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1 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2014 Lisboa, 14 de Abril 2015

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RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2014

Lisboa, 14 de Abril 2015

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RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

2014

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Mensagem do Conselho de Administração

No contexto do presente Relatório de Atividades, conjugado com a divulgação do Relatório e Contas de 2014, conclui-se mais um ano do nosso ciclo de vida fundacional.

Neste mundo global em constante mutação, no espectro do nosso microcosmos, assistimos e interagimos, fundamentalmente, em situações de geoestratégia organizacional.

O momento mais marcante situou-se, no plano da aprovação, pela Presidência do Conselho de Ministros, da alteração dos nossos Estatutos que conduziu à implementação, por força do enquadramento na nova Lei-Quadro das Fundações, de novos Órgãos de Gestão: Um Conselho de Administração e um Conselho Executivo.

Tal fato levou, não só a um redimensionamento dos órgãos gestionários, como também á assumção de novas responsabilidades e obrigações legais dai decorrentes e para o qual estas organizações não estavam preparadas.

No entanto, ontem como hoje, os princípios de Missão Solidária da nossa instituição, mantiveram o rumo traçado desde há duas décadas, na prossecução dos fins a que sempre todos nos propusemos em prol da cidadania social.

Mais um ano com as contas consolidadas, assumimos com responsabilidade uma maior entrega e porque não, com algum risco, o aprofundamento das Respostas, com especial enfoque para a área das crianças e jovens em perigo.

Aceitámos, por solicitação da Segurança Social, a abertura de um novo Lar de Infância e Juventude Especializado, que substância uma intervenção muito exigente, em termos técnicos e funcionais que põe mesmo à prova as nossas capacidades e demais competências no plano das responsabilidades assumidas com o desafio a esta problemática nacional.

Também, e desta feita na área do acolhimento temporário a mulheres vítimas de violência doméstica, a FASL, investiu num novo equipamento físico, na zona da cidade de Faro, que veio propiciar novas e melhores condições a essa resposta social, através da requalificação de áreas e espaços mais acolhedores e funcionais, quer nas soluções do bem-estar, quer nas do desenvolvimento de novas dinâmicas e práticas interventivas.

Ao nível da Gestão, procedeu-se à implementação de um novo Departamento de apoio técnico de Auditoria, que está a produzir já excelentes resultados na eficácia e racionalidade das análises que tem vindo a dotar a Administração de melhores “ferramentas” no apoio ao processo decisório e conhecimento mais fundamentado das opções assumidas.

Na rede solidária do Programa de Emergência Social, aumentamos a capacidade de resposta das nossas Cantinas Sociais de Sintra, Albufeira e Lisboa, mantendo-nos na filosofia solidária da assumção e custos sem exigir qualquer contrapartida pecuniária por parte dos seus utentes.

Na área do Apoio à Família, temos em curso um Projeto ambicioso que se centra na requalificação do espaço físico da nossa Colónia de Férias de Albufeira e que se vai focalizar na sua readaptação a uma moderna ERPI. vulgo lar de Idosos, alargando a nossa resposta à crescente procura de residências de qualidade para este núcleo de utentes que se encontram na fase mais vulnerável das suas vidas.

É também com muita satisfação e algum orgulho que nos devemos referir à medalha de Mérito, Grau Ouro, com que fomos distinguidos pela Câmara Municipal de Albufeira, em Agosto do ano de 2014, e que contempla “(… atos individuais ou coletivos que tenham contribuído para o engrandecimento do nome do Município.)”.

A nossa Escola Profissional – IDS, viu consolidada no “mercado” concorrencional, a sua procura como Centro de formação de excelência e que garante elevados padrões de formação técnica e humanista, resultado das múltiplas parcerias nacionais e até

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A nossa Escola Profissional – IDS, viu consolidada no “mercado” concorrencional, a sua procura como Centro de formação de excelência e que garante elevados padrões de formação técnica e humanista, resultado das múltiplas parcerias nacionais e até internacionais, implementadas pela dinâmica da nova Direção Executiva, que nos apraz realçar.

Este espirito pró-ativo é solidário é solidário e transversal a toda a equipa dirigente da FASL, e ficou demonstrado no último Encontro Anual de Dirigentes, que sublima a coesão interpessoal e interdepartamental de uma organização que se encontra descentralizada por diferentes áreas geográficas, mas que atua como um “todo” no plano da eficácia de acção nacional.

Novo ano, novos desafios, novas preocupações, porém a Fundação António Silva Leal, dá a cara à luta, e vai em frente, na prossecução dos seus ideais.

Regemo-nos por um Código de Conduta que engrandece a nobreza da nossa alma.

No mar encarpado e turbulento destes tempos, temos uma certeza, não morremos na praia, pois os objetivos enunciados e o Projeto de Vida da FASL, são o garante de que melhores e novos dias virão, e com eles “step by step” dizemos Presente! a quem de nós mais precisa.

Mais de duas décadas depois a Fundação pode orgulhar-se da Obra e do Legado que, com honra, assumimos e a que devemos dar continuidade.

Bem hajam.

O Conselho de Administração

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………………………. 7

ALBUFEIRA……………………………………… .…………………………………………………… 7

CENTRO INFANTIL “O BÚZIO”………………………………………………………..………… 7

COLÓNIA DE FÉRIAS “O BÚZIO”………………………………………………..……………… 8

REFEITÓRIO SOCIAL “O BÚZIO”………………………………………………….……………….10

ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL………………………………………………………………… 11

CRECHE “OS AMENDOINHAS”……………………………………..………………………………11

LAR “NOSSA SENHORA DA VISITAÇÃO”…………………………………………….……….. 14

UNIDADE DE LONGA DURAÇÃO E MANUTENÇÃO DE ALBUFEIRA……………… . .….. 20

CANTINA SOCIAL “ALBUFEIRA”…………………………………………………..…………… . . . 22

FARO………………………………………………………………….……………………………… . 23

CENTRO INFANTIL “ESTRELA-DO-MAR”………………………………………………….…. 23

CASA ABRIGO “SOL NASCENTE”…………………………………………………..……………. 24

CENTRO COMUNITÁRIO DA “HORTA DA AREIA”…………………… . .…………………… 27

CRECHE “MALTA PEQUENA”…………………………………………………………..…………. 30

SERVIÇOS DE FORMAÇÃO………………………………………………………………………… 31

SINTRA………………………………… . .……………………………………………………….……. 37

LAR “QUINTA DO OITÃO”………………………………………………………….……..…………37

CANTINA SOCIAL “SINTRA ”…………………………………… . .…………………………..…… 38

LISBOA……………… . .……………………………………………………………………………….. 39

ESCOLA PROFISSIONAL IDS……………………………………………………………………… 39

CASA DE ACOLHIMENTO DE EMERGÊNCIA “CASA DA LUZ”……………………….….. 42

LAR DE INFANCIA E JUVENTUDE “LAR ADOLFO COELHO ”…………………….……….. 43

CANTINA SOCIAL “QUINTA DA LUZ”……………………………………………….…………… 46

APARTAMENTO DE AUTONOMIZAÇÃO “PASSOS EM VOLTA”…………………………… 46

CENTRO DE ALOJAMENTO E EMERGÊNCIA SOCIAL “PONTO DE LUZ”…...…………. 49

LAR ESPECIALIZADO “ENTRE MUNDOS”….……………………………………….………… . 51

PROJETOS PAQIEF…………………………………………………………………….…………. 53

CRECHE “ALGODÃO DOCE”…………………………………………………………………….. 54

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LEIRIA……………………………………………………….………………………………..………. 56

LAR DE INFÂNCIA E JUVENTUDE – “COLÉGIO D. DINIS”……………………….………. 56

OUTROS INDICADORES DE GESTÃO……………………………………………….………… 58

NÚMERO DE UTENTES NAS RESPOSTAS SOCIAIS……………………………….……… 58

RECURSOS HUMANOS…………………………………………………..………………………… 60

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INTRODUÇÃO

O presente relatório tem por objetivo efetuar uma caracterização das principais atividades desenvolvidas

durante o ano de 2014.

Ao longo do presente relatório, serão identificadas diferentes formas de caracterização, resultante do

âmbito nacional da ação e das características específicas que cada tipologia de resposta social

apresenta.

O relatório de atividades encontra-se estruturado pelas cinco cidades onde a Fundação tem a sua

intervenção, sendo no seu final feita uma abordagem sobre os utentes abrangidos pelas atividades

desenvolvidas, bem como, uma caracterização dos seus recursos humanos.

ALBUFEIRA

CENTRO INFANTIL “O BÚZIO”

O Centro Infantil tem como objetivo principal dar uma resposta de qualidade no âmbito socioeducativo,

proporcionando às crianças condições adequadas a um crescimento saudável e oferecendo aos pais a

tranquilidade de saberem que os filhos estão num ambiente seguro, controlado, estimulante e promotor

de um desenvolvimento harmonioso. Tendo sempre em conta o processo evolutivo das crianças, prima-

se pelo atendimento personalizado e de estreita colaboração com as famílias, numa partilha de cuidados

e responsabilidades.

Em estreita colaboração com os outros equipamentos da área da Infância da Fundação, o Centro Infantil

dispõe de um sólido projeto pedagógico e de uma equipa de profissionais qualificados, experientes,

motivados e empenhados em proporcionar todo o tipo de situações pedagógicas, fomentando o

questionamento crítico da criança, a exploração e resolução cooperada de problemas promovendo desta

forma a autonomia, a iniciativa e a responsabilização.

A resposta social de Creche é composta por:

1 Sala de aquisição da marcha – 2 anos com capacidade para 10 crianças;

1 Sala de 2-3 anos com capacidade para 15 crianças.

A resposta social de Pré-escolar é composta por:

4 Salas heterogéneas com capacidade para 90 crianças.

Enquadramento

2014 foi um ano de avaliação, de confirmação e de registo das opiniões dos Encarregados de Educação

acerca deste Equipamento Social. Neste sentido, em Junho de 2014 foi elaborado um estudo de

“Avaliação do Grau de Satisfação de Utentes” o qual confirmou que o grau de satisfação se situava muito

acima da média (4,71 numa escala de 1 a 5 valores) tendo mesmo superado em 4 décimas a ultima

avaliação de Abril de 2008 demonstrando o esforço e empenho na execução da estratégia definida pela

equipa tendo sempre como objetivo, a qualificação dos serviços prestados aos seus utentes. Só desta

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forma se consegue competir num concelho como o de Albufeira, onde o atual contexto do setor da

educação Pré-escolar é por demais exigente.

Alterações na Dinâmica e organização do Equipamento

Com a saída em 2014 de uma colaboradora com funções de Educação de Infância por motivo de

aposentação, foi deliberada a redução de uma sala de Pré-escolar, reduzindo a capacidade do

equipamento nessa resposta social, garantido a lotação máxima das 4 salas, medida que veio a

confirmar-se extremamente positiva para a sustentabilidade do equipamento.

Desta forma e por ter sido libertado um espaço de sala de aula, criou-se um espaço denominado Sala de

Acolhimento/Repouso, espaço este essencial quando se define uma metodologia de trabalho baseada

em salas heterogéneas.

Atividades Realizadas

- Atividades normais e decorrentes das comemorações das datas festivas (Natal, Carnaval,

Páscoa, Fim de Ano Letivo, etc);

- Ativida des de parceria com o Lar Nossa Senhora da Visitação (“Caça ao Ovo” e “Comemoração

do Dia da Árvore”);

- Atuação da Companhia de Teatro – Animateatro;

- Atuação de um mágico profissional como atividade comemorativa do Dia da Criança;

- Participação no programa educativo “Nestlé Crianças Saudáveis”, com a realização de palestras

e jogos educativos sobre a temática “Alimentação saudável”;

- Atividades decorrentes da comemoração dos dias do Pai e da Mãe com participação de toda a

comunidade educativa do estabelecimento;

- Atividades de parceria com a Santa Casa da Misericórdia durante o mês de Agosto (criação de

hortas pedagógicas);

- Realização de um Workshop em Higiene Dentária com a Clinica Previdente (parceiro

institucional);

- Realização de um rastreio da fala com a Clinica Previdente;

- Visitas de Estudo em concordância com a temática do projeto educativo.

COLÓNIA DE FÉRIAS “O BÚZIO”

A Colónia de Férias surge como uma Resposta a funcionar desde 1993, situada num local privilegiado

em Albufeira, junto ao mar, destinada à satisfação de necessidades de lazer e quebra de rotina,

essenciais ao equilíbrio físico e psicológico dos seus utilizadores.

A Colónia de Férias dispõe de três salas de lazer interiores e esplanada com vista mar, espaços

exteriores e piscina.

Este equipamento encontra-se estrategicamente muito bem localizado, a 5 minutos do centro da cidade e

a 20 minutos de parques temáticos e aquáticos.

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Com uma capacidade para 90 utentes num local aprazível, os serviços prestados são alojamento,

alimentação, atividades de lazer como jogos no interior e no exterior do equipamento, karaoke, festas

temáticas, entre outras.

O alojamento é em regime de quartos e camaratas com capacidade até doze camas individuais por

quarto. Inclui serviço de cozinha, 5 refeições diárias, limpeza, higiene e tratamento de roupa, de cama e

de casa de banho.

É objetivo geral desta resposta, fornecer aos seus utilizadores um espaço de lazer, e quebra de rotina,

onde estejam garantidas todas as necessidades básicas elementares: alojamento, alimentação, higiene e

tratamento de roupas. Concomitantemente, é prestado o serviço de atividades de animação, adequadas

aos grupos de colonos.

O trabalho desenvolvido permite o acesso a um sítio de férias a baixo custo, reduzindo a exclusão social,

permitindo um maior acesso por parte de todos a uma estadia de qualidade, com atividades diferentes e

adequadas tanto a faixas etárias como a grupos que apresentam determinadas problemáticas como a

deficiência físico-motora ou mental.

A resposta encontra-se enquadrada em Albufeira, onde existem disponíveis uma série de equipamentos

culturais, festas e atividades do próprio município, bem como o fácil acesso à praia, aproveitando assim a

época balnear no seu melhor.

Pretende-se proporcionar com esta resposta um espaço securizante para todos os utilizadores, fomentar

tanto quanto possível um ambiente de convívio e lazer, fomentando a participação nas atividades e no

conhecimento e exploração do município de Albufeira.

Não esquecer que toda a dinâmica da Colónia deve ser efetuada com a preocupação de manter esta

estrutura em bom estado de conservação e em condições de higiene e segurança.

De referir que esta população é muito diversificada. São acolhidos colonos de todo o país, de todas as

faixas etárias e crianças menores de idade de ambos os sexos, bem como grupos de outros

equipamentos sociais com necessidades especiais (caso de alguns idosos e alguns jovens com

deficiências que poderão restringir o acesso a algumas atividades).

Na Colónia Férias, foram desenvolvidas diversas atividades lúdicas, culturais e de convívio. Entre estas

destacam-se aquelas que os grupos de colonos mais solicitaram e aderiram, como por exemplo, os

Passeios Pedestres (pela zona Antiga de Albufeira visitando Monumentos, como a Igreja Matriz, a Torre

do Relógio, a Torre Sineira, a Capela da Misericórdia, o Edifício Antiga Albergaria, a Igreja de São

Sebastião, a Muralha do Castelo, a Bateria de Albufeira, o Arco da Travessa da Igreja Velha, a Igreja

Santana, a Ermida da N.ª Sr.ª da Orada ou a Porta Santa); Noites de Jogos lúdicos e convívio com

música e dança (jogos de cartas e dominó); Idas a Parques de diversões e aquáticos da zona

(Zoomarine); Festas Temáticas (anos 80); Visitas a exposições (Galeria Municipal de Albufeira –

Exposição de Pintura, Exposição de Escultura e Exposição de Arte Sacra).

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REFEITÓRIO SOCIAL “O BÚZIO”

O Refeitório Social “O Búzio” é uma resposta social criada em Julho de 1996 com o objetivo de constituir

um apoio social de primeira linha a pessoas em situação de extrema carência económica e social, tais

como pessoas sem-abrigo ou em risco de marginalização, temporária ou permanente, com incapacidade

para assegurar as suas necessidades básicas.

Para assegurar o apoio específico a estas pessoas em situação de extrema carência, o Refeitório Social

“O Búzio” proporciona alimentação, higiene pessoal, roupa e tratamento de roupa. Procura ainda

estabelecer um processo de comunicação que visa a realização de um diagnóstico social e concretização

de um projeto de vida de inclusão social.

Atualmente, o Refeitório Social constitui uma resposta social para a população economicamente

desfavorecida, proporcionando um conjunto de apoios de âmbito social, que a seguir se enumeram:

• São servidas 40 refeições diárias, constituídas por sopa, prato quente, bebida, pão e sobremesa,

acrescida de lanche ou de jantar (caso possuam casa onde possam acondicionar a refeição);

• É facultada a realização de higiene pessoal a pessoas sem-abrigo ou que não possuem

condições habitacionais, com disponibilização de gel de banho, champô, pasta e escova de dentes,

toalhas, lâminas de barbear, gel de barbear, entre outros produtos (cerca de 795 pessoas/ano);

• São entregues géneros alimentares a 60 utentes/famílias carenciadas para confeção de refeições

no seu domicílio, duas vezes por mês;

• Foi organizado um “Banco de Roupa”, no qual são recolhidos donativos de artigos de vestuário

que são distribuídos por 25 a 30 beneficiários do Refeitório Social e ainda a 60 famílias carenciadas.

Atendendo ao acentuado crescimento populacional do concelho de Albufeira, fruto da forte atratividade

deste território, o que conjuntamente com razões específicas da conjuntura socioeconómica atual,

permite compreender a confluência de indivíduos ou famílias sem retaguarda familiar, faz aumentar os

riscos de exclusão social face a contextos de sazonalidade do emprego, baixas qualificações escolares

e/ou profissionais e outros fenómenos de desafiliação, tendo no ano de 2014 a resposta social focalizado

a sua atividade nestas novas problemáticas sociais.

Torna-se ainda importante salientar que, no decorrer do ano de 2014, de acordo com o aumento

populacional e o aumento de situações de extrema carência e exclusão social, e vislumbrando a

Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas Sem Abrigo, o Refeitório Social “O Búzio”, em conjunto

com a Câmara Municipal de Albufeira e outras Instituições do concelho, convergiram esforços e iniciaram

a criação de um grupo de intervenção e acompanhamento de pessoas em situação de sem-abrigo, para

que de uma forma unida e responsável o concelho possa responder correta e rapidamente a estas

situações de flagelo social.

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ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL

Esta resposta social possui uma ligação muito forte com a resposta social acima descrita.

Tem como objetivo primordial atender e acompanhar os indivíduos encaminhados para o Refeitório

Social. São identificados os problemas/situações desfavoráveis para a plena concretização de um projeto

de vida coeso, e pretende-se a minimização/resolução dos mesmos, através do encaminhamento para

diversas instituições/serviços do concelho de Albufeira.

Através da presente resposta social, em articulação com as outras distintas Instituições do concelho, bem

assim como com os Serviços de Formação da Fundação, foi possível a integração de alguns utentes do

Refeitório Social em cursos de formação continua e profissional, promovendo o desenvolvimento de

competências pessoais, sociais e profissionais como forma de reconverter situações de sem-abrigo e

contribuindo para o crescimento e desenvolvimento do concelho de Albufeira.

CRECHE “OS AMENDOINHAS”

O presente relatório descreve e fundamenta o projeto de intervenção pedagógica da Creche Os

Amendoinhas. A intervenção realizada focalizou-se na dimensão pedagógica, projetos e atividades no

sentido de promover a realização de variadas atividades e experiências de aprendizagem ativa e de

construção integrada de conhecimentos. Assim sendo, este surge da necessidade de:

Garantir um serviço de qualidade, através da construção de um projeto educativo que sustente a

identidade da resposta social;

Criar as condições que assegurem a consolidação e o desenvolvimento do projeto educativo;

Desenvolver as condições necessárias para que a resposta social possa atingir níveis de

qualidade, eficiência e eficácia educativa;

Garantir, de forma coerente e sustentada, uma progressiva qualificação do percurso educativo

dos alunos e das suas aprendizagens;

Continuar a valorizar os saberes e as aprendizagens;

Reforçar a participação e o desenvolvimento cívico;

Manter a boa articulação escola / família.

Desta forma, a creche pretende ser um espaço identificado pela excelência de cuidados prestados, onde

a educação e estimulação do desenvolvimento físico e intelectual da criança privilegiam a qualidade dos

afetos e proporcionam um ambiente seguro.

Sabe-se que as experiências das crianças nos seus primeiros anos de vida estão relacionadas com a

qualidade dos cuidados que recebem e do impacto que estes têm no seu desenvolvimento futuro. Os

primeiros trinta e seis meses de vida das crianças são fundamentais para o seu desenvolvimento físico,

intelectual e afetivo.

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Assim, é sem dúvida importante entender que o principal objetivo de uma creche não é o simples “tomar

conta das crianças”, mas sim o de proporcionar e cuidar da sua saúde, da sua alimentação e

fundamentalmente da sua educação. Daí se privilegiar a educação de cada criança acompanhada por

uma equipa pedagógica, constituída por educadores de infância e auxiliares de ação educativa.

No contexto de creche, cada criança tem a possibilidade de conviver com os seus pares, de se

desenvolver num ambiente social de aceitação, de confiança, de contacto físico e sobretudo tem a

possibilidade de brincar, adquirindo assim novas e positivas experiências cognitivas, afetivas, sociais e

emocionais. Educar é assim possibilitar a cada criança o seu desenvolvimento e das suas capacidades,

incutindo-lhe os costumes, os conhecimentos e os valores que regem o ser humano.

O relatório anual de atividades é um instrumento de trabalho dinâmico que visa orientar no tempo e no

espaço um conjunto de atividades propostas tendo sempre em conta os projetos curriculares de sala de

cada equipamento. Um projeto curricular pode ser visto como um conjunto de conhecimentos a transmitir

como um plano de ação pedagógica, onde se definem linhas orientadoras e objetivos de uma ação

educativa. Este por sua vez, expõe um conjunto de princípios e metas a atingir com cada grupo de

crianças. A sua elaboração tem em conta diversos parâmetros, como por exemplo: a idade das crianças,

o seu nível de desenvolvimento, necessidades e interesses e o seu meio social e cultural.

As atividades estão organizadas de forma temática e correspondem a uma calendarização de diversas

atividades a serem desenvolvidas na creche em consonância com um leque de atividades transversais à

Instituição.

Neste sentido, o projeto educativo do ano letivo 2014/2015 que iniciou no ano 2013 – uma vez que a

temática não foi totalmente explorada, tem como tema “Era Uma Vez… Histórias de Encantar”. Este

vem proporcionar às crianças da creche que se encontram na fase da sua pré-leitura – que é um período

pré operatório para a fase de leitura: a construção de símbolos; o desenvolvimento de sua perceção onde

permitem a relação das palavras com as imagens; o interesse por livros com muitas imagens e pouca

escrita; a descoberta da linguagem; expressão da sua criatividade, dos seus sonhos e desejos dando

asas ao seu imaginário.

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Tem como objetivos gerais:

Promover situações lúdicas;

Perpetuar a identidade cultural;

Abrir horizontes e alargar

conhecimentos;

Promover o desenvolvimento social

e cognitivo;

Desenvolver a atenção,

concentração e referências

espácio-temporais;

Aumentar a autoestima e o

autoconhecimento;

Aprender a lidar com emoções;

Promover a aquisição de valores;

Respeitar as regras de convivência

social;

Desenvolver a criatividade e a

imaginação;

Desenvolver a capacidade de

comunicação e expressão;

Estimular a capacidade de

interpretação;

Aumentar o vocabulário;

Desenvolver o raciocínio lógico;

Desenvolver a capacidade de

memória;

Adquirir hábitos de pesquisa;

Conhecer diferentes contextos

históricos.

Contactar com literatura oral,

tradicional e para a infância;

Conhecer e contactar com

literatura de outras culturas;

Estimular o contacto com os livros;

Fomentar o prazer da leitura;

Promover hábitos de leitura;

Fomentar o gosto, interesse e a

preservação do livro;

Proporcionar o contacto com o

código escrito em textos

manuscritos e impressos;

Compreender a finalidade e a

funcionalidade da leitura e da

escrita;

Incentivar as tentativas de escrita;

Incentivar a participação das

famílias na concretização do

projeto;

Partilhar estratégias de leitura com

a comunidade educativa;

Criar desfechos alternativos para

as histórias;

Realizar recontos de diferentes

textos;

Estabelecer parcerias: estimular as

famílias no seu papel de

mediadoras de leitura.

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EQUIPAMENTO “NOSSA SENHORA DA VISITAÇÃO”

O Lar Nossa Senhora da Visitação localiza-se na freguesia da Guia, concelho de Albufeira e destina-se à

população idosa. A gestão do edifício foi entregue à Fundação António Silva Leal, através de protocolo,

pela Câmara Municipal de Albufeira em 1997.

Situa-se numa zona de características rurais, onde é possível avistar espaços verdes e usufruir de um

ambiente calmo e sereno, tornando-se deste modo num local aprazível e acolhedor.

Dirigido a toda a população idosa e privilegiando sempre os mais carenciados, proporciona aos seus

utentes a possibilidade de viver com dignidade e qualidade a fase mais vulnerável das suas vidas e de os

proteger de situações dramáticas de exclusão social.

A missão do Lar N.ª Sr.ª da Visitação é promover a prestação de serviços humanizados e de qualidade

aos utentes, garantindo a resposta às suas necessidades biopsicossociais, tendo como valor principal a

ética e o respeito pelo utente.

Este Equipamento desenvolve várias atividades de apoio à população idosa, através das seguintes

respostas sociais:

Lar de Idosos

Centro de Dia

Apoio Domiciliário

Durante o ano de 2014 foram concretizadas diversas ações ao nível dos equipamentos, recursos

humanos, animação e donativos para as quais foram desenvolvidas as seguintes atividades:

EQUIPAMENTOS - REPARAÇÃO E MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTO

ATIVIDADE OBJECTIVOS PARCERIAS

Reparação de fogão, varinha mágica industrial, armário de

refrigeração, máquina de lavar louça

Melhoramento

devido a

deterioração

A cargo da

Fundação

Inspeções periódicas de Gás, extintores, desinfestação

Reparação de máquina de lavar louça

Substituição das baterias da central de incêndio

Substituição de filtros da máquina da água

Reparação da canalização

Reparação das grades das camas articuladas

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EQUIPAMENTOS - AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTO

EQUIPAMENTOS – REQUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO EXTERIOR

EQUIPAMENTOS – REQUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO INTERIOR

ATIVIDADE OBJETIVOS PARCERIAS

Limpeza das Palmeiras Embelezamento e

controlo de praga A cargo da Fundação

ATIVIDADE OBJECTIVOS PARCERIAS

Varinha mágica Preparação de refeições adaptadas

A cargo da Fundação

Armário frigorífico Melhoramento dos serviços

Colchões de pressão alternada Prevenção de ulceras de pressão

Fardas Melhoramento dos serviços

Corrimão nas escadas da entrada principal no exterior do edifício

Proteção dos utentes

ATIVIDADE OBJETIVOS PARCERIAS

Remodelação da enfermaria Melhoramento dos

serviços A cargo da Fundação Adaptação de uma sala de estar a espaço de Fisioterapia

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RECURSOS HUMANOS - CELEBRAÇÃO DE PROTOCOLOS

ATIVIDADE OBJETIVOS PARCERIAS

Continuação da prestação de serviço comunitário por ordem

judicial por parte de 1 cidadão

Reforço dos serviços

prestados aos

utentes

Centro de

Reinserção

Social

Acordo de prestação de serviços com a Fisioterapeuta Isa

Guerreiro

A cargo da

Fundação

4 Estágios curriculares de Técnico Auxiliar de Saúde

IEFP de Faro e

FASL (Serviços de

Formação)

1 Estagio Curricular Ajudante de Geriatria (educação e

formação de adultos nível 3) IEFP de Faro

1 Acordo de voluntariado de apoio à fisioterapia A cargo da

Fundação

Acordo de prestação de serviços com 2 enfermeiras A cargo da

Fundação

RECURSOS HUMANOS – FORMAÇÃO

ATIVIDADE OBJETIVOS PARCERIAS

Gestão de Stress

Qualificação

profissional

Servilusa

A Vida Passa a correr – Animação em lares Ação Social da

CM Albufeira

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ANIMAÇÃO – ATIVIDADES ORGANIZADAS PELO EQUIPAMENTO

ANIMAÇÃO – ATIVIDADES ORGANIZADAS PELA FUNDAÇÃO

ATIVIDADE OBJETIVOS PARCERIAS

ATIVIDADES INTERGERACIONAIS

Caça ao Ovo da Páscoa

- Convívio

- Recreação

- Assinalar datas

- Interação com

a comunidade

- Convívio

intergeracional

ATL das Férias da

Páscoa do

Município de

Albufeira

ATIVIDADES INTERGERACIONAIS

Dia da Árvore

Caça ao Ovo da Páscoa

Centro Infantil “O

Búzio”

ATIVIDADE OBJETIVOS PARCERIA

FESTAS:

Janeiras/Reis (actuação do grupo ACRODA)

Aniversário do Lar (atuação do Fadista césar Matoso)

Carnaval (Baile de Máscaras com Acordeonista)

Festa da Família (caracolada)

Festa de São João (actuação do grupo de danças tradicionais do clube avó, do grupo coral do lar de Messines, do grupo de

ginástica do lar, do grupo de marchas do lar, do Grupo de Marchas populares dos Olhos D’ Água e da Acordeonista Neuza

Silva)

Dia do Coração (Aula de cadeiróbica, palestra sobre como cuidar do coração com enfermeira do Centro de Saúde)

Magusto (comemoração do Dia de São Martinho com a visita do Clube Avó e da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira)

Missa de Natal

Festa de Natal (Atação do músico José Praia, Actuação de funcionários)

- Convívio - Recreação - Assinalar datas - Interação com familiares e/ou comunidade - Convívio intergeracional

ACRODA César Matoso Sr. Saboia Neuza Silva Centro de Saúde de Albufeira Paróquia da Guia José Praia - Câmara Municipal de Albufeira - Junta de Freguesia da Guia

PASSEIOS: Museu do Acordeon - Paderne

Carnaval da Guia Piquenique Alte

Exposição de presépios da Guia Marcado da Guia

Junta de Freguesia da Guia

Município de Albufeira

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ANIMAÇÃO – ACTIVIDADES PROPOSTAS PELA COMUNIDADE

DONATIVOS DE ENTIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS – DOAÇÕES PONTUAIS

ATIVIDADE OBJETIVOS PARCERIAS

APOIO NAS FESTAS

Bolos

Frangos

Bebidas

Outros géneros alimentares

Criação de redes de ajuda com a

comunidade envolvente

- Pastelarias Locais

- Restaurantes Locais

- Empresas do ramo das Bebidas

- Familiares e amigos

DONATIVOS DE ENTIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS – DOAÇÕES REGULARES

ATIVIDADE OBJETIVOS PARCERIAS

REFORÇO ALIMENTAR – Géneros

alimentares

- Suprimir necessidades

- Criação de redes de ajuda com

a comunidade envolvente

Pingo Doce

ATIVIDADE OBJECTIVOS PARCERIAS

Dia da Solidariedade – visita ao Fiesa - Convívio - Recreação

Fiesa

Desfile de Carnaval da Guia – participação com carro alegórico - Convívio - Recreação

JF Guia

Acção de Sensibilização da GNR – Novas notas de 10€ - Informação - Sensibilização - Esclarecimento

GNR

Convívio dos Reis do Grupo de Trabalho de Idosos (GTI) no EMA

- Convívio - Recreação

GTI (rede social de Albufeira)

Dia mundial da 3.ª Idade – Passeio e convívio Sénior no Zoomarine

- Convívio - Recreação

GTI (rede social de Albufeira)

Albufeira Fashion – Comemoração do Dia internacional do Idoso e da Música (desfile de moda na Marina de Albufeira)

- Convívio intergeracional - Recreação

GTI (rede social de Albufeira)

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DONATIVOS DE ENTIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS – DOAÇÕES DE EQUIPAMENTOS E

OUTROS BENS

ATIVIDADE OBJETIVOS PARCERIAS

BANCO DE DONATIVOS

Produtos de Desgaste

Vestuário e outros

Criação de redes de

ajuda com a

comunidade

envolvente

- Pingo Doce

- Doações de

particulares

Durante o ano de 2014 destaca-se a forte aposta na integração de novos recursos humanos, quer em

situação de estágio curricular e posterior contratação, quer voluntariado e novos trabalhadores

independentes (fisioterapia e enfermagem), que contribuíram para uma requalificação dos serviços

prestados aos nossos clientes.

Na área da animação, continua-se a apostar nas atividades de grande envolvência com a família e

comunidade dando ênfase aos projetos com a comunidade.

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UNIDADE DE LONGA DURAÇÃO E MANUTENÇÃO DE ALBUFEIRA

A Fundação abraçou em 2007 uma nova área social, que visa dar apoio a pessoas com doenças ou

processos crónicos, com diferentes níveis de dependência que necessitam de cuidados clínicos, de

manutenção e de apoio psicossocial em regime de internamento de longa duração.

Desta forma, foi em Novembro de 2007 que a Fundação em parceria com a Administração Regional de

Saúde do Algarve e o Instituto de Segurança Social e, no âmbito da Rede Nacional de Cuidados

Continuados Integrados (RNCCI), inaugurou a Unidade de Longa Duração e Manutenção de Albufeira,

adiante designada por ULDMA.

A ULDMA é uma unidade de internamento, de carácter temporário ou permanente, que dispõe de 20

camas, sendo uma dessas camas destinada à vaga de descanso do cuidador. Durante o período de

internamento, são proporcionados cuidados que previnam e retardem o agravamento da situação de

dependência, favorecendo o conforto e a qualidade de vida dos utentes.

A ULDMA dispõe de uma equipa interdisciplinar (diretor técnico, médico, enfermeiro, fisioterapeuta,

técnico superior de serviço social, animador sociocultural, psicólogo, auxiliar de ação direta) que

acompanha a evolução do utente e elabora um plano individual de intervenção, durante o período de

internamento, conjuntamente com o utente e/ou familiar responsável de forma a garantir uma intervenção

e encaminhamento adequados às suas necessidades.

No ano de 2014, continuou-se a investir na qualificação profissional através da promoção de formações

(internas e externas) e a integração de estagiários de enfermagem e de técnicos auxiliares de saúde.

Como já tem sido habitual, todos os colaboradores participaram, ao longo do ano, nas atividades

desenvolvidas com e para os utentes, com o objetivo máximo de conseguir responder às necessidades

individuais e contribuir para o bem-estar geral dos mesmos.

Neste sentido, são apresentadas de seguida as atividades que fizeram parte do plano de atividades de

2014:

Fisioterapia/ Animação Sociocultural

Passeios – passeios ao exterior com atividades lúdicas;

Ginástica de grupo/ Geromotricidade;

Sessões individualizadas;

Atividades socioculturais com utentes e familiares;

Atividades organizadas pela Instituição

Comemoração dos Aniversários dos utentes;

Janeiras (atuação do grupo ACRODA);

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Dia Mundial do Doente (sessão de esclarecimento sobre “Direitos e Deveres do Doente”,

Lanche Convívio);

Carnaval – Baile de Máscaras e atividades lúdicas;

Páscoa (Lanche Convívio);

Dia da Higiene das Mãos (Geromotricidade ao ar livre e sessão de esclarecimento);

Comemoração do Dia do Enfermeiro (Painel de mensagens, e entrega de lembranças e

Lanche Convívio);

Comemoração do Dia da Família (Lanche Convívio com os familiares);

Arraial (Grupo de Fadistas locais e atuação dos colaboradores);

Comemoração do Dia Internacional do Idoso (Lanche Convívio);

Magusto (Lanche Convívio);

Festa de Natal (atuação da Fadista Filipa Sousa, atuações de danças de Salão da Associação

Luel, atuações dos colaboradores).

Atividades promovidas por entidades externas

Convívio de Reis promovido pelo Grupo de Trabalho de Idosos de Albufeira no EMA;

Participação no Concurso de Decoração “Natal na RNCCI do Algarve”

Formação Interna

Boas práticas de Higiene das Mãos IV;

Posicionamentos, Transferências e Posturas V;

Infeção do Trato Urinário;

Alimentação Entérica;

Cuidados do Utente Colostomizado;

Suporte Básico de Vida;

Técnicas de desobstrução das vias aéreas;

Comunicação.

Formação Externa

Gestão de Stress promovida pela Associação Portuguesa dos Profissionais do Setor

Funerário;

Controlo da Infeção pelo Grupo de Trabalho da Comissão de Controlo da Infeção e

Resistência aos Antimicrobianos;

Prescrição Racional de Medicação promovida pelo Grupo de Trabalho da Comissão de

Controlo da Infeção e Resistência aos Antimicrobianos;

Suporte Básico de Vida com Desfibrilhador Automático Externo;

Jornadas de Neurocirurgia e TCE;

Jornadas Técnicas de Enfermagem;

1.º Seminário de Igualdade de Oportunidades.

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Estágios

Integração de 3 estágios do Curso de Enfermagem 2.º ano (Instituto Superior de Saúde Jean

Piaget);

Integração de 1 estágio do Curso Técnico Auxiliar de Saúde do Centro de Formação IEFP de

Aljustrel;

Integração de 1 estágio do Curso de Agente em Geriatria Centro de Formação IEFP do

Barlavento.

CANTINA SOCIAL DE ALBUFEIRA

O XIX Governo Constitucional definiu no seu programa, como um dos seus objetivos estratégicos, um

amplo modelo de inovação social, que permitisse dar auxílio e resposta a situações de grave carência

social e económica.

Neste sentido, é criado o Programa de Emergência Alimentar (PEA) inserido na Rede Solidária de

Cantinas Sociais, que permite garantir aos indivíduos e/ou famílias que mais necessitam de acesso

gratuito a refeições diárias, cujo número, dada a sua duração anual e natureza transitória, será definido

de acordo com as características especificas do equipamento social que o vai operacionalizar, mas que

terá como referencial 80 a 100 refeições diárias, que se destinarão preferencialmente, a consumo

externo/domicilio.

Foi neste contexto que no dia 01 de Junho de 2012, a Fundação António Silva Leal honrou o Protocolo de

Colaboração no âmbito da convenção da Rede Solidária de Cantinas Sociais, com o Centro Distrital de

Segurança Social de Faro.

Neste primeiro passo, a Fundação comprometeu-se a disponibilizar 65 refeições diárias, destinadas a

consumo no domicílio, durante 7 dias por semana, disponibilizadas a nível gratuito. Iniciou-se o apoio em

18 de Junho de 2012, com apenas 5 agregados familiares, servindo 15 refeições diárias e 430 mensais.

Em 30 de Novembro do mesmo ano, com o objetivo de minorar o impacto da crise económico-financeira

e de acordo com o aumento acentuado da procura de apoio alimentar, foi assinada uma Adenda ao

Protocolo de Colaboração, com o objetivo de aumentar a distribuição de refeições diárias de 65 para 80.

Em Janeiro de 2013, de acordo com o contínuo crescimento da procura de apoio alimentar, foi assinado

novo Protocolo de Colaboração entre as duas entidades, com o objetivo de aumentar a distribuição de

refeições diárias de 80 para 100.

No ano de 2014, a Cantina Social prestou apoio, em média, a 26 agregados familiares, correspondendo à

distribuição de 83 refeições diárias e 2573 mensais.

Os agregados familiares inseridos nesta medida são encaminhados por instituições locais que detêm

parcerias informais com a Fundação António Silva Leal. A par deste apoio alimentar, os agregados

familiares usufruem de um acompanhamento a nível social, que tem como objetivo primordial orientar os

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indivíduos/famílias para a procura de condições que possam minorar as fragilidades sociais a que estão

expostos.

FARO

CENTRO INFANTIL “ESTRELA DO MAR”

Creche e Pré-Escolar

No ano de 2014, foi dada continuidade ao projeto educativo “Educar com Arte” num contexto educativo

organizado e vivido que favorece múltiplas oportunidades de aprendizagem, tendo como base as

relações e interações adulto-criança. Esta interatividade positiva suporta a ação educativa com o

envolvimento da família e da comunidade.

Na sequência do projeto educativo, e na perspetiva de promover formas de expressão e comunicação,

proporcionou-se às crianças diversas vivências de âmbito artístico. Assim, depois de identificadas as

prioridades, estruturou-se de forma exequível diferentes ações de sensibilização para algumas formas de

arte, nomeadamente no campo da expressão corporal, musical, dramática e plástica.

Ao longo deste processo, manteve-se a parceria com a Biblioteca Municipal e Museu Municipal de Faro,

efetuando visitas periódicas onde foram dinamizadas e exploradas temáticas relacionadas com o projeto.

No que diz respeito à dança, foi assinalado o Dia Mundial da Dança explorando, durante uma semana,

diversas vertentes da dança. Convidou-se uma Professora de Dança do Conservatório, que dinamizou

um Workshop de Dança Criativa, assumindo novos desafios vinculados à necessidade de atividade.

Trabalhou-se a psicomotricidade porque esta permite desenvolver a noção do próprio corpo e

compreender as características do mundo exterior, visando uma construção progressiva de sensações,

perceções, imagens mentais e emotividade.

No âmbito da expressão musical, convidou-se um músico a estar presente, com intenção de promover o

contacto com diversos instrumentos musicais e sensibilizar para as formas de fazer música, sendo este

um processo criativo e dinâmico. Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da educação

auditiva das crianças, nesta área foram explorados ritmos e sons com diferentes timbres, altura,

intensidade e duração.

Sento o teatro uma outra forma de arte, também foi dado especial enfoque criando a semana do teatro,

cujo objetivo foi proporcionar a exploração de situações de jogo dramático. Durante o ano, dinamizaram-

se algumas peças de teatro (fantoches, dramatizações, sombras chinesas), que surgiram enquadradas

nos temas de interesse do grupo.

A expressão plástica, que é uma área privilegiada ao longo de todo o ano, teve especial destaque no

período do Carnaval, no qual foram explorados diferentes instrumentos e técnicas, tendo sido inclusive os

fatos de Carnaval inseridos na temática (pintores e lápis de cor).

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A semana da família foi criada para que as famílias tivessem a oportunidade de partilhar alguns

momentos com os grupos de crianças. Este ano não foi exceção, e a arte foi o tema privilegiado. Os

familiares optaram por desenvolver atividades de carácter artístico, tais como tocar guitarra, fazer danças

tradicionais, dramatizações, entre outras.

É de salientar que, ao longo do ano, os temas que emergiram dos interesses dos grupos foram

explorados de forma a englobar estas diferentes vertentes artísticas, o que constitui uma mais-valia para

as crianças, uma vez que durante a exploração motora, visual, auditiva, elas irão coordenar os diferentes

sentidos que lhes vão permitir analisar, interiorizar, investigar, criar, participando ativamente no seu

processo de aprendizagem e desenvolvimento.

Defende-se que o conhecimento se adquire de forma global, trabalhando ao longo do ano as várias áreas

de conteúdo, sem fragmentações, ou seja, a criança constrói o seu conhecimento através da perceção

global do meio de forma consciente, ética e criativa.

CASA ABRIGO “SOL NASCENTE”

É objetivo geral desta resposta social de acolhimento temporário, fornecer aos seus utilizadores um

espaço securizante onde estejam garantidas todas as necessidades básicas elementares: alojamento,

alimentação. higiene pessoal, tratamento de roupas de uso comum e fornecimento de todos os géneros

de primeira necessidade como sejam roupas e produtos de higiene. Concomitantemente, é prestado o

apoio psicológico, social e jurídico no processo de reformulação dos projetos de vida das utilizadoras.

O trabalho com esta produção tem-se situado numa primeira fase na intervenção em situação de crise,

restabelecimento do equilíbrio emocional e psicológico das mulheres e crianças vítimas de violência

doméstica e, numa segunda fase, promover e apoiar a criação de condições para a inserção social e

profissional das utilizadoras com vista à autonomização. Assim, desde a abertura desta resposta social

que se continua a desenvolver ações e atividades muito direcionadas para aquisição de competências a

todos os níveis da população alvo, mulheres e crianças, mas também dirigida a necessidades específicas

de cada grupo, de cada agregado e de cada utente.

As atividades desenvolvidas estão enquadradas no âmbito das atribuições e competências previstas no

decreto regulamentar n.º 1/2006 de 25 Janeiro e da nova lei n.º 112/2009 de 16 de Setembro que

estabelece o regime jurídico aplicável à prevenção da violência doméstica, à proteção e à assistência das

suas vítimas, bem como ao Plano Nacional Contra a Violência Doméstica (2007-2010): procurou-se com

a ação combater a violência contra as mulheres, considerando violência em razão do sexo,

nomeadamente a violência doméstica, como um dos principais obstáculos ao pleno gozo dos direitos

humanos das mulheres e das liberdades funcionais.

Insistiu-se na consolidação de uma política de prevenção e combate à violência doméstica, através da

promoção de uma cultura para a cidadania e para a igualdade, através de uma intervenção direcionada

para reinserção e autonomia. Assim sendo, todas as atividades desenvolvidas foram ao encontro destas

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necessidades e objetivos.

Devido às circunstâncias económicas, politicas e sociais atuais, encontram-se mudanças nas atividades

a desenvolver com as utentes, necessidade de ajustamento às carências das mesmas, em conjugação

com os recursos e potencialidades da Instituição. Existem alterações diversas, que afetam a

concretização das atividades, e que fomentam na equipa a necessidade de refletir sobre novas formas de

atuação com as utentes e as crianças.

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS COM REGULARIDADE MENSAL

- Leitura de textos ao adormecer: Esta ação visa desenvolver competências parentais, espaços privados

entre mães e filhos, e manter um ambiente familiar na instituição;

- Jogos interativos e lúdicos, Estas ações de caráter semanal, visam a proximidade entre utentes e filhos,

bem como entre utentes e as crianças. Promove também uma responsabilização das utentes sobre os

filhos. Foram sempre monitorizadas por funcionárias;

- Apoio Escolar: As ações são de caráter semanal, visam o desenvolvimento e acompanhamento das

crianças no percurso escolar, a criação de uma rotina estável, e a responsabilização das utentes no

processo escolar dos filhos. Foram sempre monitorizados por funcionários;

- Passeios em espaços verdes e jogos no exterior. Esta atividade com carácter meramente lúdico,

cumpriu os objetivos propostos, concretamente o de incentivar a participação e interação entre as

crianças, com o apoio das mães e funcionários;

- Sessões de “Círculos de Mulheres” após as crianças deitadas, de conversação em grupo, partilha de

experiências, e planos futuros. Esta atividade vem tentar colmatar a necessidade das utentes partilharem

as suas experiências e sentimentos, promovendo a proximidade e compreensão entre elas,

perspetivando o bem-estar e entendimento dentro da Casa Abrigo;

- Sessões de Economia Doméstica durante o dia. Esta atividade perspetiva a manutenção de rotinas e

hábitos já existentes, como a preparação para a vida após a saída da instituição.

ATIVIDADES NÃO PLANEADAS QUE FORAM DESENVOLVIDAS DE JANEIRO A DEZEMBRO

Dado o resultado positivo do ano 2013, manteve-se o hábito de almoços dos funcionários com os

utentes, para desenvolver-se um ambiente mais familiar com as utentes, podendo ouvir as suas

confidências, acompanha-las e prestar atenção às suas necessidades. Nunca dispensando as reuniões

com a equipa técnica, em ambiente formal de atendimento.

Perante a situação económica atual do País, e as necessidades reveladas pelas utentes, identificadas

pela equipa no seu comportamento quotidiano, mantiveram-se como em 2013 semanalmente sessões

informais dadas pela equipa auxiliar sobre economia doméstica. Espaço de partilha de técnicas de

poupança, aproveitamento de alimentos, confeção de refeições económicas, tratamento da roupa e lida

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da casa. O feedback de utentes que saíram acerca dos conhecimentos adquiridos foi muito positivo.

Por resultado de observação do comportamento também das utentes, e a fim de prepará-las para a sua

autonomia e autosubsistência, iniciou-se sessões informais sobre a importância de poupar água, luz e

gás, dentro da economia doméstica.

Com o aval do Banco Alimentar, mantiveram-se as sessões para as utentes e crianças, promovendo o

espirito de cidadania ativa e voluntariado, participando nas recolhas anuais do Banco Alimentar, e

permitindo às utentes sentirem-se mais próximas das entidades que as apoiam durante a estadia nas

casas, e na maioria dos casos, nos primeiros meses de autonomia fora das mesmas.

Por necessidade expressa por parte das utentes de conversar informalmente sobre as suas experiências,

expetativas, ansiedades, receios, e ambições, iniciaram-se sessões de conversação informais à noite,

após o jantar e deitar as crianças. Estas sessões revelaram-se muito importantes para recolha de

informação por parte da equipa, e com resultados muito positivos no espirito critico, na autoestima e

autonomia das utentes.

Houve também um aumento de passeios informais pela cidade, que permitiu uma integração das utentes

na localidade, facilitando a procura de emprego, e que se revelou bastante positiva. As utentes passaram

a ser mais proativas nas idas as entidades necessárias, na procura de equipamentos para os filhos para

ocupação de tempos livres e outros, e na procura ativa de trabalho.

A Instituição passou a ter necessidade de manter um relacionamento mais prolongado com as utentes

após as suas saídas, acima de tudo devido às alterações de leis na área da violência doméstica e apoio

a famílias, que fez com que as ex-utentes procurassem mais vezes o apoio da Instituição, acima de tudo

em consultadoria.

Perante a observação dos comportamentos das utentes, também se tornou necessário ao longo do ano,

sessões informais sobre alimentação saudável, hábitos de vida saudáveis e higiene pessoal,

principalmente em utentes mais carenciadas, e nas suas crianças. Mostrou-se fulcral para manter o bom

funcionamento das casas, não só nos aspetos de saúde, segurança e higiene, mas também para a

manutenção do bom ambiente entre as utentes.

De ressalvar também que se procurou celebrar em grupo os aniversários das utentes e das crianças,

organizando uma festa e atribuindo presentes.

As atividades realizadas no exterior e em espaços verdes, bem como na Praia de Faro, mostraram-se

como sendo essenciais para acalmar as crianças, promover o bem-estar das utentes, reduzir o stress e

ansiedade, os sentimentos negativos associados à institucionalização, bem como o ambiente intra-

agregados.

PROTOCOLOS

Prossecução dos protocolos estabelecidos no ano transato, nomeadamente com o Pingo Doce.

Dada a recetividade da referida empresa, foi possível alargar o protocolo a outras lojas Pingo

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Doce, que passaram a doar mais géneros alimentares, secos mas também produtos de limpeza

e higiene.

Continuidade do protocolo com a Cli-Faro para a prestação de serviços de medicina dentária.

Continuidade do Protocolo com o Centro de Próteses Dentarias;

Continuidade da colaboração e participação em Encontros e Grupos de Trabalho promovidos

pela CIG – Delegação de Lisboa, em projetos ou programas de âmbito nacional ou local, com o

contributo da Casa Abrigo, através da experiencia e Know-How nos seja solicitado.

Continuidade da parceria como CRIA – Programa Escolhas para desenvolvimento de atividades

lúdico-pedagógicas para as crianças.

CENTRO COMUNITÁRIO DA “HORTA DA AREIA”

Enquanto estrutura polivalente de vocação social global, o Centro Comunitário Horta da Areia (CCHA),

continua a manter-se fiel aos princípios que levaram à sua criação: a luta contra a pobreza e exclusão

social. Desenvolve por isso, uma intervenção que se assume como integrada e transversal, em constante

transformação e adaptação, em áreas como a promoção da saúde, ocupação de tempos livres para

crianças e jovens, educação formal e não-formal, promoção de atividades recreativas, ações no campo

da intervenção urbana e da requalificação ambiental, promoção do voluntariado e da participação da

comunidade envolvente, mediação, entre outras.

Das áreas temáticas acima mencionadas, destacaram-se durante o ano de 2014, o conjunto de ações

que se passa a elencar:

Intervenção social – Comunidades Roma|Ciganas

O Centro Comunitário tem vindo a consolidar, ano após ano, a sua intervenção com as Comunidades

Ciganas|Roma do Concelho de Faro. Assim, no âmbito da participação da FASL no grupo de trabalho

sobre as Comunidades Ciganas|Roma da EAPN – European Anti-Poverty Network – Núcleo de Faro,

foram organizadas várias iniciativas ao longo do ano, destacando-se:

A visita à Fundación Secretariado Gitano - Delegação de Huelva (ES)

O Fórum das Comunidades Ciganas do Sul, em Beja;

A I Semana Cultural Cigana|Roma de Faro;

A I Semana Cultural Cigana|Roma de Faro decorreu nalgumas das principais localidades da região,

nomeadamente em Faro, Quarteira, Olhão e Vila Real de Santo António. Esta iniciativa, enquadrada no

plano de ação do grupo de trabalho sobre as Comunidades Ciganas|Roma da EAPN – Núcleo de Faro,

envolveu várias entidades com intervenção direta com Comunidades Ciganas|Roma, nomeadamente, a

Fundação António Silva Leal, a Cooperativa Mandacaru, a Universidade do Algarve (grupo de estágio de

Educação Social no CCHA), a Fundação António Aleixo, a ACASO, a Câmara Municipal de Beja, através

do projeto de mediação municipal das Comunidades Ciganas, a Câmara Municipal de Vila Real de Santo

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António e a Câmara Municipal de Faro. Durante esta semana foram realizados Workshops sobre

empregabilidade, educação, associativismo cigano, dança e ainda debates e exposições de pinturas.

Projetos

CLDS

Neste segundo ano de implementação da II edição dos Contratos Locais de Desenvolvimento Social

(CLDS), o Centro Comunitário participou em ações de divulgação e recrutamento de formandos para

cursos de formação sobre agricultura biológica e alfabetização.

PLAY! – Intercâmbio Internacional de Jovens

O projeto “PLAY!” – Intercâmbio Internacional de Jovens – reuniu na cidade de Rennes, em França,

organizações de três países europeus, França (PRISME; AVG35), Hungria (Artemisszio) e Portugal

(Fundação António Silva – CCHA e Cooperativa Mandacaru), entre os dias 02 e 09 de Março.

Este projeto centrou-se nas práticas de atividades artísticas desenvolvidas em cada país/organização

como instrumento de educação não formal, alicerçada numa forte componente intercultural, uma vez

que, para além dos participantes serem oriundos de países diferentes, ainda integraram jovens ciganos

(PT), voyageurs (FR) e Roms (HU). O ponto alto deste intercâmbio foi a apresentação pública das

performances de cada grupo, num dos maiores festivais jovens da cidade de Rennes, denominado

“DAZIBAO “. No que respeita ao grupo português, esta foi a primeira apresentação a nível internacional

do trabalho até aí desenvolvido no campo da dança e do teatro do oprimido (parceria entre o Centro

Comunitário e a Cooperativa Mandacaru).

Viveiro Comunitário

O Viveiro Comunitário (de leguminosas e plantas aromáticas, em particular) manteve a sua atividade e

permitiu o cultivo e doação de vários produtos a vários agregados, quer para transplante quer para

consumo.

Ações em destaque | Áreas de Atividade

Mediação

Assumindo a mediação como um dos pilares da intervenção do Centro Comunitário, as ações levadas a

cabo durante o ano mantiveram o foco nas questões da saúde, educação, proteção social, habitação e

emprego.

Donativos e Apoio Alimentar

A partir do mês de Julho de 2014, o Centro Comunitário assumiu a recolha e redistribuição dos géneros

alimentares encaminhados pelo Banco Alimentar Contra a Fome do Algarve, beneficiando diretamente 17

famílias. Relativamente aos donativos recebidos sob forma de géneros alimentares ou de outro tipo,

doados por entidades privadas ou por particulares, a sua redistribuição pelos agregados apoiados

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mantêm os mesmos procedimentos que os dos anos anteriores, priorizando os agregados com idosos e

ou crianças.

Saúde

O projeto HA_SAÚDE, desenvolvido em parceria com a Unidade de Cuidados na Comunidade do Centro

de Saúde de Faro, manteve as suas atividades ao longo do ano, garantindo a presença de uma

enfermeira nas instalações do Centro Comunitário, um dia por semana. Esta presença permitiu o

acompanhamento, in loco, dos agregados familiares residentes no Bairro, dando especial atenção, às

grávidas, lactentes e idosos. Ao longo do ano, para além da prestação de cuidados primários, realizaram-

se visitas domiciliárias, ações de informação e sensibilização e ainda encaminhamentos para

especialidades. O Centro Comunitário manteve ainda, no âmbito do projeto HA_SAÚDE, os Programas

IPI (Intervenção Precoce na Infância), MISA (Massagem nas Escolas) e as consultas de Terapia da Fala,

administrada por uma terapeuta voluntária.

Voluntariado

O Centro Comunitário Horta da Areia sempre se assumiu como entidade promotora do voluntariado local

(e desde 2013, internacional) sendo que, ao longo do ano, beneficiou da participação de 3 voluntários

cujo trabalho meritório resultou na continuidade de ações que vêm sendo desenvolvidas desde há alguns

anos a esta parte, em particular nas áreas da saúde e da animação sociocultural. No que refere ao

voluntariado internacional (Programa Erasmus+), o Centro Comunitário acolheu e orientou dois

voluntários estrangeiros (República Checa e Grécia), numa lógica de promoção da interculturalidade.

Ressalva-se ainda que o Centro Comunitário mantém a colaboração de vários elementos da comunidade

do bairro, sempre que necessário, ainda que de forma informal.

Cultura

Nesta área temática consolidou-se a parceria com a Cooperativa Cultural Mandacaru (a decorrer desde

2012), através de um projeto de intervenção cultural, artística e social, visando à promoção da Arte como

meio de educação, formação e desenvolvimento humano, sendo as artes performativas a metodologia

privilegiada de educação não-formal. Assim sendo, foram apresentadas em diversos concelhos do

Algarve, vários espetáculos performativos, nomeadamente:

Na II edição do “Festival Cool Tour” que teve como objetivo a criação de um conjunto de eventos

teatrais dedicados à cultura para crianças;

Em diversos espetáculos de Dança Cigana, através do grupo infanto-juvenil de Dança Cigana

“Los Niños”;

Várias atuações e Workshop de Hip-Hop|Dança Contemporânea.

Ainda no campo da cultura e da animação sociocultural, a Fundação teve a responsabilidade de

organizar, em parceria com a Câmara Municipal de Faro e a Cooperativa Mandacaru, o Dia internacional

do vizinho.

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Para além destes eventos de âmbito nacional, com foi referido anteriormente, a Fundação participou

também no Projeto internacional “Play”, em Rennes – França.

Outras ações

Acolhimento e orientação de estágios curriculares (ESEC – UALG)

À semelhança dos anos anteriores, o Centro Comunitário acolheu e orientou o grupo de práticas do curso

de Educação Social da Escola Superior de Educação e Comunicação (ESEC) da Universidade do

Algarve (UALG). O grupo de estágio acompanhado desde o ano de 2013 teve como objetivo principal,

trabalhar a cidadania através das artes plásticas. O resultado final do trabalho desenvolvido culminou

com a montagem de duas exposições públicas em diversos espaços culturais da cidade de Faro,

nomeadamente, na Escola Superior de Educação e Comunicação da UALG, no IPDJ, no Mercado

Municipal de Faro e na Biblioteca Municipal de Faro.

Acolhimento de indivíduos para prestação de trabalho comunitário (IRS)

O Centro Comunitário manteve as ações de acolhimento e supervisão de indivíduos em regime de

serviço comunitário encaminhados pelo Instituto de Reinserção Social. Neste ano de 2014, foram quatro

os indivíduos acolhidos.

Representação Institucional

Os elementos da equipa técnica do Centro Comunitário Horta da Areia representam a Fundação em

diversos organismos de âmbito local, a saber:

Conselho Local Ação Social de Faro;

Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco de Faro;

EAPN – European Anti-Poverty Network – Núcleo de Faro.

CRECHE “MALTA PEQUENA”

A Creche Malta Pequena abriu portas em Setembro de 2011, com o objetivo de ser uma resposta social

desenvolvida num equipamento de natureza socioeducativa para proporcionar o bem-estar e o

desenvolvimento integral da criança, para colaborar numa partilha de cuidados e responsabilidades em

todo o processo evolutivo da criança com outros, garantindo um ambiente físico agradável e o

atendimento das necessidades básicas.

Os objetivos educativos provêm de um projeto anual geral da creche, projeto este que dá as linhas

orientadoras para os projetos de sala. Estes, sendo mais específicos para o grupo, estão adequados

tanto às suas idades, como às suas capacidades e grau de desenvolvimento.

Para tal acontecer, trabalhou-se de forma a integrar a família/equipa com o utente, tentando assim

colmatar o fosso existente entre as duas realidades criando desta forma um espírito de coexistência e

interajuda que seja benéfico para o utente.

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O ano letivo iniciou-se com a adaptação em todas as salas. Após a fase de adaptação deu-se início às

atividades do projeto de sala, de cada sala. À parte dos projetos de sala, realizaram-se durante todo o

ano atividades pontuais, tais como:

As várias estações do ano – a cada nova estação do ano, decorou-se uma das paredes da

creche com coisas próprias dessa estação. Nas salas desenvolveram-se atividades tais como:

Outono – evidenciaram-se as cores do outono, partiram-se folhas de vários tamanhos,

provaram-se frutos da época, e exploramos as roupas que vestimos no outono;

Inverno – canções alusivas ao inverno, exploraram-se as roupas quentes, a chuva e a neve;

pequena abordagem aos cuidados a ter no inverno para não nos constiparmos. As diferenças no

meio que nos rodeia.

Primavera – exploraram-se várias flores e sentiu-se os seus aromas, cores e paladares;

Dia de Sº Martinho – realizou-se no interior da creche um lanche convívio entre as quatro salas,

com bolinhos de castanhas confecionados pelas crianças no período da manha.

Natal – realizou-se uma festa para as crianças e respetivas famílias no auditório do IPJ. Na qual,

o pessoal docente e não docente protagonizou uma peça de teatro. No final, seguiu-se uma lanche-

convívio com as famílias

Dia de Reis – construíram-se coroas para todas as crianças e fez-se um lanche entre todas as

salas, com bolo-rei oferecido por uma família (lanche real).

Carnaval – em vez da tradicional organização da parte da creche na construção dos fatos de

carnaval, e como forma a criar uma maior ligação entre creche/pais pediu-se aos mesmos que fossem

estes a escolher os fatos e viessem todos à festa. Acompanhado de um lanche convívio.

Páscoa – realizaram-se atividades alusivas ao tema, entre elas, a decoração de uma caixa de

ovos que levaram para casa.

Dia do Pai – abriram-se as portas da creche a todos os pais, onde puderam realizar diversos

jogos e pinturas, terminando estas efeméride com um lanchinho convívio.

Dia da Mãe – Preparou-se com todas as crianças uma prendinha para oferecer à Mãe. E a

creche preparou uma aula de ZUMBA surpresa para todas as mães da creche

Procurou se incorporar todas as áreas de desenvolvimento humano, fossem elas de carácter social ou de

carácter cognitivo, para que a criança tivesse oportunidade de se desenvolver da melhor forma, em

sintonia com os outros e o mundo em seu redor, tendo sempre os pais como parceiros nesta aquisição

de novos conhecimentos e maturação dos já descobertos.

SERVIÇOS DE FORMAÇÃO

A Fundação António Silva Leal está certificada em 9 áreas de educação e formação, tendo-lhe sido

reconhecida a qualidade técnica exigida pelo referencial de qualidade do sistema de certificação de

entidades formadoras:

010 – Programas de base

090 – Desenvolvimento pessoal

146 – Formação de professores e formadores de áreas tecnológicas

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482 – Informática na ótica do utilizador

729 – Saúde – programas não classificados noutra área de formação

761 – Serviços de apoio a crianças e jovens

762 – Trabalho social e orientação

811 – Hotelaria e restauração

862 – Segurança e higiene no trabalho

A atividade formativa desenvolvida em 2014 contemplou a execução de um plano de formação de 54.730

horas de volume de formação, nas áreas de formação 090, 146, 729, 762 e 811, registando-se um

indicador global de concretização das metas propostas, tendo sido a formação financiada destinada a

ativos desempregados aquela que mais contribuiu para a taxa de concretização dos objetivos fixados no

plano de atividades.

Caracterização da Formação Desenvolvida

O Serviço de Formação da FASL concebe, planeia, organiza, executa e avalia uma diversidade de

projetos de formação, financiada e não financiada, enquadrados numa qualquer das 9 áreas de

educação e formação em que dispõe certificação oficial. A formação tem como destinatários jovens e

adultos em situação de desemprego e, também ativos empregados das organizações empregadoras,

públicas e privadas, que desta forma, asseguram a formação aos seus colaboradores e dão resposta às

exigências do Código do Trabalho em matéria de formação profissional.

A FASL dispõe de uma equipa multidisciplinar, com capacidades demonstradas na gestão de diversos

projetos de formação financiados pelo QREN-POPH, a qual está preparada para a construção de novas

candidaturas a financiamento, no âmbito dos Programas Operacionais Capital Humano e Inclusão Social

pelo Sistema de Incentivos Portugal 2020 no período de 2014-2020.

Formação Contínua Externa

Não obstante no ano 2014, a atividade formativa da FASL ter incidido essencialmente na formação

financiada, face ao volume de formação aprovado, bem como à contração do tecido empresarial e

institucional no investimento em formação dos recursos humanos, o Serviço de Formação apostou na

divulgação do plano de formação, utilizando para o efeito as redes sociais, da página da internet, o

correio eletrónico, a distribuição de flyers e a participação em encontros e eventos locais e regionais. São

exemplo as seguintes ofertas formativas:

• SBV e Primeiros Socorros

• Técnicas de posicionamento, mobilização, transferência e transporte

• Intervenção Social com Crianças Maltratadas/Abusadas e suas Famílias

• Técnicas de Chefia e Liderança

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• Gestão do Tempo

Formação Pedagógica Inicial de Formadores – o Serviço de Formação da FASL promove ações do

CURSO DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES, homologado pelo IEFP com

certificado de autorização nº C618005, garantindo o acesso ao CCP – Certificado de Competências

Pedagógicas de Formador. Em 2014 executou-se um volume de formação de 1.504 horas em Faro e

Albufeira.

Projetos de Formação cofinanciados pelo QREN – POPH

PROJECTO DE FORMAÇÃO N.º 094470/2013/861: O projeto de formação iniciado em Outubro de 2013,

no âmbito Tipologia 8.6.1 – Formação para a Inclusão, dirigida a adultos residentes no concelho de

Albufeira em situação de pobreza, desfavorecimento/exclusão social, nomeadamente, desempregados

de longa e muito longa duração e beneficiários do RSI abrangeu 19 formandos encaminhados pelas

entidades parceiras locais. Tratou-se de um percurso formativo de 600 horas, com base no referencial

811181 – Operador/a de Manutenção Hoteleira do Catálogo Nacional de Qualificações, dividido em

quatro componentes de formação: competências pessoais e sociais – 75 horas, competências

profissionais – 375 horas, competências de integração e inserção – 50 horas e formação prática em

contexto de trabalho – 100 horas. O projeto foi concluído com sucesso em 2014, com uma taxa de

execução física de 82,80%, correspondente a 8.952 horas e 19 formandos abrangidos. Concluíram a

formação com sucesso 14 formandos tendo-lhes sido emitido o certificado de qualificações e despectivo

registo na caderneta de qualificações. Relativamente à avaliação do processo formativo apurou-se uma

taxa de satisfação global dos formandos de 83,7% e uma taxa de satisfação dos formadores de 100%

sobre os resultados globais alcançados.

PROJECTO DE FORMAÇÃO N.º 094630/2013/61: Projeto de Formação para a Inclusão iniciado em

Novembro de 2013, no âmbito da parceria ativa entre a FASL (entidade formadora consultora) e a FSB

(entidade beneficiária), dirigido a adultos desempregados de longa duração, beneficiários do rendimento

Social de Inserção e outros em situação de pobreza e exclusão social, residentes no Concelho de

Almodôvar, abrangeu 15 formandas encaminhadas pela rede de parceiros locais. Tratou-se de um

percurso formativo de 600 horas, com base no referencial 762190 – Assistente Familiar e de Apoio à

Comunidade, do Catálogo Nacional de Qualificações, dividido em quatro componentes de formação:

competências pessoais e sociais – 75 horas, competências profissionais – 375 horas, competências de

integração e inserção – 50 horas e formação prática em contexto de trabalho – 100 horas. O projeto foi

concluído com sucesso em Abril de 2014, com uma taxa de execução física de 96%, correspondente a

8.643 horas de formação e 15 formandas abrangidas. Todas as formandas concluíram a formação com

sucesso tendo-lhes sido atribuído os respetivos certificados de qualificações e registos nas cadernetas de

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qualificações. Relativamente à avaliação global do processo formativo, apurou-se uma taxa de satisfação

dos formandos de 97,4% e uma taxa de satisfação dos formadores de 100% sobre os resultados globais

alcançados. O desempenho dos formadores foi avaliado de forma muito positiva quer pelos formandos

quer pela entidade formadora.

PROJECTO DE FORMAÇÃO N.º 04/VA/FASL/2013 - MEDIDA VIDA ATIVA: No âmbito das parcerias

ativas dos Serviços de Formação, celebrou-se em Novembro de 2013 o Acordo de Cooperação entre a

FASL e o IEFP; IP – Delegação Regional do Algarve para a dinamização conjunta de ações de formação

profissional no quadro da Medida Vida Ativa criada pela Portaria n.º 203/2013, de 17 de Junho. A referida

Medida visa reforçar a qualidade, a eficácia e a agilidade das respostas no âmbito das medidas ativas de

emprego, particularmente no que respeita à qualificação profissional, através do desenvolvimento de

percursos de formação modular com base em unidades de formação de curta duração (UFCD) inseridas

no Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ). O projeto formativo foi aprovado para a execução de 7

percursos de formação modular de 200 horas, nos concelhos de Faro e Albufeira, dos quais um inclui

450 horas de FPCT, nas áreas de Geriatria, Técnico/a Auxiliar de Saúde e Operador/a de Manutenção

Hoteleira. Em Dezembro de 2013 iniciaram-se duas ações de Geriatria, uma de Auxiliar de Saúde e uma

de Manutenção Hoteleira, com 25 formandos cada, tendo-se executado um total de 189 horas de

formação e em 2014 iniciaram-se mais três ações nestas áreas. Abrangeram-se um total de 177

formandos tendo concluído com aproveitamento 138 formandos aos quais foi atribuído certificado de

qualificações. No final do projeto executou-se um volume de formação de 35.631 horas. A avaliação

global deste processo formativo revelou um índice de satisfação global na ordem dos 89% que resulta do

apuramento do número de formandos que avaliaram a Apreciação Global da Acão de Formação nas

escalas de avaliação “Gostei” e “Gostei Muito”. Os resultados indicam também que 98,9% dos formandos

ficaram muito satisfeitos com o desempenho dos formadores e 93,8% foi a taxa de satisfação global com

o apoio da coordenação pedagógica. De referir que nas observações emitidas pelos formandos, a

ausência de estágio nos percursos foi o aspeto com maior incidência. Relativamente ao índice de

satisfação dos formadores 93% indicaram que os resultados alcançados foram positivos/muito positivos.

Todos os formadores obtiveram classificação final Favorável, tendo alguns atingido a pontuação máxima.

PROJECTO DE FORMAÇÃO N.º 38/DRG/2014/FASL – MEDIDA VIDA ATIVA: Em Novembro de 2014

foi celebrado um novo Acordo de Cooperação com o IEFP, IP – Delegação Regional do Algarve para a

realização de 5 ações de formação no âmbito da Medida Vida Ativa, nas áreas de educação e formação

762 – Trabalho social e orientação, 729 – Saúde e 811 – Hotelaria e restauração e saídas profissionais

de Geriatria, Técnico/a Auxiliar de Saúde e Operador/a de Manutenção Hoteleira, em Faro e Albufeira. O

projeto foi aprovado para os anos 2014/2015 estimando-se a execução de um volume de formação total

de 36.250 horas e 150 adultos ativos desempregados abrangidos. Para a celebração dos acordos de

cooperação a FASL evidenciou dispor de recursos humanos, técnicos e materiais que garantem a boa

execução dos planos de formação previstos bem como o cumprindo as calendarizações definidas para

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os projetos. As infraestruturas e o apoio técnico dos diversos equipamentos disponibilizados são mais-

valias que garantem o sucesso dos projetos e a sua sustentabilidade. A FASL possui espaços próprios

nos diversos equipamentos que gere, os quais estão disponíveis para utilização das ações de formação,

nomeadamente para as atividades práticas e dispõe de um conjunto de parcerias ativas com diversos

parceiros, nomeadamente as Autarquias, para a cedência de espaços formativos. Todas as salas de

formação utilizadas pela FASL estão devidamente equipadas com materiais de apoio, designadamente

videoprojectores, quadro branco, computador, espaço internet, espaço de convívio, mediateca, receção,

instalações sanitárias, assim como asseguram as condições de higiene, segurança e ambientais

adequadas, acessibilidade a portadores de deficiência e incapacidades. Sempre que possível é

assegurada a ausência de barreiras arquitetónicas promovendo a igualdade de acesso a todos os

cidadãos ao direito à formação, bem como a facilidade de estacionamento e proximidade com

transportes públicos. Todos os espaços destinados à formação são apoiados por serviços

complementares, nomeadamente, receção, espaço de convívio, reprografia, sala de formadores, acesso

a rede informática/internet, entre outros.

Formação Contínua Interna

No que concerne à formação interna dos quadros de recursos humanos da FASL, os Serviços de

Formação apresentou um Plano de Formação para o ano 2014, dirigido a todos os colaboradores dos

Equipamentos Sociais, constituído por um conjunto de ações de formação cuja duração totaliza as 35

horas anuais previstas pela legislação laboral em vigor:

o Curso de Técnicas de posicionamento, mobilização, transferência e transporte (25 horas)

o Curso de Gestão do tempo (10 horas)

Considerações sobre a atividade desenvolvida

À semelhança do que se verificou no ano anterior, continua a constatar-se que a adesão à formação

profissional está muito dependente do estímulo do financiamento, a não ser que lhe estejam associadas

garantias concretas de retorno do investimento, como por exemplo, acesso a uma nova certificação

escolar ou profissional e/ou emprego. Conclui-se que, quer ao nível de particulares, quer ao nível

empresarial, é cada vez maior a procura de formação financiada, sendo esta condição determinante para

a frequência de formação profissional.

Os Serviços de Formação pretendem consolidar esta vertente através da realização de novos projetos de

candidatura aos Programas Operacionais do PORTUGAL 2020, assim como às medidas de

formação/qualificação profissional do IEFP, IP, designadamente constituindo-se como Entidade

Formadora Externa dos Cursos de Aprendizagem, para abranger os jovens em situação de desemprego

e que não estão a frequentar qualquer sistema de formação/educação, bem como o público

desempregado e em situação de desfavorecimento social, caracterizado pela baixa taxa de escolaridade

e qualificação profissional. Pretende-se igualmente potenciar a intervenção formativa junto dos ativos

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empregados e do tecido empresarial, através do enquadramento da legislação do trabalho que traz

obrigações no que se refere à formação dos seus colaboradores, apresentando propostas de formação

contínua à medida das necessidades e interesses dos potenciais clientes.

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SINTRA

LAR “QUINTA DO OITÃO”

No ano civil de 2014, o Lar Quinta do Oitão manteve sempre a lotação máxima, (30 utentes). Existe ainda

lista de espera, para integração de Idosos/dependentes no Lar.

Para uma melhor qualidade de vida dos utentes, são programadas várias atividades ao longo do ano.

Essas atividades são acompanhadas e desenvolvidas pela animadora sociocultural, promovendo e

estimulando capacidades físicas, mentais e cognitivas, concentração e memória. Respeitando sempre,

os tempos e as vontades dos utentes.

As atividades desenvolvidas podem ser individuais, em grupo, no interior ou exterior da Instituição. Conta-

se ainda, com parcerias com Instituições locais.

Importa salientar três das atividades exteriores, com uma elevado número de participantes, o

Campeonato de Bowling (inter-instituições), os cantos corais promovidos pela ação social da Câmara

Municipal de Sintra e os almoços convívio, com outras Instituições de Solidariedade Social

No interior da Instituição, teve-se uma maior adesão por parte da população feminina, pois o atelier de

costura e pintura, tem preenchido os dias de algumas utentes. Estes trabalhos são expostos, para que os

visitantes possam vê-los.

Importa referir que a satisfação/motivação demostrada pelos utentes tem sido muito significativa, falando-

se da oração semanal e da missa mensal, celebrada dentro da Instituição pelo Sr. Padre da Paroquia de

São Pedro e a Oração celebrada pela Congregação das Irmãs Doroteias do Linhó, que tanto conforto

espiritual tem trazido aos utentes. Neste contexto, verificou-se a visita de duas senhoras voluntárias.

Cuidados de Saúde/ enfermagem

Para uma boa qualidade dos cuidados de higiene e de saúde, são em média disponibilizados, para a

Higiene, pelos Ajudantes de Acão Direta:

Turno da Manhã – 5 horas;

Turno da tarde – 4 horas;

Turno da noite – 4 horas;

As restantes horas de serviço são disponibilizadas na alimentação e outras tarefas.

Conclui-se que para uma boa saúde/ qualidade de vida é necessária uma atenção elevada a cuidados de

saúde. Para tal, conta-se com a presença diária (5 horas) de enfermagem.

Para uma melhor comunicação é realizada mensalmente uma reunião entre os Técnicos (médico,

enfermeira, fisioterapeuta e assistente social).

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Aquisição de material

No decorrer do ano de 2014, foi adquirido pela FASL sofás, mesas e cadeiras de geriatria, para conforto

de todos os utentes.

CANTINA SOCIAL

Esta valência da Fundação António Silva Leal – Lar Quinta do Oitão, disponibiliza 100 refeições diárias,

nos 7 dias da semana (2.ª feira a Domingo), tendo estado sempre lotados. Foram fornecidas ao longo do

ano 36.500 refeições gratuitas aos beneficiários desta Cantina Social.

A Cantina Social tem articulado com os serviços de Ação Social da Camara Municipal de Sintra, Ação

Social de Freguesia de Rio de Mouro, Ação Social da União das Freguesia de São Pedro e Santa Maria.

Todas as situações têm inerente um estudo socioeconómico prévio (pelas entidades acima descritas).

No decorrer do ano, temos assistindo a pessoas/famílias a organizarem-se e a não necessitar mais desta

ajuda social, dando de imediato lugar a outros indivíduos mais carenciados.

Acrescenta-se ainda, que as refeições são confecionadas no Lar, distribuídas no Mercado da Serra das

Minas, freguesia de Rio de Mouro, para consumo no domicílio (TAKE AWAY).

Programa “Direito à Alimentação” – Município de Sintra

Programa já iniciado no ano 2012 decorrendo dentro dos prossupostos propostos, tendo permitido

chegar a mais indivíduos/famílias carenciados do município de Sintra.

Disponibilizaram-se 3 refeições gratuitas de 2ª feira a 6 ª feira, para consumo no domicílio (TAKE

AWAY).

Em suma, com as duas respostas sociais referidas anteriormente, o Lar Quinta do Oitão disponibiliza

diariamente 103 refeições gratuitas, aos Munícipes de Sintra. Refere-se que as refeições disponibilizadas

pelo Programa “Direito à Alimentação” da Camara Municipal de Sintra são na sua totalidade financiadas

pela Fundação António Silva leal.

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LISBOA

ESCOLA PROFISSIONAL - INSTITUTO PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Em 1 de Janeiro de 2003, a Fundação integrou na sua estrutura a Escola Profissional IDS – Instituto para

o Desenvolvimento Social, a qual foi transferida da antiga Fundação para a Inovação e Desenvolvimento

Social – FIDS.

É um estabelecimento de ensino, integrada no sistema de ensino português, de natureza privada, sem

fins lucrativos, que goza de autonomia pedagógica, administrativa e financeira, sujeita à tutela do

Ministério da Educação.

O IDS conduz a sua atividade no respeito de valores essenciais, que funcionam como guia e fonte de

inspiração, na atenção aos alunos, na busca do estímulo à criatividade e ao empreendedorismo,

assumindo o compromisso de boa cidadania perante o desafio de responsabilidade social da fundação

que o tutela (Fundação António da Silva Leal).

Procura responder aos interesses do seu público-alvo e às necessidades do tecido empresarial,

disponibilizamos-lhe a informação necessária para o acompanhamento destes percursos educativos e

formativos.

Tem como missão, sendo uma Escola Profissional, capacitar cidadãos para o mercado do trabalho

procurando, sempre, ajustar a sua formação quer às áreas do conhecimento quer nas aptidões e atitudes

de cada indivíduo.

No ano letivo de 2013/2014, a escola, para além de dar continuidade aos ciclos anteriormente definidos

nas duas áreas – Animador Sociocultural e Artes do Espetáculo – que, atualmente a definem e

distinguem, com cerca de 200 alunos, aumentou a sua oferta com a criação de Cursos Vocacionais,

realizando várias atividades de acordo com o seu Plano Anual de Atividades e Calendário Escolar. O

Plano de Atividades operacionaliza o Projeto Educativo da Escola visa prosseguir os seguintes objetivos:

Promover o sucesso educativo dos alunos, através do acompanhamento académico de um corpo

docente e técnico de elevada qualidade cuja missão visa a melhoria dos resultados académicos

e a redução do abandono escolar;

Apostar na realização pessoal e no futuro profissional dos alunos, mediante a aquisição de um

Saber baseado na investigação, na reflexão e na experimentação, desenvolvendo

conhecimentos, capacidades destrezas, habilidades e hábitos de trabalho que facilitem uma

integração adequada na vida ativa;

Incentivar uma maior aproximação entre a Escola e o mundo do trabalho, através da planificação,

acompanhamento e avaliação da Formação em Contexto de Trabalho;

Facilitar a realização de visitas a entidades e instituições sociais;

Integrar a participação de entidades locais no Conselho Consultivo da Escola em

colóquios/conferências organizados pela mesma;

Avaliar as competências dos alunos, através das Provas de Aptidão Profissional – PAP;

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Promover a consciência ética, moral e social dos alunos, apoiando-os no desenvolvimento da sua

personalidade e nos valores essenciais ao exercício da cidadania.

Proporcionar a orientação profissional adequada e o apoio e acompanhamento na procura e

seleção de emprego.

A presença da escola é uma mais-valia para a comunidade em que se se encontra inserida, participando

em múltiplos eventos, demonstrando a maior disponibilidade, sempre que solicitada.

Comprometido com a excelência no desempenho da sua missão, posiciona-se como parceiro na

formação profissional em diversas áreas e na qualificação de recursos humanos do País.

O Instituto para o Desenvolvimento Social encontra-se sediado no espaço Quinta da Luz, em Carnide

desde o início de 2006.

Visitas de Estudo

Torre de Belém e Claustro do Mosteiro dos Jerónimos;

Parque Municipal do Cabeço de Montachique;

Jardim Zoológico;

Planetário de Lisboa;

Museu da eletricidade;

Templo Radha Krishna;

Pavilhão do conhecimento;

Centro de Formação Profissional da Quinta dos Inglesinhos/Costa de Caparica;

À SP Televisão;

Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro;

Instituto Nacional de estatística;

Centro Social do Exército de Salvação;

Instituição Centro Bem Estar de Queluz/Idosos;

Assembleia de República.

Participação nos Média

RTP 1 - Portugal no Coração

RH Online – “Ator Pedro Giestas ensina no IDS”

Universia – “IDS promove castings na Futurália”

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DN – “IDS promove castings para curso de Interpretação/ Teatro ”

RTP 1 - Portugal no Coração – Direto em TV do stand do IDS com alunos e professores

Briefing – “IDS comemora 25 anos ao serviço da Formação Profissional”

RTP 1 - Praça da Alegria – Direto em TV com alunos e professores do IDS

Revista Lux – “Ator Ângelo Rodrigues visita IDS”

TSF – “Conheça as apostas do IDS no ensino profissional”

Vida Económica – “IDS aposta em cursos profissionais com emprego” – Artigo de Opinião/ Paula

Branco – Diretora Executiva do IDS

RH Online – “Educar para a Liberdade no Séc. XXI” – Artigo de Opinião/ Paula Branco – Diretora

Executiva do IDS

Expresso - “Ex-alunos do IDS sobem ao palco pela mão de Maria do Céu Guerra”

Atividades (de janeiro a dezembro de 2014)

Abertura do ano letivo- atividades de receção aos novos alunos;

Semana da Animação Sociocultural;

“À conversa com”….Convidada a atriz, Sofia Nicholson;

Limpeza de praias (Carcavelos): associação mão na mão e fundação EDP: Palestra de

Sensibilização para a importância de conservação da natureza e reciclagem;

Assistir à peça “Felizmente há luar” na companhia de teatro a barraca;

Exercícios de teatro/contacto com o público – Área de interpretação;

Assistir à peça “Fernão Mentes?” na companhia de teatro a barraca;

Assistir ao filme “Os gatos não têm vertigens” – Área de animação sociocultural;

Assistir à peça “Antes de começar” de Almada Negreiros no teatro da Luz;

Participação na Marcha contra a pobreza e exclusão social do Centro de Acolhimento Temporário para

Sem Abrigo.

Atividades com a Comunidade

Corso de Carnaval;

Dia Aberto;

Feira das Expressões;

Festa de Natal;

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Atuações: Animatuna; Grupo de Dança “ IDStars”; Grupo de Teatro.

Participação em Projetos

Competências do 21ST CENTURY SKILLS - “Comunicar, Gerir conflitos, Cooperar, Exercitar a

cidadania” . O IDS, em parceria com a JP-Inspiring Knowledge, passou a disponibilizar aos seus

alunos uma Sala Tecnológica de última geração.

CASA DE ACOLHIMENTO DE EMERGÊNCIA “CASA DA LUZ”

A Casa de Acolhimento de Emergência “Casa da Luz” consiste numa resposta social que foi pensada

para o acolhimento de crianças e jovens em situação de perigo iminente para a sua vida e integridade

física ou psíquica, resultando dos acordos de gestão e cooperação celebrados no ano 2004, entre o

Instituto da Segurança Social, IP, entidade proprietária do Edifício, e a Fundação António Silva Leal.

Esta resposta social, com capacidade para 30 utentes, tem por missão o acolhimento de crianças e

jovens do sexo feminino, entre os 12 e os 18 anos, que se encontrem em situação de perigo, e crianças

do sexo masculino, com menos de 12 anos, desde que filhos ou irmãos das suprarreferidas jovens.

A Casa da Luz tem como objetivo principal dar resposta imediata e urgente às situações de crianças e

jovens em perigo, cuja manutenção no meio familiar não se mostra possível a curto prazo, por via de

situações de negligência, maus-tratos, inexistência de contexto familiar minimamente estruturado ou

comportamentos que coloquem a criança ou jovem em perigo, levados a cabo pela família ou pela

própria criança ou jovem.

Ao mesmo tempo que se pretende proporcionar às crianças/jovens acolhidos todos os cuidados básicos

essenciais, a Equipa Técnica Multidisciplinar procede ao estudo e avaliação de cada situação, tendo em

vista a definição do diagnóstico preliminar e o encaminhamento mais adequado de cada criança e/ou

jovem. A Equipa Técnica tem como fim proteger e promover a inserção plena e sustentável na

sociedade, através da articulação com as entidades locais.

No caso da proposta de encaminhamento ser a integração em Casa de Acolhimento Emergência (CAE)

ou Lar de Infância e Juventude (LIJ), as crianças e jovens devem ser rapidamente encaminhadas para

Instituições, com condições de vida mais adequadas às suas necessidades, permitindo uma avaliação

mais profunda de cada situação, bem como a consequente organização de um projeto de promoção e

proteção. Este encaminhamento institucional é da responsabilidade do Centro Distrital de Lisboa, Núcleo

de Infância e Juventude, Equipa de Admissões - Gestão Centralizada de Vagas.

Tendo em conta que a Casa da Luz é uma resposta de emergência e um acolhimento transitório, as

atividades desenvolvidas têm em conta o contexto e as necessidades específicas de cada criança e

jovem, procurando-se desenvolver projetos no quotidiano e não a longo prazo.

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Assim, pode-se afirmar que em 2014 destacaram-se projetos que se consideram essenciais para as

crianças e jovens, nomeadamente:

o A (re) integração em estabelecimento de ensino ou em cursos de formação profissional,

verificando-se muitas situações em que as crianças e jovens são acolhidas com um registo de

absentismo ou abandono escolar.

o A promoção do estudo e de atividades de desenvolvimento de competências pessoais através

da dinamização da sala de estudo, atelier em áreas diversas.

o A promoção de competências culturais por saídas e programas a parques e jardins, bem

como a ida a peças de teatro e espetáculos;

o A integração em atividades extracurriculares na comunidade, em parceria com entidades

locais, promovendo a inserção na vida comunitária.

o A articulação, 24 horas/dia, com as famílias ou pessoas de referências das crianças e jovens,

promovendo-se uma intervenção conjunta e sustentável, através de contactos, reuniões,

visitas (dentro e fora da Instituição), consultas de terapia familiar.

o A celebração de dias festivos, pretendendo-se o amadurecimento intracultural, a valorização

da autoestima, o desenvolvimento das capacidades artísticas e motoras, bem como o

apreender formas de relacionamento interpessoal das crianças/jovens, para que estas

valorizem a sua gravitação e aceitação social dentro dos grupos, gerando, naturalmente a

melhoria do seu sentimento de pertença.

o A celebração de aniversários, promovendo-se a autoestima da criança e jovem, através da

realização de uma festa com direito a bolo e prenda e com a participação de todas as crianças

e jovens acolhidas.

Para a intervenção técnica e quotidiana da Casa da Luz, são celebradas diferentes parcerias com

entidades locais, nomeadamente a Junta de Freguesia de Carnide, a ENTRAJUDA, a CEGOC, Centro de

Saúde do Lumiar – Extensão de Telheiras, Unidade de Saúde Domingos Barreiro, Clínica da Juventude,

Clínica Nova Era, Hospital de Santa Maria, Hospital da Cruz Vermelha, Farmácia Valentim, Direção

Regional de Educação de Lisboa, Instituto de Emprego e Formação Profissional, Banco de Voluntariado,

Instituto para o Desenvolvimento Social (FASL), entre outras. Todas estas parcerias apoiam a Equipa da

Casa da Luz a promover o bem-estar e o quotidiano das crianças e jovens acolhidas.

LAR DE INFANCIA E JUVENTUDE “LAR ADOLFO COELHO”

Esta resposta social, situada no concelho de Lisboa, freguesia de Carnide, destina-se ao acolhimento de

crianças e jovens do sexo feminino, em situação de vulnerabilidade social e no âmbito de uma medida de

promoção e proteção. O Lar de Infância e Juventude resulta dos acordos de gestão e cooperação

celebrados entre o Instituto da Segurança Social, entidade proprietária do Edifício Instituto Adolfo Coelho,

e a Fundação António Silva Leal.

Os referidos acordos destinam-se a permitir a realização de atividades e serviços de apoio a crianças e

jovens do sexo feminino em risco de exclusão social, com idades compreendidas entre os 12 e os 18

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anos, salvaguardando-se também o acolhimento de irmãos e filhos destas, de menor idade e de ambos

os sexos, sendo que as crianças do sexo masculino nestas condições só poderão ser admitidas até aos

12 anos. O Lar Adolfo Coelho deverá dar prioridade ao acolhimento de jovens gestantes.

Com uma capacidade para 30 residentes, este espaço tem como objetivo proporcionar os meios que

contribuam para a valorização pessoal das jovens, ou seja, promover durante a permanência no Lar as

suas aptidões pessoais, profissionais e sociais, suscetíveis de evitar situações de exclusão social e tendo

em vista a sua efetiva (re)inserção social.

Tendo em conta que a missão do Lar Adolfo Coelho é proporcionar a satisfação das necessidades

básicas ao nível físico e psíquico, com vista a salvaguarda dos interesses, integração na família ou

comunidade, construindo a progressiva autonomização das nossas utentes, sentiu-se a necessidade de

elaborar um Plano de Atividades, que se encontra dividido em onze projetos, distribuindo-se da seguinte

forma: Acolhimentos de Crianças e Jovens, Cuidados Básicos, Formação Escolar e Profissional, Sala de

Estudo e Atelier; Integração na Comunidade, Assegurar o Contacto com a Família, Celebração de dias

festivos e dias temáticos, Ateliers de Culinária, Quartos de Autonomização, Projeto Crescer Bem, Saber

Ser e Estar e o projeto Dinâmicas de Grupo. Desta forma o Lar Adolfo Coelho propõe avançar num

processo dinâmico e participado, que envolva transversalmente técnicos e residentes, exercendo a sua

função segundo valores que regem a missão da Fundação.

Procura-se, com a intervenção técnica, contribuir para a implementação de estilos de vida saudáveis das

residentes, garantindo, com recurso aos serviços de saúde locais, os cuidados necessários a um bom

nível de saúde. Implica proporcionar uma alimentação saudável qualitativa e quantitativamente adequada

às respetivas idades, salvaguardando as situações que necessitem de alimentação especial. De acordo

com a população alvo, cada vez mais urge sensibilizar e orientar as crianças/jovens para o planeamento

familiar.

Em termos de projetos e áreas desenvolvidas em 2014, e dando continuidade aos projetos base já

desenvolvidos nos anos anteriores destacam-se:

o Formação escolar e profissional: com o objetivo de integrar as residentes na escola ou em

cursos de formação profissional ajustados ao perfil de cada utente de forma a promover o

sucesso escolar e a sua futura integração no mercado de trabalho. Promover a envolvência da

família reforçando a importância do seu papel no desenvolvimento sustentado das crianças e

jovens acolhidas.

o Dinamização da sala de estudo: com o objetivo de implementar hábitos de estudo, motivando

para a aquisição dos conteúdos programáticos das diferentes disciplinas, disponibilizando apoio

regular de forma a concluir com sucesso os objetivos escolares para o ano letivo.

o Integração na comunidade: com o objetivo de promover a inclusão das crianças e jovens na

sociedade, investir desde o início do acolhimento na aquisição de competências que promovam a

inclusão social. Incentivar para integrar em projetos sociais desenvolvidos fora da Instituição

fundamentais para a aquisição de normas e valores ajustados à sociedade. Participação em

espaços e tempos de aprendizagem que possam ajudar a encontrar vias de expressão das suas

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vivências, competências e saberes práticos, assim como desenvolver o sentimento de pertença e

entre ajuda.

o Articulação com as famílias: através de contacto regular, os familiares e figuras de referência

são informadas da evolução e bem-estar da criança/jovem. Sempre que possível e necessário,

promover encontros regulares com os familiares dentro e fora da Instituição. Incentivar a família

a colaborar no desenvolvimento do projeto de vida da criança e jovem residente de forma a

contribuir ativamente no desenvolvimento do projeto de vida delineado.

o Celebração dos dias festivos: procurando-se o amadurecimento intracultural das residentes, a

valorização da autoestima, o desenvolvimento das capacidades artísticas e motoras, bem como

o apreender formas de relacionamento interpessoal, para que valorizem a sua gravitação e

aceitação social dentro dos grupos.

o Ateliers de culinária: através da realização de ateliers de culinária pretende-se assegurar o

aperfeiçoamento de competências que visem a subsistência em meio natural de vida de forma a

garantir o desenvolvimento integral da jovem.

o Quartos de pré-autonomia: com o objetivo de assegurar os meios necessários à

autonomização e desenvolvimento pessoal das jovens com vista à sua integração na

comunidade ou em apartamento de autonomia. Envolver a residente, diariamente, na definição

de estratégias que possibilitem o desenvolvimento de competências pessoais e sociais de forma

a garantir a sua autonomização pessoal e social.

o Projeto “Crescer Bem”: com o objetivo de promover o desenvolvimento de competências

parentais das utentes acolhidas através de atividades que fomentem comportamentos

adequados nos cuidados básicos prestados aos filhos diariamente e que visem o reforço da

relação mãe-filho, salvaguardando o direito e bem-estar das jovens mães.

o Projeto “Saber Ser e Estar”: para colmatar as dificuldades evidenciadas pelas residentes na

relação interpessoal, objetivo deste projeto visa a aquisição de competências e comportamentos

assertivos que facilitem a inserção na comunidade, escola e no emprego.

o Projeto “Dinâmicas Grupo”: tem como objetivo promover a relação interpessoal de forma a se

reforçar o vínculo afetivo entre utentes acolhidas na Instituição. Pretende-se promover a

capacidade de resolução de problemas e conflitos com vista à integração positiva em contexto

institucional de forma a salvaguardar o bem-estar ao longo do acolhimento.

O Lar Adolfo Coelho tem como visão garantir que todas as crianças e jovens tenham um acolhimento

correspondente às suas necessidades e um projeto de Vida delineado, acompanhado e avaliado sempre

que possível, com vista à reintegração familiar ou plena autonomia. Este projeto de vida é delineado,

construído e operacionalizado com a participação de cada criança/jovem e as respetivas famílias,

considerando-se essencial o envolvimento dos elementos familiares no processo da criança/ jovem.

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CANTINA SOCIAL “QUINTA DA LUZ”

Em Novembro de 2012, no âmbito do Programa de Emergência Alimentar (PEA), a Fundação António

Silva Leal celebrou um protocolo de colaboração com o Instituto de Segurança Social, I.P. tendo assim

aberto mais uma resposta social na freguesia de Carnide, Concelho de Lisboa - Cantina Social, que

pressupõe a confeção e disponibilização de refeições, para o consumo no domicílio.

Os serviços da Cantina Social estão disponíveis todos os dias, das 14h15 às 15h00, sendo asseguradas

100 refeições diárias constituídas por uma dose de sopa, um prato principal e uma peça de fruta.

A admissão dos beneficiários será feita pela Fundação e de acordo com os seguintes critérios:

o Situação já sob apoio social, desde que o apoio atribuído não seja do âmbito alimentar;

o Situações recentes de desemprego múltiplo e com despesas fixas com filhos;

o Famílias/indivíduos, com baixos salários e encargos habitacionais fixos;

o Famílias/indivíduos, com reformas/pensões ou outro tipo de subsídios sociais baixos;

o Famílias monoparentais, com salários reduzidos, encargos habitacionais fixos e despesas fixas

com filhos;

o Situações de emergência temporária, tais como incêndio, despejo ou doença entre outras.

o Os beneficiários podem usufruir da Cantina Social através da procura direta ou sinalizados por

parceiros da Rede Social, principalmente a Junta de Freguesia de Carnide e os Serviços de

Acolhimento Social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, sendo posteriormente a situação

avaliada pela Fundação.

Não podem beneficiar da Cantina Social, famílias que recebam apoio por qualquer outra via ao nível da

alimentação (como por exemplo: banco alimentar, outra cantina social, distribuição direta de alimentos a

sem-abrigo, entre outras).

Tendo em conta a situação de vulnerabilidade extrema verificada nos diversos agregados, as refeições

são totalmente gratuitas e é efetuado um acompanhamento próximo com as entidades que acompanham

os agregados familiares.

APARTAMENTO DE AUTONOMIZAÇÃO “PASSOS EM VOLTA”

O projeto “Passos em Volta” – Apartamento de Autonomia para a autonomização progressiva de jovens,

vem dar cumprimento ao Artigo 45º da Lei nº 147/99 de 01 de Setembro – Lei de Proteção de Crianças e

Jovens em Perigo, tendo iniciado o seu funcionamento em dezembro de 2013 com uma capacidade de 5

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jovens. Prevê-se a abertura de novo apartamento em 2015, tendo em conta a necessidade de existência

deste tipo de resposta social e a autonomização de jovens institucionalizadas.

OBJECTIVOS GERAIS

1. Proporcionar às jovens que estão privadas do seu meio natural de vida um apoio para a

preparação da sua independência e autonomia;

2. Promover uma resposta transitória entre a passagem de um sistema de acolhimento residencial e

a aplicação de uma medida para autonomia de vida;

3. Capacitar as jovens para o trabalho, para os afetos, para a família, para a saúde, de modo a que

consigam experienciar todas a as áreas da sua vida de uma forma mais autónoma e equilibrada;

4. Assegurar todas as condições favoráveis ao seu desenvolvimento pessoal que possibilitem uma

integração social harmoniosa e a consequente autonomização.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

1. Proporcionar um ambiente acolhedor e propício à socialização;

2. Promover o ingresso ou a continuação da formação escolar, profissional e laboral;

3. Promover a valorização pessoal, social e familiar das jovens;

4. Promover a educação para a saúde e sexualidade;

5. Promover aprendizagens sociais (organização das atividades da vida diária) oferecendo

orientações nas escolhas individuais na educação e/ou no trabalho;

6. Promover a educação para a cultura e para o lazer;

7. Promover o conhecimento e a cidadania;

8. Aprender a utilizar a rede social e institucional;

9. Promover a gestão económica e doméstica;

10. Proporcionar as condições adequadas para um crescimento afetivo e emocional;

11. Apoiar a jovem na transição para a completa autonomia.

Para alcançar os objetivos propostos, a intervenção, que inclui apoio económico, inicia-se num apoio ao

nível da organização do Apartamento (espaço físico), em que são trabalhadas questões como:

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• Coabitação conjunta;

• O respeito pelo espaço do outro;

• O espaço e privacidade de cada uma;

• A partilha versus espaço individual;

• A forma de organização das tarefas domésticas;

• Gestão da economia doméstica.

• Vínculos de referência e reparadores.

A intervenção direciona-se complementarmente com um apoio ao nível psicopedagógico e social, em que

são trabalhadas questões nas áreas:

Da saúde;

Da educação;

Da profissionalização;

Da gestão económica;

Gestão das atividades de lazer;

Gestão das atividades de cultura, entre outras.

Pretende-se um apoio psicológico pontual às jovens, nomeadamente da mediação de conflitos interiores

e relacionais sendo que, caso exista necessidade de um apoio continuado, este é prestado através do

Centro de Saúde ou outro recurso institucional existente na zona de implementação do projeto.

Face às questões levantadas nesta fase da adolescência/entrada no estado adulto, entende-se como

pertinente elaborar um esquema de ações de formação sobre temáticas que interessem em particular a

estas jovens, tais como:

Sexualidade;

Comportamentos aditivos;

Comportamentos alimentares;

Relacionamento interpessoal, entre outras.

E outras áreas específicas da formação profissional.

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No início de 2014, ingressaram no apartamento mais 3 jovens, perfazendo a capacidade do mesmo.

Destas, 3 eram oriundas do LAC e as restantes 2 de outros LIJ que cumpriam os critérios de admissão.

Das 5 jovens residentes no Apartamento, 3 iniciaram atividade laboral e 2prosseguiram os seus estudos.

Em dezembro de 2014 uma jovem foi integrada, com sucesso, na comunidade, tendo alugado um quarto

num apartamento onde já residia uma amiga e mantendo o seu posto de trabalho.

Relativamente ao plano de ação elaborado com vista à autonomização das jovens, o mesmo foi

cumprido, quer no que se refere à intervenção delineada ao nível do apartamento, quer na prestação de

apoio psicopedagógico e social, sendo que no que se refere a duas das jovens houve uma forte

incidência na procura de emprego, o que se conseguiu de forma bem-sucedida, pois ambas viram já os

seus contratos renovados.

Em termos das ações de formação temáticas não se realizaram enquanto tal, quer por haver resistência

das jovens às mesmas, quer pela dificuldade de compatibilizar, no seio do grupo, os seus horários

escolares e laborais. No entanto, alguns dos temas foram abordados nas reuniões semanais realizadas

com o grupo.

Foram celebrados as datas festivas e aniversários, tendo sido as jovens, embora com supervisão,

responsáveis pela decoração do apartamento, aquisição dos géneros alimentares necessários,

preparação e confeção das refeições. Estes são momentos em que as jovens desenvolvem as suas

capacidades culinárias e promovem o espírito de entreajuda e de grupo.

Todas as jovens foram envolvidas na elaboração e operacionalização do seu Plano de Autonomia.

De igual modo, as jovens participaram na definição de estratégias que possibilitem um funcionamento

harmonioso do apartamento, um ambiente contentor e acolhedor, mas tendo sempre presente a

aquisição das competências necessárias ao início de uma vida autónoma e a sua inserção plena na

comunidade.

CENTRO DE ALOJAMENTO E EMERGÊNCIA SOCIAL “PONTO DE LUZ”

O Centro de Alojamento e Emergência Social “Ponto de Luz” iniciou o seu funcionamento em Janeiro de

2014 e visa dar resposta a todos os cidadãos que se encontrem em situação de vulnerabilidade e perigo

e que necessitem de alojamento de emergência, sendo dada prioridade ao acolhimento de idosos em

situação de abandono, de pessoas vítimas de violência doméstica e pessoas em situação de sem-abrigo.

OBJETIVO GERAL

Acionar uma resposta social imediata às situações de emergência social, assegurar a acessibilidade a

um posterior encaminhamento/acompanhamento social, numa perspetiva de inserção e autonomia, e dar

acolhimento de emergência 24 h por dia, durante todo o ano, incluindo períodos de fins-de-semana e

feriados.

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ÂMBITO GEOGRÁFICO

O âmbito territorial de intervenção abrange o distrito de Lisboa, com excepção de eventuais

encaminhamentos de emergência de indivíduos ou famílias pela Linha Nacional de Emergência Social

(LNES).

CONDIÇÕES GERAIS DE ADMISSÃO

O Alojamento é efetuado através da Linha de Emergência Social (144) e pelo Centro Distrital de

Segurança Social de Lisboa, sendo a admissão da responsabilidade da Equipa Técnica da Fundação

António Silva Leal.

SERVIÇOS MINIMOS ASSEGURADOS

Alojamento transitório e temporário

Alimentação;

Higiene;

Serviço de lavandaria ou disponibilização de equipamento e produtos necessários para o

tratamento de roupas;

Os necessários serviços de acompanhamento técnico durante o período de permanência.

CARACTERIZAÇÃO DAS PESSOAS E/OU FAMILIAS ALOJADAS NO ANOS DE 2014

No ano de 2014 foram alojadas, em vagas para alojamento provisório (72h, quando aplicável) 86

indivíduos, cujas razões para amissão foram:

Violência doméstica – 28

Desalojamento – 34

Perda de autonomia – 5

Sem abrigo – 18

Outras – 1

Ao nível de encaminhamento após saída:

Rede familiar/amigos – 4

Resposta social (CAT, Casa Abrigo, ERPI, etc) – 13

Autonomização – 47

Saída sem encaminhamento – 19

Em vagas para alojamento temporário (3/6 meses) foram alojados 113 indivíduos, cujas razões para

admissão foram:

Violência doméstica – 12

Desalojamento – 49

Perda de autonomia – 6

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Sem abrigo – 37

Outras – 9

Ao nível de encaminhamento após saída:

Rede familiar/amigos – 16

Resposta social (CAT, Casa Abrigo, ERPI, etc.) – 22

Autonomização – 37

Saída sem encaminhamento – 17

Saída por incumprimento de regras – 5

Transição para vaga temporária - 2

LAR ESPECIALIZADO “ENTRE MUNDOS”

Esta resposta social, situada no concelho de Lisboa, freguesia de Carnide, destina-se ao acolhimento de

crianças e jovens do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos mediante uma

medida de Promoção e Proteção, e que pelo seu percurso e comportamento necessitam de um ambiente

contentor e securizante. Este Lar destina-se a desenvolver programas de reabilitação psicossocial e

terapêutica para jovens com perturbação grave do desenvolvimento e estruturação da personalidade

(subtipo B), encontrando-se em funcionamento desde Setembro de 2014 com uma capacidade para 12

utentes.

O Lar de Infância e Juventude Especializado resulta dos acordos de gestão e cooperação celebrados

entre o Instituto da Segurança Social, e a Fundação António Silva Leal.

O Lar de Infância e Juventude Especializado “Entre Mundos” vem dar resposta ao aumento da

severidade dos comportamentos disruptivos das jovens que possuem perturbações graves do

desenvolvimento e estruturação da personalidade, que passa por um acolhimento de longa duração para

minimizar e alterar as perturbações graves do comportamento de jovens do sexo feminino.

A intervenção neste tipo de lar especializado assenta na necessidade de encontrar uma resposta

adequada às jovens que são acolhidas, de forma a reparar experiências passadas e promover novos

modelos de vinculação e socialização. Urge a implementação de uma intervenção de qualidade que

promova e incuta mecanismos de controlo externo sistematizados, uma vez que esta tipologia de jovens

demonstra lacunas ao nível do controlo interno dos impulsos.

Assim as atividades desenvolvidas em 2014 pelo Lar Entre Mundos foram:

Os cuidados básicos, com o intuito de contribuir para a implementação de estilos de vida saudáveis das

residentes, implica garantir, com o recurso aos serviços de saúde locais, os cuidados necessários a um

bom nível de saúde, particularmente nos aspetos preventivos e de despiste de situações anómalas.

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Implica, também, proporcionar uma alimentação saudável qualitativa e quantitativamente adequada,

salvaguardando as situações que necessitem de alimentação especial.

Formação escolar: com o objetivo de colmatar o desinvestimento e absentismo escolar, combatendo a

dificuldade de pensar simbolicamente e a pobreza de linguagem, dando-lhes assim ferramentas para que

no futuro possam estar preparadas para integrar o mundo do trabalho ou continuação do seu projeto

escolar. Este trabalho é feito através da elaboração de planos de ensino mediante o projeto educativo de

cada jovem no interior do Lar.

Integração na comunidade: com o objetivo de promover a inclusão das jovens na comunidade criando

espaços e tempos de aprendizagem que possam ajudar as jovens a encontrar vias de expressão das

suas vivências, competências e saberes práticos, assim como desenvolver o sentimento de pertença e

de entre ajuda. A integração das utentes na comunidade contribui de forma a reforçar os princípios e os

valores sociais, promovendo o desenvolvimento de uma boa relação entre pessoas e criando contextos

lúdicos e educativos que satisfaçam as necessidades afetivas, cognitivas e ideológicas das jovens,

assegurando desta forma momentos de confiança e desinibição, assim como a elevação do nível de

autoestima.

Articulação com as famílias que serão mantidas informadas da evolução da jovem devendo promover-se,

sempre que possível e necessários encontros regulares com os seus familiares.

Celebração de dias festivos, procurando-se o amadurecimento intracultural, a valorização da autoestima,

o desenvolvimento das capacidades artísticas e motoras, bem como o apreender formas de

relacionamento interpessoal das nossas jovens, para que estas valorizem a sua gravitação e aceitação

social dentro dos grupos, gerando, naturalmente a melhoria do seu sentimento de pertença.

Ateliers de culinária, de forma a desenvolver capacidades culinárias e promover o espírito de entreajuda

e o espirito de grupo.

Dinâmicas de grupo, torna-se benéfico um trabalho de grupo com esta população uma vez que ao nível

individual as jovens estabelecem barreiras por vezes intransponíveis à intervenção. O grupo acaba por

surgir com a imagem do representante experimental de interação social, pelo que possibilita o tratamento

da psicopatologia de cada adolescente, através do comportamento do grupo como um todo. Assim de

forma mais contentora e securizante é possível trabalhar as questões internas de cada jovem que se

encontra institucionalizada.

Treino de competências, mediante o programa Umbrella, com o intuito de desenvolver na jovem mais

abertura nas questões relacionadas com a afetividade, maior sensibilidade nos problemas interpessoais,

o desenvolvimento de competências na resolução de problemas, uma maior facilidade em encontrar

soluções alternativas; capacidade de avaliar as consequências das ações e aptidões de regulação

emocional e de autocontrolo.

O encaminhamento da Jovem é um momento fundamental no qual se reforçam as expectativas da

Jovem tendo em conta o diagnóstico realizado pela Equipa Técnica. Aquando do encaminhamento da

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Jovem é fundamental assegurar que esta continuará a usufruir de um ambiente estável, equilibrado e que

proporcione as condições essenciais ao seu bem-estar bio-psico-social. O encaminhamento é planeado

com esta desde o momento do seu acolhimento, sendo essencial uma desvinculação gradual e

equilibrada.

Com este tipo de intervenção terapêutica não se pretende transformar a personalidade das jovens mas é

possível com um setting terapêutico contentor melhorar o seu funcionamento psicológico, de forma a

surgir uma mudança efetiva em cada residente e assim as tornar cidadãs responsáveis, capazes de

integrar a comunidade num futuro próximo.

PROGRAMA DE APOIO E QUALIFICAÇÃO DA MEDIDA PIEF (Programa Integrado de

Educação e Formação)

Relativamente a este programa, no ano letivo 2013/2014 funcionaram apenas os seguintes projetos:

1. Agrupamento de Escolas Agualva – Mira-Sintra - Escola Secundária Matias Aires – Sintra-

Cacém;

2. Agrupamento de Escolas de Benfica – Escola Básica 1 Arquiteto Gonçalo Ribeiro Teles –

Bairro da Boavista.

Os objetivos do programa assentam na promoção da inclusão social de crianças e jovens mediante a

criação de respostas integradas, designadamente socioeducativas e formativas de prevenção e combate

ao abandono e insucesso escolar, favorecendo o cumprimento da escolaridade obrigatória e a

certificação escolar e profissional dos jovens.

Os projetos têm capacidade para 30 alunos cada, tendo-se desenvolvido o conjunto de principais

atividades que abaixo se passa a descrever:

Elaboração e implementação, com base em diagnóstico prévio, de planos

socioeducativos e formativos individualizados (PSEFI);

Ações no âmbito da promoção da inclusão e da cidadania cativa de crianças e jovens;

Ações de diagnóstico, intervenção e acompanhamento de alunos integrados nas

respostas socioeducativas e formativas;

Ações de reforço das competências parentais, nomeadamente através de atividades de

mediação, sensibilização e informação de pais e encarregados de educação, de

articulação com as redes sociais, de animação socioeducativa, de promoção da relação

escola, família e comunidade através da realização de workshops que promovam a

capacitação parental e familiar diferenciada em função das necessidades identificadas;

Ações de sensibilização e de mobilização da comunidade;

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Ações de dinamização e monitorização de medidas de intervenção socioeducativa e

formativa individualizada, com vista à certificação escolar e profissional dos jovens,

promovendo a inclusão e cidadania cativa dos mesmos;

Desenvolvimento de estudos de diagnóstico, de metodologias e tecnologias de apoio, de

suporte às intervenções.

CRECHE “ALGODÃO DOCE”

A gestão da Creche Algodão foi cedida à Fundação pela Câmara Municipal de Lisboa, em 2013, através

do programa de Desenvolvimento de Creches em Lisboa - B.a.ba, cujo principal objetivo é o de dotar a

cidade de Lisboa com uma rede de creches através da criação de 60 unidades. Este espaço destina-se a

receber crianças com idades compreendidas entre 4 e os 36 meses, com capacidade total para 84

crianças.

A resposta social de Creche é composta por:

2 Salas de Berçário (4 meses até aquisição da marcha) – com capacidade de 10 crianças cada;

2 Salas de aquisição da marcha-24 meses – com capacidade de 14 crianças cada;

2 Salas dos 24-36 meses – com capacidade de 18 crianças cada.

A Creche Algodão Doce iniciou a sua prática educativa em outubro de 2013 e a equipa pedagógica da

Creche defende os seguintes objetivos “proporcionar o atendimento individualizado de cada criança num

clima de segurança afetiva e física, que contribua para o seu desenvolvimento global; colaborar

estritamente com a família numa partilha de cuidados e responsabilidades em todo o processo evolutivo

de cada criança; estimular o desenvolvimento global da criança no respeito pelas suas caraterísticas

individuais, incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens significativas e diferenciadas;

proporcionar à criança um ambiente de estabilidade e segurança afetiva, que seja própria ao

desenvolvimento global e harmonioso de todas as suas capacidades; contribuir para uma boa integração

no meio físico e social envolvente, permitindo à criança oportunidade de observar e compreender o que

se passa à sua volta de forma a participar de maneira mais adequada; desenvolver as capacidades de

experimentação, comunicação e criatividade e incentivar a participação das famílias no processo

educativo.” (in Guião Técnico n. 4, editado pela ex-DGAS, aprovado em 29.11.1996).

O Projeto Educativo (2013/2015) da Creche Algodão Doce intitula-se “À descoberta…”, que tem como

eixo orientador a crença de que a aprendizagem é um processo e não um produto acabado e o Plano

Anual de Atividades foi elaborado tendo em conta as efemérides e as festividades/acontecimentos a

celebrar ao longo do ano letivo, com um conjunto de atividades adequadas e apelativas a esta faixa

etária. De salientar as atividades relacionadas com o inverno como a construção de diversos painéis

alusivos a essa estação do ano; a confeção do bolo-rei; o baile de Carnaval que contou com a presença

entusiasta dos encarregados de educação; as atividades relacionadas com o Dia do Pai e a dinamização

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de diversas atividades por parte dos pais; as atividades relacionadas com a primavera como a

construção de diversos painéis alusivos e observação da natureza; a visita à Quinta Pedagógica dos

Olivais, também com a presença das famílias; a confeção de folares na Páscoa; as atividades

relacionadas com o Dia da Mãe e a dinamização de diversas atividades por parte das mães; a celebração

do Dia da Família com um lanche convívio no espaço exterior da Creche; a exploração dos elementos

naturais que constituem o ramo da espiga; a comemoração do Dia da Criança com uma festa com

insufláveis; a festa de final de ano letivo que contou com uma apresentação de cada sala e uma

apresentação dos encarregados de educação, seguido de um lanche convívio; e as atividades de verão

contaram com diversas idas ao parque infantil, uma ida à praia e alguns mergulhos nas piscinas

colocadas no espaço exterior da Creche.

Ainda em 2014, no início do ano letivo 2014/2015, de salientar as atividades relacionadas com o outono

como a construção de uma árvore 3D que contou com a participação das famílias; a aquisição de

diversos peixinhos para celebrar o Dia do Animal; as atividades relacionadas com o Dia das Bruxas e o

Dia de São Martinho; a participação no Dia Nacional do Pijama e as atividades relacionadas com o Natal

onde também assistimos a uma peça de teatro intitulada “A loja dos sonhos”, dinamizada pela

Companhia Cativar – animação para a infância; e a festa de Natal, no auditório das Irmãs Hospitaleiras,

que contou com uma apresentação de cada sala, uma apresentação dos encarregados de educação e

uma apresentação da equipa pedagógica, com entrega de prendas a todas as crianças, seguido de um

lanche convívio na Creche.

Além destes documentos e atividades cada sala possui um Projeto Curricular, elaborado pelas

educadoras, onde consta a caraterização do grupo, os seus interesses e necessidades e as atividades a

desenvolver de acordo com as competências e objetivos que se pretende alcançar até ao final do ano

letivo.

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LEIRIA

LAR DE INFÂNCIA E JUVENTUDE –“COLÉGIO D. DINIS”

Situada no Concelho de Leiria, esta resposta social resulta de um Acordo de Gestão e Cooperação

celebrado entre a Fundação António Silva Leal e o Instituto de Segurança Social. I.P. a 01 de Março de

2005. Destina-se ao acolhimento de crianças e jovens do género masculino em situação de

vulnerabilidade e/ou exclusão social encaminhados por Tribunal ou Comissões de Proteção de Crianças

e Jovens através de medidas de Promoção e Proteção.

Com uma capacidade para 25 utentes, o Colégio D. Dinis acolhe crianças e jovens com necessidade de

substituição da família natural, com o objetivo de lhes garantir uma estrutura securizante e equilibrada de

forma a criar as condições ideais para um crescimento e desenvolvimento plenos e pró-ativos.

Tendo em vista a intervenção global da Fundação, bem como a especificidade e individualização da

intervenção realizada com cada criança e jovem, considera-se de extrema importância a procura e

desenvolvimento constantes de parcerias com entidades locais de forma a proporcionar atividades, aulas

e consultas que promovam o bem-estar e a plena integração dos jovens no meio que os rodeia.

Durante o ano de 2014 foram realizadas novas parcerias assim como garantida a manutenção das já

existentes. Assim, pode-se referir que na área lúdico-pedagógica, foram mantidas as parcerias com a

Câmara Municipal de Leiria que proporciona apoio financeiro para a prática de Hipoterapia no Centro

Hípico D. Cavalo, com a Biblioteca Afonso Lopes Vieira, com o Instituto Português do Desporto e da

Juventude, com Juventude da Cruz Vermelha Portuguesa que desenvolve atividades lúdico pedagógicas

no âmbito do Projeto Lápis, com a Associação Fazer Avançar que desenvolve um projeto de cariz

desportivo, com o Grupo Recreativo Amigos da Paz onde estão inseridos vários dos nossos utentes na

prática de futebol, com a Associação Recreativa e Desportiva dos Outeiros da Gândara para a prática de

karaté e com o Clube de Hóquei de Leiria para a prática de hóquei em patins e patinagem de velocidade.

Foi também estabelecida uma nova e importante parceria com o Tiger Clube de Leiria para a prática de

Judo. Na área da saúde e bem-estar, foram também mantidas as parcerias com a Clínica Dentária

DentalCare, com o Centro Hospitalar Leiria / Pombal, com o Centro de Saúde Dr. Arnaldo Sampaio, com

o Centro de Atendimento a Jovens para consultas de sexualidade, com o Centro de Respostas

Integradas para consultas de tabagismo, com a Tecnitalentos e a Visage na área do bem-estar (cortes de

cabelo). Foi estabelecida uma nova parceria com a Clínica Dentária Mota e com o Tosquia Cabeleireiros.

Na área alimentar, foi também mantida a parceria com a Panidor e realizada uma nova com o Bolo do

Caco.

Como é apanágio, o âmbito escolar é uma das vertentes mais trabalhadas no nosso Lar de Infância e

Juventude. É garantido um acompanhamento presencial diário nas escolas e foram criadas diversas

estratégias de comunicação entre os diversos centros de formação e a Instituição. Para além disso, todos

os instrumentos utilizados para controlo de assiduidade, apoio ao estudo e comunicação são alvo de

constantes atualizações e reformulações consoante a necessidade. A Sala de Estudo é dinamizada

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diariamente com um horário fixo e com planos de estudo individualizados de forma a promover o sucesso

escolar de cada criança e jovem. Para além de ser um espaço de estudo, realização dos trabalhos

escolares e organização de manuais e materiais, é também um espaço privilegiado para o debate de

questões relativas à vida escolar. Ainda no âmbito escolar e com o objetivo principal de motivar as

nossas crianças e jovens para o sucesso escolar, daremos continuidade ao Concurso de Motivação

Escolar com regulamento específico e com prémios que valorizam tanto o esforço como o sucesso

escolar. No final do ano letivo será também organizado um acampamento com a duração de uma

semana para todos os jovens que transitarem de ano.

No âmbito da ocupação quotidiana das nossas crianças e jovens, aos fins-de-semana e durante os

períodos de férias (Carnaval, Páscoa, Verão e Natal) participam em Colónias de Férias e em diversas

atividades tanto de caráter cultural como lúdico-desportivo-pedagógicas com organização interna e com

parcerias já descritas. Estas ocupações favorecem a partilha de experiências, a ocupação de tempos

livres e o estreitamento de relações tanto entre as crianças e jovens como com os profissionais com

quem partilham o seu dia-a-dia. São também celebrados todos os aniversários, feriados importantes e

dias de relevo como o Dia da Criança, o Dia da Árvore, o Halloween, entre outros.

É de salientar que estes dias repletos de atividades realizadas em conjunto, e também o contacto com

outros grupos de jovens oriundos de outras zonas do país, resultam também num claro estreitamento da

sensação de pertença a um grupo. Para além do indivíduo em si, é feita uma importante aprendizagem

acerca de como o grupo interage com grupos diferentes.

A intervenção técnica no Lar de Infância e Juventude Colégio D. Dinis tem por base o superior interesse

de cada criança e jovem acolhida, sendo totalmente respeitados os seus direitos e sendo

delineado/construído e operacionalizado o despectivo projeto de Vida, contando com a sua participação,

bem como envolvendo os agregados familiares.

A implementação de políticas sociais inovadoras e absolutamente pioneiras apontam para uma

institucionalização diferente, basicamente securizante, contentora de angústias e promotora do

desenvolvimento pessoal e da construção da identidade e cujo objetivo último é sempre uma eficaz

integração social repleta de autonomia.

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OUTROS INDICADORES DE GESTÃO

Número de Utentes nas Respostas Sociais

RESPOSTAS SOCIAIS C/ ACORDO S/ ACORDO TOTAL

INFÂNCIA E JUVENTUDE

Creche “O Búzio” 25 0 25

Pré-escolar “O Búzio” 90 0 90

Creche “Os Amendoinhas” 82 17 99

Creche “Estrela do Mar” 17 0 17

Pré-escolar “Estrela do Mar” 20 0 20

Creche “Malta Pequena” 48 7 56

Creche “Algodão Doce” 57 0 57

TERCEIRA IDADE

Lar de Idosos “N. Sra. Visitação” 36 9 45

Centro de Dia “N. Sra. Visitação” 15 0 15

Apoio Domiciliário “N. Sra. Visitação” 28 0 28

Lar de Idosos “Quinta do Oitão” 30 0 30

SAÚDE

Unidade de Longa Duração e Manutenção de Albufeira 20 0 20

20 0 20

FORMAÇÃO

Escola Profissional – Instituto para o Desenvolvimento Social 185 0 185

Serviços de Formação 263 263

FAMILIA E COMUNIDADE

Centro Comunitário “Horta da Areia” 60 0 60

Casa Abrigo “Sol Nascente” 18 0 18

Colónia de Férias “O Búzio” 12 0 12

Refeitório Social “O Búzio” 40 0 40

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Cantina Social “Albufeira” 100 0 100

Cantina Social “Sintra” 100 0 100

Cantina Social “Quinta da Luz” 100 0 100

Cantina Social “CAES” 25 0 25

INFÂNCIA E JOVENS EM PERIGO

Casa de Acolhimento de Emergência “Casa da Luz” 30 0 30

Lar de Infância e Juventude “Colégio Dinis” 25 0 25

Lar de Infância e Juventude “Instituto Adolfo Coelho” 30 0 30

Apartamento de Autonomização “Passos em Volta” 5 0 5

CAES “Ponto de Luz” 25 0 25

Lar Especializado “Entre Mundos” 11 11 11

PROJECTOS

PROJECTOS “PAQUIEF” 60 0 60

Distribuição dos utentes por t ipologias de resposta

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RECURSOS HUMANOS

No que respeita à componente Capital Humano, em 2014 verificou-se um incremento na criação líquida

de emprego, com o início de atividade de novos estabelecimentos. Mantiveram-se contudo o nível da

estrutura organizativa e hierárquica e os objetivos estratégicos enfocados na criatividade e inovação.

Caraterização

Em 31 de Dezembro de 2014, a Fundação contava nos seus quadros com 270 colaboradores,

distribuídos conforme a seguir se apresenta:

266 Colaboradores contratados pela Fundação, incluindo efetivos e contratados a termo (certo ou

incerto);

2 Colaboradoras do Instituto de Segurança Social IP destacados no estabelecimento Centro

Infantil O Búzio;

2 Colaboradoras do Instituto de Segurança Social IP destacados no estabelecimento Colégio D.

Dinis.

Relativamente à distribuição por géneros, 230 do total de colaboradores eram mulheres e 40 homens,

mantendo-se a preponderância do sexo feminino no quadro de pessoal.

Por nível de qualificação, a Fundação apresenta uma estrutura baseada em quadros semiqualificados,

onde se enquadram as categorias profissionais com maior peso, designadamente as de ajudante de

ação direta e de ação educativa.

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No que concerne às habilitações literárias dos recursos humanos, cerca de 37,5% do total de

colaboradores apresenta habilitações iguais ou inferiores ao 3.º ciclo do ensino básico, enquanto que

36% apresenta habilitações de nível superior.

Ao nível da distribuição etária, constata-se que 81% dos colaboradores têm idade compreendida superior

a 25 anos e inferior ou igual a 55 anos, correspondendo a um nível médio etário de 42,8 anos:

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Estrutura Etária N.º Elementos %

Até 25 anos 7 3%

De 26 a 30 anos 24 9%

De 31 a 35 anos 45 17%

De 36 a 40 anos 55 21%

De 41 a 45 anos 34 13%

De 46 a 50 anos 26 10%

De 51 a 55 anos 32 12%

De 56 a 60 anos 25 9%

De 61 a 65 anos 13 5%

Mais de 65 anos 5 2%

Total 266

No que respeita à antiguidade, 55% dos colaboradores trabalham na Instituição há 5 ou mais anos e 29%

há mais de 10 anos, ao que corresponde a uma antiguidade média de 7,6 anos:

Antiguidade N.º Elementos %

Até 1 ano 56 21%

De 1 a 2 anos 22 8%

De 2 a 5 anos 42 16%

De 5 a 10 anos 69 26%

De 10 a 15 anos 51 19%

Mais de 15 anos 26 10%

Total 266

Relativamente ao regime de contratação, 67% dos colaboradores estão em situação de contrato

permanente – efetivos, correspondendo os contratos a prazo a um total de 88, sendo que destes, 10 são

contratos a termo incertos motivados pela necessidade de substituição de colaboradores ausentes

temporariamente, ao abrigo das alíneas a) a c) do n.º 2 do artigo 140.º do Código do Trabalho aprovado

pela Lei n.º 7/2009 de 12 de Fevereiro.

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Absentismo

Em relação ao absentismo, constatou-se um acréscimo em cerca de 3.000 horas, designadamente nas

ausências motivadas por doenças não profissionais e por maternidade/paternidades.

MotivoN.º horas

remuneradas - 2013

N.º horas não

remuneradas - 2013

N.º horas

remuneradas - 2014

N.º horas não

remuneradas - 2014

Acidente de trabalho 0 1729 0 780

Doença não profissional 0 13600 0 17218

Assistência inadiável a filho, neto ou

membro do agregado0 525 0 129

Trabalhadores-estudantes 0 0 30 0

Falecimento de cônjuge, parente ou afim 170 0 201 0

Maternidade/paternidade 696 3237 23 4543

Outras ausências justificadas 858 1001 458 850

Ausências injustificadas 0 343 0 884

Total 1724 20435 712 24404

TOTAL GLOBAL 22159 25116

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Fluxo de entradas e saídas

Durante o ano de 2014, observaram-se 74 admissões, das quais 11 foram necessárias de modo a

suprimir ausências prolongadas, e 47 saídas, das quais 21 foram motivadas pela iniciativa dos respetivos

colaboradores.

Prestadores de serviços

Em 2014, a Fundação beneficiou de serviços regulares de 57 profissionais em regime de prestação de

serviços, em áreas diversas como enfermagem, fisioterapia, formação e consultadoria jurídica, bem

assim como serviços esporádicos prestados por 29 profissionais, também naquele regime.

Apoios e benefícios

Em 31 de Dezembro, no que respeita a apoios e benefícios relacionados diretamente com os Recursos

Humanos, a Fundação obteve de benefícios relacionados com apoios diretos à contratação e estágios

profissionais o montante de 39.359,76EUR de programas promovidos pelo IEFP IP.

Durante o ano de 2014, a Fundação teve nos seus quadros 5 colaboradores dos quais beneficiava da

isenção da taxa contributiva, seja no âmbito do Decreto-Lei n.º 89/95 de 6 de Maio, seja pela Portaria n.º

125/2010 de 30 de Janeiro, dos quais 4 cessaram no decurso do ano. Estes apoios resultaram de

candidaturas apresentadas em 2010, 2011 e 2012 e originaram uma poupança em termos de encargos

patronais no montante de 11.544,39€.

Formação contínua

Em 2014, motivado pelo enfoque na formação externa enquanto entidade formadora certificada, a

Fundação registou um volume de formação de 260 horas, integralmente garantido por entidades

externas.

Destacamentos de funcionários do Instituto de Segurança Social IP

Por solucionar, mantém-se ainda o facto de alguns acordos de gestão celebrados com o ISS IP

contemplarem o destacamento de funcionários daquele instituto de modo a garantir a adequabilidade da

equipa e da prestação dos serviços, com a consequente redução na comparticipação financeira

estabelecida para a despectiva resposta social. Assim, estava previsto o destacamento das seguintes

unidades:

Centro Infantil O Búzio: 11 funcionários

Colégio D. Dinis: 7 funcionários

Como inicialmente referenciado, atualmente os funcionários destacados resumem-se a 2 no Centro

Infantil O Búzio e também a 2 no Colégio D. Dinis, devido a saídas que se tem verificado por diversas

razões. Com o objetivo de não comprometer a qualidade dos serviços prestados, a Fundação tem

assumido a substituição destes funcionários, através da contratação de colaboradores, com os

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consequentes acréscimos nos gastos e sem qualquer contrapartida por parte deste Instituto. Esta é uma

situação que se tem procurado alterar junto do ISS IP embora, até ao final de 2014, sem resultados

práticos.

Perspetivas futuras

Para o próximo ano, a política de recursos humanos não sofrerá alterações substanciais em termos

estratégico-políticos, mantendo-se focada na diminuição do nível de absentismo, assente na proximidade

com os equipamentos sociais, de modo a avaliar e identificar a existência de condicionantes internas que

originem estas ausências, seja ao nível de procedimentos diretamente relacionados com as tarefas

desempenhadas, seja ao nível da gestão motivacional.

Mantém-se a pretensão em resolver o impasse que resulta do incumprimento do ISS IP no que respeita

ao destacamento dos funcionários previstos, sendo que, como alternativa, poder-se-á considerar o

assumir definitivo por parte de Fundação da integração destes elementos, embora sujeito à devida

compensação financeira.

A maximização de recursos e a obtenção de benefícios com a contratação de pessoal continuará,

certamente, a ser tido em consideração, procurando-se tirar partido das iniciativas governamentais de

promoção ao emprego. Contudo, a transferência dos trabalhadores afectos ao estabelecimento Instituto

para o Desenvolvimento Social implica diretamente que o requisito da criação líquida de emprego não

seja cumprido, pelo que este será uma situação a tratar diretamente com as diferentes delegações

regionais do IEFP IP, dado não estarmos perante uma situação de destruição de emprego.

Considerando-se a formação contínua um fator decisivo no que respeita aos Recursos Humanos, dado

conferir aos seus quadros uma maior empregabilidade, aptidões e até motivação, o que se repercute

diretamente na qualidade dos serviços prestados, esta componente voltará a ser um objetivo concreto,

embora condicionado pela disponibilidade dos diversos serviços da Fundação.

O Conselho Executivo

Lisboa, 14 de Abril 2015