RELATÓRIO DE CONCLUSÃO DOS SERVIÇOS … itens abaixo que descreve os procedimentos adotados para...

PLANTA NATIVA CONSULTORIA E EMPREENDIMENTOS AMBIENTAIS LTDA

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RELATÓRIO DE CONCLUSÃO DOS SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO RELATÍVOS AO “PROJETO DE PLANTIO DE

ÁRVORES TÍPICAS DO CERRADO”, ELABORADO PARA ATENDER À CONDICIONANTE Nº 12 DA LICENÇA

AMBIENTAL CORRETIVA – LOC Nº 015/2011 – OBJETO DO PROCESSO COPAM Nº 0490/2001/005/2011 – REFERENTE

AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DA CIDADE DE UNAÍ,

OPERADA PELO SAAE.

Contrato Nº 31/2014 – SAAE

Por:

Carlos Antônio Ferreira Dantas Engenheiro Florestal

ART Nº 14201500000002335608 CREA/MG &

LUIZ CARLOS NUNES DE ANDRADE BIÓLOGO

CRBio 093611/04-D ART Nº 2015/00019 CRBio

MARÇO 2016




1. INTRODUÇÂO

O presente relatório objetiva descrever os serviços de manutenção e as

condições técnicas e ambientais da área plantada, correspondente ao “Projeto de

plantio de árvores típicas do cerrado”, na Estação de Tratamento de Esgoto – ETE,

município de Unaí-MG

A despeito das inspeções realizadas no local durante o último ano, as

visitas técnicas para o monitoramento da área se deram de forma a considerar o fim

do período chuvoso e início da estação de estiagem, conforme detalhamento nos

respectivos itens abaixo que descreve os procedimentos adotados para a execução

dos serviços.

Importa registrar que a ocorrência do período de precipitação se

apresentou deveras incomum para o primeiro período de 2015 quando comparados

com outros anos, apresentando a ocorrência de veranicos intermediários e

verificando o prolongamento da estação chuvosa, o qual interferiu no atendimento

exato do cronograma componente do relatório anterior.

As verificações em campo contaram com a presença de profissionais

técnicos que passaram a conduzir a equipe no momento da inspeção e intervenções

necessárias. Buscou-se verificar e avaliar as condições e a situação do plantio

realizado na área localizada ao sul da Estação de Tratamento de Esgoto.

Foi considerado, na elaboração do relatório os meios e os recursos de

validação disponíveis. Por isto a inspeção de monitoramento da área levou em conta

a avaliação predominantemente visual, buscando determinar, entre outros, a

situação da estabilidade do solo, a cobertura e composição vegetal do plantio e o

desenvolvimento das mudas de árvores que foram ali plantadas. O esforço intentou

avaliar os resultados diretos e indiretos, dos efeitos deste empreendimento na

composição da área e por isto foi considerado como suficiente para apontar os

resultados (negativos e/ou positivos) alcançados no período decorrido de um ano de

implantação e manutenção do empreendimento.

Constatou-se na inspeção final que a empresa contratada prezou em

atender o período de tempo acordado para a efetiva execução da manutenção do

plantio conforme preconizou o projeto. Foi considerado terem sido atendidas as

exigências mínimas dos aspectos quantitativos e qualitativos, salvo nos quesitos que




sofreram ajustes durante a operação das atividades, os quais estão apontados no

corpo do presente documento.

Complementarmente, este relatório visa cientificar o CONTRATANTE e o

órgão ambiental quanto ao cumprimento da condicionante nº 12 estabelecida na

Licença Ambiental Corretiva (LOC 015/2011) e das condições técnicas e ambientais

aplicáveis para a área.

Mapa de localização da área do plantio

Figura 1 . Mapa de localização da área do plantio.

2. DATA DE INÍCIO E TÉRMINO DA EXECUÇÃO DO PROJETO

Início dos trabalhos - 26/12/2014.

Fim dos trabalhos - 25/02/2016.




3. OBJETIVO DOS SERVIÇOS EXECUTADOS

Os serviços executados durante o período de implantação e manutenção

do plantio de mudas nativas tiveram como objetivo atender à condicionante nº 12 da

Licença Ambiental Corretiva– LOC n.º 015/2011, promovendo a adequação

ambiental da Estação de Tratamento de Esgoto da cidade de Unaí/MG, com a

execução das medidas mitigadoras geradas por ocasião da operação do

empreendimento da ETE, alcançando efeitos corretivos.

Destaca-se que a execução das etapas e das atividades desenvolvidas

levou em conta o atendimento das diretrizes mínimas que foram estabelecidas no

TR (Termo de Referência) e nos documentos complementares disponibilizados pela

contratante. A tarefa possibilitou direcionar, em cada fase dos serviços, a efetiva

consecução das atividades, prezando sempre pela possibilidade de livre

acompanhamento e da inspeção continuada pela contratante.

4. OBSERVAÇÕES INICIAIS

Considerando ter passado mais de um ano do início das intervenções de

plantio no local, bem como da aplicação de atividades de cunho silviculturais nas

diversas fases exigidas durante todo o período, passamos a considerar como

cumpridas todas as atividades que levaram a implantação do plantio, sugerindo o

atingimento dos objetivos pretendidos para este período.

Não restam dúvidas que dentro de um ano houve tempo hábil para que

ações de acompanhamento, análise, monitoramento e de ajustes nos aspectos

relacionados ao empreendimento fossem promovidos. Razão pela qual foi possível

dar validade as ações até aqui desenvolvidas, pois foi permitido dar andamento

continuado a todas as atividades que foram desenvolvidas no espaço de tempo

determinado, sempre com base no escopo relacionado ao planejamento e à

operacionalização recomendada.

De todo modo, entre os poucos ajustes procedidos, importaram mais

especificamente aqueles ligados às condições meteorológicas, as quais

apresentaram variações temporais e espaciais. Outros ajustes se deram por ocasião




dos aspectos ambientais e vegetacionais relacionados ao substrato e à paisagem na

área de plantio, na medida em que os mesmos passaram a ser verificados.

No entanto, o período de monitoramento e manutenção por um ano para

o plantio de recomposição florestal é exíguo, para se ter um bom desenvolvimento e

estabilização das mudas plantadas. Pois, necessita-se de um período mais extenso

para que se possa promover intervenções com a eliminação de matocompetição,

controle de pragas e nutrição por adição de adubação de cobertura, para que se

tenha um bom resultado quantitativo e qualitativo a logo prazo.

Esse relatório foi elaborado com o objetivo de possibilitar a apreciação

condizente de seu conteúdo, e com condições de ser submetido a validação pelo

corpo responsável da instituição contratante.

5. METODOLOGIA EMPREGADA NA MANUTENÇÃO DO PLANTIO

O local do plantio se caracteriza por uma área onde havia predominância

de pastagem e que após o plantio de mudas nativas verifica-se a alteração na

paisagem, podendo-se observar a recomposição das características de um ambiente

florestal pela composição das mudas plantadas e dos indivíduos arbóreos

remanescentes que estão em processo de regeneração natural.

A área possui aproximadamente 5,05 hectares e está localizada ao sul

da Estação de Tratamento de Esgoto de Unaí, em terreno de domínio do SAAE.

Para dar início as atividades de manutenção do plantio, foram realizadas

inspeções prévias no empreendimento, de forma a cobrir toda a área através de

caminhamento com as observações, anotações e documentação fotográfica inerente

aos aspectos de desenvolvimento do plantio.

As atividades de monitoramento da área buscaram essencialmente

atender as necessidades técnicas e legais inerentes ao empreendimento proposto,

ensejando no cumprimento do escopo do planejamento que foi apresentado, o qual

perfaz um período superior a um ano desde a inauguração dada pelo início das

atividades de plantio ocorrida no final de dezembro de 2014.

A metodologia aplicada no empreendimento se mostra condizente com o

escopo apresentado no TR. As especificidades dos métodos utilizados no projeto

estão detalhadas nas subseções abaixo.




5.1 Atividades de Manutenção Desenvolvidas no Empreendimento

Após a efetivação do plantio foram efetuadas ações de monitoramento e

manutenção, conforme previsto nas especificações técnicas.

As tarefas operacionais de manutenção levaram em conta a reabertura

das covas, a adubação das covas, o replantio das mudas mortas ou definhadas, o

coroamento e a adubação de cobertura.

Estas e outras atividades como o replantio, condução das mudas,

realização de visitas e a elaboração do relatório de monitoramento acabam

possuindo objetivos de caráter técnico-operacional no sentido de atingir no mínimo o

sucesso estabelecido no TR, que balizou as ações para implantação e manutenção

do empreendimento.

Com este objetivo foi elaborado e oportunamente apresentado um

cronograma de atividades, o qual possui o viés de alavancar diversas etapas e

atividades que foram planejadas para a efetiva execução, manutenção e

monitoramento ambiental do empreendimento durante e após a sua implantação por

um período de 1 ano.

Após a execução do plantio, e considerando as condições meteorológicas

que foram sendo apresentadas no decorrer do ano, foi necessário ajustar algumas

dessas atividades, sem, no entanto, proporcionar prejuízos significativos ao

planejamento, pois a estrutura de distribuição das atividades foi mantida dentro de

um período anual em conformidade com o visualizado na Tabela 2, item 7 .

5.1.1 Adubação de cobertura das Mudas

Considerando toda a área do plantio, ressalta-se que foi providenciada a

adubação de cobertura em cada indivíduo. Esta atividade se refere essencialmente á

adubação química com adição de NPK na fórmula 4-14-8 inserida junto a muda,

numa quantidade aproximada de 150g.

As atividades de adubação de cobertura ocorreram em dois períodos,

após a finalização do plantio no mês de março de 2015 e juntamente com as demais

ações silviculturas executadas em janeiro de 2016.




Figura 2: Ilustração que mostra a atividade de adubação de cobertura com NPK nas mudas após o plantio em 2015. Fonte: Luiz Nunes 2015.

Figura 3: Ilustração que mostra a atividade de adubação de cobertura com NPK nas mudas Após roçagem e coroamento em fevereiro de 2016. Fonte: Luiz Nunes 2016.




5.1.2 Competição Vegetal 5.1.2.1 Roçagem da área

As tarefas operacionais para roçagem do plantio ocorreram em três

períodos:

1º - Após avaliação em campo, ocorrida no dia 20 de junho de 2015, foi verificado a

necessidade e imediata ação para execução da roçagem entre as linhas do plantio,

objetivando diminuir o sombreamento das mudas, a competição por nutrientes e

para diminuir a possibilidade de incêndio florestal na área. O grande volume de

gramíneas com material seco permitiria facilmente a propagação do fogo, com a

roçagem foi diminuído esse risco (Figuras 4).

Figura 4: Ilustração que mostra a atividade de roçagem nas entre linhas do plantio ocorridas em junho de 2015. Fonte: Luiz Nunes 2015.

2º - No dia 13 de 0utubro de 2015, iniciou-se a roçagem das linhas do plantio

utilizando roçadeira costal com o objetivo de desbastar as mudas com o

rebaixamento do capim brachyaria. Essa ação promoveu a eliminação do

sombreamento das mudas e diminuiu a competição por nutrientes, possibilitando

obter maior desenvolvimento pelas mudas com o início das primeiras chuvas

ocorridas em novembro de 2015 (Figuras 5).




Figura 5 : Ilustração que mostra as linha de plantio após a atividade de roçagem em outubro de 2015. Fonte: Luiz Nunes 2015.

3º - Entre os dias 21 e 24 de janeiro de 2016, foram efetuadas novas intervenções

com a roçagem mecanizada entre as linhas de plantio utilizando trator com roçadeira

hidráulica e em seguida roçagem nas linhas de plantio, utilizando-se roçadeiras

costais. Essas intervenções tiveram como objetivo promover o rebaixamento do

capim brachyaria, eliminar o sombreamento das mudas e para facilitar outras

atividades silviculturas ocorridas no mesmo período e que estão descritas em itens

específicos (Figura 6).

Figura 6 : Vista de parte do plantio após as atividades de roçagem ocorridas no final do mês de janeiro de 2016. Fonte: Luiz Nunes 2016.




5.1.2.2. Coroamento das mudas

Para a eliminação do “mato competição” foi feito o coroamento através da

capina manual ao redor das mudas. O coroamento apresentou diâmetros circulares

de aproximadamente 70 cm. A tarefa visou diminuir e/ou eliminar a competição das

mudas com outras espécies indesejáveis, principalmente por gramíneas invasoras,

como o capim brachyaria que é predominante na área (Figura 7).

Figura 7 : Figura ilustrando a atividade de coroamento das mudas realizada no final do mês de janeiro de 2016. Fonte: Luiz Nunes 2016.

5.1.3 Replantio das Mudas

Foi observado que o plantio tem apresentando resultados positivos de

desenvolvimento. Tais resultados podem ser atribuídos às características do solo da

área do plantio e pelas seguintes situações: preparo do solo; qualidade das espécies

inseridas; replantio; utilização de insumos fertilizantes no plantio; utilização de

hidrogel; atividades de condução do plantio; proteção contra pragas; e, a ocorrência




de chuvas durante e após a época de plantio.

5.1.3.1 Atividades de Replantio das Mudas

Cerca de 25% das mudas plantadas não obtiveram êxito, devido o

definhamento e principalmente pelo ataque por formigas cortadeiras, e em torno de

5% relacionadas a outros fatos, como o ataque por gafanhotos.

Com a atividade de replantio, ocorrida no fim do mês de janeiro de 2016,

prezou-se em fazer a complementação da totalidade das mudas, retornando à

ocorrência de 100% de mudas na área. Destaca-se que foram substituídos todos os

indivíduos que morreram, aqueles que tiverem seu desenvolvimento comprometido

pelo ataque de pragas ou que se encontravam raquíticas, contabilizando 2.000

mudas devidamente replantadas. As mudas foram selecionadas dentre as espécies

aquelas listadas na tabela 1, as quais passaram a se somar a composição vegetal

da área.

Durante o replantio das mudas, as atividades levaram em conta a

distribuição de uma mix de mudas de forma a manter a distribuição das espécies no

plantio.

Antes do plantio foi realizada a atividade de coroamento em torno de cada

cova, o qual pressupõe a eliminação da competição entre plantas indesejáveis,

aplicáveis em todas as fases de manutenção e de monitoramento.

As mudas foram plantadas nas covas à altura do coleto (linha limítrofe

entre o caule e a terra da embalagem), permitindo a continuidade do

desenvolvimento obtido durante o cultivo no viveiro.

Em concomitância ao plantio das mudas foi feita a aplicação de gel-hidro-

retentor (200 ml) a fim de dar capacidade às mudas de suportarem períodos de

estiagens após o plantio.

Complementarmente as atividades de replantio das mudas nativas,

aproveitou-se para realizar correção com replantio de mudas de sansão do campo

nos trechos que houve falhas com a morte de mudas na cerca viva que contorna a

ETE, implantada no início do ano de 2015 e que fez parte do projeto paisagístico e

de urbanização da ETE.




Figuras 7 e 8. Foto que demonstra a aplicação individualizada de gel hidro-retentor na ocasião do

replantio Fonte: Andrade, 2016.

5.1.3.2. Fornecimento e Transporte das Mudas

As mudas utilizadas no replantio estão listadas na tabela 1 e foram

cultivadas em viveiro próprio de produção de plantas nativas do cerrado

devidamente rustificadas para tolerar condições adversas de estresse hídrico e à

baixos níveis de fertilidade natural do local.

As mudas destinadas ao replantio foram distribuídas na área de modo a

priorizar a manutenção da heterogeneidade e distribuição ecológica das espécies

inicialmente adotada no plantio.

Tabela 1 – Lista de espécies nativas do Cerrado indicadas para a composição do plantio de mudas nativas.

Nº Espécies utilizadas no plantio

1 Angico Albizia sp

2 Angico branco Anadenanthera macrocarpa

3 Aroeira vermelha Schinus terebinthifolia

4 Aroeira Myracrodruon urundeuva

5 Balsamo Myroxylon peruiferum

6 Barú dipteryx alata

7 Caroba do cerrado Jacaranda brasiliana

8 Carobinha (jacarandá mimoso) Jacaranda puberula

9 Copaíba Copaifera langsdorffii

10 Ingá - mirim Inga fagifolia

11 Ingá-feijão Inga cylidrica




Continuação

12 Ipê-amarelo Handroanthus vellosoi

13 Ipê-amarelo Handroanthus chrysotrichus

14 Ipê-Branco Tabebuia roseoalba

15 Ipê-rosa Handreanthus heptaphyllus

16 Ipê-roxo Handreanthus impetignosus

17 Jatobá-da-mata Hymenaea courbaril

18 Jenipapo Genipa americana

19 Mutamba Glazuma ulmifolia

20 Paineira - mata seca Ceiba speciosa

21 Paineira-serrado Eriotheca pubescens

22 Pente-de-macaco Apeiba tibourbou

23 Pequi Caryocar brasiliense

24 Saboneteira de macaco Sapindus sponaria

25 Tamboril-da-mata Enterolobium schomburgkii

26 Tingui Magonia pubescens

27 Pau formiga - pau jaú, tryplaris weigeltiana

28 Xixá Sterculia striata

29 Landim, Guanandi Callophylum brasiliensis

30 Sansão do Campo Mimosa caelsalpiniifolia

31 Virola Virola sebifera

32 Cabo de machado Pouteria torta

33 Oiti Licania tomentosa

5.1. 4. Manutenção dos Aceiros

Os aceiros podem ter origem natural, como cursos d’água e acidentes

geológicos, ou podem ser construídos, todos, porém podem ter a finalidade de

impedir a propagação de incêndios e fornecer uma linha de controle no caso de

ocorrência de avanço de fogo.

O aceiro configura-se essencialmente por ser livre de vegetação ou de

material combustível que possua quantidade suficiente para possibilitar propagação

e o avanço do fogo de um local para outro. Sua existência é mais importante quando

se aproxima os períodos críticos de seca, ou onde a estiagem prolongada

apresenta condições para a ocorrência de incêndios na vegetação.

Atendendo a essa necedade de proteção do plantio, foi efetuada a

manutenção dos aceiros existentes que circundam o plantio e a construção de novos

aceiros. Os novos aceiros foram locados entre as linhas de plantio dividindo toda a

área plantada em blocos de forma a diminuir, em caso de incêndio florestal, a

possibilidade da propagação do fogo em todo o plantio.




Figura 09. A construção de aceiros ocorreu de forma mecanizada suprimindo toa a gramínia no

traçado do aceiro. O serviço foi executado no dia 20 de agosto de 2015 e permanece oferecendo proteção ao plantio até o momento. Fonte: Luiz Nunes

5.1.5 Combate á Pragas

As principais pragas dos ecossistemas florestais e agrícolas são as

formigas cortadeiras, e deve-se tratar deste fato com cuidado e preocupação, pois o

corte das plantas, folhas e ramos por estes animais podem ser vital para o

crescimento e para o desenvolvimento do plantio, podendo causar prejuízos

consideráveis.

Tratando do ataque de pragas, foi providenciado novas inspeções de campo

com a finalidade de localizar a presença de abrigos das formigas cortadeiras,

essencialmente de saúvas, as quais em outros momentos causaram diversos danos ao

plantio. Por conta disso procedeu-se o combate direto e indireto com aplicação de

produtos formicidas no local em diversos momentos no período do ultimo ano (Figura

10).




Figura 10. Foto que ilustra a aplicação de um dos tipos de formicidas utilizados no local Fonte: Andrade, 2016.

6. CONCLUSÃO/ALCANCE DO OBJETIVO GERAL DA MANUTENÇÃO DO

PLANTIO NO PERIODO DO ULTIMO ANO

O presente relatório de monitoramento objetivou essencialmente atender

a exigência técnica e normativa inerente ao referido plantio, e com os devidos

ajustes, atendeu ao planejamento prévio, oportunamente apresentado a contratante.

Com este pode-se verificar a efetividade na execução do projeto, visando

dar finalização às ações de manutenção e monitoramentos, passados o período de 1

ano da finalização da etapa de plantio e conforme previsto no contrato entre as

partes.

Desde o início das atividades de plantio iniciadas no final de dezembro

2014 a até o presente (março de 2016) não foi registrada ocorrência de incêndio ou

qualquer foco de fogo na área.

No que tange o ataque por pragas, a situação ainda se mostra

preocupante devido a presença intensa de formigas cortadeiras, essencialmente de

saúvas, as quais podem comprometer seriamente o plantio na área, sendo este, sem

dúvidas, o principal fator que contribuiu para o baixo desenvolvimento de algumas

mudas e/ou de sua morte.

As seguintes atividades/insumos foram executadas e/ou atendidas em




todas as fases nas quantidades e especificações do Termo de Referência: preparo

do solo; qualidade das espécies inseridas; utilização de insumos em quantidade

suficiente no plantio e replantio; utilização de gel hidro-retentor de água (hidrogel);

execução de atividades de condução do plantio (coroamento e adubação de

cobertura); proteção contra pragas; e, o plantio em período de constantes das

chuvas.

O monitoramento final foi suficiente para verificar os efeitos que estão

apresentados, com foco na atividade de revegetação da área, levando em conta as

seguintes situações: Condições ideais de estabilidade do solo – Sem indícios de

instabilidade ou evidências de processos erosivos em qualquer fase de evolução;

Cobertura e composição vegetal corrigida para 100% do estabelecido para o plantio;

bom desenvolvimento das mudas remanescentes; etc.

Assim sendo, levando em conta as verificações e avaliação dos objetivos

pretendidos na área, considera-se que os efeitos do plantio e as ações

desenvolvidas retornam resultados positivos.

7. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO E DE MANUTENÇÃO DO PROJETO DE

PLANTIO

Tabela 2 - Cronograma de Execução dos serviços do Projeto de Plantio das Mudas Nativas

Cronograma de Execução dos serviços do Projeto de Plantio das Mudas Nativas

Dezembro de 2014

26/12/2014 Início dos trabalhos - Mobilização (Transporte materiais e equipamentos )

27 e 28/12/2015 Roçagem e limpeza da área

29 e 30/12/2015 Construção de aceiros e marcação das curvas de nível

31/12/2015 Início da capina mecânica das linhas de plantio, e coroamento para coveamento

Janeiro de 2015

2 a 5/01/2015 Capina mecânica da linhas e coroamento para o coveamento

06 a 10/01/2015 Coveamento mecanizado

13 a 19/01/2015 Coveamento mecanizado

19 a 27/01/2015 Execução da Construção/Manutenção da Cerca na Área

23 a 27/01/2015 Coveamento mecanizado, calagem e adubação orgânica das covas.

30/jan Coveamento mecanizado, calagem e adubação orgânica das covas, combate a formiga e início do plantio das mudas nativas




Continuação

Fevereiro de 2015

02/02/2015 Coveamento mecanizado, calagem e adubação orgânica das covas, combate a formiga e início do plantio das mudas nativas

13 a 17/02/2015

Distribuição das mudas, aplicação de gel hidrorretentor e plantio das mudas nativas, combate a formigas

25/02/2015 Vistoria final / Acompanhado por técnicos do SAAE para providência de entrega dos serviços

Abril/2015 25/03/2015 Adubação Química e Combate à pragas - Avaliação do plantio

25/04/2015 Visita de Monitoramento e Avaliação

Maio/2015 30/05/2014 Atividades Operacionais de Manutenção Aplicáveis

Dezembro 15/12/2015 Atividades de Manutenção Aplicáveis – Replantio Aplicável

8. RECOMENDAÇÕES/INSTRUÇÕES PARA CONTINUIDADE NA MANUTENÇÃO

DO PLANTIO

Para a obtenção de bons resultados do plantio em longo prazo, é

necessário dar continuidade as atividades de manutenção por mais um período de

pelo menos um ano, com práticas de combate a formiga cortadeira, controle de mato

competição, adubação de cobertura e replantio de mudas mortas ou definhadas.

Essas atividades devem ser obedecidas obrigatoriamente às seguintes

operações:

• Roçagem nas linha e entrelinhas com duas vezes ao ano;

• Reposição de mudas mortas que deverá ser feita em período chuvoso, com a

devida adubação orgânica e química;

• Substituição de espécies pouco adaptadas;

• Levantamento e Identificação de toxidez e/ou deficiências nutricionais;

• Adubação de cobertura com a utilização de 150g de adubo químico NPK na

formulação 4:14:8;

• O coroamento de manutenção deverá ser realizado sempre que houver forte

competição entre as plantas e deverá ser feito com um raio mínimo de 30 cm em

volta da planta, correspondendo a um diâmetro de 60cm. Esta atividade deverá ser

feita para beneficiar as mudas plantadas na área em recuperação;

• Controle ou eliminação de pragas, inclusive formigas, que possam causar danos

ao estabelecimento e desenvolvimento das mudas plantadas;

• Manutenção de aceiros junto às áreas contíguas com presença de vegetação;




• Vistorias periódicas para a identificação de possíveis danos à área de plantio e

providências que resultem na devida correção dos problemas;

9. RELATÓRI FOTOGRÁFICO

Figura 10. Ilustração de parte do plantio após a roçãgem entre as linhas realizada em junho de 2015. Fonte: Andrade, 2015

Figura 11. Ilustração mostrando o porte alcaçado pela brackiaria e a execução da roçagem entre




linhas ocorrida em junho de 2015, com a utilização de trator com roçateira hidraulica. Fonte: Andrade, 2015.

Figura 12. Ilustração mostrando o abafametno das mudas pela gramínia que domina a área, após

terem passados quatro meses da execução do plantio realizado em janeiro de 2015. Fonte: Andrade, 2015.

Figura 13. Ilustração de parte do plantio após a roçãgem roçagem realizada em fevereiro de 2016. Fonte: Andrade, 2016.




Figura 14. vista do plantio após a roçãgem realizada em fevereiro de 2016. Fonte: Andrade, 2016.

Figura 15. vista do plantio em outro ângulo após as atividades de roçagem e coroamento das mudas. Fonte: Andrade, 2016.

Figura 16. vista de área de área onde foi necessário o replantio de todas as mudas mortas pelo

abafamento promovido pelo grande desenvolvimento do capim brackária. Fonte: Andrade, 2016.




Figura 17. Ilustração da área paralela a cera de sansão do campo, onde foi realizada a roçagem para

desbaste do mato e para facilitar o replantio de trexos da cerca. Fonte: Andrade, 2016.

Figura 18. Manutenção do aceiro realizada em agosto de 2015. Fonte: Andrade, 2015




Figura 19. Aceiro de proteção junto a mata ciliar que faz limite com o plantio. Fonte: Andrade, 2015

.

Figura 20. Aceiro dividindo o plantio em blocos para diminuir a possibilidade de propagação de fogo

no caso de incêndio Fonte: Andrade, 2015




Figura 21. Atividade de coroamento das mudas. Fonte: Andrade, 2016

Figura 21. Atividade de coroamento das mudas. Fonte: Andrade, 2016




Figura 22. Ilustração mostrando a intensidade de crescimento do campim após as atividades

preparação do solo e plantio das mudas realizadas em janeiro de 2015. Fonte: Andrade, 2015

Figuras 22. Foto ilustrando o bom desenvolvimento das mudas plantadas. Fonte: Andrade 2016.




Figuras 26. Foto ilustrando o bom desenvolvimento das mudas plantadas. Fonte: Andrade 2016.

9. EQUIPE TÉCNICA ENVOLVIDA

CARLOS ANTÔNIO FERREIRA DANTAS

Engenheiro Florestal

CREA-DF 17.544/D

Visto CREA/MG Nº 42411

CTF Nº: 977477

Endereço: Rua Das Dálias, Lote 23, casa 01, Cidade Nova – Gama – Brasília – DF

CEP: 72.491-090

E-mail: [email protected]

Fone: (62) 9977-5665

Nº ART Para Este Serviço: 14201500000002335608 CREA/MG

mailto:[email protected]

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