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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO / 2 /

Sumário / 2 /

Consideraçãoes Gerais / 4 /

O Mercado / 5 /

Tecnologias de Informação e Comunicação / 6 /

Actividade Florestal / 7 /

Actividade Industrial / 7 /

Investimentos / 8 /

Recursos Humanos / 8 /

Sistemas de Gestão / 9 /

Actividade Financeira / 11 /

Proposta de Aplicação de Resultados / 12 /

Anexo ao Relatório do Conselho de Administração / 12 /

CONTAS E NOTAS ANEXAS / 14 /

Demonstração da Posição Financeira / 14 /

Demonstração dos Resultados por Naturezas / 16 /

Demonstração do Rendimento Integral / 17 /

Demonstração das Alterações no Capital Próprio / 18 /

Demonstração dos Fluxos de Caixa / 20 /

Anexo às Demonstrações Financeiras / 22 /

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

E CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS / 73 /

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal / 73 /

Certifi cação Legal das Contas / 74 /

/ ÍNDICE /

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1 000 euros 2010 2009

Vendas líquidas 328.904 157.893

Amortizações 33.057 20.346

Resultados operacionais 101.428 29.192

Resultados líquidos 39.925 151

Capital próprio 261.650 225.246

Valor acrescentado 133.367 35.214

Investimento 20.034 81.919

Empregados do quadro em 31 de Dezembro* 218 216

(*) Não inclui os Órgãos Sociais, nem contratos a termo certo.

Sumário em 31 de Dezembro de 2010

RELATÓRIO DO CONSELHO

DE ADMINISTRAÇÃO

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/ / 3 /

150

350

2006

0

2007 2008 2009 2010

Vendas Líquidas

Milhões de euros

Ano Total

2006 162

2007 197

2008 145

2009 158

2010 329

2006 2007 2008 2009 2010

Investimento

Milhões de euros

Ano Total

2006 15,3

2007 58,0

2008 225,1

2009 81,9

2010 20,0

2006 2007 2008 2009 2010

Produção de Pasta de Eucalipto

Milhares de toneladas

Ano Total

2006 304

2007 325

2008 275

2009 398

2010 540

2006 2007 2008 2009 2010

Vendas de Pasta de Eucalipto

Milhares de toneladas

Ano Total

2006 313

2007 325

2008 270

2009 401

2010 539

Ano Total

2006 185

2007 226

2008 232

2009 225

2010 262

175

275

150

2006

100

2007 2008 2009 2010

Capital Próprio

Milhões de euros

225

200

125

Ano Total

2006 40

2007 60

2008 16

2009 29

2010 101

2006 2007 2008 2009 2010

Resultados Operacionais

Milhões de euros

120

0

40

60

20

80

300

600

0

200

400

10050

100

200

250

300

600

0

200

300

400

500

100

250

0

100

150

50

200

500

250100

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4 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

partes interessadas e no qual é evidente a qualidade das activi-

dades desenvolvidas, especialmente a evolução positiva verifi cada

nos parâmetros caracterizados do desenvolvimento sustentável

da Organização.

Foi actualizada a Memória Descritiva da Organização de acordo

com o Modelo de Excelência EFQM e de modo a conseguir rea -

lizar-se uma sessão de auto-avaliação durante o primeiro qua-

drimestre do próximo ano.

Foram concretizadas cerca de 7 200 horas de formação em

acções previstas no Plano Anual de Formação. Algumas destas

for mações foram desenvolvidas em cooperação com a Celtejo,

nomeadamente as destinadas ao desenvolvimento de liderança e

de competências específi cas consideradas necessárias, assim como

as de implementação do Sistema de Gestão de Desempenho.

Durante 2010, manteve-se o diálogo institucional com as estru-

tu ras sindicais representativas dos trabalhadores e esten deu-se

essa prática à Celtejo.

O exercício do ano em apreço caracterizou-se pelo envolvimento

de diversas estruturas funcionais da Celbi – Direcção Financeira e

os Departamentos transversais, Técnicas de Engenharia e Sistemas

de Gestão – em outras empresas do Grupo, nomeadamente a

Celtejo.

Relatório Anual 2010

Considerações Gerais

O exercício de 2010 fi ca associado ao Projecto de Duplicação da

Capacidade Produtiva da Celbi e à sua inauguração por S. Ex.ª o

Senhor Presidente da República, Professor Cavaco Silva, a 2 de

Julho de 2010.

Com a entrada em serviço do turbogerador de 76 MVA verifi cada

a 24 de Março, passou a estar em operação todo o equipamento

processual previsto no Projecto de Expansão e Desenvolvimento

denominado C09, incluindo a optimizada efi ciência energética.

A produção deste ano foi de 539 818 toneladas.

Dada a forte procura de madeira, suportada por um mercado

favo rável de pastas branqueadas, a oferta de matéria-prima na-

cio nal tornou-se insufi ciente, pelo que foi inevitável o recurso à

sua importação não só da Galiza, mas também da América do Sul.

Durante o ano em apreço, procedeu-se ao aumento gradual e

sistemático da taxa de produção em sintonia com a curva de

aprendizagem assumida para o nível de produção das 600 mil

toneladas/ano.

As produções média e diária, verifi cadas no terceiro trimestre do

ano em apreço em paralelo com a melhoria da efi ciência opera-

cio nal e com a disponibilidade das instalações, são indicadores

re levantes para sustentar o orçamento ambicioso previsto para

o próximo ano.

Procedeu-se à elaboração do quarto Relatório de Sustentabilidade

da Empresa que, mais uma vez, foi muito bem recebido pelas

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O Mercado

Para os produtores de pastas para mercado, 2010 foi um ano

de excepção. O mercado foi afectado pelo terramoto ocorrido

no Chile em Fevereiro, o que retirou do mercado cerca de 4,5

mi lhões de toneladas. A procura no primeiro semestre excedeu

largamente a oferta, com a Ásia (mercado essencialmente SPOT)

a braços com uma procura acrescida, devido ao arranque previsto

de novas capacidades papeleiras na China.

O preço internacional da fi bra de eucalipto iniciou o ano nos 730 USD/t

terminando nos 850 USD, após ter atingido os 920 USD em Junho.

Já os preços SPOT ultrapassaram largamente os preços de refe-

rência, sobretudo no segundo trimestre, no qual atingiram valo-

res acima dos 1 000 USD/t em algumas regiões da Ásia.

O câmbio do USD face ao EUR teve impacto nos resultados da

Empresa, uma vez que este oscilou entre os 1,42721 USD em

Janeiro e os 1,32201 USD em Dezembro, tendo o Euro atingido

o seu valor mais baixo, 1,22085 USD, precisamente em Junho.

Tissue

P&W

Embalagem

Especialidades

Outros

A Celbi benefi ciou naturalmente deste enquadramento de

mer cado excepcional, reforçando a sua posição de fornecedor

Europeu de fi bra curta por excelência, mantendo, no entanto,

uma presença discreta nos mercados em crescimento, nomea da-

mente os asiáticos.

A estratégia de incidência das suas vendas no seu mercado

natu ral, a Europa, persiste, uma vez que este permanece ainda

o maior mercado de pastas papeleiras do mundo. A gama de

pro du tos de que dispõe, aliada à nova capacidade de produção

instalada, faz da Celbi um produtor de referência num mercado

cada vez mais competitivo.

O volume de vendas foi de 539 300 toneladas, 34,5% superior

ao de 2009. Este acréscimo deveu-se a um esforço de vendas que

acompanhou uma maior disponibilidade de pasta decorrente da

conclusão do Projecto de Expansão.

Europa

Portugal

Ásia

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6 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Tecnologias de Informação e Comunicação

Foi efectuada a renovação do acordo de fornecimento de equi pamento

informático e renovado o acordo empresarial de licencia mento

de software.

No seguimento do estudo e análise de implantação de um ERP SAP

corporativo, foi iniciado o projecto denominado Altri SAP Unify &

Má xi mo, que visa estabelecer uma plataforma informática para

o Grupo (SAP) e suportar o processo de gestão de manutenção

através da actualização do Sistema Máximo existente na Celbi.

Foi estendido e melhorado o contrato de prestação de serviço

com a Portugal Telecom (PT) à Celtejo e à Caima após o revam ping

das centrais locais.

Foram concluídos os estudos dos Sistemas de Gestão Documental

e sua extensão às outras unidades do Grupo, assim como o estudo

do Sistema de Integração Fabril para posterior extensão à Celtejo.

No âmbito da renovação e modernização dos Sistemas de

Informação e Infra-estrutura IT, foram executados diversos estu-

dos, nomeadamente Sistema CAD e o novo sistema de apoio ao

Sistema de Gestão de Desempenho.

Efectuaram-se as renovações dos contratos de manutenção,

in troduziram-se alterações e melhorias nos vários Sistemas de

In for mação e deu-se continuidade ao trabalho de instalação de

antivírus para protecção das redes instaladas.

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/ / 7 /

lenhoso no perímetro industrial, nomeadamente das aparas

provenientes da América Latina.

Apesar das condições meteorológicas adversas, a área total

afectada por fogos não ultrapassou os 387 hectares, sendo 342

hectares de eucalipto. A Região Norte e Centro Norte do País

repre sentaram 85% da área afectada.

Actividade Industrial

O ano de 2010 fi ca caracterizado pela evolução da taxa de

pro dução, de acordo com a curva de aprendizagem, para o nível

de produção previsto de 600 mil toneladas/ano; pela paragem

das instalações que ocorreu em Janeiro para realizar pequenas

modifi cações/correcções consideradas necessárias; pelo arranque

do turbogerador de 76 MVA em fi nais de Março e pelo consumo

gradual e crescente de madeira não ibérica, quer na forma de

toros quer na de aparas.

Foi realizada a primeira campanha de pasta TCF com muito

boas indicações quanto à sua futura realização regular e foram

de senvolvidos diversos ensaios e aplicações conducentes à

elimi nação de deposições provocadas por espécies florestais

desen volvidas em espaços distintos da Península Ibérica.

Atingiu-se uma produção de 539 818 toneladas, tendo sido batidos,

durante o último trimestre, diversos recordes, nomeadamente:

• recorde mensal – 49 617,2 t;

• média diária – 1 653,9 t;

• recorde diário – 1 973,5 t.

Assistimos, no segundo semestre de 2010, a uma consolidação

das operações industriais e à estabilização das propriedades

pa pe leiras da pasta, apesar da elevada percentagem de madeira

importada.

O desempenho da fábrica foi infl uenciado extraordinariamente

pela qualidade, tipo e origem da madeira utilizada no processo.

Assim, atendendo a que o fornecimento de madeira nacional

baixou drasticamente em certos períodos do ano, a Celbi chegou

a ser forçada a utilizar durante alguns períodos mais de 50%

de madeira não ibérica, o que contribuiu decididamente para o

elevado consumo específi co verifi cado (3,03 m3/tpsa).

Aprofundou-se o conceito de manutenção preditiva e condicio nada,

no sentido de aumentar a fi abilidade das instalações e a efi ciência

operacional e reduziu-se a taxa de trabalho extraor dinário.

Actividade Florestal

A actividade fl orestal da Celbi e especialmente a função de

abas tecimento de madeira procurou responder às necessidades

cres centes de matéria-prima da fábrica remodelada e à falta

de oferta de madeira no mercado nacional. Assim, para além

do importante abastecimento proveniente de matas próprias,

recorreu-se à importação de madeira de eucalipto da Galiza e da

América do Sul, nomeadamente do Uruguai e do Chile.

A Altri Florestal procurou não só garantir e compensar a resposta

do mercado e o fl uxo proveniente da importação, mas também

garantir especialmente o abastecimento de madeira certifi cada FSC.

A entrada em serviço dos silos de aparas, verifi cada no fi nal

do ano, permitiu uma maior fl uidez do movimento de material

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8 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Recursos Humanos

Na área de Recursos Humanos, consolidou-se o Portal do Em-

pre gado da Celbi após a sua implementação em fi nais de 2009,

incorporando algumas sugestões dos utilizadores de modo a torná-

-lo mais funcional e deu-se continuidade ao desen vol vi mento de

competências dos colaboradores. Candi datou-se um conjunto de

acções previstas no Plano de Formação ao Programa Operacional de

Potencial Humano (POPH), num total de 5 000 horas de formação.

Em 2010 concretizaram-se mais de 7 340 horas de formação, das

quais cerca de 3 000 foram enquadradas no POPH. Este esforço

de formação representa 1,8% do total de horas po ten ciais e uma

média de 4,1 dias de formação por trabalhador.

As prioridades da formação foram orientadas para as áreas

técnicas (processo, electrónica, instrumentação e mecânica) para

fazer face às exigências dos novos equipamentos (cerca de 44%)

e para a segurança e saúde ocupacional (cerca de 23%).

Para além do reforço da formação na área da Segurança e Saúde

no Trabalho, reactivou-se no último trimestre o Programa Zero

Acidentes, com o objectivo de sensibilizar os trabalhadores, em

especial os mais jovens para os riscos nos locais de trabalho, de

forma a reduzir a sinistralidade.

O efectivo médio do quadro de pessoal manteve-se nos 240

cola boradores, tendo o total de horas trabalhadas diminuído

cerca de 1%, em consequência de uma redução signifi cativa do

trabalho suplementar, que se situou nos 6,1% do potencial de

horas de trabalho (em 2009 tinha sido de 8,4%). No fi nal, os

custos com pessoal diminuíram cerca de 6% tendo atingido 13,2

milhões de euros.

Cooperou-se com a Celtejo, dando resposta às suas solicitações,

designadamente no âmbito do Sistema de Gestão de

Desempenho e concluiu-se o curso de Desenvolvimento de Com -

petências de Liderança para jovens Quadros da Celtejo e da Celbi

com a realização de uma acção vivencial.

No âmbito da Responsabilidade Social, continuou-se a cooperar

com as escolas, concedendo cerca de 50 estágios curricu lares e

Investimentos

No ano de 2010 concretizaram-se ensaios de desempenho que

conduziram à aceitação formal de um grupo de unidades, a saber:

• digestor;

• caldeira de recuperação;

• turbina TG4.

Desenvolveram-se contactos com as autoridades para ob ten ção de:

• isenção de licenciamento industrial;

• actualização de licenciamento ambiental;

• licenciamento de uma central de cogeração;

• licenciamento da rede eléctrica;

• licenciamento para as novas edifi cações.

Realizou-se um conjunto de projectos de investimento na Celbi

entre os quais se destacam, pela sua dimensão e valor de inves-

timento, os referidos abaixo:

• recepção de madeira em aparas e aumento da capacidade de

armazenagem de aparas existente;

• aumento da capacidade de armazenagem de pasta na descarga

do digestor e do fi ltrado equivalente;

• aumento da capacidade de fi ltração de licor negro;

• aumento da capacidade de armazenagem de licor verde não

fi ltrado.

A Celbi, para além de assumir a responsabilidade de liderar a

concepção e a implantação de um lote signifi cativo de inves-

timentos/modifi cações realizadas na Celtejo, tem procedido à

realização de auditorias a cargo de consultores e fornecedores

pres tigiados de forma a construir uma visão conducente ao

desenvolvimento estratégico daquela unidade industrial.

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pós-curriculares e disponibilizou-se mais uma vez às escolas e

universidades o Programa de Ocupação de Tempos Livres durante

os meses de Verão, incentivando 40 jo vens a ocupar o seu tempo

livre e ajudando-os na aproximação ao mundo do trabalho.

No envolvimento com a comunidade, deu-se resposta positiva a

49 pedidos de apoio e de donativos num total de 139 recebidos.

Sistemas de Gestão

Procedeu-se à preparação e publicação do Relatório de

Susten tabilidade, referente ao ano anterior, englobando a

Declaração Ambiental EMAS. Renovou-se a certificação do

Sistema de Ges tão Ambiental, de acordo com a Norma ISO

14001, do Sis te ma de Gestão da Qualidade, em conformidade

com a ISO 9001 e o registo no EMAS.

Deu-se continuidade à revisão do Mapa de Processos da

Orga ni zação, tendo-se incluído no âmbito do Sistema de Gestão

o processo de Técnicas de Engenharia. Foram actualizados

diversos documentos do Sistema de Gestão e consolidou-se

a integração no mesmo da central termoeléctrica a biomassa,

pertencente à EDP Produção - Bioeléctrica, S.A.

Ao longo do ano realizaram-se auditorias internas e externas, de

modo a garantir o normal funcionamento do Sistema de Gestão

(Qualidade, Ambiente, Segurança e Cadeia de Responsabilidade

da madeira).

Continuaram-se os trabalhos conducentes ao registo de subs tân cias

de produção interna de acordo com o Regulamento Europeu

REACH*, através da participação em consórcios e grupos de tra ba lho,

assim como da recolha, preparação e divulgação de docu men-

tação relacionada com o tema.

Relativamente à gestão de resíduos, cumpriu-se o plano de

ex plo ração do aterro controlado e da estação de compos ta gem. A

actividade da gestão interna de resíduos incidiu funda men talmente

na melhoria dos meios de recolha selectiva e enca minhamento de

resíduos, envolvendo também a partici pa ção de empresas externas

a prestar serviços na fábrica. Foram tam bém criadas condições

* Registration, Evaluation, Authorisation and Restriction of Chemicals.

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10 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

logísticas e desenvolvidos proce di mentos para aumentar o volume

de resíduos industriais desti na dos a operadores externos licenciados

para a respectiva valori zação ou tratamento.

No que se refere a emissões gasosas, procedeu-se à monitorização

em contínuo de gases de exaustão nas principais chaminés e à

realização de análises de poluentes atmosféricos por laboratórios

externos acreditados para o efeito, conforme previsto na

Licen ça Ambiental. Remeteram-se à Agência Portuguesa para

o Am biente (APA) os dados relativos à monitorização de gases

com efei to de estufa, em cumprimento da legislação aplicável.

Em 2010, com a estabilidade processual decorrente da entrada

em serviço das instalações construídas no âmbito do Projecto

de Modernização Fabril (Projecto C09), as emissões específi cas

de CO2 fóssil baixaram signifi cativamente face aos resultados

dos anos anteriores, acom panhando a redução dos consumos

específi cos de energia.

Quanto às emissões líquidas, foi realizada uma campanha de

caracterização da qualidade da água do mar e praias (meio recep-

tor de efl uentes líquidos). Cumpriu-se o programa analítico de

autocontrolo de efl uentes líquidos e do consumo de água. As

emissões líquidas mantiveram-se ao mesmo nível do ano ante rior,

mas o consumo específi co de água sofreu uma redução relevante.

Tendo em conta as implicações decorrentes do Projecto de

Moder nização Fabril (Projecto C09), apresentaram-se às auto ri-

dades competentes elementos diversos inseridos em processos

de licenciamento ambiental e industrial da Celbi.

Conforme previsto na legislação aplicável e na Licença Ambiental,

enviaram-se às autoridades competentes os relatórios de auto-

con trolo e de desempenho ambiental. De igual modo, foram

remetidos os relatórios referentes à central a biomassa.

No domínio da segurança, executaram-se diversas medidas de

melhoria, tais como a reformulação do Plano de Emergência

Inter no, a actualização de documentação, a alteração da rede de

água de incêndios, a instalação de novos dispositivos de protecção

co lec tiva e a remodelação dos sistemas de protecção exis tentes.

Realizou-se um simulacro de combate a incêndio. Man tiveram-se

e ampliaram-se os Programas Específi cos de Melho ria, tendo-se

apli cado melhorias técnicas de protecção colectiva, identifi cadas

em inspecções e auditorias, no âmbito do Sistema de Gestão de

Segurança. Foram reforçados os mecanismos de colaboração com

empresas externas em matéria de segurança.

Decorreram acções de formação sobre ambiente e segurança

destinadas a trabalhadores de empresas de prestação de serviços

de limpeza industrial, de movimentação de rolaria, de manutenção

mecânica e eléctrica e de movimentação e carregamento de

pas ta. De forma regular, foi ministrada formação de segurança

aos trabalhadores externos envolvidos nos trabalhos referentes

à execução de projectos e na paragem anual. Ao nível interno,

destacou-se a realização de acções previstas no Plano Anual de

Formação, relacionadas com a operação de instalações proces suais

e com a manutenção de equipamentos, integração de operadores,

controlo analítico, segurança e protecção contra incêndios.

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Actividade Financeira

A consolidação do Projecto de Investimento C09 permitiu a

pro dução recorde de 539 818 toneladas. Aliado ao aumento dos

preços da fi bra de eucalipto nos mercados internacionais, que

atingiram em Junho os 920 USD, este Projecto permitiu à Celbi a

obtenção de excelentes resultados em 2010.

Concluídos os trabalhos do Projecto de Expansão, rapidamente

a unidade industrial atingiu a produção média mensal de 45 000

toneladas, permitindo obter um acréscimo de 35,5% no volume

de produção relativamente a 2009.

Os preços de referência nos mercados internacionais continuaram,

até Junho de 2010, a tendência de subida que se tinha iniciado

na segunda metade de 2009, atingindo os 740 EUR/t, fechando

o ano nos 646 EUR/t.

Em consequência da conjugação do aumento do volume com o

aumento do preço, as ‘Vendas e serviços’ prestados atingiram o

valor de 330,3 milhões de euros, 106,7% superior ao registado

no ano transacto. Nesse total estão também incluídas as vendas

de energia, as quais totalizaram 35,5 milhões de euros, o que

suplantou em 84% o obtido no ano de 2009, em virtude da

entrada em funcionamento do novo turbogerador.

O ‘Custo das mercadorias vendidas e materiais consumidos’ foi

de 136 milhões de euros, valor superior em 69,2% ao de 2009,

enquanto que o acréscimo de produção foi de 35,5%, o que

indicia um agravamento do custo de produção justifi cado pelo

aumento do custo da madeira.

Os ’Fornecimentos e serviços de terceiros‘ atingiram 68,9 milhões

de euros, sendo superiores em 16,9 milhões de euros aos do ano

transacto e estando relacionados com o aumento da produção.

De salientar que o custo com salários registou uma diminuição de

6,3%, atribuível à diminuição do recurso a trabalho extraor di nário,

o qual foi bastante intensivo durante o processo de investimento.

Na rubrica de ‘Juros e outros gastos similares‘ está incluída a

remuneração da dívida bancária no valor de 15,5 milhões de

euros, valor idêntico ao de 2009.

O EBITDA obtido em 2010 foi de 101,4 milhões de euros, o que

representa um acréscimo superior a 200% quando comparado

com o mesmo valor do ano anterior e sendo, em valor absoluto,

o maior alguma vez registado pela Celbi.

O Projecto de Expansão já se encontra terminado, pelo que as

‘Amortizações do exercício’ tiveram um acréscimo de 12,7 mi lhões de

euros relativamente a 2009, atingindo os 33,1 milhões de euros.

Em consequência, o ‘Resultado operacional’ foi de 68,4 milhões

de euros, atingindo-se um ‘Resultado líquido do exercício’ no

valor de 39,9 milhões de euros.

A dívida líquida remunerada a 31 de Dezembro de 2010 era

de 482 milhões de euros, registando uma diminuição de 47,7

milhões de euros, relativamente a igual período do ano transacto.

Leirosa, 18 de Fevereiro de 2011

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

400,0

800,0

0,0

300,0

500,0

600,0

700,0

100,0

200,0

PIX PIX 2009

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12 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Proposta de Aplicação de Resultados

Conforme consta do Balanço e Demonstração de Resultados, o

‘Resultado Líquido’ do exercício fi ndo em 31 de Dezembro de

2010 foi de 39 925 239,10 euros. Este valor resulta do facto de

a Empresa ter, nos termos das Normas Contabilísticas aplicáveis,

reconhecido como gasto nas contas do exercício, o valor

de 537 825,10 euros, como montante afecto à distribuição de

lucros pelos colaboradores da Empresa.

O Conselho de Administração propõe que o ‘Resultado líquido’

do exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2010, no montante

de 39 925 239,10 euros seja transferido para ‘Resultados

tran si ta dos’.

Mais se propõe que se delibere atribuir aos colaboradores da

Empresa, a título de participação nos lucros, o referido montante

de 537 825,10 euros, de acordo com o critério estabe lecido pelo

Conselho de Administração.

Leirosa, 18 de Fevereiro de 2011

O Conselho de Administração

Paulo Jorge dos Santos Fernandes (Presidente)

João Manuel Matos Borges de Oliveira

Pedro Macedo Pinto de Mendonça

Domingos José Vieira de Matos

Agostinho Dolores Ferreira

Joaquim Ferreira Matos

Francisco Ramos da Silva Gomes

Anexo ao Relatório do Conselho de Administração

1. Nos termos do n.º 5 do art.º 447.º do Código das Sociedades

Comerciais e relativamente às pessoas mencionadas nos n.os

1 e 2 do referido artigo:

1.1 Acções detidas em 31 de Dezembro de 2010

Não existiu esta situação

2. Nos termos do n.º 4 do art.º 448.º do Código das Sociedades

Comerciais:

2.1 Titularidade do capital da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A.

à data do encerramento do exercício:

Leirosa, 18 de Fevereiro de 2011

Altri - Participaciones y Trading, S.L. 15 493 288

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Activo Notas 31-12-2010 31-12-2009

Activos não correntes

Activos biológicos 9 354.088 508.109

Activos fi xos tangíveis 4 365.018.342 377.825.246

Activos intangíveis 5 220.417 392.910

Propriedades de investimento 6 5.479.841 5.687.894

Investimentos em empresas subsidiárias 7 252.262.500 252.262.500

Outros activos não correntes 35 400.214 347.590

Activos por impostos diferidos 8 5.058.499 4.528.610

Total de activos não correntes 628.793.901 641.552.859

Activos correntes

Inventários 9 30.361.094 16.774.600

Clientes 10, 11 e 27 90.901.271 62.198.591

Outras dívidas de terceiros 10, 12 e 27 2.675.376 3.274.329

Estado e outros entes públicos 13 3.877.321 7.699.248

Empresas do Grupo 10 e 27 132.564.506 112.982.157

Outros activos correntes 14 1.572.245 1.137.569

Caixa e equivalentes de caixa 10 e 15 102.672.862 71.399.246

Total de activos correntes 364.624.675 275.465.740

Total do activo 993.418.576 917.018.599

Demonstração da Posição Financeira em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

(Montantes expressos em euros)

CONTAS

E NOTAS ANEXAS

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Capital Próprio e Passivo Notas 31-12-2010 31-12-2009

Capital próprio

Capital social 16 77.500.000 77.500.000

Reserva legal 16 16.100.235 16.100.235

Outras reservas 16 128.124.724 131.493.803

Resultado líquido do exercício 39.925.239 151.462

Total do capital próprio 261.650.198 225.245.500

Passivo

Passivo não corrente

Outros empréstimos 10 e 17 532.744.337 592.412.774

Outros passivos não correntes 19 19.467.948 -

Passivos por impostos diferidos 8 157.351 183.278

Provisões 18 1.273.663 1.214.322

Total de passivos não correntes 553.643.299 593.810.374

Passivo corrente

Empréstimos bancários 10 e 17 - 11.100.776

Outros empréstimos 10 e 17 70.805.621 34.351.153

Fornecedores 10 e 20 53.624.938 20.273.774

Empresas do Grupo 10 e 27 3.318.725 2.291.719

Outras dívidas a terceiros 10, 21 e 27 10.478.404 11.184.451

Estado e outros entes públicos 13 11.566.344 655.511

Outros passivos correntes 22 13.821.651 8.385.798

Instrumentos fi nanceiros derivados 10 e 23 14.509.396 9.719.543

Total de passivos correntes 178.125.079 97.962.725

Total do passivo 731.768.378 691.773.099

Total do passivo e capital próprio 993.418.576 917.018.599

O anexo faz parte integrante das demonstrações fi nanceiras.

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16 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

Notas 31-12-2010 31-12-2009

Vendas 27 e 28 328.904.342 157.893.222

Prestações de serviços 28 1.392.245 1.899.640

Outros proveitos 29 7.192.886 17.296.872

Custo das vendas 9 e 27 (134.574.162) (82.784.518)

Fornecimento de serviços externos 26 e 27 (68.935.909) (51.991.108)

Custos com o pessoal 33 (13.245.849) (14.129.740)

Amortizações e depreciações 4, 5 e 6 (33.056.820) (20.346.046)

Provisões e perdas por imparidade 18 (99.138) 2.640.182

Outros custos 30 (19.206.356) (1.632.454)

Custos fi nanceiros 31 (25.384.076) (15.393.986)

Proveitos fi nanceiros 27 e 31 7.263.640 6.639.004

Resultado antes de impostos 50.250.803 91.068

Impostos sobre o rendimento 8 (10.325.564) 60.394

Resultado depois de impostos 39.925.239 151.462

Resultado líquido do exercício 39.925.239 151.462

Resultados por acção

Básico 32 2,58 0,01

Diluído 32 2,58 0,01

O anexo faz parte integrante das demonstrações fi nanceiras.

Demonstração dos Resultados por Naturezaspara os Exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

(Montantes expressos em euros)

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Notas 31-12-2010 31-12-2009

Resultado líquido do exercício 39.925.239 151.462

Variação no justo valor dos derivados de cobertura dos fl uxos de caixa 23 (3.520.542) (16.365.714)

Outro rendimento integral do exercício (3.520.542) (16.365.714)

Total do rendimento integral do exercício 36.404.697 (16.214.252)

Demonstração do Rendimento Integralpara os Exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

(Montantes expressos em euros)

O anexo faz parte integrante das demonstrações fi nanceiras.

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18 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

Notas

Capital social

Acções próprias (valor nominal)

Acções próprias (descontos e prémios)

Reserva legal

Saldo em 1 de Janeiro de 2009 (POC) 16 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235

Ajustamentos de conversão para IFRS (efeito acumulado)

3 - - - -

Saldo em 1 de Janeiro de 2009 (reexpresso) 16 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235

Aplicação do resultado de 2008

Transferência para resultados transitados - - - -

Total do rendimento integral do exercício - - - -

Saldo em 31 de Dezembro de 2009 16 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235

Saldo em 1 de Janeiro de 2010 16 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235

Aplicação do resultado de 2009

Transferência para resultados transitados - - - -

Total do rendimento integral do período - - - -

Saldo em 31 de Dezembro de 2010 16 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235

Demonstração das Alterações no Capital Própriopara os Exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

(Montantes expressos em euros)

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Notas Outras reservas

Reservas de

cobertura

Outras reservas e resultados transitados

Total outras reservas

Resultado líquido

Total do capital

próprio

Saldo em 1 de Janeiro de 2009 (POC) 16 - 131.947.454 131.947.454 6.690.213 232.237.902

Ajustamentos de conversão para IFRS (efeito acumulado)

3 9.221.850 - 9.221.850 - 9.221.850

Saldo em 1 de Janeiro de 2009 (reexpresso) 16 9.221.850 131.947.454 141.169.304 6.690.213 241.459.752

Aplicação do resultado de 2008

Transferência para resultados transitados - 6.690.213 6.690.213 (6.690.213) -

Total do rendimento integral do exercício (16.365.714) - (16.365.714) 151.462 (16.214.252)

Saldo em 31 de Dezembro de 2009 16 (7.143.864) 138.637.667 131.493.803 151.462 225.245.500

Saldo em 1 de Janeiro de 2010 16 (7.143.864) 138.637.667 131.493.803 151.462 225.245.500

Aplicação do resultado de 2009

Transferência para resultados transitados - 151.462 151.462 (151.462) -

Total do rendimento integral do período (3.520.541) - (3.520.541) 39.925.239 36.404.698

Saldo em 31 de Dezembro de 2010 16 (10.664.405) 138.789.129 128.124.724 39.925.239 261.650.198

O anexo faz parte integrante das demonstrações fi nanceiras.

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20 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

Notas 2010 2009

Actividades operacionais

Recebimentos de clientes 304.239.945 144.840.725

Pagamentos a fornecedores (186.097.624) (117.616.602)

Pagamentos ao pessoal (9.626.293) (10.871.136)

Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional

(22.655.865) 11.949.481

Impostos sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas

292.917 86.153.080 1.781.200 30.083.668

Fluxos gerados pelas actividades operacionais (1) 86.153.080 30.083.668

Actividades de investimento

Recebimentos provenientes de

Juros e proveitos similares 4.807.247 6.839.660

Activos fi xos tangíveis 1.162.141 2.314.466

Subsídios ao investimento 677.548 6.646.936 1.579.901 10.734.027

Pagamentos relativos a

Empréstimos concedidos (16.250.000) (6.020.000)

Activos intangíveis (714.896) (156.825)

Activos fi xos tangíveis (19.020.161) (35.985.058) (102.987.035) (109.163.861)

Fluxos gerados pelas actividades de investimento (2) (29.338.122) (98.429.834)

Demonstração dos Fluxos de Caixa para os Exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

(Montantes expressos em euros)

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Notas 2010 2009

Actividades de financiamentos

Recebimentos provenientes de

Empréstimos obtidos - - 86.226.658 86.226.658

Pagamentos respeitantes a

Amortização de contratos de locação fi nanceira

Juros e custos similares (14.650.966) (17.615.342)

Empréstimos obtidos (10.890.376) (25.541.342) - (17.615.342)

Fluxos gerados pelas actividades de financiamento (3) (25.541.342) 68.611.316

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 15 71.399.246 71.134.095

Variação de caixa e seus equivalentes: (1)+(2)+(3) 31.273.616 265.151

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 15 102.672.862 71.399.246

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22 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

2.1. Bases de ApresentaçãoAs demonstrações fi nanceiras anexas foram preparadas no

pressuposto da continuidade das operações a partir dos livros e

registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com as

Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas

pela União Europeia, em vigor para exercícios económicos ini-

ciados em 1 de Janeiro de 2009. Devem entender-se como

fazen do parte daquelas normas, as Normas Internacionais de

Relato Financeiro - International Financial Reporting Standards

(IFRS) - emitidas pelo International Accounting Standard Board

(IASB), as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS), emitidas

pelo International Accounting Standards Committee (IASC) e

respectivas interpretações – IFRIC e SIC, emitidas respectivamente

pelo International Financial Repor ting Interpretation Committee

(IFRIC) e pelo Standing Interpretation Committee (SIC), que

tenham sido adoptadas pela União Europeia. De ora em diante,

o conjunto daquelas normas e interpretações será designado

genericamente por IAS/IFRS.

A adopção das IAS/IFRS na apresentação de demonstrações

fi nanceiras pela Empresa ocorre pela primeira vez em 2010, pelo

que a data de transição dos princípios contabilísticos geralmente

aceites em Portugal (Plano Ofi cial de Contabilidade) para esse

normativo é 1 de Janeiro de 2009, tal como o estabelecido pela

IFRS 1 – Adopção pela primeira vez das Normas Internacionais

de Relato Financeiro. Nos termos desta norma, não ocorreram

efeitos reportados à data de transição para IFRS (1 de Janeiro

de 2009) registados nas rubricas de ‘Capital próprio’. Na Nota 3 são

explicitados os impactos da adopção deste normativo conta-

bilístico nas demonstrações fi nanceiras apresentadas em 31 de

Dezembro de 2009.

Anexo às Demonstrações Financeirasem 31 de Dezembro de 2010

(Montantes expressos em euros)

1. Nota IntrodutóriaA Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. (Empresa ou Celbi) foi

constituída em 1965, tem a sua sede social na Leirosa, Fi guei ra

da Foz e tem como actividade principal a produção e comer-

cialização de pasta de papel.

Em Agosto de 2006, na sequência do processo público de alie-

nação pelo antigo accionista, a Altri, SGPS, S.A. (Altri), através

da sua participada Altri – Participaciones y Trading, S.L. (Altri SL)

adquiriu 99,96% das acções representativas do capital social da

Empresa e de 100% dos respectivos direitos de voto, dado que

a Empresa detém 6 712 acções próprias, inserindo-se assim no

grupo económico liderado pela Altri SGPS, S.A. (Grupo Altri) e

cotado na NYSE Euronext Lisbon.

As demonstrações fi nanceiras da Celbi são apresentadas em euros

em valores arredondados à unidade, sendo esta a divisa utilizada

pela Empresa nas suas operações e, como tal, considerada a

moe da funcional.

2. Principais Políticas ContabilísticasAs principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação

das demonstrações fi nanceiras anexas são como se segue:

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As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, aprovadas pela União Europeia e com aplicação obrigatória nos exercícios económicos

iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2010, foram adoptadas pela primeira vez no exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2010:

Norma/Interpretação Data de efi cácia (exercícios inicia dos em ou após)

IFRS 3 – Concentrações de actividades empresariais e IAS 27 – Demonstrações fi nanceiras consolidadas e separadas (revisão de 2008)

1-Jul-09

Esta revisão vem trazer algumas alterações ao nível do registo de concentrações de actividades empresariais, nomeadamente no que diz respeito: (a) à mensuração dos interesses sem controlo (anteriormente designados interesses minoritários); (b) ao reconhecimento e mensuração subsequente de pagamentos contingentes; (c) ao tratamento dos custos directos relacionados com a concentração; (d) ao registo de transacções de compra de interesses em entidades já controladas e de transacções de venda de interesses sem que de tal resulte a perda de controlo e (e) ao cálculo do resultado na venda de participação com perda de controlo e necessidade de remensuração dos interesses retidos na participação alienada.

IAS 28 (revisão de 2008) Investimentos em associadas

1-Jul-09Os princípios descritos acima e adoptados para a IAS 27 (2008) relativamente ao apuramento do resultado da venda são alargados à IAS 28.

Revisões da IFRS 1 – Adopção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro

1-Jan-10Esta norma foi revista no sentido de agrupar as várias emendas que foram ocorrendo desde a sua primeira versão.

IFRS 1 – Emendas (Isenções adicionais)

1-Jan-10

Esta emenda vem contemplar um conjunto adicional de isenções na aplicação retrospectiva, nomeadamente ao nível de activos resultantes da exploração de recursos minerais, de responsabilidades de descomissionamento e da aplicação dos requisitos da IFRIC 4.

IFRS 2 – Emenda (Transacções de pagamentos com base em acções entre entidades do mesmo grupo)

1-Jan-10Esta emenda vem clarifi car alguns aspectos relacionados com pagamentos com base em acções, liquidados fi nanceiramente no seio de grupos empresariais.

IFRIC 12 – Acordos de concessão de serviços

1-Jan-10Esta interpretação vem introduzir regras de reconhecimento e mensuração por par te do operador privado envolvido na prestação de serviços de construção de infraestruturas e de operação no âmbito de concessões do tipo público-para-privado.

IFRIC 15 – Acordos para a construção de imóveis

1-Jan-10Esta interpretação vem abordar a forma para avaliar se um acordo de construção de um imóvel está no âmbito da IAS 11 – Contratos de construção ou no âmbito da IAS 18 – Rédito e como o correspondente rédito deve ser reconhecido.

IFRIC 16 – Coberturas de um investimento líquido numa unidade operacional estrangeira

1-Jul-09Esta interpretação vem fornecer orientações sobre a contabilidade de cobertura de investimentos líquidos em operações estrangeiras.

IFRIC 17 – Distribuições aos proprie- tários de activos que não são caixa

1-Jul-09Esta interpretação propicia orientação sobre a correcta contabilização de activos não caixa distribuídos aos accionistas como dividendos.

IFRIC 18 – Transferências de activos provenientes de clientes

1-Jul-09Esta interpretação propicia orientação sobre a contabilização pelos operadores de activos fi xos tangíveis “dos clientes”.

Melhoramentos das Normas Interna -cionais de Relato Financeiro - 2009

Várias (usual mente 1-Jan-10)

Este processo envolveu a revisão de 12 normas contabilísticas.

Alterações à IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração – Instrumentos: Itens Cobertos Elegíveis

1-Jul-09Clarifi ca a aplicação da contabilidade de cobertura à componente infl ação dos instrumentos fi nanceiros e aos contratos de opções, quando utilizados como instrumentos de cobertura.

O efeito nas demonstrações fi nanceiras da Celbi no exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2010, decorrente da adopção das normas,

interpretações, emendas e revisões acima referidas, não foi signifi cativo, nomeadamente em virtude da maioria das situações aí

referidas não serem actualmente aplicáveis à Empresa.

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24 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros foram, até à

data de aprovação destas demonstrações fi nanceiras, aprovadas pela União Europeia:

Norma/Interpretação Data de efi cácia (exercícios inicia dos em ou após)

IAS 24 – Divulgações de partes relacionadas (revisão)

1-Jan-11 Esta revisão vem trazer algumas clarifi cações relacionadas com as divulgações a efectuar de partes relacionadas, em particular no tocante a entidades ligadas à Administração Pública.

IFRS 1 – Emenda (Isenção limitada da obrigação de apresentar divulgações comparativas de acordo com a IFRS 7 para os adoptantes pela primeira vez)

1-Jul-10 Esta emenda vem simplifi car as obrigações de divulgação de comparativos relativamente a instrumentos fi nanceiros na adopção pela primeira vez das IFRS.

IAS 32 – Emenda (Classifi cação das emissões de direitos)

1-Fev-10 Esta emenda vem clarifi car em que condições os direitos emitidos podem ser classifi cados como instrumentos de capital próprio.

IFRIC 14 – Emenda (Pré-pagamento de um requisito de fi nanciamento mínimo)

1-Jan-11 Esta emenda vem suprimir uma consequência não intencional decorrente do tratamento de pré-pagamentos de futuras contribuições em circunstâncias em que é aplicável um requisito de fi nanciamento mínimo.

IFRIC 19 – Extinção de passivos fi nanceiros através de instrumentos de capital próprio

1-Jul-10 Esta interpretação vem fornecer orientações sobre a contabilização das transacções em que os termos de um passivo fi nanceiro são renegociados e resultam numa emissão pela entidade de instrumentos de capital próprio em favor de um seu credor com a resultante extinção da totalidade ou de parte desse passivo fi nanceiro.

24

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/ / 25 /

2.2 Principais Critérios ValorimétricosOs principais critérios valorimétricos utilizados pela Empresa na

preparação das suas demonstrações fi nanceiras são os seguintes:

a) Activos intangíveis

Os activos intangíveis encontram-se registados ao custo de

aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por impa ri -

dade acumuladas. Os activos fi xos intangíveis só são reco nhe cidos

se for provável que deles advenham benefícios económicos

futuros para a Empresa, se forem controláveis pela Empresa e se

pos sa medir razoavelmente o seu valor.

As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos

técnicos são reconhecidas na demonstração dos resultados

quan do incorridas.

As despesas de desenvolvimento para as quais a Empresa

de mons tre capacidade para completar o seu desenvolvimento e

iniciar a sua comercialização e/ou uso e relativamente às quais seja

provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos

futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que

não cumpram estes critérios são registadas como custo no

período em que são incorridas.

Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento

de software são registados como custos na demonstração dos

resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes

custos estejam directamente associados a projectos para os quais

seja provável a geração de benefícios económicos futuros para

a Empresa. Nestas situações os custos são capitalizados como

activos intangíveis.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos

bens, pelo método das quotas constantes em conformidade

com o período de vida útil estimado (genericamente três a cinco

anos).

Estas normas, apesar de aprovadas pela União Europeia,

não foram adoptadas pela Celbi no exercício fi ndo em 31 de

Dezembro de 2010, em virtude da sua aplicação não ser ainda

obri gatória. Não são estimados impactos signifi cativos nas

demonstrações fi nanceiras da Empresa decorrentes da adopção

das mesmas.

As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adoptados

pela Empresa a 31 de Dezembro de 2010 são comparáveis com

os utilizados na preparação das demonstrações fi nanceiras em

31 de Dezembro de 2009, atendendo ao referido na Nota 3.

Na preparação das demonstrações fi nanceiras, em conformidade

com as IAS/IFRS, o Conselho de Administração da Empresa

adop tou certos pressupostos e estimativas que afectam os

activos e passivos reportados, bem como os proveitos e custos

incor ri dos rela tivos aos períodos reportados. Todas as estimativas

e as sum p ções efectuadas pelo Conselho de Administração foram

efectuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à

da ta de aprovação das demonstrações fi nanceiras, dos eventos e

transacções em curso.

As demonstrações fi nanceiras anexas foram preparadas para

apreciação e aprovação em Assembleia Geral de Accionistas. O

Conselho de Administração da Empresa entende que as mesmas

serão aprovadas sem alterações.

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26 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

Os activos fi xos tangíveis em curso representam activos fi xos tangíveis

ainda em fase de construção, encontrando-se regis tados ao custo

de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estes

activos são amortizados a partir do momento em que os activos

subjacentes estejam em condições de serem utilizados.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate de activos

fi xos tangíveis são determinadas como a diferença entre o preço

de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação

ou abate, sendo registadas na demonstração dos resultados nas

rubricas ‘Outros proveitos’ ou ‘Outros custos’.

c) Locações

A classifi cação das locações fi nanceiras ou operacionais é rea lizada

em função da substância dos contratos em causa e não da sua forma.

Os contratos de locação são classifi cados como (i) locações

fi nanceiras, se através deles forem transferidos substancialmente

todos os riscos e vantagens inerentes à posse ou como (ii)

lo ca ções operacionais, se através deles não forem transferidos

subs tancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.

Os activos adquiridos mediante contratos de locação fi nanceira

bem como as correspondentes responsabilidades são conta bi-

li zados pelo método fi nanceiro. De acordo com este méto do,

o custo do activo é registado no activo fi xo tangível; a corres-

pondente responsabilidade é registada no passivo e os juros

incluídos no valor das rendas e a amortização do activo, calculada

conforme descrito na Nota 2.2.b), são registados como custos na

demonstração dos resultados do período a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas

referentes a bens adquiridos neste regime são reconhecidas como

custo na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.

d) Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas

Os subsídios recebidos no âmbito de programas de formação

profi ssional ou subsídios à exploração são registados na rubrica

‘Outros proveitos operacionais’ da demonstração consolidada

dos resultados do exercício em que estes programas são

realizados, independentemente da data do seu recebimento.

b) Activos fixos tangíveis

Os activos fi xos tangíveis, adquiridos até 1 de Janeiro de 2009 (data

de transição para as Normas Internacionais de Relato Financeiro,

tal como adoptadas pela União Europeia), encontram-se registados

ao seu deemed cost, o qual corresponde ao custo de aquisição

ou ao custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios

contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data,

deduzido das amortizações acumuladas e de perdas por imparidade.

Os activos fi xos tangíveis adquiridos após aquela data encon tram-se

registados ao custo de aquisição, deduzido das correspon dentes

amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são calculadas, após os bens estarem em condi-

ções de serem utilizados, pelo método das quotas constantes em

conformidade com o período de vida útil estimado para cada

gru po de bens.

As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes

períodos de vida útil estimada:

Anos

Terrenos e recursos naturais 7 - 50

Edifícios e outras construções 10 - 50

Equipamento básico 3 - 20

Equipamento de transporte 6

Ferramentas e utensílios 5 - 10

Equipamento administrativo 3 - 15

Outros activos fi xos tangíveis 3 - 20

A rubrica ‘Terrenos e recursos naturais’ para além dos terrenos

inclui estradas, pavimentações, esgotos, ramal de caminho de

fer ro, poços e condutas de água. Como os terrenos não são

amor tizáveis os anos de amortização dizem respeito exclusi va-

mente às restantes componentes desta rubrica.

As despesas de conservação e reparação que não aumentem a

vida útil dos activos nem resultem em benfeitorias ou melhorias

signifi cativas dos elementos dos activos fi xos tangíveis são regis-

ta das como custo do exercício em que são incorridas.

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Os subsídios atribuídos a fundo perdido para fi nanciamento

de activos fi xos tangíveis são registados na demonstração da

posição fi nanceira como ‘Outros passivos correntes’ e ‘Outros

passivos não correntes’ relativamente às parcelas de curto prazo,

médio e longo prazo respectivamente, e são reconhecidos na

demonstração dos resultados proporcionalmente às amortizações

dos activos fi xos tangíveis subsidiados.

e) Imparidade dos activos fixos tangíveis e dos activos

intan gíveis

É efectuada uma avaliação de imparidade dos activos à data de

cada balanço e sempre que seja identifi cado um evento ou uma

alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo

qual o activo se encontra registado possa não ser recuperável.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado

seja superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda

por imparidade, registada na demonstração dos resultados na

ru brica ‘Provisões e perdas por imparidade’.

A quantia recuperável é a mais alta entre o preço de venda

líquido e o valor de uso. O preço de venda líquido é o montante

que se obteria com a alienação do activo numa transacção entre

en ti dades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos

directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor

presente dos fl uxos de caixa futuros estimados que são esperados

que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no

fi nal da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada

activo individualmente ou, no caso de não ser possível, para a

uni dade geradora de fl uxos de caixa à qual o activo pertence.

Quando as perdas por imparidade, reconhecidas em exercícios

anteriores, deixem de existir, são objecto de reversão. A reversão

das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos

resultados na rubrica ‘Outros proveitos’. Esta reversão da per da

por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que esta ria

reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda

por imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.

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28 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

f) Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos fi nanceiros relacionados com empréstimos obtidos são

usualmente reconhecidos como custo na demonstração dos resul-

tados de acordo com o princípio da especialização dos exer cícios.

Nos casos em que são contratados empréstimos com o fi m

específi co de fi nanciar activos fi xos, os juros correspondentes são

capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização

destes encargos inicia-se após o início da preparação das activi-

da des de construção e cessa quando o activo se encontra pronto

para utilização ou caso o projecto seja suspenso.

g) Inventários

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo,

são valorizadas ao custo médio de aquisição, deduzido do valor

dos descontos de quantidade concedidos pelos fornecedores, o

qual é inferior ao respectivo valor de mercado.

Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e os

produtos e os trabalhos em curso são valorizados ao custo de

pro du ção, que inclui o custo das matérias-primas incorporadas,

mão-de-obra e gastos gerais de fabrico e que é inferior ao valor

de mercado. Dentro desta óptica, a madeira cortada em posse da

Empresa encontra-se valorizada ao custo de produção, que inclui

os custos incorridos com o corte e “rechega” da madeira, assim

como a parte proporcional à área cortada dos custos acumulados

de esta belecimento, manutenção e gastos administrativos com

estes activos.

A Empresa procede ao registo das correspondentes perdas por

imparidade para reduzir, quando aplicável, os inventários ao seu

valor realizável líquido ou preço de mercado.

h) Activos biológicos

As fl orestas, propriedade da Empresa, encontram-se classifi cadas

na rubrica ‘Activos biológicos’. O custo das fl orestas adquiridas

ou com as plantações efectuadas e os custos incorridos com o

seu desenvolvimento, conservação e manutenção são incluídos no

valor destas. O custo da madeira é transferido para custo de pro-

dução quando a madeira é cortada. Os cortes de madeira própria

são valorizados ao custo específi co de cada mata atribuí do a cada

corte, o qual inclui ainda os custos incorridos em cada mata desde

28

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/ / 29 /

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas

sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação

e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.

Quando uma provisão é apurada tendo em consideração os

fl uxos de caixa necessários para liquidar tal obrigação, a mesma

é registada pelo valor actual dos mesmos.

k) Complementos de reforma

Quando existem compromissos de conceder aos empregados

prestações pecuniárias a título de complementos de pensões

de reforma por velhice ou invalidez, são constituídas provisões

com base em cálculos actuariais efectuados por entidades

especializadas. As responsabilidades actuariais são calculadas de

acordo com o Projected Unit Credit Method utilizando os pressu-

postos actuariais e fi nanceiros considerados mais ade qua dos.

l) Instrumentos financeiros

i) Investimentos em subsidiárias

Os investimentos em partes de capital de empresas subsidiá-

rias são mensurados de acordo com o estabelecido na IAS 27 –

Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas, ao custo

de aquisição deduzido de eventuais perdas por impa ridade.

ii) Investimentos

Os investimentos detidos pela Empresa são classifi cados como

se segue:

Investimentos registados ao justo valor através de resul-

tados: esta categoria divide-se em duas subcategorias: ‘Acti-

vos fi nanceiros’ detidos para negociação e ‘Investimentos

mensu rados ao justo valor através de resultados’. Um activo

fi nanceiro é classifi cado nesta categoria se for adquirido com o

propósito de ser vendido no curto prazo ou a sua performance

e estratégia de investimento sejam analisadas e defi nidas

pelo Conselho de Administração com base no justo valor do

activo fi nanceiro. Os instrumentos derivados são também

classifi cados como detidos para negociação, excepto se esti ve-

rem afectos a operações de cobertura. Os activos desta cate-

goria são classifi cados como activos correntes no caso de serem

detidos para negociação ou se for expectável que se realizem

num período inferior a doze meses da data do balanço;

o último corte. São reconhecidos como custo do exercício os custos

acumulados de plantação, manutenção e gastos administrativos,

proporcionais à área cortada nesse exercício.

O Conselho de Administração optou por não registar os activos

biológicos ao seu justo valor por entender que, face à natureza

dos activos em avaliação, a determinação daquele depende

de pressupostos que poderão não ser fi avelmente apurados e

consequentemente o eventual justo valor não seria mensurado

com fi abilidade. É, no entanto, convicção do Conselho de Admi-

nis tração, com base em alguns indicadores, que com a política

segui da de registo dos activos biológicos ao custo de aqui sição

não resultam diferenças materialmente relevantes face ao seu

regis to ao justo valor.

i) Propriedades de investimento

As propriedades de investimento da Empresa correspondem

essencialmente a terrenos e edifícios arrendados a outras empre-

sas do Grupo Altri, não destinadas ao uso na produção ou forne-

cimento de bens ou serviços, ou para fi ns administrativos, ou

pa ra venda no curso ordinário dos negócios da Empresa.

As propriedades de investimento são mensuradas ao custo de

aquisição deduzido de amortizações acumuladas e eventuais

per das de imparidade acumuladas.

As amortizações são calculadas, após o momento em que o bem

se encontra em condições de ser utilizado, de acordo com o mé-

to do das quotas constantes, em conformidade com o período

de vida útil estimado para cada grupo de bens que, no caso das

propriedades de investimento, varia entre 7 e 50 anos.

j) Provisões

As provisões são reconhecidas quando e somente quando a

Empresa (i) tenha uma obrigação presente (legal ou construtiva)

resultante de um evento passado; (ii) seja provável que para a

resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e (iii) o

montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As

provisões são revistas na data de cada balanço e ajustadas de

modo a refl ectir a melhor estimativa do Conselho de Admi nis-

tração a essa data.

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30 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

Os ganhos ou perdas, provenientes de uma alteração no justo

valor dos investimentos disponíveis para venda, são registados

no capital próprio, na rubrica ‘Reservas de justo valor’ incluída

na rubrica ‘Outras reservas’ até o investimento ser vendido,

recebido ou até que o justo valor do investimento se situe

abai xo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma

per da por imparidade, momento em que a perda acumulada é

transferida para a demonstração dos resultados.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reco nhecidas

à data da assinatura dos respectivos contratos de com pra e venda,

independentemente da sua data de liquidação fi nanceira.

iii) Dívidas de terceiros

As dívidas de clientes, de outros devedores e de outros terceiros

são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas na

demons tração da posição fi nanceira deduzido de eventuais

perdas por imparidade reconhecidas na rubrica ‘Perdas por

imparidade acumuladas’, para que os activos refl ictam o seu valor

realizável líquido. Estas rubricas, quando correntes, não in cluem

juros por não se considerar material o impacto do desconto.

As perdas por imparidade são registadas na sequência de

even tos ocorridos que indiquem objectivamente e de forma

quan tificável que a totalidade ou parte do saldo em dívida

não será recebido. Para tal, a Empresa tem em consideração

infor ma ção de mercado que demonstre que:

• a contraparte apresenta difi culdades fi nanceiras signifi cativas;

• se verifi cam atrasos signifi cativos nos pagamentos por parte

da contraparte;

• se torna provável que o devedor vá entrar em liquidação ou

reestruturação fi nanceira.

Investimentos detidos até ao vencimento: esta categoria

inclui os activos fi nanceiros, não derivados, com reembolsos

fi xos ou variáveis, que possuem uma maturidade fi xada e cuja

intenção do Conselho de Administração é a manutenção dos

mesmos até à data do seu vencimento;

Investimentos disponíveis para venda: incluem-se aqui os

acti vos fi nanceiros, não derivados, que são designados como

disponíveis para venda ou aqueles que não se enquadrem nas

categorias anteriores. Esta categoria é incluída nos activos não

correntes, excepto se o Conselho de Administração tiver a

inten ção de alienar o investimento num período inferior a doze

meses da data do balanço.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de

aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo as des-

pe sas de transacção, no caso dos investimentos detidos até ao

vencimento e investimentos disponíveis para venda.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados

ao justo valor através de resultados e os investimentos dispo-

níveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por

referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem

qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam

vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em instru mentos

de capital próprio que não sejam cotados e para os quais não

seja possível estimar com fi abilidade o seu justo valor são man-

tidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por

imparidade. Os investimentos detidos até à maturidade são

men su rados pelo custo amortizado usando o método da taxa

de juro efectiva.

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vii) Instrumentos derivados

A Empresa utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus

riscos fi nanceiros como forma de garantir a cobertura desses

riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o

objectivo de negociação.

Os instrumentos derivados utilizados pela Empresa e defi nidos

como instrumentos de cobertura de fl uxos de caixa respeitam

a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos

obtidos, de taxa de câmbio, bem como de cobertura do preço

da pasta de papel. Os indexantes, as convenções de cálculo, as

datas de refi xação das taxas de juro e os planos de reembolso

dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo

idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos

subjacentes contratados, pelo que confi guram relações per fei-

tas de cobertura. Os índices de preços, aos quais estão inde-

xados os contratos de futuros de cobertura do preço da pasta

de papel, são os mais utilizados pelas empresas do Grupo

como referencial do preço de venda da sua pasta de papel.

Os critérios utilizados pela Empresa para classifi car os ins tru-

mentos derivados como instrumentos de cobertura de fl uxos

de caixa são os seguintes:

• a cobertura seja altamente efi caz ao conseguir a compensação

de alterações nos fl uxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

• a efi cácia da cobertura possa ser fi avelmente mensurada;

• a existência de documentação adequada sobre a transacção

a ser coberta no início da cobertura;

• a transacção objecto de cobertura seja altamente provável.

Os instrumentos de cobertura são registados pelo seu justo

valor. As alterações de justo valor destes instrumentos são

reco nhecidas em capitais próprios na rubrica ‘Reservas de

co ber tura’, sendo transferidas para resultados no mesmo

pe río do em que o instrumento objecto de cobertura afecta

resultados.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à dife ren-

ça entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo

valor actual dos fl uxos de caixa futuros estimados, descon tados à

taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective

um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada

nula por se considerar imaterial o efeito do desconto.

iv) Empréstimos e contas a pagar não correntes

Os empréstimos e as contas a pagar não correntes são regis-

tados no passivo pelo seu valor nominal deduzido dos custos

de transacção que sejam directamente atribuíveis à emissão

desses passivos. Os encargos fi nanceiros são calculados de

acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demons-

tração dos resultados do período de acordo com o princípio da

especialização dos exercícios.

Sempre que exista direito de cumprimento obrigatório de

com pensar activos e passivos e o Conselho de Administração

pretenda liquidar numa base líquida, realizar o activo e liquidar

simultaneamente o passivo, os mesmos são compen sados e

apresentados na demonstração da posição fi nanceira pelo seu

montante líquido.

v) Contas a pagar

As contas a pagar, que não vencem juros, são registadas pelo seu

va lor nominal, que é substancialmente equivalente ao seu justo valor,

dado que o efeito do desconto fi nanceiro é consi derado imaterial.

vi) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica ‘Caixa e equivalentes de

caixa’ correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários,

depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis

a menos de três meses, e que possam ser imediatamente

mo bilizáveis sem risco signifi cativo de alteração de valor.

Ao nível da demonstração dos fl uxos de caixa, a rubrica ‘Caixa

e equivalentes de caixa’ compreende também os desco ber tos

ban cários incluídos na rubrica do passivo corr ente ‘Emprés ti mos

bancários’.

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32 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

ix) Acções próprias

As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição

como um abatimento ao capital próprio. Os ganhos e perdas

inerentes à alienação das acções próprias são registadas na rubrica

‘Outras reservas’, não afectando o resultado do exercício.

x) Letras descontadas e contas a receber cedidas

em fac toring

A Empresa desreconhece activos fi nanceiros nas suas demons-

trações fi nanceiras unicamente quando o direito contratual aos

fl uxos de caixa inerentes a tais activos já tiver expirado ou quando

o Grupo transfere substancialmente todos os ris cos e benefícios

inerentes à posse de tais activos para uma ter cei ra entidade.

Se a Empresa retiver substancialmente os riscos e benefícios

inerentes à posse de tais activos, conti nua a reconhecer nas

suas demonstrações fi nanceiras os mes mos, regis tando no

passivo na rubrica ‘Empréstimos’ a contrapartida monetária

pelos activos cedidos.

Consequentemente, os saldos de clientes titulados por letras des-

contadas e não vencidas e as contas a receber cedidas em factoring

à data de cada demonstração da posição fi nanceira, com excepção

das operações de “factoring sem recurso” (e para as quais seja

inequívoco que são transferidos os riscos e benefícios inerentes

A determinação do justo valor destes instrumentos fi nanceiros

é efectuada com recurso a sistemas informáticos de valorização

de instrumentos derivados e teve por base a actualização, para a

data da demonstração da posição fi nanceira, dos fl uxos de caixa

futuros do leg fi xo e do leg variável do instrumento derivado.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é

descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido.

Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser

qualifi cado como instrumento de cobertura, as diferenças de

justo valor acumuladas até então, que se encontram registadas

em capital próprio na rubrica ‘Reservas de cobertura’, são

transferidas para resultados do período ou adicionadas ao

va lor contabilístico do activo a que as transacções objecto de

co ber tura deram origem e as reavaliações subsequentes são

re gis tadas directamente nas rubricas da demonstração dos

re sul tados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos

fi nanceiros ou outros contratos, os mesmos são tratados

como derivados separados nas situações em que os riscos e

características não estejam intimamente relacionados com os

con tratos de acolhimento e nas situações em que os contratos

não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos

ou perdas não realizadas registadas na demonstração dos

resultados.

Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contra tados

com o objectivo específi co de cobertura de riscos fi nan ceiros, não

se enquadram nos requisitos acima referidos para classifi cação

como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor

afectam directamente a demonstração de resul tados, nas

rubricas ‘Proveitos fi nanceiros’ e ‘Custos fi nan ceiros’.

viii) Passivos fi nanceiros e Instrumentos de capital próprio

Os passivos fi nanceiros e os instrumentos de capital próprio

são classifi cados de acordo com a substância contratual da

transacção, independentemente da forma legal que assumem.

São considerados instrumentos de capital próprio os que

evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após

dedução dos passivos, sendo registados pelo valor recebido,

líquido dos custos suportados com a sua emissão.

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a estas contas a receber) são reconhecidas nas demonstrações

fi nanceiras do Grupo até ao momento do seu recebimento.

xi) Activos classifi cados como detidos para venda ou em

descontinuação

Os activos e os passivos são classifi cados como detidos para

venda ou em descontinuação, quando a sua realização se

espera efectivar não pelo uso mas pela venda. A Empresa

clas sifi ca os activos e os passivos nesta rubrica quando existe

uma elevada probabilidade da venda se realizar e os activos e

passivos estão disponíveis para venda imediata. O Conselho de

Administração encontra-se empenhado na venda dos activos e

pas sivos registados nesta rubrica e é seu entendimento que a

mesma se realizará nos próximos doze meses.

Os activos classifi cados como detidos para venda ou em

descon tinuação são valorizados ao mais baixo do seu valor

con ta bilístico à data da decisão de venda ou do seu justo valor

deduzido dos custos da venda.

m) Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes são defi nidos pela Empresa como

(i) obri gações que surjam de acontecimentos passados e cuja

exis tência somente será confi rmada pela ocorrência ou não de um

ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o

controlo da Empresa ou como (ii) obrigações presentes que surjam

de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque

não é provável que um fl uxo de recursos que afecte benefícios

económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a quan tia

da obrigação não pode ser mensurada com sufi ciente fi abilidade.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demons-

tra ções fi nanceiras da Empresa, sendo os mesmos objecto de

divulgação, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos

afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso este

em que não são sequer objecto de divulgação.

Os activos contingentes são possíveis activos que surgem de

acontecimentos passados e cuja existência somente será con fi r-

ma da pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros in-

cer tos não totalmente sob o controlo da Empresa.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações

fi nanceiras da Empresa, mas são unicamente objecto de divul-

gação quando é provável a existência de benefícios econó micos

futuros.

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34 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

para a Empresa e (v) os custos incorridos ou a serem incorridos

referentes à transacção possam ser fi avelmente mensurados.

As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e

outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do

montante recebido ou a receber.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos na demonstração

dos resultados do período em que é decidida a sua atribuição.

As restantes receitas e despesas são registadas de acordo com

o princípio da especialização de exercícios, pelo qual estas são

reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do

momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre

os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas

e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e

diferimentos incluídas nas rubricas ‘Outros activos correntes’ e

‘Outros passivos correntes’.

p) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira

foram convertidos para euros utilizando as taxas de câmbio

ofi ciais vigentes à data da demonstração da posição fi nanceira.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas

pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das

transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos

ou à data da demonstração da posição fi nanceira dessas mes-

mas transacções são registadas como proveitos e custos na

de mons tração consolidada de resultados do exercício, excepto

as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor

seja registada directamente em capital próprio.

q) Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem

provas ou informações adicionais sobre condições que existiam

à data do balanço (adjusting events) são refl ectidos nas demons-

trações fi nanceiras. Os eventos após a data do balanço que sejam

indicativos de condições que surgiram após a data do balanço

(non adjusting events), quando materiais, são divulgados no

‘Anexo às Demonstrações Financeiras’.

n) Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base

nos resultados tributáveis da Empresa, de acordo com as regras

fi scais em vigor e considera a tributação diferida.

A Celbi é a sociedade dominante de um grupo de empresas que

são tributadas de acordo com o Regime Especial de Tributação de

Grupos de Sociedades (RETGS), de acordo com o artigo 69.º do

Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da

responsabilidade de balanço e refl ectem as diferenças tem po-

rárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de

reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de

tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados

e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em

vigor ou as anunciadas para estarem em vigor à data expectável

da reversão das diferenças temporárias.

Os activos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente

quando existem expectativas razoáveis de lucros fi scais futuros

sufi cientes para a sua utilização ou em situações em que existam

diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças

temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No fi nal de

cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos,

sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a

sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito

do exercício, excepto se resultarem de valores registados

direc tamente em capital próprio, situação em que o imposto

diferido é também registado na mesma rubrica.

o) Rédito e especialização dos exercícios

O rédito proveniente da venda de bens apenas é reconhecido na

demonstração dos resultados quando (i) são transferidos para o

comprador os riscos e vantagens signifi cativos da propriedade

dos bens; (ii) não seja mantido um envolvimento continuado

de gestão com grau geralmente associado com a posse ou o

controlo efectivo dos bens vendidos; (iii) a quantia do rédito

pode ser fi avelmente mensurada; (iv) seja provável que os

bene fícios económicos associados com as transacções fl uam

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/ / 35 /

r) Demonstração dos fluxos de caixa

A demonstração dos fl uxos de caixa é preparada de acordo com a

IAS 7, através do método directo. A Empresa classifi ca na rubrica ‘Caixa

e seus equivalentes’ os investimentos com vencimento a menos de três

meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignifi cante.

A demonstração dos fl uxos de caixa encontra-se classifi cada

em acti vidades operacionais (que englobam os recebimentos

de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos a pessoal

e outros relacionados com a actividade operacional), de

finan ciamento (que incluem, designadamente, os pagamentos

e rece bimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de

loca ção fi nanceira e pagamento de dividendos) e de investimento

(que incluem, nomeadamente, aquisições e alienações de inves ti-

mentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos

decorrentes da compra e da venda de activos fi xos tangíveis).

s) Julgamentos e estimativas

Na preparação das demonstrações fi nanceiras anexas foram

efec tua dos juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pres-

su pos tos que afectaram as quantias relatadas de activos e passi vos,

as sim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do

exercício.

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram deter mi na-

dos com base no melhor conhecimento existente à data de apro-

vação das demonstrações fi nanceiras dos eventos e transacções

em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou

correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos

subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação

das demonstrações fi nanceiras, não foram consideradas nes sas

estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posterior-

mente à data das demonstrações fi nanceiras serão corrigidas de

forma prospectiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza

associado, os resultados reais das transacções em questão pode-

rão diferir das correspondentes estimativas.

Os principais juízos de valor e estimativas efectuadas na prepa-

ração das demonstrações fi nanceiras anexas foram os seguintes:

• vidas úteis dos activos tangíveis e intangíveis;

• análise de imparidade de activos tangíveis e intangíveis;

• registo de provisões e perdas por imparidade;

• cálculo da responsabilidade associada ao Fundo de Pensões;

• apuramento do justo valor dos instrumentos fi nanceiros de rivados.

t) Política de gestão de risco

A Empresa encontra-se exposta basicamente a (i) riscos de

mercado, (ii) riscos de crédito e (iii) riscos de liquidez. O principal

objectivo da gestão de risco é o de reduzir estes riscos até um

nível considerado aceitável.

Os princípios gerais da gestão de riscos são aprovados pelo Conselho

de Administração, sendo a sua implementação e acompanhamento

supervisionados pelos administradores e directores.

(i) Risco de mercado

Revestem-se de particular importância no âmbito da gestão

de risco de mercado o risco de taxa de juro, o risco de taxa de

câmbio e o risco da variabilidade nos preços de commodities.

A Empresa utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus

riscos de mercado a que está exposta como forma de garantir

a sua cobertura, não sendo utilizados instrumentos derivados

com o objectivo de negociação ou especulação.

i) Risco de taxa de juro

A exposição da Empresa à taxa de juro decorre essencialmente

dos empréstimos de longo prazo que são constituídos na sua

maioria por dívida indexada à Euribor. O objectivo da Empresa

é limitar a volatilidade dos cash fl ows e dos resultados, tendo

em conta o perfi l da sua actividade operacional através da

utilização de uma adequada combinação de dívida a taxa

fi xa e variável. A política da Empresa permite a utilização

de derivados de taxa de juro para redução da exposição às

variações da Euribor e não para fi ns especulativos.

A maior parte dos instrumentos derivados utilizados pela

Empresa na gestão do risco de taxa de juro são defi nidos

como instrumentos de cobertura de fl uxos de caixa por

confi gurarem relações perfeitas de cobertura. Os indexantes,

as convenções de cálculos, as datas de refi xação das taxas de

juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cober-

tura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições

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36 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

actividade operacional corrente. Este risco é controlado através

de um sistema de recolha de informação fi nanceira e qualitativa,

prestada por entidades reconhecidas que fornecem informação

de riscos, que permitem avaliar a viabilidade dos clientes no

cumprimentos das suas obrigações, visando a redução do risco

de concessão de crédito. Os montantes apresentados na de-

mons tração da posição fi nanceira encontram-se líquidos das

perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas

que foram estimadas pela Empresa, estando portanto ao seu

justo valor.

O risco de crédito é limitado pela gestão da concentração de

riscos e uma rigorosa selecção de contrapartes bem como pela

con tratação de seguros de crédito junto de instituições especia-

lizadas e que cobrem uma parte signifi cativa do crédito concedido

em resultado da actividade desenvolvida pela Empresa.

(iii) Risco de liquidez

O principal objectivo da política de gestão de risco de liquidez

é garantir que a Empresa tem disponível, a todo o momento,

os recursos fi nanceiros necessários para fazer face às suas res-

ponsabilidades e prosseguir as estratégias delineadas hon ran -

do todos os compromissos assumidos com terceiros, quando se

tornam devidos, através de uma adequada gestão da maturi-

dade dos fi nanciamentos.

A Empresa prossegue assim uma política activa de refi nan-

cia mento pautada pela manutenção de um nível elevado de

recursos livres e imediatamente disponíveis para fazer fa ce a

necessidades de curto prazo e pelo alongamento ou manu-

tenção da maturidade da dívida de acordo com os cash-fl ows

previstos e a capacidade de alavancagem do seu balanço.

estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados. No

entanto, existem alguns instrumentos derivados que, embora

tenham sido contratados com o objectivo de cobertura do ris-

c o de taxa de juro, não se enquadram nos requisitos acima

referidos para classifi cação como instru mentos de cobertura.

ii) Risco de taxa de câmbio

A Empresa está exposta ao risco taxa de câmbio nas transac-

ções relativas a vendas de produtos acabados em mercados

internacionais em moeda diferente do euro. Sempre que

o Conselho de Administração considere necessário, para

reduzir a volatilidade dos seus resultados à variabilidade das

taxas de câmbio, a exposição é controlada através de um

programa de compra de divisas a prazo (forwards) ou de

outros instrumentos derivados de taxa de câmbio.

O Conselho de Administração da Empresa entende que

even tuais alterações da taxa de câmbio não terão um efeito

signifi cativo sobre as suas demonstrações fi nanceiras.

iii) Risco de variabilidade nos preços de commodities

Desenvolvendo a sua actividade num sector que transacciona

commodities (pasta de papel), a Empresa encontra-se

parti cu larmente exposta a variações do seu preço, com os

corres pondentes impactos nos seus resultados. No entanto,

para gerir este risco foram celebrados contratos de cobertura

de variação de preços da pasta de papel, pelos montantes

e va lores considerados adequados às operações previstas,

ate nuan do assim a volatilidade dos seus resultados.

(ii) Risco de crédito

A Empresa está exposta ao risco de crédito no âmbito da sua

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3. Alterações de PolíticasContabilísticas e Correcções de ErrosDecorrente do disposto no parágrafo 3 do artigo 4.º do Decreto-lei

n.º 158/2009 de 13 de Julho a Empresa optou por apresentar

as suas demonstrações fi nanceiras individuais em conformidade

com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (International

Financial Reporting Standards – IFRS), aplicando para o efeito

o disposto na IFRS 1 – Adopção pela primeira vez das Normas

Internacionais de Relato Financeiro. A data de transição consi-

de rada para apresentação das demonstrações fi nanceiras é 1 de

Janeiro de 2009.

Os efeitos no balanço em 31 de Dezembro de 2009 da conversão

das demonstrações fi nanceiras preparadas de acordo com os

prin cípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal

(Plano Ofi cial de Contabilidade) para as Normas Internacionais

de Relativo Financeiro, são como se segue:

31-12-2009

Activo POCAjustamentos e reclassificações

de conversão para IRFSIFRS

Activos Não Correntes

Activos biológicos 508.109 - 508.109

Activos fi xos tangíveis 383.234.502 (5.409.256) 377.825.246

Activos intangíveis 145.383 247.527 392.910

Propriedades de investimento - 5.687.894 5.687.894

Investimentos em empresas subsidiárias 252.934.047 (671.547) 252.262.500

Outros activos não correntes 347.590 - 347.590

Activos por impostos diferidos 1.952.931 2.575.679 4.528.610

Total de activos não correntes 639.122.562 2.430.297 641.552.859

Activos Correntes

Inventários 16.774.600 - 16.774.600

Clientes 62.198.591 - 62.198.591

Outras dívidas de terceiros 101.224.329 (97.950.000) 3.274.329

Estado e outros entes públicos 7.699.248 - 7.699.248

Empresas do Grupo 12.502.394 100.479.763 112.982.157

Outros activos correntes 10.656.274 (9.518.705) 1.137.569

Caixa e equivalentes de caixa 71.399.246 71.399.246

Total de activos correntes 282.454.682 (6.988.942) 275.465.740

Total do Activo 921.577.243 (4.558.645) 917.018.599

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38 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

A reconciliação dos capitais próprios à data de transição, 1 de Janeiro de 2009, e a 31 de Dezembro de 2009 de acordo com o Plano

Ofi cial de Contabilidade e apresentados de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro é como se segue:

31-12-2009

Capital Próprio e Passivo POCAjustamentos e reclassificações

de conversão para IRFSIFRS

Capital Próprio

Capital social 77.500.000 - 77.500.000

Reserva legal 16.100.235 - 16.100.235

Outras reservas 138.637.667 (7.143.864) 131.493.803

Resultado líquido do exercício 151.462 - 151.462

Total do Capital Próprio 232.389.364 (7.143.864) 225.245.500

Passivo

PASSIVO NÃO CORRENTE

Outros empréstimos 598.898.250 (6.485.476) 592.412.774

Passivos por impostos diferidos 183.278 - 183.278

Provisões 1.214.322 - 1.214.322

Total de passivo não corrente 600.295.850 (6.485.476) 593.810.374

PASSIVO CORRENTE

Empréstimos bancários 11.100.776 - 11.100.776

Outros empréstimos 35.000.000 (648.848) 34.351.153

Fornecedores 20.273.774 - 20.273.774

Empresas do Grupo 2.291.719 - 2.291.719

Outras dívidas a terceiros 11.184.451 - 11.184.451

Estado e outros entes públicos 655.511 - 655.511

Outros passivos correntes 8.385.798 - 8.385.798

Instrumentos fi nanceiros derivados - 9.719.543 9.719.543

Total de passivo corrente 88.892.029 9.070.696 97.962.725

Total do Passivo 689.187.879 2.585.220 691.773.099

Total do Capital Próprio e do Passivo 921.577.243 (4.558.645) 917.018.599

01-01-2009 31-12-2009

Capitais Próprios de acordo com o POC 232.237.902 232.389.364

Registo de instrumentos fi nanceiros derivados 9.221.850 (7.143.864)

Capitais próprios de acordo com as IFRS 241.459.752 225.245.500

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/ / 39 /

Os efeitos na demonstração de resultados do exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2009 preparada de acordo com o POC da sua

conversão para as Normas Internacionais de Relato Financeiro, são como se segue:

31-12-2009

POCAjustamentos e reclassificações de

conversão para IFRSIFRS

Vendas 138.943.636 18.949.586 157.893.222

Prestações de serviços 904.640 995.000 1.899.640

Outros proveitos 31.062.543 (13.765.671) 17.296.872

Custo das vendas (82.784.518) - (82.784.518)

Fornecimento de serviços externos (51.991.108) - (51.991.108)

Custos com o pessoal (14.129.740) - (14.129.740)

Amortizações e depreciações (20.346.046) - (20.346.046)

Provisões e perdas por imparidade 91.675 2.548.507 2.640.182

Outros custos (1.485.235) (147.219) (1.632.454)

Custos fi nanceiros (15.899.708) 505.722 (15.393.986)

Proveitos fi nanceiros 11.313.221 (4.674.217) 6.639.004

Resultados extraordinários 4.411.708 (4.411.708) -

Resultado antes de impostos 91.068 - 91.068

Impostos sobre o rendimento 60.394 - 60.394

Resultado depois de impostos 151.462 - 151.462

As principais alterações e aspectos relevantes para um melhor

entendimento do processo de transição para as IFRS efectuado

pela Empresa podem ser resumidos como se segue:

Registo de instrumentos fi nanceiros derivadosNas demonstrações fi nanceiras de acordo com as IFRS foi regis-

tado o justo valor dos instrumentos fi nanceiros derivados, sendo

este o único ajustamento de conversão com impacto patrimonial.

ImobilizadoForam reclassifi cados como activos intangíveis um conjunto de

activos que se encontravam anteriormente classifi cados como

activos fi xos tangíveis, essencialmente relativos a software.

Propriedades de investimentoA Empresa tem um conjunto de terrenos e edifícios que se encontram

arrendados a outras empresas do Grupo Altri, os quais de acordo

com o POC, estavam classifi cados na ru bri ca ‘Imo bilizado’ e que no

processo de conversão das demons tra ções fi nanceiras para as IFRS

foram reclassifi cados para a rubrica ‘Propriedades de investimento’.

Empréstimos concedidos a empresas do GrupoNo processo de conversão das demonstrações fi nanceiras do

POC para IFRS, os empréstimos concedidos a empresas do Grupo

que estavam classifi cados como ‘Outras dívidas de terceiros’

fo ram reclassifi cados para a rubrica ‘Empresas do Grupo’.

Classifi cação de custos e proveitosDurante o processo de adopção das IFRS por parte da Celbi foi neces-

sário proceder à reclassifi cação de um conjunto de custos e proveitos

para fazer face às disposições previstas nos IFRS, no mea damente:

• custos e proveitos extraordinários, os quais não estão previstos

nas IFRS;

• algumas rubricas classificadas de acordo com o POC em

‘Resul ta dos finan ceiros’, e que foram reclassificados para

‘Re sul tados ope ra cio nais’, como sejam, descontos de pronto

pa ga mento con ce didos e obti dos e ganhos ou perdas com

instrumentos derivados de taxa de câmbio;

• proveitos relativos à venda de energia, os quais, de acordo com

o POC, estavam classifi cados na rubrica ‘Proveitos suple men-

tares’, mas que na preparação das demonstrações fi nanceiras,

de acordo com as IFRS, estão classifi cados na rubrica ‘Vendas’.

Durante o exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2010 não

fo ram corrigidos erros materiais relativos a exercícios anteriores.

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40 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

4. Activos Fixos TangíveisDurante os exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o movimento ocorrido no valor dos activos fi xos tangíveis, bem

como nas respectivas amortizações e perdas de imparidade acumulada foi o seguinte:

2010

Activo Bruto

Terrenos e recursos

naturaisEdifícios e outras

construçõesEquipamento

básicoEquipamento de transporte

Saldo inicial 10.679.838 66.515.910 456.264.863 814.727

Aumentos 280.144 1.935 10.819.334 20.597

Alienações - (304.075) (1.807.817) (21.368)

Transferências e abates 49.440 - 181.401.182 -

Saldo fi nal 11.009.422 66.213.770 646.677.562 813.955

Amortizações Acumuladas

Saldo inicial 5.551.752 57.244.518 276.587.821 788.065

Aumentos 370.863 785.898 31.008.948 20.211

Alienações - (292.702) (1.769.377) (21.368)

Transferências e abates - - (794.202) -

Saldo fi nal 5.922.615 57.737.714 305.033.190 786.908

5.086.807 8.476.056 341.644.371 27.047

2009

Activo Bruto

Terrenos e recursos

naturaisEdifícios e outras

construçõesEquipamento

básicoEquipamento de transporte

Saldo inicial 7.312.094 63.476.577 371.729.753 820.727

Aumentos 1.798.067 2.143.977 11.477.545 -

Alienações - (171.036) (86.544.342) (6.000)

Transferências e abates 1.569.677 1.066.392 159.601.907 -

Saldo fi nal 10.679.838 66.515.910 456.264.863 814.727

Amortizações Acumuladas

Saldo inicial 5.195.624 56.567.557 344.806.642 779.003

Aumentos 356.128 835.064 18.208.008 15.062

Alienações - (158.103) (86.426.829) (6.000)

Tranferências e abates - - - -

Saldo fi nal 5.551.752 57.244.518 276.587.821 788.065

5.128.087 9.271.392 179.677.042 26.661

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/ / 41 /

2010

Equipamento administrativo

Outros activos fixos tangíveis

Activos fixos tangíveis em curso

Adiantamentos por conta de activos fixos

Total

1.513.577 9.318.299 179.921.071 2.874.902 727.903.186

233.743 193.603 8.334.187 - 19.883.542

- (78.086) - - (2.211.346)

2.557.169 (1.728.448) (179.773.657) (2.505.686) -

4.304.489 7.705.367 8.481.601 369.216 745.575.383

974.438 8.931.346 350.077.940

303.155 151.557 32.640.632

- (78.084) (2.161.531)

2.524.049 (1.729.847) -

3.801.642 7.274.972 380.557.041

502.847 430.396 8.481.601 369.216 365.018.342

2009

Equipamento administrativo

Outros activos fixos tangíveis

Activos fixos tangíveis em curso

Adiantamentos por conta de activos fixos

Total

1.300.227 10.532.680 276.464.910 2.901.152 734.538.118

107.693 63.173 65.902.693 - 81.493.147

(340.849) (1.290.388) - - (88.352.615)

446.507 12.834 (162.446.532) (26.250) 224.535

1.513.577 9.318.299 179.921.071 2.874.902 727.903.186

943.415 10.077.771 418.370.012

403.971 143.963 19.962.195

(372.948) (1.290.388) (88.254.267)

- - -

974.438 8.931.346 350.077.940

539.140 386.952 179.921.071 2.874.902 377.825.246

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42 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

Em 31 de Dezembro de 2010, os principais montantes incluídos

na rubrica ‘Activos fi xos tangíveis em curso’ dizem respeito a

encargos incorridos com o projecto de renovação do silo de

aparas.

5. Activos IntangíveisDurante os exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e

2009, o movimento ocorrido no valor dos activos intangíveis,

bem como nas respectivas amortizações e perdas de imparidade

acumuladas foi o seguinte:

Em 31 de Dezembro de 2009, encontrava-se em curso a insta-

lação do equipamento relativo à caldeira de recuperação para a

produção de energia, relacionado com o projecto de aumento

da capacidade produtiva, projecto que foi concluído durante o

exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2010, tendo então sido

transferido para imobilizado fi rme.

A parte mais signifi cativa dos montantes incluídos na linha ‘Alie-

nações’ relativa ao exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2009,

corresponde à alienação de parte do antigo equipamento usado

pela Empresa na sua actividade produtiva, entretanto substituído no

âmbito do processo de aumento da capacidade produtiva.

2010

Imobilizado Bruto

SoftwareActivos fixos

intangíveis em cursoTotal

Saldo inicial 5.310.758 - 5.310.758

Aumentos 115.657 - 115.657

Alienações - - -

Transferências e abates - - -

Saldo fi nal 5.426.415 - 5.426.415

Amortizações Acumuladas

Software Total

Saldo inicial 4.917.848 4.917.848

Aumentos 288.150 288.150

Alienações - -

Transferências e abates -

Saldo fi nal 5.205.998 5.205.998

220.417 220.417

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/ / 43 /

2009

Imobilizado Bruto

SoftwareActivos fixos intangíveis

em cursoTotal

Saldo inicial 4.885.186 224.535 5.109.721

Aumentos 201.037 - 201.037

Alienações - - -

Transferências e abates 224.535 (224.535) -

Saldo fi nal 5.310.758 - 5.310.758

Amortizações Acumuladas

Software Total

Saldo inicial 4.661.936 4.661.936

Aumentos 255.912 255.912

Alienações - -

Transferências e abates - -

Saldo fi nal 4.917.848 4.917.848

392.910 392.910

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44 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

7. Investimentos em Empresas SubsidiáriasEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as empresas do Grupo eram as seguintes:

6. Propriedades de InvestimentoO montante registado em ‘Propriedades de investimento’ em

31 de Dezembro de 2010 e 2009 é referente essencialmente a

terrenos e edifícios arrendados a uma empresa do Grupo.

2010

Activo Bruto

Saldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo fi nal

11.143.029 66.909 (215.730) - 10.994.208

Amortizações Acumuladas

Saldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo fi nal

5.455.135 128.039 (68.807) - 5.514.367

5.687.894 5.479.841

2009

Activo Bruto

Saldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo fi nal

11.153.569 - (10.540) - 11.143.029

Amortizações Acumuladas

Saldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo fi nal

5.327.196 127.939 - - 5.455.135

5.826.373 5.687.894

O Conselho de Administração entende que o justo valor das pro prie-

dades de investimento é superior ao seu valor líquido contabilístico.

Os movimentos da rubrica ‘Propriedades de investimento’

du ran te os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e

2009 foram como se segue:

31-12-2010 31-12-2009

Empresa SedeCusto de aquisição

Percentagem de detenção

Capital próprio

Resultado líquido

Capital próprio

Resultado líquido

Invescaima - Investimentos e Participações SGPS, S.A.

Lisboa 252.238.500 100% 165.935.863 (1.115.809) 167.051.672 (1.290.160)

Celbinave - Tráfego e Estiva, SGPS, Unipessoal, Lda.

Figueira da Foz

9.000 100% 344.265 54.731 264.123 24.055

Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda.

Óbidos 15.000 100% 318.854 128.297 215.968 (55.530)

252.262.500

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/ / 45 /

de Grupos de Sociedades (RETGS), sendo que cada uma das

socie dades abrangidas por este regime regista o imposto sobre

o rendimento nas suas contas individuais por contrapartida da

rubrica ‘Empresas do Grupo’. Nos casos em que as fi liais contri -

buem com prejuízos é registado, nas contas individuais, o mon-

tante de imposto correspondente aos prejuízos que vierem a ser

compensados pelos lucros das demais sociedades abrangidas por

este regime.

De acordo com a legislação em vigor, a Celbi utiliza uma taxa de

impostos diferidos de 26,5%, nos casos em que incide derrama

de 1,5%, excepto no que respeita a activos por impostos dife ri-

dos resultantes de prejuízos fi scais reportáveis, situação em que

é utilizada uma taxa de 25%.

Adicionalmente e de acordo com a legislação em vigor, a derrama

estadual corresponde à aplicação de uma taxa adicional de 2,5%

sobre a parte do lucro tributável superior a 2 000 000 euros.

Os impostos sobre o rendimento reconhecidos na demonstração

dos resultados dos exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010

e 2009 podem ser detalhados como se segue:

8. Impostos Correntes e DiferidosDe acordo com a legislação em vigor, as declarações fi scais

estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades

fi scais durante um período de quatro anos (cinco anos para a

Segurança Social), excepto quando tenham existido prejuízos

fi scais, tenham sido concedidos benefícios fi scais ou estejam em

curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em

que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou

suspensos. Deste modo, as declarações fi scais da Empresa desde

2007 poderão vir ainda ser sujeitas a revisão.

A Administração da Empresa entende que as eventuais correc-

ções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades

fi scais àquelas declarações fi scais não terão um efeito signifi cativo

nas demonstrações fi nanceiras em 31 de Dezembro de 2010 e 2009.

Nos termos do artigo 81.º do Código do Imposto sobre o Rendi-

mento das Pessoas Colectivas, a Empresa encontra-se sujeita

adi cio nalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de

encargos às taxas previstas no artigo mencionado.

A Empresa é a sociedade dominante de um grupo de empresas

que se encontra abrangido pelo Regime Especial de Tributação

31-12-2010 31-12-2009

Imposto corrente 9.612.068 27.042

Imposto diferido 713.496 (87.436)

10.325.564 (60.394)

31-12-2010 31-12-2009

Resultado antes de imposto 50.250.803 91.068

Taxa de imposto (incluindo taxa máxima e derrama) 26,50% 26,50%

13.316.463 24.133

Diferença entre mais e menos valias fi scais e contabilísticas (133.445) (129.401)

Benefícios fi scais (5.069.720) (27.375)

Tributação autónoma 101.703 27.043

Derrama estadual 1.206.658 -

Outros efeitos 903.906 45.206

Imposto sobre o rendimento 10.325.564 (60.394)

A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do exercício é como se segue:

A linha ‘Benefícios fi scais’ em 31 de Dezembro de 2010 diz respeito

sobretudo à utilização de parte do crédito de imposto atribuído pelo Estado Português no âmbito do incentivo global ao investimento da

Celbi no aumento da sua capacidade produtiva (Nota 34).

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46 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos dife ridos nos exercícios fi ndos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 foi

como se segue:

O detalhe dos activos e passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, de acordo com as diferenças temporárias

que os geraram, é como se segue:

2010

Activos por

impostos diferidosPassivos por

impostos diferidos

Saldo em 01-01-2010 4.528.610 183.278

Efeitos na demonstração dos resultados

Aumento/(Utilização) de prejuízos fi scais reportáveis (755.148) -

Aumento/(Redução) de provisões não aceites para efeitos fi scais 15.726 -

Outros efeitos - (25.927)

Total de efeitos na demonstração dos resultados (739.422) (25.927)

Efeitos em capitais próprios

Justo valor de instrumentos derivados (Nota 23) 1.269.311 -

Saldo em 31-12-2010 5.058.499 157.351

2009

Activos por

impostos diferidosPassivos por

impostos diferidos

Saldo em 01-01-2009 1.892.279 3.534.947

Efeitos na demonstração dos resultados

Aumento/(Utilização) de prejuízos fi scais reportáveis 755.148 -

Aumento/(Redução) de provisões não aceites para efeitos fi scais (694.496) -

Outros efeitos - (26.784)

Total de efeitos na demonstração dos resultados 60.652 (26.784)

Efeitos em capitais próprios

Justo valor de instrumentos derivados (Nota 23) 2.575.679 (3.324.885)

Saldo em 31-12-2009 4.528.610 183.278

31-12-2010 31-12-2009

Activos por

impostos diferidosPassivos por

impostos diferidosActivos por

impostos diferidosPassivos por

impostos diferidos

Provisões e perdas por imparidade de activos não aceites fi scalmente

1.213.509 - 1.197.783 -

Prejuízos fi scais reportáveis - - 755.148 -

Justo valor dos instrumentos derivados 3.844.990 - 2.575.679 -

Outros - 157.351 - 183.278

5.058.499 157.351 4.528.610 183.278

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9. Inventários e Activos BiológicosEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o montante registado na rubrica ‘Activos biológicos’ corresponde às fl orestas e aos encargos

incorridos com as plantações efectuadas pela Empresa, podendo o seu valor ser detalhado como se segue:

31-12-2010 31-12-2009

Valor bruto 445.750 599.771

Perdas de imparidade acumuladas em activos biológicos (Nota 18) (91.662) (91.662)

354.088 508.109

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o montante registado na rubrica ‘Inventários’ pode ser detalhado como se segue:

31-12-2010 31-12-2009

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 23.298.970 11.331.057

Produtos e trabalhos em curso 219.070 246.605

Produtos acabados e intermédios 9.368.054 7.721.938

32.886.094 19.299.600

Perdas de imparidade acumuladas (Nota 18) (2.525.000) (2.525.000)

30.361.094 16.774.600

Em 31 de Dezembro de 2010, existiam fora da Empresa as seguintes existências:

31-12-2010 31-12-2009

Em portos comunitários 3.846.883 849.458

À guarda de terceiros 1.710.800 2.322.864

5.557.683 3.172.322

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, não existiam à guarda da Empresa, existências cuja propriedade fosse de terceiros.

O custo das vendas do exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2010 ascendeu a 134 574 162 euros e foi apurado como se segue:

Matérias-primas,

subsidiárias e de consumo

Produtos acabados e intermédios

Produtos e trabalhos em curso

Total

Saldo inicial 11.331.057 7.721.938 846.376 19.899.371

Compras 147.953.376 - - 147.953.376

Regularização de existências 60.462 (7.202) - 53.260

Existências fi nais (23.298.970) (9.368.054) (664.820) (33.331.844)

136.045.925 (1.653.318) 181.556 134.574.162

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48 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

10. Classe de Instrumentos FinanceirosOs instrumentos fi nanceiros, de acordo com as políticas descritas na Nota 2, foram classifi cados como se segue:

Matérias-primas,

subsidiárias e de consumo

Produtos acabados e intermédios

Produtos e trabalhos em curso

Total

Saldo inicial 23.672.001 10.021.333 988.636 34.681.971

Compras 68.048.642 - - 68.048.642

Regularização de existências 1.751 (48.475) - (46.724)

Existências fi nais (11.331.057) (7.721.938) (846.376) (19.899.371)

80.391.337 2.250.920 142.261 82.784.518

O custo das vendas do exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2009 ascendeu a 82 784 518 euros e foi apurado como se segue:

31-12-2010

Activos Financeiros Notas Activos financeiros

Activos correntes

Clientes 11 90.901.271

Outras dívidas de terceiros 12 2.675.376

Empresas do Grupo 27 132.564.506

Caixa e equivalentes de caixa 15 102.672.862

328.814.015

31-12-2009

Notas Activos financeiros

Activos correntes

Clientes 11 62.198.591

Outras dívidas de terceiros 12 3.274.329

Empresas do Grupo 27 112.982.157

Caixa e equivalentes de caixa 15 71.399.246

249.854.323

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Instrumentos fi nanceiros reconhecidos a justo valorO quadro seguinte detalha os instrumentos fi nanceiros que são mensurados a justo valor após o reconhecimento inicial, agru pados em

3 níveis de acordo com a possibilidade de observar no mercado o seu justo valor:

Nível 1: o justo valor é determinado com base em preços de mercado activo;

Nível 2: o justo valor é determinado com base em técnicas de avaliação. Os principais inputs dos modelos de avaliação são observáveis no

mercado;

Nível 3: o justo valor é determinado com base em modelos de avaliação, cujos principais inputs não são observáveis no mercado.

Passivos Financeiros Notas 31-12-2010

Passivos financeiros Derivados Total

Passivos não correntes

Outros empréstimos 17 532.744.337 - 532.744.337

532.744.337 - 532.744.337

Passivos correntes

Outros empréstimos 17 70.805.621 - 70.805.621

Fornecedores 20 53.624.938 - 53.624.938

Empresas do Grupo 27 3.318.725 - 3.318.725

Outras dívidas a terceiros 21 10.478.404 - 10.478.404

Instrumentos fi nanceiros derivados 23 - 14.509.396 14.509.396

138.227.688 14.509.396 152.737.084

670.972.025 14.509.396 685.481.421

Passivos Financeiros Notas 31-12-2009

Passivos financeiros Derivados Subtotal

Passivos não correntes

Outros empréstimos 17 592.412.774 - 592.412.774

592.412.774 - 592.412.774

Passivos correntes

Empréstimos bancários 17 11.100.776 - 11.100.776

Outros empréstimos 17 34.351.153 - 34.351.153

Fornecedores 20 20.273.774 - 20.273.774

Empresas do Grupo 27 2.291.719 - 2.291.719

Outras dívidas a terceiros 21 11.184.451 - 11.184.451

Instrumentos fi nanceiros derivados 23 - 9.719.543 9.719.543

79.201.873 9.719.543 88.921.416

671.614.647 9.719.543 681.334.190

31-12-2010 31-12-2009

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3

Passivos fi nanceiros mensurados a justo valor

Derivados (Nota 23) - 14.509.396 - - 9.719.543 -

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50 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

A exposição da Celbi ao risco de crédito é atribuível antes de mais

às contas a receber da sua actividade operacional. Os montantes

apresentados na demonstração da posição fi nanceira encontram-

-se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças

duvidosas que foram estimadas pela Empresa, de acordo com a

sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e

envolventes económicas. O Conselho de Administração entende

11. ClientesEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31-12-2010 31-12-2009

Clientes, conta corrente 90.901.271 62.198.591

Clientes de cobrança duvidosa 351.066 311.269

91.252.337 62.509.860

Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 18) (351.066) (311.269)

90.901.271 62.198.591

A Empresa contratou seguros de crédito para cobrir o risco de incobrabilidade de partes destas contas a receber como se segue:

31-12-2010 31-12-2009

Não Vencido 51.644.830 26.851.551

Vencido mas sem registo de imparidade

0 - 30 dias 3.604.765 4.113.720

30 - 90 dias 1.218.412 1.237.101

+ 90 dias 34.433.264 29.996.219

39.256.441 35.347.040

Total 90.901.271 62.198.591

31-12-2010 31-12-2009

Com seguro de crédito 42.661.413 19.074.701

Sem seguro de crédito 48.590.924 43.435.159

91.252.337 62.509.860

Os saldos com mais de 90 dias, a 31 de Dezembro de 2010 e

2009 dizem respeito essencialmente a saldos com empresas do

Grupo (Nota 27).

A Celbi não cobra quaisquer encargos de juros enquanto os

prazos de pagamento defi nidos (em média 60 dias) estejam a

ser respeitados. Findos esses prazos, são cobrados os juros que

que os valores contabilísticos das contas a receber aproximam-se

do seu justo valor, uma vez que as mesmas não vencem juros e o

efeito de desconto é considerado imaterial.

Em 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, a antiguidade do valor

líquido do saldo de clientes pode ser analisada como se segue:

estiverem defi nidos contratualmente e de acordo com a lei em

vigor e aplicável a cada situação, o que tenderá a ocorrer só em

situações extremas.

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Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica ‘Outros deve-

dores’ corresponde principalmente a contas a receber relativas a

imposto sobre o valor acrescentado de países estrangeiros.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a antiguidade do valor

líqui do dos saldos de ‘Outras dívidas de terceiros’ encontra-se na

totalidade não vencido.

12. Outras Dívidas de TerceirosNos exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a rubrica ‘Outras dívidas de terceiros’ era composta como se segue:

31-12-2010 31-12-2009

Adiantamentos a fornecedores 422.995 16.091

Outros devedores 3.095.482 4.101.339

3.518.477 4.117.430

Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (Nota 18) (843.101) (843.101)

2.675.376 3.274.329

Os devedores que não estão vencidos não apresentam qualquer

sinal de imparidade. O valor contabilístico dos activos líquidos de

imparidade é considerado como estando próximo do seu justo

valor, sendo imaterial o efeito do seu desconto fi nanceiro.

13. Estado e Outros Entes PúblicosEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009 estas rubricas do activo e do passivo tinham a seguinte composição:

31-12-2010 31-12-2009

Valores devedores

Retenções na fonte 467.270 827.976

Imposto sobre o valor acrescentado 3.410.051 6.871.272

3.877.321 7.699.248

Valores credores

Imposto sobre o rendimento (11.030.256) (237.717)

Retenção na Fonte - IRS trabalho dependente (306.531) (195.637)

Contribuições para a Segurança Social (229.557) (222.152)

Outros - (5)

(11.566.344) (655.511)

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14. Outros Activos CorrentesO detalhe dos ‘Outros activos correntes’ em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 é como se segue:

31-12-2010 31-12-2009

Rendas e alugueres pagos antecipadamente 108.964 117.934

Seguros pagos antecipadamente 525.180 563.517

Outros custos pagos antecipadamente 113.187 146.912

Proveitos a facturar 824.914 309.206

1.572.245 1.137.569

15. Caixa e Equivalentes de CaixaEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o detalhe da rubrica ‘Caixa e equivalentes de caixa’ era como se segue:

31-12-2010 31-12-2009

Caixa 6.998 6.998

Depósitos bancários 102.665.864 71.392.248

Caixa e equivalentes 102.672.862 71.399.246

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Reserva legalA legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do

resultado líquido anual tem que ser destinado ao reforço da ‘Reserva

legal’ até que esta represente pelo menos 20% do capital social.

Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação da

Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de

esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

Outras reservasEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a rubrica ‘Outras reser vas’

tinha a seguinte composição:

16. Capital Social e Reservas

Capital socialEm 31 de Dezembro de 2010, o capital social da Empresa encon-

trava-se totalmente subscrito e realizado e era composto por

15 500 000 acções com o valor nominal de cinco euros cada acção.

Em 31 de Dezembro de 2010, a Altri – Participaciones y Trading,

S.L. (Nota 1) deté m 99,96% das acções representativas do capital

social da Empresa e de 100% dos respectivos direitos de voto.

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2010 a Empresa detém

6 712 acções próprias.

31-12-2010 31-12-2009

Reservas de cobertura (10.664.405) (7.143.864)

Outras reservas e resultados transitados 138.789.129 138.637.667

128.124.724 131.493.803

A rubrica ‘Reservas de cobertura’ diz respeito ao justo valor

dos instrumentos fi nanceiros derivados classifi cados como de

cobertura de fl uxos de caixa na componente efi caz de cobertura,

liquido do respectivo efeito fi scal (Nota 23).

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54 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

As despesas incorridas com a montagem de empréstimos fo-

ram deduzidas ao seu valor nominal, encontrando-se estas a

ser reconhecidas como juro ao longo do período de vida dos

empréstimos (Nota 31).

Papel comercialA rubrica ‘Papel comercial’ corresponde a três programas de

papel comercial. O primeiro programa no montante nominal

máximo até 180 000 000 euros tem um prazo máximo de oito

anos a contar da respectiva data de assinatura, datado do ano

2007 e em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 encontrava-se

totalmente utilizado. O segundo programa de papel comercial

17. Empréstimos Bancários e Outros EmpréstimosEm 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, o deta lhe das rubricas ‘Empréstimos bancários’ e ‘Outros emprés timos’ é

como se segue:

2010

Valor nominal Valor contabilístico

Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total

Papel comercial 71.000.000 144.000.000 215.000.000 70.805.621 143.705.160 214.510.781

Empréstimos obrigacionistas - 375.000.000 375.000.000 - 369.930.527 369.930.527

Outros empréstimos - 19.108.650 19.108.650 - 19.108.650 19.108.650

Outros empréstimos 71.000.000 538.108.650 609.108.650 70.805.621 532.744.337 603.549.958

2009

Valor nominal Valor contabilístico

Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total

Empréstimos bancários 11.100.776 - 11.100.776 11.100.776 - 11.100.776

Empréstimos bancários 11.100.776 - 11.100.776 11.100.776 - 11.100.776

Papel comercial 35.000.000 180.000.000 215.000.000 34.351.153 179.641.980 213.993.133

Empréstimos obrigacionistas - 375.000.000 375.000.000 - 368.872.544 368.872.544

Outros empréstimos - 43.898.250 43.898.250 - 43.898.250 43.898.250

Outros empréstimos 35.000.000 598.898.250 633.898.250 34.351.153 592.412.774 626.763.927

46.100.776 598.898.250 644.999.026 45.451.929 592.412.774 637.864.703

no montante nominal máximo de 20 000 000 euros tem um

prazo máximo de cinco anos a contar da data de assinatura,

ou seja, 8 de Abril de 2013. Por último, um terceiro programa

com o montante máximo de 15 000 000 euros, com um prazo

máximo de três anos a contar da data de assinatura do contrato,

ou seja, 21 de Outubro de 2011, com as mesmas condições de

denúncia acima mencionadas, sendo que os montantes totais

utilizados em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 ascendiam a

215 000 000 euros. Em 31 de Dezembro de 2010 o montante

de 71 000 000 euros está classifi cado como dívida corrente ou

porque será reembolsado em 2011 ou porque, de acordo com

as condições contratuais em vigor, ambas as partes têm o direito

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projecto de expansão da capacidade produtiva da Celbi. Até ao

fi nal do exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2010 a Celbi

recebeu o montante de 43 898 250 euros referente ao incentivo

reembolsável. O Conselho de Administração considera que o

prémio de realização referente ao exercício de 2010, tendo em

conta objectivos já atingidos, será atribuído de acordo com o

contratado pelo que o montante de 24 789 600 euros foi trans-

ferido para as rubricas ‘Outros passivos correntes’ e ‘Outros

passivos não correntes’ (Notas 19, 22 e 34).

Em 31 de Dezembro de 2010 existem contas correntes caucio-

nadas contratadas pela Empresa não utilizadas no montante de

aproximadamente 67,5 milhões de euros.

Análise de sensibilidade a variações da taxa de juroNos exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a

sensibilidade da Empresa a alterações no indexante da taxa de

juro de mais ou menos um ponto percentual, medida como a

variação nos resultados fi nanceiros, pode ser analisada como

segue, não considerando o efeito de cobertura dos instrumentos

fi nanceiros derivados (Nota 23).

a denunciar o contrato desde que comuniquem a sua intenção

mediante um pré-aviso de 30 dias relativamente à data indicada

para a denúncia.

Empréstimos obrigacionistasA Celbi em Fevereiro de 2007 procedeu à emissão de um em-

préstimo obrigacionista no montante de 300 000 000 euros. As

obrigações têm o prazo de oito anos, sendo o seu vencimento

em 2015. Em Janeiro e Fevereiro de 2008 emitiu dois novos

empréstimos obrigacionistas no montante de 50 000 000 euros

e 25 000 000 euros respectivamente e ambos os empréstimos

têm o prazo de 10 anos e o seu vencimento em 2018. Os juros

são semestrais e postecipados a partir da data de subscrição, a

uma taxa igual à Euribor a 6 meses adicionada de spread.

Outros empréstimos Em Janeiro de 2007 a Celbi assinou um contrato de concessão

de incentivos fi nanceiros e fi scais ao abrigo do Decreto-lei n.º

203/2003, de 10 de Setembro, com a Agência para o Inves-

timento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo

o Estado Português considerado de interesse nacional (PIN) este

31-12-2010 31-12-2009

Juros suportados (Nota 31) 10.567.776 11.844.199

Diminuição de 1 p.p. na taxa de juro aplicada à totalidade do endividamento (6.091.087) (6.449.990)

Aumento de 1 p.p. na taxa de juro aplicada à totalidade do endividamento 6.091.087 6.449.990

A análise de sensibilidade acima foi calculada com base na expo-

sição à taxa de juro existente à data de balanço. Para esta análise

foi tido como pressuposto base que a estrutura de fi nanciamento

(activos e passivos remunerados) se manteve estável ao longo do

ano e semelhante à apresentada em 31 de Dezem bro de 2010

e 2009.

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56 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

18. Provisões e Perdas de ImparidadeO movimento verifi cado nas provisões e perdas de imparidade durante os exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 pode

ser detalhado como se segue:

O prazo de reembolso dos empréstimos bancários e dos outros empréstimos é como segue:

31-12-2010

2011 2012 2013 2014 >2015 Total

Papel comercial 71.000.000 36.000.000 36.000.000 36.000.000 36.000.000 215.000.000

Empréstimos obrigacionistas - - - - 375.000.000 375.000.000

Outros empréstimos - 1.420.149 5.896.167 5.896.167 5.896.167 19.108.650

Total 71.000.000 37.420.149 41.896.167 41.896.167 416.896.167 609.108.650

31-12-2009

2010 2011 2012 2013 >2014 Total

Empréstimos bancários 11.100.776 - - - - 11.100.776

Papel comercial 35.000.000 36.000.000 36.000.000 36.000.000 72.000.000 215.000.000

Empréstimos obrigacionistas - - - - 375.000.000 375.000.000

Outros empréstimos - 3.262.503 13.545.249 13.545.249 13.545.249 43.898.250

Total 46.100.776 39.262.503 49.545.249 49.545.249 460.545.249 644.999.026

31-12-2010

ProvisõesPerdas de imparidade

em contas a receber(Notas 11 e 12)

Perdas de imparidade em inventários e activos

biológicos (Nota 9)Total

Saldo inicial 1.214.322 1.154.370 2.616.662 4.985.353

Aumentos 59.341 93.821 - 153.162

Utilizações/Reversões - (54.024) - (54.024)

Transferências - - - -

Saldo final 1.273.663 1.194.167 2.616.662 5.084.492

31-12-2009

ProvisõesPerdas de imparidade

em contas a receber(Notas 11 e 12)

Perdas de imparidade em inventários e activos

biológicos (Nota 9)Total

Saldo inicial 3.514.421 1.179.452 2.931.662 7.625.535

Aumentos 248.408 21.227 285.000 554.635

Transferências - - - -

Utilizações/Reversões (2.548.508) (46.310) (600.000) (3.194.817)

Saldo final 1.214.322 1.154.370 2.616.662 4.985.353

Os aumentos de provisões e de perdas de imparidade líquidas das

uti lizações/reversões verifi cados nos exercícios fi ndos em 31 de De-

zem bro de 2010 e 2009 foram registados por contrapartida da rubrica

‘Provisões e perdas por imparidade’ da demonstração dos resultados.

O valor registado na rubrica ‘Provisões’ em 31 de Dezembro de

2010 e 2009 corresponde à melhor estimativa da Administração

para fazer face à totalidade das perdas a incorrer com riscos

gerais da actividade da Empresa.

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Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a rubrica ‘Fornecedores’

respeitava a valores a pagar resultantes de aquisições decorrentes

do curso normal das actividades da Celbi.

19. Outros Passivos não CorrentesA rubrica ‘Outros passivos não correntes’ em 31 de Dezembro de

2010 no montante de 19 467 948 euros corresponde às parcelas

de subsídio ao investimento a reconhecer como proveito no

médio e longo prazo (Notas 17, 22 e 34).

A Pagar

31-12-2010 0-90 dias 90-180 dias >180 dias

Fornecedores, conta corrente 46.751.539 46.751.539 - -

Fornecedores, facturas em recepção e conferência 6.873.399 6.873.399 - -

53.624.938 53.624.938 - -

A Pagar

31-12-2009 0-90 dias 90-180 dias >180 dias

Fornecedores, conta corrente 15.252.517 15.252.517 - -

Fornecedores, facturas em recepção e conferência 5.021.257 5.021.257 - -

20.273.774 20.273.774 - -

O Conselho de Administração entende que o valor contabilístico

destas dívidas é aproximado ao seu justo valor.

20. FornecedoresEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tinha a seguin te

composição:

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58 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

22. Outros Passivos CorrentesEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a rubrica ‘Outros passivos correntes’ pode ser detalhada como se segue:

31-12-2010 31-12-2009

Encargos a liquidar

Remunerações a liquidar (2.205.517) (1.907.659)

Juros a liquidar (4.714.770) (3.062.323)

Outros encargos a liquidar (2.662.559) (1.946.059)

Proveitos a reconhecer

Subsídios ao investimento (Notas 17, 19 e 34) (4.182.834) (1.469.757)

Outros proveitos a reconhecer (55.971) -

(13.821.651) (8.385.798)

A Pagar

31-12-2010 0-90 dias 90-180 dias >180 dias

Fornecedores de investimento 6.123.073 6.123.073 - -

Outras dívidas 4.355.331 4.355.331 - -

10.478.404 10.478.404 - -

A Pagar

31-12-2009 0-90 dias 90-180 dias >180 dias

Fornecedores de investimento 7.929.042 7.929.042 - -

Outras dívidas 3.255.409 3.255.409 - -

11.184.451 11.184.451 - -

21. Outras Dívidas a TerceirosEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a rubrica ‘Outras dívidas a terceiros’ pode ser detalhada como se segue:

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a rubrica ‘Outras dívidas’

corresponde principalmente a imposto sobre o valor acrescentado

a pagar ao estrangeiro.

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23. Instrumentos Financeiros Derivados

Derivados de taxa de juroPor forma a reduzir a sua exposição à volatilidade das taxas de

juro, a Celbi contratou swaps de taxa de juro. Estes con tratos

foram avaliados de acordo com o seu justo valor em 31 de

Dezembro de 2010 e 2009, tendo o correspondente montante

sido reconhecido na rubrica ‘Instrumentos fi nanceiros derivados’.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 encontravam-se estabe-

le cidos contratos de derivados de taxa de juro cujos montantes

totais são como se segue:

Justo valor

Tipo Juro 31-12-2010 31-12-2009

Interest rate swap Paga taxa fi xa e recebe Euribor a 6 meses. (5.774.119) (1.567.157)

(5.774.119) (1.567.157)

De acordo com as políticas contabilísticas adoptadas estes deri-

vados cumprem com os requisitos para serem designados como

instrumentos de cobertura de taxa de juro (Nota 2.2 k) vii)).

O apuramento do justo valor dos derivados contratados pela

Celbi foi efectuado pelas respectivas contrapartes (instituições

fi nanceiras com quem foram celebrados tais contratos). O Modelo

de Avaliação destes derivados, utilizado pelas contrapartes,

baseia-se no método dos cash fl ows descontados, i.e., utilizando

as par swap rates, cotadas no mercado interbancário, e dispo-

níveis nas páginas Reuters e/ou Bloomberg, para os prazos

relevantes, sendo calculadas as respectivas taxas forwards e

factores de desconto que servem para descontar os cash fl ows

fi xos (leg fi xo) e os cash fl ows variáveis (leg variável). O somatório

das duas parcelas resulta no Valor Actualizado Líquido dos cash

fl ows futuros ou justo valor dos derivados.

O aumento/diminuição de um ponto percentual nos indexantes

da taxa de juro, verifi cada durante o exercício de 2010 e estimada

para o período de duração dos derivados, teria implicado o

aumento/diminuição da rubrica do capital próprio ‘Reservas

de cobertura’ de aproximadamente 4 600 000 euros antes de

consideração dos respectivos efeitos fi scais.

Derivados de cobertura de preço da pasta de papelPor forma a reduzir a sua exposição à volatilidade do preço da

pasta de papel, a Celbi contratou derivados de cobertura do

preço da pasta de papel, os quais foram avaliados de acordo

como seu justo valor em 31 de Dezembro de 2010 e 2009,

tendo o correspondente montante sido reconhecido na rubrica

‘Instrumentos fi nanceiros derivados’.

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60 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

O apuramento do justo valor dos derivados de cobertura do

preço da pasta de papel contratados pela Celbi foi efectuado

pe las respectivas contrapartes (instituições fi nanceiras com quem

foram celebrados tais contratos). O Modelo de Avaliação destes

derivados, utilizado pelas contrapartes, baseia-se no método

dos cash fl ows descontados, i.e., é calculada a diferença entre a

cotação estimada da pasta de papel (PIX) e o preço fi xado para os

prazos relevantes, que posteriormente é actualizada para a data

a que se reporta a avaliação.

De acordo com as políticas contabilísticas adoptadas, estes

deri va dos de pasta de papel cumprem com os requisitos para

serem considerados como instrumentos de cobertura, pelo que

a variação do seu justo valor foi registada na rubrica do capital

próprio ‘Reservas de cobertura’.

O aumento/diminuição de 5% no indexante do derivado da pasta

de papel (PIX), durante o exercício fi ndo em 31 de Dezembro de

2010 e estimado para o período de duração destes derivados,

teria implicado uma diminuição/aumento dos resultados opera-

cionais do exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2010 de aproxi-

madamente 3 370 000 euros e da rubrica do capital próprio ‘Re-

ser vas de cobertura’ de aproximadamente 1 700 000 euros, antes

de consideração dos respectivos efeitos fi scais.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 encontravam-se em vigor os seguintes contratos derivados de preço da pasta de papel:

Justo valor

Quantidade coberta Vencimento 31-12-2010 31-12-2009

500 t/mês 31-08-2011 (584.380) (528.945)

2.500 t/mês 31-07-2011 (2.822.442) (2.781.993)

1.750 t/mês 31-12-2010 (267.256) (79.639)

3.000 t/mês 31-08-2010 - (2.213.143)

3.000 t/mês 31-12-2012 (3.384.999) -

2.000 t/mês 30-06-2012 (459.532) -

2.000 t/mês 30-06-2013 (1.216.668) -

(8.735.277) (5.603.720)

Derivados de taxa de câmbioA Celbi utiliza derivados de taxa de câmbio fundamentalmente

de forma, a efectuar a cobertura de fl uxos de caixa futuros. Desta

forma, a Celbi contratou diversos forwards de taxa de câmbio de

dólares dos Estados Unidos, de forma a gerir o risco de taxa de

câmbio a que está exposta.

Em 31 de Dezembro de 2009, o justo valor dos instrumentos

derivados de taxa de câmbio, que foram considerados de cober-

tura e calculados tendo por base os valores de mercado actuais

de instrumentos fi nanceiros equivalentes de taxa de câmbio, é de

(2 548 866) euros os quais se venceram ou foram antecipadamente

liquidados durante o exercício de 2010.

A determinação do justo valor destes instrumentos fi nanceiros

teve por base a actualização para a data da demonstração da

posição fi nanceira do montante que se estima que será recebido/

pago na data de termo do contrato. O montante de liquidação

consi derado na avaliação é igual ao montante na moeda de

refe rência, multiplicado pela diferença entre a taxa de câmbio

contratada e a de mercado para a data de liquidação determinada

à data da avaliação.

Page 63: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO / 2 · repre sentaram 85% da área afectada. ... pro dução, de acordo com a curva de aprendizagem, para o nível de produção previsto

/ / 61 /

Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo

valor, durante o exercício de 2010, dos instrumentos de cobertura

na parte não corrida (conforme denominados nos termos da

IAS 39), no montante de (4 789 853) euros (22 266 278 euros

durante o exercício de 2009), foram registados directamente

em rubricas de capitais próprios líquidos dos correspondentes

impostos diferidos, no montante de 1 269 311 euros (5 900 564

euros em 31 de Dezembro de 2009) (Nota 8).

O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos fi nan ceiros durante os exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

pode ser detalhado como se segue:

2010

Derivados de cobertura de

preço da pasta

Derivados de taxa de juro

Derivados de taxa de câmbio

Total

Saldo inicial (5.603.720) (1.567.157) (2.548.666) (9.719.543)

Variação do justo valor/cessação

Efeitos em capitais próprios (3.131.557) (4.206.962) 2.548.666 (4.789.853)

Saldo final (8.735.277) (5.774.119) - (14.509.396)

2009

Derivados de cobertura de

preço da pasta

Derivados de taxa de juro

Derivados de taxa de câmbio

Total

Saldo inicial 12.546.735 - - 12.546.735

Variação do justo valor/cessação

Efeitos em capitais próprios (18.150.455) (1.567.157) (2.548.666) (22.266.278)

Saldo final (5.603.720) (1.567.157) (2.548.666) (9.719.543)

31-12-2010 31-12-2009

AICEP/API (Nota 34) 12.911.230 -

Outros 308.188 308.188

13.219.418 308.188

24. Passivos ContingentesEm 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, os principais passivos con tingentes respeitavam a processos fi scais (Nota 35), contin gências

ambientais (Nota 36) e garantias prestadas, as quais ti nham o seguinte detalhe:

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62 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

a um quinto de mês do vencimento mensal auferido à data da

reforma por cada ano de tempo de serviço pensionável.

Pensão 3

Caso a invalidez se verifi que depois dos 55 anos de idade, o

capital indicado na Pensão 2 é acrescido de um outro que é

igual a 50% do salário anual pensionável.

Plano B – No caso do participante ser reformado defi ni tiva-

mente por invalidez pelo Regime Geral da Segurança social,

ou ser aceite como tal pelos serviços clínicos do associado e

da entidade gestora, o Fundo garante o pagamento de uma

pensão de reforma anual, que será o resultado do produto de

11,5% sobre o salário anual pensionável.

Só poderão benefi ciar do Plano A os participantes já ao serviço

do associado à data de entrada em vigor da presente alteração.

A estes participantes, e relativamente aos Planos A e B, aplicar-

-se-á aquele que lhes for mais favorável.

Aos participantes que vierem a ser admitidos no associado, a

partir da data da entrada em vigor desta alteração, e que vierem

a reformar-se por invalidez ao serviço do associado será aplicado

exclusivamente o Plano B.

O regime de benefícios defi nido no plano de pensões aplica-se

à generalidade dos trabalhadores da Celbi.

De acordo com os estudos actuariais realizados pelas sociedades ges-

to ras dos fundos com referência a 31 de Dezembro de 2010 e 2009,

o valor actual das responsabilidades por serviços passados pa ra os cola -

boradores no activo e para os reformados, bem como a situa ção patri-

monial dos fundos de pensões, naquelas datas, eram como se segue:

25. Compromissos Financeiros Assumidos e não Incluídos na Demonstração da Posição Financeira

a) Fundo de pensões

A Celbi atribui aos seus colaboradores com contrato de trabalho

subordinado sem prazo e que se reformem ao seu serviço um

con junto de benefícios defi nidos no Regulamento do Fundo de

Pen sões da Empresa, publicado no Diário da República n.º 221-III

série, de 21 de Setembro de 1999.

De acordo com este regulamento a Empresa garante o seguinte

regime de benefícios:

i) Reforma por velhice

Os participantes que se reformarem na data normal de

refor ma terão direito a uma pensão de reforma anual, que

será o resultado do produto de 11,5% sobre o salário anual

pen sionável;

ii) Reforma por invalidez

Plano A – No caso do participante ser reformado defi nitiva-

mente por invalidez pelo Regime Geral da Segurança Social,

ou ser aceite como tal pelos serviços clínicos do associado e

da enti dade gestora, o Fundo garante o pagamento de uma

pensão calculada de acordo com as seguintes fórmulas:

Pensão 1

1. Com menos de dez anos de tempo de serviço pensionável –

50% do salário anual pensionável.

2. Com dez ou mais anos de tempo de serviço pensionável –

80% do salário anual pensionável.

Ao valor da pensão de reforma anual acima defi nido será

deduzido o montante da pensão anual dedutível.

Pensão 2

Os participantes terão direito a um capital complementar, igual

2010 2009

Responsabilidades actuais por serviços passados 6.771.450 6.716.220

Situação patrimonial dos fundos de pensões 7.667.099 7.751.916

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O movimento verifi cado no valor actual das responsabilidades por serviços passados durante os exercícios fi ndos em 31 de Dezembro

de 2010 e 2009 é como se segue:

O detalhe dos montantes registados na demonstração de resulta dos relacionados com planos de pensões de benefícios e defi nidos nos

exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 é como se segue:

2010 2009

Custo dos serviços correntes (252.318) (261.085)

Juros das responsabilidades (263.275) (275.736)

Ganhos/(Perdas) actuariais 138.293 209.667

Rendimento/Retorno do Fundo 237.253 993.051

(140.047) 665.897

2010 2009

Responsabilidades no início do exercício 6.716.220 7.397.736

Benefícios pagos pelos Fundos de Pensões (322.070) (1.008.670)

Custo dos serviços correntes 252.318 261.085

Custo dos juros 263.275 275.736

Perdas/(Ganhos) actuariais (138.293) (209.667)

Responsabilidades no fim do exercício 6.771.450 6.716.220

O movimento verifi cado na situação patrimonial do Fundo de Pensões durante os exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e

2009 é como se segue:

2010 2009

Valor dos Fundos de Pensões no início do exercício 7.751.916 7.767.535

Contribuições - -

Pensões pagas (322.070) (1.008.670)

Rendimento/Retorno do Fundo 237.253 993.051

Valor dos Fundos de Pensões no fim do exercício 7.667.099 7.751.916

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64 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

Aquelas responsabilidades foram determinadas com base no

mé todo de cálculo Projected Unit Credit, tendo-se utilizado as

tábuas de mortalidade GKF95 e de invalidez SR 2001. Para além

dos parâmetros técnicos acima referidos, foram assumidos como

pressupostos uma rentabilidade real de longo prazo de 4% até

à idade da reforma e de 3% depois da idade da reforma e uma

taxa de crescimento dos salários de 2,5%.

b) Outros compromissos

A 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a Celbi tinha assumido com -

pro missos contratuais para aquisição de activos fi xos nos mon-

tantes de 4 787 000 euros e 9 420 000 euros, respec tivamente.

26. Locações OperacionaisDurante os exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e

2009 foi reconhecido como custo do exercício os montantes de

apro xi madamente 731 442 euros e 537 639 euros, respec tiva-

mente, relativo a rendas pagas a título de contratos de locação

operacional.

Em 31 de Dezembro de 2010 a Celbi participava como locatário

em contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos

de locação vencem como se segue:

Ano

2011 282.552

2012 328.890

2013 319.979

2014 e seguintes 516.419

1.447.840

Ano

2010 89.901

2011 55.067

2012 126.975

2013 e seguintes 533.492

805.435

Em 31 de Dezembro de 2009 a Celbi participava como locatário

em contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos

de locação vencem como se segue:

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27. Empresas do Grupo e Partes RelacionadasAs participadas do Grupo Altri têm relações entre si que se qualifi cam como transacções com partes relacionadas, as quais fo ram

efectuadas a preços de mercado.

Em 31 de Dezembro de 2010, os principais saldos com as empresas do Grupo Altri são como se segue:

Saldos devedores Saldos credores

EmpresaClientes

c/cEmpresas

GrupoOutros

devedoresFornecedores

c/cEmpresas

Grupo

Celbinave - Tráfego e Estiva Unipessoal, Lda. 13.871 - - - (666)

Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. 723.600 23.537 - - -

Celulose do Caima SGPS, S.A. - 39.119.192 - - -

Altri Florestal, S.A. 26.273.716 2.465.478 - (2.435.394) -

Caima Energia S.A. - 1.331.806 - - -

Caima - Indústria de Celulose, S.A. 45.344 2.381.348 - - -

Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A. 2.842.589 - - (1.728) (2.433.423)

Altri Energias Renováveis, S.A. - 161.384 - - -

Captaraiz - Unipessoal, Lda. 6.600 - - - -

Sócasca - Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. - - - - (100.513)

Invescaima - Investimentos e Participações SGPS, S.A. - 70.041.751 - - (353.011)

Altri - Participaciones Y Trading, S.L. - - - (8.213.564) -

Altri, SGPS, S.A. - 17.040.010 - - (431.111)

29.905.719 132.564.506 - (10.650.686) (3.318.725)

Em 31 de Dezembro de 2009, os principais saldos com as empresas do Grupo Altri são como se segue:

Saldos devedores Saldos credores

EmpresaClientes

c/cEmpresas

GrupoOutros

devedoresFornecedores

c/cEmpresas

GrupoOutros

credores

Celbinave - Tráfego e Estiva Unipessoal, Lda. - - 11.981 - - -

Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. 578.400 914 - - - -

Operfoz - Operadores do Porto da Fig. Foz, Lda. - - - (91.917) - -

Celulose do Caima SGPS, S.A. - 47.957.525 5.430.469 - - -

Altri Florestal, S.A. 23.585.406 625.577 2.369.282 (2.229.469) - -

Caima Energia S.A. - 1.579.470 - - - -

Caima - Indústria de Celulose, S.A. - 29.189 - - - -

Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A. 2.055.347 - 24.700 - (1.187.917) (22.584)

CPK - Companhia Produtora de Papel Kraftsack S.A. - - - - (1.103.802) -

Altri Energias Renováveis, S.A. - 267.090 - - - -

Captaraiz - Unipessoal, Lda. - - 6.600 - - -

Sócasca - Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. - 101.443 - - - -

Invescaima - Investimentos e Participações SGPS, S.A. - 47.395.759 2.207.417 - - -

Altri - Participaciones Y Trading, S.L. - - 11.982 (1.563.006) - -

Altri, SGPS, S.A. - 15.025.189 - - - -

26.219.153 112.982.157 10.062.430 (3.884.391) (2.291.719) (22.584)

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66 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

As contas a receber da Altri Florestal, S.A. resultaram principal men te

de transferências em anos anteriores de grande parte da actividade

fl orestal da Empresa para esta entidade. A conta a pagar à Altri

- Participaciones Y Trading, S.L. resulta das comissões de venda

associadas ao Contrato de Agência estabelecido com esta entidade.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a rubrica ‘Empresas do Grupo’ inclui os seguintes montantes relativos a empréstimos correntes

concedidos a empresas do Grupo:

2010 2009

Celulose do Caima SGPS, S.A. 32.000.000 46.500.000

Invescaima - Investimentos e Participações SGPS, S.A. 62.500.000 36.350.000

Altri, SGPS, S.A. 17.000.000 15.000.000

Sócasca - Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. - 100.000

111.500.000 97.950.000

Os restantes saldos dizem respeito, sobretudo, ao efeito da

tributação de acordo com o Regime Especial de Tributação de

Gru pos de Sociedades (Nota 8) em sede de Imposto sobre o Ren-

di mento das Pessoas Colectivas e juros a receber associados aos

em préstimos concedidos.

As principais transacções efectuadas no exercício de 2010 com as empresas do Grupo Altri podem ser resumidas como se segue:

EmpresaVenda/compra

deimobilizado

OutrosProveitos

Vendas deprodutos

ComprasM.primas,

subs.

Outros F.S.

Terceiros

Custos/Proveitos

Financeiros

Celbinave - Tráfego e Estiva Unipessoal, Lda. - - - - - -

Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. - (120.000) - - - -

Operfoz - Operadores do Porto da Figueira da Foz, Lda. - - - 657.464 686.334 -

Celulose do Caima SGPS, S.A. - - - - (1.137.309)

Caima - Indústria de Celulose, S.A. - (37.536) (679.503) - -

Altri Florestal, S.A. 2.917 (72.203) (196.421) 23.327.909 - -

Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A. - (42.399) (566.791) 167.071 - (22.800)

Captaraiz - Unipessoal, Lda. - - - - - -

Sócasca - Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. - - - - - (939)

Invescaima - Investimentos e Participações SGPS, S.A. - - - - - (1.588.728)

Altri - Participaciones Y Trading, S.L. - - - - 11.296.651 -

Altri, SGPS, S. A. - - - - - (430.237)

2.917 (272.138) (1.442.715) 24.152.444 11.982.985 (3.180.012)

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A Operfoz – Operadores do Porto da Figueira da Foz, Lda presta

serviços de operações portuárias de pasta. A Celbi adquire

madeira à Altri Florestal, S.A. A Altri - Participaciones Y Trading,

S.L. é o agente de vendas de pasta de papel do Grupo Altri,

pelo que o montante da coluna ‘Outros fornecimentos e serviços

externos’ com esta entidade diz respeito a comissões de venda

ao abrigo do contrato de Agência estabelecido com a mesma.

As principais transacções efectuadas no exercício de 2009 com as empresas do grupo Altri podem ser resumidas como se segue:

EmpresaVenda/compra de imobilizado

OutrosProveitos

Vendas deprodutos

ComprasM.primas,

subs.

Outros F.S.

Terceiros

Celbinave - Tráfego e Estiva Unipessoal, Lda. - - - - -

Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. - (120.000) - - -

Operfoz - Operadores do Porto da Figueira da Foz, Lda. - - - - 676.910

Celulose do Caima SGPS, S.A. - (1.675.822) - - -

Caima - Indústria de Celulose, S.A. - (14.060) - - -

Altri Florestal, S.A. - (36.730) (240.274) 12.278.655 -

Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A. (12.670) (9.116) (780.641) - -

Captaraiz - Unipessoal, Lda. (6.600) - - - -

Sócasca - Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. - (1.443) - - -

Invescaima - Investimentos e Participações SGPS, S.A. - (1.717.468) - - -

Altri - Participaciones Y Trading, S.L. - (11.982) - - 4.718.746

Altri, SGPS, S. A. - (417.397) - - -

(19.270) (4.004.018) (1.020.915) 12.278.655 5.395.656

Os outros proveitos do exercício de 2009 incluem o montante de

aproximadamente 3 800 000 euros relativos a juros obtidos com

empréstimos a empresas do Grupo Altri.

Adicionalmente aos saldos acima referidos em 31 de Dezembro de

2010 e 2009 existia uma conta a receber da entidade relacionada

F. Ramada II - Imobiliária, S.A. nos montantes de 4 523 203 euros e

4 511 689 euros, respectivamente, registada na rubrica ‘Clientes’ re la-

tiva a alienação em exercícios anteriores de terrenos a esta entidade.

28. Vendas e Prestações de ServiçosGeografi camente, a repartição das vendas e prestações de serviços da Empresa por mercado é como se segue:

31-12-2010 31-12-2009

Mercado interno 69.125.304 29.155.655

Mercado externo 261.171.283 130.637.207

330.296.587 159.792.862

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68 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

29. Outros ProveitosA rubrica da demonstração dos resultados ‘Outros proveitos’

nos exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e de 2009

inclui essencialmente: ganhos com instrumentos deriva dos (Nota 23),

subsídios ao investimento e indemnizações recebidas.

31. Resultados FinanceirosOs resultados fi nanceiros dos exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 podem ser detalhados como se segue:

31-12-2010 31-12-2009

Custos fi nanceiros:

Juros suportados (Nota 17) (10.567.776) (11.844.199)

Diferenças de câmbio desfavoráveis (1.408.979) (733.949)

Outros custos e perdas fi nanceiras (13.407.321) (2.815.839)

(25.384.076) (15.393.986)

Proveitos fi nanceiros:

Juros obtidos (Nota 27) 4.784.422 5.899.571

Diferenças de câmbio favoráveis 2.233.338 739.354

Outros proveitos e ganhos fi nanceiros 245.880 79

7.263.640 6.639.004

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a rubrica ‘Outros custos e perdas fi nanceiras’ refere-se essencialmente a perdas em instrumentos

derivados (Nota 23) custos suportados com a emissão de papel comercial e a comissões relativos a serviços bancários (Nota 17).

30. Outros CustosA principal componente da rubrica ‘Outros custos’ no exercício

fi n do em 31 de Dezembro de 2010 diz respeito a perdas em

con tratos de derivados (Nota 23) sendo que adicionalmente nos

exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 esta rubrica

inclui impostos indirectos, taxas e custos com sinistros e donativos.

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33. Número de PessoalDurante os exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e

2009 o número médio de pessoal ao serviço da Empresa foi de

240 e 239, respectivamente.

34. SubsídiosFoi aprovada em Fevereiro de 2007 a candidatura de um Projecto

de Investimentos da Celbi a Incentivos Financeiros ao abrigo do

Decreto-lei n.º 203/2003, de 10 de Setembro e do Decreto-lei

n.º 225/2002 de 30 de Outubro. O Projecto, designado por SIME C,

destina-se ao aumento da capacidade de produção da pasta e ao

início de um processo mais amplo de renovação tecnológica que

contribuirá para a produção de bens internacionalmente tran-

sac cionáveis e com elevados índices de incorporação nacional.

O investimento decorreu entre 1 de Fevereiro de 2005 e 31 de

De zembro de 2006 e tinha um valor estimado supe rior a 17

milhões de euros. O incentivo fi nanceiro consubstancia-se i) na

bonifi cação da taxa de juro, ii) num prémio de realização face aos

32. Resultado por Acção

31-12-2010 31-12-2009

Número de acções para efeito de cálculo do resultado líquido básico e diluído 15.500.000 15.500.000

Resultado para efeito do cálculo do resultado por acção líquido e diluído das opera-ções em continuação

39.925.239 151.462

Resultado por acção das operações

Básico 2,58 0,01

Diluído 2,58 0,01

objectivos defi nidos no máximo de 81,25% de um empréstimo

correspondente a 16% das Despesas Elegíveis, iii) num incentivo

não re em bolsável correspondente à Formação Profi ssional e iv)

num incen tivo não reembolsável correspondente à majoração da

“Mais Valia Ambiental”. Em 2007 foram recebidos 155 mil euros

de bonifi cação da taxa de juro. Em 2008 foram recebidos 40 mil

euros do remanescente em bonifi cação da taxa de juro e 43,6

mil euros referente à componente de Formação Profi ssional. Em

2009 receberam-se 250 mil euros respeitantes à ma joração da

“Mais-Valia Ambiental” e 1 332 mil euros de Prémio de Realização

em função do grau de cumprimento do contrato apurado nas

medições efectuadas no fi nal dos exercícios de 2008.

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70 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS

Em Janeiro de 2007, a Celbi assinou um contrato de concessão

de incentivos fi nanceiros e fi scais ao abrigo do Decreto-lei

n.º 203/2003, de 10 de Setembro, com a Agência para o

Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP),

tendo o Estado Português considerado de interesse nacional

(PIN) este Projecto de Expansão da Capacidade Produtiva da

Celbi. O Projecto de Investimento decorreu entre 1 de Janeiro

de 2007 e 30 de Junho de 2010 e o valor contratado é de

320 000 000 euros, sendo que o Estado Português concederá

um incentivo fi nanceiro reembolsável correspondente a 16,5%

das despesas elegíveis. Caso a Celbi cumpra com os objectivos

propostos e medidos nos fi nais dos anos de 2010, 2013 e 2016,

o Estado Português concederá ainda um Prémio de Realização

que corresponderá ao não reembolso de até 80% do montante

2010 2009

Subsídio associado à expansão de capacidade produtiva (Notas 17, 19 e 22) 22.128.774 -

Outros Subsídios ao investimento 1.522.009 1.469.757

23.650.783 1.469.757

de incentivo reembolsável. O Estado Português concederá tam-

bém um incentivo fi scal correspondente a um crédito fi scal em

sede de IRC no montante de 12% das aplicações relevantes.

Até ao fi nal do exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2010,

a Celbi recebeu o montante de 43 898 250 euros referente ao

incentivo reembolsável. O Conselho de Administração considera

que o Prémio de Realização será atribuído em 60%, tendo em

conta objectivos já atingidos pelo que o montante de 24 789 600

euros foi transferido para as rubricas ‘Outros passivos correntes’

e ‘Outros passivos não correntes’ (Notas 19 e 22).

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 o detalhe dos subsídios

re ce bidos, mas ainda não reconhecidos como proveito na

demonstração de resultados, é como se segue:

35. Processos FiscaisEm fi nais de 1994, a Empresa recebeu uma notifi cação da Direcção

Geral das Contribuições e Impostos reclamando o pagamento de

IRC no montante de 2 030 945 euros e correspondentes juros

de mora no montante de 2 094 863 euros em resultado de

uma visita efectuada pelas autoridades fi scais. Este imposto foi

reclamado no pressuposto de que os serviços técnicos prestados

à Empresa nos anos de 1989 a 1992, fundamentalmente no

âm bito de um projecto de investimento, são equiparáveis a trans-

ferências de tecnologia e como tal sujeitos a retenção na fonte. A

Empresa decidiu contestar judicialmente a liquidação efectuada,

na certeza plena de que nada terá de liquidar.

Em finais de 1996 e como resultado também de uma nova

vi si ta das autoridades fi scais, a Empresa recebeu outra notifi ca -

ção da Direcção Geral das Contribuições e Impostos recla man do

o pagamento de IRC no montante de 205 641 euros e corres-

pondentes juros compensatórios no montante de 110 276 euros,

relativos aos serviços técnicos da mesma natureza prestados à

Empresa nos anos de 1992 a 1995. Consistentemente a Empresa

decidiu contestar judicialmente a liquidação efectuada.

Entretanto, por forma a beneficiar das prerrogativas concedidas

pelo DL 124/96, a Empresa, sem deixar de prosseguir com a

con tes tação judicial em curso, dado considerar que tais serviços

não se enquadram no âmbito interpretado pelas autoridades

fi scais, optou por pagar o imposto reclamado.

Em 15 de Abril de 1998, o Tribunal Tributário de 1.ª Instância de

Coimbra julgou nula a liquidação de IRC conforme notifi cação

recebida em 1994. Em 2006 e, por Acórdão, o Supremo Tribunal

Administrativo veio confi rmar a decisão anteriormente proferida

pelo Tribunal Central Administrativo Sul de negar provimento ao

recurso interposto pela Fazenda Pública, pelo que em Outubro

de 2006 foi recebido o montante de 2 030 945 euros e respec-

tivos juros indemnizatórios no montante de aproximadamente

1 260 000 euros, do processo relativo aos anos de 1989 a 1992.

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37. Aprovação das Demonstrações FinanceirasAs demonstrações fi nanceiras foram aprovadas pelo Conselho

de Administração e autorizadas para emissão em 18 de Fevereiro

de 2011. A sua aprovação fi nal está ainda sujeita a concordância

da Assembleia Geral de Accionistas.

A Empresa continua a aguardar decisão sobre a notifi cação

recebida em fi nais de 1996, relativa aos anos de 1992 a 1995,

sendo que o saldo da rubrica ‘Outros activos não correntes’ diz

respeito sobretudo a esta situação.

36. Informação Relativa a Matérias Ambientais No âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia compro-

meteu-se a reduzir a emissão de gases de efeito de estufa. Nes-

te contexto, foi emitida uma Directiva Comunitária que prevê a

comercialização das chamadas “Licenças de Emissão de CO2”,

entretanto transposta para a legislação portuguesa e que é apli-

cável, a partir de 1 de Janeiro de 2005, entre outras, à indústria

de pasta e papel.

Pela publicação do Despacho conjunto n.º 2836/2008 de 5 de

Fevereiro de 2008, foi efectuada a distribuição pelo Governo

Português das “Licenças de Emissão de CO2” às diversas

empresas portuguesas abrangidas, estando prevista a atribuição,

a título gratuito, de licenças para a emissão de 87 229 toneladas

de CO2 à Celbi para o ano de 2010. Caso as emissões reais

sejam superiores às “Licenças de Emissão de CO2” atribuídas,

a Empresa terá que adquirir as licenças em falta no mercado. A

entrega das “Licenças de Emissão de CO2”, correspondente às

emissões reais realizadas num exercício, é efectuada no início do

ano seguinte, estando os valores apresentados pelas empresas

relativos às emissões reais efectuadas sujeitos a certifi cação por

uma entidade independente.

Considerando que estas licenças se referem ao período 2008 - 2012,

com base nos dados previsionais de emissão de CO2, não se

estimam encargos signifi cativos para a Empresa em conse-

quência da entrada em vigor desta legislação para o exercício

fi ndo em 31 de Dezembro de 2010.

Em 31 de Dezembro de 2010 não se encontra registado nas

demonstrações fi nanceiras qualquer passivo de carácter am-

biental nem é divulgada qualquer contingência ambiental, por

ser convicção do Conselho de Administração que não existem,

a essa data, obrigações ou contingências provenientes de

acontecimentos passados de que resultem encargos material-

men te relevantes para a Empresa.

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Ofi cial de Contas da Empresa e apreciou a Certifi cação Legal das

Contas emitida pela Sociedade de Revisores Ofi ciais de Contas

da Empresa, que mereceu o seu acordo.

Face ao exposto, e tendo em consideração os assuntos men-

cionados nos parágrafos 5 e 6 da Certifi cação Legal das Contas,

o Conselho Fiscal é de parecer que o Relatório de Gestão, as

Demonstrações Financeiras bem como a Proposta de Aplicação

de Resultados estão de acordo com as disposições contabilísticas,

legais e estatutárias aplicáveis, pelo que poderão ser aprovadas

em Assembleia Geral de Accionistas.

Desejamos manifestar ao Conselho de Administração e aos di-

ver sos Serviços da Empresa o nosso apreço pela colaboração que

nos prestaram.

Porto, 31 de Março de 2011

O Conselho Fiscal

João da Silva Natária

Presidente do Conselho Fiscal

Manuel Tiago Alves Baldaque de Marinho Fernandes

Vogal do Conselho Fiscal

Cristina Isabel Linhares Fernandes

Vogal do Conselho Fiscal

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

Aos Accionistas da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A.Em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato

que nos foi confi ado, submetemos à vossa apreciação este Rela tório

e Parecer sobre o Relatório de Gestão e restantes docu mentos

de prestação de contas da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A.

(Empresa), relativos ao exercício fi ndo em 31 de Dezembro

de 2010, os quais são da responsabilidade do Conselho de

Administração.

Ao longo do exercício em apreço, o Conselho Fiscal acompanhou

a evolução da actividade da Empresa, a regularidade dos

regis tos contabilísticos, o cumprimento do normativo legal e

estatu tário em vigor e a efi cácia e integridade dos sistemas de

gestão de riscos e de controlo interno, tendo efectuado reuniões

com a periodicidade e extensão que considerou adequadas e

ten do obtido da Administração e dos Serviços da Empresa as

infor mações e esclarecimentos solicitados.

No âmbito das suas atribuições, o Conselho Fiscal examinou o

Balanço em 31 de Dezembro de 2010, as Demonstrações dos

Resultados por Naturezas, do Rendimento Integral, das Alterações

nos Capitais Próprios e dos Fluxos de Caixa para o exercício

fi ndo naquela data e o correspondente anexo. Adicionalmente

pro cedeu à análise do Relatório de Gestão do exercício de 2010

e da proposta de aplicação de resultados nele apresentada,

exer ceu as suas competências em matéria de supervisão das

ha bi litações, independência e execução das funções do Revisor

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

E CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

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74 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL E CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

Certifi cação Legal das Contas

Introdução 1. Examinámos as demonstrações fi nanceiras anexas da Celulose

Beira Industrial (Celbi), S.A. (Empresa), as quais compreendem

o Balanço em 31 de Dezembro de 2010 que evidencia um

to tal de 993 418 241 euros e capitais próprios de 261 650 198

euros, incluindo um resultado líquido de 39 925 239 euros, as

Demonstrações dos Resultados por Naturezas, do Rendimento

Integral, das Alterações nos Capitais Próprios e dos Fluxos de

Cai xa do exercício fi ndo naquela data e o correspondente Anexo.

Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a prepa-

ração de demonstrações fi nanceiras que apresentem de forma

verdadeira e apropriada a posição fi nanceira da Empresa, o

resultado e o rendimento integral das suas operações, as

al te ra ções no seu capital próprio e os seus fl uxos de caixa,

bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos

adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno

apropriado. A nossa responsabilidade consiste em expressar

uma opinião profi ssional e independente, baseada no nosso

exame daquelas demonstrações fi nanceiras.

Âmbito 3. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as

Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem

dos Revisores Ofi ciais de Contas, as quais exigem que este

seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau

de segurança aceitável sobre se as demonstrações fi nan ceiras

estão isentas de distorções materialmente rele vantes. Este

exame incluiu a verificação, numa base de amostragem,

do suporte das quantias e informações divulgadas nas

de mons trações financeiras e a avaliação das estimativas,

ba se adas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de

Ad mi nistração, utilizadas na sua preparação. Este exame

in cluiu igualmente a apreciação sobre se são adequadas as

políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo

em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade

do princípio da continuidade das operações e a apreciação

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preparadas para aprovação e publicação nos termos da

legislação em vigor.

Conforme indicado na Nota 2.2 do ‘Anexo às Demonstrações

Financeiras’, os investimentos financeiros em empresas

subsidiárias são registados ao custo de aquisição. A Empresa

não irá preparar demonstrações fi nanceiras consolidadas, dado

en con trar-se dispensada de o fazer, de acordo com o disposto

no número 3 do artigo 7.º do Decreto-lei n.º 158/2009, de 13

de Julho, uma vez que é integralmente detida, ainda que de

forma indirecta, pela Altri, SGPS, S.A., que por sua vez apre-

senta demonstrações fi nanceiras consolidadas que in cluem as

demonstrações fi nanceiras da Empresa e das suas fi liais.

Relato sobre outros requisitos legais7. É também nossa opinião que a informação fi nanceira constante

do Relatório de Gestão é concordante com as demonstrações

fi nanceiras do exercício.

Porto, 31 de Março de 2011

DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A.

Representada por António Manuel Martins Amaral

sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das

demonstrações fi nanceiras. O nosso exame abrangeu também

a verificação da concordância da informação financeira

cons tante do Relatório de Gestão com as demonstrações

fi nan ceiras. Entendemos que o exame efectuado proporciona

uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião 4. Em nossa opinião, as demonstrações fi nanceiras referidas no

parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e apro priada,

para os fi ns indicados no parágrafo 6 abaixo, em todos os

aspectos materialmente relevantes, a posição fi nanceira da

Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A., bem como o resultado

e o rendimento integral das suas operações, as alterações nos

seus capitais próprios e os seus fl uxos de caixa no exercício

fi ndo naquela data, em conformidade com as Normas

Inter nacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas

pela União Europeia (ver parágrafo 5 abaixo).

Ênfases 5. Conforme divulgado na Nota 2.1 do Anexo às demonstrações

fi nanceiras, a Empresa adoptou, com efeitos a partir de 1

de Janeiro de 2010, as Normas Internacionais de Relato

Fi nan ceiro tal como adoptadas pela União Europeia (IFRS).

No processo de transição das normas contabilísticas anterior-

men te adoptadas em Portugal, consubstanciadas no Plano

Ofi cial de Contabilidade (POC), para as IFRS, a Empresa

se guiu os requisitos previstos na IFRS 1 – Adopção pela

primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro,

tendo a data de transição sido reportada a 1 de Janeiro de

2009. Con sequentemente, a informação fi nanceira de 2009,

ante rior mente apresentada de acordo com o POC, foi, para

efei tos de comparabilidade, reexpressa de acordo com as IFRS

(Nota 3).

6. As demonstrações fi nanceiras mencionadas no parágrafo 1,

referem-se à actividade da Empresa a nível individual e foram

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