Relatório de Aprendizagem

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Escola de Engenharia RELATÓRIO DE TRABALHO DE PROJECTO 1ª FASE: PROJECTO E ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO DE UM ESTALEIRO Engenharia Civil Organização e Gestão da Construção II Turno P6 Grupo 1 Edgar Macedo N.º 44518 Fernando Bourbon N.º 42064 Nuno Vidal N.º 35241 Novembro de 2010

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Escola de Engenharia

RELATÓRIO DE TRABALHO DE PROJECTO

1ª FASE: PROJECTO E ESTUDO DE

IMPLANTAÇÃO DE UM ESTALEIRO

Engenharia Civil – Organização e Gestão da Construção II

Turno P6 – Grupo 1

Edgar Macedo N.º 44518

Fernando Bourbon N.º 42064

Nuno Vidal N.º 35241

Novembro de 2010

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Índice

1 Resumo ............................................................................................................................... 3

2 Elementos base ................................................................................................................... 3

3 Descrição ............................................................................................................................. 4

3.1 Projecto do Estaleiro .................................................................................................... 4

3.1.1 O programa preliminar ......................................................................................... 4

3.1.2 O Ante - Projecto .................................................................................................. 4

3.1.3 Projecto de Execução ........................................................................................... 5

3.2 Elementos do Estaleiro ................................................................................................. 5

3.2.1 Instalações sociais ................................................................................................ 5

3.2.2 Instalações de aprovisionamento ......................................................................... 5

3.2.3 Meios de carga e descarga e transporte interno ................................................... 5

3.2.4 Instalações de produção ....................................................................................... 6

3.2.5 Parques de abrigo................................................................................................. 6

3.2.6 Instalações de limpeza e manutenção de equipamentos ...................................... 6

3.2.7 Instalações diversas .............................................................................................. 6

4 Conclusão ............................................................................................................................ 6

5 Referências .......................................................................................................................... 6

6 Ficha de Auto-avaliação da 1ª Fase do trabalho de projecto ................................................ 7

7 Anexo A - Quadro de correlações ......................................................................................... 8

8 Anexo B - Instalações sociais ................................................................................................ 9

9 Anexo C - Instalações de aprovisionamento ....................................................................... 15

10 Anexo D - Meios de carga e descarga e transporte interno ............................................. 16

11 Anexo E - Instalações de produção ................................................................................. 17

12 Anexo F - Parques de abrigo ........................................................................................... 24

13 Anexo G - Instalações de limpeza e manutenção de equipamentos ................................ 24

14 Anexo H - Instalações diversas ....................................................................................... 25

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1 Resumo

O presente trabalho está integrado na disciplina de Organização e Gestão da Construção II do 3º ano do Mestrado de Engenharia Civil, leccionada na Universidade do Minho.

O objectivo principal é o de executar a obra no prazo previsto (18 meses), mas para tal necessitamos de dispor da melhor forma todos os elementos constituintes do estaleiro, para que este funcione da melhor forma.

Pretende-se então efectuar um projecto e estudo de implantação de um estaleiro, no qual identificaremos os diversos componentes do estaleiro e as respectivas co-relações, a sua organização e o seu dimensionamento.

O estaleiro considerado trata-se de um estaleiro local que serve a obra e nele se localizam os componentes necessários à satisfação das exigências de execução da obra.

2 Elementos base

a) Planta com a implantação da obra à escala de 1:500.

b) Lista de instalações necessárias, conforme se segue:

• Grua torre com lança de 50m • Betoneira de 750L • Silo de cimento de 50T • Parque para armazenar brita e areia com 60m2 • Ferrajaria para preparação de armaduras (29m x 7m) • Carpintaria para preparação de cofragens (12,5m x 7m) • Dormitório e instalações sanitárias destinadas a 40 operários • Refeitório com cozinha • Armazém geral com 95m2

• Escritórios da obra e da fiscalização (9,2 m x 2,4 m cada monobloco) • Instalações sanitárias espalhadas pelo estaleiro • Vedação a utilizar e localização dos portões de entrada e saída do estaleiro. • Definir as circulações gerais de veículos e máquinas no interior do estaleiro. • Redes provisórias de água, saneamento e electricidade

O estaleiro será destinado à construção de um edifício de 10 pisos (2 caves enterradas, R/C + 7 pisos em altura). As duas caves e o R/C têm uma área igual à área bruta de implantação do edifício. Os blocos de habitação A e B, correspondentes aos 7 pisos elevados, têm uma área menor.

O estaleiro da obra localiza-se no terreno do dono da obra mas também pode ocupar terrenos contíguos públicos, a rua Y pode ser desactivada durante a construção do empreendimento e na rua X encontram-se disponíveis as infra-estruturas de abastecimento de água e saneamento, de electricidade, gás e telefone.

Para a realização desta empreitada já se encontram executados os trabalhos de movimentação de terras destinados à definição da plataforma de trabalhos, sendo disponibilizado para a implantação do estaleiro todo o espaço livre na envolvente dos edifícios a construir. Não estão incluídos nesta empreitada os trabalhos de arranjos exteriores.

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3 Descrição

3.1 Projecto do Estaleiro

O projecto de estaleiro desenvolve-se segundo etapas. A fase inicial corresponde à definição sumária dos diversos elementos e a fase final corresponde ao estudo final que deve ser suficientemente pormenorizado de modo a permitir a sua concretização. Desta forma, é habitual considerar três fases:

Programa preliminar

Ante-projecto

Projecto de execução

3.1.1 O programa preliminar

Nesta fase são definidos os vários elementos do estaleiro em função dos condicionalismos específicos da obra, tais como: tipo de trabalhos, duração e a dimensão da obra, espaço disponível para a implantação do estaleiro, obstáculos naturais, existência e qualidade de acessos …

Outros aspectos a ter em linha de conta são a existência no local de mão-de-obra (qualificada e não qualificada), subempreiteiros, materiais de construção, equipamentos para alugar, assistência médica e primeiros socorros, redes de abastecimento (água, energia), redes de saneamento, redes de telecomunicações, transportes, meios de alojamento e de alimentação.

Depois de definidos os componentes do estaleiro necessários, passa-se ao dimensionamento genérico dos mesmos. O dimensionamento e as características das instalações fixas de um estaleiro de construção civil são definidos na legislação portuguesa:

Decreto 46427, de 10 de Julho de 1965 - Regulamento de instalações provisórias destinadas ao pessoal empregado nas obras;

Decreto regulamentar 33/88 de 12 de Setembro – Regulamento de sinalização de obras e obstáculos ocasionais na via pública;

Decreto-lei 273/03 de 26 de Outubro – Regulamento das condições de segurança e de saúde no trabalho em estaleiros temporários ou móveis que resulta da transposição da Directiva n.º 92/57/CEE, do Conselho, de 24 de Junho.

3.1.2 O Ante - Projecto

Na fase de ante-projecto é verificada a viabilidade de implantação dos elementos de estaleiro anteriormente indicados. É também nesta fase que se devem analisar as diversas soluções de arranjo físico do estaleiro, para tal pode fazer-se uso do designado quadro ou matriz de correlações.

No quadro de correlações presente no Anexo A, estabelecem-se os graus de importância das relações entre os vários elementos, sem ter em consideração se na realidade é possível satisfazer tais graus de importância.

No estudo da implantação dos diversos componentes de um estaleiro deve-se dar primazia aos que apresentam, na matriz de correlações, mais relações “muito importante” e “importante” de modo a atribuir-lhes prioritariamente o espaço físico do estaleiro, enquanto que aos elementos do estaleiro com correlações de nível inferior de prioridade devem ser atribuídos os restantes espaços.

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As instalações sociais (dormitórios, refeitórios) são normalmente os últimos elementos do estaleiro a ser implantados, cabendo-lhes pois o espaço físico restante. Estas instalações deverão ficar o mais afastadas possível das frentes de trabalho e do raio de acção das gruas.

3.1.3 Projecto de Execução

A última fase do projecto do estaleiro corresponde ao desenvolvimento da solução estudada na fase de ante-projecto.

O projecto deve incluir os seguintes elementos:

Memória descritiva e justificativa

Cálculos de dimensionamento

Plantas

Plantas de pormenor

Esquemas de circulação

Programa de trabalhos

3.2 Elementos do Estaleiro

Na implantação do estaleiro em estudo foram considerados os elementos que se seguem. Convém relembrar que a definição dos componentes do estaleiro é condicionada por diversos factores, pelo que são necessários estudos de implantação. Os desenhos, cálculos para o pré-dimensionamento e modelos de equipamento escolhidos, estão presentes em anexo.

3.2.1 Instalações sociais

(Ver Anexo B)

Portaria

Escritórios

Dormitório

Instalações sanitárias

Vestiário

Refeitório

Enfermaria

3.2.2 Instalações de aprovisionamento

(Ver Anexo C - Instalações de aprovisionamento)

Armazém de materiais

Área de depósito

Silo de Cimento

Ferramentaria

3.2.3 Meios de carga e descarga e transporte interno

(Ver Anexo D - Meios de carga e descarga e transporte interno)

Grua distribuidora

Auto grua

Monta-cargas

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3.2.4 Instalações de produção

(Ver Anexo E - Instalações de produção)

Central de betão

Oficina de carpintaria

Ferrajaria

3.2.5 Parques de abrigo

(Ver Anexo F - Parques de abrigo)

Parque de veículos e equipamentos móveis

3.2.6 Instalações de limpeza e manutenção de equipamentos

(Ver Anexo G - Instalações de limpeza e manutenção de equipamentos)

Oficina geral

Lava rodados

3.2.7 Instalações diversas

(Ver Anexo H - Instalações diversas)

Vedação

Portões de acesso

Caminhos de circulação

Andaimes

Equipamentos de segurança em obra

Redes provisórias: água, esgotos, electricidade e telefone.

4 Conclusão

A implantação física do estaleiro da obra consiste em definir as instalações fixas a instalar no estaleiro, atribuir-lhes áreas e implantar as áreas à escala sobre planta de implantação da obra.

Os aspectos mais importantes a reter são que o estaleiro evolui no tempo. Para cada fase é necessário estudar nova implantação. No arranjo físico do estaleiro o estudo das gruas e da movimentação dos materiais é a operação essencial e que não pode falhar. Os critérios fundamentais de análise de cada solução de estaleiro são a minimização das distâncias a percorrer em obra, a redução do número de operações de carga/descarga com cada material ou equipamento e do número de operações de montagem/desmontagem das instalações fixas de estaleiro.

5 Referências

http://www.buceltec.pt/ http://www.saltimonte.com/ http://www.eurotrofa.pt/ http://www.movex.pt/ http://www.frisomat.com/ http://www.indumix.net/

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6 Ficha de Auto-avaliação da 1ª Fase do trabalho de

projecto

Numero de

Aluno

Estatuto do Aluno (ORD /

T-E)

Nome Rubrica Contribuição de cada

elemento

(0-100%)*

Nota**

(0-20 val)

* Contribuição de cada elemento do grupo (0-100%) na realização do trabalho realizado; a soma de todas as percentagens deverá perfazer 100%.

** Justificar a auto-avaliação: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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7 Anexo A - Quadro de correlações

As tabelas de correlações são quadros adequadamente organizados onde se relacionam cada um dos elementos de um determinado conjunto com os demais.

As tabelas de correlações constituem um instrumento dos mais práticos e eficazes para auxiliar a elaboração de um projecto de implantação, permitindo a integração dos serviços anexos aos operacionais e produtivos e ainda de qualquer agrupamento de actividades ou quaisquer outros elementos importantes para a coordenação do conjunto.

Esta tabela é organizada em diagonal. Nas linhas horizontais escrevem-se os elementos do conjunto a coordenar. Os quadrados formados pela intercepção das diagonais que limitam os elementos são divididos em dois triângulos por linhas horizontais interrompidas. Nos triângulos superiores representam-se as correlações que deveriam existir entre os elementos e nos triângulos inferiores, as relações que existem.

A principal finalidade desta tabela é indicar, numa certa ordem de importância, os graus de proximidade que devem existir entre os diversos elementos.

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8 Anexo B - Instalações sociais

Os contentores utilizados são fornecidos pela empresa Movex, especialista em módulos e pré-fabricados. Os esquemas apresentados são semelhantes aos contentores a colocar no terreno e apenas servem para ilustrar e apresentar graficamente as dimensões e organização dos módulos considerados. Ligeiras modificações como posição das portas e janelas são possíveis de acontecer, pelo que a utilização de construções modulares representa uma maior vantagem a nível de versatilidade e reutilização face a construções permanentes.

Portaria

A portaria de obras destina-se a controlar todo o movimento de entrada e de saída do estaleiro (pessoas, materiais e equipamentos). Este componente do estaleiro deve ficar junto à porta de acesso do pessoal e prever um local para armazenamento de equipamentos de protecção individual a serem fornecidos a eventuais visitantes.

Na portaria poderá permanecer um segurança durante longos períodos, pelo que do ponto de vista construtivo se atenderá à concepção de uma instalação que garanta as necessárias condições de conforto: a envolvente exterior deverá ser impermeável com adequado isolamento térmico e acústico; dever-se-á garantir a ventilação natural adequada (através de janelas e ventiladores); relativamente à iluminação esta deverá ser natural (durante o dia) e artificial (eléctrica).

O Segurança para além de identificar todos os visitantes, não deverá permitir a sua entrada no estaleiro sem os equipamentos de protecção individual determinados no Plano de Segurança e

Saúde, devendo ainda consultar a Direcção da Obra para autorização do acesso aos visitantes.

O monobloco considerado e respectivas dimensões são as seguintes:

Figura 1 - Monobloco Série C-2 (2,200 x 2,400) A=5,28 m2

Figura 2 - Monobloco Série C-2.2

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Escritórios

Os escritórios de obra destinam-se aos técnicos de obra (director de obra, engenheiros residentes, encarregados, medidores, controladores, topógrafos, etc.) e aos técnicos administrativos, pelo que no seu dimensionamento se deve ter em consideração o número de técnicos e dirigentes que a obra exige.

Os escritórios tanto da fiscalização como da direcção da obra ficaram junto da entrada do estaleiro, para que os seus elementos e principalmente outras pessoas, como o dono da obra ou outros elementos, não tenham que circular por dentro da obra até puderem contactar alguém responsável, evitando assim possíveis acidentes. Recomenda-se que o gabinete destinado à permanência do Director da Obra permita uma visão geral sobre o estaleiro.

Para se estabelecer a área necessária para o escritório de obra recorremos as seguintes expressões:

Área (m²)

Área mínima (m²)

n – nº dos trabalhadores no estaleiro

A área total considerada foi 60 m2, contudo, devido ao facto de as dimensões dos contentores escolhidos a área total de escritório no terreno será de 3*22,08 m², ou seja, praticamente 66 m².

Os monoblocos seleccionados são os seguintes. A sua colocação em obra é feita de modo a que os modelos C9.5 e C9.3 fiquem juntos e com passagem interior entre eles e sejam utilizados pela direcção de obra. O monobloco C9.4 é colocado imediatamente ao lado e destina-se à fiscalização.

Figura 3 - Monobloco Série C-9 (9,200 x 2,400) A=22,08 m2

Figura 4 - Monobloco Série C-9.5

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Figura 5 - Monobloco Série C-9.3

Figura 6 - Monobloco Série C-9.4

Dormitório

A zona destinada aos dormitórios foi dimensionada tendo em conta a regulamentação em vigor que determina um volume mínimo de 5.5m3 por ocupante e um pé-direito mínimo de 3m, mas também foi escolhida um localização afastada do núcleo da obra de modo a evitar barulho e poeira que perturbasse o bem-estar e descanso dos utilizadores.

Estas instalações destinam-se aos operários de longe com a finalidade de estes pernoitarem. Serão 40 operários a utilizar estas instalações. As instalações sanitárias estão asseguradas por um contentor sanitário junto ao aglomerado dos dormitório para fácil acesso. O vestiário, apesar de estar presente no contentor anteriormente referido, foi assumido que seriam utilizados os próprios dormitórios para o efeito, no caso dos operários que pernoitam.

Utilizam-se beliches para duas pessoas. A utilização destes implica um afastamento mínimo entre as camas de 1.5m o que obriga a um dormitório maior que a área mínima: 12,5 m2 (5,2 m x 2,4m). Isto é aceitável, ate para garantir o bem-estar e espaço para arrumações por exemplo de sacos e propriedade pessoal de cada operário.

A cobertura e as paredes exteriores deverão ser impermeáveis possuindo isolamento térmico e acústico. Os pavimentos deverão também ser executados de acordo com as boas regras de arte de forma a não permitir infiltrações e serem constituídos por materiais facilmente laváveis. Deverá também ser assegurada a ventilação adequada por janelas e ventiladores nos casos justificados. A área constituída pelos dormitórios e pelo contentor sanitário deve ser fechada e coberta de modo a proteger da chuva e vento.

Os contentores utilizados serão semelhantes aos de seguida apresentados, apenas varia a localização de elementos como portas e janelas. A sua colocação é feita em dois grupos de 5 contentores lado e com vedação e cobertura sob os dois grupos e o contentor sanitário contíguo.

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Figura 7 - Monobloco Série C-5 (5,200 x 2,400) A=12,48 m2

Figura 8 - Monobloco Série C-5.1

Instalações sanitárias

As instalações sanitárias localizam-se na proximidade dos dormitórios e um dos contentores é contíguo a estes. Este tipo de instalações deve ser concebido em materiais que garantam as necessárias condições de higiene e que sejam facilmente laváveis. A iluminação deverá ser natural e artificial (eléctrica). As loiças das retretes deverão dispor de sifão e os chuveiros deverão ter uma base com adequado sistema de drenagem. No quadro 5, indicam-se os requisitos previstos no Regulamento de Instalações Provisórias Destinadas ao pessoal empregue

nas Obras:

Pé direito mínimo 2.6 m

Lavatórios 1 unid./5 trabalhadores

Chuveiros 1 unid./20 trabalhadores

Retretes 1 unid./15 trabalhadores

Urinóis 1 unid./25 trabalhadores

Altura mínima das divisórias entre

chuveiros e retretes 1.7 m

Tabela 1 - Requisitos mínimos para o dimensionamento de instalações sanitárias

De modo a satisfazer estes requisitos foram considerados dois contentores sanitários (Figura 10) equipados com 5 chuveiros, 6 lavatórios, 3 retretes e 3 urinóis e instalação eléctrica em cada um deles e diversos módulos sanitários (Figura 12) espalhados pela obra, em locais estratégicos, de modo a reduzir tempos de percurso.

Figura 9 - Monobloco Série C-12 (12,200 x 2,400) A=29,28 m2

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Figura 10 - Monobloco Série C-12.7

Figura 11 - Monobloco Série C-0 (1,100 x 1,100) A=1,21 m2

Figura 12 - Monobloco Série C-0.3

Vestiário

Os vestiários destinam-se aos colaboradores que necessitem de mudar de roupa e devem estar dotados de cacifos caso seja possível e a iluminação deve ser natural e eléctrica. Devem ter um pé-direito mínimo de 2.60m e área mínima de 0.60 m2 por trabalhador, o que no nosso caso daria uma área total de 60 m2. Contudo para o pessoal residente em obra foi assumido que o seu vestiário estaria garantido no dormitório. Pelo que, para o restante pessoal, foi assegurada uma área mínima de 36m2 nos contentores sanitários.

Refeitório

As instalações do refeitório devem ter as seguintes disposições construtivas: envolvente exterior impermeável, os pavimentos devem ser de materiais facilmente laváveis e deve assegurar-se a iluminação natural (através de janelas) e artificial (através de ventiladores). No quadro 6 indicam-se os requisitos mínimos regulamentares:

Pé direito mínimo 2.5 m

Lavatórios 1 unid./10 trabalhadores

Área mínima de janelas 10% da área do pavimento Tabela 2 - Requisitos mínimos para o dimensionamento de refeitórios

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Segundo os requisitos mínimos a área mínima é 0,8 a 0,9 m2 por trabalhador, calculado para uma capacidade 70% a 80% do número de trabalhadores, ou seja, uma área mínima de cerca de 60 m2. No nosso caso e uma vez que a obra vai ter uma duração superior a 6 meses e com mais de 50 homens presentes, o refeitório vai possuir cozinha, a área considerada para o refeitório foi no total de 88 m2 (8m x 11m).

Tal como para os dormitórios, a sua localização foi escolhida de modo a que esteja o mais distante possível do núcleo central da obra, por motivos de segurança, bem-estar e higiene.

O refeitório a ser implantado devera ser um pré-fabricado que garanta os requisitos mínimos já expostos e com uma estrutura semelhante ao apresentado pela empresa Movex (Figura 13).

Figura 13 - Exemplo de um refeitório da Movex

Enfermaria

Área destinada à prestação de primeiros socorros em caso de acidente e necessária em obras com mais de 50 homens como é o caso. A sua localização foi escolhida com base na proximidade dos acessos e maior rapidez na prestação de cuidados. Foi escolhido o seguinte monobloco, com casa de banho.

Figura 14 - Monobloco Série C-5 (5,200 x 2,400) A=12,48 m2

Figura 15 - Monobloco Série C-5.4

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9 Anexo C - Instalações de aprovisionamento

As áreas destinadas ao parque e armazém de materiais são dimensionadas de acordo com a natureza e as quantidades de materiais ou equipamentos a guardar, devendo prever-se zonas fechadas e cobertas para produtos sensíveis aos agentes atmosféricos.

Armazém de materiais

Os armazéns de obra destinam-se a guardar diversos materiais que não podem ou não devem permanecer ao ar livre por razões de segurança. Do ponto de vista construtivo, as instalações destinadas a armazéns devem ser concebidas de forma a garantirem as necessárias condições de segurança contra intrusões. A cobertura e as paredes exteriores devem ser impermeáveis e os pavimentos deverão se adequados ao tipo de material que se pretende armazenar. Deverá também ser assegurada a iluminação natural e a ventilação natural por meio por janelas e ventiladores nos casos justificados.

De modo a assegurar estas características o armazém geral é fornecido pela empresa Frisomat, e o modelo seleccionado é o modelo “Upsilon” com as dimensões 10m x 10m x 3,7m, perfazendo uma área total de 100 m2. O modelo utilizado foi escolhido tendo em conta a sua capacidade de armazenamento e rentabilização do espaço. Visto ser um modelo versátil e de fácil reutilização também são vantagens interessantes.

Figura 16 - Especificações técnicas do armazém modelo Upsilon

Área de depósito de agregados

Para evitar a mistura dos diferentes tipos e granulometrias, recorresse a baias de madeira (Figura 17), devendo realizar-se um declive no terreno, de modo que a água retida escorra no sentido

inverso ao da remoção dos inertes; deve também colocar-se uma camada de brita com

aproximadamente 10 cm de altura, para possibilitar a drenagem do excesso de água. Recomenda-

se que a altura máxima das pilhas seja de 1,50m (para evitar grandes retenções de humidade).

Figura 17 - Baias de madeira para separar os agregados

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Silo de Cimento

O cimento será fornecido a granel e armazenado num silo colocado junto à central de betão. O silo, fornecido pela empresa Indumix, apresenta as seguintes características:

Figura 18 - Características do silo de cimento

Ferramentaria

A área destinada ao armazenamento de ferramentas e pequenos equipamentos. Para redução de custos a ferramentaria encontra-se instalada no armazém geral, deste modo é possível reduzir custos da instalação e do responsável pela mesma (ferramenteiro).

10 Anexo D - Meios de carga e descarga e transporte interno

Grua distribuidora

A grua é um equipamento fixo de utilização generalizada essencialmente em estaleiros de construção de edifícios. No estudo de implantação deste equipamento é essencial prever espaço livre de modo a que seja possível proceder à sua montagem e desmontagem:

· A rotação total da grua, sendo pois necessário comparar a altura desta com a altura de obstáculos (edifícios, postes de alta tensão ou outras construções) existentes nas imediações do estaleiro;

· A cobertura, pelo campo de acção da grua, da totalidade das construções bem como dos equipamentos (boca da betoneira) e das instalações que necessitem de apoio deste equipamento para a movimentação das cargas daí oriundas (oficinas de cofragens e de armaduras) para a zona de construção;

· A montagem e desmontagem da grua: a desmontagem é realizada, depois de realizadas as construções, pelo que será necessário prever, aquando da sua implantação, o espaço necessário para a descer e a desmontar;

A escolha da grua é feita com base nas dimensões do edifício, ou seja, do ponto de maior cota (24m) e ponto mais distante (47m) que a grua serve. Foi tido em conta a altura do balde mais as correntes (3m) e respectiva distância de segurança (3m). Os cálculos efectuados foram os seguintes:

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A grua escolhida para o nosso estaleiro foi uma Potain City Topless MDT 128 e possui as seguintes características:

Comprimento de lança = 50m Número de módulos acoplagem = 3 Altura efectiva da grua (útil) = 33,7m Altura total da grua = 36m Capacidade de carga na ponta = 2,2t

A sua localização foi escolhida de modo a garantir uma distancia de segurança de 3 metros de qualquer obstáculo no seu redor, e de modo a que o seu raio de acção cubra pelo menos 90% da área de construção, evitando as instalações sociais por motivos de segurança.

Auto grua

Elemento necessário na fase inicial da montagem de estaleiro para se proceder à montagem da grua distribuidora.

Monta-cargas

Os monta-cargas são utilizados para o transporte vertical de tijolos, telhas, betão, argamassas, etc. Estes equipamentos funcionam através de um guincho que permite elevar plataformas ou baldes especiais onde se transportam os materiais. As plataformas estão associadas a guias laterais ou centrais que se fixam nos andaimes ou na estrutura da construção.

Os monta-cargas podem ser acoplados a betoneiras (podendo os baldes bascular para despejar o conteúdo automaticamente) ou montado sobre chassis.

11 Anexo E - Instalações de produção

Central de betão

O espaço físico a disponibilizar para o fabrico de betões e argamassas depende das características da obra a construir e do estaleiro. Os equipamentos de betonagem devem ser seleccionados em função da quantidade de betão necessária, pelo que antes de se seleccionar o equipamento forma efectuados os seguintes cálculos para o seu correcto dimensionamento.

Ciclo da grua

Para o cálculo do ciclo da grua foram considerados 3 pontos favoráveis e 3 pontos desfavoráveis efectuando-se os cálculos para cada um e depois calculada a media entre todos eles.

Figura 19 - Representação dos pontos escolhidos em planta

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Os dados considerados para os cálculos e os resultados obtidos foram os seguintes:

Os valores das velocidades da grua considerados foram valores médios.

Dados

H segurança 3 m

H edificio 24 m

d grua-balde 4,79 m

Velocidade Dos Motores

Elevação 48 m/min

Rotação 0,4 rot/min

Distribuição 39,5 m/min

Pontos Favoráveis

α d ∆h

1 17⁰ 14,46 m 0 m

2 55⁰ 8,02 m 0 m

3 151⁰ 7,57 m 0 m

Pontos Desfavoráveis

α d ∆h

4 66⁰ 47,43 m 24 m

5 80⁰ 45,65 m 24 m

6 127⁰ 34,70 m 24 m

Ciclo da Grua

Pontos

Fases

Total Total

Combinado

1. Encher o Balde

2. Elevação

3. Rotação

4. Distribuição

5. Descida ao ponto de

aplicação

6. Despejar o Balde

Tempo (min)

1 0,50 0,06 0,12 0,24 0,06 0,50 1,98 1,74

2 0,50 0,06 0,38 0,08 0,06 0,50 2,18 2,01

3 0,50 0,06 1,05 0,07 0,06 0,50 3,49 3,35

4 0,50 0,56 0,46 1,08 0,06 0,50 5,33 4,41

5 0,50 0,56 0,56 1,03 0,06 0,50 5,43 4,32

6 0,50 0,56 0,88 0,76 0,06 0,50 5,53 4,01

Média 3,99 3,31

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A título de exemplo é apresentado o cálculo efectuado para o ponto 4.

Ponto 4:

1- Encher o balde

T = 0,5 min

2- Elevação

H elevação = h edifício + h segurança H elevação = 24 + 3 = 27 m Velocidade do motor de elevação com 2 cabos = 48m/min

T =

= 0,56 min

3- Rotação

Ângulo = 66⁰ → 0,183 rot Velocidade do motor de rotação = 0,4 rot/min

T =

= 0,46 min

4- Distribuição

Distância da grua ao ponto 4 = 47,43 m Distância da grua à central de betão = 4,79 m Distância de distribuição = 47,43 – 4,79 = 42,64 m Velocidade do motor de distribuição = 39,5 m/min

T =

= 1,08 min

5- Descida ao ponto de aplicação

H descida = h segurança = 3 Velocidade do motor de elevação com 2 cabos = 48m/min

T =

= 0,06 min

6- Despejar o balde

T = 0,5 min (despejo de balde mais manobras)

Ciclo total

Ciclo total da grua no ponto 4 = 0,5+2*(0,56+0,46+1,08+0,06)+0,5 = 5,33 min

Ciclo combinado

Ciclo total da grua no ponto 4 = 0,5+2*(0,56+Max(0,46;1,08)+0,06)+0,5 = 4,41 min

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Uma vez calculado o ciclo da grua interessa saber qual a central a escolher, ou seja, a capacidade de produção da central de betão. Para isso precisamos de ter em conta a capacidade do balde.

O balde seleccionado é fornecido pela empresa Eurotrofa e a capacidade escolhida foi de 750L, uma vez que foi assumido que a massa volúmica do betão seria 2800 Kg/m3, o que perfaz um peso total de 2100 Kg, valor aceitável uma vez que a carga máxima da grua na ponta é de 2,2T.

Figura 20 - Balde para transporte de betão

Deste modo conseguimos obter o ciclo de produção da grua através de uma relação entre o tempo médio de transporte já calculado anteriormente e a capacidade de transporte da grua (capacidade do balde).

A grua consegue transportar 0,75 m3 a cada 3,31 min, ou seja, a grua transporta 0,226 m3/min. Para seleccionar a central convêm contudo converter as medidas para valores mais fáceis de avaliar, sendo que a grua possui então uma capacidade de 13,6 m3/h.

Perante estes valores optamos por uma central de betão Inter Com modelo B15/6-1200, fornecida pela empresa Saltimonte, com uma produção de 10-16 m3/h.

Uma vez que a grua apresenta ciclos com 3,31 min de duração e a central possui ciclos mais curtos com a duração de 2,81 min, isto implica que a central de betão espere pela grua 0,49 min entre cada ciclo.

Isto não é um problema pois a velocidade da central de betão pode ser ajustada e deste modo então reduzida a sua velocidade para valores próximos dos 14 m3/h, ficando assim os ciclos de ambos os equipamentos sincronizados.

Figura 21 - Especificações técnicas da central de betão

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Figura 22 - Central de betão Inter Com modelo B15/6-1200 com silo de cimento

Por motivos de gestão de recursos e calendarização de tarefas convêm efectuar s cálculos do tempo de betonagem.

Para o cálculo do volume de betonagem das lages das caves e R/C, foram consideradas a medidas obtidas a partir da memória descritiva e planta fornecidas.

Contudo, para o calculo do volume de betão das lages aligeiradas foi necessário consultar o documento de homologação de novos materiais e processos de construção do LNEC. No qual se encontra estipuladas as quantidades de betão por m2 em lages aligeiradas como apresentado no quadro seguinte.

Figura 23 - Quantidade de betão numa lage aligeirada de 250 mm

Figura 24 - Corte esquemático de uma lage aligeirada

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Volume de Betonagem

Caves e R/C

Lages Espessura Area Volume

Maciças 0,3 m 1092,44 m2 327,73 m3

Edificio A

Lages Espessura Area Volume

Aligeiradas 0,25 m 301,85 m2 23,33 m3

Homologação -> 77,30 L/m2

Edificio B

Lages Espessura Area Volume

Aligeiradas 0,25 m 428,50 m2 33,12 m3

Homologação -> 77,30 L/m2 Figura 25 - Volumes de betonagem

Tempos de betonagem

Nº de Ciclos

Tempo de Betonagem Volume

Betão/hora Duração do

Ciclo

Caves 436,97 1445,11 min 24,09

h 3,01 dias

13,61 m3/h 3,31 min Edif. A 31,11 102,88 min 1,71 h 0,21 dias

Edif. B 44,16 146,05 min 2,43 h 0,30 dias Figura 26 - Tempos de betonagem

Oficina de carpintaria

A carpintaria para preparação de cofragens é constituída pelas seguintes áreas:

• Depósito de madeiras para cofragens; • Depósito de painéis de cofragem pré-fabricados; • Área para a execução e reparação de cofragens; • Depósito de cofragens fabricadas; • Depósito para cofragens usadas

Os painéis de cofragem pré-fabricados ou executados no estaleiro são transportados para o local de aplicação por meio de grua, sendo por isso recomendável a localização do estaleiro de preparação de cofragens no raio de acção da grua. Para o dimensionamento da área de depósito de madeira de cofragens deve ter-se em conta as dimensões mais correntes da madeira, a qual poderá ser empilhada até uma altura que não deverá ultrapassar os dois metros. As pilhas deverão ser constituídas para cada tipo de madeira e em função das respectivas dimensões.

A carpintaria terá a dimensão de 87,5 m2 (12,5m x 7m).

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Figura 27 - Representação esquemática da carpintaria

Ferrajaria

A ferrajaria para preparação de armaduras vai ser agrupada em seis áreas:

• Depósito de varões de aço; • Área de corte dos varões de aço; • Depósito de desperdícios; • Área de dobragem dos varões de aço • Depósito de varões de aços dobrados • Área de pré-fabrico das armaduras.

A montagem dos estaleiros de ferro obedecerá, genericamente, às normas tradicionais para a montagem deste tipo de instalação. Assim serão colocadas baias separadoras do ferro por diâmetros e no topo desta instalação será colocada a tesoura mecânica com caminho de rolamento perpendicular à arrumação dos varões. Para o corte e dobragem do ferro será utilizada a máquina apresentada na Figura 29.

A movimentação da carga será feita pela grua distribuidora.

A ferrajaria terá a dimensão de 203 m2 (29m x 7m).

Figura 28 - Representação esquemática da ferrajaria

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Figura 29 - Detalhes da máquina de corte e dobragem de ferro

12 Anexo F - Parques de abrigo

Parque de veículos e equipamentos móveis

Os equipamentos móveis são aqueles que transportam cargas, movimentando-se de um local para o outro, tais como camiões, dumpers, retroescavadoras, etc. É pois necessário prever uma área de estacionamento adequada às suas dimensões, já que, apesar de circularem dentro (e fora) no estaleiro, durante o dia de trabalho, no final deste devem estacionar (no estaleiro).

Para tal foram dimensionados espaços para o efeito, foi assumido que determinados veículos, como camiões ou retroescavadoras ficariam estacionadas ou na oficina geral ou junto a esta, uma vez que é uma zona livre e onde se podem manobrar os equipamentos mais facilmente pelo seu espaço amplo e sem obstáculos “sensíveis”.

Para o parqueamento das viaturas pertencentes aos diversos intervenientes na obra (como por exemplo, a equipa de projectistas e a fiscalização) foi dimensionado um parque de estacionamento com melhores condições e junto aos escritórios, afastado das zonas de maior movimentação e da linha da grua, de modo a garantir um maior conforto e segurança.

13 Anexo G - Instalações de limpeza e manutenção de

equipamentos

Oficina geral

Essencial para garantir o bom funcionamento do equipamento e maquinaria em obra, a oficina geral engloba oficina eléctrica, mecânica e local de lavagem e lubrificação.

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O armazém é construído em linha com o armazém geral e segue o mesmo esquema de montagem, o modelo é o mesmo (modelo “Upsilon”), mas as suas dimensões são superiores, sendo estas 10m x 15m x 3,7m. Isto deve-se ao facto de se pretender que no final do dia de trabalho esta sirva de parqueamento para equipamentos e veículos de construção. Ao contrário do armazém geral, este é aberto, de modo a facilitar as manobras e acesso.

Lava rodados

Para evitar o transporte de substâncias, lixo ou detritos para a via publica por parte dos equipamentos móveis ou veículos, é comum instalar um sistema de limpeza de rodados junto às saídas do estaleiro. A limpeza pode ser feita manualmente ou de modo automático. Por uma questão de economia de tempo e espaço optou-se por um sistema automático fornecido pela empresa Buceltec. O modelo escolhido foi o BT 2400 TCR que possui as seguintes características:

Figura 30 - Detalhes do lava rodados modelo BT 2400 TCR

14 Anexo H - Instalações diversas

Vedação

A vedação do estaleiro é o elemento que tem dupla função: por um lado delimitar a zona onde se desenvolvem os trabalhos e por outro constituir uma barreira relativamente ao espaço exterior ao estaleiro, impedindo, desta forma que pessoas estranhas (à obra) se aproximem do local dos trabalhos.

A vedação utilizada é pré-fabricada em chapa metálica galvanizada nervurada (Figura 31).

Figura 31 - Vedação de estaleiro em chapa metálica ondulada

Caminhos de circulação

A eficiência de um estaleiro depende da organização das vias de circulação internas. Desta forma há que ter em conta os condicionalismos do estaleiro (espaço físico, a topografia do terreno, a organização das diversas instalações de apoio,...) e as necessidades da obra

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(circulação e acesso de camiões às diversas instalações do estaleiro nomeadamente área de fabrico de argamassas e betões, cofragens, armaduras).

As vias de circulação consideradas tiveram em conta um limite de segurança e pontos-chave aos quais é necessário o acesso por parte de veículos ou equipamentos como por exemplo o acesso de camiões ao depósito de agregados.

Andaimes

Os andaimes seleccionados são fornecidos pela empresa Eurotrofa. O modelo seleccionado é o seguinte.

Figura 32 - Características do andaime modelo E

Portões de acesso

Foi considerado um portão com 5 metros, de modo a possibilitar possíveis manobras de entrada para veículos de grandes dimensões.

Equipamentos de segurança em obra

Na portaria devem estar disponíveis equipamentos de protecção individual a serem fornecidos a eventuais visitantes. Na entrada e pela obra devem estar devidamente sinalizados os caminhos de circulação e equipamentos de segurança necessários para a entrada em obra.

Figura 33 - Exemplo de sinalização em estaleiro

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Redes provisórias:

Água

Num estaleiro de construção é necessário dispor de água para o fabrico de betões e de argamassas, para humedecer superfícies (de betão ou superfícies para receber acabamentos), para limpezas e para as instalações sociais (sanitários, dormitórios, refeitórios,...). O abastecimento de água é assegurado através de uma ligação à rede pública a partir da rua x. A distribuição da água é realizada através de uma rede provisória.

Esgotos

Num estaleiro é também necessário dimensionar uma rede para a drenagem de águas residuais que desejavelmente deverá ser ligada a uma rede pública. No estudo a efectuar para o dimensionamento destas deverá ter-se em consideração o número de trabalhadores, o tipo da obra, a sua duração e a localização.

Electricidade

Para garantir a iluminação das diversas instalações do estaleiro e para o funcionamento dos vários equipamentos é necessário dispor de energia eléctrica. A existência de energia eléctrica pode ser conseguida através de uma ligação à rede pública a partir da rua x ou através de geradores. Contudo a rede pública é preferível, já que se reduzem consideravelmente os custos de instalação.

Telefone.

Para garantir a capacidade de comunicações, sejam elas via telefónica ou de internet é necessário uma ligação telefónica, para o efeito é feita uma ligação a partir da rua x.