Relatório Bombas - Tiago

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

    FACULDADE DE TECNOLOGIA

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUMICA

    CURSO DE ENGENHARIA DE PETRLEO E GSFTQ025 LABORATRIO DE OPERAES UNITRIAS

    JOO PAULO CALIXTO 21001204

    LUCAS SOARES WIDAL GARCIA - 21005060

    RENAN COELHO REDIG - 21000868

    RELATRIO EXPERIMENTAL REFERENTE AO ESTUDO DE BOMBASHIDRULICAS

    PROFESSORES: JOHNSON PONTES

    CRISTIANE DALIASSE

    MANAUS AM

    2014

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

    FACULDADE DE TECNOLOGIA

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUMICA

    CURSO DE ENGENHARIA DE PETRLEO E GSFTQ025 LABORATRIO DE OPERAES UNITRIAS

    JOO PAULO CALIXTO 21001204

    LUCAS SOARES WIDAL GARCIA - 21005060

    RENAN COELHO REDIG - 21000868

    RELATRIO EXPERIMENTAL REFERENTE AO ESTUDO DE BOMBASHIDRULICAS

    Este relatrio experimental parte daavaliao da disciplina de Laboratriode Operaes Unitrias FTQ025, docurso de Engenharia de Petrleo e

    Gs, da Universidade Federal do Amazonas, solicitado pelosProfessores Johnson Pontes eCristiane Daliasse.

    MANAUS AM

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    1. Consideraes Iniciais

    1.1 Bombas

    Para que seja possvel o escoamento de um lquido em uma tubulaoa uma vazo, presso e altura manomtrica especfica necessria autilizao de uma mquina denominada de bomba. A funo da bomba transformar energia potencial, que geralmente provem de um motor ou turbina,em energia cintica e energia de presso para o fluido a ser escoado,permitindo ter as especificaes de desempenho requeridas pelo sistema.

    As bombas so classificadas de acordo com a forma em que elascedem energia ao fluido, a figura a seguir, mostra um fluxograma declassificao das bombas:

    Figura 1: Classificao dos tipos de bombas (FOUST, et al,. 2011)

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    1.1.1 Bombas de deslocamento positivo:

    Tem como caracterstica a transferncia direta da energia mecnicacedida pela fonte motora em energia potencial (de presso). As bombas dedeslocamento positivo tambm podem ser chamadas de bombas

    volumtricas, assim so chamadas porque deslocam uma quantidade fixa devolume de fluido por cada ciclo independentemente das condies de pressona sada, o que no conseguido nas bombas centrfugas. So subdivididasem dois grupos: bombas alternativas e bombas rotativas. (FOUST et al,. 2011).

    Bombas volumtricas fornecem uma quantidade determinada de fluidoa cada ciclo ou rotao e o movimento do fluido causado diretamente pelaao do impulsor. O nome de bomba volumtrica devido ao fato derealizarem movimentos onde ocupam e desocupam espaos no interior dacarcaa da bomba, com volumes conhecidos. Como o movimento deste fluidoocorre na mesma direo das foras a ele transmitidas, recebem, tambm, onome de bombas de deslocamento positivo.

    So indicadas em casos onde se requer vazo constante, sendo adescarga proporcional velocidade de rotao do propulsor. Podemosclassific-las da seguinte forma:

    1.1.1.1 Bombas de mbolo ou alternativas

    O rgo impulsor pode ser um pisto ou um diafragma. No caso dasbombas de mbolo ou pisto, um eixo excntrico gira e provoca o movimentoalternativo do pisto, como podemos ver na figura abaixo.

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    Figura 2: Funcionamento de uma bomba de mbolo (www.schneider.ind.br)

    No caso das bombas de diafragma o vcuo criado na linha de suco

    que proporciona o movimento dos diafragmas e, consequentemente, do fluido. As ilustraes a seguir demonstram seu princpio de funcionamento.

    Figura 3: Princpio de funcionamento de uma bomba de diafragma (BROCHURA,Manual de Operaes Unitrias)

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    1.1.1.2 Bombas rotativas

    As bombas rotativas podem ser de parafusos, engrenagens, palhetasou lbulos. O funcionamento volumtrico de todas elas consiste no

    preenchimento dos interstcios (espaos) entre o rotor e a carcaa.

    A Bomba Parafuso, tambm conhecida como Parafuso de Archimedes,apesar da tecnologia moderna aplicada aos projetos e fabricao, segue omesmo princpio de funcionamento idealizado por Archimedes h quase trssculos a.C.

    Permite elevar desde pequenas a altas vazes em alturas

    relativamente baixas, sendo til no campo de saneamento para elevatrias deesgoto, retorno de lodo, elevao de guas, guas pluviais e resduosindustriais. Devido baixa rotao de trabalho, praticamente no sofredesgaste por abraso dos slidos em suspenso.

    Figura 4: Bomba Parafuso BPR (ECOSAN)

    O fluido admitido pelas extremidades e direcionado para a partecentral da bomba (devido ao movimento de rotao e aos filetes dosparafusos), onde descarregado. So bombas empregadas para o transportede produtos de alta viscosidade e descargas pequenas.

    As bombas de engrenagens consistem de uma carcaa com orifcios

    de entrada e sada e de um mecanismo de bombeamento composto por duasengrenagens, onde uma ligada ao eixo acionador (engrenagem motora) e a

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    outra a engrenagem movida. A figura abaixo exemplifica o funcionamento deuma bomba de engrenagem interna.

    Figura 5: Bomba de engrenagem interna (Tetralon)

    J as bombas de engrenagem externa, possuem a estrutura como nafigura abaixo. O fluido entra pelo lado de suco e preenche o espao entre osdentes e a carcaa, sendo conduzido, pelo engrenamento e desengranamentodos dentes, at o lado de descarga. So usadas para bombear parafina, sabo,graxas, etc.

    Figura 6: Bombas de Engrenagem (HDTECH)

    As bombas de palhetas so compostas por um rotor cujo eixo derotao excntrico ao eixo da carcaa. Produzem uma ao de

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    bombeamento que faz as palhetas acompanharem o contorno de um anel ouda carcaa.

    Figura 7: Bombas de Palheta (HDTECH)

    Devido rotao do rotor a fora centrfuga projeta as palhetas contraa carcaa, formando cmaras que aprisionando o fluido.

    J as bombas de lbulos so usadas para bombeamento de produtosqumicos ou tratamento de efluentes, por exemplo. Podem ser encontradascom lbulos triplos ou duplos, como mostram as figuras a seguir.

    Figura 8: Funcionamento de bombas de lbulos (HDTECH)

    1.1.3 Bombas centrfugas ou turbo-bombas

    Turbo-bombas ou bombas rotodinmicas so bombas onde amovimentao do fluido provida de foras que se desenvolvem na massalquida atravs da rotao de uma pea interna, ou um conjunto de peas,dotadas de aletas ou ps conhecidas como rotor, impulsor ou impelidor.(FOUST et al,. 2011).

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    A energia fornecida ao fluido, nesse caso, do tipo cintica, que convertida em energia potencial (de presso). Essa energia pode ter origempuramente centrfuga ou de arrasto, ou at mesmo uma combinao destas.

    A movimentao do fluido ocorre pela ao de foras que sedesenvolvem na massa fludica, em consequncia do movimento rotacional deum eixo no qual acoplado um rotor (impulsor, impelidor). O rotor recebe ofluido pelo centro e o expulsa para a periferia com o auxlio de ps (palhetas,hlices) de direcionamento, podendo ser classificada da seguinte forma:

    1.1.3.1 Bombas centrfugas puras ou radiais

    A movimentao do fluido ocorre do centro para a periferia dorotor, com sentido perpendicular (normal) ao eixo de rotao. Ao iniciar oprocesso de rotao, o rotor cede energia cintica massa fludica,deslocando-a para a periferia do rotor pela fora centrfuga.

    Figura 9: Bomba Centrfuga (ufrnet.br)

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    Antes do funcionamento importante que a carcaa da bomba ea tubulao de suco estejam totalmente preenchidas com o fluido a serbombeado.

    So empregadas em instalaes comuns de gua limpa comdescargas de 5l/s a 500l/s.

    1.1.3.2 Bombas centrfugas de fluxo misto

    A movimentao do fluido ocorre na direo inclinada ao eixo de

    rotao.

    Figura 10: Funcionamento de uma bomba centrfuga de fluxo misto (excellbombas)

    1.1.3.3 Bombas centrfugas de fluxo axial

    A movimentao do fluido paralela ao eixo de rotao, onde aenergia cintica transmitida ao fluido por foras de arrasto. Soutilizadas em servios de irrigao.

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    Figura 11: Bomba de fluxo radial (excellbombas)

    1.2 Curvas caractersticas de bombas.

    As curvas caractersticas de bombas traduzem em grficos o seufuncionamento, onde so explicitas a interdependncia entre as grandezasoperacionais. Estas curvas dependem principalmente das caractersticas dabomba, entre elas, do tipo de bomba, tipo de rotor, das dimenses da bomba,do nmero de rotaes por unidade de tempo e da rugosidade interna domaterial da bomba. Para cada modelo de bomba, os fabricantes fornecem ascurvas caractersticas, que so obtidas por meio de testes em laboratriosutilizando gua a 20C como fluido.

    Uma bomba destina-se a elevar um volume de fluido a uma

    determinada altura, em um certo intervalo de tempo, consumindo energia paradesenvolver este trabalho e para seu prprio movimento, implicando, pois, emum rendimento caracterstico. Estas, ento, so as chamadas grandezasoperacionais das bombas, isto , vazo (Q), altura manomtrica (H),rendimento ( ) e potncia ( ). A Figura 3 mostra um grfico que relaciona asgrandezas operacionais, so as curvas caractersticas de uma bombaespecfica. (FOUST et al,. 2011).

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    Figura 12: Curvas caractersticas de uma bomba (areamecanica.wordpress.com)

    Toda curva possui um ponto de trabalho caracterstico, chamado de

    ponto timo, onde a bomba apresenta o seu melhor rendimento ( ), sendoque, sempre que deslocar-se, tanto a direita como a esquerda deste ponto, orendimento tende a cair. Para evitar gastos financeiros demasiados noprocesso, importante levantar a curva caracterstica do sistema, paraconfront-la com uma curva caracterstica de bomba que se aproxime aomximo do seu ponto timo de trabalho.

    1.3 Cavitao

    Como qualquer outro lquido, a gua tambm tem a propriedade devaporizar-se em determinadas condies de temperatura e presso. E assimsendo temos, por exemplo, entra em ebulio sob a presso atmosfrica locala uma determinada temperatura, por exemplo, a nvel do mar (pressoatmosfrica normal) a ebulio acontece a 100C. A medida que a pressodiminui a temperatura de ebulio tambm se reduz. Por exemplo, quantomaior a altitude do local menor ser a temperatura de ebulio. Em

    consequncia desta propriedade pode ocorrer o fenmeno da cavitao nosescoamentos hidrulicos.

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    Chama-se de cavitao o fenmeno que decorre, nos casos emestudo, da ebulio da gua no interior dos condutos, quando as condies depresso caem a valores inferiores a presso de vaporizao. No interior dasbombas, no deslocamento das ps, ocorrem inevitavelmente rarefaes nolquido, isto , presses reduzidas devidas prpria natureza do escoamentoou ao movimento de impulso recebido pelo lquido, tornando possvel aocorrncia do fenmeno e, isto acontecendo, formar-se-o bolhas de vaporprejudiciais ao seu funcionamento, caso a presso do lquido na linha desuco caia abaixo da presso de vapor (ou tenso de vapor) originandobolsas de ar que so arrastadas pelo fluxo. Estas bolhas de ar desaparecembruscamente condensando-se, quando alcanam zonas de altas presses emseu caminho atravs da bomba. Como esta passagem gasoso-lquido brusca,o lquido alcana a superfcie do rotor em alta velocidade, produzindo ondas dealta presso em reas reduzidas. Estas presses podem ultrapassar aresistncia trao do metal e arrancar progressivamente partculassuperficiais do rotor, inutilizando-o com o tempo.

    Quando ocorre a cavitao so ouvidos rudos e vibraes

    caractersticos e quanto maior for a bomba, maiores sero estes efeitos. Almde provocar o desgaste progressivo at a deformao irreversvel dos rotores edas paredes internas da bomba, simultaneamente esta apresentar umaprogressiva queda de rendimento, caso o problema no seja corrigido. Nasbombas a cavitao geralmente ocorre por altura inadequada da suco(problema geomtrico), por velocidades de escoamento excessivas (problemahidrulico) ou por escorvamento incorreto (problema operacional).

    1.4 NPSH (net positive suction head)

    Afim de quantizar e evitar o processo de cavitao em um sistemahidrulico, o processo usual para analisarmos a operao de determinadabomba num sistema atravs do conceito de NPSHreq e NPSHdisp.

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    O NPSH(disponvel) uma caracterstica do sistema e representa, oudefine, a quantidade de energia absoluta disponvel no flange de suco dabomba, acima da presso de vapor do fludo naquela temperatura.

    O NPSH(requerido) representa a carga exigida pela bomba para podersuccionar o fluido, nas condies apresentadas. Este geralmente fornecidopelo fabricante da bomba, atravs de uma curva NPSHreq x Vazo, para cadabomba de sua linha de fabricao, sendo uma das curvas caractersticas dabomba (www.schneider.ind.br). Assim, para que haja cavitao no sistema necessrio que:

    (NPSH)disp. > (NPSH)req.

    2. Objetivos

    Colocar em prtica o experimento contemplando o projeto bsico de

    bombas hidrulicas, analisando seus conceitos fundamentais e prticos,observando o impacto relacionado as bombas no desempenho das operaes.

    Compreender o funcionamento da bomba centrfuga e comparar acurva caracterstica determinada na bancada com a fornecida pelo fabricante,assim como analisar o comportamento do sistema durante a ocorrncia dacavitao.

    Medir a presso manomtrica de uma bomba e de uma associao emsrie, calcular a altura manomtrica realizada pela bomba, relacionar possveisaplicaes de associaes de bombas hidrulicas em srie e construir curvascaractersticas de uma bomba e de bombas em srie.

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    3. Materiais e Mtodos

    Neste item explicitada a lista de materiais utilizados no experimento,bem como o procedimento experimental utilizado.

    3.1 Materiais

    A Figura 13 apresenta a bancada para a realizao do experimento. Osnmeros em destaque so utilizados para facilitar a apresentao dos mtodosexperimentais.

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    Figura 13: Bancada Experimental.

    Em que temos:

    (1) Manmetro para presso de suco em mmH2O;

    (2) Manmetro para presso de descarga em mmH2O;

    (3) Medidor de vazo em litros por minuto;

    (4) Regulador de potncia;

    (5) Cmara transparente inferior;

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    (6) Cmara transparente superior;

    (7) Rgua longa;

    (8) Calha com hidroduto;

    (9) Calha com hidroduto;

    (10) Sistema de bombas hidrulicas centrfugas CC em srie.

    3.2 Mtodos

    Primeiramente foi necessrio abrir o registro da calha com hidrodutolongo, em seguida ligar a bomba 1, regulando sua potncia at o sistemacavitar. Com auxlio do software conectado aos manmetros, foi possvelrealizar a medio das presses de suco (P1) e presses de descarga (P2).

    Com esses dados, utilizar da equao de Bernoulli para encontrar acarga Hm.

    Os passos foram repetidos para o sistema da bomba 2 e em seguidapara as bombas em srie. As vazes dos outros sistemas foram parecidas como sistema 1, para melhor fim de comparao, porm era ajustada de acordocom resultados visveis durante a aplicao, como uma diferena significativade presso.

    3.3 Descrio dos Clculos

    A equao de Bernoulli utilizada para descrever o comportamentodos fluidos em movimento no interior de um tubo. Ela recebe esse nome emhomenagem a Daniel Bernoulli, matemtico suo que a publicou em 1738.

    Para compreender como a equao de Bernoulli foi obtida, observe afigura:

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    Figura 14: Representao de escoamento de um fluido em uma tubulao.

    (mundoeducacao.com )

    Consideramos para essa figura um fluido ideal que apresenta as

    seguintes caractersticas:

    Escoamento linear velocidade constante em qualquer ponto dofludo;

    Incompressvel com densidade constante;

    Sem viscosidade;

    Escoamento irrotacional.

    Nesse caso, os fatores que interferem no escoamento do fluido so adiferena de presso nas extremidades do tubo, a rea de seo transversal ea altura.

    Como o lquido est em movimento a uma determinada altura, elepossui energia potencial gravitacional e energia cintica. Dessa forma, aenergia de cada poro de fluido dada pelas equaes:

    E1 = mgh1 + m v12 (1) e E2 = mgh2 + m v22 (2) 2 2

    Como os volumes e a densidade das duas pores do fluido so iguais,podemos substituir a massa m na expresso acima por:

    m = .V (3)

    As equaes acima podem ser reescritas da seguinte forma:

    E1 = .V (gh 1 + 1v12

    ) (4) e E2 = .V(gh 2 + 1v22

    ) (5) 2 2

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    A variao de energia pode ser associada ao trabalho realizado pelofluido durante o deslocamento entre as duas posies, como afirma o Teoremado Trabalho da Energia Cintica. Assim, podemos obter a equao:

    E2 E1 = F1.S1 F2.S2 (6)

    A fora pode ser obtida pela expresso:F = P.A (7)

    Dessa forma, a equao acima pode ser reescrita como:

    .V(g h2 + 1v22 ) - .V (gh 1 + 1v12 ) = (P1 P2) . V (8) 2 2

    Agrupando os fatores que apresentam o subndice 1 do lado esquerdoda igualdade e os que tm o subndice 2, podemos rearranjar a expressoacima e obter a equao de Bernoulli:

    .V.g.h 1 + .V. v12 + P1.V =.V.g.h 2 + .V. v22 + P2.V (9)2 2

    Essa equao tambm pode ser rescrita da seguinte forma:H + P1 + v12 + z1 = P2 + v22 + z2 + hL (10)

    2 2Em que:H = perda de carga da bomba (m)P = presso (N/m)v = velocidade (m/s)z = carga de elevao (m)

    = peso especfico (N/m)hL = perda de carga (m)

    A equao de Bernoulli a principal equao dos estudos da Mecnicados fluidos e explica, por exemplo, como os avies mantm-se no ar. Apresso exercida pelo ar que passa pelas asas do avio menor do que apresso em sua parte inferior. Essa diferena de presso cria uma fora debaixo para cima, sustentando o avio no ar.

    Entretanto para os clculos foram desconsiderados a perdas de cargado sistema e considerando que a diferena de altura entre entrada e sada da

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    bomba aproximada ao zero, ficando a equao para o clculo da carga dabomba.

    ( ) (11)

    Para o clculo da carga no foi necessrio considerar a pressoatmosfrica, pois se trabalhou com a presso manomtrica do sistema.

    Em um lquido livre de gases dissolvidos que passa por uma bomba, oaumento da presso funo da vazo (Q), da massa especfica (), de sua

    viscosidade dinmica ( ), da velocidade de rotao da bomba (N) e tambmdo dimetro do rotor (D), logo:

    P = f (Q, , , N, D)

    Sabendo-se ento que as variveis envolvidas no bombeamento de umfluido atravs de um sistema qualquer, aplicaram-se o Teorema deBuckingham para situaes de turbulncia, ou seja, quando o Nmero deReynolds tem valor superiora de 4000 .

    P2-P1/ND = f (Q/N D)

    4. Resultados e Discusses

    Os dados da gua utilizada durante o experimento, assim comoconsideraes feitas para possibilitar os clculos, encontram-se na Tabela 1.

    Tabela 1: Dados da gua

    Temper

    atura (C)

    Massa

    Especfica (Kg/m)

    Gravida

    de (m/s)

    Viscosid

    ade Dinmica

    (Pa.s)

    26 997,8 9,81 1E-03

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    Utilizando dados coletados para os 3 sistemas utilizados durante oexperimento, descrevemos a curva caracterstica para avaliar a variao daaltura manomtrica calculada de acordo com a variao das vazes escolhidasem laboratrio:

    As presses manomtricas medidas na entrada e sada da bomba,durante a primeira tomada de dados juntamente com as vazes referentes soapresentadas na Tabela a seguir. Aps as devidas converses para o SistemaInternacional, foi possvel calcular a carga da bomba em metros atravs daequao:

    ( ) , sendo:

    1 mmH2O 9,8066 Pa

    Tabela 2: Dados da bomba 1

    Q (l/min) P1(mmH2O)

    P2(mmH2O)

    Hm (m)

    0,45 87 101 0,01402

    0,6 87 105 0,01803

    0,7 86 111 0,02504

    0,8 85 115 0,03005

    0,9 85 120 0,03506

    0,95 84 122 0,03870

    A partir dos dados apresentados na Tabela 2, foi possvel esboar ogrfico presente no grfico 1, que apresenta as perdas de carga.

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    Grfico 1: Curva caracterstica da Bomba 1

    Para a bomba 2

    Tabela 3: Dados da bomba 2

    Q (l/min) P1

    (mmH2O)

    P2

    (mmH2O)

    Hm (m)

    0,4 87 99 0,01202

    0,5 87 102 0,01502

    0,6 87 106 0,01903

    0,7 86 110 0,02404

    0,8 86 116 0,03005

    0,9 85 118 0,03306

    0,9 85 120 0,03506

    0,9 84 122 0,03807

    y = 0.0492x - 0.0079R = 0.9591

    00.005

    0.010.015

    0.020.025

    0.030.035

    0.040.045

    0.05

    0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2

    H M

    ( M

    )

    Q (L/MIN)

    Bomba 1

    Linear (Hm (m))

    Expon. (Hm (m))

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    Grfico 2: Curva caracterstica da Bomba 2

    Para a bomba 1 e 2, o grfico se comportou de forma linear em algunspontos devido aos pequenos valores de vazo adotados no experimento,variaes reduzidas de acordo com a capacidade da bomba.

    O parmetro Y mostra a equao do grfico, notado uma crescentealtura manomtrica com o aumento da vazo, pois aumentada a presso no

    sistema.Neste sistema ocorre cavitao da bomba, que ser abordado no

    decorrer das discusses do experimento, e quando se deu incio, o sistema foidesligado para evitar possveis danos ao equipamento.

    Bomba em Srie

    Tabela 4: Dados das bombas em srie

    Q (l/min) P1(mmH2O)

    P2(mmH2O)

    Hm (m)

    0,3 88 97 0,00901

    0,5 87 102 0,01502

    y = 0.0492x - 0.0079R = 0.9591

    0

    0.005

    0.01

    0.015

    0.02

    0.025

    0.030.035

    0.04

    0.045

    0.05

    0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2

    H M

    ( M

    )

    Q (L/MIN)

    Bomba 2

    Linear (Hm (m))

    Expon. (Hm (m))

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    0,65 86 109 0,02304

    0,9 85 118 0,03306

    1 84 129 0,04508

    Grfico 3: Curva caracterstica das Bombas 1 e 2 em srie relacionando carga xvazo.

    Os grficos acima permitem afirmar que o a carga da bomba aumentaconforme aumenta a vazo do sistema. Pode-se constatar que a curvacaracterstica de bomba tem sua importncia ao apresentar a energia que abomba fornece ao fluido em cada vazo de operao. Porm, para saber oponto de operao da bomba preciso relacionar essa curva caracterstica dabomba com a curva caracterstica de instalao. Esta ltima tem a funo deinformar, tambm para um regime permanente, a energia que dever serfornecida ao fluido para cada vazo de operao. Portanto, o ponto deoperao representa as condies operacionais de uma determinada bombaem uma determinada instalao e para encontrar o ponto de operao dabomba necessrio conhecer a perda de carga do sistema.

    y = 0.0492x - 0.0079R = 0.9591

    0

    0.005

    0.01

    0.015

    0.02

    0.025

    0.03

    0.035

    0.04

    0.045

    0.05

    0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2

    H M

    ( M

    )

    Q (L/MIN)

    Bombas em Srie

    Linear (Hm (m))

    Expon. (Hm (m))

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    Aplicando-se o Teorema de Buckngham, para um escoamento de altaturbulncia, as razes resultam na construo da curva caracterstica dabomba utilizada, em que a velocidade de rotao (N) e o dimetro do rotor (D)sejam constantes. Tal curva esta apresentada pelo grfico 4.

    Grfico 4: Curva da bomba

    Percebe-se que, quanto maior a vazo do sistema, maior sua variaode presso, ou seja, medida que a vazo aumenta sua velocidade e, porconsequncia, sua energia cintica tambm aumentam e a presso aumentou.

    5. Consideraes Finais

    O experimento utiliza-se de uma bomba centrifuga para determinarexperimentalmente a curva caracterstica deste tipo de bomba, assim naprimeira parte do experimento pode-se concluir que com o aumento da vazo,ocorre um aumento na perda de carga, o que distancia a curva experimental daterica, j que experimentalmente a perda de carga do sistema foi

    desconsiderada.

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    Assim o bom funcionamento de um sistema de bomba depende noapenas do conhecimento do equipamento, mas tambm do conhecimento dascaractersticas do sistema e suas relaes como demonstrados nos grficos.

    Lembrando sempre que os resultados obtidos podem ter sidoencobertos por erros experimentais como erros de leitura do equipamento oudanificao dos instrumentos.

    Analisando os valores das bombas em srie notvel o aumento daefetividade do processo, no que se refere a altura mxima manomtrica.Porm, h perda de eficincia do rendimento das bombas apesar de ligeirareduo das potncias at o momento em que atinge a cavitao.

    Para aumentar as capacidades de elevao do sistema em sriecomporta-se como excelente alternativa, contudo devem ser feitas anlisesquanto a custo e benefcio no processo.

    6. Referncias

    Bomba Centrfuga Imagens. Disponvel em: Acesso em 29Nov. 2014

    Bombas Centrfugas. Disponvel em: Acessoem 29 Nov. 2014

    Bombas de Engranagem. Disponvel em. Acesso em 3 Dez. 2014

    Bombas Parafuso. Disponvel em: Acesso em 2 Dez. 2014

    BRANCO, R. Bombas de deslocamento positivo. Disponvel em: Acesso em 3 Jun. 2013

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    FOUST, A. S., WENZEL, L. A., CLUMP, C. W., MAUS, L., ANDERSEN,L. B., Princpios das Operaes Unitrias. Traduo Horacio Macedo. 2. Ed.Rio de Janeiro: LTC, 2011

    Ingeniera Mecnica: Curvas caractersticas de una bomba centrfuga

    (II). Disponvel em: Acesso em 1Dez. 2014

    PERRY, RH.; GRENN, DW, MALONEY, J. O, Perry `s ChemicalEngineer`s Handbook, 7th ed. Mcgraw-Hill,1997