Relatorio de ep

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Flávio Filipe Eugénio Dombo Estágio Pedagógico Licenciatura em Ensino de Informática Universidade Pedagógica Nampula 2013

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Relatório de Estágio Pedagógico na disciplina de TICs, Escola Secundária de Nampula

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Flávio Filipe Eugénio Dombo

Estágio Pedagógico

Licenciatura em Ensino de Informática

Universidade Pedagógica

Nampula

2013

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Flávio Filipe Eugénio Dombo

Estágio Pedagógico

Docente:

Mestre: Geraldo Nhadumbuque

Universidade Pedagógica

Nampula

2013

Relatório de Estágio Pedagógico a ser

entregue a Escola Superior Técnica

(ESTEC), Curso de Ensino de

Informática.

4º Ano.

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iii

ÍNDICE

AGRADECIMENTOS ........................................................................................................... v

DEDICATÓRIA .................................................................................................................... v

DECLARAÇÃO DE HONRA ............................................................................................. vii

LISTA DE ABREVIATURAS ............................................................................................ viii

RESUMO ............................................................................................................................. ix

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 10

CAPITULO I ....................................................................................................................... 11

1. Contextualização do Estágio Pedagógico ...................................................................... 11

1.2. Relatório de Estágio Pedagógico ............................................................................ 11

1.3. Objectivos.............................................................................................................. 11

1.3.1. Objectivos Gerais ........................................................................................... 12

1.3.2. Objectivos específicos .................................................................................... 12

1.4. Metodologias............................................................................................................. 13

1.4.1. Pré – observação ................................................................................................ 14

1.5. Importância do Estágio Pedagógico para o Curso de Ensino de Informática............... 14

1.6. Fases do Estágio Pedagógico ..................................................................................... 14

1.6.1. 1ª Fase do Estágio Pedagógico ........................................................................... 14

1.6.2. 2ª Fase do Estágio Pedagógico ........................................................................... 15

CAPITULO II ...................................................................................................................... 16

2. Breve historial da Escola Secundária de Nampula ........................................................ 16

2.2. Localização geográfica da Escola Secundária de Nampula ........................................ 16

2.3. Cronologia da Escola ................................................................................................. 16

2.4. Características da escola ............................................................................................ 17

2.4.1. Aspectos organizacionais da escola ................................................................. 18

2.4.2. Organograma funcional da escola ................................................................... 19

2.5. Documentos existentes .............................................................................................. 20

2.6. Funcionamento do horário da disciplina de TICS....................................................... 20

2.7. Características das salas de aulas de TICs .................................................................. 20

2.7.1. Pessoal docente de TICs ..................................................................................... 21

2.7.2. Material Didáctico .............................................................................................. 21

2.7.3. Gestão de Espaço e Tempo ................................................................................. 21

2.8. Métodos utilizados na Sala de Aulas .......................................................................... 21

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2.8.1. Linguagem Usada ............................................................................................... 22

2.8.2. Relação Professora – Aluno ................................................................................ 22

2.8.3. Relação Aluno – Aluno ...................................................................................... 23

CAPITULO III .................................................................................................................... 24

3.1. Dificuldades .................................................................................................................. 24

3.2. Reflexão Crítica ............................................................................................................ 25

3.3. Recomendações ............................................................................................................. 26

CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 27

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................. 28

ANEXOS ............................................................................................................................. 29

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v

AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus, pela saúde, forca, protecção e pela inspiração que me

tem dado no percurso académico.

Especial agradecimento aos meus colegas do grupo de estágio pedagógico que me ajudaram a

reflectir sobre certos assuntos abordados no relatório e com eles pude perceber o ganho de

alguma maturidade, a direcção e aos professores de TICs da Escola Secundaria de Nampula

que receberam de mãos abertas o grupo de estagiários e deram todas directrizes para o tal.

Finalmente um profundo agradecimento a minha família mãe e irmãos, amigos, namorada

que, consentindo a minha ausência em alguns momentos souberam compreender-me e sempre

me deram força e continuam dando para o meu progresso académico. E agradeço a todos que

contribuíram directa ou indirectamente para a finalização do presente relatório.

“Não são as técnicas, mas sim a conjugação de

homem e ferramenta, que transforma a

sociedade”

[Paulo Freire]

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DEDICATÓRIA

A minha família, em particular a minha mãe, a memória do meu pai João Eugénio Dombo que

sempre incentivou e reuniu condições para formação académica e intelectual dos seus filhos,

mesmo com o seu desaparecimento físico, creio que a sua alma, o seu coração e o seu espírito

torcem para tornar em realidade os sonhos dos seus filhos. Também dedico aos meus irmãos

Bessta Dombo, Eugénio Dombo, Manuel Leal Dombo que me tem dado muito amor,

confiança e respeito isto que torna fruto da minha felicidade e empenho na vida académica e

profissional.

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vii

DECLARAÇÃO DE HONRA

Eu, Flávio Filipe Eugénio Dombo, declaro por minha honra que o presente Relatório de

Estágio Pedagógico é exclusivamente de minha autoria, não constituindo cópia de nenhum

trabalho realizado anteriormente e as fontes usadas para a realização do trabalho encontram-se

referidas na bibliografia.

_______________________________________

(Flávio Filipe Eugénio Dombo)

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viii

LISTA DE ABREVIATURAS

ESTEC – Escola Superior Técnica

MINED – Ministério da Educação

PEA – Processo de Ensino e Aprendizagem

TICs – Tecnologias de Informação e Comunicação

UP – Universidade Pedagógica

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ix

RESUMO

Com o estágio pedagógico pretende-se criar capacidades de planificar e organizar diferentes e

complexas situações do ensino e aprendizagem., trabalho em equipa, desenvolvimento de

acções de pesquisa, colaboração na formulação do projecto da escola e também transmissão

de valores cívicos e morais a partir das suas próprias atitudes.

É importante salientar que o estágio pedagógico sendo uma cadeira específica de cada curso

relacionado ao ensino, é imperioso que seja interligado à disciplina relacionada directamente

com o curso que o estudante frequenta, e, este não fugiu dessa perspectiva.

O estágio foi feito especificamente na Escola Secundaria de Nampula, disciplina de TICs

(Tecnologias de Informação e Comunicação) 12ª classe, consistiu em assistência de algumas

aulas dadas pelos professores actuais de TICs da Escola e colegas estagiários e a leccionação

do estudante, visto que o autor é estudante de Ensino de Informática da Universidade

Pedagógica, futuro profissional de TICs na Educação especificamente.

PALAVRAS-CHAVES:

Estágio Pedagógico, TICs, PEA.

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INTRODUÇÃO

A complexidade da comunidade escolar conduz de certa maneira a um acompanhamento

atencioso, para isso é preciso desenhar uma estratégia metodológica, possuir um espírito de

tolerância, paciência e sobretudo saber escutar até que ponto os intervenientes do processo

educativo se relacionam com o ambiente em que estão envolvidos.

O desenvolvimento de diferentes competências deverá ser aposta fundamental de uma escola

moderna e multifacetada e todos os agentes do processo educativo tem um papel activo

interventivo e, ao mesmo tempo, efectuar um percurso de forma sólida, consistente. O

objectivo principal da educação é de enquadrar o indivíduo na sociedade, socialmente ou

culturalmente, para que o aluno não exalte os parâmetros.

Para o alcance de um dos objectivos da Universidade Pedagógica que é a formação de

profissionais na área de educação com nível de conhecimento qualificado, credível e de alta

competência, é necessário que o estudante futuro profissional da educação põe em prática os

conhecimentos adquiridos ao longo da sua formação bem como exercitar a sua futura

profissão através de um estágio pedagógico que consiste no contacto directo do estudante com

a escola, sala de aulas e os alunos.

Com o estágio pedagógico pretende-se criar capacidades de planificar e organizar diferentes e

complexas situações do ensino e aprendizagem., trabalho em equipa, desenvolvimento de

acções de pesquisa, colaboração na formulação do projecto da escola e também transmissão

de valores cívicos e morais a partir das suas próprias atitudes.

É importante salientar que o estágio pedagógico sendo uma cadeira específica de cada curso

relacionado ao ensino, é imperioso que seja interligado à disciplina relacionada directamente

com o curso que o estudante frequenta, e, este não fugiu dessa perspectiva.

O estágio foi feito especificamente na Escola Secundaria de Nampula, disciplina de TICs

(Tecnologias de Informação e Comunicação) 12ª classe, consistiu em assistência de algumas

aulas dadas pelos professores actuais de TICs da Escola e colegas estagiários e a leccionação

do estudante, visto que o autor é estudante de Ensino de Informática da Universidade

Pedagógica, futuro profissional de TICs na Educação especificamente.

Pois, este relatório, focaliza aquilo que foram as actividades que o estudante teve no campo,

as dificuldades, constatações, críticas e sugestões que o autor deixa para o melhoramento do

PEA (processo de ensino e aprendizagem) na disciplina de TICs em particular na Escola

Secundaria de Nampula.

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CAPITULO I

1. Contextualização do Estágio Pedagógico

O Estágio Pedagógico é compreendido como o processo de vivência prática-pedagógica de

dada realidade, onde o estudante, futuro professor, põe em prática os conhecimentos

adquiridos ao longo da sua formação bem como exercita a sua futura profissão.

Para TEMOTEO (2003: 2) No estágio pedagógico “São efectuadas actividades curriculares

que visam colocar em acção a teoria e a pratica, na perspectiva de garantir o controlo

experimental, com situações psico-pedagógicas e didácticas concretas, contribuindo para

uma preparação de forma gradual de um estudante para a vida profissional”.

O estágio pedagógico é parte integrante na formação dos professores, são actividades práticas

que tem como finalidade, desenvolver capacidades e habilidades no futuro professor, de modo

a encontrar soluções precisas sobre como agir profissionalmente em diferentes ambientes de

ensino – aprendizagem.

Sabe se de antemão que, o êxito da educação é tanto maior quando maior for o peso das

teorias cientificas nas quais se inspira a prática educacional, dai que se designa uma esfera

conceptual formalizada de alto grau organizacional em relação a vida pratica. (c/f. UP: 2004)

1.2. Relatório de Estágio Pedagógico

O relatório de estágio pedagógico consiste na elaboração de um documento que resume toda

situação vivida no campo, as observações, práticas, criticas e sugestões para o melhoramento

das actividades e estratégias de implementação para a respectiva disciplina na escola.

1.3. Objectivos

Para LIBÂNEO (1994: 119), objectivos são pontos de partida que antecipam os resultados e

processos esperados do trabalho conjunto do professor e dos alunos, esperando

conhecimentos, habilidades e hábitos (conteúdos) a serem assistidos de acordo com as

exigências metodológicas (nível de preparo dos alunos, peculiaridade das matérias de ensino

e características do PEA).

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1.3.1. Objectivos Gerais

Segundo PILETE (1991; 81), “São proposições gerais, mudanças comportamentais

desejadas.

O Estágio Pedagógico tem como objectivos gerais;

Desenvolver conhecimentos, habilidades, competências organizacionais, pedagógicas

e profissionais gerais bem como atitudes no estudante, futuro professor, no domínio do

processo de ensino e aprendizagem da disciplina específica;

Conhecer, para determinada disciplina, os conteúdos a serem ensinados e a sua

tradução em objectivos de aprendizagem;

Implementar o processo de ensino-aprendizagem de forma criativa e interessante de

acordo com as condições reais da escola;

Trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem;

Trabalhar a partir das representações dos alunos;

Utilizar de forma adequada as técnicas e instrumentos de observação e avaliação

Reflectir, auto-avaliar e reformular o processo desenvolvido, sempre que necessário;

tem como objectivo geral desenvolver competências, capacidades, habilidade e atitude

no estudante, futuro professor, no domínio do PEA através da leccionação autónomo

da disciplina específica do curso.

1.3.2. Objectivos específicos

Para LIBÂNEO (1994: 126), objectivos específicos “particularizam a compreensão das

relações entre a escola e a sociedade, especialmente do papel da matéria de ensino”.

Planificar e organizar as complexas situações do ensino aprendizagem;

Implementar o processo de Ensino-Aprendizagem de uma forma criativa e interessante

de acordo com as necessidades reais da escola;

Reflectir, auto-avaliar e reformular o processo de Ensino-Aprendizagem

desenvolvendo sempre que for necessário;

Utilizar de forma adequada as técnicas e os instrumentos de observação de aulas;

Utilizar de forma adequada as técnicas e os instrumentos de avaliação;

Fazer estudo dos documentos básicos que orientam as actividades escolares;

Pesquisar a realidade educativa para nela saber intervir;

Utilizar adequadamente as técnicas e os instrumentos de observação.

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1.4. Metodologias

“É o conjunto de métodos e técnicas utilizadas para a realização de uma pesquisa”,

FINDLAY, COSTA e GUEDES (2006: 17).

O presente relatório faz a reflexão da realidade que se vive na Escola Secundária de Nampula,

seus aspectos físicos, sua área administrativa, organizacional, pedagógica bem como a

docência das aulas de TICs e que para a recolha dos dados foram usados os métodos de

observação, questionário e a entrevista formal há alguns membros responsáveis para da

disciplina de TICs da Escola Secundaria de Nampula.

No entanto, a informática só poderá contribuir para a melhoria da qualidade de ensino se vier

acompanhada de um projecto pedagógico com uma gestão participativa para que haja

interacção e resgate da intencionalidade da prática pedagógica e compromisso das partes

envolvidas no processo educacional.

Observação – “é uma técnica de compilação de dados que geralmente nos permite

estabelecer o contacto directo de um fato”. (LAKATOS & MARCONI, 2002:88).

O autor acolheu a observação para permitir pesquisar, analisar, descobrir e adquirir os

resultados que puderam orienta-lo à prática.

A técnica de observação tem a importância de permitir o contacto directo do estagiário com o

meio físico, sociocultural, não só, mas também desenvolve nos estudantes um conjunto

referenciado de capacidades na produção de conhecimentos baseando na realidade e no dia-a-

dia dos mesmos.

Questionário - é um instrumento de compilação dos dados compostos por um jogo ordenado

de perguntas escritas e que devem ser respondidas por escrita.

O autor usou esta técnica de compilação de dados para adquirir as respostas apropriadas ao

seu interesse.

Entrevista –“ é o diálogo entre duas ou mais pessoas, constituído por perguntas e respostas

com finalidade de adquirir informações com a uma meta de natureza profissional”.

(LAKATOS, 2002:94).

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1.4.1. Pré – observação

No começo o autor verificou que a sala de Informática da Escola Secundaria de Nampula esta

desagrada e não possui nem um computador em funcionamento, e em prol disso surgiu uma

questão ao professor delegado da disciplina de TICs da escola, como as aulas eram

leccionadas e ele disse que eram dadas de forma teórica e os alunos não tinham contacto com

máquinas físicas, isto é, não usufruíam da componente prática do ensino da disciplina de

TICs. Ainda mais, o professor salientou usar o quadro preto para a leccionação das aulas e

explicações teóricas com alguns exemplos de experiencias vividas pelo professor. Na Escola

Secundaria de Nampula a disciplina de TICs só é leccionada na 11ª e 12ª classe.

1.5. Importância do Estágio Pedagógico para o Curso de Ensino de Informática

Uma vez que o estudante de ensino de informática está a se preparar para ser um futuro

profissional da educação, é necessário que ele entre em contacto com as escolas de modo a

conhecer a realidade das mesmas e adquirir competências para organizar, planificar situações

complexas do PEA, saber transmitir valores morais e cívicos a partir das suas próprias

atitudes e também colaborar na formulação de projectos escolares.

O Estágio Pedagógico para além de dar uma luz verde de como se processa a aprendizagem

nos alunos, o papel das interacções sociais, da comunidade e da argumentação, de acção e de

reflexão, bem como nos aspectos efectivos e culturais envolvidas na construção do

conhecimento, também farão com que o futuro professor conheça, as finalidades, objectivos e

orientações curriculares, de modo a seleccionar no futuro tarefas adequadas para uma melhor

aprendizagem, recorrer aos materiais e as formas de representação mais indicadas, gerir o

tempo e os recursos disponíveis, de modo a contribuir para a melhoria do ensino das TICs em

Moçambique em termos quantitativos e qualitativos.

1.6. Fases do Estágio Pedagógico

O estágio pedagógico foi marcado somente por duas fases bem notáveis, com a participação

indispensável dos estudantes e do docente orientador da mesma cadeira.

1.6.1. 1ª Fase do Estágio Pedagógico

A 1ª fase consistiu nas aulas normais da cadeira Estágio Pedagógico na sala, da turma de

curso de informática, na Universidade pedagógica de Nampula campus de Napipine, onde se

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abordaram todos conteúdos que constam no plano de ensino, foi onde foram instruídos os

estudantes como iriam realizar os seus trabalhos.

1.6.2. 2ª Fase do Estágio Pedagógico

A segunda fase foi aquela que complementou o trabalho, realizando-se os trabalhos

recomendados no terreno, no caso deste, retracta sobre a realidade da instituição educacional

que se encontra localizada na cidade de Nampula concretamente Escola Secundária de

Nampula, onde o autor durante um certo período de tempo esteve a trabalhar no sentido de

recolher os dados essenciais, na assistência das aulas e leccionação.

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CAPITULO II

2. Breve historial da Escola Secundária de Nampula

A escola Secundária de Nampula foi fundada em 1962 com o nome de Liceu Almerante Gago

Coutinho que começou a funcionar na Escola Primaria Dona Filipa de Lencastre, actualmente

Escola Primaria Completa 07 de Abril. Em 1964, a escola foi transferida para as actuais

instalações. Em 1964, a escola funcionou como centro preparatório feminina anexa ao liceu,

enquanto a escola preparatória masculina estava anexa a Escola Industrial e Comercial Newtel

de Abreu actual 3 de Fevereiro.

2.2. Localização geográfica da Escola Secundária de Nampula

A Escola Secundária de Nampula localiza-se na zona Urbana da cidade de Nampula no bairro

de Belenenses, entre a avenida Eduardo Mondlane e a rua dos continuadores numero 1026.

Apresentando os seguintes limites:

Norte: Campo 25 de Setembro;

Sul: Mesquita Issufo;

Este: Prédio Lopes

Oeste: Instituto Industrial e Comercial 3 de Fevereiro.

A escola está situada na zona muito movimentada o que constitui por um lado perigo para os

estudantes que frequentam aquela escola e por outro lado há um benefício dos alunos que

vivem muito distante da escola porque ali passa muitos transportes semi-colectivos que

obviamente possam aproveitar para chegar cedo a escola, e em condições normais a escola

deveria estar numa área muito calma para que o ensino – aprendizagem ocorra com

tranquilidade.

2.3. Cronologia da Escola

Nº Ano Nome

01 1962-1969 Arlindo dos Santos

02 1970-1973 Professor José Miguel da Fonseca Morgado

03 1974 Adelino Gaspar e Fernando Teixeira

04 1975 António Ribeiro dos Santos

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05 1976-1979 A Escola foi dirigida por uma Comissão directiva

06 1976 Comissão Directiva chefiada por Isabel Casimiro

07 1977-1978 Comissão Directiva chefiada por António de Oliveira Pita

08 1979 Comissão Directiva chefiada por Rafael da Conceição

09 1980-2007 A escola passou a ser dirigida por directores

10 1980-1981 Benedito Raúl de Sousa

11 1982- Valério Zacarias Matete

12 1982 Norberto Munacilaro

13 1983 Rafael Lúcas Macheue

14 1984-1985 José Manuel Nunes da Cruz

15 1986-1987 Manuel João Gabriel

16 1988-1992 Mussa Momade

17 1994-1995 Pedro Fernandes Tauelia

18 1995-1996 Januário Bernardo

19 1996-1998 Assane Ussene

20 1998-2005 Mário Fernandes da Costa Marino

21 2005-2010 João da Silva Nqueca

22 2011 Judith Emília Mussácula

2.4. Características da escola

A escola Secundária de Nampula, é a maior instituição do ensino secundário da cidade de

Nampula, vedada na parte frontal por um quintal a meia altura e gradeado e o resto das

paredes de vedação são altas. No interior do quintal tem dois edifícios com dois pisos cada e é

aqui onde estão as salas de aulas, um edifício onde estão: secretaria, sala dos professores,

gabinete do director, gabinete administrativo e um compartimento para o pedagógico. Em

anexo está um edifício denominado por comboio com 07 salas de aulas.

A escola tem um bloco com uma cantina que esta anexada ao ginásio, tem também um campo

de futebol 11, de basquetebol, andebol e um lar para acolher as alunas que vem de fora da

cidade de Nampula.

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2.4.1. Aspectos organizacionais da escola

Segundo MONTANA (2003: 70), a organização “é o processo de reunir recursos físicos e

humanos essenciais a execução dos objectivos de uma empresa”.

A Escola Secundária de Nampula está organizada da seguinte maneira:

Da direcção da escola

Director da escola;

Director adjunto pedagógico;

Director adjunto administrativo/chefe da secretaria

No exercício das funções a direcção da escola conta com o apoio dos seguintes colaboradores:

a) Delegados das disciplinas;

b) Directores de classes;

c) Directores de turmas.

Para além desta direcção existe o órgão máximo da escola que é o conselho da escola que tem

como tarefa, ajustar as directrizes e metas estabelecidas a nível central e local, a realidade da

escola e garante uma gestão democrática e transparente e a sua constituição é:

O presidente do conselho da escola;

O director da escola;

O colectivo dos professores;

O chefe do clube escolar;

Um chefe de turma por ciclo (em representação dos alunos);

Conselho de pais;

Representante da comunidade;

Chefe da secretaria (em representação do pessoal administrativo).

Este órgão é responsável em resolver vários problemas inerentes a escola e algumas inovações

que a mesma pretende realizar.

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2.4.2. Organograma funcional da escola

Director da Escola – Judith Emília Mussácula

Delegado da disciplina de TICs – Alcides António Maricane

Director da Escola

Chefe da Secretaria

Adjunto Pedagógico

Conselho da Escola

Delegados de Disciplina

Director de Classe

Director de Di]=\sciplina

Professores

Alunos

Chefe de Turma

Chefe dos Grupos

Organograma funcional da Escola Secundaria de Nampula

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2.5. Documentos existentes

Plano de dosificação trimestral/quinzenal;

Planos de Aulas e as respectivas aulas dadas.

(ver anexos)

2.6. Funcionamento do horário da disciplina de TICS

Os horários estão disponíveis em anexo.

2.7. Características das salas de aulas de TICs

Segundo PIMENTA (1991: 156), “a sala de aula é um espaço social de organização do

processo de ensino, é o lugar de aprendizagem, da construção do conhecimento partilhado”.

De acordo com o autor, entende-se que é necessário que o professor entenda a sala de aula

como espaço em que se realiza a introdução directa com os seus alunos e ambos

intervenientes, transportam aquele espaço os seus conhecimentos e experiencias vivenciais dai

que deve ser um espaço de óptimas condições higiénicas e que os professores transmitam

também as formas de conservação e manter sempre limpas. (c/f. MINED).

A sala de informática de momento não contém nenhum computador, simplesmente as mesas

para fixação deles, justifica-se que por motivos de avarias graves de todos computadores

contratou-se um técnico de fora que acabou por não conseguir resolver o problema e por

consequência a sala está totalmente desequipada.

“A sala deve ter decoração alegre, cartazes, ilustrações, fotos, painéis, objectos, etc, lousa e

painel baixo, piso limpo, material para ser manuseado, armários e prateleiras, numa altura

em que as crianças alcancem”. PILETTI (1991: 244).

A disciplina de TICs é leccionada na 11ª e 12ª classe e como a sala de Informática é única e

escassa de recursos, e existindo apenas dois professores para a leccionação da mesma,

improvisou-se uma sala para as aulas de TICs como alternativa, mas, também escassa de

recursos. Pois, a própria sala de informática são dadas aulas as turmas da 11ª classe e a sala

improvisada as turmas das 12ª classe.

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2.7.1. Pessoal docente de TICs

A escola Secundária de Nampula tem um total de 2 professores de TICs entre os quais 1

homem e 1 mulher.

2.7.2. Material Didáctico

“Material didáctico deve ser uma técnica de motivação de todas aulas, em que o professor

procura ilustrar e concretizar os assuntos através de algo mais que palavras e recomenda o

uso intensivo do quadro”. NERICI (1999: 84).

Com ajuda da ideia do autor, material didáctico é todo material que ajuda o professor e o

aluno no PEA. O conteúdo da aula é que determina o material didáctico a ser utilizado, o que

quer dizer que o material didáctico visto em utilização durante a exploração da aula, o

material didáctico sempre foi o livro de TICs, o quadro, giz e todo material proveniente do

aluno.

2.7.3. Gestão de Espaço e Tempo

“O espaço pedagógico é simultaneamente o lugar físico onde se procede a transmissão

intencional do saber e a estrutura de origem cultural que suporta e organiza a relação

pedagógica”. ESTRELA (2002: 42).

O espaço concernente a sal de aulas onde se fez a assistência no âmbito do EP, é suficiente

para a circulação do professor na leccionação das aulas, pois a sala é bem organizada.

Viu-se que o tempo predefinido era de (90’) referente à duas aulas.

Tempo suficiente para a execução de uma aula, tendo em conta os objectivos nela

pretendidos, uma vez que os objectivos antecipam resultados esperados em todas as

actividades humanas e no conjunto do trabalho do professor e dos alunos, expressando

conhecimentos, habilidades e hábitos (conteúdos) a serem assimilados de acordo com as

exigências metodológicas (nível de preparação prévio dos alunos, peculiaridade das

materiais de ensino e características do processo e ensino aprendizagem”. LIBANEO (1999:

19).

2.8. Métodos utilizados na Sala de Aulas

É necessário o professor domine o método e a técnica que vai empregar em sua sala de aula.

Antigamente o método que era mais implementado, era o método expositivo porque o aluno

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era um simples receptor de conhecimentos e o professor era considerado detentor do

conhecimento, assim os alunos não progrediam positivamente, eram limitados aos

conhecimentos e habilidades das Praticas de Exercícios. “Os conhecimentos, habilidades e

tarefas são apresentados, explicados ou demonstrados pelo professor. A actividade dos

alunos é receptiva”. LIBANEO (1994: 161).

Mas, este método tem uma grande desvantagem segundo Libaneo, aponta que sobretudo a

passividade dos alunos, o que quer dizer que é um mero receptivo passivo. Para o nível

assistido as aulas. O professor tinha obrigação de utilizar o método de elaboração conjunta,

isto porque este método obriga o aluno a participar activamente nas aulas, a desenvolver suas

habilidades e inteligência.

“Pela utilização do método activo que, coloca o aluno no centro da acção didáctica,

contribui para construção progressiva e durável, de conceitos gerais e actividades próprias

da inteligência activa”. PROENÇA 91992: 96).

Para NEVES e GRAÇA (1987: 64-65), “a estratégia no ensino aparece com significado de:

Plano concebido pelo professor para, em relação a um dado conteúdo, atingir determinados

objectivos, numa situação pedagógica específica e real”.

2.8.1. Linguagem Usada

O professor tem maior cuidado e com base de sustentabilidade em relação a interpretação dos

conteúdos tratados utilizando formas adequadas para aquele nível. Ainda com de outros

manuais e sites que permitem a explicação adequada e compreensão de termos técnicos que

os alunos não entendem. Abordagem de conteúdos directa e precisa e explicativa

2.8.2. Relação Professora – Aluno

Quanto a relação entre o professor e os seus alunos na sala de aulas, é aberta, na medida em

que o professor perguntava se entenderam a sua mediação, os rapazes e meia parte das

meninas é que respondiam, mas o professor dava oportunidades aos alunos exporem os seus

pensamentos ou ideias relacionadas ao assunto em debate. Daí que os alunos sentiam-se livres

e participavam as aulas activamente.

Para ultrapassar este cenário é preciso ter em conta os aspectos cognitivos e sócio-emocionais.

O aspecto cognitivo da interacção, o professor não apenas transmite uma informação ou faz

perguntas mas também, ouve as opiniões dos alunos.

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23

Para atingir satisfatoriamente uma boa interacção, no aspecto cognitivo, é preciso ter em

conta: “o manejo dos recursos de língua, falar com simplicidade sobre temas complexos,

conhecer bem o nível de conhecimento dos alunos, ter um bom plano de aulas e objectivos

claros, explicar os alunos o que se espera deles em relação a assimilação da matéria.”

LIBANEO (1994: 249).

2.8.3. Relação Aluno – Aluno

As relações estão mais baseadas nas afinidades fazendo com que as mesmas sejam pouco

restritas.

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CAPITULO III

3.1. Dificuldades

No decorrer das actividades do Estágio Pedagógico, o autor e o grupo de estagiários foram

sujeitos a enormes dificuldades, que de alguma forma marcam a carreira estudantil.

A maior dificuldade encontrada foi pelo facto do estágio estar programado para um

determinado tempo e não ter iniciado no devido momento, isto que, obrigou ao autor e ao

grupo a acelerarem o sua actividade de estágio que de alguma forma, por consequência não se

cumpriu com o período estipulado para o mesmo.

Por sua vez, também a autorização para a realização das actividades não foi algo fácil, tivesse

que esperar muito tempo. Este motivo levou o autor e grupo a ter a resposta em tempo muito

atrasado, para a disponibilização das salas de aulas e do professor para fazer a assistência de

aulas e a respectiva leccionação.

O processo de ensino – aprendizagem é um assunto que merece reparo, pois a sua actividade

educativa precisa de meios, desde as instalações, recursos financeiros e humanos, material e

outros para um funcionamento em pleno. É nesta vertente que o autor teve alguma

dificuldades naquilo que foi a própria leccionação, visto que a escola não dispõe actualmente

de recursos necessários para a leccionação da disciplina de TICs obrigando assim a falta de

interesse dos alunos.

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3.2. Reflexão Crítica

A partir do momento em que o MINED introduziu a disciplina de TICs no currículo escolar

de Moçambique, à 10ª classe, 11ª classe e 12ª classe são os níveis que foram abrangidos pela

reformulação do currículo, acredita-se que foi feito um estudo de viabilidade e reuniram-se

condições com ajuda de alguns patrocínios para que cada escola estivesse munida de uma sala

de informática minimamente equipada para o PEA desta disciplina. Mas, em contrapartida, o

que acontece é que a maioria dessas escolas mesmo as que são ponto de referencia de uma

capital provincial, não possuem ou se possuem recursos informáticos é só em áreas que não

tem nenhuma ligação com a aprendizagem do aluno tais como, secretaria, área de

processamento de certificados e os demais sectores escolares.

É triste uma escola com alta credibilidade da sociedade civil em geral e um ponto de

referência da capital provincial do Norte senão a principal escola do Nível médio do norte

sem sala de informática minimamente equipada, em que as aulas de TICs são dadas somente

teoricamente e em salas improvisadas onde nem carteiras suficientes tem para os alunos

acomodarem-se e desfrutarem de uma busca de conhecimento sólida.

Para além deste ponto crítico que o autor identifica, tem um outro aspecto que notou-se no

campo, a 10ª classe na Escola Secundária de Nampula não estão a ter aulas desta disciplina de

TICs, só as 11ª classe e 12ª classe onde até utiliza-se algumas matérias da 10ª classe para

leccionar na 11ª e 12ª classe.

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3.3. Recomendações

Criação de condições para equipar uma sala de informática de modo a facilitar o PEA

da disciplina de TICs e não só, também para pesquisas individuais, dado que a

qualidade do currículo esta estreitamente ligado com os recursos disponíveis, que os

professores sejam sensibilizados para improvisar a partir do ambiente locais e seus

recursos;

Que sejam respeitadas as metas para evitar turmas numerosas;

Que haja um equilíbrio no corpo docente em termos de experiências, sexo, idade, e

formação;

Que haja uma biblioteca apetrechada sem interferência com a sala de informática;

Devem incorporar novos professores de informática, no corpo docente visto que as

turmas são numerosas, e estas quem lecciona são apenas dois professores, isto é uma

lástima;

Que seja reconhecida a necessidade de envolver as TICs em todos os Níveis tanto no

segundo ciclo como uma disciplina;

Que a universidade pedagógica disponibilize um meio de transporte para os estudantes

para as escolas onde forem submetidas em Estágio Pedagógico;

Deve adoptar uma política com vista a reduzir o hábito de sentar nas janelas e rasgar

as redes que nelas estão colocadas.

Fazer um controle rigoroso para os alunos faltosos, no sentido de aumentar a

percentagem do aproveitamento.

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CONCLUSÃO

Tendo o estágio pedagógico como um dos objectivos principais munir o estudante de

capacidades de interagir activamente com o PEA, sendo um momento impar na vida

académica de um futuro profissional da educação é importante que se encare este estágio

pedagógico com os recursos/condições que o meio oferece e não só, também improvisar

novas formas de PEA que se adequam ao nível interligado ao estágio.

É importante termos em conta que a realidade da escola, local onde se vive os problemas,

constrangimentos e sucessos que caracterizam o ensino em moçambique.

O Estágio Pedagógico constituem uma oportunidade para os estudantes conciliarem a

aprendizagem teórica da UP o trabalho prático realizado nas escolas. Com base nelas, os

estudantes ficam conhecendo as normas e funcionamento de uma escola, dotando-os de

ferramentas que possam permitir-lhe o exercício responsável da actividade docente bem como

conciliar as novas tecnologias da inovação. Ainda o estágio pedagógico é um laboratório para

busca de experiências directas e actividades que proporcionam documentos, depoimentos e

relatos pessoais, da escola, da família e de outros grupos sociais face ao treino de estratégias

de actuação abrindo espaço para aplicar seus saberes, cria-los e recria-los na análise,

simulação, leccionação e avaliação dos alunos. Por outro lado, apesar dos problemas com que

a escola se debate, existe uma estreita colaboração entre a direcção e os professores,

permitindo que as actividades decorram num ambiente de grande responsabilidade.

Contudo, o professor de TICs sendo um profissional de educação tem de saber colocar as suas

competências em acção em qualquer situação, capaz de reflectir em acção e adaptar-se

dominando qualquer nova situação. Tem uma grande responsabilidade na transmissão e

ajustamento das normas, leis para o PEA.

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BIBLIOGRAFIA

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INDE/ MINED, Programa de Ensino das Tecnologias de Informação e Comunicação. ed,

Ined/ Mined. 6308/RLINLD/ 2010.

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LAKATOS, Eva Maria e MARCON, Maria de Andrade; metodologia científica;5ª ed; Atlas;

São Paulo; 2005.

MINED, Diploma Ministerial: Regulamento do ensino secundário Geral, Maputo, INDE

2003.

NÉRICI, Imídeo Giuseppe; Didáctica – Uma Introdução, 2ed; Atlas editor; São

Paulo; 1988.

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São Paulo; 2001.

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UP; Normas para a Produção de Trabalhos Científicos. Maputo 2004.

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ANEXOS