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RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS 4º Trimestre de 2017

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RELATÓRIO DE

GERENCIAMENTO DE RISCOS

4º Trimestre de 2017

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Banco Ford S.A. 2017

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Conteúdo

Introdução ...................................................................................................................... 3

Perfil Corporativo............................................................................................................. 3

Estrutura de Gerenciamento de Riscos ............................................................................... 3

Atribuições ..................................................................................................................... 4

Risco Operacional ............................................................................................................ 4

Limite de Tolerância ao Risco Operacional ........................................................................... 5

Parcela do Risco Operacional ............................................................................................. 5

Plano de Continuidade de Negócios .................................................................................... 6

Risco de Mercado ............................................................................................................ 6

Metodologia do Risco de Mercado ...................................................................................... 7

Gerenciamento do Risco de Mercado .................................................................................. 7

Risco de Liquidez ............................................................................................................. 8

Gerenciamento do Risco de Liquidez .................................................................................. 8

Risco de Crédito .............................................................................................................. 9

Exposição ao Risco de Crédito .......................................................................................... 10

Exposição por Setor Econômico ........................................................................................ 10

Exposição total e exposição média do risco de crédito no trimestre ....................................... 11

Concentração dos maiores clientes em relação à exposição total .......................................... 11

Exposição total por região geográfica e modalidade de crédito ............................................. 12

Exposição das operações a vencer por modalidade de crédito .............................................. 12

Exposição das operações de crédito por faixa de atraso e por região geográfica ..................... 13

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa e Baixa para Prejuízo .................................... 14

Gestão de Capital ........................................................................................................... 15

Requerimento Mínimo do PR e Ativos Ponderados pelo Risco ................................................ 15

Patrimônio de Referência ................................................................................................. 16

Alocação de Capital ......................................................................................................... 17

Índice de Basileia e Adicional de Capital Principal................................................................ 18

Suficiência e Adequação do Patrimônio de Referência .......................................................... 19

Razão de Alavancagem ................................................................................................... 19

Disposições Finais ........................................................................................................... 21

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Introdução

O objetivo deste relatório é apresentar as informações relevantes da estrutura de gerenciamento de risco e capital do Banco Ford S.A., requeridas pelo Banco Central do Brasil através da Circular nº 3.678, de 31 de outubro de 2013, que dispõe sobre a divulgação de informações referentes à gestão de riscos, à apuração do montante dos ativos ponderados pelo risco (RWA) e à apuração do Patrimônio de Referência (PR).

O Banco Ford mantém o gerenciamento de risco e capital alinhado às melhores práticas de mercado, garantindo conformidade dos seus processos às recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de Basiléia e às determinações do Banco Central do Brasil, com os ajustes prudenciais promovidos por Basileia III.

A divulgação das informações atende ao nível de detalhamento adequado ao escopo, à complexidade das operações e dos sistemas e processos de gestão de riscos da instituição.

Informações adicionais sobre o Banco Ford, incluindo os balanços e as demonstrações financeiras, podem ser consultadas no site www.bancoford.com.br.

Perfil Corporativo

O Banco Ford opera como instituição desde 1996, atuando como banco múltiplo sem carteira comercial, destinado a ofertar produtos financeiros aos Distribuidores da rede Ford para formação de seus estoques com a aquisição de veículos, peças e acessórios.

O Banco Ford oferece como principais produtos: o financiamento de veículos novos (Floor Plan de novos); o financiamento de veículos usados (Floor Plan de usados); o financiamento de peças e acessórios (Floor Plan de P&A); Linha de Crédito Rotativo (UCL) e empréstimos de Capital de Giro, para um universo de aproximadamente 250 clientes.

O Banco Ford conta com estrutura apropriada ao atendimento dos tomadores de crédito, acompanhamento das garantias oferecidas e controles para observância de níveis adequados de inadimplência. A atividade principal se insere no contexto de fortalecimento da rede de distribuidores, sem que isso signifique menor controle ou menor rigor na concessão de crédito e no acompanhamento das operações.

Estrutura de Gerenciamento de Riscos

O Banco Ford possui uma estrutura de gerenciamento integrado de riscos e capital, atendendo às regulamentações de Basileia e Governança Corporativa, em linha com as melhores práticas de mercado e objetivos estratégicos da instituição. Essa estrutura é compatível com a natureza de suas operações, a complexidade dos produtos oferecidos e a dimensão de sua exposição aos riscos.

O processo de gerenciamento de riscos possui políticas e procedimentos globais e locais, que estabelecem as principais diretrizes a serem observadas por toda organização, disponíveis para consulta interna por meio da intranet corporativa, sendo revistos e atualizados de acordo com o calendário interno ou quando houver mudanças significativas nos objetivos e estratégias do negócio ou mudanças significativas no enfoque e na metodologia de gestão do risco.

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Atribuições

Diretoria do Banco Ford

� Revisar e aprovar políticas de gerenciamento de riscos;

� Aprovar estratégias, diretrizes e metodologias de análise, controle e mitigação de riscos.

Área de Gerenciamento de Riscos

� Desenvolver estratégias, diretrizes, estrutura e política de gerenciamento de riscos;

� Desenvolver ferramentas e metodologia de identificação, análise, monitoramento, controle e mitigação de riscos;

� Implementar a estrutura de gerenciamento de riscos aprovada pela Diretoria;

� Disseminar a cultura de identificação e gerenciamento de riscos.

Governança Corporativa

� Assegurar, através da área de Compliance, conformidade de procedimentos do Banco Ford com as leis aplicáveis e regulamentos emanados por órgãos supervisores;

� Assegurar, através da área de Controles Internos, a observância das políticas locais e globais do Banco Ford.

Auditoria Interna

� Avaliar e validar o processo de gerenciamento de riscos, de acordo com as normas, procedimentos internos e políticas globais e locais do Banco Ford.

Risco Operacional

O Banco Central do Brasil define, através da Resolução 4.557/2017, o conceito do risco operacional como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, de eventos externos, inadequação ou deficiência em contratos, descumprimento de dispositivos legais e indenização por danos a terceiros.

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O risco operacional é classificado em oito subcategorias, sendo elas: fraudes internas, fraudes externas, demandas trabalhistas e segurança no local de trabalho, práticas inadequadas relativas a clientes, produtos e serviços, danos a ativos físicos próprios ou em uso pela instituição, danos que acarretem interrupção nas atividades da instituição, falhas em sistemas de tecnologia e falhas na execução, cumprimento de prazos e gerenciamento das atividades da instituição. A categorização detalhada do risco, bem como os processos e sub-processos avaliados, estão na matriz de risco operacional do Banco Ford.

Na estrutura de risco operacional o Banco possui política e procedimentos, a fim de identificar, avaliar, monitorar, controlar e mitigar o risco operacional.

As informações coletadas nas áreas de negócios são compiladas na matriz de risco operacional e o resultado é apresentado aos Diretores do Banco Ford, com planos de ação traçados nas áreas responsáveis para mitigação das exposições significativas e perdas associadas, com o firme propósito da melhoria contínua.

No gerenciamento de risco operacional, a instituição mantém integração da matriz de risco operacional com os programas de controles internos e compliance, e a colaboração da Auditoria Interna. Isso permite a condução de planos de ação através de processos globais e regionais compulsórios, conhecidos em todos os níveis da organização, sem necessidade de controles adicionais ou duplicados na área de Risco, garantindo eficiência e padronização do processo.

Limite de Tolerância ao Risco Operacional

O limite é construído pela área de Risco, aprovado e revisado anualmente pelos Diretores do Banco. O processo relativo à construção e monitoramento do limite de risco operacional é descrito em procedimento interno da instituição.

O limite é monitorado pela área de gerenciamento de riscos e reportado à Diretoria do Banco Ford, para o devido controle das perdas oriundas de falhas operacionais.

Parcela do Risco Operacional

O Banco Ford utiliza a “Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada de Risco Operacional” no cálculo e alocação de capital da parcela RWAOPAD.

O valor da exposição RWAOPAD é calculado semestralmente com os últimos três períodos anuais, cada período representado por dois semestres consecutivos (junho e dezembro), conforme base de cálculo dada pela Circular 3.640/2013, na fórmula a seguir:

, em que:

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� F = fator estabelecido no art. 4º da Resolução nº 4.193, de 2013;

� IEAt = Indicador Alternativo de Exposição ao Risco Operacional no período anual "t", apurado de forma agregada para as linhas de negócio; e

� IEt = Indicador de Exposição ao Risco Operacional no período anual "t", apurado de forma agregada para as operações não incluídas nas linhas de negócio.

O IAE consiste na média aritmética dos saldos semestrais, para cada período anual, das operações de crédito, de arrendamento mercantil e de outras operações com característica de concessão de crédito e dos títulos e valores mobiliários não classificados na carteira de negociação, multiplicado pelo fator 0,035. Todas as operações do Banco Ford são classificadas na linha de negócio "Comercial".

Valores da parcela RWAOPAD da instituição expressos no quadro de Alocação de Capital.

Plano de Continuidade de Negócios

Nomeado internamente como Business Continuity Plan (BCP), a política de plano de continuidade de negócios é revisada anualmente. O BCP estabelece diretrizes e procedimentos para ações rápidas e simples, que devem ser seguidas por seus empregados e colaboradores em situações de emergência, visando garantir que as operações críticas/vitais do Banco Ford sejam mantidas ou recuperadas de forma eficaz, em caso de interrupção das atividades da instituição.

Risco de Mercado

De acordo com a Resolução 4.557/2017, publicada pelo Banco Central do Brasil, o risco de mercado é a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado, de posições detidas por uma instituição financeira.

O risco de mercado é subdividido em quatro grupos:

� RWACAM: exposições em ouro, moeda estrangeira, e variação cambial;

� RWAJUR: operação sujeita à variação de taxas de juros;

� RWACOM: operação sujeita à variação do preço de mercadorias (commodities);

� RWAACS: operação sujeita à variação do preço de ações.

A instituição possui política de risco de mercado com o objetivo de prover um sistema de controles estruturados, em adequação com seu perfil operacional, periodicamente reavaliado, visando à manutenção da exposição ao risco de mercado em níveis considerados aceitáveis pela instituição. Esta política é baseada em políticas globais da Ford, com enquadramento ao requerido pelo órgão regulador.

O Banco Ford está exposto tão somente ao risco das taxas de juros das suas operações classificadas na carteira “banking book”, não praticando operações com derivativos e que envolvam risco cambial, de preço de ações e de commodities.

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Está fora do escopo dos negócios do Banco Ford operações classificadas na "carteira de negociação" (“trading book”) destinadas a revenda, obtenção de benefícios de movimento de preços, ou realização de arbitragem.

Metodologia do Risco de Mercado

Para o gerenciamento do risco de mercado, das variações das taxas de juros da carteira "banking book", são utilizados os modelos a seguir, que não excluem outros porventura requeridos: VaR (“Value at Risk”) paramétrico, marcação a mercado, teste de validação do modelo (backtesting), testes de estresse e análise de sensibilidade, que são apresentados periodicamente à Diretoria (Circular 3.365/2007).

Value at Risk (VaR)

É o valor em risco de uma carteira e pode ser entendido como uma estimativa de perda máxima em condições normais de mercado, dado um intervalo de 99% de certeza para o horizonte de tempo de 1 dia. Neste modelo é utilizado o método EWMA, que atribui um peso maior às observações mais recentes.

Marcação a mercado

O Banco faz o monitoramento das posições com risco pré-fixado através da metodologia de marcação a mercado, para avaliação da sua exposição ao risco, análise complementada pelo VaR e teste de estresse, bem como pela análise de sensibilidade às variações e choques das taxas de juros.

Teste de estresse

O teste de estresse é um método para medir potenciais perdas advindas de eventos extremos de mercado, através de projeções de cenários críticos e de baixa probabilidade. É um mecanismo que demanda a discussão de cenários futuros e entendimento da vulnerabilidade das carteiras sob circunstâncias improváveis.

Backtesting

O backtesting consiste na comparação da perda máxima estimada pelo VaR com o resultado efetivo incorrido pela carteira, para avaliação de acuidade do modelo VaR utilizado.

Sensibilidade

São realizados testes de sensibilidade através de choques positivos e negativos na curva de juros da carteira banking, medindo o impacto da variação no patrimônio de referência, e outras análises da taxa para definição de limites de tolerância de alerta da Tesouraria.

Gerenciamento do Risco de Mercado

No processo de gerenciamento de risco, o Banco Ford conta com um sistema para execução das atividades diárias de mensuração e avaliação do Value at Risk (VaR), monitorado sobre o limite em valor percentual do PR e reportado à Diretoria e demais áreas envolvidas, conforme periodicidade estabelecida em disposições internas e regulatórias.

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A área de risco é responsável pela elaboração de relatórios de monitoramento e gerenciamento das posições do Banco, além do RBAN e DRM.

O RBAN (risco da taxa de juros não classificada na carteira de negociação) é calculado mensalmente, em conformidade com a Circular 3.365/2007, utilizando o VaR paramétrico da última posição do mês reportado, com um intervalo de confiança de 99% e "holding period" de 10 dias, para informação ao Banco Central através do Demonstrativo de Limites Operacionais (DLO). O RBAN calculado nestes moldes é considerado no Patrimônio de Referência (PR) como satisfatório à cobertura do risco de taxa de juros das operações não incluídas na carteira de negociação.

O DRM (Demonstrativo de Risco de Mercado) também é elaborado e enviado mensalmente ao Banco Central, nos moldes da Carta Circular 3.628/2013 e Carta Circular 3.687/2014, para informação da exposição da instituição ao risco de mercado.

Risco de Liquidez

O Banco Central do Brasil definiu o risco de liquidez como: "I - a possibilidade de a instituição não ser capaz de honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, inclusive as decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas; e II - a possibilidade de a instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado".

A estrutura de gerenciamento do risco de liquidez do Banco Ford tem por objetivo manter a liquidez e segurança de seu patrimônio e maximizar o retorno do investimento, seguindo os limites pré-aprovados pela Diretoria do Banco Ford.

Gerenciamento do Risco de Liquidez

As diretrizes do Banco Ford, bem como as mudanças regulatórias locais são incorporadas à política do risco de liquidez, que é revisada e aprovada anualmente pela sua Diretoria e publicada no sítio da instituição, conforme determinado pelo Banco Central do Brasil.

O procedimento interno de liquidez aborda os principais processos da área de Tesouraria para o devido controle deste risco.

No gerenciamento do risco de liquidez é realizada a projeção do fluxo de caixa para cenários futuros de até 90 dias, a fim de garantir o máximo de eficiência na administração do caixa do Banco Ford e permitir a definição da estratégia de liquidez a ser adotada, a partir da determinação das necessidades futuras de financiamentos, empréstimos ou investimentos das operações, mantendo, dessa forma, a liquidez da instituição.

A Diretoria do Banco Ford revisa e discute a projeção de fluxo de caixa, níveis de ativos, as necessidades de financiamento, bem como qualquer informação relevante para o gerenciamento de liquidez.

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Garantindo aderência às Resoluções 3.399/2006 e 2.844/2001, a Tesouraria gerencia a exposição das aplicações financeiras em percentual inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do Patrimônio de Referência do Banco Ford.

A Tesouraria elabora e revisa periodicamente testes de estresse com a Diretoria do Banco Ford, utilizando cenários variados comparados às obrigações futuras da instituição, a fim de averiguar a resiliência do Banco Ford na absorção de perdas decorrentes de situações adversas.

Risco de Crédito

O Banco Central do Brasil, define o risco de crédito como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação.

O Banco Ford tem como parte de sua estrutura organizacional o Comitê Administrativo de Crédito (ACC), constituído por integrantes das áreas de Vendas no Atacado, Análise de Crédito, Finanças, Jurídico e alguns membros de sua Diretoria.

O Comitê Administrativo de Crédito reúne-se semanalmente para discutir o risco de crédito a que o Banco Ford está exposto. Suas principais atribuições são revisar e aprovar crédito e políticas de crédito para seus clientes, além de avaliar os clientes com potenciais riscos e aprovar propostas para a regularização de pendências financeiras.

O objetivo do gerenciamento do risco de crédito no Banco Ford é mensurar, controlar e mitigar eventual inadimplência na sua carteira de clientes e manter constante vigília na concentração de risco por cliente, nos termos da legislação em vigor, através dos sistemas e processos descritos abaixo:

Estudo de Crédito: permite a avaliação financeira e econômica do cliente e sua classificação de risco. O limite de crédito é definido tanto para cada cliente individualmente, como para os grupos econômicos aos quais os clientes fazem parte. Os mesmos permanecem registrados nos sistemas do Banco Ford, os quais concentram as informações pertinentes aos dados cadastrais do cliente e as operações e estudos de crédito.

A análise e definição dos limites de crédito estão baseadas na capacidade dos clientes da instituição em gerar recursos ou converter seus ativos de modo a liquidar as operações nos prazos e condições previamente pactuadas, bem como nas garantias constituídas.

Relatórios Gerenciais de Identificação e Monitoramento de Riscos: ferramenta desenvolvida para identificar e monitorar Distribuidores e/ou Grupos que apresentam elevado risco de crédito e grande probabilidade de inadimplência. A identificação do risco pode resultar em planos de ação para sua mitigação e, no caso do risco ser inevitável, minimizar as perdas para o Banco Ford.

Auditoria de Estoque: consiste na verificação dos veículos financiados, em estoque do cliente e pendentes de pagamento para o Banco Ford. A auditoria é realizada periodicamente, de acordo com

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o risco do cliente, visando averiguar unidades vendidas e não pagas, seguindo os termos do contrato de financiamento celebrado.

Processo de Monitoramento e Cobrança: é realizado diariamente o controle das unidades em estoque com o objetivo de identificar as unidades que devem ser pagas. É realizado o contato direto com o distribuidor, solicitando o pagamento das duplicatas vencidas e, não havendo a quitação dos débitos dentro do prazo estabelecido, a área de Vendas de Atacado realiza a notificação à empresa, podendo recomendar a suspensão da linha de crédito. Expirado o prazo máximo de 5 dias úteis, é declarada inadimplência do distribuidor, dando início ao processo de cobrança amigável, que pode ser estendido para execução das garantias e/ou cobrança jurídica.

Teste de Estresse: desenvolvido pela área de gerenciamento de riscos e apresentado periodicamente nas reuniões da Diretoria do Banco Ford, o teste de estresse tem por finalidade avaliar a solvência do Banco Ford com o impacto financeiro simulado em cenários extremos de riscos, considerando os índices de capitalização e limites de concentração por cliente. Os resultados são considerados ao estabelecer o apetite ao risco nas estratégias da instituição e plano de contingência.

Análise de Garantias: as garantias dadas em cobertura às linhas de crédito concedidas pelo Banco Ford são revisadas a cada estudo de crédito. No caso de garantias hipotecárias, são solicitadas periodicamente reavaliações dos imóveis e, como parte deste processo, o envio de matrículas atualizadas. A reavaliação constatará a eficácia em termos dos valores totais e de liquidação forçada considerados no cálculo da cobertura. No caso de cartas de fiança e CDB's, o controle é feito através de relatórios específicos, contendo as características destas garantias.

Controle de Concentração de Crédito: em conformidade com a Resolução 2.844/2001 publicada pelo Banco Central, o Banco Ford controla a exposição de crédito por Distribuidor e Grupo Econômico em percentual inferior a 25% do Patrimônio de Referência, fixado em sistema eletrônico interno, com o objetivo de monitorar e mitigar o risco de crédito da contraparte. Também monitora a Exposição Concentrada (EC) de acordo com o limite de 600% do Patrimônio de Referência, que corresponde a soma das exposições por cliente ou por entidade emitente de títulos ou valores mobiliários em 10% ou mais do seu Patrimônio de Referência.

Exposição ao Risco de Crédito

Nos quadros e gráficos seguintes apresentamos informações relativas à exposição ao risco de crédito, para avaliação em conjunto com os balancetes e balanços publicados no site da instituição, no endereço www.bancoford.com.br.

Exposição por Setor Econômico

As operações sujeitas ao risco de crédito do Banco Ford são realizadas com pessoas jurídicas classificadas por setor econômico no setor privado de comércio. A carteira de financiamento aos distribuidores da rede Ford constitui o principal ativo do Banco Ford.

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Exposição total e exposição média do risco de crédito no trimestre

Notas:

1. Os recebimentos do último dia útil, ocorridos até 31 de dezembro de 2017 que estavam registrados no passivo - outras obrigações, no montante de R$ 35.183 (R$ 3.860 em 2016), foram reclassificados para a conta "Operações de Crédito" no nível de risco "A" para fins de melhor apresentação das demonstrações financeiras.

2. Montante ajustado: total informado nas demonstrações financeiras em dezembro de 2017, já ajustado, é igual a R$ 1.204.517

Concentração dos maiores clientes em relação à exposição total

R$ Mil

Exposição da Carteira de Crédito Dez16 Mar17 Jun17 Set17 Dez17

Exposição Total 998.436 807.145 749.801 918.197 1.239.700

Exposição Média no Trimestre 961.985 809.029 773.739 837.069 1.037.847

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Exposição total por região geográfica e modalidade de crédito

R$ Mil

Exposição por região / modalidade

Dez16 Mar17 Jun17 Set17 Dez17

R$ Mil % R$ Mil % R$ Mil % R$ Mil % R$ Mil % Pessoa Jurídica - Capital de Giro

13.223 1,32 12.172 1,51 12.506 1,67 7.262 0,79 6.780 0,54

SUL 12.597 1,26 11.669 1,45 12.212 1,63 7.262 0,79 6.780 0,54

NORTE 626 0,06 503 0,06 294 0,04 - 0,00 - 0,00

CENTRO-OESTE - 0,00 - 0,00 - 0,00 - 0,00 - 0,00

Pessoa Jurídica - Outros 985.213 98,68 794.973 98,49 737.295 98,33 910.935 99,21 1.232.917 99,43

SUL 321.005 32,15 241.111 29,87 239.694 31,97 275.678 30,02 358.757 28,93

SUDESTE 384.006 38,46 328.616 40,71 309.649 41,30 385.977 42,04 522.127 42,11

NORTE 51.990 5,21 37.239 4,61 39.514 5,27 41.604 4,53 59.397 4,79

NORDESTE 138.649 13,89 109.313 13,54 85.490 11,39 120.657 13,14 172.007 13,87

CENTRO-OESTE 89.563 8,97 78.692 9,75 62.948 8,39 87.019 9,48 120.629 9,73

Exposição Total 998.436 100,00 807.145 100,00 749.801 100,00 918.197 100,00 1.239.700

100,00

Exposição Média no Trimestre 961.985 809.029 773.739 837.069

1.037.847

Exposição das operações a vencer por modalidade de crédito

R$ Mil

Prazo a decorrer das operações segmentadas por tipo de exposição ao risco de crédito Dez16 Mar17 Jun17 Set17 Dez17

Pessoa Jurídica - Capital de Giro 12.423 11.798 11.984 6.815 6.780

6 meses 1.502 576 836 444 732

6 meses a 1 ano 834 778 517 659 690

1 ano a 5 anos 10.087 10.444 10.631 5.711 5.358

acima de 5 anos - - - - -

Pessoa Jurídica - Outros 907.186 765.550 703.696 883.503 1.208.039

6 meses 871.229 759.607 664.202 829.953 1.142.494

6 meses a 1 ano 35.957 2.416 37.582 33.109 45.595

1 ano a 5 anos - 3.527 1.912 18.933 19.950

acima de 5 anos - - - 1.508 -

Exposição Total a Vencer 919.610 777.348 715.680 890.318 1.214.819

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Exposição das operações de crédito por faixa de atraso e por região geográfica

R$ Mil

Operações em atraso por região geográfica Dez16

Regiões / Período em atraso 15 e 60 dias

61 e 90 dias

91 e 180 dias

181 e 360 dias

acima de 360 dias

TOTAL

Sul 9.055 1.621 28.539 1.746 - 40.961

Sudeste 5.225 730 4.406 93 - 10.453

Norte 2.586 853 443 79 - 3.961

Nordeste 2.834 646 444 1 - 3.924

Centro-Oeste 1.437 165 61 1 - 1.663

Total em atraso 21.136 4.014 33.893 1.920 - 60.963

R$ Mil

Operações em atraso por região geográfica Mar17

Regiões / Período em atraso 15 e 60 dias

61 e 90 dias

91 e 180 dias

181 e 360 dias

acima de 360 dias

TOTAL

Sul 3.370 1.101 3.892 5.015 - 13.378

Sudeste 3.110 282 281 11 - 3.683

Norte 1.204 151 1.629 407 - 3.391

Nordeste 970 382 441 79 - 1.872

Centro-Oeste 598 400 158 - - 1.155

Total em atraso 9.252 2.315 6.400 5.512 - 23.479

R$ Mil

Operações em atraso por região geográfica Jun17

Regiões / Período em atraso 15 e 60 dias

61 e 90 dias

91 e 180 dias

181 e 360 dias

acima de 360 dias

TOTAL

Sul 4.008 3.539 2.037 3.025 - 12.610

Sudeste 4.596 5.071 240 84 - 9.992

Norte 467 25 59 690 - 1.241

Nordeste 1.808 260 203 18 - 2.289

Centro-Oeste 325 92 20 - - 437

Total em atraso 11.205 8.987 2.560 3.817 - 26.569

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Banco Ford S.A. 2017

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R$ Mil

Operações em atraso por região geográfica Set17

Regiões / Período em atraso 15 e 60 dias

61 e 90 dias

91 e 180 dias

181 e 360 dias

acima de 360 dias

TOTAL

Sul 1.519 470 497 4.278 - 6.764

Sudeste 4.259 1.839 5.944 3 - 12.046

Norte 441 660 36 368 - 1.505

Nordeste 937 224 611 - - 1.772

Centro-Oeste 348 77 1 - - 426

Total em atraso 7.504 3.271 7.088 4.648 - 22.512

R$ Mil

Operações em atraso por região geográfica Dez17

Regiões / Período em atraso 15 e 60 dias

61 e 90 dias

91 e 180 dias

181 e 360 dias

acima de 360 dias

TOTAL

Sul 2.488 310 95 - - 2.893

Sudeste 1.919 471 4.364 5.721 - 12.475

Norte 137 92 20 2 - 251

Nordeste 709 715 206 599 - 2.229

Centro-Oeste 525 19 - - - 544

Total em atraso 5.778 1.607 4.685 6.322 - 18.392

Nota: Sobre a movimentação no trimestre, ver nota no quadro seguinte ‘Baixas para Prejuízo’.

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa e Baixa para Prejuízo

O Banco Ford segue os critérios de classificação das operações de crédito e regras para constituição de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) da Resolução 2.682/1999 do Banco Central. Nos quadros seguintes, a constituição líquida da PCLD e o montante das operações baixadas para prejuízo no trimestre.

R$ Mil

Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD) Dez16 Mar17 Jun17 Set17 Dez17

Saldo Inicial 59.100 55.723 31.091 30.029 36.179

Constituição Líquida da Provisão (3.377) (24.632) (1.062) 6.150 3.992

Saldo de Provisão para Devedores Duvidosos 55.723 31.091 30.029 36.179 40,171

Provisão para Devedores Duvidosos Adicional - - - - -

R$ Mil

Baixas para Prejuízo Dez16 Mar17 Jun17 Set17 Dez17

Operações Baixadas para Prejuízo no Trimestre 3.721 25.781 4.585 318 4.822 Nota:

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Banco Ford S.A. 2017

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No terceiro trimestre de 2017, foram constituídas provisões para créditos de liquidação duvidosa no montante de R$ 6.150, em função da degradação da carteira de crédito em decorrência do cenário econômico desfavorável. Foram, ainda, recuperados créditos que anteriormente haviam sido baixados contra a provisão para créditos de liquidação duvidosa, no montante de R$ 6.550.

Gestão de Capital

O Banco Central do Brasil, define a Gestão de Capital como o processo contínuo de monitoramento e controle do capital mantido pela instituição, na avaliação da necessidade de capital para fazer face aos riscos a que a instituição está sujeita e, no planejamento de metas e necessidades de capital, considerando os objetivos estratégicos da instituição.

O Banco Ford conta com um processo para avaliar a adequação de seu capital em relação as suas operações, adotando uma estratégia para a manutenção de capital em margem suficiente ao índice mínimo exigido pelo Banco Central do Brasil. O capital do Banco é gerenciado através da elaboração de projeções financeiras e de mercado, considerando os requerimentos mínimos do Patrimônio de Referência e do Adicional de Capital sobre o RWA (montante dos ativos ponderados pelo risco), para cobertura de todos os riscos aos quais está sujeito, além das demais exigências legais e regulatórias. O Banco mantém capital compatível ao resultado destas avaliações, reportado periodicamente à Diretoria.

Requerimento Mínimo do PR e Ativos Ponderados pelo Risco

As instituições financeiras devem manter patrimônio compatível com os riscos de suas atividades, conforme definido na Resolução 4.193/2013. O requerimento mínimo do Patrimônio de Referência (PR) é obtido a partir do montante de ativos ponderados ao risco (RWA - Risk Weighted Assets), relativo às parcelas de risco de crédito, risco de mercado e risco operacional, a seguir:

RWA= RWACPAD+ RWAMPAD(RWAJURs +RWAACS+RWACOM+RWACAM)+RWAOPAD

Sendo que:

� RWACPAD: parcela relativa às exposições ao risco de crédito sujeita ao cálculo do requerimento de capital mediante abordagem padronizada;

� RWAMPAD: parcela relativa às exposições ao risco de mercado sujeita ao cálculo do requerimento de capital mediante abordagem padronizada;

� RWAOPAD: parcela relativa ao cálculo do capital requerido para o risco operacional mediante abordagem padronizada.

A parcela RWAMPAD consiste no somatório dos seguintes componentes:

� RWAJURs: parcela relativa às exposições sujeitas à variação de taxas de juros, cupons de juros e cupons de preços;

Risco Operacional Risco de Crédito Risco de Mercado

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Banco Ford S.A. 2017

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� RWAACS: parcela relativa às exposições sujeitas à variação do preço de ações;

� RWACOM: parcela relativa às exposições sujeitas à variação dos preços de mercadorias (commodities);

� RWACAM: parcela relativa às exposições em ouro, em moeda estrangeira e em ativos sujeitos à variação cambial.

O Banco Central determina que o valor do Patrimônio de Referência não pode ser inferior ao total de ativos ponderados ao risco (RWA) multiplicados pelo Fator (F), previsto na Resolução 4.193/2013, seguindo a fórmula: Requerimento Mínimo do PR = Fator F x RWA.

Patrimônio de Referência

O Patrimônio de Referência (PR) é a medida de capital regulamentar utilizada para verificar o cumprimento dos limites operacionais das instituições.

Nos termos da Resolução 4.192/2013, o Patrimônio de Referência (PR) consiste no somatório do Capital Nível I (capital principal e capital complementar) e do Capital Nível II, apurado conforme a metodologia prevista nesse instrumento normativo.

O quadro abaixo apresenta o Patrimônio de Referência do Banco Ford, composto pelo Patrimônio Líquido ajustado pelo Resultado (contas de resultado credoras e devedoras).

As informações da composição do Patrimônio de Referência (PR) e sobre a adequação do PR, no modelo requerido no Anexo I pela Circular 3.678/2013, constam do Anexo a este Relatório, no site www.bancoford.com.br, conforme período consultado.

R$ Mil

Patrimônio de Referência Dez16 Mar17 Jun17 Set17 Dez17

Capital Social (+) 150.090 150.090 150.090 150.090 150.090

Reservas de Capital, Reavaliação e Lucros (+) 79.816 70.650 70.650 78.084 76.176

Contas de Resultado Credoras (+) 262.043 73.962 120.085 163.025 205.556

Contas de Resultado Devedoras (-) 271.209 69.898 112.650 159.242 207.465

Ajustes Prudenciais - - - - -

Capital Principal 220.740 224.804 228.175 231.957 226.266

Capital Complementar - - - - -

PR Nível I (Principal + Complementar) 220.740 224.804 228.175 231.957 226.266

PR Nível II - - - - -

Patrimônio Referência Nível I e Nível II 220.740 224.804 228.175 231.957 226.266

As condições econômicas do país e a menor demanda por crédito, com consequente redução do volume de produção de veículos e de empréstimos e financiamentos à rede de distribuidores Ford, contribuíram ao cenário de menor rentabilidade do Banco Ford durante o ano de 2016 e reflexos em 2017.

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Alocação de Capital

As instituições devem manter, permanentemente, montantes de PR, de Nível I e de Capital Principal em valores superiores aos requerimentos mínimos estabelecidos na Resolução 4.193/2013, conforme cronograma desse normativo.

Para fins de apuração do Patrimônio de Referência mínimo exigido nos períodos informados nos quadros seguintes, o Banco Ford considerou as exposições aos riscos inerentes às suas atividades, relativas às parcelas RWACPAD e RWAOPAD. O Banco Ford não possui operações classificadas na parcela RWAMPAD. Além do Patrimônio de Referência mínimo requerido sobre o total de ativos ponderados ao risco e do adicional de capital principal, a instituição mantém Patrimônio de Referência suficiente para cobertura do montante da exposição ao risco de taxa de juros de operações não classificadas na carteira de negociação (RBAN), conforme Resolução 4.193/2013 e Circular nº 3.365/2007.

A seguir o detalhamento das parcelas RWACPAD e RWAOPAD, o requerimento mínimo de PR com adicional de capital principal e o Risco da Carteira “Banking” – RBAN:

R$ Mil Dez16 Mar17 Jun17 Set17 Dez17

FPR 20% 954 205 239 120 7162

FPR 50% 38.432 85.819 106.303 88.025 80.397

FPR 100% 1.023.713 886.656 840.092 991.172 1.259.789

FPR 250% 20.964 25.548 18.125 19.296 19.720

Total RWACPAD 1.084.064 998.228 964.759 1.098.613 1.367.069

R$ Mil Dez16 Mar17 Jun17 Set17 Dez17

Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada 69.321 69.016 69.016 63.655 63.655

R$ Mil Dez16 Mar17 Jun17 Set17 Dez17

RWA 1.153.385 1.067.244 1.033.775 1.162.268 1.398.722

Requerimento Mínimo do PR com ACPCONSERVAÇÃO 121.105 112.060 108.546 122.038

153.550

RBAN (Risco da Carteira Banking) 396 259 485 165 24

O capital mínimo requerido pelo Banco Central e o adicional de capital principal, a parcela RBAN e máximo de exposição por cliente são mensurados pela área de Risco e aprovados pela Diretoria do Banco Ford.

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Índice de Basileia e Adicional de Capital Principal

Índice de Basileia é um conceito internacional definido pelo Comitê de Basileia que recomenda a relação mínima de 8% entre o Patrimônio de Referência (PR) e os riscos ponderados conforme regulamentação em vigor.

No Brasil, a relação mínima exigida é dada pelo fator “F” aplicado ao montante de ativos ponderados ao risco (RWA), conforme definido na Resolução 4.193/2013, que inclui requerimentos específicos de capital principal (4,5%) e de capital Nível I (6%) ao capital regulamentar e prevê um calendário de convergência do requerimento mínimo de capital e adicional de capital aos padrões internacionais, na tabela seguinte.

(1) ACPCONTRACÍCLICO foi fixado em 0% na Circular 3.769/2015, percentual mantido nos Comunicados subsequentes. Considerando todas a exposições do Banco Ford no país, o valor da parcela do ACPCONTRACÍCLICO da instituição é igual a zero.

(2) Adicional de Importância Sistêmica de Capital Principal condicionado ao resultado do cálculo definido na Circular 3.768/2015. Valor requerido de ACPSistemico do Banco Ford no ano igual a zero.

O capital do Banco Ford é composto integralmente por capital principal, de maior qualidade, que supre o capital complementar de Nível 1 e capital Nível 2, e faz o índice de Basileia atual. No quadro seguinte são informados os índices de capital:

Índices Dez16 Mar17 Jun17 Set17 Dez17

Índice de Basileia (IB=PR/RWA) 19% 21% 22% 20% 15%

Índice Nível 1 (IN1=Nível1/RWA) 19% 21% 22% 20% 15%

Limites de Capital da Resolução 4.193/2013 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Capital Próprio 4,500% 4,500% 4,500% 4,500% 4,500% 4,500% 4,500%

Capital Nível I (∑ Principal e Complementar)

5,500% 5,500% 6,000% 6,000% 6,000% 6,000% 6,000%

Requerimento Mínimo de PR (F) 11,000% 11,000% 11,000% 9,875% 9,250% 8,625% 8,000%

ACPCONSERVAÇÃO -- -- -- 0,625% 1,250% 1,875% 2,500%

Limite Mínimo de Capital com ACP 11,000% 11,000% 11,000% 10,500% 10,500% 10,500% 10,500%

ACPCONTRACÍCLICO (1) -- -- -- 0,625% 1,250% 1,875% 2,500%

ACPSISTÊMICO (2) -- -- -- 0,000% 0,500% 1,000% 2,000%

Limite Máximo de Capital com ACP 11,000% 11,000% 11,000% 11,125% 12,250% 13,375% 15,000%

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Índice Capital Principal (ICP=CP/RWA) 19% 21% 22% 20% 15%

O índice de Basileia apresentou uma redução de 5pp em dezembro de 2017, devido, principalmente, ao aumento dos recebíveis (operações de crédito) em decorrência da sazonalidade do quarto trimestre e pagamento de Juros sobre Capital Próprio (JCP).

Suficiência e Adequação do Patrimônio de Referência

A análise de suficiência e adequação do Patrimônio de Referência pelas instituições visa assegurar que o nível de capital mantido contemple todos os riscos materiais da instituição, os quais possam impactar sua capacidade de solvência.

R$ Mil

Suficiência do Capital Atual Dez16 Mar17 Jun17 Set17 Dez17

Patrimônio de Referência 220.740 224.804 228.174 231.957 226.266

Requerimento Mínimo de PR 113.896 98.720 95.624 107.510 135.270

Margem / (Insuficiência) 106.843 126.084 132.550 124.447 90.996

Requerimento Mínimo de PR incluindo RBAN 114.293 98.979 96.109 107.674 135.294

Margem / (Insuficiência) incluindo RBAN 106.447 125.825 132.065 124.282 90.971

Adicional de Conservação de Capital Principal 7.209 13.340 12.922 14.528 18.279

Margem / (Insuficiência) sobre o ACP 99.238 112.485 119.143 109.754 72.692

A margem do requerimento mínimo do Patrimônio de Referência com RBAN, no montante de R$ 91 milhões, supera o adicional de capital principal mínimo requerido para o RWA (ACPCONSERVAÇÃO) apurado no valor de R$18.2 milhões.

A solvência do Banco Ford permanece estável, com capital em patamar superior ao mínimo regulamentar no ano de 2017. A tendência de menor ritmo de crescimento do crédito no país é projetada no capital do Banco Ford, que mantém índices de capitalização acima dos regulatórios, para apoiar suas operações e atender ao comprometimento do seu patrimônio para fazer frente ao limite máximo de exposição por cliente.

Em seu plano de negócios, o Banco Ford apresenta elevada solvência, com índices de capitalização adequados seguindo a plena implementação de Basileia III em 2019, considerando que seu índice de capital principal isoladamente supera os demais (capital complementar e nível II).

Razão de Alavancagem

A Razão de Alavancagem (RA) é um índice recomendado pelo Comitê de Basileia e regulamentado no Brasil pelo Banco Central através da Circular nº 3.748/2015, sem referência ao limite mínimo de 3% previsto no documento do BIS (http://www.bis.org/publ/bcbs270.htm).

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A Razão de Alavancagem é medida pela relação entre o Capital Nível I e o valor nominal total dos ativos da instituição no balanço e itens fora do balanço ponderados ao risco (linha de crédito concedida e não utilizada).

O Banco Ford apurou uma Razão de Alavancagem de 15% em dezembro de 2017, cálculo apresentado no quadro seguinte, consoante modelo requerido pelo Banco Central no Anexo II da Circular nº 3.748:

Razão de Alavancagem Dez-2016 Mar-2017 Jun-2017 Set-2017 Dez-2017

Núm Linha Item

Valor (R$ mil)

Valor (R$ mil)

Valor (R$ mil)

Valor (R$ mil)

Valor (R$ mil)

Itens contabilizados no Balanço Patrimonial (BP)

1

Itens patrimoniais, exceto instrumentos financeiros derivativos, títulos e valores mobiliários recebidos por empréstimo e revenda a liquidar em operações compromissadas

1.096.152 1.038.737 1.021.213 1.149.971 1.484.750

2 Ajustes relativos aos elementos patrimoniais deduzidos na apuração do Nível I - - - - -

3 Total das exposições contabilizadas no BP 1.096.152 1.038.737 1.021.213 1.149.971 1.484.750

Operações com Instrumentos Financeiros Derivativos

4 Valor de reposição em operações com derivativos - - - - -

5 Ganho potencial futuro decorrente de operações com derivativos

- - - - -

6 Ajuste relativo à garantia prestada em operações com derivativos - - - -

7 Ajuste relativo à margem de garantia diária prestada - - - - -

8

Derivativos em nome de clientes em que não há obrigatoriedade contratual de reembolso em função de falência ou inadimplemento das entidades responsáveis pelo sistema de liquidação

- - - - -

9 Valor de referência ajustado em derivativos de crédito

- - - - -

10 Ajuste sob o valor de referência ajustado em derivativos de crédito

- - - - -

11 Total das exposições relativas a operações com instrumentos financeiros derivativos - - - - -

Operações Compromissadas e de Empréstimo de Títulos e Valores Mobiliários (TVM)

12 Aplicações em operações compromissadas e de empréstimo de TVM

- - - - -

13 Ajuste relativo a recompras a liquidar e credores por empréstimo de TVM - - - - -

14 Valor relativo ao risco de crédito da contraparte - - - - -

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Razão de Alavancagem Dez-2016 Mar-2017 Jun-2017 Set-2017 Dez-2017

Núm Linha Item

Valor (R$ mil)

Valor (R$ mil)

Valor (R$ mil)

Valor (R$ mil)

Valor (R$ mil)

15 Valor relativo ao risco de crédito da contraparte em operações de intermediação - - - - -

16

Total das exposições relativas a operações compromissadas e de empréstimo de títulos e valores mobiliários (soma das linhas 12 a 15)

- - - - -

Itens não contabilizados no Balanço Patrimonial (BP)

17 Valor de referência das operações não contabilizadas no BP

184.880 252.784 299.494 229.098 158.267

18 Ajuste relativo à aplicação de FCC específico às operações não contabilizadas no BP (147.904) (202.228) (239.595) (183.279) (126.613)

19 Total das exposições não contabilizadas no Balanço Patrimonial 36.976 50.557 59.899 45.820 31.653

Capital e Exposição Total

20 Nível I 220.740 224.804 228.174 231.957 226.266

21 Exposição Total 1.133.128 1.089.294 1.081.111 1.195.791 1.516.403

Razão de Alavancagem (RA)

22 Razão de Alavancagem de Basileia III. 19,5% 20,6% 21,1% 19,4% 14,92%

Disposições Finais

As informações deste relatório devem ser confrontadas com as Demonstrações Financeiras e Balancetes divulgados no site do Banco Ford.

As informações da composição do Patrimônio de Referência (PR) e sobre a adequação do PR, no modelo requerido no Anexo I pela Circular 3.678/2013, constam do Anexo a este Relatório, no site www.bancoford.com.br, conforme período consultado.

De forma a garantir o atendimento da Resolução 4.193/2013 e da Circular 3.678/2013 do Banco Central, e em aderência aos demais dispositivos regulamentares vigentes, o Banco Ford estabelece de forma clara e objetiva a política de divulgação de informações.

A Diretoria do Banco Ford é responsável pela implementação da política e pela divulgação das informações a ela relacionadas, de gestão de riscos, à apuração do montante RWA e à adequação do PR.

A política de divulgação de informações inclui a especificação das informações a serem divulgadas; o sistema de controles internos aplicados ao processo de divulgação de informações; o estabelecimento de processo contínuo de confirmação da fidedignidade das informações divulgadas

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e da adequação de seu conteúdo; e os critérios de relevância utilizados para divulgação de informações, com base nas necessidades de usuários externos para fins de decisões de natureza econômica.

Outras informações sobre gerenciamento de riscos no site www.bancoford.com.br.