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MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Caros Parceiros,
O ano de 2017 foi globalmente positivo. Foram 12 meses desafiantes, de forte investimento industrial na área
de soluções parentéricas de grande (LVP) e pequeno volume (SVP).
Apesar do esforço e dimensão do investimento e, bem assim, procurando gerir o equilíbrio difícil, mas
necessário, entre uma política de forte crescimento e a manutenção da eficiência da estrutura de custos,
num contexto em que esta está sob pressão acrescida por força da competitividade do mercado e das
exigências regulamentares, os rendimentos operacionais atingiram os 24,7 milhões de euros em 2017, 9.2%
acima do ano anterior. Estes rendimentos operacionais, conjugado com um desempenho industrial positivo,
que se traduziu em máximos de produção na unidade em Mortágua e produtos de marca própria, permitiu
que a empresa atingisse um EBITDA de 4 milhões de euros, 48.4% acima do ano anterior e com a margem a
situar-se nos 16.3%. Resultados que irão permitir prosseguir uma política de investimento e manter intacta a
posição sólida do nosso balanço.
A orientação da Investigação & Desenvolvimento adotada pela empresa nos últimos anos é uma aposta
vencedora da administração com a ambição de projetar e assegurar o futuro da empresa, alinhada com os
principais eixos de desenvolvimento assumidos para os mercados nacional e internacional. Na área da
Investigação & Desenvolvimento cumpre destacar a criação de inúmeros projetos que, desde 2015, têm vindo
a ser reconhecidos pela Agência Nacional de Inovação (ANI) através de candidaturas no âmbito do SIFIDE.
Na área das pessoas temos vindo a dar continuidade à nossa estratégia de aposta na formação, tendo sido
envolvidos todos os colaboradores nas diferentes iniciativas e ações de formação mais específicas, no
recrutamento de novas pessoas, + 28 colaboradores face ao ano anterior, e aumentando para 54.3%
(+2.78p.p.) o peso relativo dos colaboradores com formação superior. A aposta no desenvolvimento contínuo
da qualidade e capacidade profissional dos colaboradores, continuará a ser um pilar do nosso sucesso, já
que tal é decisivo para continuar a alcançar os bons resultados.
Por tudo isto, as expectativas futuras são animadoras! Com os colaboradores motivados, a manutenção dos
negócios core da empresa com um elevado desempenho industrial e comercial, uma aposta cada vez mais
aprofundada na Investigação & Desenvolvimento, estamos convictos que a empresa, apesar
competitividade dos mercados e das exigências regulamentares, as quais exigem um esforço continuo a
realizar ao nível do desenvolvimento, licenciamento e comercialização de novos produtos, continuará a
apresentar um bom desempenho e a ser um motivo de satisfação e de segurança para todos os nossos
Colaboradores, Fornecedores, Clientes e restantes Stakeholders, e aos quais agradecemos a confiança
demonstrada.
Joaquim António de Matos Chaves
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01 RELATÓRIO DE GESTÃO As presentes demonstrações financeiras relativas aos períodos de 2017 e 2016, referidas neste Relatório de Gestão,
foram elaboradas de acordo com o Sistema de Normalização Contabilística (SNC), aprovado pelo Dec. Lei nº
158/2009, de 13 de julho, com as retificações da Declaração de Retificação nº 67-B/2009, de 11 de setembro, e
com as alterações introduzidas pela Lei nº 20/2010, de 23 de agosto, Lei 66-B/2012 de 31 de dezembro e pela Lei
83-C/2013 de 31 de dezembro e pelo Decreto-Lei 98/2015, de 2 de junho, que transpõe para o ordenamento
jurídico interno a diretiva n.º 2013/34/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013, que
altera a diretiva n.º 2006/43/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, e revoga as diretivas n.º 78/660/CEE e
83/349/CEE do Conselho, procedendo à alteração do Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho.
02 DESTAQUES
2017 Marg. 2016 Marg. Var. %
Rendimentos operacionais 24 740 525 22 651 199 9,2%
Ganhos/perdas imputados de subsidiárias e associadas 136 290 - 147 977 - -7,9%
EBITDA 4 033 362 16,30% 2 718 602 12,00% 48,4%
EBIT 2 750 411 11,12% 1 504 249 6,64% 82,8%
Resultados financeiros (0) 0,00% (8 884) -0,04% 100,0%
Resultados antes de impostos 2 750 411 11,12% 1 495 365 6,60% 83,9%
Resultado líquido do período 2 760 174 11,16% 1 465 691 6,47% 88,3%
Nº Colaboradores 129 101 28
valores em euros
k€
4 666
5 376
2 719
4 033
2014 2015 2016 2017
EBITDA
24 004
19 95222 651
24 741
10 092 10 2108 665
9 859
2014 2015 2016 2017
Rendimentos operacionais
Resultado Bruto
k€ k€
2 566
3 680
1 466
2 760
2014 2015 2016 2017
Resultado Liquido
2 202 1 662619
13 750
2 062 1 340
-412
2 037
2014 2015 2016 2017
Divida Financeira
Divida Líquida k€
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03 ATIVIDADE DA EMPRESA
Os Laboratórios Basi - Indústria Farmacêutica, S.A., empresa da indústria farmacêutica, de capitais privados
exclusivamente nacionais fundada em 1956. Desenvolvem, fabricam e comercializam um vasto leque de produtos
farmacêuticos e soluções terapêuticas para a área da saúde.
Em 2007, com a aquisição de 98% do capital da empresa pela FHC | Farmacêutica, é promovida uma profunda
reestruturação organizativa e a requalificação de toda a unidade fabril, assim como definida uma nova
orientação estratégica, criando dessa forma condições para o desenvolvimento de sinergias.
A integração no Grupo aportou benefícios de economias de escala, tendo como consequência o alargamento
do espectro a diversos canais do mercado – sobretudo o acesso a mercados externos, alavancando o
crescimento sustentado do negócio.
Os Laboratórios Basi estão identificados como um fator crítico de sucesso na estratégia preconizada pelo Grupo,
cujo objetivo passa pela integração vertical do sistema de valor do setor farmacêutico, potenciando sinergias,
com destaque para a consolidação na vertente industrial, e bem como conferir ao Grupo uma garantia de
competitividade, de autonomia e de aprovisionamento, potenciando a retenção do valor acrescentado gerado.
Adotando uma aposta permanente no desenvolvimento e aquisição de novos produtos, os Laboratórios Basi
dispõem de um portefólio que inclui mais de 200 medicamentos humanos, distribuídos por 50 áreas terapêuticas,
e sob diversas formas farmacêuticas, tais como:
▪ Formas líquidas (solução, emulsão, suspensão e xarope)
▪ Formas semissólidas (creme, pomada, gel, supositórios)
▪ Formas Injetáveis Pequeno Volume (ampolas)
▪ Formas Injetáveis Grande Volume (frascos)
▪ Dispositivos Médicos (Irrigação)
A reconhecida competência técnica no desenvolvimento e produção das mais variadas fórmulas, assente numa
utilização maximizada dos meios tecnológicos disponíveis e da eficiente capacidade instalada, fazem dos
Laboratórios Basi um player industrial de referência, com uma grande capacidade competitiva e de
adaptabilidade, comprovada pelos vários contratos de fabrico internacionais estabelecidos. Atualmente, os
Laboratórios Basi desenvolvem um conjunto de atividades e operações das quais importa relevar:
▪ Desenvolvimento, fabrico e comercialização de formas farmacêuticas líquidas e semissólidas
▪ Desenvolvimento e comercialização de formas farmacêuticas sólidas
▪ Desenvolvimento e comercialização de formas farmacêuticas, injetáveis pequeno e grande volume
▪ Desenvolvimento farmacêutico
▪ Controlo e Garantia de Qualidade
▪ Suporte Tecnológico e regulamentar
Sendo reconhecida como uma empresa de referência no seu sector de atividade os Laboratórios Basi, com uma
história de mais de 50 anos, erigida sobre uma enorme diversidade de acontecimentos, experiências e
aprendizagens, preocupa-se em consolidar uma imagem que reflita os seus principais valores.
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AS 4 DIMENSÕES DOS LABORATÓRIOS BASI
HIGHLIGHTS OPERACIONAIS
45 milhões de
unidades por
ano
50 áreas
terapêuticas
200 mais de 200
medicamentos
registados
129 colaboradores
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KEEP IT SIMPLE!
“…ser o maior fabricante Nacional de
medicamentos e uma referência Europeia pela sua
Qualidade, Flexibilidade, Inovação Tecnológica e
Competitividade…”
“…a Missão dos Laboratórios Basi é desenvolver,
fabricar, comercializar e distribuir a nível global
medicamentos e soluções terapêuticas cunhadas
pela excelência da qualidade Europeia, apoiada
em tecnologias inovadoras, de forma competitiva e
flexível…”
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A aposta do Grupo na criação de um braço industrial sólido, levou à construção do Laboratório de Controlo de
Qualidade e de uma nova unidade fabril de excelência, definindo uma nova orientação estratégica e
promovendo uma profunda reestruturação organizativa, posicionando os Laboratórios Basi como um player
industrial de referência internacional.
De forma a responder às exigências do mercado e alinhado com os objetivos estratégicos definidos, os
Laboratórios Basi inauguraram em 2012, em Mortágua, uma nova unidade com 6.600 m² de área aproximada,
com produção e desenvolvimento para líquidos orais e semissólidos e capacidade para produzir 45 milhões de
unidades por ano. Esta nova unidade produtiva dispõe de linhas de fabrico que obedecem aos mais elevados
padrões tecnológicos e níveis de automação, permitindo maximizar a eficiência nos processos, garantindo o
fabrico sob um elevado rigor técnico e de qualidade, em condições altamente competitivas.
Dispomos de uma área de produção que complementa duas áreas distintas:
Produção de Líquidos Orais em frascos e vidro de plástico;
Produção de Pastosos.
O departamento de produção de líquidos (exemplo: xaropes e outras soluções orais e cutâneas) possui uma
capacidade de produção anual instalada de cerca de 21 milhões de embalagens. A produção de pastosos
divide-se em (1) Produção de cremes e pomadas e (2) Produção de supositórios. O Departamento de Produção
de cremes e pomadas possui capacidade de produção instalada de cerca de 24 milhões de embalagens por
ano.
O Controlo de Qualidade dos Laboratórios Basi são uma referência internacional, comprovada pelas várias
companhias internacionais que recorrem aos seus serviços. Com uma área total de 1.500 m², está dotado de todos
os recursos necessários para realizar qualquer tipo de análise, a qualquer tipo de produto, material ou forma
farmacêutica.
O Departamento de Controlo de Qualidade contempla:
Estudos de estabilidade em tempo real, em condições intermédias e em condições aceleradas;
Estabilidade Ongoing;
Estudos de foto-estabilidade;
Estabilidade em uso.
O Laboratório Físico-Químico está dotado de todos os equipamentos necessários para fazer qualquer tipo de
ensaio, nomeadamente:
Análises por HPLC (UV-VIS, DAD, índice de refração);
Cromatografia gasosa com headspace acoplado (FID, ECD);
Ensaios de desagregação e dissolução, com coletor de frações e espectrofotómetro associado;
Espectroscopia de UV-VIS e infravermelho, potenciometria.
O Laboratório de Microbiologia, dotado dos equipamentos e recursos necessários para fazer qualquer tipo de
ensaio a formas farmacêuticas estéreis e não estéreis, incluindo ensaio de esterilidade, ensaio de endotoxinas,
contagem de microorganismos aeróbios viáveis totais, contagem de fungos e leveduras, pesquisa de
microorganismos específicos e testes de eficácia de conservantes.
Os investimentos realizados nos últimos anos no controlo de qualidade da nova unidade produtiva, modernização
e melhoria de processos e equipamentos de gestão da produção e qualidade ambiental ascendem a cerca de
15 milhões de euros.
Os Laboratórios Basi não se inibe de investir em processos e equipamentos produtivos, de qualidade e
ambientalmente eficientes. A estratégia definida e implementada, conjugada com uma gestão operacional
experiente e rigorosa, permite aos Laboratórios Basi ser uma empresa de excelência e referência no setor
farmacêutico nacional.
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UNIDADE DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO (I&D)
Desenvolvimento galénico de novas formulações:
• Formas farmacêuticas líquidas
• Formas farmacêuticas semissólidas
Melhoria e reformulação de produtos.
Apoiar a transferência tecnológica dos produtos fabricados sob contrato:
• Aconselhamento sobre a estratégia de transferência tecnológica e análise de
lacunas técnicas
• Planeamento e documentação regulamentar
Suporte técnico para o fabrico e unidades de controlo da qualidade.
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04 RESUMO HISTÓRICO
ANO 1956
▪ Constituição da sociedade Laboratórios Basi - José Esteves Alves, Lda.
ANO 2003
▪ Alteração da sociedade para anónima, passando a denominar-se Laboratórios Basi - Indústria
Farmacêutica, S.A.
ANO 2004
▪ Os Laboratórios BASI iniciam em 2004 uma profunda reestruturação interna, assumindo uma nova política
comercial e de marketing, não descaracterizando os valores da companhia e o seu passado. A imagem
institucional é modernizada, bem como a de todas as suas especialidades farmacêuticas.
ANO 2005
▪ A aquisição da empresa Cesam Especialidades Farmacêuticas, Lda. resulta da execução do plano
estratégico de crescimento e desenvolvimento aprovado pela Administração. Esta aquisição permite aos
Laboratórios BASI aumentar os seus níveis de notoriedade junto de especialidades alvo e enriquecimento
do seu portfólio.
ANO 2006
▪ Os Laboratórios BASI lançam no mercado do primeiro medicamento genérico Fluoxetina BASI.
ANO 2007
▪ Revalidação certificação ‘’Good Manufacturing Practices’’;
▪ Reestruturação organizativa e requalificação da área fabril em conformidade com as Boas Práticas de
Fabrico;
▪ Takeover por parte do novo acionista de 97,99% do capital da companhia e nomeação de novo conselho
de administração;
▪ Lançamento Dagesil (diclofenac) Gel;
▪ Lançamento de quatro novos medicamentos genéricos.
ANO 2008
▪ Lançamento de 5 novos medicamentos genéricos para venda em mercado ambulatório, e 9 novos
medicamentos para venda hospitalar.
ANO 2009
▪ Lançamento de 3 novos medicamentos genéricos para venda em mercado ambulatório (Sinvastatina
Basi, Alparazolam Basi, Omeprazol Basi, e 3 novos medicamentos para venda hospitalar (Fluconazol Basi,
Ondansetrom Basi, Pantoprazol Basi).
ANO 2010
▪ Construção do novo Laboratório de Controlo de Qualidade em Mortágua, já concluído;
▪ Desenvolvimento de projeto para a implementação de uma nova unidade de fabrico e desenvolvimento,
para líquidos orais e pastosos em Mortágua;
▪ Aquisição de novas Autorizações de Introdução no Mercado (AIM), nomeadamente Soro fisiológico
FarXpress, Glucose 5% FarXpress, Lactato de Ringer FarXpress, entre outras.
ANO 2011
▪ Início da construção da nova unidade de fabrico e desenvolvimento para líquidos orais e pastosos em
Mortágua;
ANo 2012
▪ Início da produção na nova unidade de fabrico e desenvolvimento para líquidos orais e pastosos em
Mortágua;
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ANO 2013
▪ Construção da nova unidade de armazenagem dimensionada às necessidades de produção,
assegurando o armazenamento de matérias-primas, materiais de embalagem e produto acabado.
ANO 2014
▪ Adequação e diversificação do portfolio de produtos;
▪ Introdução de novas geografias;
▪ Desenvolvimento do projeto para uma nova unidade produtiva de injetáveis.
ANO 2015
▪ Aquisição de participação financeira (52,5%) na Paracélsia, por conversão de créditos, no âmbito do
Plano de Recuperação da Paracélsia;
▪ Reorganização funcional estabelecendo delimitações, níveis de responsabilização e compliance entre
as diferentes áreas técnicas, administrativas, financeiras;
▪ Reestruturação do departamento de atividades de Investigação e Desenvolvimento (I&D);
▪ Aumento da produção para terceiros (manufacturing Contract).
ANO 2016
▪ Início da implementação do projeto industrial para produção de soluções parentéricas de grande e
pequeno volume;
▪ Submissão de candidatura ao Aviso n.º 01/SI/2015, de 11 de janeiro (Inovação Produtiva – Regime
Contratual de Investimento), no âmbito do Portugal 2020, referente ao projeto industrial para produção
de soluções parentéricas de grande e pequeno volume;
▪ Submissão de candidatura ao Regime Contratual de Benefícios Fiscais, nos termos do Decreto Lei n.º
162/2014 de 31 de outubro, referente ao projeto industrial para produção de soluções parentéricas de
grande e pequeno volume.
ANO 2017
▪ Contratualização de operação de financiamento de longo prazo com o Banco Europeu de Investimento
no montante de 20 Milhões de Euros, exclusivamente no âmbito do projeto industrial para a produção de
soluções parenterais de grande e pequeno volume;
▪ Contratualização de operação de financiamento de longo prazo com o Novo Banco no montante de
7.5 Milhões de Euros, exclusivamente no âmbito do projeto industrial para a produção de soluções
parenterais de grande e pequeno volume;
▪ Encerramento com sucesso da FASE B do projeto QREN - unidade de fabrico e desenvolvimento para
líquidos orais e pastosos, com a atribuição de prémio de realização (não reembolsável), no valor de
327.655 euros.
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Nova Unidade de Produção de
Soluções Parentéricas de Grande e
Pequeno Volume
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05 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO
INTERNACIONAL
No primeiro semestre de 2017, a atividade global acelerou face ao ano anterior, continuando ainda assim a
crescer a um ritmo moderado quando comparado com o observado antes da crise económica e financeira. Nas
economias avançadas a aceleração da atividade foi observável na área do euro, EUA e Japão, enquanto o
Reino Unido registou uma desaceleração. Relativamente às economias de mercado emergentes, a China
manteve um ritmo de crescimento robusto no primeiro semestre e o Brasil cresceu depois de um período
prolongado de recessão. As previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontam para uma continuação
do atual ritmo de crescimento no segundo semestre do ano, prevendo um crescimento global anual de 3,5%
depois de 3,2% em 2016.
Projeções do Fundo Monetário Internacional para o PIB |Taxa de variação anual (%)
World Economic Outlook
2016 2017 2018
Economia Mundial 3,2% 3,5% 3,6%
Economias Avançadas 1,7% 2,0% 1,9%
EUA 1,6% 2,1% 2,1%
Japão 1,0% 1,3% 0,6%
Reino Unido 1,8% 1,7% 1,5%
Área do euro 1,8% 1,9% 1,7%
Economias de mercado emergentes e em desenvolvimento 4,3% 4,6% 4,8%
China 6,7% 6,7% 6,4%
Índia 7,1% 7,2% 7,7%
Rússia -0,2% 1,4% 1,4%
Brasil -3,6% 0,3% 1,3%
julho 2017
O comércio internacional acentuou o ritmo de crescimento na primeira metade de 2017, principalmente devido
à evolução das importações das economias de mercado emergentes.
Nos mercados cambiais registou-se uma apreciação do euro face à maior parte das divisas e uma depreciação
do dólar. O iene e a libra esterlina mantiveram-se relativamente estáveis em termos efetivos, enquanto o renmimbi
registou uma depreciação de 2,1%. Na sequência de uma melhoria das expetativas para a atividade económica
na área do euro, a apreciação do euro foi particularmente acentuada no segundo trimestre do ano, período em
que apreciou 7,7% face ao iene, 7% face ao dólar, 5,4% face ao renmimbi e 3,2% face à libra esterlina.
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
2016 2017 2018
Produto Interno Bruto
Economia Mundial
Economias Avançadas
Economias de mercado emergentes e
em desenvolvimento
-6%
-3%
0%
3%
6%
9%
2016 2017 2018
PIB - Economias
emergentes e em
desenvolvimento
China Índia
Rússia Brasil
0%
1%
2%
3%
2016 2017 2018
PIB - Economias Avançadas
EUA Japão
Reino Unido Área do euro
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No que diz respeito ao enquadramento internacional, a atividade mundial irá acelerar no período de 2017-2018,
seguindo-se uma ligeira desaceleração em 2019 e 2020. O comércio mundial manterá um crescimento robusto
ao longo do período de projeção embora com um abrandamento a partir de 2018.
Após a melhoria significativa observada em 2017, a procura externa dirigida à economia portuguesa apresentará
uma ligeira aceleração em 2018 (para 4,9%, após 4,8% em 2017) apresentando posteriormente um perfil
descendente. Face às hipóteses assumidas pelo Banco de Portugal nos exercícios de projeção anteriores, tanto a
atividade mundial como a procura externa foram revistas em alta em 2017 e 2018.
Em termos médios anuais, o preço do petróleo (em dólares e em euros) apresentará um crescimento superior a
20% em 2017 face ao ano anterior, interrompendo a tendência descendente observada no período 2013-2016.
Posteriormente, o preço do petróleo em dólares aumentará de forma moderada, situando-se em média em 59
dólares entre 2018 e 2020. Comparando com os exercícios de previsão anteriores, os preços do petróleo são
revistos em alta quer quando expressos em dólares quer quando expressos em euros, embora neste caso numa
magnitude inferior dada a revisão em alta da cotação do euro.
Enquadramento internacional e respetivas projeções (2016-2020)
Projeções Banco de Portugal
2016 2017 2018 2019 2020
Enquadramento internacional
PIB Mundial tva 3,0% 3,5% 3,7% 3,6% 3,5%
Comércio Mundial tva 1,5% 5,0% 4,7% 4,3% 3,8%
Procura Externa tva 2,0% 4,8% 4,9% 4,0% 3,6%
Preço do Petróleo em dólares vma 44,0 54,3 61,6 58,9 57,3
Preço do Petróleo em euros vma 39,8 48,2 52,5 50,2 48,9
Notas: tv a - taxa de v ariação anual (%); v ma - v alor médio anual
dezembro 2017
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
2016 2017 2018 2019 2020
Preço do petróleo (2016-2020)
Preço do Petróleo em dólares
Preço do Petróleo em euros
0%
2%
4%
6%
2016 2017 2018 2019 2020
Enquadramento Internacional (2016-
2020)
PIB Mundial Comércio Mundial
Procura Externa
Fontes: Banco de Portugal, BCE, Bloomberg, Thomson Reuters, dezembro 2017.
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EM PORTUGAL
No terceiro trimestre de 2017, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), a atividade económica
cresceu 2,5% face ao período homólogo (2,9% no primeiro semestre) e 0,5% face ao trimestre anterior. Esta
evolução traduz um abrandamento da atividade, em termos homólogos, após um perfil marcadamente
ascendente entre o terceiro trimestre de 2016 e o segundo trimestre de 2017.
O consumo privado acelerou no terceiro trimestre de 2017, em particular na componente de bens duradouros
(por exemplo, aquisição de automóveis). Em contrapartida, a taxa de poupança das famílias mantém-se
globalmente estável.
No terceiro trimestre de 2017, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) registou um abrandamento, mantendo, no
entanto, um ritmo de crescimento forte. Este efeito foi generalizado aos principais tipos de investimento.
As exportações desaceleraram no terceiro trimestre de 2017, tanto na componente de bens como nos serviços,
após o elevado dinamismo observado no primeiro semestre, mantendo, no entanto, um crescimento significativo.
A desaceleração de bens foi relativamente generalizada, sendo o maior contributo para essa evolução
proveniente dos bens de consumo e dos combustíveis. Em contrapartida, os veículos automóveis de passageiros
apresentaram no terceiro trimestre um crescimento forte. As exportações de turismo desaceleraram no terceiro
trimestre face ao primeiro semestre, mantendo, ainda assim, um elevado dinamismo.
As importações em volume também terão desacelerado ligeiramente em termos homólogos no terceiro trimestre
face ao primeiro semestre do ano, embora acelerando face ao trimestre anterior. Esta evolução refletiu um menor
ritmo de crescimento nos bens e nos serviços não associados a turismo, tendo as importações de turismo crescido
a uma taxa semelhante à da primeira metade do ano. No que se refere às importações de bens, estima-se que a
componente energética tenha desacelerado significativamente, enquanto os restantes bens aceleraram.
A informação relativa ao mercado de trabalho divulgada para o terceiro trimestre de 2017 proveniente das
estimativas mensais do emprego e desemprego aponta para a continuação de uma evolução favorável, após a
melhoria observada no primeiro semestre do ano. A taxa de desemprego reduziu-se para 8,5% no terceiro trimestre
de 2017, após 9,6% no primeiro semestre. Este efeito está associado ao crescimento rápido do emprego em
comparação com os anos mais recentes. A população ativa recuperou, com um crescimento homólogo
acumulado de 0,7% nos 3 primeiros trimestres do ano, o que contrasta com as taxas de variação anuais negativas
observadas entre 2011 e 2016.
43
24
6
43
31
9 43
73
0
44
07
3 44
47
4
44
62
2
44
82
6
1,2
%
1,0
%
1,8
%
2,2
%
2,8
% 3,0
%
2,5
%
0,0%
0,5%
1,0%
1,5%
2,0%
2,5%
3,0%
3,5%
1ºT
/20
16
2ºT
/20
16
3ºT
/20
16
4ºT
/20
16
1ºT
/20
17
2ºT
/20
17
3ºT
/20
17
42 000
42 500
43 000
43 500
44 000
44 500
45 000
Produto Interno Bruto
(Trimestral) (2016-2017)
Volume (M€)
Taxa Variação Homóloga (%)
2,3%
1,2%
2,0%
2,9%
2,4%1,9%
2,5%
5,0%5,5%
6,0% 5,8%5,2% 5,2% 5,2%
1ºT
/20
16
2ºT
/20
16
3ºT
/20
16
4ºT
/20
16
1ºT
/20
17
2ºT
/20
17
3ºT
/20
17
Consumo Privado e Taxa de
Poupança (2016-2017)
Consumo Privado (Tx. Var. Hom.)
Taxa de Poupança (% Rend. Disp.)
-0,8%-0,6%
1,7%
6,1%
10,0%
11,1%
10,0%
1ºT
/20
16
2ºT
/20
16
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/20
16
4ºT
/20
16
1ºT
/20
17
2ºT
/20
17
3ºT
/20
17
FBCF (Taxa de Variação
Homóloga) (2016-2017)
Relatório & Contas 2017 Página 21 de 76
Laboratórios BASI - Indústria Farmacêutica, S.A.
No conjunto dos três primeiros trimestres de 2017, o excedente da balança corrente e de capital em percentagem
do PIB reduziu-se ligeiramente face ao ano de 2016, refletindo a redução do excedente da balança de bens e
serviços. A redução do saldo da balança de bens e serviços decorreu de um aumento do défice da balança de
bens que não foi totalmente compensado pela evolução favorável da balança de serviços.
A economia portuguesa mantém ao longo de 2016 e 2017 uma capacidade de financiamento positiva, à
semelhança do registado desde 2012. Facilmente se percebe que a capacidade de financiamento foi garantida
pela poupança das sociedades financeiras e dos particulares, sendo esta suficiente para satisfazer as
necessidades de financiamento das sociedades não financeiras e das administrações públicas.
A evolução da atividade económica em Portugal traduziu-se, no conjunto dos três primeiros trimestres de 2017,
num diferencial positivo de crescimento face à área do euro.
De acordo com as projeções apresentadas pelo Banco de Portugal, o processo de expansão da economia
portuguesa deverá manter-se nos próximos anos. Após um aumento de 2,6% em 2017, a atividade económica
continuará a apresentar um perfil de crescimento ao longo do horizonte de projeção, embora a um ritmo
progressivamente menor (2,3%, 1,9% e 1,7%, respetivamente em 2018, 2019 e 2020).
Relativamente à evolução da procura global, a componente mais dinâmica ao longo do horizonte de projeção
deverá ser a FBCF.
As exportações também irão manter um crescimento robusto no horizonte de projeção, explicado pela evolução
da procura externa e pela estimativa de manutenção de ganhos de quota de mercado.
O consumo privado irá manter um crescimento relativamente estável e inferior ao do PIB ao longo do horizonte
de projeção.
Prevê-se uma evolução do rendimento disponível real influenciada por um crescimento moderado dos salários
reais e pela continuação da recuperação do mercado de trabalho, embora a um ritmo progressivamente menor.
Em resultado desta evolução, e com um crescimento muito limitado da população ativa, a taxa de desemprego
irá manter uma trajetória de redução.
A inflação irá aumentar significativamente em 2017, para 1,6%, num contexto de recuperação do deflator das
importações e de ligeira aceleração dos custos unitários do trabalho. No restante horizonte de projeção, a
3,6
%
1,7
%
4,9
% 6,0
%
9,7
%
7,9
%
6,6
%
4,2
%
1,3
%
3,7
%
7,3
%
9,1
%
7,1
% 8,1
%
1ºT
/20
16
2ºT
/20
16
3ºT
/20
16
4ºT
/20
16
1ºT
/20
17
2ºT
/20
17
3ºT
/20
17
Exportações e Importações
(Taxa de Variação
Homóloga) (2016-2017)
Exportações
Importações
4 5
13
4 6
03
4 6
62
4 6
44
4 6
58
4 7
60
4 8
03
12,4%
10,8%
10,5%
10,5%
10,1%
8,8% 8,5%
0,0 %
2,0 %
4,0 %
6,0 %
8,0 %
10, 0%
12, 0%
14, 0%
1ºT
/20
16
2ºT
/20
16
3ºT
/20
16
4ºT
/20
16
1ºT
/20
17
2ºT
/20
17
3ºT
/20
17
4 00 0
4 20 0
4 40 0
4 60 0
4 80 0
5 00 0
Emprego e Taxa de
Desemprego (2016-2017)
Emprego (milhares)
Taxa Desemprego (%)
0,4%
-1,2%5,4%
2,1%
0,1%
-1,5%
5,2%
-4,6%-4,5% -4,7% -5,0% -5,2%-5,7%-5,9%
4,9%5,8%
7,3% 7,2%
4,9%
6,4%
8,1%
1ºT
/20
16
2ºT
/20
16
3ºT
/20
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/20
16
1ºT
/20
17
2ºT
/20
17
3ºT
/20
17
Balança Corrente e de
Capital (Valor Líquido em %
do PIB) (2016-2017)
Balança Corrente e de Capital
Bens
Serviços
Relatório & Contas 2017 Página 22 de 76
Laboratórios BASI - Indústria Farmacêutica, S.A.
inflação irá manter-se relativamente estável, com uma variação progressivamente menor do preço dos bens
energéticos a ser compensada por uma aceleração moderada do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor
(IHPC) excluindo bens energéticos.
O excedente da balança corrente e de capital em percentagem do PIB deverá manter-se relativamente estável
em 2017 e aumentar moderadamente no período 2018-2020. Esta evolução engloba uma ligeira redução do saldo
da balança de bens e serviços em percentagem do PIB, com uma recomposição desfavorável à balança de
bens, compensada parcialmente pela balança de serviços, onde se destaca a evolução do turismo.
A economia portuguesa irá manter uma situação de capacidade de financiamento em percentagem do PIB ao
longo do horizonte de projeção. Após uma ligeira redução do saldo da balança corrente e de capital em
percentagem do PIB em 2017 (1,5%) a capacidade de financiamento deverá aumentar em 2018, mantendo-se
até 2020 em cerca de 2,2% do PIB. Com isto, em 2018-2020 são esperadas hipóteses favoráveis relativas à evolução
dos juros da dívida pública e, em 2018, ao perfil de recebimentos de fundos estruturais da União Europeia.
11,1%
8,9%
7,8%
6,7%6,1%
2016 2017(p) 2018(p) 2019(p) 2020(P)
Taxa de Dezemprego (2016-2020) |
Taxa de variação anual (%)
1,5
% 2,6
%
2,3
%
1,9
%
1,7
%
2,1% 2,2% 2,1%1,8% 1,7%
1,6%
8,3%
6,1%
5,9%5,4%
4,1%
7,7%
6,5%
5,0%
4,1%
0%
1%
2%
3%
4%
5%
6%
7%
8%
9%
20
16
20
17(p
)
20
18(p
)
20
19(p
)
20
20(P
)
Evolução do PIB e componentes da
procura global
(2016-2020) | Taxa de variação anual
(%)
PIB (%)
Consumo Privado
FBCF
Exportações
3,4
%
3,0
%
2,9
%
1,8
%
2,0
%
2,4
%
1,8
%
2,1
%
2,4
% 1,9
%
1,4
%
1,4
%
-3,8
%
-3,6
%
-3,7
%
-2,0
%
-1,6
%
-1,4
%
-5%
-3%
-1%
1%
3%
5%
7%
1ºT
/20
16
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/20
16
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/20
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/20
16
1ºT
/20
17
2ºT
/20
17
Capacidade de Financiamento (% PIB)
(2016-2017)
Total Economia
Administração Pública
Particulares
Sociedades Não Financeiras
Sociedades Financeiras
1,7%1,5%
2,3% 2,2% 2,2%
2,2%
1,8%
1,6% 1,6% 1,5%
2016 2017(p) 2018(p) 2019(p) 2020(P)
Balança Corrente e de Capital (Valor
Líquido em % do PIB) (2016-2020)
Balança Corrente e de Capital
Balança de Bens e Serviços
Relatório & Contas 2017 Página 23 de 76
Laboratórios BASI - Indústria Farmacêutica, S.A.
06 INDICADORES ECONÓMICOS
Principais Indicadores 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018P 2019E
PIB, ∆ % anual
EUA 2.2% 1.7% 2.6% 2.9% 1.5% 2.3% 2.7% 2.5%
Zona Euro -0.8% -0.2% 1.3% 2.0% 1.8% 2.4% 2.2% 2.0%
Alemanha 0.7% 0.6% 1.9% 1.5% 1.9% 2.5% 2.3% 2.0%
Portugal -3.2% -1.1% 0.9% 1.6% 1.4% 2.6% 2.1% 1.9%
Inflação, ∆% anual
EUA 2.1% 1.5% 1.6% 0.1% 1.3% 2.1% 2.4% 2.6%
Zona Euro 2.5% 1.3% 0.4% 0.0% 0.2% 1.5% 1.4% 1.7%
Alemanha 2.1% 1.6% 0.8% 0.1% 0.4% 1.6% 1.5% 2.0%
Portugal 2.8% 0.4% -0.2% 0.5% 0.6% 1.6% 2.0% 2.1%
Taxa de Desemprego, ∆ % anual
EUA 8.1% 7.4% 6.2% 5.3% 4.9% 4.4% 4.1% 4.2%
Zona Euro 11.4% 12.0% 11.6% 10.9% 10.0% 9.2% 8.7% 8.3%
Alemanha 5.4% 5.2% 5.0% 4.6% 4.2% 3.8% 3.7% 3.7%
Portugal 15.7% 16.2% 13.9% 12.4% 11.1% 9.7% 9.0% 8.5%
Taxas de Juro, final do ano (%)
Taxas de Juro
- Fed (Fed Funds) 0.25% 0.25% 0.25% 0.50% 0.75% 1.50% 2.50% 3.50%
- BCE 0.75% 0.25% 0.05% 0.05% 0.00% 0.00% 0.25% 0.50%
- BoE 0.50% 0.50% 0.50% 0.50% 0.25% 0.50% 1.00% 1.25%
Taxas de Câmbio, final do ano
EUR/USD 1.32 1.38 1.2 1.09 1.05 1.2 1.15 1.12
Fonte: Banco de Portugal, FMI, Bloomberg, OCDE
Relatório & Contas 2017 Página 24 de 76
Laboratórios BASI - Indústria Farmacêutica, S.A.
07 ENQUADRAMENTO SETOR FARMACÊUTICO
Em análise ao mercado farmacêutico ambulatório, a APIFARMA
afirma que o valor do mercado (PVA) aumentou cerca de 4,2
milhões de euros no 3º semestre de 2017 relativamente ao trimestre
homólogo. Quanto a este indicador, regista-se um ligeiro
crescimento desde 2014, atingindo os 1900 milhões de euros em
2016.
Ainda segundo a APIFARMA o volume de vendas não tem sofrido
grandes oscilações nos últimos anos, e tem vindo a crescer
ligeiramente desde 2014. Em 2016 este indicador alcançou os 256
milhões de embalagens. No 3º trimestre de 2017, registou-se um
aumento de 1,2 milhões em relação ao trimestre anterior.
O preço médio unitário acompanha o crescimento do valor do
mercado, e constata-se que tem vindo a registar um ligeiro
crescimento desde 2013, passando de 7,11€ nesse ano para 7,43€
no ano de 2016 (um aumento de 0,32€). No 3º trimestre de 2017,
embora se verifique uma redução de 0,08€ em relação ao 2º
Trimestre, na média dos três primeiros trimestres de 2017 o preço
médio unitário aumentou relativamente a 2016.
De acordo com a APIFARMA, no YTD 2017 (a outubro) a quota de
mercado generificado no mercado ambulatório comparticipado
é de 85,2% do volume de vendas (em unidades). Importa referir
que a quota de mercado generificado abrange os
medicamentos formalmente classificados como “genéricos”, e
ainda as “cópias” e “originais” cuja patente já expirou. Esta
metodologia considera assim os medicamentos cujo
comportamento de mercado é similar ao do medicamento
genérico, independentemente da sua designação, e não apenas
recorrendo à definição restritiva que emana do Estatuto do
Medicamento.
Segundo o INFARMED, a quota de mercado de genéricos, em
unidades, no mercado do SNS ambulatório, no YTD 2017 (a
setembro) é de 47,3%, uma vez que não têm em conta as
componentes descritas supra.
No Serviço Nacional de Saúde (SNS), a dívida a fornecedores
externos continua a registar um ritmo de crescimento acelerado.
Em novembro de 2017 é registada uma dívida total de 2.170,6M€,
ou seja, mais 46,7M€ em relação ao período homólogo. Nesse
mesmo mês, os pagamentos em atraso (dívida vencida)
ascendiam a 1.583,1M€, mais 82,4M€ em relação ao mês de
outubro. Dentro do período em análise, constata-se que as
maiores oscilações ocorreram na viragem do ano de 2016 para
2017. Em termos homólogos, entre novembro de 2017 e novembro
de 2016, verifica-se um aumento da dívida total de 400,9M€
(cerca de 23%) e um aumento dos pagamentos em atraso de
411,3M€ (cerca de 35%).
As exportações de matérias-primas e de produtos farmacêuticos
em Portugal, de acordo com a APIFARMA, tiveram um aumento
substancial desde 2009, passando de 503 milhões de euros para
1.124 milhões de euros no ano de 2016, e é previsto que no final
de 2017 este indicador alcance os 1.192 milhões de euros. As
exportações têm vindo a crescer de forma homóloga de ano
para ano, atingindo a maior variação no ano de 2016. Ainda
2 4
07
2 0
74
1 8
96
1 8
04
1 7
96
1 8
69
1 9
00
48
9
47
2
47
6
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
20
16
1ºT
20
17
2ºT
20
17
3ºT
20
17
Valor de Mercado (PVA) -
Milhões de €
26
0
25
1
25
7
25
4
25
1
25
4
25
6
66
62
63
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10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
20
16
1ºT
20
17
2ºT
20
17
3ºT
20
17
Volume de Vendas - Milhões de
embalagens
9,3
8,3
7,47,1 7,1
7,4 7,4 7,47,6 7,5
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
20
16
1ºT
20
17
2ºT
20
17
3ºT
20
17
Preço Médio Unitário (€)
1 770 1 8482 029
2 171
1 172 1 2141 358
1 583
no
v/1
6
de
z/16
jan
/17
fev
/17
ma
r/17
ab
r/17
ma
i/1
7
jun
/17
jul/
17
ag
o/1
7
set/
17
ou
t/1
7
no
v/1
7
Evolução Mensal - Valor em
Milhões de €
Dívida Total (Forn. Externos)
Dívida Vencida (Forn. Externos)
Relatório & Contas 2017 Página 25 de 76
Laboratórios BASI - Indústria Farmacêutica, S.A.
assim, comparativamente às importações, o valor das
exportações continua bastante inferior, embora nos últimos anos
essa diferença tenha vindo a diminuir. Ou seja, calculando o rácio
das exportações pelas importações, percebe-se que o valor das
exportações está quase a atingir metade do valor das
importações (2016 e 2017), quando no ano de 2009 o valor das
exportações correspondia apenas a 22% das importações.
Os principais destinos de exportação no primeiro semestre de 2017
são os 28 estados-membros da União Europeia e os EUA,
correspondendo a cerca de 80% das exportações.
De acordo com a Apifarma foram submetidos 70 ensaios clínicos
no primeiro semestre de 2017 e 142 ao longo do ano de 2016.
Ainda é possível verificar que desde 2014 o número de ensaios
clínicos tem vindo a aumentar. No primeiro semestre de 2017
verifica-se que o principal promotor de ensaios clínicos continua a
ser a Indústria Farmacêutica, tal como já se verificava no período
homólogo. No semestre referido, foram submetidos apenas 3
ensaios clínicos pelo meio académico.
Fonte: INE, ACSS, SNS, ANF, OCDE, Infarmed, Apifarma
50
3
51
2
61
7
70
5
73
4
87
7
92
0
1 1
24
76
8
-2 2
40
-2 2
75
-2 2
36
-2 2
33
-2 0
71
-2 1
77
-2 3
60
-2 4
34
-1 6
27
-2500
-1000
500
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
20
16
Ja
n. a
Ag
o. 2
017
Exportações e Importações de
matérias primas e produtos
farmacêuticos - M€
Importações
Exportações
Balança Comercial
2%
21%
14%
4%
19%
5%
22%
1,6%-1,7% -0,1%
-7,3%
5,1% 8,4% 3,1%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Exportações e Importações de
matérias primas e produtos
farmacêuticos - Variação
homóloga (%)
Exportações Importações
22% 23%28%
32%35%
40% 39%
46% 47%
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
20
16
Ja
n. a
Ag
o. 2
017
Rácio Exp / Imp (%)
116107
88
118 114127
137 142
70
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
20
16
1º
S 2
017
Nº Ensaios Clínicos Submetidos
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Laboratórios BASI - Indústria Farmacêutica, S.A.
Relatório & Contas 2017 Página 27 de 76
Laboratórios BASI - Indústria Farmacêutica, S.A.
08 ANÁLISE ECONÓMICA
2017 2016 Var. %
Rendimentos operacionais 24 740 525 22 651 199 9,2%
Ganhos/perdas imputados de subsidiárias e associadas 136 290 147 977 -7,9%
Resultado Bruto 9 858 840 8 664 627 13,8%
4 033 362 2 718 602 48,4%
Margem EBITDA 16,3% 12,0% 4,3 pp
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 1 282 951 1 214 353 5,6%
2 750 411 1 504 249 82,8%
Margem EBIT 11,1% 6,6% 4,5 pp
Resultados financeiros (0) (8 884) 100,0%
Resultados antes de impostos 2 750 411 1 495 365 83,9%
Resultado líquido do período 2 760 174 1 465 691 88,3%
por ação 2,1 1,1 88,3%
valores em euros
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos (EBITDA)
Resultado antes de gastos de financiamento e impostos (EBIT)
8.1 RENDIMENTOS OPERACIONAIS
Para a empresa os desafios são, cada vez mais, uma realidade permanente, sistémica e complexa, parte
de um ecossistema extremamente competitivo os quais, ano após ano, tem sabido superar.
Durante o período de 2017, no âmbito da estratégia de crescimento do negócio, a empresa promoveu a
otimização do regime de fabrico CMO (contract manufacturing organization) procurando incorporar
rentabilidade sobretudo através da recuperação do preço de venda médio. Destaque também o esforço
da empresa ao nível do desenvolvimento e licenciamento de novos produtos, que apesar de enfrentar
desafios e resistências, tem permitido consolidar a trajetória de crescimento e contribuir, de forma
decisiva, para o bom desempenho global da empresa.
Em 2017, destaca-se o crescimento de 7.2% do número de unidades comercializadas e de 9.2% do valor
de negócios. Os rendimentos operacionais registaram um crescimento de 9.2% para os 24.740.525 euros,
comparativamente aos 22.651.199 euros registados no ano 2016.
O mercado nacional mantém uma posição preponderante na atividade da empresa ascendendo a
20.526.839 euros, tendo registado um crescimento de 11.9% comparativamente a 2016, e cuja
contribuição para o volume de negócios ascendeu a 83.5% comparativamente aos 81.8% registados em
2016.
As exportações ascenderam a 4.068.443 euros, tendo registado um ligeiro ajustamento negativo de 0.3%
comparativamente a 2016, e cuja contribuição para o volume de negócios ascendeu a 16.5%
comparativamente aos 18.2% registados em 2016.
De referir que a empresa opera no mercado internacional (sobretudo) através da FHC, enquanto canal
de acesso privilegiado aos mercados internacionais, sendo que, no entanto, no âmbito das operações
CMO e Out Licensing, a estratégia privilegia a presença direta no mercado.
2017 2016
euros Peso % euros Peso % Var. %
Nacional 20 526 839 83,5% 18 337 097 81,8% 11,9%
Exportação 4 068 443 16,5% 4 079 233 18,2% -0,3%
24 595 283 100,0% 22 416 330 100,0% 9,7%
Volume de negócios
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Alinhada com a estratégia de crescimento da empresa e do desenvolvimento das operações de CMO e
Out Licensing, o desempenho das exportações (diretas) tem sido positivo, observada a manutenção de
dificuldades e resistências encontradas em determinados mercados, nomeadamente a falta de liquidez
e escassez de divisas em resultado dos impactos da quebra no setor petrolífero.
Decorre que a concentração das exportações por país de destino ainda é bastante significativa, pois os
5 países com maior contribuição, em 2017, representam 81.3% das exportações diretas totais, diminuindo,
no entanto, 6.8p.p. comparativamente a 2016.
No entanto, mesmo perante uma concentração significativa nos 5 principais países de exportação
(aproximadamente 88% em 2016 e 81% em 2017), os principais países (Top 5) em 2016 diminuíram o nível
de atividade em 19.4% no período de 2017. Por outro lado, os principais países (Top 5) em 2017
aumentaram o nível de atividade em 60.5% comparativamente ao período de 2016.
CONCENTRAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES POR PAÍS DURANTE O PERÍODO DE 2017
INTENSIDADE EXPORTADORA PARA O PERÍODO DE 2017
k€
82%
18%
83%
17%2017
2016
18 337
20 527
4 079 4 068
2016 2017
Nacional
Exportação
81%
13%
6% Top 5
Top 6-10
Outros
4,1 M€
TOP 5 | 2017 [81%] % s/ vendas vs 2016
Irlanda 48,8% =
Reino Unido 11,2% ▲
Polónia 9,6% ▲
Países Baixos 7,1% ▲
Geórgia 4,6% ▲
3 595
2 899
2 061
3 308
450 595
2016 2017
TOP 5 (2016) TOP 5 (2017) Outros
k€
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8.2 RESULTADOS
Os resultados brutos registaram um ajustamento positivo de 13.8% para 9.858.840 euros comparativamente
aos 8.664.627 euros, registados no ano de 2016. A margem bruta registou um ajustamento positivo de
1.43p.p., representando 40.1% do volume de negócios em 2017.
Os resultados antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos (EBITDA) registaram um
crescimento de 48.4% para 4.033.362 euros evidenciando um ajustamento positivo na margem de 4.3p.p.,
comparativamente ao ano de 2016. Excluindo o efeito da aplicação do MEP, o EBITDA teria registado um
crescimento de 51.6% para 3.897.072 euros.
Não obstante a exigência de investimento continuo necessário ao desenvolvimento e consolidação dos
mercados num contexto de grandes desafios e oportunidades de âmbito internacional, designadamente
a necessidade premente de disponibilizar um portfólio diversificado, através dos acordos de distribuição
e licenciamento, estabelecidos localmente, cumpre relevar a evolução favorável da estrutura de custos,
sustentada no uso e aplicação eficiente dos meios e recursos disponíveis. A respeito, os fornecimentos e
serviços externos ascenderam a 4.046.812 euros, registando um ajustamento de apenas 1.1% (42.998
euros) comparativamente a 2016.
valores em euros 2017 Peso % 2016 Peso % Var. %
Trabalhos especializados 1 746 723 43,2% 1 899 617 47,4% -8,0%
Publicidade e propaganda 268 925 6,6% 186 073 4,6% 44,5%
Honorários 32 200 0,8% 36 538 0,9% -11,9%
Conservação e reparação 75 177 1,9% 67 704 1,7% 11,0%
Serv iços Bancários 60 646 1,5% 23 813 0,6% 154,7%
Ferramentas e utensílios de desgaste rápido 495 568 12,2% 433 764 10,8% 14,2%
Artigos para oferta 29 195 0,7% 33 578 0,8% -13,1%
Eletricidade 168 969 4,2% 159 470 4,0% 6,0%
Combustíveis 73 635 1,8% 73 391 1,8% 0,3%
Deslocações e estadas 52 039 1,3% 45 917 1,1% 13,3%
Transportes de mercadorias 371 608 9,2% 390 419 9,8% -4,8%
Rendas e alugueres 331 413 8,2% 324 247 8,1% 2,2%
Comunicação 7 976 0,2% 6 383 0,2% 25,0%
Seguros 116 963 2,9% 65 124 1,6% 79,6%
Despesas Representação 61 091 1,5% 48 546 1,2% 25,8%
Outros 154 685 3,8% 209 231 5,2% -26,1%
Total FSE's 4 046 812 100,0% 4 003 815 100,0% 1,1%
Os resultados antes de gastos de financiamento e impostos (EBIT) registaram um crescimento de 82.8%
para 2.750.411 euros evidenciando um ajustamento positivo na margem de 4.5p.p., comparativamente
ao ano de 2016. Excluindo o efeito da aplicação do MEP, o EBIT teria registado um crescimento 92.7% para
2.614.121 euros.
Os gastos com depreciações ascenderam a 1.282.951 euros, registando um crescimento de 5.6%, face ao
ano de 2016.
Em 2017, a participação financeira detida no capital da Paracélsia, está reconhecida de acordo com o
Método de Equivalência Patrimonial (MEP), conforme determinado pela norma NCRF 13 – Interesses em
Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas.
O impacto no resultado do período, com a aplicação do MEP, ascendeu a 136.290 euros.
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valores em euros 2017 2016 Var. %
Juros e rendimentos similares suportados (0) (8 884) 100,0%
Juros e rendimentos similares obtidos - - -
(0) (8 884) 100,0%
Os resultados financeiros registaram um movimento positivo de 8.884 euros, relativamente ao ano 2016,
que havia registado 8.884 euros negativos.
A respeito, importa referir que, em 2017, a empresa suportou encargos financeiros referente aos contratos
de financiamento celebrados com o Banco Europeu de Investimento e com o Novo Banco,
exclusivamente no âmbito do projeto industrial para a produção de soluções parenterais de grande e
pequeno volume, os quais, ao abrigo da NCRF n.º 10 foram considerados como parte dos gastos do ativo
(capitalizados), tendo os mesmos sido contabilizados como ativos tangíveis em curso, pelo que não
figuram na rúbrica de juros e gastos similares suportados. O montante de juros suportados e capitalizados
no período de 2017 ascendeu a 72.029,76 euros.
8.3 INVESTIMENTO
Em 2017 o investimento total ascendeu a 10.902.755 euros comparativamente a 4.099.716 euros, registado
em 2016.
Em 2017, o investimento em ativos fixos tangíveis ascendeu a 10.699.677 euros, representando um
crescimento de 173% face a 2016. O investimento em ativos intangíveis ascendeu a 203.078 euros,
representando um crescimento de 12.2% face a 2016.
O investimento em ativos fixos tangíveis é resultado essencialmente da execução do projeto industrial
para produção de soluções parentéricas de grande e pequeno volume, localizado em Mortágua e cujo
montante total previsto ascenderá aos 40 milhões de euros, a realizar durante o período compreendido
entre 2016-2020.
O investimento em ativos fixos intangíveis é resultado do processo contínuo de aquisição e registo de AIM,
bem como de aquisição e atualização de software.
valores expressos em euros 2017 2016 Var. %
Ativos fixos tangíveis 10 699 677 3 918 682 173,0%
Ativos intangíveis 203 078 181 034 12,2%
Total Investimentos 10 902 755 4 099 716 165,9%
93%
5%
2%
Unidade de Produção Soluções
ParentéricasEquipamentos
Propriedade Industrial
49
5
3 9
19
10 7
00
28
6
18
1
20
3
2015 2016 2017
Ativos Tangiveis
Ativos Intangiveis
68 41
1
28
5
3 6
16
35
5
11
2
10
14
7
55
5
17
4
Un
ida
de
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e
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ria
l
2015 2016 2017
k€
k€
2017
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8.4 PARTICIPADAS
Paracélsia - Industria
Farmaceutica, S.A.
2017
Volume de negócios 2 543 456 €
EBITDA 653 752 €
EBIT 378 658 €
Resultado líquido 260 767 €
Cash-flow 535 860 €
Ativo líquido 6 725 419 €
Passivo 2 203 318 €
Capital próprio 4 522 101 €
Percentagem de detenção 52,50%
Natureza da relação Subsidiária
Método de valorização MEP
Sede (País) Portugal
Principais indicadores económico-financeiros das participadas
Em 2010, após o término do contrato com a Fresenius Kabi e na iminência de ficar sem parceiros
comerciais estratégicos, a Paracélsia celebrou um contrato de produção e distribuição exclusiva de
produtos com os Laboratórios BASI pelo período de 15 anos.
No decorrer do período de 2010 a atividade desenvolvida pela Paracélsia representou uma variação
negativa de 41% em relação ao período homólogo, registando um volume de negócios de 2.713.738
euros. Os resultados líquidos ascenderam a 501.367 euros negativos, originando uma diminuição do
capital próprio para 51.124 euros.
A Paracélsia lidava objetivamente com um processo de ineficiência estrutural, perdendo capacidade
negocial com os fornecedores, com continuas roturas de stocks de matérias-primas, reduzindo de forma
drástica a capacidade de fabrico e consequentes atrasos na produção.
Era previsível o não cumprimento, por parte da Paracélsia, das obrigações assumidas no contrato de
produção celebrado com o Lab. Basi, sendo também expectável que dessa situação resultassem
prejuízos avultados para as partes.
Os administradores Joaquim Chaves e Luis Pedro, proprietários dos Laboratórios Basi, (indiretamente
através da FHC Farmacêutica) em desespero de causa aceitaram assumir a administração da Paracélsia,
não tendo tido oportunidade de proceder a uma due diligence à empresa, pois a falta de
operacionalidade da Paracélsia era iminente e teria repercussões imensuráveis para a empresa,
colaboradores, estado, etc.
A eventual perda de licença de fabrico precipitaria o encerramento imediato da empresa sendo a sua
reabertura, com a consequente e necessária obtenção de nova licença de fabrico, praticamente
impossível.
Acautelando este risco e na tentativa de minimizar os impactos globais do encerramento, no decorrer do
4º trimestre de 2011, Joaquim Chaves e Luis Pedro adquiriram a participação na Paracélsia e assumiram
a administração de forma a manterem a produção e procurarem salvaguardar os créditos e
compromissos dos Laboratórios Basi, e bem como os créditos de todos os restantes fornecedores, parceiros
e colaboradores.
Apesar de serem conhecidas as dificuldades económico-financeiras, no âmbito do processo de
encerramento de contas 2011 a nova estrutura acionista e o conselho de administração deparou-se com
uma realidade ainda mais dramática, na qual a Paracélsia apresenta um capital próprio negativo superior
a 1.500.000€ (um milhão e quinhentos mil euros) em clara situação de insolvência, não apresentando
capacidade de cumprir com as responsabilidades assumidas. Mais, a Paracélsia apresenta uma situação
de inviabilidade económica, apresentando também um prejuízo em 2011 superior a 1.400.000€ (um milhão
Relatório & Contas 2017 Página 32 de 76
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e quatrocentos mil euros) resultado de uma estrutura de custos sobredimensionada face ao decréscimo
do volume de negócios, que se verificava desde 2009.
Desta forma, para evitar a aplicação de pesadas cláusulas indemnizatórias aos Laboratórios Basi, por
parte dos seus clientes, pelo não cumprimento dos prazos de fornecimento previamente acordados, foi
imperativo proceder a adiantamentos sucessivos por conta de fornecimentos futuros, permitindo que a
Paracélsia regularizasse e evitasse as roturas nos fornecimentos de produtos.
Em novembro de 2011, o Lab. Basi considerou necessária e oportuna a concessão de um empréstimo à
Paracélsia no valor de € 2.500.000, destinado única e exclusivamente ao cumprimento, por esta, de
atividades definidas no seu objeto social e, em especial, a relançar a sua atividade normal, de forma a
assegurar o cumprimento de todas as obrigações contratualmente assumidas com a sociedade. Foi
declarada em estado de insolvência, com carácter pleno, em 26 de março de 2012, que correu termos
pelo 3º Juízo da 2ª Secção do Comércio da Instância Central de Vila Nova de Gaia, Comarca do Porto.
Perante esta situação, a administração apresentou à Assembleia de Credores um projeto de
reestruturação da empresa através de um “Plano de Insolvência”, ao abrigo do C.I.R.E., aprovado pelo
Decreto-Lei 53/2004 de 18 de março, propondo a continuidade da atual administração. No âmbito do
referido Processo de Insolvência e Recuperação de Empresa, a sociedade apresentou um Plano de
Insolvência, o qual foi aprovado em Assembleia de Credores realizada em 05/02/2013.
Em abril de 2012, o Lab. Basi considerou necessária e oportuna a concessão de um empréstimo adicional
à massa insolvente da Paracélsia no valor de € 1.500.000, destinado única e exclusivamente ao
cumprimento, por esta, de atividades definidas no seu objeto social e, em especial, a relançar a sua
atividade normal, de forma a assegurar o cumprimento de todas as obrigações contratualmente
assumidas com a sociedade.
Em agosto de 2015, após o trânsito em julgado da sentença homologatória do Plano de Recuperação e
nos exatos termos das medidas nele aprovadas, procedeu-se ao aumento de capital da Paracélsia,
mediante a conversão em capital dos créditos detidos pelo Lab. Basi no montante de 3.008.500€.
8.5 RECURSOS HUMANOS
Em 2017, o número de colaboradores aumentou (+28), terminando o ano com 129 colaboradores, tendo
o valor de remunerações e encargos suportados (segurança social, seguros) neste período ascendido a
2.500.134 euros, o que se traduziu num crescimento de 17.4%, comparativamente ao ano 2016.
A evolução do número de colaboradores é justificada pela necessidade de adequação da estrutura ao
crescimento da atividade, bem como pela integração de novos quadros no âmbito do projeto industrial
para produção de soluções parentéricas de grande e pequeno volume, com inicio de atividade
programado para o 1º semestre de 2019.
Em 2017, os índices de desempenho e contribuição por colaborador registaram um ajustamento negativo,
traduzido no decréscimo de 3.9% do rácio VAB/Colaborador, comparativamente a 2016.
2017 2016
Número de trabalhadores no final do período 129 101
Número médio de trabalhadores ao longo do período 112 93
Idade média dos trabalhadores 32 33
Antiguidade média dos trabalhadores (anos) 3 3
Horas de formação totais 3 727 5 026
Média de horas de formação por trabalhador 33 54
Gastos com o pessoal 2 500 134 2 129 292
Gastos médios por trabalhador 22 357 22 896
VAB por trabalhador 48 829 50 823
valores expressos em euros
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IDADE HABILITAÇÕES
HABILITAÇÕES 2017 GÉNERO 2017
GASTOS COM PESSOAL N.º COLABORADORES
11
22
15
10
4
3
4
3
12
15
12
8
6
2
1
1
18-24
25-29
30-34
35-39
40-44
45-49
50-54
55-59
60-65
Masculino
Feminino
9
3
18
19
22
1
4
2
23
14
13
1
Nível I
Nível II
Nível III
Nível IV
Nível VI
Nível VII
Nível VIII
Masculino
Feminino
70
59
Habilitações | 2017Superior
Outra
57
72
Género | 2017Masculino
Feminino
1 212
1 808
2 129
2 500
110 81 51 49
2014 2015 2016 2017
Custo c/ Pessoal
VAB/ Colaborador
k€
3551
64 7224
4137
57
59 92 101 129
2014 2015 2016 2017
Feminino
Masculino
Total
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8.6 SITUAÇÃO FINANCEIRA
2017 Peso % 2016 Peso % Var. %
Ativos Fixos 20 644 017 47,0% 11 039 499 41,3% 87,0%
Outros ativos não correntes 2 398 257 5,5% 3 094 384 11,6% -22,5%
Inventários 3 006 767 6,8% 2 586 372 9,7% 16,3%
Devedores correntes 6 155 923 14,0% 9 008 089 33,7% -31,7%
Disponibilidades e equivalentes 11 713 398 26,7% 1 031 052 3,9% 1036,1%
Ativo Total 43 918 363 100,0% 26 759 395 100,0% 64,1%
Capital Próprio 22 858 461 52,0% 20 209 212 75,5% 13,1%
Outros passivos não correntes 4 914 0,0% 13 459 0,1% -63,5%
Div ida não correntes 13 750 000 31,3% 324 450 1,2% 4137,9%
Outros passivos correntes 7 304 497 16,6% 5 917 659 22,1% 23,4%
Div ida correntes 492 0,0% 294 616 1,1% -99,8%
Passivo Total 21 059 903 48,0% 6 550 184 24,5% 221,5%
valores em euros
O ativo total a 31 de dezembro de 2017 ascendeu a 43.918.363 euros, face a 26.759.395 euros em
dezembro de 2016. Este movimento é justificado, sobretudo, pela execução do projeto industrial para
produção de soluções parentéricas de grande e pequeno volume, com impacto expectável no aumento
dos ativos fixos, bem como no aumento das disponibilidades.
Importa relevar que em 2017, a participação financeira detida pelo Lab. Basi no capital da Paracélsia, foi
reconhecida de acordo com o Método de Equivalência Patrimonial (MEP), conforme determinado pela
norma NCRF 13 – Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas.
Os capitais próprios aumentaram de 20.209.212 euros para 22.858.461 euros em 31 de dezembro de 2017.
O movimento referido teve origem no resultado líquido do período que ascendeu a 2.760.174 euros, bem
como ao registo contabilístico dos impactos no âmbito do subsídio ao investimento (atribuição do prémio
não reembolsável), correspondente à fase B do projeto QREN - unidade de fabrico e desenvolvimento
para líquidos orais e pastosos.
O rácio entre Capitais Próprios e Ativo (autonomia financeira) situou-se, no fim de 2017, nos 52%, face aos
75.5% em 2016. O ativo total registou um crescimento de 64.1% face a 2016, justificado pela a execução
do projeto industrial para produção de soluções parentéricas de grande e pequeno volume, e os capitais
próprios registaram um crescimento de 13.1%, ainda assim, insuficiente para incrementar a capacidade
de solver as obrigações com recurso aos capitais próprios. Não obstante, este indicador deve ser,
também, interpretado considerando a aplicação do MEP, designadamente os impactos no resultado do
período e no capital próprio, nos termos referidos anteriormente.
O passivo total a 31 de dezembro de 2017 ascendeu a 21.059.903 euros face a 6.550.184 euros em
dezembro de 2016. Este movimento é referente à celebração de contratos de financiamento com o
Banco Europeu de Investimento e com o Novo Banco, exclusivamente no âmbito do projeto industrial
para a produção de soluções parenterais de grande e pequeno volume.
Em 2017, o fundo de maneio ascendeu a 13.571.100 euros registando um ajustamento positivo de 111.6%
comparativamente a 2016. As necessidades de fundo de maneio ascenderam a 1.858.193 euros
registando um ajustamento positivo de 67.3% comparativamente a 2016, e o consequente
desinvestimento em fundo de maneio que ascendeu a 3.818.608 euros.
O prazo médio de recebimentos (PMR) calculado em 87 dias, face aos 131 dias calculado em 2016. O
prazo médio de pagamentos (PMP) calculado em 87 dias, face aos 96 dias calculado em 2016. O prazo
médio de Stocks (PMS) calculado em 74 dias, face aos 68 dias calculado em 2016.
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Laboratórios BASI - Indústria Farmacêutica, S.A.
2017 2016 Var. %
Ativos não correntes 23 042 274 14 133 883 63,0%
Passivos não correntes 13 754 914 337 909 3970,6%
Capitais próprios 22 858 461 20 209 212 13,1%
Fundo de maneio 13 571 100 6 413 238 111,6%
Necessidades cíclicas - Restantes ativos correntes 9 162 691 11 594 461 -21,0%
Recursos cíclicos - Restantes passivos correntes 7 304 497 5 917 659 23,4%
Necessidades de fundo de maneio 1 858 193 5 676 802 -67,3%
Caixa e equivalentes de caixa 11 713 398 1 031 052 1036,1%
Dív ida financeira corrente 492 294 616 -99,8%
Tesouraria líquida 11 712 907 736 436 -1490,5%
valores em euros
De destacar o valor acrescentado e as sinergias que resultam da parceria entre a FHC – Farmacêutica e
a participada Basi – materializada numa plataforma logística e comercial para distribuição nacional e
exportação em regime de exclusividade, assim como com o acordo existente para promoção e
distribuição no canal hospitalar – na otimização da gestão de stocks de produto acabado, que em 2015
foi alargada à Empifarma, enquanto operador na distribuição farmacêutica no mercado ambulatório
nacional, atuando em várias áreas, nomeadamente pré-wholesaling, direct-to-pharmacy (DTP), pharma
wholesaling e Magium.
Durante o período de 2017, exclusivamente no âmbito do projeto industrial para a produção de soluções
parenterais de grande e pequeno volume, a empresa contratualizou duas operações de financiamento
de longo prazo (120 meses) até ao montante total de 27,5 Milhões de euros com o Banco Europeu de
Investimento e Novo Banco, tendo a empresa durante este período utilizado 13,75 Milhões de euros.
Em novembro de 2017, o IAPMEI comunicou à empresa o encerramento com sucesso do projeto QREN -
unidade de fabrico e desenvolvimento para líquidos orais e pastosos, propondo a atribuição do prémio
(não reembolsável) de realização (FASE B), no valor de 327.655 euros.
A dívida líquida (divida financeira - disponibilidades e equivalentes) ascendeu a 2.037.093 euros em 31 de
dezembro de 2017, registando um aumento de 2.449.079 euros face a 31 de dezembro de 2016. Excluindo
MARKET MANUFACTURE DISTRIBUTION SERVICES
Other
pharmaceutical
manufacturers
Contract manufacturing
(CMO) and Out
Licensing
IT Services and
consultancy
Exports
Hospital
Retail
Spain
GRUPO FHC | MODELO DE NEGÓCIO
Relatório & Contas 2017 Página 36 de 76
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o impacto das disponibilidades e equivalentes, a divida financeira registou um aumento de
aproximadamente 13 Milhões de euros, comparativamente a 2016.
valores em euros 2017 2016 Var. %
Dívida não corrente 13 750 000 324 450 4137,9%
Banco Europeu de Investimento (BEI)Financiamento Longo Prazo 10 000 000 - -
Novo Banco Financiamento Longo Prazo 3 750 000 - -
IAPMEI QREN - 324 450 -100,0%
Dívida corrente 492 294 616 -99,8%
Outros Cartão de Crédito 492 - -
IAPMEI QREN - 294 616 -100,0%
Dívida total 13 750 492 619 066 2121,2%
(-) Disponibilidades e equivalentes 11 713 398 1 031 052 1036,1%
Dívida Total Líquida 2 037 093 (411 986) 594,5%
O rácio Dívida Líquida/EBITDA apresenta em 2017 o valor de 0.51x, face ao valor de -.15x em 2016. O rácio
calculado enquadra-se abaixo do limite máximo convencionado (< 4x), para efeito de análise de risco.
valores em euros 2017 2016 Var. %
Dívida Líquida 2 037 093 (411 986) 594,5%
EBITDA 4 033 362 2 718 602 48,4%
Dívida Líquida / EBITDA 0,51 x -0,15 x 0,66 x
Dívida Liquida: dív ida financeira (incl. leasing) + suprimentos - disponibilidades
8.7 INDICADORES DESEMPENHO
2017 2016 Var.
Económicos
EBITDA 4 033 362 2 718 602 48,4%
EBIT 2 750 411 1 504 249 82,8%
EBITDA % 16,4% 12,1% 4,3 pp
EBIT % 11,2% 6,7% 4,5 pp
VAB 6 298 885 5 133 109 22,7%
Rentabilidade
Rentabilidade dos Capitais Próprios 12,1% 7,3% 4,8 pp
Rentabilidade do Ativo 6,3% 5,5% 0,8 pp
Rentabilidade Operacional das Vendas 11,2% 6,7% 4,5 pp
Estrutura
Autonomia Financeira 52,0% 75,5% -23,5 pp
Solvabilidade 1,09 3,09 -2,0
Debt to Equity 0,60 0,03 0,6
Leverage 37,6% 3,0% 34,6 pp
EBITDA to Interest 56 306 -250,0 x
Regra Equilíbrio Financeiro Mínimo (REFM) 1,6 1,5 0,1
Relatório & Contas 2017 Página 37 de 76
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2017 2016 Var.
Liquidez
Liquidez Geral 2,9 2,0 0,8
Liquidez Reduzida 2,4 1,6 0,8
Liquidez Imediata 1,6 0,2 1,4
Atividade (dias)
PMP 87 96 -9
PMR 87 131 -44
PMS 74 68 6
8.8 PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS RISCO CAMBIAL
O risco taxa de câmbio representa a possibilidade de registar perdas ou ganhos em resultado de
variações de taxas de câmbio entre diferentes divisas. A exposição ao risco de taxa de câmbio da
empresa resulta da existência de operações de importação de origens em que a moeda local é diferente
do Euro. Com objetivo de reduzir as flutuações cambiais e sempre que possível, a empresa faz repercutir
essas variações nos preços de venda.
RISCO DE TAXA DE JURO
O risco de taxa de juro representa a possibilidade de existirem flutuações no montante dos encargos
financeiros futuros em empréstimos contraídos devido à evolução do nível de taxas de juro de mercado.
A empresa no decurso da sua atividade recorre a financiamentos externos estando exposta ao risco de
taxa de juro dado que grande parte da dívida financeira da empresa é indexada a taxas de juro de
mercado (variável), com exceção das (duas) operações de financiamento de longo prazo
contratualizadas no período de 2017 com o Banco Europeu de Investimento (20 Milhões de Euros) e com
o Novo Banco (7.5 Milhões de Euros), exclusivamente no âmbito do projeto industrial para a produção de
soluções parenterais de grande e pequeno volume, para as quais a taxa de juro está fixada.
RISCO DE LIQUIDEZ
O risco de liquidez representa a capacidade da empresa fazer face às suas responsabilidades financeiras
tendo em conta os recursos financeiros disponíveis. A empresa procura garantir que a estrutura e o nível
de financiamento seja adequado à natureza das suas obrigações. Os empréstimos de médio e longo
prazo são contratados geralmente por prazos de 3 a 5 anos, com exceção das (duas) operações de
financiamento contratualizadas no período de 2017 com o Banco Europeu de Investimento (20 Milhões
de Euros) e com o Novo Banco (7.5 Milhões de Euros), exclusivamente no âmbito do projeto industrial para
a produção de soluções parenterais de grande e pequeno volume, cuja maturidade ascende a 120
meses (10 anos).
8.9 OUTRAS INFORMAÇÕES
Dando cumprimento ao Decreto-Lei 534/80, de 7 de novembro e Decreto n.º 411/91, de 17 de outubro, o
Conselho de Administração dos Laboratórios Basi – Indústria Farmacêutica, S.A. informa que não tem
dívidas em mora perante o Estado ou quaisquer outras entidades públicas, incluindo a Segurança Social,
respetivamente.
09 ACONTECIMENTOS APÓS DATA DE BALANÇO Após a data de encerramento do período foi proferida decisão de aprovação da candidatura ao SIFIDE
II, referente ao período de 2016, por parte da ANI, tendo sido atribuído um crédito fiscal de 374.287,20
euros.
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10 PERSPETIVAS
Consciente dos desafios que temos pela frente, estamos preparados para as alterações que possam
ocorrer no mercado. Todavia, o atual enquadramento económico de incerteza, nomeadamente a
volatilidade nos preços das matérias-primas, alterações regulamentares e eventuais flutuações cambiais
do dólar, poderão produzir alguns impactos na atividade da empresa.
Continuaremos a investir fortemente na atividade, empenhados no aperfeiçoamento contínuo do
equilíbrio entre rentabilidade e sustentabilidade. A eficiência da operação, uma vantagem competitiva
fundamental, é manifestamente uma área de atuação contínua da empresa, através do
desenvolvimento dos sistemas de informação, de soluções de automatização e simplificação de
processos.
É nossa intenção alavancar o investimento ao nível da investigação e desenvolvimento, de forma a
manter a empresa com capacidade competitiva para responder às necessidades do mercado.
Neste enquadramento, perspetivamos um ano 2018 muito exigente. As expectativas da empresa são
otimistas, naquele que será mais ano particularmente desafiante pois é expectável o arranque para testes
da unidade de produção de soluções parentéricas de grande (LVP) e pequeno volume (SVP).
11 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
O Conselho de Administração propõe à Assembleia-Geral que o resultado líquido apurado nas
demonstrações financeiras no montante de 2.760.173,68 euros, registado no ano de 2017, seja transferido
para:
Resultados transitados: 2.760.173,68 euros
12 AGRADECIMENTOS
O Conselho de Administração gostaria de agradecer ao Contabilista Certificado e ao Revisor Oficial de
Contas pelo apoio e colaboração prestado no ano de 2017. O Conselho de Administração gostaria ainda
de expressar a sua gratidão aos seus fornecedores, instituições financeiras e outros parceiros de negócios
da empresa, pelo seu envolvimento contínuo e confiança demonstrada. Finalmente, o Conselho de
Administração gostaria de expressar a sua gratidão a todos os colaboradores, pelo seu tempo e pela
dedicação que demonstraram ao longo do ano.
Mortágua, 16 de maio de 2018
O Conselho de Administração,
__________________________________________________
Joaquim António de Matos Chaves
(Presidente do Conselho de Administração)
__________________________________________________
Luís Pedro Gonçalves Simões
(Vice-Presidente do Conselho de Administração)
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01
AÇÕES PRÓPRIAS
2017 2016
Número de ações 24 417 24 417
Valor nominal unitário 1,00 1,00
Valor nominal total 24 417 24 417
Percentagem do capital social 1,84% 1,84%
Capital social 1 326 935 1 326 935
Ações próprias detidas no
final do período
valores em euros
02 ÓRGÃOS SOCIAIS
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Joaquim Antonio de Matos Chaves
Luis Pedro Gonçalves Simões
ASSEMBLEIA GERAL
Presidente
Rui Manuel Rodrigues Simões
Secretário
António Manuel de Matos Rodrigues
Fiscal Único
António Nuno Mendes Marques de Oliveira, ROC n.º 906
Suplente (s) do Fiscal Único
Carla Manuela Serra Geraldes, ROC n.º 1127 (Suplente)
03 ESTRUTURA ACIONISTA
98,2%
1,8%
Estrutura Acionista
FHC - Farmacêutica
Laboratórios Basi
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04 ORGANOGRAMA
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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZA PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE
2017 E 2016
2017 2016
Vendas e serv iços prestados 24 24 595 283 22 416 330
Subsídios à exploração 25 - 4 972
Ganhos/Perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos 26 136 290 147 977
Variação nos inventários da produção 27 145 242 229 897
Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas 28 (14 881 685) (13 981 600)
Fornecimentos e serv iços externos 29 (4 046 812) (4 003 815)
Gastos com pessoal 30 (2 500 134) (2 129 292)
Imparidades de dív idas a receber (perdas/reversões) 11 40 996 (82 870)
Aumentos/Reduções de justo valor 8 33 (2)
Outros rendimentos 31 1 258 624 1 223 307
Outros gastos 32 (714 475) (1 106 302)
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 4 033 362 2 718 602
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 6 e 7 (1 282 951) (1 214 353)
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 2 750 411 1 504 249
Juros e gastos similares suportados 33 (0) (8 884)
Resultado antes de impostos 2 750 411 1 495 365
Imposto sobre rendimento do período 35 9 763 (29 674)
Resultado liquido do período 2 760 174 1 465 691
Resultado por ação básico 2,12 1,13
Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras
valores expressos em euros NOTASPeríodos
O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
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DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016
31/12/2017 31/12/2016
ATIVO
Ativo não corrente
Ativos fixos tangíveis 6 20 075 375 10 387 917
Ativos intangíveis 7 568 642 651 583
Participações financeiras - Método da equivalência patrimonial 8 2 373 264 2 236 974
Outros investimentos financeiros 8 21 937 856 783
Ativos por impostos diferidos 9 3 056 626
23 042 274 14 133 883
Ativo corrente
Inventários 10 3 006 767 2 586 372
Clientes 11 5 885 716 8 041 627
Estado e outros entes públicos 12 113 088 826 314
Outros créditos a receber 13 102 756 93 042
Diferimentos 14 54 363 47 106
Caixa e depósitos bancários 4 11 713 398 1 031 052
20 876 089 12 625 513
Total do ATIVO 43 918 363 26 759 395
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO
Capital subscrito 15 1 326 935 1 326 935
Ações (quotas) próprias 16 (34 709) (34 709)
Outros instrumentos de capital próprio 17 5 373 065 5 373 065
Reservas legais 18 270 000 270 000
Resultados transitados 19 13 917 101 12 680 015
Ajustamentos/ outras variações no capital próprio 20 (754 104) (871 785)
Resultado líquido do período 2 760 174 1 465 691
Total do Capital Próprio 22 858 461 20 209 212
PASSIVO
Passivo não corrente
Financiamentos obtidos 21 13 750 000 324 450
Passivos por impostos diferidos 9 4 914 13 459
13 754 914 337 909
Passivo corrente
Fornecedores 22 4 630 780 4 886 264
Adiantamentos de clientes 11 - 16 750
Estado e outros entes públicos 12 94 807 99 150
Financiamentos obtidos 21 492 294 616
Outras div idas a pagar 23 2 578 910 915 495
7 304 989 6 212 275
Total do Passivo 21 059 903 6 550 184
Total do Capital Próprio e do Passivo 43 918 363 26 759 395
Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras
valores expressos em euros NotasDatas
O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
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DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017
E 2016
2017 2016
Fluxos de caixa das atividades operacionais - método direto
Recebimentos de clientes 11 e 24 28 214 589 24 044 029
Pagamentos a fornecedores 22, 28 e 29 (20 817 251) (17 565 278)
Pagamentos ao pessoal 23 e 30 (1 308 237) (1 092 734)
Caixa gerada pelas operações 6 089 101 5 386 018
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento 12 512 930 161 790
Outros recebimentos/pagamentos 13 e 23 (490 569) 990 054
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 6 111 462 6 537 862
Fluxos de caixa das atividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
Ativos fixos tangíveis 6 e 23 (9 471 044) (3 830 228)
Ativos intangíveis 7 e 23 (224 688) (299 882)
Investimentos financeiros 8 (740 881) (830 481)
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros 8 1 575 490 2 166
Juros e rendimentos similares 31 e 33 379 -
Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) (8 860 743) (4 958 426)
Fluxos de caixa das atividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos 21 13 753 680 29 834
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos 21 (307 797) (895 972)
Juros e gastos similares 32 e 33 - (8 503)
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) 13 445 883 (874 641)
Variação de caixa e seus equivalentes (1)+(2)+(3) 10 696 602 704 796
Efeito das diferenças de câmbio 31, 32 e 33 (14 255) 5 024
Caixa e seus equivalentes no início do período 4 1 031 052 321 232
Caixa e seus equivalentes no fim do período 4 11 713 398 1 031 052
valores expressos em euros NOTASPeríodos
Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras
O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
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DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE
DEZEMBRO DE 2017 E 2016
O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
NOTASCapital
realizado
Ações
(quotas)
próprias
Prestações
suplementar
es e outros
instrumentos
de capital
Reservas
legais
Resultados
transitados
Ajustamentos
/ outras
variações no
capital
próprio
Resultado
líquido do
período
Total do
Capital
Próprio
POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 2016 1 1 326 935 (34 709) 5 373 065 270 000 9 613 571 (1 507 885) 3 680 182 18 721 159
ALTERAÇÕES NO PERÍODO
Subsídios ao investimento 20 - - - - - 61 176 - 61 176
Ajustamento de transição para o MEP 20 - - - - - 588 383 (588 383) -
Ajustamentos por impostos diferidos 19 e 20 - - - - (25 356) (13 459) - (38 814)
Outras alterações reconhecidas no capital próprio 19 - - - 3 091 800 - (3 091 800) -
2 - - - - 3 066 444 636 100 (3 680 182) 22 361
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 3 1 465 691 1 465 691
RESULTADO INTEGRAL 4=2+3 (2 214 491) 1 488 053
POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO 2016 5=1+2+3 1 326 935 (34 709) 5 373 065 270 000 12 680 015 (871 785) 1 465 691 20 209 212
Capital Próprio atribuído aos detentores do capital
NOTASCapital
realizado
Ações
(quotas)
próprias
Prestações
suplementar
es e outros
instrumentos
de capital
Reservas
legais
Resultados
transitados
Ajustamentos
/ outras
variações no
capital
próprio
Resultado
líquido do
período
Total do
Capital
Próprio
POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 2017 6 1 326 935 (34 709) 5 373 065 270 000 12 680 015 (871 785) 1 465 691 20 209 212
ALTERAÇÕES NO PERÍODO
Subsídios ao investimento 20 - - - - - (38 841) - (38 841)
Ajustamentos por impostos diferidos 19 e 20 - - - - (80 629) 8 545 - (72 084)
Outras alterações reconhecidas no capital próprio 19 e 20 - - - - 1 317 715 147 977 (1 465 691) -
7 - - - - 1 237 086 117 681 (1 465 691) (110 925)
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 8 2 760 174 2 760 174
RESULTADO INTEGRAL 9=7+8 1 294 482 2 649 249
POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO 2017 10=6+7+8 1 326 935 (34 709) 5 373 065 270 000 13 917 101 (754 104) 2 760 174 22 858 461
Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras
Capital Próprio atribuído aos detentores do capital
Relatório & Contas 2017 Página 48 de 76
Laboratórios BASI - Indústria Farmacêutica, S.A.
Relatório & Contas 2017 Página 49 de 76
Laboratórios BASI - Indústria Farmacêutica, S.A.
01 NOTA INTRODUTÓRIA
Os LABORATÓRIOS BASI – Indústria Farmacêutica, S.A., com sede no Parque Industrial Manuel Lourenço
Ferreira, Lote 15, 3450 – 232 Mortágua, com o NIPC 506632296, tem como objeto social a fabricação,
comercialização (por grosso), importação e exportação de produtos farmacêuticos.
As demonstrações financeiras anexas são apresentadas em Euros e foram aprovadas pelo Conselho de
Administração, na reunião de 16 de maio de 2018. As mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela
Assembleia Geral de Acionistas, nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal.
O Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras refletem de forma
verdadeira e apropriada as operações da Empresa, bem como a sua posição e desempenho financeiro
e fluxos de caixa.
02 REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
2.1 Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras
Os LABORATÓRIOS BASI – Indústria Farmacêutica, S.A., apresenta as suas demonstrações financeiras
elaboradas de acordo com o Sistema de Normalização Contabilística (SNC), aprovado pelo Dec. Lei nº
158/2009, de 13 de Julho, com as retificações da Declaração de Retificação nº 67-B/2009, de 11 de
Setembro, e com as alterações introduzidas pela Lei nº 20/2010, de 23 de Agosto, Lei 66-B/2012 de 31 de
Dezembro e pela Lei 83-C/2013 de 31 de Dezembro e pelo Decreto-Lei 98/2015, de 2 de junho, que
transpõe para o ordenamento jurídico interno a diretiva n.º 2013/34/UE, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 26 de junho de 2013, que altera a diretiva n.º 2006/43/CE, do Parlamento Europeu e do
Conselho, e revoga as diretivas n.º 78/660/CEE e 83/349/CEE do Conselho, procedendo à alteração do
Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho.
O SNC é regulado pelos seguintes instrumentos legais:
▪ Portaria n.º 218/2015, de 23 de julho (Código de Contas) – Revoga Portaria 1011/2009, de 9 de
setembro;
▪ Portaria n.º 220/2015, de 24 de julho (Modelos de Demonstrações Financeiras) – Revoga Portaria
986/2009, de 7 de setembro;
▪ Aviso n.º 8254/2015, de 29 de julho (Estrutura Conceptual) – Revoga aviso 15652/2009, de 7 de
setembro;
▪ Aviso n.º 8255/2015, de 29 de julho (Norma Contabilística para Microentidades)
▪ Aviso n.º 8256/2015, de 29 de julho (Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro) – Revoga Aviso
15655/2009, de 7 de setembro;
▪ Aviso n.º 8257/2015, de 29 de julho (Norma contabilística e de relato financeiros para pequenas
entidades) – Revoga Aviso 15654/2009, de 7 de setembro;
▪ Aviso n.º 8258/2015, de 29 de julho (Normas Interpretativas) – Revoga Aviso 15653/2009, de 7 de
setembro
▪ Aviso n.º 8259/2015, de 29 de julho (Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Entidades do
Setor não Lucrativo)
2.2 Pressuposto da continuidade
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações,
a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com o normativo contabilístico
vigente em Portugal – Sistema de Normalização Contabilística (SNC).
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2.3 Regime do acréscimo
A Empresa regista os seus rendimentos e gastos de acordo com o regime do acréscimo, pelo qual os
rendimentos e ganhos são reconhecidos à medida que são gerados, independentemente do momento
em que são recebidos ou pagos. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os
correspondentes rendimentos e gastos são registados nas rubricas de “Devedores e credores por
acréscimos e diferimentos”.
2.4 Classificação dos ativos e passivos não correntes
Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano a contar da data da demonstração da
posição financeira são classificados, respetivamente, como ativos e passivos não correntes.
Adicionalmente, pela sua natureza, os ‘Impostos diferidos’ e as ‘Provisões’ são classificados como ativos e
passivos não correntes.
2.5 Passivos contingentes
Os passivos contingentes não são reconhecidos no balanço, sendo os mesmos divulgados no anexo, a
não ser que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja remota.
2.6 Passivos financeiros
Os passivos financeiros são classificados de acordo com a substância contratual independentemente da
forma legal que assumam.
2.7 Eventos subsequentes
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que
existiam nessa data são refletidos nas demonstrações financeiras.
Caso existam eventos materialmente relevantes após a data do balanço, são divulgados no anexo às
demonstrações financeiras.
2.8 Derrogação das disposições do SNC
No presente período não foram derrogadas quaisquer disposições do SNC.
03 PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As principais políticas de contabilidade aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras são as
que abaixo se descrevem. Estas políticas foram consistentemente aplicadas a todos os períodos
apresentados, salvo indicação em contrário.
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3.1 Ativos fixos tangíveis
Os ativos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das depreciações e
das perdas por imparidade acumuladas.
As depreciações são calculadas de acordo com o método das quotas constantes anuais, utilizando-se
para o efeito as taxas máximas de depreciação constantes no decreto regulamentar nº 2/90 de 12 de
janeiro, para os bens adquiridos até 31 de dezembro de 2009, e o decreto regulamentar nº25/2009, de 14
de setembro, para os bens adquiridos a partir de 01 de janeiro de 2010.
As despesas com reparação e manutenção destes ativos são consideradas como gasto no período em
que ocorrem.
3.2 Ativos intangíveis
Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das
perdas por imparidade acumuladas. Estes ativos só são reconhecidos se for provável que deles advenham
benefícios económicos futuros para a Empresa, sejam controláveis pela Empresa e se possa medir
razoavelmente o seu valor.
As amortizações são calculadas, após o início de utilização, pelo método das quotas constantes em
conformidade com o período de vida útil estimado.
3.3 Participações financeiras
As participações financeiras que não estejam classificados como ativos não correntes detidos para venda
ou incluídos num grupo para alienação que esteja classificado como ativos não correntes detidos para
venda, são reconhecidos ao custo de aquisição e são sujeitos a testes de imparidade periódicos, sempre
que existam indícios que determinada participação financeira possa estar em imparidade.
3.4 Imposto sobre o rendimento
O gasto relativo a imposto sobre o rendimento do período resulta da soma do imposto corrente e diferido.
O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis da Entidade de
acordo com as regras fiscais em vigor; o imposto diferido resulta das diferenças temporárias entre o
montante dos ativos e passivos para efeitos de relato contabilístico (quantia escriturada) e os respetivos
montantes para efeitos de tributação (base fiscal), de prejuízos fiscais dedutíveis e créditos fiscais não
utilizados, mas suscetíveis de utilização futura, assim como de diferenças temporárias decorrentes dos
ajustamentos de transição de referencial contabilístico POC para referencial SNC.
Os impostos diferidos ativos e passivos são calculados utilizando as taxas de tributação em vigor ou
anunciadas para vigorar à data expectável da reversão das diferenças temporárias.
Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos apenas quando existem expectativas razoáveis de
obtenção de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam
diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da
sua reversão.
No final de cada período é efetuado um recalculo desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos
sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.
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De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte
das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos para a Segurança Social, até 2000,
inclusive, e cinco anos a partir de 2001), exceto quando tenham havido prejuízos fiscais, ou estejam em
curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os
prazos são alargados ou suspensos. Assim, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2014 a 2017
ainda poderão estar sujeitas a revisão.
3.5 Inventários
As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo de
aquisição. O custo de aquisição inclui as despesas incorridas até ao armazenamento, utilizando-se o
preço de custo médio como método de custeio.
Os produtos acabados e intermédios bem como os produtos e trabalhos em curso são valorizados ao
custo de produção.
3.6 Clientes e outros valores a receber
As dívidas de clientes e outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal dado que não vencem juros
e o efeito do desconto é considerado imaterial.
3.7 Caixa e equivalentes de caixa
Os montantes incluídos na rubrica de caixa e seus equivalentes correspondem aos valores em caixa,
depósitos bancários e outros instrumentos financeiros que possam ser imediatamente mobilizáveis com
risco insignificante de alteração de valor.
Os descobertos bancários são incluídos na rubrica “Financiamentos obtidos”, expresso no “passivo
corrente”.
3.8 Fornecedores e outras contas a pagar
As dívidas a fornecedores ou a outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal dado que não
vencem juros e o efeito do desconto é considerado imaterial.
3.9 Transações em moeda estrangeira
As transações em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor na data da transação.
Os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros à taxa de
câmbio em vigor na data do balanço. As diferenças cambiais resultantes desta conversão são
reconhecidas nos resultados.
Os ativos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda estrangeira, são
convertidos à taxa de câmbio da data da transação.
Ativos e passivos não monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são
convertidos à taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.
Relatório & Contas 2017 Página 53 de 76
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3.10 Financiamentos bancários
Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a
emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros apurados de acordo com a taxa de juro efetiva são
registados na demonstração dos resultados de acordo com o regime do acréscimo.
Os empréstimos são classificados como passivos correntes, a não ser que a Empresa tenha o direito
incondicional para diferir a liquidação do passivo por mais de 12 meses após a data de relato.
3.11 Locações
Os contratos de locação são classificados como locações financeiras se, através deles, forem transferidos
substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à propriedade do ativo e como locações
operacionais se, através deles, não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens
inerentes à posse do ativo.
A classificação das locações em financeiras ou operacionais depende da substância da transação e não
da forma do contrato.
Os ativos fixos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as
correspondentes responsabilidades, são contabilizados reconhecendo os ativos fixos tangíveis e as
depreciações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o
plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as depreciações dos
ativos fixos tangíveis são reconhecidos como gastos na Demonstração dos resultados do período a que
respeitam.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como gastos na
Demonstração dos resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.
3.12 Rendimentos e gastos
Os rendimentos e gastos são registados no período a que se referem independentemente do seu
pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio de contabilidade em regime de acréscimo.
O rédito compreende os montantes faturados na venda de produtos ou prestações de serviços líquidos
de impostos sobre o valor acrescentado, abatimentos e descontos.
3.13 Subsídios
Os subsídios do governo são reconhecidos ao seu justo valor, quando existe uma garantia suficiente de
que o subsídio venha a ser recebido e de que a Empresa cumpre com todas as condições para o receber.
Os subsídios ao investimento não reembolsáveis para financiamento de ativos tangíveis e intangíveis são
registados no Capital próprio e reconhecidos na Demonstração dos resultados, proporcionalmente às
depreciações/amortizações respetivas dos ativos subsidiados.
Os subsídios à exploração destinam-se à cobertura de gastos, incorridos e registados e são reconhecidos
em resultados à medida que os gastos são incorridos, independentemente do momento de recebimento
do subsídio.
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04 FLUXOS DE CAIXA
Os montantes incluídos na rúbrica de caixa e seus equivalentes à data de 31 de dezembro de 2017 e de
2016 são os seguintes:
31-Dez-17 31-Dez-16
Caixa 2 227 2 654
Depósitos à ordem 315 965 1 028 397
Depósitos à prazo 11 395 206 -
11 713 398 1 031 052
Observações complementares
- Os valores de caixa servem para liquidar despesas correntes;
- Os depósitos à ordem correspondem a depósitos bancários imediatamente mobilizáveis.
05 ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS/ESTIMATIVAS E CORREÇÕES DE ERROS FUNDAMENTAIS
Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 não foram efetuadas alterações de
políticas contabilísticas, nem foram detetados erros materialmente relevantes.
06 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Os ativos fixos tangíveis da empresa encontram-se registados de acordo com as políticas contabilísticas
descritas no ponto 3. do presente relatório.
O movimento ocorrido nos ativos fixos tangíveis e respetivas depreciações, nos períodos de 2017 e de 2016
foi o seguinte:
Saldo em
01-Jan-16
Aquisições
/ Dotações Abates Transferências
Saldo em
31-Dez-16
Custo:
Edifícios e outras construções 5 932 081 46 557 - - 5 978 638
Equipamento básico 4 886 147 51 199 - 32 929 4 970 274
Equipamento de transporte 6 016 19 645 (6 016) - 19 645
Equipamento administrativo 189 380 34 118 - - 223 498
Outros ativos fixos tangíveis 108 168 8 522 - - 116 690
Ativos fixos tangíveis em curso 84 294 555 323 - (17 989) 621 629
Ad. p/ conta ativos fixos tangíveis 17 267 3 203 318 (5 645) (14 940) 3 200 000
11 223 354 3 918 682 (11 661) - 15 130 375
Depreciações acumuladas
Edifícios e outras construções 1 215 293 310 035 - - 1 525 328
Equipamento básico 2 330 361 601 777 - - 2 932 138
Equipamento de transporte 4 512 4 911 (4 512) - 4 911
Equipamento administrativo 141 568 37 230 - - 178 797
Outros ativos fixos tangíveis 91 107 10 177 - - 101 284
3 782 840 964 130 (4 512) - 4 742 458
31 de Dezembro de 2016
Relatório & Contas 2017 Página 55 de 76
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Saldo em
01-Jan-17
Aquisições
/ Dotações Transferências
Saldo em
31-Dez-17
Custo:
Edifícios e outras construções 5 978 638 25 758 - 6 004 395
Equipamento básico 4 970 274 113 823 188 343 5 272 441
Equipamento de transporte 19 645 - - 19 645
Equipamento administrativo 223 498 62 306 - 285 804
Outros ativos fixos tangíveis 116 690 6 558 - 123 248
Ativos fixos tangíveis em curso 621 629 3 782 719 120 603 4 524 951
Ad. p/ conta ativos fixos tangíveis 3 200 000 6 708 513 (308 947) 9 599 566
15 130 375 10 699 677 - 25 830 052
Depreciações acumuladas
Edifícios e outras construções 1 525 328 311 323 - 1 836 651
Equipamento básico 2 932 138 637 255 - 3 569 393
Equipamento de transporte 4 911 4 911 - 9 823
Equipamento administrativo 178 797 51 940 - 230 737
Outros ativos fixos tangíveis 101 284 6 789 - 108 072
4 742 458 1 012 219 - 5 754 676
31 de Dezembro de 2017
07 ATIVOS INTANGÍVEIS
Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, o movimento ocorrido nos ativos
intangíveis, foi o seguinte:
Saldo em
01-Jan-16
Aquisições
/ Dotações Transferências
Saldo em
31-Dez-16
Custo
Projetos de desenvolv imento 456 143 - - 456 143
Software 135 990 17 643 - 153 633
Propriedade industrial 3 809 903 10 808 66 841 3 887 552
Outros ativos intangíveis 670 544 - - 670 544
Ativos intangíveis em curso 254 481 152 583 (66 841) 340 223
5 327 061 181 034 - 5 508 096
Depreciações Acumuladas
Projetos de desenvolv imento 456 143 - - 456 143
Software 125 750 16 054 - 141 804
Propriedade industrial 3 353 853 234 169 - 3 588 021
Ativos intangíveis em curso 670 544 - - 670 544
4 606 290 250 223 - 4 856 513
31 de Dezembro de 2016
Relatório & Contas 2017 Página 56 de 76
Laboratórios BASI - Indústria Farmacêutica, S.A.
Saldo em
01-Jan-17
Aquisições
/ Dotações Transferências Reclassificação
Saldo em
31-Dez-17
Custo
Projetos de desenvolv imento 456 143 - - - 456 143
Software 153 633 28 667 51 227 - 233 526
Propriedade industrial 3 887 552 7 280 154 827 - 4 049 659
Outros ativos intangíveis 670 544 - - - 670 544
Ativos intangíveis em curso 340 223 167 131 (206 054) (15 286) 286 014
5 508 096 203 077 - (15 286) 5 695 887
Depreciações Acumuladas
Projetos de desenvolv imento 456 143 - - - 456 143
Software 141 804 39 523 - - 181 327
Propriedade industrial 3 588 021 231 209 - - 3 819 231
Outros ativos intangíveis 670 544 - - - 670 544
4 856 513 270 732 - - 5 127 245
31 de Dezembro de 2017
08 PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS
Demonstração das participações financeiras valorizadas pelo método da equivalência patrimonial e
método do custo:
% Valores % Valores
Método da Equivalência Patrimonial
Empresas Subsidiárias
Paracélsia - Indústria Farmacêutica, SA 52,50% 2 373 264 52,50% 2 236 974
Método do custo
Empresas Subsidiárias
Paracélsia - Indústria Farmacêutica, SA - Empréstimo - - - 824 000
Outras Empresas
Outros Investimentos Financeiros - 9 220 - 25 030
Fundo de Compensação do Trabalho - 12 717 - 7 753
31-Dez-17 31-Dez-16
O Fundo de Compensação do Trabalho registou, no período de 2017, uma valorização 33,30€, tendo
registado, no ano anterior, uma redução de justo valor no montante de 2,48€.
Identificação das partes relacionadas e caracterização das participações financeiras pelo método da
equivalência patrimonial:
Relatório & Contas 2017 Página 57 de 76
Laboratórios BASI - Indústria Farmacêutica, S.A.
É uma empresa mãe? (Sim/Não) Sim
Se sim consolida contas? (Sim/Não) Não
É uma empresa controladora final? (Sim/Não) Sim
NIF 500211507
Denominação Paracélsia - Indústria Farmacêutica, SA
Sede (País) PT
Natureza da relação Subsidiária
Consolidação de contas grupo? Não
Método de consolidação Não Aplicável
Capital Próprio 4 522 101
Resultado líquido 260 767
Capital social detido (valor) 3 008 500
Capital social detido (%) 52,50%
Direitos de voto (%) 52,50%
Data de inicio da participação 08/09/2015
As quantias escrituradas e os movimentos ocorridos no período relativos aos investimentos em subsidiárias
e associadas pelo método da equivalência patrimonial é o seguinte:
Inv. em
Subsidiárias Total
Valor líquido inicial 2 236 974 2 236 974
Alterações nos capitais próprios da investida 136 902 136 902
Outros ajustamentos (612) (612)
Valor líquido final 2 373 264 2 373 264
AQUISIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DA PARACÉLSIA- INDÚSTRIA FARMACÊUTICA, S.A:
Em 2010, após o término do contrato com a Fresenius Kabi e na iminência de ficar sem parceiros
comerciais estratégicos, a Paracélsia celebrou um contrato de produção e distribuição exclusiva de
produtos com os Laboratórios Basi pelo período de 15 anos.
No decorrer do período de 2010 a atividade desenvolvida pela Paracélsia representou uma variação
negativa de 41% em relação ao período homólogo, registando um volume de negócios de 2.713.738
euros. Os resultados líquidos ascenderam a 501.367 euros negativos, originando uma diminuição do
capital próprio para 51.124 euros.
A Paracélsia lidava objetivamente com um processo de ineficiência estrutural, perdendo capacidade
negocial com os fornecedores, com continuas roturas de stocks de matérias-primas, reduzindo de forma
drástica a capacidade de fabrico e consequentes atrasos na produção.
Era previsível o não cumprimento, por parte da Paracélsia, das obrigações assumidas no contrato de
produção celebrado com o Lab. Basi, sendo também expectável que dessa situação resultassem
prejuízos avultados para as partes.
Os administradores Joaquim Chaves e Luís Pedro, proprietários dos Laboratórios Basi, (indiretamente
através da FHC Farmacêutica) em desespero de causa aceitaram assumir a administração da Paracélsia,
não tendo tido oportunidade de proceder a uma due diligence à empresa, pois a falta de
operacionalidade da Paracélsia era iminente e teria repercussões imensuráveis para a empresa,
colaboradores, estado, etc.
A eventual perda de licença de fabrico precipitaria o encerramento imediato da empresa sendo a sua
reabertura, com a consequente e necessária obtenção de nova licença de fabrico, praticamente
impossível.
Acautelando este risco e na tentativa de minimizar os impactos globais do encerramento, no decorrer do
4º trimestre de 2011, Joaquim Chaves e Luis Pedro adquiriram a participação na Paracélsia e assumiram
Relatório & Contas 2017 Página 58 de 76
Laboratórios BASI - Indústria Farmacêutica, S.A.
a administração de forma a manterem a produção e procurarem salvaguardar os créditos e
compromissos dos Laboratórios Basi, e bem como os créditos de todos os restantes fornecedores, parceiros
e colaboradores.
Apesar de serem conhecidas as dificuldades económico-financeiras, no âmbito do processo de
encerramento de contas 2011 a nova estrutura acionista e o conselho de administração deparou-se com
uma realidade ainda mais dramática, na qual a Paracélsia apresenta um capital próprio negativo superior
a 1.500.000€ (um milhão e quinhentos mil euros) em clara situação de insolvência, não apresentando
capacidade de cumprir com as responsabilidades assumidas. Mais, a Paracélsia apresenta uma situação
de inviabilidade económica, apresentando também um prejuízo em 2011 superior a 1.400.000€ (um milhão
e quatrocentos mil euros) resultado de uma estrutura de custos sobredimensionada face ao decréscimo
do volume de negócios, que se verificava desde 2009.
Desta forma, para evitar a aplicação de pesadas cláusulas indemnizatórias aos Laboratórios Basi, por
parte dos seus clientes, pelo não cumprimento dos prazos de fornecimento previamente acordados, foi
imperativo proceder a adiantamentos sucessivos por conta de fornecimentos futuros, permitindo que a
Paracélsia regularizasse e evitasse as roturas nos fornecimentos de produtos.
Em novembro de 2011, o Lab. Basi considerou necessária e oportuna a concessão de um empréstimo à
Paracélsia no valor de € 2.500.000, destinado única e exclusivamente ao cumprimento, por esta, de
atividades definidas no seu objeto social e, em especial, a relançar a sua atividade normal, de forma a
assegurar o cumprimento de todas as obrigações contratualmente assumidas com a sociedade. Foi
declarada em estado de insolvência, com carácter pleno, em 26 de março de 2012, que correu termos
pelo 3º Juízo da 2ª Secção do Comércio da Instância Central de Vila Nova de Gaia, Comarca do Porto.
Perante esta situação, a administração apresentou à Assembleia de Credores um projeto de
reestruturação da empresa através de um “Plano de Insolvência”, ao abrigo do C.I.R.E., aprovado pelo
Decreto-Lei 53/2004 de 18 de março, propondo a continuidade da atual administração. No âmbito do
referido Processo de Insolvência e Recuperação de Empresa, a sociedade apresentou um Plano de
Insolvência, o qual foi aprovado em Assembleia de Credores realizada em 05/02/2013.
Em abril de 2012, o Lab. Basi considerou necessária e oportuna a concessão de um empréstimo adicional
à massa insolvente da Paracélsia no valor de € 1.500.000, destinado única e exclusivamente ao
cumprimento, por esta, de atividades definidas no seu objeto social e, em especial, a relançar a sua
atividade normal, de forma a assegurar o cumprimento de todas as obrigações contratualmente
assumidas com a sociedade.
Em agosto de 2015, após o trânsito em julgado da sentença homologatória do Plano de Recuperação e
nos exatos termos das medidas nele aprovadas, procedeu-se ao aumento de capital da Paracélsia,
mediante a conversão em capital dos créditos detidos pelo Lab. Basi no montante de 3.008.500€.
09 ATIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS
O movimento ocorrido nos ativos e passivos por impostos diferidos, nos períodos findos em 31 de dezembro
de 2017 e 2016, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram foi como segue:
Saldo em
01-Jan-16
Resultado
líquido
Capitais
próprios
Resultado
líquido
Saldo em
31-Dez-16
Ativos por impostos diferidos
Outros 15 867 - - (15 241) 626
15 867 - - (15 241) 626
Passivos por impostos diferidos
Outros - - 38 814 (25 356) 13 459
- - 38 814 (25 356) 13 459
Constituição Reversão
31 de Dezembro de 2016
Relatório & Contas 2017 Página 59 de 76
Laboratórios BASI - Indústria Farmacêutica, S.A.
Saldo em
01-Jan-17
Resultado
líquido
Capitais
próprios
Resultado
líquido
Saldo em
31-Dez-17
Ativos por impostos diferidos
Outros 626 2 430 - - 3 056
626 2 430 - - 3 056
Passivos por impostos diferidos
Outros 13 459 - 72 084 (80 629) 4 914
13 459 - 72 084 (80 629) 4 914
31 de Dezembro de 2017
Constituição Reversão
Os ativos e passivos por impostos diferidos são referentes a Subsídios, e Acréscimos e Diferimentos.
10 INVENTÁRIOS
Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 a rubrica “Inventários” apresentava a seguinte composição:
31-Dez-17 31-Dez-16
Matérias primas subsidiárias e de consumo 2 564 288 2 150 460
Produtos acabados 415 427 411 518
Produtos e trabalhos em curso 27 053 24 394
3 006 767 2 586 372
Perdas por imparidades de inventários - -
3 006 767 2 586 372
11 CLIENTES
Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 a rubrica “Clientes” tinha a seguinte composição:
Corrente Corrente
Clientes
Clientes conta corrente 5 885 716 8 041 627
Clientes de cobrança duvidosa 620 565 661 561
6 506 281 8 703 188
Perdas por imparidade acumuladas (620 565) (661 561)
5 885 716 8 041 627
31-Dez-17 31-Dez-16
Clientes
gerais
Grupo /
relacionados
Clientes
gerais
Grupo /
relacionados
Clientes
Clientes conta corrente 1 105 127 4 780 590 1 913 680 6 127 947
Clientes de cobrança duvidosa 620 565 - 661 561 -
1 725 692 4 780 590 2 575 241 6 127 947
31-Dez-17 31-Dez-16
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Perdas por imparidades 31-Dez-17 31-Dez-16
Saldo a 1 de Janeiro 661 561 603 691
Aumento 90 873 82 870
Reversão (131 869) -
Regularizações - (25 000)
620 565 661 561
31-Dez-17 31-Dez-16
Adiantamentos de clientes - 16 750
- 16 750
12 ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 a rubrica “Estado e outros entes públicos” no ativo e no passivo,
apresentava os seguintes saldos:
31-Dez-17 31-Dez-16
Ativo
Imposto sobre o rend. das pessoas coletivas (IRC) 92 297 677 274
Imposto sobre o valor acrescentado (IVA) 20 791 149 041
113 088 826 314
Passivo
Imposto sobre o rend. das pessoas coletivas (IRC) 11 690 -
Imposto sobre o rend. das pessoas singulares (IRS) 23 785 41 083
Segurança Social 58 374 57 527
Fundo de compensação do trabalho 958 540
94 807 99 150
13 OUTROS CRÉDITOS A RECEBER
Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, a rubrica “Outros créditos a receber” tinha a seguinte composição:
Corrente Corrente
Saldos devedores de fornecedores 71 180 52 807
Outros devedores por acréscimo de rendimentos 9 273 6 279
IEFP - 1 823
Outros devedores 22 303 32 133
102 756 93 042
Perdas por imparidade acumuladas - -
102 756 93 042
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14 DIFERIMENTOS
Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 os saldos da rubrica “Diferimentos” do ativo e passivo foram como
segue:
31-Dez-17 31-Dez-16
Diferimentos (Ativo)
Seguros pagos antecipadamente 10 030 11 482
Contratos Prestação Serv iços 10 696 10 814
Publicidade 15 000 22 500
Outros gastos a reconhecer 18 637 2 310
54 363 47 106
15 CAPITAL SUBSCRITO
Em 31 de dezembro de 2017 o capital social da Empresa encontra-se totalmente subscrito e realizado.
16 AÇÕES PRÓPRIAS
A 31 de dezembro de 2017 e 2016 a rubrica “Ações Próprias” decompunha-se da seguinte forma:
31-Dez-17 31-Dez-16
Valor Nominal 24 417 24 417
Descontos e Prémios 10 292 10 292
34 709 34 709
17 OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL PRÓPRIO
A 31 de dezembro de 2017 e 2016 o saldo da rubrica “Outros instrumentos de capital próprio” refere-se à
conversão de suprimentos da acionista FHC Farmacêutica, S.A. em prestações suplementares.
18 RESERVA LEGAL
A legislação comercial estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado
ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é
distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos
depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporadas no capital.
Durante o período de 2017 não foi transferido qualquer montante para reservas legais.
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19 RESULTADOS TRANSITADOS
Por decisão da Assembleia Geral, foi decidido que, do resultado líquido do período de 2016, fosse
transferido o montante de 1.465.691,35 para resultados transitados, tendo, no entanto, sido reconhecido
apenas o montante de 1.317.714,53€, dado que o remanescente no montante de 147.976,82€ foi
considerado em ajustamentos em ativos financeiros, dado que dizem respeito a lucros não atribuídos por
via da aplicação do Método de Equivalência Patrimonial na participação que detém na Paracélsia.
Esta rúbrica foi ainda movimentada a débito no montante de 80.628,97€ referente à realização de
imposto diferido associado ao subsídio ao investimento, no âmbito do QREN – Contrato n.º 2011/17724.
20 AJUSTAMENTOS/OUTRAS VARIAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS
Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, os saldos desta rubrica apresentavam-se como segue:
31-Dez-17 31-Dez-16
Ajustamentos relacionados com o Método da Equivalência Patrimonial (771 526) (919 503)
Subsídios ao investimento 22 335 61 176
Subsídios ao investimento - Imp. Diferidos (4 914) (13 459)
(754 104) (871 785)
21 FINANCIAMENTOS OBTIDOS
Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 os saldos desta rubrica apresentavam-se como segue:
Não
corrente Corrente
Não
corrente Corrente
Empréstimos bancários m.l.prazo 13 750 000 - - -
Outros empréstimos - 492 324 450 294 616
13 750 000 492 324 450 294 616
31-Dez-17 31-Dez-16
Prazos de reembolso 31-Dez-17 31-Dez-16
Menos de um ano 492 294 616
1 a 2 anos - 324 450
2 a 3 anos 607 143 -
3 a 4 anos 13 142 857 -
13 750 492 619 066
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22 FORNECEDORES
Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 a rubrica “Fornecedores” tinha a seguinte composição:
31-Dez-17 31-Dez-16
Fornecedores conta corrente 4 630 780 4 886 264
4 630 780 4 886 264
Fornecedores
gerais
Grupo /
relacionados
Fornecedores
gerais
Grupo /
relacionados
Fornecedores
Fornecedores conta corrente 3 889 664 741 116 4 088 965 797 299
3 889 664 741 116 4 088 965 797 299
31-Dez-17 31-Dez-16
23 OUTRAS DÍVIDAS A PAGAR
Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 a rubrica “Outras dívidas a pagar” não corrente e corrente tinha
a seguinte composição:
Corrente Corrente
Saldos credores de clientes 219 661 108 561
Remunerações a pagar 32 24 672
Seguros a liquidar - 4 482
Estimativa de remunerações a pagar 390 533 303 274
Outros credores por acréscimos de gastos 166 441 49 077
Fornecedores de investimentos 1 801 527 424 605
Outras contas a pagar 716 826
2 578 910 915 495
31-Dez-17 31-Dez-16
24 VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
A repartição do valor das vendas e prestações de serviços nos períodos de 2017 e de 2016 foram como
segue:
Mercado
Interno
Mercado
Comunitário
Mercado
Externo Total
Vendas de mercadorias 20 406 419 3 277 194 786 199 24 469 813
Prestação de serv iços 120 420 407 4 643 125 470
20 526 839 3 277 601 790 842 24 595 283
31-Dez-17
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Mercado
Interno
Mercado
Comunitário
Mercado
Externo Total
Vendas de mercadorias 18 248 846 2 190 769 1 881 207 22 320 822
Prestação de serv iços 88 251 360 6 897 95 508
18 337 097 2 191 129 1 888 104 22 416 330
31-Dez-16
25 SUBSÍDIOS À EXPLORAÇÃO
Nos períodos de 2017 e de 2016 a Empresa reconheceu rendimentos decorrentes dos seguintes subsídios:
31-Dez-17 31-Dez-16
Estágios - IEFP - 4 972
- 4 972
26 GANHOS/PERDAS IMPUTADOS DE SUBSIDIÁRIAS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS
Os ganhos/perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos, nos períodos
findos em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, foram como segue:
31-Dez-17 31-Dez-16
Paracélsia Indústria Farmacêutica, SA 136 290 147 977
136 290 147 977
A participação da empresa Paracélsia Indústria Farmacêutica, SA foi adquirida durante o ano de 2015
(ver Nota 8).
27 VARIAÇÃO DE INVENTÁRIOS NA PRODUÇÃO
A variação de inventários na produção, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, é
detalhado como segue:
Prod.
Acabados e
Intermédios
Produtos e
Trabalhos
em Curso
Prod.
Acabados e
Intermédios
Produtos e
Trabalhos
em Curso
Existência inicial 411 518 24 394 661 352 10 106
Existência final 415 427 27 053 411 518 24 394
Reclassificação e Reg. de Inventários 138 675 - 463 880 1 563
Variação de inventários na produção 142 583 2 659 214 046 15 851
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28 CUSTO DAS VENDAS
O custo das vendas nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, é detalhado como segue:
Matérias-primas,
subsidiárias e de
consumo
Total
Matérias-primas,
subsidiárias e de
consumo
Total
Inventários iniciais 2 150 460 2 150 460 1 602 474 1 602 474
Compras 15 355 636 15 355 636 14 555 427 14 555 427
Regularizações (60 123) (60 123) (25 842) (25 842)
Inventários Finais 2 564 288 2 564 288 2 150 460 2 150 460
C.M.V.M.C 14 881 685 14 881 685 13 981 600 13 981 600
31-Dez-17 31-Dez-16
29 FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
A repartição dos fornecimentos e serviços externos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e de
2016, foi a seguinte:
31-Dez-17 31-Dez-16
Trabalhos especializados 1 746 723 1 899 617
Publicidade e propaganda 268 925 186 073
Vigilância e segurança 16 314 1 844
Honorários 32 200 36 538
Conservação e reparação 75 177 67 704
Serv iços bancários 60 646 23 813
Ferramentas e utensílios de desgaste rápido 495 568 433 764
Livros e documentação técnica 1 120 4 432
Material de escritório 35 391 26 311
Artigos para oferta 29 195 33 578
Eletricidade 168 969 159 470
Combustíveis 73 635 73 391
Água 13 033 12 050
Outros fluidos 24 594 21 092
Deslocações e estadas 52 039 45 917
Transporte de pessoal 19 940 22 095
Transporte de mercadorias 371 608 390 419
Rendas e alugueres 331 413 324 247
Comunicação 7 976 6 383
Seguros 116 963 65 124
Contencioso e notariado 326 7 151
Despesas de representação 61 091 48 546
Limpeza, higiene e conforto 16 037 16 163
Restantes FSE 27 929 98 094
4 046 812 4 003 815
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30 GASTOS COM O PESSOAL
A repartição dos gastos com o pessoal nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 foi a
seguinte:
31-Dez-17 31-Dez-16
Remunerações do pessoal 1 781 189 1 534 165
Indemnizações 33 128 3 704
Encargos sobre remunerações 426 770 367 336
Seguros 14 544 15 404
Outros gastos com pessoal 244 503 208 683
2 500 134 2 129 292
O número médio de empregados em 2017 foi de 112 e no período de 2016 de 93.
31 OUTROS RENDIMENTOS
Os outros rendimentos, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, foram como segue:
31-Dez-17 31-Dez-16
Descontos de pronto pagamento obtidos 99 0
Rendimentos e ganhos nos restantes ativos financeiros 41 221 -
Rendimentos e ganhos em inv. não financeiros 1 500 1 748
Rendimentos suplementares 518 060 478 037
Diferenças de câmbio favoráveis - 44 454
Juros, div idendos e outros rendimentos similares 380 12 648
Outros rendimentos e ganhos 697 364 686 420
1 258 624 1 223 307
32 OUTROS GASTOS
Os outros gastos, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, foram como segue:
31-Dez-17 31-Dez-16
Impostos 241 498 303 418
Descontos de pronto pagamento concedidos 21 13 931
Perdas em inventários 193 428 485 530
Diferenças de câmbio desfavoráveis 133 230 39 662
Outros gastos e perdas 146 299 263 761
714 475 1 106 302
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33 RESULTADOS FINANCEIROS
Os resultados financeiros, nos períodos de 2017 e de 2016, tinham a seguinte composição:
31-Dez-17 31-Dez-16
Juros e gastos similares suportados
Juros suportados - 8 884
Diferenças de câmbio desfavoráveis 0 -
0 8 884
Resultados financeiros (0) (8 884)
A empresa suportou juros de financiamentos obtidos para aquisição de equipamentos afetos à nova
unidade de produção de soluções parenterais de grande e pequeno volume, os quais, ao abrigo da
NCRF n.º 10 foram considerados como parte dos gastos do ativo que se qualifica, tendo os mesmos sido
contabilizados como ativos tangíveis em curso, pelo que não figuram na rúbrica de juros e gastos similares
suportados. O montante de juros suportados e capitalizados no período de 2017 ascendeu a 72.029,76
euros.
34 DIVULGAÇÕES DE PARTES RELACIONADAS
Transações 31-Dez-17 31-Dez-16
Vendas e serv iços prestados 18 484 990 17 017 777
Compras de mercadorias e aquisição de serv iços 3 682 485 4 264 665
Saldos 31-Dez-17 31-Dez-16
Contas a receber 4 780 590 6 127 947
Contas a pagar 818 883 828 226
Empréstimos concedidos - 824 000
35 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
O imposto sobre o rendimento reconhecido nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, é
detalhado com segue:
31-Dez-17 31-Dez-16
Imposto corrente 73 297 39 789
Imposto diferido (83 059) (10 115)
(9 763) 29 674
Notas sobre a utilização de benefícios fiscais:
Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (RFAI)
No período de tributação de 2017, a empresa apurou um montante de 130.069,88 euros, o qual respeita
ao benefício fiscal do RFAI apurado em resultado dos investimentos realizados no período de tributação
de 2017.
De notar que o referido crédito fiscal apurado, considera que 10.128.711,83 euros dos investimentos
realizados no referido período de tributação serão apoiados no âmbito do Benefício Fiscal Contratual
Relatório & Contas 2017 Página 68 de 76
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(BFC) e 3.359,20 euros no âmbito do SIFIDE II. O enquadramento e/ou elegibilidade dos referidos
investimentos nesses sistemas de incentivos carece ainda de confirmação pelas entidades competentes.
No período de tributação de 2016, empresa apurou um montante de 130.346,47 euros, o qual respeita ao
benefício fiscal do RFAI apurado em resultado dos investimentos realizados no período de tributação de
2016.
Benefícios à criação de emprego
Em 2017 a empresa beneficiou de uma majoração referente aos benefícios à criação de emprego
previstos pelo artigo 19.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais. A majoração aplicada foi de 90.381,65 euros.
Em 2016 a empresa beneficiou de uma majoração referente aos benefícios à criação de emprego
previstos pelo artigo 19.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais. A majoração aplicada foi de 91.247,43 euros.
Outros benefícios fiscais
Em 2017 foi aplicada uma majoração de 13.804,02 euros relativamente a gastos com quotizações a favor
de associações empresariais, ao abrigo do artigo 44.º do CIRC.
Em 2017 foi aplicada uma majoração de 16.000,00 euros relativamente a gastos com donativos, ao abrigo
do artigo 62.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais.
Em 2016 foi aplicada uma majoração de 19.016,53 euros relativamente a gastos com donativos, ao abrigo
do artigo 62.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais.
SIFIDE II
Conforme referido nos últimos anos, a empresa tem vindo a investir na área da Investigação e
Desenvolvimento (I&D), nomeadamente na aquisição de novos conhecimentos técnicos e na exploração
de resultados de trabalhos de investigação, com vista à melhoria contínua dos seus produtos e serviços.
Neste sentido, a empresa tem focado os seus esforços na área de investigação e desenvolvimento (I&D),
nomeadamente ao nível da capacitação das equipas e dos seus laboratórios para a realização de
atividades de I&D. Estes trabalhos têm possibilitado à empresa apresentar candidaturas no âmbito do
Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial (SIFIDE) com os seguintes
montantes:
2016* 2017**
Despesas com Pessoal 206.975,34 200.805,86
Despesas de Funcionamento 113.836,44 106.840,50
Contratação de atividades de I&D 9.737,50 -
Ativos Fixos Tangíveis 210.216,62 3.359,20
540.765,90 311.005,56
* Candidatura aprovada por parte do Organismo ANI, tendo sido obtido um crédito fiscal no montante
de 374.287,20 euros.
** Candidatura irá ser submetida até 31/05/2018, prevendo-se obter um crédito fiscal no montante de
101.076,81euros, resultante das diversas atividades de I&D levadas a cabo no decorrer de 2017.
36 EVENTOS SUBSEQUENTES
Após a data de encerramento do período foi proferida decisão de aprovação da candidatura ao SIFIDE
II, referente ao período de 2016, por parte da ANI, tendo sido atribuído um crédito fiscal de 374.287,20
euros.
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Após o encerramento do período, e até à elaboração do presente relatório, não se registaram outros
factos suscetíveis de modificar a situação relevada nas contas, para efeitos do disposto na alínea b) do
n.º 5 do Artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais.
37 INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS
A Administração informa que a sociedade não apresenta dívidas à Segurança Social e à Administração
Fiscal em situação de mora.
Não foram concedidas quaisquer autorizações nos termos do Artigo 397º do Código das Sociedades
Comerciais, pelo que nada há a declarar para efeitos do n.º 2, alínea e) do Artigo 66º do Código das
Sociedades Comerciais.
Honorários do Revisor Oficial de Contas, nos termos do art.º 66-A do Código das Sociedades Comerciais,
relativo à revisão legal das contas no período de 2017, no valor de 5.400,00 euros.
O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
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