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Relatório CCEA 2014

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“O grande mérito do trabalho desenvolvido pelo Centro Cultural Escrava Anastácia é o de olhar o outro sem preconceito. É o cuidado com a vida. É romper com o assistencialismo, o servilismo, e oferecer aos jovens uma perspectiva, mas a partir do olhar deles, para que assumam a responsabilidade de construir esse caminho.”Padre Vilson GrohPresidente do Instituto IVG e presidente de honra do CCEA

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A p r e s e n t a ç ã o

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A p r e s e n t a ç ã o

O Centro Cultural Escrava Anastácia (CCEA) entrega às comunidades onde atua, a financiadores, parceiros,

participantes e apoiadores de suas ações e serviços, este Relatório que busca sintetizar o que foi realizado e conquistado ao longo do ano de 2014. É uma prestação de contas à sociedade e, ao mesmo tempo, um testemunho de que é possível “empoderar pessoas e coletivos na superação de suas vulnerabilidades, para que se tornem protagonistas na construção de uma vida digna e de um mundo mais solidário e sustentável”, como define nossa Missão.

O foco das ações e serviços do CCEA é o cuidado com a Vida, manifestado na desconstrução de qualquer tipo de discriminação e no apoio à inserção laboral efetiva e de qualidade de jovens.

Como delineia seu Projeto Político-Pedagógico, articula sujeitos coletivos e organiza um trabalho que se desenvolve em redes e a partir de redes. Faz a opção por trabalhar não por oposição ou exclusão, mas pela busca da possibilidade da emergência do novo no encontro/confronto dos diferentes.

O trabalho do CCEA se distingue, sobretudo, porque é uma rede de projetos que atua interligada a outros projetos em

rede. Pensar na atuação em redes supõe o entendimento de ações e relações que mantêm, ao mesmo tempo, as conexões e a autonomia, a coerência com escolhas ético-políticas que possibilitem a desconstrução de subalternidades, e a flexibilidade que permite a criatividade e o crescimento.

A constituição de um Conselho Jovem foi um dos marcos do trabalho em 2014. A participação efetiva dos sujeitos no planejamento, implementação, avaliação, monitoramento e sistematização dos processos vividos vem sendo um sonho paulatinamente construído em conjunto. Avançamos, ainda com pequenos passos, buscando coletivamente novas formas de lidar com velhos problemas, para que juntos nos tornemos sujeitos capazes de ajudar a pensar e construir rumos que gerem possibilidades, impactando as políticas públicas, qualificando, particularmente, as possibilidades de geração de emprego e renda para juventudes. Essa é uma das prioridades para o próximo período.

Aos nossos financiadores, parceiros, apoiadores, educadores, funcionários e voluntários, um agradecimento especial, por garantir aos serviços e ações os meios para que cada pessoa encontre os caminhos de uma vida digna, independente e sustentável.

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Quem somos

M i s s ã o

Serviços e Ações

O Centro Cultural Escrava Anastácia, pessoa jurídica de direito privado, registrado no

dia 8 de junho de 1998, é uma associação sem fins econômicos, sem fins lucrativos, com duração ilimitada, de caráter filantrópico, com atuação nas áreas de assistência social, defesa e garantia de direitos, intermediação laboral, cultural e esportiva, no âmbito do Estado de Santa Catarina, com sede e foro na cidade de Florianópolis/SC.

O CCEA tem como missão o empoderamento de pessoas e coletivos na superação de suas

vulnerabilidades, para que se tornem protagonistas na construção de uma vida digna e de um mundo mais solidário e sustentável.

Proteção Social Básica, Proteção Social Especial, Assessoramento, Defesa e Garantia de Direitos,

Capacitação e Intermediação Laboral.

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Foco das ações do CCEA: empoderamento e apoio à inserção de juventudes

A partir da participação no Pro-grama Fortalezas, o CCEA vem desenvolvendo uma metodolo-

gia de trabalho que integra num único processo ações que anteriormente eram pensadas separadamente, qualificando e ampliando o entendimento sobre a inserção de adolescentes e jovens. Ado-lescentes vêm, prioritariamente, das enti-dades Instituto Pe. Vilson Groh (IVG), e passam a ser acompanhados no CCEA. Conforme a lei federal 10.097/2000, a aprendizagem se desenvolve por proje-tos (oficinas ou módulos que dão conta da ementa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e, ao mesmo tempo, das necessidades de fortalecimento de víncu-los, estímulo à elevação da escolaridade, ampliação da cultura geral, desenvolvi-mento de habilidades para a vida e para o mundo do trabalho, ampliação da cons-ciência e do compromisso comunitário e cidadão), promovendo também a geração de renda. É priorizada uma abordagem interdisciplinar do conhecimento, engen-drada na transversalidade dos conteúdos e pautada na Proposta Político-Peda-gógica do CCEA. Busca-se, assim, o reconhecimento do outro e sua pluralida-de, possibilitando a compreensão de que

é a articulação, entre diversos campos do conhecimento, que promove o en-tendimento e a significação do seu papel social e o reconhecimento das estruturas e condicionantes sociais inseridas nesses contextos.

Os demais projetos do CCEA visam melhorar as condições das famílias e comunidades de procedência dos jovens, tornando, dessa forma, mais favoráveis as condições de inserção.

P E R F I L

Jovens participantes dos projetos resi-dem, na maioria, em áreas empobrecidas da Região Metropolitana de Florianópo-lis, Santa Catarina, Brasil (Morro do Mo-cotó, Monte Serrat, Monte Cristo, Chico Mendes, Coloninha, Jardim Atlântico, Morro da Caixa D’Água, Vila União, Frei Damião, Bom Viver, Jardim Zanelatto, Vila Aparecida, Serraria, Dona Wanda). Percebe-se um grande número de jovens residindo com mãe, irmãos e padrasto. A renda familiar é proveniente do trabalho da mãe e do padrasto, tanto no regime formal (Consolidação das Leis do Traba-lho - CLT), como informal, recebendo em média, de um a três salários mínimos em funções como doméstica, pedreiro e

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Foco das ações do CCEA: empoderamento e apoio à inserção de juventudes

serviços gerais, vigilante e vendedor. Es-ses pais costumam ter baixa escolarida-de, em geral possuem apenas o ensino fundamental. Encontramos situações em que os jovens residem com avós ou tias. A faixa etária dos jovens distribui-se da seguinte forma: 15 anos (81 jovens), 16 anos (30 jovens) e 17 anos (9 jovens), sendo 66 meninos e 54 meninas, solteiros, sem filhos, morando em casas de um a três quartos, em região sem aterro sanitá-rio, sem alagamento, com fornecimento de energia, água e gás. Quanto ao acesso à tecnologia, observa-se que a maioria dos jovens tem acesso a computador, internet e celular.

O B J E T I V O S

Possibilitar o autorreconhecimento de cada pessoa como protagonista e autônoma em seu próprio processo social e histórico.

Despertar para o senso crítico objetivan-do sua organização social e política.

Despertar para ações comunitárias elevando a sua autoestima e seu empodera-mento.

Apoio psicossocial.Oferecer formação humana e cidadã,

orientação para a escolha profissional e con-tinuidade dos estudos, qualificação para o

mundo do trabalho, encaminhamento para vagas de aprendizagem e acompanhamento da inserção após o término do período de aprendizagem.

R E S U L T A D O S O B T I D O S

Durante o ano de 2014, a equipe do CCEA acompanhou, simultaneamente, integrantes das três turmas do Programa Fortalezas. A primeira turma teve 142 participantes, que concluíram seu período como Jovem Aprendiz e tiveram acom-panhamento em seu processo de inserção efetiva: seis foram contratados pela mes-ma empresa em que haviam sido apren-dizes; 56 foram contratados por outras empresas e acompanhados pela equipe do CCEA por um período de seis meses; três ingressaram na Universidade; 21 seguiram outras trajetórias (novo contrato de apren-dizagem, curso técnico, dedicação para elevação escolar) e outros 56 permanecem em acompanhamento e apoio para inser-ção. Enquanto isso, 71 participantes da segunda turma (de 120) foram inseridos como aprendizes em empresas parceiras, ao mesmo tempo em que 134 eram aco-lhidos no Rito de Passagem, sendo que 120 integram a terceira turma do Progra-ma Fortalezas.

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OConselho Jovem é a voz das juventudes do CCEA, espa-ço de diálogo de jovem para

jovem no movimento de garantia de direitos. Tem o propósito de fortalecer o protagonismo, a autonomia, a capaci-dade criativa de cada um dos integran-tes na busca coletiva de seus sonhos. Jovens engajados, articulados e preocu-pados com a sua atuação no mundo.

Segundo Camila Mattos, integrante e articuladora do Conselho Jovem, a necessidade de construir esse espaço para os jovens foi impulsionada por dois grandes eventos. O primeiro foi a ida dos jovens a Brasília para participa-rem do 1° Fórum dos Direitos Huma-nos. E a segunda foi a participação de dois jovens do Programa Aprendiz no 2° Encontro Regional do Progra-ma Fortalezas.

Em 2014, o Conselho Jovem foi pro-tagonista de várias ações, entre elas:

• A criação do “Diálogos CCEA”, sala de debate sobre tema de interesse das juventudes que ocorre uma vez ao mês.

• Oficinas de Dança trazendo o Hip Hop em aulas aberta para jovens do CCEA.

• Articulação do Dia de Doar – mo-bilização das juventudes por meio de flash mob pela cidade.

• Aproximação da Coordenadoria Municipal da Juventude.

• Participação no Projeto Mocotó Cor junto ao IVG.

• Participação no Encontro Estadual de Educação Ambiental.

• Mobilização de recursos para o Grupo Ghettos ir para a Argentina para um festival de dança.

• Aproximação e participação em Plenária na Câmara dos Vereadores.

• Em janeiro de 2015, houve uma ho-menagem de honra ao mérito da Prefei-tura de Florianópolis pela atuação do Conselho na cidade durante o ano de 2014.

Em 2015, o Conselho Jovem es-tará participando da Comissão da 9° Conferência Municipal da Criança e do Adolescente; Elaboração do Plano Decenal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Florianópolis; e Asses-soria para que outras entidades possam organizar Conselhos de Juventudes.

Com a constituição e fortalecimento do Conselho Jovem, temos percebido, em pouco tempo, um amadurecimen-to da juventude no que diz respeito às escolhas que se permitem fazer. O diálogo do jovem para o jovem tem lhes possibilitado pensar mais sobre os seus reais anseios relacionados à vida pro-fissional. O processo de aprendizagem também tem gerado nos jovens uma percepção da necessidade e desejo de maior capacitação e qualificação para o alcance dos sonhos.

C o n s e l h o J o v e m

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Nos dias 17 e 18 do mês de se-tembro de 2014, ocorreu em Florianópolis (SC/Brasil), o 1º

Encontro dos Representantes dos Jovens do Programa Fortalezas, com o tema “Ju-ventudes e o Mundo do Trabalho”. Com o objetivo de estimular o protagonismo e a participação de jovens na discussão de políticas de geração de trabalho e renda, o evento contou com a participação de jovens de três países da América Latina (Brasil, Argentina e Colômbia) que inte-gram o Programa Fortalezas.

Participaram da mesa de abertura Eriberto Meurer (presidente do CCEA), Leo Mauro Xavier (empresário), Cami-la Mattos (Conselho Jovem), Alexandre Takaschima (juiz da Corregedoria-Geral de Justiça), Luis Miguel Vaz Viegas (supe-rintendente Regional do Trabalho e Em-

prego/SC) e padre Vilson Groh (presi-dente do IVG).

A primeira tarde do evento ocorreu em duas salas de debates. Numa sala, 60 jovens, participantes dos projetos do CCEA, do Instituto Aliança do Ceará, da Fundação Crear da Argentina, Micro Empresas de Medellin e Comite de Cafeteros de Cauca, Colômbia. O debate contou com a parti-cipação do secretário municipal da Juven-tude de Florianópolis, Guilherme Pontes, e do juiz Corregedor Alexandre Karazawa Takaschima.

O tema central do debate foi “Políticas Públicas para Inserção de Qualidade de Jovens no Mundo do Trabalho”. Na segun-da sala, reuniram-se empresários e gerentes de Recursos Humanos das empresas Ren-ner, Koerich, Orsegups, Serpro, Açougue Central, RIC TV, Biguaçu Transportes e

E n c o n t r o d e J o v e n s d o P r o g r a m a F o r t a l e z a s

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E n c o n t r o d e J o v e n s d o P r o g r a m a F o r t a l e z a s

Sustentati Gestão Analítica, colaboradores do CCEA e representantes da Fundação SES da Argentina, Rolando Kandel e Sonia Vidal, que debateram o tema “Responsabili-dade Social e Geração de Trabalho e Renda para Juventudes”.

Ao final do dia, uma mesa de diálogo entre participantes das duas salas socializou o resultado das atividades realizadas e bus-cou estratégias e encaminhamentos diante do tema “Impasses e Oportunidades de Políticas de Geração de Trabalho e Renda para Juventudes”.

Na conclusão dos trabalhos do dia houve apresentação musical com as canto-ras Caroline e Jaciara, e acompanhamento ao violão de Rafael (Jovens Aprendizes do CCEA), que cantaram a música “Conta Co-migo” – hino do Programa Fortalezas.

No dia 18, com levantamento das ques-

tões a partir o debate do dia anterior, foram construídos o lema e a Carta da Juventude, através de Metodologias Colaborativas e Pedagogia da Cooperação. Apresentações artísticas como o Rap de Igor, Rafael no violão (Jovens Aprendizes CCEA), Brahan na percussão (microempreendedor da Colômbia) e a mixagem de Emanuel (Jo-vem Aprendiz CCEA) complementaram os trabalhos.

O encontro teve como resultado a união e o protagonismo de jovens dos três paí-ses, que levantaram demandas e propostas relacionadas ao mundo do trabalho, assim como a sensibilização do empresariado, do poder público e de instituições da sociedade civil para a corresponsabilidade na inserção laboral efetiva dos jovens, bem como na qualificação das políticas de apoio à geração de trabalho e renda.

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ACarta da Juventude foi um dos resultados do 1º Encontro dos Representantes de Jovens do

Programa Fortalezas, que ocorreu nos dias 17 e 18 do mês de setembro de 2014, em Florianópolis (SC/Brasil).

Usando um design colaborati-vo, jovens, coletivamente, elegeram o tema “Juventudes: garantia de direi-tos/porta-voz das futuras gerações”. O encontro teve como fruto a união e o protagonismo de jovens dos três paí-ses. Levantaram demandas e propostas relacionadas ao mundo do trabalho, assim como formas de sensibilização do empresariado, do poder público e de ins-tituições da sociedade civil para a corres-ponsabilidade na inserção laboral efetiva e de qualidade de jovens, bem como na qualificação das políticas de apoio à gera-ção de trabalho e renda.

A seguir, o que escreveram os jovens:“Nós somos jovens que buscamos

realizar nossos sonhos. Convidamos você a se unir a nós nessa busca. Acreditamos que através do amor, da paz, da educa-ção, do respeito, da amizade e da cola-boração podemos construir um mundo melhor. Cremos na ideia de mais união e menos violências. Queremos conciliar nossos estudos e um trabalho de qualida-de para que tenhamos as condições justas de realizar nossos sonhos.”

I - Tr a nsfor m a r a socIeda de

Temos direitos e obrigações como cidadãos. Buscamos oportunidades e conhecimentos. Somos a geração da mudança. Queremos o reconhecimento na sociedade com dignidade e com nossa própria identidade. Sentimos que pode-mos fazer muito para mudar o mundo. Construiremos um futuro melhor com amor e dedicação. Temos opiniões e queremos liberdade para expressar isso. Temos que conhecer e garantir os nossos direitos. Sugerimos que os movimentos de juventudes criem seus próprios Con-selhos para propor, sugerir e atuar na construção de políticas públicas. Atual-mente, temos muito acesso às ferramen-tas tecnológicas e essa será a nossa maior forma de comunicação. Precisamos de encontros nacionais e internacionais para dialogar com mais jovens. Acreditamos na união, nas trocas de experiências com jovens da América Latina. Nos compro-metemos com esta Carta e nos empe-nharemos para que ela se traduza não só em palavras, mas em atitudes. Somos líderes multiplicadores e protagonistas das nossas próprias histórias de vida.

II – mu n d o d o Tr a b a l h o

Pensamos que as empresas devem investir na juventude e gerar novos empregos. Acreditamos que a Carta da

C a r t a d a J u v e n t u d e

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Juventude abra este canal de comuni-cação. Queremos ter satisfação com o mundo do trabalho. Na realidade brasileira e latino-americana, muitas vezes temos dificuldades em conciliar trabalho e estudo para ter um salário digno. No entanto, é fundamental nos dedicarmos ao estudo para conseguir vagas melhores, que ofereçam boas oportunidades. Esperamos que os empresários tenham esse olhar. Que se tivermos mais acesso à educação, seremos melhores funcionários.

Também desejamos políticas e ações de incentivo que viabilizem o desenvolvimento de jovens empreen-dedores. Desejamos que os Programas de Aprendizagem sejam a porta de entrada para a efetivação de jovens nas empresas. Almejamos por diálogo com o empresariado. Que as empresas também sejam capacitadas para lidar com as juventudes no primeiro em-prego.

Queremos dar o melhor de nós e conseguir empregos em áreas que nos interessam.

I I I – e d u c a ç ã o

Queremos estudar, ter cada vez mais conhecimento. Esperamos che-gar às universidades. As escolas de hoje não despertam nosso interesse.

Gostaríamos que fossem mais atrati-vas para a juventude. Sugerimos que cursos de áreas diversas sejam inse-ridos no ensino médio. Além disso, seria um incentivo incluir esportes e música aos conteúdos curriculares. Precisamos que o ensino de espa-nhol seja realmente efetivo nas es-colas para nos comunicarmos com jovens da América Latina.

I V – n a c I d a d e

Queremos ter acesso gratuito à cida-de. Precisamos de transporte coletivo gratuito para estudantes em todos os dias da semana. Assim, poderemos conhecer mais a fundo nossa própria cidade.

Também desejamos que governantes olhem para as nossas comunidades. Desejamos criar espaços de proposição junto ao poder público para pensar melhorias para os locais onde mora-mos. Necessitamos de água encanada, rede de esgoto, iluminação pública em todas as comunidades.

Que sejam construídos espaços de lazer e encontro para as juventudes. Esperamos poder transitar pela cidade. Que haja atividades culturais voltadas e acessíveis para as juventudes.

Queremos fazer parte do local em que moramos.

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Aprendizagens no fortalecimento com potencial de transferência

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1 Metodologia de formação das equipes com capacidade de replicação para

fora da instituição: Já experimentamos o potencial multiplicador da utilização de metodologias colaborativas em comuni-dades, empresas, equipes de órgãos públi-cos e equipes de organizações sociais.

2 Metodologia de formação e inserção juvenil: Forma de articular redes com

entidades que atuam com adolescentes e jovens potencializando seu desenvolvi-mento pessoal, de cidadania e profissio-nal; a partir da certificação por módulos qualificando o currículo de cada jovem; participação do empresariado da rede nas formações, qualificando as vagas de tra-balho.

3 Conselho Jovem: Participação do Conselho Jovem do CCEA no as-

sessoramento e formação de Conselhos Jovens em outras entidades e na criação do Conselho Estadual de Juventude.

4 GT Controle Social: Forma de par-ticipação e intervenção em Fóruns e

Conselhos que pode ser multiplicada para outras entidades.

5 Sobre a sustentabilidade, entendemos que mais que captar, temos que mo-

bilizar recursos. Para além da capta-ção financeira, a mobilização engloba os recursos materiais, técnicos, hu-manos e políticos, que podem provir de pessoas ou de organizações. Nes-se contexto, estamos atualmente no processo do despertar de colaborado-res para mobilização de recursos. Esta mudança de percepção foi um grande aprendizado gerado a partir do proces-so da constituição do setor de capta-ção. Entendemos que a abordagem da mobilização de recursos deve ser de troca de necessidades e possibilidades de parcerias e de engajamento neste processo.

6 A partir das formações e da abertura possibilitada pelo monitoramento

externo, percebemos que o processo coletivo vai se tornando mais fluente, contribuindo para clarificar e atingir metas e superar desafios. Dessa forma, destacamos a importância do monito-ramento interno para a reflexão coti-diana e o monitoramento externo para apontar os pontos fortes e os pontos a melhorar, segundo a visão externa à or-ganização. O que ficou mais patente foi a necessidade de ajustar o foco de todas as ações da instituição para os proces-sos de inserção efetiva da juventude.

Aprendizagens no fortalecimento com potencial de transferência

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De acordo com o Informativo Mensal de Emprego número 3, de março de 2015, da Diretoria

de Trabalho e Emprego - Sine/SC, em fevereiro de 2015 foram criados 12.108 novos vínculos de emprego com carteira assinada em Santa Catarina. Esse resul-tado se coloca como o quarto menor dentro da série histórica iniciada no ano de 2002. No Brasil, onde houve o fe-chamento de 2.415 vagas, a variação foi de menos 0,01%. Na região Sul (SC, RS e PR), 0,32%. Em Santa Catarina, so-zinha, esse índice foi de 0,59%. Com isso, o Estado se destaca positivamente tanto no contexto regional quanto na-cional. Em Florianópolis, a variação nos últimos 12 meses foi da ordem de 0,91%. Ainda de acordo com a Nota Técni-ca, elaborada pelo Setor de Informação e Análise do Mercado de Trabalho da Diretoria de Trabalho e Emprego, a par-tir de dados da base de gestão da Inter-mediação de Mão de Obra, do público abrangido pelo Sine/SC, 31% têm entre 18 e 24 anos. Do universo de trabalha-dores inscritos no Sine/SC, no período 2011-2014, 13% são estudantes. Desse total, 54% são mulheres, a maioria com ensino médio (33,4%). Apenas 14,9% se apresentam como dependentes e 71,4% são responsáveis pela composição da renda familiar.

Quanto às áreas em que essas vagas são oferecidas, a Grande Florianópolis

D a d o s d e C o n t e x t o e i m p a c t o n o C C E A 2 0 1 4destaca-se nos setores de tecnologia, turismo, serviços e construção civil.

Frente a essa realidade, o CCEA teve mudanças relevantes no seu desenvolvi-mento, tais como:

• A Coordenação Geral do CCEA foi convidada a assumir a Diretoria de Trabalho do Estado.

• O GT Controle Social ampliou a participação e presença do CCEA nos espaços de controle social. Foram reali-zados nove encontros em 2014.

• O Fortalecimento do Conselho Jovem na articulação com juventudes de outras organizações sociais; promoção do “Diálogos CCEA” (espaço de debate e reflexão em temas de seus interesses), inclusive, com jovens das organizações do Programa Fortalezas. Foram reali-zados oito encontros desde agosto de 2014.

• As mudanças na percepção da Agência de Inserção incidindo no pro-jeto específico. Nesse processo entende-mos que todos e todas são “agentes” de

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D a d o s d e C o n t e x t o e i m p a c t o n o C C E A 2 0 1 4inserção. A Agência de Inserção é uma cultura organizacional, um jeito de ser do CCEA. Contudo, o foco são jovens e suas possibilidades de crescimento e in-serção cidadã. Nesse contexto, o Núcleo de Aprendizagem, fortalecido pelo pla-nejamento institucional construído de forma coletiva e participativa, desenvol-ve as formações em oficinas de curto e médio prazo (entre 20 e 40 horas), com certificação por módulos, construídas coletivamente com jovens e pensadas como ferramentas de motivação para permanência no projeto, além de garan-tir a transversalização dos temas que precisamos trabalhar por obrigatorieda-de legal. Jovens passam, efetivamente, a escolher diariamente os temas que mais gostariam de discutir e trabalhar, corresponsabilizando-se pelos produtos gerados a partir do trabalho realizado nessas oficinas. Ou seja, a certificação por módulos amplia e qualifica os currí-culos de vida dessa juventude.

• As formações contínuas do grupo

de multiplicadores com as diferentes equipes de trabalho dos projetos do CCEA proporcionaram possibilidades de diálogo constante entre as equipes e os projetos. Dessa forma, as tomadas de decisões são mais coletivas e com mais clareza pelos integrantes das equi-pes de trabalho. Durante o ano de 2014 foram realizados 11 encontros de forma-ção. Até a presente data, em 2015, foram realizados sete encontros.

• As formações nos espaços externos retroalimentando o fortalecimento da credibilidade da instituição. O CCEA foi convidado a realizar nove formações.

• A formalização da Rede Juventu-des e Mundo do Trabalho, que articu-la organizações sociais, jovens, setores do empresariado e setores públicos responsáveis por Juventudes e por Tra-balho. Tivemos um encontro da Rede Juventudes e Mundo do Trabalho com a participação de quatro empresários, a diretora do Trabalho de Santa Cata-rina, um representante da Federação da Indústria de Santa Catarina e um representante da Câmara de Dirigen-tes Lojistas.

• Decisões colegiadas focando na construção coletiva de tomada de decisões e agilidade dos processos (reunião da equipe de Suporte com membros da Diretoria, reunião de Coordenações, reunião de Multiplicado-res, reunião do GT de Controle Social).

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Após dois anos de participação no processo de fortalecimento institucional implementado

pelo Programa Fortalezas, alguns desafios ainda se colocam para a entidade, para que se consolide como referência estadual no atendimento e inserção efetiva e de qualidade de jovens em situações de vulnerabilidade.

O primeiro deles é a implementação do Plano de Mobilização de Recursos, para garantia de sua Sustentabilidade Institucional.

P r i o r i d a d e s p a r a 2 0 1 5

Para isso, é fundamental a aproximação da Diretoria ao cotidiano dos projetos, para que se aproprie da metodologia de trabalho da entidade.

Além disso, é prioridade para o próximo período o fortalecimento e a expansão do Conselho Jovem, replicando essa experiência institucional a outras organizações públicas e privadas, bem como a ampliação e consolidação da Rede

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P r i o r i d a d e s p a r a 2 0 1 5

Juventudes e Mundo do Trabalho, que articula setores governamentais, não governamentais, empresariais e de juventudes, visando a qualif icação dos processos de intermediação laboral.

Implementar uma assessoria de imprensa e de comunicação para registrar as ações do CCEA e divulgá-las por meios impressos e eletrônicos próprios e da mídia convencional, potencializando as ações tanto interna quanto externamente, facilitando

o contato com outras organizações públicas e privadas e com a população em geral, dando mais visibilidade às ações educacionais e de inserção, em contraponto ao discurso repressivo e excludente que predomina na sociedade.

Outra meta para 2015 é a continuidade dos processos de assessoria a outras entidades, para multiplicação da metodologia de formação e inserção implementada a partir da participação no Programa Fortalezas.

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J o v e n s p a r t i c i p a m d e a ç õ e s d o C C E A e m 2 0 1 4

Jeferson Vinicius Costa 16 anos (Procurando Caminho)

P articipa do projeto desde os 14 anos, sempre frequente, participativo e

interessado nas atividades propostas pelo projeto. Em agosto/2014 a mãe faleceu. Na casa onde mora residem seis pessoas, quase todos menores de idade. Sensibilizados com a situação e com a procura do adolescente desde antes do ocorrido com a inserção no mercado de trabalho e percebendo as dificuldades que ele teria em ser selecionado em uma entrevista de emprego (por ser negro, morador de uma periferia) conversamos com o parceiro (Instituto Nexxera) sobre a possibilidade do adolescente se inserir em uma vaga de jovem aprendiz. Anterior a este fato, em uma visita

ao Diário Catarinense, promovida pelo Instituto Nexxera, o adolescente ficou fascinado em conhecer a redação do jornal e explicitou um sonho tímido de ser um jornalista. Isso fez com que toda equipe do Instituto reunisse forças junto aos setores de Comunicação e RH para que o jovem tivesse a oportunidade de passar pela entrevista. Na entrevista, o jovem se destacou e surpreendeu a todos. Foi uma grande alegria! Mas como na vida nada é tão fácil, tínhamos uma lição a aprender. Como eles haviam ficado órfãos de pai e mãe, havia em Justiça um processo de tutela para o irmão mais velho. Começamos uma corrida contra o tempo. O RH do Instituto nos deu 25 dias para resolver a situação do adolescente. Procuramos a irmã que estava cuidando da documentação, ligamos para uma advogada amiga da família que estava ajudando no processo, fomos até a Defensoria Pública onde estava o processo para fazer um apelo de agilidade, recorremos ao advogado da Infância, e voltamos para o Instituto. A situação era quase apavorante porque o processo costuma demorar cerca de três meses até sair a tutela. E outro desafio foi dado, com a abertura da conta no banco, onde nos deparamos com as mesma dificuldades. Pessoalmente, fomos até a agência com o

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J o v e n s p a r t i c i p a m d e a ç õ e s d o C C E A e m 2 0 1 4

Camila Mattos

F ez sua inscrição no Núcleo de Aprendizagem em 2009, a partir

da indicação de amigos. Não teve oportunidade de ser chamada para nenhuma vaga até o ano de 2013, quando houve um processo seletivo na empresa Renner. A jovem, antes do fim de seu contrato de aprendizagem, em meados de 2014, demonstrou muito interesse e engajamento com as questões políticas relacionadas à juventude. Em função disso, foi contratada como estagiária no CCEA (fazia um curso técnico de Recursos Humanos), e passou a apoiar a constituição do Conselho Jovem da entidade. No mesmo ano de 2015, foi efetivada no CCEA para continuar o processo de fortalecimento

adolescente, explicamos todo processo para o gerente do banco, que ficou sensibilizado e se propôs a abrir a conta mesmo sem o tutor legal. Com a condição de que no mesmo dia da abertura da conta a carteira teria o registro profissional. Com essa possibilidade, recorremos ao RH que fez o registro no mesmo dia da abertura da conta e aceitou que o irmão ficasse como responsável legal do jovem, mesmo sem a documentação jurídica pronta.

Jeferson está contratado como jovem aprendiz no Grupo Nexxera, no setor de Comunicação, desde outubro de 2015. Agora ele tem uma mesa só dele, um crachá com sua identificação, um computador, compromisso com a escola e isso faz com que ele tenha autonomia, sustentabilidade financeira e alimento para o sonho de ser um jornalista. Ele sabe que apesar de não ter a mãe, ele tem uma equipe de trabalho e uma instituição inteira para apoiá-lo.

do Conselho Jovem. Em 2015, iniciou curso superior em Gestão de RH na Faculdade Estácio de Sá.

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Paloma Beatriz da Silva

Jovem encaminhada pela Associação João Paulo II, participou do Rito de

Passagem e foi encaminhada para vaga de aprendizagem na empresa Koerich Imóveis. Ao longo do processo, a jovem que sempre se sentiu muito responsável pelo bem-estar dos pais (já com idade avançada e saúde frágil), decidiu que era o momento de se dedicar aos estudos para a entrada na Universidade. Saiu do contrato de aprendizagem em meados de 2014, e no mesmo ano foi aprovada nos vestibulares da UFSC, Udesc e Sistema Acafe. Optou pelo curso de Serviço Social na UFSC e já iniciou no 1º semestre em 2015.

Gabriel Cabreira Quintino

Morador da comunidade Monte Cristo, nos procurou por indicação

de amigos que participam do projeto. Entrou no Rito de Passagem, sendo posteriormente encaminhado a uma vaga de aprendiz na empresa Shopping Itaguaçu (onde permanece, já finalizando o contrato). O jovem sempre demonstrou talento para a fotografia, porém, a insegurança de investir em um negócio próprio o fez desejar o caminho da universidade para constituição de uma profissão mais estável. Durante todo o processo formativo, buscamos incentivá-lo a apostar naquilo que ele realmente ansiava como carreira profissional, e dessa maneira ele resolveu conciliar a razão e a emoção. Entrou para o Pré-Vestibular da Cidadania, uma parceria do IVG com o Colégio Energia. Prestou vestibular para o curso de Administração e está atuando como fotógrafo autônomo, inclusive prestando serviços ao CCEA e seus parceiros.

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A partir da participação no Programa Fortalezas, o CCEA vem aprimorando sua atuação no apoio ao protagonismo juvenil na qualificação da intermediação laboral. Agora, na Diretoria do Trabalho e Emprego do

Estado de Santa Catarina, caminhamos na direção da consolidação da Rede Juventudes e Mundo do Trabalho, para a articulação dos atores políticos, sociais e empresariais que têm a possibilidade de operacionalizar essas políticas no cotidiano.

Ivone PerassaDiretora de Trabalho e Emprego na Secretaria Estadual de Assistência Social, Trabalho e Habitação

à direita, na foto acima, junto com Vivian da Silva, do CCEA

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Infraestrutura

laboratórios de informática

computadores

impressoras

servidores

datashow

Kombi (doada pelo MTE)

prédio cedido pelo Estado (sede administrativa, Ipes e Programa Jovem Aprendiz)

casa no Monte Serrat (único patrimônio) Casa de Acolhimento Darcy Vitória de Brito e Procurando Caminho

espaços cedidos pela Igreja do Monte Serrat Casa de Acolhimento para População em Situação de Rua e Grupo Rosário de Luz

salas cedidas pela SSP/SC

casas alugadas – Casa de Convivência Frutos do Aroeira CRDH Lages e Joinville

Móveis e equipamentos diversos oriundos de doações e compras

51402023111

2

33

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Recursos Humanos funcionários134

A área de Recursos Humanos vem modificando-se ao longo da história. Antes a preocupação era

com a folha de pagamento, contratações e demissões. No cenário atual, a preocupação se volta para a satisfação e bem-estar da realidade dos funcionários.

Colaboraram com o CCEA 134 funcionários entre admitidos

e demitidos. Deste total 65% são mulheres e 35%, homens. A contribuição dos estagiários foi de 5% deste total. Destaca-se que 95% dos cargos de l iderança foram ocupados por mulheres.

Em relação à Faixa Etária, 37% do quadro funcional têm idades entre 26 e 33 anos; 22% de 34 a 41 anos; 19% de 18 a 25 anos; 16% de 42 a 49 anos e, 6% têm mais de 50 anos.

Em relação à Escolaridade, 57% têm nível superior completo e/ou cursando; 28% têm Ensino Médio; 6% com Pós-Graduação/

As pessoas como parceiras da instituição são capazes de conduzi-la a excelência e ao sucesso. Como parceiras, as pessoas fazem investimentos na organização, tais como esforço, dedicação, responsabilidade e comprometimento - entre outros.

Especial ização; 5% Ensino Fundamental; 3% possuem Mestrado e, 1% concluiu Doutorado.

Foram real izadas 19 formações, visando à integração e o cuidado com a vida dos funcionários. Deste total, 58% dos encontros foram real izados com Multipl icadores (grupo representado pelas coordenações e alguns membros dos projetos) e 42% das formações foram real izadas por projeto.

A instituição recebeu 38 voluntários entre eventuais e permanentes (incluindo Diretoria); deste total, 58% são mulheres e 42%, homens.

Equipe do CCEA em 2014

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1.679Resultados atendidos

Durante o ano de 2014, foram atendidas 1.679 pessoas de modo contínuo pelo CCEA.

No processo constituído pelo Rito – Aprendiz – Inserção, foram acompanhadas pela equipe do Centro Cultural, simultaneamente, três turmas do Programa Fortalezas. Cento e quarenta e dois participantes da primeira turma, tendo concluído seus períodos como Jovens Aprendizes, tiveram acompanhamento em seu processo de inserção efetiva: seis foram contratados pela mesma empresa em que haviam sido aprendizes; 56 por outras empresas e acompanhados pela equipe do CCEA por um período de seis meses; três ingressaram em universidades; 21 seguiram outras trajetórias (novo contrato de aprendizagem, curso técnico, dedicação para elevação escolar) e 56 permanecem em acompanhamento e apoio para inserção nas oficinas do CCEA. Enquanto isso, 71 participantes da segunda turma (de 120) foram inseridos como aprendizes em empresas parceiras, ao mesmo tempo em que 134 eram acolhidos no Rito de Passagem, sendo que 120 integram a terceira turma do Programa Fortalezas.

129 adolescentes e jovens participaram do Procurando Caminho.

121 pessoas participaram das oficinas da Incubadora Popular de Empreendimentos Solidários.

32 crianças e adolescentes foram amparadas na Casa de Acolhimento Darcy Vitória de Brito.

24 jovens foram atendidos pelo projeto Frutos do Aroeira.

110 pessoas em processo de saída das ruas tiveram atendimento continuado na Casa de Acolhimento do Monte Serrat e 17 foram integradas à República, para adultos em processo de saída da situação de rua.

Além disso, 185 pessoas tiveram atendimentos pontuais.

Os Centros de Referência em Direitos Humanos de Lages e Joinville atenderam 580 pessoas de forma continuada, além dos procedimentos eventuais.

O Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas acolheu e acompanhou diuturnamente 41 pessoas.

48 mulheres participaram das atividades do Grupo de Terceira Idade Rosário de Luz.

Além desses atendimentos, o CCEA prestou assessoria a outras organizações, não só no estado de Santa Catarina, mas também em outras unidades da federação, a partir de sua experiência e dos resultados obtidos na integração das equipes, na metodologia de trabalho com jovens e por sua atuação nos espaços de controle social.

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atendidos

Pa r T I c I Pa n T e s - P e r f I l

50% entre 14 e 24 anos.46% negros.Equilíbrio entre feminino e masculino.43% ensino fundamental completo30% ensino médio.4.324 Atendimentos Eventuais.

4.324Atendimentos eventuais

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Demonstração do Resultado do Exercício 2014

(em Reais)

Em 2014, o CCEA movimentou R$ 6.376.060,77, derivados de recursos de convênios, prestação de serviços e doações. Estes valores foram investidos, principalmente, em alimentação, transporte e desenvolvimento de oficinas para as 1.679 pessoas que participaram das ações e projetos da entidade.

RECEITA TOTAL 6.376.060,77

DESPESAS 6.439.935,05

Despesas com Pessoal 4.225.941,96

Impostos, Taxas e Contribuições 10.314,60

Despesas Financeiras 27.295,78

Serviços Contratados 12.487,50

Depreciação/Amortização 3.638,33

Custos de Projetos 1.679.074,95

Despesas Gerais e Administrativas 481.181,93

Déficit – 63.874,28

Custounitário(considerando1.679atendidos/12meses) 319,63

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F i n a n c i a d o r e sEnergética Barra Grande S/A - Baesa

Fundação JacobsFundo Municipal da Criança e do Adolescente - PMF

Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da RepúblicaSecretaria de Estado da Justiça e CidadaniaSecretaria de Estado da Segurança Pública

Secretaria de Estado de Desenvolvimento RegionalSecretaria de Política para Mulheres

Secretaria Municipal de Assistência Social

A p o i a d o r e sAssociação Comercial e Industrial de Florianópolis

Biguaçu TransportesEmflotur Transportes

Fundação JacobsFundação SES

Instituto Comunitário da Grande FlorianópolisInstituto Guga Kuerten

Instituto Padre Vilson GrohKoerich Imóveis

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Ação Social ArquidiocesanaAssembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina

Associação Amigos da Casa da Criança do Morro do MocotóAssociação João Paulo II

Câmara de Dirigentes Lojistas de FlorianópolisCâmara Municipal de Florianópolis

CelescCentro de Atenção Psicossocial

Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Droga Centro de Educação e Evangelização Popular

Centro de Referência de Assistência SocialCentro Educacional Marista Lúcia Mayvorne

Centro Educacional Marista São JoséCentros de Direitos Humanos

Comitê Departamental de Cafeteros de CaucaConselho Estadual de Assistência Social

Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do AdolescenteConselho Municipal da Criança e do Adolescente

Conselho Municipal de Assistência SocialConselho Municipal de Juventude

Diretoria de Trabalho e Emprego do Estado de Santa CatarinaFórum de Políticas Públicas de Florianópolis

Fórum Nacional de Entidades Gestoras do ProvitaFundacion CrearFundacion UocraInstituto AliançaInstituto NexxeraMesa Brasil – Sesc

Microempresas de ColômbiaMinistério do Trabalho e Emprego SC

Ministério Público SCMovimento Nacional de Direitos Humanos

Rede PipaSenac

P a r c e i r o s

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Empresas do Programa Jovem Aprendiz

Açougue Central ComércioAmauri Peças e Veículos

Bandeira Assessoria e CobrançaBandeira Recuperação de Crédito e Assessoria de Cobrança

Biguaçu Transportes Coletivos Administração e ParticipaçõesBrooklyn Empreendimentos S.A.

CDL - Câmara de Dirigentes Lojistas de FlorianópolisCedep - Centro de Educação e Evangelização Popular

Colormar - Vaira Comércio de TintasConstruhab Construtora

Cotisa Cia Operadora de Terminais de Integração S.A.Dominik Comércio, Indústria e Representações

Guarezi Materiais de ConstruçãoInstituto Lojas Renner

Irmandade do Senhor Jesus dos Passos e Imperial Hospital de CaridadeKoerich Construtora

Localiza Rent a Car S/ALoja Dominik

Orsegups - Organização de Serviços de Segurança Princesa da SerraProduza Indústria, Comércio e Serviços em Eletrônica S.A.

Quantum Engenharia ElétricaRIC TV - TV O Estado de Florianópolis

Serpro - Serviço Federal de Processamento de Dados Condomínio Shopping Center Itaguaçu

Supermercados Imperatriz

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coordenação Nadir Esperança Azibeiroequipe político-pedagógica Sabrina Severo da Silva e Luiz Gabriel Angenot

supervisão editorial e de texto Celso Vicenziedição e design Renato Rizzaro

arquivo fotográfico Luiz Gabriel Angenotrevisão Nadir Esperança Azibeiro e Celso Vicenzi

recursos humanos Isabella Medeiros Laureano

O uso de uma linguagem que não discrimine nem marque diferenças entre homens e mulheres é uma preocupação do Centro Cultural Escrava Anastácia. Como a língua portuguesa não possui artigo neutro, procuramos usar,

sempre que possível, palavras comuns aos dois gêneros.

f o t o / p á g i n a / a u t o r

Jovens do Conselho Jovem do CCEA 2, 3luiz evangelista

Ilustração 4, guardas, primeira e última pgs.reidaqui davilli

Diálogos CCEA 8, 9camila mattos

Encontro de Jovens do Programa Fortalezas 10, 11, 12, 13, 32luiz evangelista

Jovens Aprendizes em Formação 14, 15, 18, 19, 29gabriela miguel nunes

Jovens do Projeto Procurando Caminho em Formação 16, 17luiz gabriel angenot

Jeferson Vinícius Costa – Projeto Procurando Caminho 20luiz evangelista

Camila Mattos - Conselho Jovem 21luiz gabriel angenot

Paloma Beatriz da Silva 22

Gabriel Cabreira Quintino 22autorretrato

Vivian Helaine da Silva, Ivone Maria Perassa 23luiz gabriel angenot

Fachada do CCEA 24renato rizzaro

Formação do Grupo de Multiplicadores do CCEA 26ana paula de sousa

Diálogos CCEA 29luiz evangelista

Jovens Aprendizes em Formação 30gabriela miguel nunes

Jovens Aprendizes em passeio no Beto Carrero World 36, 37

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r a z ã o s o c i a l Centro Cultural Escrava Anastácia

cnpj 02.573.208/0001-25

e n d e r e ç o

Rua Prefeito Tolentino de Carvalho, 1 Balneário, Florianópolis/SC CEP 88.075 530(48) 3224 1151 e 8404 5350

[email protected]

t í t u l o s

Cebas: 71000.133446/2010-48Utilidade Pública Federal: Art 4º Lei 91/35 e art. 5º Decreto 50.517/61

Utilidade Pública Estadual: Lei 11.163/99Utilidade Pública Municipal: Lei 7.798/08 alterada pela Lei 8.106/09

r e g i s t r o s

Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA 049/2005Conselho Municipal de Assistência Social: CMAS 020/2013

d i r e t o r i a

presidente de honra Padre Vilson Grohpresidente Eriberto José Meurer

vice-presidente Darcy Vitória de Britosecretária Carmen Isabel Pereira Sinzatosegundo secretário Camilo Buss Araújo

tesoureiro Kristian da Silva Rauppsegundo tesoureiro João Ferreira de Souza

c o n s e l h o f i s c a l

t i t u l a r e s

Maria Lúcia Rogério LocksAna Lúcia de Brito

Edson Araújo

s u p l e n t e s

Roberta Caringi RauppEdelvan Jesus da Conceição

Tarcísio Osório Ferreira

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“Não basta colocar o jovem no emprego, é preciso dar suporte a uma formação crítica que o prepare para se constituir como sujeito da sua própria história.”Nadir AzibeiroCoordenadora Político-Pedagógica do CCEA

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Rua Prefeito Tolentino de Carvalho, 1 BalneárioFlorianópolis SC 88.075-530

Telefones (48) 3224 1151 8404 [email protected]

www.ccea.org.br

doações podem ser feitas através do site

www2.ccea.org.br/doacaoou

Banco do Brasil-001Agência 5420-8

Conta Corrente 339.911-7Centro Cultural Escrava Anastácia

CNPJ 02.573.208/0001-25

e n t i d a d e i n t e g r a n t e d a s r e d e s