RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS · O objetivo deste relatório é apresentar as informações...

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RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS 3º Trimestre de 2018

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RELATÓRIO DE

GERENCIAMENTO DE RISCOS

3º Trimestre de 2018

Banco Ford S.A. 2018

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Conteúdo

Introdução ...................................................................................................................... 3

Perfil Corporativo............................................................................................................. 3

Estrutura de Gerenciamento de Riscos ............................................................................... 3

Atribuições ..................................................................................................................... 4

Risco Operacional ............................................................................................................ 4

Limite de Tolerância ao Risco Operacional ........................................................................... 5

Parcela do Risco Operacional ............................................................................................. 5

Plano de Continuidade de Negócios .................................................................................... 6

Risco de Mercado ............................................................................................................ 6

Metodologia do Risco de Mercado ...................................................................................... 7

Gerenciamento do Risco de Mercado .................................................................................. 8

Risco de Liquidez ............................................................................................................. 8

Gerenciamento do Risco de Liquidez .................................................................................. 8

Risco de Crédito .............................................................................................................. 9

Exposição ao Risco de Crédito .......................................................................................... 10

Exposição por Setor Econômico ........................................................................................ 11

Exposição total e exposição média do risco de crédito no trimestre ....................................... 11

Concentração dos maiores clientes em relação à exposição total .......................................... 11

Exposição total por região geográfica e modalidade de crédito ............................................. 11

Exposição das operações a vencer por modalidade de crédito .............................................. 12

Exposição das operações de crédito por faixa de atraso e por região geográfica ..................... 13

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa e Baixa para Prejuízo .................................... 14

Gestão de Capital ........................................................................................................... 15

Requerimento Mínimo do PR e Ativos Ponderados pelo Risco ................................................ 15

Patrimônio de Referência ................................................................................................. 16

Alocação de Capital ......................................................................................................... 16

Índice de Basileia e Adicional de Capital Principal................................................................ 17

Suficiência e Adequação do Patrimônio de Referência .......................................................... 19

Razão de Alavancagem ................................................................................................... 19

Disposições Finais ........................................................................................................... 21

Banco Ford S.A. 2018

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Introdução

O objetivo deste relatório é apresentar as informações relevantes da estrutura de gerenciamento

de risco e capital do Banco Ford S.A., requeridas pelo Banco Central do Brasil através da Circular

nº 3.678, de 31 de outubro de 2013, que dispõe sobre a divulgação de informações referentes à

gestão de riscos, à apuração do montante dos ativos ponderados pelo risco (RWA) e à apuração do

Patrimônio de Referência (PR).

O Banco Ford mantém o gerenciamento de risco e capital alinhado às melhores práticas de mercado,

garantindo conformidade dos seus processos às recomendações do Comitê de Supervisão Bancária

de Basiléia e às determinações do Banco Central do Brasil, com os ajustes prudenciais promovidos

por Basileia III.

A divulgação das informações atende ao nível de detalhamento adequado ao escopo, à

complexidade das operações e dos sistemas e processos de gestão de riscos da instituição.

Informações adicionais sobre o Banco Ford, incluindo os balanços e as demonstrações financeiras,

podem ser consultadas no site www.bancoford.com.br.

Perfil Corporativo

O Banco Ford opera como instituição desde 1996, atuando como banco múltiplo sem carteira

comercial, destinado a ofertar produtos financeiros aos Distribuidores da rede Ford para formação

de seus estoques com a aquisição de veículos, peças e acessórios.

O Banco Ford oferece como principais produtos: o financiamento de veículos novos (Floor Plan de

novos); o financiamento de veículos usados (Floor Plan de usados); o financiamento de peças e

acessórios (Floor Plan de P&A); Linha de Crédito Rotativo (UCL) e empréstimos de Capital de Giro,

para um universo de aproximadamente 250 clientes.

O Banco Ford conta com estrutura apropriada ao atendimento dos tomadores de crédito,

acompanhamento das garantias oferecidas e controles para observância de níveis adequados de

inadimplência. A atividade principal se insere no contexto de fortalecimento da rede de

distribuidores, sem que isso signifique menor controle ou menor rigor na concessão de crédito e no

acompanhamento das operações.

Estrutura de Gerenciamento de Riscos

O Banco Ford possui uma estrutura de gerenciamento integrado de riscos e capital, atendendo às

regulamentações de Basileia e Governança Corporativa, em linha com as melhores práticas de

mercado e objetivos estratégicos da instituição. Essa estrutura é compatível com a natureza de suas

operações, a complexidade dos produtos oferecidos e a dimensão de sua exposição aos riscos.

O processo de gerenciamento de riscos possui políticas e procedimentos globais e locais, que

estabelecem as principais diretrizes a serem observadas por toda organização, disponíveis para

consulta interna por meio da intranet corporativa, sendo revistos e atualizados de acordo com o

calendário interno ou quando houver mudanças significativas nos objetivos e estratégias do negócio

ou mudanças significativas no enfoque e na metodologia de gestão do risco.

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Atribuições

Diretoria do Banco Ford

Revisar e aprovar políticas de gerenciamento de riscos;

Aprovar estratégias, diretrizes e metodologias de análise, controle e mitigação de riscos.

Área de Gerenciamento de Riscos

Desenvolver estratégias, diretrizes, estrutura e política de gerenciamento de riscos;

Desenvolver ferramentas e metodologia de identificação, análise, monitoramento, controle e

mitigação de riscos;

Implementar a estrutura de gerenciamento de riscos aprovada pela Diretoria;

Disseminar a cultura de identificação e gerenciamento de riscos.

Governança Corporativa

Assegurar, através da área de Compliance, conformidade de procedimentos do Banco Ford

com as leis aplicáveis e regulamentos emanados por órgãos supervisores;

Assegurar, através da área de Controles Internos, a observância das políticas locais e globais

do Banco Ford.

Auditoria Interna

Avaliar e validar o processo de gerenciamento de riscos, de acordo com as normas,

procedimentos internos e políticas globais e locais do Banco Ford.

Risco Operacional

O Banco Central do Brasil define, através da Resolução 4.557/2017, o conceito do risco operacional

como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de

processos internos, pessoas e sistemas, de eventos externos, inadequação ou deficiência em

contratos, descumprimento de dispositivos legais e indenização por danos a terceiros.

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O risco operacional é classificado em oito subcategorias, sendo elas: fraudes internas, fraudes

externas, demandas trabalhistas e segurança no local de trabalho, práticas inadequadas relativas a

clientes, produtos e serviços, danos a ativos físicos próprios ou em uso pela instituição, danos que

acarretem interrupção nas atividades da instituição, falhas em sistemas de tecnologia e falhas na

execução, cumprimento de prazos e gerenciamento das atividades da instituição. A categorização

detalhada do risco, bem como os processos e sub-processos avaliados, estão na matriz de risco

operacional do Banco Ford.

Na estrutura de risco operacional o Banco possui política e procedimentos, a fim de identificar,

avaliar, monitorar, controlar e mitigar o risco operacional.

As informações coletadas nas áreas de negócios são compiladas na matriz de risco operacional e o

resultado é apresentado aos Diretores do Banco Ford, com planos de ação traçados nas áreas

responsáveis para mitigação das exposições significativas e perdas associadas, com o firme

propósito da melhoria contínua.

No gerenciamento de risco operacional, a instituição mantém integração da matriz de risco

operacional com os programas de controles internos e compliance, e a colaboração da Auditoria

Interna. Isso permite a condução de planos de ação através de processos globais e regionais

compulsórios, conhecidos em todos os níveis da organização, sem necessidade de controles

adicionais ou duplicados na área de Risco, garantindo eficiência e padronização do processo.

Limite de Tolerância ao Risco Operacional

O limite é construído pela área de Risco, aprovado e revisado anualmente pelos Diretores do Banco.

O processo relativo à construção e monitoramento do limite de risco operacional é descrito em

procedimento interno da instituição.

O limite é monitorado pela área de gerenciamento de riscos e reportado à Diretoria do Banco Ford,

para o devido controle das perdas oriundas de falhas operacionais.

Parcela do Risco Operacional

O Banco Ford utiliza a “Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada de Risco Operacional” no

cálculo e alocação de capital da parcela RWAOPAD.

O valor da exposição RWAOPAD é calculado semestralmente com os últimos três períodos anuais,

cada período representado por dois semestres consecutivos (junho e dezembro), conforme base de

cálculo dada pela Circular 3.640/2013, na fórmula a seguir:

, em que:

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F = fator estabelecido no art. 4º da Resolução nº 4.193, de 2013;

IEAt = Indicador Alternativo de Exposição ao Risco Operacional no período anual "t", apurado

de forma agregada para as linhas de negócio; e

IEt = Indicador de Exposição ao Risco Operacional no período anual "t", apurado de forma

agregada para as operações não incluídas nas linhas de negócio.

O IAE consiste na média aritmética dos saldos semestrais, para cada período anual, das operações

de crédito, de arrendamento mercantil e de outras operações com característica de concessão de

crédito e dos títulos e valores mobiliários não classificados na carteira de negociação, multiplicado

pelo fator 0,035. Todas as operações do Banco Ford são classificadas na linha de negócio

"Comercial".

Valores da parcela RWAOPAD da instituição expressos no quadro de Alocação de Capital.

Plano de Continuidade de Negócios

Nomeado internamente como Business Continuity Plan (BCP), estabelecido conforme Resolução

4.502/2016, a política de plano de continuidade de negócios é revisada anualmente. O BCP

estabelece diretrizes e procedimentos para ações rápidas e simples, que devem ser seguidas por

seus empregados e colaboradores em situações de emergência, visando garantir que as operações

críticas/vitais do Banco Ford sejam mantidas ou recuperadas de forma eficaz, em caso de

interrupção das atividades da instituição. Os últimos testes foram realizados e finalizados com

sucesso em 25/09/2018.

Risco de Mercado

De acordo com a Resolução 4.557/2017, publicada pelo Banco Central do Brasil, o risco de mercado

é a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado, de

posições detidas por uma instituição financeira.

O risco de mercado é subdividido em quatro grupos:

RWACAM: exposições em ouro, moeda estrangeira, e variação cambial;

RWAJUR: operação sujeita à variação de taxas de juros;

RWACOM: operação sujeita à variação do preço de mercadorias (commodities);

RWAACS: operação sujeita à variação do preço de ações.

A instituição possui política de risco de mercado com o objetivo de prover um sistema de controles

estruturados, em adequação com seu perfil operacional, periodicamente reavaliado, visando à

manutenção da exposição ao risco de mercado em níveis considerados aceitáveis pela instituição.

Esta política é baseada em políticas globais da Ford, com enquadramento ao requerido pelo órgão

regulador.

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O Banco Ford está exposto tão somente ao risco das taxas de juros das suas operações classificadas

na carteira “banking book”, não praticando operações com derivativos e que envolvam risco

cambial, de preço de ações e de commodities.

Está fora do escopo dos negócios do Banco Ford operações classificadas na "carteira de negociação"

(“trading book”) destinadas a revenda, obtenção de benefícios de movimento de preços, ou

realização de arbitragem.

Metodologia do Risco de Mercado

Para o gerenciamento do risco de mercado, das variações das taxas de juros da carteira "banking

book", são utilizados os modelos a seguir, que não excluem outros porventura requeridos: VaR

(“Value at Risk”) paramétrico, marcação a mercado, teste de validação do modelo (backtesting),

testes de estresse e análise de sensibilidade, que são apresentados periodicamente à Diretoria

(Circular 3.365/2007).

Value at Risk (VaR)

É o valor em risco de uma carteira e pode ser entendido como uma estimativa de perda máxima

em condições normais de mercado, dado um intervalo de 99% de certeza para o horizonte de tempo

de 1 dia. Neste modelo é utilizado o método EWMA, que atribui um peso maior às observações mais

recentes.

Marcação a mercado

O Banco faz o monitoramento das posições com risco pré-fixado através da metodologia de

marcação a mercado, para avaliação da sua exposição ao risco, análise complementada pelo VaR e

teste de estresse, bem como pela análise de sensibilidade às variações e choques das taxas de

juros.

Teste de estresse

O teste de estresse é um método para medir potenciais perdas advindas de eventos extremos de

mercado, através de projeções de cenários críticos e de baixa probabilidade. É um mecanismo que

demanda a discussão de cenários futuros e entendimento da vulnerabilidade das carteiras sob

circunstâncias improváveis.

Backtesting

O backtesting consiste na comparação da perda máxima estimada pelo VaR com o resultado efetivo

incorrido pela carteira, para avaliação de acuidade do modelo VaR utilizado.

Sensibilidade

São realizados testes de sensibilidade através de choques positivos e negativos na curva de juros

da carteira banking, medindo o impacto da variação no patrimônio de referência, e outras análises

da taxa para definição de limites de tolerância de alerta da Tesouraria.

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Gerenciamento do Risco de Mercado

No processo de gerenciamento de risco, o Banco Ford conta com um sistema para execução das

atividades diárias de mensuração e avaliação do Value at Risk (VaR), monitorado sobre o limite em

valor percentual do PR e reportado à Diretoria e demais áreas envolvidas, conforme periodicidade

estabelecida em disposições internas e regulatórias.

A área de risco é responsável pela elaboração de relatórios de monitoramento e gerenciamento das

posições do Banco, além do RBAN e DRM.

O RBAN (risco da taxa de juros não classificada na carteira de negociação) é calculado mensalmente,

em conformidade com a Circular 3.365/2007, utilizando o VaR paramétrico da última posição do

mês reportado, com um intervalo de confiança de 99% e "holding period" de 10 dias, para

informação ao Banco Central através do Demonstrativo de Limites Operacionais (DLO). O RBAN

calculado nestes moldes é considerado no Patrimônio de Referência (PR) como satisfatório à

cobertura do risco de taxa de juros das operações não incluídas na carteira de negociação.

O DRM (Demonstrativo de Risco de Mercado) também é elaborado e enviado mensalmente ao Banco

Central, nos moldes da Carta Circular 3.687/2014, para informação da exposição da instituição ao

risco de mercado.

Risco de Liquidez

O Banco Central do Brasil definiu o risco de liquidez como: "I - a possibilidade de a instituição não

ser capaz de honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras,

inclusive as decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações diárias e sem

incorrer em perdas significativas; e II - a possibilidade de a instituição não conseguir negociar a

preço de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente

transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado".

A estrutura de gerenciamento do risco de liquidez do Banco Ford tem por objetivo manter a liquidez

e segurança de seu patrimônio e maximizar o retorno do investimento, seguindo os limites pré-

aprovados pela Diretoria do Banco Ford.

Gerenciamento do Risco de Liquidez

As diretrizes do Banco Ford, bem como as mudanças regulatórias locais são incorporadas à política

do risco de liquidez, que é revisada e aprovada anualmente pela sua Diretoria e publicada no sítio

da instituição, conforme determinado pelo Banco Central do Brasil.

O procedimento interno de liquidez aborda os principais processos da área de Tesouraria para o

devido controle deste risco.

No gerenciamento do risco de liquidez é realizada a projeção do fluxo de caixa para cenários futuros

de até 90 dias, a fim de garantir o máximo de eficiência na administração do caixa do Banco Ford

e permitir a definição da estratégia de liquidez a ser adotada, a partir da determinação das

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necessidades futuras de financiamentos, empréstimos ou investimentos das operações, mantendo,

dessa forma, a liquidez da instituição.

A Diretoria do Banco Ford revisa e discute a projeção de fluxo de caixa, níveis de ativos, as

necessidades de financiamento, bem como qualquer informação relevante para o gerenciamento de

liquidez.

Garantindo aderência às Resoluções 3.399/2006 e 2.844/2001, a Tesouraria gerencia a exposição

das aplicações financeiras em percentual inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do Patrimônio de

Referência do Banco Ford.

A Tesouraria elabora e revisa periodicamente testes de estresse com a Diretoria do Banco Ford,

utilizando cenários variados comparados às obrigações futuras da instituição, a fim de averiguar a

resiliência do Banco Ford na absorção de perdas decorrentes de situações adversas.

Risco de Crédito

O Banco Central do Brasil, define o risco de crédito como a possibilidade de ocorrência de perdas

associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações

financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da

deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às

vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação.

O Banco Ford tem como parte de sua estrutura organizacional o Comitê Administrativo de Crédito

(ACC), constituído por integrantes das áreas de Vendas no Atacado, Análise de Crédito, Finanças,

Jurídico e alguns membros de sua Diretoria.

O Comitê Administrativo de Crédito reúne-se semanalmente para discutir o risco de crédito a que o

Banco Ford está exposto. Suas principais atribuições são revisar e aprovar crédito e políticas de

crédito para seus clientes, além de avaliar os clientes com potenciais riscos e aprovar propostas

para a regularização de pendências financeiras.

O objetivo do gerenciamento do risco de crédito no Banco Ford é mensurar, controlar e mitigar

eventual inadimplência na sua carteira de clientes e manter constante vigília na concentração de

risco por cliente, nos termos da legislação em vigor, através dos sistemas e processos descritos

abaixo:

Estudo de Crédito: permite a avaliação financeira e econômica do cliente e sua classificação de

risco. O limite de crédito é definido tanto para cada cliente individualmente, como para os grupos

econômicos aos quais os clientes fazem parte. Os mesmos permanecem registrados nos sistemas

do Banco Ford, os quais concentram as informações pertinentes aos dados cadastrais do cliente e

as operações e estudos de crédito.

A análise e definição dos limites de crédito estão baseadas na capacidade dos clientes da instituição

em gerar recursos ou converter seus ativos de modo a liquidar as operações nos prazos e condições

previamente pactuadas, bem como nas garantias constituídas.

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Relatórios Gerenciais de Identificação e Monitoramento de Riscos: ferramenta desenvolvida

para identificar e monitorar Distribuidores e/ou Grupos que apresentam elevado risco de crédito e

grande probabilidade de inadimplência. A identificação do risco pode resultar em planos de ação

para sua mitigação e, no caso do risco ser inevitável, minimizar as perdas para o Banco Ford.

Auditoria de Estoque: consiste na verificação dos veículos financiados, em estoque do cliente e

pendentes de pagamento para o Banco Ford. A auditoria é realizada periodicamente, de acordo com

o risco do cliente, visando averiguar unidades vendidas e não pagas, seguindo os termos do contrato

de financiamento celebrado.

Processo de Monitoramento e Cobrança: é realizado diariamente o controle das unidades em

estoque com o objetivo de identificar as unidades que devem ser pagas. É realizado o contato direto

com o distribuidor, solicitando o pagamento das duplicatas vencidas e, não havendo a quitação dos

débitos dentro do prazo estabelecido, a área de Vendas de Atacado realiza a notificação à empresa,

podendo recomendar a suspensão da linha de crédito. Expirado o prazo máximo de 5 dias úteis, é

declarada inadimplência do distribuidor, dando início ao processo de cobrança amigável, que pode

ser estendido para execução das garantias e/ou cobrança jurídica.

Teste de Estresse: desenvolvido pela área de gerenciamento de riscos e apresentado

periodicamente nas reuniões da Diretoria do Banco Ford, o teste de estresse tem por finalidade

avaliar a solvência do Banco Ford com o impacto financeiro simulado em cenários extremos de

riscos, considerando os índices de capitalização e limites de concentração por cliente. Os resultados

são considerados ao estabelecer o apetite ao risco nas estratégias da instituição e plano de

contingência.

Análise de Garantias: as garantias dadas em cobertura às linhas de crédito concedidas pelo Banco

Ford são revisadas a cada estudo de crédito. No caso de garantias hipotecárias, são solicitadas

periodicamente reavaliações dos imóveis e, como parte deste processo, o envio de matrículas

atualizadas. A reavaliação constatará a eficácia em termos dos valores totais e de liquidação forçada

considerados no cálculo da cobertura. No caso de cartas de fiança e CDB's, o controle é feito através

de relatórios específicos, contendo as características destas garantias.

Controle de Concentração de Crédito: em conformidade com a Resolução 2.844/2001 publicada

pelo Banco Central, o Banco Ford controla a exposição de crédito por Distribuidor e Grupo Econômico

em percentual inferior a 25% do Patrimônio de Referência, fixado em sistema eletrônico interno,

com o objetivo de monitorar e mitigar o risco de crédito da contraparte. Também monitora a

Exposição Concentrada (EC) de acordo com o limite de 600% do Patrimônio de Referência, que

corresponde a soma das exposições por cliente ou por entidade emitente de títulos ou valores

mobiliários em 10% ou mais do seu Patrimônio de Referência.

Exposição ao Risco de Crédito

Nos quadros e gráficos seguintes apresentamos informações relativas à exposição ao risco de

crédito, para avaliação em conjunto com os balancetes e balanços publicados no site da instituição,

no endereço www.bancoford.com.br.

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Exposição por Setor Econômico

As operações sujeitas ao risco de crédito do Banco Ford são realizadas com pessoas jurídicas

classificadas por setor econômico no setor privado de comércio. A carteira de financiamento aos

distribuidores da rede Ford constitui o principal ativo do Banco Ford.

Exposição total e exposição média do risco de crédito no trimestre

Concentração dos maiores clientes em relação à exposição total

Exposição total por região geográfica e modalidade de crédito

R$ Mil

Exposição por região / modalidade

Set17 Dez17 Mar18

Jun18

Set18

R$ Mil % R$ Mil % R$ Mil % R$ Mil % R$ Mil %

Pessoa Jurídica - Capital de Giro

7.262 0,79 6.780 0,54 6.413 0,62 6.089 0,60 5.749 0,49

SUL 7.262 0,79 6.780 0,54 6.413 0,62 6.089 0,60 5.749 0,48

NORTE - 0,00 - 0,00 - 0,00 - 0,00 - 0,00

CENTRO-OESTE - 0,00 - 0,00 - 0,00 - 0,00 - 0,00

R$ Mil

Exposição da Carteira de Crédito Set17 Dez17 Mar18

Jun18

Set18

Exposição Total 918.197 1.239.700 1.033.485 1.008.559 1.173.772

Exposição Média no Trimestre 837.069 1.037.847 991.264 1.000.908 1.104.840

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R$ Mil

Exposição por região / modalidade

Set17 Dez17 Mar18

Jun18

Set18

R$ Mil % R$ Mil % R$ Mil % R$ Mil % R$ Mil %

Pessoa Jurídica - Outros

910.935 99,21 1.232.917 99,43 1.027.071 99,32 1.002.470 99,39 1.168.022 99,51

SUL 275.678 30,02 358.757 28,93 288.789

27,94 294.652 29,21 325.523 27,73

SUDESTE 385.977 42,04 522.127 42,11 439.886

42,56 410.354 40,68 477.221 40,65

NORTE 41.604 4,53 59.397 4,79 51.519

4,99 53.367 5,29 62.349 5,31

NORDESTE 120.657 13,14 172.007 13,87 152.153

14,72 140.435 13,92 183.587 15,64

CENTRO-OESTE 87.019 9,48 120.629 9,73

94.713

9,16

103.660 10,27 119.340 10,16

Exposição Total 918.197 100,00 1.239.700

100,00

1.033.485 100,00 1.008.559 100,00 1.173.772 100,00

Exposição Média no Trimestre

837.069 1.037.847

984.747 1.000.908 1.104.840

Exposição das operações a vencer por modalidade de crédito

R$ Mil

Prazo a decorrer das operações segmentadas por tipo de exposição ao risco de crédito

Set17 Dez17 Mar18 Jun18 Set18

Pessoa Jurídica - Capital de Giro 6.815 6.780 6.413 6.089 5.750

6 meses 444 732 702 731 762

6 meses a 1 ano 659 690 723 757 794

1 ano a 5 anos 5.711 5.358 4.988 4.600 4.194

acima de 5 anos - - - - -

Pessoa Jurídica - Outros 883.503 1.208.039 1.007.197 1.007.197 1.132.064

6 meses 829.953 1.142.494 934.650 738.380 1.065.112

6 meses a 1 ano 33.109 45.595 48.809 221.215 62.683

1 ano a 5 anos 18.933 19.950 23.645 27.328 4.269

acima de 5 anos 1.508 - 93 - -

Exposição Total a Vencer 890.318 1.214.819 1.013.610 999.924 1.137.814

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Exposição das operações de crédito por faixa de atraso e por região geográfica

R$ Mil

Operações em atraso por região geográfica Set17

Regiões / Período em atraso 15 e

60 dias 61 e

90 dias 91 e

180 dias 181 e

360 dias acima de 360 dias

TOTAL

Sul 1.519 470 497 4.278 - 6.764

Sudeste 4.259 1.839 5.944 3 - 12.046

Norte 441 660 36 368 - 1.505

Nordeste 937 224 611 - - 1.772

Centro-Oeste 348 77 1 - - 426

Total em atraso 7.504 3.271 7.088 4.648 - 22.512

R$ Mil

Operações em atraso por região geográfica Dez17

Regiões / Período em atraso 15 e

60 dias 61 e

90 dias 91 e

180 dias 181 e

360 dias acima de 360 dias

TOTAL

Sul 2.488 310 95 - - 2.893

Sudeste 1.919 471 4.364 5.721 - 12.475

Norte 137 92 20 2 - 251

Nordeste 709 715 206 599 - 2.229

Centro-Oeste 525 19 - - - 544

Total em atraso 5.778 1.607 4.685 6.322 - 18.392

R$ Mil

Operações em atraso por região geográfica Mar18

Regiões / Período em atraso 15 e

60 dias 61 e

90 dias 91 e

180 dias 181 e

360 dias acima de 360 dias

TOTAL

Sul 1.903

439

756

- -

3.099

Sudeste 2.326 253

142

5.791

-

8.513

Norte 793

91

- - -

884

Nordeste 523

115

348

598

-

1.585

Centro-Oeste 1.046

44

- - -

1.091

Total em atraso 6.592

943

1.247

6.389

-

15.173

Banco Ford S.A. 2018

14

R$ Mil

Operações em atraso por região geográfica Jun18

Regiões / Período em atraso 15 e

60 dias 61 e

90 dias 91 e

180 dias 181 e

360 dias acima de 360 dias

TOTAL

Sul 1.413 162 130 338 - 2.043

Sudeste 2.957 169 59 1.003 - 4.189

Norte 155 20 - - - 175

Nordeste 1.842 470 72 - - 2.384

Centro-Oeste 718 32 - - - 752

Total em atraso 7.086 854 261 5.512 - 9.544

R$ Mil

Operações em atraso por região geográfica Set18

Regiões / Período em atraso 15 e

60 dias 61 e

90 dias 91 e

180 dias 181 e

360 dias acima de 360 dias

TOTAL

Sul 401 96 147 233 - 877

Sudeste 2.110 293 40 65 - 2.508

Norte 90 - - - - 90

Nordeste 230 193 105 - - 528

Centro-Oeste 650 57 - - - 707

Total em atraso 3.481 640 292 298 - 4.710

Nota: Sobre a movimentação no trimestre, ver nota no quadro seguinte ‘Baixas para Prejuízo’.

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa e Baixa para Prejuízo

O Banco Ford segue os critérios de classificação das operações de crédito e regras para constituição

de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) da Resolução 2.682/1999 do Banco

Central. Nos quadros seguintes, a constituição líquida da PCLD e o montante das operações baixadas

para prejuízo no trimestre.

R$ Mil

Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD) Jun17 Set17 Dez17 Mar18 Set18

Saldo Inicial 30.029 36.179 40.171 34.443 24.187

Constituição Líquida da Provisão 6.150 3.992 (5.728) (10.256) 1.014

Saldo de Provisão para Devedores Duvidosos 36.179 40,171 34.443 24.187 25.201

Provisão para Devedores Duvidosos Adicional - - - - -

R$ Mil

Baixas para Prejuízo Set17 Dez17 Mar18 Jun18 Set18

Operações Baixadas para Prejuízo no Trimestre 318 4.822 3.813 4.809 945

Banco Ford S.A. 2018

15

Gestão de Capital

O Banco Central do Brasil, define a Gestão de Capital como o processo contínuo de monitoramento

e controle do capital mantido pela instituição, na avaliação da necessidade de capital para fazer face

aos riscos a que a instituição está sujeita e, no planejamento de metas e necessidades de capital,

considerando os objetivos estratégicos da instituição.

O Banco Ford conta com um processo para avaliar a adequação de seu capital em relação as suas

operações, adotando uma estratégia para a manutenção de capital em margem suficiente ao índice

mínimo exigido pelo Banco Central do Brasil. O capital do Banco é gerenciado através da elaboração

de projeções financeiras e de mercado, considerando os requerimentos mínimos do Patrimônio de

Referência e do Adicional de Capital sobre o RWA (montante dos ativos ponderados pelo risco), para

cobertura de todos os riscos aos quais está sujeito, além das demais exigências legais e regulatórias.

O Banco mantém capital compatível ao resultado destas avaliações, reportado periodicamente à

Diretoria.

Requerimento Mínimo do PR e Ativos Ponderados pelo Risco

As instituições financeiras devem manter patrimônio compatível com os riscos de suas atividades,

conforme definido na Resolução 4.193/2013. O requerimento mínimo do Patrimônio de Referência

(PR) é obtido a partir do montante de ativos ponderados ao risco (RWA - Risk Weighted Assets),

relativo às parcelas de risco de crédito, risco de mercado e risco operacional, a seguir:

RWA= RWACPAD+ RWAMPAD(RWAJURs +RWAACS+RWACOM+RWACAM)+RWAOPAD

Sendo que:

RWACPAD: parcela relativa às exposições ao risco de crédito sujeita ao cálculo do requerimento

de capital mediante abordagem padronizada;

RWAMPAD: parcela relativa às exposições ao risco de mercado sujeita ao cálculo do

requerimento de capital mediante abordagem padronizada;

RWAOPAD: parcela relativa ao cálculo do capital requerido para o risco operacional mediante

abordagem padronizada.

A parcela RWAMPAD consiste no somatório dos seguintes componentes:

RWAJURs: parcela relativa às exposições sujeitas à variação de taxas de juros, cupons de juros

e cupons de preços;

RWAACS: parcela relativa às exposições sujeitas à variação do preço de ações;

RWACOM: parcela relativa às exposições sujeitas à variação dos preços de mercadorias

(commodities);

Risco Operacional Risco de Crédito Risco de Mercado

Banco Ford S.A. 2018

16

RWACAM: parcela relativa às exposições em ouro, em moeda estrangeira e em ativos sujeitos

à variação cambial.

O Banco Central determina que o valor do Patrimônio de Referência não pode ser inferior ao total

de ativos ponderados ao risco (RWA) multiplicados pelo Fator (F), previsto na Resolução

4.193/2013, seguindo a fórmula: Requerimento Mínimo do PR = Fator F x RWA.

Patrimônio de Referência

O Patrimônio de Referência (PR) é a medida de capital regulamentar utilizada para verificar o

cumprimento dos limites operacionais das instituições.

Nos termos da Resolução 4.192/2013, o Patrimônio de Referência (PR) consiste no somatório do

Capital Nível I (capital principal e capital complementar) e do Capital Nível II, apurado conforme a

metodologia prevista nesse instrumento normativo.

O quadro abaixo apresenta o Patrimônio de Referência do Banco Ford, composto pelo Patrimônio

Líquido ajustado pelo Resultado (contas de resultado credoras e devedoras).

As informações da composição do Patrimônio de Referência (PR) e sobre a adequação do PR, no

modelo requerido no Anexo I pela Circular 3.678/2013, constam do Anexo a este Relatório, no site

www.bancoford.com.br, conforme período consultado.

R$ Mil

Patrimônio de Referência Set17 Dez17 Mar18 Jun18 Set18

Capital Social (+) 150.090 150.090 150.090 150.090 150.090

Reservas de Capital, Reavaliação e Lucros (+) 78.084 76.176 76.176 95.154 95.154

Contas de Resultado Credoras (+) 163.025 205.556 42.310 103.998 39.860

Contas de Resultado Devedoras (-) 159.242 207.465 35.256 105.877 33.342

Ajustes Prudenciais - - - - -

Capital Principal 231.957 226.266 233.320 245.244 251.762

Capital Complementar - - - - -

PR Nível I (Principal + Complementar) 231.957 226.266 233.320 245.244 251.762

PR Nível II - - - - -

Patrimônio Referência Nível I e Nível II 231.957 226.266 233.320 245.244 251.762

Alocação de Capital

As instituições devem manter, permanentemente, montantes de PR, de Nível I e de Capital Principal

em valores superiores aos requerimentos mínimos estabelecidos na Resolução 4.193/2013,

conforme cronograma desse normativo.

Banco Ford S.A. 2018

17

Para fins de apuração do Patrimônio de Referência mínimo exigido nos períodos informados nos

quadros seguintes, o Banco Ford considerou as exposições aos riscos inerentes às suas atividades,

relativas às parcelas RWACPAD e RWAOPAD. O Banco Ford não possui operações classificadas na parcela

RWAMPAD. Além do Patrimônio de Referência mínimo requerido sobre o total de ativos ponderados

ao risco e do adicional de capital principal, a instituição mantém Patrimônio de Referência suficiente

para cobertura do montante da exposição ao risco de taxa de juros de operações não classificadas

na carteira de negociação (RBAN), conforme Resolução 4.193/2013 e Circular nº 3.365/2007.

A seguir o detalhamento das parcelas RWACPAD e RWAOPAD, o requerimento mínimo de PR com

adicional de capital principal e o Risco da Carteira “Banking” – RBAN:

R$ Mil Set17 Dez17 Mar18 Jun18 Set18

FPR 20% (Cash, Dealer Credit Line Available) 120 7.162

151 83 130

FPR 50% (Investments) 88.025 80.397

116.308 79.218 55.005

FPR 100% (Receivables, Credit Loss Provision, Deferred Tax Provision for Credit Loss, Other Assets)

991.172 1.259.789

1.112.703 1.074.758 1.238.091

FPR 250% (Deferred Tax Provision for Temporary Differency)

19.296 19.720

20.593 20.888 22.168

Total RWACPAD 1.098.613

1.367.069 1.249.752 1.174.947 1.315.396

R$ Mil Set17 Dez17 Mar18 Jun18 Set18

Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada (Risco Operacional)

63.655

63.655 63.888 63.888

62.042

R$ Mil Set17 Dez17 Mar18 Jun18 Set18

RWA 1.162.268 1.398.722

1.313.645 1.238.836 1.377.438

Requerimento Mínimo do PR com ACPCONSERVAÇÃO

122.038 153.550

137.931 130.077 144.630

RBAN (Risco da Carteira Banking) 165 24

710 3.320 282

O capital mínimo requerido pelo Banco Central e o adicional de capital principal, a parcela RBAN e

máximo de exposição por cliente são mensurados pela área de Risco e aprovados pela Diretoria do

Banco Ford.

Índice de Basileia e Adicional de Capital Principal

Índice de Basileia é um conceito internacional definido pelo Comitê de Basileia que recomenda a

relação mínima de 8% entre o Patrimônio de Referência (PR) e os riscos ponderados conforme

regulamentação em vigor.

Banco Ford S.A. 2018

18

No Brasil, a relação mínima exigida é dada pelo fator “F” aplicado ao montante de ativos ponderados

ao risco (RWA), conforme definido na Resolução 4.193/2013, que inclui requerimentos específicos

de capital principal (4,5%) e de capital Nível I (6%) ao capital regulamentar e prevê um calendário

de convergência do requerimento mínimo de capital e adicional de capital aos padrões

internacionais, na tabela seguinte.

(1) ACPCONTRACÍCLICO foi fixado em 0% na Circular 3.769/2015, percentual mantido nos Comunicados

subsequentes. Considerando todas a exposições do Banco Ford no país, o valor da parcela do

ACPCONTRACÍCLICO da instituição é igual a zero.

(2) Adicional de Importância Sistêmica de Capital Principal condicionado ao resultado do cálculo

definido na Circular 3.768/2015. Valor requerido de ACPSistemico do Banco Ford no ano igual a

zero.

O capital do Banco Ford é composto integralmente por capital principal, de maior qualidade, que

supre o capital complementar de Nível 1 e capital Nível 2, e faz o índice de Basileia atual. No quadro

seguinte são informados os índices de capital:

Índices Set17 Dez17 Mar18 Jun18 Set18

Índice de Basileia (IB=PR/RWA) 20% 15% 18% 20% 19%

Índice Nível 1 (IN1=Nível1/RWA) 20% 15% 18% 20% 19%

Índice Capital Principal (ICP=CP/RWA) 20% 15% 18% 20% 19%

Limites de Capital da Resolução 4.193/2013

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Capital Próprio 4,500% 4,500% 4,500% 4,500% 4,500% 4,500% 4,500%

Capital Nível I (∑ Principal e Complementar)

5,500% 5,500% 6,000% 6,000% 6,000% 6,000% 6,000%

Requerimento Mínimo de PR (F) 11,000% 11,000% 11,000% 9,875% 9,250% 8,625% 8,000%

ACPCONSERVAÇÃO -- -- -- 0,625% 1,250% 1,875% 2,500%

Limite Mínimo de Capital com ACP 11,000% 11,000% 11,000% 10,500% 10,500% 10,500% 10,500%

ACPCONTRACÍCLICO (1) -- -- -- 0,625% 1,250% 1,875% 2,500%

ACPSISTÊMICO (2) -- -- -- 0,000% 0,500% 1,000% 2,000%

Limite Máximo de Capital com ACP 11,000% 11,000% 11,000% 11,125% 12,250% 13,375% 15,000%

Banco Ford S.A. 2018

19

Suficiência e Adequação do Patrimônio de Referência

A análise de suficiência e adequação do Patrimônio de Referência pelas instituições visa assegurar

que o nível de capital mantido contemple todos os riscos materiais da instituição, os quais possam

impactar sua capacidade de solvência.

R$ Mil

Suficiência do Capital Atual Set17 Dez17 Mar18 Jun18 Set18

Patrimônio de Referência 231.957 226.266 233. 320 245.244 251.762

Requerimento Mínimo de PR 107.510 135.270 113.301 106.849 118.804

Margem / (Insuficiência) 124.447 90.996 120.019 138.395 132.358

Requerimento Mínimo de PR incluindo RBAN 107.674 135.294 114.012 110.170 119.087

Margem / (Insuficiência) incluindo RBAN 124.282 90.971 119.308 135.074 132.675

Adicional de Conservação de Capital Principal 14.528 18.279 24.630 23.228 25.826

Margem / (Insuficiência) sobre o ACP 109.754 72.692 94.678 111.846 106.848

A margem do requerimento mínimo do Patrimônio de Referência com RBAN, no montante de R$ 119

milhões, supera o adicional de capital principal mínimo requerido para o RWA (ACPCONSERVAÇÃO)

apurado no valor de R$ 25.8 milhões.

A solvência do Banco Ford permanece estável, com capital em patamar superior ao mínimo

regulamentar no ano de 2018. A tendência de menor ritmo de crescimento do crédito no país é

projetada no capital do Banco Ford, que mantém índices de capitalização acima dos regulatórios,

para apoiar suas operações e atender ao comprometimento do seu patrimônio para fazer frente ao

limite máximo de exposição por cliente.

Em seu plano de negócios, o Banco Ford apresenta elevada solvência, com índices de capitalização

adequados seguindo a plena implementação de Basileia III em 2019, considerando que seu índice

de capital principal isoladamente supera os demais (capital complementar e nível II).

Razão de Alavancagem

A Razão de Alavancagem (RA) é um índice recomendado pelo Comitê de Basileia e regulamentado

no Brasil pelo Banco Central através da Circular nº 3.748/2015, sem referência ao limite mínimo de

3% previsto no documento do BIS (http://www.bis.org/publ/bcbs270.htm).

A Razão de Alavancagem é medida pela relação entre o Capital Nível I e o valor nominal total dos

ativos da instituição no balanço e itens fora do balanço ponderados ao risco (linha de crédito

concedida e não utilizada).

O Banco Ford apurou uma Razão de Alavancagem de 20% em março de 2018, cálculo apresentado

no quadro seguinte, consoante modelo requerido pelo Banco Central no Anexo II da Circular nº

3.748:

Banco Ford S.A. 2018

20

Razão de Alavancagem Set-2017 Dez-2017 Mar-2018 Jun-2018 Set-2018

Núm

Linha Item

Valor (R$ mil)

Valor (R$ mil)

Valor (R$ mil)

Valor (R$ mil)

Valor (R$ mil)

Itens contabilizados no Balanço Patrimonial (BP)

1

Itens patrimoniais, exceto instrumentos financeiros derivativos, títulos e valores mobiliários recebidos por empréstimo e revenda a liquidar em operações compromissadas

1.149.971 1.484.750 1.319.784 1.220.712 1.336.683

2 Ajustes relativos aos elementos patrimoniais deduzidos na apuração do Nível I

- - - -

3 Total das exposições contabilizadas no BP 1.149.971 1.484.750 1.319.784 1.220.712

1.336.683

Operações com Instrumentos Financeiros Derivativos

4 Valor de reposição em operações com derivativos

- - - -

5 Ganho potencial futuro decorrente de operações com derivativos

- - - -

6 Ajuste relativo à garantia prestada em operações com derivativos

- - -

7 Ajuste relativo à margem de garantia diária prestada

- - - -

8

Derivativos em nome de clientes em que não há obrigatoriedade contratual de reembolso em função de falência ou inadimplemento das entidades responsáveis pelo sistema de liquidação

- - - -

9 Valor de referência ajustado em derivativos de crédito

- - - -

10 Ajuste sob o valor de referência ajustado em derivativos de crédito

- - - -

11 Total das exposições relativas a operações com instrumentos financeiros derivativos

- - - -

Operações Compromissadas e de Empréstimo de Títulos e Valores Mobiliários (TVM)

12 Aplicações em operações compromissadas e de empréstimo de TVM

- - - -

13 Ajuste relativo a recompras a liquidar e credores por empréstimo de TVM

- - - -

14 Valor relativo ao risco de crédito da contraparte - - - -

15 Valor relativo ao risco de crédito da contraparte em operações de intermediação

- - - -

16

Total das exposições relativas a operações compromissadas e de empréstimo de títulos e valores mobiliários (soma das linhas 12 a 15)

- - - -

Itens não contabilizados no Balanço Patrimonial (BP)

Banco Ford S.A. 2018

21

Razão de Alavancagem Set-2017 Dez-2017 Mar-2018 Jun-2018 Set-2018

Núm

Linha Item

Valor (R$ mil)

Valor (R$ mil)

Valor (R$ mil)

Valor (R$ mil)

Valor (R$ mil)

17 Valor de referência das operações não contabilizadas no BP

229.098 158.267 217.417 210.471

209.857

18 Ajuste relativo à aplicação de FCC específico às operações não contabilizadas no BP

(183.279) (126.613) (173.934) (168.376) (167.886)

19 Total das exposições não contabilizadas no Balanço Patrimonial

45.820 31.653 43.483 42.094 41.971

Capital e Exposição Total

20 Nível I 231.957 226.266 233.320 245.244 251.762

21 Exposição Total 1.195.791 1.516.403 1.363.269 1.220.712 1.336.683

Razão de Alavancagem (RA)

22 Razão de Alavancagem de Basileia III. 19,4% 14,92% 17,11% 19,40% 18,28%

Disposições Finais

As informações deste relatório devem ser confrontadas com as Demonstrações Financeiras e

Balancetes divulgados no site do Banco Ford.

As informações da composição do Patrimônio de Referência (PR) e sobre a adequação do PR, no

modelo requerido no Anexo I pela Circular 3.678/2013, constam do Anexo a este Relatório, no site

www.bancoford.com.br, conforme período consultado.

De forma a garantir o atendimento da Resolução 4.193/2013 e da Circular 3.678/2013 do Banco

Central, e em aderência aos demais dispositivos regulamentares vigentes, o Banco Ford estabelece

de forma clara e objetiva a política de divulgação de informações.

A Diretoria do Banco Ford é responsável pela implementação da política e pela divulgação das

informações a ela relacionadas, de gestão de riscos, à apuração do montante RWA e à adequação

do PR.

A política de divulgação de informações inclui a especificação das informações a serem divulgadas;

o sistema de controles internos aplicados ao processo de divulgação de informações; o

estabelecimento de processo contínuo de confirmação da fidedignidade das informações divulgadas

e da adequação de seu conteúdo; e os critérios de relevância utilizados para divulgação de

informações, com base nas necessidades de usuários externos para fins de decisões de natureza

econômica.

Outras informações sobre gerenciamento de riscos no site www.bancoford.com.br.