Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

207
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Relatório de Autoavaliação Institucional PUC MINAS CICLO 2010/2011 Comissão Permanente de Avaliação - CPA Belo Horizonte 2012

Transcript of Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

Page 1: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Relatório de Autoavaliação Institucional PUC MINAS

CICLO 2010/2011

Comissão Permanente de Avaliação - CPA

Belo Horizonte 2012

Page 2: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

DADOS INSTITUCIONAIS

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Universidade comunitária, confessional, filantrópica e privada, de caráter

público não-estatal.

Mantenedora: Sociedade Mineira de Cultura.

Decreto Lei n.º 45.046, de 12 de dezembro de 1958.

Código da IES: 338

Avenida Dom José Gaspar, 500 – Coração Eucarístico. Belo Horizonte/MG

30535-910 Brasil

(31) 3319-4444/ 4337 Fax: (31) 3319-4225

http://www.pucminas.br

Comissão Permanente de Avaliação – CPA

Ato de Designação: Portaria RN 019/2004

Rua Padre Pedro Evangelista, nº 377 – Coração Eucarístico

30535-490 Belo Horizonte – Minas Gerais – Brasil

Telefones: (31) 3319-3301/ 3319-3305

Site: www.pucminas.br/cpa

Email: [email protected] /[email protected]

Page 3: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011
Page 4: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO – CPA

Presidente: Profª. Antônia Maria da Rocha Montenegro

Vice-presidente: Profª. Josiane Andrade Militão

REPRESENTANTES

Docentes

Arcos: Adriana Guimarães Rodrigues

Barreiro: Suzete Maria Basílio Teixeira

Betim: Josiane Andrade Militão

Contagem: Antônia Maria da Rocha Montenegro

Coração Eucarístico: Hiram Jackson Ferreira Sartori

Guanhães: Jane Carmelita das Dores Garandy Arruda Barroso

Poços de Caldas: Luciana de Nardin

São Gabriel: Angélica Aparecida de Oliveira Bicalho

Serro: Simone Fernandes Queiroz

Associação dos Docentes da PUC Minas – ADPUC: Eduardo Alberti Carnevali

Corpo Técnico-Administrativo

Cristina Lúcia Barbosa

Walter Delcírio dos Santos

Joaquim Soares Ferreira

Corpo Discente

Isabel Isaura Amorim de Castro

Matheus Rancanti Rodrigues Póvoas

Vitor Fernandes Colares

Sociedade Civil Organizada

Antônio Fabrício de Matos Gonçalves – Ordem dos Advogados do Brasil – OAB/MG

Jurema Marteleto Rugani – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia - CREA/MG

Page 5: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

Rosendo Magela Reis – Conselho Regional de Administração - CRA/MG

Representante dos Ex-alunos

Ricardo Othero Luis – Departamento de Obras Públicas do Estado de Minas Gerais

(DEOP/MG)

Comissão de Assessoramento Técnico – Avaliação Institucional

Josiane Andrade Militão - coordenação

Ângela Maria Siman

Carlos Wagner Costa Machado

Elisete de Assis Rebello Leite Ribeiro

Estelina Souto do Nascimento

Hiram Jackson Ferreira Sartori

Nesley Jesus Daher de Oliveira

Otaviano Francisco Neves

Victor Rene Villavicencio Matienzo

Equipe Técnica-Administrativa

Laura Castro Othero – Analista Técnica/Comunicação

Isabel Cristina Correia dos Passos – Analista Técnica

Marisaura dos Santos Cardoso – Analista Técnica

Vinícius Tolentino Oliveira e Silva – Analista Técnico

Rosemar Diniz Oliveira – Auxiliar Administrativo

Yankow Oliveira Peçanha – Auxiliar Administrativo

Weslley Ferreira da Silva – Auxiliar de Serviços

Elaboração do Texto:

Ângela Maria Siman

Antônia Maria da Rocha Montenegro

Carlos Wagner Costa Machado

Elisete de Assis Rebello Leite Ribeiro

Estelina Souto do Nascimento

Page 6: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

Hiram Jackson Ferreira Sartori

Josiane Andrade Militão

Laura Castro Othero

Marisaura dos Santos Cardoso

Otaviano Francisco Neves

Colaboradores:

Adriana Libânio Bittencourt

Cláudio Elias Marques

Page 7: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

Lista de tabelas TABELA 1 - Comunidade Acadêmica da PUC Minas

TABELA 2 - Perfil do corpo discente

TABELA 3 - Bolsas do corpo discente por campus/núcleo

TABELA 4 - Faixa etária do corpo docente

TABELA 5 - Titulação do corpo docente

TABELA 6 - Evolução do regime de trabalho do corpo docente

TABELA 7 - Evolução das horas de dedicação do corpo docente por

dimensão da graduação

TABELA 8 - Motivos da não-realização das atividades pedagógicas

pelo corpo discente

TABELA 9 - Discussão do corpo discente sobre o Plano de Ensino do corpo

docente

TABELA 10 - Discussão do corpo docente sobre Plano de Ensino

TABELA 11 - Práticas pedagógicas realizadas pelo corpo discente por número de

disciplinas

TABELA 12 - Avaliação pelo corpo discente quanto qualidade das práticas

pedagógicas do corpo docente

TABELA 13 - Contribuição das práticas pedagógicas realizadas para

desenvolvimento de competências do corpo docente

TABELA 14 - Recursos pedagógicos utilizados pelo corpo docente

TABELA 15 - Avaliação pelo corpo discente quanto ao atendimento extraclasse dos

professores

TABELA 16 - Avaliação do corpo docente quanto ao atendimento

TABELA 17 - Participação do corpo discente em discussão sobre o Projeto

Pedagógico

TABELA 18 - Participação do corpo docente em discussão sobre o Projeto

Pedagógico

TABELA 19 - Participação do corpo discente em atividades culturais

TABELA 20 - Motivos da não-participação do corpo discente em atividades culturais

TABELA 21 - Evolução dos cursos realizados e do corpo discente matriculado

TABELA 22 - Corpo discente matriculado nos cursos de especialização forma

modular (Prepes)

Page 8: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

TABELA 23 - Horas de dedicação dos professores em projetos de pesquisa

TABELA 24 - Conhecimento do corpo docente sobre as atividades de pesquisa no

Projeto Pedagógico dos Cursos

TABELA 25 - Projetos de pesquisa financiados pelos órgãos de fomento

TABELA 26 - Motivos da não participação dos alunos em atividades pedagógicas

relacionadas a pesquisa

TABELA 27 - Avaliação do atendimento da coordenação de pesquisa

TABELA 28 - Total de defesas de dissertações e teses por institutos

TABELA 29 - Grupos e linhas de pesquisa por área do conhecimento

TABELA 30 - Projetos apresentados por grupos temáticos especiais

TABELA 31 - Projetos registrados por curso de origem CEP, PUC Minas

TABELA 32 - Projetos de pesquisa julgados pela CEUA

TABELA 33 - Equipe da Pró-reitoria de extensão

TABELA 34 - Modalidades extensionistas por campus/unidade

TABELA 35 - Programas por núcleo temático

TABELA 36 - Participação dos alunos em atividades de extensão

TABELA 37 - Motivos da não participação dos alunos em atividades de extensão

TABELA 38 - Avaliação do corpo discente quanto à responsabilidade social da PUC

Minas

TABELA 39 - Horas de dedicação de professores em Projeto/Programa de Extensão

TABELA 40 - Nível de conhecimento do corpo docente quanto aos quesitos dos

Projetos Pedagógicos dos Cursos

TABELA 41 - Tempo de dedicação à coordenação de extensão de curso

TABELA 42 - Outras funções além da coordenação de extensão

TABELA 43 - Validação das ações extensionistas

TABELA 44 - Articulação das ações extensionistas realizadas nos cursos com as

políticas públicas

TABELA 45 - Mudanças ocorridas com a extensão nos cursos, em função da nova

diretriz

TABELA 46 - Atendimento à Pessoas com Necessidades Especiais

TABELA 47 - Avaliação da Participação do corpo discente em atividades da Pastoral

TABELA 48 - Motivos da não-participação do corpo discente em atividades da

Pastoral

Page 9: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

TABELA 49 - Participação do corpo docente em atividades da Pastoral

TABELA 50 - Motivos da não-participação do corpo docente em atividades da

Pastoral

TABELA 51- Atividades da Pastoral das quais participaram corpo docente

TABELA 52 - Visitas ao Museu de Ciências Naturais da PUC Minas

TABELA 53 - Avaliação do corpo discente ao atendimento dos setores

TABELA 54 - Avaliação do corpo docente atendimento dos setores

TABELA 55 - Avaliação do corpo discente quanto à ações e atividades de

comunicação

TABELA 56 - Avaliação do corpo docente quanto à ações e atividades de

comunicação

TABELA 57 - Notícias sobre a PUC Minas veiculadas em impressos

TABELA 58 - Avaliação do corpo docente quanto ao grau de satisfação com

diversos públicos

TABELA 59 - Demanda por natureza da questão

TABELA 60 - Demanda por meio em que foi registrada

TABELA 61 - Avaliação do corpo docente e discente ao atendimento da Ouvidoria

TABELA 62 - Seleção e admissão de docentes

TABELA 63 - Avaliação do corpo docente quanto á sala de professores

TABELA 64 - Avaliação do corpo docente quanto aos aspectos relacionados à PUC

Minas

TABELA 65 - Seleção do corpo técnico-administrativo

TABELA 66 - Treinamentos e cursos ao corpo técnico-administrativo

TABELA 67 - Evolução da escolaridade do corpo técnico-administrativo

TABELA 68 - Escolaridade – Corpo Técnico-administrativo

TABELA 69 - Avaliação dos funcionários aos aspectos da PUC Minas

TABELA 70 - Solicitação de serviços à Proinfra

TABELA 71 - Eventos realizados

TABELA 72 - Avaliação dos funcionários do local de trabalho

TABELA 73 - Avaliação dos funcionários quanto aos equipamentos

de informática utilizados no setor

TABELA 74 - Avaliação do corpo docente quanto às condições da sala de aula

TABELA 75 - Avaliação do corpo docente quanto às condições dos espaços

Page 10: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

para aulas práticas (Unidade que mais leciona)

TABELA 76 - Avaliação dos funcionários quanto ao atendimento

dos sistemas de informação

TABELA 77 - Avaliação dos sistemas informatizados

TABELA 78 - Avaliação do corpo discente quanto à Biblioteca

TABELA 79 - Avaliação do corpo docente quanto à Biblioteca

TABELA 80 - Evolução das receitas advindas das mensalidades

TABELA 81- Recursos pedagógicos que contribuíram para a formação – Egressos

TABELA 82 - Objetivos da realização da Pós-graduação – Egressos

Lista de gráficos GRÁFICO 1 - Unidades com maior concentração de horas de corpo docente

GRÁFICO 2 - Participação do corpo discente em atividades pedagógicas

GRÁFICO 3 - Conhecimento do corpo docente quantos aos quesitos do PPC

GRÁFICO 4 - Corpo discente matriculado nos cursos de especialização presenciais

por área de conhecimento PUC Minas

GRÁFICO 5 - Corpo discente matriculado nos cursos de curta duração, PUC Minas

GRÁFICO 6 - Titulação dos professores da PUC Minas

GRÁFICO 7 - Corpo discente matriculado

GRÁFICO 8 - Bolsas da pós

GRÁFICO 9 - Total de bolsas da pós

GRÁFICO 10 - Número de teses e dissertações defendidas nos diferentes

Programas nos cursos de pós

GRÁFICO 11 - Produções bibliográficas

GRÁFICO 12 - Produções técnicas

GRÁFICO 13 - Produções artísticas e culturais

GRÁFICO 14 - Corpo docente por Unidade em processo de titulação por instituição

de ensino superior– PUC Minas

GRÁFICO 15 - Corpo docente em processo de titulação, com PPCD

GRÁFICO 16 - Corpo docente em processo de titulação, com e sem PPCD

GRÁFICO 17 - Corpo docente favorecido com auxílio

Page 11: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

GRÁFICO 18 - Avaliação do corpo docente da Universidade em relação ao

cumprimento dos quesitos de sua Missão Institucional: articulação do ensino,

pesquisa e extensão

GRÁFICO 19 - Avaliação do corpo docente quanto ao apoio da coordenação de

pesquisa

GRÁFICO 20 - Utilização das práticas investigativas como recursos pedagógicos

utilizados pelos professores

GRÁFICO 21 - Atendimento a solicitações do setor de pesquisa e pós

GRÁFICO 22 - Bolsas de iniciação científica disponibilizadas ao corpo discente

GRÁFICO 23 - Bolsas de iniciação científica por entidade de fomento

GRÁFICO 24 - Avaliação da PUC Minas relativa á integração entre ensino, pesquisa

e extensão

GRÁFICO 25 - Recursos pedagógicos que contribuíram para a formação – Egressos

GRÁFICOS 26 e 27 - Extensão nos últimos três anos

GRÁFICO 28 - Avaliação do corpo discente quanto ao atendimento do coordenador

de extensão do curso

GRÁFICO 29 - Ações de extensão desenvolvidas nos cursos

GRÁFICO 30 - Avaliação do corpo docente ao apoio oferecido pelos setores de

estágio, Extensão e Pesquisa

GRÁFICO 31 - Distribuição percentual de professores mestres e doutores

GRÁFICO 32 - Distribuição de professores do quadro permanente por titulação e por

ano

GRÁFICO 33 - Avaliação do corpo docente quanto á distribuição por enquadramento

GRÁFICO 34 - Relação entre os sujeitos no processo de ensino

GRÁFICO 35 - Construções (m2)

GRÁFICOS 36 e 37 - Aquisições de Aquisições de equipamentos

GRÁFICO 38 - Qualidade da infraestrutura dos cursos

GRÁFICO 39 - Condições das salas dos professores

GRÁFICO 40 - Atendimento realizados pela GTI

GRÁFICO 41 - Relação entre os sujeitos no processo de ensino-aprendizagem

Page 12: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

Lista de figuras

FIGURA 1 - Etapas da autoavaliação institucional – 2011

FIGURA 2 - Fluxo da política de extensão na Puc Minas

FIGURA 3 - Organograma Institucional - PDI 2007/2011

FIGURA 4 - Organograma Institucional - PDI 2012/2016

Lista de quadros

QUADRO 1 - Informações gerais dos Programas de Pós-graduação Stricto Sensu

QUADRO 2 - Cursos de graduação extintos ou em extinção

QUADRO 3 - Cursos anualizados – 2010, 2011 e 2012

Lista de Sigla

ABEU – Associação Brasileira de Editoras Universitárias

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

ACG – Atividades Complementares de Graduação

ADPUC – Associação dos Docentes da PUC Minas

ASRP – Assessoria de Relações Públicas

ASSUC – Associação de Sustentação Comunitária

CAE – Centro de Atividades Esportivas

CAPES – Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal da Educação Superior

CCPD – Comissão Central de Pessoal Docente

CEP – Comitê de Ética e Pesquisa

CEPE – Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão

CEUA – Comissão de Ética no Uso de Animais

CLT – Consolidação das Leis do Trabalho

CNPq – Conselho Nacional de Pesquisa/Atualmente chamado de conselho Nacional

de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

CONEP – Comissão Nacional de Ética em Pesquisa

Consuni – Conselho Universitário

Page 13: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

CPA – Comissão Permanente de Avaliação

DAC – Divisão de Apoio Comunitário

DM – Data Mart

DW – Data Warehouse

ENADE – Exame Nacional de Desempenho do Estudante

ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio

FAPEMIG – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

FAQ – Frequently Asked Questions

FCA – Faculdade de Comunicação e Artes

FIES – Fundo de Financiamento estudantil

FIP – Fundo de Incentivo à Pesquisa

FUMARC – Fundação Mariana Resende Costa

GRA – Gestão da Receita Acadêmica

GTI – Gerência de Tecnologia de Informação

ICBS – Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde

IEC – Instituto de Educação Continuada

IES – Instituição de Ensino Superior

INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

MEC – Ministério da Educação

NAI – Núcleo de Apoio à Inclusão de Alunos com Necessidades Educacionais

Especiais

NDE – Núcleo Docente Estruturante

NDHI – Núcleo de Direitos Humanos e Inclusão

NEE – Necessidades Educacionais Especiais

NUMAS – Núcleo da Saúde e Meio Ambiente

NUTEI – Núcleo de Tecnologia e Inovação

NUTRA – Núcleo do Trabalho e Produção

OPUR – Observatório de Políticas Urbanas

PAPG – Planos Plurianuais de Ação Governamental

PDI – Desenvolvimento Institucional

PGE – Planejamento e Gestão Estratégica

PIBIC – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica

PPC – Projeto Pedagógico Curricular

Page 14: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

PPCD – Programa Permanente de Capacitação Docente

PPI – Projeto Pedagógico Institucional

Prepes – Programa de Especialização de Professores de Ensino Superior

PROBIC – Programa de Bolsas e Iniciação Científica

PROEX – Pró-reitoria de Extensão

PROGRAD – Pró-reitoria de Graduação

PROINFRA – Pró-reitoria de Infraestrutura

Propav - Programa Permanente de Avaliação

PROPPG – Pró-reitoria de Pós-Graduação

PRORH – Pró-reitoria de Recursos Humanos

PROSUP – Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições de Ensino

Particulares

ProUni – Programa Universidade para Todos

SAAE – Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar

SAE – Sistema de Autorização de Pagamento Eletrônica

SAJ – Serviço de Assistência Judiciária

SECAC – Secretaria de Cultura e Assuntos Comunitários

SEPLAN – Secretaria de Planejamento

SGA – Sistema de Gestão da Graduação

SGP – Sistema de Gestão de Pós-graduação

SIAV – Sistema Integrado de Avaliação

Siex – Sistema de Informação de Extensão da Universidade

SINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

SISNEP – Sistema Nacional de Informação de Ética em Pesquisa Envolvendo os

Seres Humanos

SOL – Sistema de Solicitações

SSO – Sistemas de Solicitações da Sociedade Mineira de Cultura

UNESCO – United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization

Page 15: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO__________________________________________________________________________ 17 1.  INTRODUÇÃO ___________________________________________________________________ 19 2.  REFERENCIAL TEÓRICO E METODOLÓGICO _________________________________________ 21 2.1.  REFERENCIAL TEÓRICO __________________________________________________________ 21 2.2.  METODOLOGIA __________________________________________________________________ 23 2.2.1.  O PLANO AMOSTRAL _____________________________________________________________ 26 2.2.2.  ETAPAS DO PROCESSO AVALIATIVO - 2011 __________________________________________ 28 3.  DIMENSÕES AVALIADAS __________________________________________________________ 32 3.1.  A MISSÃO E O PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL _________________________ 32 3.2.  A POLITICA PARA O ENSINO, A PESQUISA, A PÓS-GRADUAÇÃO, A EXTENSÃO ____________ 34 3.2.1.  ENSINO DE GRADUAÇÃO _________________________________________________________ 34 3.2.1.1.  PERFIL – ALUNOS E PROFESSORES ________________________________________________ 34 3.2.1.2.  PRÁTICAS PEDAGÓGICAS _________________________________________________________ 41 3.2.1.3.  CONDIÇÕES DE ENSINO-APRENDIZAGEM ___________________________________________ 49 3.2.2.  PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA ____________________________________________________ 53 3.2.2.1.  PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ____________________________________________________ 53 3.2.2.2.  PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU ________________________________________________ 60 3.2.3.  PESQUISA ______________________________________________________________________ 69 3.2.3.1.  AUXÍLIO-VIAGEM _________________________________________________________________ 73 3.2.3.2.  PESQUISA DO CORPO DOCENTE ___________________________________________________ 74 3.2.3.3.  INICIAÇÃO CIENTÍFICA ____________________________________________________________ 80 3.2.3.4.  COMITÊ E COMISSÃO DE ÉTICA EM PESQUISA _______________________________________ 87 3.2.3.5.  RELAÇÕES INTERNACIONAIS E INTERCÂMBIO _______________________________________ 91 3.2.3.6.  EDITORA PUC ___________________________________________________________________ 92 3.2.4.  A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA ______________________________________________________ 93 3.2.4.1.  ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA EXTENSÃO NA PUC MINAS _________________________ 94 3.2.4.2.  MODALIDADES DE AÇÕES EXTENSIONISTAS (CURSOS, EVENTOS E PRÁTICAS EXTENSIONISTAS) ________________________________________________________________________ 97 3.2.4.3.  AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL: EXTENSÃO ___________________________________________ 102 3.2.4.4.  EXTENSÃO NOS CURSOS ________________________________________________________ 108 3.3.  A RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO ____________________________________ 118 3.3.1.  A SECRETARIA DE ASSUNTOS COMUNITÁRIOS (SECAC) _____________________________ 119 3.3.1.1.  DIVISÃO DE APOIO COMUNITÁRIO _________________________________________________ 120 3.3.1.2.  NÚCLEO À INCLUSÃO A ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS (NAI) __ 121 3.3.1.3.  PASTORAL UNIVERSITÁRIA _______________________________________________________ 124 3.3.1.4.  COORDENADORIA DE ATIVIDADES ARTÍSTICAS E CULTURAIS _________________________ 128 3.3.1.4.1.  PUC TV ________________________________________________________________________ 128 3.3.1.4.2.  ESCOLA DE TEATRO ____________________________________________________________ 129 3.3.1.4.3.  MUSEU DE CIÊNCIAS NATURAIS __________________________________________________ 129 3.3.1.4.4.  ATIVIDADES CULTURAIS OFERECIDAS PELA PUC MINAS VIRTUAL _____________________ 130 3.3.1.4.5.  INVENTÁRIO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DA ARQUIDIOCESE DE BELO HORIZONTE _____ 131 3.3.1.5.  O ESPORTE NA UNIVERSIDADE ___________________________________________________ 133 3.4.  A COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE: ATENDIMENTO, COMUNICAÇÃO E IMAGEM _______ 134 3.4.1.  ATENDIMENTO NA PUC MINAS. ___________________________________________________ 134 3.4.2.  A COMUNICAÇÃO NA PUC MINAS __________________________________________________ 138 3.4.2.1.  NÚCLEO DE CONTEÚDO _________________________________________________________ 139 3.4.2.2.  NÚCLEO DE RELACIONAMENTO ___________________________________________________ 140 3.4.2.3.  NÚCLEO DE CAMPI E UNIDADES __________________________________________________ 141 3.4.3.  COMUNICAÇÃO INTERNA - RESULTADOS___________________________________________ 141 3.4.4.  COMUNICAÇÃO EXTERNA ________________________________________________________ 144 3.4.5.  IMAGEM DA PUC MINAS __________________________________________________________ 146 3.4.6.  OUVIDORIA ____________________________________________________________________ 148 3.5.  POLÍTICAS DE PESSOAL _________________________________________________________ 151 3.5.1.  CORPO DOCENTE _______________________________________________________________ 151 3.5.1.1.  SELEÇÃO E ADMISSÃO DO CORPO DOCENTE _______________________________________ 151 3.5.1.2.  APERFEIÇOAMENTO DO CORPO DOCENTE _________________________________________ 152 3.5.1.3.  PROGRESSÃO DO CORPO DOCENTE ______________________________________________ 154 3.5.1.4.  AVALIAÇÃO DO CORPO DOCENTE _________________________________________________ 155 3.5.1.5.  ASPECTOS DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL – CORPO DOCENTE _______________________ 155 3.5.2.  CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO _______________________________________________ 157 3.5.2.1.  SELEÇÃO E ADMISSÃO DO CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO _______________________ 157 

Page 16: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

3.5.2.2.  CONTRATAÇÃO DO CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO ______________________________ 159 3.5.2.3.  APERFEIÇOAMENTO DO CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO _________________________ 159 3.5.2.4.  AVALIAÇÃO E PROGRESSÃO DO CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO __________________ 162 3.5.2.5.  AVALIAÇÃO QUANTO A SUFICIÊNCIA DA QUANTIDADE DO CORPO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO PARA RESPONDER AOS OBJETIVOS E FUNÇÕES DA INSTITUIÇÃO ______________ 163 3.5.2.6.  DISTRIBUIÇÃO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO CORPO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO _ 165 3.6.  INFRAESTRUTURA E LOGISTICA __________________________________________________ 171 3.6.1.  GERÊNCIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (GTI) _________________________________ 179 3.6.2.  BIBLIOTECA ____________________________________________________________________ 183 3.7.  AVALIAÇÃO, PLANEJAMENTO, GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ________________________ 185 3.7.1.  ORGANIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO __________________________________________________ 185 3.7.2.  GESTÃO _______________________________________________________________________ 187 3.7.3.  PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO ____________________________________________________ 189 3.7.4.  SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA DA PUC MINAS ____________________________________ 191 3.8.  POLÍTICAS DE ATENDIMENTO A EGRESSOS ________________________________________ 193 4.  CONCLUSÃO ___________________________________________________________________ 197 4.1.  POTENCIALIDADES ______________________________________________________________ 197 4.1.1.  POTENCIALIDADES DO ENSINO DE GRADUAÇÃO ____________________________________ 197 4.1.2.  POTENCIALIDADES DA PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA _______________________________ 198 4.1.3.  POTENCIALIDADES DA EXTENSÃO ________________________________________________ 198 4.1.4.  POTENCIALIDADES DAS POLÍTICAS DE PESSOAL ___________________________________ 199 4.1.5.  POTENCIALIDADES DA COMUNICAÇÃO E IMAGEM DA PUC MINAS _____________________ 199 4.1.6.  POTENCIALIDADES DAS POLÍTICAS DE ATENDIMENTO A EGRESSOS __________________ 200 4.1.7.  POTENCIALIDADES DA GESTÃO, INFRAESTRUTURA E SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA __ 200 4.2.  FRAGILIDADES _________________________________________________________________ 201 4.2.1.  FRAGILIDADES DO ENSINO DE GRADUAÇÃO _______________________________________ 201 4.2.2.  FRAGILIDADES DA PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA __________________________________ 201 4.2.3.  FRAGILIDADES DA EXTENSÃO ____________________________________________________ 202 4.2.4.  FRAGILIDADES DA COMUNICAÇÃO E IMAGEM DA PUC MINAS _________________________ 203 4.2.5.  FRAGILIDADES DA GESTÃO, INFRAESTRUTURA E SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA _____ 203 4.2.6.  FRAGILIDADES DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO A EGRESSOS _________________________ 203 4.2.7.  FRAGILIDADES DAS POLÍTICAS DE PESSOAL _______________________________________ 204 5.  BIBLIOGRAFIA __________________________________________________________________ 205 ANEXOS ________________________________________________________________________________ 207 

Page 17: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

17

APRESENTAÇÃO

A necessidade do autoconhecimento é antiga. Atribuídos a Sócrates e a

Platão estariam, por um lado, o imperativo de conhecer-te a ti mesmo, e por outro, a

necessidade do cuidado de si. Sem levarmos em conta as implicações teórico-

metodológicas as quais os conceitos estão submetidos, é possível compreender que

já na antiguidade discutia-se a necessidade de um olhar voltado para o indivíduo,

buscando um conhecimento que permitisse modificar a relação do próprio indivíduo

e deste com o mundo, sendo esta, por exemplo, a base da psicanálise.

A preocupação com o autoconhecimento figura, também, como processo

apropriado por instituições. Comum se tornou, nesse sentido, o desenvolvimento de

ferramentas, no campo da teoria organizacional, capazes de permitir a realização de

autodiagnósticos, que têm como fundamento, essencialmente, possibilitar a

identificação de debilidades, ameaças, forças e oportunidades institucionais.

Mais recentemente, processos de autoavaliação passaram a ser

desenvolvidos e implementados também por Instituições de Ensino Superior,

conforme previsto no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

(SINAES), proposto pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

(INEP). Etapa de um processo mais amplo, a avaliação interna é permeada de

complexidade, especialmente porque compreende um olhar para dentro por parte de

indivíduos conectados às engrenagens da universidade. Exige daqueles que a

conduzem, nesse sentido, o desenvolvimento de metodologias que consigam captar

as impressões de quem vivencia os processos acadêmicos nos diferentes espaços

(docentes, discentes, o corpo técnico-administrativo, a sociedade/ comunidade).

Sabido é que o exercício de autoavaliação exige uma mudança cultural, que vem

sendo conquistada no âmbito da PUC Minas pela Comissão Permanente de

Avaliação (CPA).

A leitura do relatório permite apreender os intensos trabalhos

desenvolvimento pela Comissão, no intuito de desvelar a realidade de nossa

instituição, compreendendo – numa relação dialógica – os diversos significados

atribuídos aos processos construídos com e pela comunidade acadêmica.

Assim, a autoavaliação que se segue deve ser compreendida menos como

um resultado e mais como meio capaz de permitir o fortalecimento dos aspectos

Page 18: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

18

positivos – como a qualificação/formação do quadro docente, a concentração de

esforços sobre as potencialidades e a sucessão sistemática de mudanças do que

aponta como fragilidade/debilidade – como o desenvolvimento de procedimentos

operacionais que efetivem a articulação entre a pesquisa, o ensino graduação e de

pós-graduação, lato e strictu sensu, e a extensão.

Glaucineide Porto Alves1

1 Funcionária da Pró-reitoria de Extensão

Page 19: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

19

1. INTRODUÇÃO

Em 2012, o processo de autoavaliação institucional da PUC Minas completa

dez anos. Nessa década de esforços analíticos, muitas foram as transformações

realizadas. Tendo começado como experimento próprio do autoconhecer-se, como

diagnose, o processo de avaliação institucional da Universidade passa a ser

parametrizado pelas definições legais estabelecidas pelo MEC, por meio do

SINAES, em 2004.

A relevância de se desenvolver processos avaliativos está em que é a partir

deles que se pode prevenir e promover resultados de qualidade. Esse é o caso da

instituição do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), pelo

o Ministério da Educação e Cultura (MEC), oficializado pela Lei nº 10.861/04,

definindo princípios, diretrizes e parâmetros para que as Instituições de Ensino

Superior (IES) realizem a sua autoavaliação institucional.

Depreende-se daí que as IES passaram a ter como responsabilidade, na

Política Nacional de Educação, desenvolver processos de avaliação e, nesse

sentido, a PUC Minas não tem medido esforços para garantir que o processo de

avaliação ocorra em condições ótimas de execução tanto no que diz respeito aos

recursos humanos necessários, como nas condições de infraestrutura de

operacionalização. Assim, a PUC Minas adequou ações e estruturas internas para

otimizar a produção dos dados e de resultados satisfatórios que atendam às

exigências da política de educação vigente no País.

Dentre elas, destaca-se a criação da Comissão Permanente de Avaliação

(CPA), em 2009, substituindo o antigo Programa Permanente de Avaliação (Propav)

iniciado em 2002.

Em 2009, o MEC/INEP definiu uma nova sistemática de apresentação dos

resultados, modificando o prazo de postagem dos relatórios de auto avaliação no

sistema e-MEC e estabelecendo um processo anual de auto avaliação das IES.

Desse modo, a demanda de trabalho da CPA, antes diluída em três anos,

concentrou-se em um intervalo de 10 meses. Paralelamente à nova regulação

federal, novos representantes foram eleitos para compor a CPA e, para garantir a

eficiência e eficácia das suas ações, tornou-se inevitável a criação de uma equipe de

Page 20: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

20

assessoramento técnico, com professores especialistas para desenvolver as

diversas tarefas que conformam o processo de autoavaliação institucional.

Em março de 2010, postou-se o primeiro relatório anual no sistema e-MEC e,

logo, em seguida, iniciou-se o novo processo de elaboração de questionários, coleta

de dados e análise de informações. Além disso, a CPA realizou o I Ciclo de Estudos

de Avaliação, com dezesseis seminários em todas as unidades da PUC Minas,

contando com a participação dos representantes da comunidade acadêmica –

alunos, professores e funcionários, com o objetivo de expor os resultados da

autoavaliação e submetê-los à crítica.

Nos dois últimos anos, a CPA aumentou consideravelmente seu escopo, haja

vista novos dispositivos legais, como a reedição da Portaria MEC nº 40/2007 e o

novo Estatuto da PUC Minas. Atividades outras como a Avaliação Docente, o

acompanhamento da avaliação dos cursos de graduação, a participação efetiva de

representantes na elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) para

o quinquênio 2012-2016 e a elaboração da proposta do monitoramento dos Projetos

Pedagógicos foram incorporadas às responsabilidades da CPA.

A fim de articular todos os projetos em uma rede integrada, interativa e

dinâmica, está em processo de elaboração o projeto Sistema Integrado de Avaliação

(SIAV). O objetivo é o de garantir uma interlocução de todas as facetas dos

processos de avaliação do MEC previstos pelo SINAES, acoplados às demandas da

Instituição como as concernentes à Avaliação Docente e o acompanhamento da

execução do Planejamento Estratégico e do PDI. Como centro de gerenciamento de

informação o SIAV irá integrar os processos e coleta de dados da CPA em única

plataforma.

Page 21: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

21

2. REFERENCIAL TEÓRICO E METODOLÓGICO

2.1. Referencial teórico

Comumente, a literatura sobre avaliação procura resgatar os pressupostos

epistemológicos que subjazem ao conceito, enfatizando os elementos valorativos

que, em tese, todo processo avaliativo traz em si. Assim, em muitas ocasiões, o

conceito é definido a partir de uma pressuposição de que avaliar é valorar, emitir

juízo sobre algo. Se tornar claro e explícito os pressupostos que orientam a análise,

bem como a definição objetiva dos conceitos com os quais se irá trabalhar, é parte

constitutiva do processo de produção do conhecimento em qualquer ciência e de

modo particular nas ciências humanas, pode-se entender a preocupação em

resgatar a origem do termo. Não se pode, contudo, aceitar, sem discutir, essa

proposição. Se avaliar é emitir juízo, qual seria o status do conhecimento que se

pretende acadêmico, quais seriam os elementos determinantes da validade de um

conhecimento obtido por meio da avaliação. Torna-se, portanto, necessário

estabelecer os parâmetros lógicos e objetivos que permeiam o conceito de

avaliação, parâmetros que balizarão a leitura e análise dos dados que subsidiaram a

elaboração deste relatório.

Quando nos propusemos a avaliar uma instituição ou uma política, e quando

almejamos objetividade desse conhecimento, os critérios devem ser outros que não

aqueles da primeira impressão que, geralmente, resultam em julgamentos morais e

eivados de preconceitos. Não queremos aqui retornar a velha discussão do

objetivismo e da neutralidade positivista. Antes, entendemos que, como sujeitos

imiscuídos nos processos que desejamos avaliar, a dimensão subjetiva está sempre

presente. Não podemos nunca deixar de sermos os sujeitos sociais que somos, mas

temos claro o papel de observadores, não neutros, mas vigilantes

epistemologicamente falando, como diria Bourdieu (2004). Dessa forma, avaliar

adquire outro sentido que não o de emitir juízo de valor per si. Antes, avaliar é

postar-se de maneira crítica frente ao objeto avaliado, comparando e acompanhando

não só os resultados, como os diferentes processos que se desenrolam na vida

acadêmica.

Page 22: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

22

Para isso, e como mandam as regras básicas do conhecimento que se deve

produzir nesse espaço – científico, diga-se de passagem – é preciso ter método, é

preciso ter clareza teórico-conceitual a partir dos quais será jogada a luz sobre o

objeto em análise. Assim, metodologicamente, é preciso considerar que o

conhecimento que se pretende gerar seja validado e legitimado. Sendo assim, não

pode ser baseado nas impressões dos analistas. É preciso que os parâmetros que

norteiam essa análise sejam explicitados. É preciso, portanto, que o conhecimento

aqui produzido se enquadre nas regras mínimas de objetividade – o que quer que

isso signifique – para que ele possa ser validado para além das impressões e

valores do pesquisador ou do conjunto de pesquisadores.

No caso da autoavaliação institucional – auto porque realizada por parte dos

sujeitos objetos da avaliação, daí a preocupação em garantir autonomia às

Comissões Permanentes de Avaliação, sob o pressuposto de que esse grupo deve,

ainda que envolvido no universo que avalia, manter um mínimo de distanciamento

necessário para realizar o processo a contento – e de qualquer pesquisa avaliativa

acadêmica, o princípio é o de mensurar o alcance do que foi planejado e a forma

utilizada bem como a percepção dos atores envolvidos na vida acadêmica. As bases

para que se possa realizar a autoavaliação estão dadas pelos próprios componentes

da dinâmica, tanto do ambiente político institucional que norteiam a política de

educação quanto dos elementos internos à própria organização universitária.

Nesse sentido, a ênfase do Ministério da Educação (MEC) e a orientação do

Sinaes em ter o Plano de Desenvolvimento Institucional como parâmetro da

avaliação, reafirma a natureza da avaliação como uma medida de aferição dos

resultados e da qualidade dos processos acadêmico-pedagógicos e administrativos,

propugnados pelas próprias instituições de educação superior como parte do papel

que ocupam na política educacional do país. Dessa forma, a avaliação se

desenvolve de modo interativo e processual, dado o seu caráter de construção

coletiva e da dinâmica de subsidiar proposições de mudanças, balizada pelos

ditames da legislação federal, mas também pelo planejamento institucional

estabelecido pela instituição.

Assim, a avaliação institucional tem seus parâmetros estabelecidos por esse

conjunto de dispositivos, que de fato se constituem como referências delimitadoras

da análise. Não obstante, a objetividade não está dada pelo fato de se utilizar os

Page 23: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

23

parâmetros já definidos anteriormente e que também, diga-se de passagem, já traz

em si um olhar. Antes, a objetividade está dada pela explicitação do percurso

teórico-metodológico que possibilitou a análise interpretativa dos dados.

Nessa linha, pautamo-nos pela compreensão do espaço institucional que

ocupa os sujeitos respondentes, inclusive o nosso lugar. Antes de tudo, porém

entendemos que, como analistas, cabe a postura dialético-reflexiva, no dizer de

Habermas (1982), que implica em enxergar o objeto de maneira crítica e realizar o

exercício da reflexão que possibilite não só conhecê-lo analiticamente, em suas

diferentes partes e na conjunção do todo, como também subsidiar proposições que

permitam transformá-lo. Esse é o caminho que traçamos na construção desse

relatório, a metodologia que orientou o trabalho expressa também essa escolha.

2.2. Metodologia

Na pesquisa que se apresenta foi feita uma opção por um procedimento

técnico que proporcionou uma coleta ampla de dados primários junto ao público

alunos da graduação. Outras informações, referentes às dimensões propostas pelo

Sinaes, foram coletadas por meio de levantamento e análise documental e de dados

institucionais e entrevistas semiestruturadas e estruturadas (Egressos).

Assim, foram elaborados instrumentos de coleta de dados específicos para

cada um dos públicos – alunos, professores e funcionários – que se constituíram em

questionários estruturados (vide apêndice 1). Esses questionários foram constituídos

com base nos documentos que orientam as demandas oriundas do SINAES (Lei

10.861/04) e também naqueles que traduzem as demandas internas da Instituição,

como o PDI e o Estatuto da Universidade. Além desses, as portarias do MEC/Inep

que definem as habilidades e competências gerais a serem desenvolvidas pelos

alunos da graduação e também o conteúdo básico que deve ser aprendido, serviram

de baliza para a elaboração de questionários específicos para os cursos. Outras

demandas internas foram recebidas diretamente de membros de Colegiado de

Coordenação Didática, Diretorias de Instituto/Unidade e outras instâncias de

administração superior.

Uma dessas demandas foi a necessidade de elaboração de plano amostral

que permitisse análises relevantes para cada um dos cursos de graduação. Dado

Page 24: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

24

que a PUC Minas conta, atualmente, com 109 ofertas desses cursos, a amostra teve

seu tamanho significantemente aumentando.

Para fazer uma coleta tão ampla, os instrumentos foram elaborados de tal

forma que pudessem ser respondidos virtualmente ou presencialmente. Optou-se,

juntos aos alunos de graduação, por fazer uma abordagem mais ostensiva, por meio

de respostas a questionários em formulários impressos, com questões fechadas.

Foram coletados 16.151 formulários. Para essa pesquisa específica, foram

processados apenas aqueles formulários de alunos que faziam parte da amostra

probabilística pré-selecionada, conforme descrito no plano amostral desse relatório.

Essa amostra era composta de 6.881 alunos.

Esse método de coleta, como tudo aquilo que se apresenta como novidade,

apresentou vantagens e desvantagens. Uma das principais vantagens foi a presença

da Comissão Permanente de Avaliação (CPA) em todas as salas de aula da

graduação na Universidade. Foi necessária, para essa presença, a sensibilização,

em primeiro lugar, dos membros da administração superior dos Institutos,

Faculdades e Unidades de PUC Minas, totalizando 18 reuniões de sensibilização

(um para cada instituto/faculdade ou unidade). Acordou-se que uma equipe da CPA,

composta de professores, técnicos e analistas, encarregar-se-ia de coordenar e

operacionalizar a coleta em cada uma das Unidades/Institutos/Faculdades. Essa

equipe visitou cada uma das salas de aula (à exceção do primeiro período de cada

curso, que não fez parte da amostra). Essa abordagem mais ostensiva permitiu

respostas mais rápidas e mais eficazes. Esse, porém, não se constituiu o maior

ganho dessa forma de coleta. Perceberam-se duas outras vantagens: em primeiro

lugar, tanto professores quanto alunos estavam mais inteirados, sensíveis e

envolvidos no processo de autoavaliação; em segundo lugar, a possiblidade de

atender às demandas dos cursos de obterem dados específicos e com relevância

estatística creditou mais relevância à autoavaliação.

O processamento de dados, realizado por empresa contratada, mostrou-se

como uma fragilidade desse novo método, pois foram redimensionados prazos,

logística de empacotamento, distribuição e transporte de formulários. Para uma

universidade com a dimensão da PUC Minas, qualquer proposta de abordagem

presencial e ostensiva com a comunidade acadêmica de maneira mais ampla requer

esse redimensionamento, que incluiu também a equipe da CPA.

Page 25: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

25

Como é especificado no histórico e retomado na seção “Etapas do processo

avaliativo”, grande parte da equipe dedicou-se à essa operacionalização, o que

refletiu nos processos subsequentes, quais sejam: a elaboração a implementação na

plataforma virtual dos demais instrumentos, bem como a sensibilização e

acompanhamento dos resultados dos demais públicos e ainda a realização de

entrevistas e coletas de dados secundários em documentos e bancos de dados da

Universidade.

A exemplo de 2010, a pesquisa de 2011 foi sustentada por duas abordagens

metodológicas que, conjugadas, permitiram realizar inferências mais próximas da

realidade da Instituição: a quantitativa e a qualitativa. A abordagem utilizada foi

predominantemente quantitativa, complementada com o método qualitativo, com fins

descritivos/analíticos por meio de pesquisa de campo.

A abordagem quantitativa, centrada nos modelos estatísticos, foi adotada

principalmente na coleta de dados primários, por meio de questionários

estruturados, junto a diferentes públicos que compõem o universo acadêmico.

Optou-se por trabalhar com amostras probabilísticas aleatórias, posto que esse

método permite exercer maior controle sobre a representatividade da população

pesquisada e minimizar os riscos de não se contemplar todos os comportamentos

possíveis em uma dada população. Trabalhou-se também com dados secundários,

coletados em banco de dados da Instituição e em documentos institucionais, como

processo complementar.

A exemplo do ciclo avaliativo 2009/2010, o questionário de professores de

graduação foi disponibilizado na internet, por meio do Sistema de Gestão Acadêmica

(SGA) e processado via sistema. Para o público de “egressos”, a aplicação dos

questionários se deu por meio de telefone, realizada por estagiários capacitados

para realizar a abordagem, contou-se com o apoio do Departamento de Marketing

da Secretaria de Planejamento - Seplan. Os funcionários que possuíam acesso ao

Portal RH puderam responder ao questionário online. Para aqueles que não tinham

acesso aos sistemas informatizados ou não queriam responder por este meio, foram

disponibilizados questionários para serem preenchidos manualmente e colocados

em urna própria. Em todos os casos, foram estabelecidos critérios para garantir a

confidencialidade e sigilo das informações.

Page 26: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

26

Os dados foram processados e tabulados e os resultados foram apresentados

em formato de uma tabela dinâmica do Excel. Para complementação desses dados

e também para análise dos públicos da pós-graduação foram analisados os vários

documentos oficiais, lidos à luz das ações concretas implementadas, visando

estabelecer comparações entre o que foi proposto e o realizado, bem com inferir os

pressupostos ali estabelecidos.

Complementarmente a isso, foram realizadas entrevistas com gestores e

técnicos com vistas ao entendimento dos processos subjacentes ao estabelecimento

das políticas e aos processos de tomada de decisão, bem como dos condicionantes

que demarcam a atuação da Universidade.

2.2.1. O plano amostral

A tabela 1, abaixo representada, retrata a comunidade acadêmica da PUC

Minas, desagregada pelos públicos que a compõe, universo utilizado para a

elaboração da amostragem estatística. Conforme se pode ver, são quase 70 mil

pessoas entre alunos, professores e funcionários, distribuídos pelos diversos níveis

de ensino.

TABELA 1

Comunidade Acadêmica da PUC Minas

PUC Minas Total

Alunos

Graduação¹ 46.082

Pós-graduação lato sensu 1.087

Pós-graduação stricto sensu 7.848

Sequencial 75

Atualização, aperfeiçoamento e capacitação 9.351

Professores 1.875

Funcionários 2.236

Total 68554

¹ Inclui alunos de cursos a distância Fonte: PUC em números, 2011 Tabela trabalhada pela CPA

Page 27: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

27

Em relação às populações de funcionários, alunos e professores da

graduação estabeleceu-se, inicialmente, um o índice de confiabilidade de 95% e

uma margem máxima de erro de 5%. Como medida de controle, o tamanho da

amostra foi superestimado em média em 20%, além de se ter usado a correção de

continuidade para populações finitas no cálculo inicial, para todos os grupos.

Nas pesquisas anteriores, 2009 e 2010, a amostragem considerou os

Institutos ou Unidades como base para o cálculo da amostra, não levando em conta

a proporcionalidade dos cursos. Isso gerou, em alguns casos, número de

questionários muito pequeno por curso, o que não permitiu mensurar

adequadamente a situação de alguns cursos. Para o ano de 2011, o curso foi

inserido no processo.

O cálculo do tamanho da amostra, para um nível de confiança e uma margem

de erro conhecidos, é dado por:

2

2

2

d

z

n

Onde:

n: tamanho da amostra para populações

infinitas

P: Proporção da característica observada

(0,5)

E: margem de erro

Z/2= em score associado ao grau de

confiança

Para uma população finita o tamanho da amostra pode ser corrigido pela

fórmula abaixo e a mesma foi utilizada para o recálculo das subpopulações (1,96):

N

nn

n

1

0 Onde:

n0: tamanho da amostra para populações

finitas

n: tamanho da amostra para populações

Infinitas

N: tamanho da população

Page 28: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

28

No segmento professores de graduação2, foram considerados todos os

professores da PUC Minas que ministravam aula apenas neste nível.

A população total desse público, conforme dados da Gerência de Tecnologia

de Informação (GTI) da PUC Minas, compunha-se de 1.215 docentes, considerando

apenas os professores efetivos – contratados por tempo indeterminado.

Considerando os índices de confiança acima listados, a amostra era composta de

293 docentes. Das questões respondidas obteve-se, para o nível de 95% de

confiabilidade, um erro máximo de 5,1%.

Na elaboração do plano amostral para o público alunos de graduação em

2009 e em 2010, foi necessário o cálculo de uma amostragem específica para cada

campi/unidade/núcleo universitário ou, no caso da Unidade Coração Eucarístico,

faculdades e institutos, considerando a proporção que cada uma das

unidades/campi/similares representa no universo geral dos alunos da PUC Minas.

Para tanto, trabalhou-se, inicialmente, com um índice de confiabilidade de 95% e

margem de erro de 5% para cada subconjunto de que compunham os

campi/unidades/institutos/faculdades. Isso possibilitou a geração de relatórios

específicos e individualizados para cada um dos

campi/unidades/institutos/faculdades. Para o ano de 2011 a base foi por curso.

Como o relatório geral exige a análise global da instituição, a amostra

forneceu, para uma confiabilidade de 95%, uma margem de erro inferior a 1,2%,

abaixo dos 2% de 2010.

Para a amostra de funcionários, o cálculo estatístico considerou o universo

de 2.261 pessoas, conforme dados do setor de Recursos Humanos (RH).

Considerando o índice de confiabilidade de 95%, a margem máxima de erro foi de

4,8%.

2.2.2. Etapas do processo avaliativo - 2011

Diferentemente dos outros anos, em que os questionários foram aprimorados

para coletar dados dos diversos públicos que compõem a comunidade acadêmica,

no ano de 2011, os questionários focalizaram professores e alunos da Graduação.

Assim, entre os meses de maio e julho, a equipe analisou o processo anterior e

2 Os professores da PUC Minas, mesmo os lotados nos níveis de pós-graduação, geralmente lecionam no nível da graduação.

Page 29: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

29

remodelou os questionários de avaliação institucional para esses públicos. Em

atendimento às demandas internas, foram confeccionados instrumentos específicos

para os cursos de Exatas e de Licenciatura, que participariam do Exame Nacional de

Desempenho do Estudante (Enade) em 2011.

Concomitantemente à aplicação dos questionários para os alunos, estava em

elaboração o questionário de professores, que seria aplicado, por meio digital3, em

novembro. Também, nesse período, foi elaborado o questionário de Egressos, em

conjunto com o Departamento de Marketing da Secretaria de Planejamento e

Desenvolvimento Institucional (Seplan). A pesquisa vem sendo realizada desde

então, por funcionários do marketing e parte da equipe da CPA, por meio de

ligações telefônicas. Alguns egressos optaram por receber o link com o questionário

disponibilizado online.

Em seguida, nos meses de novembro e dezembro, a CPA elaborou o

questionário de funcionários. O desenvolvimento tardio de parte desse processo

resultou em um efeito direto da nova opção de aplicação presencial, que exigiu a

presença de grande parte da equipe nas diversas unidades da PUC Minas. No

entanto, houve rápida resposta e a amostra foi atingida em 30 dias.

3 Na PUC Minas há o Sistema de Gestão Acadêmica (SGA), em que alunos e professores consultam informações acadêmicas. O questionário de professores foi disponibilizado neste Sistema.

Page 30: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

30

30

FIGURA 1 Etapas da autoavaliação institucional- 2011

Abril Maio Dezembro

Janeiro Fevereiro Março

2012

2011

Início da atualização dos instrumentos

Elaboração dos questionários

de alunos

Adaptação do processo de

acordo com as novas exigências do MEC e PUC

Minas

Junho

Elaboração dos questionários p/

cursos de Exatas e

Licenciaturas

Validação do questionário de

alunos

Julho

Revisão e elaboração do questionário de

egresso

Agosto

Atualização do questionário de

professor

Início da coleta de dados em

campo - alunos

Setembro

Validação do questionário de

professor

Outubro

Disponibiliza-ção do

questionário de professor

Início da pesquisa c/

egresso

Novembro

Entrega dos resultados p/ os colegiados

dos cursos

Fim da aplicação dos questionários

de professores

Elaboração do questionário de

funcionário

Validação do questionário de

funcionários

Elaboração do escopo do relatório

Disponibiliza-ção dos dados

de alunos e professores

Elaboração do relatório parcial

Formatação do relatório final

Reunião CPA para aprovação

do relatório

Elaboração do Plano Amostral

Início da coleta de dados

secundários

Validação da pesquisa de egressos –CPA/Seplan

Aplicação dos questionários de funcionário

Reuniões de alinhamento

para elaboração do

relatório

Fonte: CPA PUC Minas

Elaboração da metodologia de coleta de dados

Postagem do relatório no e-

MEC

Page 31: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

31

O processo utilizado também trouxe benefícios, possibilitando a agilidade do

processamento de dados. Dessa maneira, foi possível entregar dados específicos para

todos os cursos da Universidade. A alta gestão da PUC também recebeu dados

específicos e consolidados, com informações de cada curso e Unidade/Instituto.

Page 32: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

32

3. DIMENSÕES AVALIADAS

3.1. A Missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional

Instituição de caráter confessional, a PUC Minas retrata em sua missão princípios e

valores condizentes não só com as orientações cristãs as quais se filia, a Igreja Católica,

mas também àqueles que remetem à formação de um sujeito cientifica e tecnicamente

preparados e socialmente responsável e solidário com a sociedade onde vive. A missão

reitera o objetivo precípuo de garantir aos alunos uma formação acadêmica de qualidade,

cientificamente balizada e comprometida com o desenvolvimento responsável da

sociedade dentro dos princípios da ética, da moral e da justiça. Esses princípios e valores

se expressam não só, mas principalmente nas disciplinas de cultura religiosa, nas

atividades implementadas pela Pastoral Universitária e nas ações comunitárias e

extensionistas.

Como parte integrante do Plano de Desenvolvimento Institucional, a missão da

PUC Minas aponta o norte para o planejamento macropolítico da instituição a cada

quinquênio. O PDI estabelece as diretrizes para o desenvolvimento e implementação da

política educacional, dos programas projetos e ações acadêmicas e administrativas da

Universidade.

Tendo em vista sua importância na definição das políticas das IES, o PDI sempre

foi visto como um dos principais documentos a balizar a autoavaliação institucional.

Assim, o SINAES veio referendar a compreensão de que os processos avaliativos dever-

se-iam não só se articularem ao Plano de Desenvolvimento Institucional como também

entremearem seus processos de modo a que a própria instituição deles se apropriassem

no seu planejamento acadêmico-administrativo. Para tanto, os documentos principais que

representam o propósito e descrição dos objetivos de ambas as práticas – o Plano de

Desenvolvimento Institucional e o Relatório de Autoavaliação Institucional – deveriam ser

construídos espelhados um ao outro, de maneira a se retroalimentarem. Na PUC Minas,

essa imbricação se deu de forma substantiva a partir principalmente do ano de 2009,

quando os diagnósticos avaliativos passaram a se constituir como referencias para a

aferição do alcance dos objetivos propostos no Plano Institucional.

O PDI vigente, que engloba os anos 2007 a 2011, teve seu último ano de validade

e coincidiu com o processo avaliativo que resultou neste relatório. Para a construção de

Page 33: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

33

um novo plano para o quinquênio 2012-2016, foi feita uma meta-avaliação, a fim de se

estabelecer pontos fortes e fracos, de maneira a constituir o norte para a construção do

novo documento.

O balanço geral demonstrou expressivos avanços no que toca às atividades fins da

Universidade. Dentre eles destacam-se o avanço e consolidação da política de Extensão,

conforme se pode ver na análise da dimensão mais à frente; na consolidação da política

de Pesquisa e Pós-graduação, mormente com o crescimento e aprovação pela Comissão

de Aperfeiçoamento de Pessoal da Educação Superior (CAPES), de novos programas de

Mestrado e Doutorado (ver dimensão específica); e melhoria da qualidade de parte dos

cursos de graduação mensurado por meio da avaliação externa e do ENADE.

Para que fosse possibilitada a elaboração do novo plano, a Administração Central

da PUC Minas criou uma comissão composta por membros das Pró-reitorias-fim

(Graduação, Pesquisa e Pós-graduação e Extensão), da Secretaria de Planejamento e da

Comissão Permanente de Avaliação (CPA). Tendo como base o PDI anterior, os

relatórios de autoavaliação anteriores e o Roteiro do Sinaes, foi elaborado o projeto

estrutural do novo Plano. Esse referencial foi apresentado aos diversos órgãos e setores

da Universidade, que assumiram a responsabilidade da produção do texto referente ao

seu respectivo setor. Dessa maneira, o PDI não só seria democrático e participativo como

também um reflexo da realidade institucional, uma vez que determinado pelos próprios

responsáveis pelas diversas atividades produzidas na Universidade.

À comissão do PDI, coube a responsabilidade de elaborar o constructo final, bem

como revisar os textos enviados, direcionando-o quando incompletos. A estrutura e

redação finais foram elaboradas pela comissão.

Embora tenha mobilizado substantivas parcelas da comunidade acadêmica,

principalmente os gestores em seus diversos níveis, o PDI é ainda, um documento pouco

conhecido pelos diversos públicos que o compõe. A pesquisa de avaliação realizada junto

ao corpo discente e docente da Instituição corrobora essa percepção.

Quanto ao corpo discente, 93,57%, dos respondentes afirmaram desconhecer o

PDI. Já entre os professores 26,54% afirmaram desconhecê-lo. Dentre os professores

que conhecem o Plano, 36,92% afirmaram ter conhecimento das diretrizes gerais; 18,85%

conhecem as metas do PDI e avaliam que elas são coerentes com as ações

desenvolvidas pela Universidade; 16,54% afirmam que elas são parcialmente coerentes

Page 34: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

34

com as ações desenvolvidas e apenas 1,15% disse que as metas não são coerentes com

as ações.

Dessa forma, entende-se a necessidade de que o PDI seja melhor discutido, ainda

que por partes, principalmente entre os professores já que são eles atores determinantes

no alcance de metas e resultados ali propostos.

3.2. A Politica para o Ensino, a Pesquisa, a Pós-graduação, a Extensão

3.2.1. Ensino de Graduação

3.2.1.1. Perfil – Alunos e Professores

a) Alunos

O corpo discente da PUC Minas, no 2º semestre de 2010, era composto por 64.443

alunos (PUC em Números – 2º semestre/2010) distribuídos em 109 cursos de graduação

– modalidades presenciais e a distância, incluindo também os cursos superiores de

tecnologia – 27 programas de pós-graduação stricto sensu, 316 de cursos de pós-

graduação lato sensu, 1 curso sequencial e 31 cursos de aperfeiçoamento, atualização

e/ou capacitação.

Apresentam-se, a seguir, os resultados dos alunos da Graduação, um dos públicos

que participou da pesquisa institucional no ano de análise deste relatório. Considerando o

total de 46.082 alunos (no final de 2011), essa população se distribui entre 54,25% de

mulheres e 45,75% de homens.

A tabela 2 desagrega a distribuição do corpo discente segundo representatividade

no conjunto total de matriculados na Universidade por sexo. O maior percentual de alunos

encontra-se no campus Coração Eucarístico (44,7%), seguido das unidades São Gabriel

(12,65%) e Barreiro (10,87%).

Page 35: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

35

TABELA 2 Perfil do corpo discente

Campi/Unidade Feminino Masculino

Alunos Matriculados

% % %

Arcos 3,78 2,88 3,37

Barreiro 11,53 10,07 10,87

Betim 10,13 6,84 8,62

Coração Eucarístico 42,92 46,79 44,70

Contagem 8,13 10,65 9,29

Guanhães 0,31 0,32 0,32

Poços de Caldas 9,37 9,27 9,33

São Gabriel 12,84 12,41 12,65

Serro 0,94 0,72 0,85

Total 100 100 100,00 Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Em relação às bolsas, quase 39% dos alunos recebe algum benefício dessa

natureza (ProUni, bolsa institucional, bolsa oferecida por Sindicatos etc), como pode se

observar na tabela 3 a seguir:

Page 36: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

36

TABELA 3 Bolsas do corpo discente por Campi/Unidade

Campi/Unidade¹ Carência

social ProUni Outras² Total

Belo Horizonte³ 1845 5431 4011 11287

Betim 229 965 453 1647

Contagem 350 743 552 1645

Arcos 139 440 122 701

Guanhães 6 71 6 83

Poços de Caldas 132 975 537 1644

Serro 42 113 33 188

Total 2743 8738 5714 17195

¹ Betim e Contagem são Núcleos Universitários e os demais são Campus

² Convênio cultural, irmãos. Bolsa Colégio Santa Maira, Contratos, Destaque Acadêmico, Sindicato e Acordo Coletivo (ADPUC, SAAE, SINPRO). ³Agrega as Unidades Barreiro, Coração Eucarístico, São Gabriel e Praça da Liberdade Bolsas das Unidades Barreiro, Coração Eucarístico (incluindo cursos ofertados na Praça da Liberdade). Fonte: PUC Minas em Números - 2º/2010

b) Professores de graduação

O corpo docente da PUC Minas, no 2º semestre de 2011, era composto por 1875

professores, dos quais 1215 lecionavam na graduação. Desse total, conforme apontado

na metodologia, 293 compuseram a amostra, dos quais 281 responderam ao

questionário, cujas respostas obedecem a um índice de 95% de confiabilidade e 5,1% de

margem de erro.

O perfil dos professores será aqui descrito pelas respostas ao bloco de questões

composto para esse fim no questionário de coleta de dados primários para a

autoavaliação institucional.

Assim, temos que o corpo docente da PUC Minas está dividido em 54,35% de

professores do sexo masculino e 45,65% do sexo feminino. A faixa etária de maior índice

(38,26%) foi apresentada para os professores que têm entre 42 e 51 anos, ladeada pelas

faixas de 32 a 41 anos (21,74%) e 52 a 61 anos (24,35%). Interessante notar que nas

duas faixas dos extremos (abaixo de 31 ou acima de 70 anos) temos índice igual (2,17%).

Page 37: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

37

TABELA 4 Faixa etária do corpo docente

Faixa etária %

Abaixo de 31 anos 2,17

32 a 41 anos 21,74

42 a 51 anos 38,26

52 a 61 anos 24,35

62 a 71 anos 11,31

Mais de 70 anos 2,17

Total 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Quanto à titulação, temos a maioria de mestres (61,03%), seguida pelos doutores

(25,37%). Se somadas essas categorias, temos que quase noventa por cento (86,40%)

dos professores da Universidade são titulados.

TABELA 5 Titulação do corpo docente

Titulação %

Doutor 25,37

Especialista 11,76

Graduado 1,84

Mestre 61,03

Total 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Esses percentuais são coerentes com os apresentados para a questão sobre o

enquadramento funcional. Isso porque se tem 66,42% de professores Assistentes

(categoria que abrange os docentes com titulação de Mestre) e 27,31% de professores

Adjuntos (abrange os docentes com titulação de Doutor).

Em relação ao tempo de trabalho na Universidade, a maior parte dos professores

leciona na PUC Minas entre seis e 10 anos (33,61%), imediatamente seguida por aqueles

que lecionam entre 11 e 15 anos (28,69%). É interessante apontar que, embora em

Page 38: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

38

pequeníssimo número, há professores que trabalham na universidade há mais de 40

anos. Na PUC Minas, a titulação e o tempo de docência na PUC Minas são critérios para

ascensão.

Quanto ao regime de trabalho, no ano de 2009, 77,07% dos respondentes

enquadravam-se como aulistas, e pouco mais de 22% em regime integral ou parcial. Em

relação a esse quesito específico, há que se observar que a PUC Minas passou por

recente readequação de seu quadro docente para atender às exigências do Ministério da

Educação, que requerem número mínimo de professores em Regime de Tempo Integral.

Assim, esses números alteraram significativamente para o ano de 2010.

No ano de 2010, 61,13% dos professores eram aulistas e 38,86% enquadravam-

se em regime integral ou parcial. Na atual pesquisa, referente ao ano de 2011, tem-se um

quadro estabilizado nesses índices, uma vez que permanecem cerca de 60% de

professores aulistas e cerca de 40% de professores em regime integral ou parcial de

trabalho, como pode ser observado na tabela a seguir. Essa situação reflete a

consolidação do RTI, implantado em 2009.

TABELA 6 Evolução do regime de trabalho do corpo docente

Regime 2009 2010 2011

Aulista 77,07 61,13 60,89

Regime integral ou parcial 22,93 38,87 39,11

Total 100,00 100,00 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

As horas dos professores estão alocadas da seguinte forma: 59% têm horas para

atividades administrativas. Desses, a maioria (57,89%) tem até 12 horas. Em 2010, esse

percentual era de 66,67%. A maioria dos professores que realiza atividade de extensão

tem de uma a quatro horas para esse fim. Essa situação foi apontada no relatório anterior

e se mostra inalterada, uma vez que o edital de extensão prevê quatro horas para cada

coordenador de projeto. Em relação à pesquisa, pode-se dizer que houve um aumento

significativo de professores que tem de uma a quatro horas para esse fim (56,20% em

2010 e 79,41% em 2011). Em 2011, pode-se perceber uma queda brusca no percentual

Page 39: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

39

de professores que dedicavam mais de 20 horas à Pesquisa (29,93% em 2010 e 0% em

2011).

Em relação à dedicação às atividades administrativas da Universidade, tem-se que

em 2010, quase a metade dos professores (41%) não tinha horas para esse fim, índice

que foi reduzido para 30,37% em 2011. O percentual de professores que não tem horas

alocadas para atividades de extensão se estabilizou entre 2010 (63,76%) e 2011

(62,07%). Em relação à pesquisa, entre 2010 e 2011, tem-se um aumento de 12,22%

pontos percentuais (considere-se uma margem de erro de 5,2%) no número de

professores que não têm horas para esse fim.

O percentual de horas dedicadas ao Ensino em sala de aula manteve-se estável,

como pode ser percebido na tabela a seguir.

TABELA 7

Evolução das horas de dedicação do corpo docente por

dimensão da graduação

Atividades

1 a 4 5 a 12 13 a 20 Mais de 20 Total

2010 2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011

Administrativas 28,03 23,31 38,64 34,58 21,21 23,31 12,12 18,8 100 100

Extensão 70,89 70,91 22,78 27,27 5,06 1,82 1,27 0,00 100 100

Pesquisa 56,2 79,41 13,14 17,65 0,73 2,94 29,93 0,00 100 100

Sala de aula 4,44 3,85 22,98 26,07 44,35 42,31 28,23 27,77 100 100

¹Desconsiderando as horas extra-classe Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Os professores estão enquadrados funcionalmente nas seguintes categorias:

Adjunto (I, II e III), Assistente (I, II e III), Aulista e Titular. Em 2011, 27,31% dos

professores eram Adjuntos, 66,43% eram Assistentes, 1,11% Aulistas e 5,17 eram

enquadrados como Titulares.

A PUC Minas está distribuída em cinco campi em Minas Gerais (Arcos, Belo

Horizonte, Guanhães, Poços de Caldas e Serro), três unidades diferentes na região

Page 40: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

40

metropolitana de Belo Horizonte (Barreiro, Coração Eucarístico e São Gabriel) e dois

núcleos universitários (Betim e Contagem). Os professores lecionam disciplinas em

campi ou unidades diferentes. A pesquisa levantou os campi/unidades em que os

professores concentram o seu maior número de disciplinas. Dados da PRORH

corroboram os dados da amostra (DW/DM Ensino).

Dada a proporção do campus Coração Eucarístico (que engloba quase 50% dos

alunos da Universidade), a maior parte dos professores respondeu nele concentrar suas

disciplinas (50,55%). Em seguida, tem-se o Núcleo de Betim, no qual 12,09% dos

professores respondentes afirmaram concentrar suas aulas, o campus Poços de Caldas

(10,26%) e a unidade São Gabriel (9,16%).

GRÁFICO 1 Unidades com maior concentração de horas de corpo docente

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Page 41: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

41

3.2.1.2. Práticas pedagógicas

Os questionários para alunos e professores foram construídos de modo que se

pudesse, a partir das mesmas questões, contrapor a visão dos principais atores do

processo de ensino-aprendizagem.

As práticas pedagógicas foram avaliadas pelos alunos que responderam aos

questionários. Considerando os resultados das avaliações anteriores e também a

morosidade das mudanças que ocorrem em instituições do tamanho da PUC Minas,

optou-se pela qualificação das respostas de não participação em atividades pedagógicas,

tendo em vista a comprovação de que a grande maioria do corpo discente não participa

de tais atividades.

GRÁFICO 2

Participação do corpo discente em atividades pedagógicas

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Dentre as atividades de maior participação de alunos, destacam-se estágios não-

obrigatórios, eventos científicos e monitoria. A maioria dos alunos, no entanto, afirmou

não participar de tais atividades e os principais motivos seguem listados a seguir, em

ordem decrescente: indisponibilidade de tempo para tais atividades, desconhecimento,

outros motivos além dos citados, desinteresse e não contribuição para a formação.

0,00 50,00 100,00

Atividades de extensão

Estágios não-obrigatórios

Eventos científicos promovidos pela PUC Minas

Eventos científicos promovidos por outra instituição

Iniciação científica

Monitoria

Projeto de pesquisa

Participou

Não participou

Não quis responder

Não soube responder

Page 42: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

42

TABELA 8 Motivos da não-realização das atividades pedagógicas

pelo corpo discente

Atividades Pedagógicas

Não contribuem para minha formação

Indisponibilidade de horário

Desinteresse Desconhecimento Outros motivos

Total

Atividades de Extensão

0,25 42,15 6,37 34,72 16,51 100

Estágios não-obrigatórios

0,53 44,01 7,23 17,14 31,07 100

Eventos científicos interno

0,66 30,6 6,67 45,63 16,44 100

Eventos científicos externo

0,42 28,25 9,21 47,11 15,01 100

Iniciação científica 0,42 32,17 9,46 35,21 22,73 100

Monitoria 0,57 42,89 19,81 15,4 21,33 100

Projeto de pesquisa 0,29 35,79 9,00 30,86 24,07 100

Fonte: CPA-PUC Minas 2011

Os projetos de pesquisa são oportunidades de construção própria do conhecimento

durante a realização do curso. Cerca de 15% dos alunos respondentes afirmaram que

participam de projetos. Porém, a grande maioria afirmou que não participa, pois não têm

disponibilidade de tempo (35,79%) ou falta de conhecimento (30,86%). 24,07% dos

alunos responderam que são outros os motivos para não realizarem projetos de pesquisa.

Aqueles que não souberam ou não quiseram responder somaram 3,27%.

Em relação aos estágios não-obrigatórios, o percentual de participação dos alunos

é mais expressivo, 31,07%. Os respondentes que afirmaram não participar apontaram

como principal motivo a falta de disponibilidade de tempo para tal atividade (44,01%).

Outros motivos de não-participação, não relacionados na questão, foram a opção de

31,07% dos respondentes.

Sendo assim, perguntou-se ao corpo discente sobre o Plano de Ensino, que

contém objetivos, métodos de ensino, conteúdo, avaliações e bibliografia de cada

disciplina. Grande parte dos alunos respondentes, 71,10%, afirmou que a maioria dos

professores discutiu o Plano de Ensino, considerando tal ação como uma prática

importante para o desenvolvimento das disciplinas, bem como os professores

respondentes: 80,68%. No entanto, 17,81% dos discentes responderam que, apesar de

Page 43: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

43

considerar a discussão do Plano de Ensino importante, somente a minoria dos

professores o discute.

TABELA 9

Avaliação do corpo discente sobre a discussão do plano de ensino em sala de aula

Quesitos %

A maioria dos professores discutiu e acredito que essa é uma prática importante para o desenvolvimento das disciplinas

71,10%

A maioria dos professores discutiu, mas não acredito que isso contribua efetivamente para o desenvolvimento das disciplinas

4,31%

A minoria dos professores discutiu e acredito que essa é uma prática importante para o desenvolvimento das disciplinas

17,81%

A minoria dos professores discutiu, mas não acredito que isso contribua efetivamente para o desenvolvimento das disciplinas

2,27%

Não discutiram 2,89%

Não quiseram responder 0,50%

Não souberam responder 1,12%

Total 100

Fonte: CPA PUC Minas 2011

Dos professores respondentes, 12,50% afirmaram que não o discutem, o que é

coerente com a resposta dos alunos, considerando-se a margem de erro de (1,2% par

alunos e 5,1% para professores). Importante apontar que 6,82% dos professores

responderam que discutem o plano, mas que não acreditam que isso contribua para o

desenvolvimento da disciplina.

Page 44: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

44

TABELA 10 Avaliação do corpo docente sobre a discussão do plano

de ensino em sala de aula

Discussão do plano de ensino %

Sim, e acredito que essa é uma prática importante para o desenvolvimento da disciplina

80,68

Sim, mas não acredito que isso contribua efetivamente para o desenvolvimento da disciplina

6,82

Não discuti 12,50

Total 100

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

A tabela a seguir apresenta aspectos relacionados às práticas de ensino,

considerando-se o conjunto de disciplinas cursadas no período.

TABELA 11 Práticas pedagógicas realizadas pelo corpo discente

por número de disciplinas

Praticas pedagógicas Todas Muitas Metade Poucas

Muito poucas

Total

% % % % % %

A discussão dos resultados de avaliação orientou uma reelaboração de práticas de ensino

10,13 19,08 29,1 22,98 18,72 100

Houve articulação entre teoria e prática 14,66 27,22 31,9 16,92 9,29 100

Houve interdisciplinaridade 17,05 22,72 27,24 17,09 15,9 100

O conteúdo foi apresentado de forma satisfatória

17,69 36,42 34,18 7,67 4,03 100

Ocorreu processo de avaliação compatível com o trabalho desenvolvido na disciplina

24,36 34,63 26,7 9,68 4,63 100

Os objetivos foram atendidos de forma satisfatória

12,75 34,58 36,02 11,64 5,01 100

Os resultados das avaliações foram discutidos (ainda que coletivamente)

16,95 23,75 27,76 18,69 12,85 100

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Page 45: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

45

Como se pode observar, os estudantes respondentes afirmaram, de um modo

geral, que os princípios e ações que caracterizam o processo de ensino-aprendizagem,

como a articulação entre teoria e prática e a compatibilidade das avaliações com o

trabalho desenvolvido em sala de aula, a discussão dos resultados da avaliação e a

orientação de práticas de ensino a partir dessas discussões ocorreram em grande parte

das disciplinas cursadas. Segundo os respondentes, a discussão dos resultados de

avaliação orientou uma reelaboração das práticas de ensino em todas as disciplinas

(10,13%); em muitas (19,08%); em metade (29,10%). Importante destacar que para essa

prática, mais de 40% dos alunos afirmou que isso ocorre em poucas (22,98%) ou muito

poucas disciplinas (18,72%).

No entanto, para os discentes, ocorreu processo de avaliação compatível com o

trabalho desenvolvido em grande parte das disciplinas (em todas disciplinas – 24,36%,

em muitas – 34,63% e na metade – 26,70%).

Aos professores, foi questionada a forma como contemplavam algumas práticas de

ensino em suas disciplinas. Suas respostas mostraram-se coerentes com as respostas

dos alunos, porque os maiores índices de avaliação para a realização dessas práticas

variaram eminentemente entre muito bom e excelente, como se pode verificar na tabela a

seguir:

Page 46: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

46

TABELA 12 Avaliação pelo corpo discente quanto qualidade das práticas pedagógicas

do corpo docente

Práticas Pedagógicas Excelente Bom Regular Ruim Péssimo

Não existe

Total

% % % % % % %

Cumprimento dos objetivos programáticos da disciplina

56,87 38,93 4,2 0,00 0,00 0,00 100

Discussão dos resultados das avaliações com as turmas (ainda que coletivamente)

42,41 38,13 16,73 1,56 0,78 0,39 100

Promoção da articulação entre teoria e prática

46,72 43,24 8,11 0,77 0,00 1,16 100

Realização de avaliações compatíveis com o trabalho desenvolvido na disciplina

60,15 34,48 4,6 0,38 0,00 0,38 100

Realização de práticas interdisciplinares

19,31 34,36 29,34 11,2 2,32 3,47 100

Reelaboração de práticas de ensino a partir dos resultados das avaliações

38,85 40,38 16,54 3,46 0,00 0,77 100

Fonte: CPA-PUC Minas 2011

O Sinaes prevê que as práticas pedagógicas sejam avaliadas “considerando a

relação entre a transmissão de informações e utilização de processos participativos de

construção do conhecimento”. Isso implica em avaliar quais práticas pedagógicas são

adotadas e em que elas contribuem para a formação do docente.

Os professores avaliaram também a contribuição de suas práticas pedagógicas

para a formação de competências. As competências aqui avaliadas são propostas como

competências básicas para todos os cursos de ensino superior, divulgadas pelas portarias

que regulamentam as habilidades, competências e conteúdos a serem analisados pelo

Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes da Educação Superior (Enade). São

elas: análise crítica da realidade; argumentação coerente; atuação ética, com

responsabilidade social, para a construção de uma sociedade includente e solidária;

capacidade de integrar vários conhecimentos na leitura de um problema; leitura e

interpretação de textos; raciocínio lógico; tomada de iniciativa e aplicação de

conhecimento em novas situações. A maioria dos professores (média de 87,51%) apontou

que a contribuição de suas práticas para o desenvolvimento dessas competências é de

muito boa a excelente.

Page 47: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

47

TABELA 13 Contribuição das práticas pedagógicas realizadas para desenvolvimento

de competências do corpo docente

Competências Excelente Bom Regular Ruim Péssimo Total

% % % % % %

Análise crítica da realidade 50,96 37,93 10,73 0,38 0,00 100

Argumentação coerente 42,31 48,85 8,08 0,77 0,00 100

Atuação ética, com responsabilidade social

64,89 26,72 7,63 0,76 0,00 100

Capacidade de integrar vários conhecimentos

34,62 48,85 15,38 1,15 0,00 100

Leitura e interpretação de textos 37,79 45,8 14,5 1,15 0,76 100

Raciocínio lógico 48,67 44,11 7,22 0,00 0,00 100

Tomada de iniciativa e aplicação de conhecimento em novas situações

35,38 45,77 17,69 0,77 0,38 100

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Vários recursos pedagógicos podem ser utilizados pelos professores em suas

disciplinas a fim de contribuírem para o uso de novas tecnologias no ensino, a

interdisciplinaridade e as inovações didático-pedagógicas. Alguns deles foram listados e

aos professores foi solicitado que os qualificassem. Suas respostas demonstraram que a

maioria considera que as práticas investigativas são de muito boas a excelentes

(71,32%), assim como a integração entre as disciplinas (58,56%).

As visitas técnicas não são utilizadas por 33% dos professores. Os que a utilizam a

avaliam distributivamente entre todas as categorias de análise. Em relação à Extensão,

quase 25% dos professores afirmaram que a prática extensionistas realizada é ruim ou

péssima.

Page 48: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

48

TABELA 14 Recursos pedagógicos utilizados pelo corpo docente

Recursos pedagógicos

Excelente Bom Regular Ruim Péssimo Não

existe Total

% % % % % % %

Integração com outras disciplinas

21,67 36,88 27,38 6,08 3,80 4,18 100

Práticas extensionistas 9,65 18,15 25,48 16,22 8,11 22,39 100

Práticas investigativas 30,62 40,70 18,99 3,49 0,78 5,43 100

Visitas técnicas 12,45 12,84 16,73 12,84 12,06 33,07 100

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Professores e alunos concordam quanto ao atendimento extraclasse. A maioria dos

discentes afirmou que o atendimento ocorreu pessoalmente.

TABELA 15 Avaliação pelo corpo discente quanto ao atendimento

extraclasse dos professores

Atendimento Total

n

Sim, antes ou depois das aulas 3493

Sim, por e-mail ou telefone 1567

Não quero responder 215

Não sei, porque não os procuro 856

Não, não há atendimento 775

Total 6906*

Fonte: CPA - PUC Minas 2011 *questão comportava duas ou mais respostas

Os índices de resposta dos docentes confirmam essa afirmativa: 48,67% dos

professores atendem os alunos pessoalmente, antes ou depois das aulas e 31,94% por e-

mail e/ou telefone.

Page 49: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

49

TABELA 16

Avaliação do corpo docente quanto ao atendimento extraclasse ao aluno

Atendimento Total Geral

%

Sim, antes ou depois das aulas 48,67

Sim, no horário de dedicação administrativa 17,49

Sim, por telefone ou e-mail 31,94

Não, pois não tenho horas disponíveis 1,14

Não, pois os alunos não procuram 0,76

Total 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

3.2.1.3. Condições de Ensino-Aprendizagem

O Projeto Pedagógico do Curso é o principal instrumento de referência para

professores e alunos. O conhecimento sobre o PPC proporciona a visão global do curso,

as oportunidades para pesquisa, atuação profissional, dentre outros. Tendo essa

perspectiva em vista, foi perguntado aos alunos se eles haviam participado de discussões

sobre os PPC. As respostas demonstram a não participação dos alunos na discussão dos

projetos (87,23% não participaram); A minoria (3,12%) disse que participou diretamente

de discussões sobre o projeto e 5,98% disseram que participaram indiretamente.

Page 50: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

50

TABELA 17 Participação do corpo discente em discussão

sobre o Projeto Pedagógico

Participação Total Geral

%

Sim, diretamente 3,12

Sim, indiretamente 5,98

Não 87,23

Não quero responder 3,67

Total 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Os professores destacaram, por outro lado, que participaram das discussões do

projeto pedagógico, seja em todos os cursos em que lecionam (31,06%), em seu curso de

origem (37,88%) ou na maioria dos cursos em que leciona (16,29%). É importante

ressaltar que apenas 3,03 % disseram não haver discussão do projeto nos cursos em que

leciona. Os que afirmaram não ter participado da discussão justificaram que não tiveram

conhecimento (77,42%), não consideram importante para a atividade docente (19,35%)

ou não têm interesse (3,23%).

Tabela 18 Participação do corpo docente em discussão

sobre o Projeto Pedagógico

Participação nas discussões - PPC Total

%

Sim, participei em todos os cursos em que leciono 31,06

Sim, participei na maioria dos cursos em que leciono 16,29

Sim, participei apenas no meu curso de origem, ou naquele (s) em que estão concentradas a maior parte das minhas aulas

37,88

Não houve discussão 3,03

Não participei por falta de tempo ou por não considerar importante para o desempenho de minha atividade docente

2,27

Não participei porque não tenho interesse 0,38

Não participei porque não tive conhecimento 9,09

Total 100

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Page 51: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

51

Também foi perguntado aos docentes sobre o conhecimento de quesitos do Projeto

Pedagógico de Curso. Em relação às Atividades Complementares de Graduação (ACG) a

maioria (62,25%) afirmou que conhece muito bem e bem. Outros 23,74% responderam

que conhecem regularmente as ACG. Os que conhecem pouco representam 9,34% dos

respondentes e 4,67% afirmaram que não conhecem esse quesito. Grande parte dos

docentes afirmaram que conhecem muito bem e bem os quesitos relacionados, a saber:

Atividade de Pesquisa (62,84%), Atividade de Extensão (58,21%), Inserção da disciplina

lecionada no projeto (90,76%), Perfil do egresso (66,67%) e Processos de Avaliação

(87,26%). No Gráfico a seguir é possível conferir os resultados.

GRÁFICO 3 Conhecimento do corpo docente quantos aos quesitos do PPC

Fonte: CPA PUC Minas 2011

As atividades culturais, sociais e religiosas são complementares à formação

acadêmica dos alunos e são fundamentais para a concretização da missão da PUC

Minas. Logo, foi perguntado aos alunos se eles participaram de atividades culturais e da

Pastoral e, em caso de negativa, o motivo de não participarem.

0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00

Atividade Complementares de Graduação (ACG)

Atividade de pesquisa

Atividades de extensão

Inserção da disciplina que leciono no projeto

Perfil do Egresso

Processos de Avaliação

Não conhece Pouco Regularmente Bem Muito bem

Page 52: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

52

Os alunos que responderam ao questionário, em sua maioria, afirmaram que não

participaram de atividades culturais promovidas pela Instituição, como pode ser

observado na tabela 19.

TABELA 19

Participação do corpo discente em atividades culturais

Atividades Participei

Não Participei

Não quero responder

Não sei responder

Total Geral

% % % % %

Artes audiovisuais 3,85 92,48 1,54 2,13 100

Artes cênicas 3,57 92,74 1,66 2,03 100

Atividades de lazer 11,31 85,46 1,53 1,70 100

Atividades esportivas 9,97 86,96 1,46 1,61 100

Atividades musicais 6,62 90,05 1,58 1,75 100

Cultura popular 6,8 89,55 1,65 2,00 100

Exposições/mostras 29,43 67,4 1,5 1,67 100

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Quando indagado quanto aos motivos da não participação das atividades culturais

a maioria alegou desconhecimento em todas as atividades, conforme se observa na

tabela 20.

Page 53: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

53

TABELA 20 Motivos da não-participação do corpo discente

em atividades culturais

Atividades

Não contribuem para minha formação

Indisponibilidade de horário

Desinteresse Desconhecimento Outros motivos

Total

Artes Audiovisuais 0,83 21,74 20,11 44,09 13,23 100

Artes cênicas 1,08 22,22 23,39 39,83 13,48 100

Atividades de lazer 0,71 26,72 13,44 45,87 13,26 100

Atividades esportivas

0,88 27,23 17,67 40,55 13,67 100

Atividades musicais 1,03 25,35 19,11 41,28 13,23 100

Cultura popular 0,84 23,72 17,62 43,94 13,88 100

Exposições/mostras 0,82 27,32 13,96 43,87 14,03 100

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

3.2.2. Pós-Graduação e Pesquisa

3.2.2.1. Pós-graduação lato sensu

A consolidação do ensino de graduação impulsionou a criação dos cursos de pós-

graduação lato sensu na PUC Minas. O crescimento da demanda por educação

continuada possibilitou a expansão da oferta de cursos em diferentes modalidades,

ampliando a atuação da Universidade no aperfeiçoamento profissional e intelectual de

egressos do ensino superior. Esses cursos aglutinaram-se em três grandes formatos: o

Programa de Especialização de Professores de Ensino Superior (Prepes), os cursos de

especialização do Instituto de Educação Continuada (IEC) e os cursos de pós-graduação

a distância da PUC Minas Virtual. Registra-se, ainda, os cursos ofertados pelo Instituto de

Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), e pelo campus de Poços de Caldas, conduzidos

pelos respectivos institutos e unidade.

O ensino de pós-graduação lato sensu teve início na PUC Minas em 1974, com o

Prepes. Estruturado em módulos e fazendo coincidir os períodos de aula com os de férias

coletivas da categoria docente, criou possibilidades efetivas de participação de um maior

número de professores e alunos e de constituição de um corpo docente altamente

Page 54: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

54

qualificado, recrutado em universidades de todo o País, o que seria inviável nas

condições normais do calendário escolar brasileiro.

Nos anos de 1990, o contexto da crescente internacionalização da economia

impulsionou ainda mais essa demanda. A exemplo de experiências internacionais bem-

sucedidas, a PUC Minas, orientada por sua missão corporativa, criou, em 1995, o Instituto

de Educação Continuada (IEC), com o objetivo de oferecer possibilidades de atualização

aos profissionais das mais variadas áreas do conhecimento, promover a reinserção e a

adaptação daqueles afastados da sua área de atuação profissional, bem como possibilitar

a aquisição de novas habilidades.

A partir de 1999, a PUC Minas ampliou ainda mais a sua atuação, passando a

oferecer novas perspectivas de formação continuada por meio da PUC Minas Virtual. O

objetivo era o de estender a educação continuada para além das limitações do espaço

geográfico.

Em 2008, em face da reestruturação da Universidade e a busca de otimização de

processos e de recursos, a PUC Minas agregou os cursos de pós-graduação lato sensu

em um único órgão, a Diretoria de Educação Continuada. A nova estrutura faz parte da

Resolução n.º 06/2008, aprovada pelo Conselho Universitário (Consuni) da PUC Minas

em setembro de 2008. Com a nova determinação, o Instituto de Educação Continuada -

IEC, o PREPES e todos os cursos de pós-graduação lato sensu da Universidade

passaram a fazer parte dessa nova Diretoria.

Visando ampliar o acesso a profissionais e atingir um público cada vez mais amplo

e diversificado, a PUC Minas vem firmando vários tipos de acordos, parcerias, convênios

e permutas com as iniciativas pública e privada.

Os princípios dos cursos de pós-graduação da PUC Minas estão explícitos no

Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI).

O caráter de instituição privada, comunitária, confessional e filantrópica da PUC Minas deve orientar o estabelecimento de critérios para a proposição de novos programas de pós-graduação stricto e lato sensu. Esses critérios podem ser sintetizados: a) em sua identificação com os valores humanistas, traduzidos em destacadas iniciativas sociais; b) na contribuição ao desenvolvimento autossustentável da sociedade; c) na consideração de seus recursos humanos e financeiros; d) em sua tradição nos diversos campos do conhecimento e da formação profissional; e) nas demandas socioculturais e do mundo do trabalho (PDI, 2007.p. 120).

Page 55: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

55

Os cursos de especialização obedecem às exigências da Resolução nº. 1, de 3 de

abril de 2001, da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação

(BRASIL, 2001)4. As propostas de curso de especialização podem ser feitas pelo corpo

docente e se submetem às orientações e às normas definidas pela Universidade.

A pós-graduação lato sensu – especialização - tem por finalidade o

aprofundamento da formação da graduação em uma área determinada ou o estudo de

temas mais gerais que proporcionam formação acadêmica e profissional diferenciada.

Possui carga horária mínima de 360 horas, excluindo o estudo individual ou em grupo

sem assistência docente e o tempo destinado à elaboração de monografia ou trabalho de

conclusão de curso.

A tabela 21 mostra os cursos realizados na PUC Minas e o número de alunos

matriculados em várias modalidades de curso nos anos 2009, 2010 e 2011.

Tabela 21 Evolução dos cursos realizados e do corpo

discente matriculado

Cursos 2009 2010 2011

Cursos Alunos Cursos Alunos Cursos Alunos

cursos presenciais contínuos 165 5.573 154 8.072 177 8.041

cursos presenciais de forma modular

26 1.061 22 1.095 20 601

cursos a distância 25 1.349 27 1.631 36 1.439

Total 216 7.983 203 10.798 233 10.081

Fonte: Diretoria de Educação Continuada; Diretoria de Ensino a Distância; SAL - Sistema Acadêmico Lato Sensu 2010

Pode-se observar pela tabela 21 que, no triênio, houve um decréscimo do total de

cursos de especialização de 216 em 2009, para 203 em 2010 e um pequeno acréscimo

de 233 em 2011. Todavia, houve um aumento no número de alunos de 7.983 (2009) para

10.798 (2010), passando em 2011 a um contingente de 10.081 discentes. Tem-se que

nos cursos de curta duração, houve um aumento acentuado do número de alunos,

passando de 8.128 no ano 2009 para 15.173 em 2010, seguida de redução para 5.372

4 BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Câmara de Educação Superior. RESOLUÇÃO CNE/CES Nº 1, de 3 de abril de 2001. Estabelece normas para o funcionamento de cursos de pós-graduação. Diário Oficial da União, Brasília, 9 abril 2001. Seção 1, p. 12.

Page 56: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

56

alunos no ano 2011. Esse decréscimo de alunos é justificado pela Diretoria de Educação

Continuada pelo fim do convênio com a Secretaria de Educação do Estado.

O gráfico 4 mostra o número de alunos matriculados em 2011 em cursos de

especialização presenciais, por área de conhecimento.

GRÁFICO 4 Corpo discente matriculado nos cursos de especialização

presenciais por área de conhecimento PUC Minas

Fonte: Diretoria de Educação Continuada; Diretoria de Ensino a Distância; SAL - Sistema Acadêmico Lato Sensu. 2011

Os cursos de especialização são ofertados em áreas diversas e variados locais e

possuem formato semanal, quinzenal ou mensal. A tabela 22 apresentada a seguir mostra

o quantitativo de alunos dos cursos de especialização da PUC Minas em 2011, no formato

modular (Prepes) cujas aulas acontecem nos meses de janeiro e julho.

Page 57: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

57

TABELA 22 Corpo discente matriculado nos cursos

de especialização forma modular (Prepes)

CURSO Janeiro Junho

TOTAL TOTAL

Enfermagem em Urgência, Emergência e Trauma 38 23

Microbiologia 43 52

Administração Pública e Gestão Urbana 33 13

Gestão de Pessoas 32 44

Gestão Empreendedora de Empresas 14 -

Pedagogia Empresarial 10 9

Estudos Ambientais Para o Meio Biótico: ênfase em mineração 16 -

Arte-educação - 12

Coordenação/Supervisão Pedagógica 13 10

Docência e Gestão do Ensino Superior: novas linguagens e novas abordagens

51 52

Educação Matemática 13 26

Filosofia e Desafios da Modernidade 15 13

História do Brasil: Diversidade Cultural - 23

História e Cultura Afro-brasileira 19 -

Língua Inglesa 10 23

Língua Portuguesa 29 27

Psicologia da Educação 64 55

Revisão de Textos 34 -

Direito Canônico 12 -

Direito Processual 19 17

434 382

Fonte: Diretoria de Educação Continuada; Diretoria de Ensino a Distância; SAL - Sistema Acadêmico Lato Sensu.

Os cursos de especialização que funcionam em formato modular – meses de

janeiro e julho – são oferecidos por quatro Institutos - Ciências Biológicas e da Saúde;

Ciências Econômicas e Gerenciais; Ciências Exatas e Informática; Ciências Humanas - e

Page 58: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

58

pela Faculdade Mineira de Direito resultando em um total de 20 cursos e 382 alunos, em

junho, conforme tabela.

O gráfico 5 mostra o número de alunos matriculados em cursos de curta duração

distribuídos por Institutos da PUC Minas, no ano de 2011.

GRÁFICO 5 Corpo discente matriculado nos cursos

de curta duração, PUC Minas

Fonte: Diretoria de Educação Continuada; SAL - Sistema Acadêmico Lato Sensu. Dados extraídos em 09/12/2011.

Pode-se verificar que o Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde; o Instituto de

Ciências Sociais e o Instituto Politécnico oferecem cursos de curta duração, contando, no

total, com nove cursos e 281 alunos matriculados.

A Universidade oferece também Cursos de Pós-Graduação lato sensu na

modalidade a distância pela PUC Minas Virtual5, Esses cursos são oferecidos de forma

diversificada, dirigidos para públicos interno e externo à Universidade, ou para grupos

menores e setorizados, que queiram promovê-las em parceria com a PUC Minas.

A infraestrutura utilizada para as aulas conta, além dos diversos campi da

Universidade em Minas Gerais, com mais alguns pontos de atendimento em locais que

5 PUC Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. PUC Informa online. Belo Horizonte: Assessoria de Imprensa da PUC Minas. 13 fev 2012 a 26 fev 2012. Disponível em: http://www.PUCminas.br/PUCinforma/PUCinforma_materias.php?codigo=429 Acesso em: 14 fev. 2012

Page 59: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

59

favorecem o ambiente da demanda, por meio de instituições conveniadas. Os cursos de

pós-graduação a distância utilizam o Ambiente Virtual de Aprendizagem e atendimento

em polos conveniados.

A Diretoria de Ensino a Distância da PUC Minas foi criada pela Portaria da Reitoria

nº 035/99, de 20 de agosto de 1999. Em 04 de agosto de 2000, a Portaria foi submetida

ao Conselho Universitário, que a aprovou através da Resolução nº 06/2000.

Estruturalmente, a Diretoria se acha ligada diretamente ao Reitor, o que lhe confere maior

flexibilidade e dinamismo.

A missão conferida pela Universidade à Diretoria de Ensino a Distância, mais

conhecida pelo nome de PUC Minas Virtual, foi a de ser um setor de suporte, pedagógico

e tecnológico aos projetos de educação a distância. Com essa finalidade, a partir de

setembro de 1999, iniciou-se a constituição de uma equipe interdisciplinar. Fundamenta

sua ação em uma metodologia que alia as inovações tecnológicas na área da

comunicação e informação a uma orientação pedagógica e didática adaptada a essas

novas ferramentas de difusão do conhecimento.

A PUC Minas Virtual oferece várias perspectivas de formação para profissionais

que pretendem especializar-se em suas áreas de competência ou interesse, por meio de

vários cursos de especialização em diversas áreas do conhecimento. Na modalidade de

ensino a distância os alunos, afastados de grandes centros urbanos ou com tempo

escasso para frequentar uma sala de aula tradicional, têm a possibilidade de aliar

atividade profissional e estudos. Os cursos de especialização são ministrados em 18

meses.

São oferecidos também cursos de atualização a profissionais que pretendem

complementar, ampliar e atualizar seus conhecimentos teórico-práticos em áreas

específicas, permitindo ao aluno a continuidade e o aprofundamento dos estudos. Nessa

modalidade são ofertados módulos de curta duração, dois meses, com certificação

específica de cada área. Tais módulos podem também ser cursados por alunos da

graduação e têm validade como Atividade Complementar de Graduação (ACG). Nos

cursos a distância, o aluno estuda sem sair de casa e conta com acompanhamento de

professores, de tutores e com o suporte das equipes acadêmica e tecnológica da PUC

Minas Virtual. As aulas são ministradas no Ambiente Virtual de Aprendizagem, e o curso é

totalmente a distância, com avaliações presenciais conforme exigência do MEC.

Page 60: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

60

Atualmente, os encontros presenciais dos cursos de especialização são realizados

nas cidades de Belo Horizonte, Juiz de Fora, Poços de Caldas, Teófilo Otoni, Belém,

Brasília, Curitiba, Fortaleza e São Paulo, onde a PUC Minas está presente ou possui

parcerias com outras instituições.

Convicta de que esse é um processo importante e irreversível de flexibilização e

democratização do ensino, a PUC Minas está investindo largamente recursos próprios

para que o ensino a distância por ela praticado tenha a marca de qualidade que

caracteriza todas as suas atividades.

3.2.2.2. Pós-Graduação Stricto Sensu

O processo de autoavaliação da pós-graduação stricto sensu deve se constituir em

importante instrumento institucional que se desenvolve sob a perspectiva crítica-

democrática, possibilitando um relatório que é a síntese da criação e recriação coletiva

dos Programas de Pós-graduação stricto sensu da PUC Minas. Estes tiveram início em

1988, com a criação do Mestrado em Letras, e no decorrer de 23 anos houve significativo

aumento com criação e ampliação de programas e modalidades – mestrado (acadêmico e

profissional) e doutorado. Segundo o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI),

A pós-graduação stricto sensu contribui para o avanço e a qualidade do ensino superior pela contínua atualização de conhecimentos propiciada pela pesquisa, garantida pela utilização de uma metodologia científica em ação e pela circulação de múltiplos pontos de vista. Por consequência, possui como conceito regulador o princípio da inovação, por meio da produção e da renovação de conhecimentos expressa na pesquisa. Na pós-graduação, o componente da investigação é dominante. Em razão disso, não pode se ver privada de portais científicos, laboratórios, bibliotecas atualizadas. Uma de suas funções é exatamente a de propiciar o avanço do ensino por meio dos conhecimentos novos trazidos pela pesquisa (PUC Minas, 2007, p. 119).

No que se refere ao desenvolvimento da pesquisa e pós-graduação stricto e lato

sensu, o PDI (2007) atribui à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação as funções de

planejamento, coordenação e acompanhamento das ações de pós-graduação, de acordo

com os padrões de excelência estabelecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de

Pessoal de Nível Superior (Capes), concomitantes ao desenvolvimento da pesquisa. Tais

ações têm o propósito de cumprir o papel que cabe à PUC Minas de realizar pesquisa

acadêmica e produção científica, por força do princípio de integração entre o ensino, a

pesquisa e a extensão.

Page 61: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

61

O desenvolvimento da pós-graduação stricto sensu na PUC Minas tem como

princípios orientadores:

mérito na igualdade;

busca da excelência e da qualidade;

abertura para o cosmopolitismo universitário e para o trabalho interdisciplinar;

rigor na pluralidade do método;

ética na pesquisa;

produção e publicação acadêmicas;

integração cooperativa.

Assim, nos últimos anos, houve uma significativa expansão dos programas de pós-

graduação da PUC Minas, respeitando os princípios da unidade e funcionalidade prevista

no PDI, que se traduzem em:

integração acadêmica e administrativa dos seus campi, unidades acadêmicas e núcleos universitários com a unidade Coração Eucarístico (sede);

busca de uma unidade organicamente articulada, que conduza à plena utilização de recursos humanos e materiais;

observância dos mesmos padrões de qualidade existentes na sede; responsabilidade social, através da adaptação de seus cursos às especificidades regionais (PDI, 2007, p. 66).

Segundo a Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação (2011) a PUC Minas, em

2011, ofereceu 27 cursos de pós-graduação stricto sensu, sendo 18 mestrados e 8

doutorados e para o processo seletivo de 2012, foram ofertados 29 cursos, tendo sido

recomendados pela Capes, no corrente ano, os doutorados em Educação e Relações

Internacionais e o doutorado interinstitucional em Geografia, convênio com a Universidade

de Montes Claros.

Page 62: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

62

QUADRO 1 Informações gerais dos Programas de Pós-graduação Stricto Sensu

PROGRAMAS FORMAÇÃO CONCEITO (1)

Odontologia mestrado acadêmico 4

Odontologia mestrado profissional 4

Zoologia dos Vertebrados mestrado acadêmico 4

Administração mestrado acadêmico 4

Administração mestrado profissional 5

Administração doutorado 4

Informática mestrado acadêmico 3

Educação mestrado acadêmico 4

Educação - novo doutorado 4

Ensino mestrado profissional 3

Letras mestrado acadêmico 5

Letras doutorado 5

Letras - interinstitucional doutorado 5

Geografia: tratamento da informação espacial mestrado acadêmico 5

Geografia: tratamento da informação espacial doutorado 5

Geografia: tratamento da informação espacial - interinstitucional - novo

doutorado 5

Ciências Sociais mestrado acadêmico 4

Ciências Sociais doutorado 4

Relações Internacionais: política internacional mestrado acadêmico 4

Relações Internacionais: política internacional - novo doutorado 4

Ciências da Religião mestrado acadêmico 3

Engenharia Elétrica mestrado acadêmico 4

Engenharia Mecânica mestrado acadêmico 4

Engenharia Mecânica doutorado 4

Comunicação Social: interações mediáticas mestrado acadêmico 4

Psicologia mestrado acadêmico 4

Psicologia doutorado 4

Direito mestrado acadêmico 5

Direito - interinstitucional mestrado acadêmico 5

Direito doutorado 5

Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação (2011)

(1) Conceito obtido pela Capes no Triênio 2007 - 2009.

Page 63: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

63

A conceituação dos programas de pós-graduação stricto sensu obedece aos

critérios exigidos pela Capes. No quadro 1 é apresentado o resultado da avaliação

dos programas de pós-graduação stricto sensu da PUC Minas, realizado pela Capes

no triênio 2007-2009. Levando-se em conta o caráter recente da pós-graduação na

Universidade, os resultados da avaliação dos cursos pela Capes foram muito

positivos.

O crescimento dos programas de pós-graduação stricto sensu, de acordo com

o explicitado no PDI, decorreu de uma estratégia de investimento da Universidade

na pós-graduação, por entender que ela atende a diferentes propósitos: primeiro,

porque a experiência do país mostra que é na pós-graduação que se desenvolve o

ambiente mais propício à pesquisa; segundo, porque além de capacitar docentes e

profissionais, sua função primeira, ela fixa os professores doutores, nos quais a PUC

Minas ou as agências de fomento investiram, e qualifica o corpo docente da

Universidade. Tal fato reflete-se no número de professores doutores na PUC Minas,

conforme os dados a seguir.

GRÁFICO 6 Titulação dos professores da PUC Minas

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Vale ressaltar que os cursos de mestrado e doutorado da Universidade são

recentes e os resultados obtidos nas avaliações da Capes indicam para a

consolidação da pós-graduação stricto sensu na PUC Minas. O resultado da

Page 64: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

64

avaliação dos programas implica significativa melhoria na qualidade de ensinos da

instituição. O crescimento do stricto sensu pode ser traduzido pelos indicadores

gerais dos programas apresentados na tabela 5 e pelo número de professores com

título de doutor (Gráfico 6) bem como pelo número de alunos matriculados (Gráfico

7) de dissertações e teses defendidas nos últimos anos. O gráfico 7 mostra o

número de alunos veteranos, calouros e matriculados em disciplinas isoladas no

período de 2009 a 2011.

GRÁFICO 7

Corpo discente matriculado

Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação; SGP - Sistema de Gestão de Pós-graduação Stricto Sensu. Dados extraídos em dez./2011. Disciplina isolada - número de matrículas realizadas em disciplinas isoladas.

Os programas apresentam várias linhas de pesquisa e, em 2011, o corpo

discente matriculado na Universidade registrou a marca de 1.399 alunos regulares,

sendo 951 em cursos de mestrado e 448 alunos em cursos de doutorados,

somando-se ainda 564 matrículas realizadas por meio de disciplinas isoladas.

Como forma de auxiliar os alunos na realização dos cursos de mestrado e

doutorado a PUC Minas, além das bolsas de estudo concedidas pela Instituição, são

Page 65: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

65

oferecidas outras provenientes de entidades de fomento, tais como Capes-

PROSUP, Fapemig/PAPG ou CNPq, conforme mostrado no gráfico 8 a seguir:

GRÁFICO 8 6 Bolsas da pós-graduação, por órgãos de fomento

Fonte: Secretarias dos Programas de Pós-graduação. 2011

O número de bolsas concedidas ainda é insuficiente para atender à demanda

dos programas, conforme reconhecido no PDI. Ainda assim, há que se ressaltar

conforme mostrado na tabela 9 que, no ano de 2011, houve aumento do número de

bolsas relativo ao ano de 2009. Neste ano, 309 alunos contavam com bolsas no

total, em 2010 houve um acréscimo, totalizando 336 bolsas e em 2011 houve uma

elevação desse número para 495.

6 CAPES: bolsas diversas, exceto PROSUP; CAPES / PROSUP - Programa de Suporte à Pós-graduação de Instituições de Ensino Particular: (A) Modalidade I - concessão, pela Capes, de bolsa e da taxa escolar (mensalidade). (B) Modalidade II - concessão, pela Capes, da taxa escolar (mensalidade); FIP - Fundo de Incentivo a Pesquisa; FAPEMIG / PAPG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / Programa de Apoio a Pós-graduação; OUTRA - bolsas do Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar de Minas Gerais, bolsas de alunos do Convênio com o Ministério do Petróleo de Angola.

Page 66: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

66

GRÁFICO 9 Total de bolsas da pós-graduação

Fonte: Secretarias dos Programas de Pós-graduação.

Quanto ao desenvolvimento dos cursos, o número de teses e dissertações

defendidas é um bom indicador da produção científica e do desenvolvimento dos

cursos e programas da pós-graduação stricto sensu. O gráfico 10 mostra o número

teses e de dissertações defendidas nos diferentes Programas nos anos de 2009,

2010 e 2011 nos cursos de pós-graduação stricto sensu da PUC Minas:

GRÁFICO 10 Número de teses e dissertações defendidas nos diferentes

Programas nos cursos de pós-graduação stricto sensu da PUC Minas

Fonte: Secretarias dos Programas de Pós-graduação 2011

Page 67: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

67

Percebe-se o aumento gradativo do número de teses e dissertações

defendidas nos diferentes Programas nos anos de 2009, 2010 e 2011 nos cursos de

pós-graduação stricto sensu da Instituição. Pode-se observar, pelo gráfico 10, que

embora haja uma grande variação do número de dissertações e teses defendidas

nos vários programas, no período compreendido entre os anos 2009 e 2011 o

número total aumentou. De um total de 335 em 2009 passou para 367 no ano de

2010 e 379 em 2011. Há que se relativizar esse número, pois se sabe que o número

de defesas está diretamente ligado ao número de alunos ingressantes no período de

três ou quatro anos antecedentes. Assim, o número de defesas tende a continuar

aumentando nos próximos anos em função do aumento do número de alunos

ingressantes nos programas.

Os gráficos 11, 12, 13 apresentam a produção intelectual do corpo docente

dos programas de pós-graduação:

GRÁFICO 11 Produções bibliográficas

Fonte: Secretarias dos Programas de Pós-graduação Stricto Sensu. Dados extraídos em dez./2011.

Como se pode observar no gráfico 11, houve decréscimo na apresentação de

artigos em periódicos, trabalhos completos em anais e eventos e também na

publicação de livros e capítulos de livros.

Page 68: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

68

GRÁFICO 12 Produções técnicas

Fonte: Secretarias dos Programas de Pós-graduação Stricto Sensu. Dados extraídos em dez./2011.

O gráfico 12 mostra a crescente queda nos projetos de pesquisa e na

elaboração de produções técnicas que, de 2009 a 2011, diminuíram em mais da

metade. Houve, por outro lado, um pequeno aumento nas orientações concluídas.

GRÁFICO 13 Produções artísticas e culturais

Fonte: Secretarias dos Programas de Pós-graduação Stricto Sensu. Dados extraídos em dez./2011.

Apesar do crescimento da PUC Minas, conjugado com o incremento na última

década do número e da qualidade de programas de pós-graduação, pode-se

Page 69: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

69

perceber um decréscimo na produção intelectual do corpo docente dos Programas

de Pós-graduação no período entre 2009 e 2011.

Percebe-se decréscimo na produção intelectual do corpo docente no último

triênio no total geral, no que se refere a publicação em artigos periódicos; trabalhos

completos em anais de evento; livros e capítulos de livros; produções técnicas.

Percebe-se um pequeno aumento do número de projetos de pesquisa de docentes

do ano de 2009 para o ano 2010, seguida de queda em 2011. Há um aumento na

produção intelectual dos docentes no se refere a orientações concluídas; e

produções artísticas e culturais. Vale lembrar que a produção intelectual não é um

retrato instantâneo uma vez que a produção depois de terminada leva um tempo

para ser publicada nos meios de divulgação.

3.2.3. Pesquisa

A Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais possui um conjunto de

objetivos, metas e ações dedicados ao ensino, pesquisa e extensão em variadas

áreas do conhecimento, de modo sistemático e crítico e com vistas ao proposto na

missão da Instituição:

A Universidade tem como missão promover o desenvolvimento humano e social de alunos, professores, funcionários e comunidade, contribuindo para a formação ética e solidária de profissionais competentes, humana e cientificamente, mediante a produção e disseminação do conhecimento, da arte e da cultura, a integração entre a Universidade e a sociedade, a interdisciplinaridade e a articulação do ensino, pesquisa e extensão (PDI, 2007, p. 18).

Desse modo, fiel a sua missão, a PUC Minas tem como proposta a busca de

conhecimento alicerçado no exercício da autonomia da ciência e liberdade do

pensamento acadêmico, na procura pela transformação ética da sociedade, no

acompanhamento ativo e crítico das mudanças do país, da região e das

comunidades nas quais se encontra inserida, bem como tem por meta a

investigação sistemática e criteriosa das questões atinentes à sociedade e à

população com vistas à qualidade do ensino e de vida das pessoas.

O comprometimento da PUC Minas com sua identidade, missão e valores

bem como com o ensino, a formação de pesquisadores e profissionais e

Page 70: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

70

atendimento à população é também traduzido no PDI (2007, p. 28) nos seguintes

termos:

Para a PUC Minas, portanto, o objetivo da pesquisa desenha-se como a busca de atualização e produção de conhecimento, além da formação humana de alto nível. Nesse sentido, a investigação científica transforma-se em importante expressão da identidade da Universidade, quando os esforços e os estímulos propiciam o desenvolvimento do processo de conhecimento da realidade social, abrindo caminho para necessárias intervenções ou aumentando o acervo de ideias, ideais, noções, conceitos, varreduras e generalizações que tornam possíveis outras descobertas e tecnologias e, em sentido mais lato, a promoção do engrandecimento do ser humano, traduzido em seus saberes e nas ações deles decorrentes (Plano de Desenvolvimento Institucional. 2007-2011).

Esse comprometimento da Instituição com a pesquisa traduz-se em

programas de incentivo à pesquisa, tais como o Fundo de Incentivo à Pesquisa

(FIP), o Programa de Bolsas de Iniciação Científica (PROBIC), além do Programa

Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), importantes modalidades de

fomento institucional à pesquisa, que se constituem igualmente em instrumento de

integração da pós-graduação stricto sensu e a graduação. A PUC Minas conta ainda

com a pesquisa realizada com recursos captados nas agências de fomento

externas. A Universidade conta com variados grupos de pesquisa, envolvendo

inúmeros pesquisadores, discentes, docentes, profissionais. Esses dados

evidenciam que a instituição realiza investigação científica.

A Universidade entende a pesquisa como um “conjunto de atividades

formalizadas de investigação científica em qualquer área do conhecimento,

mediante projeto articulado e metodologias especificamente adequadas ao perfil

singular de cada área” (PDI, 2007, p. 28)

Com vistas aos propósitos da Universidade no desenvolvimento de

investigação científica fica patente a necessidade de um corpo docente qualificado.

No gráfico 14, são apresentados os docentes da PUC Minas em processo de

titulação por instituição de ensino em 2011.

Page 71: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

71

GRÁFICO 14 Corpo docente em processo de

titulação por instituição de ensino superior

Fonte: Plataforma PUC de Currículos. Dados extraídos em 02/12/2011. IES - Instituição de Ensino Superior. 2011

Observa-se, no gráfico 14, que a PUC Minas, em 2011 contava um total de

238 docentes em processo de titulação, sendo 69 na própria Instituição e 169 em

outra Instituição. Percebe-se também que há um maior número de professores em

doutorado (186) em relação ao mestrado, que contava em 2011 com 52 docentes

em titulação.

Na busca de incentivar a titulação dos professores, a PUC Minas possui um

Programa Permanente de Capacitação Docente (PPCD). Esse Programa, criado há

mais de 20 anos, dá-se por intermédio do pagamento de horas-aula e liberação de

carga horária para os docentes que estiverem regularmente matriculados em

Programas de Pós-graduação stricto sensu recomendados pela Capes quando no

país, ou em instituições de renomada excelência acadêmica, quando no exterior.

Atualmente, o auxílio apoia também o estágio pós-doutoral. O gráfico 15 mostra o

corpo docente em processo de titulação nos três últimos anos com e sem utilização

do PPCD.

Page 72: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

72

GRÁFICO 15 Corpo docente em processo de titulação, com PPCD

Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação. 2011

Pode-se observar no gráfico 15, um decréscimo do número de docentes em

processo de titulação com utilização do PPCD de 159 em 2009, para101 em 2010 e

para 78 em 2011.

O gráfico 16 mostra o corpo docente em processo de titulação com e sem

utilização do PPCD no triênio que compreende os anos 2009, 2010 e 2011.

Gráfico 16 Corpo docente em processo de titulação, com e sem PPCD

Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação / Plataforma PUC de Currículos. - PPCD

Page 73: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

73

Observa-se que, junto à redução da utilização do PPCD, houve uma

diminuição, ao longo do triênio, do número total de docentes em processo de

titulação, passando de um total de 311 em 2009, para 277 em 2010 e 238 em 2011.

A estabilidade do quadro docente ampara essa evolução. A maior parte dos

professores trabalha há mais de seis anos na instituição. Período em que aqueles

que não possuíam titulação, assim o fizeram. Destaca-se também que a titulação é

um dos requisitos para contratação de novo professores, logo, é natural que eles se

integrem ao corpo docente da universidade, já titulados.

Nos primeiros anos de existência, a concentração do auxílio denominado

Programa Permanente de Capacitação Docente (PPCD) dava-se, atendendo à

demanda do Mestrado. Nos últimos anos os auxílios vêm se dando exclusivamente

para a qualificação no âmbito do Doutorado e estágio pós-doutoral, seja no país ou

no exterior. O auxílio ocorre em duas formas: para o Doutorado durante seis

semestres, em média, e Pós-Doutorado, até um ano de concessão. Após o período

concedido para o doutorado, bem como aprovados os relatórios semestrais e

conforme o desenvolvimento apresentado pelo professor-doutorando, durante o

programa de estudos, há a liberação de mais um período denominado “aceleração

de tese”, com o intuito de concluir a titulação. Ao participar do PPCD o docente

assina um termo de compromisso de retorno e permanência na instituição por pelo

menos o dobro do tempo de liberação.

3.2.3.1. Auxílio-viagem

A PUC Minas financia a participação dos professores da Instituição em

diversos eventos de caráter técnico-científico e didático-pedagógico. A partir de 12

de dezembro de 1997, esses auxílios-viagem foram normatizados pela Portaria Nº

29/97 e, ainda que não possam atender toda a demanda, objetivam custear ou

complementar os esforços e os recursos já disponibilizados pelas agências

nacionais e estaduais de fomento à pesquisa.

Com o objetivo de aumentar o intercâmbio e a divulgação da produção

científica da Instituição, o programa de financiamento de viagens de docentes da

PUC Minas para participação e apresentação de trabalhos em congressos e

seminários, foi concedido auxílio para professores/pesquisadores em eventos

nacionais e internacionais. O programa financiou, também, a viagem de vários

Page 74: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

74

professores de outras instituições qualificadas para a troca de experiências, para

participações em bancas e apresentações de seminários. O gráfico 17 apresenta a

evolução do auxílio-viagem concedido para professores dos diferentes campi da

PUC Minas, nos três últimos anos.

GRÁFICO 17

7

CORPO DOCENTE FAVORECIDO COM AUXÍLIO-VIAGEM

Fonte: Dados da Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação. 2011. Dados referentes até 01/12/2011.

Em 2011, a PUC Minas realizou 218 concessões de auxílio-viagem. Destas,

99 foram para o corpo docente, sendo 37 concessões para apresentação de

trabalhos em eventos nacionais e 13 para apresentação em eventos internacionais.

Para os docentes convidados, a PUC Minas realizou 103 concessões para

participação em bancas na Universidade, de acordo com dados da Pró-reitoria de

Pesquisa e Pós-graduação.

3.2.3.2. Pesquisa do corpo docente

A PUC Minas compreende a investigação científica como importante meio

para a construção da identidade da Universidade. Desse modo a pesquisa constitui-

se em fundamento para o desenvolvimento científico e educativo, sendo importante

instrumento na produção do conhecimento, na formação de pessoas críticas e na

construção da cidadania. A Universidade, sob a coordenação da PROPPG, destina

7 Obs.: os programas de pós-graduação stricto sensu estão concentrados na PUC Minas no Coração Eucarístico, com exceção do mestrado em Informática, que funciona na PUC Minas no São Gabriel.

Page 75: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

75

um fundo próprio para fomento de projetos de pesquisa de autoria de docentes. O

Fundo de Incentivo à Pesquisa da PUC Minas - FIP/PUC Minas -, tem duas entradas

anuais: uma em março e outra em setembro. Os projetos aprovados iniciam-se em

agosto e fevereiro, respectivamente, com duração de 11 meses e 12 meses. O

programa foi criado em 1982, pela Portaria R/Nº17/82 da Reitoria da PUC Minas,

visando ao estímulo das atividades de pesquisa na Instituição.

Para os grupos de pesquisa que, por intermédio ou não do FIP,

encontrassem-se consolidados, aptos a obter financiamento externo em agências

como a FAPEMIG e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq), o novo modelo do FIP incluiu a concessão de contrapartida,

normalmente em horas para os professores se dedicarem à pesquisa, reservando

para isso 15% dos seus recursos. Desde então, ficou estabelecida a periodicidade

semestral dos Editais do FIP, alternando-se as entradas entre FIP/1 (primeiro

semestre), associado ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica

(PIBIC), do CNPq e FIP/2 (segundo semestre) e o fluxo contínuo para atendimento

das solicitações de contrapartida. Atualmente, a Instituição concede também, como

política de melhoria da pesquisa e da pós-graduação, uma bolsa de apoio ao

doutorando que submeter projeto de pesquisa ao FIP. O FIP tem garantido a

continuidade dos grupos de pesquisa já consolidados e em fase de consolidação.

O estímulo à pesquisa na PUC Minas tem se refletido nas horas dedicadas

pelos professores de graduação a essa atividade, conforme é apontado na tabela 23

Page 76: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

76

TABELA 23 Horas de dedicação dos professores

em projetos de pesquisa

Horas de dedicação %

de 1 a 5 horas 82,36

de 6 a 10 horas 13,23

de 11 a 15 horas 2,94

acima de 15 horas 1,47

Total 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Em 2011, 41,72% dos respondentes afirmam ter horas de dedicação à

pesquisa Destes, 82,36% possuem de uma a cinco, 13,23% dedicam de seis a 10

horas; 2,94% têm de 11 a 15 horas e 1,47% possui mais de 15 horas para pesquisa.

Todavia, há que se considerar que 58,28% respondeu que não realizou pesquisa

institucionalizada vinculada à PUC Minas, no ano de 2011.

Ainda no que diz respeito à articulação entre ensino, pesquisa e extensão o

resultado do questionário aplicado aos professores mostra a avaliação que fazem da

Universidade quanto ao cumprimento da Missão institucional.

GRÁFICO 18 Avaliação do corpo docente da Universidade em relação ao

cumprimento dos quesitos de sua Missão Institucional: articulação do ensino, pesquisa e extensão

Fonte: CPA – PUC Minas 2011

Page 77: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

77

Em 2011, quase a metade (44,14%) dos respondentes fizeram avaliação

positiva a respeito da articulação do ensino, pesquisa e extensão na Universidade

quanto ao cumprimento do quesito da Missão Institucional, sendo que do total dos

professores 13,28% avaliaram como excelente e 30,86% como bom. Do total de

respondentes um número expressivo (31,81%) considerou regular e 18,36%

avaliaram como sendo ruim a integração e 3,13% considerou péssimo e apenas

1,56% afirmou não existir a integração ensino, pesquisa e extensão como quesito da

Missão Institucional da PUC Minas.

O resultado do questionário respondido pelos professores quanto às

condições: de apoio dos setores na unidade que mais leciona no que diz respeito à

coordenação de pesquisa é mostrado no gráfico 19.

GRÁFICO 19 Avaliação do corpo docente quanto ao apoio da

coordenação de pesquisa

Fonte: CPA – PUC Minas 2011

Em 2011, quase metade (43,25%) dos respondentes tiveram opinião positiva

a respeito do apoio recebido pela coordenação de pesquisa da unidade que o

professor mais leciona, excelente (18,25) e bom (25,00%). Do total de respondentes,

17,46% responderam como sendo regular o apoio recebido, 5,56% consideraram

ruim e apenas 1,59% considerou péssimo o apoio recebido. Vale considerar que um

número considerável (32,14%) de professores afirmaram não utilizar o apoio da

Coordenação de Pesquisa da Unidade em que mais leciona.

Page 78: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

78

Os professores da PUC Minas também responderam sobre o conhecimento

que possuem das atividades de pesquisa no Projeto Pedagógico dos Cursos,

conforme apresentado na Tabela 24.

TABELA 24 Conhecimento do corpo docente sobre as atividades de

pesquisa no Projeto Pedagógico dos Cursos

Atividades de Pesquisa %

Conhece muito bem 32,57

Conhece bem 30,27

Conhece regularmente 25,67

Conhece pouco 5,75

Não conheço 5,75

Total 100

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Pode-se observar pelos dados da tabela 24 que mais de 60% dos professores

conhecem as atividades de pesquisa do Projeto Pedagógico dos Cursos em que

lecionam. Dos professores respondentes, 32,57% afirmaram conhecer muito bem,

30,27% disseram conhecer bem as atividades de pesquisa e 25,67% afirmaram

conhecer regularmente. 5,75% dizem conhecer pouco ou não ter conhecimento das

atividades de pesquisa no Projeto Pedagógico do Curso.

O gráfico 20 aponta o resultado da questão, respondida por 258 professores

em uma amostra de 281 professores, relativa à utilização de práticas investigativas

nos Cursos.

Page 79: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

79

GRÁFICO 20 Utilização das práticas investigativas como recursos

pedagógicos utilizados pelos professores

Fonte: CPA – PUC Minas 2011

No que se refere utilização das práticas investigativas como recurso

pedagógico pode-se observar, pelo gráfico 20, que 32% dos professores

responderam como excelente, 42,% responderam como bom, totalizando mais de

70%. Dos professores respondentes, 20% responderam como regular, 1% como

péssimo e 5% optaram pela resposta “não se aplica”.

A seguir é apresentado no gráfico 21, o resultado da avaliação realizada pelos

funcionários relativa ao atendimento do setor de pesquisa e pós-graduação.

GRÁFICO 21

Atendimento a solicitações do setor de pesquisa e pós-graduação

Fonte: CPA – PUC Minas 2011

Page 80: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

80

Ao observar este gráfico, o que mais se destaca, é o fato que mais da metade

(57,38%) dos funcionários informa sobre a não utilização do setor, e nenhum

considerou o atendimento péssimo. Vale destacar que 34,43% responderam as

opções excelente (14,43%) e bom (20%), enquanto 6,89% considerou regular e

apenas 1,31% dos funcionários respondentes considerou ruim o atendimento do

setor de pesquisa e pós-graduação.

3.2.3.3. Iniciação científica

A PUC Minas possui uma quota de bolsas do Programa Institucional de

Bolsas de Iniciação Científica - PIBIC/CNPq, que são alocadas para os alunos de

graduação que atuem como jovens pesquisadores em projetos de pesquisa

apresentados por professores da própria PUC. Tais projetos devem ter sido

aprovados pelo Fundo de Incentivo à Pesquisa da PUC Minas - FIP/PUC Minas -,

com duas entradas anuais: uma em março e a outra em setembro. Os projetos

aprovados iniciam-se em agosto e fevereiro, respectivamente, com duração de 11 e

12 meses. Os alunos de graduação da PUC Minas também têm a oportunidade de

participar como bolsistas em projetos de pesquisa aprovados por professores dessa

Instituição na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais -

FAPEMIG.

Além disso, a Universidade, sob a coordenação da PROPPG, destina um

fundo próprio para fomento de projetos de pesquisa de autoria do aluno de

graduação, sob a orientação de um pesquisador qualificado: é o Programa de

Bolsas de Iniciação Científica da PUC Minas - PROBIC/PUC Minas.

O Programa de Bolsas de Iniciação Científica – PROBIC – foi criado em 1985

com vistas ao fomento da cultura de pesquisa junto aos estudantes da graduação.

Os projetos de pesquisa dos alunos são financiados pela própria Universidade, com

verba suplementar, e desenvolvidos por um ou dois alunos de graduação sob a

orientação de um pesquisador qualificado no tema, durante 11 meses. A

periodicidade dos editais é anual e o programa prevê o financiamento de uma taxa

para material e uma ou duas bolsas de Iniciação Científica para os alunos. A partir

de 1998, a Universidade passou a alocar também uma hora semanal para o

professor orientador da pesquisa.

Page 81: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

81

Pode-se dizer que a presença de doutores nas equipes de pesquisa

orientando bolsistas de Iniciação Científica, mestrandos e doutorandos, além de

outros professores da Instituição que ainda não tinham a pesquisa como atividade

quotidiana é a contribuição dos programas de maior retorno para a Universidade.

Não menos importante é a inclusão de bolsistas de Iniciação Científica na equipe de

pesquisa, com vistas à crescente qualificação em pesquisa bem como a formação

de recursos humanos e estímulo ao ingresso nos Cursos de especialização e nos

Programas de Pós-graduação stricto sensu.

Anualmente, no mês de novembro, realiza-se, no campus Coração

Eucarístico em Belo Horizonte, o Seminário de Iniciação Científica, aberto a todos os

alunos de graduação da PUC Minas que estejam desenvolvendo ou tenham

concluído atividades de Iniciação Científica no período.

Em 2011, a PUC Minas desenvolveu 423 projetos de pesquisa. A tabela

seguir mostra que deste total, 55,31% foram financiados pela FAPEMIG, (35,22% de

projetos do corpo discente sob orientação de professor e 20,09% de projetos do

corpo docente com a participação do corpo discente); 20,80% foram financiados

pelo FIP; 8,27% pelo PROBIC e 15,60% pelo PIBIC.

TABELA 258 Projetos de pesquisa financiadas

pelos órgãos de fomento

Bolsas n %

FAPEMIG (A) 149 35,22

FAPEMIG (B) 85 20,09

FIP 88 20,8

PIBIC 66 15,6

PROBIC 35 8,27

Total 423 100

Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-Graduação 2011

8 FIP PUC Minas - Programa de Iniciação Científica concedida pela PUC Minas, dentro dos projetos de pesquisa FIP. PIBIC - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, patrocinado pelo CNPq. PROBIC - Programa de Bolsas de Iniciação Científica, concedidas pela PUC Minas. (A) Projetos do corpo discente sob a orientação do corpo docente. (B) Projeto do corpo docente com a participação do corpo discente.

Page 82: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

82

No ano de 2011 houve redução do número total de bolsas quando comparado

com os dois anos anteriores: de 510 em 2009, passou para 440 em 2010 e 423 em

2011.

O corpo discente da PUC Minas, em 2011, envolveu-se em diversas

pesquisas e contou com bolsas de várias entidades de fomento, além das bolsas de

Iniciação Científica financiadas pelo sistema empresarial. O gráfico 22 mostra bolsas

de iniciação científica por entidade de fomento no último triênio, disponibilizadas ao

corpo discente em 2009 a 2011.

GRÁFICO 22

Bolsas de iniciação científica disponibilizadas ao corpo discente

Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação. 2011

Percebe-se que houve um aumento significativo de bolsas de iniciação

científico para corpo discente, (aproximadamente 76,00%), no ano de 2011 em

relação aos outros anos do período. O gráfico a seguir mostra o número de bolsas

por entidade de fomento.

Page 83: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

83

GRÁFICO 239 Bolsas de iniciação científica por entidade de fomento

Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação. 2011

O resultado do questionário respondido pelos alunos quanto às atividades

pedagógicas no que se refere a participação deles em eventos científicos, iniciação

científica e projeto de pesquisa é apresentado no gráfico 22, bem como a justificativa

para a não participação em tais atividades é mostrada na Tabela 26

TABELA 26 Motivos da não participação dos alunos em atividades pedagógicas

relacionadas a pesquisa

Atividades pedagógicas relacionadas à pesquisa

ParticiparamNão

Participaram

Não quero

responder

Não sei responder

Total Geral

Eventos científicos promovidos pela PUC Minas

2125 4152 47 149 6473

Eventos científicos promovidos por outra instituição

1205 5058 65 138 6466

Iniciação científica 421 5654 78 228 6381

Projeto de pesquisa 1031 5214 74 137 6456

Fonte: CPA - PUC Minas

9 FIP PUC Minas - Programa de Iniciação Científica concedida pela PUC Minas, dentro dos projetos de pesquisa FIP. PIBIC - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, patrocinado pelo CNPq. PROBIC - Programa de Bolsas de Iniciação Científica, concedidas pela PUC Minas. (A) Projetos do corpo discente sob a orientação do corpo docente. (B) Projeto do corpo docente com a participação do corpo discente.

Page 84: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

84

Em 2011, a participação dos alunos em atividades pedagógicas ligadas ao

desenvolvimento e divulgação de pesquisa é bastante baixa. O mais alto percentual,

32,83%, é referente a eventos promovidos pela Instituição. Grande percentual de

alunos respondentes afirma não ter participado de eventos científicos promovidos

pela instituição (64,14%) ou por outra instituição (78,22%). Esse percentual aumenta

para 80,76% que afirmaram não terem participado de pesquisa e 88,61% não terem

participado de iniciação científica. A tabela 27 mostra a avaliação dos alunos relativo

ao atendimento da coordenação de pesquisa.

TABELA 27

Avaliação do atendimento da coordenação de pesquisa

Coordenação de Pesquisa %

Plenamente satisfatório 19,66

Muito satisfatório 27,39

Satisfatório 29,25

Pouco satisfatório 13,42

Insatisfatório 10,28

Total 100

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

É possível observar na tabela 27 os alunos que avaliaram a coordenação de

pesquisa mostram elevado percentual de satisfação, ou seja, um total de 76,30%

fizeram uma avaliação satisfatória.

Vale a pena destacar que 20,08% disseram não saber responder e que

35,55% informaram não utilizar os serviços oferecidos pela coordenação de

pesquisa.

O resultado do questionário respondido pelos egressos relativo aos recursos

pedagógicos no que diz respeito à pesquisa é mostrado no gráfico 25.

Page 85: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

85

GRÁFICO 25 Recursos pedagógicos que contribuíram para a formação – Egressos

Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação 2011

Em 2011, a opinião dos egressos relativa à participação em eventos

científicos e de pesquisa podem ser averiguados com a seguinte avaliação: para os

quesitos excelente e bom, a pesquisa obteve um total de 44,6% de respostas e a

participação em eventos científicos o somatório das duas opções totaliza 33,45%. Já

a opção regular tem 23,20% na participação em eventos e 18,98% na pesquisa. Tais

valores aproximam-se da opção relativa à não realização, tendo a pesquisa 17,32%

de respostas e a participação em eventos científicos recebido 24,26%.

O desenvolvimento de pesquisa na PUC Minas é perceptível na produção de

professores, de alunos de iniciação científica e também nos programas de Pós–

graduação stricto sensu – com a produção dos professores dos cursos de mestrado

e doutorado e também pelo desenvolvimento de dissertações e teses concluídas. A

tabela 28 a seguir mostra o total de defesas de dissertações e teses dos diversos

programas no último triênio. As orientações concluídas totalizam, no ano de 2011,

393 defesas.

Page 86: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

86

TABELA 28 Total de defesas de dissertações e teses por institutos

Institutos

2009 2010 2011 Total

mestrado/doutorado

mestrado/doutorado

mestrado/doutorado

mestrado/doutorado

Faculdade Mineira de Direito 84 56 99 239

Instituto de Ciências Biológicas 35 35 37 107

Letras 34 39 33 106

Ensino de Ciências e Matemática 27 34 26 87

Instituto de Ciências Sociais 25 29 28 82

Instituto Politécnico 34 25 21 80

Instituto de Ciências Econômicas e Gerenciais

24 30 20 74

Tratamento da Informação Espacial: Geografia

10 15 39 64

Instituto de Ciências Humanas 24 24 15 63

Faculdade de Psicologia 20 21 21 62

Instituto de Ciências Exatas e Informática 18 19 15 52

Faculdade de Comunicação e Artes 16 14 21 51

Instituto de Filosofia e Teologia Dom João Resende Costa

2 19 18 39

Total de produções 353 360 393 1106

Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação – 2011

Na busca de consolidação de vocação para a pesquisa, a PUC Minas tem

fomentado a estruturação de grupos de pesquisa formalizados no Diretório de

Grupos de Pesquisas do CNPq, como instrumento que possibilita a identificação dos

protagonistas na atividade científica na PUC Minas. O número desses grupos

aumentou consideravelmente nos últimos três anos. Esses grupos estão distribuídos

pelas diversas áreas de conhecimento e nos últimos anos tem havido um

Page 87: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

87

crescimento na quantidade das linhas de pesquisa conforme mostrado na tabela 29,

enquanto a quantidade de grupos se manteve igual em 2010 e em 2011.

TABELA 29 Grupos e linhas de pesquisa por área do conhecimento

Área de Conhecimento 2009 2010 2011

GruposLinha de Pesquisa

GruposLinha de Pesquisa

Grupos Linha de Pesquisa

Ciências Agrárias 1 2 2 6 2 6

Ciências Biológicas 6 25 7 26 7 25

Ciências da Saúde 7 20 16 55 16 54

Ciências Exatas e da Terra 4 8 5 14 5 12

Ciências Humanas 42 75 52 113 52 122

Ciências Sociais Aplicadas 42 92 42 120 43 117

Engenharias 16 48 17 61 18 60

Linguística, Letras e Artes 18 18 19 17 17 17

Total 136 288 160 412 160 413

Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação – 2011

3.2.3.4. Comitê e Comissão de Ética em Pesquisa

O Comitê de Ética em Pesquisa – CEP - da PUC Minas, vinculado à Pró-

Reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação foi criado em julho de 2000 e tem por

objetivo atender à demanda de avaliação de projetos de pesquisa envolvendo seres

humanos. O CEP está registrado na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa

(CONEP), do Ministério da Saúde, desde agosto de 2002. Possui instalações

próprias e uma secretária administrativa que propicia atendimento diário aos

pesquisadores da PUC Minas. Os protocolos de pesquisa são registrados no

Sistema Nacional de Informação de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos

(SISNEP), propiciando o registro eletrônico dos mesmos desde 2005. Os membros

do Comitê possuem mandato de três anos; participam de forma voluntária e se

reúnem mensalmente para apreciação e avaliação dos projetos de pesquisa. Além

do trabalho de avaliação dos projetos de pesquisa, o CEP realiza palestras e

Page 88: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

88

atividades educativas, no intuito de orientar e promover o tema da ética em pesquisa

na Universidade.

A Tabela 30 mostra o quantitativo de projetos de pesquisa apresentados por

grupo temático no triênio 2009 a 2011.

TABELA 30 Projetos apresentados por grupos temáticos especiais

Grupos 2009 2010 2011

Grupo I - Genética Humana; Reprodução Humana; Novos equipamentos, Insumos e Dispositivos; Novos Procedimentos; Populações Indígenas; Biossegurança; Pesquisas com Cooperação Estrangeira

2 1 2

Grupo II - Novos Fármacos, Vacinas e Testes Diagnósticos - - -

Grupo III - Todos os outros que não se enquadram em áreas temáticas especiais

332 387 399

Total 334 388 401

Fonte: SISNEP - Sistema Nacional de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos - PUC Minas 2011

Pode-se observar pela tabela 30 que, no último triênio, a demanda de

avaliação de pesquisa relativa à ética em pesquisa recaiu no Grupo III. Não houve

demanda para avaliação de projetos no grupo II e poucos projetos relativos à área

temática do Grupo I foram submetidos à avaliação. A Tabela 31 mostra o número de

projetos registrados no CEP da PUC MINAS, no ano de 2011, por curso de origem.

Page 89: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

89

TABELA 31 Projetos registrados por curso de origem CEP, PUC Minas

Curso de origem Protocolos

Enfermagem 151

Psicologia 67

Fisioterapia 52

Odontologia 20

Outros (IEC, IES externa, Pró-Saúde, etc.) 19

Fonoaudiologia 18

Educação 17

Nutrição 17

Ciências Sociais 5

Comunicação Social 5

Ciências da Religião - mestrado 4

Direito 4

Educação Física 4

Letras 3

Serviço Social 3

Administração 2

Ciências Biológicas 1

Ciências da Computação 1

Engenharia Elétrica 1

Geografia 1

História 1

Matemática 1

Pedagogia 1

Sistemas de Informação 1

Total 399

Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação. 2011

Os projetos de pesquisa envolvendo seres humanos que dão entrada no CEP

não se restringem à área da saúde, compreende também as áreas de ciências

Page 90: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

90

exatas, humanas e sociais. Todavia, a área da saúde lidera o registro de projetos,

com a apresentação de 151 projetos só pelo curso de Enfermagem.

Em seguida vem a Faculdade de Psicologia com 67 projetos, seguido por

dois outros cursos da área da saúde, o curso de Fisioterapia com 52 projetos e o

Curso de Odontologia com 20 projetos. Entende-se pela Resolução do Conselho

Nacional de Saúde (BRASIL, 1996) que muitos outros projetos de várias outras

áreas adotariam a submissão de seus projetos de pesquisa ao Comitê de Ética em

Pesquisa, uma vez que a Resolução adota para pesquisa envolvendo seres

humanos a seguinte definição: “pesquisa que, individual ou coletivamente, envolva o

ser humano, de forma direta ou indireta, em sua totalidade ou partes dele, incluindo

o manejo de informações ou materiais”; e para riscos da pesquisa a “possibilidade

de danos à dimensão física, psíquica, moral, intelectual, social, cultural ou espiritual

do ser humano, em qualquer fase de uma pesquisa e dela decorrente”.

Além do Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos, a PUC

Minas conta com a Comissão de Ética no Uso de Animais – CEUA – que desenvolve

análise de projetos de pesquisa apresentados aos programas FIP, PROBIC,

Trabalhos de Conclusão de Curso de Graduação e experimentos oriundos do

Programa de Pós-Graduação em Odontologia e do Mestrado em Zoologia de

Vertebrados. No ano de 2011, o CEUA julgou 37 projetos com o seguinte resultado:

TABELA 32 Projetos de pesquisa julgados

pela CEUA

n

Aprovados 7

Com pendências 14

Sem julgamento 14

Reprovado 2

total geral 37

Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-Graduação.

Page 91: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

91

Dos sete projetos aprovados, três tiveram origem no curso de Medicina

Veterinária – PBE; um no curso de Medicina Veterinária – PPC; e três no Curso de

Mestrado em Zoologia dos Vertebrados.

3.2.3.5. Relações Internacionais e intercâmbio

De acordo com o Plano de Desenvolvimento Institucional, a PUC Minas

recebe, desde 1967, alunos originários de países africanos e da América Latina, que

estudam em suas faculdades e departamentos, sem quaisquer custos (PUC Minas,

2007, p. 180).

A prática de internacionalização se desenvolve na PUC Minas há mais de 40

anos e ganhou maior relevância devido à intensificação das trocas internacionais no

mundo. A PUC Minas, no intuito de desenvolver uma política de internacionalização

da Universidade, possui órgão específico para essa promoção, qual seja a

Assessoria de Relações Internacionais.

Suas atividades principais são:

Realizar convênios com instituições estrangeiras de ensino e pesquisa;

apoiar alunos, professores e funcionários da PUC Minas para a execução de

pesquisas e estudos no exterior;

monitorar oportunidades de bolsas de estudos e financiamento a pesquisas

para a comunidade acadêmica da Universidade;

recepcionar e orientar alunos, professores e pesquisadores estrangeiros em

visita à PUC Minas;

promover eventos internacionais na Universidade;

realizar acordos para estudo de idiomas e trabalho no exterior.

Assim, a Assessoria de Relações Internacionais desenvolve intercâmbio que

consiste, basicamente, em:

a) Programas Acadêmicos Bilaterais: Convênios de caráter internacional,

existente entre a PUC Minas e uma instituição estrangeira, que pode ser uma

universidade, um instituto de pesquisa ou uma organização internacional, com

objetivo de estudos, realização de pesquisas ou estágios acadêmicos.

Page 92: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

92

b) Programas de Treinamento Profissional: Acordos para realização de estágio

profissional de caráter internacional, a ser realizado no Brasil, por estagiário

estrangeiro ou no exterior, por estudante brasileiro, podendo o mesmo ser

remunerado ou não. Estes estágios são, geralmente, feitos em empresas

conveniadas com a PUC Minas.

c) Programas de Aperfeiçoamento em Idiomas: Acordos com universidades e

escolas de línguas para estudo de idiomas em um país estrangeiro ou no

Brasil.

d) PEC: Programa de Estudante-Convênio de Graduação e Pós-Graduação:

constitui um dos instrumentos de cooperação educacional que o Governo

brasileiro oferece estudantes originários de países em vias de

desenvolvimento, especialmente da África e da América Latina.

3.2.3.6. Editora PUC

Criada oficialmente pela Portaria R-057/2002, de 30/9/2002, a Editora PUC

Minas ganhou autonomia para desenvolver projetos que privilegiem publicações de

qualidade cultural e editorial. A Editora conta com uma equipe e uma comissão

editorial atenta ao compromisso de publicar livros voltados para o público

universitário, pretendendo também alcançar leitores situados além desse universo.

Para garantir o interesse de suas obras, adota critérios rigorosos de julgamento e

apreciação dos textos originais e de seus respectivos projetos gráficos.

Embora a meta da Editora seja a publicação de livros e sua divulgação entre

o público leitor, os periódicos também merecem sua atenção. Alguns, já

consolidados, têm um alcance nacional e internacional. Além disso, a Editora

estimula publicações coletivas sobre temas de interesse da comunidade acadêmica,

que se transformam em fonte de consulta para alunos e professores. Dentre os

objetivos da Editora PUC Minas, conta-se incentivar a experimentação de novas

linguagens, a pesquisa e a reflexão crítica sobre os temas priorizados em suas

linhas editoriais. Vinculada a uma universidade confessional, a Editora valoriza a

Page 93: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

93

ética, a liberdade de expressão e o respeito à pluralidade de ideias e opiniões, na

perspectiva da produção e do refinamento do saber. A Editora faz parte da

Associação Brasileira de Editoras Universitárias – ABEU – e vem se esforçando para

implementar estratégias que agilizam a circulação de seus produtos, contribuindo

para a transformação de um mercado cada vez mais profissionalizado e competitivo.

Assim, participa desde 2002 do Salão do Livro de Belo Horizonte, bem como de

outros eventos culturais.

Em 2011, a Editora PUC Minas teve uma participação ativa em diversos

eventos, como os listados a seguir:

4ª Feira Universitária do Livro da UFMG (campus da Pampulha).

XII Congresso Internacional Abralic (Curitiba).

10ª Bienal do Livro da Bahia (Salvador).

Congresso do Instituto de Ciências Humanas da PUC Minas.

Prepes, na PUC Minas no Coração Eucarístico.

Seminário do Meio Ambiente e Relações Internacionais, na PUC Minas no

Coração Eucarístico.

Seminário Internacional de Educação: etnografia para a América Latina, na

PUC Minas no Coração Eucarístico.

6º Feira Nacional do Livro de Poços de Caldas (Poços de Caldas).

3.2.4. A Extensão Universitária

A extensão faz parte do tripé da formação universitária, juntamente com o

ensino e com a pesquisa. Compreendendo um processo “educativo, cultural e

científico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável”, a extensão

estabelece uma relação dialógica entre os diversos saberes, e essa troca de

experiências faz parte de estratégias circunscritas em uma ação pedagógica em que

alunos, professores e funcionários da Universidade passam a ser educadores e

educandos e a comunidade também se apresenta compartilhando o saber popular

para construção de novos conhecimentos e novas metodologias (Brasil, 2001. P.5).

Em consonância com esta definição, a Política de Extensão Universitária da PUC

Minas” de 2006 declara que

Page 94: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

94

A extensão consolida-se como um dos meios que permite ampliar os canais de interlocução com os segmentos externos à universidade. Simultaneamente, o contato com a sociedade retroalimenta o ensino e a pesquisa e a própria extensão, possibilitando o desenvolvimento de novos conhecimentos científicos (PUC Minas. 2006).

Entende-se que a extensão é uma ação da universidade junto à comunidade,

e disponibiliza ao público externo o conhecimento adquirido com o ensino e com a

pesquisa. A comunidade, por sua vez, contribui nessa construção fomentando

discussões, reflexões, metodologias e estratégias para enfrentamento dos

problemas e desafios. Essa ação produz um novo conhecimento que pode ser

trabalhado e articulado entre as diversas áreas do saber acadêmico. Nesse sentido,

entende-se que a extensão é uma via de mão dupla, em que o encontro com a

comunidade externa contribui na formação do aluno, e isso o possibilita

problematizar e buscar respostas, produzir novos questionamentos, num movimento

de produção constante do conhecimento. Assim, este se torna uma construção e

reconstrução permanentes.

Os princípios, as diretrizes e os objetivos da extensão universitária podem ser

encontrados no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e no Projeto

Pedagógico Institucional (PPI) – o qual define a Extensão Universitária como parte

do fazer acadêmico. Estes documentos ressaltam ainda que a extensão universitária

é um dos lugares de exercício da função social da universidade, em que se faz

necessária participação dos diversos atores: docentes que estejam dispostos a

construir os espaços onde as disciplinas se dialoguem num movimento perene de

construção-reconstrução. Discentes que apreendem e praticam os conhecimentos e

habilidades para tornarem-se profissionais preparados tecnicamente, responsáveis e

comprometidos ética e politicamente frente aos dilemas que a sociedade enfrenta.

3.2.4.1. Estrutura organizacional da extensão na PUC Minas

O órgão gestor responsável pela extensão é a Pró-reitoria de Extensão

(Proex) e está subordinado à reitoria da PUC Minas. A figura mostra como o fluxo da

Política de Extensão está se implementando na Universidade, provocando uma

reestruturação interna dos processos da Extensão para corresponder à nova

dinâmica desta dimensão acadêmica.

Page 95: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

95

FIGURA 2

Fluxo da Política de Extensão na PUC Minas

Fonte: Pró-reitoria de Extensão 2012

Com as mudanças, pode-se observar que alguns núcleos temáticos se uniram

como é o caso dos núcleos da Saúde com o do Meio Ambiente; Instituto da Criança

e Adolescente com o Educativo e a Sociedade Inclusiva com o Núcleo de Direitos

Humanos, já o Observatório de Políticas Urbanas (OPUR) permaneceu como está, o

Núcleo do Trabalho, Produção e Tecnologia se desdobrou dando origem a mais um

núcleo. Com essas mudanças, acredita-se que os núcleos poderão acompanhar

cada Instituto e Faculdade, conforme a área do conhecimento. Segue relação dos

novos núcleos temáticos da Proex:

Núcleo de Direitos Humanos e Inclusão (NDHI);

Núcleo de Tecnologia e Inovação (NUTEI);

Núcleo de Políticas Urbanas e Socioespaciais (Observatório de Políticas

Urbanas – OPUR);

Núcleo da Infância, Juventude e Educação;

Núcleo do Trabalho e Produção (NUTRA);

 

PROEX

ASSESSORIA TÉCNICO‐ACADÊMICA 

 

NÚCLEOS TEMÁTICOS 

COORDENADORES DE EXTENSÃO DE UNIDADES/CAMPI, INSTITUTOS 

E FACULDADES 

COORDENADORES DE EXTENSÃO DOS CURSOS 

* Fórum de Coordenadores de Núcleos Temáticos   * Fórum de Coordenadores de Extensão dos campi,     Unidades, Institutos e Faculdades * Fórum de Coordenadores de Extensão dos Cursos     de Graduação  * Colegiado de Extensão 

NUMAS 

NUTEI 

NUTRA 

OPUR 

NDHI 

ICA 

COMISSÃO DE PUBLICAÇÕES 

COMISSÃO DE EVENTOS 

COMISSÃO DE FORMAÇÃO 

AÇÕES DE EXTENSÃO

Page 96: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

96

Núcleo da Saúde e Meio Ambiente (NUMAS).

O coordenador de Extensão dos institutos e faculdades é uma função em

processo de institucionalização e que tem como grande desafio planejar

articuladamente as ações de extensão, estabelecer a interlocução com os

colegiados, corpo docente e discente. Este coordenador é um sujeito importante

para a ampliação e fortalecimento da integração entre a Proex e os coordenadores

de extensão dos cursos de graduação. Estes novos sujeitos estão se incorporando

ao Fórum de Coordenadores de Extensão e, como um fomentador da extensão no

seu Instituto, eles farão acompanhamento didático e pedagógico desta dimensão.

Foram criadas mais duas comissões que, juntamente à Comissão de

Formação, possuem um caráter permanente de atuação e são formadas por

professores, técnicos e extensionistas.

A Comissão de Publicações trabalha para a implementação, coordenação e

gestão da revista eletrônica da Proex, pela indexação e catalogação de artigos,

periódicos e livros publicados pela Proex, além de estimular a produção acadêmica

com temas relacionados à Extensão Universitária e à indissociabilidade com a

Pesquisa e o Ensino.

Já a Comissão de Eventos atua no planejamento e organização de eventos

relacionados à Proex, incluindo a administração dos recursos humanos e

financeiros.

A Comissão de Formação desenvolve ações voltadas para a formação de

docentes e discentes em relação a práticas e quaisquer outras ações de caráter

extensionistas.

A tabela a seguir mostra a quantidade de pessoas envolvidas com as ações

da Proex:

Page 97: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

97

TABELA 33 Equipe da Pró-reitoria de extensão

n

Alunos extensionistas (nos núcleos) 187

Professores que atuam diretamente em ações extensionistas 91

Coordenadores de extensão nos cursos 89

Professores que atuam diretamente nos núcleos 32

Corpo técnico administrativo 32

Coordenadores de extensão nos campi/unidades 8

Coordenadores dos Núcleos 6

Total 445

Fonte: Pró-reitoria de Extensão 2011

3.2.4.2. Modalidades de ações extensionistas (cursos, eventos e

práticas extensionistas)

Os dados sobre as diversas modalidades extensionistas foram encaminhados

pela Proex, com vistas a refletir como foi a extensão no ano de 2011, em seus mais

variados aspectos como: a promoção das ações, a articulação com ensino e com a

pesquisa, os beneficiários de cada projeto, sua interface com a política de

assistência social, dentre outros. A extensão na PUC Minas via programas, projetos,

cursos e eventos extensionistas se afina com as novas demandas da Universidade e

como tem procurado demonstrar capacidade para oportunizar aos alunos uma

formação superior que priorize as três dimensões. A tabela 34 mostra o índice das

modalidades extensionistas por campus/unidade.

Page 98: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

98

TABELA 34 Modalidades extensionistas por campus/unidade10

Campus/Unidade Projetos

de extensão

Eventos de

extensão

Cursos de extensão

Prática extensionista vinculada ao ensino e/ou

pesquisa

Total

Arcos 19 13 0 31 63

Barreiro 10 15 2 21 48

Betim 18 22 2 31 73

Contagem 10 19 3 54 86

Coração Eucarístico 55 69 50 112 286

Guanhães 2 3 0 3 8

Poços de Caldas 19 11 4 211 245

São Gabriel 9 13 10 72 104

Serro 4 4 0 2 10

Multicampi 19 0 0 19

Virtual 0 0 8 0 8

Total 165 169 79 537 950

Fonte: Pró-reitoria de Extensão

A tabela 34 mostra que mais de 55,00% das ações extensionistas realizadas

em 2011 são as práticas vinculadas ao ensino e/ou a pesquisa; o segundo maior

índice é dos projetos e eventos de extensão (quase 20,00%) e os cursos

extensionistas ficaram com quase 9,00%. As práticas extensionistas constituem-se,

segundo estes dados, como ação predominante da extensão em 2011, e vinculadas

ao ensino e à pesquisa, revelam-se como práticas de grande capilaridade, capazes

de envolver um número cada vez maior de alunos.

É importante ressaltar que as ações extensionistas de prestação de serviço

são realizadas no âmbito dos núcleos temáticos sendo integralizadas às demais

ações.

O programa é uma modalidade que agrega, organiza e articula as ações de

extensão. Tem caráter orgânico-institucional, clareza de diretrizes e orientação para

um objetivo comum, sendo executado a médio e longo prazo. É um conjunto de 10 As ações extensionistas de prestação de serviço são realizadas no âmbito dos Núcleos Temáticos sendo integralizadas às demais ações extensionistas. As ações extensionistas do Núcleo Universitário Praça da Liberdade estão mensuradas juntamente com as ações do Núcleo Universitário de Belo Horizonte – Coração Eucarístico.

Page 99: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

99

práticas extensionistas integradas e complementares, com tempo e espaço

definidos, e contribui para o fortalecimento da extensão como atividade-fim da PUC

Minas. A tabela 35 mostra a quantidade de programas por Núcleo temático:

TABELA 35 Programas por núcleo temático

Núcleos temáticos n

Saúde e Meio Ambiente 4

Direitos Humanos e Inclusão 3

Infância Juventude e Educação 2

Tecnologia e Inovação 2

Políticas Urbanas e Socioespaciais 1

Trabalho e Produção 1

Total de programas 13

Fonte: Pró-reitoria de Extensão 2011

Os gráficos a seguir mostram a evolução da extensão nos últimos três anos,

destacando-se as ações extensionistas e a participação de alunos e professores. É

possível notar que houve um aumento no número de ações extensionistas,

especialmente no ano de 2010 (183 ações) para 2011 (887 ações). Entretanto, a

mesma situação não se repete com a participação dos professores que se elevou

em 2010 em relação a 2009, mas se estagnou em 2011. Estes dados revelam o

quanto a extensão vem crescendo, ano após ano, com aumento de ações e o com o

crescente o envolvimento dos alunos. A participação dos professores não

acompanha a mesma tendência.

Page 100: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

100

GRÁFICOS 26 e 27 Extensão nos últimos três anos

Fonte: Pró-reitoria de Extensão 2011

Em relação às ações reconhecidas como de assistência social, em 2011,

nota-se que houve um aumento destas em 12,00%, em relação a 2010, que foi de

36 ações reconhecidas.

Para visualizar alguns aspectos das práticas extensionistas, visando

identificar potencialidades e fragilidades, a Proex realizou um diagnóstico de várias

ações realizadas em 2011. Foram construídos instrumentos de coleta e um banco

de dados. Nesse sistema foram cadastradas as seguintes modalidades de extensão:

eventos, cursos e práticas de extensão sem vínculo com o edital da Proex.

O “Relatório de Dados / Informações – Aspectos quantitativos sobre práticas,

cursos e eventos extensionistas” elaborado, em novembro de 2011, pela Pró-reitoria

de Extensão, apresenta os resultados desse diagnóstico.

No documento ressalta-se que o número de respondentes foi muito reduzido.

As informações coletadas servirão de parâmetros para subsidiar os estudos e as

decisões do órgão gestor, no que tange ao aprimoramento do uso da Tecnologia de

Informação para o registro e sistematização das ações de extensão executadas em

toda universidade, dentre outras questões.

Nesse sistema foram registrados 12 cursos extensionistas. Destes, o curso de

Sistemas de Informação da unidade de São Gabriel realizou quatro ações desta

modalidade. O curso de Direito do Coração Eucarístico registrou três cursos. Os

cursos de Filosofia Presbiteral, bem como Enfermagem e Nutrição do Barreiro,

Engenharia Mecânica de Contagem, Matemática de Betim registraram um curso

cada. Em relação à produção acadêmica, 75,00% destes cursos não previram

nenhuma produção técnica, cultural ou bibliográfica. 50,00% dos cursos foram

Page 101: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

101

classificados como de qualificação, capacitação e treinamento. A carga horária

média foi de 30 horas. 66,70% dos registros, do curso de Sistemas de Informação,

mostraram que cada turma foi formada por um aluno.

O relatório apresenta as dificuldades dos professores no preenchimento do

formulário, quais sejam: problemas relacionados à classificação das ações quanto à

área do conhecimento, uma vez que não há padronização nas informações

fornecidas pelos professores. Essa fragilidade mostra a dificuldade de alguns

professores em classificar suas ações conforme o CNPq e áreas temáticas: principal

e secundária, definidas pelo Sistema de Informação de Extensão da Universidade –

Siex. Acredita-se na existência de professores que desconhecem essas

classificações.

Dos cursos cadastrados, 83,30% têm como proponente apenas um professor.

Em 66,70% desses não houve a participação de alunos do curso proponente. Em

91,70% dos registros não constam a participação de alunos de outras IES. Em cerca

de 50,00% dos registros consta a participação de uma pessoa sem vínculo com a

universidade no apoio à organização do curso.

No relatório foram analisados 40 eventos de extensão e destacou-se os

seguintes pontos: o curso que mais apresentou registro de eventos extensionistas foi

o de Sistema de Informação da unidade de São Gabriel, seguido pela Fisioterapia do

Coração Eucarístico e Nutrição do Barreiro. Em 42,50% dos eventos registrados não

foram informadas a área temática principal e em 57,50% não foram informadas a

área secundária. Apenas 7,00% desses previram produções técnicas, culturais e

bibliográficas. A carga horária média desses eventos foi de quatro horas. Em

45,00% não houve participação de alunos do curso proponente. 85,00% não tiveram

a participação de alunos de outros cursos.

Foram analisadas 65 práticas extensionistas, sem vínculo com o edital,

realizadas no primeiro semestre de 2011. No relatório, destacaram-se os seguintes

resultados: a Faculdade de Comunicação e Artes (FCA) deteve o maior número de

registros (41,50%), seguida pelo Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS)

com 38,50%. O Instituto de Psicologia e a Faculdade Mineira de Direito não

registraram práticas extensionistas e os demais institutos/faculdades registraram

juntos os 20,00% restantes.

Page 102: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

102

Como ocorreram com os registros de cursos, os docentes não seguiram os

padrões do CNPq e do Siex para a classificação das práticas extensionistas, por

área do conhecimento e áreas temáticas. Com relação à produção acadêmica, em

81,70% das práticas registradas não foram previstas nenhuma produção. 18,30%

registraram a previsão de 1 (uma) a 20 produções. A média de carga de horária para

execução dessas ações foi de duas horas.

3.2.4.3. Avaliação Institucional: Extensão

Os dados que serão apresentados foram extraídos da avaliação institucional

realizada com os alunos e professores da graduação e funcionários. A tabela 36 traz

as respostas dos alunos no que tange à sua participação em atividades de extensão

em 2011:

TABELA 36 Participação dos alunos em atividades

de extensão

Atividades de extensão n %

Participei 1326 20,55

Não participei 4833 74,88

Não quero responder 55 0,85

Não sei responder 240 3,72

Total 6454 100

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Os dados mostram que dos 6881 amostrados, 6454 (93,79%) responderam a

questão. Destes, 1326 (20,55%) alunos afirmaram participação em ações de

extensão; 4833 (74,88%) disseram que não participaram; 295 (4,57%) dos alunos

não souberam e/ou não quiseram responder a questão.

Em relação aos motivos alegados pelos alunos que impossibilitam a

participação em atividades de extensão, a tabela a seguir mostra os dados:

Page 103: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

103

TABELA 37 Motivos da não participação dos alunos em

atividades de extensão

Motivos da não-participação n %

Indisponibilidade de horário 2037 42,15

Desconhecimento 1678 34,72

Outros motivos 798 16,51

Desinteresse 308 6,37

Não contribuem para a minha formação 12 0,25

Total 4833 100

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Os dois primeiros motivos somam 76,87% dos respondentes e revelam a

dificuldade dos alunos para se inserirem em práticas extensionistas desenvolvidas

pela universidade.

O coordenador de extensão de curso vem adquirindo um papel relevante para

o fomento da extensão nos cursos. Este sujeito deve articular o ensino, a pesquisa e

a extensão, a fim de proporcionar aos alunos a interlocução entre teoria e prática,

promovendo a aproximação do corpo discente com a realidade social, além de

construir um espaço dialógico entre o saber acadêmico e o saber empírico. As

estratégias de mobilização que envolvem o corpo docente, as coordenações do

curso e do instituto e os alunos em ações de extensão, devem ser elaboradas com

todos os envolvidos neste processo para que a extensão tenha o alcance desejável.

O gráfico a seguir mostra a avaliação do atendimento do coordenador de

extensão feita pelos alunos.

Page 104: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

104

GRÁFICO 28 Avaliação do corpo discente quanto ao atendimento do

coordenador de extensão do curso

Fonte: CPA – PUC Minas 2011

Segundo os dados, mais de 70,00% dos alunos avaliaram satisfatoriamente o

atendimento dos coordenadores de extensão dos cursos e 21,95% avaliaram esse

atendimento pouco satisfatório e insatisfatório.

As respostas dos alunos que participaram de ações extensionistas em 2011

seguem a mesma tendência da avaliação geral. Segundo as respostas deste

público, mais de 60,00% avaliaram positivamente o atendimento da coordenação de

extensão do curso, em contrapartida, 6,48% destes avaliaram-no negativamente.

11,08% não quiseram ou não souberam responder e 13,80% não utilizaram o

serviço da coordenação. Estes últimos resultados mostrados (24,88%) revelam que

muitos alunos extensionistas não fizeram uma interlocução com o coordenador de

extensão do seu curso.

O mesmo quadro se repete em relação à avaliação dos professores. 46,83%

dos respondentes avaliaram a coordenação de extensão dos cursos como excelente

e boa; 16,36% avaliaram-no como regular e quase 2,00% consideraram a sua

atuação ruim e péssima.

A preocupação da instituição com a formação humana e ética foi avaliada

positivamente por 64,74% dos alunos extensionistas e por 63,42% daqueles que não

participaram dessas ações. De um modo geral, a grande maioria dos respondentes

Page 105: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

105

reconhece que a missão da instituição está presente em todas as dimensões da

formação superior, seja no ensino, na pesquisa ou na extensão.

A responsabilidade social da PUC Minas é uma dimensão consoante com

seus princípios e com a missão institucional, os quais fundamentam os projetos e

atividades didático-pedagógicas conferindo-lhes marca singular, e no processo de

aprendizado do aluno, produz saberes que estejam em consonância com os

princípios da instituição. Nesse sentido a universidade procura desenvolver ações e

projetos para oferecer uma formação profissional qualificada para o mercado de

trabalho, mas também para o desenvolvimento do aluno enquanto cidadão

comprometido ética e politicamente. A tabela a seguir mostra como os respondentes

avaliaram a preocupação da PUC Minas com a responsabilidade social.

Para análise deste quesito foi feito um comparativo entre as respostas dos

amostrados e aqueles que fizeram atividades de extensão. Do primeiro grupo, foram

analisadas 6485 respostas e do segundo grupo, 4982 respostas. A tabela a seguir

traz os dados comparativos:

TABELA 38

Avaliação do corpo discente quanto à responsabilidade social da PUC Minas

Responsabilidade Social

% do total de alunos % dos extensionistas

Excelente 27,42 28,36

Bom 28,45 26,01

Regular 20,89 21,24

Ruim 7,36 12,48

Péssimo 3,16 7,41

Não quero responder 1,25 3,25

Não sei responder 11,47 1,16

Total 100 100

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Page 106: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

106

Dos que avaliaram, a maioria considera a preocupação da PUC Minas quanto

à responsabilidade social boa, de um modo geral. Já 10,52% consideram-na ruim e

péssima. Os alunos que participaram de extensão seguiram a mesma tendência

geral, avaliando positivamente a preocupação da Universidade com a

responsabilidade social. 54,37% destes avaliaram como excelente e bom esse

quesito e 19,89% avaliaram-no como ruim e péssimo.

A articulação entre ensino, pesquisa e extensão contribui para que o aluno

tenha uma formação inovadora, e ao articular a teoria com a prática, ele pode, não

só fazer a reflexão destas duas dimensões, mas também construir metodologias

novas para sua atuação profissional. Sendo assim, as IES precisam estar atentas

para captarem os problemas e a dinâmica da sociedade, desenvolver ações

inovadoras, promover espaços de investigação e de intervenção, e assim, produzir

as inovações científicas, tecnológicas, culturais, sociais e políticas necessárias de

forma que o discente, ao apreender todo este conhecimento, torne-se um

profissional com competência técnica e princípios humanos e éticos. Para atingir

este objetivo, a promoção de atividades inovadoras, dentro da Universidade, deve

ser uma constante na formação do discente. 34,69% dos alunos que participaram de

ações extensionistas avaliaram esse quesito como excelente e bom; 22,70%

avaliaram-no quesito como ruim e péssimo; 18,33% desses alunos não souberam

avaliar este quesito.

O reconhecimento do diploma no mercado de trabalho foi avaliado

positivamente pela maioria dos alunos amostrados. Dos alunos extensionistas;

75,94% avaliaram positivamente esse aspecto. Esse quadro se repete entre os

alunos que não fizeram extensão, dos quais; 73,74% fizeram a mesma avaliação.

Este resultado demonstra que, na compreensão dos alunos, a PUC Minas continua

sendo uma universidade reconhecida pela sua qualidade do ensino.

Os dados apresentados foram extraídos dos questionários de avaliação

institucional realizada com 281 professores amostrados dos diversos

campi/unidades, institutos, faculdades e cursos.

Em relação as horas de dedicação em práticas extensionistas, 145

professores responderam a questão e 136 não a responderam. Dos respondentes,

55 professores disseram que têm horas de dedicação para extensão e 90 falaram

que não têm horas de dedicação. A tabela a seguir mostra os dados:

Page 107: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

107

TABELA 39 Horas de dedicação de professores em

Projeto/Programa de Extensão

Horas de dedicação em extensão Total

n %

Não tem horas de dedicação 90 62,07

De 1 a 5 horas 44 30,34

De 6 a 10 horas 9 6,21

De 11 a 15 horas 1 0,69

Acima de 15 horas 1 0,69

Total 145 100

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Em relação à titulação máxima dos professores extensionistas, 36 são

mestres, 15 são doutores e três professores são especialistas. Já em relação ao

seu regime de trabalho, aproximadamente 56,00% são de Regime Integral e Parcial

e em torno de 44,00% são professores aulistas.

No que se refere a tempo de trabalho na PUC Minas, pode-se observar que

cerca de 38,00% dos professores que realizaram práticas extensionistas têm até 10

anos de trabalho na Instituição, cerca de 30,00% dos professores têm de 11 a 20

anos de trabalho, e aproximadamente 25,00% são professores com 21 a 25 anos de

trabalho.

Em relação ao projeto pedagógico do curso, foi perguntado aos professores,

como avaliam o seu conhecimento sobre alguns quesitos, dentre eles, as ações de

extensão.

A tabela a seguir mostra os seguintes resultados:

Page 108: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

108

TABELA 40 Nível de conhecimento do corpo docente quanto aos quesitos

dos Projetos Pedagógicos dos Cursos

Quesitos do Projeto Pedagógico de Curso

Muito bem

Bem Regularmente PoucoNão

conhece Total

% % % % % %

Atividade Complementares de Graduação (ACG)

33,85 28,40 23,74 9,34 4,67 100,00

Atividade de pesquisa 32,57 30,27 25,67 5,75 5,75 100,00

Atividades de extensão 28,52 29,69 29,30 7,81 4,69 100,00

Inserção da disciplina que leciono no projeto

70,38 20,38 5,77 1,54 1,92 100,00

Perfil do Egresso 33,72 32,95 21,07 6,90 5,36 100,00

Processos de Avaliação 52,90 34,36 10,04 1,16 1,54 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas

87,50% dos respodentes disseram que muto bem a um conhecimento regular

das atividades de extensão. O índice de respostas dos professores que dedicaram

horas em práticas extensionistas também foi positivo, mais de 70,00% destes

professores têm um conhecimento muito bom das atividades extensionistas

previstas nos projetos pedagógicos dos cursos. Cerca de 14,00% dos professores

conhecem regularmente o quesito e cerca de 5,00% conhecem pouco as ações

extensionistas.

Quanto à avaliação que fazem da utilização dessas práticas como recurso

pedagógico, dos respondentes (professores extensionistas e não extensionistas),

27,80% avaliaram como excelente e bom, a utilização desses recursos pedagógicos;

25,48% como regular e 24,33% consideram ruim e péssimo. Embora este recurso

tenha sido bem avaliado por 53,28% dos respondentes, no conjunto dos recursos

pedagógicos utilizados pelos professores, essas práticas ficaram abaixo da

Integração com outras disciplinas e práticas investigativas.

3.2.4.4. Extensão nos cursos

A nova diretriz para extensão na PUC Minas determina a transferência da

execução da Política de Extensão para os cursos e institutos. A reestruturação da

Page 109: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

109

Universidade com a criação dos institutos e faculdades possibilita melhor

acompanhamento dos núcleos temáticos da Proex, junto aos coordenadores de

extensão destes setores. Com a nova diretriz, os coordenadores de extensão de

instituto e cursos tornam-se protagonistas na condução das ações de extensão.

Para captar essa realidade, foi elaborado um instrumental em que as

coordenações de extensão de cursos de toda a PUC Minas pudessem avaliar como

está se efetivou em 2011, no âmbito dos cursos de graduação. O instrumental foi

encaminhado aos coordenadores. 32 professores preencheram-no e puderam

avaliar os vários aspectos da extensão nos seus respectivos cursos.

Com relação ao tempo em que se dedicaram à coordenação de extensão do

curso, a tabela a seguir mostra os valores:

TABELA 41 Tempo de dedicação à coordenação

de extensão de curso

Tempo n

Até 2 anos e meio 17

De 3 a 5 anos 12

Acima de 5 anos 3

Total 32

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Os dados mostram que 53,12% dos respondentes estão nesta função até dois

anos e meio; 37,50% dos professores estão nesta função de três a cinco anos e

9,37% estão na coordenação a mais de cinco anos. A política de extensão na PUC

Minas trouxe avanços significativos para essa dimensão acadêmica. Ela vem

reforçar no contexto universitário a importância da extensão enquanto atividade fim

da universidade.

Para o coordenador de extensão de curso, a política prevê, no mínimo, 8

horas de dedicação para esta função. Entretanto, há de se considerar as

especificidades de curso, como a extensão está inserida e como se efetiva em cada

uma das especificidades do ensino na PUC Minas. Assim sendo, é possível

observar, a partir dos respondentes que a média de horas de dedicação à

coordenação de extensão no curso é de 4 horas e 30 minutos. Além disso, existe um

Page 110: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

110

professor que dedica 10 horas para extensão do seu curso e dois professores que

dedicam uma hora a esta função. A carga horária dos demais se encontra na média.

A respeito das horas que os cursos disponibilizam para ações de extensão e

para a dedicação do coordenador, pode-se perceber que 53,13% dos respondentes

alegaram que as horas disponibilizadas pelo curso para a extensão, são canalizadas

para a dedicação do coordenador, não restando mais horas, além destas, para

realização de ações de extensão. Já 43,75% disseram que a coordenação do curso

disponibiliza horas para dedicação do coordenador de extensão e para realização de

ações de extensão.

Foi perguntado aos coordenadores se exerceram outras funções além da

coordenação de extensão de curso. A tabela a seguir mostra os seguintes

resultados:

TABELA 42 Outras funções além da coordenação

de extensão

Funções n

1 função 9

2 funções 10

3 funções 7

4 funções 1

Apenas lecionou disciplina (s) 5

Total 32

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Os dados revelam que 84,38% dos respondentes assumiram outras tarefas,

além da coordenação de extensão, tendo que compatibilizar as ações da extensão

com outras demandas do curso. Apenas 1/6 dos respondentes puderam dedicar-se

integralmente a esta função.

Além da coordenação de extensão do curso, a função que mais apareceu foi

a de coordenador de ações extensionistas. Aproximadamente 53,00% dos

professores marcaram esta função. Em segundo lugar estão os cargos de

Coordenação de Grupos de Estudo e/ou Pesquisa e Membro do Colegiado, com

15,63% cada um. Em terceiro lugar estão as funções de Coordenação de estágio e

Page 111: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

111

Membro do Núcleo Docente Estruturante (NDE), com 12,50% cada uma. O gráfico a

seguir, apresenta os dados referentes às ações realizadas no curso em 2011:

GRÁFICO 29 Ações de extensão desenvolvidas nos cursos

Fonte: CPA – PUC Minas 2011

Segundo este gráfico, em torno de 35,00% dos respondentes afirmaram que

as ações desenvolvidas pelo curso receberam apoio da PUC Minas e de parceiros

externos; 31,00% disseram que elas receberam recursos dos setores internos à

Universidade (cursos, institutos e Proex); 12,50% dos respondentes afirmaram que

as ações realizadas em 2011 receberam fomento somente da Proex; 6,25%

receberam recursos de órgãos públicos e entidades da iniciativa privada. As ações

executadas sem nenhum apoio foram mencionadas por 6,25% dos respondentes.

Em torno de 3,00% dos respondentes disseram que o curso ou instituto não realizou

ações extensionistas.

Os dados mostram que as práticas extensionistas estão sendo executadas

em praticamente todos os cursos da Universidade. A maioria dos respondentes

(90,00%) afirmaram que as ações receberam fomento de parceiros. Os atores

externos à PUC Minas deram sua contrapartida para que a extensão pudesse ser

viabilizada nos cursos em 2011. 40,63% dos respondentes declararam a

participação de instituições da sociedade no fomento das práticas extensionistas, no

ano que passou. 27,00% afirmaram que essas práticas foram fomentadas pela PUC

Minas, seja via Proex, cursos ou institutos.

Page 112: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

112

Foi solicitado que os professores quantificassem as ações de extensão

realizadas pelos cursos, em 2011, sem vínculo com o edital da Proex. Foram

mencionadas 217 ações sem vinculação ao edital. Este resultado mostra que os

cursos desenvolvem ações de extensão, para além do edital, porém elas não estão

mapeadas e registradas no sistema da Proex.

Perguntou-se aos coordenadores sobre as origens das ações de extensão

realizadas pelos cursos. Os dados são os seguintes: 81,00% dos coordenadores

responderam que essas ações surgiram a partir de um diagnóstico da realidade

social; 75,00% disseram que elas originaram-se nas disciplinas curriculares e

estavam vinculadas às mesmas; pelo menos 25,00% afirmaram que essas ações

são frutos de um projeto de pesquisa; aproximadamente 3,00% dos respondentes

destacaram que as práticas extensionistas surgiram a partir de uma parceria externa

e articulação com outros cursos e com a Proex; o mesmo índice de respondentes

afirmou que essas práticas surgiram com as mudanças implementadas no projeto

pedagógico e com a criação de uma disciplina extensionista no curso.

No que tange a validação das ações extensionistas para certificação dos

alunos, a tabela a seguir traz os seguintes resultados, os quais mostram como a

extensão se vincula ao ensino:

TABELA 43

Validação das ações extensionistas

Práticas pedagógicas %

Atividade complementar 93,75

Campo de estágio 28,13

Atividades acadêmicas de disciplina 3,13

Outro 3,13

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Em relação às contribuições das práticas extensionistas para atenderem às

diversas demandas sociais, em articulação ou não com as políticas públicas, a

tabela mostra os dados:

Page 113: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

113

TABELA 44 Articulação das ações extensionistas realizadas nos cursos

com as políticas públicas

Formas de atuação das ações de extensão n %

Atendeu(ram) demandas de uma comunidade específica, sem vinculação com as políticas públicas

25 78,13

Realizou(ram) pesquisas, levantamentos e diagnósticos, com vistas à formulação e avaliação das políticas públicas

17 53,13

Atuou(aram) nos espaços de controle social e defesa de direitos 16 50,00

Desenvolveu(ram) ações que estejam relacionadas à cultura 14 43,75

Foi(ram) articulada(s), com vistas à criação de novas metodologias que subsidiem a gestão ou a execução das políticas públicas

7 21,88

Atendeu(ram) demandas de empresas privadas 6 18,75

Atuou(aram) na capacitação de profissionais do âmbito das políticas públicas

6 18,75

Outro 1 3,13

Fonte: CPA - PUC Minas 2011 Obs: A questão comportou mais de uma resposta

A grande maioria dos professores disse que foram realizadas práticas

extensionistas articuladas com as políticas públicas, sejam atuando na capacitação

de profissionais das áreas, no diagnóstico e pesquisas que subsidiem essas

políticas, ou até mesmo na construção de novas metodologias para gestão das

mesmas. 20 professores destacaram que, de alguma maneira, as ações estavam

articuladas com as políticas públicas. Seis professores disseram que as ações do

seu curso não estavam articuladas com as políticas, mas atuaram no controle social,

os outros seis professores afirmaram que as ações desenvolvidas pelos cursos não

tiveram nenhuma articulação com as políticas nem atuaram nos espaços de controle

social.

Em relação à nova diretriz para extensão na PUC Minas, que determina a

transferência da execução das atividades extensionistas para os cursos e institutos,

a tabela a seguir mostra os resultados:

Page 114: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

114

TABELA 45 Mudanças ocorridas com a extensão nos cursos,

em função da nova diretriz

Mudanças ocorridas com a extensão nos cursos, em função da nova diretriz.

n

Promoveu a integração da extensão com o ensino e com a pesquisa. 23

Ampliou e fortaleceu o conceito de extensão como atividade fim da universidade, vinculada ao ensino e à pesquisa, visando promover uma relação transformadora entre a universidade e a sociedade.

19

Resultou num aumento da participação dos alunos nas ações extensionistas.

19

Promoveu maior envolvimento da coordenação e do colegiado na extensão.

17

Foi ou está sendo realizado um diagnóstico para levantamento das especificidades de cada curso ou instituto, a fim de se conhecer melhor a realidade local, e assim, criar ações que promovam a extensão nesses espaços.

13

Foram ou estão sendo definidas linhas prioritárias de extensão no projeto pedagógico a fim de que a mesma se efetive no curso ou instituto.

13

Promoveu aumento das ações de extensão a serem executadas pelo curso ou instituto.

12

Provocou maior interesse dos docentes pelas ações extensionistas. 7

Provocou aumento do investimento financeiro do curso ou instituto para extensão

5

Criação e implementação de uma disciplina de extensão no projeto pedagógico do curso.

1

Não tenho conhecimento da nova diretriz para extensão. 1

Outro 1

Fonte: CPA - PUC Minas 2011 Obs.: A questão comportou mais de uma resposta

A nova diretriz para extensão define que a execução de práticas

extensionistas será de responsabilidade dos cursos e institutos. A Proex e seus

núcleos temáticos realizarão as funções de gestão dessas ações, orientando e

Page 115: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

115

acompanhando a sua execução. Dentre as mudanças ocorridas com a extensão nos

cursos, em função da nova diretriz, merece destaque, a resposta de 37,50% dos

coordenadores quando afirmam que houve o aumento do número de ações de

extensão a serem executadas pelo curso ou instituto, e apenas 15,63% dos

coordenadores destacaram que houve aumento de recursos financeiros para sua

realização, ou seja, menos da metade do percentual anterior. É perceptível que a

extensão ao ser transferida para os cursos, aumentaria as demandas destes com

essa dimensão acadêmica, todavia os recursos financeiros ainda não

acompanharam, efetivamente, a dinâmica desse processo.

Em levantamento realizado junto à Assessoria Técnico-Acadêmica da Proex,

no que se refere à criação de linhas prioritárias de extensão nos Projeto Pedagógico

dos cursos, foi possível coletar informações referentes às formas como alguns

cursos já estão prevendo a extensão em seus Projetos Pedagógicos. Seguem

alguns exemplos11:

a) Curso de Psicologia de Arcos: este curso compreende que as práticas

extensionistas são concebidas como práticas acadêmicas realizadas nas disciplinas

que compõem o currículo do curso. Estas podem ser de caráter interdisciplinar ou

não, e estar articuladas ou não a práticas investigativas ou demais modalidades de

ações extensionistas. Para este curso, o diferencial desse tipo de prática é o

compromisso com a transformação da realidade social, tanto para alunos quanto

para o público alvo. Estas práticas pretendem ainda identificar demandas

educacionais e sociais existentes na comunidade além de abrir espaços para a

construção de projetos extensionistas. O Curso realizará práticas extensionistas,

enquanto atividades formadoras, onde os professores darão orientação aos alunos

no trabalho de campo, com destaque para o contato com a comunidade e a

identificação de demandas sociais; na elaboração de relatórios e de outros produtos

acadêmicos. Essas práticas devem constituir estratégia de ensino em todas as

disciplinas, como prática pedagógica de ensino e de aprendizagem no processo de

formação. Estas poderão ocorrer nas disciplinas, a critério do professor e as

mesmas deverão estar previstas nos planos de ensino de cada disciplina. Pensando

na indissociabilidade entre ensino/pesquisa/extensão as práticas extensionistas

11 As informações referentes a esses cursos foram extraídas dos respectivos projetos pedagógicos.

Page 116: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

116

estão previstas, como atividade obrigatória, nas seguintes disciplinas do Curso:

Teorias do Desenvolvimento da Criança; Psicologia e Políticas Públicas; Psicologia

Educacional/Escolar; Psicologia da Vida Adulta e da Velhice; Orientação Profissional

e Estágio Supervisionado: pesquisa e extensão.

b) Ciência da Computação e Engenharia da Computação do Instituto de

Ciências Exatas e Informática: para estes cursos, a adoção de práticas

extensionistas, tem como objetivo, dentro da sua área de formação, fornecer ao

aluno uma visão da importância dos avanços tecnológicos para as relações sociais.

Introduzir o aluno às preocupações individuais e sociológicas suscitadas pelo

advento da Informática. Analisar as perspectivas para o futuro das sociedades

automatizadas. Discutir com os alunos a influência do computador sobre a

mentalidade dos programadores e usuários. Realizar diversas atividades na

comunidade de modo a promover o acesso participativo e universal do cidadão às

novas tecnologias da informação e comunicação. Com vistas à operacionalização

das práticas extensionistas em informática na disciplina “Computadores e

Sociedade”, propõe-se o “Regimento das práticas extensionistas em informática”,

que contemplam de maneira estruturada, “práticas de diagnóstico das demandas da

comunidade por conhecimento e recursos da tecnologia da informação;

planejamento das ações extensionistas; intervenção na comunidade e avaliação da

intervenção.”

c) Curso Superior de Tecnologia de Design de Interiores do campus Poços

de Caldas: o Projeto Pedagógico do curso prevê como “as disciplinas de Projeto

Prático Científico devem fomentar e permitir a execução de práticas extensionistas

realizando a interlocução com projetos extensionistas desenvolvidos no campus

Poços de Caldas e a articulação com a comunidade atendendo demandas vindas

dos diferentes setores da sociedade – organizações públicas, privadas e não

governamentais. Parte-se do princípio de que a produção do conhecimento ocorre

através da retroalimentação entre os saberes produzidos no ambiente acadêmico e

na sociedade”.

Page 117: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

117

d) Curso Superior de Tecnologia em Logística da unidade do Barreiro: as

atividades desenvolvidas nas disciplinas “Projeto em Logística I, II e III” do Curso

Superior de Tecnologia em Logística têm como objetivo auxiliar o desenvolvimento

das competências necessárias ao aluno visando seu preparo para atuação no

mundo do trabalho. Através dessas disciplinas o curso proporciona ao aluno a

oportunidade de participar de atividades práticas relacionadas a sua formação, tais

como atividades de extensão e práticas investigativas que proverão aos alunos os

conteúdos para desenvolvimento dos Projetos. Os referidos Projetos, que

constituem prática investigativa multidisciplinar, buscam a integração entre as

disciplinas por meio da evidenciação de seus conteúdos teóricos nas práticas

cotidianas de organizações empresariais. Serão elaborados de forma a contemplar

os conteúdos das disciplinas profissionalizantes, sendo desenvolvido a partir do

segundo módulo, de acordo com as ênfases específicas dos respectivos módulos.

Assim, permitirão ao aluno, ao final do curso, uma visão ampla, sistêmica e

integrada das principais atividades logísticas que permeiam a Cadeia de

Suprimento. A definição dos produtos ou cadeias produtivas alvo dos referidos

Projetos será feita a partir da orientação de professores do curso, da experiência

profissional do aluno ou ainda de seu interesse no desenvolvimento de

competências específicas. Cabe, portanto, enfatizar que a proposta das disciplinas

de Projeto em Logística I, II e III pretende estabelecer um elo efetivo entre o ensino,

a pesquisa e a extensão, incorporando ao Projeto Pedagógico do curso a evidência

da busca da indissociabilidade entre essas três áreas, sustentada e incentivada pela

Lei de Diretrizes e Bases (Lei n. 9.394/1996), que propõe, entre seus princípios

fundamentais, o fortalecimento da articulação entre teoria e prática, o estímulo às

práticas de estudo independente e o incentivo a sólida formação geral.

O quadro de funcionários da PUC Minas, em relação à participação do setor

em extensão universitária, tem-se os seguintes resultados: 30,45% destes estão

localizados em setores que se dedicam a extensão e 69,55% disseram que seu

setor de trabalho não está envolvido com esta dimensão.

No que se refere a participação em projeto/programa de extensão, em 2011,

17,60% destes disseram que participam de ações de extensão e 82,40% não

participam.

Page 118: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

118

3.3. A RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO

Uma Instituição de Educação Superior (IES) deve estar em sintonia com a

realidade do mundo que a cerca, dos problemas do país e das questões sociais e

econômicas da região onde está localizada. Além da função de formar profissionais

qualificados para enfrentar as necessidades do mercado de trabalho, uma IES deve,

também, formar cidadãos eticamente responsáveis e estar comprometida com as

transformações que assinalam conquistas democráticas. Assim, a PUC Minas, em

seu Projeto Pedagógico Institucional, ao estabelecer premissas para a formação na

Universidade, prevê que não deve se submeter apenas ao mercado de trabalho,

mas também assumir compromissos “com os princípios relativos à promoção de

justiça social, da paz, da preservação do meio ambiente, do desarmamento, da

solidariedade e respeito entre os povos [...]” (PDI, 2007. p. 19), reconhecendo a

responsabilidade que tem, como instituição educacional, para com a sociedade.

O Projeto Pedagógico Institucional da PUC Minas busca manter-se na

vanguarda para sustentar a excelência quanto à qualidade de sua atividade-fim,

buscando evidenciar na educação que promove “o compromisso com a realidade

social brasileira em suas relações com o contexto internacional e formação

humanista para o exercício profissional como dimensão da cidadania” (PDI, 2007. p.

20).

A preocupação de conduzir suas atividades de maneira que se torne

corresponsável pelo desenvolvimento da sociedade está evidente na Missão da

PUC Minas, que almeja “[...] contribuir para a formação ética, solidária e de

profissionais competentes humana e cientificamente, mediante a produção e

disseminação do conhecimento, a integração entre a universidade e a sociedade”

(PDI, 2007. p. 18). Neste contexto, para que se construa a formação humanística

proposta pela Universidade, tais ideais devem estar incutidos nas atividades e nas

relações sociais da Instituição em sua totalidade e nos próprios projetos

pedagógicos dos cursos.

Assim, para que se pudesse avaliar as ações de responsabilidade social que

a Instituição promove e como estas estão comprometidas com a comunidade interna

e externa, buscou-se, inicialmente, conhecer como os setores desenvolvem projetos

de natureza social, voltados para a inclusão social de pessoas com necessidades

Page 119: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

119

especiais, a qualidade de vida da população local e regional; a efetivação dos

direitos humanos e a promoção da cidadania.

Para desenvolver o potencial da responsabilidade social que lhe cabe, a PUC

Minas busca organização e melhoria da oferta de bolsas de estudo; qualidade dos

processos de seleção de docentes; democratização do acesso ao Ensino Superior;

inclusão de pessoas com necessidades especiais, entre outras medidas. Neste

relatório será dada maior ênfase às ações de cunho social promovidas pela

Secretaria de Cultura e Assuntos Comunitários, com o intuito de compreender as

ações de responsabilidade social voltadas ao público interno.

Além disso, o presente relatório é sistematizado de tal forma a apresentar,

após análise documental e análise dos questionários, o conjunto de ações voltadas

à compreensão das atividades de responsabilidade social desenvolvidas nestes

setores.

3.3.1. A Secretaria de Assuntos Comunitários (SECAC)

A Secretaria de Cultura e Assuntos Comunitários (SECAC) integra uma série

de reformas estruturais realizadas com o intuito de adequar a Instituição aos

desafios dos tempos atuais. Tem como objetivo desenvolver o atendimento social

ao público interno e a ampliação de ações culturais e de patrimônio histórico natural.

Por meio dessa estrutura, busca-se a sistematização dos procedimentos dos

segmentos que integram a Secretaria, objetivando maior identificação das políticas

comunitárias e culturais com os princípios que norteiam a PUC Minas, bem como a

racionalização e a otimização dos recursos disponíveis.

Para atender aos desafios propostos, a SECAC atua em dois eixos: um,

orientado para a assistência comunitária, no seu sentido amplo, exercido pelo Apoio

Comunitário, pelo NAI e pela Pastoral Universitária. O outro, orientado para a

cultura, cabe, de maneira especial, aos segmentos PUC TV, Escola de Teatro,

Grupo de Teatro Filhos da PUC, Museu, Coral, exposições, seminários,

videoconferências, publicações, etc. Neste particular, atua também a Pastoral,

fazendo a convergência dos dois eixos de atuação.

Page 120: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

120

3.3.1.1. Divisão de Apoio Comunitário

Conforme informações da Secretaria de Cultura e Assuntos Comunitários

(SECAC), compete à Divisão de Apoio Comunitário (DAC) implementar, coordenar e

executar políticas assistenciais destinadas à comunidade acadêmica, dando

prioridade aos grupos menos favorecidos, buscando garantir os recursos financeiros

que possibilitem a permanência de alunos carentes na Universidade. Assim, a DAC

é o setor responsável pela operacionalização de algumas das modalidades de

bolsas de estudos e financiamento estudantil e está presente em todas as unidades

da PUC Minas. São linhas de atuação da Divisão de Apoio Comunitário:

a) Programas de concessão de bolsas e financiamento estudantil:

Programa Universidade para Todos – PROUNI: criado pelo Governo Federal

em 2005, por intermédio da Lei nº 11.096, o programa tem concedido bolsas

de 50% e 100%, tendo sido beneficiados, em 2010, 10.862 e, em 2011,

11.465 alunos12.

Bolsa Institucional: estabelecida pela PUC Minas no 1º semestre de 2007. O

benefício destina-se a calouros que não se enquadrem nos critérios do

PROUNI. Em 2010 foram concedidas 2.743 e, em 2011, 2511 bolsas13.

Financiamento Estudantil MEC/Fundo de Financiamento estudantil (Fies) por

meio desse programa, mantido pelo Governo Federal, foram beneficiados,

em 2010, 7118 alunos e, em 2011, 8.525 alunos.14

Crédito Educacional Rotativo Especial: para alunos em situação de

inadimplência com a Universidade e em situação de carência

socioeconômica. Modalidade de financiamento instituída em 2005 pela PUC

Minas com o objetivo de possibilitar aos alunos a quitação de seus débitos e

a continuidade de seus estudos. Em 2010 foram beneficiados 195 alunos e,

em 2011, 149 alunos15.

b) Atendimento e acompanhamento de alunos e funcionários:

12 Dados coletados junto ao Setor de Bolsas, março 2012 13 Idem, Idem 14 Dados fornecidos pelo Setor de PROGEF/CER-FIES, março 2012 15 Idem, Idem.

Page 121: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

121

Acompanhamento de alunos bolsistas da PUC Minas e do Prouni;

Atendimento a alunos e funcionários;

Suporte ao Núcleo de Apoio à Inclusão de Alunos com Necessidades

Educacionais Especiais (NAI).

Outra linha de atendimento e acompanhamento a alunos e funcionários é a

que acolhe as dúvidas sobre os procedimentos em relação a bolsas de estudos. Tais

atendimentos visam, num trabalho de escuta, buscar alternativas, dar assistência e

suporte aos diversos problemas em relação aos benefícios.

Atualmente, a DAC participa, ao lado de outros setores da SECAC e também

do ICBS, do Instituto de Psicologia e da Proinfra, da implementação do Programa

Qualidade de Vida, que busca, por meio de palestras e conferências, dentre outras

atividades, levar à comunidade acadêmica discussões sobre temas relacionados à

saúde e ao bem-estar.

A DAC desenvolve, ainda, o Programa Primeiro Caminho, cujo objetivo é o de

contribuir para a formação ética e qualificação profissional dos menores aprendizes

da Cruz Vermelha. Para isso, conta com o apoio de professores, funcionários e

alunos da PUC Minas.

3.3.1.2. Núcleo à Inclusão a Alunos com Necessidades

Educacionais Especiais (NAI)

“A inclusão do aluno com necessidades educacionais especiais na PUC

Minas é um compromisso institucional” (Relatório de Responsabilidade Social da

PUC Minas. 2009 p. 9). Nesse âmbito, o Núcleo de Apoio à Inclusão, (NAI), criado

em 200416, objetiva o atendimento, em todas as unidades e campi da PUC Minas,

aos alunos com necessidades associadas às deficiências visual, auditiva e

locomotora. Sua missão é articular e coordenar as ações que vários setores e

órgãos da Universidade desenvolvem, com vistas ao atendimento aos discentes nas

suas dificuldades de natureza didático-pedagógica ou de acessibilidade. Para tanto,

disponibiliza recursos especializados como ledores e copistas, intérpretes de Libras,

16 Portaria R/Nº 011/2004

Page 122: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

122

textos digitalizados e gravados, apoio didático-pedagógico a docentes e discentes,

dentre outros.

O trabalho do NAI tem-se consolidado de maneira significativa, podendo ser

mencionados, entre outros, os seguintes esforços: realização do “Programa de

Reuniões Técnicas”, destinado à discussão de temas referentes à educação de

alunos com deficiência, e do “Programa Anual de Qualificação de Intérpretes”, cujo

objetivo é avaliar e aperfeiçoar a interpretação; implementação da “Oficina de Língua

Portuguesa” para alunos surdos; elaboração da “Cartilha do NAI”, com depoimentos

de alunos e professores da PUC Minas sobre o processo de aprendizagem;

promoção de “Encontro de Instituições de Ensino Superior Inclusivo”, com

programação focada nos suportes pedagógicos e adaptações curriculares

necessários aos alunos com deficiência, e a elaboração de Dicionário Temático de

Libras, premiado pelo CNPq.

Para além das ações no âmbito do próprio Núcleo, o NAI estabeleceu

parceria com a Pró-reitoria de Recursos Humanos (PRORH) para a realização do

Projeto Inclusão no Trabalho. O Projeto objetiva dar prioridade à contratação, no

quadro de funcionários da PUC Minas, de alunos com deficiência cadastrados no

NAI, contribuindo, também por essa via, com a inclusão social. A tabela a seguir

registra o comparativo de dados de atendimento do setor nos anos 2009, 2010 e

2011.

TABELA 46 Atendimento a Pessoas com Necessidades

Especiais

Período

Tipo de Deficiência

Total

Auditiva Física Visual

2009 38 76 45 159

2010 39 86 64 189

2011 83 114 81 278

Fonte: NAI PUC Minas 2011

Page 123: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

123

Observa-se que, em 2011, houve um acréscimo significativo de atendimento a

pessoas com necessidades especiais quando se compara aos dois últimos anos.

O NAI reconhece investimentos já feitos pela Universidade no que se refere à:

a) acessibilidade arquitetônica para pessoas com deficiência física; b) acessibilidade

digital para pessoas com deficiência visual; c) acessibilidade comunicacional para

pessoas com deficiência auditiva.

A coordenação de Apoio Comunitário presta assistência aos membros da

comunidade universitária, apoiando e estimulando programas que busquem uma

maior integração dessa comunidade. Dentre suas atribuições, também está a gestão

das políticas de concessão de benefícios e de financiamento escolar para os alunos

carentes da Universidade.

O Apoio comunitário é responsável, ainda, pela operacionalização do Projeto

Primeiro Caminho. Este projeto, fruto de uma parceria com a Pró-reitoria de

Recursos Humanos e a Cruz Vermelha, destina-se a promover acolhimento

adequado aos adolescentes da Cruz Vermelha que atuam na Universidade,

franqueando a eles um elenco de atividades culturais, socioeducativas e de iniciação

profissional, formação ética e profissional desses.

Entende-se que cabe à Universidade garantir a permanência confortável e

produtiva ao aluno que conquista o acesso ao ensino superior, conforme determina

a Portaria do MEC Nº 3284 de 2003.

Dentre as estratégias de intervenção desenvolvidas pelo NAI, destacam-se as

seguintes:

a) Identificação dos alunos com necessidades educacionais especiais que

procuram o ingresso na PUC, desde a fase do Vestibular;

b) Apoio especializado a este aluno, de forma a assegurar o seu percurso

escolar universitário;

c) Apresentação de recursos pedagógicos, metodológicos e tecnológicos

alternativos aos professores destes alunos, visando facilitar a sua

convivência, bem como o seu processo de ensino-aprendizagem;

d) Suporte à implantação de medidas de acessibilidade nos campi da PUC

Minas, de forma a permitir o acesso destes alunos aos vários espaços

acadêmicos;

Page 124: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

124

e) Desenvolvimento de pesquisas permanentes sobre os avanços referentes às

tecnologias que possam facilitar a inclusão dos alunos na Universidade;

f) Seleção, orientação e coordenação de estagiários, monitores e bolsistas

interessados neste campo de atuação.

g) Promoção de eventos informativos e de sensibilização para alunos e

profissionais interessados.

3.3.1.3. Pastoral Universitária

Implantada em 2006 em todas as unidades e campi da Universidade, a

Pastoral objetiva, conforme seu regulamento, contribuir para a “realização da missão

da PUC Minas, especialmente na promoção do desenvolvimento humano e social

dos alunos, professores, funcionários e comunidade”. Em outubro de 2008,

incorporada pela SECAC e considerada como um dos seus eixos de atuação, a

Pastoral iniciou trabalho de aproximação com o Apoio Comunitário e com o NAI,

objetivando facilitar as ações voltadas ao seu objetivo maior, com especial destaque

ao atendimento de necessidades pessoais dos membros da comunidade

universitária.

Nesse contexto, estão implantados, em parceria com a Pró-reitoria de

Extensão – Proex, com a Secretaria de Comunicação, além de outros setores da

SECAC e da PUC Minas, inúmeros trabalhos nas unidades e campi. Dentre eles,

Projeto “Beira Linha”; o “Dia da Solidariedade PUC Minas”; Projeto “Lições da Terra”;

Programa PUC TV sobre projetos de Solidariedade; Campanha da Fraternidade;

Projeto “Outras Margens”; debates sobre diversos temas, procurando estabelecer

um diálogo entre ciência, fé e cultura, além de celebrações eucarísticas e

ecumênicas, tardes e dias de espiritualidade para professores, funcionários e

alunos, oficinas de oração, acolhida dos calouros, atendimentos individuais de

confissão, aconselhamento espiritual, atendimento aos doentes e exéquias.

A Pastoral atua em comunhão efetiva com os demais projetos da própria

universidade (ensino, pesquisa e extensão), articulando pessoas, Instituição e

sociedade tendo em vista a construção de um mundo mais justo e mais humano.

Sendo presença da Igreja no mundo universitário, ela é parte integrante da Pastoral

Page 125: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

125

de Conjunto da Arquidiocese de Belo Horizonte e demais dioceses onde a PUC

Minas está presente.

Quatro linhas mestras norteiam o trabalho da Pastoral na Universidade. São

elas:

a) Evangelização dialogal, reconhecendo toda atividade que promove valores

como a dignidade humana, a cidadania e a ética e criando espaços de

trabalho conjunto com essas iniciativas;

b) Serviço aos mais necessitados, dentro da perspectiva da opção preferencial

pelos pobres, numa atitude de mútuo aprendizado e colaboração;

c) Testemunho de vida, comunhão e serviço, a partir da espiritualidade cristã;

d) Anúncio da mensagem cristã, com abertura ecumênica e inter-religiosa, a fim

de que cada um, de acordo com sua realidade, encontre algo de definitivo

para o sentido de sua vida.

TABELA 47 Avaliação da Participação do corpo discente

em atividades da Pastoral

Participação Total

%

Sim 4,65

Não 92,47

Não quero responder 1,53

Não sei responder 1,35

Total 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Os alunos respondentes afirmaram participar pouco das atividades da

Pastoral, seja por falta de disponibilidade de tempo (29,04%), por falta de interesse

(24,83%), por falta de conhecimento (21,11%) ou por outros motivos (25,02%).

Somente 4,65% afirmaram participar das atividades promovidas pela Pastoral

universitária. Ao serem questionados sobre as atividades pastorais das quais haviam

participado, a maioria dos alunos (71,39%) respondeu que não sabe ou não quer

responder. As atividades da pastoral tiveram participação assim distribuída: Missa

Page 126: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

126

de Formatura (9,37%), Missa/Celebração ecumênica (7,10%), Campanha da

Fraternidade (4,89%), Campanha da Solidariedade (3,87%) e, por fim, Crisma

(3,38%). Os professores (80,15%) afirmaram não participar das atividades da

pastoral por motivos variados, mas grande parte por falta de disponibilidade de

tempo. As atividades das quais os professores mais participaram foram a Campanha

da Fraternidade e a Missa/Celebração ecumênica.

TABELA 48 Motivos da não-participação do corpo discente

em atividades da Pastoral

Motivos %

Não, por falta de conhecimento 21,11

Não, por falta de disponibilidade de tempo 29,04

Não, por falta de interesse 24,83

Não, por motivos religiosos/filosóficos 8,20

Não, por outro motivo 16,82

Total 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Os professores, em sua maioria (80,15%), afirmaram não participar das

atividades da pastoral, como se pode verificar na tabela a seguir.

TABELA 49 Participação do corpo docente em

atividades da Pastoral

Participação Total

%

Sim 19,85

Não 80,15

Total 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Page 127: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

127

Os motivos da não participação podem ser visualizados na tabela 50. Verifica-

se que grande parte dos docentes não participa por falta de disponibilidade de

tempo.

TABELA 50 Motivos da não-participação do corpo docente

em atividades da Pastoral

Motivos Total

%

Não, por falta de conhecimento 5,71

Não, por falta de disponibilidade de tempo 29,52

Não, por motivos religiosos/filosóficos 3,81

Não, por outros motivos 57,62

Não, pro falta de interesse 3,33

Total 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

As atividades das quais os professores mais participaram foram a Campanha

da Fraternidade e de Missa/Celebração ecumênica.

TABELA 51 Atividades da Pastoral das quais participaram

corpo docente

Atividades da Pastoral n

Campanha da Fraternidade 159

Campanha da Solidariedade 132

Crisma 28

Missa de Formatura 114

Missa/Celebração Ecumênica 148

Não Participo 32

Outro evento ou atividade da Pastoral 51

Total 664

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Page 128: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

128

3.3.1.4. Coordenadoria de atividades artísticas e culturais

A Coordenadoria de Atividades Artísticas e Culturais tem seu trabalho inserido

no processo de formação da comunidade acadêmica em geral, visando ao

desenvolvimento das habilidades artísticas e de competências para o trabalho com a

cultura. Essa ação é também estendida para o público externo à Universidade,

dentro da perspectiva da responsabilidade social para com o seu entorno. Assim,

realiza exposições, oficinas culturais, circuito de arte cênica e produção de

videoconferências acerca de temas científicos e culturais.

Além dos aspectos apontados, a Coordenadoria também participa da gestão

do patrimônio histórico, do acervo artístico e dos espaços culturais da Universidade,

em conjunto com outras áreas interessadas. Cabe à Coordenação de Atividades

Artísticas e Culturais planejar e supervisionar a diversidade de manifestações

culturais da Universidade. Destacam-se entre elas:

3.3.1.4.1. PUC TV

A PUC TV entrou no ar em setembro de 1998, através da Lei 8977, de 6 de

janeiro de 1995, conhecida como Lei da Cabodifusão. O objetivo da PUC TV é

oferecer uma programação que privilegia o ensino, a pesquisa e a extensão com a

exibição de conteúdos que se destacam pela experimentação de novas linguagens e

formatos. O compromisso com a promoção da cultura e da cidadania perpassa a

programação da PUC TV que busca socializar o saber produzido na Universidade,

aproximando a academia da sociedade.

Os programas são desenvolvidos por estagiários e trainees da PUC Minas,

sob a coordenação de professores e profissionais de Comunicação. A experiência

na PUC TV tem um papel importante na formação ética, técnica e estética dos

estudantes de Comunicação Social que encontram nessa experiência uma

oportunidade para desenvolver a prática profissional aliada a uma reflexão crítica

sobre o fazer comunicacional.

A PUC TV produz, por semana, cerca de quarenta horas de programação que

coloca em pauta os mais diversos temas. A grade da emissora é composta por

Page 129: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

129

programas diários, como o Espaço PUC, programas semanais, quinzenais e

mensais.

A PUC TV, emissora universitária da Pontifícia Universidade Católica de

Minas Gerais, é Sede do Canal Universitário de Belo Horizonte, transmitido pelo

cabo, através da NET (canal 12) e da WAY (canal 14). O canal reúne, ainda, as

produções de outras duas instituições: UFMG e UNI-BH.

3.3.1.4.2. Escola de teatro

A Escola de Teatro PUC Minas, desde sua criação em janeiro de 2006,

oferece o Curso Processo Profissionalizante – formação de nível técnico para

capacitação profissional em convênio com o Sindicato dos Artistas e Técnicos em

Espetáculos de Diversões do Estado de Minas Gerais (SATED-MG) e desenvolve

atividades nas áreas de iniciação para crianças, adolescentes e adultos, preparação

artística e pedagógica, pesquisa e criação, proporcionando aos estudantes e ao

público em geral um rico painel que contempla as tendências mais significativas do

teatro contemporâneo.

Os cursos são ofertados pela manhã, à tarde e à noite por meio de um

qualificado corpo docente – todos atuando de modo destacado no cenário artístico e

cultural de Minas Gerais. As montagens são levadas à cena em curtas temporadas,

ao final de cada semestre, para um grande público convidado, no palco experimental

do Espaço PUC Minas de Teatro, situado à Rua Sergipe nº 790.

3.3.1.4.3. Museu de Ciências Naturais

A SECAC, no intuito de contribuir para o desenvolvimento científico e cultural

da humanidade, mantém o Museu de Ciências Naturais, depositário de acervo de

fósseis valiosos e únicos, com consistente programa de educação ambiental para o

público em geral, incluindo programa de exposições e de conferências.

A equipe do Museu é composta de profissionais qualificados e de estudantes

universitários que participam de diversos projetos. O Museu é um espaço

interdisciplinar da Universidade que complementa sua extensão de serviços à

comunidade. No acervo do Museu encontra-se uma das principais coleções de

Page 130: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

130

mamíferos fósseis da América do Sul, além de coleções da fauna brasileira atual de

mamíferos, aves, répteis e anfíbios, com especial destaque para as espécies do

cerrado. A equipe do Museu desenvolve pesquisas nas áreas de paleontologia,

zoologia e conservação da natureza.

A missão do Museu é promover o interesse dos visitantes pelas ciências

naturais, por meio de exposições, educação e pesquisa. É objetivo do Museu,

preservar o patrimônio natural, histórico e cultural do Brasil.

No quadro a seguir, é possível verificar o número de visitantes no ano, por

tipo de público. O1º semestre de 2011 teve um aumento de 30% no número total de

visitantes, proporcionado pelo crescimento do número de alunos de escolas públicas

e de visitantes isentos.

TABELA 52 Visitas ao Museu de Ciências Naturais da PUC Minas

Público externo Visitas

2º semestre 2010

1º semestre 2011

Alunos de escolas particulares 3.500 3.319

Alunos de escolas públicas 7.603 12.955

Visitas isentas¹ 3.300 7.890

Atividades Educativas e Férias no Museu 276 -

Professores acompanhantes 1.025 1.475

Visitantes individuais 5.665 2.318

Total 21.369 27.957

¹ Público menos de 5 anos e maior de 60 anos; alunos, funcionários da PUC Minas

Fonte: Museu de Ciências Naturais 2011

3.3.1.4.4. Atividades culturais oferecidas pela PUC Minas Virtual

A PUC Minas Virtual produz uma média de oito horas mensais de material

audiovisual constituído principalmente de palestras e conferências que é distribuída

em duas séries;

a) Pensadores – Nesta série, professores e estudiosos falam sobre a trajetória

pessoal e profissional de pensadores das mais diversas áreas do

conhecimento. Peter Lund, Walter Benjamin, Boaventura Souza Santos,

Page 131: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

131

Gilberto Freyre, Ib in Al Arabi e Jean Piaget são alguns dos pensadores

abordados nas conferências.

b) Panorama Arte e Cultura – A série Panorama Arte e Cultura abriga palestras

e conferências de vários campos do conhecimento como artes, ecologia,

ciências, política, religião, cultura, entre outros.

As séries Pensadores e Panorama Arte e Cultura integram a Biblioteca Digital

Multimídia, projeto do Instituto Embratel 2, e que tem por objetivo abrigar os diversos

conteúdos gerados sob a forma de palestras, debates, entrevistas, vídeos e

conferências, por parceiros tais como a PUC Minas, a PUC Rio, o Instituto

EDUMED, os Ministérios da Cultura e da Educação (TV Escola), a UNESCO, o

Instituto Cultural Itaú, entre outros.

A Coordenadoria de Atividades Artísticas e Culturais tem seu trabalho inserido

no processo de formação da comunidade acadêmica em geral, visando ao

desenvolvimento das habilidades artísticas e de competências para o trabalho com a

cultura. Essa ação é também estendida para o público externo à Universidade,

dentro da perspectiva da responsabilidade social para com o seu entorno. Assim,

realiza exposições, oficinas culturais, circuito de arte cênica e produção de

videoconferências acerca de temas científicos e culturais.

Além dos aspectos apontados, a Coordenadoria também participa da gestão

do patrimônio histórico, do acervo artístico e dos espaços culturais da Universidade,

em conjunto com outras áreas interessadas.

3.3.1.4.5. Inventário do Patrimônio Cultural da Arquidiocese de

Belo Horizonte

Em 1997, a PUC Minas instituiu comissão de especialistas, da comunidade e

de seu corpo técnico, para elaborar estudos com o objetivo de promover a

preservação e divulgação do patrimônio cultural da Arquidiocese de Belo Horizonte.

Dessa atividade resultou o documento Patrimônio Cultural da Arquitetura de Belo

Horizonte, em que foram arrolados e sumariados, entre outros, os seguintes tópicos:

Realização do inventário dos bens culturais da Igreja na Arquidiocese de

Belo Horizonte;

Page 132: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

132

Criação do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural da Arquitetura de

Belo Horizonte;

Criação do Museu de Arte Sacra da Arquidiocese;

Organização do Arquivo da Cúria;

Atualização permanente do Atlas da Arquidiocese.

Salientou-se a necessidade de elaboração do Inventário dos Bens Culturais

como atividade primeira, sugerindo-se, para isso, roteiro metodológico a ser

observado. O referido documento indicou que:

Como premissa ao estabelecimento de uma política de tutela e de valorização

dos bens culturais da Igreja, impõe-se o reconhecimento de cada um dos elementos

que constituem o patrimônio da instituição. O inventário e a catalogação sistemática

dos bens representam, portanto, o momento preliminar de todas as ações a serem

implementadas, pelo simples motivo de que não se podem conservar e difundir

valores que não se conhecem (Inventário dos Bens Culturais, 1997).

Em 2000, decidiu-se iniciar a elaboração do Inventário do Patrimônio Cultural

da Arquidiocese de Belo Horizonte, formalizada em texto datado de 2001.

Fundamentando conceitualmente as razões e necessidades de se inventariar o

acervo de bens culturais, imóveis e móveis que constituem o patrimônio da

Arquidiocese. Seu universo de pesquisa abrange todas as edificações católicas de

culto – igrejas e capelas, incluindo as de propriedade e situadas em instituições

públicas e privadas, localizadas no território da Arquidiocese.

A pesquisa documental pretende esgotar as informações disponíveis,

arquivística, Mineiro, bibliográfica e outras e, no arquivo da própria paróquia em

estudo, de modo a procurar reconstituir a história da edificação, suas características

técnicas – arquitetônicas e de ornamentação – bem como sua função cultural e

religiosa na história da cidade.

Uma vez concluído, cada inventário resulta em publicação seriada,

disponibilizada na Arquidiocese – bibliotecas, centros de documentação e

informação e similares – e digitalizados para acesso de pesquisadores.

Em 2005, foi criado o Memorial da Arquidiocese de Belo Horizonte, através do

Decreto 04G/2005, ampliando o raio e instituindo juridicamente o Museu

Arquidiocesano de Arte Sacra. Em 2006, contemplados com recursos públicos da

agência de financiamento de pesquisa do Governo do Estado de Minas Gerais

Page 133: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

133

(FAPEMIG), foi possível interiorizar o trabalho, atingindo áreas ainda desprotegidas

e cujos preciosos acervos não haviam merecido, até aquela ocasião, nenhum tipo de

estudo e proteção, resultando na inventariação e catalogação dos bens, na

descoberta e registro de importantes documentos e na publicação de medidas legais

de proteção para alguns dos bens pesquisados. Até o momento, cerca de 100

igrejas e capelas foram inventariadas.

3.3.1.5. O esporte na Universidade

Conforme o documento “Relatório de Responsabilidade Social da PUC

Minas”, para a Organização das Nações Unidas, o esporte e o lazer fazem parte das

necessidades básicas do indivíduo. Dessa forma, passaram a ser encarados como

direito social o que foi confirmado na Constituição Federal de 1998, em seu artigo

217.

A institucionalização do esporte na PUC Minas objetiva a humanização,

saúde, qualidade de vida e a contribuição para um ambiente saudável na

comunidade universitária e na sociedade em geral. Em consonância à missão,

estabelece-se como fenômeno sociocultural importante, pois o esporte contempla os

valores e os princípios que distinguem a Instituição e têm como norte a qualidade de

vida, possibilitando a pessoas de todas as idades e condições a vivência e a

convivência.

O Centro de Atividades Esportivas (CAE) tem como missão promover a

educação física, o esporte e o lazer, visando a qualidade de vida da comunidade da

PUC Minas e da sociedade em geral. Alguns projetos visam o desenvolvimento

social e atuam em creches comunitárias e junto a adolescentes de comunidades em

situação de vulnerabilidade social, pessoas com deficiências e da terceira idade.

No que diz respeito ao lazer e à qualidade de vida, os projetos desenvolvidos

pelo centro olímpico garantem a possibilidade de recreação para a comunidade

universitária e para comunidade externa, como caminhadas, prevenção e tratamento

da obesidade, controle de hipertensão, dentre outros.

Page 134: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

134

3.4. A COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE: ATENDIMENTO,

COMUNICAÇÃO E IMAGEM

3.4.1. Atendimento na PUC Minas.

A imagem de uma instituição pode ser também construída pelo atendimento

que esta oferece aos membros de sua comunidade. Portanto, perguntamos aos

alunos e professores, a sua opinião sobre o atendimento recebido em cada um dos

setores da PUC Minas.

As respostas revelaram, além da qualidade, o uso que fazem desses setores.

Os setores da PUC Minas menos utilizados pelos alunos são a Pastoral (44,55%

não utilizam), o Núcleo de Apoio à Inclusão (NAI), que não é utilizado por 40,84%

dos alunos e a Ouvidoria (40,55% não utilizam). Além disso, foi também alto o índice

de alunos que disseram não saber qualificar o atendimento nesses setores: Pastoral

23%%, NAI 23,8% e Ouvidoria 20,78%. Assim, por volta de 60% dos alunos não

utilizam ou não sabem responder sobre esses setores. Os 40% que avaliaram o

atendimento desses setores optaram, em sua maioria, pelas categorias de

satisfatório a plenamente satisfatório, como é possível observar na tabela a seguir.

Page 135: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

135

TABELA 53 Avaliação do corpo discente ao atendimento dos setores

Setores da PUC Minas

Plenamente Satisfatório

Muito Satisfatório

SatisfatórioPouco

satisfatório Insatisfatório Total

Biblioteca 43,50 35,28 14,94 3,40 2,89 100,00

Central de Informações 22,22 34,09 27,18 10,16 6,34 100,00

Centro de Registros Acadêmicos (CRA)

23,38 31,55 28,46 9,96 6,65 100,00

Colegiado do curso 22,91 27,32 25,77 11,72 12,28 100,00

Coordenação de Extensão

22,38 27,30 28,38 12,25 9,70 100,00

Coordenação de Pesquisa

19,66 27,39 29,25 13,42 10,28 100,00

Núcleo de Apoio à Inclusão (NAI)

20,72 23,67 29,86 13,15 12,60 100,00

Ouvidoria 18,87 23,44 28,39 13,97 15,34 100,00

Pastoral 27,95 25,94 27,49 9,70 8,92 100,00

Secretaria acadêmica 24,02 30,74 25,09 10,46 9,69 100,00

Setor de estágio 24,52 27,74 25,91 11,10 10,73 100,00

Setor de infraestrutura (estacionamento etc.)

21,65 25,84 24,43 12,74 15,33 100,00

Setor financeiro 25,69 29,67 26,27 9,92 8,46 100,00

Suporte de informática 19,99 25,83 28,55 13,85 11,78 100,00

Fonte: CPA – PUC Minas 2011

Os professores apresentaram um comportamento parecido, na medida em

que também apontaram esses mesmos setores NAI (51,19%), Pastoral (55,34%) e

Ouvidoria (65,85%) como os menos utilizados.

De uma maneira geral, o atendimento na PUC Minas foi bem avaliado, pois a

maioria dos alunos respondeu ser o atendimento de bom a excelente para a maioria

dos setores. O mesmo comportamento foi apresentado pelos professores.

O setor mais utilizado é a Biblioteca (apenas 1,35% dos alunos e 3,52% dos

professores disseram que não a utilizam). Além disso, é também o setor mais bem

avaliado: 41,84% dos alunos e 41,41% dos professores disseram que o atendimento

é plenamente satisfatório e 33,93% dos alunos e 42,97% dos professores o

Page 136: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

136

classificaram como muito satisfatório. A secretaria acadêmica é também um setor

muito utilizado pelos professores (apenas 3,46% afirmaram não a utilizar) e alunos

(7,27% não utilizam). A maioria de professores (83,46%) e alunos (69,54%) avalia o

atendimento da secretaria como satisfatório, muito satisfatório e plenamente

satisfatório.

TABELA 54 Avaliação do corpo docente atendimento dos setores

Setores da PUC Minas

Plenamente satisfatório

Muito satisfatório

SatisfatórioPouco

satisfatórioInsatisfatório

Não Utilizei

Total

Biblioteca 41,41 42,97 10,16 1,56 0,39 3,52 100,00

Infraestrutura e Logística 18,36 28,52 29,69 7,03 2,34 14,06

100,00

Núcleo de apoio à Inclusão (NAI) 16,67 22,22 5,95 3,57 0,40 51,19

100,00

Ouvidoria 8,94 13,01 9,35 2,44 0,41 65,85 100,00

Pastoral 18,58 15,02 8,70 1,98 0,40 55,34 100,00

Posto Médico 24,22 30,47 19,53 3,52 1,56 20,70 100,00

Secretaria Acadêmica 48,08 35,38 11,15 1,54 0,38 3,46 100,00

Setor de Recursos Humanos 28,63 32,16 14,51 5,49 2,75 16,47

100,00

Setor financeiro 19,37 18,58 12,25 1,98 1,19 46,64 100,00

Suporte de Informática 20,95 34,78 19,37 5,93 3,56 15,42 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Os setores de extensão e pesquisa são utilizados por cerca de um terço dos

alunos, pois 30,96% dos alunos disseram não utilizar a extensão e 35,55% disseram

não utilizar o setor de pesquisa.

Page 137: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

137

GRÁFICO 30 Avaliação do corpo docente ao apoio oferecido pelos setores de Estágio,

Extensão e Pesquisa

Fonte: CPA PUC Minas 2011

Esse dado pode ser validado pelo percentual de alunos que responderam

participar dessas atividades e se mostraram coerentes (cerca de 20,00% dos alunos

são extensionistas e 15,97% pesquisadores – considerou-se a diferença creditada

aos que buscam informações, mas não realizam atividades de extensão ou

pesquisa, porém a proporção está dentro de padrões coerentes com os que

avaliaram esses setores). Por volta de 20,00% disseram não saber responder sobre

eles. Os alunos que qualificaram o atendimento desses setores o classificaram de

satisfatório a plenamente satisfatório.

A maioria dos alunos busca atendimento dos colegiados e eles estão, de

certa maneira, satisfeitos, pois dos 71,87% que o qualificaram, 18,52% o classificam

como satisfatório, 19,63% como muito satisfatório e 21,42% como plenamente

satisfatório. Convém ressaltar que, por outro lado, o colegiado figura entre os

setores que receberam os maiores índices, se comparados a outros setores, nas

categorias mais baixas, quais sejam: pouco satisfatório (8,42%) e insatisfatório

(8,83%).

A central de informações, muito procurada pelos alunos (78,8%), teve seu

atendimento avaliado como satisfatório 21,42% e muito satisfatório 26,86%. 17,51%

o classificaram plenamente satisfatório. Apenas 8,00% o classificaram como pouco

satisfatório e 5,00% como insatisfatório.

0,00

7,00

14,00

21,00

28,00

35,00

Coordenação de Estágio Coordenação de Extensão

Coordenação de Pesquisa

24,40 24,21 25,00

10,40

14,29

17,46

3,603,17

5,56

0,80 1,59 1,59

33,60 34,1332,14

Excelente Bom Regular Ruim Péssimo Não utilizei

Page 138: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

138

36,85% dos alunos declaram não utilizar, não saber ou não querer responder

sobre o setor de estágio. Dos 63,15% que quiseram e souberam classificar o setor, a

maioria classificou seu atendimento como satisfatório (16,36%), muito satisfatório

(17,52%) ou plenamente satisfatório (15,48%).

O setor financeiro, também muito utilizado pelos alunos (83,94%), teve seu

atendimento bem avaliado, pois a maioria o classificou de satisfatório a plenamente

satisfatório (68,52% se somadas as categorias). Ao contrário dos alunos, muitos

professores não utilizam o setor financeiro. Aqueles que disseram utilizar avaliaram

bem seu atendimento.

O Posto Médico é utilizado por cerca de 80% dos professores. Eles avaliam

seu atendimento como satisfatório (30,47%) e plenamente satisfatório (24,22%).

Assim, de uma maneira geral, os setores mais utilizados, de acordo com os

alunos respondentes, são a Biblioteca, a Secretaria Acadêmica e o Setor Financeiro.

Guardadas as proporções do uso, os atendimentos mais bem avaliados são os da

Biblioteca, Central de Informações e Centro de Registros Acadêmicos.

3.4.2. A Comunicação na PUC Minas

A área da comunicação na PUC Minas abrange processos, programas, ações

e produtos de divulgação e relacionamento. Para a operacionalização de tais

atividades, tem-se uma política de comunicação que valoriza tanto o aspecto

informacional quanto o avanço nas estratégias de relacionamento com os públicos

envolvidos e são coordenados pela Secretaria de Comunicação. Com o propósito de

solidificar tal política, o compromisso foi explicitado no Plano de Desenvolvimento

Institucional 2012/2016.

Além da intensa atuação nas áreas consideradas tradicionais do campo da comunicação (jornalismo, publicidade e propaganda e relações públicas), o crescimento da Instituição, bem como a complexificação de seus processos e estruturas, exigiu a constituição e incremento de setores, a saber, a Central de Informações, o Portal, além da constituição de um programa específico de comunicação interna, para fazer frente aos desafios da circulação da informação e do relacionamento entre os públicos na Universidade (PUC MINAS, 2011, p. 64).

A Secretaria de Comunicação é composta por cinco assessorias (Imprensa,

Publicidade, Relações Públicas, Central de Informações e Portal) que se relacionam

com todos os órgãos e setores da Universidade. Além disso, em cada campus ou

Page 139: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

139

unidade acadêmica existe uma base de apoio da Secretaria de Comunicação, que

conta com dois profissionais – um jornalista e um profissional de relações públicas.

A equipe tem como atribuições dar maior visibilidade às ações da PUC Minas,

estabelecendo um diálogo permanente com os seus principais públicos: meios de

comunicação (jornal, rádio, revista, televisão etc.); mundo oficial; entidades

representativas da sociedade civil; instituições de ensino; corpo docente, discente e

funcionários.

Para tal, houve uma reestruturação do setor, que trabalha com três núcleos:

Núcleo de Conteúdo, Núcleo de Relacionamento e Núcleo de Campi e Unidades.

Por meio desses núcleos, a Secretaria não apenas discute e define suas estratégias

e ações, como também define seus modos e formas de presença e atuação junto à

comunidade acadêmica.

3.4.2.1. Núcleo de Conteúdo

O Núcleo de Conteúdo é composto pela Assessoria de Imprensa, que é

responsável por: produção diária de releases, notas e matérias para diversos

informativos e para envio à imprensa; produção de “PUC Informa on-line”,

informativo eletrônico semanal, enviado para todos os estudantes, funcionários e

professores; informativo semanal “Folha do Professor”; elaboração da Revista PUC

Minas (semestral, dirigida aos públicos interno e externo); produção de informativo

mensal “No Ponto” (dirigido aos funcionários), em versões eletrônica e impressa.

Em relação à comunicação externa, a Imprensa é responsável por:

produção/acompanhamento de notas de programetes (microprogramas) de rádios

CDL e Itatiaia; atendimento à imprensa; relacionamento com os veículos de

comunicação locais, regionais e nacionais, para onde são enviados releases e/ou

sugestão de pautas e artigos, tanto os de autoria do Reitor quanto de professores e

pró-reitores; acompanhamento de coberturas jornalísticas; atualização do Mapa de

Conhecimento, banco de fontes on-line, com lista de especialistas da PUC Minas

nas várias áreas do conhecimento, dentre outros.

A Assessoria de Publicidade, da Secretaria de Comunicação, tem função

principal dar maior visibilidade às ações da PUC Minas, por meio do design e da

produção de peças gráficas, de campanhas institucionais, de divulgação e da

Page 140: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

140

papelaria institucional, buscando ampliar e fortalecer sua imagem institucional junto

a seus diversos públicos. Além dessas atividades, é responsável pelo atendimento a

solicitações de peças gráficas e campanhas publicitárias demandadas pelos corpos

técnico-administrativo, docente e discente, Pró-reitorias, Vice-reitoria e Reitoria,

dentre outras atividades. Também promove reuniões de avaliação e de briefing,

acompanhamento da criação e do plano de mídia, revisão e aprovação das peças

gráficas das Campanhas do Vestibular (graduação, graduação Tecnológica,

Processo Seletivo para ingresso por meio do ENEM) junto às chefias, agência de

publicidade e setores envolvidos.

O Portal da PUC Minas visa garantir uma comunicação eficaz entre a

Universidade e sua comunidade interna (alunos, professores e funcionários) e

externa, planejando, coordenando e desenvolvendo projetos institucionais relativos a

ferramentas, sites e sistemas eletrônicos, zelando pela imagem institucional da PUC

Minas, sua missão e seus valores. O Portal Institucional é, também, responsável

pela divulgação e coordenação de projetos de comunicação eletrônica dos

processos seletivos, das campanhas e dos eventos institucionais. Planeja, executa e

administra não apenas o Portal da Universidade, mas dezenas de sites de cursos de

graduação e pós-graduação e das instâncias administrativas da Universidade, além

de hotsites de campanhas, eventos etc.

3.4.2.2. Núcleo de Relacionamento

. A Assessoria de Relações Públicas é responsável pela organização dos

eventos institucionais, pelo Cerimonial da Universidade, pelo assessoramento ao

Reitor na organização de visitas institucionais. Também gerencia ações como a

divulgação dos vestibulares junto à escolas localizadas nas regiões de atuação da

Universidade, em conjunto com as Assessorias de Comunicação dos Núcleos

Universitários. Isso permite o diálogo permanente com escolas, marcando presença

nas feiras, palestras e programas de orientação vocacional.

Atua também no apoio aos eventos da Arquidiocese de Belo Horizonte,

quando solicitado. Outro grande papel da Assessoria de RP é coordenar todas as

atividades relacionadas com as Formaturas na PUC Minas.

Page 141: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

141

Atualmente, a ASRP coordena o projeto do Programa de Comunicação

Interna, que vem sendo testa na PUC Minas em São Gabriel (Belo Horizonte). Com

o Programa, que será posteriormente estendido a toda a Universidade, a expectativa

é que os fluxos e canais dentro da Instituição facilitem a circulação das informações

relevantes e de interesse da comunidade acadêmica.

A Central de Informações da PUC Minas presta serviços de informações e

esclarecimentos de dúvidas, encaminhamento de sugestões e reclamações, envio

de informações e outras ações complementares Entre as atividades da Central de

Informações, destacam-se: a implementação da Central de Informações Unificada, a

realização de treinamentos sobre atendimento ao público, aplicados a diversos

setores da PUC, atualização do site da Central de Informações, que disponibiliza

informações importantes de acesso, telefones, FAQ (perguntas e respostas

frequentes), além do formulário para registro de questão/dúvida e preparação e

divulgação do resultado do vestibular da PUC Minas à comunidade e aos candidatos

aprovados.

3.4.2.3. Núcleo de campi e unidades

As assessorias de comunicação das unidades e campi da PUC Minas são os

setores de atuação da Secretaria de Comunicação em todas as unidades da

Universidade. A Secretaria mantém profissionais nas unidades no Barreiro, São

Gabriel, Betim, Contagem, Arcos e Poços de Caldas, na Diretoria de Educação

Continuada, na Diretoria de Ensino a Distância e na Pró-reitoria de Extensão. Tal

presença tem garantido agilidade e acompanhamento próximo desses setores,

contribuindo para o avanço dos processos de informação e de relacionamento.

3.4.3. Comunicação Interna - Resultados

A comunicação institucional deve estar alinhada à missão da Universidade,

sendo este o fundamento maior que consubstancia o trabalho com o conhecimento e

as práticas comunicativas internas. Observando os objetivos e metas estabelecidos

nas diretrizes que norteiam a atividade acadêmica, a Secretaria de Comunicação

tem procurado levar à comunidade acadêmica e a toda a sociedade informações

relevantes a respeito do conhecimento nela produzido, como forma também de

Page 142: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

142

contribuir para uma sociedade mais esclarecida e justa. Tal participação, na busca

da concretização da missão institucional, se manifesta no trabalho cotidiano de

apoio aos mais diversos setores acadêmicos e administrativos da Universidade, com

a oferta de serviços e soluções especializadas. Essa dinâmica tem como objetivo

principal facilitar o fluxo e a socialização dos mais diversos tipos de informação.

Na pesquisa anterior, relativa ao ano de 2010, foram identificados os meios

de comunicação mais utilizados pela comunidade acadêmica. Percebemos que o

Sistema de Gestão da Graduação (SGA) é o meio mais utilizado pelos professores e

alunos para tomar conhecimento sobre eventos acadêmicos e sobre a própria CPA.

Desta feita, optou-se por qualificar a comunicação da PUC Minas, e para isso,

solicitamos uma classificação avaliativa das várias atividades desenvolvidas.

TABELA 55 Avaliação do corpo discente quanto à ações e

atividades de comunicação

Ações

Excelente Bom Regular Ruim Péssimo Total

% % % % % %

Acesso a manuais, diretrizes, projetos pedagógicos etc.

14,51 28,40 32,48 14,98 9,63 100,00

Atualização do portal PUC Minas

33,92 35,38 20,86 6,49 3,35 100,00

Divulgação das informações 20,32 31,38 29,10 12,01 7,19 100,00

Organização dos eventos 14,93 29,72 34,05 14,37 6,94 100,00

Qualidade das peças gráficas (banners, cartazes etc.)

29,32 33,33 25,11 8,04 4,20 100,00

Qualidade dos informativos 24,53 33,36 28,12 8,98 5,03 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Os alunos de graduação consideram de regular a excelente o acesso a

manuais, diretrizes, projetos pedagógicos etc. (75,39%). Interessante ressaltar que

12,00% afirmaram não saber responder esta questão. Não se pode afirmar a

justificativa para essa negativa, mas se levantou duas hipóteses: esses alunos não

sabem o que são ou não sabem como são divulgados esses documentos.

Page 143: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

143

Creditaram (90,00%) à atualização do Portal PUC Minas a qualificação de regular a

excelente. Em relação à divulgação das informações, a maioria (80,79%) a

classificou como regular (28,30%), muito boa (30,52%) ou excelente (19,76%),

enquanto 18,68% declararam que a divulgação era ruim e péssima. A maior parte

dos alunos acredita que os eventos da Comunicação da PUC MINAS são bem ou

muito bem organizados (57,69%). As peças gráficas produzidas foram também muito

bem avaliadas, pois ao se somar os percentuais das categorias regulares, muito

bons e excelentes têm-se mais de 80,00% das respostas. A mesma avaliação foi

feita da qualidade dos informativos: regular (26,42%), muito boa (31,34%) e

excelente (23,05%).

Os professores que lecionam na graduação também responderam às

mesmas questões. Os resultados se comportaram de maneira parecida com aqueles

apresentados pelos alunos, com uma concentração próxima a 90,00% de

professores que avaliaram bem as ações da comunicação. Eles classificaram o

acesso a manuais, a atualização do Portal PUC Minas, a divulgação das

informações, a organização dos eventos e a qualidade das peças gráficas como

regulares (média 25,00%), muito boas (média 42,00%) ou excelentes (média

24,00%).

TABELA 56

Avaliação do corpo docente quanto à ações e atividades de comunicação

Ações de comunicação

Excelente Bom Regular Ruim Péssimo

Total

% % % % %

Acesso a manuais, diretrizes, projetos pedagógicos etc

21,54 42,31 27,69 6,15 2,31 100,00

Atualização do Portal PUC Minas 32,95 42,15 18,77 4,21 1,92 100,00

Divulgação das informações 24,71 43,63 22,78 6,95 1,93 100,00

Organização de eventos 14,06 44,92 30,47 7,81 2,73 100,00

Qualidade das peças gráficas (folders, cartazes etc)

26,95 40,63 24,61 3,91 3,91 100,00

Qualidade dos informativos 23,74 41,25 27,63 4,28 3,11 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Page 144: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

144

Assim, de uma maneira geral, as ações da comunicação da PUC Minas foram

bem avaliadas, pois os percentuais das categorias: bom, muito bom e excelente

foram sempre bem superiores aos das categorias ruim e péssimo em todas as

atividades pesquisadas junto aos alunos.

3.4.4. Comunicação externa

Em relação à pesquisa com egressos, 49,56% dos respondentes afirmaram

que não mantém contato com a PUC Minas. Desses respondentes, 45,06%

indicaram a opção “Falta de interesse” como motivo principal para a falta de contato.

Os outros motivos (falta de acesso às informações, maior interesse por outras

instituições, não atuar na área, relação custo-benefício) somam um percentual de

18,08%. Um percentual representativo, 36,87%, indica que esse contato ocorre por

outros motivos que não foram citados.

Os que afirmaram que mantém contato com a Instituição somam 50,44%

sendo que esse contato, segundo os respondentes, acontece principalmente por

meio do Portal PUC Minas (32,59%) ou pelos professores (38,27%). Os principais

motivos apontados para esse contato são a participação em cursos de pós-

graduação (28,03%) e a busca de informações sobre os cursos oferecidos (21,72%).

A Universidade mantém um monitoramento das notícias veiculadas na mídia

externa sobre as suas atividades, sua comunidade acadêmica, dentre outros. O

Clipping Eletrônico, produzido pela Assessoria de Imprensa da Secretaria de

Comunicação e disponível no Portal institucional, reuniu mais de mil notícias que

citaram a PUC Minas em 2011. O Clipping é resultado da coleta de informações

diárias em jornais impressos, destacando-se O Estado de Minas e O Tempo.

Page 145: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

145

TABELA 57 Notícias sobre a PUC Minas veiculadas em impressos

Categorias n %

Notícia sobre evento na PUC Minas. 197 17,82

Notícia sobre resultado da PUC Minas. 14 1,26

Notícia sobre Pesquisa desenvolvida pela PUC Minas (quando a PUC for a principal).

4 0,36

Sobre curso/pesquisa realizada por professor/gestor da PUC Minas.

198 17,92

Notícia que utiliza alguém da PUC Minas como fonte. 417 37,74

Notícia falando sobre a PUC Minas como referência local. 131 11,85

Inserção social / responsabilidade social. 98 8,88

Notícia com caráter de utilidade pública. Exemplo: MG Tempo / PUC Minas.

42 3,8

Outros 4 0,36

Total 1105 100

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

A partir desse conjunto de notícias, foi criada uma classificação das mesmas.

Ainda em relação à categorização das notícias, pode-se classificá-las como

positivas, neutras ou negativas e também como diretas ou indiretas.

A classificação positiva foi considerada quando a notícia trazia algum

benefício, elogio e/ou ranqueamento da Instituição. As notícias consideradas

neutras, geralmente, destacavam outro objeto central e a Universidade era citada

apenas como referência local. No caso das notícias negativas, o critério utilizado

considerou o caráter depreciativo, de reclamação e/ou difamação da PUC Minas. Do

total, 23,26% foram consideradas positivas, 75,48% neutras e apenas 1,26% foram

consideradas negativas.

As que citaram a PUC Minas como objeto central da notícia, consideradas

diretas, representaram 49,05%. Na outra metade, teve-se as notícias indiretas.

Page 146: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

146

3.4.5. Imagem da PUC Minas

É possível, por meio da análise das dez dimensões avaliativas previstas para

a autoavaliação das instituições de educação superior, construir uma análise que

permita verificar o grau de satisfação da comunidade acadêmica com a Instituição.

Na pesquisa que ora se apresenta, não houve a preocupação em atestar ou medir

as expectativas da comunidade, mas sim as percepções sobre as ações, os

processos, as relações, a infraestrutura física e administrativa da Universidade.

Todas essas percepções podem direcionar uma análise da imagem da instituição

perante a comunidade interna e externa. Assim, a partir dos dados coletados junto

aos alunos, professores, funcionários e egressos, buscou-se identificar a satisfação

desses em relação a aspectos gerais da PUC Minas, de acordo com a

especificidade de cada público.

Os alunos dos cursos de graduação responderam questões sobre os

atendimentos recebidos pelos setores, cuja análise mais elaborada foi especificada

anteriormente. De uma maneira geral, os alunos os avaliaram bem, conforme

descrito no item citado. Para além dessa questão, solicitamos também que

avaliassem o grau de satisfação com algumas instâncias importantes no percurso

acadêmico do aluno, quais sejam: o colegiado do curso, o corpo docente, o curso de

graduação como um todo e a PUC Minas. A métrica utilizada para analisar o grau de

satisfação foi uma escala de cinco pontos, cujos rótulos eram: muito alto, alto,

médio, baixo e muito baixo. Havia também as opções "não quero responder" e "não

sei responder". O grau de satisfação com essas instâncias da PUC Minas varia

entre alto e muito alto, pois, em média, 57,94% dos alunos apontaram essas

categorias como representativas de sua satisfação com colegiado, curso e PUC

Minas. Se estratificada, essa média se apresenta da seguinte forma: 44,20% dos

alunos apresentam como alta ou muito alta sua satisfação com o colegiado.

Importante apontar que 16,57% não souberam responder essa questão,

provavelmente porque não têm ou têm pouco contato com/ ou não têm ou têm

pouca informação sobre o colegiado.

Em relação ao corpo docente, mais da metade, 53,56%, apontaram como alta

ou muito alta a sua satisfação. Um percentual ainda maior (67,60%) apontou a

satisfação com o curso nas categorias alta ou muito alta. A PUC Minas como um

Page 147: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

147

todo também é apontada com um grau de satisfação alto ou muito alto pela maioria

dos alunos (66,41%).

Os professores analisaram seu grau de satisfação quanto ao colegiado do

curso, ao corpo técnico-administrativo, à diretoria do instituto/unidade e quanto à

PUC Minas. Os resultados se apresentaram, mais uma vez, parecidos com os

resultados dos alunos, mas com índices ainda maiores de satisfação, uma vez que o

grau de satisfação variou entre alto e muito alto. Ao fatorar essa média apresentada

pelos professores, tem-se que 77,31% consideram alta ou muito alta a satisfação

com o colegiado.

Importante dizer que o índice de professores que não souberam responder

essa questão é muito inferior ao dos alunos: 3,08% de professores contra dos

16,57% dos alunos. Em relação ao corpo técnico-administrativo, temos 80,31% de

professores que apontam um grau de satisfação alto ou muito alto. Quanto às

diretorias, dos professores apontaram um grau de satisfação alto ou muito alto. Os

professores estão, em sua grande maioria, satisfeitos com a Universidade, pois a

PUC Minas, como um todo, foi apontada em um grau de satisfação muito alto

(41,63%) ou alto (30,74%). Os índices de satisfação: baixo ou muito baixo são

ínfimos: 0,77%, como se pode verificar na tabela a seguir:

TABELA 58

Avaliação do corpo docente quanto ao grau de satisfação com diversos públicos

2011

Os funcionários, por sua vez, também puderam analisar seu grau de

satisfação com a prática profissional na Universidade. Dessa feita, 74,63% o

classificaram como alto (47,49%) ou muito alto (27,14%).

Os egressos analisaram sua satisfação com o curso de graduação em que se

formaram e com a PUC Minas como um todo. Mais uma vez os resultados se

mostraram muito positivos, uma vez que quase 80,00% apontaram seu grau de

PúblicoTotal Geral

Colegiado do curso 100,00Corpo técnico administrativo 100,00Diretoria de Instituto/Unidade 100,00PUC Minas 100,00Fonte: CPA - PUC Minas

Excelente Bom Regular Ruim Péssimo

40,95 39,71 17,39 1,95 0,0042,92 35,89 12,52 4,60 4,06

41,63 34,00 14,90 5,06 4,4047,83 34,81 15,83 0,77 0,77

Page 148: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

148

satisfação em relação à PUC Minas como alto (47,84%) ou muito alto (31,93%). Em

relação aos cursos de graduação os resultados não foram diferentes. Quase

74,00% dos egressos apontou seu grau de satisfação com o curso como alto

(47,07%) o muito alto (26,72%).

3.4.6. Ouvidoria

A Ouvidoria Geral da PUC Minas é um órgão ligado à Reitoria, o que lhe

confere autonomia funcional em relação aos demais órgãos da Universidade. É um

canal direto de comunicação entre a Instituição e todos os segmentos que compõem

a comunidade acadêmica (alunos, professores e funcionários), a comunidade

externa, incluídos aí os parceiros da Universidade em diversos projetos. Como

descrito no PDI,

Os princípios que têm orientado o trabalho da Ouvidoria durante seus 10 anos de existência são o compromisso com a verdade; acolhimento respeitoso ao solicitante e ágil encaminhamento das questões apresentadas; respeito ao ser humano, dando o devido retorno às partes interessadas; defesa da liberdade de expressão. (PUC Minas, 2011, p. 95).

Em 2011, foi lançada a campanha de “Sensibilização e Conhecimento” sobre

a importância da Ouvidoria, em parceria com a Secretaria de Comunicação. No

projeto foram destacados os principais propósitos do setor, quais sejam: a busca de

soluções para questões levantadas; o auxílio na identificação de pontos a serem

aprimorados; o conhecimento do grau de satisfação do usuário; a orientação sobre a

busca de solução na instância adequada – quando o caso não for de sua

competência; o fornecimento de informações e sugestões à Reitoria.

Na tabela a seguir é possível conferir a quantidade de informações recebidas

pela ouvidoria, por natureza da demanda.

Page 149: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

149

TABELA 59 Demanda por natureza da questão

Mês Elogio Sugestão Solicitação Orientação Reclamação Total

Janeiro 2 2 69 154 70 297

Fevereiro 2 3 110 145 165 425

Março 6 1 73 81 129 290

Abril 3 3 39 78 113 236

Maio 5 14 56 91 105 271

Junho 18 13 118 101 290 540

Julho 4 5 94 144 113 360

Agosto 6 7 120 118 306 557

Setembro 4 10 79 86 147 326

Outubro 4 6 39 85 151 285

Novembro 19 4 65 85 249 422

Dezembro 3 4 92 164 176 439

Total 76 72 954 1332 2014 4448

Fonte: Ouvidoria - PUC Minas 2011

É possível observar que grande parte da demanda se concentra nos meses

que correspondem ao início (fevereiro e agosto) e ao final dos semestres letivos

(junho e dezembro). Grande parte das demandas são reclamações (45,29%),

seguido por Orientações (29,95%) e Solicitações (21,45%). Os Elogios (1,62%) e

Sugestões (1,71%) são as demandas menos frequentes registradas pela Ouvidoria

em 2011.

O registro das demandas pode ser feitos por e-mail, telefone e pessoalmente

e os resultados de 2011 podem ser observados a seguir.

Page 150: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

150

TABELA 60 Demanda por meio em que foi registrada

Mês Por E-mail Por Telefone Pessoalmente Total

Janeiro 201 94 2 297

Fevereiro 280 123 22 425

Março 195 66 29 290

Abril 170 42 24 236

Maio 197 58 16 271

Junho 436 79 25 540

Julho 268 78 14 360

Agosto 380 123 54 557

Setembro 253 41 32 326

Outubro 235 33 17 285

Novembro 346 58 18 422

Dezembro 280 139 20 439

Total 3241 934 273 4448

Fonte: Ouvidoria - PUC Minas 2011

Em 2010, foram registradas 4.655 demandas, sendo que 75,28% delas foram

realizadas por e-mail. Em 2011 o cenário foi similar, sendo que 72,86% das 4.448

demandas foram registradas por e-mail. Os contatos telefônicos representam

19,18% dos registros em 2010 e 21% em 2011. No ano de 2010, 5,54% dos

contatos foram realizados pessoalmente e, em 2011, 6,13% das demandas foram

presenciais.

Os alunos e professores que utilizaram a Ouvidoria puderam avaliar seu

atendimento e os resultados podem ser conferidos na tabela 61.

TABELA 61

Avaliação do corpo docente e discente ao atendimento da Ouvidoria

Fonte: CPA PUC Minas 2011

Professores

Alunos

%%% % % % %

6,75 7,41 51,65 100

1002,44 0,41 65,85

Pouco satisfatório

InsatisfatórioNão

UtilizeiTotal Geral

8,94

9,13

13,01

11,34

9,35

13,72

Plenamente satisfatório

Muito satisfatório

SatisfatórioPúblico

Page 151: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

151

3.5. POLÍTICAS DE PESSOAL

3.5.1. Corpo docente

3.5.1.1. Seleção e admissão do corpo docente

A carreira dos docentes da PUC Minas é regida, desde 1988, pelo Estatuto da

Carreira Docente, fruto de negociações entre os professores e a direção da

Instituição, estabelecendo as regras básicas para o ingresso, a promoção, a

concessão de regimes e o desligamento dos professores.

A PUC Minas mantém, na sua estrutura, um órgão consultivo da Reitoria,

para questões relativas à política de pessoal docente, a CCPD, Comissão Central de

Pessoal Docente, à qual compete zelar pela aplicação do Estatuto da Carreira

Docente. Como órgão colegiado e consultivo, a CCPD emite pareceres sobre os

assuntos que lhe são pertinentes, destacando-se o exame e a discussão de

processos de seleção interna e externa, a contratação de professores por tempo

determinado, as promoções, a licença de pessoal docente, a dispensa de

professores por motivação acadêmica, e o atendimento às solicitações da Reitoria,

dos diversos órgãos da Universidade e do corpo docente. A CCPD é composta por

seis membros, sendo quatro indicados pela Reitoria, e dois representantes da

Associação dos Docentes da PUC Minas (ADPUC).

Consoante com as suas funções e características, a CCPD tem como meta

para os próximos anos, aperfeiçoar a qualidade dos serviços prestados à

comunidade universitária. Neste sentido e em especial, propõe-se intensificar a

comunicação com os diversos órgãos da Universidade, principalmente os

Departamentos, visando a promover mais ampla divulgação do Estatuto da Carreira

Docente e maior orientação sobre procedimentos de gestão de pessoal docente.

Na tabela a seguir é possível verificar a evolução da seleção/admissão de

docentes no período de 2009 a 2011.

Page 152: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

152

TABELA 62 Seleção e admissão de docentes

Provimento

2009 2010 2011

Vagas Selecionados Vagas Selecionados Vagas Selecionados

Provimento interno

504 306 424 135 435 191

Provimento externo

20 18 21 17 31 25

Total 524 324 445 152 436

216

Fonte: Pró-reitoria de Recursos Humanos 2011

3.5.1.2. Aperfeiçoamento do corpo docente

A PUC Minas mantém um programa permanente de capacitação docente

(PPCD), que consiste no pagamento de horas-aula e liberação de carga horária para

os docentes que estiverem regularmente matriculados em Programas de Pós-

graduação stricto sensu recomendados pela Capes, quando no País, como foi

explicitado anteriormente no capítulo sobre Pesquisa e Pós-graduação.

Como resultado do investimento na capacitação de seus professores, bem

como do processo de recrutamento e seleção, a Universidade apresenta um

significativo número de professores doutores e mestres, representando mais de 80%

de todo o efetivo docente, como pode ser observado no Gráfico 31.

Page 153: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

153

GRÁFICO 31 Distribuição percentual de professores mestres e doutores

Fonte: FONTE: DW – PUC Minas, referência: out. 2011

Ciente da importância de manter o percentual estabelecido pela legislação, a

PUC Minas já empreende um plano de ação para garantir o cumprimento da meta,

com as seguintes linhas gerais:

finalizar a revisão do Estatuto da Carreira Docente, alterando os processos de

seleção, contratação, concessão de regimes de tempo contínuo, previsão de

atividades acadêmicas por níveis da carreira, avaliação e promoção de

docentes;

estudar a alteração nas modalidades atuais de contratação de docentes,

identificando as alternativas para minimizar os impactos econômico-

financeiros da transição do modelo atual para o proposto;

negociar com a entidade de representação docente da Universidade, de

representação sindical de professores e com os colegiados internos, para

identificar os processos mais adequados à transição proposta, de forma a não

provocar perda de qualidade nos serviços oferecidos à comunidade.

consolidar da criação dos Departamentos bem como alocação do corpo

docente nos mesmos.

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Coração Eucarístico

Barreiro

São Gabriel

Betim

Contagem

Arcos

Guanhães

Poços de Caldas

Serro

47,4

66,7

51,4

56,3

54,4

70,1

100

50,6

80

36,8

26,2

36,9

35,9

33,8

14,9

0

35,3

15,6

Mestres

Doutores

Page 154: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

154

GRÁFICO 32 Distribuição de professores do quadro permanente

por titulação e por ano

Fonte: GTI–DM/DW - 2011

3.5.1.3. Progressão do corpo docente

A carreira docente compreende as seguintes categorias e níveis: Professor

Auxiliar, Professor Assistente I, II e III; Professor Adjunto, I, II e III; e Professor

Titular. Para a admissão na categoria de Professor Assistente, nível inicial da

carreira, o estatuto exige, no mínimo, o título de especialista; para a admissão e a

promoção a Professor Adjunto, o título de mestre17; para a promoção a Professor

Titular, caracterizada a existência de vaga, o título de doutor. Atualmente, uma

comissão paritária, designada pelo Reitor, finaliza estudos de atualização do

Estatuto da Carreira Docente, para ser apresentado aos Conselhos superiores da

Universidade e implantado, após aprovação.

17 Na prática, os professores Assistentes tem o nível de Mestrado e os Adjuntos tem o nível de Doutorado.

0

200

400

600

800

1000

1200

Graduado Especialista Mestre Doutor

141

333

1078

567

135

286

1074

620

131

253

998

620

128

241

988

629 2008

2009

2010

2011

Page 155: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

155

GRÁFICO 33 Avaliação do corpo docente quanto á distribuição

por enquadramento

Fonte: CPA PUC Minas 2011

3.5.1.4. Avaliação do corpo docente

Não existe na PUC Minas um sistema de avaliação do corpo docente. Este

sistema está sendo desenvolvido atualmente por um grupo de trabalho dirigido pela

CPA – Comissão Permanente de Avaliação.

3.5.1.5. Aspectos da avaliação institucional – Corpo docente

Os aspectos relativos à sala de professores são percebidos como regulares:

mobiliário (40,23%), disponibilidade de recursos de informática (29,57%) e

atualização dos recursos de informática (27,13%) ou péssimo, caso da adequação

do espaço físico (38,32%).

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

Adjunto I Adjunto II Adjunto III Assistente I

Assistente II

Assistente III

Aulista Titular

2,95 1,48

22,88

9,23

4,06

53,14

1,11

5,17

Page 156: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

156

TABELA 63 Avaliação do corpo docente quanto á sala de professores

Ao realizar a sua avaliação da PUC Minas, o corpo docente considera

excelente o reconhecimento do diploma no mercado de trabalho (49,03%), e regular

o apoio a eventos culturais e esportivos (41,63%) e a promoção de atividades

inovadoras (36,86%). Outros aspectos são considerados bons - atendimento às

necessidades do mercado de trabalho (47,67%), infraestrutura adequada (39,46%),

localização (42,91%), preocupação com a formação humana e ética (40,93%),

preocupação com a responsabilidade social (39,46%), qualidade dos cursos

(50,97%), qualificação dos professores (44,14%), preocupação com a

responsabilidade social, e relação custo-benefício (39,84%).

TABELA 64

Avaliação do corpo docente quanto aos aspectos relacionados à PUC Minas

Sala de ProfessoresTotal Geral

Adequação do espaço físico 100,00

Atualização dos recursos de informática

100,00

Disponibilidade de recursos de informática

100,00

Mobiliário 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas

15,95 26,07 29,57 19,07 9,34

14,94 28,74 40,23 13,41 2,68

16,67 26,36 27,13 20,93 8,91

0,00 0,00 24,77 36,92 38,32

Excelente Bom Regular Ruim Péssimo

QuesitosTotal Geral

Apoio a eventos culturais e esportivos

100,00

Atendimento às necessidades do mercado de trabalho

100,00

Infraestrutura adequada 100,00

Localização 100,00

Preocupação com a formação humana e ética

100,00

Preocupação com a responsabilidade social

100,00

Promoção de atividades inovadoras 100,00

Qualidade dos cursos 100,00

Qualificação dos professores 100,00

Reconhecimento do diploma no mercado de trabalho

100,00

Relação custo-benefício 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas

0,39

0,39

0,38

0,00

0,39

0,77

1,57

3,83

15,69

4,28

0,78

1,92

0,00

1,93

1,53

2,75

0,39

4,25

30,23 5,81

12,26

3,0719,54

21,01

36,86

21,07

16,99

34,87

35,52

33,33

12,55

22,96

47,67

39,46

42,91

40,93

39,46

30,59

50,97

30,86 39,84 23,05 5,08 0,00 1,17

15,12

11,11

34,48

0,77

34,77 44,14 15,63 4,30 0,78 0,39

49,03 39,77 8,88 1,54 0,00

0,789,34 32,30 41,63 12,06 3,89

Não Existe

Excelente Bom Regular Ruim Péssimo

Page 157: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

157

O grau de satisfação dos professores, segundo sua autoavaliação, é

excelente em relação a colegiado do curso (41,92%), corpo técnico-administrativo

(40,93%), diretoria de instituto ou unidade (41,63%) e PUC Minas (47,13%).

3.5.2. Corpo técnico-administrativo

3.5.2.1. Seleção e admissão do corpo técnico-administrativo

O processo de seleção de recursos humanos administrativos para a PUC

Minas contempla a identificação de talentos potenciais no mercado ou internamente,

levando em consideração o atendimento aos requisitos formais de cada cargo. Cada

atividade, portanto, prevê um conjunto de competências necessárias, pessoais ou

técnicas, e determina um perfil de ocupante. Os critérios de seleção são definidos

em uma política formal, ou seja, cada cargo traz seu conjunto de requisitos para

novas admissões ou promoções.

O processo de seleção de candidatos à ocupação de vagas no corpo técnico-

administrativo obedece às diretrizes de atração e retenção de competências

aplicáveis ao cumprimento dos objetivos organizacionais, em dois formatos:

Seleção Interna:

Mecanismo pelo qual as vagas abertas são ocupadas por profissionais da

Instituição, possuidores das competências requeridas. O Processo de seleção

interna oportuniza a qualquer funcionário da PUC Minas ou de uma das instituições

vinculadas à mantenedora – Sociedade Mineira de Cultura, se candidatar e

participar das etapas de seleção, cumpridas as exigências descritas em editais

internos de divulgação de vagas. Neste processo, são as seguintes as ferramentas

utilizadas para divulgação de vagas:

Portal RH,

Correio eletrônico,

Quadros de aviso,

Informativos semanais online da entidade mantenedora.

Page 158: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

158

Seleção externa:

Mecanismo de suprimento de vagas com candidatos prospectados no

mercado local ou regional de trabalho. O processo de seleção externa obedece às

diretrizes institucionais de contratação. A seleção externa objetiva suprir as vagas

disponíveis para a contratação por meio da observância do equilíbrio entre as

variáveis (necessidades do cargo + expectativas organizacionais) = (habilidades +

conhecimentos + atitudes dos candidatos). Para que este objetivo seja alcançado

observam-se os requisitos formais do cargo (escolaridade, experiência, registros

profissionais) e os informais (habilidades e atitudes). As etapas do processo de

seleção são:

Triagem de candidatos

o Banco de currículos internos

o Sites de RH

o Grupos profissionais de RH

Análise de currículo

Entrevista individual ou coletiva

Teste de conhecimentos específicos

Avaliação psicológica / psicotécnica

Entrevista técnica com a chefia da unidade/departamento solicitante.

Na tabela 65 apresenta-se a evolução destes processos entre os anos de 209

e 2011.

Page 159: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

159

TABELA 65 Seleção do corpo técnico-administrativo

Descrição

2009 2010 2011

Eventos Participantes Eventos Participantes Eventos Participantes

Avaliação de conhecimentos de informática

67 67 54 54 81 81

Avaliação psicológica (serviço externo)

239 239 229 229 373 373

Avaliação psicológica (interna)

59 59 150 150 212 212

Entrevista coletiva 19 223 23 276 27 295

Entrevista psicológica individual

1.530 1.530 890 890 1555 1555

Entrevista psicológica individual - PCD

35 35 321 321 151 151

Provimento interno 23 149 22 250 49 308

Total 1.972 2.302 1.689 2.170 2448 2975

Fonte: PRORH; Gerência de Desenvolvimento de Pessoas. PCD - pessoa com deficiência

3.5.2.2. Contratação do corpo técnico-administrativo

O processo de admissão e contratação dos integrantes do corpo técnico

administrativo é pautado nos parâmetros legais previstos na Consolidação das Leis

do Trabalho (CLT), e pode ocorrer nas seguintes modalidades: contratação de prazo

indeterminado: suprimento de vagas definitivas e integrantes do quadro permanente

aprovado para cada unidade administrativa, ou contratação de prazo determinado:

suprimento de vagas de caráter temporário, motivado por projetos de prazo

determinado ou licenças (administrativas, saúde ou maternidade) cuja necessidade

ultrapasse o prazo mínimo de 30 dias.

3.5.2.3. Aperfeiçoamento do corpo técnico-administrativo

Investir em aprendizado e desenvolvimento permanente faz parte da

estratégia organizacional para o alcance dos objetivos institucionais. Todos os

programas decorrem do plano de iniciativas alinhados ao planejamento estratégico.

Page 160: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

160

Os principais focos de investimento em aperfeiçoamento são:

desenvolvimento de competências de gestão;

desenvolvimento de habilidades técnicas e

cursos internos e externos de aperfeiçoamento técnico e/ou

comportamental.

A oferta de treinamentos aplicáveis ao corpo administrativo ocorre de acordo

com a necessidade evidenciada em levantamento formal de demanda de educação

corporativa. No ano de 2009, foram ofertados 16 cursos de capacitação, com 605

participantes, totalizando 3.619 horas de treinamento. Em 2010, ocorreram 18

programas, com 908 participantes, integralizando 36.707 horas. A tabela 66 detalha

as ofertas de cursos e treinamentos e a participação do corpo técnico administrativo,

durante o ano de 2011.

Page 161: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

161

TABELA 66 Treinamentos e cursos ao corpo técnico-administrativo

Evento/Curso Carga horária Participantes

Cabeamento Estruturado 16 29

Curso Portal dos Convênios 16 9

Encontro SEPLAN / Participantes Gestão de Projetos

2 40

Introdução à Gestão de Projetos 32 33

Oficina "Desenvolvimento de Equipes" 8 72

Oficina “Administração de Conflito” 8 85

Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas

40 9

Palestra “Inovação” 2 38

Palestra "Desafios da Liderança" 2 68

Palestra "Administração do Tempo" 2 133

Palestra "Felicidade no Trabalho" 2 157

Programa de Capacitação no Trabalho para Deficientes para o Trabalho

3 27

Programa de Desenvolvimento de Gestores - Administrativo

92 45

Seminário Gestão Integrada de Território 12 32

Serviços de Copa - Atualização 3 10

Sessão de Cinema "Alguém para Dividir os Sonhos"

2 74

Sessão de Cinema "Mestre dos Mares" 2,5 68

Treinamento Introdutório - PUC Minas 3 21

Total 247,5 950 Fonte: PRORH. PCD - pessoa com deficiência

Deve-se citar ainda a existência de uma capacitação direcionada para o corpo

técnico-administrativo denominado Programa de Desenvolvimento Gerencial –

Gestão de Pessoas que ocorreu no ano de 2010 nas diversas unidades e campi.

Este programa resultou em propostas de novos treinamentos e/ou cursos, inclusive

para outros segmentos do corpo funcional.

Page 162: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

162

Para melhor qualificação de seu corpo de gestores composto por docentes,

no segundo semestre de 2010 e no primeiro semestre de 2011, a Universidade

promoveu o Programa de Desenvolvimento Gerencial – Corpo Docente, como um

treinamento importante para estes gestores que ocupam cargos na mesma.

Desde 2011 tem sido promovido um treinamento para professores que

assumem cargos eletivos na Universidade, tais como Diretores de Institutos e

Faculdades, Chefes de Departamentos, Coordenadores e membros de Colegiados

de Cursos, no sentido de orientar e esclarecer as diversas atividades associadas a

esses cargos.

3.5.2.4. Avaliação e progressão do corpo técnico-administrativo

De acordo com a Pró-reitoria de Recursos Humanos (ProRH), a estrutura de

cargos e salários da PUC Minas obedece ao modelo funcional, com uma distribuição

de cargos e funções hierarquizada. A carreira apresenta características de

polivalência, mas é principalmente hierárquica. Os mecanismos de progressão na

carreira estão alinhados com a existência de vagas, nos casos de promoções

verticais e no reconhecimento de mérito nas progressões horizontais, e a política de

remuneração, por sua vez, ampara-se em pesquisas constantes de mercado com

vistas a:

estabelecer uma remuneração adequada no que diz respeito à média

regional das empresas que desenvolvem o mesmo ramo de atividades;

e

estabelecer avanços salariais que permitam diferenciar os

colaboradores que ocupam os mesmos cargos em função de seus

méritos.

A Universidade não possui plano de carreira formalmente registrado no

Ministério do Trabalho, mas opera de acordo com a sua estrutura interna de cargos

e salários. O corpo administrativo possui Manual de Descrição de Cargos, atualizado

regularmente e entregue aos gestores de três em três anos. A Instituição possui uma

estrutura de cargos e salários com cerca de 115 cargos genéricos, que abrigam uma

multiplicidade de funções, distribuídas de acordo com as suas particularidades e

requisitos formais. As tabelas salariais são elaboradas de acordo com os segmentos

Page 163: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

163

de atuação ou regiões geográficas onde a PUC Minas atua. Dentro do quadro

técnico-administrativo, há possibilidade de promoções horizontais e verticais.

O processo de avaliação dos funcionários ocorre pontualmente em algumas

unidades acadêmico administrativas. Existe modelo de avaliação de competências

em teste na entidade mantenedora, com previsão de implantação, para todo o corpo

técnico administrativo da PUC Minas, a partir do segundo semestre de 2012.

O programa de avaliação de competências adotará o modelo de múltiplas

fontes (360º) em que são considerados vários avaliadores de um mesmo

colaborador. O sistema em análise apresenta os resultados da avaliação por meio

de gráficos de radar e barras, para mostrar os resultados por competência avaliada,

e de dispersão, para descrever o resultado geral. Priorizam-se para a avaliação as

competências técnicas, comportamentais e organizacionais. Espera-se, ao final do

processo, o mapeamento e a distribuição dos profissionais em quadrantes, com

significados específicos, e que permitam identificar potenciais sucessores para

postos chave da universidade. O processo de avaliação está inteiramente ligado ao

desenvolvimento de pessoal, na medida em que alimenta o sistema de ações de

aprendizagem organizacional aplicáveis ao corpo técnico administrativo.

A avaliação de desempenho do corpo administrativo, em fase de pré-

implantação, possui projeto aprovado pela administração superior da Universidade,

fornecedor de softwares compatíveis com o mapeamento de competências também

já definido e os quesitos de avaliação propostos, já definidos com projeto piloto

implantado no segundo semestre de 2011, e implantação para todo o corpo

administrativo a partir do segundo semestre de 2012.

3.5.2.5. Avaliação quanto a suficiência da quantidade do corpo

técnico e administrativo para responder aos objetivos e

funções da Instituição

A Instituição adota a prática de planejamento da alocação de recursos

humanos com base em indicadores, que permitem a elaboração de um quadro de

vagas por unidade acadêmico/administrativa. A elaboração do quadro de vagas é

feita considerando:

levantamento de indicadores externos;

Page 164: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

164

estudo comparativo dos indicadores externos;

definição de indicadores internos, por tipo de serviço;

comparativo interno da alocação de RH para o desenvolvimento de

atividades similares;

análise da estrutura funcional das Unidades;

análise das atividades desenvolvidas, por setor;

análise das atividades desenvolvidas, por funcionário;

análise das atividades desenvolvidas, por cargo.

Responsabilidade do RH:

gerir o Quadro de Vagas da Universidade, em todas as suas unidades

acadêmicas e administrativas;

proceder e autorizar alterações de acordo com o Quadro de Vagas;

estabelecer e rever indicadores para composição do Quadro de Vagas.

Responsabilidade do Gestor:

gerir o Quadro de Vagas de sua unidade de acordo com as diretrizes

estabelecidas;

auxiliar na manutenção do equilíbrio interno e preventivo de passivos

trabalhistas, garantindo ao funcionário a correta compreensão da

natureza das suas atividades.

A gestão do Quadro de Vagas baseado em indicadores faz parte de uma

proposta compartilhada de gestão responsável de pessoas. A gestão responsável

aqui diz respeito à necessidade de manutenção do funcionamento da Instituição,

realidade que pode ser mais difícil não sendo encontrado o ponto de equilíbrio entre

receitas e despesas.

No que diz respeito a alterações funcionais, que são um processo contínuo na

Instituição, foram registradas 279 destas ações durante o ano de 2011, a maior parte

das quais relacionada a re-enquadramento, oriundas de processos de provimento

interno.

De forma geral a Universidade, através da Pró-Reitoria de Recursos

Humanos juntamente com a Diretoria de Recursos Humanos da Sociedade Mineira

Page 165: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

165

de Cultura, fomenta e incentiva a participação, tanto de gestores oriundos do corpo

docente quanto do corpo técnico administrativo, em programas de capacitação.

No que diz respeito a inclusão social de pessoas com necessidades

especiais, existe uma parceria da Pró-Reitoria de Recursos Humanos – ProRH, com

o Núcleo de Apoio à Inclusão - NAI, para a contratação de funcionários com

Necessidades Educacionais Especiais - NEE, no Programa de Empregabilidade de

Pessoas com Deficiência. Dentro desta parceria, envolvendo também a Prograd, são

realizados diversos seminários semestrais sobre Inclusão na PUC Minas, destinados

a professores da Universidade.

3.5.2.6. Distribuição da formação profissional do corpo técnico e

administrativo

A tabela 67 apresenta a evolução da composição do corpo técnico-

administrativo.

TABELA 67 Evolução da escolaridade do corpo

técnico-administrativo

Instrução 2009 2010 2011

Até ensino fundamental 22,8 12,8 4,99

Ensino médio - completo 23,8 38 42,01

Graduação 36,9 34,1 33,03

Especialização 12,9 12 16,98

Mestrado/Doutorado 3,6 3,1 2,99

Total 100 100 100

Fonte: PRORH; INT - Banco de currículos internos e Sispro

É perceptível a crescente queda dos funcionários com escolaridade até o

ensino fundamental, entre os anos de 2009 e 2011. Em contrapartida, houve

crescimento dos funcionários com ensino médio completo e especialistas.

Considerada a autoavaliação realizada pela CPA durante o ano de 2011,

junto ao corpo técnico administrativo da PUC Minas, que compilou as respostas de

um total de 363 respondentes, tem-se que para a ocasião, dentre estes

Page 166: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

166

respondentes, 61,25% são mulheres, 52,61% têm menos de 42 anos de idade,

55,06% trabalham nos turnos da manhã e da tarde, 59,33% trabalham na PUC

Minas há até 5 anos, e 71,95% dedicam 40 horas semanais ao seu trabalho.

Em relação à sua escolaridade, os funcionários se, distribuem entre os

seguintes graus:

TABELA 68 Escolaridade – Corpo Técnico-administrativo

Escolaridade/Nível Ensino Total

%

Ensino Fundamental completo 2,01

Ensino Fundamental incompleto 2,29

Ensino Médio completo 18,62

Ensino Médio incompleto 1,15

Ensino Superior completo 24,07

Ensino Superior incompleto 26,65

Mestrado 21,78

Doutorado 3,44

Total 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

A discrepância entre os dados primário e secundário em relação à

escolaridade dos funcionários pode ter causas diferentes e as mais prováveis entre

elas seriam: a desatualização cadastral do Banco de currículos da ProRH; a

ampliação de instrutores da PUC Minas Virtual, dentre outras.

Dentre os respondentes, 89,97% não possuem qualquer deficiência, e dentre

os funcionários que possuem alguma deficiência, 60,00% consideram o atendimento

do NAI muito bom ou excelente. Em relação aos recursos específicos

disponibilizados para a prática profissional de portadores de deficiência, 67,12% dos

funcionários que os utilizaram, os consideraram excelentes ou bons.

Avaliado o “cumprimento da missão institucional da Universidade”, os

funcionários consideram excelente ou boa, a “integração entre a Universidade e a

sociedade” (74,78%), a “produção e disseminação do conhecimento, da arte e da

Page 167: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

167

cultura” (77,06%) e a “promoção do desenvolvimento humano e social da

comunidade acadêmica” (73,47%).

Consultados sobre o PDI da PUC Minas, 61,64% dos entrevistados

respondentes afirmam desconhecê-lo. Quanto às atividades de extensão, 82,40%

informam “não participar de projeto ou programa de extensão universitária” e 69,55%

informam que “o setor não participa de projeto ou programa de extensão

universitária”.

Em relação às atividades de pesquisa, 83,05% afirmam “não participar de

projeto ou programa de pesquisa institucional” e 65,98% informam que “o setor não

participa de projeto ou programa de pesquisa institucional”.

Solicitados a manifestar-se sobre os treinamentos oferecidos pela Instituição,

56,85% dos respondentes afirmam ter participado destes treinamentos nos últimos

dois anos, sendo que, na maioria (46,39%) das ocasiões, para atualização

profissional. Ao avaliar os treinamentos de que participaram, os funcionários

consideram que a “qualidade dos treinamentos” é boa (41,40%), a “atualização dos

treinamentos” é boa (33,33%), porém a “periodicidade dos treinamentos” é regular

(30,97%). Quanto à contribuição dos treinamentos, os respondentes avaliam que é

excelente ou boa para o “desempenho de sua função” (65,77% e o “seu

aperfeiçoamento profissional” 77,33%).

Em relação aos critérios utilizados na avaliação de desempenho, em 51,96%

das respostas fornecidas, o grau de satisfação dos funcionários é alto ou muito alto.

Elencados e avaliados os benefícios lhes concedidos pela instituição, e

identificando-se a moda das respostas, em relação a cada benefício,

desconsiderando-se as situações em que não cabe o benefício, os funcionários

consideram:

Excelente:

o Plano de saúde (40,24%),

o Vale-transporte (24,69%),

o Bolsa de estudo (19,75%),

o Previdência privada (14,01%).

Regular:

o Auxílio creche (4,75%);

Page 168: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

168

Péssimo:

o Cesta básica (92,85%),

o Vale-alimentação (92,63%).

Sobre o relacionamento interpessoal nas atividades ocupacionais

(identificada a moda das respostas em relação a cada ator em particular), os

funcionários afirmam ser excelente o relacionamento com a “chefia” (52,70%), com

os “professores” (37,93%) e com os “subordinados e estagiários” (32,91%), e

consideram bom (38,32%), o “relacionamento com os alunos”. Quanto à integração

entre os funcionários dos vários setores da Instituição, a maioria dos funcionários

considera regular (39,43%) e muito boa (37,14%).

No seu relacionamento com a chefia, 89,16% dos funcionários atestam a

“clareza das informações repassadas pela chefia”, e consideram a “postura da

chefia” excelente, em relação à “coerência entre as solicitações e as cobranças”

(79,61%), ao “estabelecimento de tarefas” (80,50%), ao “respeito humano” (81,71%),

e ao “tempo estipulado para a realização das tarefas” (91,16%).

Compilando-se os itens relativos à avaliação das condições de trabalho

pelos funcionários, observa-se que segundo 57,76% do corpo técnico administrativo,

o número de funcionários do setor é suficiente. As atividades desenvolvidas são na

sua maioria desafiadoras (77,67%), inovadoras (60,47%) e interessantes (88,33%),

não sendo consideradas cansativas por 58,77% dos funcionários.

Quanto ao atendimento às suas solicitações, os funcionários consideram

excelente o posto médico (32,81%), o setor financeiro (24,36%), a Pastoral (15,46%)

e a CPA (10,83%), enquanto indicam como bons o GTI (38,24%), o setor de

recursos humanos (36,50%), o setor de infraestrutura e logística (28,84%), o setor

de pesquisa e pós-graduação (20,00%), a diretoria de graduação (19,30%), o NAI

(16,88%), o setor de extensão (16,09%) e a ouvidoria (9,29%).

Sobre as condições do local de trabalho, os funcionários consideram

ótimos a iluminação (46,65%), o tamanho (32,17%) e a ventilação (31,88%),

enquanto reputam como bons a limpeza (35,03%), o mobiliário (33,86%) e o ruído

(32,47%). Quanto aos equipamentos de informática, 52,79% dos funcionários os

consideram atualizados e bem conservados, e em relação aos sistemas de

informação, 65,74% dos entrevistados consideram que atendem plenamente ou

Page 169: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

169

muito. Detalhando a avaliação dos sistemas informatizados, os funcionários

classificam como excelente (34,48%) o número de máquinas do setor, bom (40,26%)

a facilidade para operar o sistema, e apenas regular, a velocidade nos períodos de

maior demanda (32,70%) e o treinamento para a operação do sistema (24,29%).

Para 52,73% dos funcionários, o suporte oferecido pela universidade para o

deficiente no ambiente de trabalho é excelente ou bom.

As ações de comunicação da PUC Minas foram consideradas, pelos

funcionários, boas em sua maioria:

acesso a manuais, diretrizes, portarias etc (45,34%);

atualização do Portal PUC Minas (44,33%);

organização de eventos (41,22%);

qualidade das peças gráficas (folders, banners, cartazes etc) (40,94%);

divulgação das informações (39,81%);

Enquanto a Qualidade dos informativos (Informativo No Ponto, Revista PUC

Minas etc), por sua vez, foi considerada excelente (42,17%). Conclusivamente,

quanto ao seu grau de satisfação em relação à prática profissional na Universidade,

74,61% dos funcionários o consideram muito alto ou alto.

Ao fazer sua avaliação da Universidade, os funcionários produziram o

seguinte resultado:

Page 170: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

170

TABELA 69 Avaliação dos funcionários aos aspectos da PUC Minas

Aspectos da PUC Minas Concordo

Plenamente Concordo

Parcialmente Indiferente

Discordo parcialmente

Discordo totalmente

Total

A PUC Minas é uma instituição preocupada com a formação humana e ética da comunidade acadêmica

61,68 29,91 4,98 3,43 0,00 100,00

A PUC Minas é uma universidade que está sempre inovando

44,06 42,50 5,31 6,88 1,25 100,00

A PUC Minas é valorizada no mercado 44,06 42,50 5,31 6,88 1,25 100,00

A PUC Minas incentiva e promove eventos culturais e esportivos

77,22 18,99 3,16 0,32 0,32 100,00

A PUC Minas investe na qualificação de seu corpo técnico-administrativo

20,38 38,54 11,46 21,02 8,60 100,00

A PUC Minas oferece salários compatíveis com o mercado

25,48 39,17 10,19 15,92 9,24 100,00

A PUC Minas possui boa infraestrutura 40,19 47,15 3,80 8,23 0,63 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Page 171: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

171

3.6. INFRAESTRUTURA E LOGISTICA

A PUC Minas chegou ao final de 2011 com uma área total construída de

246.742 m2, distribuída em 211 edificações, nas 10 unidades e núcleos universitários

pertencentes ao Campus Belo Horizonte e nos campi de Arcos, Guanhães, Poços

de Caldas e Serro.

Estes dados foram atualizados para dezembro de 2011 pela Pró-Reitoria de

Logística e Infraestrutura (Proinfra) e contém ligeiras mudanças metodológicas em

relação às informações disponíveis para 2010, acarretando eventuais ressalvas na

comparação anual. A atualização metodológica foi realizada para atender às

exigências dos poderes municipais para o licenciamento ambiental das construções.

De tal forma, pode-se afirmar que os dados a seguir apresentam um retrato mais

criterioso da infraestrutura da Universidade, utilizando padrões quantitativos

estabelecidos pelo poder público, a partir da normatização da Associação Brasileira

de Normas Técnicas (ABNT). São 211 edificações e 246.742 m2 de área construída.

O gráfico a seguir, apresenta outros dados:

GRÁFICO 3518

Construções (m2)

Fonte: Pró-reitoria de Logística e Infraestrutura. 2011

18 (1) Estacionamento, vias de acesso, áreas a construir. (2) Área de mata nativa, reflorestada ou taludes. (3) Área ocupada com quadra, campo, ginásio e piscina, incluindo áreas adjacentes. (4) Na Unidade Coração Eucarístico - outras áreas, considerou-se as áreas do Edifício Redentoristas, Edifício Pio XII (Ensino a Distância), Edifício do DataPUC e Fumarc (DataPUC, Jornal Opinião, Superintendência e Gráfica da Fumarc), Edifício Dom Cabral (cursos de Administração, Direito e Fonoaudiologia, Escola de Teatro, Diretoria de Educação Continuada) e Edifícios nas ruas Dom José Pereira Lara, Dom Pedro Evangelista, Dom Lúcio Antunes e Cláudio Manuel.

0

100.000

200.000

300.000

400.000

308.794293.182

165.270

123.830

56.436

OUTRAS ÁREAS (1)

VERDE (2)

JARDINAGEM

ÁREA OCUPADA (3)

CENTRO ESPORTIVO

Page 172: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

172

Em relação ao ano anterior, a área construída cresceu 9,80%; o crescimento

efetivo, porém, foi menor, já que parte do aumento deveu-se às correções

metodológicas no processo de medição. Contudo, o relatório fornecido pela Proinfra

referente ao ano de 2011 informa a execução de obras de construção diversas,

entre elas o Auditório do Museu de História Natural, novos pavimentos para salas de

aulas, ampliação da Biblioteca e do Laboratório de Informática na Unidade Barreiro,

construção do Bloco I e abrigo de resíduos na Unidade Betim, criação de

laboratórios de Enfermagem e Psicologia na PUC Arcos, nova sala de aula em

Guanhães, entre outras.

A relação entre a área construída e o número de alunos matriculados em

2011 (47.334 alunos), foi de 5,2 m2 por aluno. Embora sem poder indicar com

precisão a variação deste indicador em comparação ao ano anterior, é possível

supor que a área construída por aluno tenha apresentado ligeiro crescimento. Para

isso, compare-se a evolução da área construída de 9,80% (com as ressalvas

recomendadas, pois esta variação inclui a correção metodológica) com o

crescimento do número de alunos entre 2010 e 2011, que foi de 2,60%.

Em relação aos espaços para a prática de esportes, se por um lado a PUC

Minas possui um complexo esportivo com 48.060 m2 Campus Coração Eucarístico

com estrutura adequada à realização de diversas modalidades esportivas (em

especial o Atletismo, contando inclusive com uma pista oficial com dimensões

internacionais), nota-se a ausência de espaço próprio destinado à prática esportiva

nas unidades Barreiro e São Gabriel, bem como nos campi de Arcos e Guanhães.

Devido ao porte da Instituição, as obras de melhoria e manutenção são

constantes, demandando da Proinfra uma atividade intensa, como pode ser

verificada abaixo a partir do número de solicitações de serviços nas áreas de

arquitetura e manutenção civil, elétrica e telefônica.

Page 173: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

173

TABELA 70 Solicitação de serviços à Proinfra

SERVIÇO 2009 2010 2011

Arquitetura 200 102 183

Manutenção civil 4.649 4.059 3.838

Manutenção elétrica 1.632 2.039 1.826

Manutenção telefônica 1.179 1.515 1.382

Total 7.660 7.715 7.229

Fonte: SSO - Sistema de Solicitações. Dados extraídos em 16/12/2011.

Além disso, os eventos realizados na Universidade, e que também compõem

sua atividade fim, demandam estrutura física, cuja viabilização fica a cargo da Pró-

Reitoria de Infraestrutura e Logística. O quadro abaixo fornece uma indicação da

demanda feita à Proinfra em relação às estruturas físicas destinada aos eventos;

apesar de elevado volume, nota-se uma queda deste tipo de demanda entre 2009 e

2011.

TABELA 71

Eventos realizados

TIPO DO EVENTO 2009 2010 2011

Acadêmico 152 117 110

Arte e cultura 7 15 18

Disciplina Seminários 165 134 106

Extensão 43 42 9

Institucional 54 65 51

Pastoral 20 33 27

Pesquisa e pós-graduação 11 10 8

Total 452 416 329

Fonte: Pró-reitoria de Logística e Infraestrutura; SAE - Autorização de Pagamento e SSO. Dados extraídos em 25/01/2012. Elaboração: PROINFRA

Page 174: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

174

Em relação aos equipamentos destinados ao trabalho técnico administrativo e

às atividades acadêmicas, o histórico recente de aquisições entre 2009 e 2011

sugere que houve um empenho maior da instituição em 2010 neste aspecto, seguido

de certo arrefecimento em 2011. Como se pode observar no primeiro gráfico, as

aquisições de computadores nestes três últimos anos foram de, respectivamente,

179, 1.393 e 754 unidades. O mesmo movimento pode ser notado no caso dos

demais equipamentos.

GRÁFICOS 36 e 3719

Aquisições de Aquisições de equipamentos

Fonte: Pró-reitoria de Logística e Infraestrutura; EMS 5 - Ativo Fixo. Dados extraídos em 22/12/2011.

Entre os equipamentos listados, os computadores têm como finalidade,

predominantemente, atender às necessidades de trabalho do corpo técnico-

administrativo, enquanto a aquisição de datashows, aparelhos de DVD e quadros

brancos tem repercussão na forma como a infraestrutura é percebida por docentes e

discentes; as avaliações de cada um destes segmentos da comunidade acadêmica

quanto à infraestrutura da Universidade serão apresentadas a seguir.

Em geral, a estrutura física foi avaliada positivamente por funcionários, alunos

e professores nas respostas aos questionários da avaliação institucional.

Entre os funcionários, 87,34% concordaram que a Universidade possui boa

infraestrutura conforme tabela que será mostrada a seguir. A iluminação e a limpeza

dos locais de trabalho foram consideradas, no mínimo regulares ou adequadas por

19 (1) Estão incluídos, nesta Unidade, o prédio Emaús, o prédio Redentorista, a Unidade da Praça da Liberdade, PUC Minas Virtual e a Gerência de Tecnologia da Informação.

(2) Estão incluídos, neste item, os notebooks.

Page 175: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

175

92,34% e 90,70% dos funcionários. Também foram avaliados positivamente o

tamanho dos espaços (81,79%) e o mobiliário (83,91%). Entretanto, como se pode

ver, em relação à ventilação e ao nível de ruído ou barulho nos locais de trabalho a

aprovação é um pouco menor, quase chegando a 40,00% o percentual dos

funcionários insatisfeitos com estes quesitos.

TABELA 72

Avaliação dos funcionários do local de trabalho

Quesitos da infraestrutura Excelente Bom Regular Ruim Péssimo

Total Geral

% % % % % %

Disponibilidade dos recursos multimídia 20,77 34,23 28,46 12,69 3,85

100,00

Funcionalidade dos recursos multimídia 16,35 33,08 28,14 17,11 5,32

100,00

Iluminação 28,74 41,38 22,22 5,36 2,30 100,00

Limpeza 25,58 38,76 26,36 7,75 1,55 100,00

Mobiliário 14,94 28,74 40,23 13,41 2,68 100,00

Ruído/barulho 6,13 20,69 33,72 25,67 13,79 100,00

Tamanho 24,81 31,01 25,97 13,57 4,65 100,00

Ventilação 18,53 28,19 27,03 19,31 6,95 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Em relação aos equipamentos de informática utilizados pelos funcionários,

apesar do esforço de atualização verificado entre 2010 e 2011, conforme dados

acima, pouco mais da metade dos funcionários (52,79%) os consideram atualizados

e bem conservados, enquanto 8,94% disseram que são atualizados, mas mal

conservados. O percentual daqueles que consideram os equipamentos

desatualizados chegou a um terço. 5,31% dos informantes não utilizavam

equipamentos de informática.

Page 176: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

176

TABELA 73 Avaliação dos funcionários quanto aos equipamentos

de informática utilizados no setor

Fonte: CPA PUC Minas 2011

Entre os alunos da graduação, a infraestrutura foi considerada no mínimo

adequada para 78,66% dos entrevistados. Conforme os dados do gráfico a seguir,

quesitos mais básicos como iluminação das salas e limpeza foram muito bem

avaliados. A avaliação negativa nestes itens (ruim ou péssimo) ficou restrita,

respectivamente, a 7,39% e 10,71% dos estudantes. A adequação do espaço da

sala de aula ao número de estudantes também foi por eles bem avaliada, com

79,45% de respostas indicando o espaço, no mínimo, adequado. A maior parte dos

estudantes considerou de adequados a plenamente adequados os recursos

multimeio (76,15%) e o mobiliário (74,58%). A avaliação positiva dos equipamentos

de laboratório situou-se num patamar inferior (72,26%) e a aprovação caiu quando

os mesmos equipamentos foram relacionados ao número de estudantes (68,28%).

Em relação à qualidade da infraestrutura, os quesitos que receberam pior

avaliação dos estudantes foram ventilação e ruído/barulho: 31,29% deles

consideraram que as salas têm ventilação ruim ou péssima e 41,49% indicaram que

os níveis de ruído ou barulho estão inadequados.

Total Geral%

Atualizados e bem conservados 52,79Atualizados, mas mal conservados 8,94Desatualizados e mal conservados 5,03Desatualizados, mas bem conservados 27,93Não utilizo equipamentos 5,31Total Geral 100,00

Page 177: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

177

GRÁFICO 38 Qualidade da infraestrutura dos cursos

Fonte: CPA – PUC Minas 2011.

Em praticamente todos os quesitos da infraestrutura avaliados, a percepção

dos estudantes foi corroborada pelo resultado da avaliação dos professores da

graduação: os percentuais de notas favoráveis obedecem a um mesmo

ordenamento, sendo apenas ligeiramente maiores entre os professores. Iluminação

e limpeza foram positivamente avaliados por 93,34% e 90,70%, respectivamente. A

maior parte dos professores aprovou o tamanho das salas (81,78%) e o mobiliário

(83,91%); o mesmo ocorreu com a disponibilidade de recursos multimídia (83,46%),

embora sua funcionalidade tenha recebido um percentual de aprovação um pouco

menor (77,57%). Da mesma forma, a ventilação das salas e o nível de ruído ou

barulho receberam o maior percentual de notas desfavoráveis (ruim ou péssimo),

quais sejam, 26,25% e 39,46% respectivamente.

Page 178: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

178

TABELA 74 Avaliação do corpo docente quanto às condições da sala de aula

Quesitos da infraestrutura Excelente Bom Regular Ruim Péssimo

Total Geral

% % % % % %

Disponibilidade dos recursos multimídia

20,77 34,23 28,46 12,69 3,85 100,00

Funcionalidade dos recursos multimídia

16,35 33,08 28,14 17,11 5,32 100,00

Iluminação 28,74 41,38 22,22 5,36 2,30 100,00

Limpeza 25,58 38,76 26,36 7,75 1,55 100,00

Mobiliário 14,94 28,74 40,23 13,41 2,68 100,00

Ruído/barulho 6,13 20,69 33,72 25,67 13,79 100,00

Tamanho 24,81 31,01 25,97 13,57 4,65 100,00

Ventilação 18,53 28,19 27,03 19,31 6,95 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Entretanto, os professores avaliaram melhor que os alunos a quantidade de

equipamentos por estudante (76,59% de notas positivas, contra 68,28% entre os

alunos). A adequação dos espaços pedagógicos foi considerada entre regular e

excelente por 81,82% e a conservação e atualização dos equipamentos por 78,57%

dos docentes.

TABELA 75 Avaliação do corpo docente quanto às condições dos espaços

para aulas práticas (Unidade que mais leciona)

Excelente Bom Regular Ruim Péssimo Total Geral

Adequação do espaço pedagógico (laboratórios, clínicas, ilhas de edição e etc.) ao número de estudantes

17,68 34,34 29,80 12,12 6,06 100,00

Conservação e atualização dos equipamentos

13,81 30,00 34,76 14,76 6,67 100,00

Números de equipamentos em relação ao número de estudantes

14,63 27,80 34,15 15,61 7,80 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Page 179: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

179

Em relação às salas de professores, em que pese ter sido o seu mobiliário

bem avaliado (83,91%), a atualização dos recursos de informática e sua

disponibilidade apresentaram percentuais menores de aprovação (70,16% e

71,60%, respectivamente).

Os espaços físicos destinados às salas de professores, no entanto, foram

considerados como apenas regulares ou adequados por 24,77% dos seus usuários.

A grande maioria dos professores considerou estes espaços inadequados: eles são

ruins para 36,92% e péssimos na visão de 38,32%.

GRÁFICO 39 Condições das salas dos professores

Fonte: CPA – PUC Minas 2011

3.6.1. Gerência de Tecnologia da Informação (GTI)

Outro aspecto crucial da infraestrutura da Universidade também de

responsabilidade da Pró-Reitoria de Infraestrutura e Logística diz respeito à

infraestrutura tecnológica, a cargo da Gerência de Tecnologia da Informação (GTI).

A GTI é responsável por manter em operação 66 sistemas de informação que

atendem não apenas à PUC Minas, mas a todas as demandas computacionais da

Sociedade Mineira de Cultura. Em 2011 foram realizados 99 projetos de melhoria

em tais sistemas. Listam-se as principais intervenções implantadas e em

desenvolvimento no ano de 2011:

Page 180: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

180

Painel do Gestor - versão 02;

adequações para a nova estrutura de centros de custos;

construção de relatórios consolidados dos atendimentos do SAJ;

implantação do fluxo de solicitações de compras integrado ao EMS;

novo formulário de acompanhamento e relatórios de monitoramento;

descentralização de gerenciamentos de eventos que não são de

responsabilidades da PROINFRA;

adequação do controle para a Semana de Planejamento da PUC Minas;

manutenções adaptativas nas inscrições do MiniONU;

reconstrução dos módulos Web de inscrições e resultados na nova

arquitetura de sistemas;

unificação da gestão de receitas acadêmicas com a inclusão da receita dos

colégios;

implantação da ferramenta de Planejamento Estratégico da PUC Minas;

implantação do controle de atestados médicos;

controle de contas de energia elétrica;

adaptações na carga de dados dos alunos do ensino à distância;

adaptações nos processos de inscrição e matrícula Web dos cursos de

especialização;

lançamento de notas pelos professores através da Web;

melhorias na alocação do espaço físico e manutenção de locais;

gestão da carga horária para professores de Regime de Tempo Integral;

adequação de critérios para ingressantes através do Enade;

compartilhamento de disciplinas para otimizar a gestão de turmas;

implementação de critério de Média Geométrica para apuração de nota final

do aluno;

implantação da declaração de pagamentos na Web;

implantação do controle de disciplinas compartilhadas;

melhorias nas funcionalidades referentes ao Núcleo de Apoio à Inclusão de

Alunos – NAI;

melhorias nos processos de matrículas;

Page 181: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

181

integração com do controle financeiro com Gestão da Receita Acadêmica –

GRA;

criação do painel do Gestor - versão 03;

elaboração do relatório: Análise de Desempenho de Cursos Pós-graduação

Lato Sensu;

projeto de migração da estrutura de centro de custos;

implantação do Microsoft CRM para a SEPLAN;

adaptação do sistema para se adequar aos horários flexíveis de disciplinas na

grade;

integração com a nota fiscal eletrônica (NF-e);

adaptações nas regras de pagamento de cursos de pós-graduação;

adaptações nas rotinas de integração do SGA com o sistema de bibliotecas

Pergamum;

melhorias no controle de turmas em oferta;

melhoria na adesão de contrato de serviços educacionais para a pós-

graduação stricto sensu;

adequação dos sistemas de informação para atender a nova estruturação de

centro de custo / unidade a ser utilizado a partir de 2012.

A infraestrutura tecnológica avançou em 2011 com a instalação de um

equipamento de grande porte na GTI para atender à rede de dados interna e à

internet e de um equipamento de médio porte no IEC, ampliação de circuitos da rede

corporativa, licitação, aquisição e implantação de 24 servidores para a rede

corporativa, licitação, aquisição e implantação de Projeto de Segurança Corporativa,

entre outras melhorias informadas no relatório da Proinfra.

O volume de atendimentos realizados pela GTI, incluindo processamentos

programados e suporte aos usuários, em sistemas de informação e suporte técnico

avançado, cresceu consideravelmente nos últimos 2 anos, passando de 24.040 em

2009 para 26.963 em 2010 e 32.444 em 2011, ou seja um salto de quase 35,00% no

período. O tipo de atendimento que mais contribuiu para esse aumento foi o suporte

ao usuário, que passou de 14.812 em 2009 para 17.334 em 2010 e 21.867 no último

ano, um aumento de aproximadamente 47,00%. O gráfico a seguir mostra a

evolução dos atendimentos realizados pela GTI no período de 2009 a 2011:

Page 182: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

182

GRÁFICO 40

Atendimento realizados pela GTI

Fonte: DM SOL - Sistema de Solicitações. Dados extraídos em 28/12/2011. Obs.: estão incluídos nestes atendimentos, aqueles realizados para toda a Sociedade Mineira de Cultura.

O atendimento às solicitações feitas à GTI foi considerado excelente por

23,70% dos funcionários que utilizam os sistemas informatizados; 52,59% deles

consideraram os atendimentos como bons ou muito adequados e 17,67% disseram

ser regulares ou adequados. A avaliação negativa destes atendimentos ficou restrita

a 6,04% dos funcionários.

Em relação aos sistemas de informação, 21,50% dos funcionários declararam

que eles atendem plenamente às necessidades, 44,24% disseram que atendem

muito e 26,17% que atendem parcialmente.

Page 183: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

183

TABELA 76 Avaliação dos funcionários quanto ao atendimento

dos sistemas de informação

%

Plenamente 21,50

Muito 44,24

Parcialmente 26,17

Pouco 1,56

Não atendem 1,56

Não utilizo 4,98

Total Geral 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Quanto ao quesito facilidade de operação, quase a totalidade dos funcionários

que utilizam sistemas informatizados (96,90%) consideraram no mínimo adequado

ou regular. O número de máquinas no setor foi aprovado por 89,04% dos usuários,

enquanto a aprovação dos treinamentos para operação dos sistemas situou-se num

patamar inferior, com 74,09% de respostas positivas. A velocidade do sistema em

períodos de maior demanda foi considerada ruim ou péssima por 31,25% daqueles

que o utilizam.

TABELA 77 Avaliação dos sistemas informatizados

Excelente Bom Regular Ruim Péssimo Não

utilizo/Não se aplica

Total Geral

Facilidade para operar o sistema

35,78 40,26 13,74 2,24 0,64 7,35 100,00

Numero de máquinas no setor 34,48 32,60 14,42 7,52 2,51 8,46 100,00

Treinamento para operação do sistema

12,93 20,50 24,29 10,41 9,78 22,08 100,00

Velocidade nos períodos de maior demanda

8,89 21,27 32,70 16,83 11,75 8,57 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

3.6.2. Biblioteca

Page 184: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

184

Em relação à biblioteca, aos alunos foi solicitado que avaliassem sua

adequação em relação ao acervo, às instalações físicas e aos recursos de

informática disponíveis.

A tabela a seguir demonstra que em todos os quesitos avaliados os alunos,

em sua maioria consideram a atualização do acervo adequada (20,12%), muito

adequada (30,18%) ou plenamente adequada (25,61%). O mesmo acontece com a

disponibilização do acervo, que foi considerada adequada (25,36%), muito

adequada (26,53%) ou plenamente adequada (18,46%). As instalações físicas da

biblioteca foram ainda melhor avaliadas, pois, se somarmos as categorias

adequadas, muito adequadas ou plenamente adequadas temos um total de 87,19%.

Os recursos de informática da biblioteca foram também muito bem avaliados, pois a

maioria dos alunos (65,37%) os considerou adequados, muito adequados ou

plenamente adequados.

TABELA 78 Avaliação do corpo discente quanto à Biblioteca

Quesitos

Plenamente Adequado

Muito Adequado

AdequadoParcialmente

Adequado Pouco

AdequadoTotal Geral

% % % % % %

Atualização do acervo 27,81 32,77 21,84 8,16 9,42 100,00

Disponibilidade do acervo

19,38 27,85 26,63 14,22 11,93 100,00

Instalações físicas 41,11 32,18 17,07 5,77 3,86 100,00

Recursos de informática

18,04 23,50 27,81 16,87 13,78 100,00

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Aos professores foi feito o mesmo questionamento, desta feita em relação à

Biblioteca da unidade da PUC Minas em que mais lecionavam. As respostas

reveladas na tabela a seguir demonstram uma satisfação parecida com a dos

alunos. A atualização e a disponibilidade do acervo foram consideradas de

satisfatórias a plenamente satisfatórias pela maioria dos professores. As instalações

físicas foram ainda melhor avaliadas, a exemplo da resposta dos alunos, pois a

maioria (74,81%) dos professores as considerou muito ou plenamente satisfatórias.

Os recursos de informática foram considerados muito ou plenamente satisfatórios

pela maioria do corpo docente (61,09%).

Page 185: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

185

TABELA 79 Avaliação do corpo docente quanto à Biblioteca

Fonte: CPA PUC Minas 2011

3.7. AVALIAÇÃO, PLANEJAMENTO, GESTÃO E SUSTENTABILIDADE

3.7.1. Organização da Instituição

A estrutura organizacional da PUC Minas é composta por órgãos de execução

superior, auxiliar, bem como órgãos de deliberação e assessoramento. Os diversos

campi, Institutos e faculdades estão submetidos à organização superior.

Algumas mudanças na organização da PUC Minas foram efetuadas ao longo

dos anos. A departamentalização e a alocação de cursos em novos Institutos, bem

como a redefinição de órgãos da Administração Superior foram algumas

reestruturações.

Como se pode observar nos organogramas a seguir, em amarelo é verificada

a transformação da antiga Pró-reitoria de Planejamento e Desenvolvimento

Institucional na nova Secretaria de Planejamento (Seplan). A Pró-reitoria de

graduação, em roxo, agora é responsável pela Biblioteca e o Centro de Registros

Acadêmicos. Em verde é possível observar que a antiga Unidade Especial PUC

Virtual foi transformada na Diretoria de Educação a Distância. E órgãos como a

Secretaria de Comunicação e de Cultura e Assuntos Comunitários, em laranja, estão

agora posicionados em destaque no organograma.

BibliotecaTotal Geral

Atualização do acervo 100,00Disponibilidade do acervo 100,00Intalação físicas 100,00Recursos de informática 100,00

0,000,00

40,31 34,50 19,38 3,88 1,9421,01 40,08 27,24 9,73 1,95

21,0918,53 38,22 31,27 9,27

10,9440,23 26,56 1,17

Não Existe

2,70

SatisfatórioPouco

satisfatórioInsatisfatório

0,000,00

Plenamente satisfatório

Muito satisfatório

Page 186: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

186

Figura 3 Organograma Institucional - PDI 2007/2011

Figura 4 Organograma Institucional - PDI 2012/2016

Fonte: PDI /2007- 2011 Fonte: PDI /2012 - 2016

CAM PUS DE BELO HORIZONTE

CAM PUS DE ARCOSCAM PUS DE

GUANHÃESCAM PUS POÇOS DE

CALDASCAM PUS DE

SERRO

UNIDADE ACADÊM ICA SEDE - PUC M INAS CORAÇÃO EUCARÍSTICO

ACADÊM ICAS ESPECIAIS (PREPES, IEC) E PUC M INAS VIRTUAL) (4)

(4) As Unidades Acadêmicas Especiais atuam em todas as Unidades, Núcleos e Campi da PUC M inas.

ÓRGÃOS AUXILIARES (3)

CONSELHO DE GESTÃO E POLÍTICAS - CGP

CONSULTORIA JURÍDICA

PRÓ-REITORIAS ADM INISTRATIVAS E ACADÊM ICAS

(2) A Vice-Reitoria engloba o Núcleo de Estudos em Teo logia, o Instituto Superio r da Pastoral e a Secretaria de Assuntos Estudantis.

PESQUISA E DE PÓS-GRADUAÇÃO

GESTÃO FINANCEIRA

GRADUAÇÃO

INFRA-ESTRUTURA

LOGÍSTICA E OPERAÇÕES

RECURSOS HUM ANOS

CEPE

CPA

EXTENSÃOPLANEJAM ENTO E

DESENVOLVIM ENTO INSTITUCIONAL

REITORIA (1)

VICE-REITORIA (2)

CCPD

CONSUNI

(3) Órgãos Auxiliares: B iblio teca, Centro de Registros Acadêmicos, Centro de Atividades Esportivas, Direto ria de Ação Pastoral Universitária, Diretoriade Arte e Cultura, Diretoria de Relações Institucionais, Instituto de Desenvolvimento Humano Sutentável, Núcleo de Bioética, Secretária de AçãoComunitária, Secretaria de Comunicação e a Secretaria de Relações Internacionais.

UNIDADE ACADÊM ICA - PUC M INAS NO BARREIRO

UNIDADE ACADÊM ICA - PUC M INAS NO SÃO GABRIEL

NÚCLEO UNIVERSITÁRIO PUC M INAS BETIM

(1) A Reitoria engloba a Assessoria Especial, a Chefia de Gabinete do Reitor e a Ouvidoria.

NÚCLEO UNIVERSITÁRIO PUC M INAS CONTAGEM

SECRETARIA GERAL

GRÃ-CHANCELARIA

BELO HORIZONTE

ARCOSGUANHÃESPOÇOS DE CALDASSERRO

CIÊNCIAS EXATAS E INFORMÁTICA

CIÊNCIAS SOCIAIS

FILOSOFIA E TEOLOGIA DOM JOÃO RESENDE COSTA

POLITÉCNICO

CIÊNCIAS HUMANAS

(4) À Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação estão vinculados a Diretoria de Educação Continuada (IEC e Prepes) e a Editora PUC Minas.

(5) A Diretoria de Educação a Distância segue as diretrizes da PROGRAD e da PROPPG, podendo sua atuação atingir todas as Unidades, Núcleos e Campi da PUC Minas

FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E ARTESFACULDADE DE PSICOLOGIA

FACULDADE MINEIRA DE DIREITO

(1) A Reitoria engloba a Assessoria Especial, a Chefia de Gabinete do Reitor, o Núcleo de Bioética e a Ouvidoria.

GRADUAÇÃO(3

RECURSOS HUMANOS

EXTENSÃO

(3) À Pró-reitoria de Graduação estão vinculados a Biblioteca, o Centro de Registros Acadêmicos e a Coordenação de Estágio Integrado.

(2) À Vice-Reitoria está vinculado a Assessoria para Assuntos Estudantis.

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - PUC MINAS VIRTUAL

(5)

CAMPI INSTITUTOS E FACULDADESCIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

CIÊNCIAS ECONÔMICAS E GERENCIAIS

COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO

REITORIA(1)

INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA

PESQUISA E DE PÓS-GRADUAÇÃO (4

)

GESTÃO FINANCEIRA

VICE-REITORIA

(2)

PRÓ-REITORIAS ADMINISTRATIVAS E ACADÊMICAS

GRÃ-CHANCELARIA

CONSELHO DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO

CONSELHO UNIVERSITÁRIO

SECRETARIA DE CULTURA E ASSUNTOS COMUNITÁRIOS

CONSULTORIA JURÍDICA

SECRETARIA

GERAL

SECRETARIA DE

COMUNICAÇÃO

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E iNSTITUCIONAL

NÚCLEO UNIVERSITÁRIO PUC MINAS EM CONTAGEM

UNIDADE ACADÊMICA SEDE-PUC MINAS NO CORAÇÃO EUCARÍSTICO UNIDADE ACADÊMICA - PUC MINAS NO BARREIRO

UNIDADE ACADÊMICA - PUC MINAS NO SÃO GABRIEL

NÚCLEO UNIVERSITÁRIO PUC MINAS EM BETIM

COMISSÃO CENTRAL DE

PESSOAL DOCENTE

CONSELHO DE

GESTÃO E POLÍTICAS

Page 187: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

187

O Estatuto da PUC Minas, com as alterações aprovadas pela Resolução nº

12, de 14 de dezembro de 2010, define o Conselho Universitário como o órgão

consultivo e deliberativo superior da Universidade, bem como o CEPE – Conselho

de Ensino, Pesquisa e Extensão. Tem-se também um órgão de deliberação

intermediária, o Conselho de Gestão e Políticas.

A sua estrutura compreende ainda, órgãos de assessoramento (Consultoria

Jurídica, Comissão Central de Pessoal Docente). Por fim, a estrutura organizacional

da Instituição conta com a administração dos Campi, dos Núcleos Universitários e

das Unidades Acadêmicas, que participam das decisões, com o Conselho

Acadêmico-Administrativo – CAA e com o Pró-reitor Adjunto.

3.7.2. Gestão

O Consuni funciona a partir de uma estrutura colegiada com a presença de

membros natos (o Reitor e o Vice, Pró-Reitores e Adjuntos, Diretores de Institutos,

Faculdades e Unidades Acadêmicas Especiais e representações da Grã-

Chancelaria e da Entidade Mantenedora) e representantes de departamento, dos

docentes de cada unidade, núcleos ou campi, da CCPD, da ADPUC, da ASSUC, da

CPA, da comunidade externa e a representação estudantil.

Guardadas as devidas proporções e competências, esta estrutura de decisão

colegiada é estendida a todas as instâncias deliberativas, seja ao Conselho de

Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), outro órgão superior de deliberação, seja aos

níveis deliberativos dos campi, núcleos e unidades, institutos e faculdades,

departamentos, cursos de graduação e programas de pós-graduação. A exceção é o

Conselho de Gestão e Políticas, órgão de deliberação intermediária, para o qual não

está prevista a participação de representantes da comunidade e cujos membros não

ocupam cargos inferiores ao de diretor.

No CEPE, nos Conselhos Acadêmico-Administrativos (campi e unidades), nos

Conselhos Diretores de Institutos e Faculdades e nos colegiados de cursos de

graduação e pós-graduação está prevista a participação, além dos membros natos

em cada caso, de representante docente eleito entre seus pares, da representação

discente, da ADPUC e da CPA.

Page 188: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

188

Ao longo de 2011, as reuniões do conselho de deliberação máxima, o

Consuni, foram incorporando novos conselheiros eleitos, chegando ao final do ano

com a representação praticamente completa: a ata da reunião de 3 de outubro de

2011 não registra ainda o ingresso apenas do representante da comunidade

externa. Nas atas do CEPE, por sua vez, não se registrou a presença da

participação estudantil. As atas e as pautas das reuniões destes dois conselhos

superiores encontram-se disponíveis em pastas virtuais da rede interna (pastas

públicas).

Foram consultadas, ainda, as atas de todas as reuniões referentes a 2011 de

quatro Conselhos Acadêmico-Administrativos (41 documentos) e de conselhos

Conselhos Diretores de Institutos (20 documentos).

No âmbito dos campi e unidades, um conjunto de documentos, dos quatro

consultados, não trouxe informações sobre os participantes. Em nenhum dos outros

documentos houve registro de avanço na representação docente (eleita) e discente

(duas destas instâncias, inclusive, guardavam a denominação anterior à reforma

estatutária – Conselho Técnico Administrativo).

Entre os registros dos quatro Institutos que enviaram as informações sobre a

atividade do respectivo Conselho Diretor, um deles deu posse aos representantes

docente e discentes e outro apenas ao docente eleito. Um terceiro não avançou

neste aspecto da representação e um dos conjuntos de atas não informou o nome

ou origem dos participantes.

As instâncias deliberativas no nível dos cursos de graduação, por sua vez,

foram avaliadas a partir do ponto de vista dos estudantes e professores, expresso

nas respostas aos questionários das pesquisas amostrais.

Page 189: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

189

GRÁFICO 41 Relação entre os sujeitos no processo

de ensino-aprendizagem

Fonte: CPA PUC Minas 2011

3.7.3. Planejamento e Avaliação

A PUC Minas estabeleceu a partir de 2010 o Planejamento e Gestão

Estratégica, (PGE) com vistas à operacionalização das diretrizes emanadas do PDI.

O PGE, elaborado de forma participativa, incorporando todos os níveis de gestão da

Universidade, desde a administração superior até o nível do colegiado, estabeleceu

a criação de instrumentos de acompanhamento gerencial de forma a dar suporte aos

gestores da instituição. Destaca-se nessa linha, o Painel do Gestor, mecanismo de

acompanhamento da evasão do curso, que municia o coordenador do curso com

informações em tempo hábil no processo de tomada de decisão. A avaliação da

Secretaria de Planejamento, responsável pela coordenação do PGE e desses

instrumentos, é de que por meio dessa ferramenta várias ações foram

implementadas por coordenadores de curso resultando em inversão de altas taxas

de evasão e não efetivação de matrículas entre alunos.

Outro aspecto a considerar no que toca ao PGE da Universidade, refere-se à

diagnose quanto à estabilização da demanda de mercado da educação superior.

Entre o final da década de 90 e a primeira década de 2000, a PUC Minas, no

contexto da ampliação e democratização da educação superior, estabeleceu uma

política expansionista de suas unidades, interiorizando sua ação. Foram criados

Page 190: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

190

vários campi e unidades numa expansão que, se no primeiro momento parecia

necessária, à medida do esgotamento da demanda se mostrou onerosa e deficitária

para a instituição.

O estabelecimento do planejamento, da racionalização dos processos de

gestão tem levado a administração superior a adotar políticas que visem dar maior

racionalidade à gestão dessas unidades sem que isso traga impactos significativos

para as populações dessas localidades. Assim, vários cursos têm tido suas entradas

anualizadas com uma ou duas entradas. Alguns cursos foram extintos e outros se

encontram em processos de extinção, conforme quadro 2.

QUADRO 2

Cursos de graduação extintos ou em extinção

Unidade Curso Modalidade

Arcos Efermagem / noite Bacharelado

Arcos Jornalismo Bacharelado

Arcos Direito / manhã Bacharelado

Betim Efermagem / tarde Bacharelado

Betim Psicologia / manhã Bacharelado

Betim Sistemas de informação / manhã Bacharelado

Betim Letras Licenciatura

Betim Matemática Licenciatura

Contagem Geografia Licenciatura

Coração Eucarístico Fisioterapia / tarde Bacharelado

Coração Eucarístico Fonoaudiologia / tarde Bacharelado

Coração Eucarístico Turismo Bacharelado

Coração Eucarístico Ciência da informação Bacharelado

Guanhães Sistemas de informação Bacharelado

Poços de Caldas Fisioterapia / tarde Bacharelado

Poços de Caldas Turismo/ noite Bacharelado

São Gabriel Letras Licenciatura

São Gabriel Ciências atuariais / noite Bacharelado

Serro Administração Bacharelado

Virtual Gestão pública- estab. Prisionais Tecnólogo

Fonte: Pró-reitoria de Graduação - 2012

Page 191: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

191

A inserção da CPA na equipe de elaboração do PDI se fez acompanhar,

igualmente, pela participação e contribuição no estabelecimento das ações e na

construção indicadores para o planejamento estratégico da Universidade. Assim,

25% dos índices do planejamento estratégico serão coletados pela CPA por meio

das pesquisas de avaliação institucional. Exemplos desses índices são os referentes

ao clima organizacional, que resulta da coleta de dados junto ao corpo técnico-

administrativo, e à infraestrutura, avaliada por alunos, professores e funcionários.

Outro aspecto importante foi a inserção de funcionário da CPA na equipe, que

possibilitou a visão técnica e operacional na estruturação do Plano, de maneira que

o mesmo fosse mais facilmente executável e compatível com os processos de

Avaliação Institucional.

Desta feita, está em elaboração um projeto entre CPA e Seplan que visa ao

acompanhamento permanente tanto das proposições do PDI quanto das metas do

PGE. Tais processos têm por objetivo sistematizar e tornar rotineiras as ações

conjuntas de planejamento, gestão e avaliação.

3.7.4. Sustentabilidade Financeira da PUC Minas

O quadro de sustentabilidade financeira da Universidade reproduz com

poucas alterações, a situação do ano anterior. Entende-se que isso decorre

principalmente da impossibilidade de que mudanças drásticas ou substantivas,

principalmente no campo financeiro, possam ocorrer de um ano a outro. Dados da

Pró-Reitoria de Gestão Financeira (PROGEF) continuam a demonstrar a

dependência da IES em relação ao pagamento das mensalidades escolares, já que

o foco da Instituição é o Ensino, segundo o setor. O percentual de origem dessas

receitas, para o ano de 2011 gira em torno de 98%, o mesmo do ano anterior.

A estabilização da demanda do mercado de educação superior não impactou

significativamente o desempenho financeiro da Instituição. Dados da PROGEF

indicam o crescimento do número de matrículas. Isso pode ser creditado, em parte,

ao grande número de transferências, em face do reconhecimento do mercado da

qualidade do ensino da instituição e pelas ações de contenção das taxas de evasão

do aluno. Por outro lado, destaca-se o crescimento da demanda pelo FIES, facilitado

Page 192: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

192

pelas novas regras estabelecidas pelo governo federal para o financiamento

estudantil.

Em 2011 não se registrou investimentos vultosos, os recursos foram dirigidos

para a manutenção da infraestrutura instalada, concentrando as obras em reformas

e novas instalações que dêem sustentação ao que já está implantado.

A tabela 80 demonstra a evolução da receita da Instituição, o que aponta

para a redução das taxas de crescimento. Já no ano de 2011, é percebido o

aumento expressivo da receita advinda das mensalidades. Considerando-se o

quadro competitivo do mercado, a geração de receita da IES apresenta-se favorável.

TABELA 80 Evolução das receitas advindas

das mensalidades Ano %

2009 6,6

2010 2

2011 11,4

Fonte: Progef, 2012

As medidas adotadas para racionalização dos processos internos, contidas no

PGE, têm contribuído para a saúde financeira da IES por meio da redução de custos

e otimização da estrutura administrativa.

A ampliação dos convênios para manutenção de estruturas de ensino, como

as realizadas com o Ministério da Saúde e os recursos dirigidos para a clínica de

Fonoaudiologia como contrapartida à oferta de serviços de média complexidade à

população, tem contribuído para a sustentabilidade da instituição. Bem como o

processo de anualização dos cursos, de acordo com quadro a seguir.

Page 193: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

193

Quadro 3 Cursos anualizados – 2010, 2011 e 2012

Cursos anualizados com duas entradas a partir do 1º semestre de 2010 Barreiro Enfermagem Manhã Betim Ciências Biológicas Manhã

Contagem Administração – Comércio Exterior (anualizado a partir do 5º período, ou seja 1º/2012)

Noite

Serviço Social Manhã

Coração Eucarístico Ciências Sociais Manhã Filosofia Noite

Guanhães Administração Noite

Poços de Caldas

Administração Manhã Enfermagem Noite Fisioterapia Manhã Pedagogia Noite

São Gabriel Psicologia Manhã Anualizados com duas entradas a partir do 1º semestre de 2011

Barreiro Nutrição Manhã Betim Sistemas de Informação Noite Contagem Administração Manhã

Coração Eucarístico Física Tarde Fonoaudiologia Manhã Matemática Tarde

São Gabriel

Jornalismo Noite Publicidade e Propaganda Noite Sistemas de Informação Manhã CST Produção Multimídia Manhã

Analisar para anualização a partir do 1º semestre de 2012 GPP – 16 a 20/08/2011

Betim

Administração Noite Enfermagem Noite Fisioterapia (volta anualizado em 2012, com convergência com a Enfermagem)

Noite

Psicologia Noite

Coração Eucarístico

Geografia Noite História Manhã Letras Noite Pedagogia Manhã Pedagogia Noite Fisioterapia Manhã

Poços de Caldas

Ciência da Computação (vai postar alteração solicitando revisão da decisão diante do compartilhamento proposto)

Noite

Psicologia Manhã São Gabriel Administração Manhã

Anualizados com uma entrada

Coração Eucarístico Filosofia (Presbiteral) Manhã Teologia Manhã

Fonte: Pró Reitoria de Graduação

3.8. POLÍTICAS DE ATENDIMENTO A EGRESSOS

As Instituições de Educação Superior (IES), assim como seus departamentos

e colegiados de cursos, consideram fundamentais a opinião e o perfil de seus

Page 194: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

194

egressos, para criação de novos cursos e aferição da qualidade de seus cursos já

existentes. Essas informações são úteis para revisão de programas e planos de

ensino e também são utilizadas para criação de novas oportunidades de formação

continuada. Assim, é importante conhecê-los, bem como desenvolver ações que os

mantenham em permanente contato com a Instituição.

A fim de conhecer o perfil do egresso da PUC Minas e considerando que essa

é uma dimensão importante no processo de autoavaliação das IES, foram

elaborados questionários estruturados. O total de alunos egressos que se

dispuseram a responder os questionários aplicados através de entrevistas

telefônicas foi de 884. As análises dos dados referentes ao curso de graduação e à

atividade profissional serão apresentadas a seguir:

A formação em um curso de graduação tem como objetivo principal a

produção de conhecimento e de habilidades necessárias para inclusão do futuro

profissional no mercado de trabalho. Este conhecimento pode ser entendido e

adquirido pela interação e articulação do trinômio ensino, pesquisa e extensão. Com

base na avaliação de diversos cursos da Universidade, em relação à graduação na

PUC Minas, observa-se que, para 73,79% dos respondentes, o grau de satisfação

com o curso é alto (47,07%) ou muito alto (26,72%). Mais de 68% dos egressos

entrevistados afirmaram que o conjunto de disciplinas cursadas desenvolveu de

forma boa ou excelente a análise crítica da realidade (77,19%); a atuação ética, com

responsabilidade social, competente e comprometida com a sociedade em que vive

(82,80%); a compreensão de processos, tomada de decisão e resolução de

problemas no âmbito de sua área de atuação (68,83%); a leitura e interpretação de

textos (72,57%) e o raciocínio lógico (77,36%).

A participação dos egressos, enquanto aluno, em atividades acadêmicas,

pode ser observada, na ordem decrescente a seguir: participação estágio (88,55%),

prática de pesquisa (82,68%), participação em eventos científicos (75,74%)

atividades de extensão (68,45%) e monitoria (66,46%), Observa-se um acréscimo na

participação em relação ao ano de 2010 para todas as atividades, com destaque

para pesquisa e extensão que tiveram acréscimos superiores a 20%. A satisfação,

para os que participaram das atividades, está apresentada na tabela seguir:

Page 195: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

195

TABELA 81 Recursos pedagógicos que contribuíram para a formação – Egressos

É notório que, ao falar em conhecimento, não se pode deixar de mencionar a

formação ou educação continuada, pois o conhecimento ultrapassa os limites da

graduação. Ao se avaliar a formação continuada do egresso PUC Minas, é possível

observar que apenas 46,75% dos egressos realizaram algum curso após a

graduação, sendo 14,57% em curso de aperfeiçoamento, 7,55% em curso de

atualização, 24,64% em curso de curta duração.

A IES oferece diversos cursos de pós-graduação lato sensu, pelo IEC PUC

Minas (Instituto de Educação Continuada) e PREPES, além de cursos de pós-

graduação stricto sensu ofertados por diversos institutos, porém observa-se que

mais de 50% dos respondentes não realizou uma pós-graduação. Dos que

realizaram mais de 60% o realizou em outra instituição. Dos que não realizaram uma

pós-graduação observa-se que para os cursos lato sensu (especialização) 72,70%

tem interesse de realizar. Para os cursos stricto sensu (mestrado e doutorado) o

percentual de interessados cai para 59,16% e 41,18 % respectivamente.

Os principais objetivos da formação continuada estão apresentados a Tabela

82:

TABELA 82

Objetivos da realização da Pós-graduação – Egressos

Recursos

Atividade de ExtensãoEstágioMonitoriaParticipação em eventos científicosPesquisaFonte: CPA - PUC Minas

Não realizei

Excelente Bom Regular Ruim Péssimo Não sei

responderTotal Geral

13,28 20,10 20,83 6,70 6,70 0,85 100,00100,00

14,39 16,71 18,29 8,29 8,29 0,49 100,0032,89 25,54 16,27 6,63 6,63 0,60

100,0017,91 26,69 18,98 9,13 9,13 0,83 100,0012,60 20,85 23,20 9,19 9,19 0,71

31,5511,4533,5424,2617,32

Quesitos Total GeralAmpliação minhas oportunidades de trabalho 19,00Atualização de conhecimento 24,57Busca por mais títulos acadêmicos 3,14Ingresso na carreira acadêmica 4,57Ocupação do tempo ocioso 0,57Promoção de cargo/salário 2,71Qualificação para a minha área de trabalho 39,57Outro 5,86Total Geral 100,00Fonte: CPA - PUC Minas

Page 196: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

196

Observa-se que para os respondentes 39,57% tem como objetivo a

qualificação na área de trabalho, 19,00% na ampliação das oportunidades de

trabalho e 24,57 % na atualização do conhecimento. Isso mostra um grande foco do

egresso no mercado de trabalho.

Em relação ao exercício da profissão em que se formou, observa-se que,

entre os egressos entrevistados, 73,27% trabalham na área de sua graduação,

20,05% trabalham em outra área e apenas 6,68% não estão trabalhando. Isto

mostra uma boa inserção dos egressos da PUC Minas no mercado de trabalho

(93,32%).

No grupo inserido no mercado de trabalho 61,33%, é empregado, 75,68% já

autuava na área ou levou menos de seis meses para atuar na área de sua formação,

92,08% recebe menos de 10 salários mínimos sendo 61,17%, com menos de cinco

salários mínimos e 30,90% entre seis e 10 salários.

No grupo de egresso que não atua na área ou não está trabalhando, observa-

se que os principais motivos para não exercerem a profissão na qual se graduou

são: falta de oportunidade (29,34%) e opção por outra profissão mais rentável

(24,55%).

Em relação à participação dos Egressos na vida da Universidade, uma

maneira eficaz de estreitar o relacionamento com os mesmos é através da

comunicação, ou seja, através dos contatos mantidos entre instituição formadora e

egressos. Assim, observou-se que apenas 50,44% dos egressos mantêm algum

contato com a PUC Minas (este contato se dá aproximadamente 32,59% pelo site e

38,27% pelos professores). Os principais motivos dos egressos manterem contato

com a PUC Minas são a busca de informações sobre cursos oferecidos (21,72%), a

participação em curso de pós-graduação (28,03%), inserção no mercado profissional

(16,16%) e a participação em eventos e seminários (10,35%). Em contrapartida, a

principal razão do egresso não manter contato com a PUC Minas é a falta de

interesse (45,06%).

De maneira geral, observa-se que os principais motivos que levaram o

egresso a realizar seu curso de graduação na PUC Minas são a tradição e a

inserção no mercado de trabalho.

Page 197: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

197

4. CONCLUSÃO

A autoavaliação é um processo que auxilia na localização de situações ótimas

e de desafios, aqui denominados potencialidades e fragilidades e que servem como

instrumento de reflexão e reelaboração das práticas.

A análise dos dados permite considerar que as metas estabelecidas no PDI

para o quinquênio 2007-2011 foram parcialmente alcançadas, conforme avaliação

dos diferentes atores pesquisados. Nesse sentido, a pesquisa demonstrou que, se

há ainda alguns desafios com os quais a Universidade tem que se deparar, por outro

lado, as potencialidades que o contexto institucional apresenta são reais

possibilidades de transformação. Elas serão doravante apresentadas por dimensão

de análise.

4.1. Potencialidades

4.1.1. Potencialidades do Ensino de graduação

Em relação ao regime de trabalho dos professores de graduação, uma

potencialidade identificada na pesquisa de autoavaliação passada foi

mantida, pois os índices aproximados de 60,00% de professores aulistas e

quase 40,00% de professores em regime integral ou parcial foram mantidos;

Outra potencialidade que se manteve para o ensino de graduação é a de que

a grande maioria dos alunos (71,00%) e dos professores (80,68%) acredita

que o plano de ensino é discutido em sala de aula e que essa é uma prática

importante para o desenvolvimento da disciplina;

No relatório passado, foi apontada a necessidade de maior estímulo às

práticas de pesquisa e extensão e, desta feita, professores e alunos

afirmaram que os princípios e ações que contribuem para o bom

desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem (tais como práticas

investigativas, extensionistas, integração com outras disciplinas) foram

realizados na maioria das disciplinas. Os professores classificaram essas

práticas como regulares, muito boas ou excelentes em suas disciplinas. Além

Page 198: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

198

disso, mais de 70,00% dos professores afirmaram participar de atividade de

pesquisa;

Em média, quase 90,00% dos professores consideraram que suas práticas

pedagógicas contribuíram para o desenvolvimento de leitura e interpretação

de textos, análise crítica, raciocínio lógico e atuação ética;

4.1.2. Potencialidades da Pós-graduação e Pesquisa

O reconhecimento do mercado da qualidade dos serviços educacionais da

Instituição continua sendo um dos quesitos que motivam os alunos a busca

por cursos de pós-graduação na PUC Minas;

Nos últimos anos, houve um aumento significativo no número de bolsas de

estudo concedidas para a pós-graduação stricto sensu, tanto institucionais

quanto aquelas oferecidas pelos órgãos de fomento estaduais e federais, o

que reforça a parceria da PUC Minas com estas instituições, como já

apontava o relatório anterior;

O investimento nos programas de pós-graduação stricto sensu e na

qualificação dos professores reflete-se em uma considerável evolução nos

conceitos Capes obtidos pelos programas no último triênio (2007-2009);

Continua perceptível o aumento do número de projetos de pesquisa de

docentes. O aumento do número de professores envolvidos com pesquisa na

PUC Minas está também refletido na criação de diversificados grupos e várias

linhas de pesquisa;

Entre os professores que realizaram pesquisa no ano de 2011, muitos o

fizeram de modo integrado às disciplinas da graduação, fato confirmado pelos

alunos que se envolveram com investigação científica na graduação;

4.1.3. Potencialidades da Extensão

Há um contínuo envolvimento de maior número de alunos nas ações de

extensão, conforme relatado na pesquisa anterior;

Page 199: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

199

A nova diretriz para extensão que determina a transferência da execução das

ações extensionistas para os cursos e institutos fomentou a

criação/implementação de novas práticas extensionistas vinculadas às

disciplinas curriculares;

A extensão tem conseguido cada vez mais envolver setores internos da PUC

Minas e instituições externas como parceiros na execução das ações;

4.1.4. Potencialidades das Políticas de Pessoal

A PUC Minas continua dispondo de um um profissional técnico-administrativo

comprometido com os valores e a missão institucionais e que se sente bem

em desempenhar as tarefas propostas, o que pode ser comprovado pelo alto

grau de satisfação desses funcionários com o trabalho e também pela boa

avaliação que fazem do cumprimento da missão da Universidade;

Observa-se que a bolsa de estudo e o plano de saúde são benefícios que

ainda atingem alto grau de satisfação entre os funcionários, como apontado

no relatório anterior.

4.1.5. Potencialidades da Comunicação e Imagem da PUC Minas

A instituição PUC Minas é apontada com um grau de satisfação alto ou muito

alto pela maioria dos alunos (66,41%). Entre os professores, funcionários e

egressos esse índice é ainda mais alto: 82,00%, 74,63% e 97,07%,

respectivamente;

Mais da metade dos alunos da PUC Minas (média de 58%) considera alto ou

muito alto seu grau de satisfação com o colegiado do curso, com o corpo

docente e com o curso de graduação em que estão matriculados;

As ações da comunicação da PUC Minas foram bem avaliadas, pois os

percentuais das categorias bom, muito bom e excelente foram sempre bem

superiores aos das categorias ruim e péssimo em todas as atividades

pesquisadas junto aos alunos e professores (divulgação das informações,

organização de eventos, peças gráficas e qualidade dos informativos);

Page 200: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

200

De uma maneira geral, o atendimento na PUC Minas foi bem avaliado, pois a

maioria dos professores e alunos respondeu que o atendimento é de bom a

excelente na maior parte dos setores;

A maioria dos alunos busca atendimento dos colegiados e eles estão, de

certa maneira, satisfeitos, pois quase 60,00% desses qualificaram o

atendimento como satisfatório, muito satisfatório ou plenamente satisfatório;

4.1.6. Potencialidades das políticas de atendimento a egressos

Os egressos respondentes têm alto grau de satisfação com o curso realizado;

Os egressos respondentes, em sua maioria, continuam considerando que o

curso contribuiu de forma boa ou excelente para a análise crítica da

realidade, a atuação ética, com responsabilidade social, competente e

comprometida com a sociedade em que vive; a compreensão de processos,

tomada de decisão e resolução de problemas no âmbito de sua área de

atuação; a leitura e interpretação de textos e o raciocínio lógico.

4.1.7. Potencialidades da Gestão, Infraestrutura e Sustentabilidade

Financeira

A estrutura de decisão colegiada, prevista no Estatuto da PUC Minas para

todos os níveis decisórios com participação de representantes da comunidade

acadêmica, pode favorecer uma gestão mais transparente e participativa e

tem sido bem avaliada desde a pesquisa anterior;

Os colegiados de curso foram bem avaliados pelos docentes em aspectos

relacionados à implementação do projeto pedagógico e às medidas de

melhoria das condições de ensino e aprendizagem;

A infraestrutura foi considerada adequada pela maioria da comunidade

acadêmica, corrigindo o problema apontado com conforto do mobiliário de

salas e laboratórios apontado na pesquisa passada;

O número de equipamentos de informática cresceu consideravelmente em

2010 e 2011;

Page 201: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

201

A Universidade possui uma infraestrutura tecnológica de grande porte e em

constante atualização; os sistemas de gestão e o atendimento são bem

avaliados pelos usuários;

O Plano de Gestão Estratégica prevê o estímulo e a ampliação de ofertas de

serviços da Universidade a fim de compensar a estabilização da demanda.

4.2. Fragilidades

Ainda há pontos que merecem a atenção e o cuidado para uma reorientação

das práticas, que serão aqui apontados como fragilidades. Esses desafios serão

agora apontados por dimensões de análise:

4.2.1. Fragilidades do ensino de graduação

A grande maioria dos alunos (85,00%) e dos professores (70,00%) não

participa de projetos de pesquisa institucionalizados, embora os professores

declarem realizar práticas investigativas em sala de aula;

O relatório passado apontou que os projetos pedagógicos deveriam ser mais

discutidos com os professores, mas ainda há aqueles (cerca de 20,00%) que

não consideram importantes ou não têm interesse em conhecer o projeto

pedagógico do curso em que lecionam;

A grande maioria dos alunos (87,00%) não discute o projeto pedagógico do

curso em que estão matriculados, embora haja discussão.

A maioria dos alunos não participa de atividades culturais por

desconhecimento ou falta de tempo.

4.2.2. Fragilidades da pós-graduação e pesquisa

Ainda faltam estímulos a alunos egressos da PUC Minas para ingressar em

cursos de pós-graduação lato sensu, o que havia sido apontado na pesquisa

anterior.

O número de bolsas concedidas, embora tenha aumentado nos últimos

anos, ainda é insuficiente para atender à demanda dos programas de pós-

graduação stricto sensu, conforme reconhecido no PDI;

Page 202: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

202

Faltam mecanismos que promovam a articulação entre os programas de pós-

graduação stricto sensu e lato sensu;

O sistema de auxílio financeiro para participação de professores e

pesquisadores em eventos de caráter científico nacional e internacional teve

baixa concessão;

O enrijecimento dos critérios para concessão de bolsas para o Programa

Permanente de Capacitação Docente, a partir do Acordo Coletivo celebrado

em 2009, ainda reflete em uma redução do número de professores bolsistas.

Embora o número de professores que se dedicam à pesquisa tenha

aumentado esse fato ainda não apresentou impacto na produção intelectual

do corpo docente da PUC Minas, pois continua claramente perceptível o

decréscimo da produção intelectual desse grupo no período entre 2009 e

2011;

Ausência de acompanhamento e monitoramento das práticas de pesquisa na

universidade;

Os alunos alegam não participar de eventos científicos e de atividades de

pesquisa devido à indisponibilidade de horário ou por desconhecimento.

4.2.3. Fragilidades da Extensão

Apenas 20,00% dos alunos realizam atividades de extensão;

Há uma quantidade relativamente pequena de horas de professores alocadas

para extensão, tendo em vista que mais da metade desses alegou que as

horas alocadas do curso para extensão são destinadas somente ao

coordenador do projeto;

Embora a Pró-reitoria de Extensão esteja envidando esforços para ampliar a

articulação da extensão com outras áreas da universidade, dentre elas a

própria pesquisa e os outros níveis do ensino, a articulação com a pesquisa e

com o ensino de pós-graduação, lato e stricto sensu, ainda continua muito

pequena;

A produção acadêmica, sistematização e divulgação dos conhecimentos

gerados pela extensão ainda é muito baixa na visão dos respondentes.

Page 203: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

203

4.2.4. Fragilidades da Comunicação e Imagem da PUC Minas

A maior justificativa para a não participação dos alunos em atividades

culturais foi o desconhecimento, ou seja, a falta de informação sobre elas;

Um quarto dos alunos e metade dos professores que não participam das

atividades da Pastoral não o fazem por desconhecimento, o que aponta uma

fraca divulgação.

4.2.5. Fragilidades da Gestão, Infraestrutura e Sustentabilidade

Financeira

A participação de representantes da comunidade acadêmica nas instâncias

de decisão colegiadas nas Unidades (CAA’s) e Faculdades e Institutos

(Conselhos Diretores) – professores eleitos e alunos, conforme previsto no

Estatuto – avançou no último ano, mas ainda não é verificada na totalidade

destes colegiados;

Os alunos foram mais críticos em relação à atuação dos colegiados do que

foram os professores;

Em que pese a boa infraestrutura da Universidade, problemas relacionados a

barulho e elevado nível de ruído foram apontados pela comunidade

acadêmica em geral;

Os espaços destinados às salas de professores foram considerados

inadequados pelos docentes;

A estabilização de demanda pela educação universitária, principalmente no

interior do estado, tem impelido a extinção de alguns cursos e a anualização

de outros, com possíveis impactos na gestão financeira da universidade.

4.2.6. Fragilidades da política de atendimento a egressos

Continua baixo o índice de egressos que ingressam em cursos de pós-

graduação oferecidos pela PUC Minas, situação recorrente entre as análises

dos anos de 2009 a 2011.

Page 204: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

204

4.2.7. Fragilidades das políticas de pessoal

Poucos funcionários (28,61%) relataram passar por avaliação de

desempenho;

Embora os funcionários que passaram por avaliação de desempenho tenham

ficado satisfeitos com os critérios utilizados, alguns ainda ressentem da

ausência de retorno das avaliações (45,00% dos que foram avaliados).

Page 205: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

205

5. BIBLIOGRAFIA

BOURDIEU, Pierre; CHAMBOREDON, Jean-Claude e PASSERON, Jean-Claude. O Ofício de Sociólogo: Metodologia da pesquisa na sociologia. 5ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº 9394/1996. Disponível em < http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf> Acesso em 02 fev. 2010. BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior. Roteiro de Autoavaliação Institucional: Orientações Gerais. Brasília, Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, 2004. DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio. Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2005. 380p. FÓRUM NACIONAL DE PRÓ-REITORES DE EXTENSÃO DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS E SESU /MEC. Plano Nacional de Extensão Universitária. Edição Atualizada. Brasil, 2000/2001. Disponível em: http://proex.epm.br/projetossociais/renex/plano_nacional.htm. Acesso em: 15 de março de 2011. HABERMAS, J. Discurso Filosófico da Modernidade. Trad. Luiz Repa. São Paulo: Martins Fontes, 2000. HABERMAS, J. Verdade e Justificação. Trad. Milton Camargo Mota. São Paulo: Loyola, 2004. LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Artmed, 1999. 340p. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Inventário dos Bens Culturais. Belo Horizonte: PUC Minas, 1997. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Plano de Desenvolvimento Institucional 2007/2011. Belo Horizonte: PUC Minas, 2007. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Pró-reitoria de Extensão. Política de Extensão Universitária. Belo Horizonte: PUC MINAS, 2006. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO. Projeto do Programa de Avaliação Institucional Disponível em <http://www.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI200503301 71802.pdf> Acesso em: 08 dez. 2009.

Page 206: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

206

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Projeto Pedagógico Institucional. Belo Horizonte: PUC Minas, 2006. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. PUC Minas em números 2010. Belo Horizonte, PUC Minas, 2010 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO. Relatório de Autoavaliação Institucional: Ensino de Graduação 2005/2007. Belo Horizonte: PUC Minas, 2008. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO. Relatório de Avaliação Institucional Interna. Belo Horizonte: PUC Minas, 2006. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO. Relatório de Autoavaliação Institucional – Ciclo 2009/2010. Belo Horizonte: PUC Minas, 2011. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Relatório de Responsabilidade Social. Belo Horizonte: PUC Minas, 2009. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Política de Extensão Universitária. 2006. Disponível em: http://www.pucminas.br/proex//hotsite/3encontro/politica.doc. Acesso em: 15 de março de 2011. Projetos Pedagógicos Curriculares dos cursos de Psicologia de Arcos, Ciência da Computação e Engenharia da Computação, Curso Superior de Tecnologia de Design de Interiores de Poços de Caldas, Curso Superior de Tecnologia em Logística da unidade do Barreiro. Relatório de Dados / Informações – Aspectos quantitativos sobre práticas, cursos e eventos extensionistas”. 2011.

Page 207: Relatório de Autoavaliação Institucional 2010/2011

ANEXOS

Público participante das atividades promovidas pelo CAE

Fonte: CPA - PUC Minas 2011

Faixa etária Público

Musculação e ginástica de academia

Adultos 3.524

Caminhada orientada todos 1.342

Escola de ginástico Crianças e jovens 20

Lutas todos 30

CBF Adultos -

Secretaria de Estado de Esportes e da Juventude

Crianças e adolescentes entre 10

a 15 anos335

Associação dos Amigos do Instituto São Rafael

Adultos (Pessoas com deficiência)

20

Associação dos Deficientes Visuais de BH

Adultos (Pessoas com deficiência)

20

Espaço Criança EsperançaCrianças e jovens até

17 anos120

Jornada de Biologia

ENCIPEF

Mostra de Dança

Eventos D.A e DCE - torneis esportivos

Adultos 300

Eventos culturais

Parceria com a DAC

Apresentação artísticas, mostras, exposições, teatros e outros

Formação de Equipes competitivas

Equipe PUC Minas de Futsal Adultos 20

Grupo PUC Minas de Ginástica Geral

Adultos 50

Grupo PUC Minas de Dança Contemporânea

Adultos 50

8131

1800

500

Total

Projeto/Ação

Academia PUC Minas

Convênios e Parcerias

Eventos Acadêmicos

Grupos de Práticas Corporais

Adultos

Todos