Aula Prática 1 e 2 - Relatório 1 - Estudo e Uso Do Microscópio
Relatório de Aula Prática 1 (1)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRASCURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
GCA119 - ANÁLISE SENSORIAL
RELATÓRIO 1Teste Triangular, DuoTrio e Teste de Comparação Pareada
AlunaLetícia Scarensi N. Silva
ProfessoraAna Carla M. Pinheiro
LAVRASMINAS GERAIS - BRASIL
2013
1. Introdução
A análise sensorial emprega vários métodos e testes que visam evocar, medir,
analisar e interpretar as reações que são desenvolvidas pelo homem frente às
características dos alimentos, que são percebidas pelos sentidos humanos.
A classificação dos métodos de avaliação sensorial dos alimentos é definida de
uma forma geral em função do seu objetivo global. Sendo que os principais métodos
são: Método Descritivo, Método Afetivo e Método Discriminativo.
Método Discriminativo
Os métodos discriminativos estabelecem diferenciação qualitativa e/ou
quantitativa entre as amostras e incluem os testes de diferença e os testes de
sensibilidade (ABNT, 1993b). São testes em que não se requer conhecer a sensação
subjetiva que produz um alimento a uma pessoa, mas apenas se deseja estabelecer
se existe diferença ou não entre duas ou mais amostras e, em alguns casos, a
magnitude ou importância dessa diferença (ANZALDÚA-MORALES, 1994).
São testes muito usados para seleção e monitoramento de equipe de
julgadores, para determinar se existe diferença devido à substituição de matéria-prima,
alterações de processo devido à embalagem ou ao tempo de armazenamento
(FERREIRA et al., 2000).
O teste triangular consiste na apresentação simultânea de três ou
mais amostras codificadas, duas iguais e uma diferente, nenhuma
identificada como padrão. Pretende-se que o provador identifique a
amostra diferente. Particularmente útil nos casos em que a alteração dos
ingredientes, do processo, da embalagem ou do tipo de armazenamento
produzem mudanças no produto que não podem ser simplesmente
caracterizadas por um ou dois atributos. Uso é limitado nos casos que os
produtos originam fadiga sensorial, adaptação ou em que para os
provadores é confuso comparar três amostras.
O teste Duo Trio inicia-se com a apresentação, ao provador, de uma amostra-
padrão. Seguem-se duas amostras, codificadas, uma das quais é idêntica ao padrão,
que terá de ser identificada pelo provador. Aplica-se em situações semelhantes às dos
testes de Comparação Pareada e Triangular. É um teste menos eficiente
estatisticamente do que o teste Triangular, mas tem a vantagem de ser simples e fácil
de aprender. Por outro lado, relativamente aos testes de Comparação Pareada tem a
vantagem de permitir a utilização duma amostra-padrão.
O teste discriminativo de Comparação Pareada tem por finalidade determinar a
diferença ou preferência entre dois produtos, com relação a um atributo ou critério pré-
definido. Este teste é uma das formas mais simples, fáceis e seguras para
determinação de diferenças e similaridades. Uma das principais vantagens é não
causar fadiga aos órgãos do sentido, porém mostra-se inviável para realização de
intercomparações.
OBJETIVO DAS AULAS
Aplicação dos três métodos discriminativos com intuito de ensinar suas formas
de realização e analisar os resultados obtidos.
2. Material e Métodos
TESTE TRIANGULAR
Utilizou-se Suco Maguary de pêssego (duas amostras com diluição 1:3),
sacarose (6,75%) e sucralose (0,01%), copos de plástico descartável (50mL), copos
de plástico descartável (100mL) e ficha de avaliação sensorial.
Procedimento:
Os provadores receberam 3 amostras de suco de pêssego codificadas, sendo
duas iguais e duas diferentes, que estavam em ordem balanceada, para que não
houvessem resultados tendenciosos. Provaram-se as amostras e identificou-se a
amostra diferente.
TESTE DUO-TRIO
Utilizou- se Iogurte Ipê de Morango e Iogurte Danone de Morango, copos de
plástico descartável (50mL), copos de plástico descartável (100mL) e ficha de
avaliação sensorial.
Procedimento:
Os provadores receberam 2 amostras de Iogurte de Morango codificadas e
uma amostra padrão, apresentadas em ordem balanceada, evitando-se assim
resultados tendenciosos. Provaram-se as amostras e identificou-se a que era igual a
padrão.
TESTE COMPARAÇÃO PAREADA
Utilizou-se chocolate ao leite de duas diferentes marcas: Arcor e Garoto, copos
de plástico descartável (50mL), copos de plástico descartável (100mL) e ficha de
avaliação sensorial.
Procedimento:
Os provadores receberam 2 amostras codificadas com 3 dígitos e solicitou-se
que eles identificassem, entre as duas amostras, aquela que apresentasse maior
intensidade de sabor de chocolate. Utilizou-se ordem balanceada de apresentação
das amostras para evitar resultados tendenciosos.
3. Resultados e Discussão
TESTE TRIANGULAR
Observou-se o número de respostas corretas e comparou-se este com o dado pela
Tabela para o teste Triangular, analisando-se o número mínimo de respostas corretas
para o número total de testes aplicados ao nível de significância desejado (5%).
Número total de julgamentos: 11
Número de acertos: 6
Valor tabelado (α = 5%): 7
Como o número de acertos foi menor que o valor tabelado, pode-se concluir
que não existe diferença significativa entre as amostras ao nível de significância de
5%. Assim, o uso de sucralose ao invés de sacarose não ocasiona diferença sensorial
perceptível ao consumidor.
Portanto, se a Maguary quiser fazer um suco de pêssego diet utilizando o
edulcorante sucralose, nas proporções analisadas (0,01%), os consumidores não
deterão diferença.
TESTE DUO-TRIO
Verificou-se o número de respostas corretas. Depois comparou-se esse número
com o dado pela Tabela para o teste Duo-Trio, verificando-se o número mínimo de
respostas corretas para o número total de testes aplicados ao nível de significância
desejado (5% ou menos).
Número total de julgamentos: 11
Número de acertos: 9
Valor tabelado (α = 5%): 9
Valor tabelado (α = 1%): 10
Com nível de significância de 5%, observa-se que as amostras diferem entre si, ou
seja, para o consumidor há diferença entre os dois iogurtes analisados. Já com um
nível de significância menos “frouxo” de 1%, observa-se que as amostras não diferem
entre si, ou seja, para o consumidor não há diferença entre os dois iogurtes
analisados.
COMPARAÇÃO PAREADA
Analisou-se o nº de respostas coincidentes para a amostra A e para a amostra
B, considerando-se o nº total de testes aplicados. Em seguida, compara-se o maior
número coincidente registrado com o valor tabelado na Tabela (2) para o teste
comparação pareada uni ou bilateral (dependendo da situação), ao nível de
significância menor ou igual a 5%.
Número total de testes: 11
Respostas coincidentes para a amostra A: 8
Respostas coincidentes para a amostra B: 3
Utilizou-se a tabela para o teste comparação pareada bilateral, pois o consumidor
não tinha informação nenhuma a respeito do produto analisado. Com 8 respostas
coincidentes, podemos considerar que não existe diferença significativa entre as
amostras, considerando-se 10 julgamentos e à um nível de 5%.
4. Conclusão
TESTE TRIANGULARConclui-se que não existe diferença significativa entre as amostras ao nível de
significância de 5%. Portanto, se a Maguary quiser fazer um suco de pêssego diet
utilizando o edulcorante sucralose, nas proporções analisadas (0,01%), os
consumidores não deterão diferença.
TESTE DUO TRIOConclui-se que, ao nível de significância de 5%, os consumidores percebem
diferença entre os dois iogurtes de morango analisados: Ipê e Danone.
COMPARAÇÃO PAREADA
Conclui-se que, ao nível de significância de 5%, o consumidor não notou
diferença entre os dois chocolates analisados: arcor e garoto.
5. Referências bibliográficas
ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12994: análise
sensorial dos alimentos
e bebidas. Rio de Janeiro, 1993b.
ANZALDÚA-MORALES, A. La evaluación sensorial de los alimentos en la teoría y la
práctica.
Zaragoza: Acribia, 1994. 198p.
FERREIRA, V. L. P.; ALMEIDA, T. C. A. de; PETTINELLI, M. L. C. de V.; SILVA, M. A.
A. P. da; CHAVES, J. B. P.; BARBOSA, E. M. de M. Análise sensorial: testes
discriminativos e afetivos. manual: série qualidade. Campinas, SBCTA, 2000. 127p.
SANCHO, J.; BOTA, E.; CASTRO, J.J. de. Introducción al análisis sensorial de los
alimentos. Barcelona: Alfaomega grupo Editos, 2002.
TEIXEIRA, Evanida; MAINERT, Elza Maria; BARBETTA, Pedro Alberto. Análise
Sensorial de Alimentos. Florianópolis: Ed. da UFSC, 1987.
Disponível em:
http://www.esac.pt/noronha/A.S/Apontamentos/sebenta_v_1_0.pdf
Acesso em 03 fev. 2013
Disponível em:
http://w3.ualg.pt/~eesteves/docs/guiatrablabanalisesensorial0708.pdf
Acesso em 03 fev. 2013