Relatorio de Sustentabilidade 2004 PDF
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A Unilever faz parte da nossa vida e do
nosso cotidiano. Termos à nossa dis-
posição um mundo de marcas, embala-
gens de todo o tipo e rótulos com todas
as cores. Podemos contar com produtos
para as mais diversas finalidades que
garantem bem estar, conforto, beleza,
alegria e saúde. As ilustrações deste
relatório foram criadas pensando no
universo que a empresa representa.
Elas estão presentes ao longo dos capí-
tulos que relatam o desempenho da
companhia no ano de 2003 retratando
funcionários, parceiros, fornecedores,
consumidores e clientes com as cores e
o jeito de ser da Unilever.
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104
4
616
MENSAGEM DA PRESIDÊNCIA
PERFIL UNILEVER
COMPROMISSO
CORPORATIVO E
RESPONSABILIDADE
SOCIAL
QUALIDADE DAS RELAÇÕES
• Público Interno
• Consumidores e Clientes
• Meio Ambiente
• Comunidade e Ação Social
• Nossos Fornecedores
• Relações Institucionais
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50
62
80
92
100
CRÉDITOS
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Em meados de 2003, a Unilever Brasil publicou
o seu primeiro Relatório Socioambiental refe-
rente ao exercício de 2002. Foi um esforço e
tanto, um aprendizado altamente compensador
e, sobretudo, revelador.
Percorrendo a nossa história, constatamos que
a consagrada liderança da empresa em diversos
segmentos do mercado tinha como alicerce não
apenas o foco na qualidade dos produtos e na
satisfação das necessidades do consumidor,
mas estava apoiada também nas melhores práti-
cas de responsabilidade social e ambiental.
Procuramos mostrar a forma como a Unilever
trabalha, as ações das marcas, os diferentes
aspectos do nosso relacionamento com fun-
cionários, parceiros, fornecedores, clientes e
consumidores e os nossos projetos de investi-
mento social. No final, ficou claro para nós,
como numa fotografia bem iluminada e
enquadrada, que a empresa estava não apenas
alinhada aos valores que marcaram sua origem,
mas soube também acompanhar as transfor-
mações da sociedade e do mundo corporativo.
A história continua neste segundo relatório, um
retrato do ano de 2003. As expectativas de
desenvolvimento econômico do País ainda não
se cumpriram. Apesar do cenário desfavorável, a
Unilever não perdeu sua rota de crescimento.
Bons resultados foram garantidos pela bem-
sucedida estratégia de foco nas marcas líderes e
na inovação, sem perder de vista, é claro, a
preocupação com o controle de custos.
Mais do que a evolução dos números, porém,
queremos mostrar o quanto avançamos no
desafio de integrar a responsabilidade social no
nosso planejamento estratégico, seja na estru-
turação de uma governança corporativa, seja no
investimento em ferramentas de gestão, seja
na qualidade dos relacionamentos com os
diferentes públicos, seja na expansão do
MENSAGEM DO
presidente
HOJE, MAIS DO QUE
NUNCA, SABEMOS QUE O
SUCESSO DURADOURO DE
UMA EMPRESA TEM COMO
BASE O DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL E O COMPRO-
METIMENTO COM O SEU
PAPEL SOCIAL.
Instituto Unilever, criado em 2002, para
ser o meio condutor das nossas aspirações
e apoiar as ações sociais da companhia.
Hoje, mais do que nunca, sabemos que o
sucesso duradouro de uma empresa tem
como base o desenvolvimento sustentável e
o comprometimento com o seu papel social.
Às vésperas de comemorar 75 anos, a
Unilever Brasil renova-se com a missão cor-
porativa Vitalidade e a nova logomarca
anunciadas em julho de 2004.
As novidades trazem outros ares para os nos-
sos negócios. Nossos produtos vão levar
Vitalidade para o dia-a-dia dos nossos con-
sumidores e ajudar as pessoas a se sentirem
bem, ficar mais bonitas e aproveitar mais a
vida. É com Vitalidade que vamos impulsionar
o futuro das nossas marcas, a nossa cultura
empreendedora e os nossos compromissos
com as comunidades e o meio ambiente.
Este capítulo está só começando e será
escrito com a nossa energia, garra e von-
tade de inovar.
Vinícius Prianti
Presidente da Unilever Brasil
e deu lugar, em 1929, ao acordo que deu origem à
Unilever, organização que emprega hoje 234 mil
pessoas e está presente no cotidiano de milhões de
pessoas com produtos inovadores e de qualidade.
Os valores do fundador marcaram a trajetória da
Unilever, multinacional que está presente hoje em
150 países e tem unidades instaladas em pelo
menos 100 deles. Como líder na produção e no
fornecimento de bens de consumo não-duráveis,
com cerca de 400 marcas mundialmente reco-
nhecidas nos segmentos de limpeza, higiene e
beleza, e alimentação, incluindo sorvetes, garan-
tiu em 2003 o faturamento global de 42,942 bi-
lhões de euros.
Knorr, Cica, AdeS, Lipton, Dove, Cif, OMO, Seda, AXE,
Hellmann’s, Cornetto, Magnum, Rexona, Lux, Close-
Up, Ben & Jerry e Slim Fast são marcas que estão na
mente das pessoas em todo o mundo, como queria
William Lever, quase oito décadas passadas, para
satisfazer às necessidades dos consumidores e
tornar a vida mais fácil, mais gostosa e mais bonita.
Quando o jovem William
Hesketh Lever montou o
próprio negócio em
1884 e começou a
vender aos habitantes
da cidade inglesa de
Bolton um sabão corta-
do em pedaços embru-
lhados um a um, com o
vistoso nome Sunlight, certamente não fazia idéia
de que esse seria o início de uma história de
sucesso que alcançaria o inimaginável século XXI.
Mais do que um comerciante, Lever era um
empreendedor e, em sociedade com os irmãos,
investiu na produção de um sabão neutro com uma
fórmula especial para facilitar a tarefa de lavar
roupa. Outros produtos vieram, como o sabonete
Lux e, com o excedente dos óleos vegetais e ani-
mais, começou a fabricar margarina em 1917. A con-
corrência com a Margarine Unie, empresa dos
holandeses Jurgens e Van den Bergh, foi inevitável
APRESENTANDO A
Uni leverA UNILEVER É UMA COMPANHIA MULTINACIONAL COM UNIDADES
INSTALADAS, CONSUMIDORES, FUNCIONÁRIOS, PARCEIROS DE
NEGÓCIOS EM MAIS DE 100 PAÍSES EM TODOS OS CONTINENTES.
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Na década de 1940, os produtos Gessy eram anunciados nos bondes
da cidade do Rio de Janeiro.
Na página ao lado, primeiro anúncio do sabão Sunlight, que começou
a ser produzido, em 1930, na fábrica de Vila Anastácio, em São Paulo
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ÀS VÉSPERAS DE COMPLETAR 75 ANOS DE BRASIL, A UNILEVER É UMA
DAS MAIORES EMPRESAS DO SETOR DE BENS DE CONSUMO. SUAS MAR-
CAS SÃO LÍDERES NOS SEGMENTOS DE HIGIENE PESSOAL, LIMPEZA
DOMÉSTICA, ALIMENTOS E SORVETES. EM 2003, FOI APONTADA COMO A
SEGUNDA MAIOR ANUNCIANTE DO PAÍS, EM LEVANTAMENTO DA REVISTA
MEIO & MENSAGEM.
A UNILEVERverde e amarela
Goiãnia (GO) – Alimentos
Recife (PE) – HPC e Kibon
Igarassu (PE) – HPC
Garanhuns (PE) – Alimentos
Pouso Alegre (MG) – Alimentos
Patos de Minas (MG) – Alimentos
Mogi-Guaçu (SP) – Alimentos
Vinhedo (SP) – HPC
São Paulo (SP) – Kibon
Indaiatuba (SP) – HPC
Itatiba (SP) – HPC
Valinhos (SP) – Alimentos e HPC
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William Lever não viveu para comemorar o acordo
anglo-saxão que deu origem à Unilever em 1929 e
acompanhar a instalação de mais um braço da
companhia que fundara, a Irmãos Lever, na cidade
de São Paulo (SP), num distante e promissor país
chamado Brasil. Os primeiros lotes de Sunlight e
Flocos Lux que chegaram aos consumidores
brasileiros eram importados, mas em poucos
meses começou a fabricação nacional desses pro-
dutos na fábrica de Vila Anastácio, bairro que fica-
va a 12 km do centro de São Paulo.
Por décadas, a trajetória brasileira da empresa foi
marcada por acirrada competição com a
Companhia Gessy Industrial, do italiano José
Milani & Cia., que tinha como carro-chefe o
sabonete Gessy. Em 1960, um acordo uniu as
empresas e surgiu assim as Indústrias Gessy Lever.
Produtos inovadores, como Rinso, OMO e os
sabonetes Lux, Lever e Lifebuoy, construíram a li-
derança da empresa nos segmentos de limpeza
doméstica e higiene pessoal.
A inauguração da fábrica de margarina cremosa
Doriana, em Valinhos/SP, marca a entrada das
Indústrias Gessy Lever no mercado de alimentos,
seguindo a estratégia da Unilever mundial. Para
crescer nesse segmento, o Grupo inicia uma série
de aquisições: a Alnasa, que fabricava os sorvetes
Gelato, em 1973; a Anderson Clayton S/A, que
produzia a gordura vegetal Saúde, em 1986; a
Cica, com seus produtos à base de tomates, em
1993; a líder de sorvetes Kibon, em 1997. Com a
aquisição mundial da Bestfoods, em 2000, são
incorporadas marcas das Refinações de Milho
Brasil, como a Maizena, o óleo de milho Mazola e
a maionese Hellmann’s, além dos caldos Knorr e
do portfólio Arisco.
Em linha com a Unilever mundial e com duas
grandes frentes de atuação – alimentos e higiene
e beleza – a Gessy Lever assume em 2001 a iden-
tidade corporativa internacional e nasce assim a
Unilever Brasil. A reorganização mundial determi-
na ainda a implementação da divisão de sorvetes
que fica a cargo da Kibon. O próximo passo foi
reunir os produtos voltados para o segmento de
restaurantes e preparação de refeições fora de
casa – na divisão Unilever Foodsolutions –, um
desafio lançado em 2002 e consolidado em 2003.
A Unilever Brasil chegou ao final de 2003 com 15
unidades operacionais instaladas nos Estados de
Goiás, Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo,
responsáveis pela produção de 50, das 400 marcas
globais. Em relação a 2002, a distribuição da empre-
sa no mapa do Brasil foi alterada com a transferên-
cia das operações da unidade de Vespasiano/MG
para Indaiatuba/SP ( mais informações na pág. 49).
Em 2003, o faturamento bruto consolidado da
Unilever foi de R$ 8.087.449,00, com um acrésci-
mo de 9% em relação ao ano anterior. Esse valor
representou 5% do faturamento da Unilever glo-
bal e 50% da América Latina. A empresa chegou ao
final de 2003 com 13.175 funcionários (redução de
5% em relação a 2003). Desse total, 22% são mu-
lheres, 50% estão na faixa de idade entre 26/35
anos e 45% têm de um a cinco anos de empresa.
A Unilever Brasil recolheu aos cofres públicos, na forma
de impostos e contribuições, R$ 1.330.969.000,00. Os
investimentos em programas e ações sociais tota-
lizaram R$ 13.326.000,00.
1929: a Unilever é criada, resul-
tado da fusão entre a fábrica de
sabão inglesa Lever Brothers e a
fábrica de margarina holandesa
Margarine Unie
1930: a Irmãos Lever inaugura
sua primeira fábrica na capital
paulista, no bairro de Vila
Anastácio, e passa a produzir o
sabão Sunlight no País
1932: a Irmãos Lever lança no
mercado brasileiro o sabonete
Lever, com o mesmo perfil do
europeu Lux
1936: lançados os sabonetes
Carnaval e Lifebuoy
1944: a Irmãos Lever assume a
administração da S/A Perfumaria J. E.
Atkinsons
1953: a Irmãos Lever lança Rinso, o
primeiro sabão em pó brasileiro
1957: a Irmãos Lever lança o primeiro
detergente em pó OMO
1960: Irmãos Lever adquire a
Companhia Gessy Industrial e
nasce as Indústrias Gessy Lever
1962: lançado no Brasil o
primeiro xampu da Gessy Lever,
Vinólia, marca da Unilever já
consagrada em outros países e é
introduzido no mercado nacional
o creme dental Signal, o primeiro
com listras
1963: o sabonete Lever é
relançado com o nome Lux. É
lançado também o sabonete
Rexona, cuja marca desenvolve-
ria uma linha de desodorantes
de grande sucesso no ano
seguinte
1968: os primeiros xampus da
marca Seda chegam ao mercado
Enquanto isso...
1950: é introduzida no mercado
brasileiro a margarina Claybom, pela
Anderson Clayton
1951: o nome da Kibon passa a ser assi-
natura da empresa
1958: inauguração da nova fábrica
Kibon em São Paulo/SP
Anos de 1950 Anos de 1960
Enquanto isso...
1929: a Perfumaria Atkinsons, con-
trolada pela Lever Brothers desde
o início do século XX, instala-se no
Rio de Janeiro
1930: a empresa Refinações de
Milho Brasil, pertencente à Corn
Products Company (CPC), abre sua
primeira fábrica em São Paulo para
produzir derivados de milho como
a Maizena
1932: a empresa José Milani & Cia.,
fundada em 1897, é transformada
em Companhia Gessy Industrial,
adotando o nome do sabonete, seu
produto de maior sucesso
1934: a empresa norte-americana
Anderson Clayton Company, que
atuava na produção de alimentos,
abre subsidiária no País
Enquanto isso...
1960: nasce a Caterplan, divisão
da Bestfoods dedicada ao merca-
do institucional atuando na
Europa e nos EUA
1961: lançamento dos primeiros
caldos e sopas Knorr no Brasil
1962: iniciada a fabricação da
maionese Hellmann's no País
1969: criação da marca Arisco
LINHA do tempo
Anos de 1930 Anos de 1940
Enquanto isso...
1941: na cidade paulista de Jundiaí/SP,
é fundada a Cica – Companhia
Industrial de Conservas Alimentícias –
empresa que introduziu o extrato de
tomate Elefante no País
1942: é fundada no Rio de Janeiro a
Companhia U.S., empresa norte-ameri-
cana produtora de sorvetes e anteces-
sora da Kibon, que lança as marcas
campeãs de venda Eski-bon e o picolé
Chicabon no País
1948: Anderson Clayton lança a marga-
rina Saúde
13
1970: é inaugurada a fábrica
paulista de Valinhos, para pro-
dução de margarina.
• Criação da divisão Van den Bergh
e ingresso da Gessy Lever no mer-
cado de alimentos com o lança-
mento de Doriana, a primeira mar-
garina cremosa do mercado
brasileiro
1971: lançado Close Up, o primeiro
gel dental brasileiro
1973: lançamento da margarina
Becel, a primeira que traz o apelo à
saúde
1975: lançamento de Comfort, o
primeiro amaciante de roupas do
País
1976: a Gessy Lever lança Gradina,
linha de produtos destinados a
confeitarias, panificadoras, res-
taurantes e cozinhas industriais
1978: a Gessy Lever lança no país a
marca internacional de chás Lipton.
• Inauguração da fábrica de
Vinhedo que passou a manufatu-
rar os produtos de higiene pessoal
da Gessy Lever
1983: inaugurada a nova fábrica de
detergentes da Gessy Lever na cidade
paulista de Indaiatuba
1984: a empresa Henkel, fabricante
das marcas de detergente Viva,
Mago, Gigante Branco e Campeiro é
incorporada pela Gessy Lever
1985: lançamento nacional da marca
de desodorantes Axe
1986: incorporada pela Unilever a
indústria de cosméticos Pond's
1986: adquirida pela Gessy Lever a
empresa Anderson Clayton, produto-
ra da margarina Claybom e outros ali-
mentos, óleos vegetais, farelos e
rações para animais
1986: lançamento do sabão em pedra
Brilhante no mercado brasileiro
1990: lançamento de Dimension 2 em
1, o primeiro produto do mercado
composto por xampu e condicionador
1991: lançada a Doriana Light, pri-
meiro creme vegetal light do mercado
brasileiro
1992: lançado Dove, o primeiro
sabonete com ingredientes hidra-
tantes do mercado brasileiro
1993: adquirida pela Gessy Lever a Cica
– Companhia Industrial de Conservas
Alimentícias –, produtora de derivados
do tomate, doces e vegetais
1995: inauguração da fábrica de
detergentes em pó na cidade de Ves-
pasiano/MG
• Lançamento nacional do Lipton Ice Tea
1996: a Gessy Lever adquire a Diversey
Brasil, empresa de origem canadense
instalada no País desde 1956, dando
origem à DiverseyLever, que atua na
área de produtos, sistemas e serviços
para higiene industrial
• Lançamento do detergente Ala na
região Nordeste do país
• AdeS chega ao Brasil, importado da
Argentina. No ano seguinte, passa a
ser fabricado aqui
1997: inaugurada a fábrica da cidade
de Igarassu/PE, voltada à produção
de detergente em tablete e em pó da
marca Ala
• A Gessy Lever adquire a Kibon da
empresa Philip Morris e é inaugurada
a fábrica de Igarassu/PE
1999: inaugurada a fábrica da
Divisão Higiene e Beleza na cidade
de Recife/PE, voltada à produção de
xampus e desodorantes
1999: Kibon agrega em seu logotipo
um coração. O logotipo é o mesmo
em todos os países, alterando ape-
nas o nome da marca
• Inaugurada a fábrica de Rio
Verde/GO
Enquanto isso...
1986: Kibon é adquirida pela empresa
norte-americana Philip Morris
1982: a Refinações de Milho Brasil
entra no mercado foodservice brasileiro
iniciando as atividades da divisão
Caterplan, com linhas de produtos e
serviços implementadas com marcas
líderes como Hellmann's, Knorr,
Maizena e AdeS
Enquanto isso...
1997: a Refinações de Milho Brasil
passa a integrar o grupo norte-ameri-
cano Bestfoods, começando a fabricar
apenas produtos alimentícios e deixan-
do para a Corn Products Brasil o negó-
cio de ingredientes industriais.
2000: após a fusão com a Arisco
e o surgimento da RMB Ltda., a
Caterplan passa a atuar em outras
categorias como tomates, vege-
tais e azeite de oliva
• A Unilever incorpora o grupo
Bestfoods. Nesse mesmo ano, a
Bestfoods já havia incorporado a
Arisco, produtora de alimentos
fundada em 1969
2001: após a aquisição da
Bestfoods pela Unilever, a
Caterplan fica ainda maior, en-
globando as linhas de produtos
para este mercado da Van den
Bergh e da panificação Gradina.
O Centro de Informações e
Serviços ao Cliente é oficial-
mente chamado de CISC
2002: surge o novo nome UBF
Foodsolutions, a nova marca que
traz a sinergia entre a atuação da
Caterplan e Gradina, e que vem
para consolidar a posição da
empresa no mercado brasileiro.
• Inaugurada a Fábrica Dove –
Plataforma de Exportação para a
América Latina em Valinhos/SP
• Criação do Instituto Unilever
2003: união das marcas Knorr e
Cica
Enquanto isso...
1971: inauguração da Kibon Nordeste
1975: lançada a loção hidratante
Vasenol no mercado brasileiro, pela
empresa Pond's
Anos de 1990 Anos de 1970 Anos de 1980 Anos de 2000
14
O cenário econômico continuou desafiador em 2003 e reduziu
o poder de compra do consumidor brasileiro. Não chegou,
porém, a comprometer as metas de crescimento da Unilever
Brasil que, alinhada à estratégia de inovação e de qualidade
para o consumidor, obteve resultado positivo, manteve sua
liderança e cresceu nas categorias nas quais atua.
Esse resultado foi possível porque a empresa continuou
com o foco na estratégia mundial “Caminho para o
Crescimento”, que traçou os rumos para o período de
2000/2004. A Unilever Alimentos, concentrou esforços nas
seis principais marcas de seu portfólio, além de aprimorar
os processos de melhoria contínua. Dessa forma, obteve
18% de crescimento.
A inovação foi o destaque em todas as divisões. A Unilever
Higiene e Beleza colocou no mercado 39 variantes de produ-
tos e o relançamento de Lux bateu recordes de market share.
Ao contrário do que fazia em anos anteriores, a Divisão de
Sorvetes Kibon surpreendeu os consumidores de todas as
faixas com novidades (30 no total) o ano todo, inclusive no
inverno. O cream Doriana foi a inovação lançada pela
Unilever Alimentos numa condição de preço diferenciada.
O primeiro ano de resultado positivo da Unilever
Foodsolutions e os sete pontos acrescentados à margem se
devem basicamente aos objetivos postos em ação: buscar a
aproximação com o operador, desenvolver soluções,
otimizar custos e trabalhar o alinhamento estratégico do
time. Nas demais divisões, a questão liderança foi também
objeto de atenção especial, bem como a preocupação de
estimular o trabalho em equipes e reduzir as complexidades.
O avanço das iniciativas em responsabilidade social é tam-
bém um dos destaques do ano como bem demonstra este
Relatório Socioambiental.
SUCESSOSe desaf ios de 2003
15
RECONHECIMENTO
Os resultados positivos garantidos pela
Unilever em 2003 podem ser medidos
pelo reconhecimento do mercado e dos
consumidores. O volume de vendas da
Unilever foi suficiente para mantê-la na
mesma colocação de 2002 – 26º lugar –
na pesquisa Exame As Melhores e
Maiores. Foi apontada ainda como a
maior empresa do País no segmento de
Higiene e Cosméticos.
No ranking As Empresas mais Admi-
radas no Brasil, iniciativa da revista
Carta Capital, a Unilever foi primeira
colocada na categoria Higiene e
Limpeza Doméstica. Ficou, ainda, em
segundo lugar nas categorias Alimen-
tos e Higiene, Perfumaria e Cosméticos.
No ranking geral, subiu seis posições
em relação a 2002 e garantiu o 11º
lugar.
A Pesquisa Top of Mind 2003 do
Instituto Datafolha apontou as marcas
OMO, Lux, Rexona, Kibon, Hellmann’s e
Doriana como campeãs em suas cate-
gorias. Na categoria Top do Top, o
destaque foi para OMO, como a marca
mais lembrada do País, posição em que
se mantém há dez anos. Gessy foi a
marca mais lembrada pelas pessoas
acima de 41 anos (Top Sênior);
Hellmann’s e Kibon como campeãs Top
Popular.
Na pesquisa Top 5 – Marcas mais
Confiáveis, conduzida pela revista
Seleções Reader’s Digest, em 2003,
destacaram-se Kibon e OMO. Doriana,
Dove, Seda e OMO também foram
reconhecidas como as mais confiáveis
em suas categorias.
O CAMINHO PARA O CRESCIMENTOPara aumentar a taxa anual de crescimento para 6%, a
Unilever lançou em 2000 a estratégia mundial “O Caminho
para o Crescimento”. Entre as diretrizes desafiadoras estão:
A UNILEVER ATUA NO BRASIL COM QUATRO DIVISÕES
UNILEVER HIGIENE E BELEZA
Higiene pessoal – Desodorantes, produtos para cabe-
lo, sabonetes líquidos e em barra
Limpeza doméstica – Detergente em pó, amaciantes,
limpadores
DIVISÃO DE SORVETES KIBON
Sorvetes
UNILEVER ALIMENTOS
Alimentos – Atomatados, caldos, maionese, catchup,
amido de milho, bebidas à base de soja
UNILEVER FOODSOLUTIONS
Produtos e serviços para restaurantes e food service
foco nas marcas: concentrar esforços e
recursos em 400 marcas, tornando-as fortes
e líderes
reconexão com o consumidor: descobrir o
que o consumidor deseja e satisfazer às suas
necessidades
simplificar: adotar procedimentos mais efi-
cazes no dia-a-dia, eliminar perdas, encurtar
caminhos de comunicação e outras ações
que deixem a complicação de lado
agilizar as operações, simplificando a forma
de aquisição, manufatura e distribuição dos
produtos e reduzindo complexidade e custos
desenvolver novos e pioneiros canais que
levem os produtos ao consumidor
cultura empreendedora: encarar os desafios
e atingir as metas
18
De acordo com o novo modelo de governança da
Unilever, a estrutura local, como é o caso do
Brasil, assumiu atribuições corporativas que
abrangem as quatro divisões e têm responsabili-
dade sobre a imagem da empresa e a qualidade
dos relacionamentos com seus diferentes públi-
cos. São elas: Mídia, Finanças (Planejamento
Tributário), Jurídico e Assuntos Corporativos.
A NOVA MISSÃO
A partir de 2004, a Unilever segue os rumos sina-
lizados pela nova missão Vitalidade e pela nova
identidade corporativa. A busca de um conceito
simples para uma empresa com um portfólio de
cerca de 400 marcas não foi uma tarefa fácil. Era
preciso capturar os valores e comportamentos liga-
dos à marca corporativa e conseguir expressar de
forma real “o que a empresa faz”.
O conceito “levar Vitalidade ao dia-a-dia” foi
A conclusão desse trabalho colocou a empresa
num novo patamar em que algumas discussões se
fizeram necessárias. Entre elas, a definição de
uma estrutura para o processo decisório e de um
modelo de governança corporativa.
A Unilever mundial tem dois presidentes do Conse-
lho de Administração que, em 2003, eram Antony
Burgmans e Niall Fitzgerald, e sedes em Londres
(Reino Unido) e Roterdã (Países Baixos). Sua estru-
tura formal estabelece comandos regionais que
seguem as diretrizes do modelo de gestão com três
processos (Cadeia de Suprimentos, Vendas e
Desenvolvimento de Marcas) e áreas de suporte
(Recursos Humanos, Jurídico, Financeiro, Tecnologia
da Informação e Assuntos Corporativos). Dentro de
cada regional, as companhias operacionais possuem
uma estrutura local com características individuais,
que respondem pela gestão operacional das fábricas
e se encarregam da ativação do mercado.
NOVOS
temposPARA A UNILEVER BRASIL, 2003 ABRE UM NOVO CICLO. FOI BASICA-
MENTE UM ANO DE CONSTRUÇÃO APÓS O PROCESSO DE FUSÕES E
AQUISIÇÕES INICIADO EM 1997, COM O OBJETIVO DE AMPLIAR AS
FRENTES DE ATUAÇÃO DA EMPRESA. OS IMPACTOS FORAM SUCES-
SIVOS E ATINGIRAM TODAS AS DIVISÕES. FOI NECESSÁRIA MUITA SI-
NERGIA PARA ESTABILIZAR PROCESSOS, INTEGRAR CULTURAS E
REORDENAR AS EQUIPES.
21
consagrado no final de 2003 em pesquisas com
consumidores, funcionários e formadores de
opinião. Um novo logo, com a mesma força do
“U” azul, foi desenvolvido para reforçar a mis-
são Vitalidade. Ele conta a história da Unilever
por meio de 25 ícones diferentes que represen-
tam suas marcas, as frentes de atuação e os
benefícios que a empresa entrega aos consumi-
dores e à sociedade.
Gradativamente, a nova identidade estará pre-
sente nas embalagens dos produtos e nas comu-
nicações com o consumidor. Ela vai mostrar a pre-
sença da Unilever Brasil nas marcas que fazem
parte do dia-a-dia dos consumidores brasileiros.
Grandes projetos com investimentos representa-
tivos começaram a ser implementados em 2003 e
mobilizaram o empenho dos funcionários da
Unilever Brasil. São as novas ferramentas de
gestão de processos, alinhadas com o objetivo
estratégico Simplificação, que visam unificar sis-
temas e promover a agilidade: o Projeto Harmonia
para a implementação do SAP; o Projeto Berlim 89
de unificação e sincronização da infra-estrutura
de logística; e o CRM (Customer Relation
Management) voltado para o relacionamento com
os clientes e a qualidade dos serviços.
22
A MISSÃO DA UNILEVER É LEVAR VITALI-
DADE PARA O DIA-A-DIA.
NÓS ATENDEMOS AS NECESSIDADES
DIÁRIAS DE NUTRIÇÃO, HIGIENE E CUIDA-
DOS PESSOAIS COM MARCAS QUE AJU-
DAM AS PESSOAS A SE SENTIREM BEM,
FICAREM BONITAS E APROVEITAREM
MAIS A VIDA.
NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS, ESTREITAMOS
NOSSO FOCO, NOS CONCENTRANDO EM
400 MARCAS LÍDERES.
ACHAMOS QUE CHEGOU A HORA DE REVISAR
NOSSA MISSÃO.
CONTINUAREMOS A OPERAR DE ACORDO
COM OS NOSSOS PRINCÍPIOS E ESTAMOS
EVOLUINDO PARA ENFRENTAR NOVOS
DESAFIOS.
ACREDITAMOS QUE MAIOR CLAREZA
SOBRE O QUE QUEREMOS REPRESENTAR
NOS POSICIONARÁ MELHOR PARA TERMOS
ÊXITO NOS ANOS VINDOUROS.
É UMA DECLARAÇÃO CLARA QUE IRÁ INSPI-
RAR E IMPULSIONAR NOSSO PORTFÓLIO,
NOSSA CULTURA E NOSSOS COMPROMIS-
SOS PARA COM AS COMUNIDADES E O
MEIO AMBIENTE.
Missão
23
Visão
A UNILEVER BRASIL SERÁ RECONHECI-
DA COMO UMA DAS EMPRESAS MAIS
ADMIRADAS, TANTO NO BRASIL COMO
DENTRO DA CORPORAÇÃO UNILEVER.
EM NOSSA INTEGRAÇÃO COM O MER-
CADO E A COMUNIDADE LOCAL BUS-
CAREMOS A EXCELÊNCIA EM TUDO O
QUE FIZERMOS.
ATINGIREMOS NOSSAS METAS DE
NEGÓCIOS POR MEIO DA IMPLEMEN-
TAÇÃO EXCEPCIONAL, NO BRASIL,
DAS ESTRATÉGIAS E POLÍTICAS COR-
PORATIVAS DEFINIDAS PELA UNILEVER
AMÉRICA LATINA. NOSSO FOCO
ESTARÁ NOS SEGUINTES PONTOS:
• SATISFAÇÃO DO CONSUMIDOR E DO CLIENTE
• CRESCER E ATINGIR AS METAS DE RESULTADO
• MOTIVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DAS PES-
SOAS, PARA QUE POSSAM ALCANÇAR PADRÕES
DE DESEMPENHO EXTRAORDINÁRIOS E TER
OPORTUNIDADES DE CARREIRA EM TODAS AS
UNIDADES DE NEGÓCIO DA EMPRESA NO
BRASIL E NA AMÉRICA LATINA
• “UNILEVERAGE” E SUPORTE ÀS EMPRESAS
DO GRUPO NO BRASIL
• RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA
24
ÉT ICA Etransparência
UMA INICIATIVA DE 2003 MERECE SER DESTACADA: A CAMPANHA DE
COMUNICAÇÃO SOBRE O CÓDIGO DE PRINCÍPIOS DE NEGÓCIOS,
DESENVOLVIDA COM O OBJETIVO DE DIVULGAR AS ATUALIZAÇÕES
FEITAS NO DOCUMENTO E A CRIAÇÃO DE UMA CENTRAL GLOBAL
(“ETHICS HOTLINE”) PARA ENCAMINHAMENTO DE SUSPEITAS DE
INFRAÇÕES AO CÓDIGO.
Por meio de dinâmicas especiais, os funcionários
da Unilever Brasil discutiram as questões-chave
que afetam a imagem da empresa. Foi distribuída
também a cartilha Trilha Certa, com orientações
práticas sobre situações que podem acontecer na
rotina de trabalho de qualquer pessoa e que
impliquem transgressão dessas regras. Todo o
material da campanha está disponível na
intranet, para reciclagem e treinamento de fun-
cionários novos.
Com esse mecanismo, a Unilever renovou mais
uma vez o seu compromisso social e promoveu
uma profunda reflexão sobre os padrões de con-
duta que preza e quer ver respeitados.
Para assegurar a mesma transparência nos rela-
cionamentos comerciais, foi iniciado também em
2003 um trabalho de divulgação e de esclareci-
mentos do código junto às empresas parceiras e
integrantes da cadeia de fornecimento.
25
PADRÃO DE CONDUTAConduzimos nossas operações com honestidade, integridade e abertura e
com respeito pelos direitos humanos e interesses de nossos funcionários.
Respeitamos também os interesses legítimos daqueles com quem mante-
mos relações.
OBEDIÊNCIA À LEIAs companhias da Unilever e seus funcionários estão obrigados a atuar em
conformidade com as leis e os regulamentos dos países nos quais operamos.
FUNCIONÁRIOSA Unilever está comprometida com a diversidade no ambiente de trabalho,
caracterizado por confiança e respeito mútuos, em que todos se sintam
responsáveis pelo desempenho e pela reputação de nossa empresa.
Recrutamos, empregamos e promovemos funcionários somente com
base nas qualificações e habilidades necessárias para o trabalho a ser
executado.
Estamos comprometidos a oferecer condições seguras e saudáveis de tra-
balho para todos os funcionários. Não utilizamos qualquer forma de traba-
lho forçado, compulsório ou infantil.
Estamos comprometidos a trabalhar junto com nossos funcionários para
desenvolver e enriquecer as capacidades e habilidades de cada indivíduo.
Respeitamos a dignidade do indivíduo e a liberdade dos funcionários de se
associarem livremente.
Mantemos boa comunicação com funcionários, por meio de informações
sobre a empresa e de procedimentos de consulta.
CONSUMIDORESA Unilever está comprometida com o fornecimento consistente de marcas de
produtos e serviços que ofereçam valor em termos de preço e qualidade, e
que sejam seguros em seu uso normal. Os produtos e serviços são rotula-
dos, anunciados e comunicados de forma precisa e correta.
ACIONISTASA Unilever conduz suas operações de acordo com princípios internacional-
mente aceitos de boa governança corporativa. Provemos informações con-
fiáveis, de forma regular e oportuna, sobre nossas atividades, estrutura,
situação financeira e desempenho para todos nossos acionistas.
PARCEIROS DE NEGÓCIOSA Unilever está comprometida com o estabelecimento de relacionamentos
que sejam mutuamente benéficos com nossos fornecedores, clientes e par-
ceiros de negócio.
Em nossas operações, esperamos que nossos parceiros sigam princípios de
negócio consistentes com os nossos.
ENVOLVIMENTO COM A COMUNIDADEA Unilever busca ser uma empresa cidadã de confiança e, como parte inte-
grante da sociedade, cumprir suas responsabilidades em relação às
sociedades e comunidades nas quais opera.
ATIVIDADES PÚBLICASAs companhias da Unilever são estimuladas a promover e defender seus
legítimos interesses de negócio.
A Unilever coopera com governos e outras organizações, diretamente ou por meio
de entidades, como associações de classe, no desenvolvimento de propostas de
leis ou outros regulamentos que possam afetar interesses legítimos do negócio.
A Unilever não apóia partidos políticos, nem contribui para o financiamento de
grupos cujas atividades visam promover interesses de partidos políticos.
MEIO AMBIENTEA Unilever está comprometida com a promoção de melhorias contínuas
na gestão do seu impacto ambiental e com o objetivo de longo prazo do
desenvolvimento sustentável.
A Unilever trabalha em parceria com outros para promover cuidados
ambientais, aumentar o entendimento de questões ambientais e dis-
seminar boas práticas.
INOVAÇÃORespeitamos as preocupações de nossos consumidores e da sociedade,
ao aplicarmos inovação científica com o objetivo de atender às necessi-
dades dos consumidores. Trabalhamos com sólida base científica, apli-
cando padrões rigorosos de segurança dos produtos.
CONCORRÊNCIAA Unilever acredita na concorrência vigorosa, mas leal, e apóia o desen-
volvimento de leis adequadas para regulamentá-la. As companhias e os
funcionários da Unilever conduzem suas operações em conformidade
tanto com os princípios da concorrência justa quanto com todas as nor-
mas aplicáveis.
INTEGRIDADE DE NEGÓCIOSA Unilever não dá, nem recebe subornos diretos ou indiretos, nem qual-
quer outra vantagem imprópria, visando ganhos financeiros ou de negó-
cios. Nenhum empregado pode oferecer, dar ou receber qualquer pre-
sente ou pagamento que seja, ou que possa ser interpretado como su-
borno. Qualquer solicitação ou oferta de suborno deve ser rejeitada de
imediato e reportada à administração.
Os registros contábeis e documentos da Unilever devem descrever com
precisão e refletir a natureza das transações subjacentes. Nenhuma
conta, fundo ou ativo, não revelada ou não registrada, deve ser esta-
belecida ou mantida.
CONFLITOS DE INTERESSETodos os funcionários da Unilever devem evitar atividades pessoais ou
interesses financeiros que possam constituir conflito de interesses para
com suas responsabilidades na empresa.
Funcionários da Unilever não devem buscar ganhos pessoais ou para
terceiros por meio do abuso de suas posições.
CONFORMIDADE – MONITORAMENTO – RELATÓRIOSA conformidade com esses princípios é um elemento essencial do
sucesso dos nossos negócios. Cabe ao Board da Unilever garantir que
esses princípios sejam comunicados, compreendidos e observados por
todos os funcionários.
A responsabilidade no dia-a-dia é delegada à Alta Administração das
regiões e das companhias operacionais. A Alta Administração será respon-
sável pela implementação desses princípios, se necessário por meio de
uma orientação mais detalhada e adaptada às necessidades locais.
A conformidade com esse código deve ser relatada de acordo com os pro-
cedimentos especificados pelos “Joint Secretaries”. O Board da Unilever
não criticará qualquer perda de negócio que seja conseqüência da aderên-
cia a esses princípios e a outras políticas e instruções obrigatórias.
O Board da Unilever espera que os funcionários comuniquem, para o
Board diretamente ou para a Alta Administração, quaisquer violações ou
suspeitas de violações desses princípios.
Foi prevista a possibilidade de que os funcionários possam relatar vio-
lações de forma confidencial, e nenhum empregado sofrerá em conse-
qüências de tal ação.
CÓDIGO DE PRINCÍPIOS DE NEGÓCIOS
RESPONSABIL IDADE
SOCIALCORPORATIVA
“ACREDITAMOS QUE A UNILEVER TEM A RESPONSABILIDADE DE NÃO SOMENTE
GERAR LUCROS PARA NOSSOS ACIONISTAS, MAS TAMBÉM DE INOVAR, DE CRIAR UM
NEGÓCIO SUSTENTÁVEL NO LONGO PRAZO PARA TODOS NOSSOS PÚBLICOS DE
INTERESSE. QUANDO FALAMOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA, NÃO
VEMOS UMA COISA DISTINTA E SEPARADA DO QUE FAZEMOS PARA A SOCIEDADE. É
INERENTE A TUDO QUE FAZEMOS. NÃO FALO APENAS DE FILANTROPIA VOLUNTÁRIA
OU DE INVESTIMENTO COMUNITÁRIO, EMBORA ESSES ASPECTOS SEJAM IMPOR-
TANTES. É O IMPACTO DE NOSSAS OPERAÇÕES E PRODUTOS, ALÉM DAS INTERAÇÕES
QUE TEMOS COM AS SOCIEDADES QUE SERVIMOS.”
27
A ResponsabildadeSocial Corporativa
acontece na interação do negócio
com a sociedade
ContribuiçõesVoluntárias*
Impacto dasoperações**
Impacto através da cadeia de
valor***
* Contribuições voluntárias institucionais e das marcas feitas à sociedade em geral, em parcerias com ONGs e governos (Marketing
Social, Investimento Social, Contribuições Filantrópicas) – para ler mais sobre o assunto ver em Comunidades
** As operações diretas do negócio se refletem na sociedade (um exemplo são os cuidados quanto aos impactos no meio ambiente)
*** Os impactos indiretos, mais amplos, acontecem na cadeia de fornecedores e clientes
Missão CorporativaCódigo de Princípios de Negócios
Valores
Ação eAprendizagem
Práticas e Comportamentosnos Negócios
Medir e DemonstrarDesempenho
OS PRINCÍPIOS DA ABORDAGEM DA UNILEVER NA PRÁTICA
RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA: A ABORDAGEM DA UNILEVER
(*) Tema da palestra: RSC – Reconstruindo a Confiança nos Negócios
Uma Perspectiva sobre Responsabilidade Corporativa no Século XXI
Mais informações sobre a série Palestrantes Destacados – www.london.edu
Esta declaração é de Niall Fitzgerald, um dos pre-
sidentes da Unilever global em 2003, e foi feita em
uma palestra (*) ministrada por ele, em outubro, na
London Business School, como parte da série
Palestrantes Destacados, evento anual da entidade
que reúne personalidades do mundo dos negócios,
da política e do setor acadêmico para compartilhar
idéias e perspectivas sobre questões atuais.
Ela expressa o compromisso da organização com a
responsabilidade de gerar um impacto social po-
sitivo nas comunidades onde ela está presente e à
sociedade em geral. Para Fitzgerald, o contexto
social no qual a Unilever e as organizações ope-
ram seus negócios neste início do século XXI é
incerto, complexo e dinâmico. Mas, para ser uma
cidadã corporativa, é preciso enfrentar os desa-
fios que se apresentam e garantir que a con-
tribuição seja positiva.
Para ele, a governança das operações, a
transparência e a diversidade são os aspectos que
norteiam o comportamento responsável da
Unilever no mundo, coerente com o seu sistema
múltiplo de negócios no qual as marcas são
globais, mas fabricadas no país ou região em que
são comercializadas, adaptadas para assegurar
que atendam às necessidades, às preferências e
ao poder aquisitivo dos consumidores locais.
“Somos um negócio descentralizado e nossos ge-
rentes possuem bastante autonomia para
tomarem as decisões certas para seus mercados
locais, respeitando a cultura e a sociedade. É isso
que impulsiona o nosso êxito”, completa.
Dessa forma, a Responsabilidade Social Corpo-
rativa faz parte da essência dos negócios da
Unilever. Está presente nas operações da organi-
zação e em toda a cadeia de valor; nas práticas
gerenciais e nos relacionamentos com seus dife-
rentes públicos: acionistas, funcionários, consu-
midores, clientes, fornecedores, comunidades e
sociedade em geral.
28
Ouvindo o consumidorCanais de atendimento ao consumidor
www.unilever.com.br/sac
Higiene e Beleza
Higiene Pessoal – 0800-7077512
Tinturas Seda Pro-Color – 0800-7074471
OMO On-Line – 0800-7071103
Limpeza Doméstica – 0800-7073553
Alimentos
AdeS – 0800-7070044
Lipton – 0800-8850101
Arisco – 0800-7013000
Maizena – 0800-7070088
Hellmann's – 0800-7079977
KnorrCica – 0800-7070077
www.knorrcica.com.br
Doriana – 0800-7079955
www.doriana.com.br
Becel – 0800-7070022
www.becel.com.br
Sorvetes
Kibon: 0800-707 9933
Foodsolutions
0800-11 7766
Ouvindo os funcionários
Com o objetivo de atender às demandas detectadas na
Pesquisa Global de Funcionários, realizada em 2002,
foram implementados em 2003 planos de ação corpora-
tivos e locais. Iniciativas de 2003:
Criação da Hot Line
Reformulação da Revista Encontro (bimestral)
Jornal eletrônico – BIS (Boletim Eletrônico Semanal)
Revista Sabor Latino – Unilever Foodsolutions
Ouvindo as Comunidades
Disque Conviver – Valinhos/SP
Comitê Municipal de Responsabilidade Social
Prefeitura de Valinhos/SP
Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba,
Capivari e Jundiaí
Valinhos e Vinhedo/SP
Comitê da Bacia do Rio Meia-Ponte
Goiânia/GO
Kibon
Programa Bom Vizinho
Linha Verde – Fone: (011) 5536-2080
OUVINDO e aprendendo
É NO RELACIONAMENTO DIÁRIO COM SEUS DIFERENTES PÚBLICOS E COM O
APRIMORAMENTO DAS PRÁTICAS DA GESTÃO QUE A UNILEVER CONSTRUIU E
MANTÉM SEUS PRINCÍPIOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA. EM
OUTRAS PALAVRAS, OUVINDO, RESPEITANDO AS MANIFESTAÇÕES DAS PESSOAS
E MELHORANDO CONTINUAMENTE A QUALIDADE DAS RELAÇÕES. A ABORDAGEM
REFLETE OS VALORES DA MISSÃO CORPORATIVA E OS PADRÕES DE CONDUTA
ESTABELECIDOS NO CÓDIGO DE PRINCÍPIOS DE NEGÓCIOS.
29
Ouvindo as organizações dasociedade civil organizada
A Unilever é signatária do Global Compact, pacto das
Organizações das Nações Unidas lançado em 1999 pelo
secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU),
Kofi Annan. O pacto propõe que as empresas adotem práti-
cas de respeito aos direitos humanos, aos direitos do tra-
balho e ao meio ambiente. No mês de junho de 2004, foi
acrescentado um princípio referente ao combate à cor-
rupção e ao suborno. Os projetos sociais da empresa (ver
no capítulo Comunidade e Ação Social) são iniciativas ali-
nhadas a esse compromisso global.
Com o objetivo de participar ativamente do desenvolvimen-
to de políticas públicas ligadas à regulamentação dos
setores econômicos que integra, a Unilever participa de enti-
dades setoriais, como Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT); Associação Brasileira das Indústrias de
Produtos de Limpeza e Afins (ABIPLA); Associação Brasileira
das Indústrias de Alimentação (ABIA); Associação Brasileira
das Indústrias de Produtos de Higiene, Perfumaria e
Cosmética (ABIHPEC), Associação Brasiileira da Indústria de
Sorvetes (ABIS) e outras.
Como associada da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), a Unilever marcou sua presença em
2003 no trabalho de elaboração de uma proposta de
norma brasileira de Responsabilidade Social. O objetivo
da iniciativa é estabelecer parâmetros mínimos para que
empresas e organizações possam gerenciar adequada-
mente os temas associados à Responsabilidade Social e
contribuir com o movimento mundial de formulação da
norma internacional.
As boas práticas e a experiência mundial e local da
Unilever e de outras empresas e instituições brasileiras
serviram de base para o documento que foi concluído no
final do primeiro semestre de 2004 e que, antes de ser
levado ao comitê internacional, será submetido ao
processo de consulta pública, de acordo com a regula-
mentação interna da ABNT.
Ouvindo o mercadoEm 2003, pelo quinto ano consecutivo, o desempenho
econômico, social e ambiental e a estratégia de cresci-
mento sustentável da Unilever garantiram a sua lide-
rança no segmento de alimentos no Dow Jones
Sustainability Indexes (DJSI), da Bolsa de Valores Norte-
Americana, uma das análises mais valorizadas pelo mer-
cado financeiro. Foi considerada também a melhor
empresa do setor e uma das mais seguras para investi-
mentos financeiros pelo FTSE4 Good Index Series.
Gerenciamento de Riscos e Crises
ECONÔMICO
0% 50% 100%
AMBIENTAL
SOCIAL
Performance em Eco-eficiência
0% 50% 100%
Média da Indústria
Unilever
Média da Melhor Empresa
Práticas Trabalhistas
0% 50% 100% Fonte: Dow Jones Sustainability Indexes
DESEMPENHO DA EMPRESA X MÉDIA DA INDÚSTRIA PARA CADA ÁREA
Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos
0% 50% 100%
Gerenciamento Ambiental
0% 50% 100%
Relações com Públicos de Interesse Externos
0% 50% 100%
30
O reconhecimento do mercado internacional
demonstra que a Unilever está no rumo certo.
Além de ratificar positivamente a política de
demonstrações financeiras e não-financeiras, va-
loriza a abordagem mundial do seu modelo de
Responsabilidade Social.
Para orientar as políticas corporativas de respon-
sabilidade social em todo o mundo, a Unilever tem
em Londres uma vice-presidência de Respon-
sabilidade Social Corporativa. As iniciativas são
conduzidas, porém, individualmente pelas com-
panhias operacionais com foco nas demandas e
expectativas locais.
Em linha com a diretriz global de aumento de siner-
gia, a Unilever Brasil consolidou em 2003 a estrutura
da diretoria de Assuntos Corporativos, aglutinando
os processos de Comunicação Externa, de Relações
Governamentais e Assuntos Regulatórios, e de
Responsabilidade Social e Ambiental Corporativa.
O Instituto Unilever confimou seus propósitos em
2003. Criado no ano anterior para apoiar, incentivar e
profissionalizar as ações sociais da empresa, a enti-
dade vem gradativamente assumindo suas atri-
buições, gerenciando diretamente diversas iniciati-
vas de investimento social de longo prazo e traba-
lhando com mais proximidade das marcas e de seus
projetos. A tendência sinaliza a conscientização cres-
cente da companhia sobre os aspectos abrangentes
da Responsabilidade Social Corporativa.
Nesse contexto, é preciso destacar ainda os principais
números da gestão financeira da empresa e demons-
trar a relação com os investimentos sociais realiza-
dos. Para a Unilever, as aplicações são relacionadas
ao negócio, mas devem necessariamente ter o caráter
de sustentabilidade e valorizar a abordagem global da
Responsabilidade Social Corporativa.
PRÁTICAScorporat ivas
INFORMAÇÕES CONSOLIDADAS BRASIL(Inclui: UL Brasil, BestFoods, ITB)Fonte: Report Carat + ContabilidadeValores em R$’000
Item 2003 2002 %
Faturamento Bruto (GSV) (*) 8.087.449 7.389.320 9%
Impostos s/vendas terceiros(*) 1.330.969 1.242.565 7%
nº de funcionários 13.175 13.797 -5%
Iniciativas das Marcas 607 54 1024%
Investimento Social 6.265 4.358 44%
Doações Assistenciais 6.454 9.274 -30%
Despesa com fundo de pensão 42.586 29.031 47%
Despesa com assistência médica de aposentados 4.359 4.568 -5%
Observações:(*) Apurado com base na legislação societária
Não inclui transações entre coligadas
31
À primeira vista, o conceito de Responsabilidade
Social Corporativa pode parecer complexo. O então
presidente da Unilever, Niall Fitzgerald, destacou
na palestra da London Business School que essa é
uma área abrangente, para a qual não existem
respostas certas ou erradas.
Envolve a própria postura da orga-
nização, passa pelas suas relações
comunitárias e chega até a neces-
sidade de promover o desenvolvi-
mento sustentável e de participar
da solução dos problemas. Às
vezes, as escolhas são difíceis,
pois as decisões dependem do julgamento e não de
fórmulas preestabelecidas.
Tudo pode ficar, porém, mais fácil quando percebe-
mos que a solução está em nós mesmos, cidadãos e
funcionários responsáveis, e nas empresas compro-
metidas com o desenvolvimento sustentável. Esse é
o conceito abordado na cartilha Responsabilidade
Social em Verso e Prosa, material informativo que
foi distribuído aos funcionários da Unilever Brasil
em 2003.
Com uma linguagem fácil e cheia de ilustrações co-
loridas e bem-humoradas, a cartilha foi desenvolvi-
da com o objetivo de divulgar a
visão da Unilever sobre Responsa-
bilidade Social Corporativa, dis-
seminar o conceito e promover a
conscientização.
Mas esse não foi o único canal de
comunicação criado para levar
informações sobre os avanços da
Responsabilidade Social na empresa. Na reformu-
lação gráfica e editorial da revista interna
Encontro, promovida no início de 2003, foi reser-
vado um espaço especial – a coluna Estação
Cidadania – para apresentar os projetos sociais da
organização e destacar principalmente a partici-
pação dos funcionários.
EM VERSO E PROSA
Para obter mais informações sobre Responsabilidade Social e Ambiental:
www.unilever.com.br
34
nidades, abertura e confiança e satisfação geral.
A divisão Higiene e Beleza implementou o progra-
ma de coaching e reformulou o programa de “cas-
cata” de informações das reuniões mensais com
a diretoria e de reuniões trimestrais abertas para
discussão de resultados e desenvolvimento de
negócios. A ação mais significativa foi a realiza-
ção, em novembro, do Fórum de Liderança – um
evento que reuniu, pela primeira vez, todos os
gerentes da divisão, para discutir estilos de lide-
rança e valores. Foram convidados também con-
sultores e líderes de diferentes segmentos, como
o chefe de cozinha Alex Atala; os ex-jogadores de
futebol e de basquete, respectivamente, Raí e
Paula, que se dedicam atualmente a projetos
sociais; Mara Gabrili, que lidera uma entidade
social; e Eduardo Ferreira de Paula, líder de uma
cooperativa de catadores de papel.
Durante o encontro, foi elaborado o conjunto de
valores que estabelecerão a forma com a qual as
lideranças querem trabalhar: Ousadia, Ação,
Foi por essa razão que, no decorrer de 2003,
diversas ações procuraram atender às demandas
específicas geradas pela Pesquisa Mundial de
Funcionários, realizada no ano anterior. Cerca de
10 mil funcionários das quatro divisões da
Unilever Brasil participaram do levantamento que
aconteceu no auge dos processos de fusão, como
o das áreas de Higiene e Beleza e das empresas
de alimentos Bestfoods e Van den Bergh. Entre os
bons resultados que posicionaram a empresa em
patamares de excelência, merece destaque a afir-
mação de que os funcionários têm orgulho em
fazer parte de uma organização ética e respon-
sável em relação ao meio ambiente.
Para tratar dos indicadores que ficaram abaixo
da média correspondente à norma de compara-
ção com empresas de alta performance, foram
desenvolvidos planos de ação por processos em
cada divisão e planos específicos para segmen-
tos, relacionados basicamente com quatro
aspectos: liderança, desenvolvimento e oportu-
PÚBLICO
internoINVESTIR NA QUALIDADE DO RELACIONAMENTO COM OS FUN-
CIONÁRIOS É UMA DIRETRIZ GLOBAL QUE ESTÁ EXPRESSA NO
CÓDIGO DE PRINCÍPIOS DE NEGÓCIOS DA UNILEVER. O ESTÍMULO AO
DESENVOLVIMENTO E DESEMPENHO PROFISSIONAIS É UMA RESPON-
SABILIDADE COMPARTILHADA E ALINHADA ÀS METAS DE CRESCI-
MENTO DA EMPRESA, QUE SÃO BASTANTE DESAFIADORAS.
35
Realização, Confiança e Cidadania. Cada partici-
pante do encontro produziu um documento com
os seus compromissos, que foi reproduzido e
distribuído para os funcionários de sua equipe.
O plano continua em 2004 com uma campanha
de divulgação dos valores da divisão.
O Projeto Germinar é outra iniciativa desenvolvi-
da pela gerência nacional de recursos humanos,
abrangendo todas as divisões e que tem a
preocupação de promover a valorização das pes-
soas e de tratar aspectos mais específicos, como
oportunidades de carreira e dúvidas sobre políti-
cas e critérios. Consiste num programa interno
de capacitação de futuros gerentes composto de
módulos e aberto aos funcionários de todas as
áreas da companhia, que são identificados pelas
ferramentas de avaliação. Da primeira turma de
30 funcionários, cinco chegaram ao final do pro-
grama já promovidos à função de gerentes.
Na Pesquisa Mundial de Funcionários, os fun-
cionários da Unilever Alimentos destacaram o
empenho da organização na integração das
equipes e a consolidação da divisão. Um dos
pontos frágeis levantados foi a necessidade de
dar mais clareza às estratégias da divisão e de
mostrar como elas estavam ligadas à estratégia
“Caminhos para o Crescimento”.
Além da tradicional reunião que acontece no iní-
cio do ano, onde são apresentados os resultados
obtidos e a metas (GULA – Grupo Unilever de
37
Liderança e Ação), a área de Recursos Humanos
da Unilever Alimentos promoveu reuniões de
resultados trimestrais, com desdobramentos
para as fábricas, e uma grande festa para cele-
brar os bons resultados finais de 2003. Com o
objetivo de aproximar funcionários e diretoria,
foram realizados visitas regulares às fábricas
(site tours) e cafés da manhã com a presidência.
Reuniões mensais de resultados também foram a
ferramenta utilizada pela Unilever Foodsolutions
para divulgar a estratégia de negócios e os indi-
cadores de performance, respondendo assim à
demanda gerada pela Pesquisa Mundial de
Funcionários. Ainda com relação à comunicação,
a divisão lançou a revista Sabor Latino e imple-
mentou o Boletim de Resultados via intranet.
Para atender às solicitações referentes a desen-
volvimento pessoal e profissional, foi promovido
um treinamento exclusivo com 100% de partici-
pação, no Plano de Desenvolvimento de
Performance (PDP), a ferramenta oficial adotada
pela Unilever. O resultado foi o aumento de 50%
no número de horas de treinamento dos fun-
cionários, tanto do campo como do escritório.
Para a equipe de Vendas, foi desenvolvido o
treinamento À la Carte.
Na Divisão de Sorvetes Kibon, a pesquisa foi
realizada apenas com os funcionários do nível
gerencial. Os planos de ação seguiram as dire-
trizes nacionais, como foco na estruturação da
área de comunicação interna para aproximar as
pessoas da estratégia de negócio da divisão e
implementação do PDP.
Na troca de turno, o sorvete faz parte do lanche dos fun-
cionários que trabalham na Kibon
38
fábrica de São Paulo. Desde janeiro de 2003, desen-
volve também o Projeto Integrar, que visa reintegrar
ao trabalho funcionários afastados por problemas
de saúde, mas com quadro clínico estável, aposen-
tados por idade e deficientes físicos.
Na Unilever Alimentos, a questão Diversidade
também avançou com o Projeto Bem-me-quer,
desenvolvido nas cidades de Pouso Alegre/MG e
Goiânia/GO. Com o objetivo de movimentar um
banco de dados e identificar competências de
pessoas deficientes dessas duas regiões, a
divisão patrocinou a realização de oficinas de
capacitação para o trabalho e o emprego. A
questão mostrou-se bastante complexa porque
dos 115 participantes, apenas 17 foram seleciona-
dos para admissão na empresa. A maior parte
desse grupo foi encaminhada para programas
internos de escolaridade, visando à conclusão do
nível médio, condição obrigatória para a Unilever.
Ainda que a meta da empresa – admissão de 240
deficientes – permaneça em aberto, a realização
das oficinas contribuiu para preparar as pessoas
inscritas para o mercado em geral.
O terceiro pilar do programa Diversidade é voltado
para incentivar o aumento de mulheres em cargos
de comando. A questão envolve a gestão da car-
reira e se apóia nas opções de flexibilização do
trabalho e de respeito às necessidades específi-
cas propostas pelos projetos Feel Good, da
Unilever Higiene e Beleza, e Vivendo Bem, da
Unilever Alimentos.
DESENVOLVIMENTO E OPORTUNIDADEEm 2003, o Plano de Desenvolvimento de
Performance (PDP) tornou-se mais abrangente e
foi estendido para os níveis não-gerenciais, como
DIVERSIDADEPara a Unilever, diversidade é inclusão, respeito às
diferenças e oportunidade de criar e crescer. Este é
um conceito abrangente que vai muito além de
aspectos como raça ou nacionalidade. Não é um
simples programa, mas uma forma de ver as coisas,
essencial para o futuro e para o sucesso da Unilever.
O tema ganha mais força a cada dia e uma vice-
presidência global foi criada para inspirar iniciati-
vas que desenvolvam o objetivo de criar um
ambiente de trabalho onde esses valores sejam
compartilhados. Os primeiros diagnósticos foram
formulados a partir do Diversity Checklist, avaliação
realizada pela intranet, apresentada aos gestores
em todo o mundo em 2002.
Assim como está presente na relação com os con-
sumidores, gerando produtos específicos para
atender às necessidades diversificadas, o con-
ceito “Diversidade” deve ser aplicado também nas
necessidades individuais dos funcionários. Na
Unilever Brasil, a meta lançada em 2003 foi trazer
para suas equipes a mesma diversidade existente
entre os consumidores e tornar o conceito pre-
sente no modo como a empresa trabalha.
A estratégia brasileira para Diversidade foi definida
sob três pilares. O projeto Inclusão social, com
duração de cinco anos, visa apoiar a formação de
jovens de baixa renda até a conclusão do curso uni-
versitário, complementando sua preparação. Eles
serão acompanhados pelos trainees da empresa até a
integração como estagiários e, possivelmente, como
funcionários após concluírem os cursos universitários.
A Unilever iniciou também um projeto para
inclusão de deficientes com o objetivo mais
abrangente do que o simples cumprimento da le-
gislação. Nessa linha, a Kibon, já tem tradição na
admissão de deficientes auditivos – são 32 na
39
Diversidade 2001 2002 2003
Experiência Internacional
Número de expatriados trabalhando no Brasil 64 51 60
Número de expatriados trabalhando no exterior 45 43 57
% de mulheres em relação ao total de funcionários 20,7 21,9 22,0
% de mulheres em cargo de gerência em relação ao
total de cargos de gerência 31,9 34,4 36,1
% de mulheres em cargo de diretoria em relação ao
total de cargos de diretoria 5,8 7,7 3,4
% de mulheres negras e pardas em relação ao total
de funcionários 1,3 2,0 1,8
% de homens negros e pardos em relação ao total
de funcionários 7,1 9,1 9,8
% de pessoas acima de 45 anos em relação ao total de funcionários 9,7 9,5 8,5
% de pessoas acima de 45 anos em cargo de gerência em relação
ao total de cargos de gerência 18,1 15,6 10,6
% de pessoas acima de 45 anos em cargo de diretoria em relação
ao total de cargos de diretoria 51,9 44,2 41,4
Tempo de casa
Faixa etária
Grupo étnico
Perfil dos Funcionários
Menos de 1 ano
De 1 a 5 anos
De 6 a 10 anos
Acima de 10 anos
Indígena (0,05%)
Branca
Preta
Amarela
Parda
Não informado
Analfabetos (0,03%)
Primário incompleto
Primário completo
Ginásio incompleto
Ginásio completo
2º grau incompleto
2º grau completo
Universitário incompleto
Universitário completo
Até 25 anos
De 26 a 35 anos
De 36 a 45 anos
Acima de 45 anos
45,8%
25,6%
22,0%
6,4%60,9%
11,3%
45,6%
6,6%
7,3%
5,3%
2,5%1,2%
19,9%
26,8%
1,8%
9,7%
0,5%
20,7%
50,2%21,5%
7,5%
Escolaridade
40
Cada vez mais abrangente, o Plano
de Desenvolvimento e Performance
é o instrumento de valorização dos
funcionários
Os programas de treinamento fo-
cam o desenvolvimento de habili-
dades e competências. Para apoiar
o ingresso de jovens no mercado de
trabalho, a Unilever mantém pro-
gramas de trainees e de estágios
(foto ao lado)
41
os funcionários administrativos e de campo, o
chamado Work Level 1. O processo ajuda o fun-
cionário a traçar para si, em conjunto com o seu
superior imediato, um plano de desenvolvimento
profissional, após avaliação do desempenho.
Prevê análise de habilidades e conhecimentos
necessários para a realização das atividades
profissionais; as competências ou os comporta-
mentos identificados para levar o funcionário a
atingir alvos; o plano de desenvolvimento com
ações de aprendizagem e de treinamento; e vincu-
lação dos resultados alcançados ao Programa de
Participação dos Resultados (PPR). Em 2003, 100%
dos funcionários foram beneficiados com o PPR.
Para o desenvolvimento da Cultura Empreen-
dedora, parte da estratégia Caminhos para o
Crescimento, novos princípios de remuneração
vêm sendo adotados e graduados para os vários
níveis organizacionais. A nova abordagem oferece
a possibilidade de aumentos salariais superiores
quando a relação entre performance e potencial
for diferenciada.
Como incentivo ao crescimento profissional e à
descoberta de novos talentos, as oportunidades
internas de trabalho são direcionadas para o
Open Job Posting, processo que divulga as vagas
abertas em murais, em mensagens eletrônicas e
na intranet. Em 2003, 65% das vagas foram
preenchidas dessa forma. As ações relacionadas
com a retenção de talentos foram bem-sucedidas
e promoveram uma redução da taxa de turnover
de 13%, em 2002, para 11%, em 2003.
Para apoiar o ingresso de jovens no mercado de
trabalho, a Unilever mantém programas de está-
gios e de trainees. O programa de trainees da
Unilever é um dos mais bem avaliados pelo mer-
cado e recebeu, em 2003, um total de 23 mil
inscrições para as 41 vagas que foram oferecidas.
O número anual de vagas para estagiários gira em
torno de 100.
A Unilever estimula a gestão participativa e o
envolvimento dos funcionários em todas as
unidades. Estruturas enxutas, comunicação clara
sobre os objetivos estratégicos de cada fábrica e
autonomia para planejar a produção garantem a
agilidade das decisões. A utilização da metodolo-
gia Total Perfeição na Manufatura (TPM) tornou-se
referência na Unilever Brasil.
Na fábrica de Vinhedo/SP, que comemorou 25
anos de atividades em 2003 e onde são produzi-
das as linhas para cabelo Seda, dos sabonetes
líquidos Dove e Lux e dos desodorantes roll on,
42
entre outros produtos, os 300 funcionários parti-
cipam das reuniões semanais do Programa Aberto
para Ouvir, ou PAPOs como são chamadas. O obje-
tivo do PAPO é discutir casos selecionados e
questões da operação diretamente com o time de
gerentes. Dessa forma, foram promovidas mu-
danças na forma de trabalho, trocas de função e
atendidas solicitações como o uso do clube dos
funcionários da unidade de Valinhos/SP, cidade
que fica bem próxima a Vinhedo.
Os programas de treinamento são amplos e
abrangem desde o nível de escolaridade básica exigi-
do pela empresa até o desenvolvimento de habili-
dades para níveis de gerência e de diretoria, passan-
do pelo aprimoramento constante das condições de
segurança. Nas fábricas, uma das maiores demandas
é na área de informática. Os cursos são desenvolvi-
dos em parcerias com escolas locais e oferecidos
também para filhos de funcionários.
Os cursos e treinamentos estão disponíveis na
intranet e todas as unidades contam com um
Centro de Aprendizagem, espaço onde os fun-
cionários têm acesso a programas e materiais em
vários formatos com conteúdos variados. Para
estimular a troca de experiências e de conheci-
mentos, a intranet oferece um campo apropriado,
que é o Banco de Conhecimentos.
No quadro Desenvolvimento Profissional, a elimi-
nação do índice de analfabetismo é meta que fica
para 2004. Apenas 4, entre
mais de 13 mil funcionários,
estão presentes nesse indi-
cador e foram encaminhados,
durante o ano, para progra-
mas especiais de qualificação
em ensino básico.
Por outro lado, o Projeto
Crescer, voltado para o desenvolvimento escolar
dos funcionários da fábrica de Goiânia/GO, for-
mou sua primeira turma de Ensino Médio em 2003
e tem uma lista à espera de vagas de 400 pessoas.
AMBIENTE DE TRABALHOEm todas as fábricas e escritórios da Unilever
Brasil, a questão qualidade de vida é fundamen-
tal. Na Unilever Alimentos, o tradicional programa
Vivendo Bem foi complementado, em 2003, com o
Fazendo Bem, voltado para responsabilidade
social, mais uma ação gerada pela Pesquisa
Mundial de Funcionários.
Criado com o objetivo de harmonizar o clima interno
que passava por várias mudanças com a fusão das
empresas, o Vivendo Bem foi remodelado na con-
solidação da divisão em 2002. Os objetivos do pro-
grama são: promover a saúde e o bem-estar; esti-
mular a integração entre as áreas e tornar o am-
biente de trabalho prazeroso. Estabelece pausas no
trabalho para café da manhã e distribuição de frutas
à tarde; coral; sessões de shiatsu; assessoria para
condicionamento físico e esportes em academias; e
ginástica laboral no local de trabalho.
Outras frentes do programa abrangem a flexibi-
lização do trabalho, com dia e horários livres acor-
dados com a chefia, e ações como remanejamento
de layout de áreas, roupa casual e celebrações.
No Vivendo Bem Fazendo Bem, foram incorporados
os programas Diversidade,
Conscientização Social, Doa-
ções e Educação Alimentar,
que envolve a participação de
funcionários voluntários do
escritório central e das fábri-
cas (ver pág. 84).
Também em resposta a uma
43
Desenvolvimento profissional e empregabilidade 2001 2002 2003
% de analfabetos na força de trabalho 0,79 0,70 0,10
Quantidade de horas de desenvolvimento profissional por funcionário, por ano 34 36 54,7
Quantidade de horas de treinamento por funcionário de nível de produção, por ano 34 34 58
Quantidade de horas de treinamento por funcionário de nível administrativo, por ano 34 34 54
Quantidade de horas de treinamento por funcionário de nível gerencial, por ano 38 75 46,5
Quantidade de horas de treinamento por funcionário de nível de diretoria, por ano 8 18 10,13
Funcionários recebendo treinamento no exterior 170 128 203
% de funcionários demitidos em razão de reestruturação* 2,4 2,5 3,8
Quantidade de funcionários em licença para atividades sindicais no sindicato 4 4 7
Quantidade de funcionários com mandato sindical ativos na empresa 39 27 40
Dias de trabalho perdidos devido a greves 0 0 0
Salários e benefícios 2001 2002 2003
Divisão do menor salário da companhia na região metropolitana
de São Paulo pelo salário mínimo vigente em 31/12 2,28 2,18 2,08
Dependentes cobertos por assistência médica 23.176 20.665 22.696
Saúde e segurança no trabalho 2001 2002 2003
Média anual de acidentes de trabalho por funcionários 0,071 0,062 0,054
% de sites auditados por SHE 35 69 100
Total de acidentes com afastamento 113 27 39
Total de acidentes sem afastamento 999* 819 687
* Derivado das novas aquisições da Divisão Alimentos
* Número de funcionários demitidos foi decorrente da transferência das operações
da unidade de Vespasiano/MG para Indaiatuba/SP
Atração e retenção de funcionários 2001 2002 2003
Turnover 9,0% 13,0% 11,0%
Número de candidatos ao Programa de Trainee
por vaga oferecida 352 471 561
% de preenchimento de vagas através do job posting ND 75 65
Liberdade de associação 2001 2002 2003
Média nacional de força de trabalho sindicalizada 11,80% 12,30% 15,22%
Quantidade de funcionários em licença para atividades sindicais no sindicato 4 4 7
Quantidade de funcionários com mandato sindical ativos na empresa 39 27 40
Dias de trabalho perdidos devido a greves 0 0 0
44
Campanhas educativas, ginástica laboral, cuidados com a alimentação:
ações que promovem a qualidade de vida no trabalho
45
demanda da Pesquisa Mundial de Funcio-
nários, o programa Feel Good, da Unilever
Higiene e Beleza, ganhou um desdobramento
focado em flexibilização do trabalho: o Feel
Free. As propostas são voltadas às necessi-
dades específicas dos funcionários, como
horários alternativos para atividades comple-
mentares; afastamentos por até três anos
para estudos; trabalho em casa para fun-
cionárias que deram à luz após o período de
licença determinada por lei; dia livre no dia
do aniversário e compensação das tardes de
sextas-feiras.
Na fábrica de Valinhos/SP, a unidade mais anti-
ga da Unilever Brasil, mas com tecnologia de
ponta para fabricar os sabonetes Lux e Dove,
qualidade de vida é um dos pilares do
Conviver, projeto pioneiro da unidade que foi
implementado para conduzir o relacionamento
com a comunidade e ganhou nova dimensão
em 2003, abarcando o relacionamento com
todos os públicos de interesse.
A Divisão de Sorvetes Kibon mantém em São
Paulo, há mais de 40 anos, um berçário para
filhos de funcionários que faz parte da história
da empresa e está presente em álbuns de
fotografia de várias famílias. Fábio Gomes,
atual analista de TPM, é um dos funcionários
que passou o seu primeiro ano de vida nas
instalações da Kibon, enquanto a sua mãe tra-
balhava na fábrica.
Na área de benefícios, o grande destaque de
2003 foi o lançamento do Plano UnileverPrev,
em sintonia com o Código de Princípios de
Negócios, que determina, entre outras
questões, o respeito aos direitos humanos e
aos interesses dos funcionários.
Foi desenhado como um plano de Previdência
complementar, com o objetivo de reduzir a
eventual defasagem entre o salário recebido
na empresa e o benefício da aposentadoria
pago pela Previdência Social. O plano é
democrático e obteve a adesão de 95% dos
funcionários, contando com a participação de
12.475 funcionários.
O fundo é formado pela contribuição do fun-
cionário em desconto na folha de pagamentos
e pela contribuição do mesmo valor deposita-
do pela empresa. O dinheiro será investido ao
longo do tempo e o benefício começará a ser
pago a partir dos 55 anos, no momento em que
o funcionário se aposentar.
AMBIENTE SEGURO E SAUDÁVELCampanhas educativas e intenso trabalho pre-
ventivo são princípios dos padrões globais de
saúde, segurança, meio ambiente implementa-
dos em todas as unidades da Unilever. Os sis-
temas são integrados e visam a identificação e
o controle permanente dos riscos e a melhoria
constante da performance. Passam por audito-
rias internas periódicas e, conforme as necessi-
dades do negócio, são certificados pelas nor-
mas NBR ISO 9001:2000 de Qualidade ou 14 001
de Meio Ambiente.
A unidade da Unilever Higiene e Beleza de
Recife/PE foi o destaque de 2003 na área de
segurança, com a conquista do Prêmio Mundial
de Segurança, a primeira da América Latina a
receber esse significativo reconhecimento inter-
no. Além dos indicadores excepcionais, como a
ausência de acidentes restritivos ou fatais desde
o início da operação, a boa aplicação do sistema
e o comprometimento dos funcionários foram os
47
Trabalhar nas câmaras
frias da Kibon significa
enfrentar temperaturas
baixas que vão de -26°
a -36°C. Os funcioná-
rios recebem treina-
mento especial sobre
os procedimentos e
equipamentos de pro-
teção individual (EPIs)
que a função exige. Passam por exames periódi-
cos semestrais, ao contrário das demais equipes
que são avaliadas uma vez por ano. A eficiência
dos controles pode ser demonstrada, por exem-
plo, pelo baixo índice de patologia respiratória
que o grupo apresenta.
Em 2001, a área de saúde ocupacional detectou
um número elevado de casos de dermatoses cau-
sadas por fungos nas mãos e nos pés. Novos pro-
cedimentos aperfeiçoaram o sistema de higieniza-
ção dos equipamentos: as roupas e meias pas-
saram a ser lavadas por uma lavanderia especiali-
zada e os funcionários foram orientados a secar
corretamente os pés, além de receberem trata-
mento médico adequado.
Em 2003, a área de saúde ocupacional identificou
um problema novo no perfil de saúde do grupo de
camaristas: o índice de colesterol acima do nível
recomendável. A análise do problema detectou o
que a equipe do refeitório já sabia: os camaristas
têm mais apetite e apresentam uma tendência a
consumir mais carboidrato e gorduras, para com-
pensar o gasto de energia no frio das câmaras.
A educação alimentar é agora o ponto de atenção
da área de saúde ocupacional da Kibon, que acu-
mula uma experiência pioneira na questão, pois a
legislação brasileira tem poucas referências sobre
o trabalho em temperatura baixa.
NAS CÂMARAS FRIASaspectos que garantiram a conquista inédita.
Ainda no Recife, a fábrica da Kibon foi
responsável pelo desenvolvimento de um
programa especial para os funcionários
que utilizam motocicletas para fazer a dis-
tribuição de produtos. O programa Direção
Defensiva, por sua vez, implementado ini-
cialmente para funcionários da área de
vendas, começou a ser levado a todos os
funcionários que utilizam carro a serviço
da empresa.
Em 2003, a área de saúde ocupacional foi
organizada numa plataforma corporativa
que recebeu o nome de Saúde Integral.
Além de consolidar as iniciativas bem-suce-
didas de promoção de saúde, ela é mais
abrangente e inclui ações que visam o equi-
líbrio e a felicidade das pessoas que traba-
lham na empresa. Uma das iniciativas é o
programa de conscientização sobre AIDS.
A Unilever é uma das fundadoras do
Conselho Empresarial Nacional em HIV/AIDS,
criado em 1998 pelo Ministério da Saúde, e
um dos desdobramentos do programa é o
projeto Arrastão da Saúde que, desde 1999,
envolve funcionários voluntários na dis-
tribuição de kits informativos sobre as
doenças nas praias do Recife (ver pág. 91).
A integração da unidade de Goiânia
(Unilever Alimentos) ainda está em curso
com a implementação de programas em
todas as áreas e que já garantiram um
impacto positivo nas mudanças culturais
que se fizeram necessárias. Com um total de
67 horas/homem, o maior índice de treinamen-
to da companhia no ano, os resultados obtidos
em 2003 garantiram maior confiabilidade da
48
planta, redução do número de acidentes de 62 em
2002, para 3, em 2003.
A Divisão de Sorvetes Kibon deu continuidade em
2003 ao programa Despertar. É uma iniciativa pioneira
e bem-sucedida de atendimento a funcionários ou
familiares com problemas de dependência química.
COMUNICAÇÃOA revista corporativa Encontro existe há mais de
três décadas e passou por uma total reformulação
em 2003. Além do novo projeto gráfico, a publi-
cação conta com uma equipe editorial formada
por representantes das quatro divisões da
Unilever Brasil. Um time de comunicação formado
por representantes de todas as áreas garante o
fluxo de informações de baixo para cima.
A Unilever Higiene e Beleza lançou também o jor-
nal eletrônico semanal BIS (Boletim Informativo
Semanal), que pode ser acessado pelos fun-
cionários de todos os escritórios e fábricas, nos
terminais das células de trabalho. As reportagens
e os avisos são reproduzidos nos jornais murais
que existem em todas as unidades. O jornal
estimula a interação com os funcionários e todas
as manifestações são respondidas pela equipe de
comunicação interna.
Outro canal criado para disseminar (“cascading”)
informações relativas ao andamento dos negócios
no Brasil foi o Ao Vivo. No dia imediatamente
seguinte às reuniões mensais da diretoria, é
preparado um informe com todas as questões e os
dados relevantes, como os resultados e as priori-
dades para os próximos meses. Esse material é
distribuído aos gerentes que ficam encarregados
de garantir o entendimento de todos esses temas
tratados em reuniões com suas equipes.
Jornais eletrônicos, murais e a revista Encontro
garantem a eficácia da comunicação interna
Comunicação 2001 2002 2003
% de funcionários que recebem comunicação em formato eletrônico regularmente ND 46 45
49
Com um ano de antecedência, todos os
funcionários da fábrica de Vespasiano/
MG foram comunicados de que as ope-
rações da unidade seriam transferidas
para outras unidades e que a empresa
implementaria um processo de transfe-
rência dos funcionários interessados em
permanecer na empresa e de recolocação
no mercado para os demais.
Nada aconteceu do dia para a noite. Ao
longo de dois anos todos ficaram sabendo
dos problemas de competitividade que a
unidade vinha enfrentando e das alternati-
vas que vinham sendo adotadas pela com-
panhia a fim de equalizar sua produção com
a demanda do mercado. Apesar desses
esforços, a transferência das operações
foi inevitável. Na data do anúncio, apesar
das dificuldades que enfrentariam, os sen-
timentos de respeito e de valorização
prevaleceram entre os funcionários.
Cerca de 100 deles passaram por um
processo de seleção e foram transferidos
paras as unidades de Indaiatuba/SP (que
teve as suas operações ampliadas),
Goiânia/GO, Pouso Alegre/MG e São
Paulo. Um grupo permaneceu até o final,
no encerramento das atividades produti-
vas em março de 2004.
A Unilever contratou uma empresa para
fazer uma avaliação financeira da fábrica e
identificar interessados no imóvel, com o
objetivo de dar continuidade à geração de
empregos na região por outra empresa.
Equipamentos e mobiliário foram doa-
dos para os funcionários e instituições
da cidade.
O pacote de desligamento continha, entre
outras coisas, dez módulos de treinamen-
to, desde preparação de currículo até si-
mulação de entrevistas e dinâmicas, para
o público operacional. Para a grande
maioria, esse era o primeiro emprego. Foi
feito um trabalho forte para mostrar essas
pessoas ao mercado.
A comunicação era direta: além das
reuniões gerais periódicas sobre os
processos de seleção e de transferência,
um jornal eletrônico foi criado para rece-
ber dúvidas e questionamentos. Foram
cerca de 350 manifestações e as respostas
eram encaminhadas em dois dias.
Para os transferidos para Indaiatuba,
por exemplo, o pacote de transferência
incluía ajuda financeira para a mudança
e estadia de uma semana, para co-
nhecer a cidade e procurar um imóvel.
Os funcionários foram distribuídos para
incentivar a integração da “turma de
Vespasiano” e cada um tinha um
padrinho encarregado da recepção das
unidades.
Conduzir o processo de reestruturação
das atividades da fábrica de Vespasiano
com responsabilidade e transparência foi
a preocupação básica do projeto
Travessia, como foi chamada a ação pela
área de Recursos Humanos.
REE
STR
UTU
RA
ÇÃ
O C
OM
RES
PON
SAB
ILID
AD
E
50
Durante todo o ano, pesquisas e mais pesquisas
foram feitas para chegar ao mais desejado creme
para cabelo ou para monitorar a campanha de
lançamento de uma formulação inovadora de
detergente em pó. O objetivo era descobrir o que
realmente agrada ao consumidor. Com a imple-
mentação da ferramenta global Rainbow, a equipe
de qualidade da Unilever Alimentos percebeu que
as consumidoras ficavam incomodadas com a
“bolha” que aparecia no fundo do pote das mar-
garinas e que dava a impressão de estar faltando
produto. A informação gerou importantes mu-
danças no processo.
Uma das estratégias prioritárias da Unilever é o
desenvolvimento de produtos para o consumidor
de baixa renda, um mercado atraente pelos vo-
lumes que representa. Isso significa explorar e
Para identificar as necessidades do consumidor,
conhecer seus hábitos e aprender com suas
reações, gerentes e diretores da Divisão Sorvetes
Kibon foram para os diferentes pontos-de-venda
para viver a experiência de venda direta.
Chegaram a conduzir carrinhos de sorvetes pelos
mesmos roteiros do vendedor. O movimento de
reconexão total, estratégia prioritária da empresa,
teve várias outras frentes em 2003. Consumidoras
foram convidadas para conhecer a cozinha experi-
mental em São Paulo ou receberam equipes da
divisão de alimentos em suas casas: o objetivo
era observar como elas preparam o almoço e os
diferentes usos que elas fazem dos produtos. Para
observar os hábitos do consumidor, a divisão de
Higiene e Beleza instalou câmeras em circuito
fechado em casas, em “High Connection”!
CONSUMIDORES
e c l ientesO MUNDO ESTÁ MUDANDO E, COM ELE, O CONSUMIDOR, CADA DIA
MAIS CONSCIENTE E CIDADÃO. A CONFIANÇA NA MARCA – E NA
EMPRESA QUE ESTÁ POR TRÁS DELA – PASSA A SER UM VALOR FORTE
EM SUAS DECISÕES DE COMPRA. ATENTA A ESSAS TRANSFORMAÇÕES
E EM LINHA COM OS SEUS COMPROMISSOS CORPORATIVOS, A
UNILEVER TRABALHA DE FORMA CONSTANTE PARA APRIMORAR OS
MECANISMOS E AS FERRAMENTAS DE RELACIONAMENTO COM O
PÚBLICO QUE É A RAZÃO DE SUA EXISTÊNCIA.
atingir um mercado de 200 milhões de pessoas na
América Latina com produtos de custo reduzido
sem que a qualidade seja afetada.
É um grande desafio também porque o perfil dessa
população é complexo e escapa dos indicadores
usuais. Mulheres que administram o orçamento
doméstico e moram em bairros com pouca infra-
estrutura é o grande contingente dessa classe. As
pesquisas mostram que a decisão de compra
dessa consumidora é inteligente, ela tem a
noção exata da relação custo/benefício e
adapta os seus recursos para ter o que
julga importante. A Unilever acredita que
responder às suas necessidades é tam-
bém uma oportunidade de exercer
o seu papel de empresa socialmente
responsável, oferecendo produtos
seguros e de qualidade que facilitem a
sua vida e contribuem com o desen-
volvimento da sociedade.
OUVIR E RESOLVERPreparados para ouvir, analisar e
solucionar cada manifestação de
forma particular, os serviços de
atendimento ao consumidor absor-
veram um número crescente de
ligações durante o ano e con-
solidaram ainda mais o
papel de instrumento de
51
52
Serviços de atendimento: cada vez mais próximos do consumidor,
cada vez mais integrados às operações
53
relacionamento com o consumidor, canalizando
oportunidades de melhorias e inovações.
Foram mais de 1,3 milhão de atendimentos
durante o ano, um número 30% superior ao re-
gistrado em 2002. As estruturas do Departamento
de Relações com os Consumidores que atende ao
segmento de alimentos e do Centro de Interação
com os Consumidores (CIC), voltado para os pro-
dutos de Higiene e Beleza, registram um índice de
satisfação de 95% em relação aos seus serviços.
Podem atestar também o quanto o consumidor
está mais exigente e consciente de seus direitos,
buscando cada vez mais informações rela-
cionadas a temas como saúde, qualidade, proces-
so de fabricação, responsabilidade social e meio
ambiente, entre tantos outros.
Em 2003, o Departamento de Relações com os
Consumidores implementou um plano de ação que
tinha como foco principal o tempo e a qualidade do
atendimento. Ouvindo as próprias ligações, os 32
funcionários puderam analisar e desenvolver
capacidade de interpretar o desejo do consumidor,
de estabelecer diálogo com afetividade e de garan-
tir clareza nas informações. Os próprios fun-
cionários desenvolveram o modelo de monitoria de
suas ligações, num processo de autogestão, que
culminou com a premiação daqueles que se
destacaram durante o ano. No total, foram 255
horas de treinamento durante o ano.
O plano de ação, resultado dessa monitoria, ata-
cou os pontos críticos identificados, como a
redução do prazo de resposta dos e-mails de 48
para 24 horas, o conteúdo das respostas e o
processo de troca dos produtos, entre outros pro-
jetos. A Unilever sabe que o consumidor confia
nos seus produtos e, por isso, faz questão de
fornecer informações claras e precisas aos ques-
tionamentos cada vez mais freqüentes sobre for-
mulações dos produtos, utilização de ingredi-
entes, processo de fabricação e políticas de meio
ambiente. Esses aspectos são tratados sempre
com o rigor dos compromissos de responsabili-
dade social da organização e com o cumprimento
das regras previstas pela legislação.
Atendimentos feitos pelo SAC
678.032
2001 2002 2003
1.030.787
1.300.115
Dados consolidados dos atendimentos a con-
sumidores das três divisões da Unilever
54
Sempre à disposição do consumidor, os serviços de
atendimento recebem críticas e sugestões que se
transformam em oportunidades de melhorias dos
produtos e dos processos de fabricação, de inovação
e de ação social. Foi assim, por exemplo, que os pa-
litos de sorvetes passaram a apresentar a informação
gravada de que eram feitos com madeira proveniente
de reflorestamento. A partir de manifestações dos
consumidores brasileiros, a comunicação se transfor-
mou em plataforma global da Unilever.
Foram desenvolvidas, a pedidos, edições espe-
ciais de sorvetes sabor milho-verde e paçoca para
o período das festas juninas e de abacaxi e coco
para o verão. O consumidor sugeriu também
embalagens individuais de sopas Knorr, novas
versões de frutas para o AdeS light e, para evitar
o uso de tesoura ou faca, a tampa da embalagem
passou a ser do tipo flip top.
No Centro de Interação com o Consumidor (CIC),
que atende 24 marcas do segmento de Higiene e
Beleza, 93% das chamadas foram atendidas em
até 20 segundos e esse é um diferencial do
serviço. Mais de 80% dos atendimentos são solu-
cionados no primeiro contato. Boa parte do
restante consiste em ações como retirada e
análise de produtos ou peças, que demandam
mais tempo. Nesses casos, os assistentes do CIC
têm o cuidado de informar ao consumidor quais
serão as ações tomadas e o tempo de resposta.
Foi a partir das manifestações do consumidor,
por exemplo, que o lançamento do creme para
pentear Dove ganhou força; que os rótulos dos
Além dos funcionários que participam de atividades e treinamentos, a cozinha experi-
mental da Unilever Alimentos em São Paulo recebe consumidoras que são convidadas
para acompanhar os testes e mostrar suas receitas
55
amaciantes Comfort e Fofo foram ajustados,
trazendo informações mais detalhadas sobre o
modo de utilizar o produto; que a percepção das
pessoas em relação às propagandas é monitora-
da, confirmando em muitos casos a imagem po-
sitiva que a marca tem perante o consumidor.
Além de transformarem as manifestações em infor-
mação gerencial que funcionam como termôme-
tros do relacionamento com o consumidor, os
serviços de atendimento são aliados no lançamen-
to de produtos, como a pesquisa feita para avaliar
a opinião das consumidoras após o lançamento de
OMO Poder Azul sobre sua nova formulação.
Para o lançamento da linha de tintura Seda
Procolor, foi montado um SAC especial que contava
com uma equipe capacitada para resolver desde
dúvidas técnicas sobre o produto até as questões
delicadas que envolvem a relação das mulheres
com o cabelo e as mudanças provocadas por tin-
turas. O horário de atendimento foi ampliado para o
sábado, dia em que as mulheres resolvem mudar
sua aparência. Além do atendimento telefônico, foi
montado um sistema de plantão composto por 12
cabeleireiras que ficaram à disposição das consu-
midoras para fornecer orientações sobre a apli-
cação do produto, avaliar as condições do cabelo,
sugerir hidratações e até, se necessário, se deslocar
até sua casa. Foi um cuidado a mais que represen-
tou 760 horas de treinamento e envolveu especia-
listas como coloristas e médicos dermatologistas,
além das áreas de marketing e de desenvolvimento.
O lançamento da nova linha Seda Procolor também
Na padaria experimental de Valinhos/SP são feitas análises de performance para
monitoramento de qualidade: os produtos são usados e preparados conforme
indicação da embalagem, como se estivessem na mão e na casa do consumidor
56
envolveu a Gerência Jurídica de Consumidores &
Produtos, que rastreou todos os problemas que
acontecem na vida real com tinturas de cabelo.
Entre as orientações estavam: informações real-
mente claras e precisas na embalagem e a recomen-
dação de que as demonstradoras fizessem o teste
de irritabilidade nas consumidoras nos pontos-de-
venda em que era feita a aplicação do produto.
A análise dos aspectos jurídicos que é corporati-
va, e atende as quatro divisões de negócio, passa
pelas respostas padronizadas fornecidas pelos
serviços de atendimento, pelas questões tri-
butárias e contratuais, chegando às peças de
comunicação e regras das promoções. Apesar dos
cuidados da área de marketing, o lançamento do
desodorante Rexona Ebony repercutiu na comu-
nidade negra e gerou um processo no Conselho
Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária
(CONAR). Para defender a empresa, a gerência
apresentou os resultados de seis pesquisas de
opinião, inteiramente favoráveis ao conceito
atrelado ao novo produto. Além disso, foi feito
um intenso trabalho de aproximação ao target
como apoio a eventos realizados por ONGs para
a comunidade.
As reclamações passam por desdobramentos
internos, envolvendo áreas diferentes da empre-
sa, sendo que algumas são tratadas no âmbito do
Comitê de Gerenciamento de Crise. Inspirada no
bem-sucedido modelo da Unilever Alimentos, a
divisão de Higiene e Beleza também implantou o
seu comitê em 2003. A atuação do grupo visa a
análise preventiva de questões que tenham
potencial de gerar impactos negativos à re-
putação e à imagem da empresa.
Por tudo disso, a relação entre reclamações e ações
judiciais que ficam a cargo da gerência de
Consumidores & Produtos é relativamente baixa.
Muitas vezes, afirmam os especialistas, as recla-
mações exigem o entendimento real do problema,
como processos de fabricação da embalagem ou
manuseio das caixas em centros de distribuição,
ações que envolvem também os parceiros e que
alteram a qualidade final do produto.
ÁREA JURÍDICA
Ações judiciais 2002 2003 Relação nº Relação nº
Reclamação/ação Reclamação/ação
2002 2003
Unilever Alimentos 18 15 0,040% 0,0375%
Kibon 01 03 0,029% 0,027%
Unilever Higiene e Limpeza 30 34 0,032% 0,030%
57
Para a Unilever, a confiança
do consumidor é um patri-
mônio a ser zelado por todos
os funcionários
58
Nos centros de pesquisa e nos laboratórios,
a segurança das formulações e o controle
de qualidade seguem os rígidos padrões da
Unilever mundial
Entre os princípios adotados pela Unilever está
também a eliminação dos testes em animais. Para
garantir a segurança dos produtos, a empresa
investe no desenvolvimento de métodos alterna-
tivos e não coloca o produto no mercado do país
em que esse tipo de teste é exigido. É o caso, por
exemplo, dos xampus infantis no Brasil.
Entre as medidas para solucionar esse impasse, a
Unilever apóia o projeto de pesquisa de metodolo-
gias que a Associação Brasileira das Indústrias de
Produtos de Limpeza e Afins (ABIPLA) está imple-
mentando com as autoridades responsáveis
pelo tema.
SEGURANÇAPara a Unilever, a confiança que os consumidores
depositam em seus produtos é um patrimônio. Por
isso, a empresa dedica atenção máxima à segu-
rança e à qualidade dos produtos.
Cada componente que entra em suas unidades para os
diferentes processos de fabricação e cada produto que
sai para os centros de distribuição e pontos-de-venda
estão enquadrados nos rígidos padrões da empresa e
na legislação específica. Todas as formulações são
aprovadas pelo Centro de Garantia de Segurança e
Ambiental (SEAC – “Safety & Environmental Assurance
Centre”), departamento global que zela pelo cumpri-
mento dos padrões estabelecidos.
59
“Carol da Boa Compra” sabe explicar por que é impor-
tante verificar a validade dos produtos, como comprar e
armazenar os alimentos e quais são os direitos e deveres
do consumidor. Ela é a personagem da cartilha Sou Con-
sumidor, e Agora?, elaborada pelo time do Departamento
de Relações com o Consumidor da Unilever Alimentos.
Além de ser encaminhada para as crianças que entram
em contato com o serviço de atendimento, a cartilha é
parte do projeto Educando para o Consumo, que deu os
primeiros passos em 2003. A fase piloto do projeto com
três apresentações para crianças de escolas de São Paulo
foi muito bem avaliada, conforme demonstrou a pesquisa
de satisfação realizada com as crianças e os professores
que participaram.
Em uma “aula” divertida, com aproximadamente uma
hora de duração, os alunos aprenderam muitas coisas
com a Carol. Num painel com formato de geladeira, colo-
cavam os alimentos no lugar certo com auxílio de ímãs;
com um carrinho de supermercado, aprendiam a escolher
os produtos e a observar a embalagem e o prazo de vali-
dade; por fim, recebiam informações
sobre reciclagem.
O material informativo auxilia as crianças
na elaboração de trabalhos escolares,
uma das solicitações mais
freqüentes no SAC, e disse-
mina o conceito do consumo
responsável.
EDUCANDO PARA O CONSUMO
60
RELACIONAMENTOcom os cl ientes
PARA COLOCAR SEUS PRODUTOS NOS MILHARES DE PONTOS-DE-VENDA
ESPALHADOS PELO PAÍS E OFERECER AO CONSUMIDOR A EXPERIÊNCIA DA
COMPRA, A UNILEVER INVESTE TAMBÉM NA QUALIDADE DO RELACIONA-
MENTO COM SEUS CLIENTES QUE ESTÃO NO COMANDO DOS CANAIS DE
DISTRIBUIÇÃO E DE VAREJO.
Para estar presente em milhares de pontos-
de-venda espalhados pelo País, a Unilever
investe na qualidade do relacionamento com
distribuidores e varejistas
61
O aprendizado é constante e envolve o desen-
volvimento de negociações, que são norteadas
pelo mercado e alinhadas ao Código de Princípios
e Negócios. A divisão de Higiene e Beleza conta
com uma equipe de vendas composta por 2 mil
funcionários, 500 promotores e cerca de mil fun-
cionários contratados por tempo determinado
para os pontos-de-venda. Todos têm a “cara da
Unilever” e a responsabilidade de levar adiante a
relação de confiança que existe entre a empresa e
os seus consumidores.
O investimento nas ferramentas gerenciais dos
sistemas SAP (Projeto Harmonia) e CRM
(Customer Relation Management) está sendo con-
duzido com o objetivo de consolidar a estratégia
de crescer com o cliente, um destaque da nova
missão Vitalidade, que foi implementada em julho
de 2004.
Em 2003, a conclusão do processo de fusão das
empresas de alimentos na Unilever Alimentos foi
consolidada com a estruturação da equipe de ven-
das, responsável pelo atendimento direto de 7 mil
clientes que representam 48% do mercado e
englobam as grandes redes de supermercados e
empresas atacadistas.
Ouvir o cliente, estabelecer regras claras em
Resultados 2002 2003
% de entregas no prazo 86 96
% de entregas X pedidos 76 84
(caixas fechadas)
relação à administração de preços e melhorar con-
tinuamente o nível de serviços foram as metas
traçadas pela equipe. A melhor medida dos resul-
tados alcançados no curto período que se sucedeu
à fusão foi o índice de satisfação na pesquisa rea-
lizada em 2003, compatível ao da divisão de
Higiene e Beleza. Em um novo formato e focada
numa base especial formada pelas grandes redes,
a pesquisa avaliou a percepção do mercado em
relação ao relacionamento, às condições comer-
ciais, à logística, ao suporte às marcas no ponto-
de-venda e ao valor das marcas no negócio.
Um plano de ação foi traçado para aprimorar a
qualidade dos serviços e incluiu até o novo layout
do escritório central para aproximar as equipes de
vendas da cadeia de suprimentos e da logística. O
centro de distribuição em Goiânia/GO foi amplia-
do e um sistema de atendimento monitorado foi
implantado para melhorar os indicadores de prazo
de entrega e quantidades no pedido.
Localizada no centro do País, distante dos maiores
mercados consumidores, a distribuição dos produ-
tos da fábrica de Goiânia/GO é complexa. Todo
pedido concorre com o estoque, uma condição que
poderá ser acompanhada de perto pelos vende-
dores por meio do sistema CRM.
62
O desempenho ambiental e o gerenciamento
dos indicadores ambientais alinhados, sempre
que possível, aos padrões globais da empresa
são preocupações que estão na ordem do dia
das equipes de todas as fábricas e nas metas
dos projetos desenvolvidos pela Unilever
Brasil. Os números atualizados de 2003
demonstram a evolução do desempenho
ambiental e são resultados diretos do aprimora-
mento do Sistema de Gerenciamento Ambiental
(SGA). Conscientização e cuidados freqüentes
com os possíveis impactos ambientais fazem
toda a diferença no dia-a-dia da operação.
Como signatária do Global Compact, o Pacto
Global das Nações Unidas que estabelece o
cumprimento pelas empresas dos princípios
relacionados ao meio ambiente, entre outros, a
Unilever procura disseminar suas boas práticas
ambientais para além das fronteiras de suas
unidades, envolvendo parceiros, fornecedores,
distribuidores, consumidores e comunidades
com as quais está diretamente relacionada.
Por essa razão, as questões ambientais estão
inseridas na área de assuntos corporativos da
Unilever Brasil e são tratadas como um processo
integrado que atende às demandas internas e
externas. Além das diretrizes mundiais da com-
panhia e dos preceitos da Política local de Meio
Ambiente, a Gerência de Assuntos Socioambien-
tais, criada em 2002, coordena os investimentos
das fábricas e a implementação dos programas
de educação ambiental, responsabilidade com-
partilhada e desenvolvimento sustentável,
atuando sempre junto às comunidades.
Mundialmente, 149 operações da Unilever são
certificadas pela norma ambiental ISO 14001.
No Brasil, três das quatro unidades certificadas
passaram por auditorias de manutenção em
2003: Vinhedo/SP, que foi também a primeira
da Unilever na América Latina e do segmento de
Higiene Pessoal no Brasil a obter a certificação,
em 1999; Indaiatuba/SP, a maior fábrica do seg-
mento de detergente em pó do mundo; e
Valinhos/SP, a primeira da divisão Alimentos.
Até 2002, a Unilever era uma das poucas empre-
sas de bens de consumo (higiene pessoal,
PARA A UNILEVER, RESPONSABILIDADE AMBIENTAL É MAIS DO QUE
CUMPRIR A LEGISLAÇÃO. É CONDUZIR AS ATIVIDADES COM O COM-
PROMISSO DE PROMOVER A MELHORIA CONTÍNUA DE SUAS ATIVI-
DADES, SEMPRE COM FOCO NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
MEIOambiente
64
limpeza doméstica e alimentos) certificadas
com a norma ambiental. Por essa razão, foi
destacada na edição especial da revista Meio
Ambiente Industrial, na Homenagem às 1.000
empresas certificadas com ISO 14001. A Unilever
está presente desde a primeira edição que apre-
sentava as primeiras 100 empresas certificadas.
As 15 unidades operacionais instaladas no
Brasil possuem o Sistema de Gestão Ambiental
(SGA) implementado. A metodologia tem como
base o conceito dos “3 Rs”: reduzir o consumo
de recursos naturais e a geração de resíduos e
emissões; reutilizar quando possível e reciclar.
REPRESENTATIVIDADEA Unilever é uma das fundadoras do
Compromisso Empresarial para Reciclagem
(CEMPRE), entidade sem fins lucrativos que
conta atualmente com 20 empresas associadas.
Tem como missão promover o conceito de
gerenciamento integrado do resíduo sólido
municipal; promover a reciclagem pós-con-
sumo; e difundir a educação ambiental com a
teoria dos “3 Rs”. Como participante ativa no
CEMPRE, a empresa presidirá a instituição no
biênio 2004-2005, conforme eleição realizada
em 2003.
Em nome da Associação Brasileira da Indústria
de Produtos de Limpeza e Afins (ABIPLA) e
como representante do setor, a Unilever par-
ticipou do grupo de trabalho liderado pelo
Conselho de Meio Ambiente (COEMA) da
Confederação Nacional da Indústria (CNI) e
coordenado pela Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (FIESP), responsável pela
proposta do setor industrial para a Política
Nacional de Resíduos Sólidos.
Alinhada à missão do CEMPRE, a proposta
inclui a participação das cooperativas de cata-
dores no gerenciamento integrado do resíduo
urbano, além de levar em conta o conceito de
responsabilidade compartilhada, que prevê a
participação do poder público, da indústria, da
distribuição e da comunidade. Para a Unilever, a
inclusão dos catadores no modelo é fundamen-
tal, pois além da função ser essencial para a
alta eficiência do modelo brasileiro, propor-
ciona a criação de milhares de postos de traba-
lho e garante a geração de renda.
DESEMPENHO AMBIENTALOs indicadores ambientais da Unilever refletem,
ano após ano, a melhoria contínua implementa-
da nas operações e os investimentos realiza-
dos, ambos decorrentes do SGA. Além da
evolução dos indicadores ambientais, como
consumo de água, de energia, geração de resí-
duos por tonelada produzida, emissão de SOx,
entre outros, o planejamento da área de
Responsabilidade Ambiental engloba também a
análise da contabilidade ambiental.
O processo de análise da contabilidade ambien-
tal é uma ferramenta que traduz os efeitos qua-
litativos e quantitativos do desempenho am-
biental da companhia e leva em conta a pers-
pectiva dos negócios, o posicionamento da
Unilever Brasil e o momento histórico das ope-
rações. Abrange os investimentos feitos, o
custo operacional e os benefícios relacionados
às ações implementadas. Vale ressaltar que
bons resultados são garantidos, às vezes, à
custa de investimentos e, em alguns casos, com
elevação do custo operacional.
Os valores investidos nos processos de tratamento
65
de efluentes e de água, em licenciamentos, na
disposição de resíduos, nas análises ambientais
laboratoriais e no próprio sistema de gestão
ambiental, entre outras ações, são consolida-
dos no parâmetro custo ambiental operacional.
Nos últimos dois anos, esse parâmetro apre-
sentou um aumento de 34%, resultado que
expressa a dedicação da Unilever a seus
propósitos e garante a estabilidade e o controle
do seu sistema de gestão ambiental.
Nos quatro últimos anos, os investimentos da
Unilever Brasil relacionados à área ambiental nas
quatro unidades certificadas com a ISO 14001
totalizaram 7,78 milhões de reais, uma média
anual de 390 mil reais por fábrica. Esse total re-
presenta um aumento da ordem de 18%, pois
antes da implementação dos processos de certifi-
cação, o valor anual dos investimentos da Unilever
Brasil era na ordem de 330 mil reais por fábrica.
INDICADORES AMBIENTAIS
RESÍDUOS SÓLIDOS GERAIS
São os materiais em estado sólido ou semi-sóli-
do, provenientes dos processos industrial e
administrativo e que são destinados a dife-
rentes formas de disposição, como composta-
gem, reciclagem, incineração, aterros sa-
nitários, reuso, descontaminação, retorno ao
fornecedor, co-processamento, entre outros.
Em 2001, com a aquisição da empresa
Bestfoods, o indicador geração de resíduos
sólidos apresentou elevação significativa com
um acréscimo de 402% sobre o total do ano
Em 2003, os investimentos da Unilever Brasil em projetos relacionados
ao desempenho ambiental em suas 15 unidades operacionais foram 97%
superiores aos realizados em 2002
Em 2003, o custo ambiental operacional da Unilever Brasil com suas 15
unidades operacionais aumentou 17,4% em relação a 2002
Custo ambiental operacional
Investimento ambiental direto
3,634,13
4,85
2001 2002 2003
3,29
1,672,08
200320022001
66
nos laboratórios de análises químicas e bioló-
gicas e nos ambulatórios médicos, áreas em
que as práticas são constantemente analisadas
com o objetivo de garantir a minimização de
qualquer possível impacto ambiental ou risco à
segurança ocupacional.
A participação dos resíduos perigosos no vo-
lume total é da ordem de apenas 0,01% e o
custo operacional anual com a disposição
(53 mil reais) é de 2% do montante geral gasto
com disposições finais de resíduos.
2. Resíduos não-perigosos
Os chamados resíduos “não-perigosos” e “não-
recicláveis”, classificados conforme a NBR
10.004 (ABNT), têm origem em situações
específicas e esporádicas e são destinados
Resíduos sólidos gerais Resíduos perigosos
Resíduos não-perigosos
214,5
2001 2002 2003
117,2 129,9
2003 Meta mundial2004
Meta mundial2004
20022001
2001 2002 2003
0,022
6 5,5 5,4
8,79
0,007 0,009
0,52
anterior. Desde então, com a implementação do
conceito “3Rs”, base do SGA da Unilever, a
empresa vem obtendo considerável redução do
volume. No caso do indicador Geração de
Resíduos Sólidos (total) da Unilever, a redução
no período 2001/2003 foi de cerca de 65%.
Entre receitas e custos decorrentes do trata-
mento e da disposição dos resíduos, o balanço
contábil da Unilever apresenta, desde 2002,
uma situação estável com quantias positivas na
ordem de 2,4 milhões de reais ao ano. Este
resultado tem como base o processo de melho-
ria contínua que a empresa incentiva em todas
as suas unidades. Os esforços são direcionados
para a redução de geração de resíduos e para
os estudos das melhores alternativas eco-efi-
cientes (ambiental e economicamente viáveis).
A gestão dos resíduos sólidos na Unilever tam-
bém é conduzida em função da forma de desti-
nação final. Assim, temos:
1. Resíduos perigosos
Na Unilever, o volume de geração de resíduos
perigosos, classificados conforme a NBR
10.004 (ABNT), vem se mantendo estável nos
últimos anos. Esse tipo de resíduo é gerado
67
Forma de disposição dos resíduos sólidos Resíduos recicláveis
Reciclagem
Aterro
2001 2002 2003
2,8%
97,2% 95,3% 95,8%
4,7% 4,2%
2001 2002 2003
208,5
111,6 124,4
para aterros sanitários ou incineração. Com a
implementação do processo de melhoria con-
tínua, a redução desse tipo de resíduo atingiu
patamares muito significativos: nos anos de
1997 e 1998, o registro histórico apontava para
o indicador anual de 15 quilos por tonelada pro-
duzida e, hoje, ele se apresenta estável e bem
abaixo da meta mundial da Unilever.
Apesar da participação de 4,2% em relação ao
volume de resíduo total geral, os resíduos “não-
perigosos” contabilizam 30% (825 mil reais ao
ano) dos gastos da empresa com destinação
ambientalmente adequada. Nos últimos três
anos, o custo operacional refletiu o aumento
desse tipo de serviço no mercado – de R$ 0,05 em
2001 para R$ 0,09 em 2003 por quilo de resíduo.
3. Resíduos recicláveis
São todos os resíduos perigosos e não-
perigosos, classificados conforme a NBR
10.004 (ABNT) que podem ser destinados a
alguma forma de reciclagem. Entre eles estão:
embalagens (caixas, frascos, tampas, etc.),
resíduos de alimentos, óleos lubrificantes, lodo
de tratamento de efluentes, lâmpadas, pilhas e
baterias, luvas de látex, papel siliconado
(Linner), rótulos adesivos e vários outros materiais.
Em 2003, a área socioambiental consolidou um
indicador importante, que é o percentual de
resíduos sólidos destinados para alguma forma
de reciclagem: 95,8% de todo o resíduo gerado
nas 15 unidades operacionais.
A expressiva melhoria em relação ao ano de
1999 (86,1%) mostrada no quadro se deu em
função da certificação pela Norma ISO 14001, do
SGA das fábricas de Indaiatuba/SP, Valinhos
Alimentos/SP e Valinhos Higiene Pessoal/SP. Essa
conquista refletiu o amadurecimento do sistema e
contribuiu com um aumento de 6% no índice geral
de reciclagem da Unilever Brasil. O índice apresen-
tou nova elevação em 2001 (97,2%) e decréscimo
em 2002 (95,3%), com o início do reporte de mais
duas unidades: Garanhuns/PE e Itatiba/SP.
Apesar de os recicláveis, em sua maioria, pas-
sarem por um processo de venda e gerarem
receitas, vale destacar que anualmente a
Unilever investe cerca de 1,5 milhão de reais
para que os resíduos sejam destinados de
forma ambientalmente adequada, como a
compostagem, o co-processamento, a desconta-
minação com recuperação de materiais e outros.
O histórico desse indicador registra um aumento
68
de 100% no período de dois anos, já que em
1997 os investimentos eram de 750 mil reais.
ÁGUAEm 2001, o consumo de água da Unilever apre-
sentou uma elevação significativa em função da
aquisição da empresa Bestfoods: houve
acréscimo de 55% no consumo de água por
tonelada produzida. Com a implementação do
SGA nas novas unidades fabris, foi registrada,
no período seguinte, uma redução de 28% por
tonelada produzida e uma economia de 2,77
milhões de reais. Essa economia equivale ao
volume líquido de 967 piscinas olímpicas
(2.500 metros cúbicos por piscina).
DQOOs efluentes líquidos gerados pela empresa são
provenientes dos processos industriais, como
lavagem de máquinas, linhas de produção de
restaurante, sanitários e vestiários. Passam por
sistemas de tratamento industrial e doméstico,
onde ocorre a redução da Demanda Química de
Oxigênio (DQO), que é a quantidade de oxigênio
necessária para que uma matéria orgânica seja
oxidada, ou seja, degradada quimicamente. Esse
componente é, portanto, um dos melhores
parâmetros para se medir o nível de carga
poluente de um efluente líquido.
Em 2001, foi registrado um pequeno desvio
desse indicador em função da aquisição da
Bestfoods. Com os esforços empreendidos na
melhoria contínua do processo, esse parâmetro
apresentou uma redução de 11% no último ano.
Os efluentes líquidos gerados pelas unidades
fabris são 100% tratados e apresentam as
seguintes disposições:
Em 2003, a Unilever investiu cerca de 4,86 mi-
lhões de reais no processo de tratamento de
efluentes para garantir sua qualidade, o
69
cumprimento da legislação e a adequada dis-
posição nos corpos receptores.
ENERGIAA Unilever utiliza diferentes formas de energia em
seus processos, como gás natural, energia elétrica,
óleo combustível, diesel e até mesmo bagaço de
cana. Todas são consolidadas num mesmo padrão
e convertidas na unidade de GJ (Giga Joule).
A Unilever apresenta, nos últimos anos, uma
situação estável em relação ao consumo de
energia, consolidado em GJ. Como mostra o
gráfico, houve uma redução de 1,4% em 2003
em relação a 2002. A empresa vem concentran-
do esforços para que esse parâmetro atinja a
meta mundial e, com esse objetivo, foram rea-
lizados investimentos para a substituição do
óleo combustível por gás natural. Apesar da
elevação do custo operacional, a alternativa
apresenta-se como mais adequada do ponto de
A implementação de ações de melhoria contínua
nas operações garante os bons indicadores
ambientais, como no caso das estações de trata-
mento de efluentes (fotos ao lado)
Consumo de agua (m3/T)
Meta mundial2004
2001 2002 2003
3,612,96 2,82
3,5
Tratamento de efluente – 2003
Reutilização dentro da fábrica
Tratamento externo
Tratamento interno
5%4%
91%
70
vista ambiental e do perfil atual da empresa.
Dessa forma, a Unilever registrou um aumento
significativo no custo de energia consumida:
para manter sua eficiência energética, a empre-
sa teve um gasto adicional da ordem de 22% em
2003, o equivalente a 10,8 milhões de reais.
COA emissão de dióxido de carbono é um fator que
contribui para o conhecido “efeito estufa” e é
proveniente da queima de combustíveis fósseis.
A Unilever vem trabalhando para reduzir a emis-
são de CO2 na atmosfera, por meio de melhorias
no manuseio das fontes de energia, reafirmando
assim seu compromisso com a prevenção e a
redução dos possíveis impactos ambientais. Em
2003, a emissão foi reduzida em 4,3%.
SOxOs gases sulfurados contribuem para a chamada
“chuva ácida” e são gerados pela utilização de
óleo combustível no processo industrial. Em
função da substituição desse combustível por
gás natural, a Unilever obteve uma redução de
70% na emissão de gases SOx nos últimos anos.
PROJETOS AMBIENTAIS
Redução do consumo de água
A Unilever Alimentos lançou no
final de 2002 um programa
regional de redução do consumo
de água chamado “Medusa”,
com o objetivo de obter a
redução de um milhão de metros
cúbicos até o final de 2004. O
número é desafiador e tem o
intuito de revigorar as atenções sobre as
oportunidades de melhoria. Até o final de
2003, só a fábrica de Goiânia/GO, individual-
mente, registrava uma redução de 40% no
consumo de água.
A divisão de sorvetes Kibon iniciou em 2003 o
projeto de substituição dos atuais freezers de
pontos-de-venda por equipamentos isentos de
CFC (Clorofluorcarbono). Outro investimento
importante da divisão é a renovação dos sis-
temas de refrigeração do processo de fabri-
cação dos sorvetes, envolvendo a troca das
tubulações da fábrica do Recife/PE. Além da
modernização desse sistema e dos ganhos
operacionais, a divisão atende com essa
providência uma das preocupações da Unilever,
que é a substituição do tradicional sistema que
utiliza amônia por uma alternativa mista à base
de água/álcool.
Bagaço de cana e gás natural
A fábrica de Goiânia recebeu o Prêmio de Gestão
Ambiental 2003, concedido pela Agência
Ambiental de Goiás. Foi um reconhecimento ao tra-
balho executado para melhorar a eficiência opera-
cional da caldeira da unidade, que
utiliza bagaço de cana e cavaco de
madeira como combustível. A uti-
lização desse recurso renovável,
que não produz SOx e permite o
controle da emissão de material
particulado com facilidade, tornou-
se, assim, ainda mais interessante.
No final de 2003, as caldeiras
das fábricas de Valinhos e In-
daiatuba passaram a funcionar
com gás natural. O projeto
71
alterou o perfil energético das unidades, com
a substituição do óleo combustível 2A e redu-
ziu a praticamente zero a emissão de SOx. O
investimento nas duas unidades foi da ordem
de 400 mil reais.
Como o custo do gás natural é, porém, mais eleva-
do que o do óleo combustível 2A e é o maior con-
tribuinte para a geração de energia nessas
unidades, o custo geral do consumo de energia
será maior em 2004. Além dos indicadores ambien-
tais, outras melhorias operacionais compensam a
substituição: a eliminação dos riscos de vazamen-
tos de óleo/geração de resíduos; a eliminação dos
riscos de acidentes pelo aquecimento do óleo; e a
diminuição significativa das manobras em campo.
Das 15 unidades da Unilever Brasil, sete ope-
ram atualmente com gás natural.
Na página ao lado, sistema
de gás natural da Fábrica de
Valinhos
Demanda química de oxigênio (Kg/T) Energia (GJ/T)
Emissão de CO2 (Kg/T) Emissão de SOx (Kg/T)
Meta mundial2004
2001 2002 2003
0,51
1,911,72
1,96
Meta mundial2004
2001 2002 2003
2,08 2,09 2,06
1,98
Meta mundial2004
2001 2002 2003
142 140 134
184
Meta mundial2004
2001 2002 2003
0,360,22 0,19 0,21
Emissão de SOx – Caldeiras (mg/Nm3)
2002 2003
590,8
888,2
Exemplo gráfico de emissão de SOx da Caldeira
da Unidade de Indaiatuba
72
Tratamento de efluentes líquidos
O tratamento de efluentes líquidos foi um dos
pontos de atenção da área de meio ambiente
em 2003. Ao contrário das fábricas da Divisão
Higiene Pessoal, cujos efluentes líquidos
podem ser reutilizados internamente, as fábri-
cas da Divisão Alimentos são menos flexíveis à
reutilização dos resíduos líquidos.
Nas estações de tratamento de efluentes líqui-
dos das fábricas de Pouso Alegre/MG e de
Goiânia/GO, foram executados projetos de
ampliação e de otimização – na primeira, em
função da duplicação do processo de fabricação
da bebida à base de soja AdeS; na segunda,
para aumentar o rendimento e suportar o
processo produtivo sazonal sem riscos.
Reciclagem e desenvolvimento sustentável
A Unilever adota a reciclagem de seus resíduos
industriais como uma estratégia de negócio,
apoiando iniciativas alternativas de desenvolvi-
mento sustentável. Em 2003, 95,8% de todo o
resíduo gerado nas atividades industriais da
empresa foi destinado para alguma forma de
reciclagem, das embalagens tipo Longa Vida ao
lodo extraído das estações de tratamento de
efluentes líquidos.
Dessa forma, além de trazer benefícios para o
meio ambiente, reduzindo a produção de resí-
duos que não teriam outra destinação senão os
aterros sanitários, empregos são gerados com a
coleta, a preparação e o processamento de
novas matérias-primas.
O projeto de aproveitamento dos resíduos de
tubos laminados de creme dental, gerados na
unidade de Vinhedo/SP, surgiu em 2001 com
esse perfil e se apresenta, atualmente, muito
consolidado. Com o material, são fabricadas
telhas e placas que, por sua vez, são proces-
sadas para produção de móveis e objetos.
Tecnologia de prensagem similar também é
usada para a reciclagem de embalagens tipo
Longa Vida.
O apoio da Unilever foi decisivo para que os
73
produtos desenvolvidos alcançassem a quali-
dade necessária. Calendários, porta-retratos e
kits de régua e lápis foram distribuídos pela
empresa em 2003. Essa é uma iniciativa que
repercutiu mundialmente. A área socioambien-
tal recebeu manifestações de interesse de
vários países e o projeto foi destacado na men-
sagem de final de ano da Unilever mundial. Os
empresários envolvidos com esses projetos
inovadores estudam propostas para exportar a
tecnologia.
A reciclagem dos resíduos de rótulos gerados
na fábrica de Vinhedo foi um dos novos proje-
tos desenvolvidos em 2003. Produzidos com
material plástico e cola adesiva, geravam um
tipo de resíduo que não se encaixava em ne-
nhum sistema de reciclagem disponível. A
alternativa foi desenvolver o seu aproveita-
mento no processo de fabricação de telhas e
placas, na mesma linha dos projetos de reci-
clagem dos tubos de creme dental e de emba-
lagem tipo Longa Vida.
Novos projetos de aproveitamento do lodo das
ETEs também foram implementados em 2003: a
fábrica da Kibon no Recife passou a destinar
esse resíduo para o aproveitamento em ração na
suinocultura; já as fábricas de Pouso Alegre e
Goiânia enviam este mesmo resíduo para a com-
postagem. O produto desse processo biológico é
depositado em terrenos cujo solo é compatível.
Atuação junto aos parceiros
Para a Unilever, a preocupação com o meio
ambiente está presente em toda a cadeia produ-
tiva, controlada por meio da análise do ciclo de vida
de cada produto – do desenvolvimento do produto
e da embalagem, até a fase do pós-consumo,
atendendo sempre à demanda do consumidor.
O caso dos palitos de sorvete Kibon é bem ilus-
trativo. Desde 2000, os palitos são produzidos
com madeira proveniente de área de refloresta-
mento, mas os consumidores não eram informa-
dos. A inscrição “madeira de reflorestamento”
no próprio palito foi um novo e pioneiro canal
Preocupação ambiental está presente em toda a cadeia
produtiva: da reciclagem de embalagens de tubos de
pasta de dente aos palitos de sorvete, feitos com
madeira de reflorestamento
de comunicação implementado em 2003 no
Brasil e que, em 2004, será estendido para a
Unilever global.
Atender 100% das manifestações dos consumi-
dores que procuram os serviços de atendimento é
uma das metas da área socioambiental. Para
tanto, o trabalho conjunto foca desde o treinamen-
to dos operadores até a elaboração de respostas,
com diferentes níveis de complexidade.
No pós-consumo, a logística reversa trata dos
aspectos de reciclagem ligados à distribuição.
Produtos que sofrem algum dano durante o
transporte ou na estocagem, ou têm seu prazo
de validade vencido, não são mais conduzidos
para aterros sanitários. Um processo específico
é desenvolvido para cada grupo de produto para
ser executado pelo distribuidor com orientação
da Unilever e que consiste na descaracterização
do produto e separação da embalagem.
Estações de reciclagem
As Estações de Reciclagem Pão de Açúcar
Unilever continuam sua trajetória de sucesso e
receberam, em 2003, o Prêmio de Respon-
sabilidade Social no Varejo, promovido pela
Fundação Getúlio Vargas.
Com a adesão das marcas OMO, Cif, Rexona e
Arisco, as estações estão presentes em 36 lojas
da rede Pão de Açúcar na Grande São Paulo, no
ABC paulista, nos municípios de Cotia/SP,
Barueri/SP, Campinas/SP, Campos do Jordão/SP
e no Distrito Federal. Entre abril de 2001, quan-
do foi lançado, até dezembro de 2003, o proje-
to já recolheu cerca de 4.900 toneladas de
materiais recicláveis e gerou mais de 200 novos
postos de trabalho, além da parceria com duas
cooperativas de recicladores.
Estações de reciclagem incentivam a coleta seletiva,
promovem a conscientização ambiental e abrem
novas oportunidades de trabalho
74
76
Unindo a principal rede de supermercados
do ranking da Associação Brasileira de
Supermercados (ABRAS) e a Unilever, o pro-
jeto põe em prática o conceito de respon-
sabilidade ambiental compartilhada, com a
missão de promover a conscientização
ambiental por meio da coleta seletiva das
embalagens pós-consumo.
Nas unidades fabris e nos escritórios da
Unilever, a coleta seletiva é uma ação integra-
da à rotina. O projeto Lixo Legal, por exemplo,
é uma iniciativa dos funcionários dos
escritórios de São Paulo que, além de pro-
mover a conscientização ambiental entre os
funcionários, rende recursos que são aplica-
dos nas entidades parceiras na forma de
materiais recicláveis e atividades educativas,
ÁREAS DE ATUAÇÃO
Globalmente, a Unilever concentra seus
esforços em três áreas de atuação: mane-
jo sustentável da agricultura, da água e
da pesca.
A Agricultura fornece dois terços das
matérias-primas utilizadas em seus produ-
tos. A empresa procura desenvolver proje-
tos específicos e sustentáveis com par-
ceiros selecionados.
Em relação à Água, a empresa procura
otimizar o uso desse recurso natural em
suas linhas de produção e desenvolve pro-
jetos focados na preservação de lagos.
Junto com o World Wildlife Fund (WWF),
organização não-governamental que apóia
a vida selvagem, criou o Marine Stewardship
Council, para certificar o manejo da Pesca.
Atualmente, parte dos fornecedores de
pescados da Unilever possui essa certifi-
cação, mas a meta é que, até 2005, todos os
seus fornecedores estejam certificados. O
projeto não existe no Brasil porque a
Unilever não vende pescados no País.
Projetos de educação ambiental incluem visitas às
fábricas e às estações de tratamento de efluentes
77
como teatro, oficinas e palestras. Os recursos
são utilizados também na implantação de novos
projetos de coleta seletiva.
Educação ambiental
É uma das frentes de ação do projeto Conviver,
programa de relacionamento da Unilever reali-
zado nas unidades de Valinhos, Vinhedo e
Indaiatuba, interiores de São Paulo, Goiânia/GO
e Igarassu/PE. Sempre com um desenho local, o
projeto tem o objetivo de coordenar ações de
integração entre escolas, órgãos públicos, fun-
cionários e seus familiares.
Em Valinhos, a Semana da Água já é uma
tradição. A Unilever participa dessa iniciativa
em parceria com a prefeitura da cidade e o
Consórcio PCJ (Consórcio Intermunicipal das
Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba,
Capivari e Jundiaí). É considerado o maior pro-
grama de educação ambiental para recursos
hídricos do Brasil: beneficia 50 cidades da
região e 4.700 estudantes todos os anos, além
de promover a capacitação de 200 professores.
A principal atividade do evento são as visitas
técnicas que alunos e professores realizam para
conhecer de perto os problemas dos rios da
região, as estações de tratamento de efluentes
das empresas e as áreas de proteção ambiental.
Desde o início do programa, cerca de 40 mil
alunos foram beneficiados com a iniciativa.
Esse projeto possibilitou a criação do Livro de
Orientação ao Educador, que contém infor-
mações como a influência da água na história da
humanidade e o impacto dos resíduos sólidos
Como parte do programa mundial Lagos Vivos, a Unilever
Brasil apóia a preservação do ecossistema do Pantanal
78
na manutenção dos recursos hídricos e manan-
ciais. Em 2003, foi feita também a distribuição
de outro livro, patrocinado pelo Instituto
Unilever, que conta a história do Ribeirão
Pinheiros, na cidade de Valinhos.
O projeto Conviver estabelece também canais de
comunicação com as comunidades por meio de
linhas telefônicas diretas – o Disque Conviver.
O projeto D’Angola na Escola, da unidade de
Vinhedo, é dirigido a alunos de 1ª a 4ª séries do
Ensino Fundamental das escolas municipais.
Desde 1999, quando foi criado, já beneficiou
cerca de 7. 400 crianças.
Programas mundiais
Desde janeiro de 2002, a Unilever patrocina e
apóia a Ecotrópica – Fundação de Apoio à Vida nos
Trópicos, como parte do programa Lagos Vivos
(Living Lakes). A entidade monitora uma área de
preservação de 60 mil hectares na região do
Pantanal Mato-grossense, o que aumenta em 44%
o total de áreas protegidas naquele ecossistema.
O projeto Lagos Vivos é um programa mundial e
constitui uma frente de ação importante do
núcleo Água Sustentável. Está presente em
todos os continentes, protegendo 26 áreas,
entre elas o Mar Morto. Em 2003, um grupo de
trainees da Unilever Brasil desenvolveu um pro-
jeto de gestão administrativa e desenvolvimen-
to sustentável para a Ecotrópica. Saiba mais
sobre esse projeto na pág. 89.
Agricultura sustentável
Promover o plantio sustentável de tomate em
plena região central do Brasil, onde as
condições climáticas são adversas, é um desafio
para a Unilever. O projeto piloto lançado em
2003 envolveu 14 produtores e tem como ponto
de apoio a Fazenda Experimental – área onde
são desenvolvidas pesquisas que contribuam
para o aperfeiçoamento das técnicas agrícolas.
Para isso, serão investidos no projeto cerca de
2,5 milhões de reais nos próximos três anos.
Todas as tecnologias utilizadas e em desenvolvi-
mento respeitam o conceito de agricultura sus-
tentável e tem o apoio da equipe agrícola inter-
nacional da Unilever e da equipe especializada
na produção de tomates para uso industrial.
Um exemplo é o uso do sistema de monitora-
mento de doenças, visando à otimização da
aplicação de defensivos, armadilhas com fe-
romônio para controle de insetos, aprimora-
mento da tecnologia de plantio direto para o
cultivo dos tomates e manejo da água de irri-
gação. Outra técnica empregada é o goteja-
mento, que traz aumento e estabilidade da pro-
dução e é responsável pela redução de fungici-
das e uso mais eficiente de água e energia, bem
como redução dos custos de produção.
As pesquisas desenvolvidas na Fazenda
Experimental beneficiarão, num primeiro mo-
mento, os produtores parceiros da Unilever,
que estarão utilizando essas tecnologias para
melhorar não só a produtividade e qualidade de
suas lavouras, mas também empregar técnicas
e práticas que preservem os recursos naturais.
Esses conhecimentos serão transferidos pela
Unilever nos “dias de campo” nas visitas à
Fazenda Experimental e nas visitas da equipe
de assistência técnica da empresa. Os bons
resultados obtidos pelos produtores se esten-
derão ao restante da cadeia produtiva e, até
mesmo, aos consumidores finais, que terão
produtos sempre com mais qualidade.
7979
O plantio de tomate na região central do Brasil é um dos
projetos de agricultura sustentável da Unilever global
80
ou de promoção das marcas, em parceria com
entidades beneficentes ou organizações comu-
nitárias. Na área de doações, a empresa segue
uma política de cadastramento prévio das enti-
dades assistenciais, com o objetivo de evitar
quaisquer desvios. Os casos excepcionais, como
calamidades públicas e situações emergenciais,
são tratados de forma distinta.
A Pesquisa Mundial de Participação Comunitária
realizada em 2003 pela Unilever global mostrou
que cerca de 125 milhões de pessoas são benefi-
ciadas em todo o mundo por ações de envolvi-
mento social e que um, entre cada cinco fun-
cionários da companhia, está comprometido com
uma atividade comunitária.
A pesquisa revelou ainda que os investimentos
sociais na América Latina absorveram 51% das
aplicações dos recursos, superando a quantia
Foi assim em Port Sunlight, a primeira fábrica fun-
dada por William Lever, próxima à cidade de
Liverpool, na Inglaterra. É assim, nos dias de hoje,
em Igarassu/PE, Goiânia/GO, Valinhos/SP ou em
plena área urbana da cidade de São Paulo.
Cada fábrica, em sua rotina operacional, deve
estar alinhada aos padrões globais de excelência
e promover a interação dinâmica e transparente
com a comunidade da qual faz parte. As ações são
orientadas pelos propósitos corporativos da organi-
zação e pelo Código de Princípios de Negócios que
estabelecem as condutas éticas da organização.
Em todo o mundo, as ações da Unilever nas comu-
nidades envolvem iniciativas de apoio à saúde, à
educação, aos esportes, ao meio ambiente, à arte e
cultura, com ênfase ao desenvolvimento de projetos
sociais de longo prazo. As divisões têm autonomia
para gerenciar suas ações de apoio, de patrocínio
COMUNIDADE E
ação socia lA UNILEVER É UMA EMPRESA QUE SE ESFORÇA PARA AGIR DE
MANEIRA RESPONSÁVEL EM RELAÇÃO ÀS COMUNIDADES ONDE ATUA
E AO MEIO AMBIENTE. O DESAFIO DE SER UMA EMPRESA CIDADÃ FAZ
PARTE DA SUA HISTÓRIA E DA SUA FORMA DE FAZER NEGÓCIO EM
TODO O MUNDO, RESPEITANDO AS CULTURAS LOCAIS, INTEGRANDO-
SE ÀS COMUNIDADES E PROMOVENDO O DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO E SOCIAL.
81
linhas enclausuradas diminuíram o nível de ruído.
Um canal de comunicação foi aberto – o Disque
Conviver – para receber reclamações e sugestões
dos moradores vizinhos.
Em 2003, a Unilever apoiou pelo nono ano conse-
cutivo a realização da Semana da Água, um proje-
to de educação ambiental da prefeitura de
Valinhos que beneficia em cada edição cerca de 30
mil crianças da região. Apoiou também a formação
do Comitê de Responsabilidade Social, iniciativa
da prefeitura que tem o objetivo de envolver as
empresas da região em projetos conjuntos.
O projeto Conviver é uma ação conduzida pelos
funcionários da fábrica de Valinhos e, como tal, foi
remodelado no ano passado para ter mais
abrangência e desenvolver iniciativas nas áreas de
qualidade de vida, promoção de saúde, de volun-
tariado, de educação e cultura.
destinada a doações. Do total, 68% foram investi-
dos em projetos educacionais. A informação tam-
bém vale para o Brasil: a empresa contribuiu com
13,4 milhões de reais, sendo que 50% dessa quan-
tia foi direcionada para investimentos sociais.
RELACIONAMENTO COM AS COMUNIDADESAs características das edificações mais antigas da
unidade de Valinhos/SP revelam a época da cons-
trução da fábrica, algumas décadas atrás, em que
as linhas do mapa dessa cidade ficavam muito dis-
tantes dos seus portões. O município cresceu em
torno da fábrica e um projeto inovador desen-
volveu com sucesso as regras de convivência com
a comunidade do entorno: o projeto Conviver.
Ações foram implementadas para reduzir o impacto
do movimento dos caminhões e investimentos em
82
Com diferentes formatos e adequados às diferentes
realidades, o projeto Conviver foi adotado por
outras fábricas da região – Vinhedo e Indaiatuba,
ambas em São Paulo/SP –, e de outros Estados,
como Igarassu/PE e de Goiânia/GO, beneficiando
diretamente cerca de 140 mil pessoas e, indireta-
mente, outras 380 mil. O curso de informática para
jovens é uma das ações do Conviver da unidade de
Igarassu, que está insta-
lada na Região Metro-
politana do Recife/PE, e
montou boa parte do
seu contingente por
meio do programa Pri-
meiro Emprego do Go-
verno Federal.
A fábrica de Vinhedo, por
sua vez, está localizada
em um distrito industrial, mas mesmo assim man-
tém um estreito relacionamento com as cidades do
seu entorno, que são Campinas, Louveira e Jundiaí.
O projeto de educação ambiental D’Angola na Escola
acontece todos os anos e é dirigido a alunos de 1ª a
4ª séries do Ensino Fundamental das escolas muni-
cipais. A unidade oferece 45 vagas na Oficina de
Música para os filhos dos funcionários e apoiou a
instalação de um Centro Rexona AdeS de Excelência
do Voleibol, em parceria com a prefeitura do municí-
pio. Como as outras fábricas da região, Valinhos e
Indaiatuba também participam do Consórcio Inter-
municipal das Bacias Hidrográficas dos Rios
Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ).
Uma versão do Conviver foi desenvolvida em Goiânia,
onde a Unilever opera a sua maior fábrica da divisão
de alimentos do mundo. Na época da safra, que vai
de maio a setembro, o
movimento de caminhões
na área é intenso e exigiu
o desenvolvimento de um
trabalho de conscientiza-
ção junto às transportado-
ras e motoristas contrata-
dos, com o objetivo de
diminuir os transtornos
provocados, bem como a
sujeira deixada pelos resíduos de tomates. Apesar de
não estar relacionado com a operação da fábrica, um
dos problemas que provocam reclamações dos
moradores é o odor do Rio Meia-Ponte que atravessa
a região. A gerência da fábrica participa do Consórcio
da Bacia do Rio Meia-Ponte, que tem o objetivo de
desenvolver soluções para a melhoria da qualidade
da água, alinhadas à visão de desenvolvimento sus-
tentável preconizada pela Unilever.
Investimentos totaisInvestimentos por área
Investimentos Totais R$ 13.325.707,00
56%10,1%
25,9%
12%
44%50,2%
0,8%1%
Educação
Meio ambiente
Saúde
Desenvolvimentoeconômico
Arte e Cultura
Esporte
Corporativos
Marcas
83
A fábrica de Goiânia está engajada também na
implementação do programa Educação Alimentar,
uma iniciativa da Unilever Alimentos que visa não
apenas disseminar informações sobre nutrição
saudável, mas promover também a transferência
dos valores da Unilever para a comunidade.
A fachada da fábrica da Kibon, em São Paulo, ga-
nhou cores novas em 2003, sintonizadas com a
reformulação da identidade visual
da marca. A marca do coração
espalhou alegria também pelo
bairro que é basicamente residen-
cial e onde está instalada desde
1958. Para minimizar os possíveis
distúrbios causados por suas ope-
rações, a Kibon estabeleceu regras
para o movimento de caminhões e
um esquema de vigilância para o
estacionamento de carros. Mantém ainda controle
rígido sobre os níveis de ruído.
Todo esse cuidado é monitorado pelo Programa
Bom Vizinho, que conta ainda com um telefone
direto – a Linha Verde –, que fica à disposição dos
moradores para manifestações e reclamações.
Todo o procedimento da fábrica é comunicado
com antecedência para os moradores vizinhos, de
casa em casa. Isso vale para uma simples
Como uma boa “vizinha”, a Kibon cultiva a amizade com a
comunidade do bairro onde está instalada em São Paulo/SP e,
pensando no futuro, projetos de educação ambiental voltados
para as crianças são desenvolvidos pelas fábricas (foto na
página ao lado).
Investimentos das marcasInvestimentos corporativos
2002 2003 Variação 2003/2002
Iniciativas das marcas 54 607 +1024%
Investimento social 4.358 6.358 +44%
Doações assistenciais 9.274 6.454 -30%
* valores em R$’000
22,1%
1%
2,6% 14,7%
9,7%
7,5%
3,8%
74,8%64,4%
Educação
Meio ambiente
Saúde (0,05%)
Doações
Arte e Cultura
Educação
Meio ambiente
Saúde
Desenvolvimentoeconômico
Esporte
84
manutenção da cerca até os treinamentos que são
realizados periodicamente e envolvem sinais de
alarme. Juntamente com as outras empresas da
região e o Corpo de Bombeiros, a unidade integra o
Plano de Auxílio Mútuo (PAM), que atua em situa-
ções de contingência.
INVESTIMENTO SOCIALO Instituto Unilever foi criado em 2002 em resposta
às aspirações da empresa de qualificar melhor o seu
investimento social e de formular ações estrutu-
radas de longo prazo. Gradativamente, as iniciativas
das marcas estão sendo acolhidas por esse grande
guarda-chuva, para ganhar mais alcance e outras
foram desenvolvidas, já alinhadas aos principais
focos de atuação: o envolvimento comunitário e o
desenvolvimento sustentável.
A diretoria do Instituto Unilever é formada por fun-
cionários da empresa. Além de apoiar o desenvolvi-
mento de projetos sociais, a entidade incentiva o
engajamento voluntário dos funcionários nas dife-
rentes frentes de atuação. Em seu primeiro ano de
vida, o Instituto Unilever investiu 3,5 milhões de reais
em programas de alcance social no Brasil. Em 2003, o
valor do investimento beirou 8 milhões de reais e a
meta, para 2004, é chegar a 14 milhões de reais.
COMIDA, DIVERSÃO E ARTEClaro que não foi por acaso: o pintor Botero foi o per-
sonagem escolhido para as oficinas de arte e de
culinária que têm como tema “Gorduras”. A proposta do
Programa de Educação Alimentar é promover a conscien-
tização sobre alimentação saudável e disseminar infor-
mações sobre arte e cultura, em nove módulos que
podem ser inseridos na grade curricular das escolas.
O programa foi desenvolvido por funcionários volun-
tários da Unilever Alimentos, como parte das ações
SELO FOME ZERO
O Programa Fome Zero foi lançado em
2002 e integra o conjunto de políticas
sociais do governo federal. Cinco projetos
desenvolvidos pela Unilever receberam o
selo do Programa Fome Zero, um reco-
nhecimento por parte do governo federal
às ações da empresa que promovem a
inclusão social. Os projetos certificados
foram: Centro Rexona AdeS de Vôlei,
Programa de Educação Alimentar,
Estações de Reciclagem Pão de Açúcar
Unilever, Arrastão da Saúde e Kibon
Criando com Palitos.
86
Investimentos sociais visam a cidadania e a inclusão
social de jovens, e as condições de segurança e a qua-
lidade de vida dos trabalhadores rurais
87
de responsabilidade social que foram incentivadas
na divisão. É formado por três frentes de trabalho:
capacitação de professores de 3ª e 4ª séries do
Ensino Fundamental por pedagogos especializa-
dos; capacitação de merendeiras, com a colabo-
ração das culinaristas da divisão; e trabalho volun-
tário dos funcionários que apresentam o conteúdo
de arte & culinária nas escolas localizadas nas
proximidades das fábricas ou dos escritórios.
Em 2003, o programa foi aplicado nas 22 escolas
da rede municipal de Pouso Alegre/MG e em uma
escola de São Paulo. A meta para 2004 é ampliar
o número de escolas em São Paulo e estender o
programa para as redes municipais de
Valinhos/SP e de Goiânia/GO. No total, serão be-
neficiados diretamente cerca de 62 mil alunos de
590 escolas. O investimento previsto para o perío-
do 2003/2004 é de 2 milhões de reais.
COMPROMISSO COM O FUTUROCerca de 90 produtores agrícolas das cidades
próximas à unidade de Goiânia são fornecedores
de tomate para a indústria de alimentos. Como
empresa socialmente responsável, a Unilever não
poderia ignorar as precárias condições de traba-
lho dos 2.500 trabalhadores rurais da região e as
ameaças constantes de utilização de mão-de-
obra infantil.
Dois projetos do Instituto Unilever foram iniciados
em 2003 com o propósito de fazer parte da
solução dos problemas da região. O objetivo do
Projeto Rural Responsável é promover a melhoria
das condições de saúde e a segurança no trabalho
rural, como o uso de equipamentos de proteção
individual (EPIs), adequação da alimentação, da
higiene e do transporte. O projeto envolve os
sindicatos de produtores e de trabalhadores
rurais das cidades goianas de Silvânia e Itaberaí e
a associação rural que atua na região.
Uma pesquisa realizada com voluntários das duas
cidades identificou as causas que levavam à uti-
lização do trabalho infantil. Além de participarem
como mão-de-obra na produtividade da família, as
crianças não tinham alternativa senão acompa-
nhar os pais. No projeto Infância Protegida, o foco
social foi fortalecer os Conselhos Municipais dos
Direitos da Criança e do Adolescente, aportando
recursos provenientes de incentivo fiscal destina-
dos aos Fundos da Criança e do Adolescente das
cidades para objetivos específicos.
Em Silvânia, foi construída uma creche/escola
junto ao terminal de embarque e desembarque
dos trabalhadores rurais. Na região de Itaberaí, a
solução foi a instalação de uma escola rural numa
localização estratégica, para evitar os longos e
desestimulantes deslocamentos das crianças.
Nessas duas instalações, as crianças passam o
dia, enquanto os pais trabalham, recebem alimen-
tação e assistência médica e participam de ativi-
dades de recreação. Ficam protegidas da ameaça
do trabalho infantil.
ESPORTE E CIDADANIAO Projeto Centro Rexona de Excelência do Voleibol
(o nome atual é Centro Rexona AdeS de Vôlei) foi
criado em 1997, no Paraná, como uma iniciativa de
marketing social. Sete anos depois, o modelo con-
tinua a ser enriquecido e agora constitui um pro-
jeto de investimento social ao longo prazo, com
20 núcleos distribuídos por 18 cidades paranaen-
ses, dois no interior de São Paulo (Vinhedo e
Indaiatuba) e dois em São Paulo, na comunidade
de Heliópolis.
88
Cerca de 5 mil crianças e adolescentes já partici-
param dos cursos de vôlei, mas o que está real-
mente por trás do projeto idealizado pelo técnico
da Seleção Brasileira de Vôlei Masculino,
Bernardo Rezende, o Bernardinho, e a ex-jogadora
Ana Moser, é promover a inclusão social por meio
do esporte e a formação de cidadãos conscientes
de suas responsabilidades e direitos.
A meta para 2004 do projeto Rexona, que agora
também conta com a marca AdeS é expandir o
atendimento para 6 mil crianças, instalando novos
núcleos em São Paulo e no Paraná.
BRINCADEIRA SÉRIAHá mais de dez anos, a Kibon faz a alegria das crian-
ças com o projeto social "Criando com Palitos". Por
meio de uma atividade interativa realizada em esco-
las, hospitais e na fábrica da Kibon, em São Paulo,
as crianças se divertem construindo objetos com
palitos coloridos e flexíveis chamados “plastitos”.
O objetivo do programa é estimular as crianças a
desenvolverem a criatividade,
a potencialidade psicomoto-
ra, a lógica matemática, a
auto-estima, o respeito ao
próximo e, principalmente, a
responsabilidade social de
uma maneira divertida. Até
hoje, mais de 1 milhão de
crianças e 38 mil professores
de Educação Infantil participaram do projeto.
Nas escolas, as crianças engajam-se também na
ação De Coração a Coração, arrecadando e recor-
tando as logomarcas das embalagens da Kibon
que são revertidas na doação de brinquedos e
materiais para a montagem de salas de recreação
infantil em hospitais. São doadas três salas por
ano para hospitais das cidades de São Paulo, Rio
de Janeiro e Recife.
VIDA COM ARTEEm 2003, o tema proposto pelo projeto Unilever
Art Project foi “Nosso relacionamento com a
água”. Quase 3.500 estudantes dos municípios
onde a Unilever tem unidades instaladas partici-
param das atividades e produziram peças de arte
contemporânea.
O trabalho vencedor garantiu a viagem do seu autor
a Londres e a exposição da obra na galeria Tate
Modern (Museu de Arte Contemporânea de Londres).
EDUCAÇÃO AMBIENTALColocar em prática o conceito de responsabilidade
compartilhada é a base do projeto Estações de
Reciclagem Pão de Açúcar – Unilever. Com a insta-
lação de postos de entrega voluntária para coleta
seletiva de embalagens pós-consumo, o projeto
tem a missão de promover a
conscientização ambiental
dos clientes que fazem com-
pras na principal rede de
supermercados do Brasil de
acordo com o ranking da
Associação Brasileira de
Supermercados (ABRAS) e
da sociedade em geral.
Entre abril de 2001, quando foi lançado, até
dezembro de 2003, as estações recolheram cerca
de 4.900 toneladas de materiais recicláveis e
geraram mais de 200 postos de trabalho. Hoje,
existem 82 Estações de Reciclagem, instaladas em
17 cidades de seis Estados brasileiros.
89
EM DEFESA DO PANTANALDesde 2002, o Instituto Unilever patrocina e apóia
as atividades da Ecotrópica – Fundação de Apoio à
Vida nos Trópicos, organização não-governamental
que monitora uma área de preservação de 60 mil
hectares na região do Pantanal Mato-grossense.
Após um ano de parceria, ficou nítida a necessi-
dade de um planejamento de gestão para a ONG e
o desafio foi feito pela área de Responsabilidade
Social para os trainees.
A partir de um diagnóstico que buscou entender a
situação como um todo, mapear seus objetivos,
pontos fortes e deficiências, o grupo elaborou um
plano de gestão para a instituição, com alternativas
para a captação de recursos e sugestões para a sua
auto-sustentabilidade.
O projeto foi fundamental para estreitar a relação
do Instituto Unilever com a Ecotrópica e promover a
formação dos futuros gerentes da companhia com
ênfase na responsabilidade social.
Ajudando e aprendendo, os trainees de 2003,
futuros gerentes da companhia, vivenciaram uma
rica experiência no Pantanal Mato-grossense
90
Projeto
Es
po
rte
Kibon
UnileverAlimentos
Instituto Unilever
Fábricas deValinhos/SP
Fábrica de PousoAlegre/MG
Fábrica deIgarassu/PE
Instituto Unileverem parceria coma AçãoComunitária doBrasil
Seda
Instituto Unilever
Rexona e AdeS
Desenvolver atividades educa-tivas com crianças em idadeescolar; Instalação de salas derecreação infantil em hospitais
Disseminar conhecimento sobrealimentação balanceada pormeio de oficinas de arte eculinária; capacitar professorese merendeiras; estimular o vo-luntariado entre os funcionáriosda empresa
Distribuição de 2 milhões delivros educacionais
Cursos de informática
Ensino Médio e Fundamental
Formação e oportunidade deemprego
Reforço apredizagem / oficinaseducativas / profissionalização
Capacitação de cabeleireirosReforma do centro de ensinoDoação de produtos
Incentivo à prática artística
Disseminar a educação de va-lores éticos e morais na for-mação de crianças e adolescen-tes de baixa renda, utilizando oesporte como ferramenta.
Crianças a partir de 4 anos
Crianças de 3ª. e 4ª.séries das escolas doEnsino Fundamental;Professores e merendeiras
Funcionários/Comunidades
Filhos de funcionários
250 funcionários
Jovens sem experiênciada região
Crianças e Jovens
Jovens e adultos
Crianças das escolaspúblicas das comu-nidades onde a Unilevertem unidades
Comunidade de Heliópolisem São Paulo (SP), Indaia-tuba, Valinhos e Vinhedo(SP) e Curitiba (PR)
R$ 450 mil (em 2003)
R$ 2 milhões
R$ 500 mil via LeiRouanet
R$ 12 mil
R$ 50 mil
R$ 10 mil por ano
R$ 65 mil (em 2003)
R$ 224 mil
R$ 120 mil (em 2003)
R$ 3.850 milhões (em 2003)
desde 1991
2003/2004
2002/2003
desde 2002
2003/2004
desde 1997
2002/2003
2003
desde 2001
desde 1997
ObjetivoIniciativa Público-alvo Investimento Social
Período deExecução
Criando comPalitos
EducaçãoAlimentar
Parceria comFundação EducarDPaschoal
EducaçãoProfissionalizante
Projeto Repensar
Primeiro Emprego
Empresa Cidadã
ProjetoTesourinha
Unilever ArtProject
Centro RexonaAdeS de Vôlei
Art
e e
cu
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raE
du
ca
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91
Projeto
Fábrica deValinhos/SP eparceria com aPref. e o Consórcio das Bacias dosRios Piracicaba,Capivari e Jundiaí
Fábrica deVinhedo/SP
Meio ambiente
Meio ambiente
AXE, ALA e Kibon,Rexona, AdeS e Instituto Unilever
Close-up
Instituto Unilever
Área deSuprimentos daUnilever Alimentose Instituto Unilever
Fábricas de PousoAlegre/MG e deValinhos/SP, daKibon e escritóriode São Paulo
Incentivo à preservação do meioambiente
Criar a cultura da preservaçãodo meio ambiente
Disseminar a cultura da reci-clagem e coleta seletiva de resí-duos sólidos
Preservação de área noPantanal Mato-grossense, comoparte do Projeto Mundial LagosVivos. Participação de volun-tários trainees
Conscientização sobre AIDS eDST. Distribuição de folhetos epreservativos
Promover a saúde bucal
Apoiar ações voltadas para osdireitos da criança e do ado-lescente
Promover a saúde e a segurançano trabalho rural e prevenir autilização de trabalho infantil
Promover a inclusão de defi-cientes no quadro de funcionários
Crianças e jovens dasescolas da região
Alunos das escolas públi-cas do município
Clientes da Rede Pão deAçúcar e comunidade
Sociedade e moradoresda região
Moradores da região doRecife e Mangue Seco
Crianças e adultos
Crianças e adolescentesdas cidades de Itaberaíe Silvânia/GO,Conselhos dos Direitosda Criança e doAdolescente eConselho Tutelar
Trabalhadores rurais dascidades de Silvânia eItaberaí/GO
Comunidade
R$ 100 mil (em 2003)
R$ 30 mil (em 2003)
R$ 578 mil (em 2003)
R$ 210 mil
R$ 23 mil (em 2003)
R$ 50 mil
R$ 400 mil
R$ 150 mil
R$ 65.000,00 (em 2003)
desde 1994
desde 1999
desde 2001
2002 a 2004
desde 1998
desde 2002
2003/2004
2003/2004
ago/dez 03
ObjetivoIniciativa Públ ico-a lvo Investimento Social
Período deExecução
Semana da Água
D’Angola naEscola
Estações deReciclagem Pãode AçúcarUnilever
Parceria com aFundaçãoEcotrópica
Arrastão daSaúde
Projeto Close-up
InfânciaProtegida
RuralResponsável
Diversidade
So
cia
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aú
de
Me
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mb
ien
te e
Ed
uc
aç
ão
am
bie
nta
l
92
A agricultura fornece mais de dois terços das
matérias-primas que entram na composição dos
produtos da Unilever Alimentos e, entre elas, o
tomate é um dos ingredientes especiais. Por
essa razão, a empresa desenvolve em todo o
mundo projetos de incentivo ao plantio de
diversos produtos agrícolas, como tomate,
milho, ervilha, com a utilização das melhores
práticas locais em relação à produtividade, uti-
lização de fertilizantes e de defensivos agríco-
las e controle dos impactos ambientais.
A Fazenda Experimental da Unilever, localiza-
da em Goiânia/GO e inaugurada em outubro
de 2003, tem como objetivo gerar e difundir
tecnologias que contribuam para o desenvolvi-
mento da cultura do tomate, beneficiando
agricultores parceiros da empresa. A Fazenda
está inserida no projeto mundial de Agricultura
Sustentável da cultura do tomate, desenvolvido
pela Unilever, e que envolve outros três países
onde a empresa possui operações agrícolas:
Grécia, Austrália e Estados Unidos. Entre os
vários objetivos do projeto estão o uso racional
dos insumos agrícolas e dos recursos naturais,
a proteção do meio ambiente e a melhoria das
condições sociais e econômicas da região, e a
garantia de rentabilidade da cadeia produtiva.
A Unilever Alimentos processa atualmente 45%
ESTREITAR AS RELAÇÕES COM FORNECEDORES E PARCEIROS É UMA
DAS DIRETRIZES DA UNILEVER. EXIGIR MAIS PARA PODER OFERECER
MAIS EM QUALIDADE E SERVIÇOS, TENDO COMO META A IMPLEMEN-
TAÇÃO DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS COM PADRÕES DE CLASSE
MUNDIAL. CERCA DE 3 MIL FORNECEDORES ESTÃO ENVOLVIDOS EM
PROJETOS DE MELHORIA CONTÍNUA QUE ENVOLVEM DESDE A QUALI-
DADE DE INSUMOS AGRÍCOLAS AO TRANSPORTE DE PRODUTOS
ACABADOS, TRABALHOS QUE TÊM SEMPRE COMO BASE AS NORMAS
DO CÓDIGO DE PRINCÍPIOS DE NEGÓCIOS E CÓDIGO DE ÉTICA NO
TRATO COM FORNECEDORES.
NOSSOS
fornecedores
da produção brasileira de tomate para consumo
industrial, cerca de 1,2 milhão de toneladas. Os
resultados alcançados pelos 120 produtores
assistidos pela equipe técnica da empresa já
são promissores: a produtividade atinge
índices similares aos de outros projetos e tem a
seu favor a estabilidade do clima subtropical.
Além disso, a utilização de novas tecnolo-
gias proporciona maior qualidade dos
frutos.
Gostosos e nutritivos, os tomates destina-
dos à industrialização são mais doces e
firmes. Pesquisas mostram que o processa-
mento melhora a biodisponibilidade dos seus
94
Qualidade e produtividade: projeto de agricultura susten-
tável visa transformar produtores rurais em parceiros
95
componentes benéficos diretos, como licopeno,
carotenóides, vitaminas A, C e E, além dos ga-
nhos associados relativos à prevenção do
câncer e de doenças do coração. Apesar da
importância nutricional, o consumo “per capi-
ta” de tomate é ainda muito mais baixo nos
países emergentes.
Apoiar as práticas sustentáveis de plantio
resulta em qualidade e maior produtividade,
além de garantir a expansão dos benefícios a
toda a cadeia de suprimentos e aos consumi-
dores em geral. Os 120 produtores das regiões
de Goiânia/GO e Patos de Minas/MG optaram
pela cultura do tomate, visando rentabilidade
maior, e já estão sendo recompensados. Além
da assistência técnica especializada, a Unilever
financia os insumos, as sementes, os ferti-
lizantes, os defensivos agrícolas e a instalação
de equipamentos de irrigação adequados. Os
agricultores, por sua vez, têm a garantia de
compra de toda a produção.
97
O projeto de agricultura sustentável para pro-
dução de tomates em Goiânia gerou iniciativas
sociais e ambientais, como o relatório mostra
nos capítulos Meio Ambiente (pág 62) e Comuni-
dade e Ações Sociais (pág. 80) . Exigiu também o
desenvolvimento de uma logística especial para
o período da colheita que começa em junho.
Por um período de quatro meses, uma frota de
400 caminhões com caçambas adaptadas trans-
portam o produto colhido nas fazendas para as
fábricas de Goiânia e Patos de Minas, percor-
rendo distâncias médias de 100 km, numa ope-
ração ininterrupta que toma as 24 horas do dia.
Todo o empenho é direcionado para garantir o
fluxo do processo, evitando a perda do produto
e reduzindo o tempo de espera na fila para
desembarque e do consumo de combustível.
RELACIONAMENTOQualidade, eficiência e inovação são os ângulos
do projeto regional Vértice, lançado no final de
2003 pela Unilever Alimentos. Voltado para
uma base estratégica de 40 fornecedores de
ingredientes e de embalagens, responsável por
70% do volume de compras, o projeto visa me-
lhorar os níveis de serviço e qualidade, reduzir
os custos de não conformidade e padronizar
critérios de medição e indicadores de desem-
penho dentro da América Latina, para acompa-
nhar a evolução dos fornecedores.
O objetivo do pilar eficiência é o custo total da
Empresa fornecedora de embalagens para sorvetes está
integrada à linha de produção
cadeia de abastecimento e prevê um conjunto
de iniciativas que vão do desenvolvimento de
uma plataforma virtual – pela qual os fornece-
dores podem antecipar a demanda, gerenciar
estoques e entregas para a Unilever (“Vendor
Managed Inventory”) –, ao redesenho da malha
de transporte de materiais e à redução e pre-
venção de desperdícios. Na primeira etapa do
projeto, já havia sido implementado o indicador
de performance em 14 fornecedores e iniciado o
desenvolvimento dos planos de ação para a
melhoria do serviço de logística.
O programa de relacionamento pretende
envolver os fornecedores num ambiente de ino-
vação, promovendo o desenvolvimento conjun-
to e o compartilhamento de riscos. Iniciativas já
implementadas e bem-sucedidas mostram que
a tecnologia raramente é uma barreira e que,
para ser transformada em vantagem competiti-
va, a inovação requer, às vezes, alianças exter-
nas com universidades e institutos de pesquisa.
Em 2003, foram desenvolvidos mais de 240 pro-
jetos de inovação na Unilever Alimentos e 75
em sorvetes na América Latina. No Brasil, dois
projetos na área de embalagem podem ser
destacados: o desenvolvimento das novas
embalagens flexíveis e recicláveis para a
maionese Hellmann’s, produzida na fábrica de
Pouso Alegre/MG, em substituição ao vidro; e a
integração do fornecedor de potes plásticos de
sorvetes à linha de fabricação, proporcionando
98
eficiência ao processo e redução de custos.
Outra iniciativa desenvolvida em 2003 foi a
revisão do Manual de Gerenciamento de
Fornecedores e Co-packers, adequando à reali-
dade local as melhores práticas globais de qua-
lidade, saúde ocupacional e segurança do tra-
balho. A partir desse trabalho, foi iniciado tam-
bém um programa de auditoria dos fornece-
dores, que serão pontuados e classificados. O
programa prevê ainda planos de ação para
desenvolvimento dos fornecedores que não atin-
girem os índices necessários, visando os
padrões de excelência da cadeia de suprimentos.
MODELOCom foco no objetivo estratégico de aprimorar a
cadeia de suprimentos, foi iniciado em 2003 um
projeto de operação conjunta na área de dis-
tribuição, o Berlim 89, uma referência à queda
do Muro de Berlim e à unificação da Alemanha.
O projeto piloto foi desenvolvido no centro de
distribuição de Canoas/RS e envolveu as áreas
de Logística, Manufatura, Compras e Vendas
das divisões de Alimentos e de Higiene e
Beleza, além da transportadora que desen-
volveu caminhões especiais, capazes de trans-
portar cargas secas e refrigeradas, com o máxi-
mo de flexibilidade, qualidade e segurança.
A operação unificada tem o objetivo de propor-
cionar ganho de escala, otimização de custos e
qualidade dos serviços: se antes era difícil
atender a um cliente médio ou pequeno, em
função do tamanho dos pedidos, agora os pro-
dutos podem estar disponíveis em mais lugares
para mais consumidores, pois os pedidos com-
postos são maiores e viáveis.
Para chegar ao consumidor final, a Unilever busca o apri-
moramento constante dos canais de distribuição
99
A Unilever transporta quase 200 mil toneladas de
produtos por mês, por meio de 119 transportadoras
que colocam mais de 1.400 motoristas com seus
caminhões em circulação por todo o território
brasileiro. Dessa frota, 10% dos motoristas são fun-
cionários diretos das transportadoras e recebem
salário fixo, independentemente do número de via-
gens realizadas no mês. Os demais são contratados
por viagem para atender regiões determinadas.
Em 2002, a Unilever observou que a média de aci-
dentes era de 8 para cada 10 mil embarques,
enquanto a média do mercado era de 6. Num
cenário que atrela os rendimentos do motorista à
quantidade de viagens realizada, sem mecanismos
que obriguem os motoristas a cumprirem procedi-
mentos de segurança, a exposição ao risco é maior.
O diagnóstico do Comitê de Prevenção de
Acidentes apontou que em 76% dos casos o princi-
pal fator estava ligado ao motorista e,
em especial, às condições de trabalho
e à qualidade de vida.
Para reverter a situação, foi desenvolvi-
do o programa Transportando com
Segurança, com material informativo e treina-
mentos, sob a forma de boletins mensais, com
análises de casos reais, procedimentos, orientações
sobre as estradas e áreas de risco e manutenção pre-
ventiva do veículo. Os motoristas também receberam
atendimento fisioterapêutico e participaram volun-
tariamente de palestras sobre saúde e acidentes de
trabalho. O programa resultou numa diminuição da
freqüência de acidentes para 2,8 a cada 10 mil embar-
ques, ou seja, uma redução de 65%.
O programa Transportando com Segurança rece-
beu, em 2004, o reconhecimento do XV Prêmio
Volvo de Segurança no Trânsito.
SEGURANÇA
Indicadores 2003 (acidentes para cada 10 mil embarques)
Média mercado 6
Unilever 8
Meta 5
Obtido com o programa 2,8 - ∆ = –65%
100
negócios, como também em questões mais
amplas e que interessam a toda a sociedade.
Defender os direitos do consumidor, a segurança
dos produtos e a justiça das relações tributárias
são caminhos que devem ser percorridos por uma
empresa cidadã e constituem formas de dissemi-
nar o modelo global de Responsabilidade Corpo-
rativa da companhia.
Por meio das associações dos setores econômi-
cos, nos quais desenvolve suas atividades empre-
sariais, a Unilever participa ativamente dos
processos de elaboração de propostas de inte-
resse público e caráter social, da formulação de
políticas públicas, da discussão de sistemas tri-
butários e de regulamentação ambiental.
FRENTESA Unilever tem como norma não participar de
campanhas políticas, nem fazer contribuições a
partidos ou candidatos.
A formulação de políticas públicas, contudo, é
Com a nova Missão – Vitalidade –, anunciada em
2004, a companhia está pronta, após o processo
de fusões e aquisições enfrentado nos últimos
anos, para apresentar-se com um novo posiciona-
mento perante a sociedade e fortalecer ainda
mais sua credibilidade junto ao consumidor e
demais públicos. Dentro dessa filosofia, também
está o Instituto Unilever, com a missão de coor-
denar o investimento social e ambiental a longo
prazo, imprimindo ainda mais transparência a
essas ações da companhia.
Todos os passos, porém, são sempre acompa-
nhados de perto pela área de Relações Gover-
namentais, área corporativa que atua junto aos
órgãos reguladores, representações setoriais e
governos nos âmbitos federal, estadual e muni-
cipal. Todas as ações são desenvolvidas com ética
e transparência e têm como base o Código de
Princípios de Negócios. Sua atuação está focada
em questões diretas, como a preservação da
imagem da empresa e o desenvolvimento dos
RELAÇÕESInst i tucionais
APESAR DE ESTAR PRESENTE NA VIDA DAS PESSOAS, COMO ORGANI-
ZAÇÃO, A UNILEVER QUASE NÃO É RECONHECIDA PELO PÚBLICO EM
GERAL. OS CONSUMIDORES, POR EXEMPLO, NÃO VÊEM CLARAMENTE
A LIGAÇÃO QUE EXISTE ENTRE AS MARCAS E A EMPRESA, NEM O QUE
ELA REPRESENTA NO CENÁRIO ECONÔMICO BRASILEIRO.
102
Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins (ABIPLA),
por exemplo, a empresa participou em 2003 da ela-
boração de uma cartilha com orientações ao consu-
midor sobre produtos desinfetantes, suas formu-
lações e os perigos decorrentes da produção informal,
sem controle de padrão de segurança e qualidade.
Com a Associação Brasileira das Indústrias de
Alimentação (ABIA), a Unilever defende desde 2002
a normalização da sistemática de cobrança dos
tributos federais PIS/Confins, que oneram a pro-
dução de alimentos processados. Outras questões
importantes que estão em discussão são a rotu-
lagem de alimentos que não contenham glúten,
questão que está relacionada diretamente às pes-
soas portadoras de doença celíaca, e a possibili-
dade da utilização de soja geneticamente modifica-
da nos alimentos, condicionada à sua rotulagem.
Outra questão polêmica é o teste em animais,
exigido para determinados produtos sob controle
do Ministério da Saúde, por meio da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). A
Unilever não lança produtos que necessitem
desse tipo de teste, que é proibido segundo as
normas globais da empresa. Métodos alternativos
para testes de segurança estão sendo pesquisa-
dos pela companhia no Brasil e pelo Centro de
Garantia de Segurança e do Meio Ambiente (SEAC
– Safety and Environmental Assurance Centre),
localizado na Inglaterra. Com a Associação
Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza
e Afins (ABIPLA), a Unilever defende alternativas
que não necessitem do sacrifício desses animais.
Mensalmente, a Unilever registra cerca de 50
uma frente de atuação em que a empresa demons-
tra todo o seu interesse, participando de fóruns
específicos. Juntamente com a Associação das
Indústrias de Alimentação (ABIA), a Unilever par-
ticipou do plano de logística do programa federal
Fome Zero, além das doações sistemáticas que
são realizadas. Cinco projetos sociais da empresa,
consolidados e com resultados concretos, foram
apresentados ao programa e receberam o selo de
certificação (ver pág. 84).
Em 2003, a participação da companhia nesse campo
avançou mais e a Unilever, por meio do Instituto
Unilever, iniciou a estruturação de um projeto para a
região do semi-árido do Nordeste. A idéia é adotar
uma cidade com baixo Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH), conceito criado pelo Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), e
promover três pilares: saúde, educação e meio
ambiente, com o foco específico na mortalidade
infantil, saneamento básico, educação para o traba-
lho e preservação do meio ambiente.
Além de estar alinhado às frentes de negócios da
empresa, esse novo projeto de desenvolvimento
sustentável representa mais um esforço da com-
panhia em participar das soluções, assim como os
projetos Rural Responsável e Infância Protegida,
que estão sendo implementados em Goiás/GO,
junto à população da zona rural que vive das plan-
tações de tomate.
A Unilever está presente na diretoria de várias
associações setoriais, defendendo interesses
comuns dos segmentos e questões de interesse
do consumidor. Com a Associação Brasileira das
103
novas variações de produtos. As áreas regu-
latórias das divisões de Higiene e Beleza, de
Alimentos e de Sorvetes contribuem decisiva-
mente para o negócio, na medida em que têm a
incumbência de efetivar os registros legais obri-
gatórios à comercialização.
Entre suas atividades, destaca-se ainda a inte-
gração com as áreas de Desenvolvimento de
Produtos e de Marketing para a implementação de
novos projetos, provendo aconselhamento técnico e
direcionamento nos aspectos de sua competência.
O monitoramento e o alinhamento das atividades
produtivas – incluindo fábricas, terceiros co-packers
e centros de distribuição – com a legislação sa-
nitária em vigor são também suas atribuições.
Essas são áreas de atuação bastante complexas,
principalmente quando relacionadas a alimentos fun-
cionais, sempre desenvolvidos com base em estudos
científicos e com algum benefício direto à saúde. O
primeiro alimento funcional aprovado no Brasil foi
Becel Pró-ative: o registro foi obtido em 2003 depois
de dois anos e meio de análise da ANVISA. Estudos
científicos desenvolvidos pela Unilever global com-
provavam que a utilização regular do produto,
dependendo do organismo, levava à redução de 10%
a 15% dos níveis de colesterol ruim (LDL).
A área de Relações Institucionais participa dos
comitês interdisciplinares de gerenciamento de
crises de todas as divisões. Nas reuniões mensais
dos grupos, são analisados os projetos da área de
Marketing, as campanhas publicitárias, a comuni-
cação externa das marcas e o potencial de risco à
imagem da empresa de cada ação.
Defender os direitos do consumidor e a segurança dos pro-
dutos são princípios básicos de uma empresa cidadã
Iniciativa e Coordenação
DIRETORIA DE ASSUNTOS CORPORATIVOS
Luiz Carlos Dutra – Diretor de assuntos corporativos
Maria Cláudia Souza – Gerente de assuntos corporativos
Elaine Molina – Gerente de Responsabilidade Social Corporativa
Cecília Malta – Coordenadora de Responsabilidade Social Corporativa
Coordenação
Christina Marin e Cristiane Rios ( Elos Comunicação)
Consultoria Editorial
Sônia Loureiro
Redação
Dinaura Landini (Elos Comunicação)
Projeto gráfico e direção de arte
Adriana Lago (Elos Comunicação)
Ilustração
Elma
Editoração
Adriana Lago e Laura Rosenthal (Elos Comunicação)
Fotos
Didier Pinheiro – págs.: 79, 86 (tomates), 94 e 95
Fabiano Feijó – págs: 20, 40 (HPC e Maizena), 41, 55, 57, 58, 60, 68, 69, 72, 73, 74,
75, 83, 98, 99 e 103
Luiz Doro – p. 86 (Rexona-AdeS)
Marcelo Barabani – p. 76
Renata Ursaia – págs.: 19, 22, 23, 36, 37, 40 (Kibon), 42, 44, 47, 48, 52, 54, 96, 101
p. 77 e 89 – Foto tirada por equipe de trainees
Revisão
Jô Santucci
Produção Gráfica
Clóvis Arruda
Fotolito e Impressão
Laborgraf
Tiragem
3.000 cópias
Agradecimentos internos
A Unilever agradece a todos que contribuíram no fornecimento
das informações contidas nesta publicação
Relatório impresso em papel Reciclato (miolo) e supremo Duo Design (capa) da Companhia Suzano
Impresso em outubro de 2004
CR
ÉD
ITO
S
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