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RELATÓRIO SOCIOAMBIENTAL 2004

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R E L AT Ó R I O S O C I O A M B I E N TA L

2 0 0 4

A Unilever faz parte da nossa vida e do

nosso cotidiano. Termos à nossa dis-

posição um mundo de marcas, embala-

gens de todo o tipo e rótulos com todas

as cores. Podemos contar com produtos

para as mais diversas finalidades que

garantem bem estar, conforto, beleza,

alegria e saúde. As ilustrações deste

relatório foram criadas pensando no

universo que a empresa representa.

Elas estão presentes ao longo dos capí-

tulos que relatam o desempenho da

companhia no ano de 2003 retratando

funcionários, parceiros, fornecedores,

consumidores e clientes com as cores e

o jeito de ser da Unilever.

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104

4

616

MENSAGEM DA PRESIDÊNCIA

PERFIL UNILEVER

COMPROMISSO

CORPORATIVO E

RESPONSABILIDADE

SOCIAL

QUALIDADE DAS RELAÇÕES

• Público Interno

• Consumidores e Clientes

• Meio Ambiente

• Comunidade e Ação Social

• Nossos Fornecedores

• Relações Institucionais

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50

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92

100

CRÉDITOS

4

Em meados de 2003, a Unilever Brasil publicou

o seu primeiro Relatório Socioambiental refe-

rente ao exercício de 2002. Foi um esforço e

tanto, um aprendizado altamente compensador

e, sobretudo, revelador.

Percorrendo a nossa história, constatamos que

a consagrada liderança da empresa em diversos

segmentos do mercado tinha como alicerce não

apenas o foco na qualidade dos produtos e na

satisfação das necessidades do consumidor,

mas estava apoiada também nas melhores práti-

cas de responsabilidade social e ambiental.

Procuramos mostrar a forma como a Unilever

trabalha, as ações das marcas, os diferentes

aspectos do nosso relacionamento com fun-

cionários, parceiros, fornecedores, clientes e

consumidores e os nossos projetos de investi-

mento social. No final, ficou claro para nós,

como numa fotografia bem iluminada e

enquadrada, que a empresa estava não apenas

alinhada aos valores que marcaram sua origem,

mas soube também acompanhar as transfor-

mações da sociedade e do mundo corporativo.

A história continua neste segundo relatório, um

retrato do ano de 2003. As expectativas de

desenvolvimento econômico do País ainda não

se cumpriram. Apesar do cenário desfavorável, a

Unilever não perdeu sua rota de crescimento.

Bons resultados foram garantidos pela bem-

sucedida estratégia de foco nas marcas líderes e

na inovação, sem perder de vista, é claro, a

preocupação com o controle de custos.

Mais do que a evolução dos números, porém,

queremos mostrar o quanto avançamos no

desafio de integrar a responsabilidade social no

nosso planejamento estratégico, seja na estru-

turação de uma governança corporativa, seja no

investimento em ferramentas de gestão, seja

na qualidade dos relacionamentos com os

diferentes públicos, seja na expansão do

MENSAGEM DO

presidente

HOJE, MAIS DO QUE

NUNCA, SABEMOS QUE O

SUCESSO DURADOURO DE

UMA EMPRESA TEM COMO

BASE O DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL E O COMPRO-

METIMENTO COM O SEU

PAPEL SOCIAL.

Instituto Unilever, criado em 2002, para

ser o meio condutor das nossas aspirações

e apoiar as ações sociais da companhia.

Hoje, mais do que nunca, sabemos que o

sucesso duradouro de uma empresa tem

como base o desenvolvimento sustentável e

o comprometimento com o seu papel social.

Às vésperas de comemorar 75 anos, a

Unilever Brasil renova-se com a missão cor-

porativa Vitalidade e a nova logomarca

anunciadas em julho de 2004.

As novidades trazem outros ares para os nos-

sos negócios. Nossos produtos vão levar

Vitalidade para o dia-a-dia dos nossos con-

sumidores e ajudar as pessoas a se sentirem

bem, ficar mais bonitas e aproveitar mais a

vida. É com Vitalidade que vamos impulsionar

o futuro das nossas marcas, a nossa cultura

empreendedora e os nossos compromissos

com as comunidades e o meio ambiente.

Este capítulo está só começando e será

escrito com a nossa energia, garra e von-

tade de inovar.

Vinícius Prianti

Presidente da Unilever Brasil

CAPÍTULO 1

PERFIL UNILEVER

e deu lugar, em 1929, ao acordo que deu origem à

Unilever, organização que emprega hoje 234 mil

pessoas e está presente no cotidiano de milhões de

pessoas com produtos inovadores e de qualidade.

Os valores do fundador marcaram a trajetória da

Unilever, multinacional que está presente hoje em

150 países e tem unidades instaladas em pelo

menos 100 deles. Como líder na produção e no

fornecimento de bens de consumo não-duráveis,

com cerca de 400 marcas mundialmente reco-

nhecidas nos segmentos de limpeza, higiene e

beleza, e alimentação, incluindo sorvetes, garan-

tiu em 2003 o faturamento global de 42,942 bi-

lhões de euros.

Knorr, Cica, AdeS, Lipton, Dove, Cif, OMO, Seda, AXE,

Hellmann’s, Cornetto, Magnum, Rexona, Lux, Close-

Up, Ben & Jerry e Slim Fast são marcas que estão na

mente das pessoas em todo o mundo, como queria

William Lever, quase oito décadas passadas, para

satisfazer às necessidades dos consumidores e

tornar a vida mais fácil, mais gostosa e mais bonita.

Quando o jovem William

Hesketh Lever montou o

próprio negócio em

1884 e começou a

vender aos habitantes

da cidade inglesa de

Bolton um sabão corta-

do em pedaços embru-

lhados um a um, com o

vistoso nome Sunlight, certamente não fazia idéia

de que esse seria o início de uma história de

sucesso que alcançaria o inimaginável século XXI.

Mais do que um comerciante, Lever era um

empreendedor e, em sociedade com os irmãos,

investiu na produção de um sabão neutro com uma

fórmula especial para facilitar a tarefa de lavar

roupa. Outros produtos vieram, como o sabonete

Lux e, com o excedente dos óleos vegetais e ani-

mais, começou a fabricar margarina em 1917. A con-

corrência com a Margarine Unie, empresa dos

holandeses Jurgens e Van den Bergh, foi inevitável

APRESENTANDO A

Uni leverA UNILEVER É UMA COMPANHIA MULTINACIONAL COM UNIDADES

INSTALADAS, CONSUMIDORES, FUNCIONÁRIOS, PARCEIROS DE

NEGÓCIOS EM MAIS DE 100 PAÍSES EM TODOS OS CONTINENTES.

8

Na década de 1940, os produtos Gessy eram anunciados nos bondes

da cidade do Rio de Janeiro.

Na página ao lado, primeiro anúncio do sabão Sunlight, que começou

a ser produzido, em 1930, na fábrica de Vila Anastácio, em São Paulo

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ÀS VÉSPERAS DE COMPLETAR 75 ANOS DE BRASIL, A UNILEVER É UMA

DAS MAIORES EMPRESAS DO SETOR DE BENS DE CONSUMO. SUAS MAR-

CAS SÃO LÍDERES NOS SEGMENTOS DE HIGIENE PESSOAL, LIMPEZA

DOMÉSTICA, ALIMENTOS E SORVETES. EM 2003, FOI APONTADA COMO A

SEGUNDA MAIOR ANUNCIANTE DO PAÍS, EM LEVANTAMENTO DA REVISTA

MEIO & MENSAGEM.

A UNILEVERverde e amarela

Goiãnia (GO) – Alimentos

Recife (PE) – HPC e Kibon

Igarassu (PE) – HPC

Garanhuns (PE) – Alimentos

Pouso Alegre (MG) – Alimentos

Patos de Minas (MG) – Alimentos

Mogi-Guaçu (SP) – Alimentos

Vinhedo (SP) – HPC

São Paulo (SP) – Kibon

Indaiatuba (SP) – HPC

Itatiba (SP) – HPC

Valinhos (SP) – Alimentos e HPC

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William Lever não viveu para comemorar o acordo

anglo-saxão que deu origem à Unilever em 1929 e

acompanhar a instalação de mais um braço da

companhia que fundara, a Irmãos Lever, na cidade

de São Paulo (SP), num distante e promissor país

chamado Brasil. Os primeiros lotes de Sunlight e

Flocos Lux que chegaram aos consumidores

brasileiros eram importados, mas em poucos

meses começou a fabricação nacional desses pro-

dutos na fábrica de Vila Anastácio, bairro que fica-

va a 12 km do centro de São Paulo.

Por décadas, a trajetória brasileira da empresa foi

marcada por acirrada competição com a

Companhia Gessy Industrial, do italiano José

Milani & Cia., que tinha como carro-chefe o

sabonete Gessy. Em 1960, um acordo uniu as

empresas e surgiu assim as Indústrias Gessy Lever.

Produtos inovadores, como Rinso, OMO e os

sabonetes Lux, Lever e Lifebuoy, construíram a li-

derança da empresa nos segmentos de limpeza

doméstica e higiene pessoal.

A inauguração da fábrica de margarina cremosa

Doriana, em Valinhos/SP, marca a entrada das

Indústrias Gessy Lever no mercado de alimentos,

seguindo a estratégia da Unilever mundial. Para

crescer nesse segmento, o Grupo inicia uma série

de aquisições: a Alnasa, que fabricava os sorvetes

Gelato, em 1973; a Anderson Clayton S/A, que

produzia a gordura vegetal Saúde, em 1986; a

Cica, com seus produtos à base de tomates, em

1993; a líder de sorvetes Kibon, em 1997. Com a

aquisição mundial da Bestfoods, em 2000, são

incorporadas marcas das Refinações de Milho

Brasil, como a Maizena, o óleo de milho Mazola e

a maionese Hellmann’s, além dos caldos Knorr e

do portfólio Arisco.

Em linha com a Unilever mundial e com duas

grandes frentes de atuação – alimentos e higiene

e beleza – a Gessy Lever assume em 2001 a iden-

tidade corporativa internacional e nasce assim a

Unilever Brasil. A reorganização mundial determi-

na ainda a implementação da divisão de sorvetes

que fica a cargo da Kibon. O próximo passo foi

reunir os produtos voltados para o segmento de

restaurantes e preparação de refeições fora de

casa – na divisão Unilever Foodsolutions –, um

desafio lançado em 2002 e consolidado em 2003.

A Unilever Brasil chegou ao final de 2003 com 15

unidades operacionais instaladas nos Estados de

Goiás, Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo,

responsáveis pela produção de 50, das 400 marcas

globais. Em relação a 2002, a distribuição da empre-

sa no mapa do Brasil foi alterada com a transferên-

cia das operações da unidade de Vespasiano/MG

para Indaiatuba/SP ( mais informações na pág. 49).

Em 2003, o faturamento bruto consolidado da

Unilever foi de R$ 8.087.449,00, com um acrésci-

mo de 9% em relação ao ano anterior. Esse valor

representou 5% do faturamento da Unilever glo-

bal e 50% da América Latina. A empresa chegou ao

final de 2003 com 13.175 funcionários (redução de

5% em relação a 2003). Desse total, 22% são mu-

lheres, 50% estão na faixa de idade entre 26/35

anos e 45% têm de um a cinco anos de empresa.

A Unilever Brasil recolheu aos cofres públicos, na forma

de impostos e contribuições, R$ 1.330.969.000,00. Os

investimentos em programas e ações sociais tota-

lizaram R$ 13.326.000,00.

1929: a Unilever é criada, resul-

tado da fusão entre a fábrica de

sabão inglesa Lever Brothers e a

fábrica de margarina holandesa

Margarine Unie

1930: a Irmãos Lever inaugura

sua primeira fábrica na capital

paulista, no bairro de Vila

Anastácio, e passa a produzir o

sabão Sunlight no País

1932: a Irmãos Lever lança no

mercado brasileiro o sabonete

Lever, com o mesmo perfil do

europeu Lux

1936: lançados os sabonetes

Carnaval e Lifebuoy

1944: a Irmãos Lever assume a

administração da S/A Perfumaria J. E.

Atkinsons

1953: a Irmãos Lever lança Rinso, o

primeiro sabão em pó brasileiro

1957: a Irmãos Lever lança o primeiro

detergente em pó OMO

1960: Irmãos Lever adquire a

Companhia Gessy Industrial e

nasce as Indústrias Gessy Lever

1962: lançado no Brasil o

primeiro xampu da Gessy Lever,

Vinólia, marca da Unilever já

consagrada em outros países e é

introduzido no mercado nacional

o creme dental Signal, o primeiro

com listras

1963: o sabonete Lever é

relançado com o nome Lux. É

lançado também o sabonete

Rexona, cuja marca desenvolve-

ria uma linha de desodorantes

de grande sucesso no ano

seguinte

1968: os primeiros xampus da

marca Seda chegam ao mercado

Enquanto isso...

1950: é introduzida no mercado

brasileiro a margarina Claybom, pela

Anderson Clayton

1951: o nome da Kibon passa a ser assi-

natura da empresa

1958: inauguração da nova fábrica

Kibon em São Paulo/SP

Anos de 1950 Anos de 1960

Enquanto isso...

1929: a Perfumaria Atkinsons, con-

trolada pela Lever Brothers desde

o início do século XX, instala-se no

Rio de Janeiro

1930: a empresa Refinações de

Milho Brasil, pertencente à Corn

Products Company (CPC), abre sua

primeira fábrica em São Paulo para

produzir derivados de milho como

a Maizena

1932: a empresa José Milani & Cia.,

fundada em 1897, é transformada

em Companhia Gessy Industrial,

adotando o nome do sabonete, seu

produto de maior sucesso

1934: a empresa norte-americana

Anderson Clayton Company, que

atuava na produção de alimentos,

abre subsidiária no País

Enquanto isso...

1960: nasce a Caterplan, divisão

da Bestfoods dedicada ao merca-

do institucional atuando na

Europa e nos EUA

1961: lançamento dos primeiros

caldos e sopas Knorr no Brasil

1962: iniciada a fabricação da

maionese Hellmann's no País

1969: criação da marca Arisco

LINHA do tempo

Anos de 1930 Anos de 1940

Enquanto isso...

1941: na cidade paulista de Jundiaí/SP,

é fundada a Cica – Companhia

Industrial de Conservas Alimentícias –

empresa que introduziu o extrato de

tomate Elefante no País

1942: é fundada no Rio de Janeiro a

Companhia U.S., empresa norte-ameri-

cana produtora de sorvetes e anteces-

sora da Kibon, que lança as marcas

campeãs de venda Eski-bon e o picolé

Chicabon no País

1948: Anderson Clayton lança a marga-

rina Saúde

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1970: é inaugurada a fábrica

paulista de Valinhos, para pro-

dução de margarina.

• Criação da divisão Van den Bergh

e ingresso da Gessy Lever no mer-

cado de alimentos com o lança-

mento de Doriana, a primeira mar-

garina cremosa do mercado

brasileiro

1971: lançado Close Up, o primeiro

gel dental brasileiro

1973: lançamento da margarina

Becel, a primeira que traz o apelo à

saúde

1975: lançamento de Comfort, o

primeiro amaciante de roupas do

País

1976: a Gessy Lever lança Gradina,

linha de produtos destinados a

confeitarias, panificadoras, res-

taurantes e cozinhas industriais

1978: a Gessy Lever lança no país a

marca internacional de chás Lipton.

• Inauguração da fábrica de

Vinhedo que passou a manufatu-

rar os produtos de higiene pessoal

da Gessy Lever

1983: inaugurada a nova fábrica de

detergentes da Gessy Lever na cidade

paulista de Indaiatuba

1984: a empresa Henkel, fabricante

das marcas de detergente Viva,

Mago, Gigante Branco e Campeiro é

incorporada pela Gessy Lever

1985: lançamento nacional da marca

de desodorantes Axe

1986: incorporada pela Unilever a

indústria de cosméticos Pond's

1986: adquirida pela Gessy Lever a

empresa Anderson Clayton, produto-

ra da margarina Claybom e outros ali-

mentos, óleos vegetais, farelos e

rações para animais

1986: lançamento do sabão em pedra

Brilhante no mercado brasileiro

1990: lançamento de Dimension 2 em

1, o primeiro produto do mercado

composto por xampu e condicionador

1991: lançada a Doriana Light, pri-

meiro creme vegetal light do mercado

brasileiro

1992: lançado Dove, o primeiro

sabonete com ingredientes hidra-

tantes do mercado brasileiro

1993: adquirida pela Gessy Lever a Cica

– Companhia Industrial de Conservas

Alimentícias –, produtora de derivados

do tomate, doces e vegetais

1995: inauguração da fábrica de

detergentes em pó na cidade de Ves-

pasiano/MG

• Lançamento nacional do Lipton Ice Tea

1996: a Gessy Lever adquire a Diversey

Brasil, empresa de origem canadense

instalada no País desde 1956, dando

origem à DiverseyLever, que atua na

área de produtos, sistemas e serviços

para higiene industrial

• Lançamento do detergente Ala na

região Nordeste do país

• AdeS chega ao Brasil, importado da

Argentina. No ano seguinte, passa a

ser fabricado aqui

1997: inaugurada a fábrica da cidade

de Igarassu/PE, voltada à produção

de detergente em tablete e em pó da

marca Ala

• A Gessy Lever adquire a Kibon da

empresa Philip Morris e é inaugurada

a fábrica de Igarassu/PE

1999: inaugurada a fábrica da

Divisão Higiene e Beleza na cidade

de Recife/PE, voltada à produção de

xampus e desodorantes

1999: Kibon agrega em seu logotipo

um coração. O logotipo é o mesmo

em todos os países, alterando ape-

nas o nome da marca

• Inaugurada a fábrica de Rio

Verde/GO

Enquanto isso...

1986: Kibon é adquirida pela empresa

norte-americana Philip Morris

1982: a Refinações de Milho Brasil

entra no mercado foodservice brasileiro

iniciando as atividades da divisão

Caterplan, com linhas de produtos e

serviços implementadas com marcas

líderes como Hellmann's, Knorr,

Maizena e AdeS

Enquanto isso...

1997: a Refinações de Milho Brasil

passa a integrar o grupo norte-ameri-

cano Bestfoods, começando a fabricar

apenas produtos alimentícios e deixan-

do para a Corn Products Brasil o negó-

cio de ingredientes industriais.

2000: após a fusão com a Arisco

e o surgimento da RMB Ltda., a

Caterplan passa a atuar em outras

categorias como tomates, vege-

tais e azeite de oliva

• A Unilever incorpora o grupo

Bestfoods. Nesse mesmo ano, a

Bestfoods já havia incorporado a

Arisco, produtora de alimentos

fundada em 1969

2001: após a aquisição da

Bestfoods pela Unilever, a

Caterplan fica ainda maior, en-

globando as linhas de produtos

para este mercado da Van den

Bergh e da panificação Gradina.

O Centro de Informações e

Serviços ao Cliente é oficial-

mente chamado de CISC

2002: surge o novo nome UBF

Foodsolutions, a nova marca que

traz a sinergia entre a atuação da

Caterplan e Gradina, e que vem

para consolidar a posição da

empresa no mercado brasileiro.

• Inaugurada a Fábrica Dove –

Plataforma de Exportação para a

América Latina em Valinhos/SP

• Criação do Instituto Unilever

2003: união das marcas Knorr e

Cica

Enquanto isso...

1971: inauguração da Kibon Nordeste

1975: lançada a loção hidratante

Vasenol no mercado brasileiro, pela

empresa Pond's

Anos de 1990 Anos de 1970 Anos de 1980 Anos de 2000

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O cenário econômico continuou desafiador em 2003 e reduziu

o poder de compra do consumidor brasileiro. Não chegou,

porém, a comprometer as metas de crescimento da Unilever

Brasil que, alinhada à estratégia de inovação e de qualidade

para o consumidor, obteve resultado positivo, manteve sua

liderança e cresceu nas categorias nas quais atua.

Esse resultado foi possível porque a empresa continuou

com o foco na estratégia mundial “Caminho para o

Crescimento”, que traçou os rumos para o período de

2000/2004. A Unilever Alimentos, concentrou esforços nas

seis principais marcas de seu portfólio, além de aprimorar

os processos de melhoria contínua. Dessa forma, obteve

18% de crescimento.

A inovação foi o destaque em todas as divisões. A Unilever

Higiene e Beleza colocou no mercado 39 variantes de produ-

tos e o relançamento de Lux bateu recordes de market share.

Ao contrário do que fazia em anos anteriores, a Divisão de

Sorvetes Kibon surpreendeu os consumidores de todas as

faixas com novidades (30 no total) o ano todo, inclusive no

inverno. O cream Doriana foi a inovação lançada pela

Unilever Alimentos numa condição de preço diferenciada.

O primeiro ano de resultado positivo da Unilever

Foodsolutions e os sete pontos acrescentados à margem se

devem basicamente aos objetivos postos em ação: buscar a

aproximação com o operador, desenvolver soluções,

otimizar custos e trabalhar o alinhamento estratégico do

time. Nas demais divisões, a questão liderança foi também

objeto de atenção especial, bem como a preocupação de

estimular o trabalho em equipes e reduzir as complexidades.

O avanço das iniciativas em responsabilidade social é tam-

bém um dos destaques do ano como bem demonstra este

Relatório Socioambiental.

SUCESSOSe desaf ios de 2003

15

RECONHECIMENTO

Os resultados positivos garantidos pela

Unilever em 2003 podem ser medidos

pelo reconhecimento do mercado e dos

consumidores. O volume de vendas da

Unilever foi suficiente para mantê-la na

mesma colocação de 2002 – 26º lugar –

na pesquisa Exame As Melhores e

Maiores. Foi apontada ainda como a

maior empresa do País no segmento de

Higiene e Cosméticos.

No ranking As Empresas mais Admi-

radas no Brasil, iniciativa da revista

Carta Capital, a Unilever foi primeira

colocada na categoria Higiene e

Limpeza Doméstica. Ficou, ainda, em

segundo lugar nas categorias Alimen-

tos e Higiene, Perfumaria e Cosméticos.

No ranking geral, subiu seis posições

em relação a 2002 e garantiu o 11º

lugar.

A Pesquisa Top of Mind 2003 do

Instituto Datafolha apontou as marcas

OMO, Lux, Rexona, Kibon, Hellmann’s e

Doriana como campeãs em suas cate-

gorias. Na categoria Top do Top, o

destaque foi para OMO, como a marca

mais lembrada do País, posição em que

se mantém há dez anos. Gessy foi a

marca mais lembrada pelas pessoas

acima de 41 anos (Top Sênior);

Hellmann’s e Kibon como campeãs Top

Popular.

Na pesquisa Top 5 – Marcas mais

Confiáveis, conduzida pela revista

Seleções Reader’s Digest, em 2003,

destacaram-se Kibon e OMO. Doriana,

Dove, Seda e OMO também foram

reconhecidas como as mais confiáveis

em suas categorias.

O CAMINHO PARA O CRESCIMENTOPara aumentar a taxa anual de crescimento para 6%, a

Unilever lançou em 2000 a estratégia mundial “O Caminho

para o Crescimento”. Entre as diretrizes desafiadoras estão:

A UNILEVER ATUA NO BRASIL COM QUATRO DIVISÕES

UNILEVER HIGIENE E BELEZA

Higiene pessoal – Desodorantes, produtos para cabe-

lo, sabonetes líquidos e em barra

Limpeza doméstica – Detergente em pó, amaciantes,

limpadores

DIVISÃO DE SORVETES KIBON

Sorvetes

UNILEVER ALIMENTOS

Alimentos – Atomatados, caldos, maionese, catchup,

amido de milho, bebidas à base de soja

UNILEVER FOODSOLUTIONS

Produtos e serviços para restaurantes e food service

foco nas marcas: concentrar esforços e

recursos em 400 marcas, tornando-as fortes

e líderes

reconexão com o consumidor: descobrir o

que o consumidor deseja e satisfazer às suas

necessidades

simplificar: adotar procedimentos mais efi-

cazes no dia-a-dia, eliminar perdas, encurtar

caminhos de comunicação e outras ações

que deixem a complicação de lado

agilizar as operações, simplificando a forma

de aquisição, manufatura e distribuição dos

produtos e reduzindo complexidade e custos

desenvolver novos e pioneiros canais que

levem os produtos ao consumidor

cultura empreendedora: encarar os desafios

e atingir as metas

COMPROMISSO CORPORATIVO

CAPÍTULO 2

18

De acordo com o novo modelo de governança da

Unilever, a estrutura local, como é o caso do

Brasil, assumiu atribuições corporativas que

abrangem as quatro divisões e têm responsabili-

dade sobre a imagem da empresa e a qualidade

dos relacionamentos com seus diferentes públi-

cos. São elas: Mídia, Finanças (Planejamento

Tributário), Jurídico e Assuntos Corporativos.

A NOVA MISSÃO

A partir de 2004, a Unilever segue os rumos sina-

lizados pela nova missão Vitalidade e pela nova

identidade corporativa. A busca de um conceito

simples para uma empresa com um portfólio de

cerca de 400 marcas não foi uma tarefa fácil. Era

preciso capturar os valores e comportamentos liga-

dos à marca corporativa e conseguir expressar de

forma real “o que a empresa faz”.

O conceito “levar Vitalidade ao dia-a-dia” foi

A conclusão desse trabalho colocou a empresa

num novo patamar em que algumas discussões se

fizeram necessárias. Entre elas, a definição de

uma estrutura para o processo decisório e de um

modelo de governança corporativa.

A Unilever mundial tem dois presidentes do Conse-

lho de Administração que, em 2003, eram Antony

Burgmans e Niall Fitzgerald, e sedes em Londres

(Reino Unido) e Roterdã (Países Baixos). Sua estru-

tura formal estabelece comandos regionais que

seguem as diretrizes do modelo de gestão com três

processos (Cadeia de Suprimentos, Vendas e

Desenvolvimento de Marcas) e áreas de suporte

(Recursos Humanos, Jurídico, Financeiro, Tecnologia

da Informação e Assuntos Corporativos). Dentro de

cada regional, as companhias operacionais possuem

uma estrutura local com características individuais,

que respondem pela gestão operacional das fábricas

e se encarregam da ativação do mercado.

NOVOS

temposPARA A UNILEVER BRASIL, 2003 ABRE UM NOVO CICLO. FOI BASICA-

MENTE UM ANO DE CONSTRUÇÃO APÓS O PROCESSO DE FUSÕES E

AQUISIÇÕES INICIADO EM 1997, COM O OBJETIVO DE AMPLIAR AS

FRENTES DE ATUAÇÃO DA EMPRESA. OS IMPACTOS FORAM SUCES-

SIVOS E ATINGIRAM TODAS AS DIVISÕES. FOI NECESSÁRIA MUITA SI-

NERGIA PARA ESTABILIZAR PROCESSOS, INTEGRAR CULTURAS E

REORDENAR AS EQUIPES.

19

20

21

consagrado no final de 2003 em pesquisas com

consumidores, funcionários e formadores de

opinião. Um novo logo, com a mesma força do

“U” azul, foi desenvolvido para reforçar a mis-

são Vitalidade. Ele conta a história da Unilever

por meio de 25 ícones diferentes que represen-

tam suas marcas, as frentes de atuação e os

benefícios que a empresa entrega aos consumi-

dores e à sociedade.

Gradativamente, a nova identidade estará pre-

sente nas embalagens dos produtos e nas comu-

nicações com o consumidor. Ela vai mostrar a pre-

sença da Unilever Brasil nas marcas que fazem

parte do dia-a-dia dos consumidores brasileiros.

Grandes projetos com investimentos representa-

tivos começaram a ser implementados em 2003 e

mobilizaram o empenho dos funcionários da

Unilever Brasil. São as novas ferramentas de

gestão de processos, alinhadas com o objetivo

estratégico Simplificação, que visam unificar sis-

temas e promover a agilidade: o Projeto Harmonia

para a implementação do SAP; o Projeto Berlim 89

de unificação e sincronização da infra-estrutura

de logística; e o CRM (Customer Relation

Management) voltado para o relacionamento com

os clientes e a qualidade dos serviços.

22

A MISSÃO DA UNILEVER É LEVAR VITALI-

DADE PARA O DIA-A-DIA.

NÓS ATENDEMOS AS NECESSIDADES

DIÁRIAS DE NUTRIÇÃO, HIGIENE E CUIDA-

DOS PESSOAIS COM MARCAS QUE AJU-

DAM AS PESSOAS A SE SENTIREM BEM,

FICAREM BONITAS E APROVEITAREM

MAIS A VIDA.

NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS, ESTREITAMOS

NOSSO FOCO, NOS CONCENTRANDO EM

400 MARCAS LÍDERES.

ACHAMOS QUE CHEGOU A HORA DE REVISAR

NOSSA MISSÃO.

CONTINUAREMOS A OPERAR DE ACORDO

COM OS NOSSOS PRINCÍPIOS E ESTAMOS

EVOLUINDO PARA ENFRENTAR NOVOS

DESAFIOS.

ACREDITAMOS QUE MAIOR CLAREZA

SOBRE O QUE QUEREMOS REPRESENTAR

NOS POSICIONARÁ MELHOR PARA TERMOS

ÊXITO NOS ANOS VINDOUROS.

É UMA DECLARAÇÃO CLARA QUE IRÁ INSPI-

RAR E IMPULSIONAR NOSSO PORTFÓLIO,

NOSSA CULTURA E NOSSOS COMPROMIS-

SOS PARA COM AS COMUNIDADES E O

MEIO AMBIENTE.

Missão

23

Visão

A UNILEVER BRASIL SERÁ RECONHECI-

DA COMO UMA DAS EMPRESAS MAIS

ADMIRADAS, TANTO NO BRASIL COMO

DENTRO DA CORPORAÇÃO UNILEVER.

EM NOSSA INTEGRAÇÃO COM O MER-

CADO E A COMUNIDADE LOCAL BUS-

CAREMOS A EXCELÊNCIA EM TUDO O

QUE FIZERMOS.

ATINGIREMOS NOSSAS METAS DE

NEGÓCIOS POR MEIO DA IMPLEMEN-

TAÇÃO EXCEPCIONAL, NO BRASIL,

DAS ESTRATÉGIAS E POLÍTICAS COR-

PORATIVAS DEFINIDAS PELA UNILEVER

AMÉRICA LATINA. NOSSO FOCO

ESTARÁ NOS SEGUINTES PONTOS:

• SATISFAÇÃO DO CONSUMIDOR E DO CLIENTE

• CRESCER E ATINGIR AS METAS DE RESULTADO

• MOTIVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DAS PES-

SOAS, PARA QUE POSSAM ALCANÇAR PADRÕES

DE DESEMPENHO EXTRAORDINÁRIOS E TER

OPORTUNIDADES DE CARREIRA EM TODAS AS

UNIDADES DE NEGÓCIO DA EMPRESA NO

BRASIL E NA AMÉRICA LATINA

• “UNILEVERAGE” E SUPORTE ÀS EMPRESAS

DO GRUPO NO BRASIL

• RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA

24

ÉT ICA Etransparência

UMA INICIATIVA DE 2003 MERECE SER DESTACADA: A CAMPANHA DE

COMUNICAÇÃO SOBRE O CÓDIGO DE PRINCÍPIOS DE NEGÓCIOS,

DESENVOLVIDA COM O OBJETIVO DE DIVULGAR AS ATUALIZAÇÕES

FEITAS NO DOCUMENTO E A CRIAÇÃO DE UMA CENTRAL GLOBAL

(“ETHICS HOTLINE”) PARA ENCAMINHAMENTO DE SUSPEITAS DE

INFRAÇÕES AO CÓDIGO.

Por meio de dinâmicas especiais, os funcionários

da Unilever Brasil discutiram as questões-chave

que afetam a imagem da empresa. Foi distribuída

também a cartilha Trilha Certa, com orientações

práticas sobre situações que podem acontecer na

rotina de trabalho de qualquer pessoa e que

impliquem transgressão dessas regras. Todo o

material da campanha está disponível na

intranet, para reciclagem e treinamento de fun-

cionários novos.

Com esse mecanismo, a Unilever renovou mais

uma vez o seu compromisso social e promoveu

uma profunda reflexão sobre os padrões de con-

duta que preza e quer ver respeitados.

Para assegurar a mesma transparência nos rela-

cionamentos comerciais, foi iniciado também em

2003 um trabalho de divulgação e de esclareci-

mentos do código junto às empresas parceiras e

integrantes da cadeia de fornecimento.

25

PADRÃO DE CONDUTAConduzimos nossas operações com honestidade, integridade e abertura e

com respeito pelos direitos humanos e interesses de nossos funcionários.

Respeitamos também os interesses legítimos daqueles com quem mante-

mos relações.

OBEDIÊNCIA À LEIAs companhias da Unilever e seus funcionários estão obrigados a atuar em

conformidade com as leis e os regulamentos dos países nos quais operamos.

FUNCIONÁRIOSA Unilever está comprometida com a diversidade no ambiente de trabalho,

caracterizado por confiança e respeito mútuos, em que todos se sintam

responsáveis pelo desempenho e pela reputação de nossa empresa.

Recrutamos, empregamos e promovemos funcionários somente com

base nas qualificações e habilidades necessárias para o trabalho a ser

executado.

Estamos comprometidos a oferecer condições seguras e saudáveis de tra-

balho para todos os funcionários. Não utilizamos qualquer forma de traba-

lho forçado, compulsório ou infantil.

Estamos comprometidos a trabalhar junto com nossos funcionários para

desenvolver e enriquecer as capacidades e habilidades de cada indivíduo.

Respeitamos a dignidade do indivíduo e a liberdade dos funcionários de se

associarem livremente.

Mantemos boa comunicação com funcionários, por meio de informações

sobre a empresa e de procedimentos de consulta.

CONSUMIDORESA Unilever está comprometida com o fornecimento consistente de marcas de

produtos e serviços que ofereçam valor em termos de preço e qualidade, e

que sejam seguros em seu uso normal. Os produtos e serviços são rotula-

dos, anunciados e comunicados de forma precisa e correta.

ACIONISTASA Unilever conduz suas operações de acordo com princípios internacional-

mente aceitos de boa governança corporativa. Provemos informações con-

fiáveis, de forma regular e oportuna, sobre nossas atividades, estrutura,

situação financeira e desempenho para todos nossos acionistas.

PARCEIROS DE NEGÓCIOSA Unilever está comprometida com o estabelecimento de relacionamentos

que sejam mutuamente benéficos com nossos fornecedores, clientes e par-

ceiros de negócio.

Em nossas operações, esperamos que nossos parceiros sigam princípios de

negócio consistentes com os nossos.

ENVOLVIMENTO COM A COMUNIDADEA Unilever busca ser uma empresa cidadã de confiança e, como parte inte-

grante da sociedade, cumprir suas responsabilidades em relação às

sociedades e comunidades nas quais opera.

ATIVIDADES PÚBLICASAs companhias da Unilever são estimuladas a promover e defender seus

legítimos interesses de negócio.

A Unilever coopera com governos e outras organizações, diretamente ou por meio

de entidades, como associações de classe, no desenvolvimento de propostas de

leis ou outros regulamentos que possam afetar interesses legítimos do negócio.

A Unilever não apóia partidos políticos, nem contribui para o financiamento de

grupos cujas atividades visam promover interesses de partidos políticos.

MEIO AMBIENTEA Unilever está comprometida com a promoção de melhorias contínuas

na gestão do seu impacto ambiental e com o objetivo de longo prazo do

desenvolvimento sustentável.

A Unilever trabalha em parceria com outros para promover cuidados

ambientais, aumentar o entendimento de questões ambientais e dis-

seminar boas práticas.

INOVAÇÃORespeitamos as preocupações de nossos consumidores e da sociedade,

ao aplicarmos inovação científica com o objetivo de atender às necessi-

dades dos consumidores. Trabalhamos com sólida base científica, apli-

cando padrões rigorosos de segurança dos produtos.

CONCORRÊNCIAA Unilever acredita na concorrência vigorosa, mas leal, e apóia o desen-

volvimento de leis adequadas para regulamentá-la. As companhias e os

funcionários da Unilever conduzem suas operações em conformidade

tanto com os princípios da concorrência justa quanto com todas as nor-

mas aplicáveis.

INTEGRIDADE DE NEGÓCIOSA Unilever não dá, nem recebe subornos diretos ou indiretos, nem qual-

quer outra vantagem imprópria, visando ganhos financeiros ou de negó-

cios. Nenhum empregado pode oferecer, dar ou receber qualquer pre-

sente ou pagamento que seja, ou que possa ser interpretado como su-

borno. Qualquer solicitação ou oferta de suborno deve ser rejeitada de

imediato e reportada à administração.

Os registros contábeis e documentos da Unilever devem descrever com

precisão e refletir a natureza das transações subjacentes. Nenhuma

conta, fundo ou ativo, não revelada ou não registrada, deve ser esta-

belecida ou mantida.

CONFLITOS DE INTERESSETodos os funcionários da Unilever devem evitar atividades pessoais ou

interesses financeiros que possam constituir conflito de interesses para

com suas responsabilidades na empresa.

Funcionários da Unilever não devem buscar ganhos pessoais ou para

terceiros por meio do abuso de suas posições.

CONFORMIDADE – MONITORAMENTO – RELATÓRIOSA conformidade com esses princípios é um elemento essencial do

sucesso dos nossos negócios. Cabe ao Board da Unilever garantir que

esses princípios sejam comunicados, compreendidos e observados por

todos os funcionários.

A responsabilidade no dia-a-dia é delegada à Alta Administração das

regiões e das companhias operacionais. A Alta Administração será respon-

sável pela implementação desses princípios, se necessário por meio de

uma orientação mais detalhada e adaptada às necessidades locais.

A conformidade com esse código deve ser relatada de acordo com os pro-

cedimentos especificados pelos “Joint Secretaries”. O Board da Unilever

não criticará qualquer perda de negócio que seja conseqüência da aderên-

cia a esses princípios e a outras políticas e instruções obrigatórias.

O Board da Unilever espera que os funcionários comuniquem, para o

Board diretamente ou para a Alta Administração, quaisquer violações ou

suspeitas de violações desses princípios.

Foi prevista a possibilidade de que os funcionários possam relatar vio-

lações de forma confidencial, e nenhum empregado sofrerá em conse-

qüências de tal ação.

CÓDIGO DE PRINCÍPIOS DE NEGÓCIOS

RESPONSABIL IDADE

SOCIALCORPORATIVA

“ACREDITAMOS QUE A UNILEVER TEM A RESPONSABILIDADE DE NÃO SOMENTE

GERAR LUCROS PARA NOSSOS ACIONISTAS, MAS TAMBÉM DE INOVAR, DE CRIAR UM

NEGÓCIO SUSTENTÁVEL NO LONGO PRAZO PARA TODOS NOSSOS PÚBLICOS DE

INTERESSE. QUANDO FALAMOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA, NÃO

VEMOS UMA COISA DISTINTA E SEPARADA DO QUE FAZEMOS PARA A SOCIEDADE. É

INERENTE A TUDO QUE FAZEMOS. NÃO FALO APENAS DE FILANTROPIA VOLUNTÁRIA

OU DE INVESTIMENTO COMUNITÁRIO, EMBORA ESSES ASPECTOS SEJAM IMPOR-

TANTES. É O IMPACTO DE NOSSAS OPERAÇÕES E PRODUTOS, ALÉM DAS INTERAÇÕES

QUE TEMOS COM AS SOCIEDADES QUE SERVIMOS.”

27

A ResponsabildadeSocial Corporativa

acontece na interação do negócio

com a sociedade

ContribuiçõesVoluntárias*

Impacto dasoperações**

Impacto através da cadeia de

valor***

* Contribuições voluntárias institucionais e das marcas feitas à sociedade em geral, em parcerias com ONGs e governos (Marketing

Social, Investimento Social, Contribuições Filantrópicas) – para ler mais sobre o assunto ver em Comunidades

** As operações diretas do negócio se refletem na sociedade (um exemplo são os cuidados quanto aos impactos no meio ambiente)

*** Os impactos indiretos, mais amplos, acontecem na cadeia de fornecedores e clientes

Missão CorporativaCódigo de Princípios de Negócios

Valores

Ação eAprendizagem

Práticas e Comportamentosnos Negócios

Medir e DemonstrarDesempenho

OS PRINCÍPIOS DA ABORDAGEM DA UNILEVER NA PRÁTICA

RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA: A ABORDAGEM DA UNILEVER

(*) Tema da palestra: RSC – Reconstruindo a Confiança nos Negócios

Uma Perspectiva sobre Responsabilidade Corporativa no Século XXI

Mais informações sobre a série Palestrantes Destacados – www.london.edu

Esta declaração é de Niall Fitzgerald, um dos pre-

sidentes da Unilever global em 2003, e foi feita em

uma palestra (*) ministrada por ele, em outubro, na

London Business School, como parte da série

Palestrantes Destacados, evento anual da entidade

que reúne personalidades do mundo dos negócios,

da política e do setor acadêmico para compartilhar

idéias e perspectivas sobre questões atuais.

Ela expressa o compromisso da organização com a

responsabilidade de gerar um impacto social po-

sitivo nas comunidades onde ela está presente e à

sociedade em geral. Para Fitzgerald, o contexto

social no qual a Unilever e as organizações ope-

ram seus negócios neste início do século XXI é

incerto, complexo e dinâmico. Mas, para ser uma

cidadã corporativa, é preciso enfrentar os desa-

fios que se apresentam e garantir que a con-

tribuição seja positiva.

Para ele, a governança das operações, a

transparência e a diversidade são os aspectos que

norteiam o comportamento responsável da

Unilever no mundo, coerente com o seu sistema

múltiplo de negócios no qual as marcas são

globais, mas fabricadas no país ou região em que

são comercializadas, adaptadas para assegurar

que atendam às necessidades, às preferências e

ao poder aquisitivo dos consumidores locais.

“Somos um negócio descentralizado e nossos ge-

rentes possuem bastante autonomia para

tomarem as decisões certas para seus mercados

locais, respeitando a cultura e a sociedade. É isso

que impulsiona o nosso êxito”, completa.

Dessa forma, a Responsabilidade Social Corpo-

rativa faz parte da essência dos negócios da

Unilever. Está presente nas operações da organi-

zação e em toda a cadeia de valor; nas práticas

gerenciais e nos relacionamentos com seus dife-

rentes públicos: acionistas, funcionários, consu-

midores, clientes, fornecedores, comunidades e

sociedade em geral.

28

Ouvindo o consumidorCanais de atendimento ao consumidor

www.unilever.com.br/sac

Higiene e Beleza

Higiene Pessoal – 0800-7077512

Tinturas Seda Pro-Color – 0800-7074471

OMO On-Line – 0800-7071103

Limpeza Doméstica – 0800-7073553

[email protected]

Alimentos

AdeS – 0800-7070044

[email protected]

Lipton – 0800-8850101

Arisco – 0800-7013000

[email protected]

Maizena – 0800-7070088

[email protected]

Hellmann's – 0800-7079977

[email protected]

KnorrCica – 0800-7070077

[email protected]

www.knorrcica.com.br

Doriana – 0800-7079955

[email protected]

www.doriana.com.br

Becel – 0800-7070022

[email protected]

www.becel.com.br

Sorvetes

Kibon: 0800-707 9933

[email protected]

Foodsolutions

0800-11 7766

[email protected]

Ouvindo os funcionários

Com o objetivo de atender às demandas detectadas na

Pesquisa Global de Funcionários, realizada em 2002,

foram implementados em 2003 planos de ação corpora-

tivos e locais. Iniciativas de 2003:

Criação da Hot Line

Reformulação da Revista Encontro (bimestral)

Jornal eletrônico – BIS (Boletim Eletrônico Semanal)

Revista Sabor Latino – Unilever Foodsolutions

Ouvindo as Comunidades

Disque Conviver – Valinhos/SP

Comitê Municipal de Responsabilidade Social

Prefeitura de Valinhos/SP

Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba,

Capivari e Jundiaí

Valinhos e Vinhedo/SP

Comitê da Bacia do Rio Meia-Ponte

Goiânia/GO

Kibon

Programa Bom Vizinho

Linha Verde – Fone: (011) 5536-2080

OUVINDO e aprendendo

É NO RELACIONAMENTO DIÁRIO COM SEUS DIFERENTES PÚBLICOS E COM O

APRIMORAMENTO DAS PRÁTICAS DA GESTÃO QUE A UNILEVER CONSTRUIU E

MANTÉM SEUS PRINCÍPIOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA. EM

OUTRAS PALAVRAS, OUVINDO, RESPEITANDO AS MANIFESTAÇÕES DAS PESSOAS

E MELHORANDO CONTINUAMENTE A QUALIDADE DAS RELAÇÕES. A ABORDAGEM

REFLETE OS VALORES DA MISSÃO CORPORATIVA E OS PADRÕES DE CONDUTA

ESTABELECIDOS NO CÓDIGO DE PRINCÍPIOS DE NEGÓCIOS.

29

Ouvindo as organizações dasociedade civil organizada

A Unilever é signatária do Global Compact, pacto das

Organizações das Nações Unidas lançado em 1999 pelo

secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU),

Kofi Annan. O pacto propõe que as empresas adotem práti-

cas de respeito aos direitos humanos, aos direitos do tra-

balho e ao meio ambiente. No mês de junho de 2004, foi

acrescentado um princípio referente ao combate à cor-

rupção e ao suborno. Os projetos sociais da empresa (ver

no capítulo Comunidade e Ação Social) são iniciativas ali-

nhadas a esse compromisso global.

Com o objetivo de participar ativamente do desenvolvimen-

to de políticas públicas ligadas à regulamentação dos

setores econômicos que integra, a Unilever participa de enti-

dades setoriais, como Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT); Associação Brasileira das Indústrias de

Produtos de Limpeza e Afins (ABIPLA); Associação Brasileira

das Indústrias de Alimentação (ABIA); Associação Brasileira

das Indústrias de Produtos de Higiene, Perfumaria e

Cosmética (ABIHPEC), Associação Brasiileira da Indústria de

Sorvetes (ABIS) e outras.

Como associada da Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT), a Unilever marcou sua presença em

2003 no trabalho de elaboração de uma proposta de

norma brasileira de Responsabilidade Social. O objetivo

da iniciativa é estabelecer parâmetros mínimos para que

empresas e organizações possam gerenciar adequada-

mente os temas associados à Responsabilidade Social e

contribuir com o movimento mundial de formulação da

norma internacional.

As boas práticas e a experiência mundial e local da

Unilever e de outras empresas e instituições brasileiras

serviram de base para o documento que foi concluído no

final do primeiro semestre de 2004 e que, antes de ser

levado ao comitê internacional, será submetido ao

processo de consulta pública, de acordo com a regula-

mentação interna da ABNT.

Ouvindo o mercadoEm 2003, pelo quinto ano consecutivo, o desempenho

econômico, social e ambiental e a estratégia de cresci-

mento sustentável da Unilever garantiram a sua lide-

rança no segmento de alimentos no Dow Jones

Sustainability Indexes (DJSI), da Bolsa de Valores Norte-

Americana, uma das análises mais valorizadas pelo mer-

cado financeiro. Foi considerada também a melhor

empresa do setor e uma das mais seguras para investi-

mentos financeiros pelo FTSE4 Good Index Series.

Gerenciamento de Riscos e Crises

ECONÔMICO

0% 50% 100%

AMBIENTAL

SOCIAL

Performance em Eco-eficiência

0% 50% 100%

Média da Indústria

Unilever

Média da Melhor Empresa

Práticas Trabalhistas

0% 50% 100% Fonte: Dow Jones Sustainability Indexes

DESEMPENHO DA EMPRESA X MÉDIA DA INDÚSTRIA PARA CADA ÁREA

Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos

0% 50% 100%

Gerenciamento Ambiental

0% 50% 100%

Relações com Públicos de Interesse Externos

0% 50% 100%

30

O reconhecimento do mercado internacional

demonstra que a Unilever está no rumo certo.

Além de ratificar positivamente a política de

demonstrações financeiras e não-financeiras, va-

loriza a abordagem mundial do seu modelo de

Responsabilidade Social.

Para orientar as políticas corporativas de respon-

sabilidade social em todo o mundo, a Unilever tem

em Londres uma vice-presidência de Respon-

sabilidade Social Corporativa. As iniciativas são

conduzidas, porém, individualmente pelas com-

panhias operacionais com foco nas demandas e

expectativas locais.

Em linha com a diretriz global de aumento de siner-

gia, a Unilever Brasil consolidou em 2003 a estrutura

da diretoria de Assuntos Corporativos, aglutinando

os processos de Comunicação Externa, de Relações

Governamentais e Assuntos Regulatórios, e de

Responsabilidade Social e Ambiental Corporativa.

O Instituto Unilever confimou seus propósitos em

2003. Criado no ano anterior para apoiar, incentivar e

profissionalizar as ações sociais da empresa, a enti-

dade vem gradativamente assumindo suas atri-

buições, gerenciando diretamente diversas iniciati-

vas de investimento social de longo prazo e traba-

lhando com mais proximidade das marcas e de seus

projetos. A tendência sinaliza a conscientização cres-

cente da companhia sobre os aspectos abrangentes

da Responsabilidade Social Corporativa.

Nesse contexto, é preciso destacar ainda os principais

números da gestão financeira da empresa e demons-

trar a relação com os investimentos sociais realiza-

dos. Para a Unilever, as aplicações são relacionadas

ao negócio, mas devem necessariamente ter o caráter

de sustentabilidade e valorizar a abordagem global da

Responsabilidade Social Corporativa.

PRÁTICAScorporat ivas

INFORMAÇÕES CONSOLIDADAS BRASIL(Inclui: UL Brasil, BestFoods, ITB)Fonte: Report Carat + ContabilidadeValores em R$’000

Item 2003 2002 %

Faturamento Bruto (GSV) (*) 8.087.449 7.389.320 9%

Impostos s/vendas terceiros(*) 1.330.969 1.242.565 7%

nº de funcionários 13.175 13.797 -5%

Iniciativas das Marcas 607 54 1024%

Investimento Social 6.265 4.358 44%

Doações Assistenciais 6.454 9.274 -30%

Despesa com fundo de pensão 42.586 29.031 47%

Despesa com assistência médica de aposentados 4.359 4.568 -5%

Observações:(*) Apurado com base na legislação societária

Não inclui transações entre coligadas

31

À primeira vista, o conceito de Responsabilidade

Social Corporativa pode parecer complexo. O então

presidente da Unilever, Niall Fitzgerald, destacou

na palestra da London Business School que essa é

uma área abrangente, para a qual não existem

respostas certas ou erradas.

Envolve a própria postura da orga-

nização, passa pelas suas relações

comunitárias e chega até a neces-

sidade de promover o desenvolvi-

mento sustentável e de participar

da solução dos problemas. Às

vezes, as escolhas são difíceis,

pois as decisões dependem do julgamento e não de

fórmulas preestabelecidas.

Tudo pode ficar, porém, mais fácil quando percebe-

mos que a solução está em nós mesmos, cidadãos e

funcionários responsáveis, e nas empresas compro-

metidas com o desenvolvimento sustentável. Esse é

o conceito abordado na cartilha Responsabilidade

Social em Verso e Prosa, material informativo que

foi distribuído aos funcionários da Unilever Brasil

em 2003.

Com uma linguagem fácil e cheia de ilustrações co-

loridas e bem-humoradas, a cartilha foi desenvolvi-

da com o objetivo de divulgar a

visão da Unilever sobre Responsa-

bilidade Social Corporativa, dis-

seminar o conceito e promover a

conscientização.

Mas esse não foi o único canal de

comunicação criado para levar

informações sobre os avanços da

Responsabilidade Social na empresa. Na reformu-

lação gráfica e editorial da revista interna

Encontro, promovida no início de 2003, foi reser-

vado um espaço especial – a coluna Estação

Cidadania – para apresentar os projetos sociais da

organização e destacar principalmente a partici-

pação dos funcionários.

EM VERSO E PROSA

Para obter mais informações sobre Responsabilidade Social e Ambiental:

www.unilever.com.br

[email protected]

[email protected]

[email protected]

QUALIDADE DAS RELAÇÕES

CAPÍTULO 3

34

nidades, abertura e confiança e satisfação geral.

A divisão Higiene e Beleza implementou o progra-

ma de coaching e reformulou o programa de “cas-

cata” de informações das reuniões mensais com

a diretoria e de reuniões trimestrais abertas para

discussão de resultados e desenvolvimento de

negócios. A ação mais significativa foi a realiza-

ção, em novembro, do Fórum de Liderança – um

evento que reuniu, pela primeira vez, todos os

gerentes da divisão, para discutir estilos de lide-

rança e valores. Foram convidados também con-

sultores e líderes de diferentes segmentos, como

o chefe de cozinha Alex Atala; os ex-jogadores de

futebol e de basquete, respectivamente, Raí e

Paula, que se dedicam atualmente a projetos

sociais; Mara Gabrili, que lidera uma entidade

social; e Eduardo Ferreira de Paula, líder de uma

cooperativa de catadores de papel.

Durante o encontro, foi elaborado o conjunto de

valores que estabelecerão a forma com a qual as

lideranças querem trabalhar: Ousadia, Ação,

Foi por essa razão que, no decorrer de 2003,

diversas ações procuraram atender às demandas

específicas geradas pela Pesquisa Mundial de

Funcionários, realizada no ano anterior. Cerca de

10 mil funcionários das quatro divisões da

Unilever Brasil participaram do levantamento que

aconteceu no auge dos processos de fusão, como

o das áreas de Higiene e Beleza e das empresas

de alimentos Bestfoods e Van den Bergh. Entre os

bons resultados que posicionaram a empresa em

patamares de excelência, merece destaque a afir-

mação de que os funcionários têm orgulho em

fazer parte de uma organização ética e respon-

sável em relação ao meio ambiente.

Para tratar dos indicadores que ficaram abaixo

da média correspondente à norma de compara-

ção com empresas de alta performance, foram

desenvolvidos planos de ação por processos em

cada divisão e planos específicos para segmen-

tos, relacionados basicamente com quatro

aspectos: liderança, desenvolvimento e oportu-

PÚBLICO

internoINVESTIR NA QUALIDADE DO RELACIONAMENTO COM OS FUN-

CIONÁRIOS É UMA DIRETRIZ GLOBAL QUE ESTÁ EXPRESSA NO

CÓDIGO DE PRINCÍPIOS DE NEGÓCIOS DA UNILEVER. O ESTÍMULO AO

DESENVOLVIMENTO E DESEMPENHO PROFISSIONAIS É UMA RESPON-

SABILIDADE COMPARTILHADA E ALINHADA ÀS METAS DE CRESCI-

MENTO DA EMPRESA, QUE SÃO BASTANTE DESAFIADORAS.

35

Realização, Confiança e Cidadania. Cada partici-

pante do encontro produziu um documento com

os seus compromissos, que foi reproduzido e

distribuído para os funcionários de sua equipe.

O plano continua em 2004 com uma campanha

de divulgação dos valores da divisão.

O Projeto Germinar é outra iniciativa desenvolvi-

da pela gerência nacional de recursos humanos,

abrangendo todas as divisões e que tem a

preocupação de promover a valorização das pes-

soas e de tratar aspectos mais específicos, como

oportunidades de carreira e dúvidas sobre políti-

cas e critérios. Consiste num programa interno

de capacitação de futuros gerentes composto de

módulos e aberto aos funcionários de todas as

áreas da companhia, que são identificados pelas

ferramentas de avaliação. Da primeira turma de

30 funcionários, cinco chegaram ao final do pro-

grama já promovidos à função de gerentes.

Na Pesquisa Mundial de Funcionários, os fun-

cionários da Unilever Alimentos destacaram o

empenho da organização na integração das

equipes e a consolidação da divisão. Um dos

pontos frágeis levantados foi a necessidade de

dar mais clareza às estratégias da divisão e de

mostrar como elas estavam ligadas à estratégia

“Caminhos para o Crescimento”.

Além da tradicional reunião que acontece no iní-

cio do ano, onde são apresentados os resultados

obtidos e a metas (GULA – Grupo Unilever de

36

37

Liderança e Ação), a área de Recursos Humanos

da Unilever Alimentos promoveu reuniões de

resultados trimestrais, com desdobramentos

para as fábricas, e uma grande festa para cele-

brar os bons resultados finais de 2003. Com o

objetivo de aproximar funcionários e diretoria,

foram realizados visitas regulares às fábricas

(site tours) e cafés da manhã com a presidência.

Reuniões mensais de resultados também foram a

ferramenta utilizada pela Unilever Foodsolutions

para divulgar a estratégia de negócios e os indi-

cadores de performance, respondendo assim à

demanda gerada pela Pesquisa Mundial de

Funcionários. Ainda com relação à comunicação,

a divisão lançou a revista Sabor Latino e imple-

mentou o Boletim de Resultados via intranet.

Para atender às solicitações referentes a desen-

volvimento pessoal e profissional, foi promovido

um treinamento exclusivo com 100% de partici-

pação, no Plano de Desenvolvimento de

Performance (PDP), a ferramenta oficial adotada

pela Unilever. O resultado foi o aumento de 50%

no número de horas de treinamento dos fun-

cionários, tanto do campo como do escritório.

Para a equipe de Vendas, foi desenvolvido o

treinamento À la Carte.

Na Divisão de Sorvetes Kibon, a pesquisa foi

realizada apenas com os funcionários do nível

gerencial. Os planos de ação seguiram as dire-

trizes nacionais, como foco na estruturação da

área de comunicação interna para aproximar as

pessoas da estratégia de negócio da divisão e

implementação do PDP.

Na troca de turno, o sorvete faz parte do lanche dos fun-

cionários que trabalham na Kibon

38

fábrica de São Paulo. Desde janeiro de 2003, desen-

volve também o Projeto Integrar, que visa reintegrar

ao trabalho funcionários afastados por problemas

de saúde, mas com quadro clínico estável, aposen-

tados por idade e deficientes físicos.

Na Unilever Alimentos, a questão Diversidade

também avançou com o Projeto Bem-me-quer,

desenvolvido nas cidades de Pouso Alegre/MG e

Goiânia/GO. Com o objetivo de movimentar um

banco de dados e identificar competências de

pessoas deficientes dessas duas regiões, a

divisão patrocinou a realização de oficinas de

capacitação para o trabalho e o emprego. A

questão mostrou-se bastante complexa porque

dos 115 participantes, apenas 17 foram seleciona-

dos para admissão na empresa. A maior parte

desse grupo foi encaminhada para programas

internos de escolaridade, visando à conclusão do

nível médio, condição obrigatória para a Unilever.

Ainda que a meta da empresa – admissão de 240

deficientes – permaneça em aberto, a realização

das oficinas contribuiu para preparar as pessoas

inscritas para o mercado em geral.

O terceiro pilar do programa Diversidade é voltado

para incentivar o aumento de mulheres em cargos

de comando. A questão envolve a gestão da car-

reira e se apóia nas opções de flexibilização do

trabalho e de respeito às necessidades específi-

cas propostas pelos projetos Feel Good, da

Unilever Higiene e Beleza, e Vivendo Bem, da

Unilever Alimentos.

DESENVOLVIMENTO E OPORTUNIDADEEm 2003, o Plano de Desenvolvimento de

Performance (PDP) tornou-se mais abrangente e

foi estendido para os níveis não-gerenciais, como

DIVERSIDADEPara a Unilever, diversidade é inclusão, respeito às

diferenças e oportunidade de criar e crescer. Este é

um conceito abrangente que vai muito além de

aspectos como raça ou nacionalidade. Não é um

simples programa, mas uma forma de ver as coisas,

essencial para o futuro e para o sucesso da Unilever.

O tema ganha mais força a cada dia e uma vice-

presidência global foi criada para inspirar iniciati-

vas que desenvolvam o objetivo de criar um

ambiente de trabalho onde esses valores sejam

compartilhados. Os primeiros diagnósticos foram

formulados a partir do Diversity Checklist, avaliação

realizada pela intranet, apresentada aos gestores

em todo o mundo em 2002.

Assim como está presente na relação com os con-

sumidores, gerando produtos específicos para

atender às necessidades diversificadas, o con-

ceito “Diversidade” deve ser aplicado também nas

necessidades individuais dos funcionários. Na

Unilever Brasil, a meta lançada em 2003 foi trazer

para suas equipes a mesma diversidade existente

entre os consumidores e tornar o conceito pre-

sente no modo como a empresa trabalha.

A estratégia brasileira para Diversidade foi definida

sob três pilares. O projeto Inclusão social, com

duração de cinco anos, visa apoiar a formação de

jovens de baixa renda até a conclusão do curso uni-

versitário, complementando sua preparação. Eles

serão acompanhados pelos trainees da empresa até a

integração como estagiários e, possivelmente, como

funcionários após concluírem os cursos universitários.

A Unilever iniciou também um projeto para

inclusão de deficientes com o objetivo mais

abrangente do que o simples cumprimento da le-

gislação. Nessa linha, a Kibon, já tem tradição na

admissão de deficientes auditivos – são 32 na

39

Diversidade 2001 2002 2003

Experiência Internacional

Número de expatriados trabalhando no Brasil 64 51 60

Número de expatriados trabalhando no exterior 45 43 57

% de mulheres em relação ao total de funcionários 20,7 21,9 22,0

% de mulheres em cargo de gerência em relação ao

total de cargos de gerência 31,9 34,4 36,1

% de mulheres em cargo de diretoria em relação ao

total de cargos de diretoria 5,8 7,7 3,4

% de mulheres negras e pardas em relação ao total

de funcionários 1,3 2,0 1,8

% de homens negros e pardos em relação ao total

de funcionários 7,1 9,1 9,8

% de pessoas acima de 45 anos em relação ao total de funcionários 9,7 9,5 8,5

% de pessoas acima de 45 anos em cargo de gerência em relação

ao total de cargos de gerência 18,1 15,6 10,6

% de pessoas acima de 45 anos em cargo de diretoria em relação

ao total de cargos de diretoria 51,9 44,2 41,4

Tempo de casa

Faixa etária

Grupo étnico

Perfil dos Funcionários

Menos de 1 ano

De 1 a 5 anos

De 6 a 10 anos

Acima de 10 anos

Indígena (0,05%)

Branca

Preta

Amarela

Parda

Não informado

Analfabetos (0,03%)

Primário incompleto

Primário completo

Ginásio incompleto

Ginásio completo

2º grau incompleto

2º grau completo

Universitário incompleto

Universitário completo

Até 25 anos

De 26 a 35 anos

De 36 a 45 anos

Acima de 45 anos

45,8%

25,6%

22,0%

6,4%60,9%

11,3%

45,6%

6,6%

7,3%

5,3%

2,5%1,2%

19,9%

26,8%

1,8%

9,7%

0,5%

20,7%

50,2%21,5%

7,5%

Escolaridade

40

Cada vez mais abrangente, o Plano

de Desenvolvimento e Performance

é o instrumento de valorização dos

funcionários

Os programas de treinamento fo-

cam o desenvolvimento de habili-

dades e competências. Para apoiar

o ingresso de jovens no mercado de

trabalho, a Unilever mantém pro-

gramas de trainees e de estágios

(foto ao lado)

41

os funcionários administrativos e de campo, o

chamado Work Level 1. O processo ajuda o fun-

cionário a traçar para si, em conjunto com o seu

superior imediato, um plano de desenvolvimento

profissional, após avaliação do desempenho.

Prevê análise de habilidades e conhecimentos

necessários para a realização das atividades

profissionais; as competências ou os comporta-

mentos identificados para levar o funcionário a

atingir alvos; o plano de desenvolvimento com

ações de aprendizagem e de treinamento; e vincu-

lação dos resultados alcançados ao Programa de

Participação dos Resultados (PPR). Em 2003, 100%

dos funcionários foram beneficiados com o PPR.

Para o desenvolvimento da Cultura Empreen-

dedora, parte da estratégia Caminhos para o

Crescimento, novos princípios de remuneração

vêm sendo adotados e graduados para os vários

níveis organizacionais. A nova abordagem oferece

a possibilidade de aumentos salariais superiores

quando a relação entre performance e potencial

for diferenciada.

Como incentivo ao crescimento profissional e à

descoberta de novos talentos, as oportunidades

internas de trabalho são direcionadas para o

Open Job Posting, processo que divulga as vagas

abertas em murais, em mensagens eletrônicas e

na intranet. Em 2003, 65% das vagas foram

preenchidas dessa forma. As ações relacionadas

com a retenção de talentos foram bem-sucedidas

e promoveram uma redução da taxa de turnover

de 13%, em 2002, para 11%, em 2003.

Para apoiar o ingresso de jovens no mercado de

trabalho, a Unilever mantém programas de está-

gios e de trainees. O programa de trainees da

Unilever é um dos mais bem avaliados pelo mer-

cado e recebeu, em 2003, um total de 23 mil

inscrições para as 41 vagas que foram oferecidas.

O número anual de vagas para estagiários gira em

torno de 100.

A Unilever estimula a gestão participativa e o

envolvimento dos funcionários em todas as

unidades. Estruturas enxutas, comunicação clara

sobre os objetivos estratégicos de cada fábrica e

autonomia para planejar a produção garantem a

agilidade das decisões. A utilização da metodolo-

gia Total Perfeição na Manufatura (TPM) tornou-se

referência na Unilever Brasil.

Na fábrica de Vinhedo/SP, que comemorou 25

anos de atividades em 2003 e onde são produzi-

das as linhas para cabelo Seda, dos sabonetes

líquidos Dove e Lux e dos desodorantes roll on,

42

entre outros produtos, os 300 funcionários parti-

cipam das reuniões semanais do Programa Aberto

para Ouvir, ou PAPOs como são chamadas. O obje-

tivo do PAPO é discutir casos selecionados e

questões da operação diretamente com o time de

gerentes. Dessa forma, foram promovidas mu-

danças na forma de trabalho, trocas de função e

atendidas solicitações como o uso do clube dos

funcionários da unidade de Valinhos/SP, cidade

que fica bem próxima a Vinhedo.

Os programas de treinamento são amplos e

abrangem desde o nível de escolaridade básica exigi-

do pela empresa até o desenvolvimento de habili-

dades para níveis de gerência e de diretoria, passan-

do pelo aprimoramento constante das condições de

segurança. Nas fábricas, uma das maiores demandas

é na área de informática. Os cursos são desenvolvi-

dos em parcerias com escolas locais e oferecidos

também para filhos de funcionários.

Os cursos e treinamentos estão disponíveis na

intranet e todas as unidades contam com um

Centro de Aprendizagem, espaço onde os fun-

cionários têm acesso a programas e materiais em

vários formatos com conteúdos variados. Para

estimular a troca de experiências e de conheci-

mentos, a intranet oferece um campo apropriado,

que é o Banco de Conhecimentos.

No quadro Desenvolvimento Profissional, a elimi-

nação do índice de analfabetismo é meta que fica

para 2004. Apenas 4, entre

mais de 13 mil funcionários,

estão presentes nesse indi-

cador e foram encaminhados,

durante o ano, para progra-

mas especiais de qualificação

em ensino básico.

Por outro lado, o Projeto

Crescer, voltado para o desenvolvimento escolar

dos funcionários da fábrica de Goiânia/GO, for-

mou sua primeira turma de Ensino Médio em 2003

e tem uma lista à espera de vagas de 400 pessoas.

AMBIENTE DE TRABALHOEm todas as fábricas e escritórios da Unilever

Brasil, a questão qualidade de vida é fundamen-

tal. Na Unilever Alimentos, o tradicional programa

Vivendo Bem foi complementado, em 2003, com o

Fazendo Bem, voltado para responsabilidade

social, mais uma ação gerada pela Pesquisa

Mundial de Funcionários.

Criado com o objetivo de harmonizar o clima interno

que passava por várias mudanças com a fusão das

empresas, o Vivendo Bem foi remodelado na con-

solidação da divisão em 2002. Os objetivos do pro-

grama são: promover a saúde e o bem-estar; esti-

mular a integração entre as áreas e tornar o am-

biente de trabalho prazeroso. Estabelece pausas no

trabalho para café da manhã e distribuição de frutas

à tarde; coral; sessões de shiatsu; assessoria para

condicionamento físico e esportes em academias; e

ginástica laboral no local de trabalho.

Outras frentes do programa abrangem a flexibi-

lização do trabalho, com dia e horários livres acor-

dados com a chefia, e ações como remanejamento

de layout de áreas, roupa casual e celebrações.

No Vivendo Bem Fazendo Bem, foram incorporados

os programas Diversidade,

Conscientização Social, Doa-

ções e Educação Alimentar,

que envolve a participação de

funcionários voluntários do

escritório central e das fábri-

cas (ver pág. 84).

Também em resposta a uma

43

Desenvolvimento profissional e empregabilidade 2001 2002 2003

% de analfabetos na força de trabalho 0,79 0,70 0,10

Quantidade de horas de desenvolvimento profissional por funcionário, por ano 34 36 54,7

Quantidade de horas de treinamento por funcionário de nível de produção, por ano 34 34 58

Quantidade de horas de treinamento por funcionário de nível administrativo, por ano 34 34 54

Quantidade de horas de treinamento por funcionário de nível gerencial, por ano 38 75 46,5

Quantidade de horas de treinamento por funcionário de nível de diretoria, por ano 8 18 10,13

Funcionários recebendo treinamento no exterior 170 128 203

% de funcionários demitidos em razão de reestruturação* 2,4 2,5 3,8

Quantidade de funcionários em licença para atividades sindicais no sindicato 4 4 7

Quantidade de funcionários com mandato sindical ativos na empresa 39 27 40

Dias de trabalho perdidos devido a greves 0 0 0

Salários e benefícios 2001 2002 2003

Divisão do menor salário da companhia na região metropolitana

de São Paulo pelo salário mínimo vigente em 31/12 2,28 2,18 2,08

Dependentes cobertos por assistência médica 23.176 20.665 22.696

Saúde e segurança no trabalho 2001 2002 2003

Média anual de acidentes de trabalho por funcionários 0,071 0,062 0,054

% de sites auditados por SHE 35 69 100

Total de acidentes com afastamento 113 27 39

Total de acidentes sem afastamento 999* 819 687

* Derivado das novas aquisições da Divisão Alimentos

* Número de funcionários demitidos foi decorrente da transferência das operações

da unidade de Vespasiano/MG para Indaiatuba/SP

Atração e retenção de funcionários 2001 2002 2003

Turnover 9,0% 13,0% 11,0%

Número de candidatos ao Programa de Trainee

por vaga oferecida 352 471 561

% de preenchimento de vagas através do job posting ND 75 65

Liberdade de associação 2001 2002 2003

Média nacional de força de trabalho sindicalizada 11,80% 12,30% 15,22%

Quantidade de funcionários em licença para atividades sindicais no sindicato 4 4 7

Quantidade de funcionários com mandato sindical ativos na empresa 39 27 40

Dias de trabalho perdidos devido a greves 0 0 0

44

Campanhas educativas, ginástica laboral, cuidados com a alimentação:

ações que promovem a qualidade de vida no trabalho

45

demanda da Pesquisa Mundial de Funcio-

nários, o programa Feel Good, da Unilever

Higiene e Beleza, ganhou um desdobramento

focado em flexibilização do trabalho: o Feel

Free. As propostas são voltadas às necessi-

dades específicas dos funcionários, como

horários alternativos para atividades comple-

mentares; afastamentos por até três anos

para estudos; trabalho em casa para fun-

cionárias que deram à luz após o período de

licença determinada por lei; dia livre no dia

do aniversário e compensação das tardes de

sextas-feiras.

Na fábrica de Valinhos/SP, a unidade mais anti-

ga da Unilever Brasil, mas com tecnologia de

ponta para fabricar os sabonetes Lux e Dove,

qualidade de vida é um dos pilares do

Conviver, projeto pioneiro da unidade que foi

implementado para conduzir o relacionamento

com a comunidade e ganhou nova dimensão

em 2003, abarcando o relacionamento com

todos os públicos de interesse.

A Divisão de Sorvetes Kibon mantém em São

Paulo, há mais de 40 anos, um berçário para

filhos de funcionários que faz parte da história

da empresa e está presente em álbuns de

fotografia de várias famílias. Fábio Gomes,

atual analista de TPM, é um dos funcionários

que passou o seu primeiro ano de vida nas

instalações da Kibon, enquanto a sua mãe tra-

balhava na fábrica.

Na área de benefícios, o grande destaque de

2003 foi o lançamento do Plano UnileverPrev,

em sintonia com o Código de Princípios de

Negócios, que determina, entre outras

questões, o respeito aos direitos humanos e

aos interesses dos funcionários.

Foi desenhado como um plano de Previdência

complementar, com o objetivo de reduzir a

eventual defasagem entre o salário recebido

na empresa e o benefício da aposentadoria

pago pela Previdência Social. O plano é

democrático e obteve a adesão de 95% dos

funcionários, contando com a participação de

12.475 funcionários.

O fundo é formado pela contribuição do fun-

cionário em desconto na folha de pagamentos

e pela contribuição do mesmo valor deposita-

do pela empresa. O dinheiro será investido ao

longo do tempo e o benefício começará a ser

pago a partir dos 55 anos, no momento em que

o funcionário se aposentar.

AMBIENTE SEGURO E SAUDÁVELCampanhas educativas e intenso trabalho pre-

ventivo são princípios dos padrões globais de

saúde, segurança, meio ambiente implementa-

dos em todas as unidades da Unilever. Os sis-

temas são integrados e visam a identificação e

o controle permanente dos riscos e a melhoria

constante da performance. Passam por audito-

rias internas periódicas e, conforme as necessi-

dades do negócio, são certificados pelas nor-

mas NBR ISO 9001:2000 de Qualidade ou 14 001

de Meio Ambiente.

A unidade da Unilever Higiene e Beleza de

Recife/PE foi o destaque de 2003 na área de

segurança, com a conquista do Prêmio Mundial

de Segurança, a primeira da América Latina a

receber esse significativo reconhecimento inter-

no. Além dos indicadores excepcionais, como a

ausência de acidentes restritivos ou fatais desde

o início da operação, a boa aplicação do sistema

e o comprometimento dos funcionários foram os

46

Em todas as unidades, os padrões globais de segurança

fazem parte do dia-a-dia das equipes

47

Trabalhar nas câmaras

frias da Kibon significa

enfrentar temperaturas

baixas que vão de -26°

a -36°C. Os funcioná-

rios recebem treina-

mento especial sobre

os procedimentos e

equipamentos de pro-

teção individual (EPIs)

que a função exige. Passam por exames periódi-

cos semestrais, ao contrário das demais equipes

que são avaliadas uma vez por ano. A eficiência

dos controles pode ser demonstrada, por exem-

plo, pelo baixo índice de patologia respiratória

que o grupo apresenta.

Em 2001, a área de saúde ocupacional detectou

um número elevado de casos de dermatoses cau-

sadas por fungos nas mãos e nos pés. Novos pro-

cedimentos aperfeiçoaram o sistema de higieniza-

ção dos equipamentos: as roupas e meias pas-

saram a ser lavadas por uma lavanderia especiali-

zada e os funcionários foram orientados a secar

corretamente os pés, além de receberem trata-

mento médico adequado.

Em 2003, a área de saúde ocupacional identificou

um problema novo no perfil de saúde do grupo de

camaristas: o índice de colesterol acima do nível

recomendável. A análise do problema detectou o

que a equipe do refeitório já sabia: os camaristas

têm mais apetite e apresentam uma tendência a

consumir mais carboidrato e gorduras, para com-

pensar o gasto de energia no frio das câmaras.

A educação alimentar é agora o ponto de atenção

da área de saúde ocupacional da Kibon, que acu-

mula uma experiência pioneira na questão, pois a

legislação brasileira tem poucas referências sobre

o trabalho em temperatura baixa.

NAS CÂMARAS FRIASaspectos que garantiram a conquista inédita.

Ainda no Recife, a fábrica da Kibon foi

responsável pelo desenvolvimento de um

programa especial para os funcionários

que utilizam motocicletas para fazer a dis-

tribuição de produtos. O programa Direção

Defensiva, por sua vez, implementado ini-

cialmente para funcionários da área de

vendas, começou a ser levado a todos os

funcionários que utilizam carro a serviço

da empresa.

Em 2003, a área de saúde ocupacional foi

organizada numa plataforma corporativa

que recebeu o nome de Saúde Integral.

Além de consolidar as iniciativas bem-suce-

didas de promoção de saúde, ela é mais

abrangente e inclui ações que visam o equi-

líbrio e a felicidade das pessoas que traba-

lham na empresa. Uma das iniciativas é o

programa de conscientização sobre AIDS.

A Unilever é uma das fundadoras do

Conselho Empresarial Nacional em HIV/AIDS,

criado em 1998 pelo Ministério da Saúde, e

um dos desdobramentos do programa é o

projeto Arrastão da Saúde que, desde 1999,

envolve funcionários voluntários na dis-

tribuição de kits informativos sobre as

doenças nas praias do Recife (ver pág. 91).

A integração da unidade de Goiânia

(Unilever Alimentos) ainda está em curso

com a implementação de programas em

todas as áreas e que já garantiram um

impacto positivo nas mudanças culturais

que se fizeram necessárias. Com um total de

67 horas/homem, o maior índice de treinamen-

to da companhia no ano, os resultados obtidos

em 2003 garantiram maior confiabilidade da

48

planta, redução do número de acidentes de 62 em

2002, para 3, em 2003.

A Divisão de Sorvetes Kibon deu continuidade em

2003 ao programa Despertar. É uma iniciativa pioneira

e bem-sucedida de atendimento a funcionários ou

familiares com problemas de dependência química.

COMUNICAÇÃOA revista corporativa Encontro existe há mais de

três décadas e passou por uma total reformulação

em 2003. Além do novo projeto gráfico, a publi-

cação conta com uma equipe editorial formada

por representantes das quatro divisões da

Unilever Brasil. Um time de comunicação formado

por representantes de todas as áreas garante o

fluxo de informações de baixo para cima.

A Unilever Higiene e Beleza lançou também o jor-

nal eletrônico semanal BIS (Boletim Informativo

Semanal), que pode ser acessado pelos fun-

cionários de todos os escritórios e fábricas, nos

terminais das células de trabalho. As reportagens

e os avisos são reproduzidos nos jornais murais

que existem em todas as unidades. O jornal

estimula a interação com os funcionários e todas

as manifestações são respondidas pela equipe de

comunicação interna.

Outro canal criado para disseminar (“cascading”)

informações relativas ao andamento dos negócios

no Brasil foi o Ao Vivo. No dia imediatamente

seguinte às reuniões mensais da diretoria, é

preparado um informe com todas as questões e os

dados relevantes, como os resultados e as priori-

dades para os próximos meses. Esse material é

distribuído aos gerentes que ficam encarregados

de garantir o entendimento de todos esses temas

tratados em reuniões com suas equipes.

Jornais eletrônicos, murais e a revista Encontro

garantem a eficácia da comunicação interna

Comunicação 2001 2002 2003

% de funcionários que recebem comunicação em formato eletrônico regularmente ND 46 45

49

Com um ano de antecedência, todos os

funcionários da fábrica de Vespasiano/

MG foram comunicados de que as ope-

rações da unidade seriam transferidas

para outras unidades e que a empresa

implementaria um processo de transfe-

rência dos funcionários interessados em

permanecer na empresa e de recolocação

no mercado para os demais.

Nada aconteceu do dia para a noite. Ao

longo de dois anos todos ficaram sabendo

dos problemas de competitividade que a

unidade vinha enfrentando e das alternati-

vas que vinham sendo adotadas pela com-

panhia a fim de equalizar sua produção com

a demanda do mercado. Apesar desses

esforços, a transferência das operações

foi inevitável. Na data do anúncio, apesar

das dificuldades que enfrentariam, os sen-

timentos de respeito e de valorização

prevaleceram entre os funcionários.

Cerca de 100 deles passaram por um

processo de seleção e foram transferidos

paras as unidades de Indaiatuba/SP (que

teve as suas operações ampliadas),

Goiânia/GO, Pouso Alegre/MG e São

Paulo. Um grupo permaneceu até o final,

no encerramento das atividades produti-

vas em março de 2004.

A Unilever contratou uma empresa para

fazer uma avaliação financeira da fábrica e

identificar interessados no imóvel, com o

objetivo de dar continuidade à geração de

empregos na região por outra empresa.

Equipamentos e mobiliário foram doa-

dos para os funcionários e instituições

da cidade.

O pacote de desligamento continha, entre

outras coisas, dez módulos de treinamen-

to, desde preparação de currículo até si-

mulação de entrevistas e dinâmicas, para

o público operacional. Para a grande

maioria, esse era o primeiro emprego. Foi

feito um trabalho forte para mostrar essas

pessoas ao mercado.

A comunicação era direta: além das

reuniões gerais periódicas sobre os

processos de seleção e de transferência,

um jornal eletrônico foi criado para rece-

ber dúvidas e questionamentos. Foram

cerca de 350 manifestações e as respostas

eram encaminhadas em dois dias.

Para os transferidos para Indaiatuba,

por exemplo, o pacote de transferência

incluía ajuda financeira para a mudança

e estadia de uma semana, para co-

nhecer a cidade e procurar um imóvel.

Os funcionários foram distribuídos para

incentivar a integração da “turma de

Vespasiano” e cada um tinha um

padrinho encarregado da recepção das

unidades.

Conduzir o processo de reestruturação

das atividades da fábrica de Vespasiano

com responsabilidade e transparência foi

a preocupação básica do projeto

Travessia, como foi chamada a ação pela

área de Recursos Humanos.

REE

STR

UTU

RA

ÇÃ

O C

OM

RES

PON

SAB

ILID

AD

E

50

Durante todo o ano, pesquisas e mais pesquisas

foram feitas para chegar ao mais desejado creme

para cabelo ou para monitorar a campanha de

lançamento de uma formulação inovadora de

detergente em pó. O objetivo era descobrir o que

realmente agrada ao consumidor. Com a imple-

mentação da ferramenta global Rainbow, a equipe

de qualidade da Unilever Alimentos percebeu que

as consumidoras ficavam incomodadas com a

“bolha” que aparecia no fundo do pote das mar-

garinas e que dava a impressão de estar faltando

produto. A informação gerou importantes mu-

danças no processo.

Uma das estratégias prioritárias da Unilever é o

desenvolvimento de produtos para o consumidor

de baixa renda, um mercado atraente pelos vo-

lumes que representa. Isso significa explorar e

Para identificar as necessidades do consumidor,

conhecer seus hábitos e aprender com suas

reações, gerentes e diretores da Divisão Sorvetes

Kibon foram para os diferentes pontos-de-venda

para viver a experiência de venda direta.

Chegaram a conduzir carrinhos de sorvetes pelos

mesmos roteiros do vendedor. O movimento de

reconexão total, estratégia prioritária da empresa,

teve várias outras frentes em 2003. Consumidoras

foram convidadas para conhecer a cozinha experi-

mental em São Paulo ou receberam equipes da

divisão de alimentos em suas casas: o objetivo

era observar como elas preparam o almoço e os

diferentes usos que elas fazem dos produtos. Para

observar os hábitos do consumidor, a divisão de

Higiene e Beleza instalou câmeras em circuito

fechado em casas, em “High Connection”!

CONSUMIDORES

e c l ientesO MUNDO ESTÁ MUDANDO E, COM ELE, O CONSUMIDOR, CADA DIA

MAIS CONSCIENTE E CIDADÃO. A CONFIANÇA NA MARCA – E NA

EMPRESA QUE ESTÁ POR TRÁS DELA – PASSA A SER UM VALOR FORTE

EM SUAS DECISÕES DE COMPRA. ATENTA A ESSAS TRANSFORMAÇÕES

E EM LINHA COM OS SEUS COMPROMISSOS CORPORATIVOS, A

UNILEVER TRABALHA DE FORMA CONSTANTE PARA APRIMORAR OS

MECANISMOS E AS FERRAMENTAS DE RELACIONAMENTO COM O

PÚBLICO QUE É A RAZÃO DE SUA EXISTÊNCIA.

atingir um mercado de 200 milhões de pessoas na

América Latina com produtos de custo reduzido

sem que a qualidade seja afetada.

É um grande desafio também porque o perfil dessa

população é complexo e escapa dos indicadores

usuais. Mulheres que administram o orçamento

doméstico e moram em bairros com pouca infra-

estrutura é o grande contingente dessa classe. As

pesquisas mostram que a decisão de compra

dessa consumidora é inteligente, ela tem a

noção exata da relação custo/benefício e

adapta os seus recursos para ter o que

julga importante. A Unilever acredita que

responder às suas necessidades é tam-

bém uma oportunidade de exercer

o seu papel de empresa socialmente

responsável, oferecendo produtos

seguros e de qualidade que facilitem a

sua vida e contribuem com o desen-

volvimento da sociedade.

OUVIR E RESOLVERPreparados para ouvir, analisar e

solucionar cada manifestação de

forma particular, os serviços de

atendimento ao consumidor absor-

veram um número crescente de

ligações durante o ano e con-

solidaram ainda mais o

papel de instrumento de

51

52

Serviços de atendimento: cada vez mais próximos do consumidor,

cada vez mais integrados às operações

53

relacionamento com o consumidor, canalizando

oportunidades de melhorias e inovações.

Foram mais de 1,3 milhão de atendimentos

durante o ano, um número 30% superior ao re-

gistrado em 2002. As estruturas do Departamento

de Relações com os Consumidores que atende ao

segmento de alimentos e do Centro de Interação

com os Consumidores (CIC), voltado para os pro-

dutos de Higiene e Beleza, registram um índice de

satisfação de 95% em relação aos seus serviços.

Podem atestar também o quanto o consumidor

está mais exigente e consciente de seus direitos,

buscando cada vez mais informações rela-

cionadas a temas como saúde, qualidade, proces-

so de fabricação, responsabilidade social e meio

ambiente, entre tantos outros.

Em 2003, o Departamento de Relações com os

Consumidores implementou um plano de ação que

tinha como foco principal o tempo e a qualidade do

atendimento. Ouvindo as próprias ligações, os 32

funcionários puderam analisar e desenvolver

capacidade de interpretar o desejo do consumidor,

de estabelecer diálogo com afetividade e de garan-

tir clareza nas informações. Os próprios fun-

cionários desenvolveram o modelo de monitoria de

suas ligações, num processo de autogestão, que

culminou com a premiação daqueles que se

destacaram durante o ano. No total, foram 255

horas de treinamento durante o ano.

O plano de ação, resultado dessa monitoria, ata-

cou os pontos críticos identificados, como a

redução do prazo de resposta dos e-mails de 48

para 24 horas, o conteúdo das respostas e o

processo de troca dos produtos, entre outros pro-

jetos. A Unilever sabe que o consumidor confia

nos seus produtos e, por isso, faz questão de

fornecer informações claras e precisas aos ques-

tionamentos cada vez mais freqüentes sobre for-

mulações dos produtos, utilização de ingredi-

entes, processo de fabricação e políticas de meio

ambiente. Esses aspectos são tratados sempre

com o rigor dos compromissos de responsabili-

dade social da organização e com o cumprimento

das regras previstas pela legislação.

Atendimentos feitos pelo SAC

678.032

2001 2002 2003

1.030.787

1.300.115

Dados consolidados dos atendimentos a con-

sumidores das três divisões da Unilever

54

Sempre à disposição do consumidor, os serviços de

atendimento recebem críticas e sugestões que se

transformam em oportunidades de melhorias dos

produtos e dos processos de fabricação, de inovação

e de ação social. Foi assim, por exemplo, que os pa-

litos de sorvetes passaram a apresentar a informação

gravada de que eram feitos com madeira proveniente

de reflorestamento. A partir de manifestações dos

consumidores brasileiros, a comunicação se transfor-

mou em plataforma global da Unilever.

Foram desenvolvidas, a pedidos, edições espe-

ciais de sorvetes sabor milho-verde e paçoca para

o período das festas juninas e de abacaxi e coco

para o verão. O consumidor sugeriu também

embalagens individuais de sopas Knorr, novas

versões de frutas para o AdeS light e, para evitar

o uso de tesoura ou faca, a tampa da embalagem

passou a ser do tipo flip top.

No Centro de Interação com o Consumidor (CIC),

que atende 24 marcas do segmento de Higiene e

Beleza, 93% das chamadas foram atendidas em

até 20 segundos e esse é um diferencial do

serviço. Mais de 80% dos atendimentos são solu-

cionados no primeiro contato. Boa parte do

restante consiste em ações como retirada e

análise de produtos ou peças, que demandam

mais tempo. Nesses casos, os assistentes do CIC

têm o cuidado de informar ao consumidor quais

serão as ações tomadas e o tempo de resposta.

Foi a partir das manifestações do consumidor,

por exemplo, que o lançamento do creme para

pentear Dove ganhou força; que os rótulos dos

Além dos funcionários que participam de atividades e treinamentos, a cozinha experi-

mental da Unilever Alimentos em São Paulo recebe consumidoras que são convidadas

para acompanhar os testes e mostrar suas receitas

55

amaciantes Comfort e Fofo foram ajustados,

trazendo informações mais detalhadas sobre o

modo de utilizar o produto; que a percepção das

pessoas em relação às propagandas é monitora-

da, confirmando em muitos casos a imagem po-

sitiva que a marca tem perante o consumidor.

Além de transformarem as manifestações em infor-

mação gerencial que funcionam como termôme-

tros do relacionamento com o consumidor, os

serviços de atendimento são aliados no lançamen-

to de produtos, como a pesquisa feita para avaliar

a opinião das consumidoras após o lançamento de

OMO Poder Azul sobre sua nova formulação.

Para o lançamento da linha de tintura Seda

Procolor, foi montado um SAC especial que contava

com uma equipe capacitada para resolver desde

dúvidas técnicas sobre o produto até as questões

delicadas que envolvem a relação das mulheres

com o cabelo e as mudanças provocadas por tin-

turas. O horário de atendimento foi ampliado para o

sábado, dia em que as mulheres resolvem mudar

sua aparência. Além do atendimento telefônico, foi

montado um sistema de plantão composto por 12

cabeleireiras que ficaram à disposição das consu-

midoras para fornecer orientações sobre a apli-

cação do produto, avaliar as condições do cabelo,

sugerir hidratações e até, se necessário, se deslocar

até sua casa. Foi um cuidado a mais que represen-

tou 760 horas de treinamento e envolveu especia-

listas como coloristas e médicos dermatologistas,

além das áreas de marketing e de desenvolvimento.

O lançamento da nova linha Seda Procolor também

Na padaria experimental de Valinhos/SP são feitas análises de performance para

monitoramento de qualidade: os produtos são usados e preparados conforme

indicação da embalagem, como se estivessem na mão e na casa do consumidor

56

envolveu a Gerência Jurídica de Consumidores &

Produtos, que rastreou todos os problemas que

acontecem na vida real com tinturas de cabelo.

Entre as orientações estavam: informações real-

mente claras e precisas na embalagem e a recomen-

dação de que as demonstradoras fizessem o teste

de irritabilidade nas consumidoras nos pontos-de-

venda em que era feita a aplicação do produto.

A análise dos aspectos jurídicos que é corporati-

va, e atende as quatro divisões de negócio, passa

pelas respostas padronizadas fornecidas pelos

serviços de atendimento, pelas questões tri-

butárias e contratuais, chegando às peças de

comunicação e regras das promoções. Apesar dos

cuidados da área de marketing, o lançamento do

desodorante Rexona Ebony repercutiu na comu-

nidade negra e gerou um processo no Conselho

Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária

(CONAR). Para defender a empresa, a gerência

apresentou os resultados de seis pesquisas de

opinião, inteiramente favoráveis ao conceito

atrelado ao novo produto. Além disso, foi feito

um intenso trabalho de aproximação ao target

como apoio a eventos realizados por ONGs para

a comunidade.

As reclamações passam por desdobramentos

internos, envolvendo áreas diferentes da empre-

sa, sendo que algumas são tratadas no âmbito do

Comitê de Gerenciamento de Crise. Inspirada no

bem-sucedido modelo da Unilever Alimentos, a

divisão de Higiene e Beleza também implantou o

seu comitê em 2003. A atuação do grupo visa a

análise preventiva de questões que tenham

potencial de gerar impactos negativos à re-

putação e à imagem da empresa.

Por tudo disso, a relação entre reclamações e ações

judiciais que ficam a cargo da gerência de

Consumidores & Produtos é relativamente baixa.

Muitas vezes, afirmam os especialistas, as recla-

mações exigem o entendimento real do problema,

como processos de fabricação da embalagem ou

manuseio das caixas em centros de distribuição,

ações que envolvem também os parceiros e que

alteram a qualidade final do produto.

ÁREA JURÍDICA

Ações judiciais 2002 2003 Relação nº Relação nº

Reclamação/ação Reclamação/ação

2002 2003

Unilever Alimentos 18 15 0,040% 0,0375%

Kibon 01 03 0,029% 0,027%

Unilever Higiene e Limpeza 30 34 0,032% 0,030%

57

Para a Unilever, a confiança

do consumidor é um patri-

mônio a ser zelado por todos

os funcionários

58

Nos centros de pesquisa e nos laboratórios,

a segurança das formulações e o controle

de qualidade seguem os rígidos padrões da

Unilever mundial

Entre os princípios adotados pela Unilever está

também a eliminação dos testes em animais. Para

garantir a segurança dos produtos, a empresa

investe no desenvolvimento de métodos alterna-

tivos e não coloca o produto no mercado do país

em que esse tipo de teste é exigido. É o caso, por

exemplo, dos xampus infantis no Brasil.

Entre as medidas para solucionar esse impasse, a

Unilever apóia o projeto de pesquisa de metodolo-

gias que a Associação Brasileira das Indústrias de

Produtos de Limpeza e Afins (ABIPLA) está imple-

mentando com as autoridades responsáveis

pelo tema.

SEGURANÇAPara a Unilever, a confiança que os consumidores

depositam em seus produtos é um patrimônio. Por

isso, a empresa dedica atenção máxima à segu-

rança e à qualidade dos produtos.

Cada componente que entra em suas unidades para os

diferentes processos de fabricação e cada produto que

sai para os centros de distribuição e pontos-de-venda

estão enquadrados nos rígidos padrões da empresa e

na legislação específica. Todas as formulações são

aprovadas pelo Centro de Garantia de Segurança e

Ambiental (SEAC – “Safety & Environmental Assurance

Centre”), departamento global que zela pelo cumpri-

mento dos padrões estabelecidos.

59

“Carol da Boa Compra” sabe explicar por que é impor-

tante verificar a validade dos produtos, como comprar e

armazenar os alimentos e quais são os direitos e deveres

do consumidor. Ela é a personagem da cartilha Sou Con-

sumidor, e Agora?, elaborada pelo time do Departamento

de Relações com o Consumidor da Unilever Alimentos.

Além de ser encaminhada para as crianças que entram

em contato com o serviço de atendimento, a cartilha é

parte do projeto Educando para o Consumo, que deu os

primeiros passos em 2003. A fase piloto do projeto com

três apresentações para crianças de escolas de São Paulo

foi muito bem avaliada, conforme demonstrou a pesquisa

de satisfação realizada com as crianças e os professores

que participaram.

Em uma “aula” divertida, com aproximadamente uma

hora de duração, os alunos aprenderam muitas coisas

com a Carol. Num painel com formato de geladeira, colo-

cavam os alimentos no lugar certo com auxílio de ímãs;

com um carrinho de supermercado, aprendiam a escolher

os produtos e a observar a embalagem e o prazo de vali-

dade; por fim, recebiam informações

sobre reciclagem.

O material informativo auxilia as crianças

na elaboração de trabalhos escolares,

uma das solicitações mais

freqüentes no SAC, e disse-

mina o conceito do consumo

responsável.

EDUCANDO PARA O CONSUMO

60

RELACIONAMENTOcom os cl ientes

PARA COLOCAR SEUS PRODUTOS NOS MILHARES DE PONTOS-DE-VENDA

ESPALHADOS PELO PAÍS E OFERECER AO CONSUMIDOR A EXPERIÊNCIA DA

COMPRA, A UNILEVER INVESTE TAMBÉM NA QUALIDADE DO RELACIONA-

MENTO COM SEUS CLIENTES QUE ESTÃO NO COMANDO DOS CANAIS DE

DISTRIBUIÇÃO E DE VAREJO.

Para estar presente em milhares de pontos-

de-venda espalhados pelo País, a Unilever

investe na qualidade do relacionamento com

distribuidores e varejistas

61

O aprendizado é constante e envolve o desen-

volvimento de negociações, que são norteadas

pelo mercado e alinhadas ao Código de Princípios

e Negócios. A divisão de Higiene e Beleza conta

com uma equipe de vendas composta por 2 mil

funcionários, 500 promotores e cerca de mil fun-

cionários contratados por tempo determinado

para os pontos-de-venda. Todos têm a “cara da

Unilever” e a responsabilidade de levar adiante a

relação de confiança que existe entre a empresa e

os seus consumidores.

O investimento nas ferramentas gerenciais dos

sistemas SAP (Projeto Harmonia) e CRM

(Customer Relation Management) está sendo con-

duzido com o objetivo de consolidar a estratégia

de crescer com o cliente, um destaque da nova

missão Vitalidade, que foi implementada em julho

de 2004.

Em 2003, a conclusão do processo de fusão das

empresas de alimentos na Unilever Alimentos foi

consolidada com a estruturação da equipe de ven-

das, responsável pelo atendimento direto de 7 mil

clientes que representam 48% do mercado e

englobam as grandes redes de supermercados e

empresas atacadistas.

Ouvir o cliente, estabelecer regras claras em

Resultados 2002 2003

% de entregas no prazo 86 96

% de entregas X pedidos 76 84

(caixas fechadas)

relação à administração de preços e melhorar con-

tinuamente o nível de serviços foram as metas

traçadas pela equipe. A melhor medida dos resul-

tados alcançados no curto período que se sucedeu

à fusão foi o índice de satisfação na pesquisa rea-

lizada em 2003, compatível ao da divisão de

Higiene e Beleza. Em um novo formato e focada

numa base especial formada pelas grandes redes,

a pesquisa avaliou a percepção do mercado em

relação ao relacionamento, às condições comer-

ciais, à logística, ao suporte às marcas no ponto-

de-venda e ao valor das marcas no negócio.

Um plano de ação foi traçado para aprimorar a

qualidade dos serviços e incluiu até o novo layout

do escritório central para aproximar as equipes de

vendas da cadeia de suprimentos e da logística. O

centro de distribuição em Goiânia/GO foi amplia-

do e um sistema de atendimento monitorado foi

implantado para melhorar os indicadores de prazo

de entrega e quantidades no pedido.

Localizada no centro do País, distante dos maiores

mercados consumidores, a distribuição dos produ-

tos da fábrica de Goiânia/GO é complexa. Todo

pedido concorre com o estoque, uma condição que

poderá ser acompanhada de perto pelos vende-

dores por meio do sistema CRM.

62

O desempenho ambiental e o gerenciamento

dos indicadores ambientais alinhados, sempre

que possível, aos padrões globais da empresa

são preocupações que estão na ordem do dia

das equipes de todas as fábricas e nas metas

dos projetos desenvolvidos pela Unilever

Brasil. Os números atualizados de 2003

demonstram a evolução do desempenho

ambiental e são resultados diretos do aprimora-

mento do Sistema de Gerenciamento Ambiental

(SGA). Conscientização e cuidados freqüentes

com os possíveis impactos ambientais fazem

toda a diferença no dia-a-dia da operação.

Como signatária do Global Compact, o Pacto

Global das Nações Unidas que estabelece o

cumprimento pelas empresas dos princípios

relacionados ao meio ambiente, entre outros, a

Unilever procura disseminar suas boas práticas

ambientais para além das fronteiras de suas

unidades, envolvendo parceiros, fornecedores,

distribuidores, consumidores e comunidades

com as quais está diretamente relacionada.

Por essa razão, as questões ambientais estão

inseridas na área de assuntos corporativos da

Unilever Brasil e são tratadas como um processo

integrado que atende às demandas internas e

externas. Além das diretrizes mundiais da com-

panhia e dos preceitos da Política local de Meio

Ambiente, a Gerência de Assuntos Socioambien-

tais, criada em 2002, coordena os investimentos

das fábricas e a implementação dos programas

de educação ambiental, responsabilidade com-

partilhada e desenvolvimento sustentável,

atuando sempre junto às comunidades.

Mundialmente, 149 operações da Unilever são

certificadas pela norma ambiental ISO 14001.

No Brasil, três das quatro unidades certificadas

passaram por auditorias de manutenção em

2003: Vinhedo/SP, que foi também a primeira

da Unilever na América Latina e do segmento de

Higiene Pessoal no Brasil a obter a certificação,

em 1999; Indaiatuba/SP, a maior fábrica do seg-

mento de detergente em pó do mundo; e

Valinhos/SP, a primeira da divisão Alimentos.

Até 2002, a Unilever era uma das poucas empre-

sas de bens de consumo (higiene pessoal,

PARA A UNILEVER, RESPONSABILIDADE AMBIENTAL É MAIS DO QUE

CUMPRIR A LEGISLAÇÃO. É CONDUZIR AS ATIVIDADES COM O COM-

PROMISSO DE PROMOVER A MELHORIA CONTÍNUA DE SUAS ATIVI-

DADES, SEMPRE COM FOCO NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

MEIOambiente

64

limpeza doméstica e alimentos) certificadas

com a norma ambiental. Por essa razão, foi

destacada na edição especial da revista Meio

Ambiente Industrial, na Homenagem às 1.000

empresas certificadas com ISO 14001. A Unilever

está presente desde a primeira edição que apre-

sentava as primeiras 100 empresas certificadas.

As 15 unidades operacionais instaladas no

Brasil possuem o Sistema de Gestão Ambiental

(SGA) implementado. A metodologia tem como

base o conceito dos “3 Rs”: reduzir o consumo

de recursos naturais e a geração de resíduos e

emissões; reutilizar quando possível e reciclar.

REPRESENTATIVIDADEA Unilever é uma das fundadoras do

Compromisso Empresarial para Reciclagem

(CEMPRE), entidade sem fins lucrativos que

conta atualmente com 20 empresas associadas.

Tem como missão promover o conceito de

gerenciamento integrado do resíduo sólido

municipal; promover a reciclagem pós-con-

sumo; e difundir a educação ambiental com a

teoria dos “3 Rs”. Como participante ativa no

CEMPRE, a empresa presidirá a instituição no

biênio 2004-2005, conforme eleição realizada

em 2003.

Em nome da Associação Brasileira da Indústria

de Produtos de Limpeza e Afins (ABIPLA) e

como representante do setor, a Unilever par-

ticipou do grupo de trabalho liderado pelo

Conselho de Meio Ambiente (COEMA) da

Confederação Nacional da Indústria (CNI) e

coordenado pela Federação das Indústrias do

Estado de São Paulo (FIESP), responsável pela

proposta do setor industrial para a Política

Nacional de Resíduos Sólidos.

Alinhada à missão do CEMPRE, a proposta

inclui a participação das cooperativas de cata-

dores no gerenciamento integrado do resíduo

urbano, além de levar em conta o conceito de

responsabilidade compartilhada, que prevê a

participação do poder público, da indústria, da

distribuição e da comunidade. Para a Unilever, a

inclusão dos catadores no modelo é fundamen-

tal, pois além da função ser essencial para a

alta eficiência do modelo brasileiro, propor-

ciona a criação de milhares de postos de traba-

lho e garante a geração de renda.

DESEMPENHO AMBIENTALOs indicadores ambientais da Unilever refletem,

ano após ano, a melhoria contínua implementa-

da nas operações e os investimentos realiza-

dos, ambos decorrentes do SGA. Além da

evolução dos indicadores ambientais, como

consumo de água, de energia, geração de resí-

duos por tonelada produzida, emissão de SOx,

entre outros, o planejamento da área de

Responsabilidade Ambiental engloba também a

análise da contabilidade ambiental.

O processo de análise da contabilidade ambien-

tal é uma ferramenta que traduz os efeitos qua-

litativos e quantitativos do desempenho am-

biental da companhia e leva em conta a pers-

pectiva dos negócios, o posicionamento da

Unilever Brasil e o momento histórico das ope-

rações. Abrange os investimentos feitos, o

custo operacional e os benefícios relacionados

às ações implementadas. Vale ressaltar que

bons resultados são garantidos, às vezes, à

custa de investimentos e, em alguns casos, com

elevação do custo operacional.

Os valores investidos nos processos de tratamento

65

de efluentes e de água, em licenciamentos, na

disposição de resíduos, nas análises ambientais

laboratoriais e no próprio sistema de gestão

ambiental, entre outras ações, são consolida-

dos no parâmetro custo ambiental operacional.

Nos últimos dois anos, esse parâmetro apre-

sentou um aumento de 34%, resultado que

expressa a dedicação da Unilever a seus

propósitos e garante a estabilidade e o controle

do seu sistema de gestão ambiental.

Nos quatro últimos anos, os investimentos da

Unilever Brasil relacionados à área ambiental nas

quatro unidades certificadas com a ISO 14001

totalizaram 7,78 milhões de reais, uma média

anual de 390 mil reais por fábrica. Esse total re-

presenta um aumento da ordem de 18%, pois

antes da implementação dos processos de certifi-

cação, o valor anual dos investimentos da Unilever

Brasil era na ordem de 330 mil reais por fábrica.

INDICADORES AMBIENTAIS

RESÍDUOS SÓLIDOS GERAIS

São os materiais em estado sólido ou semi-sóli-

do, provenientes dos processos industrial e

administrativo e que são destinados a dife-

rentes formas de disposição, como composta-

gem, reciclagem, incineração, aterros sa-

nitários, reuso, descontaminação, retorno ao

fornecedor, co-processamento, entre outros.

Em 2001, com a aquisição da empresa

Bestfoods, o indicador geração de resíduos

sólidos apresentou elevação significativa com

um acréscimo de 402% sobre o total do ano

Em 2003, os investimentos da Unilever Brasil em projetos relacionados

ao desempenho ambiental em suas 15 unidades operacionais foram 97%

superiores aos realizados em 2002

Em 2003, o custo ambiental operacional da Unilever Brasil com suas 15

unidades operacionais aumentou 17,4% em relação a 2002

Custo ambiental operacional

Investimento ambiental direto

3,634,13

4,85

2001 2002 2003

3,29

1,672,08

200320022001

66

nos laboratórios de análises químicas e bioló-

gicas e nos ambulatórios médicos, áreas em

que as práticas são constantemente analisadas

com o objetivo de garantir a minimização de

qualquer possível impacto ambiental ou risco à

segurança ocupacional.

A participação dos resíduos perigosos no vo-

lume total é da ordem de apenas 0,01% e o

custo operacional anual com a disposição

(53 mil reais) é de 2% do montante geral gasto

com disposições finais de resíduos.

2. Resíduos não-perigosos

Os chamados resíduos “não-perigosos” e “não-

recicláveis”, classificados conforme a NBR

10.004 (ABNT), têm origem em situações

específicas e esporádicas e são destinados

Resíduos sólidos gerais Resíduos perigosos

Resíduos não-perigosos

214,5

2001 2002 2003

117,2 129,9

2003 Meta mundial2004

Meta mundial2004

20022001

2001 2002 2003

0,022

6 5,5 5,4

8,79

0,007 0,009

0,52

anterior. Desde então, com a implementação do

conceito “3Rs”, base do SGA da Unilever, a

empresa vem obtendo considerável redução do

volume. No caso do indicador Geração de

Resíduos Sólidos (total) da Unilever, a redução

no período 2001/2003 foi de cerca de 65%.

Entre receitas e custos decorrentes do trata-

mento e da disposição dos resíduos, o balanço

contábil da Unilever apresenta, desde 2002,

uma situação estável com quantias positivas na

ordem de 2,4 milhões de reais ao ano. Este

resultado tem como base o processo de melho-

ria contínua que a empresa incentiva em todas

as suas unidades. Os esforços são direcionados

para a redução de geração de resíduos e para

os estudos das melhores alternativas eco-efi-

cientes (ambiental e economicamente viáveis).

A gestão dos resíduos sólidos na Unilever tam-

bém é conduzida em função da forma de desti-

nação final. Assim, temos:

1. Resíduos perigosos

Na Unilever, o volume de geração de resíduos

perigosos, classificados conforme a NBR

10.004 (ABNT), vem se mantendo estável nos

últimos anos. Esse tipo de resíduo é gerado

67

Forma de disposição dos resíduos sólidos Resíduos recicláveis

Reciclagem

Aterro

2001 2002 2003

2,8%

97,2% 95,3% 95,8%

4,7% 4,2%

2001 2002 2003

208,5

111,6 124,4

para aterros sanitários ou incineração. Com a

implementação do processo de melhoria con-

tínua, a redução desse tipo de resíduo atingiu

patamares muito significativos: nos anos de

1997 e 1998, o registro histórico apontava para

o indicador anual de 15 quilos por tonelada pro-

duzida e, hoje, ele se apresenta estável e bem

abaixo da meta mundial da Unilever.

Apesar da participação de 4,2% em relação ao

volume de resíduo total geral, os resíduos “não-

perigosos” contabilizam 30% (825 mil reais ao

ano) dos gastos da empresa com destinação

ambientalmente adequada. Nos últimos três

anos, o custo operacional refletiu o aumento

desse tipo de serviço no mercado – de R$ 0,05 em

2001 para R$ 0,09 em 2003 por quilo de resíduo.

3. Resíduos recicláveis

São todos os resíduos perigosos e não-

perigosos, classificados conforme a NBR

10.004 (ABNT) que podem ser destinados a

alguma forma de reciclagem. Entre eles estão:

embalagens (caixas, frascos, tampas, etc.),

resíduos de alimentos, óleos lubrificantes, lodo

de tratamento de efluentes, lâmpadas, pilhas e

baterias, luvas de látex, papel siliconado

(Linner), rótulos adesivos e vários outros materiais.

Em 2003, a área socioambiental consolidou um

indicador importante, que é o percentual de

resíduos sólidos destinados para alguma forma

de reciclagem: 95,8% de todo o resíduo gerado

nas 15 unidades operacionais.

A expressiva melhoria em relação ao ano de

1999 (86,1%) mostrada no quadro se deu em

função da certificação pela Norma ISO 14001, do

SGA das fábricas de Indaiatuba/SP, Valinhos

Alimentos/SP e Valinhos Higiene Pessoal/SP. Essa

conquista refletiu o amadurecimento do sistema e

contribuiu com um aumento de 6% no índice geral

de reciclagem da Unilever Brasil. O índice apresen-

tou nova elevação em 2001 (97,2%) e decréscimo

em 2002 (95,3%), com o início do reporte de mais

duas unidades: Garanhuns/PE e Itatiba/SP.

Apesar de os recicláveis, em sua maioria, pas-

sarem por um processo de venda e gerarem

receitas, vale destacar que anualmente a

Unilever investe cerca de 1,5 milhão de reais

para que os resíduos sejam destinados de

forma ambientalmente adequada, como a

compostagem, o co-processamento, a desconta-

minação com recuperação de materiais e outros.

O histórico desse indicador registra um aumento

68

de 100% no período de dois anos, já que em

1997 os investimentos eram de 750 mil reais.

ÁGUAEm 2001, o consumo de água da Unilever apre-

sentou uma elevação significativa em função da

aquisição da empresa Bestfoods: houve

acréscimo de 55% no consumo de água por

tonelada produzida. Com a implementação do

SGA nas novas unidades fabris, foi registrada,

no período seguinte, uma redução de 28% por

tonelada produzida e uma economia de 2,77

milhões de reais. Essa economia equivale ao

volume líquido de 967 piscinas olímpicas

(2.500 metros cúbicos por piscina).

DQOOs efluentes líquidos gerados pela empresa são

provenientes dos processos industriais, como

lavagem de máquinas, linhas de produção de

restaurante, sanitários e vestiários. Passam por

sistemas de tratamento industrial e doméstico,

onde ocorre a redução da Demanda Química de

Oxigênio (DQO), que é a quantidade de oxigênio

necessária para que uma matéria orgânica seja

oxidada, ou seja, degradada quimicamente. Esse

componente é, portanto, um dos melhores

parâmetros para se medir o nível de carga

poluente de um efluente líquido.

Em 2001, foi registrado um pequeno desvio

desse indicador em função da aquisição da

Bestfoods. Com os esforços empreendidos na

melhoria contínua do processo, esse parâmetro

apresentou uma redução de 11% no último ano.

Os efluentes líquidos gerados pelas unidades

fabris são 100% tratados e apresentam as

seguintes disposições:

Em 2003, a Unilever investiu cerca de 4,86 mi-

lhões de reais no processo de tratamento de

efluentes para garantir sua qualidade, o

69

cumprimento da legislação e a adequada dis-

posição nos corpos receptores.

ENERGIAA Unilever utiliza diferentes formas de energia em

seus processos, como gás natural, energia elétrica,

óleo combustível, diesel e até mesmo bagaço de

cana. Todas são consolidadas num mesmo padrão

e convertidas na unidade de GJ (Giga Joule).

A Unilever apresenta, nos últimos anos, uma

situação estável em relação ao consumo de

energia, consolidado em GJ. Como mostra o

gráfico, houve uma redução de 1,4% em 2003

em relação a 2002. A empresa vem concentran-

do esforços para que esse parâmetro atinja a

meta mundial e, com esse objetivo, foram rea-

lizados investimentos para a substituição do

óleo combustível por gás natural. Apesar da

elevação do custo operacional, a alternativa

apresenta-se como mais adequada do ponto de

A implementação de ações de melhoria contínua

nas operações garante os bons indicadores

ambientais, como no caso das estações de trata-

mento de efluentes (fotos ao lado)

Consumo de agua (m3/T)

Meta mundial2004

2001 2002 2003

3,612,96 2,82

3,5

Tratamento de efluente – 2003

Reutilização dentro da fábrica

Tratamento externo

Tratamento interno

5%4%

91%

70

vista ambiental e do perfil atual da empresa.

Dessa forma, a Unilever registrou um aumento

significativo no custo de energia consumida:

para manter sua eficiência energética, a empre-

sa teve um gasto adicional da ordem de 22% em

2003, o equivalente a 10,8 milhões de reais.

COA emissão de dióxido de carbono é um fator que

contribui para o conhecido “efeito estufa” e é

proveniente da queima de combustíveis fósseis.

A Unilever vem trabalhando para reduzir a emis-

são de CO2 na atmosfera, por meio de melhorias

no manuseio das fontes de energia, reafirmando

assim seu compromisso com a prevenção e a

redução dos possíveis impactos ambientais. Em

2003, a emissão foi reduzida em 4,3%.

SOxOs gases sulfurados contribuem para a chamada

“chuva ácida” e são gerados pela utilização de

óleo combustível no processo industrial. Em

função da substituição desse combustível por

gás natural, a Unilever obteve uma redução de

70% na emissão de gases SOx nos últimos anos.

PROJETOS AMBIENTAIS

Redução do consumo de água

A Unilever Alimentos lançou no

final de 2002 um programa

regional de redução do consumo

de água chamado “Medusa”,

com o objetivo de obter a

redução de um milhão de metros

cúbicos até o final de 2004. O

número é desafiador e tem o

intuito de revigorar as atenções sobre as

oportunidades de melhoria. Até o final de

2003, só a fábrica de Goiânia/GO, individual-

mente, registrava uma redução de 40% no

consumo de água.

A divisão de sorvetes Kibon iniciou em 2003 o

projeto de substituição dos atuais freezers de

pontos-de-venda por equipamentos isentos de

CFC (Clorofluorcarbono). Outro investimento

importante da divisão é a renovação dos sis-

temas de refrigeração do processo de fabri-

cação dos sorvetes, envolvendo a troca das

tubulações da fábrica do Recife/PE. Além da

modernização desse sistema e dos ganhos

operacionais, a divisão atende com essa

providência uma das preocupações da Unilever,

que é a substituição do tradicional sistema que

utiliza amônia por uma alternativa mista à base

de água/álcool.

Bagaço de cana e gás natural

A fábrica de Goiânia recebeu o Prêmio de Gestão

Ambiental 2003, concedido pela Agência

Ambiental de Goiás. Foi um reconhecimento ao tra-

balho executado para melhorar a eficiência opera-

cional da caldeira da unidade, que

utiliza bagaço de cana e cavaco de

madeira como combustível. A uti-

lização desse recurso renovável,

que não produz SOx e permite o

controle da emissão de material

particulado com facilidade, tornou-

se, assim, ainda mais interessante.

No final de 2003, as caldeiras

das fábricas de Valinhos e In-

daiatuba passaram a funcionar

com gás natural. O projeto

71

alterou o perfil energético das unidades, com

a substituição do óleo combustível 2A e redu-

ziu a praticamente zero a emissão de SOx. O

investimento nas duas unidades foi da ordem

de 400 mil reais.

Como o custo do gás natural é, porém, mais eleva-

do que o do óleo combustível 2A e é o maior con-

tribuinte para a geração de energia nessas

unidades, o custo geral do consumo de energia

será maior em 2004. Além dos indicadores ambien-

tais, outras melhorias operacionais compensam a

substituição: a eliminação dos riscos de vazamen-

tos de óleo/geração de resíduos; a eliminação dos

riscos de acidentes pelo aquecimento do óleo; e a

diminuição significativa das manobras em campo.

Das 15 unidades da Unilever Brasil, sete ope-

ram atualmente com gás natural.

Na página ao lado, sistema

de gás natural da Fábrica de

Valinhos

Demanda química de oxigênio (Kg/T) Energia (GJ/T)

Emissão de CO2 (Kg/T) Emissão de SOx (Kg/T)

Meta mundial2004

2001 2002 2003

0,51

1,911,72

1,96

Meta mundial2004

2001 2002 2003

2,08 2,09 2,06

1,98

Meta mundial2004

2001 2002 2003

142 140 134

184

Meta mundial2004

2001 2002 2003

0,360,22 0,19 0,21

Emissão de SOx – Caldeiras (mg/Nm3)

2002 2003

590,8

888,2

Exemplo gráfico de emissão de SOx da Caldeira

da Unidade de Indaiatuba

72

Tratamento de efluentes líquidos

O tratamento de efluentes líquidos foi um dos

pontos de atenção da área de meio ambiente

em 2003. Ao contrário das fábricas da Divisão

Higiene Pessoal, cujos efluentes líquidos

podem ser reutilizados internamente, as fábri-

cas da Divisão Alimentos são menos flexíveis à

reutilização dos resíduos líquidos.

Nas estações de tratamento de efluentes líqui-

dos das fábricas de Pouso Alegre/MG e de

Goiânia/GO, foram executados projetos de

ampliação e de otimização – na primeira, em

função da duplicação do processo de fabricação

da bebida à base de soja AdeS; na segunda,

para aumentar o rendimento e suportar o

processo produtivo sazonal sem riscos.

Reciclagem e desenvolvimento sustentável

A Unilever adota a reciclagem de seus resíduos

industriais como uma estratégia de negócio,

apoiando iniciativas alternativas de desenvolvi-

mento sustentável. Em 2003, 95,8% de todo o

resíduo gerado nas atividades industriais da

empresa foi destinado para alguma forma de

reciclagem, das embalagens tipo Longa Vida ao

lodo extraído das estações de tratamento de

efluentes líquidos.

Dessa forma, além de trazer benefícios para o

meio ambiente, reduzindo a produção de resí-

duos que não teriam outra destinação senão os

aterros sanitários, empregos são gerados com a

coleta, a preparação e o processamento de

novas matérias-primas.

O projeto de aproveitamento dos resíduos de

tubos laminados de creme dental, gerados na

unidade de Vinhedo/SP, surgiu em 2001 com

esse perfil e se apresenta, atualmente, muito

consolidado. Com o material, são fabricadas

telhas e placas que, por sua vez, são proces-

sadas para produção de móveis e objetos.

Tecnologia de prensagem similar também é

usada para a reciclagem de embalagens tipo

Longa Vida.

O apoio da Unilever foi decisivo para que os

73

produtos desenvolvidos alcançassem a quali-

dade necessária. Calendários, porta-retratos e

kits de régua e lápis foram distribuídos pela

empresa em 2003. Essa é uma iniciativa que

repercutiu mundialmente. A área socioambien-

tal recebeu manifestações de interesse de

vários países e o projeto foi destacado na men-

sagem de final de ano da Unilever mundial. Os

empresários envolvidos com esses projetos

inovadores estudam propostas para exportar a

tecnologia.

A reciclagem dos resíduos de rótulos gerados

na fábrica de Vinhedo foi um dos novos proje-

tos desenvolvidos em 2003. Produzidos com

material plástico e cola adesiva, geravam um

tipo de resíduo que não se encaixava em ne-

nhum sistema de reciclagem disponível. A

alternativa foi desenvolver o seu aproveita-

mento no processo de fabricação de telhas e

placas, na mesma linha dos projetos de reci-

clagem dos tubos de creme dental e de emba-

lagem tipo Longa Vida.

Novos projetos de aproveitamento do lodo das

ETEs também foram implementados em 2003: a

fábrica da Kibon no Recife passou a destinar

esse resíduo para o aproveitamento em ração na

suinocultura; já as fábricas de Pouso Alegre e

Goiânia enviam este mesmo resíduo para a com-

postagem. O produto desse processo biológico é

depositado em terrenos cujo solo é compatível.

Atuação junto aos parceiros

Para a Unilever, a preocupação com o meio

ambiente está presente em toda a cadeia produ-

tiva, controlada por meio da análise do ciclo de vida

de cada produto – do desenvolvimento do produto

e da embalagem, até a fase do pós-consumo,

atendendo sempre à demanda do consumidor.

O caso dos palitos de sorvete Kibon é bem ilus-

trativo. Desde 2000, os palitos são produzidos

com madeira proveniente de área de refloresta-

mento, mas os consumidores não eram informa-

dos. A inscrição “madeira de reflorestamento”

no próprio palito foi um novo e pioneiro canal

Preocupação ambiental está presente em toda a cadeia

produtiva: da reciclagem de embalagens de tubos de

pasta de dente aos palitos de sorvete, feitos com

madeira de reflorestamento

de comunicação implementado em 2003 no

Brasil e que, em 2004, será estendido para a

Unilever global.

Atender 100% das manifestações dos consumi-

dores que procuram os serviços de atendimento é

uma das metas da área socioambiental. Para

tanto, o trabalho conjunto foca desde o treinamen-

to dos operadores até a elaboração de respostas,

com diferentes níveis de complexidade.

No pós-consumo, a logística reversa trata dos

aspectos de reciclagem ligados à distribuição.

Produtos que sofrem algum dano durante o

transporte ou na estocagem, ou têm seu prazo

de validade vencido, não são mais conduzidos

para aterros sanitários. Um processo específico

é desenvolvido para cada grupo de produto para

ser executado pelo distribuidor com orientação

da Unilever e que consiste na descaracterização

do produto e separação da embalagem.

Estações de reciclagem

As Estações de Reciclagem Pão de Açúcar

Unilever continuam sua trajetória de sucesso e

receberam, em 2003, o Prêmio de Respon-

sabilidade Social no Varejo, promovido pela

Fundação Getúlio Vargas.

Com a adesão das marcas OMO, Cif, Rexona e

Arisco, as estações estão presentes em 36 lojas

da rede Pão de Açúcar na Grande São Paulo, no

ABC paulista, nos municípios de Cotia/SP,

Barueri/SP, Campinas/SP, Campos do Jordão/SP

e no Distrito Federal. Entre abril de 2001, quan-

do foi lançado, até dezembro de 2003, o proje-

to já recolheu cerca de 4.900 toneladas de

materiais recicláveis e gerou mais de 200 novos

postos de trabalho, além da parceria com duas

cooperativas de recicladores.

Estações de reciclagem incentivam a coleta seletiva,

promovem a conscientização ambiental e abrem

novas oportunidades de trabalho

74

75

76

Unindo a principal rede de supermercados

do ranking da Associação Brasileira de

Supermercados (ABRAS) e a Unilever, o pro-

jeto põe em prática o conceito de respon-

sabilidade ambiental compartilhada, com a

missão de promover a conscientização

ambiental por meio da coleta seletiva das

embalagens pós-consumo.

Nas unidades fabris e nos escritórios da

Unilever, a coleta seletiva é uma ação integra-

da à rotina. O projeto Lixo Legal, por exemplo,

é uma iniciativa dos funcionários dos

escritórios de São Paulo que, além de pro-

mover a conscientização ambiental entre os

funcionários, rende recursos que são aplica-

dos nas entidades parceiras na forma de

materiais recicláveis e atividades educativas,

ÁREAS DE ATUAÇÃO

Globalmente, a Unilever concentra seus

esforços em três áreas de atuação: mane-

jo sustentável da agricultura, da água e

da pesca.

A Agricultura fornece dois terços das

matérias-primas utilizadas em seus produ-

tos. A empresa procura desenvolver proje-

tos específicos e sustentáveis com par-

ceiros selecionados.

Em relação à Água, a empresa procura

otimizar o uso desse recurso natural em

suas linhas de produção e desenvolve pro-

jetos focados na preservação de lagos.

Junto com o World Wildlife Fund (WWF),

organização não-governamental que apóia

a vida selvagem, criou o Marine Stewardship

Council, para certificar o manejo da Pesca.

Atualmente, parte dos fornecedores de

pescados da Unilever possui essa certifi-

cação, mas a meta é que, até 2005, todos os

seus fornecedores estejam certificados. O

projeto não existe no Brasil porque a

Unilever não vende pescados no País.

Projetos de educação ambiental incluem visitas às

fábricas e às estações de tratamento de efluentes

77

como teatro, oficinas e palestras. Os recursos

são utilizados também na implantação de novos

projetos de coleta seletiva.

Educação ambiental

É uma das frentes de ação do projeto Conviver,

programa de relacionamento da Unilever reali-

zado nas unidades de Valinhos, Vinhedo e

Indaiatuba, interiores de São Paulo, Goiânia/GO

e Igarassu/PE. Sempre com um desenho local, o

projeto tem o objetivo de coordenar ações de

integração entre escolas, órgãos públicos, fun-

cionários e seus familiares.

Em Valinhos, a Semana da Água já é uma

tradição. A Unilever participa dessa iniciativa

em parceria com a prefeitura da cidade e o

Consórcio PCJ (Consórcio Intermunicipal das

Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba,

Capivari e Jundiaí). É considerado o maior pro-

grama de educação ambiental para recursos

hídricos do Brasil: beneficia 50 cidades da

região e 4.700 estudantes todos os anos, além

de promover a capacitação de 200 professores.

A principal atividade do evento são as visitas

técnicas que alunos e professores realizam para

conhecer de perto os problemas dos rios da

região, as estações de tratamento de efluentes

das empresas e as áreas de proteção ambiental.

Desde o início do programa, cerca de 40 mil

alunos foram beneficiados com a iniciativa.

Esse projeto possibilitou a criação do Livro de

Orientação ao Educador, que contém infor-

mações como a influência da água na história da

humanidade e o impacto dos resíduos sólidos

Como parte do programa mundial Lagos Vivos, a Unilever

Brasil apóia a preservação do ecossistema do Pantanal

78

na manutenção dos recursos hídricos e manan-

ciais. Em 2003, foi feita também a distribuição

de outro livro, patrocinado pelo Instituto

Unilever, que conta a história do Ribeirão

Pinheiros, na cidade de Valinhos.

O projeto Conviver estabelece também canais de

comunicação com as comunidades por meio de

linhas telefônicas diretas – o Disque Conviver.

O projeto D’Angola na Escola, da unidade de

Vinhedo, é dirigido a alunos de 1ª a 4ª séries do

Ensino Fundamental das escolas municipais.

Desde 1999, quando foi criado, já beneficiou

cerca de 7. 400 crianças.

Programas mundiais

Desde janeiro de 2002, a Unilever patrocina e

apóia a Ecotrópica – Fundação de Apoio à Vida nos

Trópicos, como parte do programa Lagos Vivos

(Living Lakes). A entidade monitora uma área de

preservação de 60 mil hectares na região do

Pantanal Mato-grossense, o que aumenta em 44%

o total de áreas protegidas naquele ecossistema.

O projeto Lagos Vivos é um programa mundial e

constitui uma frente de ação importante do

núcleo Água Sustentável. Está presente em

todos os continentes, protegendo 26 áreas,

entre elas o Mar Morto. Em 2003, um grupo de

trainees da Unilever Brasil desenvolveu um pro-

jeto de gestão administrativa e desenvolvimen-

to sustentável para a Ecotrópica. Saiba mais

sobre esse projeto na pág. 89.

Agricultura sustentável

Promover o plantio sustentável de tomate em

plena região central do Brasil, onde as

condições climáticas são adversas, é um desafio

para a Unilever. O projeto piloto lançado em

2003 envolveu 14 produtores e tem como ponto

de apoio a Fazenda Experimental – área onde

são desenvolvidas pesquisas que contribuam

para o aperfeiçoamento das técnicas agrícolas.

Para isso, serão investidos no projeto cerca de

2,5 milhões de reais nos próximos três anos.

Todas as tecnologias utilizadas e em desenvolvi-

mento respeitam o conceito de agricultura sus-

tentável e tem o apoio da equipe agrícola inter-

nacional da Unilever e da equipe especializada

na produção de tomates para uso industrial.

Um exemplo é o uso do sistema de monitora-

mento de doenças, visando à otimização da

aplicação de defensivos, armadilhas com fe-

romônio para controle de insetos, aprimora-

mento da tecnologia de plantio direto para o

cultivo dos tomates e manejo da água de irri-

gação. Outra técnica empregada é o goteja-

mento, que traz aumento e estabilidade da pro-

dução e é responsável pela redução de fungici-

das e uso mais eficiente de água e energia, bem

como redução dos custos de produção.

As pesquisas desenvolvidas na Fazenda

Experimental beneficiarão, num primeiro mo-

mento, os produtores parceiros da Unilever,

que estarão utilizando essas tecnologias para

melhorar não só a produtividade e qualidade de

suas lavouras, mas também empregar técnicas

e práticas que preservem os recursos naturais.

Esses conhecimentos serão transferidos pela

Unilever nos “dias de campo” nas visitas à

Fazenda Experimental e nas visitas da equipe

de assistência técnica da empresa. Os bons

resultados obtidos pelos produtores se esten-

derão ao restante da cadeia produtiva e, até

mesmo, aos consumidores finais, que terão

produtos sempre com mais qualidade.

7979

O plantio de tomate na região central do Brasil é um dos

projetos de agricultura sustentável da Unilever global

80

ou de promoção das marcas, em parceria com

entidades beneficentes ou organizações comu-

nitárias. Na área de doações, a empresa segue

uma política de cadastramento prévio das enti-

dades assistenciais, com o objetivo de evitar

quaisquer desvios. Os casos excepcionais, como

calamidades públicas e situações emergenciais,

são tratados de forma distinta.

A Pesquisa Mundial de Participação Comunitária

realizada em 2003 pela Unilever global mostrou

que cerca de 125 milhões de pessoas são benefi-

ciadas em todo o mundo por ações de envolvi-

mento social e que um, entre cada cinco fun-

cionários da companhia, está comprometido com

uma atividade comunitária.

A pesquisa revelou ainda que os investimentos

sociais na América Latina absorveram 51% das

aplicações dos recursos, superando a quantia

Foi assim em Port Sunlight, a primeira fábrica fun-

dada por William Lever, próxima à cidade de

Liverpool, na Inglaterra. É assim, nos dias de hoje,

em Igarassu/PE, Goiânia/GO, Valinhos/SP ou em

plena área urbana da cidade de São Paulo.

Cada fábrica, em sua rotina operacional, deve

estar alinhada aos padrões globais de excelência

e promover a interação dinâmica e transparente

com a comunidade da qual faz parte. As ações são

orientadas pelos propósitos corporativos da organi-

zação e pelo Código de Princípios de Negócios que

estabelecem as condutas éticas da organização.

Em todo o mundo, as ações da Unilever nas comu-

nidades envolvem iniciativas de apoio à saúde, à

educação, aos esportes, ao meio ambiente, à arte e

cultura, com ênfase ao desenvolvimento de projetos

sociais de longo prazo. As divisões têm autonomia

para gerenciar suas ações de apoio, de patrocínio

COMUNIDADE E

ação socia lA UNILEVER É UMA EMPRESA QUE SE ESFORÇA PARA AGIR DE

MANEIRA RESPONSÁVEL EM RELAÇÃO ÀS COMUNIDADES ONDE ATUA

E AO MEIO AMBIENTE. O DESAFIO DE SER UMA EMPRESA CIDADÃ FAZ

PARTE DA SUA HISTÓRIA E DA SUA FORMA DE FAZER NEGÓCIO EM

TODO O MUNDO, RESPEITANDO AS CULTURAS LOCAIS, INTEGRANDO-

SE ÀS COMUNIDADES E PROMOVENDO O DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO E SOCIAL.

81

linhas enclausuradas diminuíram o nível de ruído.

Um canal de comunicação foi aberto – o Disque

Conviver – para receber reclamações e sugestões

dos moradores vizinhos.

Em 2003, a Unilever apoiou pelo nono ano conse-

cutivo a realização da Semana da Água, um proje-

to de educação ambiental da prefeitura de

Valinhos que beneficia em cada edição cerca de 30

mil crianças da região. Apoiou também a formação

do Comitê de Responsabilidade Social, iniciativa

da prefeitura que tem o objetivo de envolver as

empresas da região em projetos conjuntos.

O projeto Conviver é uma ação conduzida pelos

funcionários da fábrica de Valinhos e, como tal, foi

remodelado no ano passado para ter mais

abrangência e desenvolver iniciativas nas áreas de

qualidade de vida, promoção de saúde, de volun-

tariado, de educação e cultura.

destinada a doações. Do total, 68% foram investi-

dos em projetos educacionais. A informação tam-

bém vale para o Brasil: a empresa contribuiu com

13,4 milhões de reais, sendo que 50% dessa quan-

tia foi direcionada para investimentos sociais.

RELACIONAMENTO COM AS COMUNIDADESAs características das edificações mais antigas da

unidade de Valinhos/SP revelam a época da cons-

trução da fábrica, algumas décadas atrás, em que

as linhas do mapa dessa cidade ficavam muito dis-

tantes dos seus portões. O município cresceu em

torno da fábrica e um projeto inovador desen-

volveu com sucesso as regras de convivência com

a comunidade do entorno: o projeto Conviver.

Ações foram implementadas para reduzir o impacto

do movimento dos caminhões e investimentos em

82

Com diferentes formatos e adequados às diferentes

realidades, o projeto Conviver foi adotado por

outras fábricas da região – Vinhedo e Indaiatuba,

ambas em São Paulo/SP –, e de outros Estados,

como Igarassu/PE e de Goiânia/GO, beneficiando

diretamente cerca de 140 mil pessoas e, indireta-

mente, outras 380 mil. O curso de informática para

jovens é uma das ações do Conviver da unidade de

Igarassu, que está insta-

lada na Região Metro-

politana do Recife/PE, e

montou boa parte do

seu contingente por

meio do programa Pri-

meiro Emprego do Go-

verno Federal.

A fábrica de Vinhedo, por

sua vez, está localizada

em um distrito industrial, mas mesmo assim man-

tém um estreito relacionamento com as cidades do

seu entorno, que são Campinas, Louveira e Jundiaí.

O projeto de educação ambiental D’Angola na Escola

acontece todos os anos e é dirigido a alunos de 1ª a

4ª séries do Ensino Fundamental das escolas muni-

cipais. A unidade oferece 45 vagas na Oficina de

Música para os filhos dos funcionários e apoiou a

instalação de um Centro Rexona AdeS de Excelência

do Voleibol, em parceria com a prefeitura do municí-

pio. Como as outras fábricas da região, Valinhos e

Indaiatuba também participam do Consórcio Inter-

municipal das Bacias Hidrográficas dos Rios

Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ).

Uma versão do Conviver foi desenvolvida em Goiânia,

onde a Unilever opera a sua maior fábrica da divisão

de alimentos do mundo. Na época da safra, que vai

de maio a setembro, o

movimento de caminhões

na área é intenso e exigiu

o desenvolvimento de um

trabalho de conscientiza-

ção junto às transportado-

ras e motoristas contrata-

dos, com o objetivo de

diminuir os transtornos

provocados, bem como a

sujeira deixada pelos resíduos de tomates. Apesar de

não estar relacionado com a operação da fábrica, um

dos problemas que provocam reclamações dos

moradores é o odor do Rio Meia-Ponte que atravessa

a região. A gerência da fábrica participa do Consórcio

da Bacia do Rio Meia-Ponte, que tem o objetivo de

desenvolver soluções para a melhoria da qualidade

da água, alinhadas à visão de desenvolvimento sus-

tentável preconizada pela Unilever.

Investimentos totaisInvestimentos por área

Investimentos Totais R$ 13.325.707,00

56%10,1%

25,9%

12%

44%50,2%

0,8%1%

Educação

Meio ambiente

Saúde

Desenvolvimentoeconômico

Arte e Cultura

Esporte

Corporativos

Marcas

83

A fábrica de Goiânia está engajada também na

implementação do programa Educação Alimentar,

uma iniciativa da Unilever Alimentos que visa não

apenas disseminar informações sobre nutrição

saudável, mas promover também a transferência

dos valores da Unilever para a comunidade.

A fachada da fábrica da Kibon, em São Paulo, ga-

nhou cores novas em 2003, sintonizadas com a

reformulação da identidade visual

da marca. A marca do coração

espalhou alegria também pelo

bairro que é basicamente residen-

cial e onde está instalada desde

1958. Para minimizar os possíveis

distúrbios causados por suas ope-

rações, a Kibon estabeleceu regras

para o movimento de caminhões e

um esquema de vigilância para o

estacionamento de carros. Mantém ainda controle

rígido sobre os níveis de ruído.

Todo esse cuidado é monitorado pelo Programa

Bom Vizinho, que conta ainda com um telefone

direto – a Linha Verde –, que fica à disposição dos

moradores para manifestações e reclamações.

Todo o procedimento da fábrica é comunicado

com antecedência para os moradores vizinhos, de

casa em casa. Isso vale para uma simples

Como uma boa “vizinha”, a Kibon cultiva a amizade com a

comunidade do bairro onde está instalada em São Paulo/SP e,

pensando no futuro, projetos de educação ambiental voltados

para as crianças são desenvolvidos pelas fábricas (foto na

página ao lado).

Investimentos das marcasInvestimentos corporativos

2002 2003 Variação 2003/2002

Iniciativas das marcas 54 607 +1024%

Investimento social 4.358 6.358 +44%

Doações assistenciais 9.274 6.454 -30%

* valores em R$’000

22,1%

1%

2,6% 14,7%

9,7%

7,5%

3,8%

74,8%64,4%

Educação

Meio ambiente

Saúde (0,05%)

Doações

Arte e Cultura

Educação

Meio ambiente

Saúde

Desenvolvimentoeconômico

Esporte

84

manutenção da cerca até os treinamentos que são

realizados periodicamente e envolvem sinais de

alarme. Juntamente com as outras empresas da

região e o Corpo de Bombeiros, a unidade integra o

Plano de Auxílio Mútuo (PAM), que atua em situa-

ções de contingência.

INVESTIMENTO SOCIALO Instituto Unilever foi criado em 2002 em resposta

às aspirações da empresa de qualificar melhor o seu

investimento social e de formular ações estrutu-

radas de longo prazo. Gradativamente, as iniciativas

das marcas estão sendo acolhidas por esse grande

guarda-chuva, para ganhar mais alcance e outras

foram desenvolvidas, já alinhadas aos principais

focos de atuação: o envolvimento comunitário e o

desenvolvimento sustentável.

A diretoria do Instituto Unilever é formada por fun-

cionários da empresa. Além de apoiar o desenvolvi-

mento de projetos sociais, a entidade incentiva o

engajamento voluntário dos funcionários nas dife-

rentes frentes de atuação. Em seu primeiro ano de

vida, o Instituto Unilever investiu 3,5 milhões de reais

em programas de alcance social no Brasil. Em 2003, o

valor do investimento beirou 8 milhões de reais e a

meta, para 2004, é chegar a 14 milhões de reais.

COMIDA, DIVERSÃO E ARTEClaro que não foi por acaso: o pintor Botero foi o per-

sonagem escolhido para as oficinas de arte e de

culinária que têm como tema “Gorduras”. A proposta do

Programa de Educação Alimentar é promover a conscien-

tização sobre alimentação saudável e disseminar infor-

mações sobre arte e cultura, em nove módulos que

podem ser inseridos na grade curricular das escolas.

O programa foi desenvolvido por funcionários volun-

tários da Unilever Alimentos, como parte das ações

SELO FOME ZERO

O Programa Fome Zero foi lançado em

2002 e integra o conjunto de políticas

sociais do governo federal. Cinco projetos

desenvolvidos pela Unilever receberam o

selo do Programa Fome Zero, um reco-

nhecimento por parte do governo federal

às ações da empresa que promovem a

inclusão social. Os projetos certificados

foram: Centro Rexona AdeS de Vôlei,

Programa de Educação Alimentar,

Estações de Reciclagem Pão de Açúcar

Unilever, Arrastão da Saúde e Kibon

Criando com Palitos.

85

Alimentação saudável, arte e cul-

tura: proposta inovadora do projeto

Educação Alimentar

86

Investimentos sociais visam a cidadania e a inclusão

social de jovens, e as condições de segurança e a qua-

lidade de vida dos trabalhadores rurais

87

de responsabilidade social que foram incentivadas

na divisão. É formado por três frentes de trabalho:

capacitação de professores de 3ª e 4ª séries do

Ensino Fundamental por pedagogos especializa-

dos; capacitação de merendeiras, com a colabo-

ração das culinaristas da divisão; e trabalho volun-

tário dos funcionários que apresentam o conteúdo

de arte & culinária nas escolas localizadas nas

proximidades das fábricas ou dos escritórios.

Em 2003, o programa foi aplicado nas 22 escolas

da rede municipal de Pouso Alegre/MG e em uma

escola de São Paulo. A meta para 2004 é ampliar

o número de escolas em São Paulo e estender o

programa para as redes municipais de

Valinhos/SP e de Goiânia/GO. No total, serão be-

neficiados diretamente cerca de 62 mil alunos de

590 escolas. O investimento previsto para o perío-

do 2003/2004 é de 2 milhões de reais.

COMPROMISSO COM O FUTUROCerca de 90 produtores agrícolas das cidades

próximas à unidade de Goiânia são fornecedores

de tomate para a indústria de alimentos. Como

empresa socialmente responsável, a Unilever não

poderia ignorar as precárias condições de traba-

lho dos 2.500 trabalhadores rurais da região e as

ameaças constantes de utilização de mão-de-

obra infantil.

Dois projetos do Instituto Unilever foram iniciados

em 2003 com o propósito de fazer parte da

solução dos problemas da região. O objetivo do

Projeto Rural Responsável é promover a melhoria

das condições de saúde e a segurança no trabalho

rural, como o uso de equipamentos de proteção

individual (EPIs), adequação da alimentação, da

higiene e do transporte. O projeto envolve os

sindicatos de produtores e de trabalhadores

rurais das cidades goianas de Silvânia e Itaberaí e

a associação rural que atua na região.

Uma pesquisa realizada com voluntários das duas

cidades identificou as causas que levavam à uti-

lização do trabalho infantil. Além de participarem

como mão-de-obra na produtividade da família, as

crianças não tinham alternativa senão acompa-

nhar os pais. No projeto Infância Protegida, o foco

social foi fortalecer os Conselhos Municipais dos

Direitos da Criança e do Adolescente, aportando

recursos provenientes de incentivo fiscal destina-

dos aos Fundos da Criança e do Adolescente das

cidades para objetivos específicos.

Em Silvânia, foi construída uma creche/escola

junto ao terminal de embarque e desembarque

dos trabalhadores rurais. Na região de Itaberaí, a

solução foi a instalação de uma escola rural numa

localização estratégica, para evitar os longos e

desestimulantes deslocamentos das crianças.

Nessas duas instalações, as crianças passam o

dia, enquanto os pais trabalham, recebem alimen-

tação e assistência médica e participam de ativi-

dades de recreação. Ficam protegidas da ameaça

do trabalho infantil.

ESPORTE E CIDADANIAO Projeto Centro Rexona de Excelência do Voleibol

(o nome atual é Centro Rexona AdeS de Vôlei) foi

criado em 1997, no Paraná, como uma iniciativa de

marketing social. Sete anos depois, o modelo con-

tinua a ser enriquecido e agora constitui um pro-

jeto de investimento social ao longo prazo, com

20 núcleos distribuídos por 18 cidades paranaen-

ses, dois no interior de São Paulo (Vinhedo e

Indaiatuba) e dois em São Paulo, na comunidade

de Heliópolis.

88

Cerca de 5 mil crianças e adolescentes já partici-

param dos cursos de vôlei, mas o que está real-

mente por trás do projeto idealizado pelo técnico

da Seleção Brasileira de Vôlei Masculino,

Bernardo Rezende, o Bernardinho, e a ex-jogadora

Ana Moser, é promover a inclusão social por meio

do esporte e a formação de cidadãos conscientes

de suas responsabilidades e direitos.

A meta para 2004 do projeto Rexona, que agora

também conta com a marca AdeS é expandir o

atendimento para 6 mil crianças, instalando novos

núcleos em São Paulo e no Paraná.

BRINCADEIRA SÉRIAHá mais de dez anos, a Kibon faz a alegria das crian-

ças com o projeto social "Criando com Palitos". Por

meio de uma atividade interativa realizada em esco-

las, hospitais e na fábrica da Kibon, em São Paulo,

as crianças se divertem construindo objetos com

palitos coloridos e flexíveis chamados “plastitos”.

O objetivo do programa é estimular as crianças a

desenvolverem a criatividade,

a potencialidade psicomoto-

ra, a lógica matemática, a

auto-estima, o respeito ao

próximo e, principalmente, a

responsabilidade social de

uma maneira divertida. Até

hoje, mais de 1 milhão de

crianças e 38 mil professores

de Educação Infantil participaram do projeto.

Nas escolas, as crianças engajam-se também na

ação De Coração a Coração, arrecadando e recor-

tando as logomarcas das embalagens da Kibon

que são revertidas na doação de brinquedos e

materiais para a montagem de salas de recreação

infantil em hospitais. São doadas três salas por

ano para hospitais das cidades de São Paulo, Rio

de Janeiro e Recife.

VIDA COM ARTEEm 2003, o tema proposto pelo projeto Unilever

Art Project foi “Nosso relacionamento com a

água”. Quase 3.500 estudantes dos municípios

onde a Unilever tem unidades instaladas partici-

param das atividades e produziram peças de arte

contemporânea.

O trabalho vencedor garantiu a viagem do seu autor

a Londres e a exposição da obra na galeria Tate

Modern (Museu de Arte Contemporânea de Londres).

EDUCAÇÃO AMBIENTALColocar em prática o conceito de responsabilidade

compartilhada é a base do projeto Estações de

Reciclagem Pão de Açúcar – Unilever. Com a insta-

lação de postos de entrega voluntária para coleta

seletiva de embalagens pós-consumo, o projeto

tem a missão de promover a

conscientização ambiental

dos clientes que fazem com-

pras na principal rede de

supermercados do Brasil de

acordo com o ranking da

Associação Brasileira de

Supermercados (ABRAS) e

da sociedade em geral.

Entre abril de 2001, quando foi lançado, até

dezembro de 2003, as estações recolheram cerca

de 4.900 toneladas de materiais recicláveis e

geraram mais de 200 postos de trabalho. Hoje,

existem 82 Estações de Reciclagem, instaladas em

17 cidades de seis Estados brasileiros.

89

EM DEFESA DO PANTANALDesde 2002, o Instituto Unilever patrocina e apóia

as atividades da Ecotrópica – Fundação de Apoio à

Vida nos Trópicos, organização não-governamental

que monitora uma área de preservação de 60 mil

hectares na região do Pantanal Mato-grossense.

Após um ano de parceria, ficou nítida a necessi-

dade de um planejamento de gestão para a ONG e

o desafio foi feito pela área de Responsabilidade

Social para os trainees.

A partir de um diagnóstico que buscou entender a

situação como um todo, mapear seus objetivos,

pontos fortes e deficiências, o grupo elaborou um

plano de gestão para a instituição, com alternativas

para a captação de recursos e sugestões para a sua

auto-sustentabilidade.

O projeto foi fundamental para estreitar a relação

do Instituto Unilever com a Ecotrópica e promover a

formação dos futuros gerentes da companhia com

ênfase na responsabilidade social.

Ajudando e aprendendo, os trainees de 2003,

futuros gerentes da companhia, vivenciaram uma

rica experiência no Pantanal Mato-grossense

90

Projeto

Es

po

rte

Kibon

UnileverAlimentos

Instituto Unilever

Fábricas deValinhos/SP

Fábrica de PousoAlegre/MG

Fábrica deIgarassu/PE

Instituto Unileverem parceria coma AçãoComunitária doBrasil

Seda

Instituto Unilever

Rexona e AdeS

Desenvolver atividades educa-tivas com crianças em idadeescolar; Instalação de salas derecreação infantil em hospitais

Disseminar conhecimento sobrealimentação balanceada pormeio de oficinas de arte eculinária; capacitar professorese merendeiras; estimular o vo-luntariado entre os funcionáriosda empresa

Distribuição de 2 milhões delivros educacionais

Cursos de informática

Ensino Médio e Fundamental

Formação e oportunidade deemprego

Reforço apredizagem / oficinaseducativas / profissionalização

Capacitação de cabeleireirosReforma do centro de ensinoDoação de produtos

Incentivo à prática artística

Disseminar a educação de va-lores éticos e morais na for-mação de crianças e adolescen-tes de baixa renda, utilizando oesporte como ferramenta.

Crianças a partir de 4 anos

Crianças de 3ª. e 4ª.séries das escolas doEnsino Fundamental;Professores e merendeiras

Funcionários/Comunidades

Filhos de funcionários

250 funcionários

Jovens sem experiênciada região

Crianças e Jovens

Jovens e adultos

Crianças das escolaspúblicas das comu-nidades onde a Unilevertem unidades

Comunidade de Heliópolisem São Paulo (SP), Indaia-tuba, Valinhos e Vinhedo(SP) e Curitiba (PR)

R$ 450 mil (em 2003)

R$ 2 milhões

R$ 500 mil via LeiRouanet

R$ 12 mil

R$ 50 mil

R$ 10 mil por ano

R$ 65 mil (em 2003)

R$ 224 mil

R$ 120 mil (em 2003)

R$ 3.850 milhões (em 2003)

desde 1991

2003/2004

2002/2003

desde 2002

2003/2004

desde 1997

2002/2003

2003

desde 2001

desde 1997

ObjetivoIniciativa Público-alvo Investimento Social

Período deExecução

Criando comPalitos

EducaçãoAlimentar

Parceria comFundação EducarDPaschoal

EducaçãoProfissionalizante

Projeto Repensar

Primeiro Emprego

Empresa Cidadã

ProjetoTesourinha

Unilever ArtProject

Centro RexonaAdeS de Vôlei

Art

e e

cu

ltu

raE

du

ca

çã

o

91

Projeto

Fábrica deValinhos/SP eparceria com aPref. e o Consórcio das Bacias dosRios Piracicaba,Capivari e Jundiaí

Fábrica deVinhedo/SP

Meio ambiente

Meio ambiente

AXE, ALA e Kibon,Rexona, AdeS e Instituto Unilever

Close-up

Instituto Unilever

Área deSuprimentos daUnilever Alimentose Instituto Unilever

Fábricas de PousoAlegre/MG e deValinhos/SP, daKibon e escritóriode São Paulo

Incentivo à preservação do meioambiente

Criar a cultura da preservaçãodo meio ambiente

Disseminar a cultura da reci-clagem e coleta seletiva de resí-duos sólidos

Preservação de área noPantanal Mato-grossense, comoparte do Projeto Mundial LagosVivos. Participação de volun-tários trainees

Conscientização sobre AIDS eDST. Distribuição de folhetos epreservativos

Promover a saúde bucal

Apoiar ações voltadas para osdireitos da criança e do ado-lescente

Promover a saúde e a segurançano trabalho rural e prevenir autilização de trabalho infantil

Promover a inclusão de defi-cientes no quadro de funcionários

Crianças e jovens dasescolas da região

Alunos das escolas públi-cas do município

Clientes da Rede Pão deAçúcar e comunidade

Sociedade e moradoresda região

Moradores da região doRecife e Mangue Seco

Crianças e adultos

Crianças e adolescentesdas cidades de Itaberaíe Silvânia/GO,Conselhos dos Direitosda Criança e doAdolescente eConselho Tutelar

Trabalhadores rurais dascidades de Silvânia eItaberaí/GO

Comunidade

R$ 100 mil (em 2003)

R$ 30 mil (em 2003)

R$ 578 mil (em 2003)

R$ 210 mil

R$ 23 mil (em 2003)

R$ 50 mil

R$ 400 mil

R$ 150 mil

R$ 65.000,00 (em 2003)

desde 1994

desde 1999

desde 2001

2002 a 2004

desde 1998

desde 2002

2003/2004

2003/2004

ago/dez 03

ObjetivoIniciativa Públ ico-a lvo Investimento Social

Período deExecução

Semana da Água

D’Angola naEscola

Estações deReciclagem Pãode AçúcarUnilever

Parceria com aFundaçãoEcotrópica

Arrastão daSaúde

Projeto Close-up

InfânciaProtegida

RuralResponsável

Diversidade

So

cia

lS

de

Me

io a

mb

ien

te e

Ed

uc

ão

am

bie

nta

l

92

A agricultura fornece mais de dois terços das

matérias-primas que entram na composição dos

produtos da Unilever Alimentos e, entre elas, o

tomate é um dos ingredientes especiais. Por

essa razão, a empresa desenvolve em todo o

mundo projetos de incentivo ao plantio de

diversos produtos agrícolas, como tomate,

milho, ervilha, com a utilização das melhores

práticas locais em relação à produtividade, uti-

lização de fertilizantes e de defensivos agríco-

las e controle dos impactos ambientais.

A Fazenda Experimental da Unilever, localiza-

da em Goiânia/GO e inaugurada em outubro

de 2003, tem como objetivo gerar e difundir

tecnologias que contribuam para o desenvolvi-

mento da cultura do tomate, beneficiando

agricultores parceiros da empresa. A Fazenda

está inserida no projeto mundial de Agricultura

Sustentável da cultura do tomate, desenvolvido

pela Unilever, e que envolve outros três países

onde a empresa possui operações agrícolas:

Grécia, Austrália e Estados Unidos. Entre os

vários objetivos do projeto estão o uso racional

dos insumos agrícolas e dos recursos naturais,

a proteção do meio ambiente e a melhoria das

condições sociais e econômicas da região, e a

garantia de rentabilidade da cadeia produtiva.

A Unilever Alimentos processa atualmente 45%

ESTREITAR AS RELAÇÕES COM FORNECEDORES E PARCEIROS É UMA

DAS DIRETRIZES DA UNILEVER. EXIGIR MAIS PARA PODER OFERECER

MAIS EM QUALIDADE E SERVIÇOS, TENDO COMO META A IMPLEMEN-

TAÇÃO DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS COM PADRÕES DE CLASSE

MUNDIAL. CERCA DE 3 MIL FORNECEDORES ESTÃO ENVOLVIDOS EM

PROJETOS DE MELHORIA CONTÍNUA QUE ENVOLVEM DESDE A QUALI-

DADE DE INSUMOS AGRÍCOLAS AO TRANSPORTE DE PRODUTOS

ACABADOS, TRABALHOS QUE TÊM SEMPRE COMO BASE AS NORMAS

DO CÓDIGO DE PRINCÍPIOS DE NEGÓCIOS E CÓDIGO DE ÉTICA NO

TRATO COM FORNECEDORES.

NOSSOS

fornecedores

da produção brasileira de tomate para consumo

industrial, cerca de 1,2 milhão de toneladas. Os

resultados alcançados pelos 120 produtores

assistidos pela equipe técnica da empresa já

são promissores: a produtividade atinge

índices similares aos de outros projetos e tem a

seu favor a estabilidade do clima subtropical.

Além disso, a utilização de novas tecnolo-

gias proporciona maior qualidade dos

frutos.

Gostosos e nutritivos, os tomates destina-

dos à industrialização são mais doces e

firmes. Pesquisas mostram que o processa-

mento melhora a biodisponibilidade dos seus

94

Qualidade e produtividade: projeto de agricultura susten-

tável visa transformar produtores rurais em parceiros

95

componentes benéficos diretos, como licopeno,

carotenóides, vitaminas A, C e E, além dos ga-

nhos associados relativos à prevenção do

câncer e de doenças do coração. Apesar da

importância nutricional, o consumo “per capi-

ta” de tomate é ainda muito mais baixo nos

países emergentes.

Apoiar as práticas sustentáveis de plantio

resulta em qualidade e maior produtividade,

além de garantir a expansão dos benefícios a

toda a cadeia de suprimentos e aos consumi-

dores em geral. Os 120 produtores das regiões

de Goiânia/GO e Patos de Minas/MG optaram

pela cultura do tomate, visando rentabilidade

maior, e já estão sendo recompensados. Além

da assistência técnica especializada, a Unilever

financia os insumos, as sementes, os ferti-

lizantes, os defensivos agrícolas e a instalação

de equipamentos de irrigação adequados. Os

agricultores, por sua vez, têm a garantia de

compra de toda a produção.

96

97

O projeto de agricultura sustentável para pro-

dução de tomates em Goiânia gerou iniciativas

sociais e ambientais, como o relatório mostra

nos capítulos Meio Ambiente (pág 62) e Comuni-

dade e Ações Sociais (pág. 80) . Exigiu também o

desenvolvimento de uma logística especial para

o período da colheita que começa em junho.

Por um período de quatro meses, uma frota de

400 caminhões com caçambas adaptadas trans-

portam o produto colhido nas fazendas para as

fábricas de Goiânia e Patos de Minas, percor-

rendo distâncias médias de 100 km, numa ope-

ração ininterrupta que toma as 24 horas do dia.

Todo o empenho é direcionado para garantir o

fluxo do processo, evitando a perda do produto

e reduzindo o tempo de espera na fila para

desembarque e do consumo de combustível.

RELACIONAMENTOQualidade, eficiência e inovação são os ângulos

do projeto regional Vértice, lançado no final de

2003 pela Unilever Alimentos. Voltado para

uma base estratégica de 40 fornecedores de

ingredientes e de embalagens, responsável por

70% do volume de compras, o projeto visa me-

lhorar os níveis de serviço e qualidade, reduzir

os custos de não conformidade e padronizar

critérios de medição e indicadores de desem-

penho dentro da América Latina, para acompa-

nhar a evolução dos fornecedores.

O objetivo do pilar eficiência é o custo total da

Empresa fornecedora de embalagens para sorvetes está

integrada à linha de produção

cadeia de abastecimento e prevê um conjunto

de iniciativas que vão do desenvolvimento de

uma plataforma virtual – pela qual os fornece-

dores podem antecipar a demanda, gerenciar

estoques e entregas para a Unilever (“Vendor

Managed Inventory”) –, ao redesenho da malha

de transporte de materiais e à redução e pre-

venção de desperdícios. Na primeira etapa do

projeto, já havia sido implementado o indicador

de performance em 14 fornecedores e iniciado o

desenvolvimento dos planos de ação para a

melhoria do serviço de logística.

O programa de relacionamento pretende

envolver os fornecedores num ambiente de ino-

vação, promovendo o desenvolvimento conjun-

to e o compartilhamento de riscos. Iniciativas já

implementadas e bem-sucedidas mostram que

a tecnologia raramente é uma barreira e que,

para ser transformada em vantagem competiti-

va, a inovação requer, às vezes, alianças exter-

nas com universidades e institutos de pesquisa.

Em 2003, foram desenvolvidos mais de 240 pro-

jetos de inovação na Unilever Alimentos e 75

em sorvetes na América Latina. No Brasil, dois

projetos na área de embalagem podem ser

destacados: o desenvolvimento das novas

embalagens flexíveis e recicláveis para a

maionese Hellmann’s, produzida na fábrica de

Pouso Alegre/MG, em substituição ao vidro; e a

integração do fornecedor de potes plásticos de

sorvetes à linha de fabricação, proporcionando

98

eficiência ao processo e redução de custos.

Outra iniciativa desenvolvida em 2003 foi a

revisão do Manual de Gerenciamento de

Fornecedores e Co-packers, adequando à reali-

dade local as melhores práticas globais de qua-

lidade, saúde ocupacional e segurança do tra-

balho. A partir desse trabalho, foi iniciado tam-

bém um programa de auditoria dos fornece-

dores, que serão pontuados e classificados. O

programa prevê ainda planos de ação para

desenvolvimento dos fornecedores que não atin-

girem os índices necessários, visando os

padrões de excelência da cadeia de suprimentos.

MODELOCom foco no objetivo estratégico de aprimorar a

cadeia de suprimentos, foi iniciado em 2003 um

projeto de operação conjunta na área de dis-

tribuição, o Berlim 89, uma referência à queda

do Muro de Berlim e à unificação da Alemanha.

O projeto piloto foi desenvolvido no centro de

distribuição de Canoas/RS e envolveu as áreas

de Logística, Manufatura, Compras e Vendas

das divisões de Alimentos e de Higiene e

Beleza, além da transportadora que desen-

volveu caminhões especiais, capazes de trans-

portar cargas secas e refrigeradas, com o máxi-

mo de flexibilidade, qualidade e segurança.

A operação unificada tem o objetivo de propor-

cionar ganho de escala, otimização de custos e

qualidade dos serviços: se antes era difícil

atender a um cliente médio ou pequeno, em

função do tamanho dos pedidos, agora os pro-

dutos podem estar disponíveis em mais lugares

para mais consumidores, pois os pedidos com-

postos são maiores e viáveis.

Para chegar ao consumidor final, a Unilever busca o apri-

moramento constante dos canais de distribuição

99

A Unilever transporta quase 200 mil toneladas de

produtos por mês, por meio de 119 transportadoras

que colocam mais de 1.400 motoristas com seus

caminhões em circulação por todo o território

brasileiro. Dessa frota, 10% dos motoristas são fun-

cionários diretos das transportadoras e recebem

salário fixo, independentemente do número de via-

gens realizadas no mês. Os demais são contratados

por viagem para atender regiões determinadas.

Em 2002, a Unilever observou que a média de aci-

dentes era de 8 para cada 10 mil embarques,

enquanto a média do mercado era de 6. Num

cenário que atrela os rendimentos do motorista à

quantidade de viagens realizada, sem mecanismos

que obriguem os motoristas a cumprirem procedi-

mentos de segurança, a exposição ao risco é maior.

O diagnóstico do Comitê de Prevenção de

Acidentes apontou que em 76% dos casos o princi-

pal fator estava ligado ao motorista e,

em especial, às condições de trabalho

e à qualidade de vida.

Para reverter a situação, foi desenvolvi-

do o programa Transportando com

Segurança, com material informativo e treina-

mentos, sob a forma de boletins mensais, com

análises de casos reais, procedimentos, orientações

sobre as estradas e áreas de risco e manutenção pre-

ventiva do veículo. Os motoristas também receberam

atendimento fisioterapêutico e participaram volun-

tariamente de palestras sobre saúde e acidentes de

trabalho. O programa resultou numa diminuição da

freqüência de acidentes para 2,8 a cada 10 mil embar-

ques, ou seja, uma redução de 65%.

O programa Transportando com Segurança rece-

beu, em 2004, o reconhecimento do XV Prêmio

Volvo de Segurança no Trânsito.

SEGURANÇA

Indicadores 2003 (acidentes para cada 10 mil embarques)

Média mercado 6

Unilever 8

Meta 5

Obtido com o programa 2,8 - ∆ = –65%

100

negócios, como também em questões mais

amplas e que interessam a toda a sociedade.

Defender os direitos do consumidor, a segurança

dos produtos e a justiça das relações tributárias

são caminhos que devem ser percorridos por uma

empresa cidadã e constituem formas de dissemi-

nar o modelo global de Responsabilidade Corpo-

rativa da companhia.

Por meio das associações dos setores econômi-

cos, nos quais desenvolve suas atividades empre-

sariais, a Unilever participa ativamente dos

processos de elaboração de propostas de inte-

resse público e caráter social, da formulação de

políticas públicas, da discussão de sistemas tri-

butários e de regulamentação ambiental.

FRENTESA Unilever tem como norma não participar de

campanhas políticas, nem fazer contribuições a

partidos ou candidatos.

A formulação de políticas públicas, contudo, é

Com a nova Missão – Vitalidade –, anunciada em

2004, a companhia está pronta, após o processo

de fusões e aquisições enfrentado nos últimos

anos, para apresentar-se com um novo posiciona-

mento perante a sociedade e fortalecer ainda

mais sua credibilidade junto ao consumidor e

demais públicos. Dentro dessa filosofia, também

está o Instituto Unilever, com a missão de coor-

denar o investimento social e ambiental a longo

prazo, imprimindo ainda mais transparência a

essas ações da companhia.

Todos os passos, porém, são sempre acompa-

nhados de perto pela área de Relações Gover-

namentais, área corporativa que atua junto aos

órgãos reguladores, representações setoriais e

governos nos âmbitos federal, estadual e muni-

cipal. Todas as ações são desenvolvidas com ética

e transparência e têm como base o Código de

Princípios de Negócios. Sua atuação está focada

em questões diretas, como a preservação da

imagem da empresa e o desenvolvimento dos

RELAÇÕESInst i tucionais

APESAR DE ESTAR PRESENTE NA VIDA DAS PESSOAS, COMO ORGANI-

ZAÇÃO, A UNILEVER QUASE NÃO É RECONHECIDA PELO PÚBLICO EM

GERAL. OS CONSUMIDORES, POR EXEMPLO, NÃO VÊEM CLARAMENTE

A LIGAÇÃO QUE EXISTE ENTRE AS MARCAS E A EMPRESA, NEM O QUE

ELA REPRESENTA NO CENÁRIO ECONÔMICO BRASILEIRO.

101

Com a nova missão Vitalidade, a

Unilever reforça seu compromisso

com o bem-estar do consumidor

102

Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins (ABIPLA),

por exemplo, a empresa participou em 2003 da ela-

boração de uma cartilha com orientações ao consu-

midor sobre produtos desinfetantes, suas formu-

lações e os perigos decorrentes da produção informal,

sem controle de padrão de segurança e qualidade.

Com a Associação Brasileira das Indústrias de

Alimentação (ABIA), a Unilever defende desde 2002

a normalização da sistemática de cobrança dos

tributos federais PIS/Confins, que oneram a pro-

dução de alimentos processados. Outras questões

importantes que estão em discussão são a rotu-

lagem de alimentos que não contenham glúten,

questão que está relacionada diretamente às pes-

soas portadoras de doença celíaca, e a possibili-

dade da utilização de soja geneticamente modifica-

da nos alimentos, condicionada à sua rotulagem.

Outra questão polêmica é o teste em animais,

exigido para determinados produtos sob controle

do Ministério da Saúde, por meio da Agência

Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). A

Unilever não lança produtos que necessitem

desse tipo de teste, que é proibido segundo as

normas globais da empresa. Métodos alternativos

para testes de segurança estão sendo pesquisa-

dos pela companhia no Brasil e pelo Centro de

Garantia de Segurança e do Meio Ambiente (SEAC

– Safety and Environmental Assurance Centre),

localizado na Inglaterra. Com a Associação

Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza

e Afins (ABIPLA), a Unilever defende alternativas

que não necessitem do sacrifício desses animais.

Mensalmente, a Unilever registra cerca de 50

uma frente de atuação em que a empresa demons-

tra todo o seu interesse, participando de fóruns

específicos. Juntamente com a Associação das

Indústrias de Alimentação (ABIA), a Unilever par-

ticipou do plano de logística do programa federal

Fome Zero, além das doações sistemáticas que

são realizadas. Cinco projetos sociais da empresa,

consolidados e com resultados concretos, foram

apresentados ao programa e receberam o selo de

certificação (ver pág. 84).

Em 2003, a participação da companhia nesse campo

avançou mais e a Unilever, por meio do Instituto

Unilever, iniciou a estruturação de um projeto para a

região do semi-árido do Nordeste. A idéia é adotar

uma cidade com baixo Índice de Desenvolvimento

Humano (IDH), conceito criado pelo Programa das

Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), e

promover três pilares: saúde, educação e meio

ambiente, com o foco específico na mortalidade

infantil, saneamento básico, educação para o traba-

lho e preservação do meio ambiente.

Além de estar alinhado às frentes de negócios da

empresa, esse novo projeto de desenvolvimento

sustentável representa mais um esforço da com-

panhia em participar das soluções, assim como os

projetos Rural Responsável e Infância Protegida,

que estão sendo implementados em Goiás/GO,

junto à população da zona rural que vive das plan-

tações de tomate.

A Unilever está presente na diretoria de várias

associações setoriais, defendendo interesses

comuns dos segmentos e questões de interesse

do consumidor. Com a Associação Brasileira das

103

novas variações de produtos. As áreas regu-

latórias das divisões de Higiene e Beleza, de

Alimentos e de Sorvetes contribuem decisiva-

mente para o negócio, na medida em que têm a

incumbência de efetivar os registros legais obri-

gatórios à comercialização.

Entre suas atividades, destaca-se ainda a inte-

gração com as áreas de Desenvolvimento de

Produtos e de Marketing para a implementação de

novos projetos, provendo aconselhamento técnico e

direcionamento nos aspectos de sua competência.

O monitoramento e o alinhamento das atividades

produtivas – incluindo fábricas, terceiros co-packers

e centros de distribuição – com a legislação sa-

nitária em vigor são também suas atribuições.

Essas são áreas de atuação bastante complexas,

principalmente quando relacionadas a alimentos fun-

cionais, sempre desenvolvidos com base em estudos

científicos e com algum benefício direto à saúde. O

primeiro alimento funcional aprovado no Brasil foi

Becel Pró-ative: o registro foi obtido em 2003 depois

de dois anos e meio de análise da ANVISA. Estudos

científicos desenvolvidos pela Unilever global com-

provavam que a utilização regular do produto,

dependendo do organismo, levava à redução de 10%

a 15% dos níveis de colesterol ruim (LDL).

A área de Relações Institucionais participa dos

comitês interdisciplinares de gerenciamento de

crises de todas as divisões. Nas reuniões mensais

dos grupos, são analisados os projetos da área de

Marketing, as campanhas publicitárias, a comuni-

cação externa das marcas e o potencial de risco à

imagem da empresa de cada ação.

Defender os direitos do consumidor e a segurança dos pro-

dutos são princípios básicos de uma empresa cidadã

Iniciativa e Coordenação

DIRETORIA DE ASSUNTOS CORPORATIVOS

Luiz Carlos Dutra – Diretor de assuntos corporativos

Maria Cláudia Souza – Gerente de assuntos corporativos

Elaine Molina – Gerente de Responsabilidade Social Corporativa

Cecília Malta – Coordenadora de Responsabilidade Social Corporativa

Coordenação

Christina Marin e Cristiane Rios ( Elos Comunicação)

Consultoria Editorial

Sônia Loureiro

Redação

Dinaura Landini (Elos Comunicação)

Projeto gráfico e direção de arte

Adriana Lago (Elos Comunicação)

Ilustração

Elma

Editoração

Adriana Lago e Laura Rosenthal (Elos Comunicação)

Fotos

Didier Pinheiro – págs.: 79, 86 (tomates), 94 e 95

Fabiano Feijó – págs: 20, 40 (HPC e Maizena), 41, 55, 57, 58, 60, 68, 69, 72, 73, 74,

75, 83, 98, 99 e 103

Luiz Doro – p. 86 (Rexona-AdeS)

Marcelo Barabani – p. 76

Renata Ursaia – págs.: 19, 22, 23, 36, 37, 40 (Kibon), 42, 44, 47, 48, 52, 54, 96, 101

p. 77 e 89 – Foto tirada por equipe de trainees

Revisão

Jô Santucci

Produção Gráfica

Clóvis Arruda

Fotolito e Impressão

Laborgraf

Tiragem

3.000 cópias

Agradecimentos internos

A Unilever agradece a todos que contribuíram no fornecimento

das informações contidas nesta publicação

Relatório impresso em papel Reciclato (miolo) e supremo Duo Design (capa) da Companhia Suzano

Impresso em outubro de 2004

CR

ÉD

ITO

S

104