31 (73 550) (74 910) Resultados em operações financeiras 32 297 218 (40 811) Outros resultados de exploração 33 41 627 80 834PRODUTO DA ACTIVIDADE FINANCEIRA 2 112 747 1 757 742

MARGEM TÉCNICA DA ACTIVIDADE DE SEGUROS Prémios, líquidos de resseguro 34 2 376 226 1 735 598 Resultados em investimentos afectos a contratos de seguros 34 245 952 199 134 Custos com sinistros, líquidos de resseguro 34 (1 955 489) (1 482 189) Comissões e outros proveitos e custos associados à actividade de seguros 34 (154 041) (79 917)

512 648 372 626PRODUTO DA ACTIVIDADE BANCÁRIA E SEGURADORA 2 625 395 2 130 368

Custos com pessoal 35 (859 140) (924 201) Outros gastos administrativos 37 (643 557) (583 959) Depreciações e amortizações 14 e 15 (125 102) (112 445) Provisões líquidas de anulações 23 (64 026) (55 923) Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações 38 (252 419) (225 633) Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 38 (32 422) 20 892 Resultados em empresas associadas 27 25 049 20 048

RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS E DE INTERESSES MINORITÁRIOS 673 778 269 147

Impostos sobre lucrosCorrentes 17 (124 610) (21 370)Diferidos 17 5 615 (19 790)

(118 995) (41 160)Resultado consolidado do exercício, do qual: 554 783 227 987

Interesses minoritários 28 (17 116) (5 078)

RESULTADO CONSOLIDADO ATRIBUÍVEL AO ACCIONISTA DA CAIXA 537 667 222 909

Número médio de acções ordinárias emitidas 26 590 000 000 494 109 589Resultado por acção (Euros) 0.91 0.38

O anexo faz parte integrante destas demonstrações.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004

(Montantes expressos em milhares de Euros)

2005 2004

ACTIVIDADES OPERACIONAISFluxos operacionais antes das variações nos activos e passivos

Juros, comissões e outros proveitos equiparados recebidos 3 395 606 2 989 704Juros, comissões e outros custos equiparados pagos (1 721 851) (1 403 471)Prémios recebidos (seguros) 2 426 493 1 888 788Indemnizações pagas (seguros) (1 199 305) (1 390 166)Recuperação de capital e juros 44 775 43 583Resultados cambiais 59 153 10 318Pagamentos a empregados e fornecedores (1 495 612) (1 568 553)Pagamentos e contribuições para fundos de pensões (76 745) (535 294)Outros resultados 164 674 107 956

1 597 188 142 865

(Aumentos) diminuições nos activos operacionais:Créditos sobre instituições de crédito e clientes (6 234 387) (3 090 801)Activos detidos para negociação e outros activos avaliados ao justo valor através de resultados (616 820) (116 624)Outros activos (443 969) 563 842

(7 295 176) (2 643 583)

Aumentos (diminuições) nos passivos operacionais:Recursos de outras instituições de crédito e bancos centrais 642 560 (6 183 006)Recursos de clientes e outros empréstimos 2 282 411 2 383 118Outros passivos 512 246 (1 027 493)

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Caixa líquida das actividades operacionais antes dos impostos sobre lucros (2 260 771) (7 328 099)

Impostos sobre lucros 45 129 (141 962)

Caixa líquida das actividades operacionais (2 215 642) (7 470 061)

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTORendimentos de instrumentos de capital 122 489 82 369Rendimentos de activos financeiros disponíveis para venda 262 491 303 177Aquisições de filiais e associadas, líquidas de alienações (259 971) 1 783Aquisições de activos financeiros disponíveis para venda, líquidas de alienações 1 538 722 (1 001 592)Aquisições de activos tangíveis, intangíveis e propriedades de investimento, líquidas de alienaç (93 483) (175 658)

Caixa líquida das actividades de investimento 1 570 248 (789 921)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTOJuros de passivos subordinados (56 316) (59 330)Juros de responsabilidades representadas por títulos (307 729) (336 592)Dividendos pagos de acções preferenciais (10 350) (3 710)Emissão de passivos subordinados, líquida de reembolsos 14 180 -Emissão de responsabilidades representadas por títulos, líquida de reembolsos (662 911) 1 613 323Emissão de acções preferenciais 350 000 250 000Aumento de capital - 400 000Dividendos distribuídos - (320 380)

Caixa líquida das actividades de financiamento (673 126) 1 543 311

Aumento (diminuição) líquido de caixa e seus equivalentes (1 318 520) (6 716 671)

Caixa e seus equivalentes no início do período 3 797 937 10 514 608Alterações no perímetro de consolidação 115 928 -Caixa e seus equivalentes no fim do período 2 595 345 3 797 937

O anexo faz parte integrante destas demonstrações.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa Geral de Depósitos, S.A. (Caixa ou CGD), fundada em 1876, é uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos. A transformação em sociedade anónima ocorreu em 1 de Setembro de 1993, através do Decreto - Lei nº 287/93, de 20 de Agosto, que aprovou igualmente os respectivos estatutos. Em 23 de Julho de 2001, a Caixa incorporou por fusão o Banco Nacional Ultramarino, S.A. (BNU).

A CGD desenvolve a sua actividade numa óptica de banca universal, actuando também, directamente ou através de empresas do Grupo, nas áreas de seguros, banca de investimento, corretagem, capital de risco, imobiliário, gestão de activos, crédito especializado, comércio electrónico e actividades culturais.

Para a realização das suas operações, em 31 de Dezembro de 2005 a Caixa contava com uma rede nacional de 770 agências, uma Sucursal em França com 45 agências, uma Sucursal em Timor com 8 agências, Sucursais em Londres, Luxemburgo, Mónaco, Nova Iorque, Ilhas Cayman e Zhuhai, uma Sucursal Financeira Exterior e uma Sucursal Financeira Internacional na Madeira.

As demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2005 foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 24 de Abril de 2006.

As demonstrações financeiras individuais da Caixa foram preparadas para dar cumprimento à legislação em vigor, nomeadamente para aprovação em Assembleia Geral de Accionistas, e aos requisitos de apresentação de contas determinados pelo Banco de Portugal. A Caixa apresenta separadamente contas consolidadas relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2005, as quais são preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS).

As demonstrações financeiras da CGD em 31 de Dezembro de 2005 encontram-se pendentes de aprovação pela Assembleia Geral. No entanto, o Conselho de Administração admite que venham a ser aprovadas sem alterações significativas.

2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As demonstrações financeiras da Sede são agregadas com as das Sucursais, o que representa a sua actividade global (ou actividade individual). Todos os saldos e transacções entre a Sede e as Sucursais foram eliminados no processo de agregação das respectivas demonstrações financeiras.

2.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras da CGD foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe é conferida pelo número 3 do Artigo 115º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Leinº 298/92, de 31 de Dezembro.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) tal como adoptadas pela União Europeia, na sequência do Regulamento (CE)Nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal. No entanto, nos termos do Aviso nº 1/2005, existemas seguintes excepções com impacto nas demonstrações financeiras da Caixa:

i. Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser classificados em outras categorias e, como tal, não podem ser registados pelo justo valor.Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês.Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão, igualmente, ser periodificados ao longo do período de vigência dos créditos;

ii. Provisionamento do crédito e valores a receber – o normativo anterior mantém-se, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal, com as alterações introduzidas pelos Avisos nº 8/03 e nº 3/05 do Banco de Portugal. Este normativo abrange também o provisionamento de responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

iii. Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pela Norma IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

Adicionalmente, nos termos do Aviso nº 4/2005, o impacto de transição para as NCA apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, no que respeita a benefícios dos empregados pós-emprego, poderá ser registado em custos diferidos e reconhecido directamente por contrapartida de resultados transitados ao longo de um período de 5 anos, com excepção da parte referente a responsabilidades por cuidados médicos pós-emprego, em que o referido período pode ir até 7 anos. Por outro lado, de acordo com o Aviso nº 12/2005 do Banco de Portugal, o acréscimo de responsabilidades resultante de alterações da tábua de mortalidade efectuadas após 1 de Janeiro de 2005 pode ser adicionado ao limite do corredor, numa percentagem decrescente até 31 de Dezembro de 2012. Uma vez que em 31 de Dezembro de 2005 a Caixa não está a usar a totalidade do corredor, esta possibilidade não foi utilizada na preparação das demonstrações financeiras nesta data.

Até 31 de Dezembro de 2004, as demonstrações financeiras individuais da CGD foram preparadas de acordo com os princípios consagrados no Plano de Contas para o Sistema Bancário, nos termos da Instrução nº 4/96, de 17 de Junho, do Banco de Portugal e outras disposições emitidas por aquela entidade. No exercício findo em 31 de Dezembro de 2005, a Caixa apresenta pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de acordo com as NCA, sendo o impacto à data de transição explicado na Nota 38.

De acordo com a Norma IFRS 1 – “Adopção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro”, as demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2004 e para o exercício então findo, apresentadas para efeitos comparativos (demonstrações financeiras pró-forma), foram elaboradas e re-expressas com base nas normas em vigor em 31 de Dezembro de 2005. De acordo com o permitido pelo IFRS 1, a CGD não aplicou na informação comparativa as normas relativas a instrumentos financeiros (IAS 32 – “Instrumentos financeiros – divulgação e apresentação” e IAS 39 – “Instrumentos financeiros – reconhecimento e mensuração”). Neste sentido, relativamente às matérias reguladas pelas IFRS acima referidas foram utilizados os critérios de mensuração e reconhecimento definidos no Plano de Contas para o Sector Bancário (ver Nota 2.3. f)). No entanto, os saldos relativos a instrumentos financeiros foram classificados nas diversas rubricas do balanço e da demonstração de resultados em conformidade com as regras das IAS 32 e IAS 39, de forma a facilitar a comparação face aos correspondentes saldos do período corrente.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

2.2. Conversão de saldos e transacções em moeda estrangeira

As contas da Caixa e das Sucursais são preparadas de acordo com a divisa utilizada no ambiente económico em que operam (denominada “moeda funcional”). Nas contas globais, os resultados e posição financeira são expressos em Euros, a moeda funcional da Caixa.

Na preparação das demonstrações financeiras individuais, as transacções em moeda estrangeira são registadas com base nas taxas de câmbio indicativas na data em que foram realizadas. Em cada data de balanço, os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para a moeda funcional com base na taxa de câmbio em vigor. Os activos não monetários que sejam valorizados ao justo valor são convertidos com base na taxa de câmbio em vigor na data da última valorização. Os activos não monetários registados ao custo histórico, incluindo activos tangíveis e intangíveis, permanecem registados ao câmbio original.

As diferenças de câmbio apuradas na conversão cambial são reflectidas em resultados do exercício, com excepção das originadas por instrumentos financeiros não monetários, tal como acções, classificados como disponíveis para venda, que são registadas numa rubrica específica de capital próprio até à sua alienação.

De forma a mitigar a sua exposição a risco cambial, a Caixa utiliza instrumentos financeiros derivados como “forwards” e “swaps cambiais”. As políticas contabilísticas utilizadas no registo destas operações são descritas na Nota 2.3. d) abaixo.

Nas contas globais, os activos e passivos de Sucursais com moeda funcional distinta do Euro são convertidos à taxa de câmbio de fecho, sendo os proveitos e custos convertidos à taxa de câmbio média do período. As diferenças resultantes da conversão cambial, de acordo com este método, são registadas em “Outras reservas” do capital próprio.

2.3. Instrumentos financeiros

a) Crédito a clientes e valores a receber de outros devedores

Valorimetria

Conforme descrito na Nota 2.1, estes activos são registados de acordo com as disposições do Aviso nº 1/2005, do Banco de Portugal. Deste modo são registados pelo valor nominal, sendo os respectivos proveitos, nomeadamente juros e comissões, reconhecidos ao longo do período das operações de acordo com o método “pro rata temporis”, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externosimputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria são igualmente periodificados ao longo do período de vigência dos créditos.

Desreconhecimento

De acordo com a Norma IAS 39, os créditos apenas são removidos do balanço (“desreconhecimento”) quando a Caixa transfere substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção. Relativamente às duas operações de titularização de créditos efectuadas pela Caixa (Nota 18), os procedimentos adoptados foram os seguintes:

- No que respeita à operação de titularização de crédito à habitação efectuada em Novembro de 2003, a Caixa utilizou a possibilidade permitida pela Norma IFRS 1 de não aplicar retrospectivamente os requisitos de desreconhecimento a operações efectuadas antes de 1 de Janeiro de 2004. Deste modo, os créditos titularizados não estão registados no balanço da Caixa;

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

- No que respeita à operação de titularização de crédito ao consumo, no âmbito da qual foram efectuadas pela Caixa cessões de créditos nos exercícios de 2004 e 2005, a Caixa não procedeu ao respectivo desreconhecimento. Assim, a partir de 1 de Janeiro de 2005 o montante em dívida de créditos titularizados desde o início da operação encontra-se registado na rubrica “Créditos a clientes”, tendo sido reconhecido um passivo financeiro associado aos activos transferidos (Notas 2.3. c) e 18).

Provisionamento

O regime de provisionamento destes activos corresponde ao definido no Aviso nº 3/95, de 30 de Junho, do Banco de Portugal, com as alterações introduzidas pelo Aviso nº 8/2003, de 30 de Janeiro e pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro, e inclui as seguintes provisões para riscos de crédito:

i. Provisão para crédito e juros vencidos

Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.

ii. Provisão para créditos de cobrança duvidosa

Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas.

Nos termos do Aviso nº 3/95 consideram-se como créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

(i) excederem 25% do capital em dívida, acrescido dos juros vencidos; (ii) estarem em incumprimento há mais de:

. seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;

. doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos;

. vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos.

Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados de acordo com a percentagem das provisões constituídas para crédito vencido.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se o crédito e juros vencidos de todas as operações relativamente a esse cliente, acrescidos do crédito vincendo abrangido pela alínea anterior, excederem 25% do crédito total, acrescido dos juros vencidos. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas de provisão aplicáveis aos créditos vencidos.

A CGD constitui ainda uma provisão adicional para créditos de cobrança duvidosa, com base numa análise do valor estimado de realização de um conjunto de empréstimos (Nota 8). Esta provisão não é aceite como custo para efeitos fiscais.

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iii. Provisão para risco-país

Destina-se a fazer face aos problemas de realização de todos os activos financeiros e extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção:

- Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda;

- Das participações financeiras;

- Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia;

- Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso nº 3/95, do Banco de Portugal, desde que a garantia abranja o risco de transferência;

- Das operações de financiamento de comércio externo de curto prazo, que cumpram as condições definidas pelo Banco de Portugal.

As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas pelo Banco de Portugal, o qual classifica os países e territórios segundo grupos de risco.

iv. Provisão para riscos gerais de crédito

Encontra-se registada no passivo, e destina-se a fazer face aos riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados.

Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:

- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;

- 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

- 1% no que se refere ao restante crédito concedido.

O efeito da constituição desta provisão é reconhecido na rubrica “Provisões líquidas de reposições e anulações”, da demonstração de resultados.

A partir de 1 de Janeiro de 2003 o reforço desta provisão deixou de ser aceite como custo para efeitos fiscais. Adicionalmente, nos termos da legislação em vigor, a partir de 1 de Janeiro de 2001 quando se verifique a reposição de provisões para riscos gerais de crédito, são consideradas proveitos do exercício em primeiro lugar aquelas que tenham sido custo fiscal no exercício da respectiva constituição.

Anulações de capital e juros

Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas, após análise específica por parte dos órgãos de estrutura que têm a seu cargo o acompanhamento e recuperação dos créditos e aprovação do Conselho de Administração. Eventuais recuperações de créditos abatidos ao activo são reflectidas na demonstração de resultados na rubrica “Outros resultados de exploração”.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

De acordo com as políticas em vigor no Grupo CGD, os juros de créditos vencidossem garantia real são anulados três meses após a data de vencimento da operação ou da primeira prestação em atraso. Os juros não registados, sobre os créditos acima referidos, apenas são reconhecidos no exercício em que venham a ser cobrados.

Os juros de crédito vencido de créditos garantidos por hipoteca ou com outras garantias reais não são anulados, sendo provisionados de acordo com as percentagens previstas no Aviso nº 8/2003 do Banco de Portugal.

Adicionalmente, para os créditos com garantia real e hipotecária com prestações vencidas e não pagas de crédito há mais de seis e doze meses, respectivamente, o cálculo e o registo de juros a receber sobre o capital vincendo é interrompido.

b) Outros activos financeiros

Os restantes activos financeiros são registados na data de contratação pelo respectivo justo valor. No caso de activos financeiros registados ao justo valor através de resultados, os custos directamente atribuíveis à transacção são registados na rubrica “Encargos com serviços e comissões”. Nas restantes categorias, estes custos são acrescidos ao valor do activo. Quando do reconhecimento inicial estes activos são classificados numa das seguintes categorias definidas na Norma IAS 39:

i) Activos financeiros ao justo valor através de resultados

Esta categoria inclui:

Activos financeiros detidos para negociação, que correspondem essencialmente a títulos adquiridos com o objectivo de realização de ganhos como resultado de flutuações de curto prazo nos preços de mercado. Incluem-se também nesta categoria os instrumentos financeiros derivados, excluindo aqueles que cumpram os requisitos de contabilidade de cobertura; e

Activos financeiros classificados de forma irrevogável no seu reconhecimento inicial como ao justo valor através de resultados, de acordo com a opção permitida pela Norma IAS 39.

Os activos financeiros classificados nesta categoria são registados ao justo valor, sendo os ganhos e perdas gerados pela valorização subsequente reflectidos em resultados do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados”. Os juros são reflectidos nas rubricas apropriadas de “Juros e rendimentos similares”.

ii) Empréstimos e contas a receber

São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo, e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. Dada a restrição estabelecida no Aviso nº 1/2005, esta categoria inclui apenas valores a receber de outras instituições de crédito.

No reconhecimento inicial estes activos são registados pelo seu justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco-país.

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Reconhecimento de juros

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro, permite igualar o seu valor actual ao valor do instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.

iii) Activos financeiros disponíveis para venda

Esta categoria inclui instrumentos financeiros aqui registados quando do reconhecimento inicial e que não se enquadram nas restantes categorias previstas na Norma IAS 39. Inclui nomeadamente:

Títulos de rendimento variável não classificados como activos ao justo valor através de resultados, incluindo instrumentos de capital detidos com carácter de estabilidade (anteriormente classificados como “participações financeiras”);

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo aqui classificados no reconhecimento inicial;

Unidades de participação em fundos de investimento.

Os activos financeiros disponíveis para venda são mensurados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos ou perdas resultantes da reavaliação são registados directamente em capitais próprios, em “Reservas de reavaliação”. No momento da venda, ou caso seja determinada imparidade, as variações acumuladas no justo valor são transferidas para proveitos ou custos do exercício, sendo registadas nas rubricas de “Resultados de alienação de outros activos” ou “Imparidade de outros activos financeiros, líquida de reversões e recuperações”, respectivamente.

Os juros de instrumentos de dívida classificados nesta categoria são determinados com base no método da taxa efectiva, sendo reconhecidos em “Juros e rendimentos similares” da demonstração de resultados.

Os dividendos de instrumentos de capital classificados nesta categoria são registados como proveitos na rubrica “Rendimentos de instrumentos de capital” quando é estabelecido o direito da CGD ao seu recebimento.

Justo valor

Conforme acima referido, os activos financeiros registados nas categorias de Activos financeiros ao justo valor através de resultados e Activos financeiros disponíveis para venda são valorizados pelo justo valor.

O justo valor de um instrumento financeiro corresponde ao montante pelo qual um activo ou passivo financeiro pode ser vendido ou liquidado entre partes independentes, informadas e interessadas na concretização da transacção em condições normais de mercado.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

O justo valor de activos financeiros é determinado por um órgão da Caixaindependente da função de negociação, com base em:

Cotação de fecho na data de balanço, para instrumentos transaccionados em mercados activos;

Relativamente a instrumentos de dívida não transaccionados em mercados activos (incluindo títulos não cotados ou com reduzida liquidez) são utilizados métodos e técnicas de valorização, que incluem:

i) Preços (bid prices) difundidos por meios de difusão de informação financeira, nomeadamente a Bloomberg e a Reuters, incluindo preços de mercado disponíveis para transacções recentes;

ii) Cotações indicativas (bid prices) obtidas junto de instituições financeiras que funcionem como market-makers;

iii) Modelos internos de valorização, os quais têm em conta os dados de mercado que seriam utilizados na definição de um preço para o instrumento financeiro, reflectindo as taxas de juro de mercado e a volatilidade, bem como a liquidez e o risco de crédito associado ao instrumento.

c) Passivos financeiros

Os passivos financeiros são registados na data de contratação pelo respectivo justo valor, deduzido de custos directamente atribuíveis à transacção. Os passivos são classificados nas seguintes categorias:

i) Passivos financeiros detidos para negociação

Os passivos financeiros detidos para negociação correspondem a instrumentos financeiros derivados com reavaliação negativa, os quais se encontram reflectidos pelo justo valor.

ii) Passivos financeiros associados a activos transferidos

Esta rubrica inclui o passivo reconhecido relativamente à operação de titularização de crédito ao consumo, cujos créditos foram repostos em balanço na sequência da aplicação dos requisitos da Norma IAS 39 (Notas 2.3. a) e 18).

Estes passivos são inicialmente registados pelo valor recebido na cessão de créditos, sendo posteriormente valorizados pelo custo amortizado, de forma coerente com a valorização dos correspondentes activos e as condições definidas na operação de titularização.

iii) Outros passivos financeiros

Esta categoria inclui recursos de outras instituições de crédito e de clientes, obrigações emitidas, passivos subordinados e passivos incorridos para pagamento de prestações de serviços ou compra de activos, registados em “Outros passivos”.

Estes passivos financeiros são valorizados pelo custo amortizado sendo os juros, quando aplicável, reconhecidos de acordo com o método da taxa efectiva.

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d) Derivados e contabilidade de cobertura

A Caixa realiza operações com produtos derivados no âmbito da sua actividade, com o objectivo de satisfazer as necessidades dos seus clientes e de reduzir a sua exposição a flutuações cambiais, de taxas de juro e de cotações.

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional.

Subsequentemente, os derivados são registados ao justo valor, o qual é apurado:

Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados);

Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização normalmente utilizadas no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.

Derivados embutidos

Os derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que:

As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com as características económicas e os riscos do contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e

A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor com as respectivas variações reflectidas em resultados.

O maior impacto deste procedimento no que respeita à actividade da CGD consiste na necessidade de separar e valorizar os derivados embutidos em depósitos e instrumentos de dívida, nomeadamente aqueles em que a remuneração não tem a natureza de juro (por exemplo, remunerações indexadas a cotações ou índices de acções, a taxas de câmbio, etc.). No momento da separação, o derivado é registado pelo respectivo justo valor, correspondendo o valor inicial do contrato de base à diferença entre o valor total do contrato combinado e a reavaliação inicial do derivado. Deste modo, não é reconhecido qualquer resultado no registo inicial da operação.

Derivados de cobertura

Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição da CGD a riscos inerentes à sua actividade. A classificação como derivados de cobertura e a utilização das regras de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, dependem do cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39.

Em 31 de Dezembro de 2005 a Caixa apenas utiliza coberturas de exposição à variação do justo valor dos instrumentos financeiros registados em balanço, denominadas “Coberturas de justo valor”.

Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui no mínimo os seguintes aspectos:

Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas; Descrição do(s) risco(s) coberto(s); Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura; Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a estimar a eficácia futura da cobertura.

Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, nomeadamente através do apuramento de uma eficácia entre 80% e 125%, a Caixa reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto nas rubricas de “Resultados em activos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de instrumentos que incluem uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da margem financeira.

Caso a relação de cobertura deixe de ser eficaz, a variação acumulada de justo valor reflectida no elemento coberto é reconhecida em resultados até à respectiva maturidade.

As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo, respectivamente, em rubricas específicas.

As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas de balanço onde se encontram registados esses instrumentos.

Derivados de negociação

Inclui todos os derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes, de acordo com a Norma IAS 39, nomeadamente:

Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

Derivados contratados para cobertura de risco que não reúnem as condições necessárias para a utilização de contabilidade de cobertura ao abrigo da Norma IAS 39, nomeadamente pela dificuldade em identificar especificamente os elementos cobertos, nos casos em que não se tratem de micro-coberturas, ou pelos resultados dos testes de eficácia se situarem fora do intervalo permitido pela Norma IAS 39;

Derivados contratados com o objectivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados”. Asreavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros detidos para negociação” e “Passivos financeiros detidos para negociação”, respectivamente.

e) Imparidade de activos financeiros

Activos financeiros ao custo amortizado

A CGD efectua periodicamente análises de imparidade dos seus activos financeiros registados ao custo amortizado excluindo, conforme referido na Nota 2.1., o crédito a clientes e as contas a receber.

A identificação de indícios de imparidade foi efectuada numa base individual.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

De acordo com a Norma IAS 39, são considerados os seguintes eventos como sendo indícios de imparidade em activos financeiros mantidos ao custo amortizado:

Incumprimento das cláusulas contratuais, como atrasos nos pagamentos de juros ou capital;

Registo de situações de incumprimento no sistema financeiro;

Existência de operações em vigor resultantes de reestruturações de créditos ou de negociações em curso para reestruturações de crédito;

Dificuldades ao nível da capacidade dos sócios e da gestão, nomeadamente no que se refere à saída de sócios de referência ou dos principais quadros e divergências entre os sócios;

Dificuldades financeiras significativas do devedor ou do emissor da dívida;

Existência de uma elevada probabilidade de declaração de falência do devedor ou do emissor da dívida;

Diminuição da posição competitiva do devedor;

Comportamento histórico das cobranças que permita deduzir que o valor nominal não será recuperado na totalidade.

Sempre que sejam identificados indícios de imparidade em activos analisados individualmente, a eventual perda por imparidade corresponde à diferença entre o valor actual dos fluxos de caixa futuros que se espera receber (valor recuperável), descontado com base na taxa de juro efectiva original do activo, e o valor inscrito no balanço no momento da análise.

Activos financeiros disponíveis para venda

Conforme referido na Nota 2.3. b), os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, sendo as variações no justo valor reflectidas em capital próprio, na rubrica “Reservas de reavaliação”.

Sempre que exista evidência objectiva de imparidade, as menos - valias acumuladas que tenham sido reconhecidas em reservas são transferidas para custos do exercício sob a forma de perdas por imparidade, na rubrica “Imparidade de outros activos financeiros, líquida de reversões e recuperações”.

Para além dos indícios de imparidade acima referidos para activos registados ao custo amortizado, a Norma IAS 39 prevê ainda os seguintes indícios específicos para imparidade em instrumentos de capital:

Informação sobre alterações significativas com impacto adverso na envolvente tecnológica, de mercado, económica ou legal em que o emissor opera que indique que o custo do investimento não venha a ser recuperado;

Um declínio prolongado e significativo do valor de mercado abaixo do preço de custo.

Em cada data de referência das demonstrações financeiras é efectuada pela Caixa uma análise da existência de perdas por imparidade em activos financeiros disponíveis para venda.

As perdas por imparidade em instrumentos de capital não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas em “Reservas de reavaliação”.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Relativamente a activos financeiros registados ao custo, nomeadamente instrumentos de capital não cotados e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, a Caixaefectua igualmente análises periódicas de imparidade. Neste âmbito, o valor recuperável corresponde à melhor estimativa dos fluxos futuros a receber do activo, descontados a uma taxa que reflicta de forma adequada o risco associado à sua detenção.

O montante de perda por imparidade apurado é reconhecido directamente em resultados do exercício. As perdas por imparidade nestes activos não podem igualmente ser revertidas.

f) Políticas contabilísticas reflectidas nas demonstrações financeiras comparativas

Conforme referido na Nota 2.1, a CGD optou por não reflectir na informação financeira comparativa do exercício de 2004 as normas relativas a instrumentos financeiros (IAS 32 – “Instrumentos financeiros – divulgação e apresentação” e IAS 39 – “Instrumentos financeiros – reconhecimento e mensuração”). Neste sentido, foram utilizados os critérios de mensuração e reconhecimento em vigor para as contas individuais de 2004, nomeadamente os constantes do Plano de Contas para o Sistema Bancário. Apresenta-se de seguida uma descrição resumida das áreas em que estes princípios contabilísticos divergem das NCA. O impacto em capital próprio da adopção destas normas em 1 de Janeiro de 2005 é apresentado na Nota 38.

Carteira de títulos

Os títulos eram classificados em função das suas características e atendendo à intenção de manutenção em carteira quando da sua aquisição, nas seguintes categorias:

Títulos de negociação - Compreendiam os títulos adquiridos com o objectivo de venda, até um prazo que não poderia exceder seis meses. Estes títulos eram valorizados ao justo valor. As variações no justo valor eram reconhecidas em resultados, com excepção de diferenças de reavaliação referentes a acções que não integravam índices definidos pelo Banco de Portugal. Nestes casos, as mais-valias potenciais eram diferidas em “Outros activos”.

Títulos de investimento - Compreendiam os títulos em carteira cujo período de detenção excedesse, em regra, seis meses, visando a obtenção de um rendimento estável, sem o objectivo de exercer influência na gestão da entidade emissora. Estes títulos eram valorizados ao custo de aquisição, sendo as menos-valias integralmente provisionadas por contrapartida de resultados.

Títulos a vencimento – Eram considerados títulos a vencimento aqueles com rendimento fixo, taxa de juro invariável e conhecida no momento de emissão, data de reembolso determinada e emitidos por entidades enumeradas pelo Banco de Portugal, sendo intenção da Caixa mantê-los em carteira até ao seu reembolso. As menos-valias potenciais não eram provisionadas.

Participações – Esta rubrica incluía as participações estáveis em empresas que não fossem classificadas como filiais ou associadas. Estas participações eram registadas ao custo. As provisões para menos-valias eram registadas com base nos seguintes critérios:

De acordo com o Aviso nº 3/95, de 30 de Junho do Banco de Portugal, era obrigatório o provisionamento da totalidade das menos-valias latentes caso a empresa participada fosse enquadrável numa das situações previstas nesse Aviso, incluindo ter apresentado resultados negativos em três exercícios seguidos ou interpolados, nos últimos cinco anos, encontrar-se em insolvência ou falência, ter cessado a actividade, etc.;

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

As provisões para as participações não abrangidas pelo Aviso nº 3/95 eram determinadas de acordo com o Aviso nº 4/2002, de 25 de Junho do Banco de Portugal. Nos termos deste Aviso, as menos-valias latentes eram determinadas face à cotação média dos últimos seis meses, para empresas com acções cotadas em mercados organizados, e face a 150% do valor contabilístico dos capitais próprios da participada, para as restantes. Ao abrigo do referido Aviso eram constituídas provisões nos casos em que a menos valia latente numa participação excedesse 15% do valor de balanço, devendo a provisão corresponder, pelo menos, a 40% desse excesso. Para as participações que já se encontravam em carteira em 31 de Dezembro de 2001, tinha ainda sido definido um período transitório de entre 5 e 10 anos para provisionamento das menos-valias apuradas ao abrigo do Aviso, tendo estas provisões até 2004 sido reflectidas por contrapartida de reservas.

Adicionalmente, a nível das contas individuais o Aviso nº 4/2002 previa a aplicação às participações indirectas dos mesmos critérios seguidos para a avaliação das necessidades de provisões para as participações directas. As menos-valias latentes em participações já provisionadas pelas subsidiárias da CGD não eram reflectidas nas suas demonstrações financeiras individuais.

A Caixa tinha adoptado o regime transitório e estava a registar as provisões com base nos mínimos previstos no referido Aviso, com excepção das provisões para as participações financeiras no Banco Comercial Português, S.A. e na EDP – Energias de Portugal, S.A.. Nestes casos, após obtenção de autorização específica do Banco de Portugal, em 2004 provisionou integralmente asmenos-valias potenciais apuradas com referência a 31 de Dezembro de 2003 face à cotação em bolsa, por contrapartida de reservas e resultados transitados (Nota 19). As reversões subsequentes destas provisões no exercício de 2004 foram igualmente registadas por contrapartida de reservas e resultados transitados (Nota 19).

De acordo com as regras do Banco de Portugal, a diferença entre o custo de aquisição e o valor de reembolso de instrumentos financeiros era normalmente reconhecida em resultados de forma linear até à data de vencimento, sendo no caso de títulos de investimento registada nas rubricas de Lucros e Prejuízos em operações financeiras. De acordo com os IFRS, esta diferença é reconhecida em resultados através do método da taxa efectiva, sendo reflectida em “Juros e rendimentos similares”.

Na preparação das contas pró-forma em 31 de Dezembro de 2004, os saldos relativos a títulos e participações financeiras foram reclassificados para as categorias definidas na Norma IAS 39, em função da classificação adoptada pela CGD a partir de 1 de Janeiro de 2005. O valor líquido de balanço manteve-se inalterado, tendo no entanto as provisões para menos-valias nas carteiras de investimento e participações financeiras sido deduzidas ao saldo do correspondente activo.

Ao nível dos resultados, os critérios seguidos foram genericamente os seguintes:

Os resultados realizados e não realizados em títulos de negociação foram registados em “Resultados em activos e passivos detidos para negociação”;

Os resultados na venda de títulos de investimento foram registados em “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As provisões para estes títulos foram reflectidas em “Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações”;

Os resultados na venda de participações financeiras foram reflectidos em “Resultados de activos financeiros disponíveis para venda”. O impacto em resultados das provisões para estes títulos foi reflectido em “Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações”.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

O impacto da transição em 1 de Janeiro de 2005 resultou essencialmente do reconhecimento de mais-valias potenciais na anterior carteira de investimento, e no registo de perdas por imparidade em participações financeiras face às já reconhecidas de acordo com o Aviso nº 4/2002 do Banco de Portugal (Nota 38).

Derivados e contabilidade de cobertura

De acordo com as normas do Banco de Portugal, os derivados de negociação eram registados ao justo valor, com excepção das operações “swap” de divisas. Neste caso, o segmento a prazo das operações, deduzido do prémio ou desconto a amortizar, era incluído na reavaliação da posição cambial à vista. Os prémios ou descontos resultantes da diferença entre o câmbio à vista e o câmbio a prazo contratado eram amortizados durante o período de vida da operação, sendo reconhecido o respectivo custo ou proveito.

As operações de cobertura não eram normalmente reavaliadas, sendo os resultados reconhecidos de forma consistente com os do elemento coberto, que na maioria das situações se encontrava registado ao custo. Deste modo, no caso dos swaps de taxa de juro, eram apenas reconhecidos os juros a receber e a pagar relativos ao período em curso. Adicionalmente, as opções de cobertura, nomeadamente as contratadas para cobertura de derivados implícitos em dívida emitida ou depósitos de clientes, não eram reavaliadas, sendo apenas periodificada a componente relativa ao custo a pagar pela Caixa.

Na preparação das contas pró-forma do exercício de 2004, foram reclassificados para as rubricas “Derivados de cobertura com reavaliação positiva e negativa” os juros a receber e a pagar de operações que foram classificadas como de cobertura em 1 de Janeiro de 2005. Todos os restantes saldos relacionados com derivados foram reflectidos nas rubricas de “Activos e Passivos financeiros detidos para negociação”.

Ao nível dos resultados, na preparação das contas pró-forma do exercício de 2004 foram reclassificados para as rubricas “Juros de derivados de cobertura” os juros relativos a operações que estavam classificadas como de cobertura de acordo com as regras anteriores do Banco de Portugal. Os resultados gerados nas restantes operações foram registados em ”Resultados de activos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados”.

O impacto da transição em 1 de Janeiro de 2005 resultou essencialmente da valorização ao justo valor dos derivados e da valorização dos elementos cobertos (Nota 38).

Operações de titularização

De acordo com as regras do PCSB, e dado o Banco de Portugal ter aprovado a classificação das cessões de créditos efectuadas pela Caixa no âmbito de operações de titularização como completas e definitivas, a Caixa procedeu ao registo da venda dos activos cedidos através das referidas operações.

De acordo com a Norma IAS 39, os créditos são removidos do balanço (“desreconhecimento”) quando, e apenas quando, a Caixa transfere substancialmente todos os riscos e benefícios associados à detenção desses créditos. Deste modo, relativamente a uma das operações de titularização efectuadas pela Caixa, no âmbito da qual foram efectuadas vendas de créditos nos exercícios de 2004 e 2005, a Caixa anulou o impacto contabilístico dessas operações, tendo os créditos registados na rubrica “Créditos a clientes” e registando o correspondente passivo.

Apesar da outra operação efectuada pela Caixa ter natureza semelhante, não foi revertido o desreconhecimento dos créditos, conforme permitido pelo IFRS 1, dado ter sido efectuada antes de 1 de Janeiro de 2004 e não terem ocorrido cessões de créditos após essa data.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Dado que a Caixa não tinha reconhecido mais-valias na cessão dos referidos créditos, o impacto de transição reflectido com referência a 1 de Janeiro de 2005 foi reduzido (Nota 38).

Outras situações

De acordo com as NCA, certas comissões e outros custos ou proveitos recebidos e pagos relativos a operações de crédito e outros instrumentos financeiros são reconhecidos como custos ou proveitos ao longo da operação, em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”. De acordo com as anteriores regras do Banco de Portugal, estes custos e proveitos eram registados no momento do seu pagamento ou recebimento.

O impacto da transição em 1 de Janeiro de 2005 resultou essencialmente do registo de proveitos e custos diferidos relativos a comissões recebidas e pagas, respectivamente, em operações de crédito em vigor naquela data (Nota 38).

2.4. Activos recebidos por recuperação de créditos

Os imóveis e outros bens arrematados obtidos por recuperação de créditos vencidos são registados inicialmente em “Outros activos” pelo valor de arrematação, por contrapartida de "Outros passivos”. Esta última rubrica é regularizada quando os respectivos processos judiciais se encontram concluídos, por contrapartida dos créditos vencidos.

Periodicamente, são efectuadas avaliações dos imóveis recebidos por recuperação de créditos.Caso o valor de avaliação, deduzido dos custos estimados a incorrer com a venda do imóvel, seja inferior ao valor de balanço, são registadas perdas por imparidade.

Quando da celebração de contratos promessa de venda de bens arrematados, o valor de venda é registado em “Outros activos” por contrapartida de “Outros passivos”. Na data de realização da escritura, ou da transmissão efectiva dos bens, esta rubrica do passivo é regularizada por contrapartida de “Activos recebidos por recuperação de créditos”.

2.5. Propriedades de investimento

Correspondem a imóveis detidos com o objectivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização.

As propriedades de investimento não são amortizadas, sendo registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados, nas rubricas de “Outros proveitos e custos de exploração”.

2.6. Outros activos tangíveis

São registados ao custo de aquisição, reavaliado ao abrigo das disposições legais aplicáveis, deduzido das amortizações e perdas por imparidade acumuladas. Os custos de reparação, manutenção e outras despesas associadas ao seu uso são reconhecidos como custo do exercício, na rubrica “Gastos gerais administrativos”.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

As amortizações são calculadas numa base sistemática ao longo da vida útil estimada do bem, a qual corresponde ao período em que se espera que o activo esteja disponível para uso, que é:

Anos devida útil

Imóveis de serviço próprio 50 - 100 Equipamento:

Mobiliário e material 8Máquinas e ferramentas 5 - 14 Equipamento informático 5 - 8 Instalações interiores 8 - 10 Material de transporte 4 - 6 Equipamento de segurança 8 - 10

Os terrenos não são objecto de amortização.

As despesas com obras e beneficiações em imóveis ocupados pela Caixa como locatário em regime de locação operacional são capitalizadas nesta rubrica e amortizadas, em média, ao longo de um período de 10 anos.

As amortizações são registadas em custos do exercício.

Periodicamente são realizadas análises no sentido de identificar evidências de imparidade em activos tangíveis. Sempre que o valor líquido contabilístico dos activos tangíveis exceda o seu valor recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade com reflexo nos resultados do exercício, na rubrica “Imparidade de outros activos”. As perdas por imparidade podem ser revertidas, também com impacto em resultados do período, caso subsequentemente se verifique um aumento no valor recuperável do activo.

A CGD avalia periodicamente a adequação da vida útil estimada dos seus activos tangíveis.

2.7. Locação financeira

As operações de locação financeira são registadas da seguinte forma:

Como locatário

Os activos em regime de locação financeira são registados pelo justo valor no activo e no passivo, processando-se as respectivas amortizações.

As rendas relativas a contratos de locação financeira são desdobradas de acordo com o respectivo plano financeiro, reduzindo-se o passivo pela parte correspondente à amortização do capital. Os juros suportados são registados em “Juros e encargos similares”.

Como locador

Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como “Crédito a clientes”, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como “Juros e rendimentos similares”.

2.8. Activos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa.

Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

As amortizações são registadas numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 a 6 anos.

As despesas com manutenção de software são contabilizadas como custo no exercício em que são incorridas.

2.9. Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

Esta rubrica inclui as participações em empresas nas quais a CGD exerce um controlo efectivo sobre a sua gestão corrente, de modo a obter benefícios económicos das suas actividades, as quais são denominadas “filiais”. Normalmente o controlo é evidenciado pela detenção de mais de 50% do capital ou dos direitos de voto.

Inclui ainda as participações em empresas em que a CGD tem uma influência significativa, mas sobre as quais não exerce um controlo efectivo sobre a sua gestão (“associadas”). Assume-se a existência de influência significativa sempre que a participação da Caixa se situa entre 20% e 50% do capital ou dos direitos de voto.

Estes activos são registados ao custo de aquisição, sendo objecto de análises periódicas de imparidade.

Os dividendos são registados como proveitos no exercício em que é decidida a sua distribuição pelas filiais e associadas.

2.10. Impostos sobre lucros

A CGD está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). As contas das sucursais são integradas nas contas da sede para efeitos fiscais. Para além da sujeição a IRC nestes termos, os resultados das sucursais são ainda sujeitos a impostos locais nos países/territórios onde estas estão estabelecidas. Os impostos locais são dedutíveis à colecta de IRC da sede nos termos do artigo 85º do respectivo Código e dos Acordos de Dupla Tributação celebrados por Portugal.

A Sucursal Financeira Exterior na Região Autónoma da Madeira beneficia, ao abrigo do artigo 33º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, de isenção de IRC até 31 de Dezembro de 2011. Para efeitos da aplicação desta isenção, considera-se que a partir de 1 de Janeiro de 2005 pelo menos 85% do lucro tributável da actividade global da entidade é resultante de actividades exercidas fora do âmbito institucional da zona franca da Madeira (80% entre 1 de Janeiro de 2003 e 31 de Dezembro de 2004).

O artigo 86.º do Código do IRC, introduzido pela Lei do Orçamento do Estado para 2005, estabelece que a colecta, líquida das deduções relativas à dupla tributação internacional e benefícios fiscais, não pode ser inferior a 60% do montante que seria determinado se o sujeito passivo não usufruísse de:

Benefícios fiscais, conforme previstos no n.º 2 do artigo 86.º;

Dedução de contribuições suplementares para fundos de pensões e equiparáveis destinadas à cobertura de responsabilidades com pensões que, em resultado da aplicação das normas internacionais de contabilidade, sejam efectuadas por determinação do Banco de Portugal;

Dedução de prejuízos fiscais transmitidos por sociedades fundidas.

A CGD não apurou qualquer ajustamento na determinação da colecta do exercício de 2005, na sequência da aplicação deste artigo.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Adicionalmente, nos termos do Artigo 60º do Código do IRC, são imputados à Caixa, na proporção da sua participação e independentemente de distribuição, os lucros obtidos por sociedades não residentes, submetidas a um regime fiscal claramente mais favorável, desde que a Caixa detenha, directa ou indirectamente, uma participação social de pelo menos 25%, ou de pelo menos 10% no caso de a sociedade não residente ser detida, directa ou indirectamente, em mais de 50% por sócios residentes.

Considera-se que uma sociedade está submetida a um regime claramente mais favorável (i) quando o território de residência da mesma constar da Portaria n.º 150/2004, de 13 de Fevereiro, ou (ii) quando aquela aí não for tributada em imposto sobre o rendimento idêntico ou análogo ao IRC, ou ainda (iii) quando o imposto efectivamente pago seja igual ou inferior a 60% do IRC que seria devido se a sociedade fosse residente em Portugal. A imputação dos lucros em questão é feita na base tributável da Caixa relativa ao exercício que integrar o termo do período de tributação da sociedade não residente e corresponde ao lucro líquido obtido por esta. O valor dos lucros imputados será dedutível ao lucro tributável do exercício em que os referidos lucros venham eventualmente a ser distribuídos à Caixa. A Caixa não regista impostos diferidos relativos a esta situação.

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.

O imposto corrente é calculado com base no lucro tributável do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos à matéria colectável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos contabilísticos.

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são reconhecidos até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou de reporte de prejuízos fiscais. Adicionalmente, não são registados impostos diferidos activos nos casos em que a sua recuperabilidade possa ser questionável devido a outras situações, incluindo questões de interpretação da legislação fiscal em vigor.

Apesar disto, não são registados impostos diferidos relativos a diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável. Adicionalmente, nos termos do Artigo 60º do Código do IRC, são imputados na determinação do lucro tributável da Caixa, na proporção da sua participação social, os lucros obtidos por entidades do Grupo residentes fora do território nacional e aí submetidos a um regime fiscal claramente mais favorável, desde que detenha, directa ou indirectamente, uma participação social de, pelo menos, 25%, ou, no caso de a sociedade não residente ser detida, directa ou indirectamente, em mais de 50%, por sócios residentes, uma participação social de, pelo menos, 10%. Para este efeito, considera-se que uma sociedade está submetida a um regime fiscal claramente mais favorável, entre outras situações, sempre que o imposto efectivamente pago seja igual ou inferior a 60% do IRC que seria devido se a sociedade fosse residente em território português. O valor dos lucros imputados será dedutível ao lucro tributável do exercício em que os referidos lucros venham eventualmente a ser distribuídos à Caixa. A Caixa não regista impostos diferidos activos relativos a esta situação.

As principais situações que originam diferenças temporárias ao nível da Caixa correspondem a provisões temporariamente não aceites fiscalmente, reavaliações de instrumentos financeiros derivados, diferimento de comissões e prejuízos fiscais reportáveis.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, as quais correspondem às taxasaprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestas situações, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

A partir de 1 de Janeiro de 2005, as demonstrações financeiras individuais da CGD passaram a ser preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas estabelecidas pelo Aviso n.º 1/2005 do Banco de Portugal. O cálculo dos impostos correntes e diferidos relativos a alguns dos impactos da transição para as novas regras contabilísticas foram baseadas em pressupostos, os quais podem ou não vir a ser confirmados pelas autoridades fiscais no futuro.

A CGD tem considerado como custos do exercício para efeitos fiscais, até ao limite de 25% das despesas com o pessoal escrituradas a título de remunerações, ordenados ou salários respeitantes ao exercício, os suportados e registados contabilisticamente, entre outros, com contribuições para fundos de pensões.

De acordo com entendimento recente do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais relativo a esta matéria, é dedutível, para efeitos do apuramento do lucro tributável, o montante registado em custos, nos termos dos normativos contabilísticos aplicáveis, mas com o limite da contribuição efectivamente entregue ao fundo de pensões.

O valor reconhecido pela CGD no exercício de 2005 como variação patrimonial nas contas individuais (referente ao reconhecimento de um quinto ou um sétimo do acréscimo de responsabilidades verificado com a aplicação das NCA), adicionado dos restantes custos reconhecidos no exercício, não excede o limite de 25% da massa salarial. Assim, e considerando igualmente que os custos dedutíveis fiscalmente na esfera da CGD até 31 de Dezembro de 2005 são inferiores aos montantes efectivamente entregues ao fundo de pensões (condição exigida nos termos do entendimento do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais), tais montantes são considerados custos fiscalmente aceites.

2.11. Provisões e passivos contingentes

Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de eventos passados relativamente à qual seja provável o futuro dispêndio de recursos, e este possa ser determinado com fiabilidade. O montante da provisão corresponde à melhor estimativa do valor a desembolsar para liquidar a responsabilidade na data do balanço.

Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Os passivos contingentes são apenas objecto de divulgação, a menos que a possibilidade da sua concretização seja remota.

As provisões para outros riscos destinam-se a fazer face a contingências judiciais, fiscais e outras resultantes da actividade da Caixa.

2.12. Benefícios dos empregados

As responsabilidades com benefícios dos empregados são reconhecidas de acordo com os princípios estabelecidos pela Norma IAS 19 – Benefícios dos Trabalhadores, com as adaptações previstas nos Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 e nº 12/2005, conforme explicado na Nota 2.1. Os principais benefícios concedidos pela Caixa incluem pensões de reforma e sobrevivência, encargos com saúde e outros benefícios de longo prazo.

Responsabilidades com pensões e encargos com saúde

A CGD estabeleceu um plano de pensões de benefício definido, o qual tem por objectivo garantir o pagamento de pensões de reforma, invalidez e sobrevivência aos seus empregados, nos termos descritos na Nota 32. Adicionalmente, a assistência médica aos empregados no activo e pensionistas da Sede está a cargo dos Serviços Sociais da Caixa Geral de Depósitos (Serviços Sociais), que são financiados através de contribuições da Sede e dos empregados.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

A Caixa tem ainda responsabilidades com as contribuições para os Serviços de Assistência Médico-Social (SAMS) relativos aos colaboradores do Ex-BNU reformados até à data da fusão deste banco com a CGD, ocorrida em 23 de Julho de 2001.

A responsabilidade reconhecida em balanço relativa a planos de benefício definido corresponde à diferença entre o valor actual das responsabilidades e o justo valor dos activos dos fundos de pensões, caso aplicável, ajustada pelos ganhos e perdas actuariais diferidos. O valor total das responsabilidades é determinado numa base anual, por actuários independentes, utilizando o método “Unit Credit Projected”, e pressupostos actuariais considerados adequados (Nota 32). A taxa de desconto utilizada na actualização das responsabilidades reflecte as taxas de juro de mercado de obrigações de empresas de elevada qualidade, denominadas na moeda em que são pagas as responsabilidades, e com prazos até ao vencimento similares aos prazos médios de liquidação das responsabilidades.

Os ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao rendimento esperado do fundo de pensões, bem como os resultantes de alterações de pressupostos actuariais, são diferidos numa rubrica de activo ou passivo (“corredor”), até ao limite de 10% do valor actual das responsabilidades por serviços passados ou do valor do fundo de pensões (ou, caso aplicável, das provisões constituídas), dos dois o maior, reportados ao final do ano corrente. Caso os ganhos e perdas actuariais excedam o valor do corredor, o referido excesso deverá ser reconhecido em resultados pelo período de tempo médio até à idade normal de reforma dos colaboradores abrangidos pelo plano.

Os limites referidos no parágrafo anterior são calculados e aplicados separadamente para cada plano de benefício definido.

A CGD adoptou a possibilidade permitida pelo IFRS 1, de não recalcular os ganhos e perdas actuariais diferidos desde o início dos planos (opção normalmente designada por “reset”).Deste modo, tal como permitido pelo Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal, o impacto de transição para as NCA em 31 de Dezembro de 2004 resultante de:

Anulação dos ganhos e perdas actuariais diferidos reflectidos nas contas da CGD em 31 de Dezembro de 2004 relativos ao reconhecimento das responsabilidades com pensões de acordo com as normas contabilísticas anteriores;

Alteração de pressupostos actuariais e financeiros; e

Reconhecimento de responsabilidades com assistência médica pós-emprego,

foi registado em custos diferidos e está a ser reconhecido por contrapartida directa de resultados transitados ao longo de um período de 5 anos, com excepção da parte referente a responsabilidades com assistência médica pós-emprego, para as quais está a ser considerado um período de 7 anos.

O custo do exercício com pensões de reforma e encargos com saúde, incluindo o custo dos serviços correntes e o custo dos juros, deduzido do rendimento esperado, bem como a amortização de ganhos e perdas actuariais, é reflectido pelo valor líquido em “Custos com pessoal”. O custo reconhecido pela Caixa no exercício de 2004 foi já apurado com base nas regras e pressupostos do IAS 19.

O impacto da passagem à reforma de colaboradores antes da idade normal de reforma definida no estudo actuarial é reflectido directamente em custos. Adicionalmente, a Caixa regista um passivo específico correspondente ao impacto da passagem à situação de inactivo de trabalhadores com os quais celebrou Acordos de suspensão da prestação de trabalho. Esta provisão é igualmente registada por contrapartida de resultados, na rubrica “Custos com pessoal”.

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Outros benefícios de longo prazo

A CGD tem ainda outras responsabilidades por benefícios de longo prazo concedidos a trabalhadores, incluindo responsabilidades com prémios de antiguidade e subsídio por morte antes da idade normal de reforma.

As responsabilidades com estes benefícios são igualmente determinadas com base em avaliações actuariais. No entanto, tal como previsto na Norma IAS 19, os ganhos e perdas actuariais não podem ser diferidos, sendo integralmente reflectidos nos resultados do período.

Benefícios de curto prazo

Os benefícios de curto prazo, incluindo prémios de produtividade pagos aos colaboradores pelo seu desempenho, são reflectidos em “Custos com pessoal” no período a que respeitam, de acordo com o princípio da especialização de exercícios.

2.13. Comissões

Conforme referido na Nota 2.3. f), as comissões relativas a operações de crédito e outros instrumentos financeiros, nomeadamente comissões cobradas ou pagas na originação das operações, são reconhecidas ao longo do período das operações.

As comissões por serviços prestados são normalmente reconhecidas como proveito ao longo do período de prestação do serviço ou de uma só vez, se corresponderem a uma compensação pela execução de actos únicos.

2.14. Valores recebidos em depósito

Os valores recebidos em depósito, nomeadamente os títulos de clientes, encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais ao valor nominal.

2.15. Caixa e seus equivalentes

Para efeitos da preparação da demonstração de fluxos de caixa, a CGD considera como “Caixae seus equivalentes” o total das rubricas “Caixa e disponibilidades em bancos centrais” e “Disponibilidades em outras instituições de crédito”.

2.16. Estimativas contabilísticas críticas e aspectos julgamentais mais relevantes na aplicação das políticas contabilísticas

Na aplicação das políticas contabilísticas acima descritas, é necessária a realização de estimativas pelo Conselho de Administração da Caixa. As estimativas com maior impacto nas demonstrações financeiras individuais da Caixa incluem as abaixo apresentadas.

Determinação de perdas por imparidade em activos financeiros

No que respeita às provisões para crédito a clientes, contas a receber e garantias e avales prestados, a Caixa cumpre os limites mínimos definidos pelo Banco de Portugal (Nota 2.3). No entanto, sempre que considera necessário estas provisões são complementadas de forma a reflectir a estimativa da Caixa sobre o risco de incobrabilidade associado aos clientes. Esta avaliação é efectuada de forma casuística pela Caixa com base no conhecimento específico da situação dos clientes e nas garantias associadas às operações em questão.

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Valorização de instrumentos financeiros não transaccionados em mercados activos

De acordo com a Norma IAS 39, a Caixa valoriza ao justo valor todos os instrumentos financeiros, com excepção dos registados ao custo amortizado. Na valorização de instrumentos financeiros não negociados em mercados líquidos, são utilizados modelos e técnicas de valorização tal como descrito na Nota 2.3. As valorizações obtidas correspondem à melhor estimativa do justo valor dos referidos instrumentos na data do balanço. Conforme referido na Nota 2.3, de modo a assegurar uma adequada segregação de funções, a valorização destes instrumentos financeiros é determinada por um órgão independente da função de negociação.

Benefícios dos empregados

Conforme referido na Nota 2.12. acima, as responsabilidades da Caixa por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo concedidos aos seus empregados são determinadas com base em avaliações actuariais. Estas avaliações actuariais incorporam pressupostos financeiros e actuariais relativos a mortalidade, invalidez, crescimentos salariais e de pensões, rendibilidade dos activos e taxa de desconto, entre outros. Os pressupostos adoptados correspondem à melhor estimativa da Caixa e dos seus actuários do comportamento futuro das respectivas variáveis.

Determinação de impostos sobre lucros

Os impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) são determinados pela Caixa com base nas regras definidas pelo enquadramento fiscal em vigor. No entanto, em algumas situações a legislação fiscal não é suficientemente clara e objectiva e pode dar origem a diferentes interpretações. Nestes casos, os valores registados resultam do melhor entendimento dos órgãos responsáveis da Caixa sobre o correcto enquadramento das suas operações, o qual é no entanto susceptível de ser questionado por parte das Autoridades Fiscais.

3. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004

Caixa 318.437 372.548Depósitos à ordem em Bancos Centrais 1.435.919 2.628.174

-------------- --------------1.754.356 3.000.722======== ========

Os depósitos à ordem no Banco de Portugal visam satisfazer as exigências de reservas mínimas do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC). Estes depósitos são remunerados e correspondem a 2% dos depósitos e títulos de dívida com prazo até dois anos, excluindo os depósitos e os títulos de dívida de instituições sujeitas ao regime de reservas mínimas do SEBC.

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, os fundos que a Caixa mantinha em depósitos em bancos centrais cumpriam os limites mínimos fixados pelas disposições vigentes.

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4. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004Cheques a cobrar

. No País 298.547 429.622 . No Estrangeiro 21.830 14.627

----------- -----------320.377 444.249----------- -----------

Depósitos à ordem . No País 4.214 4.776 . No Estrangeiro 77.784 67.875

----------- -----------81.998 72.651--------- ---------

Outras disponibilidades 7 6----------- -----------402.382 516.906====== ======

Os cheques a cobrar correspondem a cheques sobre clientes de outros bancos enviados para compensação. Estes valores são cobrados nos primeiros dias do exercício subsequente.

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5. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO E OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Estas rubricas têm a seguinte composição:

2004Ao justo Ao justo

Detidos para valor através Detidos para valor atravésnegociação de resultados Total negociação de resultados Total

Instrumentos de dívida - De emissores públicos:

. Títulos da dívida pública 506.693 104.135 610.828 367.663 165.009 532.672

. Obrigações de outros emissores públicos:

Nacionais - 17.323 17.323 - 16.987 16.987 Estrangeiros 1.545.296 1 1.545.297 1.728.515 15.834 1.744.349

- De Organismos Financeiros Internacionais 86.037 7.746 93.783 99.651 7.699 107.350

- De outros emissores:. Obrigações e outros títulos:

De residentes 305.743 1.328.478 1.634.221 479.429 1.317.993 1.797.422 De não residentes 1.525.734 785.009 2.310.743 1.224.539 894.472 2.119.011

3.969.503 2.242.692 6.212.195 3.899.797 2.417.994 6.317.791

Instrumentos de capital De residentes 6.877 50 6.927 15.132 10.314 25.446 De não residentes 55.531 - 55.531 26.795 16.700 43.495

62.408 50 62.458 41.927 27.014 68.941

Outros instrumentos financeiros. Unidades de Participação

De residentes 180.269 368.875 549.144 - 190.947 190.947 De não residentes 21.965 - 21.965 - - -

. Outros De não residentes - 11.342 11.342 - - -

202.234 380.217 582.451 - 190.947 190.947

Instrumentos derivados comjusto valor positivo (Nota 9) - Swaps 339.741 - 339.741 350.712 - 350.712 - Opções 18.432 - 18.432 11.894 - 11.894 - Futuros e outras operações a prazo 3.768 - 3.768 1.362 - 1.362 - Contratos de garantia de taxa de juro 1.844 - 1.844 3.681 - 3.681

363.785 - 363.785 367.649 - 367.6494.597.930 2.622.959 7.220.889 4.309.373 2.635.955 6.945.328

2005

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, os activos financeiros detidos para negociação e outros activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem unidades de participação de fundos de investimento geridos por entidades do Grupo nos montantes de mEuros 501.430 e mEuros 188.239, respectivamente.

Em 31 de Dezembro de 2005 a rubrica “Instrumentos de dívida” inclui títulos dados em garantia a diversas entidades com um valor de balanço de mEuros 1.537.813 Na Nota 34 estes títulos estão reflectidos ao valor nominal.

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a rubrica “Instrumentos de dívida – de outros emissores não residentes” inclui obrigações emitidas por uma Sociedade com sede no Luxemburgo, cujo valor líquido ascende a 71.192 mEuros e 104.020 mEuros, respectivamente. No exercício de 2005 foram reconhecidas perdas nestes títulos no montante de mEuros 32.828 (ganhos de mEuros 12.678 no exercício de 2004). Em 2004 foram ainda utilizadas provisões no montante de mEuros 62.684. Estes títulos foram alienados em Março de 2006 por 102.000.000 de Dólares Norte-Americanos (86.463 mEuros, ao câmbio em vigor em 31 de Dezembro de 2005).

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6. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004Instrumentos de dívida

De dívida pública - 1.125De outros emissores públicos 270.501 257.187De organismos financeiros internacionais 15.157 19.969De outros emissores 526.454 409.225

----------- -----------812.112 687.506----------- -----------

Instrumentos de capitalValorizados ao justo valor 1.150.211 1.480.031Valorizados ao custo histórico 164.472 174.428

------------- -------------1.314.683 1.654.459

Unidades de participação 25.459 24.466 Títulos vencidos 42 -

------------- -------------2.152.296 2.366.431

Provisões para risco-país (Nota 19) ( 4 ) ( 9 ) -------------- --------------2.152.292 2.366.422======== ========

Em 31 de Dezembro de 2005, a rubrica “Instrumentos de dívida de outros emissores” inclui as obrigações residuais emitidas no âmbito das operações de titularização de créditos à habitação e ao consumo efectuadas pela Caixa, cujo valor de balanço ascende a mEuros 8.585 e mEuros 2.625, respectivamente (Nota 18).

O movimento ocorrido nos principais instrumentos de capital no exercício de 2005 foi o seguinte:

31.12.2004 Adopção da IAS 39 Variação da 31.12.2005Custo de Valor Reserva de Resultados Compras / Reserva de Valor de Percentagem

Título aquisição Provisões líquido justo valor transitados (Vendas) Justo Valor balanço de participação

(Nota 38)Instrumentos de capital valorizados

ao justo valorEDP - Energias de Portugal, S.A. 384.896 - 384.896 4.512 - - 64.609 454.017 4,78%EDP - Electricidade de Portugal, S.A.

(acções não privatizadas) 400.000 - 400.000 - - (400.000) - - -Portugal Telecom, SGPS, S.A. 478.037 - 478.037 (7.506) - - (28.438) 442.093 4,58%BCP - Banco Comercial Português, S.A. 439.013 (279.053) 159.960 10.156 (10.156) (28.319) 28.279 159.920 2,11%PT Multimédia, SGPS, S.A. 50.251 (3.159) 47.092 - (10.708) - 6.693 37.978 1,27%CIMPOR, SGPS, S.A. - - - - - 37.200 - 37.200 1,19%Euronext N.V. 8.577 - 8.577 1.127 - - 9.299 19.003 0,38%

Instrumentos de capital valorizadosao custo histórico

Instituto Nacional de Habitação 86.953 - 86.953 - - - - 86.953 52,49%FUNDO MARGUEIRA CAPITAL 47.438 - 47.438 - - - - 47.438 21,13%CGD USA HOLDING COMPANY INC 24.150 - 24.150 - (2.958) - - 21.192 51,00%FINANGESTE - Emp. Fin. de Gestão

e Desenvolvimento, S.A. 4.359 (144) 4.215 - (1.702) - - 2.513 4,47%TAGUSPARQUE - Soc. P. D. Parque Ciência

T. Área Met. Lisboa, S.A. 2.170 - 2.170 - - - - 2.170 10,00%FUNDO INV CAP RISCO EMP MOÇAMBIQUE 1.468 - 1.468 - (150) - - 1.318 20,00%UNICRE - Cartão Internacional de Crédito, S.A. 1.065 - 1.065 - - - - 1.065 17,60%FIEP - Fundo P. Internac. Emp. Port. 5.420 - 5.420 - - (5.100) - 320 8,50%Outros 3.724 (706) 3.018 - (1.350) (165) - 1.503 -

1.937.521 (283.062) 1.654.459 8.289 (27.024) (396.384) 80.442 1.314.683

As provisões em 31 de Dezembro de 2004 incluem mEuros 551 relativos a instrumentos de capital anteriormente registados na carteira de investimento.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Na transição para as NCA, foi reconhecida imparidade nos seguintes títulos:

Banco Comercial Português, S.A. 289.209PT Multimédia, SGPS, S.A. 13.867CGD USA Holding Company 2.958Finangeste – Empresa Financeira de Gestão e Desenvolvimento, S.A. 1.846Outros 1.246

-----------309.126======

Estes montantes incluem as provisões anteriormente constituídas de acordo com o PCSB e o impacto de transição para o IAS 39 em 1 de Janeiro de 2005. A imparidade reconhecida para além das menos-valias já registadas de acordo com o PCSB ascendeu a 17.000 mEuros, aproximadamente(Nota 38).

A variação na reserva de justo valor no exercício de 2005 pode ser demonstrada da seguinte forma:

Valor Valor bruto Impostos líquido

(Nota 13)

Saldo em 1 de Janeiro de 2005 – Adopção da IAS 39 (Nota 38) . Instrumentos de capital 8.289 ( 1.894 ) 6.395. Certificados residuais – titularização 4.586 ( 1.247 ) 3.339. Outros instrumentos 2.772 ( 680 ) 2.092

--------- -------- ---------15.647 ( 3.821 ) 11.826

Valorização no exercício de 2005 . Instrumentos de capital 80.442 ( 28.471 ) 51.971

. Outros 1.122 - 1.122Outros ( 1 ) - ( 1 )

---------- ----------- ---------Saldo em 31 de Dezembro de 2005 97.210 ( 32.292 ) 64.918

====== ====== =====

Os principais movimentos relativos aos instrumentos de capital classificados como activos financeiros disponíveis para venda durante os exercícios de 2005 e 2004 foram os seguintes:

Cimpor, SGPS, S.A. (Cimpor)

Em 30 de Dezembro de 2005, a CGD adquiriu 8.000.000 de acções da Cimpor por um montante global de mEuros 37.200.

Banco Comercial Português, S.A. (BCP)

No exercício de 2004, após obtenção de autorização do Banco de Portugal, a CGD registou por contrapartida de reservas livres e resultados transitados provisões para a totalidade das menos-valias potenciais não provisionadas, apuradas com base no valor de cotação do BCP em 31 de Dezembro de 2003, no montante de mEuros 622.133 (Nota 19). Esta provisão foi subsequentemente ajustada em função da variação no valor de mercado das acções do BCP, tendo sido repostas por contrapartida de resultados transitados provisões no montante de mEuros 10.156 (Nota 19).

Em Julho de 2004 a CGD alienou 110.000.000 de acções do BCP por mEuros 192.500. Como resultado desta operação, a CGD registou uma menos-valia de mEuros 2.200 (Nota 28), tendo ainda utilizado provisões no montante de mEuros 375.884 (Nota 19).

No exercício de 2005, a CGD alienou 16.000.000 de acções do BCP por mEuros 36.800, tendo registado uma mais-valia de mEuros 8.443 (Nota 28).

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

EDP – Energias de Portugal, S.A. (EDP)

No exercício de 2004, após obtenção de autorização do Banco de Portugal, a Caixa registou por contrapartida de resultados transitados provisões no montante de mEuros 141.863 (Nota 19), correspondentes às menos-valias potenciais não provisionadas na participação financeira na EDP com referência a 31 de Dezembro de 2003, calculadas com base na sua cotação em bolsa nessa data.

No âmbito da quinta fase do processo de reprivatização do capital social da EDP foram efectuadas as seguintes operações entre o Estado, através da Direcção Geral do Tesouro (DGT), a Parpública – Participações do Estado, SGPS, S.A. (Parpública) e a CGD:

- A CGD alienou à Parpública a totalidade das acções que detinha correspondentes a 4,75% do capital social da EDP por mEuros 325.822. Em resultado desta operação, foram utilizadas provisões no montante de mEuros 136.244 (Nota 19), tendo as provisões remanescentes no montante de mEuros 27.962 sido repostas por contrapartida de resultados transitados (Nota 19);

- Simultaneamente, a Caixa adquiriu à DGT e à Parpública, respectivamente, 568.853.506 e 224.883.323 direitos de subscrição no aumento de capital por um preço unitário de 0,0801 Euros, no montante total de mEuros 63.578;

- A CGD exerceu os direitos de subscrição no aumento de capital tendo adquirido 174.622.102 acções por mEuros 321.318.

Adicionalmente, no âmbito do aumento do seu capital realizado em 2004, a CGD recebeu 179.372.198 acções correspondentes a 4,91% do capital da EDP, valorizadas a 2,23 Euros cada, num total de mEuros 400.000 (Nota 22).

Em 2005, a CGD alienou à Parpública o lote de 179.372.198 acções não reprivatizadas pormEuros 408.969, determinados com base na cotação de fecho do dia 31 de Agosto de 2005. Em resultado desta operação, a Caixa registou uma mais-valia de mEuros 8.969 (Nota 28).

FIEP – Fundo para a Internacionalização das Empresas Portuguesas, SGPS, S.A. (FIEP)

No âmbito da dissolução e liquidação do FIEP deliberada em Dezembro de 2004, a Assembleia Geral aprovou uma distribuição antecipada aos accionistas de mEuros 36.000, tendo a CGD recebido 3.060 mEuros nesse exercício.

No âmbito do processo de liquidação do FIEP, foi constituído o Fundo de Capital de Risco para Investidores Qualificados API Capital – FIEP, cujo capital foi subscrito e realizado pelos accionistas do FIEP na mesma proporção em que repartiam o capital social desta sociedade. A CGD subscreveu 5.100 unidades de participação por mEuros 5.100, passando a deter uma participação de 8,5% no referido Fundo.

Na sequência da avaliação da carteira reportada ao final do primeiro semestre, da qual resultou um excesso de liquidez, o capital do Fundo foi reduzido em mEuros 1.400 mediante a extinção de unidades de participação. No âmbito desta operação, a CGD recebeu mEuros 119.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

7. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004

Mercado monetário interbancário 1.889.118 380.000 Depósitos a prazo . No País 387.152 7.342 . No Estrangeiro 4.489.359 3.735.040 Empréstimos . No País 1.055.950 1.372.208 . No Estrangeiro 588.588 431.225 Outras aplicações . No País 53.724 144.350 . No Estrangeiro 3.189.452 2.099.827

Operações de compra com acordo de revenda 21.146 -

--------------- --------------11.674.489 8.169.992

Juros a receber 29.713 15.406Juros vencidos a regularizar 1.544 854Proveitos diferidos ( 127 ) ( 30 )

--------------- --------------11.705.619 8.186.222--------------- --------------

Imparidade - ( 8 ) Provisões para risco-país ( 6.240 ) ( 9.807 )

--------- ----------( 6.240 ) ( 9.815 )

--------------- --------------11.699.379 8.176.407======== ========

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a provisão para risco - país foi determinada da seguinte forma:

2005 2004Crédito Financiamentos Crédito Financiamentose outros externos de e outros externos de

activos (*) curto prazo Outros (**) Exposição Provisão activos (*) curto prazo Outros (**) Exposição Provisão

Macau 37.930 - - 37.930 3.793 32.929 - - 32.929 3.293Cabo Verde 3.249 - - 3.249 812 2.334 - - 2.334 583Croácia 5.000 - - 5.000 500 7.000 - - 7.000 700Federação Russa 19.052 (10.829) (3.815) 4.408 441 13.092 (5.139) (611) 7.342 1.835África do Sul 3.415 - - 3.415 342 1.680 - - 1.680 420Cazaquistão 6.781 (5.086) - 1.695 170 2.203 (1.468) 735 184Roménia 1.695 - - 1.695 170 - - - - -Brasil 43.512 (43.390) - 122 12 49.212 (39.632) - 9.580 2.395Chile 27.617 (27.617) - - - - - - - -Panamá 25.261 (4.069) (21.192) - - 13.950 - (13.950) - -Turquia 4.221 (4.221) - - - - - - - -México 330 (330) - - - 446 - - 446 45Ucrânia - - - - - 661 (661) - - -Moçambique - - - - - 610 - - 610 305Angola - - - - - 80 - - 80Irão - - - - - 68 - - 68São Tomé e Príncipe - - - - - 44 - - 44 22Outros 48 - (30) 18 - 105 - - 105 8

178.111 (95.542) (25.037) 57.532 6.240 124.414 (46.900) (14.561) 62.953 9.807

(*) Valores líquidos de provisões para aplicações vencidas.(**) Inclui créditos excluídos da base de incidência ao abrigo de autorizações específicas do Banco de Portugal.

-17

O movimento na imparidade e nas provisões para aplicações em instituições de crédito, durante os exercícios de 2005 e 2004, é apresentado na Nota 19.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

8. CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004

Crédito internoEmpréstimos 35.586.562 32.154.428Créditos em conta corrente 3.905.269 4.663.240Outros créditos 1.205.602 1.276.210Desconto e outros créditos titulados por efeitos 400.988 478.455Créditos tomados – Factoring 291.988 -Descobertos em depósitos à ordem 104.900 241.684Operações de compra com acordo de revenda 28.274 24.000

Crédito ao exteriorOutros créditos 1.173.460 1.269.022Empréstimos 868.201 898.608Descobertos em depósitos à ordem 150.488 93.165Créditos em conta corrente 19.531 13.933Desconto e outros créditos titulados por efeitos 12.650 14.280

Correcções de valor de activos objecto de operações de cobertura 3.182 -

--------------- ---------------43.751.095 41.127.025

Crédito titularizado não desreconhecido (Nota 18) 365.517 -Juros a receber, líquidos de proveitos diferidos e comissões 212.508 194.825Crédito e juros vencidos 1.086.837 938.483

--------------- ---------------45.415.957 42.260.333--------------- ---------------

Provisões para crédito a clientes: - Crédito e juros vencidos ( 760.283 ) ( 614.233 ) - Créditos de cobrança duvidosa ( 132.299 ) ( 112.902 ) - Risco-país ( 9.880 ) ( 24.554 )

------------ ------------( 902.462 ) ( 751.689 )

--------------- ---------------44.513.495 41.508.644======== ========

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a rubrica “Crédito interno - Outros créditos” incluíamEuros 70.529 e mEuros 70.284, respectivamente, relativos a crédito à habitação e crédito pessoal concedido pela CGD aos seus empregados.

O movimento nas provisões, durante os exercícios de 2005 e 2004, é apresentado na Nota 19.

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as provisões para créditos de cobrança duvidosa e crédito vencido incluem mEuros 35.072 e mEuros 10.681, respectivamente, de provisões constituídas acima dos mínimos exigidos pelo Banco de Portugal.

Em 31 de Dezembro de 2005, a rubrica “Crédito securitizado não desreconhecido” reflecte o valor de créditos ao consumo cedidos pela Caixa no âmbito de uma operação de titularização, que foram repostos em balanço com referência a 1 de Janeiro de 2005 face à aplicação das disposições da Norma IAS 39. As operações de titularização efectuadas pela Caixa são descritas na Nota 18.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 a provisão para risco-país foi determinada da seguinte forma:

2005 2004Crédito Créditoe outros e outros

activos (*) Garantias Outros (**) Exposição Provisão activos (*) Garantias Outros (**) Exposição Provisão

Cabo Verde 47.355 (12.909) - 34.446 8.611 41.274 (5.101) - 36.173 9.043Marrocos 27.035 - (18.817) 8.218 822 38.959 (30.853) - 8.106 811Moçambique 1.333 (593) - 740 185 26.283 (690) - 25.593 12.797República Popular da China 743 - - 743 74 642 - - 642 64Venezuela 386 (267) 119 59 313 (200) - 113 29Angola 121 - - 121 30 159 - - 159 80Brasil 26.338 (22.800) (3.538) - - 29.466 (27.082) (2.366) 18 -Argentina 8.477 - (8.477) - - - - - - -África do Sul 764 (764) - - - 6.800 (638) - 6.162 1.541México 158 (158) - - - 206 (206) - - -Tailândia - - - - - 955 - - 955 95Outros 273 - - 273 99 198 - - 198 94

112.983 (37.491) (30.832) 44.660 9.880 145.255 (64.770) (2.366) 78.119 24.554

(**) Inclui créditos excluídos da base de incidência ao abrigo de autorizações específicas do Banco de Portugal.(*) Valores líquidos de provisões para crédito vencido. Às garantias prestadas foi aplicado o factor de ponderação previsto no Aviso nº 1/93 do Banco de Portugal.

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a antiguidade do "Crédito e juros vencidos” apresentava a seguinte estrutura:

2005 2004

Até três meses 66.624 43.936De três a seis meses 37.793 22.869De seis meses a um ano 137.339 74.377De um a três anos 326.515 351.338Mais de três anos 518.566 445.963

-------------- -----------1.086.837 938.483======== ======

Em 31 de Dezembro de 2005, o crédito em situação normal que tem simultaneamente valores em incumprimento há mais de 90 dias ascende a 138.380 mEuros.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o crédito concedido a clientes apresentava a seguinte estrutura por sectores de actividade:

2005

Sector Público Administrativoe Empresas Públicas Empresas privadas e particulares Total

Crédito Crédito Crédito Crédito Crédito Créditovincendo vencido Total vincendo vencido Total vincendo vencido Total

EmpresasAgricultura, produção animal, caça e silvicultura - - - 178.861 10.528 189.389 178.861 10.528 189.389Pesca - - - 18.273 158 18.431 18.273 158 18.431Indústrias extractivas

Extracção de produtos energéticos - - - 27.453 127 27.580 27.453 127 27.580Indústrias extractivas com excepção de produtos energéticos - - - 59.663 2.113 61.776 59.663 2.113 61.776

Indústrias transformadorasIndústrias alimentares, de bebidas e do tabaco 168 2 170 298.173 4.504 302.677 298.341 4.506 302.847Indústria têxtil 10.524 - 10.524 220.095 25.906 246.001 230.619 25.906 256.525Indústria do couro e de produtos de couro - - - 33.826 4.211 38.037 33.826 4.211 38.037Indústrias da madeira, da cortiça e suas obras - - - 126.281 3.020 129.301 126.281 3.020 129.301Ind. de pasta de papel, cartão e art. edição e impressão - - - 108.800 1.219 110.019 108.800 1.219 110.019Fabrico de coque, produtos petrol., refinados e combust. nuclear 21 - 21 12.787 - 12.787 12.808 - 12.808Fabrico de prod. quim. e de fibras sintéticas ou artificiais 7 - 7 62.447 556 63.003 62.454 556 63.010Fabrico de artigos de borracha e de matérias plásticas - - - 66.710 839 67.549 66.710 839 67.549Fabrico de outros produtos minerais não metálicos - - - 288.714 3.370 292.084 288.714 3.370 292.084Indúst. metalúrgicas de base e de prod. metálicos - - - 163.087 4.270 167.357 163.087 4.270 167.357Fabrico de máquinas e de equipamentos 1 - 1 65.571 2.322 67.893 65.572 2.322 67.894Fabrico de equipamento eléctrico e de óptica - - - 48.037 184 48.221 48.037 184 48.221Fabrico de material de transporte 10.000 - 10.000 174.858 919 175.777 184.858 919 185.777Indústrias transformadoras não especificadas - - - 422.931 11.493 434.424 422.931 11.493 434.424

Produção e distribuição de electricidade, de água e gás 16.913 - 16.913 459.284 29 459.313 476.197 29 476.226Construção 1.348.596 - 1.348.596 2.964.474 64.608 3.029.082 4.313.070 64.608 4.377.678Com. grosso / retalho, rep. de autom., motoc. e bens pess. e domest. 18 23 41 1.566.537 52.358 1.618.895 1.566.555 52.381 1.618.936Alojamento e restauração (restaurantes e similares) 280 - 280 306.533 48.877 355.410 306.813 48.877 355.690Transportes, armazenagem e comunicações 27.257 58 27.315 508.588 3.133 511.721 535.845 3.191 539.036Actividades financeiras

Intermediação financeira excluindo seguros e fundos de pensões - - - 398.547 104 398.651 398.547 104 398.651Seguros, fundos de pensões e activ. complem. de seg. social - - - 2.092 - 2.092 2.092 - 2.092Actividades auxiliares de intermediação financeira - - - 28.516 8 28.524 28.516 8 28.524

Actividades imobiliárias, alugueres e serv. prest. empresasActividades imobiliárias 748 - 748 1.761.202 42.313 1.803.515 1.761.950 42.313 1.804.263Outras actividades 139.685 - 139.685 2.702.630 73.972 2.776.602 2.842.315 73.972 2.916.287

Administração pública, defesa e segurança social obrigatória 1.382.330 1.307 1.383.637 30.854 - 30.854 1.413.184 1.307 1.414.491Educação 1.175 - 1.175 88.142 2.552 90.694 89.317 2.552 91.869Saúde e segurança social 2.630 65 2.695 126.165 4.676 130.841 128.795 4.741 133.536Outras actividades e serv. colectivos, sociais e pessoais 25.595 115 25.710 296.196 6.142 302.338 321.791 6.257 328.048Organismos internacionais e outros institutos extraterritoriais - - - 5 - 5 5 - 5

2.965.948 1.570 2.967.518 13.616.332 374.511 13.990.843 16.582.280 376.081 16.958.361

ParticularesHabitação - - - 26.394.113 645.866 27.039.979 26.394.113 645.866 27.039.979

Outros fins - - - 1.352.783 64.834 1.417.617 1.352.783 64.834 1.417.617- - - 27.746.896 710.700 28.457.596 27.746.896 710.700 28.457.596

2.965.948 1.570 2.967.518 41.363.228 1.085.211 42.448.439 44.329.176 1.086.781 45.415.9571

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

2004

Sector Público Administrativoe Empresas Públicas Empresas privadas e particulares Total

Crédito Crédito Crédito Crédito Crédito Créditovincendo vencido Total vincendo vencido Total vincendo vencido Total

EmpresasAgricultura, produção animal, caça e silvicultura 44 - 44 193.805 11.563 205.368 193.849 11.563 205.412Pesca - - - 20.413 191 20.604 20.413 191 20.604Indústrias extractivas

Extracção de produtos energéticos - - - 16.442 44 16.486 16.442 44 16.486Indústrias extractivas c/ excepção de prod. energéticos 128 - 128 57.519 1.673 59.192 57.647 1.673 59.320

Indústrias transformadorasIndústrias alimentares, de bebidas e do tabaco 180 - 180 333.427 7.111 340.538 333.607 7.111 340.718Indústria têxtil 11.572 35 11.607 227.714 14.528 242.242 239.286 14.563 253.849Indústria do couro e de produtos de couro - - - 34.940 3.622 38.562 34.940 3.622 38.562Indústrias da madeira, da cortiça e suas obras - - - 150.097 3.259 153.356 150.097 3.259 153.356Ind. de pasta de papel, cartão e art. edição e impressão - - - 253.510 1.504 255.014 253.510 1.504 255.014Fabrico de coque, produtos petrol., refinados e combust. nuclear 19 - 19 57.262 - 57.262 57.281 - 57.281Fabrico de prod. quim. e de fibras sintéticas ou artificiais - - - 60.586 343 60.929 60.586 343 60.929Fabrico de artigos de borracha e de matérias plásticas - - - 64.470 435 64.905 64.470 435 64.905Fabrico de outros produtos minerais não metálicos - - - 418.635 5.028 423.663 418.635 5.028 423.663Indúst. metalúrgicas de base e de prod. metálicos - - - 160.204 2.679 162.883 160.204 2.679 162.883Fabrico de máquinas e de equipamentos - - - 58.540 2.484 61.024 58.540 2.484 61.024Fabrico de equipamento eléctrico e de óptica - - - 54.302 144 54.446 54.302 144 54.446Fabrico de material de transporte 16.992 - 16.992 147.983 678 148.661 164.975 678 165.653Indústrias transformadoras não especificadas - - - 400.325 13.645 413.970 400.325 13.645 413.970

Produção e distribuição de electricidade, de água e gás 28.109 - 28.109 319.234 587 319.821 347.343 587 347.930Construção 1.327.129 - 1.327.129 2.931.146 84.903 3.016.049 4.258.275 84.903 4.343.178Com. grosso / retalho, rep. de autom., motoc. e bens pess. e domest. 7 - 7 1.721.685 42.430 1.764.115 1.721.692 42.430 1.764.122Alojamento e restauração (restaurantes e similares) 195 - 195 355.102 16.293 371.395 355.297 16.293 371.590Transportes, armazenagem e comunicações 15.648 22 15.670 443.859 2.731 446.590 459.507 2.753 462.260Actividades financeiras

Intermediação financeira excluindo seguros e fundos de pensões - - - 353.309 34 353.343 353.309 34 353.343Seguros, fundos de pensões e activ. complem. de seg. social - - - 1.624 - 1.624 1.624 - 1.624Actividades auxiliares de intermediação financeira - - - 7.989 9 7.998 7.989 9 7.998

Actividades imobiliárias, alugueres e serv. prest. empresasActividades imobiliárias 25 - 25 1.726.201 53.941 1.780.142 1.726.226 53.941 1.780.167Outras actividades 133.333 238 133.571 2.337.559 18.936 2.356.495 2.470.892 19.174 2.490.066

Administração pública, defesa e segurança social obrigatória 1.186.974 1.445 1.188.419 33.244 591 33.835 1.220.218 2.036 1.222.254Educação 1.084 - 1.084 83.984 10.643 94.627 85.068 10.643 95.711Saúde e segurança social 2.785 - 2.785 121.456 3.799 125.255 124.241 3.799 128.040Outras actividades e serv. colectivos, sociais e pessoais 17.261 - 17.261 448.539 5.812 454.351 465.800 5.812 471.612

Familias com empregados domésticos - - - 23 - 23 23 - 232.741.485 1.740 2.743.225 13.595.128 309.640 13.904.768 16.336.613 311.380 16.647.993

ParticularesHabitação - - - 24.018.247 570.595 24.588.842 24.018.247 570.595 24.588.842

Outros fins - - - 772.165 56.508 828.673 772.165 56.508 828.673- - - 24.790.412 627.103 25.417.515 24.790.412 627.103 25.417.515

2.741.485 1.740 2.743.225 38.385.540 936.743 39.322.283 41.127.025 938.483 42.065.508

Os valores apresentados relativamente ao exercício de 2004 não incluem juros a receber, líquidos de proveitos diferidos e comissões.

32

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

9. DERIVADOS

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, estas operações encontram-se valorizadas de acordo com os critérios descritos na Nota 2.3. d). Nestas datas, o seu montante nocional e o valor contabilístico apresentavam a seguinte desagregação:

Montante nocional Valor contabilísticoDerivados Derivados Activos Passivos

de de detidos para detidos para Derivados de coberturanegociação cobertura Total negociação negociação Activo Passivo Total

(Nota 5)Operações Cambiais a Prazo

Forwards Cambiais 3.583 (13) - - 3.570Compras 201.474 - 201.474Vendas 255.213 - 255.213

FRA (forward rate agreements) 5.800 - 5.800 - (36) - - (36)

SwapsSwaps Cambiais 85.887 (11.405) - - 74.482

Compras 3.868.778 - 3.868.778Vendas 3.796.889 - 3.796.889

Interest rate swaps e cross currency 253.815 (314.656) 195.978 (415.099) (279.962) interest rate swaps

Compras 26.449.634 5.081.812 31.531.446Vendas 26.230.098 5.145.750 31.375.848

Swaps de Eventos de Crédito 39 (77) - - (38)Compras 67.126 - 67.126Vendas 67.126 - 67.126

FuturosFuturos de Taxa de Juro 185 (46) - - 139

Posições Longas 9.479 - 9.479Posições Curtas 1.614.283 - 1.614.283

Futuros de Cotações - - - - . Negociados em nome de clientes

Posições Curtas 15.433 - 15.433 . Outros

Posições Curtas 3.716 - 3.716

Opções

-

Divisas 2.470 (1.736) - - 734Compras 294.451 - 294.451Vendas 165.846 - 165.846

Cotações 15.962 (35.167) - - (19.205)Compras 206.837 - 206.837Vendas 190.083 - 190.083

Taxa de Juro ( Caps & Floors) 1.844 (738) - - 1.106Compras 298.066 2.494 300.560Vendas 624.684 2.494 627.178

Outros - - - - (1.979) - - (1.979)

64.365.016 10.232.550 74.597.566 363.785 (365.853) 195.978 (415.099) (221.189)

2005

33

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Montante nocional Valor contabilísticoDerivados Derivados Activos Passivos

de de detidos para detidos para Derivados de coberturanegociação cobertura Total negociação negociação Activo Passivo Total

(Nota 5)

Operações Cambiais a PrazoForwards Cambiais 1.362 - - - 1.362

Compras 20.089 - 20.089Vendas 18.590 - 18.590

FRA (forward rate agreements) 5.800 - 5.800 - (27) - - (27)

SwapsSwaps Cambiais - - 26.120 (20.645) 5.475

Compras 3.065.429 - 3.065.429Vendas 3.216.646 - 3.216.646

Interest rate swaps e cross currency 350.712 (502.153) 120.232 (303.452) (334.661)interest rate swaps. Outras operações

Compras 15.389.207 5.774.304 21.163.511Vendas 15.389.402 5.896.686 21.286.088

FuturosFuturos de Taxa de Juro - - - -

Posições Longas 18.305 - 18.305Posições Curtas 1.560.712 - 1.560.712

Futuros de Cotações

-

- - - - . Outros

Posições Curtas 1.412 - 1.412

Opções

-

Divisas 709 (126) - - 583Compras 115.240 - 115.240Vendas 96.375 - 96.375

Cotações 11.185 (26.502) - - (15.317)Compras 159.018 - 159.018Vendas 161.223 - 161.223

Taxa de Juro ( Caps & Floors) 3.681 (2.018) - - 1.663Compras 518.741 - 518.741Vendas 203.741 - 203.741

39.939.930 11.670.990 51.610.920 367.649 (530.826) 146.352 (324.097) (340.922)

2004

34

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

A distribuição das operações com instrumentos financeiros derivados em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 por prazos residuais apresenta o seguinte detalhe (por montante nocional):

2005> 3 meses > 6 meses > 1ano

<= 3 meses <= 6 meses <= 1 ano <= 5 anos > 5 anos Total

Operações Cambiais a PrazoForwards Cambiais

Compras n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. 201.474Vendas n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. 255.213

FRA (forward rate agreements) - - - 5.800 - 5.800

SwapsSwaps Cambiais

Compras - 2.951 3.051.358 814.469 - 3.868.778Vendas - 2.896 2.994.658 799.335 - 3.796.889

Interest rate swaps e cross currency interest rate swapsCompras 4.264.408 2.705.042 4.574.238 13.963.910 6.023.848 31.531.446Vendas 4.243.364 2.691.693 4.551.666 13.895.003 5.994.122 31.375.848

Swaps de Eventos de CréditoCompras - - - 67.126 - 67.126Vendas - - - 67.126 - 67.126

FuturosFuturos de Taxa de Juro

Posições Longas 9.479 - - - - 9.479Posições Curtas 1.261.283 36.000 86.000 231.000 - 1.614.283

Futuros de Cotações . Negociados em nome de clientes n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. 15.433

. OutrosPosições Longas - - - - -Posições Curtas 392 3.324 - - - 3.716

Opções (Divisas e Cotações)Compras 30.000 113.820 263.808 87.299 6.361 501.288Vendas 45.000 111.461 109.379 90.089 - 355.929

Caps & FloorsCompras - - 10.000 252.560 38.000 300.560Vendas 101.168 105.000 45.000 356.372 19.638 627.178

74.597.566

2004> 3 meses > 6 meses > 1ano

<= 3 meses <= 6 meses <= 1 ano <= 5 anos > 5 anos Total

Operações Cambiais a PrazoForwards Cambiais

Compras 8.615 11.296 178 - - 20.089Vendas 7.739 10.704 147 - - 18.590

FRA (forward rate agreements) - - - 5.800 - 5.800

SwapsSwaps Cambiais

Compras 2.069.039 923.951 60.795 11.644 - 3.065.429Vendas 2.154.156 985.302 65.544 11.644 - 3.216.646

Interest rate swaps e cross currency interest rate swapsCompras 1.962.890 1.527.349 1.321.787 10.858.940 5.492.545 21.163.511Vendas 1.972.981 1.529.231 1.327.833 10.864.971 5.591.072 21.286.088

FuturosFuturos de Taxa de Juro

Posições Longas 18.305 - - - - 18.305Posições Curtas 1.540.712 - - 20.000 - 1.560.712

Futuros de Cotações . Outros 1.412 - - - - 1.412

Opções (Divisas e Cotações)Compras 38.958 27.619 60.910 140.510 6.261 274.258Vendas 21.818 38.867 36.736 160.177 - 257.598

Caps & Floors 115.000 80.000 50.000 477.482 - 722.482

51.610.920

35

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

A distribuição das operações com instrumentos financeiros derivados em 31 de Dezembro de 2005 por tipo de contraparte apresenta o seguinte detalhe:

Valor ValorNocional Contabilístico

Operações Cambiais a PrazoForwards Cambiais

Instituições Financeiras 406.369 (11)Clientes 50.318 3.581

456.687 3.570

FRA (forward rate agreements)Instituições Financeiras 5.800 (36)

SwapsSwaps Cambiais

Instituições Financeiras 7.665.667 74.482

Interest rate swaps e cross currency interest rate swapsInstituições Financeiras 62.242.208 (312.284)Clientes 665.086 32.322

62.907.294 (279.962)

Swaps de Eventos de CréditoInstituições Financeiras 134.252 (38)

FuturosFuturos de Taxa de Juro

Instituições Financeiras 1.623.762 139

Futuros de CotaçõesInstituições Financeiras 3.716 -Clientes 15.433 -

19.149 -

Opções (Divisas e Cotações)Instituições Financeiras 855.234 (5.510)Clientes 1.983 (12.961)

857.217 (18.471)

Caps &FloorsInstituições Financeiras 925.244 875Clientes 2.494 231

927.738 1.106

OutrosInstituições Financeiras - (1.979)

74.597.566 (221.189)

36

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

10. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2005 e 2004 foi o seguinte:

2005

Amortizaçõese perdas por Diferenças Transferências Outras trans- Vendas e Valor

Valor imparidades de entre activos ferências e Amortizações abates líquidobruto acumuladas Adições câmbio tangíveis regularizações do exercício líquidos em 2005

Imóveis de serviço próprioTerrenos 106.081 - 548 - - (620) - (644) 105.365Edifícios 678.345 (244.633) 2.671 - - (2.834) (12.879) (2.590) 418.080

Obras em imóveis arrendados 62.284 (39.734) 141 96 2.814 - (4.396) - 21.205Equipamento

Mobiliário e material de escritório 57.279 (46.155) 3.328 19 46 (18) (2.978) (108) 11.413Máquinas e ferramentas 15.701 (13.281) 935 6 - 4 (968) (1) 2.396Equipamento informático 124.825 (114.861) 2.468 18 2.675 (976) (4.866) - 9.283Instalações interiores 234.819 (183.545) 6.269 4 11.605 2.688 (13.742) (243) 57.855Material de transporte 3.802 (3.690) 41 - 24 5 (76) (10) 96Equipamento de segurança 22.224 (16.778) 756 1 - 16 (1.643) - 4.576Outro equipamento 146 (146) - - - - - - -

Activos em locação financeira 39.624 (13.043) 7.819 - (24) 66 (6.123) (611) 27.708Outros activos tangíveis 12.615 (8.610) 93 (2) 15 (2) (1.128) (4) 2.977Activos tangíveis em curso 19.858 - 14.026 (17.155) 87 - (3.828) 12.988

1.377.603 (684.476) 39.095 142 - (1.584) (48.799) (8.039) 673.942

Saldo em 31.12.2004

2004(Reforços) /

Adopção das NCA Diferenças Transferências Outras trans- Amortiza- reversões de Vendas e ValorValor Amortizações Reclassi- de entre activos ferências e ções do imparidade abates líquidobruto acumuladas Ajustamentos -ficações Adições câmbio tangíveis regularizações exercício no exercício líquidos em 2004

(Nota 38) (Nota 19)Imóveis de serviço próprio

Terrenos 113.890 - - (8.873) 158 - 1.694 (122) - - (666) 106.081Edifícios 707.163 (237.764) (16.496) (9.169) 617 - 4.358 (44) (13.221) 378 (2.110) 433.712

Obras em imóveis arrendados 60.978 (38.784) (174) - 368 (50) 5.481 - (4.446) - (823) 22.550Outros imóveis 1.587 (839) - (748) - - - - - - -Equipamento

Mobiliário e material de escritório 61.687 (53.653) - - 5.025 (8) 1.065 (2) (2.935) - (55) 11.124Máquinas e ferramentas 22.910 (20.651) - - 1.230 (2) (41) - (1.019) - (7) 2.420Equipamento informático 145.125 (134.880) 20 - 4.341 (4) 1.842 170 (6.648) - (2) 9.964Instalações interiores 235.914 (186.165) - (261) 5.056 (2) 6.840 (63) (9.836) - (209) 51.274Material de transporte 3.767 (3.601) - - 27 1 29 3 (105) - (9) 112Equipamento de segurança 43.664 (36.580) - - 1.125 - 21 - (1.804) - (980) 5.446Outro equipamento 391 (391) - - - - - - - - -

Activos em locação financeira 31.536 (10.786) - - 18.052 - (5.028) (10) (6.426) - (757) 26.581Outros activos tangíveis 12.623 (7.661) - - 220 1 (2) (1.174) - (2) 4.005Activos tangíveis em curso 22.568 - (653) - 25.127 - (16.261) (245) - - (10.678) 19.858

1.463.803 (731.755) (17.303) (19.051) 61.346 (64) - (315) (47.614) 378 (16.298) 693.127

Saldo em 31.12.2003

No âmbito da transição para as NCA, a Caixa apurou um ajustamento negativo em capital próprio de 17.303 mEuros, dos quais 16.496 mEuros relativos a imparidade de imóveis de serviço próprio(Nota 38). Em 31 de Dezembro de 2005, a imparidade registada ascende a 16.118 mEuros(Nota 19).

No movimento do exercício de 2004, a coluna “Adopção das NCA – Reclassificações” inclui 17.189 mEuros e 1.682 mEuros relativos a reclassificações de imóveis para “Outros activos” e “Propriedades de investimento”, respectivamente.

37

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

11. ACTIVOS INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2005 e 2004 foi o seguinte:

2005Transferências Outras

Valor Amortizações entre activos transferências Diferenças Amortizações Valor líquidobruto acumuladas Adições intangíveis e regularizações de câmbio do exercício em 2005

Sistemas de tratamentoautomático de dados (Software) 165.147 (129.760) 5.709 22.134 10 31 (23.248) 40.023

Outros activos intangíveis 391 (208) - - - - 183Activos intangíveis em curso 95.826 - 49.689 (22.134) (5.394) - - 117.987

261.364 (129.968) 55.398 - (5.384) 31 (23.248) 158.193

Saldo em 31.12.2004

2004Transferências Outras

Valor Amortizações Adopção das entre activos transferências Diferenças Amortizações Valor líquidobruto acumuladas NCA Adições intangíveis e regularizações de câmbio do exercício em 2004

(Nota 38)Sistemas de tratamento

automático de dados (Software) 141.080 (111.454) 4.480 3.795 22.561 (1.969) (18) (23.088) 35.387Outros activos intangíveis 15.988 (14.913) (883) - (9) - - 183Activos intangíveis em curso 106.199 - (15.560) 31.460 (22.561) (3.712) - - 95.826

263.267 (126.367) (11.963) 35.255 - (5.690) (18) (23.088) 131.396

Saldo em 31.12.2003

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, os activos intangíveis em curso referem-se essencialmente a despesas incorridas com o desenvolvimento de aplicações informáticas que não tinham ainda entrado em funcionamento nestas datas.

38

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

12. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o saldo desta rubrica apresenta a seguinte composição:

2005 2004Participação Custo de Valor de Custo de Valor de directa (%) aquisição Imparidade balanço aquisição Imparidade balanço

(Nota 19) (Nota 19)FiliaisEm instituições de crédito no estrangeiro

Banco Siméon, S.A. 99,75% 521.113 (22.744) 498.369 246.544 (22.744) 223.800Mercantile Bank Holdings, Ltd. 91,75% 128.606 (19.146) 109.460 128.606 (19.146) 109.460Banco Nacional Ultramarino, S.A. (Macau) 97,13% 54.521 - 54.521 54.521 - 54.521CGD - Subsidiária Offshore de Macau, S.A. 100,00% 5.181 - 5.181 - - -Banco Financial Português 100,00% 3.870 - 3.870 3.870 - 3.870Banco Interatlântico, S.A.R.L. 70,00% 3.813 - 3.813 3.813 - 3.813Caixa Geral Finance, Limited 100,00% 50 - 50 50 - 50CGD Finance Limited 0,00% 47 (35) 12 47 (35) 12

Em outras empresas no PaísCaixa Seguros, SGPS, S.A. 100,00% 1.229.204 - 1.229.204 994.000 - 994.000Caixa Leasing e Factoring - Instituição -

Financeira de Crédito, S.A. 100,00% 43.034 - 43.034 43.034 - 43.034Caixa - Participações, SGPS, S.A. 100,00% 27.683 - 27.683 27.683 - 27.683Caixa - Gestão de Activos, S.A. 100,00% 10.350 - 10.350 10.350 - 10.350Caixaweb, SGPS, S.A. 100,00% 25.000 (17.862) 7.138 25.000 (17.862) 7.138Caixanet – Telemática e Comunicações, S.A. 80,00% 400 - 400 400 - 400Culturgest - Gestão de Espaços Culturais, S.A. 51,00% 127 (73) 54 127 (73) 54Imocaixa - Gestão Imobiliária, S.A. 80,00% 20 - 20 20 - 20Caixa – Brasil, SGPS, S.A. (a) - - - - 329.444 - 329.444Caixa - Sistemas de Informação, S.A. 100,00% 748 (748) - 748 (748) -Caixa Internacional, SGPS, S.A. 10,00% 5 - 5 5 - 5Outras 92 (32) 60 64 (31) 33

Em outras empresas no EstrangeiroSCI – Rue du Helder 100,00% 6.029 (6.029) - 6.029 (6.029) -Socimmobil 100,00% 4.771 (4.771) - 4.771 (4.771) -Outras 1 - 1 7 (7) -

Associadas e empreendimentos conjuntosEm outras empresas no País

REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A. 20,00% 159.998 - 159.998 159.998 - 159.998ADP – Águas de Portugal, S.A. 20,37% 142.618 - 142.618 142.618 - 142.618SIBS - Sociedade Interbancária de

Serviços, S.A. 21,60% 12.969 - 12.969 12.969 - 12.969Esegur – Empresa de Segurança, S.A. 50,00% 12.952 - 12.952 12.952 - 12.952Locarent - Companhia Portuguesa -

de Aluguer de Viaturas 45,00% 2.517 - 2.517 1.617 - 1.617Prado Cartolinas da Lousã, S.A. 37,40% 5.111 - 5.111 5.111 - 5.111Prado Karton, S.A. 37,40% 5.111 (3.101) 2.010 5.111 (3.101) 2.010Companhia de Papel do Prado, S.A. 37,40% 2.533 (1.285) 1.248 2.533 (1.285) 1.248Fundo Turismo - Sociedade Gestora de Fundos

de Investimento Imobiliário, S.A. 33,47% 125 - 125 125 - 125Gestínsua - Aquisição e Alienação de

Património Mobiliário e Imobiliário S.A. 21,06% 11 (5) 6 11 (5) 6

Em outras empresas no estrangeiroBanco Comercial do Atlântico, S.A.R.L. 47,53% 20.305 (8.430) 11.875 20.305 (8.430) 11.875Garantia – Companhia de Seguros de -

Cabo Verde, S.A.R.L. 41,55% 6.848 (2.486) 4.362 6.848 (2.486) 4.362A Promotora – Sociedade de Capital de -

Risco, S.A.R.L. 36,21% 1.326 (19) 1.307 1.326 (19) 1.307Banco Internacional de S. Tomé 27,00% 624 - 624 624 - 624IMOBCI 40,00% 144 (62) 82 144 (62) 82GCI - Sociedade de Capital de Risco 30,00% 66 - 66 66 - 66CGD - Representação de Bancos, S.A. 52,00% 213 (213) - 213 (213) -Outras - - - 74 -

OutrosFundo de Capital de Risco para Investidores

Qualificados Grupo CGD 92,15% 59.756 - 59.756 59.756 (10.643) 49.113Fundo de Capital de Risco para Investidores

Qualificados PME 62,93% 9.234 (1.915) 7.319 9.234 (1.915) 7.319

2.507.126 (88.956) 2.418.170 2.320.768 (99.605) 2.221.163

(a) O custo de aquisição em 2004 inclui prestações suplementares de 329.399 mEuros.

74

Para além dos instrumentos de capital incluídos nesta rubrica, a Caixa concedeu a algumas das suas filiais suprimentos e empréstimos subordinados para financiar as suas actividades, os quais se encontram registados em “Outros activos” (Nota 14).

39

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Os principais movimentos ocorridos nestes investimentos durante os exercícios de 2005 e 2004, foram os seguintes:

Banco Siméon, S.A.

No exercício de 2005, o Banco Siméon efectuou um aumento de capital no montante demEuros 275.000, através da emissão de 45.757.072 novas acções com valor nominal unitário de 6,01 Euros. A CGD subscreveu 45.685.240 acções pelo montante de mEuros 274.568, dos quais mEuros 164.732 serão realizados nos exercícios de 2006 e 2007 (Nota 21).

Na sequência desta operação, a participação efectiva da Caixa no Banco Siméon aumentou para 99,75%.

Caixa Geral de Depósitos – Subsidiária Offshore de Macau, S.A.(SOM)

A Caixa Geral de Depósitos – Subsidiária Offshore de Macau, S.A. foi constituída em 2005 com um capital social de 50.000.000 Patacas, correspondentes a mEuros 5.181, integralmente subscrito e realizado pela Caixa.

Caixa Seguros, SGPS, S.A. (Caixa Seguros)

Em 3 de Março de 2005, foi celebrada uma escritura de redução e aumento de capital da CaixaSeguros nos seguintes termos:

- Redução do capital social para cobertura de prejuízos de mEuros 596.400, passando demEuros 994.000 para mEuros 397.600 mediante a redução do valor nominal por acção de cinco para dois Euros; e simultaneamente,

- Aumento de capital no montante de mEuros 50.800 através da emissão de 25.400.000 acções com valor nominal de dois Euros cada subscritas ao preço de 9,26 Euros cada, a que correspondeu um prémio de emissão de 7,26 Euros por acção. O valor total subscrito pela Caixaascendeu a mEuros 235.204.

Caixa – Brasil, SGPS, S.A. (Caixa Brasil)

A Caixa Brasil detinha participações directas e indirectas no banco brasileiro Unibanco – União de Bancos Brasileiros. Em Setembro de 2005, a Caixa Brasil alienou as referidas participações, tendo registado uma mais-valia de 145.413 mEuros, líquida de custos de transacção e imposto retido no Brasil.

Na Assembleia Geral de Accionistas realizada em 24 de Novembro de 2005 foi deliberada a dissolução da Caixa Brasil. Foi ainda aprovado que no âmbito da liquidação fossem transmitidos para o accionista Caixa Geral de Depósitos, S.A. todos os seus activos e passivos, sendo o accionista Caixa – Participações, SGPS, S.A. ressarcido em numerário pelo montante correspondente à sua percentagem de participação no capital próprio da empresa. Em resultado da liquidação da CaixaBrasil, a CGD registou uma mais-valia de mEuros 169.618 (Nota 29).

Locarent – Companhia Portuguesa de Aluguer de Viaturas (Locarent)

No exercício de 2005, a Locarent aumentou o seu capital em mEuros 2.000, através da emissão de 400.000 novas acções com valor nominal unitário de cinco Euros. A CGD subscreveu 180.000 acções por mEuros 900.

Mercantile Lisbon Bank Holdings Ltd. (Mercantile)

No exercício de 2004, o Mercantile aumentou o seu capital no montante de 555.000.000 Rands, através da emissão de 3.083.333.334 novas acções com valor nominal de 0,01 Rands e um prémio de emissão de 0,17 Rands. A CGD subscreveu 3.059.312.473 acções no montante de 550.676 milhares de Rands (mEuros 71.612 ao câmbio de 31 de Dezembro de 2004).

40

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

A CGD registou ainda 5.968.408 acções do Mercantile, no âmbito da execução de um penhor. As acções foram registadas pelo seu valor de mercado no final de Setembro de 2004, que ascendia a mEuros 127.

Caixa Geral Finance Limited (Caixa Geral Finance)

A Caixa Geral Finance, com sede nas Ilhas Cayman, foi constituída em 2004 com um capital social de 1.000 Euros, integralmente subscrito e realizado pela Caixa. Esta sociedade procedeu em 2005 e 2004 à emissão de acções preferenciais sem direito de voto nos montantes de mEuros 350.000 e mEuros 250.000, respectivamente. Apesar de não ter subscrito estas emissões, a Caixa detém a totalidade das acções ordinárias.

Caixa Investimentos, S.A. (Caixa Investimentos)

Em 2004 foi concluído o processo de dissolução da Caixa Investimentos. No âmbito da liquidação a CGD, seu accionista único, recebeu a totalidade do seu património no montante de mEuros 17.817. A mais-valia gerada na operação ascendeu a mEuros 1.653 (Nota 28).

Lusogest, Sociedad Gestora de Instituciones de Inversion Colectiva, S.A. (Lusogest)

No exercício de 2004, a CGD alienou ao Banco Siméon 161.290 acções representativas do capital social da Lusogest, tendo registado uma menos-valia de mEuros 60 (Nota 28).

Lusopensiones Sociedad Gestora de Fondos de Pensiones, S.A. (Lusopensiones)

No exercício de 2004, a CGD alienou ao Banco Siméon 26.260 acções representativas do capital social da Lusopensiones, tendo registado uma mais-valia de mEuros 260 (Nota 28).

13. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 eram os seguintes:

2005 2004

Activos por impostos correntes . Imposto sobre o rendimento a recuperar 1 68.860Passivos por impostos correntes . Imposto sobre o rendimento a pagar ( 66.209 ) ( 287 )

---------- ---------( 66.208 ) 68.573

===== ===== Activos por impostos diferidos . Por diferenças temporárias 231.653 125.762

. Por prejuízos fiscais 1.219 32.128 ----------- ----------- 232.872 157.890 ----------- -----------

Passivos por impostos diferidos ( 70.349 ) ( 28.481 ) ----------- ----------- 162.523 129.409 ====== ======

41

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

O movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2005 e 2004 foi o seguinte:

2005Variação em Transferência

Saldo em Adopção Capital para imposto Saldo em31.12.2004 da IAS 39 Próprio Resultados corrente 31.12.2005

(Nota 38)

Imparidade e ajustamentos em imóveis e activos tangíveis e intangíveis 8.802 - - (272) 2.067 10.597Provisões e imparidade temporariamente

não aceites fiscalmente 67.726 2.693 - 22.361 33.268 126.048Reavaliação de instrumentos financeiros derivados 20.722 (3.355) - 20.988 3.329 41.684Valorização de activos financeiros disponíveis para venda - (3.821) (28.471) - - (32.292)Valorização de outros títulos - (5.594) - 28 6.998 1.432Prejuízos fiscais reportáveis 32.128 - - (30.909) - 1.219Benefícios dos trabalhadores 8.314 - - (1.617) - 6.697Comissões 3.126 18.313 - (3.815) - 17.624Reavaliação legal de outros activos tangíveis (10.129) - - 351 - (9.778)Outros (1.280) 533 - 39 - (708)

129.409 8.769 (28.471) 7.154 45.662 162.523

2004Variação em

Saldo em Adopção Capital Saldo em31.12.2003 das NCA Próprio Resultados 31.12.2004

(Nota 38) (Nota 38)

Imparidade e ajustamentos em imóveis e activostangíveis e intangíveis - 7.502 - 1.300 8.802

Provisões e imparidade temporariamente não aceites fiscalmente - 19.529 64.148 (15.951) 67.726Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - (11.562) - 32.284 20.722Prejuízos fiscais reportáveis - 1.831 - 30.297 32.128Benefícios dos trabalhadores - 58.432 - (50.118) 8.314Comissões - 2.723 - 403 3.126Reavaliação legal de outros activos tangíveis - (10.662) - 533 (10.129)Outros - (1.318) - 38 (1.280)

- 66.475 64.148 (1.214) 129.409

Os impostos sobre lucros registados directamente por contrapartida de capital próprio nos exercíciosde 2005 e 2004 apresentam a seguinte composição:

Impostos diferidos:. Impacto de transição para NCA/IAS 39 (Nota 38) 8.769 105.512. Valorização de activos financeiros disponíveis para venda (Nota 6) ( 28.471 ) -. Provisões para participações financeiras reflectidas em

reservas de acordo com o PCSB - 64.148-------- -----------

( 19.702 ) 169.660===== ======

Impostos correntes:. Impacto de transição para IAS 39 (Nota 38) 1.862 -. Amortização do impacto de transição para NCA

relativo a benefícios pós-emprego 20.249 -. Outras variações reflectidas em capital próprio 868 -

--------- ---22.979 -===== ==

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Os custos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro líquido do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

2005 2004

Impostos correntesDo exercício 42.932 6.581Correcções a exercícios anteriores (líquido) ( 9.535 ) ( 3.185 )

---------- --------33.397 3.396--------- --------

Impostos diferidosRegisto e reversão de diferenças temporárias ( 38.063 ) 31.511Prejuízos fiscais reportáveis 30.909 ( 30.297 )

---------- ---------( 7.154 ) 1.214--------- ---------

Total de impostos em resultados 26.243 4.610===== ====

Resultado antes de impostos 377.013 127.071 ---------- ----------

Carga fiscal 6,96% 3,63% ===== =====

Em 2005 a rubrica “Correcções a exercícios anteriores” inclui um ganho de mEuros 10.829 referente a valores recebidos no âmbito de reclamações relativas a liquidações adicionais de IRC dos exercíciosde 1998 e 2002.

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto verificadas nos exercícios de 2005 e 2004 pode ser demonstrada como se segue:

2005 2004Taxa Imposto Taxa Imposto

Resultado antes de impostos 377.013 127.071

Imposto apurado com base na taxa nominal 27,12% 102.246 27,20% 34.563Impacto do regime de tributação da actividade da Sucursal Financeira Exterior da Madeira (Nota 2.10) (0,52%) (1.972) (1,29%) (1.641)Diferenças definitivas a deduzir:

Mais-valias isentas de tributação - Caixa Brasil (Nota 29) (12,20%) (46.000) 0,00% -Dividendos de participadas (4,91%) (18.497) (13,55%) (17.216)Prejuízo fiscal imputado de ACE (0,40%) (1.498) (1,79%) (2.278)Outras (1,56%) (5.893) (0,14%) (176)

Diferenças definitivas a acrescer 0,43% 1.627 1,09% 1.390Tributação de resultados de sociedades do Grupo em países

com regimes fiscais privilegiados, líquida de recuperações 0,52% 1.944 0,00% (2.382)Benefícios fiscais

Criação líquida de postos de trabalho (0,73%) (2.743) (2,61%) (3.320)Dividendos de acções privatizadas (0,67%) (2.522) (1,53%) (1.948)Outros (0,07%) (268) (0,37%) (475)

Tributação autónoma 0,13% 480 0,31% 391Outros 2,35% 8.874 0,70% 887

9,49% 35.778 2,07% 7.795

Correcções de imposto relativas a exercícios anterioresReembolso de imposto relativo aos exercícios de 1998 e 2002 (2,87%) (10.829) 0,00% -Outras 0,34% 1.294 (2,51%) (3.185)

(2,53%) (9.535) (2,51%) (3.185)6,96% 26.243 3,63% 4.610

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Em 2005 e 2004, a taxa nominal de imposto da CGD considerando as taxas de Derrama aplicáveis à sua actividade foi de 27,12% e 27,20%, respectivamente.

A Caixa não reconhece impostos diferidos activos sempre que não seja provável a existência de lucros tributáveis futuros ou outras circunstâncias que assegurem o respectivo aproveitamento. A este respeito, a Caixa não registou nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 impostos diferidos activos no montante de mEuros 156.000, aproximadamente, relativos a uma dedução de variações patrimoniais negativas reflectidas na declaração de IRC do exercício de 2004, uma vez que ainda se encontra a aguardar uma resposta das autoridades fiscais ao pedido que formulou para aceitação desse montante. As variações patrimoniais negativas referiam-se essencialmente ao impacto em capital próprio da transferência de responsabilidades para a CaixaGeral de Aposentações (Nota 32).

As autoridades fiscais têm a possibilidade de rever a situação fiscal da Caixa durante um período de quatro anos (seis anos relativamente aos exercícios em que sejam apurados prejuízos fiscais), podendo resultar devido a diferentes interpretações da legislação, eventuais correcções ao lucro tributável, dos exercícios de 2002 a 2005. Dada a natureza das eventuais correcções que poderão ser efectuadas, não é possível quantificá-las neste momento. No entanto, na opinião do Conselho de Administração da Caixa, não é previsível que qualquer correcção relativa aos exercícios acima referidos seja significativa para as demonstrações financeiras.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

14. OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004 Outros activos

Bens arrematados 155.271 145.479Ouro, metais preciosos, numismática e medalhística 3.454 3.700Outros 4.651 6.322

Devedores e outras aplicações Suprimentos 456.850 516.010Empréstimos subordinados 81.664 28.720Devedores diversos 63.838 45.935Bonificações a receber. Do Estado 53.174 58.280. De outras entidades 24.396 30.296Valores a receber pela venda de bens arrematados 4.258 6.940Devedores por operações sobre futuros 27.854 6.592Sector público administrativo 1.148 47Outros 178.693 161.642

Despesas com encargo diferido Fundo de pensões (Nota 32) 382.205 456.871Rendas 1.432 1.524Outros 25.431 4.691

Responsabilidades com pensões e outros benefíciosDesvios actuariais (Nota 32) 160.586 68.853

Rendimentos a receber 14.134 13.418Operações activas a regularizar 642.968 444.309Operações de bolsa a regularizar 373 336

-------------- --------------2.282.380 1.999.965

Imparidade e provisões Bens arrematados ( 13.970 ) ( 14.425 ) Outros activos ( 47.175 ) ( 21.853 )

---------- -----------( 61.145 ) ( 36.278 )

-------------- -------------2.221.235 1.963.687======== =======

O movimento na imparidade e provisões para outros activos durante os exercícios de 2005 e 2004 é apresentado na Nota 19.

Os montantes registados em “Bens arrematados” correspondem essencialmente a imóveis e equipamentos recebidos em dação em pagamento de dívidas referentes a crédito concedido. A imparidade inclui as perdas estimadas na realização destes bens (considerando também os custos a incorrer até à respectiva venda).

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Os suprimentos e empréstimos subordinados em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 apresentam a seguinte composição:

2005 2004Suprimentos:

Caixa Seguros, SGPS, S.A. 326.525 326.525Gerbanca, SGPS, S.A. 87.732 102.212Caixa Leasing e Factoring 25.976 25.976Caixa – Internacional, SGPS, S.A. 7.778 8.189

Sanjimo 5.605 -Caixa – Sistemas de Informação, S.A. 1.467 1.467

Gestínsua 902 -Sogrupo – Serviços Administrativos, ACE 865 -Caixa – Brasil, SGPS, S.A. - 51.641

----------- -----------456.850 516.010====== ======

Empréstimos subordinados:Caixa Leasing e Factoring 40.000 -

Banco Siméon 31.050 19.550 BNU Macau 10.614 9.170

--------- ---------81.664 28.720===== =====

Os suprimentos concedidos à Caixa Seguros, SGPS, S.A. não vencem juros e destinaram-se a financiar a aquisição da Companhia de Seguros Mundial – Confiança, S.A. em 2000.

Os suprimentos concedidos à Gerbanca, SGPS, S.A. não vencem juros e destinaram-se a financiar a aquisição do Caixa – Banco de Investimento, S.A.. Em 2005, a Gerbanca reembolsou 14.480 mEuros na sequência do recebimento de dividendos do Caixa – Banco de Investimento, S.A..

Os suprimentos concedidos à Caixa Leasing e Factoring não são remunerados e destinaram-se essencialmente a financiar a aquisição de acções da ex-Imoleasing – Sociedade de Locação Financeira Mobiliária, S.A., da ex-Locapor – Companhia Portuguesa de Locação Financeira, S.A. e da ex-Lusofactor – Sociedade de Factoring, S.A..

Os suprimentos concedidos à Caixa – Internacional, SGPS, S.A. não vencem juros e destinaram-se a financiar a participação num aumento de capital do Banco Comercial e de Investimentos, SARL..

Os suprimentos referentes à Caixa – Brasil, SGPS, S.A. não venceram juros e destinaram-se inicialmente a financiar a aquisição da participação no Banco Bandeirantes, S.A. e os aumentos de capital subsequentes, bem como o valor adicional despendido na aquisição das participações na Unibanco Holdings, S.A. e no Unibanco – União de Bancos Brasileiros. Os suprimentos foram integralmente reembolsados em 2005 na sequência da alienação pela Caixa Brasil das referidas participações.

Em 31 de Dezembro de 2005, o empréstimo subordinado concedido à Caixa Leasing e Factoring tem um prazo inicial de reembolso de 10 anos e vence juros a uma taxa indexada à Euribor a 3 meses.Em 31 de Dezembro de 2005, a taxa de juro anual em vigor ascendia a 2,75%. Os juros são pagos trimestral e postecipadamente em 5 de Março, 5 de Junho, 5 de Setembro e 5 de Dezembro de cada ano.

Os empréstimos subordinados concedidos ao Banco Siméon têm vencimento a partir de 2024 e são remunerados a uma taxa indexada à Euribor a 12 meses.

O empréstimo subordinado no montante de 100.000.000 de Patacas Macaenses (mEuros 10.614 e mEuros 9.170 aos câmbios de 31 de Dezembro de 2005 e 2004, respectivamente) será amortizado até Dezembro de 2010 e vence juros à taxa do mercado monetário interbancário para a oferta de fundos em Patacas para o prazo de 6 meses.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

15. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS E DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004Recursos de bancos centrais

Depósitos e outros recursosDe instituições de crédito no País 377 2.892De instituições de crédito no Estrangeiro 14.983 68.210

Recursos a muito curto prazoDe instituições de crédito no Estrangeiro 848 -

EmpréstimosDe instituições de crédito no Estrangeiro 67.020 40.329

Juros a pagar 50 236--------- -----------83.278 111.667===== ======

Recursos de outras instituições de crédito

Depósitos e outros recursosDe instituições de crédito no País 1.771.513 1.113.606De instituições de crédito no Estrangeiro 4.906.046 3.357.067

Recursos do mercado monetário interbancário 58.673 14.480Recursos a muito curto prazo

De instituições de crédito no País 52.556 30.102De instituições de crédito no Estrangeiro 651.798 137.599

EmpréstimosDe instituições de crédito no Estrangeiro 2.028.848 2.995.316

Operações de venda com acordo de recompra - 45.588Recursos de organismos financeiros

internacionais 8.109 585Juros a pagar 40.534 31.397

-------------- -------------- 9.518.077 7.725.740

======== ========

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

16. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004

Depósitos de poupança 8.135.412 8.212.999-------------- --------------

Outros débitosÀ vista 16.398.143 14.479.742

--------------- ---------------A prazo -

Depósitos 17.386.243 17.893.680 Depósitos obrigatórios 846.755 936.463 Outros recursos: Cheques e ordens a pagar 103.997 150.460 Empréstimos 20.435 25.544 Outros 129.288 74.560Correcções de valor de passivos objecto de operações de cobertura 6.883 -

--------------- ---------------43.027.156 41.773.448--------------- ---------------

Juros a pagar Depósitos 166.535 171.362

---------- ----------Despesas com encargo diferido

Depósitos ( 1.989 ) ( 7.501 ) Outros recursos ( 1 ) ( 68 )

-------- --------( 1.990 ) ( 7.569 )

-------- --------Receitas com rendimento diferido

Depósitos 541 509---------------- ----------------43.192.242 41.937.750========= =========

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

17. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS

Esta rubrica tem a seguinte composição: 2005 2004

Obrigações em circulação:Obrigações emitidas no âmbito do Programa EMTN

. Remuneração indexada a taxas de juro 1.691.001 1.768.293

. Remuneração indexada a acções / índices 1.620.780 858.849

. Remuneração indexada a taxas de câmbio 434.219 404.651

. Taxa de juro fixa 390.964 336.356-------------- --------------4.136.964 3.368.149

Obrigações de Caixa - Cupão Zero . Remuneração indexada a acções / índices 105.609 130.210. Remuneração indexada a taxas de juro 80.958 80.958

Outras obrigações de caixa. Remuneração indexada a taxas de juro 395.124 395.124. Remuneração indexada a acções / índices 158.489 159.523. Taxa de juro fixa

Produtos de taxa crescente 684.705 639.669 Outros 193.620 193.620

-------------- --------------5.755.469 4.967.253-------------- --------------

Outros:Emissões no âmbito do Programa Euro Commercial Paper

and Certificate Commercial Paper . Papel comercial 1.945.440 2.767.888

. Certificados de depósito 1.193.084 787.025-------------- --------------3.138.524 3.554.913

Outros certificados de depósito 122.912 188.689 Outros passivos 525 631

-------------- --------------3.261.961 3.744.233-------------- --------------

Correcção de valor de passivos objecto de operações de cobertura ( 198.127 ) -

Despesas com encargo diferido, líquidas de proveitos ( 55.477 ) ( 58.110 ) Juros a pagar 106.598 75.172

-------------- --------------8.870.424 8.728.548======== ========

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Em 31 de Dezembro de 2005, os débitos representados por títulos no âmbito do Euro Commercial Paper and Certificate Commercial Paper eram compostos por emissões nas seguintes divisas:

2005 2004

Euros 1.802.500 2.130.500Dólares Norte Americanos 903.196 749.947

Libras 418.795 600.524 Dólares Canadianos 10.929 70.053 Dólares Australianos 3.104 - Francos Suíços - 3.889

------------- --------------3.138.524 3.554.913======== ========

Como forma de diversificação das fontes de financiamento a CGD recorre aos seguintes Programas específicos:

(i) Euro Commercial Paper and Certificate Commercial Paper (ECP)

Ao abrigo do programa denominado “EUR 5,000,000,000 Euro Commercial Paper and Certificate Deposits” a CGD (directamente ou através das Sucursais de França e Londres) pode emitir certificados de depósitos (CD) e “Notes” com uma maturidade máxima de 5 anos e 1 ano, respectivamente, denominados em Euros, Dólares Norte Americanos, Libras, Ienes Japoneses ou outra divisa que as partes acordem entre si. Estas emissões podem ser remuneradas a uma taxa de juro fixa, variável ou indexada à performance de índices ou acções.

(ii) Euro Medium Term Notes (EMTN)

O Grupo CGD, através da CGD (directamente ou a partir das Sucursais de França, Londres e Madeira) e da CGD Finance, podem emitir ao abrigo deste Programa títulos de dívida no montante máximo de 10.000.000.000 Euros. Todas as emissões da CGD Finance são garantidas pela Sucursal de França.

As obrigações podem ser emitidas em qualquer divisa com prazos mínimos de um mês e 5 anos para emissões não subordinadas e subordinadas, respectivamente. Não estão definidos prazos máximos para as operações.

Estas emissões podem ser emitidas a desconto e ser remuneradas a taxas de juro fixas,variáveis ou indexadas à performance de índices ou acções.

Nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o detalhe das obrigações emitidas por tipo de remuneração e por prazos residuais até à maturidade é o seguinte:

2005Programa EMTN

Tipo de activo ou de indexantesubjacente à remuneração das obrigações

Acções / Taxa de Taxa de Sub- OutrasÍndices câmbio juro Total obrigações Total

Até 1 ano 62.230 - 214.370 276.600 574.331 850.931De 1 a 5 anos 564.052 19.800 1.418.184 2.002.036 1.044.174 3.046.210De 5 a 10 anos 818.621 5.300 346.868 1.170.789 - 1.170.789Mais de 10 anos 175.877 409.119 102.543 687.539 - 687.539

1.620.780 434.219 2.081.965 4.136.964 1.618.505 5.755.469

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

2004Programa EMTN

Tipo de activo ou de indexantesubjacente à remuneração das obrigações

Acções / Taxa de Taxa de Sub- OutrasÍndices câmbio juro Total obrigações Total

Até 1 ano 58.332 2.864 743.427 804.623 337.338 1.141.961De 1 a 5 anos 197.057 1.500 585.863 784.420 1.261.766 2.046.186De 5 a 10 anos 603.460 3.223 609.794 1.216.477 - 1.216.477Mais de 10 anos - 397.064 165.565 562.629 - 562.629

858.849 404.651 2.104.649 3.368.149 1.599.104 4.967.253

Relativamente à maioria das emissões ao abrigo do Programa EMTN, foram contratados derivados que transformam o valor das emissões em Euros e a respectiva remuneração em Euribor a 3 ou 6 meses adicionada ou deduzida de um spread.

18. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS

Em Novembro de 2003, a Caixa procedeu à venda de parte das suas carteiras de crédito hipotecário e ao consumo nos montantes de mEuros 1.000.000 e mEuros 400.000, respectivamente, através de duas operações de titularização. As principais condições destas operações são apresentados de seguida:

Titularização de crédito hipotecário

Os créditos foram vendidos pelo seu valor nominal (contabilístico) ao Fundo de Titularização de Créditos Nostrum Mortgages 2003-1, FTC (“Nostrum Mortgages FTC” ou “Fundo”). Este Fundo é gerido pela Finantia – Sociedade Gestora de Fundos de Titularização de Créditos, S.A., na qual a CGD não detém qualquer participação directa ou indirecta. A CGD continua a efectuar a gestão dos contratos hipotecários, entregando ao Nostrum Mortgages FTC todos os montantes recebidos ao abrigo dos contratos de crédito.

Como forma de financiamento este Fundo emitiu unidades de titularização, de montante idêntico à carteira de crédito adquirida acrescida dos juros corridos, as quais foram integralmente subscritas pelo Nostrum Mortgages 2003-1 PLC (Nostrum Mortgages PLC), com sede na Irlanda.

Na data da distribuição de rendimentos das unidades de titularização, o Nostrum Mortgages FTC entrega todos os montantes recebidos da Caixa ao Nostrum Mortgages PLC, deduzidos das despesas e comissões suportadas, efectuando a separação das prestações entre capital e juros.

Como forma de financiamento, o Nostrum Mortgages PLC emitiu obrigações com diferentes níveis de subordinação e de rating e, consequentemente, de remuneração. Estas obrigações apresentam as seguintes características:

Data do RemuneraçãoRating Data de reembolso Até ao reembolso Após o reembolso

Dívida emitida Montante Moody's Fitch S&P reembolso antecipado antecipado antecipado

Class A Mortgage Backed FloatingRate Notes due 2046 980.000 Aaa AAA AAA Junho de 2046 Março de 2011 Euribor 3 m + 0,21% Euribor 3 m + 0,42%

Class B Mortgage Backed FloatingRate Notes due 2046 5.000 A2 A+ A Junho de 2046 Março de 2011 Euribor 3 m + 0,50% Euribor 3 m + 1,00%

Class C Mortgage Backed FloatingRate Notes due 2046 15.000 Baa2 BBB+ BBB Junho de 2046 Março de 2011 Euribor 3 m + 1,1% Euribor 3 m + 2,20%

1.000.000

Class D Mortgage Backed Securities Entitlement Notes due 2046 4.000

1.004.000

Rendimento residual gerado pela carteiratitularizada

Estas obrigações vencem juros trimestralmente em 15 de Março, Junho, Setembro e Dezembro de cada ano.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Para cobertura do risco de taxa de juro, o Nostrum Mortgages PLC celebrou com a Caixa um swap de taxa de juro. Nos termos deste swap, o Nostrum Mortgages PLC entrega, em cada data de vencimento de juros das obrigações, um montante correspondente à aplicação da taxa de juro média da carteira de crédito ao valor dos créditos em situação regular no início de cada período, deduzida de 0,65%, e recebe um montante equivalente aos juros a pagar das obrigações.

A Caixa tem a opção de liquidar antecipadamente as obrigações emitidas em Março de 2011 e de recomprar a carteira de crédito quando esta for igual ou inferior a 10% do montante da operação inicial.

Nas datas de pagamento de juros em cada trimestre, o Nostrum Mortgages PLC tem a faculdade de efectuar amortizações parciais das obrigações emitidas das classes A, B e C, de forma a ajustar o valor do passivo ao dos activos (carteira de crédito).

A tranche com maior grau de subordinação (Classe D) foi adquirida pela Caixa, e encontra-se registada na carteira de activos financeiros disponíveis para venda (Nota 6).

A remuneração das obrigações Classe D corresponde à diferença entre o rendimento da carteira de crédito titularizado e o somatório de todos os custos da operação, nomeadamente:

- Impostos;- Despesas e comissões do Fundo e do emitente (comissão de depósito e comissão de servicer,

calculadas sobre o valor da carteira, ambas cobradas pela Caixa, e comissão de gestão,calculada sobre o valor da carteira e cobrada pelo FTC);

- Juros das obrigações das classes A, B e C; - Pagamentos líquidos do swap.

As obrigações da Classe D constituem o último passivo a liquidar pelo Nostrum Mortgages PLC, com base no valor nominal desta classe deduzido das perdas em toda a carteira de crédito.

Titularização de crédito ao consumo

Os créditos foram vendidos pelo seu valor nominal (contabilístico) ao Fundo de Titularização de Créditos Nostrum Consumer Finance (“Nostrum Consumer FTC” ou “Fundo”). Este Fundo é gerido pela Finantia – Sociedade Gestora de Fundos de Titularização de Créditos, S.A., na qual a CGD não detém qualquer participação directa ou indirecta.

Como forma de financiamento este Fundo emitiu unidades de titularização, de montante idêntico à carteira de crédito adquirida, as quais foram integralmente subscritas pelo Nostrum Consumer Finance PLC (Nostrum Consumer PLC), com sede na Irlanda.

Como forma de financiamento, o Nostrum Consumer PLC emitiu obrigações com diferentes níveis de subordinação e de rating e, consequentemente, de remuneração. Esta dívida apresenta as seguintes características:

Rating Data deDívida emitida Montante Moody's Fitch S&P reembolso Remuneração

Class A Secured FloatingRate Notes due 2015 359.600 Aaa AAA AAA Novembro de 2015 Euribor 3 m + 0,26%

Class B Secured FloatingRate Notes due 2015 15.600 Aa1 AA AA Novembro de 2015 Euribor 3 m + 0,45%

Class C Secured FloatingRate Notes due 2015 12.400 Aa3 A A Novembro de 2015 Euribor 3 m + 0,75%

Class D Secured FloatingRate Notes due 2015 10.000 Baa2 BBB BBB Novembro de 2015 Euribor 3 m + 1,40%

Class E Secured FloatingRate Notes due 2015 2.400 Ba2 BB BB+ Novembro de 2015 Euribor 3 m + 4,00%

400.000

Class F Notes 2.625 Novembro de 2015

402.625Rendimento residual geradopela carteira titularizada

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Estas obrigações vencem juros trimestralmente em 26 de Fevereiro, Maio, Agosto e Novembro de cada ano.

Para cobertura do risco de taxa de juro, o Nostrum Consumer PLC celebrou com a Caixa um swap de taxa de juro. Nos termos deste swap o Nostrum Consumer PLC entrega, em cada data de vencimento de juros das obrigações, um montante calculado com referência à taxa de juro média da carteira de crédito, e recebe um montante calculado com referência à Euribor a 3 meses, acrescida de 4,2%.

A Caixa mantém a sua qualidade de gestor dos créditos e, consequentemente, a relação comercial com os seus clientes, efectuando as cobranças das prestações e a recuperação de eventuais moras que venham a ocorrer. O produto da cobrança das prestações é diariamente depositado numa conta do Fundo junto da Caixa.

O produto das cobranças de capital entregues pela CGD é utilizado pelo Fundo para, trimestralmente:

- Adquirir novos créditos que a Caixa lhe venha a oferecer durante os primeiros três anos da transacção. Nos exercícios de 2004 e 2005 a CGD cedeu novos créditos nos montantes de 204.139 mEuros e 205.280 mEuros, respectivamente;

- Proceder ao reembolso, por redução ao valor nominal, das Unidades de Titularização, a partir do terceiro ano.

A Caixa tem a opção de liquidar antecipadamente as obrigações emitidas e de recomprar a carteira de crédito ao valor nominal quando esta for igual ou inferior a 10% do montante da operação inicial.

Nas datas de pagamento de juros em cada trimestre, o Nostrum Consumer PLC tem a faculdade de efectuar amortizações parciais das obrigações emitidas das classes A, B, C, D e E respeitando o grau de subordinação de cada tranche, por forma a ajustar o valor do passivo aos activos (carteira de crédito).

A tranche com maior grau de subordinação (Classe F) foi adquirida pela Caixa, e encontra-se registada na carteira de activos financeiros disponíveis para venda (Nota 6).

A remuneração das obrigações da Classe F equivale ao rendimento residual do Nostrum Consumer PLC o que, em substância, corresponde à diferença entre o rendimento da carteira de crédito titularizado e o somatório de todos os custos da operação, nomeadamente:

- Impostos;- Despesas e comissões do Fundo e do emitente (comissão de depósito e comissão de servicer,

calculadas sobre o valor da carteira, ambas cobradas pela Caixa, e comissão de gestão, calculada sobre o valor da carteira e cobrada pelo FTC);

- Juros das obrigações das classes A, B, C, D e E; - Pagamentos líquidos do swap.

As obrigações Classe F constituem o último passivo a liquidar pelo Nostrum Consumer PLC, sendo por isso os primeiros títulos a absorver eventuais perdas que venham a ocorrer na carteira de crédito.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Movimento nos créditos

O movimento ocorrido no valor dos activos cedidos nos exercícios de 2004 e 2005, pode ser demonstrado da seguinte forma:

Nostrum NostrumMortgages FTC Consumer FTC Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2003 986.997 362.545 1.349.542----------- ----------- --------------

Aquisições de novos créditos - 204.139 204.139Amortizações ( 88.123 ) ( 201.597 ) ( 289.720 ) Abates - ( 415 ) ( 415 )

Outros 287 - 287----------- ----------- --------------

Saldos em 31 de Dezembro de 2004 (Nota 34) 899.161 364.672 1.263.833----------- ----------- --------------

Aquisições de novos créditos - 205.280 205.280Amortizações ( 91.084 ) ( 203.479 ) ( 294.563 ) Abates - ( 951 ) ( 951 ) Outros ( 120 ) ( 5 ) ( 125 )

----------- ----------- --------------Saldos em 31 de Dezembro de 2005 (Notas 8 e 34) 807.957 365.517 1.173.474

====== ====== ========

Registo contabilístico

Dado o Banco de Portugal ter aprovado a classificação destas cessões como completas e definitivas, de acordo com o PCSB a Caixa registou a venda dos activos cedidos através destas operações, mantendo apenas um registo em contas extrapatrimoniais dos valores em dívida.

Com a implementação das NCA e, especificamente, dos requisitos para desreconhecimento de activos financeiros definidos pela Norma IAS 39, a Caixa anulou o impacto contabilístico do registo da venda relativamente à operação de crédito ao consumo, encontrando-se os créditos reflectidos em balanço a partir de 1 de Janeiro de 2005 (Nota 8). Consequentemente, a Caixa registou um “Passivo financeiro associado a activos transferidos”. Genericamente, esta rubrica reflecte os passivos emitidos pelo Veículo para subscrição por entidades externas, deduzidos da liquidez do Fundo e do Veículo. O saldo em 31 de Dezembro de 2005 pode ser demonstrado da seguinte forma:

Obrigações emitidas pelo Veículo (incluindo residuais) 403.647Disponibilidades do Veículo e do Fundo ( 41.590 ) Outros activos e passivos do Veículo e do Fundo 163

----------- 362.220 ======

O montante de créditos cedidos no âmbito desta operação foi retirado de contas extrapatrimoniais.Deste modo, as rubricas extrapatrimoniais em 31 de Dezembro de 2005 reflectem apenas valores relativos à titularização de crédito à habitação.

O impacto agregado nos capitais próprios da Caixa em 1 de Janeiro de 2005 da transição para as NCA relativo a operações de titularização ascendeu a 14.281 mEuros (Nota 38).

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

19. PROVISÕES E IMPARIDADE

O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2005 e 2004 foi o seguinte:

2005Diferenças

Saldo em Adopção Reposições de Saldo em31.12.2004 da IAS 39 Reforços e anulações Utilizações câmbio Transferências Outros 31.12.2005

(Nota 38)

Provisões para riscos gerais de crédito 325.831 5.182 9.548 (3.128) - - - 267 337.700

Provisões para risco país de passivoscontingentes - - - - - - 625 - 625

Provisões para encargos com benefíciosde empregados 323.082 - - (79) (15.398) - - 98.756 406.361

Provisões para contingências judiciais 8.501 - 2.400 - - - - (1) 10.900Provisões para outros riscos e encargos 202.991 - 144.184 (90.157) (92.086) - - (487) 164.445

860.405 5.182 156.132 (93.364) (107.484) - 625 98.535 920.031Imparidade e provisões para risco-país de aplicações em instituições de crédito (Nota 7) 9.815 - 6.400 (9.631) (8) 129 (465) - 6.240Provisões para crédito a clientes (Nota 8) 751.689 - 580.031 (284.825) (146.044) 2.035 (252) (172) 902.462

761.504 - 586.431 (294.456) (146.052) 2.164 (717) (172) 908.702Provisões para risco país de activos financeirosdisponíveis para venda (Nota 6) 9 - - - - - (5) - 4

-Imparidade de outros activos tangíveis (Nota 10) 16.118 - - - - - - - 16.118Imparidade de investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos (Nota 12) 99.605 (8.321) - (2.328) - - - - 88.956Imparidade de outros activos (Nota 14) 36.278 - 21.512 (3.576) - - - 6.931 61.145

152.001 (8.321) 21.512 (5.904) - - - 6.931 166.2191.773.919 (3.139) 764.075 (393.724) (253.536) 2.164 (97) 105.294 1.994.956

2004Movimentosem Reservas

Saldos em Adopção Reposições e Resultados Saldo em31-12-2003 das NCA Reforços e anulações Utilizações Transitados Transferências Outros 31.12.2004

(Nota 38)

Provisões para riscos gerais de crédito 308.363 - 23.983 (5.465) (361) - (1.283) 594 325.831Provisões para encargos com benefícios de empregados 427 305.433 - (121) (17.705) - - 35.048 323.082Provisões para contingências judiciais 8.501 - - - - - - - 8.501Provisões para outros riscos e encargos 171.491 948 166.974 (112.226) (1.836) - (19.026) (3.334) 202.991

488.782 306.381 190.957 (117.812) (19.902) - (20.309) 32.308 860.405

Provisões para risco-país de aplicações em instituições de crédito (Nota 7) 16.028 - 14.070 (27.741) - - 7.070 380 9.807

Provisões para crédito a clientes (Nota 8) 771.788 - 541.036 (304.666) (256.754) - 1.689 (1.404) 751.689787.816 - 555.106 (332.407) (256.754) - 8.759 (1.024) 761.496

Imparidade de aplicações em instituições de crédito (Nota 7) 18.216 - 2.296 (13.014) (7.490) - - -

Provisões

8

para participações financeiras 84.118 - - - (512.350) 710.974 - (231) 282.511

Provisões para menos-valias em títulos de investimento 376.044 - 48.068 (53.603) (71.556) - (1.531) (3.055) 294.367Provisões para risco país de activos financeiros disponíveis para venda (Nota 6) 17.529 - 6.440 (23.152) - - - (808) 9

495.907 - 56.804 (89.769) (591.396) 710.974 (1.531) (4.094) 576.895

Imparidade de investimentos em filiais, - associadas e empreendimentos conjuntos (Nota 12) 98.337 2.596 16.496 (24.681) - 610 285 5.962 99.605Imparidade de outros activos tangíveis (Nota 10) - 16.496 - (378) - - - - 1

Imparidade de outros activos

6.118

(Nota 14) 41.237 1.614 19.454 (18.328) (1.761) - 12.850 (18.788) 36.278139.574 20.706 35.950 (43.387) (1.761) 610 13.135 (12.826) 152.001

1.912.079 327.087 838.817 (583.375) (869.813) 711.584 54 14.364 2.350.797

Com referência a 1 de Janeiro de 2005, as provisões para participações financeiras e menos-valias em títulos de investimento foram deduzidas ao saldo dos activos correspondentes, no âmbito da adopção do IAS 39 (Nota 2.3 .f)).

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 e em 1 de Janeiro de 2004, as provisões para encargos com benefícios de empregados apresentam a seguinte composição (Nota 32):

2005 2004 01.01.04

Provisão para assistência médica pós-emprego (Nota 32) 399.585 316.324 285.285

Provisão para acordos de suspensão da prestação de trabalho (Nota 32) 3.020 2.736 16.526

Provisão para responsabilidades com subsídio por morte (Nota 32) 2.028 2.216 2.122

Responsabilidades da Sucursal de França (Nota 32) 1.728 1.806 1.500

----------- ----------- -----------406.361 323.082 305.433====== ====== ======

Nos exercícios de 2005 e 2004, os “Outros” movimentos nas provisões para encargos com benefícios de empregados apresentam a seguinte composição:

2005 2004

Provisões registadas por contrapartida de custos com pessoal: . Assistência médica (Notas 31 e 32) 22.182 20.920. Acordos de suspensão da prestação de trabalho (Nota 31) 218 ( 11.184 ) Provisões registadas por contrapartida de custos diferidos: . Desvios actuariais e financeiros (Nota 32) 76.355 23.940

Outros 1 1.372--------- ----------98.756 35.048===== =====

No exercício de 2005, a “Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações” tem a seguinte composição:

Imparidade de activos financeiros disponíveis para venda: - Instrumentos de capital (Nota 6) ( 5.099 ) Imparidade de outros activos financeiros ( 36 )

---------( 5.135 ) =====

No exercício de 2004, as constituições de provisões por reservas e por resultados transitados, efectuadas de acordo com as normas contabilísticas anteriormente em vigor apresentam a seguinte composição:

Provisionamento integral de menos-valias com referência a 31 de Dezembro de 2003 (Nota 6)

. BCP 622.133 . EDP 141.863

Reposições de provisões por contrapartida de resultados transitados (Nota 6) . BCP ( 10.156 ) . EDP ( 27.962 )

Reposições líquidas de provisões, ao abrigo do regime transitório do Aviso nº 4/2002 ( 14.294 )

-----------711.584======

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

As utilizações de provisões para participações financeiras no exercício de 2004 apresentam a seguinte composição:

Alienação da participação no BCP (Nota 6) 375.884Alienação da participação na EDP (Nota 6) 136.244

Outras 222-----------512.350======

No âmbito do protocolo bilateral celebrado em 2002 entre o Estado Português e a República Popular de Angola para regularização de dívida pública, a CGD negociou a regularização de aplicações vencidas enquadráveis no referido protocolo. Nos termos do acordo celebrado, em 2004 a CGD recebeu 35% do valor da dívida e respectivos juros, tendo perdoado os 65% remanescentes. Em resultado desta operação, a CGD recebeu mEuros 10.670, repôs imparidade de igual montante e abateu ao activo aplicações vencidas no valor de mEuros 8.792 através de utilização da respectiva imparidade.

Contingências do Banco Bandeirantes

No exercício de 2000, a Caixa adquiriu uma participação na Unibanco Holdings, S.A. e no Unibanco – União de Bancos Brasileiros (ambos identificados como “Unibanco”), tendo entregue em contrapartida as acções que detinha do Banco Bandeirantes, S.A. (Bandeirantes). Nos termos do Contrato de Associação celebrado, a Caixa assumiu a responsabilidade pelo pagamento de eventuais perdas resultantes de contingências do Bandeirantes, nomeadamente as relativas à liquidação do Banco Banorte, S.A. (Banorte), processos de natureza fiscal e outras. Adicionalmente, o contrato previa que o Unibanco poderia reclamar até Dezembro de 2006 contingências de natureza geral que não estivessem especificamente identificadas na data da transacção.

Até 31 de Dezembro de 2004 a CGD tinha efectuado pagamentos no montante de 26.045 milhares de reais (mEuros 8.453) relativos a estas situações, dos quais 2.333 milhares de reais (mEuros 639) no exercício de 2004.

Em 31 de Dezembro de 2004, a CGD tinha constituído uma provisão, por afectação de uma parcela da provisão para outros riscos e encargos, para fazer face à sua estimativa dos valores a pagar nos termos do Contrato de Associação celebrado com o Unibanco.

No exercício de 2005, a Caixa celebrou com o Unibanco um “Acordo de transacção e quitação”. Nos termos deste acordo a Caixa pagou 238.600 milhares de Reais (mEuros 76.096), tendo utilizado a provisão constituída para outros riscos e encargos pelo referido montante. Em contrapartida, as partes acordaram a quitação integral e irrevogável de todas as obrigações e responsabilidades assumidas no âmbito do Contrato de Associação acima referido, com excepção de contingências relacionadas com determinados processos de natureza fiscal contra o Bandeirantes.

Relativamente a estas contingências fiscais, tendo em consideração a evolução que tem sido registada nos respectivos processos, existindo inclusivamente decisões favoráveis ao Bandeirantes, o Conselho de Administração classifica como remota a probabilidade de a Caixa vir a efectuar qualquer pagamentos relativos a estas contingências, não tendo constituído provisões para o efeito.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

20. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004

Empréstimo da CGD Finance 400.000 605.000Empréstimo da Caixa Geral Finance 350.000 -Empréstimo da Caixa Geral Finance 250.000 250.000CGD (Sucursal de França) - Euros 110.000.000 Floating Rate Undated Subordinated Notes 110.000 110.000CGD (Sucursal de França) - Euros 250.000.000 Floating Rate Undated Subordinated Notes 250.000 -CGD (Sucursal de França) - Euros 21.000.000 Floating Rate Undated Subordinated Notes 21.000 -Obrigações de Caixa Subordinadas - Renda Mais 2001/2011 – 1ª emissão 100.000 100.000Obrigações de Caixa Subordinadas - Renda Mais 2001/2011 – 2ª emissão 173.368 173.368Obrigações de Caixa Subordinadas - Renda Mais 2002/2012 150.000 150.000Obrigações de Caixa Subordinadas - Renda Mais 2005/2015 104.891 -Obrigações de caixa BNU Subordinadas/98 49.880 49.880Obrigações de caixa BNU Subordinadas/97 49.862 49.862Empréstimos Schuldshein “Caja Madrid” 42.383 -Obrigações de Caixa Subordinadas - Renda Mais 2000/2010 - 119.131

------------- -------------2.051.384 1.607.241

Juros a pagar 10.420 8.164-------------- --------------2.061.804 1.615.405======== ========

Os empréstimos concedidos pela CGD Finance e Caixa Geral Finance à CGD resultam da aplicação dos montantes das emissões de obrigações e acções preferenciais efectuadas por estas entidades.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

21. OUTROS PASSIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004

Credores:Recursos consignados 2.520.092 1.530.451Outros fornecedores 90.951 51.304Fornecedores de bens para locação financeira 28.570 8.138Recursos – conta caução 934 895Credores por contratos de Factoring 14.791 -Credores por capital subscrito a realizar – Banco Siméon (Nota 12) 164.732 -Caixa Geral de Aposentações 156.500 31.147Banco Financial Português 13.847 13.847Credores por venda de bens arrematados 10.012 956Credores por valores a liquidar 7.520 6.228Outros 9.167 19.307

Outras exigibilidades:Retenção de impostos na fonte 29.869 35.775Outros impostos a pagar 4.088 4.277Cobranças por conta de terceiros 2.989 2.651Contribuições para a Segurança Social 139 129Juros e dividendos a pagar - 26Outros 41.945 54.259

Despesas com encargo diferido:Credores e outros recursos - ( 75 )

Encargos a pagar:Gastos com pessoal . Férias e subsídio de férias 57.352 57.109. Prémio de antiguidade (Notas 32 e 38) 44.375 45.514. Prémio de produtividade 26.744 26.500. Outros 2.910 3.541Outros juros e encargos similares 7.580 5.400Juros a pagar 6.308 3.546Outros 18.927 9.653

Receitas com rendimento diferido:Rendas 49 30Outros 26.828 11.023

Outras contas de regularização:Operações passivas a regularizar 448.546 444.101

-------------- --------------3.735.765 2.365.742======== ========

60

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Em 31 de Dezembro de 2005, as condições dos “Recursos consignados” podem ser resumidas da seguinte forma:

Saldo Saldo em Data Data deDenominação Contraparte contratado 31.12.2005 de início vencimento

KFW900 KFW - Kredeitanslt Fur Wiederaufbau 900.000 900.000 12-12-2005 25-09-2015KFW 300 MIO KFW - Kredeitanslt Fur Wiederaufbau 300.000 300.000 07-04-2004 17-03-2014Infraestruturas Municipais I KFW - Kredeitanslt Fur Wiederaufbau 250.000 250.000 22-11-2004 22-11-2013CGD - Empréstimo Global XII Banco Europeu de Investimento 200.000 200.000 19-11-2004 15-09-2024CGD Empréstimo Global XI Banco Europeu de Investimento 200.000 200.000 25-06-2003 15-06-2023CGD Empréstimo Global X Banco Europeu de Investimento 200.000 200.000 21-11-2002 15-09-2022CGD Reabilitação Urbana Banco Europeu de Investimento 150.000 150.000 11-12-2003 15-09-2012CGD/BNU Global Loan IX Banco Europeu de Investimento 150.000 150.000 27-10-2000 15-12-2023CEB Pré-Escolar CEB - Council of Europe Development Bank 100.000 100.000 11-12-2002 15-09-2024CEB - Serra dos Candeiros CEB - Council of Europe Development Bank 30.161 28.150 19-11-2004 25-11-2019Projecto Municipal Infra EG - III Banco Europeu de Investimento 27.434 15.942 18-04-1995 15-09-2012Projecto Municipal Infra EG - III - B Banco Europeu de Investimento 27.434 10.448 14-11-1997 15-09-2010CEB Pré-Escolar CEB - Council of Europe Development Bank 10.475 6.376 07-04-2005 25-10-2012CGD Reabilitação Urbana Banco Europeu de Investimento 12.470 5.769 19-12-1996 15-06-2011Infraestruturas Municipais II KFW - Kredeitanslt Fur Wiederaufbau 7.669 2.300 30-01-1991 31-12-2010Outros 1.107

2.520.092

Em 31 de Dezembro de 2005, os recursos consignados eram remunerados à taxa de juro média anual de 2,37%.

22. CAPITAL

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o capital da CGD é integralmente detido pelo Estado Português, estando representado por 590.000.000 de acções de valor nominal de cinco Euros cada.

No exercício de 2004, como resultado da deliberação unânime da Assembleia Geral de 16 de Dezembro de 2004, foi efectuado um aumento de capital da CGD no montante de mEuros 500.000, através da emissão de 100.000.000 de acções de valor nominal de 5 Euros cada e com um prémio de emissão de 3 Euros por acção. Este aumento de capital foi realizado através da entrega de 179.372.198 acções da EDP – Energias de Portugal, S.A. (EDP) correspondentes a 4,91% do capital desta empresa, valorizadas a 2,23 Euros cada, correspondente à cotação de fecho das acções da EDP na Euronext Lisboa em 13 de Dezembro de 2004, num total de mEuros 400.000 (Nota 6). O remanescente, no montante de mEuros 400.000, foi realizado em dinheiro.

Na Assembleia Geral realizada em Abril de 2004, foi deliberada a distribuição ao accionista Estado de dividendos relativos ao resultado de 2003 no montante de 320.380 mEuros, o que correspondeu a um dividendo de 0,65 Euros por acção.

No exercício de 2005, não foram distribuídos pela Caixa dividendos relativos aos resultados do ano anterior. Na Assembleia Geral realizada em 17 de Junho de 2005 foi deliberada a utilização dos prémios de emissão, no montante de 300.000 mEuros, e de parte da reserva legal, no montante de 538.933 mEuros, para cobertura de resultados transitados negativos.

No exercício de 2004, o número médio de acções emitidas considerado para o cálculo do resultado por acção ascende a 494.109.589, tendo sido apurado com base na quantidade de acções subscritas ponderada pelo número de dias antes e após o aumento de capital.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

23. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS E LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

2005 2004

Prémios de emissão - 300.000----------- -----------

Reservas de reavaliação . Reserva de reavaliação legal de imobilizado 241.027 301.179. Reserva de justo valor, líquida de impostos diferidos 64.918 -

----------- -----------305.945 301.179----------- -----------

Outras reservas e resultados transitados . Reserva legal 397.097 878.945

. Outras reservas ( 2.754 ) ( 11.817 )

. Resultados transitados ( 14.569 ) ( 867.455 ) ----------- -----------379.774 ( 327 )----------- -----------

Lucro do exercício 350.770 122.461------------- -----------1.036.489 723.313======= ======

Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B,nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias. No exercício de 2005, os prémios de emissão foram integralmente utilizados para regularização de resultados transitados negativos.

As reservas de reavaliação só podem ser utilizadas para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. Estas reservas foram constituídas ao abrigo da seguinte legislação:

Imobilizações corpóreas:Decreto-Lei nº 219/82, de 2 de Junho 32.423Decreto-Lei nº 399 - G/84, de 28 de Dezembro 25.394Decreto-Lei nº 118 - B/86, de 27 de Maio 32.200Decreto-Lei nº 111/88, de 2 de Abril 21.423Decreto-Lei nº 49/91, de 25 de Janeiro 57.781Decreto-Lei nº 264/92, de 24 de Novembro 55.203Decreto-Lei nº 31/98, de 11 de Fevereiro 76.032

Imobilizações financeiras 723-----------301.179

Regularização por contrapartida de resultados transitados ( 60.152 ) -----------241.027======

No exercício de 2005, a Caixa transferiu para “Resultados transitados” mEuros 60.152 relativos à parcela das reavaliações que já tinha sido realizada através de amortizações.

De acordo com os estatutos da CGD, é transferido para a reserva legal um mínimo de 20% do resultado líquido de cada ano. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

O resultado individual da CGD, foi determinado da seguinte forma:

2005 2004Caixa Geral de Depósitos, S.A.Actividade em Portugal 332.879 83.928

Sucursal de França 4.320 4.228Sucursal Financeira Exterior da Madeira 3.376 6.051

Sucursal de Timor 2.864 2.576Sucursal de Nova Iorque 2.195 4.470

Sucursal de Londres 2.115 15.577 Sucursal de Cayman 1.921 3.844 Sucursal do Luxemburgo 829 1.735 Sucursal do Mónaco 132 47 Sucursal do Zhuhai 139 5

----------- ----------Resultado da actividade global 350.770 122.461

====== ======

24. JUROS E RENDIMENTOS E JUROS E ENCARGOS SIMILARES

Estas rubricas têm a seguinte composição:

2005 2004Juros e rendimentos similares:Juros de aplicações em instituições de crédito

. No País 64.002 68.467 . No estrangeiro 192.873 181.112

Juros de crédito a clientes . Crédito interno 1.460.305 1.412.877 . Crédito ao exterior 104.736 90.957 . Crédito vencido 40.669 35.147

Juros de activos securitizados não desreconhecidos 36.215 -Juros de activos detidos para negociação

. Títulos 130.461 129.819 . Swaps 526.730 205.595

. Contratos de garantia de taxa de juro 5.302 -Juros de activos financeiros ao justo

valor através de resultados 76.626 24.019Juros de activos financeiros disponíveis para venda 20.736 94.635Juros de derivados de cobertura 143.252 124.236Juros de devedores e outras aplicações 7.271 5.824Juros de disponibilidades 21.031 20.747Outros juros e rendimentos similares 65.501 2.879Comissões recebidas associadas ao custo amortizado 50.815 -

------------- -------------2.946.525 2.396.314======== ========

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2005 2004

Juros e encargos similares:Juros de depósitos

Do sector público administrativo 32.214 32.784De outros residentes 371.905 408.651De emigrantes 47.946 66.541De outros não residentes 43.554 59.784Outros - 457

----------- -----------495.619 568.217----------- -----------

Juros de recursos de instituições de crédito . No País 30.301 24.302 . No estrangeiro 204.577 147.507

Juros de passivos financeiros de negociação . Swaps 554.757 165.464 . Outros 5.186 -

Juros de responsabilidades representadas por títulos e passivos subordinados 258.811 231.238Juros de derivados de cobertura 118.536 80.463Juros de credores e outros recursos 63.155 54.902Juros de recursos consignados 37.018 24.136Juros de passivos por activos não desreconhecidos 34.486 -Outros juros e encargos similares 56.366 4.635

------------- --------------1.858.812 1.300.864======== ========

25. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004

EDP - Energias de Portugal, S.A. 32.720 12.826Portugal Telecom, SGPS, S.A. 18.097 11.375REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A. 9.340 9.348Banco Comercial Português, S.A. 5.755 14.217Caixa - Gestão de Activos, S.A. 4.387 -SIBS - Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. 1.829 6.051PT Multimédia, SGPS, S.A. 1.005 912Esegur – Empresa de Segurança, S.A. 1.000 744GALP Energia, SGPS, S.A. - 12.554

Outros 6.173 5.057---------- ---------80.306 73.084===== =====

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26. RENDIMENTOS E ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Estas rubricas têm a seguinte composição:

2005 2004

Rendimentos de serviços e comissões

Por serviços prestados 243.605 197.174Por garantias prestadas 27.467 29.325 Por operações realizadas por conta de terceiros 2.326 2.154Por compromissos assumidos perante terceiros 4.192 10.746Por operações sobre instrumentos financeiros - 150Outros 30.955 89.308

----------- -----------308.545 328.857====== ======

Encargos com serviços e comissões

Por serviços bancários prestados por terceiros 51.667 47.270Por operações realizadas por terceiros 4.084 6.079Por garantias recebidas 6 7 Por operações sobre instrumentos

financeiros 254 780 Outros 560 4.171

---------- ---------56.571 58.307===== =====

No exercício de 2005, os rendimentos de comissões associadas a instrumentos financeiros passaram a ser registados em “Juros e rendimentos similares” (Nota 24), tal como descrito na Nota 2.3. f).

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27. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Estas rubricas têm a seguinte composição:

2005 2004

Resultados em activos e passivos detidos para negociaçãoInstrumentos de dívida 26.800 77.158Instrumentos de capital 15.250 2.820Instrumentos derivados ( 134.634 ) ( 41.304 ) Outros títulos 12.197 -

--------- ----------( 80.387 ) 38.674--------- ----------

Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultadosInstrumentos de dívida ( 41.868 ) 2.396Instrumentos de capital 1.576 2.291Outros títulos 20.899 ( 6.242 )

---------- -------( 19.393 ) ( 1.555 ) ---------- -------

Resultados em operações de coberturaSwaps de taxa de juro 53.377 ( 93.389 )

--------- ----------Correcções de valor de activos objecto

de operações de cobertura 1.371 -Correcções de valor de passivos objecto

de operações de cobertura 42.466 ---------- ----------43.837 ---------- ----------

( 2.566 ) ( 56.270 ) ===== ======

A Caixa regista em “Resultados em operações de cobertura” ganhos e perdas relativos a operações que, embora contratadas com o objectivo de cobertura, não fazem parte de relações de cobertura no âmbito do IAS 39.

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28. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004

Ganhos em activos financeiros disponíveis para venda:

Instrumentos de dívida 3.717 10.172 Instrumentos de capital

EDP (Nota 6) 8.969 -BCP (Nota 6) 8.443 -Caixa Investimentos (Nota 12) - 1.653Lusopensiones (Nota 12) - 260Outros 57 5.751

Outros títulos - 1.860--------- --------21.186 19.696--------- --------

Perdas em activos financeiros disponíveis para venda:

Instrumentos de dívida ( 368 ) ( 1.883 ) Instrumentos de capital

BCP (Nota 6) - ( 2.200 ) Lusogest (Nota 12) - ( 60 ) Outros - ( 413 )

Outros títulos ( 82 ) ------ -------

( 450 ) ( 4.556 ) --------- ---------20.736 15.140===== =====

29. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004

Mais-valia na liquidação da Caixa Brasil (Nota 12) 169.618 -Ganhos e perdas na alienação de activos tangíveis 3.255 4.442

Outros 2.145 1.684---------- ---------175.018 6.126====== =====

67

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30. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Estas rubricas têm a seguinte composição:

2005 2004Outros proveitos de exploração

Cedência de pessoal a outras entidades do Grupo 58.258 47.122Recuperação de créditos incobráveis Crédito concedido 27.332 28.221. Juros e despesas 11.408 10.636Reembolso de despesas 4.803 8.368Prestação de serviços diversos 9.521 25.904Venda de cheques 18.003 19.590Cedência de pessoal à Caixa Geral de Aposentações e a outras entidades 6.129 8.956

Outros 25.492 44.375----------- -----------160.496 193.172----------- -----------

Outros custos de exploração

Outros impostos ( 8.582 ) ( 11.609 ) Contribuições para o Fundo de Garantia de Depósitos (Nota 34) ( 9.956 ) ( 9.652 ) Donativos e quotizações ( 6.210 ) ( 3.725 ) Outros ( 23.159 ) ( 44.586 )

---------- ---------( 47.907 ) ( 67.572 ) ----------- -----------113.039 125.600====== ======

31. CUSTOS COM PESSOAL E NÚMERO MÉDIO DE EMPREGADOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004

Remuneração dos órgãos de gestão e de fiscalização 2.766 2.729Remuneração dos empregados 417.294 404.080Provisão para acordos de suspensão da prestação de trabalho (Nota 19) 218 ( 13.790 ) Reformas antes da idade normal de reforma (Notas 19 e 32) 686 2.606Assistência médica – CGD (Nota 32) . Custo normal (Notas 19 e 32) 22.182 20.920. Contribuições relativas a pessoal no activo 26.432 25.860Outros encargos relativos a remunerações 8.349 8.299Fundo de Pensões – CGD (Nota 32) . Impacto da transferência de responsabilidades para a

Caixa Geral de Aposentações - 184.855 . Custo normal 48.517 41.014 . Outros 548 185

. Outros encargos sociais obrigatórios 8.508 8.006Outros custos com o pessoal 8.863 10.086

----------- -----------544.363 694.850====== ======

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Nos exercícios de 2005 e 2004, a rubrica “Remuneração dos empregados” inclui mEuros 26.500 relativos à provisão para distribuição de resultados aos empregados da CGD.

O saldo negativo em 2004 relativo à “Provisão para acordo de suspensão da prestação de trabalho” resulta essencialmente da redução de 12.221 mEuros nas responsabilidades devido à transferência de responsabilidades para a Caixa Geral de Aposentações (Nota 32).

O número médio de empregados durante os exercícios de 2005 e 2004, por tipo de funções, foi o seguinte:

2005 2004

Direcção 135 132 Chefias 1.833 1.897 Técnicos 2.045 2.274 Administrativos 6.679 6.468 Auxiliares 252 248

--------- ---------10.944 11.019===== =====

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, estes números não incluem os empregados pertencentes ao Departamento de Apoio à Caixa Geral de Aposentações (311 em 2005 e 323 em 2004), os afectos aos Serviços Sociais da CGD (72 em 2005 e 2004) e os que se encontram em comissão de serviço no exterior (100 em 2005 e 103 em 2004).

32. PENSÕES DE REFORMA E OUTROS BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS

Pensões de reforma e subsídio por morte após a idade da reforma

De acordo com o artigo 39º do Decreto-Lei nº 48.953, de 5 de Abril de 1969 e o Decreto-Leinº 161/92, de 1 de Agosto, competia à CGD o pagamento das pensões de reforma por doença, invalidez ou velhice dos seus colaboradores, bem como das pensões de sobrevivência dos empregados admitidos a partir de 1 de Janeiro de 1992. As pensões de sobrevivência relativas aos empregados admitidos antes de 1 de Janeiro de 1992 são suportadas pela Caixa Geral de Aposentações (“CGA”). Para o efeito, estes empregados descontam 2,5% das suas remunerações para a CGA.

Adicionalmente, em conformidade com o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) em vigor para o sector bancário, o ex-BNU tinha o compromisso de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias a título de reforma antecipada e por velhice, invalidez e sobrevivência. Estas prestações consistiam numa percentagem, crescente com o número de anos de serviço, aplicada à tabela salarial negociada anualmente com os sindicatos dos trabalhadores bancários. No exercício de 2001, na sequência da integração por fusão do BNU na CGD, as responsabilidades com pensões dos empregados do BNU transitaram para a CGD. Deste modo, os ex-empregados do BNU ainda no activo à data da fusão ficaram abrangidos pelo plano de pensões e benefícios em vigor na CGD.Quanto aos reformados e pensionistas do BNU à data da fusão, continua a aplicar-se o plano de pensões que estava em vigor à data das respectivas reformas.

Com referência a 30 de Novembro de 2004, foram transferidas para a CGA todas as responsabilidades com pensões de aposentação do pessoal da Caixa, relativamente ao tempo de serviço prestado até 31 de Dezembro de 2000, ao abrigo dos Decretos-Lei nº 240-A/2004, de 29 de Dezembro e nº 241-A/2004, de 30 de Dezembro, cujo montante total ascendeu a 2.510.043 mEuros.A transferência incluiu a responsabilidade com o subsídio por morte após a idade normal de reforma, relativamente ao tempo de serviço acima referido.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Neste sentido, em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as responsabilidades com pensões da Caixaconsistem no seguinte:

. Responsabilidades relativas aos empregados no activo por serviços prestados após 31 de Dezembro de 2000;

. Para os reformados entre 1 de Janeiro de 2001 e 31 de Dezembro de 2005, a parcela das responsabilidades correspondente ao tempo de serviço prestado durante esse período;

. Responsabilidades com pensões de aposentação e respectivas pensões de sobrevivência do pessoal do BNU que já se encontravam em pagamento à data da fusão;

. Responsabilidades com o subsídio por morte relativas ao tempo de serviço prestado após 31 de Dezembro de 2000.

As pensões pagas são função do tempo de serviço prestado pelos trabalhadores e da respectiva retribuição à data da reforma, sendo actualizadas com base nas remunerações vigentes para o pessoal no activo.

A Caixa assegura o esforço contributivo necessário para a cobertura das suas responsabilidades por pensões, dispondo para o efeito de um fundo de pensões, constituído em Dezembro de 1991. De acordo com o regime aplicável à Caixa, os empregados contribuem para o fundo de pensões com as seguintes percentagens das suas retribuições:

- Empregados admitidos antes de 1 de Janeiro de 1992 7,5%

- Empregados admitidos após 1 de Janeiro de 1992 10,0%

A contribuição destes últimos é efectuada integralmente para o fundo de pensões, dado que o respectivo regime de pensões de sobrevivência está a cargo do fundo.

A transferência de responsabilidades para a CGA implicou a transferência de activos do fundo de pensões de montante equivalente.

Determinação das responsabilidades com pensões de reforma e subsídio por morte após a idade da reforma

Para determinação das responsabilidades com pensões de reforma em pagamento e por serviços passados dos empregados no activo, com referência a 31 de Dezembro de 2005 e 2004 foram efectuados estudos actuariais por entidades especializadas.

As hipóteses e bases técnicas utilizadas foram as seguintes:

2005 2004 1 de Janeiro de 2004

Método actuarial Projected Unit Credit Projected Unit Credit Projected Unit CreditTábua de mortalidade . Homens TV 73/77 TV 73/77 TV 73/77 . Mulheres TV 88/90 TV 73/77 TV 73/77Tábua de invalidez EKV 80 EKV 80 EKV 80Taxa de desconto 4,75% 5% 5,5%Taxa de rendimento dos activos dos fundos 5,25% 5% 5,5%Taxa de crescimento dos salários 3% 3% 3%Taxa de crescimento das pensões 2% 2% 2%Tabela de saídas:. Idades inferiores a 30 anos 5% 5% 5%. Idades entre 30 e 40 anos 1% 1% 1%. Idades superiores a 40 anos 0% 0% 0%Serviço externo futuro 1/8 1/6 1/6

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Nos estudos efectuados em 2005 e 2004, foi considerado que a idade normal de reforma ocorrerá aos 60 anos.

A comparação entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados na determinação dos custos com pensões da CGD para os exercícios de 2005 e 2004 e os valores efectivamente verificados é apresentada no quadro seguinte:

2005 2004Pressupostos Real Pressupostos Real

Taxa de rendimento 5,25% 9,22% 5% 7,93%Taxa de crescimento dos salários 3% 3,81% 3% 3,2%Taxa de crescimento das pensões 2% 2,75% 2% 2,75%

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as responsabilidades com serviços passados de acordo com os estudos actuariais efectuados, assim como os fundos disponíveis para cobertura das mesmas, ascendiam a:

2005 2004Número de Responsa- Número de Responsa-

pessoas bilidades pessoas bilidades

Responsabilidades por serviços passados:Activos 11.981 497.465 11.782 347.273Reformados e pré-reformados 6.886 327.111 6.496 297.944

18.867 824.576 18.278 645.217

Fundos de pensões autónomos 824.576 645.217

Nível de financiamento 100,00% 100,00%

Nos termos do Aviso nº 4/2005 de 28 de Fevereiro, do Banco de Portugal, é definida a obrigatoriedade de financiamento integral das responsabilidades com reformados e pré-reformados e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades por serviços passados de pessoal no activo.Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as responsabilidades encontravam-se integralmente financiadas.

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as responsabilidades com serviços futuros de pessoal no activo da CGD ascendem a mEuros 1.199.740 e mEuros 994.611, respectivamente.

No que se refere à CGD, poderão ainda vir a ser reclamadas responsabilidades existentesrelativamente a alguns ex-empregados. No entanto, considera-se pouco expressivo o seu impacto, atendendo a que nos últimos três anos foram apenas vinte os casos de aposentação onde, em alguma medida, tais reclamações se verificaram.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

O movimento no valor do fundo de pensões durante os exercícios de 2004 e 2005 foi o seguinte:

Saldos em 31 de Dezembro de 2003 2.497.086 Contribuições regulares:

- Dos empregados 25.031- Da Caixa 31.552Contribuições extraordinárias 495.537Pensões pagas ( 91.847 ) Rendimentos e valias realizadas, líquidas 161.760Mais-valias potenciais, líquidas 51.874Perdas cambiais, comissões e outros proveitos e custos, líquidos ( 15.733 ) Activos transferidos e a transferir do Fundo de Pensões para a CGA ( 2.510.043 )

-----------Saldos em 31 de Dezembro de 2004 645.217

----------- Contribuições regulares:

- Dos empregados 26.140- Da Caixa 23.466Contribuições extraordinárias 41.115Pensões pagas ( 19.480 ) Rendimentos e valias realizadas, líquidas 90.751Mais-valias potenciais, líquidas 20.644Perdas cambiais, comissões e outros proveitos e custos, líquidos ( 3.277 )

-----------Saldos em 31 de Dezembro de 2005 824.576

======

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o Fundo de Pensões da CGD é gerido pela CGD Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A..

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o Fundo de Pensões da CGD detinha imóveis arrendados a empresas do Grupo no montante de mEuros 75.449 e mEuros 76.744, respectivamente, bem como títulos emitidos e unidades de participação de fundos geridos por empresas do Grupo no valor de mEuros 99.825 e mEuros 421.541, respectivamente.

As contribuições para os fundos de pensões nos exercícios de 2005 e 2004 foram realizadas em numerário, tendo uma parte das contribuições extraordinárias da Caixa em 2004 sido realizadas já no exercício de 2005, com data valor de 31 de Dezembro de 2004.

Até 31 de Dezembro de 2004, tinham sido transferidos para a CGA activos no montante demEuros 1.434.120. Os remanescentes mEuros 1.075.923 encontravam-se registados no passivo do Fundo naquela data, tendo sido liquidados no exercício de 2005.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

A variação no diferencial entre as responsabilidades por serviços passados e o fundo de pensões, bem como o correspondente impacto nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, podem ser demonstrados da seguinte forma:

2005 2004

Insuficiência de financiamento - Situação inicial (I) - ( 253.702 ) ====== ======

Custo do serviço corrente ( 51.037 ) ( 41.960 ) Rendimento esperado dos activos do fundo de pensões 34.240 149.528Custo dos juros ( 31.720 ) ( 148.582 )

----------- ------------Custo normal do exercício (Nota 31) ( 48.517 ) ( 41.014 ) Acréscimos de responsabilidades por reformas antes da idade normal de reforma (Nota 31) ( 686 ) ( 2.606 )

----------- ------------Variações com impacto em resultados (II) ( 49.203 ) ( 43.620 )

====== ======

Redução da taxa de desconto ( 36.576 ) ( 228.146 ) Alteração da tábua de mortalidade (mulheres) ( 27.507 ) -Outros desvios de responsabilidades ( 25.173 ) ( 49.994 ) Desvios de rendimento 73.878 48.373

---------- -----------Desvios actuariais e financeiros (III) ( 15.378 ) ( 229.767 )

====== ======Contribuições para Fundos de Pensões . Da CGD (IV) 64.581 527.089

====== ======

Insuficiência de financiamento no final do exercício (I)+(II)+(III)+(IV) - -====== ======

A insuficiência de financiamento no início do exercício de 2004 tem a seguinte composição:

Insuficiência existente de acordo com as Normas anteriores 24.563----------

Alteração de pressupostos actuariais com a transição para as NCA . Redução da taxa de desconto de 6% para 5,5% 191.346. Inclusão do subsídio por morte 37.793

-----------229.139-----------253.702======

A Caixa regista um passivo específico correspondente ao impacto da passagem à situação de inactivos de trabalhadores com os quais celebrou Acordos de suspensão de prestação de trabalho.Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o passivo registado pela Caixa a este respeito ascende a mEuros 3.020 e mEuros 2.736, respectivamente, e encontra-se registado na rubrica “Provisões” (Nota 19).

Assistência médica

A assistência médica aos empregados no activo e pensionistas da Sede está a cargo dos Serviços Sociais da Caixa Geral de Depósitos (Serviços Sociais). A contribuição anual da CGD para os Serviços Sociais corresponde a 8,95% dos salários e pensões pagas. Adicionalmente, a Caixa tem responsabilidades com as contribuições para o Serviços de Assistência Médico-Social (SAMS) relativas aos colaboradores do Ex-BNU reformados até 23 de Julho de 2001.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

As responsabilidades por serviços passados de assistência médica foram determinadas com base em estudos actuariais efectuados por entidades especializadas, utilizando pressupostos actuariais idênticos aos acima apresentados para as responsabilidades com pensões.

As responsabilidades por serviços passados encontram-se registadas na rubrica “Provisões”. O movimento nesse passivo nos exercícios de 2004 e 2005 foi o seguinte:

Responsabilidades em 1 de Janeiro de 2004 285.285-----------

Custo do ano corrente (Nota 31) 20.920Pagamentos ao SAMS e aos Serviços Sociais da CGD ( 13.821 ) Perdas actuariais 23.940

-----------Responsabilidades em 31 de Dezembro de 2004 316.324

-----------Custo do ano corrente (Notas 19 e 31) 22.182Pagamentos ao SAMS e aos Serviços Sociais da CGD ( 15.276 )

Perdas actuariais:. Alteração da tábua de mortalidade para as mulheres 11.714. Redução da taxa de desconto de 5% para 4,75% 13.952. Alteração das taxas de contribuição para o SAMS 6.910. Outras 43.779

-----------Responsabilidades em 31 de Dezembro de 2005 399.585

======

Outros benefícios de longo prazo

A Caixa paga um prémio a todos os trabalhadores que completem dez, vinte e trinta anos de efectivo serviço, nesse ano, de valor igual a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efectiva.Adicionalmente, é pago um prémio aos trabalhadores que se encontrem numa situação de passagem à situação de aposentação de valor proporcional àquele de que beneficiaria se continuasse ao serviço até reunir os pressupostos do escalão seguinte. O ajustamento apurado com referência a 1 de Janeiro de 2004 pelo reconhecimento das responsabilidades com o prémio de antiguidade ascendeu a mEuros 46.591 (Nota 38). Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 o correspondente passivo encontrava-se registado em “Outros passivos” e ascendia a mEuros 44.375 e 45.514 mEuros, respectivamente (Nota 21). A variação no exercício de 2004, que correspondeu a um proveito de 1.077 mEuros foi reflectida no resultado pró-forma de 2004 (Nota 38).

A Caixa determina ainda as suas responsabilidades com subsídio por morte antes da idade normal de reforma. O correspondente passivo em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 encontra-se registado na rubrica de “Provisões” (Nota 19) e ascende a mEuros 2.028 e mEuros 2.216, respectivamente.

Adicionalmente, a Sucursal de França assegura o pagamento de benefícios de longo prazo aos seus trabalhadores, tendo sido apuradas responsabilidades no montante de mEuros 1.500 à data de 1 de Janeiro de 2004 (Nota 38) para além de 427 mEuros que já se encontravam registados nessa data.

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Desvios actuariais diferidos

O movimento ocorrido nas rubricas de desvios actuariais diferidos e dos custos diferidos relacionados com a introdução das NCA nos exercícios de 2004 e 2005 pode ser demonstrado como segue:

Corredor (Nota 14) Desvios acima do Corredor Sub Custos diferidos - NCA (Nota 14) SubPensões Saúde Pensões Saúde Total Pensões Saúde Outros Total Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2003 252.165 - 310.039 - 562.204 - - - - 562.204Introdução das NCA - impacto nas responsabilidades 229.139 285.285 - - 514.424 - - - - 514.424Desvios actuariais do ano 229.767 23.940 - - 253.707 - - - - 253.707Impacto da transferência de responsabilidades para a

Caixa Geral de Aposentações (Nota 31) (184.855) - - - (184.855) - - - - (184.855)Introdução das NCA

Transferência para custos diferidos (19.610) (292.384) (139.925) - (451.919) 159.535 292.384 4.952 456.871 4.952Impacto em resultados transitados (Nota 38) (461.693) 7.099 (170.114) - (624.708) - - - - (624.708)

Saldos em 31 de Dezembro de 2004 44.913 23.940 - - 68.853 159.535 292.384 4.952 456.871 525.724

Desvios actuariais do ano 15.378 16.018 - 60.337 91.733 - - 91.733Amortização efectuada por contrapartida de resultados transitados - - - - - (31.907) (41.769) (990) (74.666) (74.666)

Saldos em 31 de Dezembro de 2005 60.291 39.958 - 60.337 160.586 127.628 250.615 3.962 382.205 542.791

Conforme referido na Nota 2.1, a Caixa está a amortizar por contrapartida de Resultados Transitados o impacto de transição para NCA apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004 por um prazo de 5 anos, com excepção do impacto relativo às responsabilidades com assistência médica, que estão a ser reconhecido em 7 anos.

Em resultado da transferência de responsabilidades para a CGA acima referida, a Caixa anulou por contrapartida de custo os desvios actuariais reconhecidos relativamente às responsabilidades transferidas, num total de mEuros 184.855, tendo adicionalmente reconhecido um proveito de mEuros 12.221 relativo à anulação de passivos por outros benefícios aos empregados (Nota 31).

33. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004

Serviços especializados 199.169 191.083Rendas e alugueres 40.400 38.992

Conservação e reparação 35.124 31.245Comunicações e despesas de expedição 34.818 33.634Publicidade e edição de publicações 28.836 26.523Transporte de valores e outros 26.494 24.841Água, energia e combustíveis 11.807 11.485Deslocações, estadas e representação 6.468 6.672Impressos e material de consumo corrente 4.625 6.301

Outros 16.088 20.906----------- -----------403.829 391.682====== ======

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34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

2005 2004Passivos eventuais

Garantias e avales 5.041.085 5.633.290Activos dados em garantia 2.013.385 877.502Cartas de crédito em “stand by” 374.973 406.875Créditos documentários abertos 58.665 70.928Transacções com recurso 655 921Aceites e endossos 749 338

-------------- --------------7.489.512 6.989.854======== ========

CompromissosCompromissos revogáveis 11.163.264 7.601.276Outros compromissos irrevogáveis 1.807.772 1.527.339Contratos a prazo de depósitos 865.910 589.967Subscrição de títulos 2.071.352 256.047Responsabilidades a prazo de contribuições anuais para o FGD 147.321 142.417Operações a prazo 116.000 91.000Sistema de Indemnização aos Investidores 7.549 11.067

-------------- --------------16.179.168 10.219.113======== ========

Depósito e guarda de valores 71.816.484 71.039.608======== ========

Valores administrados pela instituiçãoActivos cedidos em operações de

titularização (Nota 18) 807.957 1.263.833Outros valores 38.358 37.875

------------ -------------846.315 1.301.708====== =======

Em 31 de Dezembro de 2005, a rubrica “Garantias e avales” inclui garantias prestadas à CGD Finance e Caixa Geral Finance no âmbito de emissões de dívida e acções preferenciais nos montantes de mEuros 1.991.440 e mEuros 600.000, respectivamente (mEuros 2.857.053 e mEuros 250.000, respectivamente em 31 de Dezembro de 2004).

Os activos dados em garantia não estão disponíveis para livre utilização pela Caixa nas suas operações e em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 correspondem às seguintes situações:

2005 2004 Recursos consignados . KFW 918.000 11.250

. Banco Europeu de Desenvolvimento 802.500 587.500Banco de Portugal 273.666 274.533Royal Bank of Scotland 15.000 -Sistema de Indemnização aos Investidores (futuros) 3.450 3.450Rendas e alugueres 769 769

-------------- -----------2.013.385 877.502======== ======

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Os activos dados em garantia correspondem a instrumentos de dívida, com excepção das garantias dadas ao Banco Europeu de Desenvolvimento, em que os activos incluem créditos concedidos pela Caixa no montante de 692.500 mEuros.

Adicionalmente, a CGD deu títulos em garantia no montante de 172.745 mEuros para fazer face aos compromissos com responsabilidades a prazo de contribuições anuais para o Fundo de Garantia de Depósitos e com o Sistema de Indemnização aos Investidores.

O Fundo de Garantia de Depósitos (FGD) tem por objectivo garantir os depósitos dos clientes, de acordo com os limites estabelecidos no Regime Geral das Instituições de Crédito. Para este efeito, são efectuadas contribuições anuais regulares. Nos exercícios de 2005 e 2004, de acordo com a regulamentação aplicável, a contribuição anual para o FGD atribuível à Caixa ascendeu amEuros 14.860 e mEuros 19.304, respectivamente. Parte destas responsabilidades, nos montantes de mEuros 4.904 e mEuros 9.652, respectivamente, foram assumidas através de um compromisso irrevogável de realização das referidas contribuições no momento em que o Fundo o solicite. Estes montantes não são relevados em custos. O valor total dos compromissos assumidos desde 1996 ascende a 147.321 mEuros e 142.417 mEuros, respectivamente.

35. RELATO POR SEGMENTOS

A Caixa adoptou os seguintes segmentos de negócio para cumprimento dos requisitos do IAS 14:

- Corporate Finance: inclui as actividades relacionadas com aquisições, fusões, reestruturações, privatizações, subscrição e colocação de títulos (mercado primário), titularização, preparação e organização de créditos sindicados (merchant banking – colocação dos créditos), gestão de participações, análise financeira de mercados e empresas e serviços de aconselhamento;

- Negociação e vendas: compreende a actividade bancária relacionada com a gestão da carteira própria de títulos, gestão de instrumentos de dívida emitidos, operações de mercado monetário e cambial, operações do tipo “repo” e de empréstimo de títulos e corretagem por grosso. São incluídos neste segmento as aplicações e disponibilidades sobre outras instituições de crédito e os instrumentos derivados;

- Banca de retalho: compreende a actividade bancária junto dos particulares, empresários em nome individual e micro empresas. São incluídos neste segmento o crédito ao consumo, crédito hipotecário, cartões de crédito e também os depósitos captados junto de particulares;

- Banca comercial: inclui as actividades creditícia e de captação de recursos junto de grandes empresas e PME’s. Neste segmento estão incluídos os empréstimos, contas correntes, financiamento de projectos de investimento, desconto de letras, actividade de capital de risco, factoring, locação financeira mobiliária e imobiliária e a tomada de créditos sindicados, bem como o crédito ao Sector Público;

- Gestão de fundos de investimento: inclui as actividades associadas à gestão de fundos de investimento mobiliário e imobiliário, sejam abertos ou fechados, e de fundos discricionários de gestão de patrimónios;

- Outros: compreende todos os segmentos de actividade que não foram contemplados nas linhas de negócio anteriores, sujeito às seguintes regras: . O produto da actividade desta coluna não excede 25% do produto bancário da actividade

global;. Os proveitos de exploração, que incluem os juros, comissões, rendimento de títulos e lucros em

operações financeiras, não excedem 10% do montante total dos proveitos de exploração;. Os custos de exploração, que incluem juros, comissões e prejuízos em operações financeiras,

não excedem 10% do montante total dos custos de exploração.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

A distribuição dos resultados por linhas de negócio e mercados geográficos nos exercícios de 2005 e 2004 é a seguinte:

Linhas de negócio

2005

Negociação e Vendas

Banca deRetalho

BancaComercial

Gestão deFundos de

Investimento Outros Total

Juros e rendimentos similares 1.269.333 1.056.479 620.437 - 276 2.946.525

Juros e encargos similares (1.320.467) (415.592) (118.581) - (4.172) (1.858.812)

Rendimentos de instrumentos de capital 80.306 - - - - 80.306

Rendimentos de serviços e comissões 16.547 140.755 56.537 37.115 57.591 308.545

Encargos com serviços e comissões (6.848) (35.249) (7.246) - (7.228) (56.571)

Resultados em operações financeiras e na alienação de outros activos 239.706 - - - - 239.706

Resultados de exploração 1.724 76.982 21.205 412 12.716 113.039

Produto bancário 280.301 823.375 572.352 37.527 59.183 1.772.738

Outros custos e proveitos (1.421.968)

Resultado Líquido do Exercício 350.770

Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito (líquido) 13.813.676 24.933 - - 17.508 13.856.117

Aplicações em títulos e derivados (líquido) 9.568.897 262 - - - 9.569.159

Crédito sobre clientes (líquido) 221.556 28.214.933 16.072.063 - 4.943 44.513.495

Activo líquido total 23.706.842 28.233.995 16.055.543 - 5.651.460 73.647.840

Débitos para com instituições de crédito 9.491.952 17.866 - - 8.259 9.518.077

Débitos para com clientes 1.406.950 37.154.147 4.266.984 350.194 13.967 43.192.242

Débitos representados por títulos 3.821.994 - 5.048.430 - - 8.870.424

2004

Negociação e Vendas

Banca de Retalho

BancaComercial

Gestão de Fundos de

Investimento Outros Total

Juros e rendimentos similares 853.675 947.900 594.461 - 278 2.396.314

Juros e encargos similares (770.940) (456.441) (69.997) - (3.486) (1.300.864)

Rendimentos de instrumentos de capital 73.084 - - - - 73.084

Rendimentos de serviços e comissões 21.356 145.208 82.774 34.719 44.800 328.857

Encargos com serviços e comissões (11.954) (39.011) (2.839) - (4.503) (58.307)

Resultados em operações financeiras e na alienação de outros activos (24.937) - - - - (24.937)

Resultados de exploração 2.939 78.666 32.994 - 11.001 125.600

Produto bancário 143.223 676.322 637.393 34.719 48.090 1.539.747

Outros custos e proveitos (1.417.286)

Resultado Líquido do Exercício 122.461

Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito (líquido) 11.675.565 18.470 - - - 11.694.035

Aplicações em títulos e derivados (líquido) 9.458.102 - - - - 9.458.102

Crédito sobre clientes (líquido) 76.727 25.064.547 16.157.185 - 210.185 41.508.644

Activo líquido total 21.226.390 25.094.713 16.163.935 - 5.417.223 67.902.261

Débitos para com instituições de crédito 7.707.993 17.747 - - - 7.725.740

Débitos para com clientes 2.424.123 36.296.723 3.077.919 - 138.985 41.937.750

Débitos representados por títulos 8.728.548 - - - - 8.728.548

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Mercados Geográficos

2005

Portugal

Resto daUnião

EuropeiaResto daEuropa

América doNorte Ásia Resto do mundo Total

Juros e rendimentos similares 2.616.659 272.199 641 38.646 7.466 10.914 2.946.525

Juros e encargos similares (1.365.415) (451.464) (284) (29.616) (677) (11.356) (1.858.812)

Rendimentos de instrumentos de capital 78.307 1.999 - - - - 80.306

Rendimentos de serviços e comissões 283.625 21.865 281 1.533 897 344 308.545

Encargos com serviços e comissões (50.750) (5.601) (68) (86) (63) (3) (56.571)

Resultados em operações financeiras e na alienação de outros activos 214.919 21.184 1 1.816 1.433 353 239.706

Resultados de exploração 116.291 (3.173) (20) (85) 69 (43) 113.039

Produto bancário 1.893.636 (142.991) 551 12.208 9.125 209 1.772.738

Outros custos e proveitos (1.421.968)

Resultado Líquido do Exercício 350.770

Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito (líquido) 12.639.815 244.418 1.831 742.046 23.705 204.302 13.856.117

Aplicações em títulos e derivados (líquido) 7.980.739 1.180.209 389 379.256 - 28.566 9.569.159

Crédito sobre clientes (líquido) 42.361.472 1.772.726 12.533 236.229 61.775 68.760 44.513.495

Activo líquido total 68.707.743 3.177.403 15.255 1.358.966 86.598 301.875 73.647.840

Débitos para com instituições de crédito 6.367.261 1.834.102 2 875.798 17.866 423.048 9.518.077

Débitos para com clientes 41.452.745 1.544.977 22.328 128.207 43.145 840 43.192.242

Débitos representados por títulos 1.675.941 7.071.063 - 123.421 - - 8.870.425

2004

Portugal

Resto da União

EuropeiaResto daEuropa

América do Norte Ásia Resto do mundo Total

Juros e rendimentos similares 2.079.481 278.453 549 18.876 5.181 13.774 2.396.314

Juros e encargos similares (821.863) (457.574) (234) (15.714) (257) (5.222) (1.300.864)

Rendimentos de instrumentos de capital 73.012 72 - - - - 73.084

Rendimentos de serviços e comissões 303.620 21.875 231 1.414 982 735 328.857

Encargos com serviços e comissões (49.920) (8.102) (65) (217) (3) - (58.307)

Resultados em operações financeiras e na alienação de outros activos (33.971) 6.023 - 2.029 1.071 (89) (24.937)

Resultados de exploração 127.725 (351) (16) (60) 141 (1.839) 125.600

Produto bancário 1.678.084 (159.604) 465 6.328 7.115 7.359 1.539.747

Outros custos e proveitos (1.417.286)

Resultado Líquido do Exercício 122.461

Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito (líquido) 10.961.390 279.915 719 388.546 18.470 44.995 11.694.035

Aplicações em títulos e derivados (líquido) 7.944.448 1.122.155 - 360.253 - 31.246 9.458.102

Crédito sobre clientes (líquido) 39.314.635 1.781.383 9.398 294.387 47.318 61.523 41.508.644

Activo líquido total 63.573.667 3.069.336 10.425 1.043.896 67.004 137.933 67.902.261

Débitos para com instituições de crédito 4.015.077 2.848.018 8 551.570 17.747 293.320 7.725.740

Débitos para com clientes 40.209.300 1.609.035 19.609 66.691 31.940 1.175 41.937.750

Débitos representados por títulos 1.602.410 6.937.263 - 188.875 - - 8.728.548

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

36. ENTIDADES RELACIONADAS

São consideradas entidades relacionadas da Caixa todas as empresas controladas pelo Grupo CGD, as empresas associadas, os órgãos de gestão da Caixa e outras entidades controladas pelo Estado Português. Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as demonstrações financeiras da CGD incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas, excluindo os órgãos de gestão:

2005Outras

Estado entidades do OutrasPortuguês Estado empresas do

(DGT) Português Associadas Grupo CGDActivos:Obrigações e outros títulos 610.828 - 493.834 112.956Crédito a clientes 403.356 2.236.321 203.560 325.223Outros activos 53.200 24.204 351.516 11.134

Passivos:Recursos de clientes e outros empréstimos 1.047.717 1.388.327 4.293 457.995Débitos representados por títulos - - - 229.227Passivos subordinados - - - 1.005.773Outros passivos - 42.389 68 230.308

Garantias prestadas 43 40.766 73.300 2.594.362

Proveitos:Juros e rendimentos similares 18.806 62.291 12.283 803.217Ganhos em operações financeiras 602 - 3 281.619Rendimentos de serviços e comissões - 1 364 2Outros proveitos de exploração - - 12.010 993

Custos:Juros e encargos similares 9.043 11.503 34 800.586Perdas em operações financeiras 5.740 - 2 358.114Comissões - - -Outros custos de exploração - - 1.069 1

25

2004Outras

Estado entidades do OutrasPortuguês Estado empresas do

(DGT) Português Associadas Grupo CGDActivos:Obrigações e outros títulos 443.072 - 6 111.484Crédito a clientes - 118 1.384 45.520Outros activos 58.372 30.117 188.508 554.841

Passivos:Recursos de clientes e outros empréstimos 585.593 1.107.884 2.770 56.868Débitos representados por títulos - - - 159.324Passivos subordinados - - - 861.297Outros passivos - - 59 24.370

Garantias prestadas - - 42.000 3.112.795

Proveitos:Juros e rendimentos similares 1.627 - 6.579 63.790Ganhos em operações financeiras 10.405 - - 33.834Rendimentos de serviços e comissões - 1 600 6.979Outros proveitos de exploração - - 313 36.291

Custos:Juros e encargos similares 12.979 9.268 755 125.830Perdas em operações financeiras 6.086 - - 24.531Comissões - - -Outros custos de exploração - - -

152.816

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Os valores apresentados nos quadros acima, com excepção dos relativos a outras empresas do Grupo CGD, correspondem à actividade individual da Caixa, e resultam de uma extracção de informação das principais aplicações de negócio, não constituindo assim um detalhe integral de todas as transacções com as entidades referidas.

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

Órgãos de gestão

Em 2005, os custos suportados relativos à remuneração e outros benefícios de curto prazo atribuídos aos membros do Conselho de Administração da Caixa ascenderam a 3.680 mEuros (3.582 Euros no exercício de 2004).

Nos exercícios de 2005 e 2004, foram ainda atribuídas indemnizações por cessação de mandato nos montantes de 2.740 mEuros e 1.306 mEuros.

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o valor do crédito concedido a membros do Conselho de Administração ascendia a mEuros 687 e mEuros 664, respectivamente.

37. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Políticas de gestão dos riscos financeiros inerentes à actividade da Caixa

A CGD adoptou, em 2001, um modelo de gestão de risco centralizado que abrange a avaliação e controlo dos riscos de crédito, de mercado, e de liquidez incorridos em todo o Grupo, e que consagra o princípio da segregação de funções entre as atribuídas às áreas comerciais e à área de risco.

Risco de crédito –

A actuação da CGD no tocante ao risco de crédito é desenvolvida através da elaboração de pareceres e do controlo do risco implícito na carteira, os quais incorporam na análise a evolução económico-financeira previsional dos projectos e a influência e a percepção de factores susceptíveis de criar um risco agravado.

A avaliação do risco de crédito, quer de operações do activo quer de extrapatrimoniais, está suportada na análise sistemática dos seguintes factores:

- Transparência e qualidade da informação económico-financeira disponibilizada;

- Qualidade da gestão, eficiência operacional, influência do meio envolvente do cliente/risco e de mercado/posicionamento concorrencial, área geográfica, sector de actividade, contingências, relacionamento com CGD e Banca, de forma a permitir a detecção de riscos endógenos e exógenos;

- Qualidade da operação proposta, nomeadamente da sua finalidade, prazo, garantias, partilha de responsabilidades, colateral, risco cambial, etc.

São específicos à avaliação de risco de grupos económicos os seguintes critérios:

- Ponderação de notações externas de risco de crédito;

- Ponderação do risco de crédito das várias áreas/empresas do Grupo;

- Concentração da exposição;

- Limite aos Grandes Riscos, na perspectiva regulamentar, do seu peso face aos capitais próprios e ponderação no rácio de solvabilidade.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

No contexto da avaliação do risco e como auxiliar de decisão, é ainda efectuada uma notação interna, utilizando-se uma metodologia comum a todo o Grupo, através de “rating” para as empresas de maior dimensão e os grupos económicos e de “scoring” para o segmento de Particulares.

A avaliação do risco de Instituições Financeiras (IC) assenta em regras estabelecidas internamente, em especial, através da atribuição de limites de exposição por contraparte, a qual é suportada, não só pela notação das agências de rating, como também pela ponderação de outros critérios de natureza quantitativa e qualitativa. É igualmente tida em consideração o mercado e a economia em que se encontram inseridas, a qualidade dos seus accionistas e outros factores que poderão mitigar o risco de crédito.

As regras atrás referidas foram transpostas para uma metodologia de avaliação de risco, com vista não só à atribuição de limites para estas contrapartes, como também à sua integração nos sistemas informáticos de modo a permitir a análise dos riscos incorridos, quer ao nível da entidade, da unidade de negócio, bem como a nível consolidado. Os limites são atribuídos por contraparte, maturidade e produto, em função do respectivo grau de risco da entidade/cliente e da sua capacidade de endividamento. Procede-se, igualmente, ao acompanhamento de risco das contrapartes, bem como ao controlo da exposição e dos limites atribuídos.

Está em desenvolvimento um modelo de rating interno para IC, o qual permitirá melhorar a análise das carteiras e o estabelecimento de normas mais rigorosas de avaliação.

Quanto ao acompanhamento do risco de crédito, orienta-se em torno da avaliação dos principais indicadores, procedendo-se à desagregação da carteira por produto, segmento de cliente, estrutura de decisão, grau de exposição no sistema financeiro, sector de actividade e área geográfica, analisando-se ainda o valor da exposição face aos limites dos Grandes Riscos nos termos prudenciais fixados.

Relativamente ao crédito vencido, as áreas comerciais são informadas das situações de incumprimento, diário e mensal, segmentadas por produto e tipo de cliente, através da elaboração de relatórios.

Risco de mercado –

As regras de gestão do risco de mercado estabelecido pelo Grupo CGD para cada carteira ou unidade de negócio, incluem limites de risco de mercado e ainda limites quanto à exposição a risco de crédito, de mercado e de liquidez, rentabilidade exigida, tipos de instrumentos autorizados e níveis de perdas máximas admissíveis.

O estabelecimento daquelas regras constitui a fase final dos processos de obtenção da informação relevante para avaliação de risco, tendo sido aprovadas em 2005 revisões às regras de gestão das carteiras de negociação (Sede) e de investimento (Grupo), bem como às regras de gestão do risco cambial.

Encontram-se completamente segregadas as funções de execução das operações de mercado e o controlo do risco incorrido decorrente das mesmas.

As operações de cobertura de risco de mercado são decididas pelos gestores das carteiras ou das unidades de negócio, tendo em conta os limites de risco e os instrumentos autorizados, colaborando a área da gestão de risco na avaliação do impacto das coberturas no risco total incorrido, ou na alteração aos níveis de risco de mercado autorizados, caso as condições assim o aconselhem.

A medida de risco de mercado utilizada é o Value at Risk (VaR) para todos os tipos de risco de mercado (taxa de juro, acções, taxa de câmbio e volatilidade), segundo a metodologia de simulação histórica, sendo os níveis de confiança utilizados na simulação, dependentes do objectivo de detenção das carteiras. Adicionalmente, são utilizadas outras medidas de risco de mercado, como a sensibilidade a variações de preço dos activos subjacentes (basis point value (bpv), para taxa de juro) e outros indicadores de sensibilidade comummente aplicados a carteiras de opções (vulgo, gregos). Desenvolveram-se ainda avaliações do impacto nos resultados, para cenários extremos de variação por factor de risco (stress-testing).

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

São efectuadas, diariamente, análises de backtesting teórico e real da medida de VaR, com cálculo dos valores de backtesting teórico e, mensalmente, com cálculo de backtesting real. O número de excepções obtidas, isto é o número de vezes em que as perdas teóricas ou reais ultrapassam o valor de VaR, permite avaliar a bondade do modelo utilizado e implementar medidas de ajustamento, caso necessário. Em 2005, iniciou-se a análise dos resultados dos modelos internos de risco de mercado para cálculo dos requisitos de fundos próprios para a cobertura deste risco e respectiva comparação com o método actualmente aplicado.

Risco cambial –

O controlo e a avaliação do risco cambial é efectuada a nível individual, diariamente, para a actividade doméstica e para cada uma das Sucursais e Filiais e, quinzenalmente, a nível consolidado para todo o Grupo. São calculados valores e limites em termos de VaR, assim como por posição aberta total e posição aberta por moeda, os quais foram revistos em 2005. Em termos de alterações mais relevantes, a frequência de avaliação e controlo passou a ser diária para cada instituição do Grupo e todas as participações em moeda estrangeira passaram a ser incluídas nos limites.

Risco de liquidez –

O processo de gestão de activos e passivos (Asset-Liability Management, ALM) tem como objectivo assegurar uma gestão prudente da situação de liquidez, de consumo de capital e de controlo dos riscos financeiros associados, incidindo, em especial, sobre riscos de taxa de juro, de mercado e de liquidez.

A assunção de risco de taxa de juro ocorre sempre que, no desenvolvimento da sua actividade, a Instituição contrata operações com fluxos financeiros futuros sensíveis a variações da taxa de juro.

Para a medição deste risco, a metodologia adoptada na CGD socorre-se do agrupamento dos activos e passivos sensíveis em intervalos fixos de tempo, de acordo com as respectivas datas de revisão de taxas de juro (repricing dates). Para esses intervalos, são calculados os cash flows activos e passivos, bem como o correspondente gap de risco de taxa de juro.

Para acompanhar o efeito dos gaps mencionados sobre a margem financeira, procede-se periodicamente à elaboração de cenários previsionais da evolução mensal dos activos e passivos sensíveis, integrando comportamentos e tendências relevantes da actividade bancária, bem como a evolução das diferentes taxas de mercado e as expectativas reflectidas na yield curve.

Semestralmente, é também calculado, para a actividade consolidada, o risco de taxa de juro da carteira bancária, englobando esta todos os elementos do balanço e extrapatrimoniais não abrangidos pela carteira de negociação. A avaliação e a medição deste tipo de risco socorrem-se do impacto acumulado nos instrumentos sensíveis à taxa de juro, resultante de uma deslocação paralela da curva de rendimentos de +/- 200 b.p. (conforme Instrução nº19/2005, do Banco de Portugal).

De seguida, apresentam-se as divulgações requeridas pelo IAS 32 relativamente aos principais tipos de riscos inerentes à actividade da CGD.

83

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Risco cambial

Em 31 de Dezembro de 2005, os instrumentos financeiros apresentam a seguinte decomposição por moeda:

MoedaDólares Libra Valor de Balanço

Euros Norte Americanos esterlina Iene Outras de Derivados Total

Activo

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 1.751.987 2.096 47 1 225 - 1.754.356Disponibilidades em outras instituições de crédito 358.365 10.106 5.489 11.829 16.593 - 402.382Activos financeiros detidos para negociação 4.021.078 194.246 12.657 - 6.164 363.785 4.597.930Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 2.591.520 23.699 7.740 - - - 2.622.959Activos financeiros disponíveis para venda 1.742.370 409.845 - - 81 - 2.152.296Aplicações em instituições de crédito 7.957.728 2.471.464 436.737 324.226 515.464 - 11.705.619Crédito a clientes 44.832.773 423.687 101.712 3.427 54.358 - 45.415.957Derivados de cobertura - - - - - 195.978 195.978Investimentos em filiais e associadas 2.281.561 114 - - 225.451 - 2.507.126Provisões e imparidade de instrumentos financeiros (953.744) (10.094) (3.268) - (30.556) - (997.662)

64.583.638 3.525.163 561.114 339.483 787.780 559.763 70.356.941

Passivo

Recursos de bancos centrais (8.243) (7.967) - - (67.068) - (83.278)Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - (365.853) (365.853)Recursos de outras instituições de crédito (5.402.754) (3.751.357) (119.592) (18.722) (225.652) - (9.518.077)Recursos de clientes e outros empréstimos (42.643.924) (390.962) (7.912) (131.689) (17.755) - (43.192.242)Responsabilidades representadas por títulos (6.139.944) (1.286.396) (824.417) (549.339) (70.328) - (8.870.424)Passivos financeiros associados a activos transferidos (362.220) - - - - - (362.220)Derivados de cobertura - - - - - (415.099) (415.099)Outros passivos subordinados (2.019.160) (42.644) - - - - (2.061.804)Recursos consignados (2.520.092) - - - - - (2.520.092)

(59.096.337) (5.479.326) (951.921) (699.750) (380.803) (780.952) (67.389.089)

Derivados (Nocionais)

Swaps cambiais (1.232.814) 1.765.349 32.757 (312.458) (180.945) - 71.889Swaps de taxa de juro (820.347) 41.213 364.545 539.195 30.992 - 155.598Futuros (1.623.953) - - - - - (1.623.953)Opções 92.480 1.967 - - 50.912 - 145.359Caps & Floors (326.618) - - - - - (326.618)

(3.911.252) 1.808.529 397.302 226.737 (99.041) - (1.577.725)

1.576.049 (145.634) 6.495 (133.530) 307.936 (221.189) 1.390.127

Risco de liquidez

O risco de liquidez corresponde ao risco de a CGD ter dificuldades na obtenção de fundos de forma a cumprir os seus compromissos. O risco de liquidez pode ser reflectido, por exemplo, na incapacidade da Caixa em alienar um activo financeiro de uma forma célere a um valor próximo do seu justo valor.

Em 31 de Dezembro de 2005, os prazos residuais contratuais dos instrumentos financeiros apresentam a seguinte composição:

Prazos residuais contratuaisAté De 3 meses a De 1 a De 3 Mais de

À vista 3 meses a 1 ano a 3 anos a 5 anos 5 anos Indeterminado Total

ActivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 834.851 919.505 - - - - - 1.75Disponibilidades em outras instituições de crédito 399.251 219 2.912 - - - - 402.382Activos financeiros detidos para negociação 388.462 6.289 138.478 666.191 410.868 1.134.207 1.853.435 4.597.930Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 6.831 11.331 65.946 434.782 559.658 333.868 1.210.543 2.622.959Activos financeiros disponíveis para venda 10.149 44.202 13.441 121.291 261.756 351.256 1.350.201 2.152.296Aplicações em instituições de crédito 23.941 8.594.506 1.962.438 755.315 327.347 14.719 27.353 11.705.619Crédito a clientes 447.626 3.091.448 5.102.042 5.711.519 5.056.079 24.582.025 1.425.218 45.415.957Derivados de cobertura - - - - - - 195.978 19

2.111.111 12.667.500 7.285.257 7.689.098 6.615.708 26.416.075 6.062.728 68.847.477

Passivos

4.356

5.978

Recursos de Bancos Centrais e de outras Instituições de Crédito (1.398.942) (5.395.992) (1.090.312) (1.292.558) (31.015) (374.670) (17.866) (9.601.355)Passivos financeiros detidos para negociação (324.643) (6.793) (11.336) (3.091) (13.870) (6.120) - (365.853)Recursos de clientes e outros empréstimos (16.339.926) (14.184.510) (11.223.811) (532.040) (413.458) (310.143) (188.354) (43.192.242)Responsabilidades representadas por títulos (31.474) (2.218.146) (1.809.267) (1.528.035) (1.469.540) (1.813.962) - (8.870.424)Passivos financeiros associados a activos transferidos (5) (30.771) (90.679) (161.717) (61.697) (17.351) - (362.220)Derivados de cobertura - - - - - - (415.099) (415.099)Outros passivos subordinados (3.184) - (273.368) (655.308) (104.521) (1.025.054) (369) (2.061.804)Recursos consignados - (12.275) (42.263) (107.947) (100.155) (2.277.342) 19.890 (2.520.092)

(18.098.174) (21.848.487) (14.541.036) (4.280.696) (2.194.256) (5.824.642) (601.798) (67.389.089)

Diferencial (15.987.063) (9.180.987) (7.255.779) 3.408.402 4.421.452 20.591.433 5.460.930 1.458.388

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Risco de taxa de juro

Risco de taxa de juro corresponde ao risco do justo valor ou dos fluxos de caixa associados a um determinado instrumento financeiro, se alterar em resultado de uma alteração das taxas de juro de mercado.

Em 31 de Dezembro de 2005, a exposição ao risco de taxa de juro pode ser resumida como segue:

ExposiçãoNão sujeito

Taxa Taxa a risco defixa variável Subtotal taxa de juro Indeterminado Total

ActivoCaixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 978.463 772.963 1.751.426 2.471 459 1.754.356Disponibilidades em outras instituições de crédito 323.231 81.733 404.964 235 (2.817) 402.382Activos financeiros detidos para negociação 2.476.759 1.312.948 3.789.707 264.643 543.580 4.597.930Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 1.159.515 1.344.616 2.504.131 380.267 (261.439) 2.622.959Activos financeiros disponíveis para venda 39.225 742.268 781.493 1.351.352 19.451 2.152.296Aplicações em instituições de Crédito 10.348.145 1.041.691 11.389.836 - 315.783 11.705.619Crédito a clientes 2.120.087 42.144.926 44.265.013 - 1.150.944 45.415.957

17.445.425 47.441.145 64.886.570 1.998.968 1.765.961 68.651.499

PassivosRecursos de Bancos Centrais e outras Instituições de Crédito (6.344.819) (3.266.276) (9.611.095) - 9.740 (9.601.355)Passivos financeiros detidos para negociação - - - - (365.853) (365.853)Recursos de clientes e outros empréstimos (25.884.378) (17.243.777) (43.128.155) - (64.087) (43.192.242)Responsabilidades representadas por títulos (4.924.588) (4.144.702) (9.069.290) - 198.866 (8.870.424)Passivos financeiros associados a activos transferidos - (367.142) (367.142) - 4.922 (362.220)Outros passivos subordinados (981.000) (1.080.452) (2.061.452) - (352) (2.061.804)Recursos consignados - (2.539.983) (2.539.983) - 19.891 (2.520.092)

(38.134.785) (28.642.332) (66.777.117) - (196.873) (66.973.990)

DerivadosInterest Rate Swaps (IRS) (844.751) 844.751 - - 155.598 155.598Futuros sobre Taxa de Juro (1.068.800) - (1.068.800) - (536.004) (1.604.804)Forward Rate Agreements (FRA) - - - - 5.800 5.800Opções de Taxa de Juro - - - - (326.618) (326.618)

(1.913.551) 844.751 (1.068.800) - (701.224) (1.770.024)

Exposição Líquida (22.602.911) 19.643.564 (2.959.347) 1.998.968 867.864 (92.515)

Na construção do quadro acima, foram utilizados os seguintes pressupostos:

- As disponibilidades mínimas de caixa foram classificadas na coluna de "Taxa Fixa";

- A coluna “Indeterminado” inclui:

. O valor de balanço de derivados de negociação, classificados em “Activos detidos para negociação”;

. O crédito vencido;

. Os saldos de balanço relativos a correcções de valor de activos e passivos objecto de operações de cobertura.

- Os instrumentos de capital foram classificados como "Não sujeito a risco de taxa de juro";

- Os cheques a cobrar e a pagar são considerados nas colunas de exposição a "Taxa Fixa";

- A diferença entre o valor nominal e o valor de mercado dos títulos de dívida registados ao justo valor está considerada na coluna "Indeterminado".

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Em 31 de Dezembro de 2005, o desenvolvimento dos instrumentos financeiros com exposição a risco de taxa de juro em função da sua maturidade ou data de refixação é apresentado no quadro seguinte:

Datas de refixação / Datas de maturidadeAté De 1 mês a De 3 meses a De 1 a De 3 Mais de

À vista 1 mês a 3 meses a 1 ano a 3 anos a 5 anos 5 anos Total

ActivoCaixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 774.706 976.720 - - - - - 1.751.426Disponibilidades em outras instituições de crédito 402.059 - 2.905 - - - - 404.964Activos financeiros detidos para negociação - 398.915 762.294 312.426 388.134 260.283 1.667.655 3.789.707Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados - 929.580 853.277 426.204 108.488 15.672 170.910 2.504.131Activos financeiros disponíveis para venda 349 158.173 457.457 154.765 748 - 10.001 781.493Aplicações em instituições de Crédito 164.596 7.663.847 1.690.034 1.852.814 299 5.086 13.160 11.389.836Crédito a clientes 603.447 12.401.909 12.941.543 17.547.882 289.462 247.036 233.734 44.265.013

1.945.157 22.529.144 16.707.510 20.294.091 787.131 528.077 2.095.460 64.886.570

PassivosRecursos de Bancos Centrais e outras Instituições de Crédito (1.449.556) (3.883.678) (3.246.023) (983.726) (36.537) (920) (10.655) (9.611.095)Recursos de clientes e outros empréstimos (17.501.891) (6.287.692) (7.210.490) (10.875.538) (579.698) (431.213) (241.633) (43.128.155)Responsabilidades representadas por títulos (96.442) (1.558.966) (3.487.389) (2.715.133) (1.003.866) (114.799) (92.695) (9.069.290)Passivos financeiros associados a activos transferidos (1.527) (349.299) (7.511) (8.805) - - - (367.142)Outros passivos subordinados (10.420) (354.521) (730.999) (523.128) - (400.000) (42.384) (2.061.452)Recursos consignados - (676) (2.516.010) (23.297) - - - (2.539.983)

(19.059.836) (12.434.832) (17.198.422) (15.129.627) (1.620.101) (946.932) (387.367) (66.777.117)

DerivadosInterest Rate Swaps (IRSs) (2.611) 2.091.739 (2.268.840) (666.019) 1.303.052 533.100 (990.421) -Futuros sobre Taxa de Juro - - - - (510.200) (558.600) (1.068.800)

(2.611) 2.091.739 (2.268.840) (666.019) 792.852 533.100 (1.549.021) (1.068.800)

Exposição Líquida (17.117.290) 12.186.051 (2.759.752) 4.498.445 (40.118) 114.245 159.072 (2.959.347)

Na construção do quadro acima, as disponibilidades mínimas de caixa foram classificadas na coluna de “Até 1 mês”.

Em 31 de Dezembro de 2005, os depósitos à ordem de clientes não remunerados são considerados como de taxa fixa, sendo incluídos no intervalo “À vista”.

Justo valor

No quadro seguinte é apresentada a comparação entre o justo valor e o valor de balanço dos principais activos e passivos financeiros mantidos ao custo amortizado em 31 de Dezembro de 2005.

Saldos nãoSaldos analisados analisados

Valor de Justo Valor de Valor debalanço valor Diferença balanço balanço total

Activo

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 1.759.605 1.759.623 18 (5.249) 1.754.356Disponibilidades em outras instituições de crédito 389.293 389.293 - 13.089 402.382Aplicações em instituições de crédito 9.798.701 9.807.415 8.714 1.900.678 11.699.379Crédito a clientes 44.021.954 44.107.872 85.918 491.541 44.513.495

55.969.553 56.064.203 94.650 2.400.059 58.369.612

Passivo

Recursos de Bancos Centrais e outras Instituições de Crédito 5.223.226 5.222.741 485 4.378.129 9.601.355Recursos de clientes e outros empréstimos 43.096.718 43.094.931 1.787 95.524 43.192.242Responsabilidades representadas por títulos 9.061.046 9.089.445 (28.399) (190.622) 8.870.424Passivos financeiros associados a activos transferidos 367.142 367.440 (298) (4.922) 362.220Outros passivos subordinados 2.061.453 2.105.423 (43.970) 351 2.061.804Recursos consignados 2.539.982 2.545.223 (5.241) (19.890) 2.520.092

62.349.567 62.425.203 (75.636) 4.258.570 66.608.137

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

No apuramento do justo valor, foram utilizados os seguintes pressupostos:

- Relativamente aos saldos à vista, o valor de balanço corresponde ao justo valor;

- O justo valor dos restantes instrumentos foi determinado pela Caixa com base em modelos de fluxos de caixa descontados, tendo em consideração as condições contratuais das operações e utilizando taxas de juro apropriadas face ao tipo de instrumento, incluindo:

. Taxas de juro de mercado para aplicações e recursos de instituições de crédito;

. Taxas de juro praticadas nas novas operações concedidas pela Caixa na data do balanço, para tipos de crédito comparáveis;

. Curvas de taxas de juro incorporando o spread de risco da Caixa, no que respeita a passivos emitidos para investidores institucionais, tendo em consideração o tipo de instrumento e a respectiva maturidade;

. Taxas de juro de referência para emissão de produtos para colocação no retalho.

- A coluna “Saldos não analisados” inclui essencialmente:

. O crédito vencido, líquido das provisões constituídas;

. Saldos de algumas Sucursais não incluídas no cálculo efectuado pela Caixa.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

38. IMPACTOS DA ADOPÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS

O impacto da adopção das Normas de Contabilidade Ajustadas pode ser resumido como segue:

Capital próprio ResultadoNota 31/12/2004 31/12/2003 2004

Saldos de acordo com o PCSB 3.643.195 4.415.918 285.428

Impacto das normas adoptadas com referência a 1 de Janeiro de 2004Imóveis e outros activos tangíveis (a) (16.682) (15.572) (1.110)Activos intangíveis (b) (15.698) (11.963) (3.735)Comissões por serviços prestados (c) (11.491) (10.009) (1.482)Benefícios dos trabalhadores (d) (47.014) (712.987) (156.330)Imparidade em associadas e filiais (e) (2.596) (2.596) -Impostos diferidos (f) 129.409 66.475 (1.214)Provisões 948 948 -Variações cambiais (5.790) (4.795) 945Outros (968) 2.258 (41)

30.118 (688.241) (162.967)Saldos de acordo com NCA - contas pró-forma 3.673.313 3.727.677 122.461

Impacto da adopção do IAS 39 com referência a 1 de Janeiro de 2005Diferimento de comissões associadas a operações de crédito (g) (67.328)Valorização da carteira de títulos (h) 11.302Reavaliação de instrumentos financeiros derivados, contabilidade de cobertura e passivos estruturados (i) (477)

Activos e passivos relacionados com operações de titularização (j) 14.281

Impacto fiscal (k) 10.631

Sub-total de ajustamentos em 1 de Janeiro de 2005 (31.591)Saldos de acordo com NCA em 1 de Janeiro de 2005 3.641.722

(a) O ajustamento de transição relativo a imóveis e outros activos tangíveis pode ser decomposto da seguinte forma:

2004 2003

Activos tangíveis. Imparidade em imóveis de serviço próprio ( 16.118 ) ( 16.496 ) . Imparidade em outros activos tangíveis ( 786 ) ( 807 )

--------- ---------( 16.904 ) ( 17.303 )

Reavaliação de propriedades de investimento 3.314 3.345Imparidade de imóveis arrematados e outros imóveis ( 3.092 ) ( 1.614 )

--------- ---------( 16.682 ) ( 15.572 )

===== =====

A Caixa obteve avaliações para uma parte significativa da sua carteira de imóveis de serviço próprio. Nos casos em que foram apuradas menos-valias potenciais significativas face ao valor de balanço, líquido de amortizações, foi registada imparidade, sempre que a rendibilidade das respectivas unidades operacionais não é suficiente para recuperar a referida menos-valia.

Com a introdução das NCA, a Caixa efectuou uma análise detalhada dos seus imóveis com vista à sua classificação nas categorias previstas nas diversas normas que regulam estes activos. Apesar da maior parte dos imóveis ter permanecido classificada como imóveis de serviço próprio, foram identificadas algumas situações de imóveis arrendados, normalmente correspondentes a parcelas ou fracções de edifícios usados maioritariamente para serviço próprio. Nestes casos, os imóveis foram classificados como propriedades de investimento, passando a estar reflectidos pelo justo valor, o qual foi determinado com base em avaliações.Em resultado desta classificação, foram reconhecidas mais-valias de mEuros 3.314 com referência a 31 de Dezembro de 2004.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

O ajustamento de transição relativo a imóveis arrematados e outros imóveis não afectos à exploração, registados em “Outros activos”, resulta essencialmente do facto de a Caixa ter passado a incluir na determinação da imparidade uma estimativa dos custos a incorrer na alienação desses imóveis.

(b) A Norma IAS 38 impõe requisitos bastante restritivos para o registo de activos intangíveis, quando comparados com as Normas anteriores.

Com referência à data de transição, a Caixa efectuou uma revisão detalhada de todos os montantes capitalizados nesta rubrica, com especial enfoque nos projectos registados em imobilizado em curso, tendo sido analisado o seu enquadramento face às regras da Norma IAS 38.

Em resultado desta análise, foram anulados por contrapartida de resultados transitados valores não elegíveis para registo no âmbito das NCA, os quais com referência a 31 de Dezembro de 2004 ascendiam a mEuros 22.780. Incluíam nomeadamente projectos não elegíveis, despesas com replaneamentos e custos com formação, entre outros.

De acordo com o IAS 38, a amortização dos activos intangíveis deve ser baseada na sua vida útil estimada (sujeita a revisão periódica), reflectindo o padrão pelo qual os benefícios económicos gerados pela utilização do activo são consumidos pela entidade. A Caixa efectuou uma revisão da vida útil atribuída a activos intangíveis, nomeadamente aplicações informáticas, tendo em algumas situações efectuado alterações retrospectivamente. Em termos líquidos, este processo teve um impacto positivo em resultados transitados, que em 31 de Dezembro de 2004 ascendia a 7.082 mEuros.

(c) De acordo com a prática seguida no sector bancário em Portugal certas comissões cobradas a clientes eram reconhecidas como proveito no momento da sua cobrança. De acordo com a Norma IAS 18, estas comissões passaram a ser diferidas ao longo do período da prestação do serviço que lhes está associado.

(d) Os benefícios dos empregados são regulados pela Norma IAS 19. Relativamente à CGD a aplicação desta norma teve os seguintes impactos:

Pressupostos actuariais

Os pressupostos actuariais utilizados pela Caixa de acordo com o PCSB baseavam-se nos requisitos mínimos nesta matéria regulamentados pelo Banco de Portugal. Face aos requisitos específicos da IAS 19, com referência a 1 de Janeiro de 2004 a Caixa efectuou uma análise da adequação dos seus pressupostos actuariais e procedeu às necessárias alterações, que tiveram o seguinte impacto nas responsabilidades (Nota 32):

Redução da taxa de desconto de 6% para 5,5% 191.346Inclusão do subsídio por morte 37.793

-----------229.139======

Desvios actuariais

A CGD adoptou a possibilidade permitida pelo IFRS 1, de não recalcular os ganhos e perdas actuariais diferidos desde o início dos planos. A adopção desta opção, normalmente designada por “reset”, implicaria a anulação de todos os ganhos e perdas na data de transição por contrapartida de resultados transitados. Em 1 de Janeiro de 2004, as perdas actuariais diferidas relativas a encargos com pensões calculadas de acordo com as normas do Banco de Portugal ascendiam a 562.204 mEuros (Nota 32).

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Assistência médica pós-emprego

De acordo com as normas do Banco de Portugal e a prática no sector bancário em Portugal, estes custos eram registados numa base de caixa. De acordo com a Norma IAS 19, este benefício corresponde a um plano de benefícios definidos, pelo que as respectivas responsabilidades foram calculadas e registadas de forma similar às responsabilidades com pensões.

As responsabilidades calculadas com referência a 1 de Janeiro de 2004 ascenderam a 285.285 mEuros (Nota 32).

Outros benefícios

De acordo com o PCSB, os prémios de antiguidade pagos pela Caixa aos seus empregados (Nota 32) eram registados quando pagos. Com a introdução das NCA, a Caixa passou a calcular a responsabilidade com este encargo correspondente ao período de serviço já prestado pelos empregados. O ajustamento apurado com referência a 1 de Janeiro de 2004 pelo reconhecimento destas responsabilidades ascendeu a mEuros 46.591.

De acordo com as Normas anteriores, a participação nos lucros dos empregados da Caixadeliberada em Assembleia Geral era registada como uma distribuição do resultado do exercícioanterior, por contrapartida de capital próprio. Com a adopção das IAS/IFRS, a participação nos lucros passou a ser reflectida no exercício a que respeita, através da constituição de uma provisão por contrapartida de resultados. Com referência a 1 de Janeiro de 2004, o valor da referida provisão ascendeu a 26.491 mEuros. No exercício de 2004, a Caixa tinha já implementado este procedimento na preparação das contas de acordo com o PCSB.

Reconhecimento dos impactos de transição no âmbito das NCA

A adopção das IAS/IFRS implicaria o registo de todos os impactos de transição acima referidos directamente por contrapartida de resultados transitados. No entanto, de acordo com o permitido pelo Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal, o impacto de transição para as NCA em 31 de Dezembro de 2004 foi reflectido numa rubrica de custos diferidos e será reconhecido por contrapartida de resultados transitados ao longo de um período de 5 a 7 anos.

Deste modo, o impacto em capital próprio apresentado no quadro acima relativamente a 1 de Janeiro de 2004, na parcela relativa a benefícios dos trabalhadores, resulta essencialmente do facto de a Caixa em 2004, na sequência de uma autorização específica do Banco de Portugal, ter reflectido directamente por contrapartida de resultados transitados o impacto da anulação de desvios actuariais diferidos associados às responsabilidades transferidas para a Caixa Geral de Aposentações (Nota 32). O impacto total pode ser decomposto da seguinte forma:

Alteração de pressupostos actuariais 229.139Anulação de ganhos e perdas actuariais diferidos em PCSB em 31 de Dezembro de 2003 562.204Reconhecimento de responsabilidades com assistência médica pós-emprego 285.285Provisão para acordos de suspensão da prestação de trabalho 16.526Provisão para subsídio por morte antes da idade normal de reforma 2.122Participação nos lucros de empregados 26.491Prémio de antiguidade (Nota 32) 46.591Outros benefícios a empregados – Sucursal de França 1.500

-------------1.169.858

Valor registado em custos diferidos na transição para NCA (Nota 32) ( 456.871 ) -------------

712.987======

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

O impacto no resultado pró-forma foi o seguinte:

Impacto da transferência de responsabilidades para a CGA: . Anulação de desvios actuariais ( 184.855 ) . Impacto da provisão para acordos de suspensão da prestação de trabalho 12.221Anulação da amortização de custos diferidos em PCSB 31.004Ajustamento ao custo normal – pensões ( 7.547 ) Custo normal – assistência médica ( 7.099 ) Variação de custos a pagar relativos a prémios de antiguidade (Nota 32) 1.077Outros (líquido) ( 931 )

------------( 156.330 ) =======

Na preparação das contas pró-forma em NCA, os impactos da alteração de pressupostos e da anulação de desvios actuariais diferidos com referência a 1 de Janeiro de 2004, na proporção das responsabilidades transferidas para a CGA, foram igualmente anulados por contrapartida de capital próprio. No entanto, a parcela dos desvios actuariais originados em 2004 correspondente às responsabilidades transferidas, num total de mEuros 184.855, foi reflectida em resultados do exercício, na rubrica “Custos com pessoal” (Nota 31). Adicionalmente, foi reconhecido um proveito de mEuros 12.221 relativo à anulação de passivos por outros benefícios aos empregados, igualmente na rubrica “Custos com pessoal” (Nota 31).

Face ao acima exposto, o impacto da conversão para NCA no capital próprio em 31 de Dezembro de 2004 corresponde essencialmente às seguintes situações não incluídas no regime transitório previsto no Aviso nº 4/2005:

Prémios de antiguidade (Nota 21) 45.514Outros benefícios – Sucursal de França 1.500

----------47.014

======

(e) De acordo com as normas anteriores, as provisões para menos-valias em partes de capital em filiais e associadas eram determinadas com base nas regras definidas pelos Avisos nº 3/95 enº 4/2002, do Banco de Portugal (Nota 2.3. f)). Com a introdução das NCA, a Caixa preparou uma estimativa do justo valor destes investimentos, que no caso das participações mais significativas envolveu a realização de avaliações das respectivas empresas. Em resultado dessas avaliações, foram reforçadas provisões para imparidade em 49.076 mEuros, tendo sido anuladas provisões constituídas de acordo com o PCSB num total de 46.480 mEuros.

(f) De acordo com as normas anteriores e a prática no sector bancário em Portugal, a Caixa não registava impostos diferidos. O valor apresentado corresponde ao cálculo dos impostos diferidos relativos a situações já existentes nas referidas datas e aos ajustamentos de conversão para NCA (ver detalhe na Nota 13).

(g) Conforme referido na Nota 2.13., de acordo com as NCA a Caixa passou a diferir as comissões cobradas na originação de operações de crédito ao longo do período das respectivas operações. Deste modo, foi efectuado um levantamento das comissões cobradas associadas às operações de crédito vivas em 1 de Janeiro de 2005, tendo sido calculado e registado o correspondente proveito diferido de mEuros 67.328, que originou um impacto negativo de igual montante em Resultados transitados.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

(h) Este impacto resulta da valorização ao justo valor de títulos anteriormente registados nas carteiras de investimento e participações financeiras, de acordo com as políticas descritas na Nota 2.3. b), e apresenta a seguinte composição:

Valorização de instrumentos de capital classificados em “Activosfinanceiros disponíveis para venda” (Nota 6)

. Por contrapartida da reserva de justo valor 8.289

. Por contrapartida de resultados transitados ( 27.024 ) ---------

( 18.735 ) Valorização de outros instrumentos . Disponíveis para venda (Nota 6) 2.722

. Outros 27.315---------11.302=====

Com a adopção do IAS 39 em 1 de Janeiro de 2005, a Caixa transferiu para as rubrica “Activos financeiros detidos para negociação” e “Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados” a totalidade da carteira de negociação e parte da carteira de investimento. Para a rubrica “Activos financeiros disponíveis para venda” foi transferido o remanescente da carteira de investimento e a totalidade da anterior carteira de participações financeiras.

O impacto de transição resulta essencialmente do reconhecimento de mais-valias potenciais na anterior carteira de investimento, e no registo de menos-valias em participações financeiras para além das já reconhecidas de acordo com o Aviso nº 4/2002 do Banco de Portugal(Nota 2.3. f)) e autorizações específicas do Banco de Portugal, das quais aproximadamente17.000 mEuros sob a forma de perdas por imparidade (Nota 6).

(i) Conforme referido na Nota 2.3. f), de acordo com o PCSB os swaps de moeda não eram reavaliados. Com a adopção do IAS 39, estes derivados foram valorizados pelo justo valor, tendo sido apurado um impacto de transição positivo de 5.457 mEuros.

Adicionalmente, os restantes derivados de cobertura não eram geralmente registados pelo justo valor, em coerência com o tratamento contabilístico atribuído ao elemento coberto. O saldo líquido entre o registo desses derivados pelo justo valor e a valorização dos elementos cobertos, essencialmente passivos estruturados, correspondeu a um impacto negativo em capitais próprios de 5.934 mEuros.

(j) Conforme referido na Nota 2.3. a), a Caixa voltou a reconhecer em balanço os créditos cedidos no âmbito de uma das operações de titularização efectuadas. Adicionalmente, os títulos e derivados contratados no âmbito dessas operações passaram a ser reflectidos pelo justo valor.O impacto total relativo a instrumentos financeiros relacionados com operações de titularização pode ser demonstrado da seguinte forma:

Provisões para créditos ao consumo reconhecidos em balanço ( 5.182 ) Anulação de provisões para os certificados residuais 6.625Valorização de passivos associados a activos transferidos 2.989Reavaliação de certificados residuais 4.585Reavaliação de derivados 5.264

--------14.281=====

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(k) Corresponde ao impacto fiscal dos ajustamentos de transição resultantes da adopção do IAS 39, e apresenta a seguinte composição (Nota 13):

Impacto reflectido em impostos diferidos 8.769 Impacto reflectido em impostos correntes 1.862 -------- 10.631 =====

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa Geral de Depósitos, S.A. (Caixa ou CGD), fundada em 1876, é uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos. A transformação em sociedade anónima ocorreu em 1 de Setembro de 1993, através do Decreto - Lei nº 287/93, de 20 de Agosto, que aprovou igualmente os respectivos estatutos. Em 23 de Julho de 2001, a Caixa incorporou por fusão o Banco Nacional Ultramarino, S.A. (BNU).

A CGD desenvolve a sua actividade numa óptica de banca universal. Para a realização das suas operações, em 31 de Dezembro de 2005 contava com uma rede nacional de 770 agências, uma Sucursal em França com 45 agências, uma Sucursal em Timor com 8 agências, Sucursais em Londres, Luxemburgo, Mónaco, Nova Iorque, Ilhas Cayman e Zhuhai, uma Sucursal Financeira Exterior e uma Sucursal Financeira Internacional na Madeira.

A Caixa participa ainda, directa e indirectamente, no capital de um conjunto significativo de empresas nacionais e estrangeiras, nomeadamente em Espanha, Cabo Verde, Moçambique, África do Sul, Brasil e Macau, nas quais detém posições maioritárias. Estas empresas constituem o Grupo Caixa Geral de Depósitos (Grupo) e posicionam-se em diversos sectores, como sejam, banca, seguros, banca de investimento, corretagem, capital de risco, área imobiliária, gestão de activos, crédito especializado, comércio electrónico e actividades culturais. A Caixa detém também participações em empresas de sectores não financeiros da economia Portuguesa.

As demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2005 foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 24 de Abril de 2006.

As demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2005 da CGD e de parte das suas filiais e associadas estão pendentes de aprovação pelos correspondentes órgãos sociais. No entanto, o Conselho de Administração da Caixa admite que as demonstrações financeiras utilizadas na preparação das contas consolidadas venham a ser aprovadas sem alterações significativas.

2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2005 foram preparadas com base nas Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia, na sequência do Regulamento (CE) Nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho e das disposições do Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro.

As demonstrações financeiras consolidadas relativas ao exercício de 2005 são as primeiras apresentadas pelo Grupo de acordo com os IFRS. Deste modo, tal como definido na Norma “IFRS 1 - Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro” (IFRS 1), foram utilizadas as Normas e Interpretações em vigor em 31 de Dezembro de 2005. Até 31 de Dezembro de 2004, as demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com os princípios consagrados no Plano de Contas para o Sistema Bancário nos termos da Instrução nº 4/96, de 17 de Junho, do Banco de Portugal e outras disposições emitidas por aquela entidade, bem como no Decreto-Lei nº 36/92, de 26 de Março. Na Nota 43 é apresentado o impacto da adopção das IFRS nas demonstrações financeiras consolidadas à data de transição.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

De acordo com a Norma IFRS 1, as demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2004 e para o exercício então findo, apresentadas para efeitos comparativos (demonstrações financeiras pró-forma), foram elaboradas e re-expressas com base nas normas em vigor em 31 de Dezembro de 2005. De acordo com o permitido pelo IFRS 1, a CGD não aplicou na informação comparativa as normas relativas a instrumentos financeiros (IAS 32 – “Instrumentos financeiros – divulgação e apresentação” e IAS 39 – “Instrumentos financeiros – reconhecimento e mensuração”) e a contratos de seguro (IFRS 4 – “Contratos de seguros”).

Neste sentido, relativamente às matérias reguladas pelas IFRS acima referidas foram utilizados os critérios de mensuração e reconhecimento em vigor para as contas consolidadas de 2004, nomeadamente os definidos no Plano de Contas para o Sector Bancário e no Plano de Contas para Empresas de Seguros (ver Notas 2.6. e) e 2.16). No entanto, os saldos relativos a instrumentos financeiros e contratos de seguros foram, sempre que possível e aplicável, classificados nas diversas rubricas do balanço e da demonstração de resultados em conformidade com as regras das IAS 32, IAS 39 e IFRS 4, de forma a facilitar a comparação com os correspondentes saldos do período corrente.

2.2. Princípios de consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas incluem as contas da CGD e as das entidades controladas directamente e indirectamente pelo Grupo (Nota 3), incluindo entidades de propósito especial.

A nível das empresas participadas, são consideradas “filiais” aquelas nas quais o Grupo exerceum controlo efectivo sobre a gestão corrente de modo a obter benefícios económicos das suas actividades. Normalmente, o controlo é evidenciado pela detenção de mais de 50% do capital ou dos direitos de voto. Adicionalmente, em resultado da aplicação da Norma IAS 27 – “Demonstrações financeiras consolidadas e separadas”, o Grupo passou a incluir no perímetro de consolidação entidades de propósito especial, nomeadamente veículos e fundos criados no âmbito de operações de titularização, fundos de capital de risco e de investimento e outras entidades similares sobre as quais é exercido um controlo financeiro e operacional efectivo e/ou nas quais o Grupo detém a maioria dos riscos e benefícios associados à respectiva actividade.

A consolidação das contas das empresas filiais que integram o Grupo CGD foi efectuada pelo método da integração global. As transacções e os saldos significativos entre as empresas objecto de consolidação foram eliminados. Adicionalmente, quando aplicável, são efectuados ajustamentos de consolidação de forma a assegurar a consistência na aplicação dos princípios contabilísticos do Grupo.

O valor correspondente à participação de terceiros nas empresas filiais é apresentado na rubrica "Interesses minoritários", do capital próprio.

O lucro consolidado resulta da agregação dos resultados líquidos da CGD e das empresas filiais, na proporção da respectiva participação efectiva, após os ajustamentos de consolidação, designadamente a eliminação de dividendos recebidos e mais e menos-valias geradas em transacções entre empresas incluídas no perímetro de consolidação.

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a CGD detém títulos de participação representativos de 52%, aproximadamente, do capital do Instituto Nacional de Habitação (INH). Esta participação não é consolidada pelo facto dos títulos de participação detidos pela CGD não lhe conferirem qualquer participação na gestão do INH.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Conforme descrito na Nota 3, em Julho de 2004 a Caixa Seguros, SGPS, S.A. assinou um contrato para a compra da totalidade do capital social da Império Bonança, SGPS, S.A.. No entanto, uma vez que a titularidade das acções bem como o controlo sobre a gestão desta entidade e das companhias de seguros indirectamente adquiridas, apenas foram transferidos em Janeiro de 2005, estas Companhias não foram incluídas na consolidação em 31 de Dezembro de 2004.

A consolidação das contas de empresas sob controlo conjunto da Caixa e de outras entidades, nomeadamente a Esegur – Empresa de Segurança, S.A., é efectuada pelo método da consolidação proporcional, sendo os activos, passivos, custos e proveitos desta entidade integrados nas contas consolidadas na proporção da participação que a CGD detém no seu capital.

2.3. Concentrações de actividades empresariais e “goodwill”

As aquisições de filiais são registadas pelo método da compra. O custo de aquisição corresponde ao justo valor agregado dos activos entregues e passivos incorridos ou assumidos em contrapartida da obtenção do controlo sobre a entidade adquirida, acrescido de custos incorridos directamente atribuíveis à operação. Na data de aquisição, que corresponde ao momento em que o Grupo obtém o controlo sobre a filial, os activos, passivos e passivos contingentes identificáveis que reúnam os requisitos para reconhecimento previstos na Norma IFRS 3 – “Concentrações de actividades empresariais” são registados pelo respectivo justo valor.

O goodwill corresponde à diferença positiva, na data de aquisição, entre o custo de aquisição de uma filial e a percentagem efectiva adquirida pelo Grupo no justo valor dos respectivos activos, passivos e passivos contingentes identificáveis. O goodwill é registado como um activo, não sendo objecto de amortização.

Caso, após reavaliação pelo Grupo, se verifique que a parcela correspondente à sua percentagem de participação nos activos, passivos e passivos contingentes identificáveis da entidade adquirida excede o custo de aquisição, o excesso é imediatamente reflectido como um proveito na demonstração de resultados do exercício.

Com uma periodicidade mínima anual, o Grupo realiza testes de imparidade ao goodwillregistado em balanço, de acordo com os requisitos da Norma IAS 36 – “Imparidade de activos”.Para este efeito, o goodwill é alocado a unidades geradoras de fluxos de caixa, sendo apurado o respectivo valor recuperável com base em estimativas dos cash-flows futuros, actualizadas com base em taxas de desconto consideradas apropriadas pelo Grupo. As perdas por imparidade em goodwill são registadas em resultados do exercício e não podem ser revertidas.

Até 1 de Janeiro de 2004, conforme permitido pelas políticas contabilísticas definidas pelo Banco de Portugal, o goodwill era totalmente deduzido ao capital próprio no ano de aquisição das filiais. Tal como permitido pela Norma IFRS 1, o Grupo não efectuou qualquer alteração a esse registo, pelo que o goodwill gerado em operações ocorridas até 1 de Janeiro de 2004 permaneceu registado em reservas.

2.4. Investimentos em associadas

Consideram-se empresas “associadas” aquelas em que o Grupo tem uma influência significativa, mas sobre as quais não exerce um controlo efectivo sobre a sua gestão. Assume-se a existência de influência significativa sempre que a participação do Grupo se situe, directa ou indirectamente, entre 20% e 50% do capital ou dos direitos de voto.

Os investimentos em associadas são registados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com este método, as participações são inicialmente valorizadas pelo respectivo custo de aquisição, o qual é subsequentemente ajustado com base na percentagem efectiva do Grupo nas variações do capital próprio (incluindo resultados) das associadas.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Caso existam divergências com impacto materialmente relevante, são efectuados ajustamentos aos capitais próprios das empresas associadas utilizados para efeitos da aplicação do método da equivalência patrimonial, de forma a reflectir a aplicação dos princípios contabilísticos do Grupo.

O goodwill, correspondente à diferença positiva entre o custo de aquisição de uma associada e a percentagem efectiva adquirida pelo Grupo no justo valor dos respectivos activos, passivos e passivos contingentes, permanece reflectido no valor do investimento, sendo a totalidade do valor de balanço do investimento objecto de testes de imparidade numa base anual.

Os resultados não realizados em transacções com empresas associadas são eliminados na medida da percentagem de participação efectiva do Grupo nas entidades em questão.

2.5. Conversão de saldos e transacções em moeda estrangeira

As contas individuais de cada entidade do Grupo incluídas na consolidação são preparadas de acordo com a divisa utilizada no ambiente económico em que opera (denominada “moeda funcional”). Nas contas consolidadas, os resultados e posição financeira de cada entidade são expressos em Euros, a moeda funcional do Grupo.

Na preparação das demonstrações financeiras individuais da Caixa e das filiais, as transacções em moeda estrangeira são registadas com base nas taxas de câmbio indicativas na data em que foram realizadas.

Em cada data de balanço, os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para a moeda funcional de cada entidade com base na taxa de câmbio em vigor. Os activos não monetários que sejam valorizados ao justo valor são convertidos com base na taxa de câmbio em vigor na data da última valorização. Os activos não monetários registados ao custo histórico, incluindo activos tangíveis e intangíveis, permanecem registados ao câmbio original.

As diferenças de câmbio apuradas na conversão cambial são reflectidas em resultados do exercício, com excepção das originadas por instrumentos financeiros não monetários registados ao justo valor, tal como acções classificadas como activos financeiros disponíveis para venda, que são registadas numa rubrica específica de capital próprio até à sua alienação.

De forma a mitigar a sua exposição a risco cambial, o Grupo utiliza instrumentos financeiros derivados como “forwards” e “swaps cambiais”. As políticas contabilísticas utilizadas no registo destas operações são descritas na Nota 2.6. c) abaixo.

Nas contas consolidadas, os activos e passivos de entidades com moeda funcional distinta do Euro são convertidos à taxa de câmbio de fecho, enquanto que os proveitos e custos são convertidos à taxa média do período. As diferenças resultantes da conversão cambial, de acordo com este método, são registadas na “Reserva de conversão cambial”, do capital próprio, sendo o respectivo saldo transferido para resultados no momento da alienação das respectivas filiais. Tal como permitido pela Norma IFRS 1, o Grupo optou por não recalcular e registar na “Reserva de conversão cambial” o impacto da conversão cambial de demonstrações financeiras de filiais expressas em moeda estrangeira até 31 de Dezembro de 2003, pelo que o saldo da referida rubrica reflecte apenas as variações cambiais originadas a partir de 1 de Janeiro de 2004.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

2.6. Instrumentos financeiros

a) Activos financeiros

Os activos financeiros são registados na data de contratação pelo respectivo justo valor.No caso de activos financeiros registados ao justo valor através de resultados, os custos directamente atribuíveis à transacção são registados na rubrica “Encargos com serviços e comissões”. Nas restantes situações, estes custos são acrescidos ao valor do activo.Quando do reconhecimento inicial estes activos são classificados numa das seguintes categorias definidas na Norma IAS 39:

i) Activos financeiros ao justo valor através de resultados

Esta categoria inclui:

Activos financeiros detidos para negociação, que correspondem essencialmente a títulos adquiridos com o objectivo de realização de ganhos como resultado de flutuações de curto prazo nos preços de mercado. Incluem-se também nesta categoria os instrumentos financeiros derivados, excluindo aqueles que cumpram os requisitos de contabilidade de cobertura; e

Activos financeiros classificados de forma irrevogável no seu reconhecimento inicial como ao justo valor através de resultados, de acordo com a opção permitida pela Norma IAS 39.

Os activos financeiros classificados nesta categoria são registados ao justo valor, sendo os ganhos e perdas gerados pela valorização subsequente reflectidos em resultados do exercício, nas rubricas de “Resultados em operações financeiras”. Os juros são reflectidos nas rubricas apropriadas de “Juros e rendimentos similares”.

ii) Investimentos a deter até à maturidade

Nesta categoria são classificados títulos de rendimento fixo de risco reduzido que o Grupo tem intenção e capacidade de deter até ao seu vencimento.

Estes activos financeiros encontram-se registados pelo custo amortizado. De acordo com este método, o valor do instrumento financeiro em cada data de balanço corresponde ao seu custo inicial, deduzido de reembolsos de capital efectuados e perdas por imparidade e ajustado pela amortização, com base no método da taxaefectiva, de qualquer diferença entre o custo inicial e o valor de reembolso.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro, permite igualar o seu valor actual ao valor do instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.

Em 31 de Dezembro de 2005, esta rubrica é integralmente composta por títulos detidos pelo Banco Siméon.

iii) Empréstimos e contas a receber

São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo, e não incluídos em qualquer uma das categorias de activos financeiros referidas anteriormente. Esta categoria inclui crédito concedido a clientes do Grupo, valores a receber de outras instituições de crédito e valores a receber pela prestação de serviços ou alienação de bens, registados em “Outros activos”.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

No reconhecimento inicial estes activos são registados pelo seu justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva.

iv) Activos financeiros disponíveis para venda

Esta categoria inclui instrumentos financeiros aqui registados quando do reconhecimento inicial e que não se enquadram nas restantes categorias previstas na Norma IAS 39. Inclui nomeadamente:

Títulos de rendimento variável não classificados como activos ao justo valor através de resultados, incluindo instrumentos de capital detidos com carácter de estabilidade (anteriormente classificados como “participações financeiras”). Neste sentido, inclui também os instrumentos de capital detidos no âmbito da actividade de capital de risco do Grupo;

Obrigações e outros instrumentos de dívida aqui classificados no reconhecimento inicial;

Unidades de participação em fundos de investimento.

Os activos financeiros disponíveis para venda são mensurados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos ou perdas resultantes da reavaliação são registados directamente em capitais próprios, na “Reserva de justo valor”. No momento da venda, ou caso seja determinada imparidade, as variações acumuladas no justo valor são transferidas para proveitos ou custos do exercício, sendo registadas nas rubricas de “Resultados em operações financeiras” ou “Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações”, respectivamente.

Os juros relativos a instrumentos de dívida classificados nesta categoria são determinados com base no método da taxa efectiva, sendo reconhecidos em “Juros e rendimentos similares”, da demonstração de resultados.

Os dividendos de instrumentos de capital classificados nesta categoria são registados como proveitos na rubrica “Rendimentos de instrumentos de capital”, quando é estabelecido o direito do Grupo ao seu recebimento.

Justo valor

Conforme acima referido, os activos financeiros registados nas categorias de Activos financeiros ao justo valor através de resultados e Activos financeiros disponíveis para venda são valorizados pelo justo valor.

O justo valor de um instrumento financeiro corresponde ao montante pelo qual um activo ou passivo financeiro pode ser vendido ou liquidado entre partes independentes, informadas e interessadas na concretização da transacção em condições normais de mercado.

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O justo valor de activos financeiros é determinado por um órgão da Caixaindependente da função de negociação, com base em:

Cotação de fecho na data de balanço, para instrumentos transaccionados em mercados activos;

Relativamente a instrumentos de dívida não transaccionados em mercados activos (incluindo títulos não cotados ou com reduzida liquidez) são utilizados métodos e técnicas de valorização, que incluem:

i) Preços (bid prices) difundidos por meios de difusão de informação financeira, nomeadamente a Bloomberg e a Reuters, incluindo preços de mercado disponíveis para transacções recentes;

ii) Cotações indicativas (bid prices) obtidas junto de instituições financeiras que funcionem como market-makers;

iii) Modelos internos de valorização, os quais têm em conta os dados de mercado que seriam utilizados na definição de um preço para o instrumento financeiro, reflectindo as taxas de juro de mercado e a volatilidade, bem como a liquidez e o risco de crédito associado ao instrumento.

Os instrumentos de capital não cotados afectos à actividade de capital de risco são valorizados com base em:

i) Preços praticados em transacções materialmente relevantes efectuadas por entidades independentes nos últimos seis meses;

ii) Múltiplos de sociedades comparáveis em termos de sector de actividade, dimensão e rendibilidade;

iii) Cash-flows descontados, utilizando taxas de desconto apropriadas ao risco dos activos detidos.

As valorizações incorporam factores de desconto para reflectir a iliquidez dos títulos. Adicionalmente, caso exista o direito ou a obrigação contratual de alienar um determinado activo, a sua valorização está compreendida no intervalo entre os valores resultantes dos métodos de valorização acima indicados e o valor actual do preço para alienação do activo, ajustado quando aplicável de modo a reflectir o risco de crédito da contraparte.

Os restantes instrumentos de capital não cotados e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade (por exemplo, pela inexistência de transacções recentes) são mantidos ao custo, deduzidos de eventuais perdas por imparidade.

b) Passivos financeiros

Os passivos financeiros são registados na data de contratação pelo respectivo justo valor, deduzido de custos directamente atribuíveis à transacção. Os passivos financeiros são classificados nas seguintes categorias:

i) Passivos financeiros ao justo valor através de resultados

Correspondem a instrumentos financeiros derivados com reavaliação negativa, os quais se encontram reflectidos pelo justo valor.

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ii) Outros passivos financeiros

Esta categoria inclui recursos de instituições de crédito e de clientes, dívida emitida, passivos subordinados e passivos incorridos para pagamento de prestações de serviços ou compra de activos, registados em “Outros passivos”.

Estes passivos financeiros são valorizados pelo custo amortizado sendo os juros, quando aplicável, reconhecidos de acordo com o método da taxa efectiva.

c) Derivados e contabilidade de cobertura

O Grupo realiza operações com produtos derivados no âmbito da sua actividade, com o objectivo de satisfazer as necessidades dos seus clientes e de reduzir a sua exposição a flutuações cambiais, de taxas de juro e de cotações.

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional.

Subsequentemente, os derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado:

Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados);

Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.

Derivados embutidos

Os derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que:

As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com as características económicas e os riscos do contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e

A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor com as respectivas variações reflectidas em resultados.

O maior impacto deste procedimento no que respeita à actividade do Grupo consiste na necessidade de separar e valorizar os derivados embutidos em depósitos e instrumentos de dívida, nomeadamente aqueles em que a remuneração não tem a natureza de juro (por exemplo, remunerações indexadas a cotações ou índices de acções, a taxas de câmbio, etc.). No momento da separação, o derivado é registado pelo respectivo justo valor, correspondendo o valor inicial do contrato de base à diferença entre o valor total do contrato combinado e a reavaliação inicial do derivado. Deste modo, não é reconhecido qualquer resultado no registo inicial da operação.

Derivados de cobertura

Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição do Grupo a riscos inerentes à sua actividade. A classificação como derivados de cobertura e a utilização das regras de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, dependem do cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39.

Em 31 de Dezembro de 2005 o Grupo apenas utiliza coberturas de exposição à variação do justo valor dos instrumentos financeiros registados em balanço, denominadas “Coberturas de justo valor”.

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Para todas as relações de cobertura, o Grupo prepara no início da operação documentação formal, que inclui no mínimo os seguintes aspectos:

Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas;

Descrição do(s) risco(s) coberto(s);

Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura;

Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização.

Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a estimar a eficácia futura da cobertura.

Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, nomeadamente através do apuramento de uma eficácia entre 80% e 125%, a Caixa reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto nas rubricas de “Resultados em operações financeiras”. No caso de instrumentos que incluem uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da margem financeira.

Caso a relação de cobertura deixe de ser eficaz, a variação acumulada de justo valor reflectida no elemento coberto é reconhecida em resultados até à respectiva maturidade.

As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo, respectivamente, em rubricas específicas.

As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas de balanço onde se encontram registados esses instrumentos.

Derivados de negociação

Inclui todos os derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes, de acordo com a Norma IAS 39, nomeadamente:

Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

Derivados contratados para cobertura de risco que não reúnem as condições necessárias para a utilização de contabilidade de cobertura ao abrigo da Norma IAS 39, nomeadamente pela dificuldade em identificar especificamente os elementos cobertos, nos casos em que não se tratem de micro-coberturas, ou pelos resultados dos testes de eficácia se situarem fora do intervalo permitido pela Norma IAS 39;

Derivados contratados com o objectivo de “trading”.

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Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados da reavaliação apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados em operações financeiras”, com excepção da parcela relativa a juros corridos e liquidados, a qual é reflectida em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente.

d) Imparidade de activos financeiros

Activos financeiros ao custo amortizado

O Grupo efectua periodicamente análises de imparidade dos seus activos financeiros registados ao custo amortizado, nomeadamente, Aplicações em instituições de crédito, Investimentos a deter até à maturidade e Crédito a clientes.

A identificação de indícios de imparidade é efectuada numa base individual relativamente a activos financeiros em que o montante de exposição é significativo, e numa base colectiva quanto a activos homogéneos cujos saldos devedores não sejam individualmente relevantes.

De acordo com a Norma IAS 39, são considerados os seguintes eventos como sendo indícios de imparidade em activos financeiros mantidos ao custo amortizado:

Incumprimento das cláusulas contratuais, como atrasos nos pagamentos de juros ou capital;

Registo de situações de incumprimento no sistema financeiro;

Existência de operações em vigor resultantes de reestruturações de créditos ou de negociações em curso para reestruturações de crédito;

Dificuldades ao nível da capacidade dos sócios e da gestão, nomeadamente no que se refere à saída de sócios de referência ou dos principais quadros e divergências entre os sócios;

Dificuldades financeiras significativas do devedor ou do emissor da dívida;

Existência de uma elevada probabilidade de declaração de falência do devedor ou do emissor da dívida;

Diminuição da posição competitiva do devedor;

Comportamento histórico das cobranças que permita deduzir que o valor nominal não será recuperado na totalidade.

Sempre que sejam identificados indícios de imparidade em activos analisados individualmente, a eventual perda por imparidade corresponde à diferença entre o valor actual dos fluxos de caixa futuros que se espera receber (valor recuperável), descontado com base na taxa de juro efectiva original do activo, e o valor inscrito no balanço no momento da análise.

Os activos que não foram objecto de análise específica são incluídos numa análise colectiva de imparidade, tendo para este efeito sido classificados em grupos homogéneos com características de risco similares (nomeadamente com base nas características das contrapartes e no tipo de crédito). Os cash-flows futuros foram estimados com base em informação histórica relativa a incumprimentos e recuperações em activos com características similares.

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Adicionalmente, os activos avaliados individualmente e para os quais não foram identificados indícios objectivos de imparidade foram igualmente objecto de avaliação colectiva de imparidade, nos termos descritos no parágrafo anterior.

As perdas por imparidade calculadas na análise colectiva incorporam o efeito temporal do desconto dos fluxos de caixa estimados a receber em cada operação para a data de balanço.

O montante de imparidade apurado é reconhecido em custos, na rubrica “Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações”, sendo reflectido em balanço separadamente como uma dedução ao valor do crédito a que respeita.

Anulações de capital e juros

Periodicamente, o Grupo abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização da imparidade constituída, após análise específica por parte dos órgãos de estrutura que têm a seu cargo o acompanhamento e recuperação dos créditos e aprovação do Conselho de Administração das diversas entidades. Eventuais recuperações de créditos abatidos ao activo são reflectidas como uma dedução ao saldo das perdas por imparidade reflectidas na demonstração de resultados, na rubrica “Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações”.

De acordo com as políticas em vigor no Grupo, os juros de créditos vencidos sem garantia real são anulados três meses após a data de vencimento da operação ou da primeira prestação em atraso. Os juros não registados, sobre os créditos acima referidos, apenas são reconhecidos no exercício em que venham a ser cobrados.

Os juros de créditos vencidos que se encontrem garantidos por hipoteca ou com outras garantias reais não são anulados. Não obstante, para os créditos com garantia real e hipotecária com prestações vencidas e não pagas de crédito há mais de seis e doze meses, respectivamente, o cálculo e o registo de juros sobre o capital vincendo é interrompido.

As recuperações de juros abatidos no activo são igualmente reflectidos a crédito da rubrica “Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações”.

Activos financeiros disponíveis para venda

Conforme referido na Nota 2.6. a), os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, sendo as variações no justo valor reflectidas em capital próprio, na rubrica “Reserva de justo valor”.

Sempre que exista evidência objectiva de imparidade, as menos - valias acumuladas que tenham sido reconhecidas em reservas são transferidas para custos do exercício sob a forma de perdas por imparidade, sendo registadas na rubrica “Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações”.

Para além dos indícios de imparidade acima referidos para activos financeiros registados ao custo amortizado, a Norma IAS 39 prevê ainda os seguintes indícios específicos para imparidade em instrumentos de capital:

Informação sobre alterações significativas com impacto adverso na envolvente tecnológica, de mercado, económica ou legal em que o emissor opera que indique que o custo do investimento não venha a ser recuperado na totalidade;

Um declínio prolongado e significativo do valor de mercado abaixo do preço de custo.

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Em cada data de referência das demonstrações financeiras é efectuada pelo Grupo uma análise da existência de perdas por imparidade em activos financeiros disponíveis para venda.

As perdas por imparidade em instrumentos de capital não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na “Reserva de justo valor”.

Relativamente a activos financeiros registados ao custo, nomeadamente instrumentos de capital não cotados e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, o Grupo efectua igualmente análises periódicas de imparidade. Neste âmbito, o valor recuperável corresponde à melhor estimativa dos fluxos futuros a receber do activo, descontados a uma taxa que reflicta de forma adequada o risco associado à sua detenção.

O montante de perda por imparidade apurado é reconhecido directamente em resultados do exercício. As perdas por imparidade nestes activos não podem igualmente ser revertidas.

e) Políticas contabilísticas reflectidas nas demonstrações financeiras comparativas

Conforme referido na Nota 2.1., o Grupo optou por não reflectir na informação financeira comparativa do exercício de 2004 as normas relativas a instrumentos financeiros (IAS 32 – “Instrumentos financeiros – divulgação e apresentação” e IAS 39 – “Instrumentos financeiros – reconhecimento e mensuração”). Neste sentido, foram utilizados os critérios de mensuração e reconhecimento em vigor para as contas consolidadas de 2004, nomeadamente os constantes do Plano de Contas para o Sector Bancário. Apresenta-se de seguida uma descrição resumida das áreas em que estes princípios contabilísticos divergem dos IFRS. O impacto em capital próprio da adopção destas normas em 1 de Janeiro de 2005 é apresentado na Nota 43.

Carteira de títulos – actividade bancária

Os títulos eram classificados em função das suas características e atendendo à intenção de manutenção em carteira quando da sua aquisição, nas seguintes categorias:

Títulos de negociação - Compreendiam os títulos adquiridos com o objectivo de venda, até um prazo que não poderia exceder seis meses. Estes títulos eram valorizados ao justo valor. As variações no justo valor eram reconhecidas em resultados, com excepção de diferenças de reavaliação referentes a acções que não integravam índices definidos pelo Banco de Portugal. Nestes casos, as mais-valias potenciais eram diferidas em “Outros activos”.

Títulos de investimento - Compreendiam os títulos em carteira cujo período de detenção excedesse, em regra, seis meses, visando a obtenção de um rendimento estável, sem o objectivo de exercer influência na gestão da entidade emissora. Estes títulos eram valorizados ao custo de aquisição, sendo as menos-valias integralmente provisionadas por contrapartida de resultados.

Títulos a vencimento – Eram considerados títulos a vencimento aqueles com rendimento fixo, taxa de juro invariável e conhecida no momento de emissão, data de reembolso determinada e emitidos por entidades enumeradas pelo Banco de Portugal, sendo intenção da Caixa mantê-los em carteira até ao seu reembolso. As menos-valias potenciais não eram provisionadas.

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Participações – Esta rubrica incluía as participações estáveis em empresas que não fossem classificadas como filiais ou associadas. Estas participações eram registadas ao custo. As provisões para menos-valias eram registadas com base nos seguintes critérios:

De acordo com o Aviso nº 3/95, de 30 de Junho do Banco de Portugal, era obrigatório o provisionamento da totalidade das menos-valias latentes caso a empresa participada fosse enquadrável numa das situações previstas nesse Aviso, incluindo ter apresentado resultados negativos em três exercíciosseguidos ou interpolados, nos últimos cinco anos, encontrar-se em insolvência ou falência, ter cessado a actividade, etc.;

As provisões para as participações não abrangidas pelo Aviso nº 3/95 eram determinadas de acordo com o Aviso nº 4/2002, de 25 de Junho do Banco de Portugal. Nos termos deste Aviso, as menos-valias latentes eram determinadas face à cotação média dos últimos seis meses, para empresas com acções cotadas em mercados organizados, e face a 150% do valor contabilístico dos capitais próprios da participada, para as restantes. Ao abrigo do referido Aviso eram constituídas provisões nos casos em que a menos valia latente numa participação excedesse 15% do valor de balanço, devendo a provisão corresponder, pelo menos, a 40% desse excesso. Para as participações que já se encontravam em carteira em 31 de Dezembro de 2001, tinha ainda sido definido um período transitório de entre 5 e 10 anos para provisionamento das menos-valias apuradas ao abrigo do Aviso, tendo estas provisões até 2004 sido reflectidas por contrapartida de reservas.

A Caixa tinha adoptado o regime transitório e estava a registar as provisões com base nos mínimos previstos no referido Aviso, com excepção das provisões para as participações financeiras no Banco Comercial Português, S.A. e na EDP – Energias de Portugal, S.A..Nestes casos, após obtenção de autorização específica do Banco de Portugal, em 2004 provisionou integralmente as menos-valias potenciais apuradas com referência a 31 de Dezembro de 2003 face à cotação em bolsa, por contrapartida de reservas e resultados transitados (Nota 38). As reversões subsequentes destas provisões no exercício de 2004 foram igualmente registadas por contrapartida de reservas e resultados transitados(Nota 38).

De acordo com as regras do Banco de Portugal, a diferença entre o custo de aquisição e o valor de reembolso de instrumentos financeiros era normalmente reconhecida em resultados de forma linear até à data de vencimento, sendo no caso de títulos de investimento e a vencimento registada nas rubricas de resultados em operações financeiras. De acordo com os IFRS, esta diferença é reconhecida em resultados através do método da taxa efectiva, sendo reflectida em “Juros e rendimentos similares”, da margem financeira.

Na preparação das contas pró-forma em 31 de Dezembro de 2004, os saldos relativos a títulos e participações financeiras foram reclassificados para as categorias definidas na Norma IAS 39, em função da classificação adoptada pelo Grupo a partir de 1 de Janeiro de 2005. O valor líquido de balanço manteve-se inalterado, tendo no entanto as provisões para menos-valias nas carteiras de investimento e participações financeiras sido deduzidas ao saldo do correspondente activo.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Ao nível dos resultados, os critérios seguidos foram genericamente os seguintes:

Os resultados realizados e não realizados em títulos de negociação foram registados em “Resultados em operações financeiras - Resultados em activos e passivos financeiros detidos para negociação”;

Os resultados na venda de títulos de investimento foram registados em “Resultados em operações financeiras - Resultados em outros activos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados”. As provisões para estes títulos foram reflectidas em “Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações”;

Os resultados na venda de participações financeiras foram reflectidos em “Resultados em operações financeiras - Resultados de activos financeiros disponíveis para venda”. O impacto em resultados das provisões para estes títulos foi reflectido em “Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações”.

O impacto da transição em 1 de Janeiro de 2005 resultou essencialmente do reconhecimento de mais-valias potenciais na anterior carteira de investimento, e no registo de perdas adicionais por imparidade em participações financeiras face às já reconhecidas de acordo com o Aviso nº 4/2002 do Banco de Portugal (Nota 43).

Carteira de títulos – actividade seguradora

De acordo com as regras do Plano de Contas para as Empresas de Seguros, os títulos detidos pelas Seguradoras do Grupo em Portugal reflectidos nas demonstrações financeiras pró-forma encontram-se valorizados da seguinte forma:

Títulos de rendimento fixo

As obrigações e outros títulos de rendimento fixo, excepto quanto aos afectos a seguros “Unit-linked”, eram registados ao custo de aquisição. A diferença entre o custo de aquisição e o valor de reembolso dos títulos era reflectida nos resultados, de forma escalonada ao longo do período que decorreria até à sua amortização.

Até 31 de Dezembro de 2001, no que se refere à Companhia de Seguros Mundial – Confiança em caso de venda destes títulos antes da data de vencimento e caso o produto da venda fosse utilizado para adquirir outros títulos de rendimento fixo, a mais-valia, a existir, resultante da diferença entre o valor de venda e o valor contabilístico era amortizada de forma escalonada até ao vencimento do título. Em 31 de Dezembro de 2004 existiam ainda mais-valias realizadas não reflectidas em resultados.

As obrigações e outros títulos de rendimento fixo afectos a seguros “Unit-linked” eram valorizadas de acordo com os seguintes critérios:

Cotados - Valorizados pela cotação de fecho do último dia útil em que foram transaccionados em bolsa, no intervalo dos últimos 30 dias.

Não cotados - Avaliados com base numa apreciação prudente do seu valor provável de realização, não lhes podendo ser atribuído um valor superior ao custo de aquisição, se emitidos durante o exercício, e ao valor nominal, se emitidos em exercícios anteriores.

O valor máximo a atribuir às obrigações que estivessem em situação de incumprimento era função de percentagens definidas pelo ISP, decrescentes em função do tempo decorrido desde a entrada em incumprimento.

Títulos de rendimento variável ou misto

Cotados - Valorizados pela cotação de fecho do último dia útil em que tivessem sido transaccionados em bolsa, no intervalo dos últimos 30 dias.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Não cotados - Avaliados com base numa apreciação prudente do seu valor provável de realização não lhes podendo ser atribuído valor superior a:

Acções e quotas: valor que proporcionalmente lhe correspondesse nos capitais próprios da respectiva empresa, de acordo com o último balanço disponível;

Cautelas de acções de empresas com acções cotadas que tivessem procedido a aumento de capital: valor de cotação dos títulos definitivos, devendo esse valor reflectir o aumento de capital;

Unidades de participação em fundos de investimento: valor patrimonial à data do balanço;

Títulos de participação: valor nominal;

Títulos de dívida de curto prazo - papel comercial: valor de aquisição;

Títulos das ex-colónias (de empresas aí sedeadas): valor de aquisição.

Mais e menos-valias potenciais

As mais e menos valias potenciais apuradas na valorização dos investimentos eram registadas na rubrica “Provisões técnicas de contratos de seguros - Fundo para dotações futuras” (“Fundo”), ou na “Reserva de reavaliação regulamentar” (reclassificada para “Reserva de justo valor”, nas contas preparadas em IFRS), consoante se tratassem de títulos afectos aos ramos vida com participação nos resultados, ou aos ramos não vida, vida sem participação nos resultados e não afectos, respectivamente. Caso as menos-valias potenciais excedessem o saldo do Fundo ou da Reserva, o valor remanescente era registado como custo do exercício.

A reserva de reavaliação regulamentar apenas era utilizada para os seguintes fins e de acordo com a ordem de prioridades abaixo indicadas:

Compensação de menos-valias não realizadas de investimentos;

Cobertura de prejuízos acumulados até ao final do exercício em que tivesse sido constituída;

Registo das mais e menos-valias realizadas de investimentos (correspondentes às mais e menos-valias não realizadas apuradas em anos anteriores, relativas a investimentos alienados no exercício);

Incorporação no capital social.

As mais e menos valias potenciais apuradas na valorização de investimentos afectos a produtos “unit-linked” eram reconhecidas em resultados, sendo o respectivo efeito compensado pela rubrica “Responsabilidades para com subscritores de produtos “Unit-linked”.

Mais e menos-valias realizadas

As mais e menos-valias resultantes da diferença entre o produto da venda de investimentos e o respectivo valor contabilístico em 31 de Dezembro do exercício anterior, no caso de investimentos adquiridos em anos anteriores, e entre o produto da venda e o valor de aquisição, para os investimentos adquiridos no exercício, estão registadas nas rubricas de “Resultados em operações financeiras”.

Relativamente aos investimentos adquiridos em anos anteriores e vendidos durante o exercício que se encontravam afectos à representação de provisões técnicas dos ramos não vida, do ramo vida sem participação nos resultados e não afectos, as diferenças positivas ou negativas entre o respectivo custo de aquisição e o valor de balanço no início do ano eram registadas na rubrica “Resultados em operações financeiras”, da demonstração de resultados, por contrapartida da “Reserva de reavaliação regulamentar”, do capital próprio.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Quanto aos investimentos adquiridos em anos anteriores e vendidos durante o exercícioque se encontravam afectos a provisões técnicas do ramo vida com participação nos resultados, as diferenças positivas ou negativas entre o respectivo custo de aquisição e o valor de balanço no início do ano, caso se encontrassem reflectidas nas “Fundo para dotações futuras”, permanecem registadas nesta rubrica.

A carteira de títulos da actividade seguradora foi classificada na rubrica “Activos financeiros disponíveis para venda”. O impacto da transição em 1 de Janeiro de 2005 resultou essencialmente da valorização dos instrumentos de dívida ao justo valor (Notas 8 e 43).

Derivados e contabilidade de cobertura

De acordo com as normas do Banco de Portugal, os derivados de negociação eram registados ao justo valor, com excepção das operações “swap” de divisas. Neste caso, o segmento a prazo das operações, deduzido do prémio ou desconto a amortizar, era incluído na reavaliação da posição cambial à vista. Os prémios ou descontos resultantes da diferença entre o câmbio à vista e o câmbio a prazo contratado eram amortizados durante o período de vida da operação, sendo reconhecido o respectivo custo ou proveito.

As operações de cobertura não eram normalmente reavaliadas, sendo os resultados reconhecidos de forma consistente com os do elemento coberto, que na maioria das situações se encontrava registado ao custo. Deste modo, no caso dos swaps de taxa de juro, eram apenas reconhecidos os juros a receber e a pagar relativos ao período em curso. Adicionalmente, as opções de cobertura, nomeadamente as contratadas para cobertura de derivados implícitos em dívida emitida ou depósitos de clientes, não eram reavaliadas, sendo apenas periodificada a componente relativa ao custo a pagar pela Caixa.

Na preparação das contas pró-forma em 31 de Dezembro de 2004, foram reclassificados para as rubricas “Derivados de cobertura com reavaliação positiva e negativa” os juros a receber e a pagar de operações que foram classificadas como de cobertura em 1 de Janeiro de 2005. Todos os restantes saldos relacionados com derivados foram reflectidos nas rubricas de “Activos e Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”.

Ao nível dos resultados, na preparação das contas pró-forma do exercício de 2004 foram reclassificados para as rubricas “Juros de derivados de cobertura” os juros relativos a operações que estavam classificadas como de cobertura de acordo com as regras anteriores do Banco de Portugal. Os resultados gerados nas restantes operações, incluindo os juros relativos aos restantes derivados, foram registados em ”Resultados em operações financeiras”.

O impacto da transição em 1 de Janeiro de 2005 resultou essencialmente da valorização ao justo valor dos derivados e da valorização dos elementos cobertos (Nota 43).

Provisões para riscos de crédito

As provisões constituídas pela Caixa e pelas filiais com sede em Portugal eram constituídas de acordo com as disposições emitidas pelo Banco de Portugal a este respeito, nomeadamente o Aviso nº 3/95, de 30 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Aviso nº 8/2003, de 30 de Janeiro. Neste sentido, eram constituídas as seguintes provisões:

Provisão para crédito e juros vencidos - Incidia sobre as prestações vencidas de capital e juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependiam do tipo de garantias existentes e eram função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Provisão para créditos de cobrança duvidosa – Incidia sobre o capital vincendo relativo a créditos concedidos com prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estivessem afectos a clientes com outras responsabilidades vencidas , de acordo com critérios específicos definidos pelo Banco de Portugal. As percentagens provisionadas correspondiam, no todo ou em parte, às aplicadas relativamente ao crédito vencido das operações. De referir que os créditos nestas condições eram considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões.

A CGD constituía ainda uma provisão adicional para créditos de cobrança duvidosa, com base numa análise do valor estimado de realização de um conjunto de empréstimos.

Provisão para risco-país - Destinava-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal. As necessidades de provisões eram determinadas por aplicação de percentagens fixadas pelo Banco de Portugal, o qual classifica os países e territórios segundo grupos de risco.

Provisão para riscos gerais de crédito - Encontrava-se registada no passivo, e destinava-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão era calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:

- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não pudesse ser determinada;

- 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destinasse a habitação do mutuário;

- 1% no que se refere ao restante crédito concedido.

Na preparação das contas pró-forma em 31 de Dezembro de 2004, os saldos relativos às provisões acima referidas foram mantidos, tendo a parcela da provisão para riscos gerais de crédito correspondente a crédito concedido sido transferida para o activo, sendo apresentada como uma dedução ao valor do Crédito a clientes.

Outras situações

De acordo com os IFRS, certas comissões e outros custos ou proveitos recebidos e pagos relativos a operações de crédito e outros instrumentos financeiros são incluídos no custo amortizado e reconhecidos como custos ou proveitos ao longo da operação, pelo método da taxa de juro efectiva. De acordo com as anteriores regras do Banco de Portugal, estes custos e proveitos eram registados no momento do seu pagamento ou recebimento.

2.7. Activos não correntes detidos para venda e grupos de activos e passivos a alienar

A norma IFRS 5 – “Activos não correntes detidos para venda e operações descontinuadas” é aplicável a activos isolados e também a grupos de activos a alienar, através de venda ou outro meio, de forma agregada numa única transacção, bem como todos os passivos directamente associados a esses activos que venham a ser transferidos na transacção (denominados “grupos de activos e passivos a alienar”).

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através de venda, e não de uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é necessário o cumprimento dos seguintes requisitos:

A probabilidade de ocorrência da venda seja elevada;

O activo esteja disponível para venda imediata no seu estado actual;

Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica.

Os activos registados nesta rubrica não são amortizados, sendo valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos.

Caso o valor registado em balanço seja superior ao justo valor, deduzido dos custos de venda, são registadas perdas por imparidade na rubrica “Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações”.

Em 31 de Dezembro de 2005 esta rubrica inclui os activos e passivos da Nutricafés - Cafés e Restauração, S.A. (“Nutricafés”). Conforme descrito na Nota 3, esta empresa foi adquirida pelo Grupo no final de 2005, com o objectivo de vir a ser alienada a curto prazo. Deste modo, os activos e passivos da Nutricafés, bem como o “goodwill” gerado na aquisição, foram registados em “Activos não correntes detidos para venda” e “Passivos não correntes detidos para venda”.Não foi reflectida qualquer imparidade, dado ser convicção do Grupo que o valor de venda da Nutricafés, deduzido dos custos a incorrer na venda, será superior ao respectivo valor líquido de balanço em 31 de Dezembro de 2005.

2.8. Activos recebidos por recuperação de créditos

Os imóveis e outros bens arrematados obtidos por recuperação de créditos vencidos que não reúnam as condições para registo na rubrica “Activos não correntes detidos para venda” são registados inicialmente em “Outros activos – Activos recebidos por recuperação de créditos” pelo valor de arrematação, por contrapartida de "Outros passivos”. Esta última rubrica é regularizada quando os respectivos processos judiciais se encontram concluídos, por contrapartida dos créditos vencidos.

Periodicamente, são efectuadas avaliações dos imóveis recebidos por recuperação de créditos.Caso o valor de avaliação, deduzido dos custos estimados a incorrer com a venda do imóvel, seja inferior ao valor de balanço, são registadas perdas por imparidade, na rubrica “Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações”.

Quando da celebração de contratos promessa de venda de bens arrematados, o valor de venda é registado em “Outros activos” por contrapartida de “Outros passivos”. Na data de realização da escritura, ou da transmissão efectiva dos bens, esta rubrica do passivo é regularizada por contrapartida de “Activos recebidos por recuperação de créditos”.

2.9. Propriedades de investimento

Correspondem a imóveis detidos pelo Grupo com o objectivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização.

As propriedades de investimento não são amortizadas, sendo registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados, nas rubricas “Outros rendimentos e encargos de exploração”.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

2.10. Outros activos tangíveis

São registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e perdas por imparidade acumuladas. Os custos de reparação, manutenção e outras despesas associadas ao seu uso são reconhecidos como custo do exercício, na rubrica “Outros gastos administrativos”.

Até 1 de Janeiro de 2004, tinham sido realizadas pela Caixa e por algumas filiais reavaliações de activos tangíveis ao abrigo das disposições legais aplicáveis. De acordo com o permitido pela Norma IFRS 1, na transição para IFRS foi considerado como custo o valor de balanço incorporando o efeito das referidas reavaliações, uma vez que o resultado das mesmas, no momento em que foram efectuadas, correspondia genericamente ao custo ou custo depreciado de acordo com as IFRS, ajustado de forma a reflectir as alterações em índices de preços.

Os imóveis de serviço próprio detidos pelos Seguradores do Grupo eram registados ao justo valor, de acordo com as regras definidas pelo Plano de Contas para as Empresas de Seguros.Na transição para as IFRS, o valor de balanço desses imóveis foi considerado como custo, tal como permitido pelo IFRS 1.

As amortizações são calculadas numa base sistemática ao longo da vida útil estimada do bem, a qual corresponde ao período em que se espera que o activo esteja disponível para uso, que é:

Anos devida útil

Imóveis de serviço próprio 50 - 100 Equipamento:

Mobiliário e material 8Máquinas e ferramentas 5 - 14 Equipamento informático 5 - 8 Instalações interiores 8 - 10 Material de transporte 4 - 6 Equipamento de segurança 8 - 10

Os terrenos não são objecto de amortização.

As despesas com obras e beneficiações em imóveis ocupados pelo Grupo como locatário em regime de locação operacional são capitalizadas nesta rubrica e amortizadas, em média, ao longo de um período de 10 anos.

As amortizações são registadas em custos do exercício.

Periodicamente são realizadas análises no sentido de identificar evidências de imparidade em outros activos tangíveis. Sempre que o valor líquido contabilístico dos activos tangíveis excedao seu valor recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade com reflexo nos resultados do exercício, na rubrica “Imparidade de outros activos, líquida de reversões e recuperações”.As perdas por imparidade podem ser revertidas, também com impacto em resultados do exercício, caso subsequentemente se verifique um aumento no valor recuperável do activo.

O Grupo avalia periodicamente a adequação da vida útil estimada dos seus activos tangíveis.

2.11. Locação financeira

As operações de locação financeira são registadas da seguinte forma:

Como locatário

Os activos em regime de locação financeira são registados pelo justo valor em “Outros activos tangíveis” e no passivo, processando-se as respectivas amortizações.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

As rendas relativas a contratos de locação financeira são desdobradas de acordo com o respectivo plano financeiro, reduzindo-se o passivo pela parte correspondente à amortização do capital. Os juros suportados são registados em “Juros e encargos similares”.

Como locador

Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como “Crédito a clientes”, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados em “Juros e rendimentos similares”.

2.12. Activos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades do Grupo. Nos casos em que sejam cumpridos os requisitos definidos na Norma IAS 38 – Activos Intangíveis, os custos internos directos incorridos no desenvolvimento de aplicações informáticas são capitalizados como activos intangíveis. Estes custos correspondem exclusivamente a custos com pessoal.

Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde normalmente a um período de 3 a 6 anos.

As despesas com manutenção de software são contabilizadas como custo no exercício em que são incorridas.

2.13. Impostos sobre lucros

Todas as empresas do Grupo são tributadas individualmente, e as com sede em Portugal, nomeadamente a CGD, estão sujeitas ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). As contas das sucursais são integradas nas contas da sede para efeitos fiscais. Para além da sujeição a IRC nestes termos, os resultados das sucursais são ainda sujeitos a impostos locais nos países/territórios onde estas estão estabelecidas. Os impostos locais são dedutíveis à colecta de IRC da sede nos termos do artigo 85º do respectivo Código e dos Acordos de Dupla Tributação celebrados por Portugal.

As Sucursais Financeiras Exteriores na Região Autónoma da Madeira da CGD e do Caixa - Banco de Investimento, S.A. beneficiam, ao abrigo do artigo 33º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, de isenção de IRC até 31 de Dezembro de 2011. Para efeitos da aplicação desta isenção, considera-se que a partir de 1 de Janeiro de 2005 pelo menos 85% do lucro tributável da actividade global da entidade é resultante de actividades exercidas fora do âmbito institucional da zona franca da Madeira (80% entre 1 de Janeiro de 2003 e 31 de Dezembro de 2004).

O artigo 86.º do Código do IRC, introduzido pela Lei do Orçamento do Estado para 2005, estabelece que a colecta, líquida das deduções relativas à dupla tributação internacional e benefícios fiscais, não pode ser inferior a 60% do montante que seria determinado se o sujeito passivo não usufruísse de:

Benefícios fiscais, conforme previstos no n.º 2 do artigo 86.º;

Dedução de contribuições suplementares para fundos de pensões e equiparáveis destinadas à cobertura de responsabilidades com pensões que, em resultado da aplicação das normas internacionais de contabilidade, sejam efectuadas por determinação do Banco de Portugal;

Dedução de prejuízos fiscais transmitidos por sociedades fundidas.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

A CGD não apurou qualquer ajustamento na determinação da colecta do exercício de 2005, na sequência da aplicação deste artigo.

No que respeita às subsidiárias no estrangeiro, os impostos sobre lucros são calculados e registados com base nas normas em vigor nos respectivos países.

Adicionalmente, nos termos do Artigo 60º do Código do IRC, são imputados à Caixa, na proporção da sua participação e independentemente de distribuição, os lucros obtidos por sociedades não residentes, submetidas a um regime fiscal claramente mais favorável, desde que a Caixa detenha, directa ou indirectamente, uma participação social de pelo menos 25%, ou de pelo menos 10% no caso de a sociedade não residente ser detida, directa ou indirectamente, em mais de 50% por sócios residentes.

Considera-se que uma sociedade está submetida a um regime claramente mais favorável (i) quando o território de residência da mesma constar da Portaria n.º 150/2004, de 13 de Fevereiro, ou (ii) quando aquela aí não for tributada em imposto sobre o rendimento idêntico ou análogo ao IRC, ou ainda (iii) quando o imposto efectivamente pago seja igual ou inferior a 60% do IRC que seria devido se a sociedade fosse residente em Portugal. A imputação dos lucros em questão é feita na base tributável da Caixa relativa ao exercício que integrar o termo do período de tributação da sociedade não residente e corresponde ao lucro líquido obtido por esta. O valor dos lucros imputados será dedutível ao lucro tributável do exercício em que os referidos lucros venham eventualmente a ser distribuídos à Caixa. A Caixa não regista impostos diferidos activos relativos a esta situação.

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.

O imposto corrente é calculado com base no lucro tributável do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos à matéria colectável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos contabilísticos.

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são reconhecidos até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou de reporte de prejuízos fiscais. Adicionalmente, não são registados impostos diferidos activos nos casos em que a sua recuperabilidade possa ser questionável devido a outras situações, incluindo questões de interpretação da legislação fiscal em vigor.

Adicionalmente, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

Diferenças temporárias resultantes de goodwill;

Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

Diferenças tributárias tributáveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que o Grupo tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

As principais situações que originam diferenças temporárias ao nível do Grupo correspondem a provisões temporariamente não aceites fiscalmente, benefícios dos empregados, reavaliações de instrumentos financeiros derivados, diferimento de comissões e prejuízos fiscais reportáveis.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, as quais correspondem às taxasaprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestas situações, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

A partir de 1 de Janeiro de 2005, as demonstrações financeiras individuais da CGD e das entidades do Grupo sujeitas à supervisão do Banco de Portugal passaram a ser preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA) estabelecidas pelo Aviso n.º 1/2005 do Banco de Portugal. O cálculo dos impostos correntes e diferidos relativos a alguns dos impactos da transição para as novas regras contabilísticas foram baseadas em pressupostos, os quais podem ou não vir a ser confirmados pelas autoridades fiscais no futuro.

A CGD tem considerado como custos do exercício para efeitos fiscais, até ao limite de 25% das despesas com o pessoal escrituradas a título de remunerações, ordenados ou salários respeitantes ao exercício, os suportados e registados contabilisticamente, entre outros, com contribuições para fundos de pensões.

De acordo com entendimento recente do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais relativo a esta matéria, é dedutível, para efeitos do apuramento do lucro tributável, o montante registado em custos, nos termos dos normativos contabilísticos aplicáveis, mas com o limite da contribuição efectivamente entregue ao fundo de pensões.

O valor reconhecido pela CGD no exercício de 2005 como variação patrimonial nas contas individuais (referente ao reconhecimento de um quinto ou um sétimo do acréscimo de responsabilidades verificado com a aplicação das NCA), adicionado dos restantes custos reconhecidos no exercício, não excede o limite de 25% da massa salarial. Assim, e considerando igualmente que os custos dedutíveis fiscalmente na esfera da CGD até 31 de Dezembro de 2005 são inferiores aos montantes efectivamente entregues ao fundo de pensões (condição exigida nos termos do entendimento do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais), tais montantes são considerados custos fiscalmente aceites.

2.14. Provisões e passivos contingentes

Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de eventos passados relativamente à qual seja provável o futuro dispêndio de recursos, e este possa ser determinado com fiabilidade. O montante da provisão corresponde à melhor estimativa do valor a desembolsar para liquidar a responsabilidade na data do balanço.

Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Os passivos contingentes são apenas objecto de divulgação, a menos que a possibilidade da sua concretização seja remota.

As provisões para outros riscos destinam-se a fazer face a:

Responsabilidades com garantias prestadas e outros compromissos extrapatrimoniais,sendo determinadas com base numa análise do risco das operações e dos respectivos clientes;

Contingências judiciais, fiscais, e outras resultantes da actividade do Grupo.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

2.15. Benefícios dos empregados

As responsabilidades com benefícios dos empregados são reconhecidas de acordo com os princípios estabelecidos pela Norma IAS 19 – Benefícios dos Trabalhadores. Os principais benefícios concedidos pela Caixa incluem pensões de reforma e sobrevivência, encargos com saúde e outros benefícios de longo prazo.

Responsabilidades com pensões e encargos com saúde

No Grupo CGD existem diversos planos de pensões incluindo, nomeadamente, planos de benefício definido e, em algumas situações, de contribuição definida. Deste modo, a Caixa, a Companhia de Seguros Fidelidade – Mundial, S.A. (Fidelidade-Mundial) e a Império – Bonança, Companhia de Seguros, S.A. (Império-Bonança) são responsáveis pelo pagamento de pensões de reforma, invalidez e sobrevivência aos seus empregados, nos termos descritos na Nota 36.Existem ainda outras empresas do Grupo com responsabilidades com planos de benefício definido, nomeadamente o Banco Comercial do Atlântico, S.A., o Banco Siméon, S.A. e o Banco Nacional Ultramarino, S.A. (Macau).

Adicionalmente, a assistência médica aos empregados no activo e pensionistas da CGD (Sede) está a cargo dos Serviços Sociais da Caixa Geral de Depósitos (Serviços Sociais), que são financiados através de contribuições da Sede e dos empregados. A Caixa tem ainda responsabilidades com as contribuições para os Serviços de Assistência Médico-Social (SAMS) relativos aos colaboradores do Ex-BNU reformados até à data da fusão deste banco com a CGD, ocorrida em 23 de Julho de 2001.

A responsabilidade reconhecida em balanço relativa a planos de benefício definido corresponde à diferença entre o valor actual das responsabilidades e o justo valor dos activos dos fundos de pensões, caso aplicável, ajustada pelos ganhos e perdas actuariais diferidos. O valor total das responsabilidades é determinado numa base anual, por actuários especializados, utilizando o método “Unit Credit Projected”, e pressupostos actuariais considerados adequados (Nota 36).A taxa de desconto utilizada na actualização das responsabilidades reflecte as taxas de juro de mercado de obrigações de empresas de elevada qualidade, denominadas na moeda em que são pagas as responsabilidades, e com prazos até ao vencimento similares aos prazos médios de liquidação das responsabilidades.

Os ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao rendimento esperado do fundo de pensões, bem como os resultantes de alterações de pressupostos actuariais, são diferidos numa rubrica de activo ou passivo (“corredor”), até ao limite de 10% do valor actual das responsabilidades por serviços passados ou do valor do fundo de pensões (ou, caso aplicável, das provisões constituídas), dos dois o maior, reportados ao final do ano corrente. Caso os ganhos e perdas actuariais excedam o valor do corredor, o referido excesso deverá ser reconhecido em resultados pelo período de tempo médio até à idade normal de reforma dos colaboradores abrangidos pelo plano.

Os limites referidos no parágrafo anterior são calculados e aplicados separadamente para cada plano de benefício definido.

Na data de transição, o Grupo adoptou a possibilidade permitida pelo IFRS 1 de não recalcular os ganhos e perdas actuariais diferidos desde o início dos planos (opção normalmente designada por “reset”). Deste modo, o impacto de transição para as IFRS em 1 de Janeiro de 2004 resultante de:

Anulação dos ganhos e perdas actuariais diferidos reflectidos nas contas da CGD em 1 de Janeiro de 2004 relativos ao reconhecimento das responsabilidades com pensões de acordo com as normas contabilísticas anteriores;

Alteração de pressupostos actuariais;

Recuperação de insuficiências de provisionamento de responsabilidades; e

Reconhecimento de responsabilidades com assistência médica pós-emprego,

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foi registado por contrapartida de Resultados transitados (Nota 43).

Relativamente a planos de contribuição definida, o Grupo não assume normalmente qualquer responsabilidade para além das contribuições efectuadas anualmente, pelo que não há lugar ao registo de custos adicionais.

O custo do exercício com pensões de reforma e encargos com saúde, incluindo o custo dos serviços correntes e o custo dos juros, deduzido do rendimento esperado, bem como a amortização de ganhos e perdas actuariais, é reflectido pelo valor líquido na rubrica apropriada de “Custos com pessoal”.

O impacto da passagem à reforma de colaboradores antes da idade normal de reforma definida no estudo actuarial é reflectido directamente em “Custos com pessoal”. Adicionalmente, a Caixa regista um passivo específico correspondente ao impacto da passagem à situação de inactivo de trabalhadores com os quais celebrou Acordos de suspensão da prestação de trabalho. Esta provisão é igualmente registada por contrapartida de resultados, na rubrica “Custos com pessoal”.

Outros benefícios de longo prazo

O Grupo tem ainda outras responsabilidades por benefícios de longo prazo a trabalhadores, incluindo responsabilidades com prémios de antiguidade e subsídio por morte antes da idade normal de reforma.

As responsabilidades com estes benefícios são igualmente determinadas com base em avaliações actuariais. No entanto, tal como previsto na Norma IAS 19, os ganhos e perdas actuariais não podem ser diferidos, sendo integralmente reflectidos nos resultados do período.

Benefícios de curto prazo

Os benefícios de curto prazo, incluindo prémios de produtividade pagos aos colaboradores pelo seu desempenho, são reflectidos em “Custos com pessoal” no período a que respeitam, de acordo com o princípio da especialização de exercícios.

2.16. Seguros

a) Adopção do IFRS 4 – Contratos de Seguro

O registo das transacções associadas aos contratos de seguro emitidos e aos contratos de resseguro detidos pelo Grupo respeita as disposições do IFRS 4 – “Contratos de seguro”.Esta Norma veio permitir aos emissores de contratos de seguro a manutenção das políticas contabilísticas utilizadas antes da adopção dos IFRS, desde que seja assegurado o cumprimento de determinados requisitos mínimos, estabelecidos pela referida norma, incluindo a realização com referência a cada data de apresentação de demonstrações financeiras de um teste de adequacidade dos passivos associados aos contratos detidos.

Neste sentido, no registo dos contratos de seguro emitidos e dos contratos de resseguro detidos pelo Grupo foram aplicados os princípios contabilísticos previstos no Plano de Contas para as Empresas de Seguros (PCES), estabelecido através da norma nº 7/94 de 27 de Abril, do Instituto de Seguros de Portugal (ISP), e restantes normas emitidas por esta entidade, complementados com as modificações decorrentes da introdução do IFRS 4.

Os principais impactos decorrentes da introdução do IFRS 4 para as demonstrações financeiras das companhias de seguros detidas pelo Grupo foram os seguintes:

i) Classificação dos contratos emitidos ou adquiridos pelo Grupo em contratos de seguro ou contratos de investimento. Os contratos com risco de seguro significativo são classificados como contratos de seguro e registados no âmbito do IFRS 4. Os contratos sem risco de seguro significativo são considerados contratos de investimento e contabilizados de acordo com os requisitos do IAS 39.

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Desta forma, na transição para os IFRS, o Grupo procedeu à reclassificação para contratos de investimento de um conjunto de contratos do ramo vida anteriormente registados como contratos de seguro, os quais se encontram reflectidos na rubrica “Recursos de clientes e outros empréstimos”.

Adicionalmente, de acordo com o permitido pelo IFRS 4, o Grupo manteve a generalidade das políticas contabilísticas aplicáveis aos contratos de investimento com participação nos resultados, nos casos em que essa participação inclui uma componente de discricionariedade por parte da Companhia, continuando a reconhecer como proveito os prémios recebidos e como custo o correspondente aumento de responsabilidades.

As mais - valias potenciais, líquidas de menos - valias, resultantes da reavaliação dos activos afectos a seguros com participação nos resultados são repartidos entre uma componente de passivo e uma componente de capitais próprios, com base nas condições dos produtos e no historial da Companhia.

ii) Foram anuladas as provisões para desvios de sinistralidade registadas de acordo com o Plano de Contas para as Empresas de Seguros, dado o registo de provisões para equalização ou para catástrofes ser vedado pelo IFRS 4.

b) Reconhecimento de proveitos e custos

Os prémios de contratos de seguro não vida, de contratos de seguro de vida e de contratos de investimento com participação nos resultados com componente discricionária são registados quando emitidos, na rubrica “Prémios, líquidos de resseguro”, da demonstração de resultados.

Os prémios emitidos relativos a contratos de seguro não vida e os custos de aquisição associados são reconhecidos como proveito e custo ao longo dos correspondentes períodos de risco, através da movimentação da provisão para prémios não adquiridos.

As responsabilidades para com os segurados associadas a contratos de seguro de vida e a contratos de investimento com participação discricionária nos resultados são reconhecidas através da provisão matemática de seguros de vida, cujo custo é reconhecido simultaneamente ao registo dos proveitos associados aos prémios emitidos.

c) Provisão para prémios não adquiridos e custos de aquisição diferidos

A provisão para prémios não adquiridos corresponde ao valor dos prémios emitidos de contratos de seguro não vida imputáveis a exercícios seguintes, ou seja, a parte correspondente ao período desde a data de encerramento do balanço até ao final do período a que o prémio se refere. É calculada, para cada contrato em vigor, através da aplicação do método “Pró-rata temporis” aos respectivos prémios brutos emitidos.

As despesas incorridas com a aquisição de contratos de seguro, incluindo comissões de mediação e as restantes despesas imputadas à função de aquisição, são diferidas ao longo do período a que se referem, sendo reconhecidas como uma dedução ao valor das provisões técnicas de contratos de seguros e reflectidas na rubrica de provisões para prémios não adquiridos.

De acordo com o previsto pelas normas do ISP, os custos de aquisição diferidos para cada ramo técnico não podem ultrapassar 20% dos respectivos prémios diferidos.

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d) Provisão para sinistros

Regista o valor estimado das indemnizações a pagar por sinistros já ocorridos, incluindo os sinistros ocorridos e não participados (IBNR) e os custos administrativos a incorrer com a regularização futura dos sinistros que actualmente se encontram em processo de gestão e dos sinistros IBNR. Com excepção do ramo acidentes de trabalho, provisões matemáticas e assistência vitalícia, as provisões para sinistros registadas pelo Grupo não são descontadas.

Provisão para sinistros de acidentes de trabalho

A provisão para sinistros do ramo acidentes de trabalho inclui a provisão matemática, a provisão para despesas com assistência temporária e a provisão para despesas com assistência vitalícia.

A provisão matemática do ramo acidentes de trabalho tem por objectivo registar a responsabilidade relativa a:

i) Pensões a pagar relativas a sinistros cujos montantes já estejam homologados pelo Tribunal do Trabalho;

ii) Estimativa das responsabilidades por pensões relativas a sinistros já ocorridos mas que se encontrem pendentes de acordo final ou sentença, denominadas de pensões definidas;

iii) Estimativa das responsabilidades por pensões relativas a sinistros já ocorridos mas cujos respectivos processos clínicos não estão concluídos à data das demonstrações financeiras ou pensões referentes a sinistros já ocorridos mas ainda não declarados, denominadas pensões presumíveis.

As hipóteses e bases técnicas utilizadas no cálculo das provisões matemáticas Homologadas e Definidas de acidentes de trabalho são as seguintes:

Obrigatoriamente NãoRemíveis Remíveis

(*)Tábua de mortalidade TD 88/90 TD 88/90 (Homens)

TV 88/90 (Mulheres) Taxa de desconto 5,25% 4% Encargos de gestão 2,40% 4%

(*) No cálculo das Provisões Matemáticas para a marca Império-Bonança foi construída uma tábua de mortalidade única assumindo uma proporção de sessenta e cinco por cento de Homens e de trinta e cinco por cento de Mulheres.

A estimativa da provisão matemática para pensões presumíveis de Acidentes de Trabalho é efectuada com base em triângulos de desenvolvimento das variáveis históricas consideradas relevantes para as provisões matemáticas conhecidas.

De acordo com a legislação vigente, a responsabilidade inerente ao incremento anual de pensões é assumida pelo FAT- Fundo de Acidentes de Trabalho. As companhias efectuam o pagamento integral das pensões, sendo posteriormente reembolsadas pela parcela da responsabilidade do FAT. A gestão deste fundo é da responsabilidade do Instituto de Seguros de Portugal, sendo as suas receitas constituídas por contribuições efectuadas pelas companhias seguradoras e pelos próprios tomadores de seguro do ramo acidentes de trabalho. Para o efeito é constituída uma provisão para as contribuições futuras para o FAT relativas a responsabilidades com pensões, já existentes à data do balanço.

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A provisão para despesas com assistência temporária tem como objectivo registar a responsabilidade relativamente a despesas com carácter não vitalício de sinistrados de acidentes de trabalho. O seu cálculo baseia-se em modelos actuariais aplicados a matrizes de run-off destas despesas.

A provisão para despesas com assistência vitalícia (AV) diz respeito a despesas de carácter vitalício, e é calculada com as seguintes bases técnicas:

Tábua de mortalidade 35%*TV 88/90 + 65%*TD 88/90 Taxa de desconto 4% Taxa de inflação 2% Encargos de gestão 2%

As provisões de acidentes de trabalho são calculadas recorrendo a bases de dados internas.

Provisão para sinistros de automóvel

No que diz respeito ao ramo automóvel, os sinistros abertos geram automaticamente uma provisão inicial média por sub-sinistro, afectando a unidade em risco e o elemento de cobertura em causa. A provisão automática varia também com a gravidade do dano corporal, caso este exista. Esta provisão pode ser revista, quando o gestor do sinistro verifica que ela é desadequada, e durante a vida do sinistro vão ocorrendo ajustamentos, de acordo com a informação que vai sendo recolhida (relatórios técnicos especializados), ou seja, passa a existir uma análise casuística da provisão disponível.

Provisão para sinistros dos restantes ramos

A provisão para sinistros dos restantes ramos é calculada caso a caso pelo seu gestor e revista sempre que chegue nova informação através de relatórios técnicos especializados.

A análise à suficiência das provisões para os diversos ramos é avaliada/validada pelo actuário responsável ao longo do ano, o qual elabora um relatório específico no final do exercício.

Esta análise é efectuada para os principais ramos / grupos de ramos, representativos de mais de 90% das provisões para sinistros, nomeadamente automóvel, acidentes de trabalho, acidentes pessoais e doença.

Estas estimativas contemplam responsabilidades directas com os segurados (sinistros declarados ou não), e ainda encargos a pagar no futuro, nomeadamente o FAT.

Estas estimativas assentam em triângulos de pagamentos emitidos e utilizam modelos determinísticos de chain-ladder ou average link-ratios.

e) Provisão para riscos em curso

É calculada para todos os seguros não vida e destina-se a fazer face às situações em que os prémios imputáveis a exercícios seguintes relativos aos contratos em vigor à data das demonstrações financeiras não sejam suficientes para pagar as indemnizações e despesas imputáveis aos respectivos ramos técnicos. Esta provisão é calculada com base nos rácios de sinistralidade, de custos imputados, de cedência e de rendimentos, de acordo com o definido pelo ISP.

f) Provisão matemática do ramo vida

Regista o valor actual das prestações futuras a pagar aos segurados do ramo vida, (líquidas das prestações a cobrar), calculado para cada apólice de acordo com métodos actuariais e segundo as respectivas bases técnicas.

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A avaliação das responsabilidades é feita através da comparação das provisões matemáticas de balanço, determinadas prospectivamente, acrescidas de uma “shadowreserve”, com o resultado do teste de adequacidade dos passivos. Caso este último seja superior, acresce-se esse montante ao valor das provisões matemáticas por forma a obter o valor final das responsabilidades.

A shadow reserve é constituída pela percentagem do Fundo para Dotações Futuras e das mais valias potenciais do títulos de rendimento fixo a atribuir aos segurados.

O teste de adequacidade dos passivos está descrito mais adiante, na Nota 2.16. j).

g) Provisão para participação nos resultados

Regista a parte dos resultados apurados nas carteiras afectas a contratos do ramo vida com participação nos resultados a ser distribuída pelas apólices dos respectivos ramos.

Os produtos de capitalização têm associada uma Conta de Participação Financeira e os produtos com risco de vida têm saldos apurados com base em Contas Técnico-Financeiras, ou mesmo só com base em rubricas técnicas, caso não tenham uma componente do prémio destinada à constituição de uma reserva de poupança, no sentido clássico do termo.

A afectação individual dos saldos de participação aos contratos é feita tendo por base critérios objectivos, como, por exemplo, proporcionalmente aos prémios de risco, às Provisões Matemáticas de Balanço ou ao capital seguro, consoante o tipo de modalidade, respeitando-se o contributo individual de cada contrato na criação do respectivo benefício.

h) Contratos de seguro e de investimento com participação discricionária nos resultados

De acordo com o permitido pelo IFRS 4, o Grupo manteve a generalidade das políticas contabilísticas aplicáveis aos contratos de seguro e aos contratos de investimento com participação nos resultados, nos casos em que a participação nos resultados inclui uma componente de discricionariedade por parte das companhias, continuando a reconhecer como proveito os prémios recebidos e como custo os correspondentes aumentos de responsabilidades.

Considera-se que um contrato de seguro ou de investimento contém participação nos resultados com uma componente discricionária quando as respectivas condições contratuais prevêem a atribuição ao segurado, em complemento da componente garantida do contrato, de benefícios adicionais caracterizados por:

i) Ser provável que venham a constituir uma parte significativa dos benefícios totais a atribuir no âmbito do contrato; e

ii) Cujo montante ou momento da distribuição dependam contratualmente da discrição do emissor; e

iii) Estejam dependentes da performance de um determinado grupo de contratos, de rendimentos realizados ou não realizados em determinados activos detidos pelo emissor do contrato, ou do resultado da entidade responsável pela emissão do contrato.

As mais-valias potenciais, líquidas de menos-valias, resultantes da reavaliação dos activos afectos a seguros com participação nos resultados, são repartidas entre uma componente de passivo e uma componente de capitais próprios, com base nas condições dos produtos e no historial da Companhia.

A separação dos montantes de participação nos resultados entre Segurado e Companhia é feita com base nos planos de participação nos resultados, ou com base na percentagem distribuída no último exercício, se esta diferir do estabelecido no plano.

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As responsabilidades originadas por contratos de seguro e contratos de investimento com participação nos resultados com componente discricionária são incluídas nos testes de adequacidade de passivos realizados pelo Grupo.

i) Derivados embutidos em contratos de seguro

De acordo com o permitido pelo IFRS 4, as opções detidas pelos tomadores dos contratos de seguro de resgatar antecipadamente os contratos em vigor por um montante fixo, ou por um montante fixo acrescido de uma componente de juro, não são destacadas do contrato de acolhimento.

j) Testes de adequacidade de passivos

De acordo com os requisitos do IFRS 4, a Companhia realiza com referência à data das demonstrações financeiras, testes de adequacidade dos passivos relacionados com os contratos de seguro em vigor, considerando estimativas do valor actual dos cash flowsfuturos associados aos contratos (ver 2.16. m)), incluindo as despesas a incorrer com a regularização dos sinistros e os cash flows associados a opções e garantias implícitas nos contratos de seguro.

Caso o valor actual das responsabilidades estimadas através destes testes seja superior ao valor dos passivos reconhecidos nas demonstrações financeiras, líquido do valor contabilístico dos custos de aquisição diferidos e dos activos intangíveis relacionados com os referidos contratos, são registadas provisões adicionais por contrapartida da demonstração de resultados do exercício.

A metodologia e os principais pressupostos utilizados na realização dos testes de adequacidade de passivos são os seguintes:

Ramo vida

O teste da adequação dos passivos é feito através da actualização, à taxa de juro de mercado da Euro Benchmark Curve, dos cash-flows futuros de sinistros, resgates, vencimentos, comissões e despesas de gestão, deduzidos dos cash-flows futuros de prémios.

Estes cash-flows futuros são projectados apólice a apólice, atendendo às bases técnicas de segunda ordem das companhias, as quais são calculadas com base na análise histórica dos seus dados do seguinte modo:

Mortalidade:

Com base em ficheiros extraídos dos seus sistemas informáticos, obtém-se o número de pessoas seguras por idade no início, no fim e as sinistradas no ano. A partir destes dados, calcula-se o número de pessoas expostas ao risco em cada idade, e multiplicando-se este valor pela probabilidade de morte de uma determinada tábua de mortalidade determina-se o número esperado de sinistros, de acordo com essa tábua. Comparando esse valor com o real obtém-se a sinistralidade real do ano em percentagem da tábua. Analisando os valores dos últimos cinco anos determina-se então o pressuposto de mortalidade.

Esta análise é feita em separado para os produtos de Vida Risco e Capitalização.

Resgates:

Com base em ficheiros extraídos dos seus sistemas informáticos, obtém-se as provisões matemáticas no início e fim do ano e os montantes resgatados, por produto. A partir destes dados, calcula-se o valor médio de provisões matemáticas de cada produto, e dividindo-se o montante de resgates por esse valor obtém-se a taxa de resgate do ano. Analisando os valores dos últimos cinco anos determina-se o pressuposto de resgate de cada produto.

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Despesas:

As despesas repartem-se em despesas de investimento, administrativas e com sinistros.Por forma a obter os custos unitários, divide-se as despesas de investimento pelo valor médio de provisões matemáticas, as administrativas pelo número médio de pessoas seguras e as de sinistros pelo número total de sinistros do ano

Taxas de Rendimento:

A determinação das taxas de rendimento futuras, a aplicar às provisões matemáticas, é feita com base no “asset mix” de cada produto na data de balanço. Para o efeito, com referência a 31 de Dezembro de 2005 estimaram-se taxas de rendibilidade por classes de activos da seguinte forma:

- Obrigações: Taxa sem risco do Euro a 10 anos;

- Acções: Taxa sem risco do Euro a 10 anos, acrescida de 3%;

- Imobiliário: Taxa sem risco do Euro a 10 anos, acrescida de 2%;

- Disponibilidades: Taxa sem risco do Euro a 10 anos, deduzida de 1,5%.

A taxa de rendimento de cada produto resulta da média ponderada do peso de cada classe de activos que lhes estão afectos pela respectiva taxa. A este valor acresce o run off do Fundo para Dotações Futuras e das mais-valias potenciais dos títulos de rendimento fixo,por forma a obter a taxa de rendimento final.

Com base nestas taxas de rendimento são projectadas participações nos resultados futuras, as quais são posteriormente incorporadas nas provisões matemáticas, sendo depois projectadas nos vencimentos, sinistros e resgates futuros.

Ramos não vida

Os actuários responsáveis avaliam regularmente a adequabilidade das reservas socorrendo-se para isso da análise das responsabilidades das companhias nas vertentes da incerteza, duração contratual, natureza dos sinistros e despesas de regularização de sinistros. Aplica ainda um conjunto de cenários micro e macroeconómicos para a verificação da adequação dos mesmos.

k) Provisões técnicas de resseguro cedido

São determinadas aplicando os critérios descritos acima para o seguro directo, tendo em atenção as percentagens de cessão, bem como outras cláusulas existentes nos tratados em vigor.

l) Responsabilidades para com subscritores de produtos “Unit-linked”

As responsabilidades associadas a contratos de investimento em que o risco é suportado pelo tomador (produtos “Unit-linked”) emitidos pelo Grupo são valorizadas ao justo valor, determinado com base no justo valor dos activos que integram a carteira de investimentos afecta a cada um dos produtos, deduzido dos correspondentes encargos de gestão.

As carteiras de investimentos afectas a produtos “Unit-linked” são compostas por activos financeiros, incluindo títulos de rendimento fixo, títulos de rendimento variável, instrumentos derivados e depósitos em instituições de crédito, os quais são avaliados ao justo valor, sendo as correspondentes mais e menos-valias não realizadas reconhecidas na demonstração de resultados do exercício.

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m) Imparidade de saldos devedores relacionados com contratos de seguro e de resseguro

Com referência a cada data de apresentação de demonstrações financeiras o Grupo avalia a existência de indícios de imparidade ao nível dos activos originados por contratos de seguro e de resseguro, nomeadamente as contas a receber de segurados, mediadores, resseguradores e ressegurados e as provisões técnicas de resseguro cedido.

Caso sejam identificadas perdas por imparidade, o valor de balanço dos respectivos activos é reduzido por contrapartida da demonstração de resultados do exercício, sendo o custo reflectido na rubrica “Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações”.

n) Activos intangíveis resultantes da aquisição de contratos de seguro

A diferença entre o justo valor dos contratos de seguro adquiridos no âmbito de concentrações de actividades empresariais e o respectivo valor contabilístico calculado de acordo com as políticas contabilísticas adoptadas pelo Grupo, que corresponde ao “Value in force” da carteira de contratos adquirida, é autonomizado do “Goodwill” à data da aquisição e reconhecido separadamente como um activo intangível.

O “Value in force” é amortizado ao longo da vida dos contratos adquiridos. Para este efeito, é recalculado com referência a cada data de apresentação de demonstrações financeiras, sendo a diferença no valor face ao exercício anterior reconhecida na demonstração de resultados.

2.17. Comissões

Conforme referido na Nota 2.6., as comissões relativas a operações de crédito e outros instrumentos financeiros, nomeadamente comissões cobradas ou pagas na originação das operações, são incluídas no custo amortizado e reconhecidas ao longo da operação, pelo método da taxa efectiva, em “Juros e rendimentos similares”.

As comissões por serviços prestados são normalmente reconhecidas como proveito ao longo do período de prestação do serviço ou de uma só vez, se respeitarem a compensação pela execução de actos únicos.

2.18. Instrumentos de capital próprio emitidos

Os instrumentos de capital próprio emitidos são registados pelo justo valor da contrapartida recebida, líquido de custos directos com a emissão.

A classificação das acções preferenciais emitidas pelo Grupo é efectuada com base nos critérios definidos no IAS 32. Deste modo, nas situações em que o pagamento de dividendos e/ou o reembolso estejam exclusivamente dependentes de uma decisão discricionária do Grupo, os títulos emitidos são considerados instrumentos de capital próprio. As acções preferenciais emitidas por filiais que cumprem estes requisitos são reflectidas no balanço consolidado na rubrica de “Interesses minoritários”.

2.19. Valores recebidos em depósito

Os valores recebidos em depósito, nomeadamente os títulos de clientes, encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais ao valor nominal.

2.20. Caixa e seus equivalentes

Para efeitos da preparação da demonstração de fluxos de caixa, o Grupo considera como “Caixa e seus equivalentes” o total das rubricas “Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais” e “Disponibilidades em outras instituições de crédito”.

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2.21. Estimativas contabilísticas críticas e aspectos julgamentais mais relevantes na aplicação das políticas contabilísticas

Na aplicação das políticas contabilísticas acima descritas, é necessária a realização de estimativas pelo Conselho de Administração da Caixa e das empresas do Grupo. As estimativas com maior impacto nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo incluem as abaixo apresentadas.

Determinação de perdas por imparidade em activos financeiros

As perdas por imparidade em crédito concedido são determinadas de acordo com a metodologia definida na Nota 2.6. d). Deste modo, a determinação da imparidade em activos analisados individualmente resulta de uma avaliação específica efectuada pela Caixa com base no conhecimento da realidade dos clientes e nas garantias associadas às operações em questão.

A determinação da imparidade por análise colectiva é efectuada com base em parâmetros históricos determinados para tipologias de operações comparáveis, tendo em consideração estimativas de entrada em incumprimento e de recuperação.

A Caixa considera que a imparidade determinada com base nesta metodologia permite reflectir de forma prudente e adequada o risco associado à sua carteira de crédito concedido, tendo em conta as regras definidas pelo IAS 39.

Valorização de instrumentos financeiros não transaccionados em mercados activos

De acordo com a Norma IAS 39, a Caixa valoriza ao justo valor todos os instrumentos financeiros, com excepção dos registados ao custo amortizado. Na valorização de instrumentos financeiros não negociados em mercados líquidos, são utilizados modelos e técnicas de valorização tal como descrito na Nota 2.6. As valorizações obtidas correspondem à melhor estimativa do justo valor dos referidos instrumentos na data do balanço. Conforme referido na Nota 2.6., de modo a assegurar uma adequada segregação de funções, a valorização destes instrumentos financeiros é determinada por um órgão independente da função de negociação.

Benefícios dos empregados

Conforme referido na Nota 2.15. acima, as responsabilidades do Grupo por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo concedidos aos seus empregados são determinadas com base em avaliações actuariais. Estas avaliações actuariais incorporam pressupostos financeiros e actuariais relativos a mortalidade, invalidez, crescimentos salariais e de pensões, rendibilidade dos activos e taxa de desconto, entre outros. Os pressupostos adoptados correspondem à melhor estimativa do Grupo e dos seus actuários do comportamento futuro das respectivas variáveis.

Imparidade do goodwill

Conforme referido na Nota 2.3. acima, o Grupo realiza com uma periodicidade mínima anual análises de imparidade do goodwill registado em balanço. Estas análises são realizadas com base em estimativas dos fluxos de caixa futuros a gerar por cada unidade em análise, descontados a taxas consideradas apropriadas.

As projecções efectuadas incorporam um conjunto alargado de pressupostos quanto à evolução da actividade futura das unidades em análise, os quais poderão ou não verificar-se no futuro.No entanto, estes pressupostos reflectem a melhor estimativa do Grupo na data do balanço.

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Determinação dos passivos por contratos de seguros

A determinação das responsabilidades do Grupo por contratos de seguros é efectuada com base nas metodologias e pressupostos descritos na Nota 2.16. acima. Estes passivos reflectem uma estimativa quantificada do impacto de eventos futuros nas contas das companhias de seguros do Grupo, efectuada com base em pressupostos actuariais, histórico de sinistralidade e outros métodos aceites no sector.

Face à natureza da actividade seguradora, a determinação das provisões para sinistros e outros passivos por contratos de seguros reveste-se de um elevado nível de subjectividade, podendo os valores reais a desembolsar no futuro vir a ser significativamente diferentes das estimativas efectuadas.

No entanto, o Grupo considera que os passivos por contratos de seguros reflectidos nas contas consolidadas em 31 de Dezembro de 2005 reflectem de forma adequada e conservadora a melhor estimativa nesta data dos montantes a desembolsar pelo Grupo.

Determinação de impostos sobre lucros

Os impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) são determinados pelas empresas do Grupo com base nas regras definidas pelo enquadramento fiscal em vigor nos países em que operam.No entanto, em algumas situações a legislação fiscal não é suficientemente clara e objectiva e pode dar origem a diferentes interpretações. Nestes casos, os valores registados resultam do melhor entendimento dos órgãos responsáveis da Caixa e das empresas do Grupo sobre o correcto enquadramento das suas operações, o qual é no entanto susceptível de ser questionado por parte das Autoridades Fiscais.

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3. EMPRESAS DO GRUPO E TRANSACÇÕES OCORRIDAS NO PERÍODO

A estrutura do Grupo a nível das principais empresas filiais, por sectores de actividade, e os respectivos dados financeiros retirados das suas contas estatutárias individuais, excepto quando expressamente indicado, podem ser resumidos da seguinte forma:

2005%

Participação Situação Resultado Situação ResultadoSector de actividade/Entidade Sede Efectiva líquida (a) líquido líquida (a) líquido

Gestão de Participações Sociais

Bandeirantes, SGPS, S.A. Madeira 100,00 24 (6) 30 (3) Caixa - Brasil, SGPS, S.A. (c) Madeira - - - (230.080) 63.207 Caixa - Gestão de Activos, SGPS, S.A. Lisboa 100,00 26.617 4.367 26.637 4.880 Caixa - Internacional, SGPS, S.A. Madeira 100,00 4.229 (117) 2.469 565 Caixa - Participações, SGPS, S.A. Lisboa 100,00 48.733 18.834 29.899 (105) Caixa Desenvolvimento, SGPS, S.A. Lisboa 99,63 41.495 1.937 45.620 773 Caixa Seguros, SGPS, S.A. Lisboa 100,00 818.447 66.878 403.406 (10) Caixaweb, SGPS, S.A. Lisboa 100,00 8.312 (1.916) 10.278 (3.472) Gerbanca, SGPS, S.A. Lisboa 100,00 14.442 14.421 21 (8) Império - Bonança, SGPS, S.A. Lisboa 100,00 376.062 (13) - - Inbepor, SGPS, S.A. (c) Lisboa 54,80 (2.418) (2.468) - -

Bancário

Banco Comercial do Atlântico, S.A.R.L. Praia 59,17 16.507 1.859 15.896 1.921 Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L. Maputo 42,00 35.008 8.380 35.589 5.172 Banco Financial Português São Paulo 100,00 10.856 200 8.089 (206) Banco Interatlântico, S.A.R.L. Praia 70,00 6.767 492 6.760 794 Banco Nacional Ultramarino, S.A. (Macau) Macau 100,00 90.501 19.605 58.286 7.341 Banco Siméon, S.A. (b) Vigo 99,75 232.480 (31.262) 165.081 (11.675) Caixa - Banco de Investimento, S.A. (b) Lisboa 99,63 247.190 25.004 201.287 21.551 CGD - North America Delaware 100,00 1 - 1 - CGD - Representação de Bancos, S.A. São Paulo 99,81 68 (59) 96 (223) Mercantile Lisbon Bank Holdings, Ltd. Joanesburgo 91,75 72.101 8.465 61.810 (26.769) Caixa Geral de Depósitos - Subsidiária Offshore de Macau Macau 100,00 5.703 396 - -

Segurador

Cares - Companhia de Seguros, S.A. Lisboa 100,00 12.918 3.130 10.765 1.647 Companhia de Seguros Fidelidade - Mundial S.A. (b) Lisboa 100,00 994.675 103.541 801.458 81.304 Império-Bonança - Companhia de Seguros, S.A. Lisboa 100,00 165.480 16.160 - - Garantia - Companhia de Seguros de Cabo Verde, S.A.R.L. Praia 65,31 4.132 487 3.997 476 Via Directa - Companhia de Seguros, S.A. Lisboa 100,00 20.900 3.362 7.787 467

Crédito Especializado

BCI Leasing Maputo 41,99 2.755 65 3.048 11 Caixa Crédito - SFAC, S.A. Lisboa 100,00 9.543 798 8.744 1.311 Caixa Leasing e Factoring - Instituição Financeira de Crédito, S.A. Lisboa 100,00 102.557 13.801 85.674 4.275

Gestão de Activos

Caixagest - Técnicas de Gestão de Fundos, S.A. Lisboa 100,00 24.623 4.308 22.466 2.397 CGD Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Lisboa 100,00 4.006 231 4.265 545 Fundimo - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Lisboa 100,00 5.007 3.299 3.873 2.166

Capital de Risco

A Promotora, Sociedade de Capital de Risco, S.A.R.L. Praia 52,69 3.194 (53) 3.247 (362) Caixa - Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A. Lisboa 99,63 23.876 5.776 20.288 1.554

Imobiliário

Imocaixa - Gestão Imobiliária, S.A. Lisboa 100,00 2.242 333 1.909 1.530 Fidelidade Mundial - SGII, S.A. Lisboa 100,00 21.546 923 20.630 946

Outras Entidades Financeiras

CGD Finance Cayman 100,00 263 13 251 42 Caixa Geral Finance (d) Cayman 0,02 610.130 10.067 253.812 3.811

2004

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

2005 2004%

Participação Situação Resultado Situação ResultadoSector de actividade/Entidade Sede Efectiva líquida (a) líquido líquida (a) líquido

Outros sectores

Caixa - Sistemas de Informação, S.A. Lisboa 100,00 (1.448) - (1.441) - Caixanet - Telemática e Comunicações, S.A. Lisboa 80,00 1.720 48 1.648 41 Caixaweb, Serviços Técnicos e de Consultoria, S.A. Lisboa 100,00 1.079 363 716 524Culturgest - Gestão de Espaços Culturais, S.A. Lisboa 90,00 237 1 169 (29)E.A.P.S. - Empresa de Análise, Prevenção e Segurança, S.A. Lisboa 100,00 187 14 173 69

EPS - Gestão de Sistemas de Saúde, S.A. Lisboa 100,00 1.161 222 979 165 Cetra - Centro Técnico de Reparação Automóvel, S.A. Lisboa 85,00 1.031 (244) - -GEP - Gestão de Peritagens Automóveis, S.A. Lisboa 100,00 94 8 103 77

Hospitais Privados de Portugal - HPP Centro, S.A. Lisboa 100,00 787 442 345 (45) Hospitais Privados de Portugal - HPP Norte, S.A. Porto 100,00 5.636 464 5.172 (138) Hospitais Privados de Portugal - HPP Sul, S.A. Faro 100,00 900 (278) 1.178 (664)HPP, SGPS, S.A. Lisboa 100,00 11.293 188 11.105 (1.534)

Servicomercial - Consultoria e Informática, Lda. Lisboa 100,00 3.185 28 - -Impergesto - Assistência e Serviços, S.A. Lisboa 100,00 1.064 234 - -

Imoportal.com - Multimédia, S.A. Lisboa 63,00 (2.229) 12 (1.001) (361) Portal Executivo - Sociedade de Serviços, Consultoria e Informação em Gestão, S.A. Lisboa 75,00 (1.297) (390) (907) (567)

Agrupamentos Complementares de EmpresasGroupment d'Interet Economique ParisSogrupo - Serviços Administrativos, ACE LisboaSogrupo - Sistemas de Informação, ACE LisboaSogrupo III - Gestão de Activos, ACE LisboaSogrupo IV - Gestão de Imóveis, ACE Lisboa

Entidades de propósito especial e Fundos de investimentoFundo Nostrum Consumer Finance, FTC Lisboa - 396.229 (2.660) 398.889 (905)Fundo Nostrum Mortgage 2003-1 Lisboa - 814.621 (1.632) 907.915 (398)Nostrum Mortgages PLC Lisboa - 872 1.034 5.075 4.535

Nostrum Consumer Finance PLC Dublin - 4.717 683 4.034 (69)Fundo de Capital de Risco para Investidores Qualificados - Grupo CGD Dublin 92,30 65.416 4.618 53.294 (5.869)Fundo de Capital de Risco para Investidores Qualificados - PME Lisboa 63,93 11.496 162 11.631 (656)Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Saudeinvest Lisboa 97,82 35.734 674 - -Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Bonança 1 Lisboa 100,00 14.262 846 - -

Empresas registadas pelo método proporcional Esegur - Empresa de Segurança, S.A. Lisboa 50,00 4.437 1.594 7.376 3.466

(a) A situação líquida inclui o resultado líquido do exercício.(b) Dados retirados das demonstrações financeiras consolidadas.(c) A situação líquida exclui prestações suplementares.(d) O capital social está representado por 1.000 acções ordinárias com valor unitário de 1 Euro e 600.000 acções preferenciais sem direito de voto com o

valor unitário de 1.000 Euros cada.

Os movimentos nas filiais do Grupo durante os exercícios de 2005 e 2004, foram os seguintes:

Banco Siméon, S.A.

No exercício de 2005, o Banco Siméon efectuou um aumento de capital no montante demEuros 275.000, através da emissão de 45.757.072 novas acções com valor nominal unitário de 6,01 Euros. A CGD subscreveu 45.685.240 acções pelo montante de mEuros 274.568, dos quais mEuros 164.732 serão realizados nos exercícios de 2006 e 2007.

Na sequência desta operação, a participação efectiva do Grupo no Banco Siméon aumentou para 99,75%.

Inbepor – Investimentos em Bebidas Portugal, SGPS, S.A. (“Inbepor”), Compal – Companhia Produtora de Conservas Alimentares, S.A. (“Compal”) e Nutricafés – Cafés e Restauração, S.A. (“Nutricafés”).

Em 2 de Novembro de 2005, a Caixa Desenvolvimento, SGPS, S.A. (sociedade integralmente detida pelo Caixa – Banco de Investimento, S.A.) celebrou dois Contratos relativos à aquisição de acções da Compal e da Nutricafés. As principais condições definidas nos Contratos são as seguintes:

- A Caixa Desenvolvimento e a Sumolis – Companhia Industrial de Frutas e Bebidas, S.A. (Sumolis) (“Compradores”), comprometem-se a adquirir acções representativas da totalidade do capital social da Compal e da Nutricafés, bem como suprimentos e prestações suplementares prestados a estas entidades.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

- O preço das acções a adquirir foi fixado em 365.000 mEuros e 61.000 mEuros, respectivamente, para as acções da Compal e da Nutricafés. O preço foi determinado tendo em conta pressupostos relativos a indicadores financeiros da Compal e Nutricafés em 30 de Setembro de 2005, podendo ser objecto de correcção se, em resultado de auditorias a efectuar às contas das entidades, os referidos indicadores financeiros não vierem a verificar-se.

- Nos termos dos Contratos, a aquisição das acções será efectuada através de uma sociedade a constituir, cujo capital será detido em 80% pela Caixa Desenvolvimento e nos restantes 20% pela Sumolis. Neste contexto, foi constituída em Dezembro de 2005 a Inbepor – Investimentos em Bebidas Portugal, SGPS, S.A., com um capital de 50 mEuros, tendo ainda em 2005 sido realizadas pelos accionistas prestações suplementares num total de 124.950 mEuros. A CaixaDesenvolvimento cedeu acções representativas de 25% do capital da Inbepor ao Fundo de Capital de Risco para Investidores Qualificados Grupo CGD – Caixa Capital.

- Na data dos Contratos, o custo de aquisição e as acções foram desde logo depositados numa “escrow account” junto da Caixa. No entanto, a concretização das transacções ficou sujeita à obtenção das autorizações / declarações de não oposição da Autoridade da Concorrência. Até à obtenção das referidas autorizações, os Compradores não poderiam nomear qualquer elemento para os órgãos de gestão das empresas a adquirir, nem exercer controlo sobre a sua gestão.

- A declaração de não oposição da Autoridade da Concorrência relativamente à aquisição da Nutricafés foi decidida em 23 de Dezembro de 2005, tendo ainda neste mês a gestão da empresa sido transferida para os Compradores. Deste modo, a Nutricafés foi incluída no perímetro de consolidação ainda no exercício de 2005. No entanto, dada a intenção de venda desta participação a curto prazo, a mesma foi registada de acordo com a Norma IFRS 5 – “Activos não correntes detidos para venda e operações descontinuadas” (Nota 12).

- Relativamente à Compal, a declaração de não oposição da Autoridade da Concorrência foi decidida em 9 de Janeiro de 2006. Conforme acima referido, o custo de aquisição da Compal pela Inbepor ascendeu a 365.000 mEuros, o qual poderá ainda vir a ser objecto de correcções. Por este motivo, e por não se encontrar ainda concluída a afectação do custo de aquisição aos activos e passivos da Compal, não foi ainda determinado o montante do goodwill a originar por esta operação nas contas consolidadas do Grupo. Os capitais próprios da Compal em 30 de Setembro de 2005, excluindo o efeito das reservas expressas no Relatório de Auditoria ascendiam a55.469 mEuros.

Império Bonança, SGPS, S.A. (Império Bonança)

Em 16 de Julho de 2004, a Caixa, a Caixa Seguros e o Banco Comercial Português, S.A. (BCP) assinaram um “Contrato de compra e venda de acções a contado e a termo e mandato” (“Contrato”).São objecto deste contrato acções da Império Bonança, a qual em 31 de Dezembro de 2004 detinha a totalidade do capital das seguintes entidades (“Sociedades”):

- Império Bonança – Companhia de Seguros, S.A.;

- Seguro Directo Gere – Companhia de Seguros, S.A.;

- Impergesto – Assistência e Serviços, S.A., e

- Servicomercial – Consultoria e Informática, Lda..

O Contrato estava condicionado à obtenção das autorizações e declarações de não oposição das autoridades competentes (Instituto de Seguros de Portugal e Autoridade da Concorrência), as quais foram obtidas no final do exercício de 2004. Nos termos do Contrato, a realização das formalidades relativas à compra e venda das acções ocorreu no dia 28 de Janeiro de 2005 (a “Data de Formalização”).

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

O Contrato prevê as seguintes operações:

- Aquisição pela Caixa Seguros ao BCP na Data de Formalização de acções representativas de 70% do capital da Império Bonança;

- Aquisição pela Caixa Seguros ao BCP, a termo, das acções representativas dos restantes 30% do capital da Império Bonança.

O preço das acções adquiridas em Janeiro de 2005 foi fixado em mEuros 240.100, o qual seria corrigido pelas variações patrimoniais registadas entre 31 de Dezembro de 2003 e o último dia do trimestre imediatamente anterior à Data de Formalização (que corresponde a 31 de Dezembro de 2004). Em resultado desta correcção, o preço foi aumentado em 17.073 mEuros.

O preço das acções a transaccionar a termo foi fixado em mEuros 102.900, dos quais mEuros 14.939 foram pagos na Data de Formalização, devendo os restantes mEuros 87.961 ser pagos em 16 de Julho de 2007, acrescidos do valor da correcção monetária a partir da Data de Formalização(Nota 25). O BCP fica com a opção de antecipação deste prazo, no caso de ocorrer a admissão à cotação de acções de uma Holding a constituir pela Caixa que agregue as suas participações no sector segurador, sendo neste caso o remanescente a pagar ajustado com base no valor de mercado das acções da referida Holding. Relativamente às acções a transaccionar a termo, a Caixa Seguros terá direito a receber por inteiro todos os dividendos e quaisquer outros direitos patrimoniais vencidos após a Data de Formalização.

Ainda no âmbito do Contrato, realizaram-se na Data de Formalização as seguintes operações:

- A Caixa Seguros adquiriu créditos sobre as Sociedades, no montante de mEuros 78.600;

- A CGD adquiriu um conjunto de créditos sobre a José de Mello, SGPS, S.A. de valor nominal global de mEuros 96.102.

A transferência efectiva da gestão das Sociedades para a Caixa ocorreu apenas na Data de Formalização. Deste modo, no período compreendido entre 16 de Julho e 31 de Dezembro de 2004 a Caixa não nomeou qualquer elemento para os órgãos de gestão das empresas a adquirir, nem exerceu controlo sobre a sua gestão. Adicionalmente, conforme acima referido, o BCP teve direito aos resultados apurados pelas Sociedade até 31 de Dezembro de 2004, através de correcção ao preço da transacção. Consequentemente, dado não se verificarem as condições previstas no IAS 27, as contas da Império Bonança não foram consolidadas em 31 de Dezembro de 2004. No entanto, de acordo com o normativo nacional em vigor em 2004, o Grupo reflectiu ainda nas suas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2004, na rubrica “Activos financeiros disponíveis para venda” um activo correspondente ao valor do compromisso de compra da totalidade das acções da Império Bonança e o respectivo passivo. Os valores registados em 31 de Dezembro de 2004, de acordo com as políticas contabilísticas anteriores, e o custo de aquisição após as correcções acima referidas apresentam o seguinte detalhe:

Custo de aquisição das acções transaccionadas em Janeiro de 2005 240.100Custo de aquisição das acções a transaccionar a termo 102.900Correcções ao preço – variações patrimoniais 17.073

-----------Saldo a pagar registado em “Outros passivos” (Nota 25) 360.073Custos incorridos com a aquisição 1.822

-----------Custo de aquisição em 31 de Dezembro de 2004 (Nota 8) 361.895

-----------Parcela do preço relativa à Seguro Directo ( 17.000 ) Ajustamento ao preço de aquisição pago pela Caixa Seguros 2.963

Outras despesas 74-----------

Custo de aquisição em 31 de Dezembro de 2005 347.932======

37

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

A determinação do goodwill na aquisição da Império Bonança pode ser demonstrada da seguinte forma:

Custo de aquisição em 31 de Dezembro de 2005 347.932-----------

Capitais próprios contabilísticos das empresas adquiridas 166.713Ajustamentos aos capitais próprios . Cálculo do Value in Force (Nota 15) 46.386. Outros ajustamentos ( 14.667 )

-----------198.432-----------

Goodwill (Nota 15) 149.500======

Na sequência das condições impostas no final de 2004 pela Autoridade da Concorrência para realização da operação, a Caixa mandatou o BCP Investimentos para proceder à venda da participação na Seguro Directo Gere – Companhia de Seguros, S.A., o que provocou uma redução de 17.000 mEuros no custo de aquisição.

Caixa Geral de Depósitos – Subsidiária Offshore de Macau (SOM)

A Caixa Geral de Depósitos – Subsidiária Offshore de Macau, S.A. foi constituída em 2005 com um capital social de 50.000.000 Patacas, correspondentes a 5.181 mEuros, integralmente subscrito e realizado pela Caixa. A SOM tem como objecto único o exercício de funções de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária e financeira offshore.

Caixa Seguros, SGPS, S.A. (Caixa Seguros)

Em 3 de Março de 2005, foi celebrada uma escritura de redução e aumento de capital da CaixaSeguros nos seguintes termos:

- Redução do capital social para cobertura de prejuízos de mEuros 596.400, passando demEuros 994.000 para mEuros 397.600, mediante a redução do valor nominal por acção de cinco para dois Euros; e simultaneamente,

- Aumento de capital no montante de mEuros 50.800 através da emissão de 25.400.000 acções com valor nominal de dois Euros cada subscritas ao preço de 9,26 Euros cada, a que corresponde um prémio de emissão de 7,26 Euros por acção. O valor total subscrito pela Caixa ascendeu a mEuros 235.204.

Caixa – Brasil, SGPS, S.A. (Caixa Brasil)

A Caixa Brasil detinha participações directas e indirectas no banco brasileiro Unibanco – União de Bancos Brasileiros. Em Setembro de 2005, a Caixa Brasil alienou as referidas participações, tendo registado uma mais-valia de 145.413 mEuros, líquida de custos de transacção e imposto retido no Brasil (Nota 8).

Na Assembleia Geral de Accionistas realizada em 24 de Novembro de 2005 foi deliberada a dissolução da Caixa Brasil. Foi ainda aprovado que no âmbito da liquidação fossem transmitidos para o accionista Caixa Geral de Depósitos, S.A. todos os seus activos e passivos, sendo o accionista Caixa – Participações, SGPS, S.A. ressarcido em numerário pelo montante correspondente à sua percentagem de participação no capital próprio da Caixa Brasil.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Via Directa – Companhia de Seguros, S.A. (Via Directa)

Em 28 de Dezembro de 2004, a Assembleia Geral da Via Directa aprovou o aumento de capital social por entradas em dinheiro, mediante a emissão de 200.000 novas acções, com o valor nominal de 5 Euros cada, a subscrever pela Fidelidade-Mundial ao preço de 50 Euros cada, num total de10.000 mEuros.

Mercantile Lisbon Bank Holdings Ltd. (Mercantile)

No exercício de 2004, o Mercantile aumentou o seu capital no montante de 555.000.000 Rands, através da emissão de 3.083.333.334 novas acções com valor nominal de 0,01 Rands e um prémio de emissão de 0,17 Rands. A CGD subscreveu 3.059.312.473 acções no montante de 550.676 milhares de Rands (mEuros 71.612 ao câmbio de 31 de Dezembro de 2004).

A CGD registou ainda 5.968.408 acções do Mercantile, no âmbito da execução de um penhor. As acções foram registadas pelo seu valor de mercado no final de Setembro de 2004, que ascendia a mEuros 127.

Caixa Leasing e Factoring – Instituição Financeira de Crédito, S.A. (Caixa Leasing e Factoring), Imoleasing – Sociedade de Locação Financeira Imobiliária, S.A. (Imoleasing), Locapor – CompanhiaPortuguesa de Locação Financeira Mobiliária, S.A. (Locapor) e Lusofactor – Sociedade de Factoring, S.A. (Lusofactor)

Em 28 de Dezembro de 2004 foi celebrada a escritura de fusão por incorporação, mediante a transferência global dos patrimónios da Imoleasing, Locapor e Lusofactor para a Caixa Empresas de Crédito SGPS, S.A., a qual foi registada no dia 30 de Dezembro de 2004, tendo produzido efeitos contabilísticos a partir de 31 de Dezembro de 2004.

Em Dezembro de 2004 o capital social da Caixa Empresas de Crédito, SGPS, S.A. foi aumentado em mEuros 9.950, correspondentes à emissão de 1.990.000 acções com o valor nominal de 5 Euros, com um prémio de emissão de 16,60 Euros cada, tendo sido realizado em dinheiro. Como resultado desta operação, o seu capital passou a estar representado por 2.000.000 de acções com o valor nominal de 5 Euros cada, totalmente subscrito e realizado, sendo integralmente detido pela Caixa.

Após a concretização da operação de fusão, a Imoleasing, Locapor e Lusofactor extinguiram-se,transmitindo para a Caixa Empresas de Crédito SGPS, S.A. a universalidade dos seus direitos e obrigações. O património das sociedades incorporadas foi registado pelo seu valor líquido de balanço em 30 de Dezembro de 2004.

No âmbito da fusão, a Caixa Empresas de Crédito SGPS, S.A. alterou a sua denominação social para Caixa Leasing e Factoring, tendo igualmente alterado o seu objecto social, que passou a consistir no exercício das actividades legalmente consentidas às Instituições Financeiras de Crédito, de acordo com o disposto no Decreto-Lei nº 186/2002, de 21 de Agosto, nomeadamente a prática de todas as operações permitidas aos bancos, com excepção da recepção de depósitos.

Caixa Geral Finance Limited (Caixa Geral Finance)

A Caixa Geral Finance, com sede nas Ilhas Cayman, foi constituída em 2004 com um capital social de 1.000 Euros, integralmente subscrito e realizado pela Caixa. Esta sociedade procedeu em 2005 e 2004 à emissão de acções preferenciais sem direito de voto nos montantes de mEuros 350.000 e mEuros 250.000, respectivamente (Nota 28). Apesar de não ter subscrito estas emissões, a Caixadetém a totalidade das acções ordinárias.

Caixa Investimentos, S.A. (Caixa Investimentos)

Em 2004 foi concluído o processo de dissolução da Caixa Investimentos. No âmbito da liquidação a CGD, seu accionista único, recebeu a totalidade do seu património no montante de mEuros 17.817.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

CGD Luxemburgo

No exercício de 2004, a Caixa Participações adquiriu à CGD 90% das acções da CGD Luxemburgopelo valor de mEuros 131, passando a deter a totalidade do capital desta participada. Em 30 de Dezembro de 2004, a CGD Luxemburgo foi liquidada, tendo sido registado um montante a receber de mEuros 142.

Caixa – Gestão de Patrimónios, S.A. (Caixa Gestão de Patrimónios)

No exercício de 2004 a Caixa – Gestão de Patrimónios foi liquidada, tendo o seu património na data de encerramento da actividade sido entregue à Caixa Gestão de Activos, SGPS, S.A., detentora da totalidade do capital social.

Caixa Crédito, SFAC, S.A. (Caixa Crédito)

Em Agosto de 2004, a Caixa Participações, SGPS, S.A. adquiriu 200.000 acções da Caixa Crédito correspondentes a 11,11% do capital social, por mEuros 2.050. Em resultado desta operação, o Grupo passou a deter a totalidade do capital social da Caixa Crédito.

Lusogest, Sociedad Gestora de Instituciones de Inversion Colectiva, S.A. (Lusogest)

No exercício de 2004, a CGD alienou ao Banco Siméon 161.290 acções representativas do capital social da Lusogest. Posteriormente, o Banco Siméon alienou a sua participação ao Banco Espírito Santo S.A., tendo sido registada uma mais-valia líquida de mEuros 1.076 (Nota 33).

Lusopensiones Sociedad Gestora de Fondos de Pensiones, S.A. (Lusopensiones)

No exercício de 2004, a CGD alienou ao Banco Siméon 26.260 acções representativas do capital social da Lusopensiones. Posteriormente, o Banco Siméon alienou a sua participação ao Banco Espírito Santo S.A., tendo sido registada uma menos-valia líquida de mEuros 302 (Nota 33).

Cares – Companhia de Seguros, S.A. (Cares)

No exercício de 2004, a Caixa Seguros adquiriu a entidades externas 25.000 acções desta companhia por mEuros 645, tendo passado a deter a totalidade do capital da Cares.

4. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004

Caixa 421.134 444.092----------- -----------

Depósitos à ordem em Bancos Centrais . Capital 1.566.245 2.765.378 Juros a receber 1.521 1.210

------------- --------------1.988.900 3.210.680======= ========

Os depósitos à ordem da Caixa no Banco de Portugal visam satisfazer as exigências de reservas mínimas do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC). Estes depósitos são remunerados e correspondem a 2% dos depósitos e títulos de dívida com prazo até dois anos, excluindo os depósitos e os títulos de dívida de instituições sujeitas ao regime de reservas mínimas do SEBC.

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, os fundos que a Caixa e os bancos do Grupo mantinham em depósitos em bancos centrais cumpriam os limites mínimos fixados pelas disposições vigentes nos países onde operam.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

5. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004

Cheques a cobrar . No País 309.662 440.357 . No Estrangeiro 25.456 18.397

----------- ----------- 335.118 458.754 ----------- -----------

Depósitos à ordem e outras disponibilidades . No País 148.861 35.209 . No Estrangeiro 122.466 93.279

----------- ----------- 271.327 128.488

. Juros a receber - 15 ----------- ----------- 271.327 128.503 ----------- ----------- 606.445 587.257 ====== ======

Os cheques a cobrar correspondem a cheques sobre clientes de outros bancos enviados para compensação. Estes valores são cobrados nos primeiros dias do exercício subsequente.

6. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004

Mercado monetário interbancário 848.875 380.270 Depósitos a prazo

. No País 142.695 65.541. No Estrangeiro 4.113.958 2.862.762

Empréstimos . No País 270.415 205.526 . No Estrangeiro 595.741 252.943

Outras aplicações . No País 28.713 160.001

. No Estrangeiro 3.169.607 2.104.373 Operações de compra com acordo de revenda . Banco de Portugal - 33.731. Outras 66.027 84.264

-------------- -------------- 9.236.031 6.149.411

Juros a receber 19.152 7.529Juros vencidos a regularizar 1.554 -Proveitos diferidos ( 1.146 ) ( 558 )

-------------- -------------- 9.255.591 6.156.382

Imparidade ( 890 ) ( 6.219 ) -------------- -------------- 9.254.701 6.150.163 ======== ========

O movimento da imparidade de aplicações em instituições de crédito, durante os exercícios de 2005 e 2004, é apresentado na Nota 38.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

7. ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Estas rubricas apresentam a seguinte composição:

2004Ao justo Ao justo

Detidos para valor através Detidos para valor atravésnegociação de resultados Total negociação de resultados Total

Instrumentos de dívida - De emissores públicos:

. Títulos da dívida pública 408.970 - 408.970 326.598 165.785 492.383. Bilhetes do Tesouro 94.681 106.410 201.091 38.709 243 38.952

. Obrigações de outros emissores públicos:

Nacionais 3.042 17.323 20.365 2.562 16.987 19.549Estrangeiros 1.589.885 46.057 1.635.942 1.749.563 62.130 1.811.693

- De Organismos Financeiros Internacionais 86.037 9.010 95.047 99.651 8.960 108.611

- De outros emissores: . Obrigações e outros títulos:

De residentes 321.732 1.450.845 1.772.577 481.934 1.465.208 1.947.142De não residentes 1.469.144 975.879 2.445.023 1.195.501 1.052.536 2.248.037

3.973.491 2.605.524 6.579.015 3.894.518 2.771.849 6.666.367

Instrumentos de capitalDe residentes 7.455 217 7.672 16.143 10.441 26.584De não residentes 55.531 3.268 58.799 26.797 19.827 46.624

62.986 3.485 66.471 42.940 30.268 73.208

Outros instrumentos financeiros - Unidades de participação

De residentes 180.269 366.365 546.634 - 188.239 188.239De não residentes 21.965 - 21.965 - - -

- OutrosDe residentes - - - - 2.708 2.708De não residentes - 11.342 11.342 - - -

202.234 377.707 579.941 - 190.947 190.947

Crédito e outros valores a receber 17.322 - 17.322 - - -

Instrumentos derivados comjusto valor positivo (Nota 10)

- Swaps 325.582 - 325.582 333.216 - 333.216 - Futuros e outras operações a prazo 9.146 - 9.146 15.233 - 15.233 - Opções 16.412 - 16.412 11.894 - 11.894 - Contratos de garantia de taxa de juro 844 - 844 1.296 - 1.296

351.984 - 351.984 361.639 - 361.639

4.608.017 2.986.716 7.594.733 4.299.097 2.993.064 7.292.161

2005

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, os activos financeiros detidos para negociação e outros activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem unidades de participação de fundos de investimento geridos por entidades do Grupo nos montantes de mEuros 501.430 e mEuros 188.239, respectivamente.

Em 31 de Dezembro de 2005 a rubrica “Instrumentos de dívida” inclui títulos dados em garantia a diversas entidades com um valor de balanço de mEuros 1.580.813. Na Nota 23 estes títulos estão reflectidos ao valor nominal.

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a rubrica “Instrumentos de dívida – de outros emissores não residentes” inclui obrigações emitidas por uma Sociedade com sede no Luxemburgo, cujo valor líquido ascende a 71.192 mEuros e 104.020 mEuros, respectivamente. No exercício de 2005 foram reconhecidas perdas nestes títulos no montante de mEuros 32.828 (ganhos de mEuros 12.678 no exercício de 2004). Em 2004 foram ainda utilizadas provisões no montante de mEuros 62.684. Estes títulos foram alienados em Março de 2006 por 102.000.000 de Dólares Norte-Americanos (86.463 mEuros, ao câmbio em vigor em 31 de Dezembro de 2005).

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

8. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004

Instrumentos de dívidaDe dívida pública 4.115.317 2.917.384De outros emissores públicos 538.325 536.011De organismos financeiros internacionais 15.157 19.969De outros emissores 3.623.275 3.003.518

-------------- --------------8.292.074 6.476.882-------------- --------------

Instrumentos de capitalValorizados ao justo valor 1.935.469 2.439.740Valorizados ao custo histórico 199.007 615.729

-------------- --------------2.134.476 3.055.469

--------------- --------------10.426.550 9.532.351--------------- --------------

Outros instrumentos 677.910 469.871--------------- --------------11.104.460 10.002.222======== ========

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, os “Outros instrumentos” têm a seguinte composição:

2005 2004

Unidades de participação: Fundos de Investimento Mobiliário 475.765 369.743Fundos de Investimento Imobiliário 174.469 89.499Fundos de Capital de Risco para Investidores Qualificados 17.998 96

Títulos de participação 101 3.000Outros 9.577 7.533

----------- -----------677.910 469.871====== ======

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a rubrica “Outros instrumentos” inclui unidades de participação de fundos geridos por entidades do Grupo nos montantes de 388.069 mEuros e 380.917 mEuros, respectivamente.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Os instrumentos de capital incluem as seguintes participações:

2005Banca de

Actividade Actividade investimento e Percentagembancária seguradora capital de risco Total efectiva (%)

Valorizados ao justo valorPortugal Telecom, S.A. 442.093 44.222 - 486.315 5,04EDP – Electricidade de Portugal, S.A. 454.017 8.744 - 462.761 4,87Banco Comercial Português, S.A. 159.920 21.662 181.582 2,31PT Multimédia, SGPS, S.A. 37.978 359 - 38.337 1,29Cimpor, SGPS, S.A. 37.200 687 - 37.887 1,21Euronext N.V. 19.003 - - 19.003 0,38Silger, SGPS, S.A. - - 18.606 18.606 15,21Visabeira, SGPS, S.A. - - 16.500 16.500 4,00Finpro, SGPS, S.A. - - 13.166 13.166 17,15Banif SGPS, S.A. - 11.555 - 11.555 1,77Banco BPI, S.A. - 7.823 - 7.823 0,27Teixeira Duarte - Engenharia e Construções, S.A. - 5.499 - 5.499 0,98Acções de entidades estrangeiras 2.453 601.528 - 603.981Outros 78 9.418 22.958 32.454

1.152.742 711.497 71.230 1.935.469Valorizados ao custo histórico

Instituto Nacional de Habitação 120.525 - - 120.525 52,49Fundo Margueira Capital 47.438 - - 47.438 21,13CGD USA Holding Company Inc. 21.192 - - 21.192 51,00Outros 9.469 3 380 9.852

198.624 3 380 199.007

1.351.366 711.500 71.610 2.134.476

2004Banca de

Actividade Actividade investimento e Percentagembancária seguradora capital de risco Total efectiva (%)

Valorizados ao justo valorEDP – Electricidade de Portugal, S.A. 784.896 1.616 - 786.512 9,70Portugal Telecom, S.A. 478.037 54.606 - 532.643 4,95Unibanco e Unibanco Holdings 416.608 - - 416.608 12,34Banco Comercial Português, S.A. 159.960 21 - 159.981 2,62PT Multimédia, SGPS, S.A. 44.621 3 - 44.624 1,28Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A. 8.577 - 3.126 11.703 16,62Euronext N.V. - 6 6.885 6.891 0,48Manuel Inácio & Filhos, SGPS, S.A. - - 7.500 7.500 16,80Acções de entidades estrangeiras 10.272 438.130 - 448.402Outros 1.145 10.978 12.753 24.876

1.904.116 505.360 30.264 2.439.740Valorizados ao custo histórico

Império Bonança - Companhia de Seguros, S.A. - 361.895 - 361.895 100,00Instituto Nacional de Habitação 120.525 - - 120.525 52,00Fundo Margueira Capital 47.438 - - 47.438 51,00CGD USA Holding Company Inc. 24.150 - - 24.150 51,00Silger, SGPS, S.A. - - 19.909 19.909 15,21Finpro, SGPS, S.A. - - 8.008 8.008 4,80FIEP – Fundo para a Internacionalização das Empresas Portuguesas, SGPS, S.A. 5.420 - - 5.420 8,50Outros 2.586 11.759 14.039 28.384

200.119 373.654 41.956 615.7292.104.235 879.014 72.220 3.055.469

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Na preparação dos mapas acima foram utilizados os seguintes critérios:

- A coluna “Actividade seguradora” inclui os títulos da Caixa Seguros e da Garantia;

- A coluna “Banca de investimento e capital de risco” inclui os títulos detidos pelo Caixa - Banco de Investimento e pela área de capital de risco do Grupo, incluindo os fundos de capital de risco incluídos na consolidação (Nota 3);

- Os títulos detidos pelas restantes entidades foram imputados à “Actividade bancária”.

Em 31 de Dezembro de 2004, os activos financeiros disponíveis para venda encontravam-se valorizados de acordo com os critérios descritos na Nota 2.6. e). Os principais títulos que originaram o impacto da aplicação da Norma IAS 39 com referência a 1 de Janeiro de 2005 foram os seguintes:

31.12.2004 Valor de Custo de Valor balanço em Imparidade

Título aquisição Provisões líquido 01/01/2005 Impacto reconhecida

Instrumentos de capital valorizados ao justo valor (Nota 43)

Actividade bancáriaEDP - Energias de Portugal, S.A. 784.896 - 784.896 789.408 4.512 -Portugal Telecom, SGPS, S.A. 478.037 - 478.037 470.531 (7.506) -BCP - Banco Comercial Português, S.A. 439.013 (279.053) 159.960 159.960 - (289.209)PT Multimédia, SGPS, S.A. 47.780 (3.159) 44.621 33.913 (10.708) (13.867)Eunonext N.V. 8.577 - 8.577 9.704 1.127 -

Banca de Investimento e Capital de RiscoFinpro, SGPS, S.A. 8.008 - 8.008 16.998 8.989 -Manuel Inácio & Filhos, SGPS, S.A. 7.500 - 7.500 4.159 (3.341) (3.341)VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A. 8.152 (1.267) 6.885 - (6.885) (8.152)SAG Gest, SGPS, S.A. 5.000 (668) 4.332 2.599 (1.733) (2.401)Corporation Interamericana para el

Financiamiento de Infraestructura 2.937 - 2.937 1.099 (1.838) (1.838)Outros 38.190 (1.103) 37.087 36.412 (294) -

Instrumentos de capital valorizados ao custo históricoActividade bancáriaCGD USA Holding Company Inc 24.150 - 24.150 21.192 (2.958) (2.958)Finangeste - Emp. Fin. de Gestão

e Desenvolvimento, S.A. 4.359 (144) 4.215 2.513 (1.702) (1.846)Outros (254)

Instrumentos de dívida e Outros instrumentosActividade bancária 644

Actividade seguradora 138.860

Sub-total 116.913

Parcela atribuível a interesses minoritários 875Impacto em capital próprio, excluindo interesses minoritários 117.788

No exercício de 2004, as reposições líquidas de provisões registadas ao abrigo do Aviso nº 4/2002 (Nota 2.6. e)) ascenderam a mEuros 14.524, tendo mEuros 14.719 sido registadas por contrapartida de reservas e resultados transitados (Nota 38). As provisões constituídas para participações enquadráveis no regime transitório em 31 de Dezembro de 2004 correspondiam à aplicação das percentagens previstas no Aviso nº 4/2002, com excepção da participação na PT Multimédia SGPS, S.A., relativamente à qual as provisões constituídas correspondiam à totalidade do montante a provisionar nos termos desse regime.

Os principais instrumentos de capital registados como “Activos financeiros disponíveis para venda” tiveram os seguintes movimentos em 2005 e 2004:

Unibanco – União de Bancos Brasileiros (“Unibanco”) e Unibanco Holdings

Em Setembro de 2005, a Caixa Brasil alienou as participações que detinha no Unibanco e na Unibanco Holdings. Para este efeito, as acções detidas pela Caixa Brasil foram convertidas em 86.149.216 “Units”, compostas por uma acção preferencial da Unibanco Holdings e uma acção preferencial do Unibanco.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

A operação de venda foi efectuada em duas tranches:

1) A oferta base, constituída por 74.912.362 Units;

2) Uma oferta adicional (“Green Shoe”), que correspondeu a uma opção concedida aos bancos coordenadores da oferta de, num prazo até 30 dias, adquirirem um lote suplementar de 11.236.854 Units, nas mesmas condições e preço das Units inicialmente oferecidas no âmbito da oferta base.

A Oferta Pública de Venda foi registada em 14 de Setembro de 2005. O “Green Shoe” foi exercido em 20 de Setembro, tendo a liquidação financeira da operação sido concluída em 23 de Setembro de 2005.

O valor final global das “Units” no âmbito da oferta ascendeu a 758.147.491 Dólares Norte-Americanos. O valor de venda, líquido de comissões e despesas, pode ser demonstrado da seguinte forma:

Valor de venda (bruto) 617.252 Comissões ( 12.345 ) Outros ( 1.586 )

----------- Total 603.321

-----------Custo de aquisição ( 419.398 )

----------- Mais-valia (Nota 32) 183.923

======

Relativamente a esta mais-valia, foi retido no Brasil Imposto de Renda no total de 38.510 mEuros.

Cimpor, SGPS, S.A. (Cimpor)

Em 30 de Dezembro de 2005, a CGD adquiriu 8.000.000 de acções da Cimpor por um montante global de mEuros 37.200.

Banco Comercial Português, S.A. (BCP)

No exercício de 2004, após obtenção de autorização do Banco de Portugal, a CGD registou por contrapartida de reservas livres e resultados transitados provisões para a totalidade das menos-valias potenciais não provisionadas, apuradas com base no valor de cotação do BCP em 31 de Dezembro de 2003, no montante de mEuros 622.133 (Nota 38). Esta provisão foi subsequentemente ajustada em função da variação no valor de mercado das acções do BCP, tendo sido repostas por contrapartida de resultados transitados provisões no montante de mEuros 10.156 (Nota 38).

Em Julho de 2004 a CGD alienou 110.000.000 de acções do BCP por mEuros 192.500. Como resultado desta operação, a CGD registou uma menos-valia de mEuros 2.200 (Nota 32), tendo ainda utilizado provisões no montante de mEuros 375.884 (Nota 38).

Face ao procedimento seguido nas contas estatutárias de 2004, na adopção do IAS 39 em 1 de Janeiro de 2005, a imparidade para as acções detidas pela Caixa nessa data foi determinada com base na cotação do BCP em 31 de Dezembro de 2003.

No exercício de 2005, a CGD alienou 16.000.000 de acções do BCP por mEuros 36.800, tendo registado uma mais-valia de mEuros 8.443 (Nota 32).

EDP – Electricidade de Portugal, S.A. (EDP)

No exercício de 2004, após obtenção de autorização do Banco de Portugal, a Caixa registou por contrapartida de resultados transitados provisões no montante de mEuros 141.863 (Nota 38), correspondentes às menos-valias potenciais não provisionadas na participação financeira na EDP com referência a 31 de Dezembro de 2003, calculadas com base na sua cotação em bolsa nessa data.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

No âmbito da quinta fase do processo de reprivatização do capital social da EDP foram efectuadas as seguintes operações entre o Estado, através da Direcção Geral do Tesouro (DGT), a Parpública – Participações do Estado, SGPS, S.A. (Parpública) e a CGD:

- A CGD alienou à Parpública a totalidade das acções que detinha correspondentes a 4,75% do capital social da EDP por mEuros 325.822. Em resultado desta operação, foram utilizadas provisões no montante de mEuros 136.244 (Nota 38), tendo as provisões remanescentes no montante de mEuros 27.962 sido repostas por contrapartida de resultados transitados (Nota 38);

- Simultaneamente, a Caixa adquiriu à DGT e à Parpública, respectivamente, 568.853.506 e 224.883.323 direitos de subscrição no aumento de capital por um preço unitário de 0,0801 Euros, no montante total de mEuros 63.578;

- A CGD exerceu os direitos de subscrição no aumento de capital tendo adquirido 174.622.102 acções por mEuros 321.318.

Adicionalmente, no âmbito do aumento do seu capital realizado em 2004, a CGD recebeu 179.372.198 acções correspondentes a 4,91% do capital da EDP, valorizadas a 2,23 Euros cada, num total de mEuros 400.000 (Nota 26).

Em 2005, a CGD alienou à Parpública o lote de 179.372.198 acções não reprivatizadas pormEuros 408.969, determinados com base na cotação de fecho do dia 31 de Agosto de 2005. Em resultado desta operação, a Caixa registou uma mais-valia de mEuros 8.969 (Nota 32).

FIEP – Fundo para a Internacionalização das Empresas Portuguesas, SGPS, S.A. (FIEP)

No âmbito da dissolução e liquidação do FIEP deliberada em Dezembro de 2004, a Assembleia Geral aprovou uma distribuição antecipada aos accionistas de mEuros 36.000, tendo a CGD recebido 3.060 mEuros nesse exercício.

No âmbito do processo de liquidação do FIEP, foi constituído o Fundo de Capital de Risco para Investidores Qualificados API Capital – FIEP, cujo capital foi subscrito e realizado pelos accionistas do FIEP na mesma proporção em que repartiam o capital social desta sociedade. A CGD subscreveu 5.100 unidades de participação por mEuros 5.100, passando a deter uma participação de 8,5% no referido Fundo.

Na sequência da avaliação da carteira reportada ao final do primeiro semestre, da qual resultou um excesso de liquidez, o capital do Fundo foi reduzido em mEuros 1.400 mediante a extinção de unidades de participação. No âmbito desta operação, a CGD recebeu mEuros 119.

Visabeira SGPS, S.A.

Em Dezembro de 2005, a Caixa Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A. (Caixa Capital) e o Fundo de Capital de Risco para Investidores Qualificados Grupo CGD – Caixa Capital participaram no aumento de capital da Visabeira, SGPS, S.A. através da subscrição de 708.155 e 1.062.231 acções, respectivamente, de valor nominal unitário de 5 euros ao preço unitário de 9,32 Euros.

Fespect – Serviços de Consultoria, S.A. (Fespect)

Em Outubro de 2004, a Caixa Capital adquiriu 21.250 acções da Fespect por 21 mEuros.Adicionalmente, em Dezembro de 2004, participou no aumento de capital desta Sociedade através da subscrição de 616.250 acções com valor nominal de 1 Euro, pelo montante global de 616 mEuros.

Em Dezembro de 2005, a Caixa Capital alienou a sua participação na Fespect pelo montante global de 6.289 mEuros, tendo registado uma mais-valia de 5.652 mEuros (Nota 32).

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

9. PRODUTOS “UNIT-LINKED”

Os “Investimentos associados a produtos “unit-linked” correspondem a activos geridos pelas seguradoras do Grupo cujo risco é suportado pelo tomador do seguro. Deste modo, os activos são registados pelo justo valor, sendo a responsabilidade para com os segurados reflectida na rubrica “Responsabilidades para com subscritores de produtos “unit-linked”, do passivo. Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, os investimentos registados nesta rubrica apresentam a seguinte composição:

2005 2004

Instrumentos de dívida 464.164 22.028Instrumentos de capital 5.628 5.379

Outros instrumentos 12.690 781 Derivados 1.468 -

Aplicações em Instituições de crédito 185.312 2.713----------- ---------669.222 30.901====== =====

Responsabilidades para com subscritores de produtos “unit-linked” 669.222 31.098====== =====

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

10. DERIVADOS

A Caixa realiza operações com produtos derivados no âmbito da sua actividade, com o objectivo de satisfazer as necessidades dos seus clientes e de reduzir a sua exposição a flutuações cambiais, de taxas de juro e de cotações.

A Caixa controla os riscos das suas actividades com derivados através de procedimentos de aprovação das operações, definição de limites de exposição por produto e cliente, e acompanhamento da evolução diária dos respectivos resultados.

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, estas operações encontram-se valorizadas de acordo com os critérios descritos nas Notas 2.6. c) e e). Nestas datas, o seu montante nocional e o valor contabilístico apresentavam a seguinte desagregação:

Montante nocional Valor contabilísticoDerivados Derivados Activos Passivos

de de detidos para detidos para Derivados de coberturanegociação cobertura Total negociação negociação Activo Passivo Total

(Nota 7)Operações Cambiais a Prazo

Forwards Cambiais 8.961 (14) - - 8.947Compras 301.178 - 301.178Vendas 438.688 - 438.688

FRA (forward rate agreements) 5.800 - 5.800 - (36) - - (36)

SwapsSwaps Cambiais 85.713 (11.144) - - 74.569

Compras 4.239.790 - 4.239.790Vendas 4.168.106 - 4.168.106

Interest rate swaps e cross currency interest rate swaps 239.830 (304.631) 199.186 (414.529) (280.144)Compras 25.188.508 5.157.029 30.345.537Vendas 24.914.115 5.121.311 30.035.426

Swaps de Eventos de Crédito 39 (77) - - (38)Compras 67.126 - 67.126Vendas 67.126 - 67.126

FuturosFuturos de Taxa de Juro 185 (46) - - 139

Posições Longas 10.872 - 10.872Posições Curtas 1.632.377 - 1.632.377

Futuros de Cotações - - - - - . Negociados em nome de clientes

Posições Curtas 15.433 - 15.433 . Outros

Posições Longas 6.547 - 6.547Posições Curtas 7.111 - 7.111

OpçõesDivisas 2.264 (1.209) - - 1.055

Compras 294.450 - 294.450Vendas 165.846 - 165.846

Cotações 14.148 (34.090) - - (19.942)Compras 158.087 - 158.087Vendas 164.435 - 164.435

Taxa de Juro (Caps & Floors) 844 (410) - - 434Compras 334.010 - 334.010Vendas 592.560 - 592.560

Outros - - - - (1.291) - - (1.291)

62.772.165 10.278.340 73.050.505 351.984 (352.948) 199.186 (414.529) (216.307)

2005

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Montante nocional Valor contabilísticoDerivados Derivados Activos Passivos

de de detidos para detidos para Derivados de coberturanegociação cobertura Total negociação negociação Activo Passivo Total

(Nota 7)

Operações Cambiais a PrazoForwards Cambiais 15.233 - - - 15.233

Compras 95.966 - 95.966Vendas 335.118 - 335.118

FRA (forward rate agreements) 5.800 - 5.800 - (27) - - (27)

SwapsSwaps Cambiais - - 26.243 (20.645) 5.598

Compras 3.065.429 920.769 3.986.198Vendas 3.216.646 920.899 4.137.545

Interest rate swaps e cross currency interest rate swaps 333.216 (502.020) 120.077 (297.886) (346.613)

Compras 16.050.622 5.893.248 21.943.870Vendas 16.050.818 6.015.837 22.066.655

FuturosFuturos de Taxa de Juro - - - - -

Posições Longas 18.305 - 18.305Posições Curtas 1.579.680 - 1.579.680

. OutrosPosições Longas - - -Posições Curtas 2.287 - 2.287

OpçõesDivisas 709 (126) - - 583

Compras 115.240 - 115.240Vendas 96.375 - 96.375

Cotações 11.185 (26.502) - - (15.317)Compras 159.018 - 159.018Vendas 161.223 - 161.223

Taxa de Juro (Caps & Floors) 1.296 (1.281) - - 15Compras 684.487 - 684.487Vendas 353.942 - 353.942

Outros - - - - - - -

41.990.956 13.750.753 55.741.709 361.639 (529.956) 146.320 (318.531) (340.528)

2004

-

50

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

A distribuição das operações com instrumentos financeiros derivados do Grupo em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 por prazos residuais apresenta o seguinte detalhe:

2005> 3 meses > 6 meses > 1ano

<= 3 meses <= 6 meses <= 1 ano <= 5 anos > 5 anos Total

Operações Cambiais a PrazoForwards Cambiais

Compras 293.924 3.836 3.418 - - 301.178Vendas 431.723 3.760 3.205 - - 438.688

FRA (forward rate agreements) - - - 5.800 - 5.8

Swaps

00

Swaps CambiaisCompras 374.861 2.951 3.051.140 810.838 - 4.239.790Vendas 368.523 2.901 2.999.553 797.129 - 4.168.106

Interest rate swaps e cross currency interest rate swapsCompras 4.353.443 2.678.849 4.626.932 13.942.313 4.744.000 30.345.537Vendas 4.308.953 2.651.473 4.579.648 13.799.832 4.695.520 30.035.426

Swaps de Eventos de CréditoCompras - - - 67.126 - 67.126Vendas - - - 67.126 - 67.126

FuturosFuturos de Taxa de Juro

Posições Longas 10.872 - - - - 10.872Posições Curtas 1.279.377 36.000 86.000 231.000 - 1.632.377

Futuros de Cotações . Negociados em nome de clientes 15.433 - - - - 15.433

. OutrosPosições Longas 6.547 - - - - 6.547Posições Curtas 3.787 3.324 - - - 7.111

Opções (Divisas e Cotações)Compras 30.000 113.820 238.307 64.049 6.361 452.537Vendas 45.000 111.461 88.361 85.459 - 330.281

Caps & FloorsCompras - - 10.000 252.560 71.450 334.010Vendas 100.000 105.000 45.000 342.560 - 592.560

73.050.505

2004> 3 meses > 6 meses > 1ano

<= 3 meses <= 6 meses <= 1 ano <= 5 anos > 5 anos Total

Operações Cambiais a PrazoForwards Cambiais

Compras 82.198 13.251 517 - - 95.966Vendas 282.188 41.009 11.921 - - 335.118

FRA (forward rate agreements) - - - 5.800 - 5.800

SwapsSwaps Cambiais

Compras 2.159.833 1.753.926 60.795 11.644 - 3.986.198Vendas 2.245.061 1.815.296 65.544 11.644 - 4.137.545

Interest rate swaps e cross currency interest rate swapsCompras 2.076.044 1.906.861 1.370.807 11.059.087 5.531.071 21.943.870Vendas 2.086.135 1.908.743 1.376.853 11.065.326 5.629.598 22.066.655

FuturosFuturos de Taxa de Juro

Posições Longas 18.305 - - - - 18.305Posições Curtas 1.559.680 - - 20.000 - 1.579.680

Futuros de Cotações 2.287 - - - - 2.287

Opções (Divisas e Cotações)Compras 38.958 27.619 60.910 140.510 6.261 274.258Vendas 21.818 38.867 36.736 160.177 - 257.598

Caps & Floors 115.000 80.000 50.000 777.884 15.545 1.038.429

55.741.709

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

A distribuição das operações com instrumentos financeiros derivados do Grupo em 31 de Dezembro de 2005 por tipo de contraparte apresenta o seguinte detalhe:

Valor ValorNocional Contabilístico

Operações Cambiais a PrazoForwards Cambiais

Instituições Financeiras 514.586 5.366Clientes 225.280 3.581

739.866 8.947

FRA (forward rate agreements)Instituições Financeiras 5.800 (36)

SwapsSwaps Cambiais

Instituições Financeiras 8.407.896 74.569

Interest rate swaps e cross currency interest rate swapsInstituições Financeiras 59.729.277 (315.407)Clientes 651.686 35.263

60.380.963 (280.144)

Swaps de Eventos de CréditoInstituições Financeiras 134.252 (38)

FuturosFuturos de Taxa de Juro

Instituições Financeiras 1.643.249 139

Futuros de CotaçõesInstituições Financeiras 13.658 -Clientes 15.433 -

29.091 -

Opções (Divisas e Cotações)Instituições Financeiras 780.835 (4.238)Clientes 1.983 (14.649)

782.818 (18.887)

Caps &FloorsInstituições Financeiras 610.494 (55)Clientes 316.076 489

926.570 434

OutrosInstituições Financeiras - (1.291)

73.050.505 (216.307)

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

11. CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004

Crédito interno e ao exterior Empréstimos 38.865.345 34.751.995Créditos em conta corrente 4.167.700 4.800.156 Outros créditos 3.840.580 4.478.281Operações de locação financeira imobiliária 915.385 865.805Desconto e outros créditos titulados por efeitos 772.413 834.759Operações de locação financeira mobiliária 526.245 487.176Créditos tomados - factoring 396.984 147.502Descobertos em depósitos à ordem 268.904 353.004Operações de compra com acordo de revenda 28.274 24.000

Correcções de valor de activos objecto de operações de cobertura 5.647 -

--------------- ---------------49.787.477 46.742.678

Juros a receber, líquidos de proveitos diferidos 291.979 211.741Comissões associadas ao custo amortizado 3.077 -

---------------- ---------------50.082.533 46.954.419

Crédito e juros vencidos 1.254.717 1.145.083--------------- ---------------51.337.250 48.099.502

Imparidade / Provisões para crédito concedido (Nota 38) ( 1.401.319 ) ( 1.210.737 ) ---------------- ---------------49.935.931 46.888.765

========= ========

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a rubrica “Crédito interno - Outros créditos” incluíamEuros 70.259 e mEuros 70.284, respectivamente, relativos a crédito à habitação e crédito pessoal concedido pela CGD aos seus empregados.

Em 31 de Dezembro de 2004, as provisões para crédito concedido foram calculadas de acordo com as políticas descritas na Nota 2.6. e).

O movimento na imparidade e nas provisões, durante os exercícios de 2005 e 2004, é apresentado na Nota 38.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a rubrica “Empréstimos” inclui créditos à habitação e ao consumo cedidos pela Caixa no âmbito de operações de titularização, que foram repostos em balanço em função da consolidação dos veículos constituídos no âmbito dessas operações. O movimento nestes créditos nos exercícios de 2004 e 2005 foi o seguinte:

Consumo Habitação Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2003 362.545 986.997 1.349.542----------- ----------- --------------

Aquisições de novos créditos 204.139 - 204.139Amortizações ( 201.597 ) ( 88.123 ) ( 289.720 ) Abates ( 415 ) - ( 415 )

Outros - 287 287----------- ----------- --------------

Saldos em 31 de Dezembro de 2004 364.672 899.161 1.263.833----------- ----------- --------------

Aquisições de novos créditos 205.280 - 205.280Amortizações ( 203.479 ) ( 91.084 ) ( 294.563 ) Abates ( 951 ) - ( 951 ) Outros ( 5 ) ( 120 ) ( 125 )

----------- ----------- --------------Saldos em 31 de Dezembro de 2005 365.517 807.957 1.173.474

====== ====== ========

Estes créditos garantem os passivos emitidos pelos veículos no âmbito destas operações, que em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, ascendiam a 1.216.589 mEuros e 1.308.252 mEuros, respectivamente (Nota 22).

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a antiguidade do "Crédito e juros vencidos” apresentava a seguinte estrutura:

2005 2004

Até três meses 135.400 77.820De três a seis meses 49.938 37.732De seis meses a um ano 191.462 162.184De um a três anos 353.640 395.541Mais de três anos 524.277 471.806

------------- ------------- 1.254.717 1.145.083 ======= =======

Em 31 de Dezembro de 2005, o crédito em situação normal que tem simultaneamente incumprimento há mais de 90 dias ascende a 605.902 mEuros.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, crédito concedido a clientes apresentava a seguinte estrutura por sectores de actividade:

2005

Sector Público Administrativoe Empresas Públicas Empresas privadas e particulares Total

Crédito Crédito Crédito Crédito Crédito Créditovincendo vencido Total vincendo vencido Total vincendo vencido Total

EmpresasAgricultura, produção animal, caça e silvicultura 3 - 3 226.315 15.565 241.880 226.318 15.565 241.883Pesca - - - 29.671 319 29.990 29.671 319 29.990Indústrias extractivas

Extracção de produtos energéticos - - - 44.519 451 44.970 44.519 451 44.970Indústrias extractivas c/ excepção de prod. energéticos - - - 92.948 2.496 95.444 92.948 2.496 95.444

Indústrias transformadorasIndústrias alimentares, de bebidas e do tabaco 168 2 170 423.266 6.301 429.567 423.434 6.303 429.737Indústria têxtil 10.524 - 10.524 278.332 27.085 305.417 288.856 27.085 315.941Indústria do couro e de produtos de couro - - - 37.043 4.264 41.307 37.043 4.264 41.307Indústrias da madeira, da cortiça e suas obras - - - 159.413 11.486 170.899 159.413 11.486 170.899Ind. de pasta de papel, cartão e art. edição e impressão 266 - 266 176.821 1.771 178.592 177.087 1.771 178.858Fabrico de coque, produtos petrol., refinados e combust. nuclear 21 - 21 17.220 - 17.220 17.241 - 17.241Fabrico de prod. quim. e de fibras sintéticas ou artificiais 7 - 7 104.888 1.062 105.950 104.895 1.062 105.957Fabrico de artigos de borracha e de matérias plásticas - - - 98.834 1.130 99.964 98.834 1.130 99.964Fabrico de outros produtos minerais não metálicos - - - 324.163 4.918 329.081 324.163 4.918 329.081Indúst. metalúrgicas de base e de prod. metálicos 1.206 - 1.206 242.086 5.992 248.078 243.292 5.992 249.284Fabrico de máquinas e de equipamentos 1 - 1 101.711 4.400 106.111 101.712 4.400 106.112Fabrico de equipamento eléctrico e de óptica - - - 62.724 305 63.029 62.724 305 63.029Fabrico de material de transporte 10.000 - 10.000 189.368 1.045 190.413 199.368 1.045 200.413Indústrias transformadoras não especificadas - - - 455.326 14.345 469.671 455.326 14.345 469.671

Produção e distribuição de electricidade, de água e gás 18.236 - 18.236 644.883 311 645.194 663.119 311 663.430Construção 1.342.604 11.943 1.354.547 3.404.984 75.116 3.480.100 4.747.588 87.059 4.834.647Com. grosso / retalho, rep. de autom., motoc. e bens pess. e domest. 39 23 62 2.009.754 60.449 2.070.203 2.009.793 60.472 2.070.265Alojamento e restauração (restaurantes e similares) 280 - 280 390.541 50.425 440.966 390.821 50.425 441.246Transportes, armazenagem e comunicações 38.767 58 38.825 787.073 10.020 797.093 825.840 10.078 835.918Actividades financeiras

Intermediação financeira excluindo seguros e fundos de pensões - - - 572.819 21.369 594.188 572.819 21.369 594.188Seguros, fundos de pensões e activ. complem. de seg. social 3.514 - 3.514 4.911 158 5.069 8.425 158 8.583Actividades auxiliares de intermediação financeira - - - 33.664 15 33.679 33.664 15 33.679

Actividades imobiliárias, alugueres e serv. prest. empresasActividades imobiliárias 1.173 - 1.173 2.076.267 36.907 2.113.174 2.077.440 36.907 2.114.347Outras actividades 189.921 - 189.921 3.032.806 77.211 3.110.017 3.222.727 77.211 3.299.938

Administração pública, defesa e segurança social obrigatória 1.452.248 12.946 1.465.194 32.886 37 32.923 1.485.134 12.983 1.498.117Educação 1.330 - 1.330 110.325 10.512 120.837 111.655 10.512 122.167Saúde e segurança social 3.146 90 3.236 201.277 5.464 206.741 204.423 5.554 209.977Outras actividades e serv. colectivos, sociais e pessoais 31.455 2.628 34.083 804.467 15.174 819.641 835.922 17.802 853.724Familias com empregados domésticos - - - 332 12 344 332 12 344

Organismos internacionais e outros institutos extraterritoriais - - - 197 5 202 197 5 2023.104.909 27.690 3.132.599 17.171.834 466.120 17.637.954 20.276.743 493.810 20.770.553

ParticularesHabitação - - - 27.999.646 669.950 28.669.596 27.999.646 669.950 28.669.596

Outros fins - - - 1.806.144 90.957 1.897.101 1.806.144 90.957 1.897.101- - - 29.805.790 760.907 30.566.697 29.805.790 760.907 30.566.697

3.104.909 27.690 3.132.599 46.977.624 1.227.027 48.204.651 50.082.533 1.254.717 51.337.250

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

2004

Sector Público Administrativoe Empresas Públicas Empresas privadas e particulares Total

Crédito Crédito Crédito Crédito Crédito Créditovincendo vencido Total vincendo vencido Total vincendo vencido Total

EmpresasAgricultura, produção animal, caça e silvicultura 44 - 44 243.587 18.208 261.795 243.631 18.208 261.839Pesca - - - 30.965 750 31.715 30.965 750 31.715Indústrias extractivas

Extracção de produtos energéticos - - - 23.701 44 23.745 23.701 44 23.745Indústrias extractivas c/ excepção de prod. energéticos 129 - 129 86.714 2.143 88.857 86.843 2.143 88.986

Indústrias transformadorasIndústrias alimentares, de bebidas e do tabaco 181 - 181 416.304 10.219 426.523 416.485 10.219 426.704Indústria têxtil 11.624 35 11.659 275.048 15.666 290.714 286.672 15.701 302.373Indústria do couro e de produtos de couro - - - 38.412 3.644 42.056 38.412 3.644 42.056Indústrias da madeira, da cortiça e suas obras - - - 181.378 5.262 186.640 181.378 5.262 186.640Ind. de pasta de papel, cartão e art. edição e impressão 301 - 301 321.450 3.680 325.130 321.751 3.680 325.431Fabrico de coque, produtos petrol., refinados e combust. nuclear 19 - 19 76.768 51 76.819 76.787 51 76.838Fabrico de prod. quim. e de fibras sintéticas ou artificiais - - - 105.362 380 105.742 105.362 380 105.742Fabrico de artigos de borracha e de matérias plásticas - - - 91.351 1.155 92.506 91.351 1.155 92.506Fabrico de outros produtos minerais não metálicos - - - 463.896 6.971 470.867 463.896 6.971 470.867Indúst. metalúrgicas de base e de prod. metálicos - - - 210.509 3.702 214.211 210.509 3.702 214.211Fabrico de máquinas e de equipamentos - - - 94.742 4.292 99.034 94.742 4.292 99.034Fabrico de equipamento eléctrico e de óptica - - - 69.553 1.316 70.869 69.553 1.316 70.869Fabrico de material de transporte 17.069 - 17.069 157.644 870 158.514 174.713 870 175.583Indústrias transformadoras não especificadas - - - 485.144 18.494 503.638 485.144 18.494 503.638

Produção e distribuição de electricidade, de água e gás 34.347 - 34.347 458.329 969 459.298 492.676 969 493.645Construção 1.350.642 13.482 1.364.124 3.286.903 96.178 3.383.081 4.637.545 109.660 4.747.205Com. grosso / retalho, rep. de autom., motoc. e bens pess. e domest. 305 - 305 2.201.440 53.920 2.255.360 2.201.745 53.920 2.255.665Alojamento e restauração (restaurantes e similares) 196 - 196 429.392 18.426 447.818 429.588 18.426 448.014Transportes, armazenagem e comunicações 22.592 22 22.614 702.909 6.772 709.681 725.501 6.794 732.295Actividades financeiras

Intermediação financeira excluindo seguros e fundos de pensões 4.354 - 4.354 460.352 36.551 496.903 464.706 36.551 501.257Seguros, fundos de pensões e activ. complem. de seg. social - - - 6.747 27 6.774 6.747 27 6.774Actividades auxiliares de intermediação financeira - - - 70.371 1.963 72.334 70.371 1.963 72.334

Actividades imobiliárias, alugueres e serv. prest. empresasActividades imobiliárias 25 - 25 2.020.952 53.487 2.074.439 2.020.977 53.487 2.074.464Outras actividades 135.307 238 135.545 2.690.410 25.288 2.715.698 2.825.717 25.526 2.851.243

Administração pública, defesa e segurança social obrigatória 1.310.079 12.561 1.322.640 34.314 637 34.951 1.344.393 13.198 1.357.591Educação 1.151 - 1.151 101.092 10.720 111.812 102.243 10.720 112.963Saúde e segurança social 2.953 100 3.053 187.941 4.994 192.935 190.894 5.094 195.988Outras actividades e serv. colectivos, sociais e pessoais 20.534 68 20.602 751.312 34.869 786.181 771.846 34.937 806.783Familias com empregados domésticos - - - 448 98 546 448 98 546Organismos internacionais e outros institutos extraterritoriais - - - 263 102 365 263 102 365

2.911.852 26.506 2.938.358 16.775.703 441.848 17.217.551 19.687.555 468.354 20.155.909

ParticularesHabitação - - - 25.672.195 585.027 26.257.222 25.672.195 585.027 26.257.222Outros fins - - - 1.594.669 91.702 1.686.371 1.594.669 91.702 1.686.371

- - - 27.266.864 676.729 27.943.593 27.266.864 676.729 27.943.593

2.911.852 26.506 2.938.358 44.042.567 1.118.577 45.161.144 46.954.419 1.145.083 48.099.502

56

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

12. ACTIVOS E PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, estas rubricas apresentam a seguinte composição:

2005 2004ACTIVOS

Imóveis e equipamento 35.977 27.985Filiais – Nutricafés – Cafés e Restauração, S.A. 66.541 -

----------- ---------102.518 27.985

Imparidade de imóveis e equipamento (Nota 38) ( 9.990 ) ( 9.179 ) --------- --------- 92.528 18.806 ===== =====

PASSIVOS

Filiais – Nutricafés – Cafés e Restauração, S.A. 5.541 - ===== =====

Em 31 de Dezembro de 2005, as rubricas de “Activos e passivos não correntes – Filiais” correspondem ao valor agregado dos activos e passivos da Nutricafés – Cafés e Restauração, S.A. (Nutricafés), incluindo o “goodwill” gerado na aquisição desta empresa. Estes saldos foram reflectidos de forma agregada nesta rubrica de acordo com a Norma IFRS 5, dado esta filial ter sido adquirida com o objectivo de venda e existir a convicção por parte do Grupo de que seria alienada no exercício de 2006. De facto, a alienação da participação na Nutricafés foi acordada já em Março de 2006, por um montante que poderá variar entre 67.000 mEuros e 71.000 mEuros, deduzido do montante da dívida líquida remunerada da empresa.

O valor contabilístico (sem imputação de justo valor) das principais categorias de activos e passivos da Nutricafés é apresentado no quadro seguinte.

Activos não correntes detidos para vendaImobilizado corpóreo e incorpóreo 37.124Existências 2.700Clientes 5.109Disponibilidades 224Outros activos 1.533

----------46.690

----------Goodwill (face ao valor contabilístico) 19.851

----------66.541=====

Passivos não correntes detidos para vendaFornecedores e outras dívidas a terceiros ( 2.948 ) Outros passivos ( 2.593 )

--------( 5.541 )=====

Custo de aquisição (Nota 3) 61.000=====

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

13. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

O movimento ocorrido nas “Propriedades de investimento” durante os exercícios de 2004 e 2005, foi o seguinte:

Saldos em 31 de Dezembro de 2003 244.550Adopção das IFRS

. Ajustamentos (Nota 43) 3.294

. Reclassificações de imóveis de serviço próprio 1.958Aquisições 1.399Reavaliações ( 1.036 )Alienações ( 3.902 )Transferências e regularizações 858Diferenças de câmbio 7

-----------Saldos em 31 de Dezembro de 2004 247.128

-----------Entrada de entidades no perímetro de consoliação

. Império Bonança 79.725Aquisições 6.996Reavaliações 372Alienações ( 15.105 ) Transferências e regularizações ( 7.631 ) Diferenças de câmbio 2

-----------Saldos em 31 de Dezembro de 2005 311.487

======

Em 31 de Dezembro de 2004 e 2005, as “Transferências e regularizações” incluem valores negativos no montante de 7.813 mEuros e 8.286 mEuros, respectivamente, relativos a reavaliações líquidas de propriedades de investimento reclassificadas para rubricas específicas da actividade seguradora.

14. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento nos outros activos tangíveis, líquidos, durante os exercícios de 2005 e 2004, foi o seguinte:

.2005

Amortizações Outras Reforços/ Vendase perdas por Entrada de Diferenças Transferências transfe- Amortiza- reversões de e Valor

Valor imparidades entidades no de entre activos rências e ções do imparidade abates líquidobruto acumuladas perímetro Adições câmbio tangíveis regularizações exercício no exercício líquidos em 2005

Imóveis de serviço próprioTerrenos 113.137 - 10.087 641 35 2.283 (1.154) - - (6.114) 118.915Edifícios 902.290 (265.700) 36.493 17.696 1.744 (1.611) (3.919) (17.623) 828 (15.445) 654.753

Obras em imóveis arrendados 69.828 (41.773) - 1.678 (308) 5.245 4.136 (5.659) - (317) 32.830Equipamento -

Mobiliário e material de escritório 90.827 (72.881) 1.338 5.913 (22) 295 (1.805) (6.500) - 17 17.182Máquinas e ferramentas 35.302 (26.203) 536 2.245 (3) (764) (1.418) (1.535) - (799) 7.361Equipamento informático 176.585 (166.284) (105) 17.033 (68) 3.455 4.500 (13.974) - (2.657) 18.485Instalações interiores 263.186 (207.709) 2.425 9.278 (20) 11.596 2.317 (15.212) - (1.603) 64.258Material de transporte 11.552 (7.665) 17 2.059 (34) 78 (348) (1.331) - (363) 3.965Equipamento de segurança 24.124 (18.171) - 866 (13) (3) (11) (1.741) - (2) 5.049Outro equipamento 24.128 (15.205) 395 3.248 (16) 661 (1.149) (2.070) - 340 10.332

Activos em locação financeira 52.611 (20.046) 12 9.182 10 (598) (1.959) (6.854) - (1.120) 31.238Outros activos tangíveis 14.730 (8.627) 6 155 5 (208) (551) (1.128) - (5) 4.377Activos tangíveis em curso 32.966 - 262 20.739 169 (20.429) (8.278) - - (6.565) 18.864

1.811.266 (850.264) 51.466 90.733 1.479 - (9.639) (73.627) 828 (34.633) 987.609

Saldo em 31.12.2004

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

2004Outras (Reforços) / Vendas

Diferenças Transferências transfe- Amortiza- reversões de e ValorValor Amortizações Adopção das IFRS de entre activos rências e ções do imparidade abates líquidobruto acumuladas Ajustamentos Reclassificações Adições câmbio tangíveis regularizações exercício no exercício líquidos em 2004

(Nota 43) (Nota 38)Imóveis de serviço próprio

Terrenos 126.222 - - (8.873) 159 99 1.694 (5.498) - - (666) 113.137Edifícios 906.641 (253.761) (4.502) (9.169) 4.051 124 7.768 7.818 (18.120) 377 (4.759) 636.468

Obras em imóveis arrendados 66.397 (39.882) (174) - 578 658 5.492 623 (4.815) - (822) 28.055Outros imóveis 1.811 (925) - (886) 916 - - (911) (5) - - -Equipamento

Mobiliário e material de escritório 90.597 (72.716) - 7.335 140 1.112 (1.191) (7.275) - (56) 17.946Máquinas e ferramentas 44.753 (35.947) - - 4.370 107 (42) (1.614) (2.498) - (30) 9.099Equipamento informático 204.459 (183.243) 20 - 8.937 311 2.047 (110) (10.861) - (11.259) 10.301Instalações interiores 264.953 (209.319) - (261) 6.425 60 6.840 (1.605) (11.217) - (399) 55.477Material de transporte 12.309 (8.573) - - 2.026 69 533 30 (1.675) - (832) 3.887Equipamento de segurança 45.569 (38.002) - 1.202 35 21 (2) (1.881) - (989) 5.953Outro equipamento 24.464 (17.732) - - 2.215 15 (48) 2.732 (2.555) - (46) 9.045

Activos em locação financeira 42.927 (15.917) - - 22.029 43 (5.468) (394) (9.562) - (1.093) 32.565Outros activos tangíveis 14.486 (8.102) (2.807) - 492 1 13 3.448 (1.410) - (18) 6.103Activos tangíveis em curso 57.066 - (653) - 40.198 37 (19.962) (29.290) - - (14.430) 32.966

1.902.654 (884.119) (8.116) (19.189) 100.933 1.699 - (25.964) (71.874) 377 (35.399) 961.002

Saldo em 31.12.2003

No âmbito da transição para as IFRS, o Grupo apurou um ajustamento negativo em capital próprio de 8.116 mEuros, dos quais 16.496 mEuros relativos a imparidade de imóveis de serviço próprio registada pela Caixa (Nota 43). Em 31 de Dezembro de 2005, a imparidade registada ascende a 16.118 mEuros.

A coluna “Adopção das IFRS – Reclassificações” no movimento de 2004 inclui as seguintes reclassificações:

Para bens arrematados 17.189Para propriedades de investimento 1.862Outras 138

---------19.189=====

15. ACTIVOS INTANGÍVEIS

Esta rubrica apresentou o seguinte movimento durante os exercícios de 2005 e 2004:

2005Entrada de

Valor Amortizações entidades no Transferências Diferenças Amortizações Valor líquidobruto acumuladas perímetro Adições Abates e regularizações de câmbio do exercício em 2005

Goodwill (Nota 3) - - 149.500 - - - - - 149.500Value-in-force - Império Bonança (Nota 3) - - 46.386 - - - - (3.866) 42.520Sistemas de tratamento

automático de dados (Software) 287.086 (201.603) 21.930 15.029 (12.239) 22.556 46 (47.053) 85.752Outros activos intangíveis 14.617 (13.084) 60 2.143 (3.304) 654 (2) (556) 528Activos intangíveis em curso 96.532 - - 51.770 - (27.944) (3) - 120.355

398.235 (214.687) 217.876 68.942 (15.543) (4.734) 41 (51.475) 398.655

Saldo em 31.12.2004

2004Entrada de

Valor Amortizações entidades no Adopção Transferências Diferenças Amortizações Valor líquidobruto acumuladas perímetro das IFRS Adições Abates e regularizações de câmbio do exercício em 2004

(Nota 43)Sistemas de tratamento

automático de dados (Software) 157.875 (124.547) 49.065 4.480 17.511 (3.940) 22.193 64 (37.218) 85.483Outros activos intangíveis 47.838 (38.743) 1.643 (6.217) 1.806 95 (1.536) - (3.353) 1.533Activos intangíveis em curso 106.984 - 99 (15.560) 32.109 - (27.117) 17 - 96.532

312.697 (163.290) 50.807 (17.297) 51.426 (3.845) (6.460) 81 (40.571) 183.548

Saldo em 31.12.2003

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, os activos intangíveis em curso referem-se essencialmente a despesas incorridas com o desenvolvimento de aplicações informáticas que não tinham ainda entrado em funcionamento nestas datas.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

16. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004Participação Valor de Participação Valor de efectiva (%) balanço efectiva (%) balanço

REN - Rede Eléctrica Nacional, S.A. 20,00 184.791 20,00 172.457 ADP - Águas de Portugal, S.A. 20,37 95.626 20,37 91.031 SIBS - Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. 21,60 13.397 21,60 14.046 Prado Cartolinas da Lousã, S.A. 38,14 2.768 38,14 2.727 Prado Karton - Companhia de Cartão, S.A. 38,14 2.536 38,14 2.629 SCI Imobiliária, S.A. 42,22 2.064 - -Banco Internacional de São Tomé e Príncipe, S.A. 27,00 1.532 27,00 1.204Companhia de Papel do Prado, S.A. 38,14 1.235 38,14 1.273 Outras 4.317 3.112

---------- -----------308.266 288.479====== ======

Os dados financeiros das principais empresas associadas em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 eram os seguintes:

2005Situação Resultado

Sector de actividade/Entidade Sede Activos Passivos líquida (a) líquido Proveitos

Bancário

Banco Internacional de São Tomé e Príncipe São Tomé 28.341 22.579 5.761 171 2.336

Imobiliário

SCI Imobiliária Maputo 3.801 1.738 2.063 (117) 10

Outros sectores

ADP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. Lisboa 3.924.132 3.320.366 470.624 13.446 578.749 Companhia de Papel do Prado, S.A. Tomar 4.693 1.455 3.238 (6) 0 Prado - Cartolinas da Lousã, S.A. Lousã 17.171 9.908 7.263 1.534 19.769 Prado Karton - Companhia do Cartão, S.A. Tomar 16.226 9.578 6.648 132 17.301 REN - Rede Eléctrica Nacional, S.A. Lisboa 2.973.662 2.049.858 923.804 109.970 3.147.159 SIBS - Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. Lisboa 128.623 66.898 61.725 5.097 113.701

(a) A situação líquida inclui o resultado líquido do exercício e exclui interesses minoritários.

Situação ResultadoSector de actividade/Entidade Sede Activos Passivos líquida (a) líquido Proveitos

Bancário

Banco Internacional de São Tomé e Príncipe São Tomé 22.905 18.445 4.459 250 2.062

Crédito Especializado

BCI ALD Maputo 1.883 1.799 84 55 585 Locarent - Companhia Portuguesa de Aluguer de Viaturas, Lda. Lisboa 34.379 32.994 1.385 (2.005) 1.959

Outros sectores

ADP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. Lisboa 3.188.377 2.611.355 456.103 12.916 521.853 Companhia de Papel do Prado, S.A. Tomar 5.263 1.926 3.337 94 148 Prado - Cartolinas da Lousã, S.A. Lousã 16.321 9.174 7.147 1.490 18.102 Prado Karton - Companhia do Cartão, S.A. Tomar 16.765 9.875 6.890 379 16.920 REN - Rede Eléctrica Nacional, S.A. Lisboa 2.624.713 1.762.385 862.328 69.299 2.516.682 SIBS - Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. Lisboa 111.599 46.953 64.646 10.809 118.778

(a) A situação líquida inclui o resultado líquido do exercício e exclui interesses minoritários.

2004

17. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 eram os seguintes:

2005 2004

Activos por impostos correntesImposto sobre o rendimento a recuperar 7.142 75.288Outros 3.471 121

--------- ---------10.613 75.409===== =====

Passivos por impostos correntesImposto sobre o rendimento a pagar ( 105.678 ) ( 7.395 ) Outros ( 6 ) -

----------- --------( 105.684 ) ( 7.395 )

====== ====

Activos por impostos diferidos 436.869 365.339Passivos por impostos diferidos ( 97.675 ) ( 43.290 )

----------- -----------339.194 322.049====== ======

O movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2005 e 2004 foi o seguinte:

2005Entrada de Variação em Transferência

Saldo em entidades no Adopção Capital para imposto Saldo em31.12.2004 perímetro da IAS 39 Próprio Resultados corrente Outros 31.12.2005

(Nota 43)

Imparidade e ajustamentos em imóveis e activos tangíveis e intangíveis 11.211 - - - (648) 2.067 (1.359) 11.271

Provisões e imparidade temporariamente não aceites fiscalmente 88.929 16.165 15.422 - 40.977 33.268 (1.438) 193.323

Reavaliação de instrumentos financeiros derivados 20.683 - (3.163) - 20.206 3.329 962 42.017Valorização de activos financeiros disponíveis para venda - - (3.821) (43.244) - - - (47.065)Valorização de títulos 48.564 12.721 (36.386) - (909) 6.998 (2.192) 28.796Prejuízos fiscais reportáveis 38.409 28.985 - - (47.508) - 215 20.101Benefícios dos trabalhadores 142.297 606 - - (2.754) (20.615) (10.871) 108.663Comissões 3.240 - 21.443 - (3.118) - (114) 21.451Reavaliação legal de outros activos tangíveis (9.633) - - - 1.065 - 215 (8.353)Outros (21.651) 10 2.050 (471) (1.696) - (9.252) (31.010)

322.049 58.487 (4.455) (43.715) 5.615 25.047 (23.834) 339.194

2004Variação

Saldo em Adopção Capital Saldo em31.12.2003 das IFRS Próprio Resultados Outros 31.12.2004

(Nota 43)

Imparidade e ajustamentos em imóveis e activos tangíveis e intangíveis - 9.871 - 1.105 235 11.211Provisões e imparidade temporariamente não aceites fiscalmente - 31.818 64.148 (10.875) 3.838 88.929Valorizações de títulos e derivados - 43.501 (4.519) 30.247 18 69.247Prejuízos fiscais reportáveis - 27.201 - 10.509 699 38.409Benefícios dos trabalhadores - 185.109 - (51.792) 8.980 142.297Comissões - 2.837 - 403 - 3.240Reavaliação legal de outros activos tangíveis - (10.762) - 1.129 - (9.633)Outros - (4.876) - (516) (16.259) (21.651)

- 284.699 59.629 (19.790) (2.489) 322.049

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Os custos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro líquido do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

2005 2004

Impostos correntesDo exercício 134.140 24.554Correcções a exercícios anteriores (líquido) ( 9.530 ) ( 3.184 )

----------- ---------- 124.610 21.370

----------- ----------

Impostos diferidos ( 5.615 ) 19.790 ---------- ---------

Total de impostos em resultados 118.995 41.160====== =====

Lucro consolidado antes de impostos e de interesses minoritários 673.778 269.147

Carga fiscal 17,66% 15,29%

Em 2005 a rubrica “Correcções a exercícios anteriores” inclui um ganho de mEuros 10.829 referente a valores recebidos pela Caixa no âmbito de reclamações relativas a liquidações adicionais de IRC dos exercícios de 1998 e 2002.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto verificada no exercício de 2005 pode ser demonstrada como se segue:

Taxa Imposto

Resultado antes de impostos 673.778

Imposto apurado com base na taxa nominal 27,12% 182.729Impacto de sociedades com regimes fiscais diferentes da taxa nominal (0,84%) (5.672)Impacto da mais-valia na alienação do Unibanco (1,39%) (9.393)Sucursal Financeira Exterior da Madeira (Nota 2.13) (0,36%) (2.427)Sociedades registadas pelo método de equivalência patrimonial (0,34%) (2.260)Diferenças definitivas a deduzir:

Dividendos de instrumentos de capital disponíveis para venda (2,75%) (18.497)Prejuízo fiscal imputado de ACE (0,38%) (2.561)Outras (1,10%) (7.381)

Diferenças definitivas a acrescerProvisões não relevantes para efeitos fiscais (0,09%) (620)Outras 1,09% 7.367

Benefícios fiscaisCriação líquida de postos de trabalho (0,41%) (2.771)Dividendos de acções privatizadas (0,37%) (2.522)Outros (0,29%) (1.938)

Tributação autónoma 0,16% 1.100Outros (0,98%) (6.624)

19,08% 128.529

Correcções de imposto relativas a exercícios anterioresReembolso de imposto relativo aos exercícios de 1998 e 2002 - CGD (1,61%) (10.829)Outras 0,19% 1.294

(1,42%) (9.535)17,66% 118.994

Em 2005 e 2004, a taxa nominal de imposto da CGD considerando as taxas de Derrama aplicáveis à sua actividade foi de 27,12% e 27,20%, respectivamente.

O Grupo não reconhece impostos diferidos activos sempre que não seja provável a existência de lucros tributáveis futuros ou outras circunstâncias que assegurem o respectivo aproveitamento. A este respeito, a Caixa não registou nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 impostos diferidos activos no montante de mEuros 156.000, aproximadamente, relativos a uma dedução de variações patrimoniais negativas reflectidas na declaração de IRC do exercício de 2004, uma vez que ainda se encontra a aguardar uma resposta das autoridades fiscais ao pedido que formulou para aceitação desse montante. As variações patrimoniais negativas referiam-se essencialmente ao impacto em capital próprio da transferência de responsabilidades para a CaixaGeral de Aposentações (Nota 36).

As autoridades fiscais têm normalmente a possibilidade de rever a situação fiscal durante um período de tempo definido, que em Portugal é de quatro anos (seis anos relativamente aos exercícios em que sejam apurados prejuízos fiscais), podendo resultar devido a diferentes interpretações da legislação, eventuais correcções ao lucro tributável de exercícios anteriores (2002 a 2005, no caso de entidades com sede em Portugal). Dada a natureza das eventuais correcções que poderão ser efectuadas, não é possível quantificá-las neste momento. No entanto, na opinião do Conselho de Administração da Caixa, não é previsível que qualquer correcção relativa aos exercícios acima referidos seja significativa para as demonstrações financeiras consolidadas.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

18. CONTRATOS DE SEGUROS

18.1 PROVISÕES TÉCNICAS DE RESSEGURO CEDIDO

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2005 2004

Caixa SegurosRamo Vida:Provisão matemática 3.606 3.324Provisão para sinistros:Sinistros declarados 7.298 5.049Sinistros não declarados (IBNR) 6.748 1.755

14.046 6.804Total do ramo vida 17.652 10.128

Ramos não Vida:Provisão para prémios não adquiridos 48.323 31.029Provisão para sinistros:Sinistros declarados 153.543 98.336Sinistros não declarados (IBNR) 9.355 6.192

162.898 104.528Outras provisões técnicasProvisão para envelhecimento 485 -Total dos ramos não vida 211.706 135.557

Sub-total Caixa Seguros 229.358 145.685

Outros 2.570 690

231.928 146.375

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a provisão para prémios não adquiridos de resseguro cedido apresenta a seguinte composição:

Prémios Custos Prémios Custosdiferidos diferidos Líquido diferidos diferidos Líquido

Acidentes de trabalho 6 - 6 - - -Acidentes pessoais e Pessoas Transportadas 5.605 (78) 5.527 4.841 (101) 4.740Doença 5.002 - 5.002 - - -Incêndio e Outros Danos 30.923 (2.373) 28.550 21.327 (1.125) 20.202Automóvel 1.817 - 1.817 33 - 33Marítimo, Aéreo e Transportes 5.038 (114) 4.924 1.646 (107) 1.539Responsabilidade Civil Geral 1.888 (49) 1.839 2.783 (48) 2.735Crédito e Cauções 588 (21) 567 76 (12) 64Assistência 305 - 305 80 - 80Diversos - (214) (214) 1.840 (204) 1.636

51.172 (2.849) 48.323 32.626 (1.597) 31.029

2005 2004

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a provisão para sinistros de resseguro cedido apresenta a seguinte composição:

Não NãoDeclarados declarados Total Declarados declarados Total

De seguros de vida 7.298 6.748 14.046 5.049 1.755 6.804

De seguros não vida:Acidentes de trabalho 2.729 38 2.767 590 35 625Acidentes pessoais e Pessoas Transportadas 4.328 345 4.673 1.705 97 1.802Doença 64 21 85 - - -Incêndio e Outros Danos 71.758 6.195 77.953 55.731 4.278 60.009Automóvel 24.648 530 25.178 10.175 690 10.865Marítimo, Aéreo e Transportes 17.318 655 17.973 4.564 293 4.857Responsabilidade Civil Geral 30.031 1.166 31.197 24.027 603 24.630Crédito e Cauções 422 8 430 584 5 589Protecção Jurídica - 213 213 - - -Diversos 2.245 184 2.429 960 191 1.151

153.543 9.355 162.898 98.336 6.192 104.528160.841 16.103 176.944 103.385 7.947 111.332

2005 2004

O movimento ocorrido nas provisões técnicas de resseguro cedido durante o exercício de 2005 é apresentado na Nota 18.2.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

18.2 PROVISÕES TÉCNICAS DE CONTRATOS DE SEGUROS

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2005 2004

Caixa SegurosDe seguro directo e resseguro aceite:Ramo Vida:

Provisão matemática:De contratos de seguro 238.714 97.304De contratos de investimento com participação

nos resultados com componente discricionária 4.217.141 2.660.1624.455.855 2.757.466

Provisão para participação nos resultados 39.798 22.353Fundo para dotações futuras - 42.993Provisão para sinistros:

Sinistros declarados 46.339 84.963Sinistros não declarados (IBNR) 22.971 16.230

69.310 101.193Total do ramo vida 4.564.963 2.924.005

Ramos não Vida:Provisão para prémios não adquiridos 398.223 268.038Provisão para sinistros:

Sinistros declarados 1.908.464 1.023.628Sinistros não declarados (IBNR) 118.201 76.498

2.026.665 1.100.126Provisão para riscos em curso 13.410 9.593Outras provisões técnicas

Provisão para envelhecimento 303 -Provisão para participação nos resultados 253 105Provisão para desvios de sinistralidade - 4.122Total dos ramos não vida 2.438.854 1.381.984

Garantia 6.623 4.383

7.010.440 4.310.372

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a provisão matemática do ramo vida e a provisão para participação nos resultados de seguro directo e resseguro aceite apresentam a seguinte composição:

Provisão para Provisão paraProvisão participação Provisão participação

matemática nos resultados Total matemática nos resultados TotalDe contratos de seguro:

Rendas 133.920 266 134.186 - 266 266Grupo com Participação nos Resultados 33.030 2.692 35.722 33.386 3.522 36.908Grupo sem Participação nos Resultados 23.182 - 23.182 22.563 - 22.563Individual com Participação nos Resultados 8.521 5.342 13.863 10.465 4.155 14.620TAR Grupo Taxa Fixa 10.612 - 10.612 10.612 - 10.612Rendas Individual 4% 10.092 224 10.316 8.042 202 8.244Risco 3.781 6.145 9.926 - 3.552 3.552Rendas Grupo 4% 6.348 102 6.450 5.681 102 5.783Capital Vida 4% 4.822 272 5.094 4.382 300 4.682Mistos 2.114 - 2.114 - - -Individual sem Participação nos Resultados 2.005 - 2.005 2.038 - 2.038Protecção Sénior 114 - 114 42 - 42Educação Garantida 91 - 91 18 - 18Seguro de Dependência 58 - 58 45 - 45Educação Segura 3,5% 24 - 24 30 - 30

238.714 15.043 253.757 97.304 12.099 109.403

De contratos de investimento com participação nos resultados com componente discricionária:

Capitalização/Universal Life/Operações de Cap. 801.341 2.186 803.527 - 1.226 1.226PPR/E Rend. 3ªS 2,75% 666.135 4.501 670.636 361.606 2.021 363.627Seg Poupança 5ªS 2,75% 530.581 2.424 533.005 480.906 1.000 481.906PPR/E Rendimento1ª/2ª S 3,5% 415.878 1.899 417.777 464.149 715 464.864PPR/E Fidelidade 4% 232.582 2.725 235.307 239.712 (2.416) 237.296Epargne Libre (FRF) 3 190.487 1.987 192.474 155.125 1.925 157.050Seg Poupança 6ªS 2,25% 188.473 433 188.906 - - -Seg Poupança 3 / 4ªS 3,5% 133.745 600 134.345 126.001 161 126.162F.Poupança 7ªS 2% 133.389 162 133.551 - - -PPR/E Rend. 4ª S 2,25% 121.276 - 121.276 - - -PIR 4% 106.908 5.478 112.386 134.819 2.740 137.559Top Reforma 4% - Ind. 109.132 41 109.173 120.911 260 121.171PPR/E MC Série B 2,75% 96.092 400 96.492 85.683 353 86.036Seg Poupança 1ªS 4% 95.353 - 95.353 89.755 37 89.792PPR (Clássico) 4% 80.078 1.337 81.415 87.982 1.646 89.628PPR/E MC Série A 3% 78.866 - 78.866 91.371 - 91.371Valorização 2ªS 4,1% 40.086 283 40.369 39.687 195 39.882Postal PPR/E Série B 2,75% 33.466 123 33.589 29.338 137 29.475Postal PPR/E Série A 3,25% 30.327 - 30.327 29.681 - 29.681Seg Poupança 2ªS 2,75% 20.972 99 21.071 23.096 184 23.280Super Garantia 2,75% (Med) 18.620 2 18.622 17.436 2 17.438Multiplano PPR/E 3% 18.594 10 18.604 23.899 10 23.909Garantia Crescente 2,75% - Bco 15.401 1 15.402 15.599 1 15.600Postal Poup Invest 3,25% 12.715 - 12.715 13.212 - 13.212Postal Poup Futuro 3% 12.596 - 12.596 11.327 - 11.327PPR/E Investimento Garantido 1ª Série 7.352 - 7.352 - - -Top Reforma 2,75% Grupo 6.629 27 6.656 6.449 3 6.452Top Reforma 4% Grupo 6.294 1 6.295 6.769 15 6.784Complementos Reforma 4.712 22 4.734 4.103 39 4.142IB - Luxemburgo 3.163 - 3.163 - - -Postal Poup Futuro Série B 2.247 - 2.247 - - -Postal Poupança Segura 1.971 - 1.971 - - -PPR/E Capital Garantido 1.680 14 1.694 146 - 146Top Poupança 6% - - - 1.400 - 1.400

4.217.141 24.755 4.241.896 2.660.162 10.254 2.670.4164.455.855 39.798 4.495.653 2.757.466 22.353 2.779.819

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

O movimento ocorrido na provisão matemática e na provisão para participação nos resultados de seguro directo e resseguro aceite e na provisão matemática de resseguro cedido durante o exercíciode 2005 foi o seguinte:

ResponsabilidadesAlterações no originadas no

Saldo perímetro de período e Resultados Saldoinicial consolidação Juro atribuído distribuídos final

Seguro directo e resseguro aceite:Provisão matemática: - De contratos de seguro 97.304 124.556 16.570 284 238.714 - De contratos de investimento com participação nos resultados com componente discricionária 2.660.162 816.969 727.261 12.749 4.217.141

2.757.466 941.525 743.831 13.033 4.455.855Provisão para participação nos resultados: - De contratos de seguro 8.282 3.818 6.499 (3.556) 15.043 - De contratos de investimento com participação nos resultados com componente discricionária 14.071 23.072 491 (12.879) 24.755

22.353 26.890 6.990 (16.435) 39.7982.779.819 968.415 750.821 (3.402) 4.495.653

Resseguro cedido:Provisão matemática: - De contratos de seguro 3.323 11 271 - 3.605 - De contratos de investimento com participação nos resultados com componente discricionária 1 - - - 1

3.324 11 271 - 3.606

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a provisão para prémios não adquiridos de seguro directo e resseguro aceite apresenta a seguinte composição:

Prémios Custos Prémios Custosdiferidos diferidos Líquido diferidos diferidos Líquido

Acidentes de trabalho 20.331 (3.039) 17.292 11.596 (1.571) 10.025Acidentes pessoais e Pessoas Transportadas 19.539 (2.947) 16.592 21.284 (2.191) 19.093Doença 20.966 (2.925) 18.041 9.718 (1.944) 7.774Incêndio e Outros Danos 98.022 (16.088) 81.934 59.533 (9.663) 49.870Automóvel 279.047 (50.544) 228.503 198.729 (38.153) 160.576Marítimo, Aéreo e Transportes 7.284 (846) 6.438 2.628 (480) 2.148Responsabilidade Civil Geral 11.013 (1.924) 9.089 7.300 (1.312) 5.988Crédito e Cauções 322 (63) 259 192 (38) 154Protecção Jurídica 5.185 (458) 4.727 1.739 (79) 1.660Assistência 13.512 (518) 12.994 9.702 (202) 9.500Diversos 2.666 (312) 2.354 1.408 (158) 1.250

477.887 (79.664) 398.223 323.829 (55.791) 268.038

2005 2004

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

O movimento ocorrido nas provisões para prémios não adquiridos e nos custos de aquisição diferidos de seguro directo e resseguro aceite e de resseguro cedido durante o exercício de 2005 foi o seguinte:

Alterações no ResponsabilidadesSaldo perímetro de originadas Variações Saldoinicial consolidação no período cambiais final

Seguro directo e resseguro aceite:Provisão para prémios não adquiridos:

Acidentes de trabalho 11.596 8.847 (112) - 20.331Acidentes pessoais e Pessoas Transportadas 21.284 2.701 (4.450) 4 19.539Doença 9.718 9.138 2.110 - 20.966Incêndio e Outros Danos 59.533 38.024 451 14 98.022Automóvel 198.729 89.592 (9.274) - 279.047Marítimo, Aéreo e Transportes 2.628 5.049 (393) - 7.284Responsabilidade Civil Geral 7.300 6.126 (2.418) 5 11.013Crédito e Cauções 192 234 (104) - 322Protecção Jurídica 1.739 2.864 582 - 5.185Assistência 9.702 2.207 1.603 - 13.512Diversos 1.408 1.027 231 - 2.666

323.829 165.809 (11.774) 23 477.887

Custos de aquisição diferidos:Acidentes de trabalho (1.571) (1.647) 179 - (3.039)Acidentes pessoais e Pessoas Transportadas (2.191) (541) (215) - (2.947)Doença (1.944) (1.275) 294 - (2.925)Incêndio e Outros Danos (9.663) (7.374) 949 - (16.088)Automóvel (38.153) (17.653) 5.262 - (50.544)Marítimo, Aéreo e Transportes (480) (948) 582 - (846)Responsabilidade Civil Geral (1.312) (1.005) 393 - (1.924)Crédito e Cauções (38) (45) 20 - (63)Protecção Jurídica (79) (489) 110 - (458)Assistência (202) (441) 125 - (518)Diversos (158) (200) 46 - (312)

(55.791) (31.618) 7.745 - (79.664)268.038 134.191 (4.029) 23 398.223

Resseguro cedido:Provisão para prémios não adquiridos:

Acidentes de trabalho - - 6 - 6Acidentes pessoais e Pessoas Transportadas 4.841 - 761 3 5.605Doença - 6.158 (1.156) - 5.002Incêndio e Outros Danos 21.327 11.618 (2.027) 5 30.923Automóvel 33 1.645 139 - 1.817Marítimo, Aéreo e Transportes 1.646 3.957 (565) - 5.038Responsabilidade Civil Geral 2.783 1.121 (2.016) - 1.888Crédito e Cauções 76 138 374 - 588Protecção Jurídica - 21 (21) - -Assistência 80 - 225 - 305Diversos 1.840 491 (2.331) - -

32.626 25.149 (6.611) 8 51.172

Custos de aquisição diferidos:Acidentes pessoais e Pessoas Transportadas (101) - 23 - (78)Incêndio e Outros Danos (1.125) - (1.248) - (2.373)Marítimo, Aéreo e Transportes (107) - (7) - (114)Responsabilidade Civil Geral (48) - - (1) (49)Crédito e Cauções (12) - (9) - (21)Diversos (204) - (11) 1 (214)

(1.597) - (1.252) - (2.849)31.029 25.149 (7.863) 8 48.323

69

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a provisão para sinistros de seguro directo e resseguro aceite apresenta a seguinte composição:

Não NãoDeclarados declarados Total Declarados declarados Total

46.339 22.971 69.310 84.963 16.230 101.193

Provisão matemática 464.818 11.689 476.507 196.001 9.619 205.620Provisão para assistência vitalícia 111.716 1.805 113.521 72.917 1.601 74.518Provisão para assistência temporária 61.511 5.545 67.056 35.997 2.165 38.162

638.045 19.039 657.084 304.915 13.385 318.300

Acidentes pessoais e Pessoas Transportadas 15.816 1.694 17.510 8.922 396 9.318Doença 14.378 20.721 35.099 11.953 9.880 21.833Incêndio e Outros Danos 140.173 11.626 151.799 79.858 6.900 86.758Automóvel 935.407 55.913 991.320 528.868 42.038 570.906Marítimo, Aéreo e Transportes 32.830 875 33.705 7.379 376 7.755Responsabilidade Civil Geral 116.398 7.355 123.753 71.394 3.152 74.546Crédito e Cauções 1.388 33 1.421 1.485 34 1.519Protecção Jurídica 4.233 207 4.440 2.416 0 2.416Assistência 6.607 384 6.991 5.183 2 5.185Diversos 3.189 354 3.543 1.255 335 1.590

1.270.419 99.162 1.369.581 718.713 63.113 781.8261.908.464 118.201 2.026.665 1.023.628 76.498 1.100.1261.954.803 141.172 2.095.975 1.108.591 92.728 1.201.319

Acidentes de trabalho:

Outros seguros:

2005 2004

De seguros de vida:

De seguros não vida:

O movimento ocorrido nas provisões para sinistros de seguro directo e resseguro aceite e de resseguro cedido durante o exercício de 2005 foi o seguinte:

Alterações no ResponsabilidadesSaldo perímetro de originadas Montantes Variações Saldoinicial consolidação no período pagos cambiais final

Seguro directo e resseguro aceite:Provisão para sinistrosDe seguros de vida 101.193 17.465 839.963 (889.313) 2 69.310De seguros não vida:

Acidentes de trabalho 318.300 253.520 213.687 (128.423) - 657.084Outros seguros:

Acidentes pessoais e Pessoas Transportadas 9.318 4.555 13.625 (9.988) - 17.510Doença 21.833 10.795 98.296 (95.825) - 35.099Incêndio e Outros Danos 86.758 68.387 83.541 (86.887) - 151.799Automóvel 570.906 364.274 483.831 (427.691) - 991.320Marítimo, Aéreo e Transportes 7.755 21.217 17.570 (12.837) - 33.705Responsabilidade Civil Geral 74.546 39.350 25.645 (15.788) - 123.753Crédito e Cauções 1.519 1.461 (1.411) (148) - 1.421Protecção Jurídica 2.416 1.666 1.123 (765) - 4.440Assistência 5.185 1.218 22.382 (21.794) - 6.991Diversos 1.590 2.482 3.105 (3.634) - 3.543

781.826 515.405 747.707 (675.357) - 1.369.5811.100.126 768.925 961.394 (803.780) - 2.026.6651.201.319 786.390 1.801.357 (1.693.093) 2 2.095.975

Resseguro cedido:Provisão para sinistrosDe seguros de vida 6.804 176 15.881 (8.815) - 14.046De seguros não vida:

Acidentes de trabalho:Provisão matemática 625 1.462 1.774 (1.094) - 2.767

Outros seguros:Acidentes pessoais e Pessoas Transportadas 1.802 871 3.930 (1.930) - 4.673Doença - 9.312 143 (9.370) - 85Incêndio e Outros Danos 60.009 35.010 18.870 (35.936) - 77.953Automóvel 10.865 14.649 5.437 (5.773) - 25.178Marítimo, Aéreo e Transportes 4.857 10.918 11.760 (9.562) - 17.973Responsabilidade Civil Geral 24.630 1.677 13.214 (8.324) - 31.197Crédito e Cauções 589 372 (482) (49) - 430Protecção Jurídica - - 212 1 - 213Diversos 1.151 1.611 1.120 (1.453) - 2.429

103.903 74.420 54.204 (72.396) - 160.131104.528 75.882 55.978 (73.490) - 162.898111.332 76.058 71.859 (82.305) - 176.944

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

O movimento ocorrido na provisão para riscos em curso de seguro directo e resseguro aceite durante o exercício de 2005 foi o seguinte:

Alterações noSaldo perímetro de Reposições Variações Saldoinicial consolidação no período cambiais final

Seguro directo e resseguro aceite:Acidentes pessoais e Pessoas Transportadas - 83 145 - 228Doença 4.844 311 (2.475) - 2.680Incêndio e Outros Danos 76 2.703 (1.225) 1 1.Automóvel 4.434 719 189 - 5.342Marítimo, Aéreo e Transportes 24 992 (638) - 378Responsabilidade Civil Geral 207 423 1.518 - 2.148Crédito e Cauções 2 57 (34) - 25Assistência 6 1.120 (377) - 749Diversos - - 305 - 305

9.593 6.408 (2.592) 1 13.410

555

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

19. OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição: 2005 2004

Outros activosBens arrematados 155.271 145.479 Certificados de dívida do Território de Macau 166.465 129.440Outros 19.604 26.967

Devedores e outras aplicações Recibos por cobrar – Seguros 195.673 106.241Devedores diversos 389.917 327.082Sector Público Administrativo 11.794 7.808Suprimentos 32.161 14.414 Devedores por operações sobre títulos 25.156 -Devedores por operações sobre futuros 28.357 7.317Bonificações a receber

Do Estado 53.174 58.280De outras entidades 24.396 30.296

Valor a receber pela venda da Barraqueiro 27.925 27.925Valor a receber pela venda de bens arrematados 4.258 6.940Outros 434.180 391.696

Responsabilidades com pensões e outros benefícios Excesso de cobertura de responsabilidades

Caixa Seguros (Nota 36) 4.363 100Desvios actuariais:

CGD (Nota 36) 160.586 68.852Caixa Seguros (Nota 36) 1.180 5.246Outros ( 1.912 ) 7.862

Rendimentos a receber 20.825 20.727Despesas com encargo diferido

Rendas 3.355 2.213 Custos incorridos para angariação de contratos de crédito 28.127 -Outras 23.696 10.613

Receitas com rendimento diferido ( 3.319 ) ( 4.108 ) Operações activas a regularizar 693.443 476.508

Outros 913 36------------- --------------

2.499.588 1.867.934 ------------- -------------

Imparidade . Devedores e outras aplicações ( 169.817 ) ( 109.583 )

------------- ------------- 2.329.771 1.758.351

======== =======

O movimento na imparidade para devedores e outras aplicações, durante os exercícios de 2005 e 2004 é apresentado na Nota 38.

Os montantes registados em “Bens arrematados” correspondem essencialmente a imóveis e equipamentos recebidos em dação em pagamento de dívidas referentes a crédito concedido. A imparidade inclui as perdas estimadas na realização destes bens (considerando também os custos a incorrer até à respectiva venda).

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

No âmbito do contrato firmado pelo Banco Nacional Ultramarino, S.A. (Macau) com o Território de Macau para a emissão de notas, o Banco entrega ao Território divisas convertíveis correspondentes ao contravalor das notas em circulação, recebendo em contrapartida um certificado de dívida de valor equivalente destinado à cobertura da responsabilidade resultante da emissão fiduciária (Nota 25). O acerto dos montantes a entregar pelo Banco ao Território faz-se mensalmente, nos primeiros quinze dias de cada mês, com base na média dos saldos diários do mês anterior. Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o certificado de dívida do Governo de Macau ascende a mEuros 166.465 e mEuros 129.440, respectivamente. Este certificado não vence juros, sendo a remuneração das funções agenciadas ao Banco Nacional Ultramarino, S.A. (Macau) obtida através de um depósito gratuito permanente.

O valor a receber pela venda da Barraqueiro resulta da alienação pela Caixa Desenvolvimento no exercício de 2002 da participação que detinha na Barraqueiro, SGPS, S.A.. Nos termos do contrato celebrado em 27 de Junho de 2002, o preço de venda acrescido do valor de reembolso das prestações suplementares que lhe tinham sido concedidas ascendeu a mEuros 50.856, dos quais mEuros 22.931 foram recebidos de imediato e mEuros 27.925 ficaram por receber em três prestações iguais em 31 de Dezembro de 2003, 2004 e 2005, o que não veio a acontecer uma vez que o respectivo pagamento foi diferido. Os juros têm vindo a ser liquidados. Em Fevereiro de 2006 esta operação foi reestruturada, tendo sido recebida uma parte do capital em dívida.

20. RECURSOS DE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO E BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004Recursos de bancos centrais

Depósitos e outros recursosDe instituições de crédito no País 377 2.892De instituições de crédito no Estrangeiro 14.983 68.210

Recursos a muito curto prazoDe instituições de crédito no Estrangeiro 848 -

EmpréstimosDe instituições de crédito no Estrangeiro 67.020 40.329

Outros recursos 248 401 Juros a pagar 56 245

--------- -----------83.532 112.077--------- -----------

Recursos de outras instituições de crédito

Depósitos e outros recursosDe instituições de crédito no País 842.651 695.497De instituições de crédito no Estrangeiro 2.233.156 2.170.880

Recursos do mercado monetário interbancário 47.636 14.480Recursos a muito curto prazo

De instituições de crédito no País 52.576 30.102De instituições de crédito no Estrangeiro 569.831 95.968

EmpréstimosDe instituições de crédito no País 93.737 92.170De instituições de crédito no Estrangeiro 419.576 461.502

Operações de venda com acordo de recompra 10.210 45.588Recursos de organismos financeiros internacionais 8.731 1.002Juros a pagar 24.227 20.818

-------------- -------------- 4.302.331 3.628.007 -------------- -------------- 4.385.863 3.740.084 ======== ========

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

21. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004

Depósitos de poupança 8.614.529 8.653.449-------------- --------------

Outros débitosÀ vista 17.233.193 15.413.762

--------------- ---------------A prazo -

Depósitos 20.686.407 19.943.685Produtos de taxa fixa – seguros 2.205.213 2.373.094

Depósitos obrigatórios 847.962 937.473 Outros recursos:

Cheques e ordens a pagar 106.989 152.907Operações de venda com acordo de recompra 62.706 96.749

Empréstimos 20.617 25.719 Outros 190.521 88.889

--------------- ---------------24.120.415 23.618.516--------------- ---------------

Juros a pagar 191.346 187.480Custos diferidos, líquidos de proveitos diferidos ( 1.835 ) ( 9.718 ) Correcções de valor de passivos objecto de

operações de cobertura 4.315 ---------------- ---------------50.161.963 47.863.489========= =========

A rubrica “Produtos de taxa fixa – seguros” corresponde ao valor de seguros de vida classificados como contratos de investimento (Nota 2.16.) e que consequentemente passaram a ser registados de acordo com a IAS 39, de modo similar aos depósitos de clientes da actividade bancária.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

22. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004Obrigações em circulação:Obrigações emitidas no âmbito do Programa EMTN

. Remuneração indexada a taxas de juro 2.863.210 3.715.374

. Remuneração indexada a acções / índices 1.582.631 993.472

. Remuneração indexada a taxas de câmbio 435.677 397.670

. Taxa de juro fixa 371.946 306.355-------------- --------------5.253.464 5.412.871

Obrigações de Caixa - Cupão Zero . Remuneração indexada a acções / índices 105.609 130.210. Remuneração indexada a taxas de juro 44.758 80.958

Outras obrigações de caixa. Remuneração indexada a taxas de juro 395.124 395.124. Remuneração indexada a acções / índices 146.724 149.216. Taxa de juro fixa

Produtos de taxa crescente 684.705 639.669 Outros 166.487 193.621

-------------- -------------6.796.871 7.001.669-------------- -------------

Outros:Emissões no âmbito do Programa Euro Commercial Paper

and Certificate Commercial Paper . Papel comercial 1.945.440 2.767.888 . Certificados de depósito 1.193.084 787.025

------------- -------------3.138.524 3.554.913

Emissões no âmbito do Programa US Commercial Paper . Papel comercial 380.442 293.320Outros certificados de depósito denominados:

. Em Rands Sul-africanos 130.570 105.852

. Em Dólares Norte Americanos 122.913 188.689

. Em Meticais Moçambicanos 4.312 75Títulos emitidos no âmbito de operações de titularização (Nota 11):

. Crédito à habitação 816.650 908.313

. Crédito ao consumo 399.939 399.932 Outros passivos 1.372 1.741

------------- --------------4.994.722 5.452.835------------- -------------

Correcção de valor de passivos objecto de operações de cobertura ( 198.127 ) -

Despesas com encargo diferido, líquidas de proveitos ( 60.422 ) ( 63.075 ) Juros a pagar 118.993 95.067

--------------- ---------------11.652.037 12.486.496======== ========

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, os débitos representados por títulos no âmbito do Euro Commercial Paper and Certificate Commercial Paper eram compostos por emissões nas seguintes divisas:

2005 2004

Euros 1.802.500 2.130.500Dólares Norte Americanos 903.196 749.947

Libras 418.795 600.524 Dólares Canadianos 10.929 70.053 Dólares Australianos 3.104 - Francos Suíços - 3.889

------------- --------------3.138.524 3.554.913======== ========

Como forma de diversificação das fontes de financiamento a CGD recorre aos seguintes Programas específicos:

(i) Euro Commercial Paper and Certificate Commercial Paper (ECP)

Ao abrigo do programa denominado “EUR 5,000,000,000 Euro Commercial Paper and Certificate Deposits” a CGD (directamente ou através das Sucursais de França e Londres) pode emitir certificados de depósitos (CD) e “Notes” com uma maturidade máxima de 5 anos e 1 ano, respectivamente, denominados em Euros, Dólares Norte Americanos, Libras, Ienes Japoneses ou outra divisa que as partes acordem entre si. Estas emissões podem ser remuneradas a uma taxa de juro fixa, variável ou indexada à performance de índices ou acções.

(ii) US Commercial Paper

Ao abrigo deste programa a CGD North America Finance LLC pode emitir “Notes” até um montante global de dois biliões de Dólares Norte Americanos. As “Notes” têm maturidade máxima de 1 ano e um montante mínimo de 250.000 Dólares Norte Americanos. As emissões podem ser emitidas a desconto ou ao par. Todas as emissões são garantidas pela CGD.

(iii) Euro Medium Term Notes (EMTN)

O Grupo CGD, através da CGD (directamente ou a partir das Sucursais de França, Londres e Madeira) e da CGD Finance, podem emitir ao abrigo deste Programa títulos de dívida no montante máximo de 10.000.000.000 Euros. Todas as emissões da CGD Finance são garantidas pela Sucursal de França.

As obrigações podem ser emitidas em qualquer divisa com prazos mínimos de um mês e 5 anos para emissões não subordinadas e subordinadas, respectivamente. Não estão definidos prazos máximos para as operações.

Estas emissões podem ser emitidas a desconto e ser remuneradas a taxas de juro fixas,variáveis ou indexadas à performance de índices ou acções.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o detalhe das obrigações emitidas por tipo de remuneração e por prazos residuais até à maturidade é o seguinte:

2005Programa EMTN

Tipo de activo ou de indexantesubjacente à remuneração das obrigações

Acções / Taxa de Taxa de Sub- OutrasÍndices câmbio juro total obrigações Total

Até 1 ano 62.230 - 214.370 276.600 574.331 850.931Entre 1 e 5 anos 559.051 19.800 2.655.183 3.234.034 969.076 4.203.110Entre 5 e 10 anos 785.472 5.300 263.060 1.053.832 - 1.053.832Mais de 10 anos 175.878 410.577 102.543 688.998 - 688.998

1.582.631 435.677 3.235.156 5.253.464 1.543.407 6.796.871

2004Programa EMTN

Tipo de activo ou de indexantesubjacente à remuneração das obrigações

Acções / Taxa de Taxa de Sub- OutrasÍndices câmbio juro total obrigações Total

Até 1 ano 58.332 2.864 2.915.230 2.976.426 338.368 3.314.794Entre 1 e 5 anos 204.953 1.500 577.966 784.419 1.250.430 2.034.849Entre 5 e 10 anos 641.063 3.222 443.500 1.087.785 - 1.087.785Mais de 10 anos 89.124 390.084 85.033 564.241 - 564.241

993.472 397.670 4.021.729 5.412.871 1.588.798 7.001.669

Relativamente à maioria das emissões ao abrigo do Programa EMTN, foram contratados derivados que transformam o valor das emissões em Euros e a respectiva remuneração em Euribor a 3 ou 6 meses adicionada ou deduzida de um spread.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

23. PROVISÕES E PASSIVOS CONTINGENTES

Provisões

O movimento nas provisões para benefícios dos empregados e nas provisões para outros riscos nos exercícios de 2005 e 2004 foi o seguinte:

2005Entrada de Diferenças

Saldo em entidades no Adopção Reposições de Sal em31.12.2004

doperímetro da IAS 39 Reforços e anulações Utilizações câmbio Outros 31.12.2005

Provisões para encargos com benefíciosa empregados 361.838 28.069 - 7.969 (79) (27.222) 277 100.867 471.719

Provisões para contingências judiciais 9.250 - - 3.018 (52) (113) 90 234 12.427-

Provisões para garantias e compromissos assumidos 28.081 - - 9.412 (192) (169) - 1.058 38.190

Provisões para outros riscos e encargos 233.036 13.662 (381) 164.717 (120.767) (100.633) 864 8.078 198.576270.367 13.662 (381) 177.147 (121.011) (100.915) 954 9.370 249.193632.205 41.731 (381) 185.116 (121.090) (128.137) 1.231 110.237 720.912

2004Diferenças

Saldos em Adopção Reposições de Saldo em31.12.2003 das IFRS Reforços e anulações Utilizações câmbio Outros 31.12.2004

(Nota 43)

Provisões para encargos com benefícios a empregados 28.169 305.433 2.593 (121) (18.780) (30) 44.574 361.838

Provisões para contingências judiciais 9.087 - 204 - (52) - 11 9.250Provisões para garantias e compromissos assumidos 28.274 - - (192) - - (1) 28.081Provisões para outros riscos e encargos 161.031 (5.673) 190.826 (137.387) (9.261) (22) 33.522 233.036

198.392 (5.673) 191.030 (137.579) (9.313) (22) 33.532 270.367226.561 299.760 193.623 (137.700) (28.093) (52) 78.106 632.205

A composição e o movimento nas provisões para encargos com benefícios a empregados são apresentados no Nota 36.

As provisões para contingências judiciais correspondem à melhor estimativa do Grupo de eventuais montantes a despender na sua resolução, com base em estimativas da Direcção Jurídica e dos advogados que acompanham os processos.

A “Entrada de entidades no perímetro” no movimento de 2005 corresponde essencialmente às provisões constituídas pela Império Bonança que passou a ser consolidada neste exercício (Nota 3).

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Passivos contingentes e compromissos

Os passivos contingentes associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

2005 2004Passivos eventuais

Garantias e avales 3.060.897 2.967.914Activos dados em garantia 2.056.385 913.523Cartas de crédito em “stand by” 399.205 427.250Créditos documentários abertos 99.735 98.043 Transacções com recurso 1.404 921Aceites e endossos 749 338Fianças e indemnizações - 23.112Outros passivos eventuais 37.239 7.155

-------------- ---------------5.655.614 4.438.256======== ========

CompromissosCompromissos revogáveis 11.419.596 7.933.309Subscrição de títulos 2.138.083 331.921Outros compromissos irrevogáveis 1.573.253 1.256.228Linhas de crédito irrevogáveis 796.378 541.538Responsabilidades a prazo de contribuições anuais para o FGD 147.476 142.567Sistema de Indemnização aos Investidores 9.600 13.120Operações a prazo 92.180 91.186Contratos a prazo de depósitos 348.845 159.838Outros 123.099 10.801

-------------- ---------------16.648.510 10.480.508======== ========

Depósito e guarda de valores 75.424.278 74.891.740 ======== ========

Os activos dados em garantia não estão disponíveis para livre utilização pelo Grupo nas suas operações, encontrando-se registados pelo valor nominal. Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 correspondem às seguintes situações:

2005 2004 Recursos consignados . KFW 918.000 11.250

. Banco Europeu de Desenvolvimento 802.500 587.500Banco de Portugal 315.666 309.554Royal Bank of Scotland 15.000 -Sistema de Indemnização aos Investidores (futuros) 4.450 4.450Rendas e alugueres 769 769

-------------- -----------2.056.385 913.523======== ======

Os activos dados em garantia correspondem a instrumentos de dívida, com excepção das garantias dadas ao Banco Europeu de Desenvolvimento, em que os activos incluem créditos concedidos pela Caixa no montante de 692.500 mEuros.

Adicionalmente, a CGD deu títulos em garantia no montante de 172.745 mEuros para fazer face aos compromissos com responsabilidades a prazo de contribuições anuais para o FGD e com o Sistema de Indemnização aos Investidores.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

O Fundo de Garantia de Depósitos (FGD) tem por objectivo garantir os depósitos dos clientes, de acordo com os limites estabelecidos no Regime Geral das Instituições de Crédito. Para este efeito, são efectuadas contribuições anuais regulares. Nos exercícios de 2005 e 2004, de acordo com a regulamentação aplicável, a contribuição anual para o FGD ascendeu a mEuros 14.878 emEuros 19.322, respectivamente. Parte destas responsabilidades, nos montantes de mEuros 4.909 e mEuros 9.747, respectivamente, foram assumidas através de um compromisso irrevogável de realização das referidas contribuições no momento em que o Fundo o solicite. Estes montantes não são relevados em custos. O valor total dos compromissos assumidos desde 1996 ascende a 147.476 mEuros e 142.567 mEuros, respectivamente.

Contingências do Banco Bandeirantes

No exercício de 2000, a Caixa adquiriu uma participação na Unibanco Holdings, S.A. e no Unibanco – União de Bancos Brasileiros (ambos identificados como “Unibanco”), tendo entregue em contrapartida as acções que detinha do Banco Bandeirantes, S.A. (Bandeirantes). Nos termos do Contrato de Associação celebrado, a Caixa assumiu a responsabilidade pelo pagamento de eventuais perdas resultantes de contingências do Bandeirantes, nomeadamente as relativas à liquidação do Banco Banorte, S.A. (Banorte), processos de natureza fiscal e outras. Adicionalmente, o contrato previa que o Unibanco poderia reclamar até Dezembro de 2006 contingências de natureza geral que não estivessem especificamente identificadas na data da transacção.

Até 31 de Dezembro de 2004 a CGD tinha efectuado pagamentos no montante de 26.045 milhares de reais (mEuros 8.453) relativos a estas situações, dos quais 2.333 milhares de reais (mEuros 639) no exercício de 2004.

Em 31 de Dezembro de 2004, a CGD tinha constituída uma provisão, por afectação de uma parcela da provisão para outros riscos e encargos, para fazer face à sua estimativa dos valores a pagar nos termos do Contrato de Associação celebrado com o Unibanco.

No exercício de 2005, a Caixa celebrou com o Unibanco um “Acordo de transacção e quitação”. Nos termos deste acordo a Caixa pagou 238.600 milhares de Reais (mEuros 76.096), tendo utilizado a provisão constituída para outros riscos e encargos pelo referido montante. Em contrapartida, as partes acordaram a quitação integral e irrevogável de todas as obrigações e responsabilidades assumidas no âmbito do Contrato de Associação acima referido, com excepção de contingências relacionadas com determinados processos de natureza fiscal contra o Bandeirantes.

Relativamente a estas contingências fiscais, tendo em consideração a evolução que tem sido registada nos respectivos processos, existindo inclusivamente decisões favoráveis ao Bandeirantes, o Conselho de Administração classifica como remota a probabilidade de a Caixa vir a efectuar quaisquer pagamentos relativos a estas contingências, não tendo constituído provisões para o efeito.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

24. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004

CGD Finance - € 400.000.000 6.25 percent Notes due 2009 400.000 400.000CGD Finance - € 10.000.000 Floating Rate Subordinated Notes due 2010 10.000 10.000CGD Finance - € 200.000.000 Floating Rate Subordinated Notes due 2011 121.540 125.000CGD Finance - € 110.000.000 Floating Rate Undated Subordinated Notes 110.000 110.000CGD (Sucursal de França) - € 110.000.000 Floating Rate Undated Subordinated Notes 110.000 110.000CGD (Sucursal de França) - € 250.000.000 Floating Rate Subordinated Notes 250.000 -CGD (Sucursal de França) - € 21.000.000 Floating Rate Subordinated Notes 21.000 -Obrigações de Caixa Subordinadas - Renda Mais 2001/2011 – 1ª emissão 100.000 99.903Obrigações de Caixa Subordinadas - Renda Mais 2001/2011 – 2ª emissão 173.368 173.368Obrigações de Caixa Subordinadas - Renda Mais 2002/2012 150.000 150.000Obrigações de Caixa Subordinadas - Renda Mais 2005/2015 104.890 -Obrigações de Caixa BNU Subordinadas/97 49.862 49.862Obrigações de Caixa BNU Subordinadas/98 49.880 49.880Empréstimo Schuldschein “Caja Madrid” 42.383 -CGD Finance - € 205.000.000 Floating Rate Subordinated Notes due 2010 - 205.000Obrigações de Caixa Subordinadas - Renda Mais 2000/2010 - 119.131

------------- ------------- 1.692.923 1.602.144 ------------- -------------

Juros a pagar 10.184 6.208Despesas com encargo diferido ( 809 ) -

------------- -------------1.702.298 1.608.352======== =======

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

25. OUTROS PASSIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004 Credores:

Recursos consignados 2.525.299 1.537.230Fornecedores de bens de locação financeira 40.513 21.015 Outros fornecedores 91.900 83.315 Recursos – conta caução 30.141 30.202 Recursos – conta subscrição 11.273 -Recursos – conta cativa 3.103 715

Credores diversos:Pela aquisição da Império Bonança (Nota 3) 87.961 360.073Caixa Geral de Aposentações 156.510 31.147Credores por cedência de factoring 48.123 43.284 Credores por operações sobre valores mobiliários 9.818 3.303 Credores por operações sobre futuros 632 472Credores por seguro directo e resseguro 118.493 -Outros 580.916 399.508

Outras exigibilidades:Notas em circulação - Macau (Nota 19) 187.774 127.801Retenção de impostos na fonte 55.086 53.541 Contribuições para a Segurança Social 13.428 13.093 Outros impostos a pagar 13.234 12.188Cobranças por conta de terceiros 3.515 3.158 Outros 30.449 16.096

Despesas com encargo diferido:Credores e outros recursos ( 25 ) ( 636 )

Encargos a pagar:Juros e encargos similares 12.619 13.893Gastos com pessoal

Prémio de antiguidade – CGD (Nota 36) 44.375 45.514 Outros 132.198 113.371

Gastos gerais administrativos 10.071 9.070Outros encargos a pagar 52.672 24.319

Receitas com rendimento diferido: Comissões e taxas cobradas na originação de contratos de crédito 103.564 -Outras 26.876 15.238

Operações passivas a regularizar 466.478 493.536Operações de Bolsa - 14.767

-------------- --------------4.856.996 3.465.213======== ========

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, os encargos a pagar de gastos com pessoal incluem 26.744 mEuros e 26.500 mEuros, respectivamente, relativos a prémios de produtividade e bónus a pagar a empregados da CGD.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Em 31 de Dezembro de 2005, as condições dos “Recursos consignados” podem ser resumidas da seguinte forma:

Saldo Saldo em Data Data deDenominação Contraparte contratado 31.12.2005 de início vencimento

Operações realizadas pela CGDKFW900 KFW - Kredeitanslt Fur Wiederaufbau 900.000 900.000 12-12-2005 25-09-2015KFW 300 MIO KFW - Kredeitanslt Fur Wiederaufbau 300.000 300.000 07-04-2004 17-03-2014Infraestruturas Municipais I KFW - Kredeitanslt Fur Wiederaufbau 250.000 250.000 22-11-2004 22-11-2013CGD - Empréstimo Global XII Banco Europeu de Investimento 200.000 200.000 19-11-2004 15-09-2024CGD Empréstimo Global XI Banco Europeu de Investimento 200.000 200.000 25-06-2003 15-06-2023CGD Empréstimo Global X Banco Europeu de Investimento 200.000 200.000 21-11-2002 15-09-2022CGD Reabilitação Urbana Banco Europeu de Investimento 150.000 150.000 11-12-2003 15-09-2012CGD/BNU Global Loan IX Banco Europeu de Investimento 150.000 150.000 27-10-2000 15-12-2023CEB Pré-Escolar CEB - Council of Europe Development Bank 100.000 100.000 11-12-2002 15-09-2024CEB - Serra dos Candeiros CEB - Council of Europe Development Bank 30.161 28.150 19-11-2004 25-11-2019Projecto Municipal Infra EG - III Banco Europeu de Investimento 27.434 15.942 18-04-1995 15-09-2012Projecto Municipal Infra EG - III - B Banco Europeu de Investimento 27.434 10.448 14-11-1997 15-09-2010CEB Pré-Escolar CEB - Council of Europe Development Bank 10.475 6.376 07-04-2005 25-10-2012CGD Reabilitação Urbana Banco Europeu de Investimento 12.470 5.769 19-12-1996 15-06-2011Infraestruturas Municipais II KFW - Kredeitanslt Fur Wiederaufbau 7.669 2.300 30-01-1991 31-12-2010

Operações realizadas pelo BCI Moçambique 5.183

Outros 1.131

2.525.299

Em 31 de Dezembro de 2005, os recursos consignados da CGD eram remunerados à taxa de juro média anual de 2,37%.

26. CAPITAL

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o capital da CGD é integralmente detido pelo Estado Português, estando representado por 590.000.000 de acções de valor nominal de cinco Euros cada.

No exercício de 2004, como resultado da deliberação unânime da Assembleia Geral de 16 de Dezembro de 2004, foi efectuado um aumento de capital da CGD no montante de mEuros 500.000, através da emissão de 100.000.000 de acções de valor nominal de 5 Euros cada e com um prémio de emissão de 3 Euros por acção. Este aumento de capital foi realizado através da entrega de 179.372.198 acções da EDP – Energias de Portugal, S.A. (EDP) correspondentes a 4,91% do capital desta empresa, valorizadas a 2,23 Euros cada, correspondente à cotação de fecho das acções da EDP na Euronext Lisboa em 13 de Dezembro de 2004, num total de mEuros 400.000 (Nota 8). O remanescente, no montante de mEuros 400.000, foi realizado em dinheiro.

Na Assembleia Geral realizada em Abril de 2004, foi deliberada a distribuição ao accionista Estado de dividendos relativos ao resultado de 2003 no montante de 320.380 mEuros, o que correspondeu a um dividendo de 0,65 Euros por acção.

No exercício de 2005, não foram distribuídos pela Caixa dividendos relativos aos resultados do ano anterior. Na Assembleia Geral realizada em 17 de Junho de 2005 foi deliberada a utilização dos prémios de emissão, no montante de 300.000 mEuros, e de parte da reserva legal, no montante de 538.933 mEuros, para cobertura de resultados transitados negativos.

No exercício de 2004, o número médio de acções emitidas considerado para o cálculo do resultado por acção ascende a 494.109.589, tendo sido apurado com base na quantidade de acções subscritas ponderada pelo número de dias antes e após o aumento de capital.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

27. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS E LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

2005 2004

Prémios de emissão - 300.000----------- -----------

Reserva de justo valor, líquida de impostos diferidos 565.467 125.835----------- -----------

Outras reservas e resultados transitados . Reserva legal - CGD 397.097 878.945. Outras reservas ( 464.847 ) ( 258.018 )

. Resultados transitados ( 346.719 ) ( 1.199.159 )----------- -----------

( 414.469 ) ( 578.232 ) ----------- -----------

Lucro do exercício atribuível ao accionista da CGD 537.667 222.909----------- -----------688.665 70.512====== ======

Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B,nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias. No exercício de 2005, os prémios de emissão foram integralmente utilizados para regularização de resultados transitados negativos.

De acordo com os estatutos da CGD, é transferido para a reserva legal um mínimo de 20% do resultado líquido de cada ano. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

As “Outras reservas” incluem as reservas legais da CGD, no montante de 397.097 mEuros em 31 de Dezembro de 2005, e as reservas legais, livres e de reavaliação legal das suas subsidiárias e associadas. As reservas de reavaliação legal só podem ser utilizadas para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. No caso da CGD, as reservas não distribuíveis por este motivo ascendem a 241.027 mEuros em 31 de Dezembro de 2005, e foram constituídas ao abrigo da seguinte legislação:

Imobilizações corpóreas:Decreto-Lei nº 219/82, de 2 de Junho 32.423Decreto-Lei nº 399 - G/84, de 28 de Dezembro 25.394Decreto-Lei nº 118 - B/86, de 27 de Maio 32.200Decreto-Lei nº 111/88, de 2 de Abril 21.423Decreto-Lei nº 49/91, de 25 de Janeiro 57.781Decreto-Lei nº 264/92, de 24 de Novembro 55.203Decreto-Lei nº 31/98, de 11 de Fevereiro 76.032

Imobilizações financeiras 723-----------301.179

Regularização por contrapartida de resultados transitados ( 60.152 ) -----------241.027======

No exercício de 2005, a Caixa transferiu para “Resultados transitados” mEuros 60.152 relativos à parcela das reavaliações positivas que já tinha sido realizada através de amortizações.

A “Reserva de justo valor” reflecte as mais e menos-valias potenciais em activos financeiros disponíveis para venda, líquidas do correspondente efeito fiscal.

A reserva de conversão cambial que reflecte o efeito da conversão cambial das demonstrações financeiras de filiais expressas em moeda estrangeira, está incluída nas “Outras reservas”.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

O resultado consolidado da CGD, foi determinado da seguinte forma:

2005 2004Caixa Geral de Depósitos, S.A.Caixa Geral de Depósitos e Sucursal Financeira Internacional 333.685 87.049Sucursal de França 4.320 4.228Sucursal Financeira Exterior da Madeira 3.376 6.051Sucursal de Timor 3.048 2.576Sucursal de Nova Iorque 2.195 4.470Sucursal de Londres 2.115 15.577Sucursal de Cayman 1.921 3.844Sucursal do Luxemburgo 829 1.735Sucursal do Zhuhai 139 5Sucursal do Mónaco 132 47

------------ ---------- 351.760 125.582

Dividendos recebidos pela CGD ( 18.332 ) ( 17.977 ) Anulação de mais e menos-valias na venda de participações ( 169.618 ) 784

----------- ----------- (A) 163.810 108.389

----------- ----------- Contribuição para o resultado das filiais:Caixa – Brasil, SGPS, S.A. 160.054 12.076Caixa Seguros, SGPS, S.A.(a) 118.440 67.188Banco Siméon, S.A. (a) ( 31.077 ) ( 11.629 ) Caixa – Banco de Investimento, S.A. (a) 24.909 22.157Banco Nacional Ultramarino, S.A. (Macau) 20.720 8.030Caixa Leasing e Factoring – IFIC, S.A. 14.834 13.125Mercantile Bank Holdings, Ltd. 7.753 ( 23.539 ) Fundo de Capital de Risco para Investidores Qualificados – Grupo CGD 4.256 ( 5.418 ) Caixagest - Técnicas de Gestão de Fundos, S.A. 4.085 2.397Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L. 3.422 1.402Fundimo - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. 3.201 2.166Banco Comercial do Atlântico, S.A. 1.858 1.026Esegur – Empresa de Segurança, S.A. 1.594 1.861Caixaweb, SGPS, S.A. ( 1.171 ) ( 1.734 )Nostrum Mortgages Plc 1.034 4.535Caixa Crédito – Sociedade Financeira para Aquisições a Crédito, S.A. 984 1.311Imocaixa – Gestão Imobiliária, S.A. 333 1.138Caixa - Gestão de Activos, SGPS, S.A. 39 723Caixa Participações, SGPS, S.A. ( 12 ) ( 105 )

Outras 2.377 ( 1.489 ) ---------- ---------

(B) 337.633 95.221---------- ---------

Contribuição para o resultado das empresas associadas:REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A. 21.993 13.860ADP - Águas de Portugal, S.A. 2.700 2.445SIBS – Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. 1.432 2.397

Outras ( 1.076 ) 1.346--------- ---------

(C) 25.049 20.048 --------- ---------

Ajustamentos ao resultado líquido do Grupo:Anulações de constituições e reposições de provisões relativas

a participações, efectuadas nas contas individuais ( 3.029 ) ( 8.289 ) Outros 14.204 7.540

---------- ----------- (D) 11.175 ( 749 )

----------- ----------- Resultado consolidado atribuível ao accionista da CGD (A+B+C+D) 537.667 222.909

====== ======(a) Dados retirados das Demonstrações Financeiras Consolidadas

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

O resultado da Caixa – Brasil resulta essencialmente da mais-valia realizada na venda da participação no Unibanco e Unibanco Holdings (Nota 8).

28. INTERESSES MINORITÁRIOS

O valor das participações de terceiros em filiais tem a seguinte distribuição por entidade:

2005 2004

Caixa Geral Finance 600.094 253.811Inbepor – Investimentos e Bebidas, SGPS, S.A. (Nota 3) 24.714 -Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L. 20.024 21.258Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Saudeinvest 15.519 -Mercantile Bank Holdings, Ltd. 6.100 5.160Banco Comercial do Atlântico, S.A.R.L. 5.143 3.741FIQ Grupo CGD – Caixa Capital 5.133 4.100FIQ PME – Caixa Capital 4.262 4.312Banco Interatlântico, S.A.R.L. 1.594 1.485A Promotora – Sociedade de Capital de Risco, S.A.R.L. 1.189 1.326Banco Siméon, S.A. 977 623Caixa - Banco de Investimento, S.A. 729 748Garantia – Companhia de Seguros de Cabo Verde, S.A.R.L.. 719 604Caixanet, Telemática e Comunicações, S.A. 344 330

Outras 24 23 ----------- ----------- 686.565 297.521 ====== ======

A Caixa Geral Finance é uma sociedade com sede nas Ilhas Cayman com um capital social de 1.000 Euros. Em 28 de Junho de 2004, esta sociedade procedeu à emissão de acções preferenciais sem direito de voto no montante de 250.000 mEuros. Caso seja decidida a distribuição de dividendos, é pago trimestralmente um dividendo aos titulares destas acções, equivalente a uma remuneração anual correspondente à taxa Euribor a 3 meses acrescida de 0,8% até 28 de Junho de 2014 e de 1,8% a partir desta data. A Caixa Geral Finance pode proceder ao reembolso, parcial ou total, das acções preferenciais a partir de 28 de Junho de 2014 ao preço de 1.000 Euros por acção (valor nominal), acrescido do dividendo mensualizado desde o último pagamento efectuado.

Em 30 de Setembro de 2005, a Caixa Geral Finance procedeu à emissão de acções preferenciais sem direito de voto no montante de 350.000 mEuros. Caso seja decidida a distribuição de dividendos, é pago trimestralmente um dividendo aos titulares destas acções, equivalente a uma remuneração anual correspondente à taxa Euribor a 3 meses acrescida de 0,77% até 30 de Setembro de 2015 e de 1,77% a partir desta data. A Caixa Geral Finance pode proceder ao reembolso, parcial ou total, das acções preferenciais a partir de 30 de Setembro de 2015 ao preço de 50 Euros por acção (valor nominal), acrescido do dividendo mensualizado desde o último pagamento efectuado.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

A parcela do lucro consolidado atribuível a accionistas minoritários em 2005 e 2004 apresenta o seguinte detalhe:

2005 2004

Caixa Geral Finance 10.067 3.811Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L. 4.658 3.018Banco Comercial do Atlântico, S.A.R.L. 1.231 740Mercantile Bank Holdings, Ltd. 711 ( 2.159 ) Outros 449 ( 332 )

--------- -------- 17.116 5.078 ===== ====

29. JUROS E RENDIMENTOS E JUROS E ENCARGOS SIMILARES

Estas rubricas têm a seguinte composição:

2005 2004Juros e rendimentos similares:Juros de aplicações em instituições de crédito no País 19.874 29.497Juros de aplicações em instituições de crédito no estrangeiro 188.947 184.764Juros de crédito interno 1.647.878 1.609.233Juros de crédito ao exterior 139.253 98.270Juros de crédito vencido 44.873 38.614Juros de activos financeiros detidos para negociação

Derivados 508.761 207.849 Títulos 133.229 131.387 Outros 1.224 -

Juros de activos financeiros ao justovalor através de resultados 76.730 118.440

Juros de activos financeiros disponíveis para venda 105.294 173.304Juros de derivados de cobertura 142.494 124.356Juros de investimentos a deter até à maturidade 4 661Juros de devedores e outras aplicações 9.972 8.027Juros de disponibilidades 23.375 21.674Outros juros e rendimentos similares 14.762 16.711Comissões recebidas associadas ao custo amortizado 58.468 53.885

Outros 162.751 20.431-------------- --------------3.277.889 2.837.103======== ========

89

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

2005 2004

Juros e encargos similares:Juros de depósitos

Do sector público administrativo 40.884 33.992De outros residentes 409.594 442.207De emigrantes 57.960 75.329 De outros não residentes 85.072 49.885Produtos de taxa fixa – seguros 48.352 74.857Outros 2.041 2.850

Juros de recursos de instituições de crédito no estrangeiro 94.857 79.580Juros de recursos de instituições de crédito no País 20.019 30.084Juros de swaps 541.180 165.886Juros de outros passivos de negociação 5.186 -Juros de responsabilidades representadas por títulos sem carácter subordinado 334.306 323.940Juros de derivados de cobertura 117.642 80.365Juros de passivos subordinados 60.291 58.520Outros juros e encargos similares 53.332 52.158Comissões pagas associadas ao custo amortizado 4.247 -Outros 37.497 21.814

------------- --------------1.912.460 1.491.467======= ========

30. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004

EDP - Energias de Portugal, S.A. 32.720 12.826Unibanco e Unibanco Holdings 18.547 12.232Portugal Telecom, SGPS, S.A. 18.097 11.375Banco Comercial Português, S.A. 5.755 14.217PT Multimédia, SGPS, S.A. 1.005 912GALP Energia, SGPS, S.A. - 12.554

Outros 12.909 8.130---------- ---------89.033 72.246===== =====

90

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31. RENDIMENTOS E ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Estas rubricas têm a seguinte composição:

2005 2004Rendimentos de serviços e comissões

Por serviços prestados 309.138 267.102Por garantias prestadas 36.290 36.217 Por operações realizadas por conta de terceiros 12.178 10.291Por compromissos assumidos perante terceiros 4.574 11.031Por operações sobre instrumentos financeiros 28 1.725Outros 30.782 48.381

----------- -----------392.990 374.747====== ======

Encargos com serviços e comissões

Por serviços bancários prestados por terceiros 63.495 52.728Por operações realizadas por terceiros 4.489 11.071Por operações sobre instrumentos financeiros 2.636 1.468Por garantias recebidas 158 176 Por compromissos assumidos por terceiros 48 7

Outros 2.724 9.460--------- ---------73.550 74.910===== =====

91

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32. RESULTADOS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS

Estas rubricas têm a seguinte composição:

2005 2004Resultados cambiais Reavaliação da posição cambial ( 179.165 ) 25.770

---------- ---------Resultados em activos e passivos financeiros detidos para negociação

Em títulos:Instrumentos de dívida 28.212 77.885Instrumentos de capital 15.292 3.549Outros instrumentos 12.198 -

--------- ----------55.702 81.434--------- ----------

Em derivados:Divisas 241.988 ( 9.602 ) Taxa de juro ( 113.797 ) ( 43.184 ) Cotações ( 16.322 ) ( 16.086 ) Eventos de crédito ( 109 ) -Outros 5.003 -

---------- -----------116.763 ( 68.872 )---------- ---------172.465 12.562---------- --------

Resultados em outros activos financeiros ao justo valoratravés de resultados

Instrumentos de dívida ( 42.810 ) 2.381Instrumentos de capital 4.296 2.400Outros títulos 20.899 ( 6.246 )

--------- --------( 17.615 ) ( 1.465 )

--------- --------Resultados em activos financeiros disponíveis para venda

Instrumentos de dívida 4.927 8.766--------- --------

Instrumentos de capital (Nota 8) Unibanco e Unibanco Holdings 183.923 -BCP 8.443 ( 2.200 ) EDP 8.969 -Fespect – Serviços de Consultoria, S.A. 5.652 -Outros 9.653 7.253

----------- ---------216.640 5.053

Outros títulos - 1.904----------- ----------221.567 15.723----------- ----------

Resultados em operações de coberturaSwaps de taxa de juro 58.201 ( 93.389 ) Futuros e outras operações a prazo ( 2.845 ) -Correcções de valor em activos e passivos cobertos 52.867 -

----------- ----------108.223 ( 93.389 )---------- ----------

Outros ( 8.257 ) ( 12 )----------- ----------297.218 ( 40.811 ) ====== =====

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

O Grupo regista em “Resultados em operações de cobertura” ganhos e perdas relativos a operações que, embora contratadas com o objectivo de cobertura, não fazem parte de relações de cobertura no âmbito do IAS 39.

33. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Estas rubricas têm a seguinte composição:

2005 2004

Outros rendimentos de exploração

Prestação de serviços diversos 43.483 57.487Reembolso de despesas 7.499 8.578Ganhos em filiais e associadas 625 4.017Rendas de locação operacional 6.756 10.383Ganhos em activos não financeiros:

Activos não correntes detidos para venda 7.053 3.273Outros activos tangíveis 4.455 7.862Propriedades de investimento 2.657 956Activos em locação financeira 248 3.312Outros activos não financeiros 850 134

Cedência de pessoal à Caixa Geral de Aposentações e a outras entidades 6.129 8.956Venda de cheques 18.003 19.590Outros 11.161 76.446

----------- -----------108.919 200.994----------- -----------

Outros encargos de exploração

Donativos e quotizações 6.648 5.861Perdas em filiais e associadas - 655Perdas em activos não financeiros:

Activos não correntes detidos para venda 983 -Outras propriedades de investimento 500 1.996Activos em locação financeira 48 576Outros activos tangíveis 561 2.915

Outros impostos 16.082 15.537 Multas e penalidades 1.756 -Contribuições para o Fundo de Garantia de Depósitos 10.893 10.632Outros 29.821 81.988

---------- -----------67.292 120.160

---------- ---------41.627 80.834

====== =====

No exercício de 2004, as rubricas “Ganhos em filiais e associadas” e “Perdas em filiais e associadas” incluem 1.076 mEuros e 302 mEuros, respectivamente, relativos à alienação das filiais Lusogest e Lusopensiones (Nota 3).

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34. MARGEM TÉCNICA DA ACTIVIDADE DE SEGUROS

34.1 PRÉMIOS, LÍQUIDOS DE RESSEGURO

Nos exercícios de 2005 e 2004, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2005 2004

Caixa SegurosSeguro directo e Resseguro aceite . Prémios brutos emitidos

. Ramo Vida 998.444 864.741

. Ramos não vida 1.628.329 1.012.091Prémios de Resseguro cedido ( 255.314 ) ( 141.234 )

------------- --------------2.371.459 1.735.598

Outros 4.767 --------------- --------------2.376.226 1.735.598======== ========

94

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Os prémios adquiridos, líquidos de resseguro emitidos pela Caixa Seguros apresentam o seguinte detalhe:

Seguro directo e Resseguro Seguro directo e Resseguroresseguro aceite cedido Líquido resseguro aceite cedido Líquido

Ramo Vida:

- De contratos de seguro

. Sem participação nos resultados 90.579 (11.666) 78.913 79.087 (22.622) 56.465

. Com participação nos resultados 48.213 (2.480) 45.733 65.780 (1.268) 64.512

- De contratos de investimento com

participação discricionária nos resultados 859.652 (3.528) 856.124 719.874 13.302 733.176998.444 (17.674) 980.770 864.741 (10.588) 854.153

Ramos não vida:

Prémios brutos emitidos -

Acidentes de trabalho 264.599 (1.054) 263.545 157.029 (443) 156.586

Acidentes pessoais e Pessoas Transportadas 50.007 (13.563) 36.444 36.552 (9.378) 27.174

Doença 140.860 (7.331) 133.529 71.070 (385) 70.685

Incêndio e Outros Danos 290.903 (152.419) 138.484 169.497 (86.803) 82.694

Automóvel 734.518 (1.013) 733.505 497.584 (1.505) 496.079

Marítimo, Aéreo e Transportes 43.964 (36.375) 7.589 13.016 (8.753) 4.263

Responsabilidade Civil Geral 37.172 (15.032) 22.140 27.321 (12.799) 14.522

Crédito e Cauções 17.132 (10.495) 6.637 12.082 (7.515) 4.567

Protecção Jurídica 12.848 - 12.848 4.184 (230) 3.954

Assistência 36.322 (358) 35.964 23.756 (2.835) 20.921

Diversos 4 - 4 - - -1.628.329 (237.640) 1.390.689 1.012.091 (130.646) 881.445

Total de prémios, líquidos de resseguro 2.626.773 (255.314) 2.371.459 1.876.832 (141.234) 1.735.598

Variação da provisão para prémios não adquiridos

Acidentes de trabalho 112 6 118 550 (23) 527

Acidentes pessoais e Pessoas Transportadas 4.446 764 5.210 1.101 422 1.523

Doença (2.110) (1.156) (3.266) (221) 64 (157)

Incêndio e Outros Danos 437 (2.022) (1.585) (4.445) 1.705 (2.740)

Automóvel 9.274 139 9.413 13.429 2.938 16.367

Marítimo, Aéreo e Transportes 393 (565) (172) 844 (979) (135)

Responsabilidade Civil Geral 2.413 (2.016) 397 (1.968) 987 (981)

Crédito e Cauções (104) 374 270 (820) 747 (73)

Protecção Jurídica (582) (21) (603) (477) 27 (450)

Assistência (1.603) 225 (1.378) 684 248 932

Diversos (231) (2.331) (2.562) - - -12.445 (6.603) 5.842 8.677 6.136 14.813

Prémios adquiridos:

Acidentes de trabalho 264.711 (1.048) 263.663 157.579 (466) 157.113

Acidentes pessoais e Pessoas Transportadas 54.453 (12.799) 41.654 37.653 (8.956) 28.697

Doença 138.749 (8.487) 130.262 70.849 (321) 70.528

Incêndio e Outros Danos 290.438 (154.441) 135.997 165.052 (85.098) 79.954

Automóvel 743.792 (874) 742.918 511.013 1.433 512.446

Marítimo, Aéreo e Transportes 44.357 (36.940) 7.417 13.860 (9.732) 4.128

Responsabilidade Civil Geral 39.584 (17.048) 22.536 25.353 (11.812) 13.541

Crédito e Cauções 17.005 (10.121) 6.884 11.262 (6.768) 4.494

Protecção Jurídica 12.266 (21) 12.245 3.707 (203) 3.504

Assistência 34.720 (133) 34.587 24.440 (2.587) 21.853

Diversos 4 (2.331) (2.327) - - -1.640.079 (244.243) 1.395.836 1.020.768 (124.510) 896.258

Total 2.638.523 (261.917) 2.376.606 1.885.509 (135.098) 1.750.411

2005 2004

A variação da provisão para prémios não adquiridos encontra-se reflectida em “Custos com sinistros – variação de outras provisões técnicas” (Nota 34.3).

95

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34.2 RESULTADOS EM INVESTIMENTOS AFECTOS A CONTRATOS DE SEGUROS

Nos exercícios de 2005 e 2004, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2005 2004Ramo Ramos Ramo RamosVida Não Vida Total Vida Não Vida Total

Juros 79.990 50.809 130.799 113.291 26.930 140.221Dividendos 14.072 7.419 21.491 7.098 3.025 10.123Ganhos realizados, líquidos 77.437 3.296 80.733 32.219 (7.234) 24.985Ganhos não realizados, líquidos - 616 616 - - -Outros 2.155 10.158 12.313 4.279 19.526 23.805

173.654 72.298 245.952 156.887 42.247 199.134

34.3 CUSTOS COM SINISTROS, LÍQUIDOS DE RESSEGURO

Nos exercícios de 2005 e 2004, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2005 2004Ramo Ramos Ramo RamosVida Não Vida Total Vida Não Vida Total

Caixa Seguros

Seguro directo e resseguro aceiteSinistros pagos 476.341 803.780 1.280.121 877.649 556.274 1.433.923Variação da provisão para sinistros 26.974 110.750 137.724 (431.122) 92.483 (338.639)

503.315 914.530 1.417.845 446.527 648.757 1.095.284

Provisão para participação nos resultados 31.616 162 31.778 17.666 116 17.782Variação das outras provisões técnicas 582.662 (17.110) 565.552 453.884 (11.479) 442.405

1.117.593 897.582 2.015.175 918.077 637.394 1.555.471

Saldo de resseguro cedido (16.153) (46.176) (62.329) (8.254) (66.049) (74.303)

Sub-total Caixa Seguros 1.101.440 851.406 1.952.846 909.823 571.345 1.481.168

Outros - 2.643 2.643 - 1.021 1.021

1.101.440 854.049 1.955.489 909.823 572.366 1.482.189

96

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Os custos com sinistros dos ramos não vida da Caixa Seguros apresentam o seguinte detalhe por ramo:

Variação Variação dasSinistros da provisão outras provisões Participaçãopagos para sinistros Sub-total técnicas nos resultados Total

Seguro directo e resseguro aceite:Acidentes de trabalho 128.423 36.463 164.886 (112) - 164.774Acidentes pessoais e Pessoas Transportadas 9.988 4.036 14.024 (4.300) 54 9.778Doença 95.825 2.563 98.388 (1.141) 100 97.347Incêndio e Outros Danos 86.887 (845) 86.042 (1.071) - 84.971Automóvel 427.691 54.513 482.204 (9.085) 7 473.126Marítimo, Aéreo e Transportes 12.837 4.715 17.552 (1.031) - 16.521Responsabilidade Civil Geral 15.788 9.785 25.573 (996) - 24.577Crédito e Cauções 148 (565) (417) (1.727) - (2.144)Protecção Jurídica 765 377 1.142 576 - 1.718Assistência 21.794 585 22.379 1.232 - 23.611Diversos 3.634 (877) 2.757 545 1 3.303

803.780 110.750 914.530 (17.110) 162 897.582

Resseguro cedido:Acidentes de trabalho (1.094) (679) (1.773) (6) - (1.779)Acidentes pessoais e Pessoas Transportadas (1.930) (2.000) (3.930) (764) - (4.694)Doença (9.370) 9.227 (143) 1.751 - 1.608Incêndio e Outros Danos (35.936) 17.015 (18.921) 2.022 - (16.899)Automóvel (5.773) 335 (5.438) 4.144 - (1.294)Marítimo, Aéreo e Transportes (9.562) (2.153) (11.715) 565 - (11.150)Responsabilidade Civil Geral (8.324) (2.281) (10.605) 2.016 - (8.589)Crédito e Cauções (49) 533 484 29 - 513Protecção Jurídica 1 (213) (212) (716) - (928)Assistência - - - (2.339) - (2.339)Diversos (1.453) 333 (1.120) 495 - (625)

(73.490) 20.117 (53.373) 7.197 - (46.176)

Líquido:Acidentes de trabalho 127.329 35.784 163.113 (118) - 162.995Acidentes pessoais e Pessoas Transportadas 8.058 2.036 10.094 (5.064) 54 5.084Doença 86.455 11.790 98.245 610 100 98.955Incêndio e Outros Danos 50.951 16.170 67.121 951 - 68.072Automóvel 421.918 54.848 476.766 (4.941) 7 471.832Marítimo, Aéreo e Transportes 3.275 2.562 5.837 (466) - 5.371Responsabilidade Civil Geral 7.464 7.504 14.968 1.020 - 15.988Crédito e Cauções 99 (32) 67 (1.698) - (1.631)Protecção Jurídica 766 164 930 (140) - 790Assistência 21.794 585 22.379 (1.107) - 21.272Diversos 2.181 (544) 1.637 1.040 1 2.678

730.290 130.867 861.157 (9.913) 162 851.406

2005

97

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Variação Variação dasSinistros da provisão outras provisões Participação

pagos para sinistros Sub-total técnicas nos resultados Total

Seguro directo e resseguro aceite:Acidentes de trabalho 93.828 12.086 105.914 (550) - 105.364Acidentes pessoais e Pessoas Transportadas 9.965 (523) 9.442 (1.101) - 8.341Doença 48.718 1.292 50.010 (414) - 49.596Incêndio e Outros Danos 43.657 7.689 51.346 228 - 51.574Automóvel 325.903 60.849 386.752 (10.090) 116 376.778Marítimo, Aéreo e Transportes 3.798 (562) 3.236 (1.061) - 2.175Responsabilidade Civil Geral 11.582 10.622 22.204 1.187 - 23.391Crédito e Cauções 37 (285) (248) (155) - (403)Protecção Jurídica 665 1.039 1.704 483 - 2.187Assistência 14.679 1.616 16.295 (696) - 15.599Diversos 3.442 (1.340) 2.102 690 - 2.792

556.274 92.483 648.757 (11.479) 116 637.394

Resseguro cedido:Acidentes de trabalho (193) (528) (721) 23 - (698)Acidentes pessoais e Pessoas Transportadas (3.385) 53 (3.332) (422) - (3.754)Doença - - - (64) - (64)Incêndio e Outros Danos (19.219) (10.272) (29.491) (1.705) - (31.196)Automóvel (3.120) (4.495) (7.615) (2.938) - (10.553)Marítimo, Aéreo e Transportes (2.423) 867 (1.556) 979 - (577)Responsabilidade Civil Geral (6.727) (9.437) (16.164) (987) - (17.151)Crédito e Cauções (58) 144 86 4 - 90Protecção Jurídica - - - (27) - (27)Assistência - - - (248) - (248)Diversos (2.099) 980 (1.119) (752) - (1.871)

(37.224) (22.688) (59.912) (6.137) - (66.049)

Líquido:Acidentes de trabalho 93.635 11.558 105.193 (527) - 104.666Acidentes pessoais e Pessoas Transportadas 6.580 (470) 6.110 (1.523) - 4.587Doença 48.718 1.292 50.010 (478) - 49.532Incêndio e Outros Danos 24.438 (2.583) 21.855 (1.477) - 20.378Automóvel 322.783 56.354 379.137 (13.028) 116 366.225Marítimo, Aéreo e Transportes 1.375 305 1.680 (82) - 1.598Responsabilidade Civil Geral 4.855 1.185 6.040 200 - 6.240Crédito e Cauções (21) (141) (162) (151) - (313)Protecção Jurídica 665 1.039 1.704 456 - 2.160Assistência 14.679 1.616 16.295 (944) - 15.351Diversos 1.343 (360) 983 (62) - 921

519.050 69.795 588.845 (17.616) 116 571.345

2004

98

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

O desenvolvimento dos custos com sinistros para os ramos de negócio em que existe incerteza sobre o montante e o momento dos pagamentos a efectuar, e quando essa incerteza não é normalmente eliminada no prazo de um ano é o que se apresenta nos quadros seguintes:

Ramo: Acidentes de TrabalhoValores

acumulados ANO DO SINISTRO

Anocontabilístico 2001 2002 2003 2004 2005 Total

2001 161.384 161.3842002 189.831 130.420 320.2512003 199.621 142.655 142.469 484.7452004 201.435 153.668 143.255 182.519 680.8772005 207.368 161.276 155.076 167.619 172.376 863.715

Total 207.368 161.276 155.076 167.619 172.376 863.715

Pagamentos Cumulativos realizados até à data

149.767 136.747 138.645 125.164 70.199 620.522

Responsabilidades reconhecidas no balanço (Provisão para sinistros de seguro directo)

57.601 24.529 16.431 42.455 102.177 243.193

Provisão para sinistros de anos anteriores a 2001 391.921

Provisão total 635.114

Ramo: Incêndio e Outros Danos em CoisasValores

acumulados ANO DO SINISTRO

Anocontabilístico 2001 2002 2003 2004 2005 Total

2001 145.524 145.5242002 148.552 80.450 229.0022003 148.756 85.868 82.113 316.7372004 146.306 87.491 82.036 111.921 427.7542005 145.862 87.737 85.556 112.070 94.631 525.856

Total 145.862 87.737 85.556 112.070 94.631 525.856

Pagamentos cumulativos realizados até à data

134.209 82.019 75.608 92.585 42.157 426.578

Responsabilidades reconhecidas no balanço (Provisão para sinistros de seguro directo)

11.653 5.718 9.948 19.485 52.474 99.278

Provisão para sinistros de anos anteriores a 2001 43.475

Provisão total 142.753

99

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Ramo: AutomóvelValores

acumulados ANO DO SINISTRO

Anocontabilístico 2001 2002 2003 2004 2005 Total

2001 563.211 563.2112002 580.703 576.632 1.157.3352003 624.281 600.484 550.502 1.775.2672004 640.082 630.630 564.933 554.251 2.389.8962005 637.346 643.504 579.156 536.454 498.157 2.894.617

Total 637.346 643.504 579.156 536.454 498.157 2.894.617

Pagamentos cumulativos realizados até à data

555.718 535.038 466.498 395.272 248.445 2.200.971

Responsabilidades reconhecidas no balanço (Provisão para sinistros de seguro directo)

81.628 108.466 112.658 141.182 249.712 693.646

Provisão para sinistros de anos anteriores a 2001 293.402

Provisão total 987.048

Ramo: Marítimo e TransportesValores

acumulados ANO DO SINISTRO

Anocontabilístico 2001 2002 2003 2004 2005 Total

2001 4.336 4.3362002 4.840 4.371 9.2112003 4.927 4.168 2.546 11.6412004 4.729 3.290 2.439 2.514 12.9722005 4.650 3.385 2.527 2.739 3.810 17.111

Total 4.650 3.385 2.527 2.739 3.810 17.111

Pagamentos cumulativos realizados até à data

4.185 2.972 2.689 1.606 2.577 14.029

Responsabilidades reconhecidas no balanço (Provisão para sinistros de seguro directo)

465 413 (162) 1.133 1.233 3.082

Provisão para sinistros de anos anteriores a 2001 2.574

Provisão total 5.656

100

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Ramo: AéreoValores

acumulados ANO DO SINISTRO

Anocontabilístico 2001 2002 2003 2004 2005 Total

2001 1.080 1.0802002 1.269 686 1.9552003 1.316 719 607 2.6422004 1.216 672 1.111 3.117 6.1162005 1.065 667 4.379 2.735 2.506 11.352

Total 1.065 667 4.379 2.735 2.506 11.352

Pagamentos cumulativos realizados até à data

1.099 1.020 3.345 2.864 1.365 9.693

Responsabilidades reconhecidas no balanço (Provisão para sinistros de seguro directo)

(34) (353) 1.034 (129) 1.141 1.659

Provisão para sinistros de anos anteriores a 2001 13.565

Provisão total 15.224

Ramo: Mercadorias TransportadasValores

acumulados ANO DO SINISTRO

Anocontabilístico 2001 2002 2003 2004 2005 Total

2001 7.026 7.0262002 8.954 6.685 15.6392003 8.901 8.118 4.893 21.9122004 8.762 7.030 4.320 4.796 24.9082005 8.455 6.876 4.536 5.039 4.272 29.178

Total 8.455 6.876 4.536 5.039 4.272 29.178

Pagamentos cumulativos realizados até à data

7.999 6.782 4.777 3.790 2.056 25.404

Responsabilidades reconhecidas no balanço (Provisão para sinistros de seguro directo)

456 94 (241) 1.249 2.216 3.774

Provisão para sinistros de anos anteriores a 2001 3.925

Provisão total 7.699

101

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Ramo: Responsabilidade CivilValores

acumulados ANO DO SINISTRO

Anocontabilístico 2001 2002 2003 2004 2005 Total

2001 13.397 13.3972002 15.961 12.802 28.7632003 18.674 19.174 11.948 49.7962004 21.878 17.817 28.066 13.042 80.8032005 22.198 19.145 32.492 16.643 13.576 104.054

Total 22.198 19.145 32.492 16.643 13.576 104.054

Pagamentos cumulativos realizados até à data

14.367 12.549 11.084 11.202 4.927 54.129

Responsabilidades reconhecidas no balanço (Provisão para sinistros de seguro directo)

7.831 6.596 21.408 5.441 8.649 49.925

Provisão para sinistros de anos anteriores a 2001 31.787

Provisão total 81.712

Ramo: Percas Pecuniárias DiversasValores

acumulados ANO DO SINISTRO

Anocontabilístico 2001 2002 2003 2004 2005 Total

2001 1.960 1.9602002 2.062 2.207 4.2692003 2.096 2.294 4.783 9.1732004 2.159 2.385 4.340 7.095 15.9792005 2.111 2.470 4.593 7.533 3.938 20.645

Total 2.111 2.470 4.593 7.533 3.938 20.645

Pagamentos cumulativos realizados até à data

1.938 2.281 5.164 6.797 1.501 17.681

Responsabilidades reconhecidas no balanço (Provisão para sinistros de seguro directo)

173 189 (571) 736 2.437 2.964

Provisão para sinistros de anos anteriores a 2001 347

Provisão total 3.311

Nota: Ao exercício de 2000 estão a ser imputados os sinistros pagos de sinistros ocorridos no ano 2000 e anteriores

102

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Os custos com sinistros dos ramos vida da Caixa Seguros em 2005, excluindo participação nos resultados apresentam o seguinte detalhe por ramo:

Variação Variação dasSinistros da provisão outras provisões

pagos para sinistros Sub-total técnicas Total

Seguro directo e resseguro aceite: - De contratos de seguro

sem participação nos resultados 866 (216) 650 16.854 17.504com participação nos resultados 28.507 2.726 31.233 - 31.233

- De contratos de investimento comparticipação discricionária nosresultados 446.968 24.464 471.432 565.808 1.037.240

476.341 26.974 503.315 582.662 1.085.977

Resseguro cedido: - De contratos de seguro

sem participação nos resultados (1.054) 1.019 (35) (271) (306)com participação nos resultados (650) (1.234) (1.884) - (1.884)

- De contratos de investimento comparticipação discricionária nosresultados (7.111) (6.852) (13.963) - (13.963)

(8.815) (7.067) (15.882) (271) (16.153)

Líquido: - De contratos de seguro

sem participação nos resultados (188) 803 615 16.583 17.198com participação nos resultados 27.857 1.492 29.349 - 29.349

- De contratos de investimento comparticipação discricionária nosresultados 439.857 17.612 457.469 565.808 1.023.277

467.526 19.907 487.433 582.391 1.069.824

2005

34.4 COMISSÕES E OUTROS PROVEITOS E CUSTOS ASSOCIADOS À ACTIVIDADE DE SEGUROS

Nos exercícios de 2005 e 2004, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Ramo Ramos Ramo Ramosvida não vida Total vida não vida Total

Proveitos técnicos:Comissões:

De operações de resseguro cedido 2.887 32.275 35.162 1.742 20.991 22.733Comissões de gestão de Co-Seguro 109 1.345 1.454 109 1.345 1.454Comissões de gestão de Fundos de Pensões 114 - 114 114 - 114

Outros proveitos técnicosOutros Proveitos Técnicos 101 73 174 58 73 131

3.211 33.693 36.904 2.023 22.409 24.432Custos técnicos:Comissões:

De operações de seguro directo: - Comissões de mediação e corretagem (5.342) (135.321) (140.663) (5.214) (87.043) (92.257) - Comissões de cobrança (171) (11.443) (11.614) (70) (7.243) (7.313) - Outras 85 - 85 (1.685) (946) (2.631)

De operações de resseguro aceite - (31.345) (31.345) - (211) (211)Comissões de gestão de Co-Seguro (11) (974) (985) (11) (974) (985)

Outros custos técnicosProvisão para recibos por cobrar (2.681) 21.436 18.755 (21) 5.833 5.812Impostos da actividade (1.251) (24.143) (25.394) (926) (15.923) (16.849)Outros (9) (13) (22) (9) (13) (22)

(9.380) (181.803) (191.183) (7.936) (106.520) (114.456)

Outros 238 10.107(6.169) (148.110) (154.041) (5.913) (84.111) (79.917)

2005 2004

103

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

35. CUSTOS COM PESSOAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004

Remuneração dos órgãos de gestão e fiscalização 10.377 9.826Remuneração dos empregados 629.925 566.257Provisão para acordos de suspensão da prestação de trabalho (Nota 36) 218 ( 13.790 )

----------- ----------- 640.520 562.293 ----------- -----------

Outros encargos relativos a remunerações 53.690 42.357Assistência médica – CGD (Nota 36) . Custo normal (Nota 36) 22.182 20.920. Contribuições relativas a pessoal no activo 26.432 25.860Responsabilidades com Pensões – CGD (Nota 36) . Impacto da transferência de responsabilidades para a

Caixa Geral de Aposentações - 184.855. Custo normal 48.517 41.014 . Reformas antes da idade normal de reforma (Nota 36) 686 2.606Outros encargos com pensões

. Caixa Seguros. Custo normal (Nota 36) 5.790 1.195. Outros 4.485 90

. Outros 5.767 4.261Outros encargos sociais obrigatórios 12.440 11.376

----------- ----------- 179.989 334.534 ----------- -----------

Outros custos com pessoal 38.631 27.374 ----------- ----------- 859.140 924.201 ====== ======

O saldo negativo em 2004 relativo à “Provisão para acordo de suspensão da prestação de trabalho” resulta essencialmente da redução de 12.221 mEuros devido à transferência de responsabilidades para a Caixa Geral de Aposentações (Nota 36).

Nos exercícios de 2005 e 2004, a rubrica “Remuneração dos empregados” inclui mEuros 26.500 relativos à provisão para distribuição de resultados aos empregados da CGD.

No exercício de 2005, os “Outros encargos com pensões – outros” da Caixa Seguros incluem 3.333 mEuros relativos a contribuições para fundos de pensões que foram compensados por anulações de provisões para pensões, não afectando assim, em termos líquidos, o custo normal do exercício.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

O número médio de empregados da Caixa e das suas filiais durante os exercícios de 2005 e 2004, por tipo de funções, foi o seguinte:

2005 2004Actividade Actividade Actividade ActividadeBancária Seguradora Grupo Bancária Seguradora Grupo

Direcção 301 344 645 280 128 408Chefias 2.391 919 3.310 2.532 529 3.061Técnicos 3.666 1.245 4.911 3.660 756 4.416Administrativos 8.587 1.838 10.425 7.885 1.354 9.239Auxiliares 1.170 317 1.487 1.367 258 1.625

16.115 4.663 20.778 15.724 3.025 18.749

Número de efectivos no final do exercício 16.040 4.649 20.689 16.060 3.005 19.065

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, os números apresentados acima não incluem os empregados pertencentes ao Departamento de Apoio à Caixa Geral de Aposentações (320 em 2005 e 323 em 2004), os afectos aos Serviços Sociais da CGD (72 em 2005 e 2004) e os que se encontram em comissão de serviço no exterior (102 em 2005 e 103 em 2004).

O acréscimo no número de efectivos da actividade seguradora no exercício de 2005 resulta essencialmente da aquisição da Império – Bonança (Nota 3).

36. PENSÕES DE REFORMA E OUTROS BENEFÍCIOS DE LONGO PRAZO

36.1 Pensões de reforma e subsídio por morte após a idade da reforma

Responsabilidades com empregados da CGD

De acordo com o artigo 39º do Decreto-Lei nº 48.953, de 5 de Abril de 1969 e o Decreto-Leinº 161/92, de 1 de Agosto, competia à CGD o pagamento das pensões de reforma por doença, invalidez ou velhice dos seus colaboradores, bem como das pensões de sobrevivência dos empregados admitidos a partir de 1 de Janeiro de 1992. As pensões de sobrevivência relativas aos empregados admitidos antes de 1 de Janeiro de 1992 já eram suportadas pela Caixa Geral de Aposentações (“CGA”). Para o efeito, estes empregados descontam 2,5% das suas remunerações para a CGA.

Adicionalmente, em conformidade com o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) em vigor para o sector bancário, o ex-BNU tinha o compromisso de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias a título de reforma antecipada e por velhice, invalidez e sobrevivência. Estas prestações consistiam numa percentagem, crescente com o número de anos de serviço, aplicada à tabela salarial negociada anualmente com os sindicatos dos trabalhadores bancários. No exercício de 2001, na sequência da integração por fusão do BNU na CGD, as responsabilidades com pensões dos empregados do BNU transitaram para a CGD. Deste modo, os ex-empregados do BNU ainda no activo à data da fusão ficaram abrangidos pelo plano de pensões e benefícios em vigor na CGD.Quanto aos reformados e pensionistas do BNU à data da fusão, continua a aplicar-se o plano de pensões que estava em vigor à data das respectivas reformas.

Com referência a 30 de Novembro de 2004, foram transferidas para a CGA todas as responsabilidades com pensões de aposentação do pessoal da Caixa, relativamente ao tempo de serviço prestado até 31 de Dezembro de 2000, ao abrigo dos Decretos-Lei nº 240-A/2004, de 29 de Dezembro e nº 241-A/2004, de 30 de Dezembro, cujo montante total ascendeu a 2.510.043 mEuros.A transferência incluiu a responsabilidade com o subsídio por morte após a idade normal de reforma, relativamente ao tempo de serviço acima referido.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Neste sentido, em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as responsabilidades com pensões da Caixaconsistem no seguinte:

. Responsabilidades relativas aos empregados no activo por serviços prestados após 31 de Dezembro de 2000;

. Para os reformados entre 1 de Janeiro de 2001 e 31 de Dezembro de 2005, a parcela das responsabilidades correspondente ao tempo de serviço prestado durante esse período;

. Responsabilidades com pensões de aposentação e respectivas pensões de sobrevivência do pessoal do BNU que já se encontravam em pagamento à data da fusão;

. Responsabilidades com o subsídio por morte relativas ao tempo de serviço prestado após 31 de Dezembro de 2000.

As pensões pagas são função do tempo de serviço prestado pelos trabalhadores e da respectiva retribuição à data da reforma, sendo actualizadas com base nas remunerações vigentes para o pessoal no activo.

A Caixa assegura o esforço contributivo necessário para a cobertura das suas responsabilidades por pensões, dispondo para o efeito de um fundo de pensões, constituído em Dezembro de 1991. De acordo com o regime aplicável à Caixa, os empregados contribuem para o fundo de pensões com as seguintes percentagens das suas retribuições:

- Empregados admitidos antes de 1 de Janeiro de 1992 7,5%

- Empregados admitidos após 1 de Janeiro de 1992 10,0%

A contribuição destes últimos é efectuada integralmente para o fundo de pensões, dado que o respectivo regime de pensões de sobrevivência está a cargo do fundo.

A transferência de responsabilidades para a CGA implicou a transferência de activos do fundo de pensões de montante equivalente.

Responsabilidades com empregados da Companhia de Seguros Fidelidade – Mundial, S.A. e Império Bonança – Companhia de Seguros, S.A.

Em conformidade com o contrato colectivo de trabalho vigente para o sector segurador, a Fidelidade - Mundial e a Império Bonança assumiram o compromisso de conceder aos seus empregados admitidos até Junho de 1995 prestações pecuniárias para complemento das reformas atribuídas pela Segurança Social. Estas prestações consistem numa percentagem, crescente com o número de anos de serviço, aplicada à tabela salarial em vigor à data da reforma. Adicionalmente, assumiram o compromisso de conceder aos empregados que se reformam antecipadamente, e até ao momento em que estes atinjam a idade de reforma, pensões correspondentes a 80% do ordenado em vigor à data da reforma.

Adicionalmente, a Império Bonança assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados anteriormente beneficiários do Fundo de Pensões do Grupo BCP, os benefícios adicionais garantidos pelo plano complementar que se encontrava em vigor neste Grupo, no qual a companhia esteve inserida até 31 de Dezembro de 2004. As responsabilidades associadas ao plano complementar encontram-se financiadas através do respectivo fundo de pensões.

Determinação das responsabilidades

Para determinação das responsabilidades com pensões de reforma em pagamento e por serviços passados dos empregados no activo, com referência a 31 de Dezembro de 2005 e 2004 foram efectuados estudos actuariais por entidades especializadas.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

As hipóteses e bases técnicas utilizadas, relativamente à CGD e às seguradoras do Grupo foram as seguintes:

2005 2004 1 de Janeiro de 2004Caixa Caixa Caixa

CGD Seguros CGD Seguros CGD Seguros

Método actuarial Projected Unit Credit Projected Unit Credit Projected Unit CreditTábua de mortalidade . Homens TV 73/77 TV 73/77 TV 73/77 TV 73/77 TV 73/77 TV 73/77 . Mulheres TV 88/90 TV 88/90 TV 73/77 TV 73/77 TV 73/77 TV 73/77Tábua de invalidez EKV 80 EKV 80 EKV 80Taxa de desconto 4,75% 4,75% 5% 4% 5,5% 4%Taxa de rendimento dos activos dos fundos 5,25% 4,75% 5% 5% 5,5% 6%Taxa de crescimento dos salários 3% 3% 3% 3% 3% 3%Taxa de crescimento das pensões 2% 1% 2% 1% 2% 1%Tabela de saídas:. Idades inferiores a 30 anos 5% n/a 5% n/a 5% n/a. Idades entre 30 e 40 anos 1% n/a 1% n/a 1% n/a. Idades superiores a 40 anos 0% n/a 0% n/a 0% n/aServiço externo futuro 1/8 n/a 1/6 n/a 1/6 n/a

Nos estudos efectuados em relação à CGD em 2005 e 2004, foi considerado que a idade normal de reforma ocorrerá aos 60 anos.

A comparação entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados na determinação dos custos com pensões da CGD para os exercícios de 2005 e 2004 e os valores efectivamente verificados é apresentada no quadro seguinte:

2005 2004Pressupostos Real Pressupostos Real

Taxa de rendimento 5,25% 9,22% 5% 7,93%Taxa de crescimento dos salários 3% 3,81% 3% 3,20%Taxa de crescimento das pensões 2% 2,75% 2% 2,75%

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as responsabilidades com serviços passados do Grupo de acordo com os estudos actuariais efectuados, assim como os fundos e as provisões disponíveis para cobertura das mesmas, ascendiam a:

2005 2004

CGDCaixa

Seguros Outros Total CGDCaixa

Seguros Outros Total

Responsabilidades por serviços passados:

Activos 497.465 40.233 17.632 555.330 347.273 20.343 17.712 385.328Reformados e pré-reformados 327.111 218.154 15.311 560.576 297.944 91.945 12.652 402.541

824.576 258.387 32.943 1.115.906 645.217 112.288 30.364 787.869

Fundos de pensões autónomos 824.576 160.269 2.766 987.611 645.217 84.740 2.603 732.560Provisões matemáticas - 77.745 - 77.745 - 21.220 - 21.220Provisões para pensões e encargos similares - 24.736 30.410 55.146 - 6.428 27.686 34.114

824.576 262.750 33.176 1.120.502 645.217 112.388 30.289 787.894Diferencial - 4.363 233 4.596 - 100 (75) 25

Nível de financiamento 100,00% 101,69% 100,71% 100,41% 100,00% 100,09% 99,75% 100,00%

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Nos termos do Aviso nº 4/2005 de 28 de Fevereiro, do Banco de Portugal, é definida para entidades financeiras com sede em Portugal a obrigatoriedade de financiamento integral das responsabilidades com reformados e pré-reformados e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades por serviços passados de pessoal no activo. Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as responsabilidades da Caixa encontravam-se integralmente financiadas.

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as responsabilidades com serviços futuros de pessoal no activo da CGD ascendem a mEuros 1.199.740 e mEuros 994.611, respectivamente.

No que se refere à CGD e às seguradoras do Grupo em Portugal o número de beneficiários em 2005 e 2004 era o seguinte:

2005 2004Caixa Caixa

CGD Seguros CGD Seguros

Activos 11.981 2.993 11.782 1.781Reformados e pré-reformados 6.886 2.601 6.496 1.425

--------- -------- --------- --------18.867 5.594 18.278 3.206===== ==== ===== ====

O movimento nos fundos de pensões, provisões matemáticas e provisões para pensões e encargos similares durante os exercícios de 2004 e 2005 foi o seguinte:

CGDCaixa

Seguros Outros Total

Saldos em 1 de Janeiro de 2004 2.497.086 109.042 26.242 2.632.370

Contribuições pagasDe natureza regular

Efectuadas pelos empregados 25.031 - 158 25.189 Efectuadas pela entidade 31.552 4.694 399 36.645De natureza extraordinária 495.537 - - 495.537

Variação em provisões para pensões e encargos similares - 1.734 3.764 5.498Pensões pagas (91.847) (8.673) (380) (100.900)Rendimentos líquidos do fundo de pensões 197.901 7.192 106 205.199Variação nas provisões matemáticas - (1.601) - (1.601)Activos transferidos e a transferir do Fundo de Pensões para a CGA (2.510.043) - - (2.510.043)

Saldos em 31 de Dezembro de 2004 645.217 112.388 30.289 787.894

Entrada da Império - Bonança no perímetro de consolidação - 136.487 - 136.487Contribuições pagas

De natureza regular Efectuadas pelos empregados 26.139 - 183 26.322 Efectuadas pela entidade 23.467 17.864 305 41.636De natureza extraordinária 41.115 - - 41.115

Variação em provisões para pensões e encargos similares - (9.782) 2.687 (7.095)Pensões pagas (19.480) (14.414) (442) (34.336)Rendimentos líquidos do fundo de pensões 108.119 11.766 138 120.023Variação nas provisões matemáticas - 8.440 - 8.440Outras variações (1) 1 16 16

Saldos em 31 de Dezembro de 2005 824.576 262.750 33.176 1.120.502

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o Fundo de Pensões da CGD é gerido pela CGD Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A..

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o Fundo de Pensões da CGD detinha imóveis arrendados a empresas do Grupo no montante de mEuros 143.431 e mEuros 68.158, bem como títulos emitidos por empresas do Grupo no valor de mEuros 21.933 e mEuros 421.541, respectivamente.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

As contribuições para os fundos de pensões nos exercícios de 2005 e 2004 foram realizadas em numerário, tendo uma parte das contribuições extraordinárias da Caixa em 2004 sido realizadas já no exercício de 2005, com data-valor de 31 de Dezembro de 2004.

Até 31 de Dezembro de 2004, tinham sido transferidos para a CGA activos no montante demEuros 1.434.120. Os remanescentes mEuros 1.075.923 foram registados no passivo do Fundo naquela data, tendo sido liquidados no exercício de 2005.

A variação no diferencial entre as responsabilidades por serviços passados do Grupo e as respectivas coberturas, bem como o correspondente impacto nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, podem ser demonstrados da seguinte forma:

CGDCaixa

Seguros Outros Total

Situação em 31 de Dezembro de 2003 (24.563) 112 7.598 (16.853)Impacto de transição para IFRS (Nota 43) (229.139) 6 (7.811) (236.944)

(253.702) 118 (213) (253.797)

Custo dos serviços correntes (41.960) (920) (172) (43.052)Custo dos juros (148.582) (4.962) (107) (153.651)Retorno esperado dos activos do plano 149.528 4.687 142 154.357

Custo normal do exercício (Nota 35) (41.014) (1.195) (137) (42.346)Acréscimos de responsabilidades por reformas antecipadas (Nota 35) (2.606) - - (2.606)Outras variações em resultados - - (245) (245)

Variações com impacto em resultados (43.620) (1.195) (382) (45.197)

Desvios de responsabilidades (278.140) (5.379) 1 (283.518)Desvios de rendimento 48.373 133 (37) 48.469

Desvios (229.767) (5.246) (36) (235.049)

Contribuições entregues 527.089 6.422 557 534.068Outros - 1 (1)

Situação em 31 de Dezembro de 2004 - 100 (75)

Custo dos serviços correntes (51.037) (4.000) (185) (55.222)Custo dos juros (31.720) (8.667) (109) (40.496)Retorno esperado dos activos do plano 34.240 6.877 133 41.250

Custo normal do exercício (Nota 35) (48.517) (5.790) (161) (54.468)Acréscimos de responsabilidades por reformas antecipadas (Nota 35) (686) - - (686)Outras variações em resultados - - (20) (20)

Variações com impacto em resultados (49.203) (5.790) (181) (55.174)

Desvios de responsabilidades (89.256) 3.470 - (85.786)Desvios de rendimento 73.878 (1.342) 5 72.541

Desvios (15.378) 2.128 5 (13.245)

Contribuições entregues 64.582 7.917 488 72.987Outros (1) 8 (4) 3

Situação em 31 de Dezembro de 2005 - 4.363 233 4.596

-

25

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

O impacto de transição para os IFRS em 1 de Janeiro de 2004 resulta da alteração de pressupostos actuariais e tem seguinte composição:

Redução da taxa de desconto de 6% para 5,5% 191.346Inclusão do subsídio por morte 37.793

-----------229.139======

Os desvios de responsabilidades ao nível da CGD em 2005 e 2004 têm a seguinte composição:

2005 2004

Redução da taxa de desconto ( 36.576 ) ( 228.146 ) Alteração da tábua de mortalidade (mulheres) ( 27.507 ) -Outros desvios de responsabilidades ( 25.173 ) ( 49.994 )

---------- -----------( 89.256 ) ( 278.140 ) ====== ======

Assistência médica

A assistência médica aos empregados no activo e pensionistas da Sede está a cargo dos Serviços Sociais da Caixa Geral de Depósitos (Serviços Sociais). A contribuição anual da CGD para os Serviços Sociais corresponde a 8,95% dos salários e pensões pagas. Adicionalmente, a Caixa tem responsabilidades com as contribuições para o Serviços de Assistência Médico-Social (SAMS) relativas aos colaboradores do Ex-BNU reformados até 23 de Julho de 2001.

As responsabilidades por serviços passados de assistência médica foram determinadas com base em estudos actuariais efectuados por entidades especializadas, utilizando pressupostos actuariais idênticos aos acima apresentados para as responsabilidades com pensões.

As responsabilidades por serviços passados encontram-se registadas na rubrica “Provisões” e em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 ascendiam a 399.585 mEuros e 316.324 mEuros, respectivamente.

Adicionalmente, a Império Bonança assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados anteriormente beneficiários do Fundo de Pensões do Grupo BCP, benefícios com a assistência médica vitalícia . Estas responsabilidades estão cobertas por provisões, que em 31 de Dezembro de 2005 ascendem a 22.101 mEuros.

Outros benefícios de longo prazo

A Caixa paga um prémio a todos os trabalhadores que completem dez, vinte e trinta anos de efectivo serviço, nesse ano, de valor igual a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efectiva.Adicionalmente, é pago um prémio aos trabalhadores que se encontrem numa situação de passagem à situação de aposentação de valor proporcional àquele de que beneficiaria se continuasse ao serviço até reunir os pressupostos do escalão seguinte. O ajustamento apurado com referência a 1 de Janeiro de 2004 pelo reconhecimento das responsabilidades com o prémio de antiguidade ascendeu a mEuros 46.591 (Nota 43). Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 o correspondente passivo encontrava-se registado em “Outros passivos” e ascendia a mEuros 44.375 e 45.514 mEuros, respectivamente (Nota 25).

A Caixa determina ainda as suas responsabilidades com subsídio por morte antes da idade normal de reforma. O correspondente passivo em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 encontra-se registado na rubrica de “Provisões” e ascende a mEuros 2.028 e mEuros 2.216, respectivamente.

Adicionalmente, a Sucursal de França assegura o pagamento de benefícios de longo prazo aos seus trabalhadores, tendo sido apuradas responsabilidades no montante de mEuros 1.500 à data de 1 de Janeiro de 2004.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Desvios actuariais diferidos

O movimento ocorrido nas rubricas de desvios actuariais diferidos e dos custos diferidos relacionados com a introdução das IFRS nos exercícios de 2004 e 2005 relativamente à CGD pode ser demonstrado como segue:

Corredor Desvios acima do CorredorPensões Saúde Pensões Saúde Total

(Nota 19)

Saldos em 31 de Dezembro de 2003 252.165 - 310.039 - 562.204Introdução das IFRS - impacto nas responsabilidades 229.139 285.285 - - 514.424

Sub-total impacto de transição para IFRS (Nota 43) (481.304) (285.285) (310.039) - (1.076.628)

Saldos em 1 de Janeiro de 2004 - - - - -

Desvios actuariais do ano 229.767 23.940 - - 253.707Impacto da transferência de responsabilidades para a

Caixa Geral de Aposentações (Nota 35) (184.855) - - - (184.855)

Saldos em 31 de Dezembro de 2004 44.912 23.940 - - 68.852

Desvios actuariais do ano 15.378 16.018 - 60.337 91.733Outros - 1 - - 1

Saldos em 31 de Dezembro de 2005 60.290 39.959 - 60.337 160.586

Em resultado da transferência de responsabilidades para a CGA acima referida, a Caixa anulou por contrapartida de custos os desvios actuariais reconhecidos relativamente às responsabilidades transferidas, num total de mEuros 184.855, tendo adicionalmente reconhecido um proveito de mEuros 12.221 relativo à anulação de passivos por outros benefícios aos empregados (Nota 35).

Provisões

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as provisões para encargos com benefícios de empregados apresentam a seguinte composição:

2005 2004CGD. Provisão para assistência médica pós-emprego 399.585 316.324. Provisão para acordos de suspensão da prestação de trabalho 3.020 2.736. Provisão para responsabilidades com subsídio por morte 2.028 2.216. Responsabilidades da Sucursal de França 1.728 1.806

----------- -----------406.361 323.082

Provisão para responsabilidades com pensões e outras . Banco Comercial do Atlântico, S.A. 26.541 24.623

. Caixa Seguros 2.635 6.428 . Outros 3.869 3.063

Provisão para assistência médica pós-emprego . Caixa Seguros (Império – Bonança) 22.101 -

. Outros 3.092 4.116 Outros 7.120 526

----------- -----------471.719 361.838====== ======

A Caixa regista uma provisão específica correspondente ao impacto da passagem à situação de inactivo de trabalhadores com os quais celebrou Acordos de suspensão de prestação de trabalho.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Nos exercícios de 2005 e 2004, os movimentos nas provisões para encargos com benefícios de empregados apresentam a seguinte composição (Nota 23):

2005 2004

Saldo no início do exercício 361.838 28.169----------- -----------

Impacto da adopção das IFRS (Nota 43): . Assistência médica – CGD - 285.285. Acordos de suspensão da prestação de trabalho - 16.526

. Outros - 3.622----------- -----------

- 305.433 ----------- -----------

Provisões registadas por contrapartida de custos com pessoal: . Assistência médica – CGD (Nota 35) 22.182 20.920. Acordos de suspensão da prestação de trabalho (Nota 35) 218 ( 11.184 ) Desvios actuariais relativos a assistência médica pós-emprego: . Alteração da tábua de mortalidade para as mulheres 11.714 -. Redução na taxa de desconto de 5% para 4,75% 13.952 -. Alteração nas taxas de contribuição para o SAMS 6.910 -

. Outros desvios 43.779 23.940 Outros 2.112 10.868

----------- ---------100.867 44.544----------- ---------

Entrada da Império – Bonança no perímetro de consolidação (Nota 3) 28.069 -Reforços, líquidos de reposições, por contrapartida de “Provisões” 7.890 2.472

Utilizações: . Pagamentos ao SAMS e aos Serviços Sociais da CGD ( 13.821 ) ( 15.276 )

. Outros ( 13.401 ) ( 3.504 ) Outros 277 -

----------- -----------Saldo no final do exercício 471.719 361.838

====== ======

37. OUTROS GASTOS ADMINISTRATIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2005 2004

Serviços especializados 352.221 303.975 Rendas e alugueres 62.519 66.498Comunicações e despesas de expedição 53.553 54.015Conservação e reparação 47.012 47.622 Publicidade e edição de publicações 45.074 42.564Água, energia e combustíveis 18.183 16.425Transporte de valores e outros 17.732 6.536Deslocações, estadas e representação 16.314 14.528Impressos e material de consumo corrente 9.938 11.475Outros 21.011 20.321

----------- -----------643.557 583.959====== ======

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

38. IMPARIDADE EM ACTIVOS

O movimento na imparidade durante os exercícios de 2005 e 2004 foi o seguinte:

2005Entrada de Diferenças Recuperação

Saldo em entidades no Adopção Reposições de Transferências Saldo em de crédito, juros31.12.2004 perímetro da IAS 39 Reforços e anulações Utilizações câmbio e outros 31.12.2005 e despesas

(Nota 43)

Imparidade para crédito a clientes (Nota 11) 1.210.737 - 42.292 667.259 (370.065) (146.326) 3.494 (6.072) 1.401.319 (44.775)Imparidade de aplicações em instituições de crédito (Nota 6) 6.219 - - 5.417 (9.152) (8) - (1.586) 890 -

Imparidade de outros activos tangíveis(Nota 14) 16.752 - - - (828) - - 194 16.118 -

Imparidade de activos não correntes detidos para venda e outros activos (Notas 12 e 19) 118.762 62.270 - 34.300 (5.418) (25.956) - (4.151) 179.807 -

141.733 62.270 - 39.717 (15.398) (25.964) - (5.543) 196.815 -1.352.470 62.270 42.292 706.976 (385.463) (172.290) 3.494 (11.615) 1.598.134 (44.775)

2004Movimentosem Reservas Diferenças Recuperação

Saldo em Adopção Reposições e Resultados de Transferências Saldo em de crédito, juros31-12-2003 das IFRS Reforços e anulações Transitados Utilizações câmbio e outros 31.12.2004 e despesas

Imparidade para crédito a clientes (Nota 11) 1.257.080 - 608.720 (339.504) - (280.823) 1.614 (36.350) 1.210.737 (43.583)Imparidade de aplicações em instituições de crédito (Nota 6) 26.292 - 16.324 (36.903) - (7.490) (15) 8.011 6.219

Provisões para participações financeiras 89.489 - 18.015 (20.332) 711.159 (512.353) 2.846 - 288.824 -

Provisões para menos-valias em títulos de investimento 396.687 - 49.765 (59.441) - (72.235) (4.269) (19.308) 291.199 -Imparidade de outros activos tangíveis (Nota 14) - 16.496 1 (378) - - - 633 16.752 -Imparidade de activos não correntes detidos

para venda e outros activos (Notas 12 e 19) 131.701 - 67.548 (55.491) - (26.557) 8 1.553 118.762 -644.169 16.496 151.653 (172.545) 711.159 (618.635) (1.430) (9.111) 721.756 -

1.901.249 16.496 760.373 (512.049) 711.159 (899.458) 184 (45.461) 1.932.493 (43.583)

Com referência a 1 de Janeiro de 2005, as provisões para participações financeiras e menos-valias em títulos de investimento foram deduzidas ao saldo dos activos correspondentes, no âmbito da adopção do IAS 39 (Nota 2.6. e)).

No exercício de 2005, a “Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações reflectida na demonstração de resultados inclui 8.103 mEuros relativos a Imparidade de activos financeiros disponíveis para venda, dos quais 5.095 mEuros relativos a imparidade reconhecida pela Caixa na participação na PT Multimédia, SGPS, S.A..

No exercício de 2004, as constituições de provisões por reservas e por resultados transitados, efectuadas de acordo com as normas contabilísticas anteriormente em vigor apresentam a seguinte composição:

Provisionamento integral de menos-valias com referência a 31 de Dezembro de 2003 (Nota 8)

. BCP 622.133 . EDP 141.863

Reposições de provisões por contrapartida de resultados transitados (Nota 8) . BCP ( 10.156 ) . EDP ( 27.962 )

Reposições líquidas de provisões, ao abrigo do regime transitório do Aviso nº 4/2002 (Nota 8) ( 14.719 )

-----------711.159======

113

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

As utilizações de provisões para participações financeiras no exercício de 2004 apresentam a seguinte composição:

Alienação da participação no BCP (Nota 8) 375.884Alienação da participação na EDP (Nota 8) 136.244

Outras 225-----------512.353======

39. RELATO POR SEGMENTOS

O Grupo adoptou os seguintes segmentos de negócio para cumprimento dos requisitos do IAS 14:

- Actividade Seguradora: inclui a actividade desenvolvida pelas Companhias de Seguros que integram a Caixa Seguros e pela Garantia – Companhia de Seguros de Cabo Verde, S.A.. A actividade foi dividida entre Vida e Não Vida;

- Corporate Finance: inclui as actividades relacionadas com aquisições, fusões, reestruturações, privatizações, subscrição e colocação de títulos (mercado primário), titularização, preparação e organização de créditos sindicados (merchant banking – colocação dos créditos), gestão de participações, análise financeira de mercados e empresas e serviços de aconselhamento;

- Negociação e vendas: compreende a actividade bancária relacionada com a gestão da carteira própria de títulos, gestão de instrumentos de dívida emitidos, operações de mercado monetário e cambial, operações do tipo “repo” e de empréstimo de títulos e corretagem por grosso. São incluídos neste segmento as aplicações e disponibilidades sobre outras instituições de crédito e os instrumentos derivados;

- Banca de retalho: compreende a actividade bancária junto dos particulares, empresários em nome individual e micro empresas. São incluídos neste segmento o crédito ao consumo, crédito hipotecário, cartões de crédito e também os depósitos captados junto de particulares;

- Banca comercial: inclui as actividades creditícia e de captação de recursos junto de grandes empresas e PME’s. Neste segmento estão incluídos os empréstimos, contas correntes, financiamento de projectos de investimento, desconto de letras, actividade de capital de risco, factoring, locação financeira mobiliária e imobiliária e a tomada dos créditos sindicados, bem como o crédito ao Sector Público;

- Gestão de fundos de investimento: inclui as actividades associadas à gestão de fundos de investimento mobiliário e imobiliário, sejam abertos ou fechados, e de fundos discricionários de gestão de patrimónios;

- Outros: compreende todos os segmentos de actividade que não foram contemplados nas linhas de negócio anteriores, sujeito às seguintes regras:

. O produto da actividade desta coluna não excede 25% do produto de actividade global;

. Os proveitos de exploração, que incluem os juros, comissões, rendimento de títulos e lucros em operações financeiras, não excede 10% do montante total dos proveitos de exploração;

. Os custos de exploração, que incluem juros, comissões e prejuízos em operações financeiras, não excede 10% do montante total dos custos de exploração.

114

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

A distribuição dos resultados por linhas de negócio e mercados geográficos no exercício de 2005 é a seguinte:

Linhas de negócio

2005

Negociação e Vendas

Banca deRetalho

BancaComercial

Gestão deFundos de

InvestimentoCorporateFinance

SegurosVida

SegurosNão Vida Outros Total

Juros e rendimentos similares 1.116.287 1.230.428 749.402 577 6.474 165.861 801 8.059 3.277.889- - - - - - -Juros e encargos similares (1.144.007) (283.262) (390.600) (1) - (86.870) (2.887) (4.833) (1.912.460)- - - - - - -Rendimentos de instrumentos de capital 84.429 83 106 3.039 - - - 1.376 89.033- - - - - - -Rendimentos de serviços e comissões 31.039 150.521 108.445 65.811 15.158 3 - 22.013 392.990- - - - - - - -Encargos com serviços e comissões (5.979) (40.768) (9.310) (2.731) (12) (4.827) (1.907) (8.016) (73.550)- - - - - - - -Resultados em operações financeiras 269.354 6.761 7.501 1.864 191 4.522 152 6.873 297.218- - - - - - - -Outros resultados de exploração (9.428) 31.483 19.693 (49) 18.927 (4.532) (11.981) (2.486) 41.627

Prémios, líquidos de resseguro - - - - - 985.536 1.390.690 - 2.376.226

Resultados em investimentos afectos a contratos de seguros - - - - - 245.952 - - 245.952

Custos com sinistros, líquidos de resseguro - - - - - (1.103.844) (851.645) - (1.955.489)

Comissões e outros proveitos e custos associados a seguros - - - - - (154.041) - - (154.041)

Produto da Actividade Bancária e Seguradora 341.695 1.095.246 485.237 68.510 40.738 47.760 523.223 22.986 2.625.395

Outros custos e proveitos (2.087.728)

Resultado Líquido do Exercício atribuível ao accionista da CGD 537.667

Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito (líquido) 11.693.161 - - 10 - 156.875 - - 11.850.046

Aplicações em títulos e derivados (líquido) 9.906.189 240.376 114.166 52.460 - 6.827.030 1.836.112 591.302 19.567.635

Crédito a clientes (líquido) - 30.282.275 19.348.018 - 295.291 4.585 5.756 6 49.935.931

Provisões técnicas de resseguro cedido - - - - - 20.222 211.706 - 231.928

Activo líquido total 21.599.351 30.522.651 19.462.184 52.470 295.291 7.008.711 2.053.574 5.467.106 86.461.338

Recursos de instituições de crédito e bancos centrais 4.382.863 - - - - 1.622 1.378 - 4.385.863

Recursos de clientes e outros empréstimos - 42.925.818 5.010.406 - 20.526 2.205.213 - - 50.161.963

Responsabilidades representadas por títulos 10.298.612 1.353.425 - - - - - - 11.652.037

Provisões técnicas de contratos de seguros - - - - - 4.576.033 2.434.407 - 7.010.440

Responsabilidades por Produtos "Unit-Linked" - - - - - 669.222 - - 669.222

2004

Negociaçãoe Vendas

Banca de Retalho

BancaComercial

Gestão deFundos de

InvestimentoCorporateFinance

SegurosVida

SegurosNão Vida Outros Total

Juros e rendimentos similares 836.370 1.115.478 770.862 645 5.837 106.423 1.274 214 2.837.103

Juros e encargos similares (735.660) (313.621) (343.937) (2) (396) (97.616) (218) (17) (1.491.467)

Rendimentos de instrumentos de capital 67.742 1.769 - 45 630 - 2.060 72.246

Rendimentos de serviços e comissões 31.411 171.364 47.194 57.687 15.449 307 - 51.335 374.747

Encargos com serviços e comissões (8.898) (43.059) (3.675) (2.585) (1.233) (196) (788) (14.476) (74.910)

Resultados em operações financeiras (52.961) 5.980 4.345 (18) (350) (48) (830) 3.071 (40.811)-Outros resultados de exploração (185) 2.951 34.245 11 76 (165) 2.000 41.901 80.834

Prémios, líquidos de resseguro - - - - - 854.152 881.446 1.735.598

Resultados em investimentos afectos a contratos de seguros - - - - - 199.134 - 199.134

Custos com sinistros, líquidos de resseguro - - - - - (910.844) (571.345) (1.482.189)

Comissões e outros proveitos e custos associados a seguros - - - - - (79.917) - (79.917)

Produto da Actividade Bancária e Seguradora 137.819 940.862 509.034 55.783 19.383 71.860 311.539 84.088 2.130.368

Outros custos e proveitos - - - - (1.907.459)

Resultado Líquido do Exercício atribuível ao accionista da CGD 222.909

Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito (líquido) 9.909.212 - - 2 - 38.886 - - 9.948.100

Aplicações em títulos e derivados (líquido) 9.900.263 257.606 288.698 42.591 416.608 4.926.142 1.039.714 601.589 17.473.212

Crédito a clientes (líquido) - 27.578.656 19.171.191 - 130.211 3.466 5.235 6 46.888.765

Provisões técnicas de resseguro cedido - - - - - 10.126 136.248 - 146.375

Activo líquido total 19.809.477 27.836.262 19.459.889 64.495 546.819 4.968.495 1.044.949 4.624.128 78.354.514

Recursos de instituições de crédito e bancos centrais 3.738.544 - - - - 977 563 3.740.084

Recursos de clientes e outros empréstimos - 41.729.667 4.343.921 - 23.265 1.766.636 - - 47.863.489

Responsabilidades representadas por títulos 11.070.325 1.416.171 - - - - 12.486.496

Provisões técnicas de contratos de seguros - - - - - 2.918.015 1.392.356 4.310.372

Responsabilidades por Produtos "Unit-Linked" - - - - - 31.098 - 31.098

115

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Mercados Geográficos

2005

Portugal

Resto daUnião

EuropeiaResto daEuropa

América do Norte

AméricaLatina Ásia África

Resto do mundo Total

Juros e rendimentos similares 2.808.037 293.276 904 38.677 599 39.608 82.621 14.167 3.277.889

Juros e encargos similares (1.453.391) (332.213) (465) (40.718) - (41.361) (38.011) (6.301) (1.912.460)

Rendimentos de instrumentos de capital 84.863 3.477 - - - 583 110 - 89.033

Rendimentos de serviços e comissões 318.501 38.560 345 1.541 - 10.745 22.185 1.113 392.990

Encargos com serviços e comissões (63.120) (5.732) (74) (87) - (3.499) (959) (79) (73.550)

Resultados em operações financeiras 250.867 29.640 1 1.816 - 6.880 7.663 351 297.218

Outros resultados de exploração 46.197 (497) (20) (85) 198 3.299 (7.426) (39) 41.627

Prémios, líquidos de resseguro 2.371.459 - - - - - 4.767 - 2.376.226

Resultados em investimentos afectos a contratos de seguros 245.952 - - - - - - - 245.952

Custos com sinistros, líquidos de resseguro (1.952.845) - - - - - (2.644) - (1.955.489)

Comissões e outros proveitos e custos associados a seguros (152.195) (2.279) - - - (37) 470 - (154.041)

Produto da Actividade Bancária e Seguradora 2.504.325 24.232 691 1.144 797 16.218 68.776 9.212 2.625.395

Outros custos e proveitos (2.087.728)

Resultado Líquido do Exercício atribuível ao accionista da CGD 537.667

Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito (líquido) 10.006.997 403.709 1.831 742.046 70 276.861 214.231 204.301 11.850.046

Aplicações em títulos e derivados (líquido) 17.284.949 1.567.200 389 379.256 - 16.899 290.376 28.566 19.567.635

Crédito a clientes (líquido) 44.777.183 3.678.679 17.108 234.394 - 534.631 549.241 144.695 49.935.931

Provisões técnicas de resseguro cedido 229.358 - - 2.569 - 231.928

Activo líquido total 76.792.686 5.729.054 19.837 1.357.130 7.256 1.025.677 1.151.887 377.811 86.461.338

Recursos de instituições de crédito e bancos centrais 3.238.975 197.448 2 875.798 - 13.316 17.718 42.606 4.385.863

Recursos de clientes e outros empréstimos 43.343.771 2.818.572 33.375 139.688 - 2.510.207 948.430 367.920 50.161.963

Responsabilidades representadas por títulos 4.097.169 6.916.124 - 503.863 - - 134.881 - 11.652.037

Provisões técnicas de contratos de seguros 6.672.642 330.694 - - - 483 6.621 - 7.010.440

Responsabilidades por Produtos "Unit-Linked" 669.222 - - - - - - - 669.222

2004

Portugal

Resto daUnião

EuropeiaResto daEuropa

América doNorte

AméricaLatina Ásia África

Resto domundo Total

Juros e rendimentos similares 2.344.499 358.558 811 18.896 82 23.739 73.493 17.025 2.837.103

Juros e encargos similares (1.042.965) (375.050) (415) (20.164) - (11.497) (34.614) (6.762) (1.491.467)

Rendimentos de instrumentos de capital 56.150 1.037 - - 12.232 278 2.549 - 72.246

Rendimentos de serviços e comissões 312.152 32.496 289 852 - 7.003 21.185 770 374.747

Encargos com serviços e comissões (60.700) (5.276) (71) (217) - (2.056) (6.516) (74) (74.910)

Resultados em operações financeiras (60.822) 10.442 - 2.029 (136) 3.737 4.028 (89) (40.811)

Outros resultados de exploração 96.162 (19.261) (16) (53) (8) 1.797 2.282 (69) 80.834

Prémios, líquidos de resseguro 1.735.598 - - - - - - - 1.735.598

Resultados em investimentos afectos a contratos de seguros 199.134 - - - - - - - 199.134

Custos com sinistros, líquidos de resseguro (1.482.189) - - - - - - - (1.482.189)

Comissões e outros proveitos e custos associados a seguros (79.917) - - - - - - - (79.917)

Produto da Actividade Bancária e Seguradora 2.017.102 2.946 598 1.343 12.170 23.001 62.407 10.801 2.130.368

Outros custos e proveitos (1.907.459)

Resultado Líquido do Exercício atribuível ao accionista da CGD 222.909

Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito (líquido) 8.469.175 482.832 719 388.546 72 362.057 199.704 44.995 9.948.100

Aplicações em títulos e derivados (líquido) 14.881.594 1.479.010 - 360.253 416.659 41.527 262.922 31.247 17.473.212

Crédito a clientes (líquido) 42.196.855 3.457.142 13.988 293.735 - 368.748 420.763 137.534 46.888.765

Provisões técnicas de resseguro cedido 145.686 - - - - - 689 - 146.375

Activo líquido total 69.180.515 5.593.674 15.060 1.043.244 420.847 922.917 964.313 213.944 78.354.514

Recursos de instituições de crédito e bancos centrais 2.872.069 302.717 8 539.373 - 8.918 16.999 - 3.740.084

Recursos de clientes e outros empréstimos 42.658.397 2.847.202 30.656 78.172 (1) 1.093.785 787.022 368.256 47.863.489

Responsabilidades representadas por títulos 5.119.934 6.778.416 - 482.195 - - 105.951 - 12.486.496

Provisões técnicas de contratos de seguros 3.984.531 321.214 - - - 243 4.384 - 4.310.372

Responsabilidades por Produtos "Unit-Linked" 31.098 - - - - - - - 31.098

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

40. ENTIDADES RELACIONADAS

São consideradas entidades relacionadas do Grupo, as empresas associadas, os órgãos de gestão das empresas do Grupo e outras entidades controladas pelo Estado Português.

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as demonstrações financeiras do Grupo incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas, excluindo os órgãos de gestão:

2005Outras

Estado entidades doPortuguês Estado

(DGT) Português AssociadasActivos:Obrigações e outros títulos 634.126 - 495.956Crédito a clientes 403.356 2.236.321 255.283Provisões para crédito / Imparidade - - 8.316Outros activos 53.200 24.204 352.362

Passivos: - - -Recursos de clientes e outros empréstimos 1.047.717 1.388.327 14.069Outros passivos 145 44.070 373

Garantias prestadas 43 40.766 73.300

Proveitos:Juros e rendimentos similares 20.412 62.291 13.697Ganhos em operações financeiras 1.157 - 832Rendimentos de serviços e comissões - 1 371Prémios de seguro 1.694 - 5Outros proveitos de exploração - - 12.393

Custos:Juros e encargos similares 9.044 11.510 385Perdas em operações financeiras 6.981 - 433Outros custos de exploração 2 - 1.131

2004Outras

Estado entidades doPortuguês Estado

(DGT) Português AssociadasActivos:Obrigações e outros títulos 443.072 - 6Crédito a clientes - 118 1.384Provisões para crédito / Imparidade - 22.623 -Outros activos 58.372 30.117 188.508

Passivos:Recursos de clientes e outros empréstimos 585.593 1.107.884 2.770Outros passivos - -

Garantias prestadas

59

- - 42.000

Proveitos:Juros e rendimentos similares 1.627 - 6.579Ganhos em operações financeiras 10.405 - -Rendimentos de serviços e comissões - 1 600Outros proveitos de exploração - - 313

Custos: - -Juros e encargos similares 12.979 9.268 755Perdas em operações financeiras 6.086 - -

-

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Os valores apresentados acima correspondem apenas à actividade individual da Caixa, e resultam de uma extracção de informação das principais aplicações de negócio, não constituindo assim um detalhe integral de todas as transacções com as entidades referidas.

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

Órgãos de gestão

Em 2005 os custos suportados relativos à remuneração e outros benefícios atribuídos aos membros dos Conselhos de Administração da Caixa e das empresas do Grupo ascenderam a 12.650 mEuros (11.562 mEuros no exercício de 2004).

Nos exercícios de 2005 e 2004, foram ainda atribuídas indemnizações por cessação de mandato nos montantes de 2.740 mEuros e 1.306 mEuros.

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o valor do crédito concedido a membros dos Conselhos de Administração ascendia a mEuros 1.593 e mEuros 1.458 respectivamente.

41. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Políticas de gestão dos riscos financeiros inerentes à actividade do Grupo

A CGD adoptou, em 2001, um modelo de gestão de risco centralizado que abrange a avaliação e controlo dos riscos de crédito, de mercado, e de liquidez incorridos em todo o Grupo, e que consagra o princípio da segregação de funções entre as atribuídas às áreas comerciais e à área de risco.

Risco de crédito –

A actuação da CGD no tocante ao risco de crédito é desenvolvida através da elaboração de pareceres e do controlo do risco implícito na carteira, os quais incorporam na análise a evolução económico-financeira previsional dos projectos e a influência e a percepção de factores susceptíveis de criar um risco agravado.

A avaliação do risco de crédito, quer de operações do activo quer de extrapatrimoniais, está suportada na análise sistemática dos seguintes factores:

- Transparência e qualidade da informação económico-financeira disponibilizada;

- Qualidade da gestão, eficiência operacional, influência do meio envolvente do cliente/risco e de mercado/posicionamento concorrencial, área geográfica, sector de actividade, contingências, relacionamento com CGD e Banca, de forma a permitir a detecção de riscos endógenos e exógenos;

- Qualidade da operação proposta, nomeadamente da sua finalidade, prazo, garantias, partilha de responsabilidades, colateral, risco cambial, etc.

São específicos à avaliação de risco de grupos económicos os seguintes critérios de:

- Ponderação de notações externas de risco de crédito;

- Ponderação do risco de crédito das várias áreas/empresas do Grupo;

- Concentração da exposição;

- Limite aos Grandes Riscos, na perspectiva regulamentar, do seu peso face aos capitais próprios e ponderação no rácio de solvabilidade.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

No contexto da avaliação do risco e como auxiliar de decisão, é ainda efectuada uma notação interna, utilizando-se uma metodologia comum a todo o Grupo, através de “rating” para as empresas de maior dimensão e os grupos económicos e de “scoring” para o segmento de Particulares.

A avaliação do risco de Instituições Financeiras (IC) assenta em regras estabelecidas internamente, em especial, através da atribuição de limites de exposição por contraparte, a qual é suportada, não só pela notação das agências de rating, como também pela ponderação de outros critérios de natureza quantitativa e qualitativa. É igualmente tida em consideração o mercado e a economia em que se encontram inseridas, a qualidade dos seus accionistas e outros factores que poderão mitigar o risco de crédito.

As regras atrás referidas foram transpostas para uma metodologia de avaliação de risco, com vista não só à atribuição de limites para estas contrapartes, como também à sua integração nos sistemas informáticos de modo a permitir a análise dos riscos incorridos, quer ao nível da entidade, da unidade de negócio, bem como a nível consolidado. Os limites são atribuídos por contraparte, maturidade e produto, em função do respectivo grau de risco da entidade/cliente e da sua capacidade de endividamento. Procede-se, igualmente, ao acompanhamento de risco das contrapartes, bem como ao controlo da exposição e dos limites atribuídos.

Está em desenvolvimento um modelo de rating interno para IC, o qual permitirá melhorar a análise das carteiras e o estabelecimento de normas mais rigorosas de avaliação.

Quanto ao acompanhamento do risco de crédito, orienta-se em torno da avaliação dos principais indicadores, procedendo-se à desagregação da carteira por produto, segmento de cliente, estrutura de decisão, grau de exposição no sistema financeiro, sector de actividade e área geográfica, analisando-se ainda o valor da exposição face aos limites dos Grandes Riscos nos termos prudenciais fixados.

Relativamente ao crédito vencido, as áreas comerciais são informadas das situações de incumprimento, diário e mensal, segmentadas por produto e tipo de cliente, através da elaboração de relatórios.

Risco de mercado –

As regras de gestão do risco de mercado estabelecido pelo Grupo CGD para cada carteira ou unidade de negócio, incluem limites de risco de mercado e ainda limites quanto à exposição a risco de crédito, de mercado e de liquidez, rentabilidade exigida, tipos de instrumentos autorizados e níveis de perdas máximas admissíveis.

O estabelecimento daquelas regras constitui a fase final dos processos de obtenção da informação relevante para avaliação de risco, tendo sido aprovadas em 2005 revisões às regras de gestão das carteiras de negociação (Sede) e de investimento (Grupo), bem como às regras de gestão do risco cambial.

Encontram-se completamente segregadas as funções de execução das operações de mercado e o controlo do risco incorrido decorrente das mesmas.

As operações de cobertura de risco de mercado são decididas pelos gestores das carteiras ou das unidades de negócio, tendo em conta os limites de risco e os instrumentos autorizados, colaborando a área da gestão de risco na avaliação do impacto das coberturas no risco total incorrido, ou na alteração aos níveis de risco de mercado autorizados, caso as condições assim o aconselhem.

A medida de risco de mercado utilizada é o Value at Risk (VaR) para todos os tipos de risco de mercado (taxa de juro, acções, taxa de câmbio e volatilidade), segundo a metodologia de simulação histórica, sendo os níveis de confiança utilizados na simulação, dependentes do objectivo de detenção das carteiras. Adicionalmente, são utilizadas outras medidas de risco de mercado, como a sensibilidade a variações de preço dos activos subjacentes (basis point value (bpv), para taxa de juro) e outros indicadores de sensibilidade comummente aplicados a carteiras de opções (vulgo, gregos). Desenvolveram-se ainda avaliações do impacto nos resultados, para cenários extremos de variação por factor de risco (stress-testing).

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

São efectuadas, diariamente, análises de backtesting teórico e real da medida de VaR, com cálculo dos valores de backtesting teórico e, mensalmente, com cálculo de backtesting real. O número de excepções obtidas, isto é o número de vezes em que as perdas teóricas ou reais ultrapassam o valor de VaR, permite avaliar a bondade do modelo utilizado e implementar medidas de ajustamento, caso necessário. Em 2005, iniciou-se a análise dos resultados dos modelos internos de risco de mercado para cálculo dos requisitos de fundos próprios para a cobertura deste risco e respectiva comparação com o método actualmente aplicado.

Risco cambial –

O controlo e a avaliação do risco cambial é efectuada a nível individual, diariamente, para a actividade doméstica e para cada uma das Sucursais e Filiais e, quinzenalmente, a nível consolidado para todo o Grupo. São calculados valores e limites em termos de VaR, assim como por posição aberta total e posição aberta por moeda, os quais foram revistos em 2005. Em termos de alterações mais relevantes, a frequência de avaliação e controlo passou a ser diária para cada instituição do Grupo e todas as participações em moeda estrangeira passaram a ser incluídas nos limites.

Risco de liquidez –

O processo de gestão de activos e passivos (Asset-Liability Management, ALM) tem como objectivo assegurar uma gestão prudente da situação de liquidez, de consumo de capital e de controlo dos riscos financeiros associados, incidindo, em especial, sobre riscos de taxa de juro, de mercado e de liquidez.

A assunção de risco de taxa de juro ocorre sempre que, no desenvolvimento da sua actividade, a Instituição contrata operações com fluxos financeiros futuros sensíveis a variações da taxa de juro.

Para a medição deste risco, a metodologia adoptada na CGD socorre-se do agrupamento dos activos e passivos sensíveis em intervalos fixos de tempo, de acordo com as respectivas datas de revisão de taxas de juro (repricing dates). Para esses intervalos, são calculados os cash flows activos e passivos, bem como o correspondente gap de risco de taxa de juro.

Para acompanhar o efeito dos gaps mencionados sobre a margem financeira, procede-se periodicamente à elaboração de cenários previsionais da evolução mensal dos activos e passivos sensíveis, integrando comportamentos e tendências relevantes da actividade bancária, bem como a evolução das diferentes taxas de mercado e as expectativas reflectidas na yield curve.

Semestralmente, é também calculado, para a actividade consolidada, o risco de taxa de juro da carteira bancária, englobando esta todos os elementos do balanço e extrapatrimoniais não abrangidos pela carteira de negociação. A avaliação e a medição deste tipo de risco socorrem-se do impacto acumulado nos instrumentos sensíveis à taxa de juro, resultante de uma deslocação paralela da curva de rendimentos de +/- 200 b.p. (conforme Instrução nº19/2005, do Banco de Portugal).

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Risco cambial

Em 31 de Dezembro de 2005, os instrumentos financeiros apresentam a seguinte decomposição por moeda:

MoedaDólares Libra Valor de Balanço

Euros Norte Americanos esterlina Iene Outras de Derivados Total

Activo

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 1.792.430 7.496 94 122 188.758 - 1.988.900Disponibilidades em outras instituições de crédito 484.581 21.404 6.247 12.420 81.793 - 606.445Aplicações em instituições de crédito 5.377.559 2.437.562 442.286 323.981 674.203 - 9.255.591Activos financeiros ao justo valor através de resultados 6.955.512 217.184 20.397 - 49.656 351.984 7.594.733Activos financeiros disponíveis para venda 10.412.476 413.066 6.433 - 272.485 - 11.104.460Derivados de cobertura - - - - - 199.186 199.186Crédito a clientes 49.604.382 634.113 101.735 3.676 993.344 - 51.337.250Investimentos em filiais e associadas 306.987 66 - - 1.213 - 308.266Provisões e imparidade (1.307.814) (15.239) (3.291) (175) (75.690) - (1.402.209)

73.626.113 3.715.652 573.901 340.024 2.185.762 551.170 80.992.622

Passivo

Recursos de instituições de crédito e bancos centrais (1.785.455) (2.313.147) (99.431) (20.341) (167.489) - (4.385.863)Recursos de clientes e outros empréstimos (46.831.896) (1.266.013) (47.914) (130.685) (1.885.455) - (50.161.963)Responsabilidades representadas por títulos (8.678.032) (1.453.037) (789.852) (550.675) (180.441) - (11.652.037)Passivos financeiros ao justo valor através de resultados - - - - - (352.948) (352.948)Derivados de cobertura - - - - - (414.529) (414.529)Outros passivos subordinados (1.659.654) (42.644) - - - - (1.702.298)Recursos Consignados (2.520.093) - - - (5.206) - (2.525.299)

(61.475.130) (5.074.841) (937.197) (701.701) (2.238.591) (767.477) (71.194.937)

Derivados

Forwards cambiais (125.961) 1.762 (2.609) (139) (10.563) - (137.510)Swaps cambiais (1.223.857) 1.765.281 33.225 (312.458) (190.507) - 71.684Swaps de taxa de juro (665.833) 41.213 364.545 539.195 30.991 - 310.111Futuros (1.635.807) (1.695) - - - - (1.637.502)Opções 60.474 1.967 - - 59.815 - 122.256Caps & Floors (258.550) - - - - - (258.550)

(3.849.534) 1.808.528 395.161 226.598 (110.264) - (1.529.511)

Exposição líquida 8.301.449 449.339 31.865 (135.079) (163.093) (216.307) 8.268.174

Risco de liquidez

Risco de liquidez corresponde ao risco de a CGD ter dificuldades na obtenção de fundos de forma a cumprir os seus compromissos. O risco de liquidez pode ser reflectido, por exemplo, na incapacidade da Caixa alienar um activo financeiro de uma forma célere a um valor próximo do seu justo valor.

Em 31 de Dezembro de 2005, os prazos residuais contratuais dos instrumentos financeiros apresentam a seguinte composição:

Prazos residuais contratuaisAté De 3 meses a De 1 a De 3 Mais de

À vista 3 meses a 1 ano a 3 anos a 5 anos 5 anos Indeterminado Total

ActivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 999.897 988.942 - - - - 61 1.98Disponibilidades em outras instituições de crédito 552.333 41.666 2.864 3 - 6.286 3.293 606.445Activos financeiros ao justo valor através de resultados 428.523 30.643 286.210 1.205.264 1.094.524 1.437.277 3.112.292 7.594.733Activos financeiros disponíveis para venda 48.526 555.879 661.673 2.201.268 1.972.880 2.424.644 3.239.590 11.104.460Aplicações em instituições de crédito 73.785 6.849.345 1.337.043 684.858 291.137 12.628 6.795 9.255.591Crédito a clientes 698.860 3.800.516 5.598.432 6.345.204 5.710.235 28.065.149 1.118.854 51.337.250Derivados de cobertura - - - - - - 199.186 19

2.801.924 12.266.991 7.886.222 10.436.597 9.068.776 31.945.984 7.680.071 82.086.565

Passivos

8.900

9.186

Recursos de Bancos Centrais e outras Instituições de Crédito (1.014.057) (2.623.330) (424.849) (57.500) (10.958) (250.990) (4.179) (4.385.863)Passivos financeiros detidos para negociação (310.847) (7.126) (7.093) (10.206) (7.665) (9.935) (76) (352.948)Recursos de clientes e outros empréstimos (16.063.250) (17.429.669) (12.542.428) (1.394.639) (1.511.644) (1.141.488) (78.845) (50.161.963)Responsabilidades representadas por títulos (148.244) (2.343.392) (1.854.490) (2.784.462) (1.488.586) (3.032.864) 1 (11.652.037)Derivados de cobertura - (298.917) - (301) - - (115.311) (414.529)Outros passivos subordinados (3.184) - (273.368) (249.760) (520.108) (546.197) (109.681) (1.702.298)Recursos Consignados - - - (190.890) (180.482) (2.153.927) - (2.525.299)

(17.539.582) (22.702.434) (15.102.228) (4.687.758) (3.719.443) (7.135.401) (308.091) (71.194.937)

Diferencial (14.737.658) (10.435.443) (7.216.006) 5.748.839 5.349.333 24.810.583 7.371.980 10.891.628

121

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Risco de taxa de juro

Risco de taxa de juro corresponde ao risco do justo valor ou dos fluxos de caixa associados a um determinado instrumento financeiro, se alterar em resultado de uma alteração das taxas de juro de mercado.

Em 31 de Dezembro de 2005, a exposição ao risco de taxa de juro pode ser resumida como segue:

ExposiçãoNão sujeito

Taxa Taxa a risco defixa variável Subtotal taxa de juro Indeterminado Total

ActivoCaixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 1.216.993 783.132 2.000.125 199 (11.424) 1.988.900Disponibilidades em outras instituições de crédito 487.263 113.218 600.481 1.959 4.005 606.445Activos financeiros ao justo valor através de resultados 3.705.119 2.919.432 6.624.551 641.806 328.376 7.594.733Activos financeiros disponíveis para venda 5.225.180 2.721.653 7.946.833 3.031.822 125.805 11.104.460Aplicações em instituições de Crédito 9.115.770 1.123.642 10.239.412 - (983.821) 9.255.591Crédito a clientes 3.972.789 46.456.943 50.429.732 12.381 895.137 51.337.250

23.723.114 54.118.020 77.841.134 3.688.167 358.078 81.887.379

PassivosRecursos de Bancos Centrais e outras Instituições de Crédito (3.646.187) (1.925.407) (5.571.594) (1.949) 1.187.680 (4.385.863)Passivos financeiros detidos para negociação - - - (1.536) (351.412) (352.948)Recursos de clientes e outros empréstimos (31.980.053) (18.247.337) (50.227.390) (21) 65.448 (50.161.963)Responsabilidades representadas por títulos (5.604.252) (6.575.493) (12.179.745) - 527.708 (11.652.037)Outros passivos subordinados (451.758) (1.253.649) (1.705.407) - 3.109 (1.702.298)Recursos Consignados - (2.539.982) (2.539.982) - 14.683 (2.525.299)

(41.682.250) (30.541.868) (72.224.118) (3.506) 1.447.216 (70.780.408)

DerivadosInterest Rate Swaps (IRSs) (1.959.014) 1.903.309 (55.705) - 365.816 310.111Futuros sobre Taxa de Juro (1.081.895) - (1.081.895) - (539.610) (1.621.505)Forward Rate Agreements (FRAs) - 5.800 5.800 - - 5.800Opções de Taxa de Juro - - - - (258.550) (258.550)

(3.040.909) 1.909.109 (1.131.800) - (432.344) (1.564.144)

Exposição Líquida (21.000.045) 25.485.261 4.485.216 3.684.661 1.372.950 9.542.827

Na construção do quadro acima, foram utilizados os seguintes pressupostos:

- As disponibilidades mínimas de caixa foram classificadas na coluna de "Taxa Fixa";

- A coluna “Indeterminado” inclui:

o O valor de balanço de derivados de negociação, classificados em “Activos detidos para negociação”;

o O crédito vencido;

o Os saldos de balanço relativos a correcções de valor de activos e passivos objecto de operações de cobertura;

- Os instrumentos de capital foram classificados como "Não sujeito a risco taxa de juro";

- Os cheques a cobrar e a pagar são considerados nas colunas de exposição a "Taxa Fixa";

- A diferença entre o valor nominal e o valor de mercado dos títulos de dívida registados ao justo valor está considerada na coluna "Indeterminado".

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Em 31 de Dezembro de 2005, o desenvolvimento dos instrumentos financeiros com exposição a risco de taxa de juro em função da sua maturidade ou data de refixação é apresentado no quadro seguinte:

Datas de refixação / Datas de maturidadeAté De 1 mês a De 3 meses a De 1 a De 3 Mais de

À vista 1 mês a 3 meses a 1 ano a 3 anos a 5 anos 5 anos Total

ActivoCaixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 967.069 978.440 54.616 - - - - 2.000.125Disponibilidades em outras instituições de crédito 555.546 6.286 38.646 3 - - - 600.481Activos financeiros ao justo valor através de resultados - 1.449.646 1.733.504 764.773 506.524 280.954 1.889.150 6.624.551Activos financeiros disponíveis para venda 37.751 619.170 1.994.765 903.997 1.297.513 1.251.667 1.841.970 7.946.833Aplicações em instituições de Crédito 208.758 6.915.654 1.698.787 1.395.966 2.000 5.086 13.161 10.239.412Crédito a clientes 702.396 14.634.421 13.887.816 19.167.127 550.669 500.585 986.718 50.429.732

2.471.520 24.603.617 19.408.134 22.231.866 2.356.706 2.038.292 4.730.999 77.841.134

PassivosRecursos de Bancos Centrais e outras Instituições de Crédito (1.422.301) (2.310.559) (1.108.177) (658.443) (64.282) (7.832) - (5.571.594)Recursos de clientes e outros empréstimos (18.868.474) (7.806.608) (7.860.409) (12.144.619) (1.250.199) (1.390.982) (906.099) (50.227.390)Responsabilidades representadas por títulos (109.944) (3.163.662) (4.914.066) (2.760.713) (1.003.866) (134.799) (92.695) (12.179.745)Outros passivos subordinados (10.183) (364.521) (365.191) (523.128) - (400.000) (42.384) (1.705.407)Recursos Consignados - (676) (2.516.009) (23.297) - - - (2.539.982)

(20.410.902) (13.646.026) (16.763.852) (16.110.200) (2.318.347) (1.933.613) (1.041.178) (72.224.118)

DerivadosInterest Rate Swaps (IRSs) - 1.907.000 (3.205.014) (1.247.791) 1.392.479 933.697 163.924 (55.705)Futuros sobre Taxa de Juro - - - - (505.200) (1.695) (575.000) (1.081.895)Forward Rate Agreements (FRAs) - - - - 5.800 - - 5.800

- 1.907.000 (3.205.014) (1.247.791) 893.079 932.002 (411.076) (1.131.800)

Exposição Líquida (17.939.382) 12.864.591 (560.732) 4.873.875 931.438 1.036.681 3.278.745 4.485.216

Na construção do quadro acima, as disponibilidades mínimas de caixa foram classificadas na coluna de “Até 1 mês”.

Em 31 de Dezembro de 2005, os depósitos à ordem de clientes não remunerados são considerados como de taxa fixa, sendo incluídos no intervalo “À vista”.

Justo valor

A comparação entre o justo valor e o valor de balanço dos principais activos e passivos registados pelo custo amortizado em 31 de Dezembro de 2005 é apresentado no quadro seguinte:

Saldos nãoSaldos analisados analisados

Valor de Justo Valor de Valor de Balançobalanço Valor Diferença balanço Total

Activo

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 1.998.805 1.998.823 18 (9.905) 1.988.900Disponibilidades em outras instituições de crédito 605.732 605.732 - 713 606.445Aplicações em instituições de crédito 10.235.077 10.251.533 16.456 (980.374) 9.254.703Crédito a clientes 50.156.411 50.234.466 78.055 (220.480) 49.935.931

62.996.025 63.090.554 94.529 (1.210.046) 61.785.979

Passivo

Recursos de Bancos Centrais e outras Instituições de Crédito 5.409.766 5.409.407 359 (1.023.903) 4.385.863Recursos de clientes e outros empréstimos 47.816.369 47.830.499 (14.130) 2.345.594 50.161.963Responsabilidades representadas por títulos 12.140.213 12.166.179 (25.966) (488.176) 11.652.037Outros passivos subordinados 1.706.216 1.752.128 (45.912) (3.918) 1.702.298Recursos consignados 2.545.189 2.550.430 (5.241) (19.890) 2.525.299

69.617.753 69.708.643 (90.890) 1.171.927 70.789.680

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

No apuramento do justo valor, foram utilizados os seguintes pressupostos:

- Relativamente aos saldos à vista, o valor de balanço corresponde ao justo valor;

- O justo valor dos restantes instrumentos foi determinado pela Caixa com base em modelos de fluxos de caixa descontados, tendo em consideração as condições contratuais das operações e utilizando taxas de juro apropriadas face ao tipo de instrumento, incluindo:

. Taxas de juro de mercado para aplicações e recursos de instituições de crédito;

. Taxas de juro praticadas nas novas operações concedidas pela Caixa na data de balanço, para tipos de crédito comparáveis;

. Curvas de taxas de juro incorporando o spread de risco da Caixa, no que respeita a passivos emitidos para investidores institucionais, tendo em consideração o tipo de instrumento e a respectiva maturidade;

. Taxas de juro de referência para emissão de produtos para colocação no retalho.

- A coluna “Saldos não analisados” inclui essencialmente:

. O crédito vencido, líquido da imparidade constituída;

. Saldos de entidades não incluídas no cálculo efectuado pela Caixa.

42. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A RISCO DE CONTRATOS DE SEGURO

É apresentada de seguida uma descrição resumida da política de aceitação e gestão de risco em vigor na área seguradora do Grupo CGD em Portugal, nomeadamente, pelas companhias que integram a Caixa Seguros (Companhia).

42.1 SUBSCRIÇÃO DE RISCOS

A aceitação e gestão de riscos é estruturada em três grandes níveis seguindo um modelo de delegação de competências.

Cada nível dispõe, de acordo com as suas competências, de metodologias e procedimentos específicos, permitindo a interligação e harmonização entre eles.

No terceiro nível, cometido às redes comerciais, enquadra-se a competência delegada para aceitação de riscos standardizados, devidamente enquadrados por normas e procedimentos escritos, assentando, em especial, nos seguintes critérios:

- Clausulados standard;

- Riscos ou actividades com um histórico de sinistralidade baixo ou muito baixo;

- Universo de risco homogéneo e de fácil identificação;

- Capitais de pequenos montantes que permitam uma diluição de risco elevada, situando-se predominantemente dentro das retenções das companhias;

- Riscos com uma acumulação conhecida e controlável, relativamente a coberturas e/ou dispersão geográfica.

Tem como instrumentos ao seu dispor: Tarifas, Normas de Subscrição e de Delegação de Poderes, manuais dos produtos, apólices standard, propostas de seguro, declarações tipo, questionários técnicos, e normas relativas a circuitos e procedimentos.

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O segundo nível integra diversas unidades de subscrição técnicas multidisciplinares de apoio às redes comerciais, com competências delegadas para aceitação e análise de riscos específicos e assenta em especial nos seguintes critérios:

- Subscrição de Produtos standard;

- Limitação à subscrição dos riscos ou actividades a seguir caracterizadas: i) riscos ou actividades com elevada sinistralidade geral; ii) riscos ou actividades que considerados individualmente, apresentem um potencial de perda muito elevado; iii) riscos ou actividades cuja subscrição deva pressupor uma análise técnica específica e especializada; iv) riscos relacionados com actividades económicas em contracção.

- Subscrição de capitais baixos a médios, que permitam uma diluição de risco média, dentro das capacidades dos tratados das Companhias mas não ultrapassando o valor médio das suas capacidades de subscrição automática (Retenção + tratados);

- Estudo de acumulação de riscos, considerando o Cliente em termos globais.

Apesar de se tratar de riscos devidamente enquadrados e delimitados, as unidades de subscrição dispõem, quando necessário, de instrumentos adicionais de avaliação dos riscos a subscrever, nomeadamente a análise de riscos efectuadas por empresas especializadas.

Estes instrumentos visam particularizar e avaliar “in loco” os desvios aos padrões médios de um determinado risco, permitindo a avaliação de perdas máximas expectáveis, dos pontos fracos e fortes da entidade proponente ou do objecto do risco, bem como efectuar uma avaliação específica para determinadas coberturas ou limites de capital a subscrever, assim se estabelecendo o contrato adequado e equilibrado entre as partes.

O primeiro nível da subscrição é da competência das Áreas Técnicas dos Ramos, cabendo-lhe a aceitação de riscos não delegados nos dois níveis referidos e a gestão técnica dos Ramos. As condições de aceitação de riscos de valor unitário muito elevado, ou envolvendo conjuntos de riscos muito alargados, são analisadas por um Comité de Riscos, composto, no mínimo, por três Administradores, nele participando os Directores das Áreas Técnica, Comercial e de Resseguro.

O primeiro nível da subscrição é dotado de um corpo técnico multidisciplinar fortemente especializado por actividades e/ou ramos de seguros, coadjuvado por especialistas em análise de risco e actuariado.

A aceitação de riscos assenta em padrões técnicos rigorosos, visando a identificação de riscos com elevadas perdas potenciais (gravidade e frequência), de modo a obter um crescimento sustentado da carteira e um resultado técnico equilibrado, recorrendo-se à colocação em Resseguro Facultativo quando os riscos não sejam enquadráveis nos Tratados.

Nos seguros sobre a vida humana, os critérios de aceitação de riscos encontram-se definidos em grelhas médicas, nos quais os plafonds de capitais seguros e respectivos exames clínicos foram estabelecidos, separada ou conjuntamente, entre o Ramo Vida e os Resseguradores da Companhia.

Quando os riscos em presença não se enquadrem nos manuais de tarifação do Resseguro ou nas condições de aceitação automática da companhia, estes são remetidos para os gabinetes de underwriting dos Resseguradores.

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42.2. GESTÃO TÉCNICA

A gestão técnica dos Ramos compreende a definição de preços e clausulados das apólices, a definição e controlo da política de subscrição e ainda o controlo e acompanhamento da receita processada, da sinistralidade e da margem técnica. Tal permite a monitorização dos riscos edos seus cúmulos na carteira.

Toda esta gestão é efectuada em colaboração e articulação com a área de resseguro, na preparação de elementos de informação que facilitem a negociação anual dos Tratados de Resseguro ou no recurso casuístico a resseguro facultativo e com as áreas de sinistros, quando necessário, no apoio à regularização de sinistros complexos.

42.3. INSTRUMENTOS DE GESTÃO PARA CONTROLO DO RISCO

Riscos Internos da Organização

De forma a controlar e minimizar o risco interno da organização, as normas e procedimentos encontram-se publicados e são de acesso e conhecimento geral, sendo o processo de aplicação devidamente monitorizado pelas áreas competentes.

Estudos de Perfil da Carteira

São elaborados estudos regulares sobre o perfil de risco das carteiras, por classes de capitais / responsabilidades assumidas, por actividades e objectos do seguro e por coberturas.

Este tipo de estudo permite obter uma análise qualitativa e da sinistralidade de determinadas classes de risco (escalões de capitais seguros, objectos de seguro, actividades, coberturas), tendo como objectivo a aferição das delegações existentes e correcção de eventuais distorções, correlacionar os principais factores de formação de preço e a alteração dos produtos em comercialização ou a criação de novos.

Análises Periódicas da Evolução da Carteira

A carteira sob gestão é sujeita a uma acompanhamento periódico sobre a sua evolução, analisando-se, designadamente, o comportamento do movimento de apólices, quer em termos de quantidades de apólices, quer em termos de produção nova e anulada.

Estes estudos incluem ainda a análise do comportamento dos sinistros, monitorizando-se a respectiva frequência e taxa de sinistralidade. Esta análise é produzida não apenas a nível de agrupamentos de ramos, mas principalmente ao nível dos Produtos sob gestão.

Selecção e Saneamento de Carteira

Esta função tem como objectivo melhorar a rentabilidade da carteira sob gestão, quer através do saneamento de riscos deficitários (frequência e/ou elevada sinistralidade), quer pelaintrodução de alterações às condições contratuais (coberturas, franquias, prémios) quer ainda pelo aconselhamento ao Cliente (recomendação para implementação de medidas de prevenção e segurança que melhorem a qualidade do risco).

Concentrações de risco de seguro

Ao serem elaborados estudos regulares sobre o perfil de risco das carteiras, por classes de capitais / responsabilidades assumidas, por actividades e objectos a segurar e por coberturas, obtêm-se indicadores que permitem estimar o impacto de eventuais alterações a coberturas, avaliar o impacto de eventuais alterações aos tratados de resseguro e da política de retenção das companhias.

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Estes estudos são ainda focalizados numa cobertura específica, numa área geográfica, no tipo de responsabilidades assumidas ou no tipo de objecto seguro, permitindo a determinação e a quantificação dos cúmulos de risco por classes, bem como a avaliação do impacto de cenários de sinistros catastróficos na carteira.

42.4 POLÍTICAS DE RESSEGURO

Os factores determinantes para limitar ou transferir o risco seguro estão em consonância com a natureza dos negócios, valores dos riscos a segurar, distinguindo-se entre os que podem ser considerados Ramos de massa (Automóvel, Acidentes de Trabalho, Acidentes Pessoais), e ramos Patrimoniais (Incêndio e Anexos, Engenharia e Máquinas e riscos Marítimos, nas suas diferentes componentes, Responsabilidade Civil Geral e riscos Diversos).

O cumprimento de Normas de Subscrição está associado às coberturas disponíveis e em vigor em Resseguro, sendo determinantes para a aceitação ou recusa de tipos de riscos.

Os riscos que envolvem elevados capitais seguros ou situações gravosas são objecto de prévia análise e a sua aceitação é feita em estreita interdependência do Resseguro e por ele suportados.

A Companhia tem pautado a sua política de Resseguro pela existência de Tratados de Resseguro Proporcional e Resseguro Não Proporcional, assim como Facultativo, e outras modalidades de Resseguro que se revelam necessárias para obtenção de protecção de Resseguro adequada aos riscos aceites.

A cobertura de Resseguro nos principais ramos patrimoniais, bem como a respectiva retenção, pauta-se pela relação entre a estrutura de carteira quanto a capitais seguros e o respectivo volume de prémios de cada ramo, e pelo acompanhamento estatístico da sua rentabilidade e relação Retenção/ Prémios no fim dum ano ou dum ciclo e pela capacidade financeira da Companhia, suficientemente importante para a absorção de sinistros de frequência.

Na determinação da Retenção por evento, tem-se em conta o facto de catástrofes não se produzirem com frequência e a retenção reflecte o que tecnicamente é expectável do ponto de vista do impacto da mesma catástrofe nos capitais da Companhia e na absorção da mesma ao longo dum período definido, trabalhando num cenário conservador dum período de retorno de 500 anos, o que é inusual em mercados de exposição catastrófica.

As retenções, como referido, são as adaptadas às carteiras existentes e têm em conta a capacidade negociada e o equilíbrio entre cedência de prémios e essa mesma capacidade.

Nos ramos Incêndio e Anexos, Engenharia e Marítimo, as companhias operam com Tratados Proporcionais.

No que se refere a ramos de Massa (Auto, AT, AP), os riscos são cobertos por um tratado de Excesso de Perdas, o que se revela mais adequado à natureza dos riscos e da carteira e à capacidade financeira da Companhia. Na fixação da prioridade tem-se em conta o comportamento estatístico da sinistralidade e as cotações encontradas para os diferentes níveis que a mesma pode ter.

Também o negócio do ramo Responsabilidade Civil Geral se encontra protegido por um tratado de resseguro em Excesso de Perdas.

Os “Cúmulos de Risco” das Retenções encontram-se protegidos por Tratados de Excesso de Perdas adequados a cada situação.

As acumulações resultantes da “Cobertura de Fenómenos Sísmicos e Riscos da Natureza”, de carácter catastrófico nas Retenções, são resseguradas em Excesso de Perdas, sendo a Retenção determinada pela capacidade financeira da Companhia.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Os critérios de selecção e admissibilidade dos Resseguradores são pautados pela sua fiabilidade e solvência financeira, da sua capacidade de prestação de serviços, pela observação e acompanhamento dos mesmos no seu relacionamento no que se refere a pagamentos/ recebimentos, não deixando de ter em apreço, também como factor determinante, o seu Rating pelas diferentes agências internacionais.

42.5. TÉCNICAS DE GESTÃO DE ACTIVOS E PASSIVOS (ALM) UTILIZADAS PELA COMPANHIA.

A Companhia tem actuações diferentes consoante o tipo de produto em causa.

Procedimentos de adequação de Activos e Passivos

Produtos Imunizados

São tipicamente produtos de rendimento fixo definido e conhecido à partida e sem direito a participação de resultados a atribuir aos segurados. Estes produtos são cobertos com investimentos de maturidade e vencimento semelhantes aos respectivos passivos, procurando-se obter uma rentabilidade dos investimentos que cubra a margem da Companhia e a remuneração contratualizada com os clientes.

Podem ocorrer desajustes temporários entre activos e passivos e que, usualmente, resultam de resgate. Por este facto, a política de investimentos é condicionada por investimentos em títulos com notação de rating “investment grade”, admitidos em mercados da OCDE, devendo igualmente ter elevada liquidez.

Produtos com Participação nos Resultados com capital e rendimento garantido

As carteiras de investimentos destes produtos têm uma composição que depende do modelo de gestão aplicável e dos “benckmarks” definidos relativamente a cada produto.

Os “benckmarks” são estabelecidos em função dos níveis de taxa de juro do mercado, da maturidade das responsabilidades e do rendimentos garantido aos clientes. Para minimizar o risco, à medida que se aproxima o vencimento das responsabilidades, o peso do investimento em títulos de rendimento variável vai-se reduzindo gradualmente, sendo substituído por investimento em títulos de rendimento fixo.

Para projecção dos cash flows dos passivos são consideradas diversas informações relevantes, designadamente as relativas a contratos vivos, datas de vencimento dos contratos, responsabilidades actuais capitalizadas pela participação de resultados e taxa de rendimento garantida.

Para projecção dos cash flows dos activos, em relação aos investimentos em títulos de rendimento fixo com taxa fixa, ou é utilizada a taxa do activo ou utilizam-se cenários, de acordo com a curva de rendimentos, dependendo a sua aplicação da convicção da aderência destes cenários à realidade futura. Relativamente aos títulos de rendimento variável não são utilizadas projecções de cash flows futuros, utilizando-se, em alternativa, o seu valor actual de mercado.

Política de alocação de investimentos a produtos

Relativamente a produtos que garantam participação nos resultados e aos produtos “Unit Linked” em que o risco de investimento é do tomador do seguro, as respectivas carteiras de investimentos estão colocadas em fundos autónomos, gerindo-se um fundo autónomo por produto, com o objectivo de garantir a independência das respectivas carteiras e evitar a contaminação resultante da colocação numa única carteira dos investimentos requeridos por vários produtos.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Os produtos sem direito a participação são colocados em carteiras geridas globalmente em virtude do desempenho das respectivas carteiras não condicionar o rendimento a atribuir aos clientes. No entanto, apesar de existir uma maior flexibilidade na gestão, a mesma é feita de modo prudencial com “matching” entre activos e passivos.

Os activos são alocados às carteiras em função do seu valor de mercado, em particular nos casos de carteiras em que os segurados participam nos resultados obtidos, havendo também nestes casos a constituição de um fundo autónomo associado a cada carteira.

Relativamente à selecção do tipo de activos também são definidos, por classe de activos, limites máximos de exposição.

Para além das restrições impostas pela legislação em vigor, a gestão das carteiras da Companhia tem ainda em consideração os seguintes pontos:

I. Limite de exposição a valores mobiliários que não se encontrem admitidos à negociação em bolsas de valores ou em outros mercados regulamentados de Estados membros da União Europeia, ou em mercados de países da OCDE legalmente considerados como análogos, é de 15 % do valor da carteira, devendo sempre ter a aprovação expressa do Conselho de Administração;

II. O conjunto das aplicações expressas em moedas são representadas em divisas congruentes com as dos compromissos assumidos em, pelo menos, 95 %;

III. Instrumentos Derivados, Operações de Reporte e Empréstimo de Valores - Podem ser utilizados instrumentos derivados para cobertura, especulação ou redução do custo de investimento, de acordo com o enquadramento legislativo em vigor.

São permitidas, nos termos legalmente previstos, operações de reporte e empréstimos de valores, desde que tal não comprometa os limites de alocação definidos para cada uma das classes de activos a que respeitem. Estas operações carecem de autorização casuística prévia, podendo haver autorizações genéricas para derivados de mercado.

Modelos de avaliação de risco para derivados:

Existe um modelo genérico de avaliação do retorno/risco esperado em função da composição por classes de activos. O retorno esperado das carteiras está sujeito a uma análise de sensibilidade em função das várias volatilidades dos activos que as constituem.Este tipo de avaliação justifica as decisões de alocação de activos procurando-se constituir carteiras com risco controlado que optimizem o retorno dentro do enquadramento de mercado existente.

A avaliação do risco é efectuada internamente pela Direcção de Investimentos, havendo pontualmente e sempre que tal se mostra conveniente, o envolvimento da Direcção de Gestão de Risco do Grupo, integrada na Caixa. São monitorizados vários riscos envolvidos nomeadamente:

• risco de mercado; • risco de taxa de juro; • risco de crédito por emitente e por grupo financeiro; • risco de liquidez.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

IV. Universo de investimento para activos de Rendimento Fixo

As obrigações elegíveis para aquisição deverão respeitar a seguinte grelha que pondere a sua maturidade residual com o risco assumido. Na aquisição não deverá haver investimento em activos com rating inferior à notação BBB ou equivalente.

Dívida Soberana Dívida CorporateAté 1 ano BBB BBB1 a 5 anos A- A-5 a 15 anos A+ AA-Superior a 15 anos A+ AAA

O investimento em outras classes de activos não especificadas deverá ter a aprovação casuística do Conselho de Administração.

As limitações a investimentos resultam também da regulamentação em vigor.

42.6. RAMO VIDA

No Ramo Vida existem três grandes famílias de contratos de seguros, abrangidos pelo IFRS 4, em relação aos quais a natureza dos riscos cobertos se caracteriza de seguida:

Produtos de Risco

Relativamente a estes produtos, o maior factor de risco é a mortalidade, havendo um grande número de contratos que também têm associado o risco de invalidez, sendo transferido, para as Resseguradoras, uma parte significativa dos mesmos.

As participações nos resultados seguem tipicamente uma conta técnico/financeiro do tipo:

( Prémios + Rendimentos - Sinistros – Despesas de Gestão - Variação na Provisão Matemática - Saldo Negativo do exercício anterior (caso exista)) x Coeficiente de Participação

A discricionariedade desta participação nos resultados está associada à utilização do Fundo para Dotação Futuras na determinação dos rendimentos e no coeficiente de participação, porque nos planos de participação estão apenas definidos mínimos para este último valor.

Produtos de Rendas

Relativamente a estes produtos o maior factor de risco é o da longevidade.

As participação nos resultados seguem tipicamente uma conta técnico/financeiro do tipo:

( Prémios + Rendimentos - Sinistros - Despesas de Gestão - Variação na ProvisãoMatemática - Saldo Negativo do exercício anterior (caso exista)) x Coeficiente de Participação

A discricionariedade desta participação nos resultados está associada à utilização do Fundo para Dotação Futuras na determinação dos rendimentos e no coeficiente de participação, porque nos planos de participação estão apenas definidos mínimos para este último valor.

Produtos de Capitalização

O risco de taxa de juro é o principal factor de risco destes produtos.

Estão abrangidos pela IFRS 4 apenas os contratos com participação nos resultados, pelo que o rendimento atribuído aos segurados tem uma componente fixa e uma variável que depende da rentabilidade de uma determinada carteira de activos parcialmente dependentes da discricionariedade da Companhia. A participação nos resultados segue tipicamente uma conta financeira do tipo:

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

(Percentagem dos Rendimentos – Rendimentos Técnicos – Encargos de Gestão – Saldo Negativo do exercício anterior (caso exista)) x Coeficiente de Participação

A discricionariedade desta participação nos resultados está associada à utilização do Fundo para Dotação Futuras na determinação dos rendimentos, do coeficiente de participação, da percentagem de rendimentos e dos encargos de gestão, porque nos planos de participação estão apenas definidos mínimos para estes valores.

Para cada uma destas famílias de produtos apresentam-se os cash inflows e outflows,esperados para os próximos três anos (PR – Participação nos resultados).

Fidelidade - Mundial

Risco Rendas Capitalização com PR Ano Inflow OutFlow Inflow OutFlow Inflow OutFlow2006 109.442 73.001 - 4.473 28.843 311.1592007 77.707 52.457 - 4.398 25.917 399.3652008 73.183 50.759 - 4.235 22.962 522.887

Império - Bonança

Rendas Capitalização com PR Ano Inflow OutFlow Inflow OutFlow2006 - 11.116 45.109 204.6502007 - 10.742 40.549 163.4902008 - 10.345 36.233 105.227

O quadro seguinte apresenta a alteração destes cash inflows e outflows, considerando um aumento de 5% dos resgates esperados.

Fidelidade - Mundial

Risco Rendas Capitalização com PR Ano Inflow OutFlow Inflow OutFlow Inflow OutFlow2006 105.171 70.748 - 4.473 28.106 452.3422007 71.858 48.637 - 4.398 23.953 500.7442008 64.170 44.771 - 4.235 20.129 570.632

Império - Bonança

Rendas Capitalização com PR Ano Inflow OutFlow Inflow OutFlow2006 - 11.116 44.013 236.7662007 - 10.742 37.436 180.2532008 - 10.345 31.652 116.245

Seguidamente apresenta-se a variação estimada das responsabilidades reconhecidas em Balanço, com referência a 31 de Dezembro de 2005, considerando diversas alterações dos pressupostos utilizados.

Fidelidade - Mundial

Pressuposto Variação do Pressuposto Variação das ResponsabilidadesTaxa de Mortalidade + 25%* 3.805

Taxa de Rentabilidade dos Activos + 0,5% 10.806Taxa de Inflação + 1% 180Taxa de Saída + 5% ( 5.108 )

* Nos Seguros de Rendas, a variação da taxa de mortalidade foi negativa.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

Império - Bonança

Pressuposto Variação do Pressuposto Variação das ResponsabilidadesTaxa de Mortalidade + 25%* 9.225

Taxa de Rentabilidade dos Activos + 0,5% -Taxa de Inflação + 1% -Taxa de Saída + 5% -

* Nos Seguros de Rendas, a variação da taxa de mortalidade foi negativa.

42.7. RISCO DE TAXA DE JURO

A política de gestão do risco de taxa de juro é desenvolvida de acordo com duas linhas de orientação. No caso das carteiras imunizadas, seguros de capitalização de taxa fixa, verifica-se uma adequação das coberturas às responsabilidades assumidas. Neste caso existe um matching entre o perfil dos cash flows dos activos investidos e os outflows dos passivos na maturidade. O risco da taxa de juro não tem praticamente gestão activa ao longo da vida do produto.

No caso das carteiras com modelo de gestão de benchmark, o risco de taxa de juro é gerido de uma maneira activa de acordo com o nível de exposição alvo definido pelos benchmarks, verificando-se uma gestão táctica de underweigth/overweight em função das expectativas de alteração da estrutura da curva de maneira a optimizar os retornos dos activos.

Em termos quantitativos, o nível de exposição aos prazos mais longos não é significativo conforme leitura do quadro seguinte.

Risco por maturidade Valor Peso Mod Dur Rendimento Fixo 7.323.736 100,00% Obrigações taxa fixa 4.365.982 59,61% 5,1 Maturidade 1 a 3 anos 2.030.581 27,73% 2,4 Maturidade 4 a 5 anos 804.887 10,99% 4,4 Maturidade 6 a 7 anos 561.460 7,67% 6,0 Maturidade 8 a 10 anos 466.238 6,37% 7,5 Maturidade 11 a 19 anos 188.519 2,57% 10,0 Maturidade 20 a 29 anos 300.058 4,10% 15,1 Maturidade superior a 30 anos 14.238 0,19% 18,1 Obrigações taxa variável 2.244.615 30,65% 0,2 Obrigações maturidade < 1 ano 713.139 9,74% 0,3

As companhias utilizam ainda neste âmbito, para efeitos de monitorização do risco, os serviços da unidade de controlo de risco da CGD que divulga em sede própria os seus indicadores.

As entidades de supervisão também têm acompanhado a monitorização deste risco tendo-se desenvolvido pontualmente, com referência a 31 de Dezembro de 2004, um exercício de stress-test para quantificação dos impactos de choques adversos na carteira de activos. O exercício de stress-test com referência a 31 de Dezembro de 2005 ainda está a decorrer pelo que não se conseguem apresentar análises actualizadas da variabilidade da margem dos investimentos.

A utilização de instrumentos derivados, no âmbito do processo de gestão do risco, limita-se actualmente à utilização pontual de swaps de taxa de juro nas carteiras onde se pretendeu mitigar o risco de taxa de juro, ou em casos que este instrumento se revelou mais eficiente que uma cobertura com activos directos.

Em 31 de Dezembro de 2005, a Caixa Seguros dispõe de um conjunto de swaps de taxa de juro, destinados à cobertura de riscos financeiros dos produtos de taxa fixa do Ramo Vida.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

A política de gestão de risco / análise por contraparte decorre essencialmente da grelha de selecção no momento da compra do activo divulgada no ponto Requisitos de segregação de activos, destinados a proteger os segurados através de restrições sobre a utilização dos activos da Companhia. O risco no entanto é monitorizado continuamente procurando-se acompanhar as opiniões / outlooks das casas internacionais de rating de maneira a não deixardegradar o rating dos títulos detidos. Por outro lado o estabelecimento de limites internos por contraparte, não se autorizando situações de cumulo de risco, permite garantir ao longo do tempo uma boa dispersão de risco.

43. IMPACTOS DA ADOPÇÃO DOS IFRS

O impacto da adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro pode ser resumido como segue:

Capital próprio ResultadoNota 31/12/2004 31/12/2003 2004

Saldos de acordo com o PCSB 2.997.583 3.602.819 448.481

Impacto das normas adoptadas com referência a 1 de Janeiro de 2004Imóveis e outros activos tangíveis (a) (10.550) (6.436) (4.114)Activos intangíveis (b) (19.313) (17.297) (2.016)Comissões por serviços prestados (c) (11.690) (10.371) (1.319)Benefícios dos trabalhadores (d) (509.177) (1.180.681) (150.796)Impostos diferidos (e) 322.049 284.699 (19.790)Unibanco e Unibanco Holdings (f) 256.751 206.605 (50.747)Provisões 7.349 5.674 1.675Variações cambiais (7.440) (4.795) 2.595Outros (5.050) (5.757) (1.060)

22.929 (728.359) (225.572)Saldos de acordo com IFRS - contas pró-forma 3.020.512 2.874.460 222.909

Impacto da adopção do IAS 39 e do IFRS 4 com referência a 1 de Janeiro de 2005Diferimento de comissões associadas a operações de crédito (g) (83.941)Imparidade em crédito concedido (h) (42.292)

Valorização da carteira de títulos (i) 137.795Reavaliação de instrumentos financeiros derivados, contabilidade decobertura e passivos estruturados (j) (1.172)

Valorização de contratos de Seguros (k) (15.890)

Impostos diferidos (l) (4.455)

Sub-total de ajustamentos em 1 de Janeiro de 2005 (9.955)Saldos de acordo com IFRS em 1 de Janeiro de 2005 3.010.557

(a) O ajustamento de transição relativo a imóveis e outros activos tangíveis apresenta a seguinte composição:

2004 2003

Activos tangíveis. Imparidade em imóveis de serviço próprio ( 15.966 ) ( 16.496 ) . Imparidade em outros activos tangíveis ( 786 ) ( 807 )

--------- ---------( 16.752 ) ( 17.303 )

Outros ajustamentos relativos a activos tangíveis ( 5.669 ) ( 2.876 ) Outros ajustamentos relativos a imóveis de serviço próprio 12.063 12.063

--------- ---------( 10.358 ) ( 8.116 )

Reavaliação de propriedades de investimento 3.120 3.294Imparidade de imóveis arrematados e outros imóveis ( 3.312 ) ( 1.614 )

--------- ---------( 10.550 ) ( 6.436 )

===== =====

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

A Caixa obteve avaliações para uma parte significativa da sua carteira de imóveis de serviço próprio. Nos casos em que foram apuradas menos-valias potenciais significativas face ao valor de balanço, líquido de amortizações, foi registada imparidade, sempre que a rendibilidade das respectivas unidades operacionais não é suficiente para recuperar a referida menos-valia.

Com a introdução das IFRS, o Grupo efectuou uma análise detalhada dos seus imóveis com vista à sua classificação nas categorias previstas nas diversas normas que regulam estes activos. Apesar da maior parte dos imóveis ter permanecido classificada como imóveis de serviço próprio, foram identificadas algumas situações de imóveis arrendados, normalmente correspondentes a parcelas ou fracções de edifícios usados maioritariamente para serviço próprio. Nestes casos, os imóveis foram classificados como propriedades de investimento, passando a estar reflectidos pelo justo valor, o qual foi determinado com base em avaliações.Em resultado desta classificação, foram reconhecidas mais-valias com referência a 1 de Janeiro de 2004.

O ajustamento de transição relativo a imóveis arrematados e outros imóveis não afectos à exploração, registados em “Outros activos”, resulta essencialmente do facto de o Grupo ter passado a incluir na determinação da imparidade uma estimativa dos custos a incorrer na alienação desses imóveis.

(b) A Norma IAS 38 impõe requisitos bastante restritivos para o registo de activos intangíveis, quando comparados com as Normas anteriores.

Com referência à data de transição, o Grupo efectuou uma revisão detalhada de todos os montantes capitalizados nesta rubrica, com especial enfoque nos projectos registados em imobilizado em curso, tendo sido analisado o seu enquadramento face às regras da Norma IAS 38.

Em resultado desta análise, foram anulados por contrapartida de resultados transitados valores não elegíveis para registo no âmbito das IFRS que incluíam nomeadamente projectos não elegíveis, despesas com replaneamentos e custos com formação, entre outros.

De acordo com o IAS 38, a amortização dos activos intangíveis deve ser baseada na sua vida útil estimada (sujeita a revisão periódica), reflectindo o padrão pelo qual os benefícios económicos gerados pela utilização do activo são consumidos pela entidade. O Grupo efectuou uma revisão da vida útil atribuída a activos intangíveis, nomeadamente aplicações informáticas, tendo em algumas situações efectuado alterações retrospectivamente. Em termos líquidos, este processo teve um impacto positivo em resultados transitados.

(c) De acordo com a prática seguida no sector bancário em Portugal certas comissões cobradas a clientes eram reconhecidas como proveito no momento da sua cobrança. De acordo com a Norma IAS 18, estas comissões passaram a ser diferidas ao longo do período da prestação do serviço que lhes está associado.

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(d) Os benefícios dos empregados são regulados pela Norma IAS 19. O impacto de transição em 1 de Janeiro de 2004 pode ser detalhado da seguinte forma:

Caixa Geral de Depósitos

Alteração de pressupostos actuariais Redução da taxa de desconto de 6% para 5,5% ( 191.346 ) Inclusão do subsídio por morte ( 37.793 )

------------( 229.139 ) ------------

Anulação de desvios actuariais diferidos ( 562.204 ) Assistência médica ( 285.285 ) Acordos de suspensão da prestação de trabalho ( 16.526 ) Prémio de antiguidade ( 46.591 ) Distribuição de lucros a empregados ( 26.491 ) Subsídio por morte antes da idade da reforma ( 2.122 ) Responsabilidades da Sucursal de França ( 1.500 )

------------( 940.719 )

Outras entidades ( 10.823 ) --------------( 1.180.681 ) ========

Pressupostos actuariais

Os pressupostos actuariais utilizados pela Caixa de acordo com o PCSB baseavam-se nos requisitos mínimos nesta matéria regulamentados pelo Banco de Portugal. Face aos requisitos específicos do IAS 19, com referência a 1 de Janeiro de 2004 a Caixa efectuou uma análise da adequação dos seus pressupostos actuariais e procedeu às necessárias alterações, das quais resultou um acréscimo de 229.139 mEuros nas responsabilidades (Nota 36).

Desvios actuariais

A CGD adoptou a possibilidade permitida pelo IFRS 1, de não recalcular os ganhos e perdas actuariais diferidos desde o início dos planos. Ao adoptar a opção normalmente designada por “reset” anulou todos os ganhos e perdas diferidos na data de transição por contrapartida de resultados transitados. Em 1 de Janeiro de 2004, as perdas actuariais diferidas relativas a encargos com pensões calculadas de acordo com as normas do Banco de Portugal ascendiam a 562.204 mEuros (Nota 36).

Assistência médica pós-emprego

De acordo com as normas do Banco de Portugal e a prática no sector bancário em Portugal, estes custos eram registados numa base de caixa. De acordo com a Norma IAS 19, este benefício corresponde a um plano de benefícios definidos, pelo que as respectivas responsabilidades foram calculadas e registadas de forma similar às responsabilidades com pensões.

As responsabilidades calculadas com referência a 1 de Janeiro de 2004 ascenderam a 285.285 mEuros (Nota 36).

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Outros benefícios

De acordo com o PCSB, os prémios de antiguidade pagos pela Caixa aos seus empregados (Nota 36) eram registados quando pagos. Com a introdução do IAS 19, a Caixa passou a calcular a responsabilidade com este encargo correspondente ao período de serviço já prestado pelos empregados. O ajustamento apurado com referência a 1 de Janeiro de 2004 pelo reconhecimento destas responsabilidades ascendeu a mEuros 46.591.

De acordo com as Normas anteriores, a participação nos lucros dos empregados da Caixadeliberada em Assembleia Geral era registada como uma distribuição do resultado do exercícioanterior, por contrapartida de capital próprio. Com a adopção das IFRS, a participação nos lucros passou a ser reflectida no exercício a que respeita, através da constituição de uma provisão por contrapartida de resultados. Com referência a 1 de Janeiro de 2004, o valor da referida provisão ascendeu a 26.491 mEuros. No exercício de 2004, a Caixa tinha já implementado este procedimento na preparação das contas de acordo com o PCSB.

(e) De acordo com as normas anteriores e a prática no sector bancário em Portugal, a Caixa não registava impostos diferidos. O valor apresentado corresponde ao cálculo dos impostos diferidos relativos a situações já existentes nas referidas datas e aos ajustamentos de conversão para IFRS (ver detalhe na Nota 17).

(f) Nas contas apresentadas de acordo com o PCSB, o Grupo registava pelo método de equivalência patrimonial as suas participações no Unibanco - União de Bancos Brasileiros e Unibanco Holdings correspondentes a 4,84% e 12,62%, respectivamente, do seu capital social, mediante autorização específica do Banco de Portugal. Na transição para IFRS com referência a 1 de Janeiro de 2004 estas participações foram classificadas na rubrica de “Activos financeiros disponíveis para venda”, passando a ser registadas pelo justo valor. O impacto no resultado pró-forma de 2004 corresponde essencialmente ao diferencial negativo entre os dividendos recebidos destas entidades e os resultados apropriados pelo método da equivalência patrimonial.

(g) Conforme referido na Nota 2.17., de acordo com os IFRS o Grupo passou a incluir as comissões cobradas na originação de operações de crédito na sua valorização inicial, sendo reconhecidas em resultados ao longo do período das respectivas operações. Deste modo, foi efectuado um levantamento das comissões cobradas associadas às operações de crédito vivas em 1 de Janeiro de 2005, tendo sido calculado e registado o correspondente ajustamento a efectuar ao custo amortizado dos correspondentes créditos.

(h) As provisões para crédito concedido eram determinadas de acordo com as regras específicas definidas pelo Banco de Portugal, descritas na Nota 2.6. e). Com a introdução das IFRS, o Grupo passou a registar imparidade, calculada de acordo com as regras descritas na Nota 2.6. d), no âmbito das quais as perdas por imparidade incorporam o efeito temporal do desconto dos fluxos de caixa estimados a receber em cada operação para a data de balanço.

O montante de imparidade de crédito concedido apurado pelo Grupo com referência a 1 de Janeiro de 2005 foi superior às provisões constituídas de acordo com as normas anteriores em 42.292 mEuros, essencialmente devido ao efeito do desconto referido no parágrafo anterior.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

(i) Este impacto resulta essencialmente da valorização ao justo valor de títulos anteriormente registados nas carteiras de investimento e participações financeiras, de acordo com as políticas descritas na Nota 2.6. e), bem como de investimentos em instrumentos de dívida das Companhias de Seguros do Grupo (ver Nota 2.16.) e apresenta a seguinte composição:

Valorização de instrumentos financeiros classificados em “Activosfinanceiros disponíveis para venda” 117.788

Valorização de instrumentos financeiros classificados em “ActivosFinanceiros ao justo valor através de resultados” 19.513

Anulação de mais-valias diferidas na venda de títulos - seguros 494-----------137.795======

Com a adopção do IAS 39 em 1 de Janeiro de 2005, o Grupo transferiu para as rubricas “Activos financeiros detidos para negociação” e “Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados” a totalidade da carteira de negociação e parte da carteira de investimento. Para a rubrica “Activos financeiros disponíveis para venda” foi transferido o remanescente da carteira de investimento e a totalidade da anterior carteira de participações financeiras, bem como a quase totalidade das carteiras de títulos detidas pelas seguradoras do Grupo.

O impacto de transição resulta essencialmente do reconhecimento de mais-valias potenciais na anterior carteira de investimento, e no registo de perdas por imparidade em participações financeiras para além das já reconhecidas de acordo com o Aviso nº 4/2002 do Banco de Portugal (Nota 2.6. e)). Adicionalmente, os títulos de rendimento fixo detidos pelas seguradoras do Grupo eram valorizados ao custo de aquisição, corrigido da amortização linear do prémio ou desconto verificados na aquisição. A valorização dos títulos detidos pelas seguradoras ao justo valor implicou um impacto positivo de 138.860 mEuros com referência a 1 de Janeiro de 2005.

(j) Conforme referido na Nota 2.6. e), de acordo com o PCSB os swaps de moeda não eram reavaliados. Com a adopção do IAS 39, estes derivados foram valorizados pelo justo valor, tendo sido apurado um impacto de transição positivo de 5.457 mEuros.

Adicionalmente, os restantes derivados de cobertura não eram geralmente registados pelo justo valor, em coerência com o tratamento contabilístico atribuído ao elemento coberto. O saldo líquido entre o registo desses derivados pelo justo valor e a valorização dos elementos cobertos, incluindo essencialmente passivos estruturados, correspondeu a um impacto negativo em capitais próprios de 6.629 mEuros.

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)

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(k) O ajustamento de transição decorrente da adopção do IFRS 4 relativamente aos contratos de seguro emitidos pelo Grupo com referência a 1 de Janeiro de 2005 apresenta a seguinte composição (sem considerar o respectivo efeito fiscal):

Ramos não Vida

Anulação de provisões para desvios de sinistralidade 7.842 Registo de provisões para o Fundo de Acidentes de Trabalho ( 14.495 ) -------- ( 6.653 ) --------

Ramo Vida

Registo de provisões resultantes do teste de adequacidade de passivos ( 28.917 ) Apropriação da “Shadow reserve” 11.261 Perdas nas contas técnicas a recuperar 8.419

-------- ( 9.237 ) -------- ( 15.890 ) =====

As provisões para desvios de sinistralidade registadas pelo Grupo à data da adopção do IFRS 4 foram anuladas, dado o registo de provisões para equalização ou para catástrofes ser vedado por esta Norma.

Na sequência da adopção do IFRS 4, o Grupo passou a registar provisões para fazer face aos encargos com as contribuições a efectuar para o Fundo de Acidentes de Trabalho relativas a sinistros ocorridos em exercícios anteriores, as quais constituem pagamentos futuros associados aos contratos de seguro em vigor à data das demonstrações financeiras. O Fundo de Acidentes de Trabalho, gerido pelo Instituto de Seguros de Portugal, suporta os encargos com os incrementos anuais das pensões pagas aos sinistrados deste ramo técnico, sendo as suas receitas constituídas por contribuições das companhias de seguros e dos próprios segurados.

Conforme descrito na Nota 2.16., o Grupo realiza com referência à data das demonstrações financeiras testes de adequacidade dos passivos relacionados com os contratos de seguro em vigor. No que se refere ao ramo vida, estes testes são realizados ao nível de cada produto, sendo a estimativa das responsabilidades comparada com o valor das respectivas provisões matemáticas estatutárias, acrescido de uma “Shadow reserve”. Esta corresponde ao valor das mais valias potenciais líquidas ainda não distribuídas aos respectivos segurados, já deduzidas da parcela dessas mais valias atribuível ao Grupo, determinada com base nas condições dos produtos, e dos saldos negativos das contas técnicas transitados de exercícios anteriores, recuperáveis a partir das referidas mais valias. A adopção desta política com referência a 1 de Janeiro de 2005 teve um impacto líquido negativo nos capitais próprios do Grupo no montante de 9.237 mEuros.

(l) Corresponde ao impacto fiscal dos ajustamentos de transição resultantes da adopção do IAS 39 e do IFRS 4.

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RELATÓRIO DE AUDITORIA

CONTAS INDIVIDUAIS

(Montantes expressos em milhares de Euros - mEuros)

Introdução

1. Para os efeitos do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o nosso Relatório de Auditoria sobre a informação financeira individual contida no Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras individuais anexas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2005 da Caixa Geral de Depósitos, S.A. (“Caixa” ou “CGD”), as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2005 que evidencia um total de 73.647.840 mEuros e capital próprio de 3.986.489 mEuros, incluindo um resultado do exercício de 350.770 mEuros, a Demonstração dos resultados, a Demonstração dos fluxos de caixa e a Demonstração das alterações no capital próprio do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Caixa: (i) a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Caixa, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos que lhe são aplicáveis e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; (iv) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira ou resultados.

3. A nossa responsabilidade consiste em examinar a informação financeira contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, incluindo a verificação se, para os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão / Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração da Caixa, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações, a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras, e a apreciação, para os aspectos materialmente relevantes, se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

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Opinião

5. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira individual da Caixa Geral de Depósitos, S.A. em 31 de Dezembro de 2005, o resultado individual das suas operações e os seus fluxos de caixa individuais no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas de Contabilidade Ajustadas emitidas pelo Banco de Portugal (Nota 2) e a informação financeira nelas constante é, nos termos das definições incluídas nas Directrizes mencionadas no parágrafo 4 acima, completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Ênfases

6. As demonstrações financeiras anexas referem-se à actividade individual da Caixa, tendo sido elaboradas para aprovação em Assembleia Geral de Accionistas e para dar cumprimento aos requisitos de apresentação de contas determinados pelo Banco de Portugal. A Caixa apresenta igualmente contas consolidadas, as quais reflectem de forma mais adequada a sua situação financeira, os resultados das suas operações e os seus fluxos de caixa. Os efeitos da consolidação de contas em 31 de Dezembro de 2005 incluem um aumento do activo em 12.813.498 mEuros, uma redução das reservas e resultados transitados de 534.721 mEuros e um aumento do lucro do exercício atribuível ao accionista da Caixa no montante de 186.897 mEuros.

7. Conforme divulgado na Nota 2 do Anexo às demonstrações financeiras, em 2005 a Caixa aplicou pela primeira vez as Normas de Contabilidade Ajustadas emitidas pelo Banco de Portugal (NCA) na preparação das suas demonstrações financeiras individuais. Nessa nota são igualmente divulgadas as principais diferenças entre as NCA e as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia aplicáveis à Caixa. No processo de transição das normas contabilísticas anteriormente em vigor (Plano de Contas para o Sistema Bancário – PCSB) para as NCA, a Caixa seguiu os requisitos previstos na Norma Internacional de Relato Financeiro 1 - Adopção pela Primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS 1), tendo a data de transição sido reportada a 1 de Janeiro de 2004. Consequentemente, a informação financeira referente a 31 de Dezembro de 2004 e ao exercício então findo, anteriormente apresentada de acordo com o PCSB, foi reexpressa para as NCA para efeitos de comparabilidade, excepto quanto às Normas relativas a instrumentos financeiros (IAS 32 – Instrumentos Financeiros – Divulgação e Apresentação e IAS 39 - Instrumentos Financeiros – Reconhecimento e Mensuração), que foram adoptadas pela primeira vez, na parte aplicável às NCA, no exercício económico iniciado em 1 de Janeiro de 2005, tal como permitido pelo IFRS 1. Na Nota 38 do Anexo às demonstrações financeiras são apresentadas as divulgações relativas ao impacto de transição para as Normas de Contabilidade Ajustadas emitidas pelo Banco de Portugal.

Lisboa, 2 de Maio de 2006

DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A. Representada por Maria Augusta Cardador Francisco

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RELATÓRIO DE AUDITORIA

CONTAS CONSOLIDADAS

(Montantes expressos em milhares de Euros - mEuros)

Introdução

1. Para os efeitos do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o nosso Relatório de Auditoria sobre a informação financeira consolidada contida no Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras consolidadas anexas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2005 da Caixa Geral de Depósitos, S.A. e subsidiárias (“Caixa” ou “CGD”), as quais compreendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2005 que evidencia um total de 86.461.338 mEuros e capital próprio total de 4.325.230 mEuros, incluindo um resultado do exercício atribuível ao accionista da CGD de 537.667 mEuros, a Demonstração dos resultados consolidados, a Demonstração dos fluxos de caixa consolidados e a Demonstração das alterações no capital próprio consolidado do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Caixa: (i) a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos que lhe são aplicáveis e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados; (iv) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade do conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou os seus resultados.

3. A nossa responsabilidade consiste em examinar a informação financeira contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, incluindo a verificação se, para os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão / Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração da Caixa, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método da equivalência patrimonial e de terem sido apropriadamente examinadas as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações, a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas, e a apreciação, para os aspectos materialmente relevantes, se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira consolidada constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas consolidadas. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

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Opinião

5. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da Caixa Geral de Depósitos, S.A. e suas subsidiárias em 31 de Dezembro de 2005, o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia e a informação financeira nelas constante é, nos termos das definições incluídas nas Directrizes mencionadas no parágrafo 4 acima, completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Ênfase

6. Conforme divulgado na Nota 2 do Anexo às demonstrações financeiras, em 2005 a Caixa aplicou pela primeira vez as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia (IFRS) na apresentação das suas demonstrações financeiras consolidadas. No processo de transição das normas contabilísticas anteriormente adoptadas (Plano de Contas para o Sistema Bancário e Decreto – Lei nº 36/92, de 26 de Março – PCSB) para as IFRS, a Caixa seguiu os requisitos previstos na Norma Internacional de Relato Financeiro 1 - Adopção pela Primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS 1), tendo a data de transição sido reportada a 1 de Janeiro de 2004. Consequentemente, a informação financeira com referência a 31 de Dezembro de 2004 e ao exercício então findo, anteriormente apresentada de acordo com o PCSB, foi reexpressa para as IFRS para efeitos de comparabilidade, excepto quanto às Normas relativas a instrumentos financeiros (IAS 32 – Instrumentos Financeiros – Divulgação e Apresentação e IAS 39 - Instrumentos Financeiros – Reconhecimento e Mensuração) e à IFRS 4 – Contratos de Seguro, que foram adoptadas pela primeira vez no exercício económico iniciado em 1 de Janeiro de 2005, tal como permitido pelo IFRS 1. Na Nota 43 do Anexo às demonstrações financeiras são apresentadas as divulgações exigidas relativamente ao processo de transição para as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia.

Lisboa, 2 de Maio de 2006

DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A. Representada por Maria Augusta Cardador Francisco

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RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO

Senhor Accionista,

1. De acordo com o disposto nos artº 420º e 508º – D do Código das Sociedades Comerciais,

cumpre à nossa Sociedade emitir relatório e dar parecer sobre os documentos de prestação de

contas, individuais e consolidadas, da CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, SA (CGD), relativos ao

exercício findo em 31 de Dezembro de 2005.

2. Acompanhámos de forma continuada a evolução da actividade da Sociedade, emitindo

mensalmente o parecer previsto na alínea c) do nº 10º do Aviso nº 12/92, de 22 de Dezembro, do

Banco de Portugal e, trimestralmente, o relatório previsto no nº 2 do artº 6º do Decreto Lei nº

287/93 de 20 de Agosto, sendo este último enviado aos Gabinetes dos Senhores Ministro de

Estado e das Finanças e Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, com conhecimento do

Senhor Presidente do Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos, SA.

No desenvolvimento dos nossos trabalhos, contámos sempre com a colaboração do Conselho de

Administração e dos Serviços da Sociedade, em termos de disponibilização das informações que

consideramos necessárias.

3. No âmbito do relato do Conselho de Administração ao Banco de Portugal sobre o Sistema de

Controlo Interno da CGD, com referência ao exercício de 2004, executámos os procedimentos

necessários para dar satisfação ao n.º 10 da Instrução n.º 72/96 do Banco de Portugal, com as

alterações introduzidas pelas Instruções nº (s) 4/98, 12/99, 29/2000, 17/2001, 7/2002, 14/2003 e

20/2005.

A nossa Sociedade emitiu em 30 de Setembro de 2005 (no prazo definido pelo Banco de

Portugal através da Carta Circular nº 61/05/DSBDR de 2005/06/22) o “Relatório do Fiscal

Único sobre o Sistema de Controlo Interno”, o qual incluiu os procedimentos específicos

desenvolvidos pelo Fiscal Único sobre o sistema de controlo interno da CGD referente ao

exercício de 2004 (embora abrangendo, nas áreas analisadas, os controlos em vigor até à data de

emissão do parecer). O Conselho de Administração da CGD enviou o referido relatório sobre o

sistema de controlo interno, acompanhado do nosso parecer, ao Banco de Portugal, nos termos

do previsto no nº 10 da Instrução nº 72/96.

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4. Em termos de decisões tomadas e/ou consumadas no exercício findo, consideramos de salientar

as seguintes situações:

(i) Registo no primeiro trimestre de 2005 do empréstimo subordinado concedido à Caixa

Leasing e Factoring – Instituição Financeira de Crédito, S.A., no montante de 40

milhões de euros.

(ii) A constituição da Caixa Geral de Depósitos – Subsidiária Offshore de Macau, S.A.,

com um capital social de 50 milhões de patacas, representado por cinquenta mil acções

com o valor nominal de mil patacas cada uma, a que corresponde um investimento de

5,2 milhões de euros, integralmente subscrito e realizado pela Caixa.

(iii) A redução de capital da Caixa Seguros, SGPS, S.A., no primeiro trimestre de 2005, no

valor de 596,4 milhões de euros, destinada à cobertura de prejuízos acumulados. Na

mesma data foi efectuado um aumento de capital de 50,8 milhões de euros, mediante a

emissão de 25.400.000 novas acções com valor nominal de dois euros cada uma,

subscritas pelo accionista único ao preço de 9,26 euros cada acção, a que corresponde

um prémio de emissão de 7,26 euros por acção, ascendendo a 235,2 milhões de euros o

valor total subscrito pela Caixa.

(iv) A aplicação do resultado líquido do exercício de 2004, aprovada em Assembleia-Geral

de 17 de Junho de 2005, tendo a CGD transferido 20% dos lucros para reserva legal,

conforme alínea a) do artigo 26.º dos estatutos da sociedade, no montante de 57,1

milhões de euros e os restantes 228,3 milhões de euros para cobertura de resultados

transitados.

Os resultados transitados negativos de 838,9 milhões de euros, foram regularizados

através da aplicação da reserva de prémio de emissão no montante de 300 milhões de

euros, nos termos do artigo 295.º do Código das Sociedades Comerciais e os restantes

538,9 milhões de euros através da aplicação de parte da reserva legal, nos termos do

artigo 296.º do Código das Sociedades Comerciais, na sequência da proposta de

regularização de resultados transitados negativos aprovada em Assembleia Geral.

(v) Foi celebrado um acordo, através de um documento designado de “Instrumento e

Transacção e de Quitação”, em que são partes, por um lado o Unibanco – União de

Bancos Brasileiros, SA e Unibanco Holdings, SA e por outro lado a CGD e Caixa

Brasil, SGPS, SA, mediante o qual a CGD pagou a quantia de 76,1 milhões de euros, a

2

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título de indemnização, tendo utilizado as dotações de provisões para outros riscos e

encargos, que tinham sido constituídas em 2004. Em contrapartida o Unibanco libertou

a CGD de todas as declarações e garantias por si prestadas no âmbito do Contrato de

Associação, celebrado em 2000, com excepção de contingências relacionadas com

determinados processos de natureza fiscal contra o Bandeirantes, cuja probabilidade da

CGD ser responsabilizada por qualquer pagamento é considerada muito reduzida.

(vi) Alienação das participações directas e indirectas que a Caixa Brasil, SGPS, SA, detinha

no Unibanco – União de Bancos Brasileiros, tendo gerado uma mais-valia final de

142,8 milhões de euros, líquida das despesas associadas à operação e de impostos

retidos. Em 24 de Novembro de 2005, foi deliberado em Assembleia Geral de

Accionistas, a dissolução da Caixa Brasil e a transmissão para a CGD, de todos os

activos e passivos, incluindo a participação financeira na sociedade Bandeirantes,

SGPS, S.A., e a dívida ao Banco Financial Português, sendo o accionista Caixa –

Participações, SGPS, S.A., ressarcido em dinheiro. Por conseguinte, o valor distribuído

ao accionista CGD ascende a 183,4 milhões de euros e ao accionista Caixa

Participações, SGPS, S.A a 18,9 milhões de euros.

Salientamos que a mais-valia obtida com a alienação das participações financeiras no

Unibanco não influenciou os resultados, uma vez que foi afecta a provisões, reforço da

imparidade e cobertura de outros factos não recorrentes.

(vii) A dissolução do FIEP – Fundo para a Internacionalização das Empresas Portuguesas,

SGPS, S.A., e a distribuição antecipada de 36 milhões de euros, tendo a CGD recebido

3,1 milhões de euros, conforme aprovado em Assembleia Geral realizada a 22 de

Dezembro de 2004.

Na sequência desta decisão e da liquidação do FIEP em 2005, foi constituído o Fundo

de Capital de Risco para Investidores Qualificados API Capital – FIEP, com um capital

social de 60 milhões de euros, subscrito e realizado pelos accionistas do FIEP, na

mesma proporção em que repartiam o capital social desta sociedade. A CGD

subscreveu 5.100 unidades de participação no montante de 5,1 milhões de euros,

passando a deter uma participação de 8,5% no Fundo.

Após avaliação da carteira reportada ao final do primeiro semestre, resultou um excesso

de liquidez, tendo como consequência o capital do Fundo sido reduzido em 1,4 milhões

de euros, mediante a extinção de 1.400 unidades de participação. Na sequência desta

operação a CGD recebeu 119 milhares de euros.

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(viii) A alienação à Parpública – Participações Sociais, SGPS, SA, do lote de 179.372.198

acções da EDP – Energias de Portugal, S.A., não reprivatizadas, que a CGD havia

recebido no aumento do seu capital realizado em 2004, pelo valor unitário de 2,28

euros, o qual corresponde à cotação de fecho do dia 31 de Agosto de 2005. O preço

global desta operação de venda foi de 409 milhões de euros, tendo sido registada uma

mais-valia de 9 milhões de euros.

(ix) A Caixa Geral Finance Limited, sociedade cujo capital com direito de voto é

integralmente detido pela CGD, procedeu à emissão de acções preferenciais sem voto

no valor nominal global máximo de 350 milhões de euros, na qual a CGD participou

como garante. O empréstimo subordinado contratado entre aquela entidade e a CGD,

actuando através da sua Sucursal de França, datado de 30 de Setembro de 2005, tem

vencimento indeterminado e foi considerado para o cálculo dos fundos próprios, em

base individual e consolidada, após autorização do Banco de Portugal.

(x) A transferência para a Caixa Geral de Aposentações (CGA) de activos no montante de

1.075,9 milhões de euros, representativos do montante remanescente que se encontrava

por liquidar, referente às responsabilidades com pensões de aposentação e de

sobrevivência do pessoal da CGD, relativamente ao tempo de serviço prestado até 31 de

Dezembro de 2000, as quais foram transferidas para a CGA com referência a 30 de

Novembro de 2004, nos termos do disposto nos Decretos-Lei n.º 240-A/2004, de 29 de

Dezembro, e n.º 241-A/2004, de 30 de Dezembro. O montante total de tais

responsabilidades ascende a 2.510 milhões de euros, tendo sido transferido durante o

exercício de 2004, activos no valor de 1.434,1 milhões de euros.

(xi) O acréscimo anual das responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência no

montante de 64,6 milhões de euros, encontrando-se, em 31 de Dezembro de 2005, tais

responsabilidades, integralmente financiadas através do Fundo de Pensões da CGD.

(xii) O registo, na rubrica de provisões para encargos com benefícios aos empregados, de

responsabilidades relativas a serviços passados de assistência médica (399,6 milhões de

euros), ao subsídio por morte antes da idade normal de reforma (2 milhões de euros) e a

acordos de suspensão de prestação de trabalho (3 milhões de euros).

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(xiii) O aumento de capital do Banco Simeón, S.A., no montante de 275 milhões de euros,

com a emissão de 45.757.072 novas acções ao valor nominal unitário de 6,01 euros. A

CGD subscreveu 45.685.240 acções no montante total de 274,6 milhões de euros,

passando a deter uma participação efectiva de 99,75%. Ainda neste exercício a CGD

concedeu ao Banco Simeón um empréstimo subordinado no montante de 11,5 milhões

de euros.

De referir que o Conselho de Administração da CGD aprovou, em 14 de Dezembro de

2005, a alteração da denominação do Banco Simeón para Banco Caixa Geral, S.A.,

posteriormente confirmada em Assembleia Geral de accionistas.

(xiv) A perda registada nos títulos Boats Caravela, que ascendeu a cerca de 32,8 milhões de

euros, à data de 31 de Dezembro de 2005. É de salientar que os referidos títulos foram

alienados no primeiro trimestre de 2006, na sequência de negociação havida com a

entidade Crédit Suisse First Boston.

(xv) O aumento do capital social da Locarent – Companhia Portuguesa de Aluguer de

Viaturas, SA em 2 milhões de euros, implicando entradas proporcionais de todos os

seus accionistas. A CGD subscreveu 180.000 acções, no valor nominal de 5 euros cada,

através de uma entrada em dinheiro de 0,9 milhões de euros.

(xvi) O Conselho de Administração da CGD deliberou adquirir acções representativas do

capital social da Cimpor, SGPS, SA (Cimpor) e ao mesmo tempo reduzir a actual

participação do Grupo CGD no Banco Comercial Português, SA (BCP).

Na sequência do exposto, em 30 de Dezembro de 2005, foram adquiridas 8.000.000 de

acções da Cimpor, pelo valor unitário de 4,60 euros, correspondendo a um montante

total de 36,8 milhões de euros, e a alienação, na mesma data, de 16.000.000 de acções

do BCP, pelo valor unitário de 2,30 euros, correspondendo a um montante total de 36,8

milhões de euros. Esta operação de venda originou uma mais-valia bruta de 8,4 milhões

de euros.

Em período subsequente e no âmbito deste processo, foram alienadas, em 6 de Janeiro

de 2006, 4.800.000 acções do BCP, da carteira da Império Bonança, pelo valor unitário

de 2,32 euros, correspondendo a um montante total de 11,1 milhões de euros, por

aquisição de 2.400.000 acções da Cimpor, pelo valor unitário de 4,64 euros, o que

corresponde a um valor global de 11,1 milhões de euros.

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Após as transacções atrás referidas, e na sequência do aumento do capital social do

BCP realizado no dia 3 de Janeiro de 2006, a CGD passou a deter, directa e

indirectamente, uma participação de 2,04% no capital social do BCP.

(xvii) A conclusão do acordo para a resolução dos processos judiciais pendentes relativos ao

Crown Bank, N.A., já em 2006, com a alienação, pelo montante de 25 milhões de

dólares, da participação de 51% que a CGD detinha no capital da CGD USA Holding

Company, Inc, sociedade que detém o capital social do Crown Bank, N.A.

(xviii) O ajustamento no valor da imparidade da Caixaweb SGPS, SA, empresa holding detida

a 100% pela CGD, no valor de 17,9 milhões de euros, considerando a débil situação

económica e financeira da maioria das participadas da sociedade. Na sequência desta

avaliação, em Janeiro de 2006, o Conselho de Administração da CGD autorizou a

dissolução da Caixaweb, uma vez que a actividade empresarial desenvolvida por esta

empresa não se enquadrava no core business da CGD.

(xix) A integração da actividade da Caixa Crédito – SFAC na Caixa Leasing e Factoring –

Instituição Financeira de Crédito, SA no final do exercício de 2005.

(xx) Apesar de ter ocorrido em período subsequente, salienta-se a assinatura, em Fevereiro

de 2006, de um acordo com o Banco Santander Totta (BST), para a aquisição de uma

participação de 50% numa sociedade gestora de participações sociais, a qual, por sua

vez, assegurará o domínio sobre o Banco Totta de Angola (instituição financeira

controlada pelo BST).

5. Em relação ao processo de transição para as Normas Internacionais de Contabilidade

(IAS/IFRS), salientamos os seguintes aspectos:

(i) ao longo do exercício acompanhámos os trabalhos desenvolvidos no âmbito de aplicação

das IAS/IFRS, nomeadamente através dos documentos produzidos pelo Steering

Committee de implementação das NIC (IAS/IFRS), constituído por grupos de trabalho da

CGD, integrando elementos dos vários Órgãos de Estrutura envolvidos, em articulação com

os consultores externos para a implementação das Normas Internacionais de Contabilidade;

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(ii) a CGD procedeu à elaboração das suas demonstrações financeiras, em base individual e em

base consolidada, de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS/IFRS)

nos termos e respeitando as excepções previstas no Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal;

(iii) em relação às contas consolidadas, e de acordo com o previsto na IFRS 1 – “Adopção pela

primeira vez das Normas Internacionais de Contabilidade”, as demonstrações financeiras

referentes a 31 de Dezembro de 2004, apresentadas para efeitos comparativos, foram

reexpressas para as Normas Internacionais de Contabilidade, excepto em relação às IAS 32

(Instrumentos Financeiros: Divulgação e Apresentação), IAS 39 (Instrumentos Financeiros:

Reconhecimento e Mensuração) e IFRS 4 (Contratos de Seguro), que apenas entraram em

vigor a partir de 1 de Janeiro de 2005, procedimento permitido no referido normativo;

(iv) no que respeita às contas individuais foram observados os dispositivos previstos nos pontos

2 a 4 do Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal, que integram as regras contabilísticas

específicas designadas por Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), as quais reflectem

os princípios de reconhecimento contabilístico e avaliação das IAS/IFRS, com excepção da

valorização e provisionamento do crédito a clientes (que mantém os princípios constantes

do PCSB), diferimento e reconhecimento faseado dos impactos de transição dos benefícios

aos trabalhadores (ao longo de 5 a 7 anos) e restrição de algumas opções permitidas pelas

IAS/IFRS;

De acordo com o previsto na IFRS 1 – “Adopção pela primeira vez das Normas

Internacionais de Contabilidade”, as demonstrações financeiras referentes a 31 de

Dezembro de 2004, apresentadas para efeitos comparativos, foram reexpressas para as

Normas Internacionais de Contabilidade, excepto em relação às IAS 32 (Instrumentos

Financeiros: Divulgação e Apresentação) e IAS 39 (Instrumentos Financeiros:

Reconhecimento e Mensuração), que apenas entraram em vigor a partir de 1 de Janeiro de

2005 , procedimento permitido no referido normativo;

(v) a análise comparativa com o exercício de 2004, deve ter em consideração o exposto nos

pontos anteriores, nomeadamente as excepções referidas em relação à preparação das

demonstrações financeiras individuais e consolidadas.

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6. Em termos das Contas Individuais da Sociedade, evidenciamos os seguintes indicadores,

caracterizadores da actividade no exercício:

(i) o activo líquido da sociedade cresceu cerca de 5,7 mil milhões de euros, situando-se em

73,6 mil milhões de euros, comparativamente ao exercício de 2004 (contas elaboradas de

acordo com as NCA);

(ii) os capitais próprios e equiparados sofreram um acréscimo de 313,2 milhões de euros,

influenciado essencialmente pelo resultado líquido obtido no exercício (350,8 milhões de

euros); em relação às restantes variações destacamos a aplicação do resultado líquido de

2004 nos termos do referido na alínea (iv) do ponto 4 do presente relatório e parecer;

(iii) o rácio de solvabilidade, calculado nos termos das normas do Banco de Portugal, aumentou

1,8%, situando-se no final do exercício em 11,0% (significativamente acima do mínimo

exigido pela entidade supervisora);

(iv) o produto bancário assumiu o montante de 1.772,7 milhões de euros (1.539,7 milhões em

2004), registando assim um acréscimo de 233,0 milhões de euros, resultante essencialmente

do aumento da margem complementar (+233,5 milhões de euros), uma vez que a redução

da margem financeira alargada foi pouco expressiva (-0,5 milhões de euros); de referir que

o aumento da margem complementar deveu-se à variação positiva obtida nos resultados em

operações financeiras (+264,6 milhões de euros), que incluem a mais-valia líquida da

venda do Unibanco (142,8 milhões de euros), que compensou as reduções registadas em

rendimentos de serviços e comissões (-18,6 milhões de euros) e outros resultados de

exploração (-12,5 milhões de euros);

(v) a evolução positiva do resultado bruto de exploração (+185,1 milhões de euros), reflecte o

comportamento do produto bancário, pelas razões referidas na alínea anterior, atenuado

pelo crescimento dos custos de funcionamento (46,5 milhões de euros), nomeadamente,

fornecimentos e serviços de terceiros (12,1 milhões de euros) e custos com pessoal (34,4

milhões de euros); de referir que, para efeitos de comparabilidade com 2004, os custos com

pessoal foram ajustados dos efeitos não recorrentes relacionados com a transferência do

Fundo de Pensões da CGD para a CGA, no montante de 184,9 milhões de euros;

(vi) o rácio “cost-to-income” situou-se em 57,3%, contra 62,9% no exercício de 2004 (base

individual);

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(vii) o crescimento do resultado líquido obtido em 2005 (+228,3 milhões de euros) em relação

ao exercício anterior, deve-se essencialmente ao facto dos custos com pessoal em 2004, de

acordo com a aplicação das IAS/IFRS, integrarem os custos da transferência de

responsabilidades do Fundo de Pensões da CGD para a CGA (184,9 milhões de euros); se

as contas de 2004 fossem ajustadas no referido montante (custos não recorrentes), o

resultado líquido individual teria registado um crescimento de 43,4 milhões de euros.

7. Em relação às contas consolidadas, salientamos os seguintes indicadores caracterizadores da

actividade no exercício:

(i) o activo líquido consolidado da sociedade cresceu cerca de 8,1 mil milhões de euros,

situando-se em 86,5 mil milhões de euros, comparativamente ao exercício de 2004 (contas

elaboradas de acordo com as IAS/IFRS, nos termos e com as excepções mencionadas no

ponto 5 do presente relatório e parecer);

(ii) os capitais próprios e equiparados consolidados, incluindo os interesses minoritários,

aumentaram cerca de 30,4% (1.007 milhões de euros), atingindo 4,3 mil milhões de euros;

a variação positiva explica-se, essencialmente, pelo crescimento das reservas de justo valor

(+440 milhões de euros), na sequência da valorização dos activos das seguradoras, pela

variação dos interesses minoritários (+389 milhões de euros), destacando-se a emissão de

acções preferenciais (Tier 1), no montante de 350 milhões de euros e pelo resultado líquido

obtido no exercício (+315 milhões de euros, comparativamente a 2004); em relação às

restantes variações, salientamos as relacionadas com a cobertura dos resultados transitados

negativos (1.067 milhões de euros) através da aplicação do resultado líquido individual de

2004 (228,3 milhões de euros) e da aplicação da reserva de prémio de emissão (300

milhões de euros) e os restantes através da aplicação de parte da reserva legal (538,9

milhões de euros);

(iii) o rácio de solvabilidade consolidado obtido em 2005 (12,4%) registou um acréscimo

significativo em relação ao obtido em 2004 (9,4%); salienta-se que o crescimento dos

fundos próprios elegíveis totais (1.666 milhões de euros, correspondendo a uma variação

de 39,8%) foi, proporcionalmente, muito superior ao aumento dos activos ponderados

(2.434 milhões de euros, correspondendo a apenas 5,4%);

(iv) apesar do agravamento do crédito e juros vencidos, no montante de 110 milhões de euros,

também houve um aumento do crédito total concedido no valor de 3.238 milhões de euros,

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pelo que o rácio do “crédito vencido” versus “crédito total” mantêm-se ao nível do

registado no exercício anterior (2,4%); de referir que a imparidade acumulada do crédito a

clientes (normal e vencido) registou um reforço de 191 milhões de euros, situando-se em

1.401 milhões de euros, o que permite que o rácio de cobertura (“imparidade acumulada”

versus “crédito total”) atinja o montante de 111,7% (em 2004 o valor obtido era de

105,7%);

(v) o produto da actividade, ao nível consolidado, registou um aumento de 486,6 milhões de

euros (+22,7%), ascendendo a 2.625,4 milhões de euros, resultante essencialmente do

crescimento da margem complementar (318,4 milhões de euros) e da margem técnica da

actividade seguradora (140,0 milhões de euros); de referir que o aumento da margem

complementar, à semelhança da actividade individual, deve-se à variação positiva obtida

nos resultados em operações financeiras (+338,0 milhões de euros), que incluem a mais-

valia líquida da venda do Unibanco (142,8 milhões de euros) e a valorização de

instrumentos financeiros, o que compensou a redução registada em outros resultados de

exploração (-39,2 milhões de euros); em relação à margem técnica da actividade

seguradora, salienta-se que o crescimento registado nos prémios de seguros (+640,6

milhões de euros) foi significativamente superior ao crescimento ocorrido nos custos com

sinistros (+473,3 milhões de euros);

(vi) os custos operativos registaram um aumento de 192,0 milhões de euros, em resultado

essencialmente do crescimento dos custos com pessoal (119,8 milhões de euros) e dos

fornecimentos e serviços de terceiros (59,6 milhões de euros); em relação aos custos com

pessoal, salienta-se o efeito da integração nas contas da companhia de seguros Império-

Bonança e a exclusão, nas contas de 2004, dos custos associados ao aumento das

responsabilidades com pensões dos empregados da CGD transferidos para a CGA, no

montante de 184,9 milhões de euros, situação já mencionada nas notas às contas

individuais; o crescimento dos custos com fornecimentos e serviços de terceiros é

justificado, quase na sua totalidade, pela inclusão nas contas consolidadas da companhia de

seguros Império-Bonança;

(vii) o rácio “cost-to-income” situou-se em 61,2%, contra 66,3% no exercício de 2004 (base

consolidado);

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(viii)o resultado antes de impostos e de interesses minoritários atingiu o montante de 673,8

milhões de euros, o que representa um crescimento de 219,8 milhões de euros em relação

ao exercício anterior (considerando, para efeitos de comparabilidade, o ajustamento

efectuado aos custos com pessoal, nas contas de 2004, no montante de 184,9 milhões de

euros); salientam-se as provisões e imparidade no exercício, que ascenderam a 348,9

milhões de euros, superiores em 88,2 milhões de euros, às registadas em 2004; as provisões

integram a cobertura de contingências fiscais (15,2 milhões de euros), encargos e

benefícios a empregados (7,9 milhões de euros) e outros riscos (31,7 milhões de euros); por

sua vez a imparidade respeita essencialmente a crédito (252,4 milhões de euros) e outros

activos (32,4 milhões de euros);

(ix) o resultado líquido consolidado atingiu o montante de 537,7 milhões de euros, sendo de

salientar os impostos que ascenderam a 119,0 milhões de euros (124,6 milhões de euros

relativos a impostos correntes e o valor negativo de 5,6 milhões de euros relacionados com

impostos diferidos).

8. No exercício de 2005, a CGD continuou o processo de reorganização interna da área do controlo

dos riscos nas várias vertentes, de modo a adaptar-se aos respectivos normativos do Banco de

Portugal e às orientações decorrentes da implementação do Acordo de Basileia II, encontrando-

se em desenvolvimento e teste de novos modelos de rating interno e scoring na vertente do risco

de crédito, bem como outros projectos nas áreas de risco de mercado, de taxa de juro e de

liquidez, processos que temos vindo a acompanhar no âmbito do trabalho sobre o sistema de

controlo interno.

Em relação ao risco operacional a CGD encontra-se a rever os seus processos e procedimentos

internos, de forma a adoptar, progressivamente, métodos de medição avançada deste tipo de

risco.

Ainda no exercício de 2005, salientamos que foi criado um Órgão de Estrutura autónomo, na

dependência directa do Conselho de Administração da CGD, com a denominação de “Gabinete

de Compliance”, processo que temos vindo a acompanhar desde o seu início.

Ao Gabinete de Compliance competirá, em linhas gerais, a responsabilidade pela coordenação

da identificação e gestão do risco de compliance do Grupo CGD, entendido como o risco da

instituição incorrer em sanções de carácter legal ou regulamentar, prejuízos financeiros ou de

ordem reputacional, em resultado de não ter cumprido leis, normas, regulamentos, códigos de

conduta ou normas de “boas práticas”. Competirá igualmente, coordenar, estabelecer e garantir a

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adequada execução dos procedimentos internos em matéria de prevenção do branqueamento de

capitais e do financiamento do terrorismo.

Deste modo, para a prossecução da sua missão foi estabelecida uma estrutura composta por duas

áreas técnicas, uma de gestão do risco de compliance e outra com funções inerentes à prevenção

do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo. A sua estrutura orgânica é

igualmente constituída por um Núcleo de Staff responsável pelo apoio administrativo.

A estrutura orgânica e funcional, o organograma e o quadro de pessoal do Gabinete de

Compliance, foram aprovados, em definitivo, por deliberação do Conselho de Administração da

CGD, em 16 de Novembro de 2005.

9. No período subsequente ao encerramento do exercício procedemos à revisão legal das contas

individuais e consolidadas e analisámos o Relatório de Gestão apresentado pelo Conselho de

Administração, em relação aos quais damos a nossa opinião na Certificação Legal das Contas a

qual se encontra suportada pelo relatório de fiscalização previsto no artº 451º do Código das

Sociedades Comerciais.

10. PARECER:

Tudo devidamente ponderado, somos de parecer que a Assembleia Geral:

a) aprove o Relatório de Gestão e as contas do exercício de 2005, actividade individual e

consolidada, apresentados pelo Conselho de Administração;

b) pondere sobre a proposta de aplicação de resultados que faz parte integrante do Relatório

de Gestão;

c) proceda à apreciação geral da Administração e Fiscalização da Sociedade e delas tire as

conclusões referidas no artº 455º do Código das Sociedades Comerciais.

O FISCAL ÙNICO

LISBOA, 05 DE MAIO DE 2006

_____________________________

OLIVEIRA REGO & ASSOCIADOS

SOCIEDADE DE REVISORES OFICIAIS DE CONTAS

Representada pelo sócio Manuel de Oliveira Rego

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CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

INTRODUÇÃO

1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas da CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.(CGD), as

quais compreendem:

i) o balanço em 31 de Dezembro de 2005 (que evidencia um total de balanço de 73.647.840 milhares de

euros e um total de capital próprio de 3.986.489 milhares de euros, incluindo um resultado líquido de

350.770 milhares de euros), a demonstração dos resultados, a demonstração dos fluxos de caixa e a

demonstração das alterações no capital próprio do exercício findo naquela data e o correspondente

anexo às demonstrações financeiras;

ii) o balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2005 (que evidencia um total de balanço de

86.461.338 milhares de euros e um total de capital próprio de 4.325.230 milhares de euros, incluindo

um resultado líquido de 537.667 milhares de euros), a demonstração dos resultados consolidada, a

demonstração dos fluxos de caixa consolidados e a demonstração das alterações no capital próprio

consolidado do exercício findo naquela data e o correspondente anexo às demonstrações financeiras.

Estas demonstrações financeiras, individuais e consolidadas, foram preparadas em conformidade,

respectivamente, com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA) e com base nas Normas

Internacionais de Relato Financeiro (IFRS).

RESPONSABILIDADES

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que

apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa e do Grupo e o resultado das

suas operações, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de

sistemas de controlo interno apropriados.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso

exame daquelas demonstrações financeiras.

ÂMBITO

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas e Directrizes Técnicas de

Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado

e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras

estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:

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a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das

demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo

Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;

a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo

em conta as circunstâncias;

a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade;

a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras,

individuais e consolidadas.

5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância do relatório de gestão com as

demonstrações financeiras individuais e consolidadas.

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

OPINIÃO

7. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em

todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira individual e consolidada da CAIXA

GERAL DE DEPÓSITOS, S.A. em 31 de Dezembro de 2005, os resultados das suas operações e os seus

fluxos de caixa do exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas de Contabilidade

Ajustadas (NCA) e com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), para as contas individuais e

consolidadas, respectivamente.

8. É também nosso parecer que o relatório de gestão é concordante com as demonstrações financeiras

individuais e consolidadas.

ÊNFASES

9. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, chamamos a atenção para as situações seguintes:

Contas Individuais

9.1 Conforme se encontra detalhado na nota 2.1 do Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais, as contas

da CGD foram preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos dos

Avisos e Instruções do Banco de Portugal sobre esta matéria.

As Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA) reflectem os princípios de reconhecimento contabilístico e

avaliação das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), com excepção da valorização e

provisionamento do crédito a clientes (que mantém os princípios constantes do Plano de Contas para o

Sistema Bancário), do diferimento e reconhecimento faseado dos impactos de transição dos benefícios aos

trabalhadores (ao longo de 5 a 7 anos) e a restrição de algumas opções permitidas pelas IAS/IFRS,

devidamente explicitadas no referido Anexo.

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3

De acordo com o previsto na IFRS 1 – “Adopção pela primeira vez das Normas Internacionais de

Contabilidade”, as demonstrações financeiras referentes a 31 de Dezembro de 2004, apresentadas para

efeitos comparativos, foram reexpressas para as Normas Internacionais de Contabilidade, excepto em

relação às IAS 32 (Instrumentos Financeiros: Divulgação e Apresentação) e IAS 39 (Instrumentos

Financeiros: Reconhecimento e Mensuração), que apenas entraram em vigor a partir de 1 de Janeiro de

2005, procedimento permitido na referida norma.

O impacto da adopção das Normas de Contabilidade Ajustadas, na data de transição, encontra-se

evidenciado na nota 38 do Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais.

Contas Consolidadas

9.2 Do perímetro de consolidação da CGD, a nossa Sociedade exerce funções de Revisão Legal de Contas nas

empresas Caixa Leasing e Factoring, S.A., Locarent, S.A., Caixagest, S.A., Culturgest, S.A. e Caixanet,

S.A., tendo utilizado a informação disponibilizada pelos revisores/auditores das restantes empresas que

integram aquele perímetro de consolidação, para efeitos de formação da nossa opinião expressa no presente

documento.

9.3 Conforme consta na nota 2.1 do Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas, as contas

consolidadas da CGD foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro

(IFRS).

De acordo com o previsto na IFRS 1 – “Adopção pela primeira vez das Normas Internacionais de

Contabilidade”, as demonstrações financeiras consolidadas referentes a 31 de Dezembro de 2004,

apresentadas para efeitos comparativos, foram reexpressas para as Normas Internacionais de Contabilidade,

excepto em relação às IAS 32 (Instrumentos Financeiros: Divulgação e Apresentação), IAS 39

(Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração) e IFRS 4 (Contratos de Seguro), que apenas

entraram em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2005, procedimento permitido na referida norma.

O impacto da adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro, na data de transição, encontra-se

evidenciado na nota 43 do Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas.

LISBOA, 5 DE MAIO DE 2006

___________________________

OLIVEIRA REGO & ASSOCIADOS

SOCIEDADE DE REVISORES OFICIAIS DE CONTAS

Representada pelo sócio Manuel de Oliveira Rego

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(em Euros)

R em uneraçõesprinc ipais

R em uneraçõesacessórias (1 ) R egim e de Previdência (2) Encargos com

previdência (3)

Encargos com planocom plem entar de

reform a (4)Presidente [1] 206 591.12 1 344.00 C G A/Fundo de Pensões 30 481.81 30 988.65

Vice-Presidente [2] 345 193.76 3 027.00C G A/Fundo de Pensões [1] , Seg.

Socia l [1 ] 30 725.18 51 779.10

Vogais [8] 1 132 158.72 11 174.20

C G A/Fundo de Pensões [6] , Seg.Socia l [1 ], Fundo de Pensões

Banco de Portugal [1 ] 156 508.65 169 823.84

(em Euros)

R em uneraçõesprinc ipais

R em uneraçõesacessórias (1 ) R egim e de Previdência (2) Encargos com

previdência (3)

Encargos com planocom plem entar de

reform a (4)Presidente [1] 141 599.36 988.80 Seg. Socia l 5 340.27 21 239.89

Vice-Presidente [1] 127 193.46 1 008.00 Seg. Socia l [1 ] 3 439.75 19 079.03

Vogais [7] 748 727.19 7 322.10

C G A/Fundo de Pensões [5] , Seg.Socia l [1 ], Fundo de Pensões

Banco de Portugal [1 ] 77 590.32 112 309.10

(1) Inc lu i Subsíd io de a lm oço, prestações fam iliares tributadas.Aos Adm inis tradores é tam bém atribu ído te lem óve l e v ia tura.

(2) Identifica o regim e de previdência dos gestores(3) Q uantifica os encargos suportados pela em presa, no exercíc io de 2005, com contribu ições para a previdência dos gestores.(4) P lano C om plem entar de reform a por ve lh ice e invalidez e de sobrevivência dos Adm inis tradores da C aixa G eral de D epósitos

aprovado em em Assem ble ia G eral da C G D de 02.11.1993 e a lterado em Assem ble ia G eral de 31.05.2000(5) Valores pagos na qualidade de Adm inis tradores da C G D , não sendo recebidas quaisquer ou tras rem unerações independentem ente do exercíc io de outras funções

em em presas do G rupo C G D ou suas partic ipadas.

C AIXA G ER AL D E D EPÓ SIT O S, S .A

de 03/08/2005 a 31/12/2005

Exercíc io de 2005 (5)In form ação a que se refere o nº 9 da R esolução do C onselho de M in is tros nº 155/2005

de 01/01/2005 a 02/08/2005

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EXTRACTO DA ACTA DE APROVAÇÃO

O texto infra corresponde ao extracto da Acta da Assembleia Geral da CGD, SA, nº 1/06, de 12 de Maio de 2006, que aprovou o Relatório e Contas da CGD, S.A. do exercício de 2005, incluindo a Proposta de Aplicação de Resultados, o qual se transcreve seguidamente:

“Postos à votação, o Senhor Representante do Estado votou favoravelmente o Relatório de Gestão e as Contas do exercício de 2005, da actividade individual e consolidada, que, assim, foram aprovados.

O Senhor Vice-Presidente da Mesa declarou que se passava ao terceiro ponto da Ordem do Dia, tendo sido lida a seguinte proposta de aplicação de Resultados, apresentada pelo Conselho de Administração:

Nos termos do artigo 376º do Código das Sociedades Comerciais e do artigo 26º dos Estatutos aprovados pelo Decreto-Lei nº 287/93, de 20 de Agosto, propõe-se que o Resultado Líquido do Exercício respeitante à actividade individual da Caixa Geral de Depósitos, S.A., no montante de 350 769 642 euros, tenha a seguinte aplicação:

a) 20% para Reserva Legal, 70 153 928 euros; b) 14 569 623 euros para cobertura de Resultados Transitados; c) 195 000 000 euros para dividendos; d) 71 046 091 euros para Reservas Livres.

Dada a palavra ao Senhor Presidente do Conselho de Administração, por ele foi dito nada ter a acrescentar ao proposto, e ao Senhor Dr. Oliveira Rego, por ele foi referido que a proposta dava cumprimento às disposições legais aplicáveis.

Posta à votação, o Senhor Representante do Estado votou favoravelmente a proposta de aplicação de Resultados, que, assim, foi aprovada.”