Relatório Aula 7

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Aula 7 – Trabalho em Marx Aspectos da dialética em Marx. Qualificar algumas articulações importantes da relação entre Marx e Hegel. Uma leitura que vê descontinuidades entre os dois deve ser criticada. P.ex. Althusser: entre Marx e Hegel passaria um corte epistemológico entre Marx e Hegel e entre Marx e ele mesmo (até a Ideologia Alemã não seria ainda exatamente Marx da Crítica da Economia Política, jovem marx ainda estaria preso a uma fenomenologia do sujeito herdada da filosofia hegeliana). Dentro dessa leitura marx só se tornaria marx quando deixa uma concepção de dialética. Althusser recusa a ideia exposta por marx: pra Althusser não se trata de desvirar a dialética hegeliana, mas simplesmente de abandoná-la: o conceito de contradição/totalidade/mediação/causalidade de Marx não seria os de Hegel, a distinção não seria um reposicionamento da dialética, seria um corte absoluto e decisivo. Marx teria abandonado a antropologia filosófica (topos do anti-humanismo marxista) (sono antropológico: topos presente na filosofia francesa contemporânea. Criticar filosofias que naturalizaram o conceito de homem, conceito de homem é normativo, determina o campo/forma possível da experiência, esse conceito de homem seria o ponto mais visível do caráter prof normativo de td filosofia do sujeito). Althusser: é preciso livrar Marx da antropologia, logo, é preciso livrar Marx de Hegel. Poderiamos nos perguntar o quanto esse antropologismo da dialética de Hegel é defensável. Esse tema vem do estruturalismo: neste, o sujeito seria o conceito ideológico por excelência. Os sujeitos nada mais são do que suportes de determinação da estrutura. Enquanto suportes não faria sentido iniciar uma perspectiva analítica a partir dos sujeitos; eu parto das estruturas, não da consciência. O erro maior de Hegel seria partir da consciência, entificando a ilusão de que os sujeitos agem, mas os sujeitos não agem, eles são agidos pela estrutura, não falam, são falados pela linguagem. Não são os homens que pensam nos mitos, mas os mitos que pensam os homens e à sua revelia; na verdade, os mitos pensam entre si. A consciência acredita que age lá onde é agida. Ao ver do prof essa leitura é insustentável. Ela precisa abandonar a discussão sobre a alienação em Marx por

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Aula 7 Trabalho em MarxAspectos da dialtica em Marx.Qualificar algumas articulaes importantes da relao entre Marx e Hegel. Uma leitura que v descontinuidades entre os dois deve ser criticada. P.ex. Althusser: entre Marx e Hegel passaria um corte epistemolgico entre Marx e Hegel e entre Marx e ele mesmo (at a Ideologia Alem no seria ainda exatamente Marx da Crtica da Economia Poltica, jovem marx ainda estaria preso a uma fenomenologia do sujeito herdada da filosofia hegeliana). Dentro dessa leitura marx s se tornaria marx quando deixa uma concepo de dialtica. Althusser recusa a ideia exposta por marx: pra Althusser no se trata de desvirar a dialtica hegeliana, mas simplesmente de abandon-la: o conceito de contradio/totalidade/mediao/causalidade de Marx no seria os de Hegel, a distino no seria um reposicionamento da dialtica, seria um corte absoluto e decisivo. Marx teria abandonado a antropologia filosfica (topos do anti-humanismo marxista) (sono antropolgico: topos presente na filosofia francesa contempornea. Criticar filosofias que naturalizaram o conceito de homem, conceito de homem normativo, determina o campo/forma possvel da experincia, esse conceito de homem seria o ponto mais visvel do carter prof normativo de td filosofia do sujeito). Althusser: preciso livrar Marx da antropologia, logo, preciso livrar Marx de Hegel.Poderiamos nos perguntar o quanto esse antropologismo da dialtica de Hegel defensvel. Esse tema vem do estruturalismo: neste, o sujeito seria o conceito ideolgico por excelncia. Os sujeitos nada mais so do que suportes de determinao da estrutura. Enquanto suportes no faria sentido iniciar uma perspectiva analtica a partir dos sujeitos; eu parto das estruturas, no da conscincia. O erro maior de Hegel seria partir da conscincia, entificando a iluso de que os sujeitos agem, mas os sujeitos no agem, eles so agidos pela estrutura, no falam, so falados pela linguagem. No so os homens que pensam nos mitos, mas os mitos que pensam os homens e sua revelia; na verdade, os mitos pensam entre si. A conscincia acredita que age l onde agida.Ao ver do prof essa leitura insustentvel. Ela precisa abandonar a discusso sobre a alienao em Marx por no saber como lidar com algumas determinaes ontolgicas que permanecem no horizonte da crtica marxista. Reler marx a partir da categoria de trabalho e alienao do trabalho, descreve o princpio de atividade, expresso fundamental daquilo que na filosofia hegeliana a essncia, mas ela no segue uma conscincia-de-si (hiptese de trabalho).(Proletariado: cap da ideologia alem dedicado a feuerbach.)

TrabalhoPor que certa trad dialtica viu no trab algo mais do que a reiterao de processo disciplinares? Por que dentro dessa trad o trab mais do que um proc disciplinar? Por que insistiu que deveria ser compr tambm como modelo fundamental de expr subjetiva no interior de real sociais subj. Partilhadas? Essa aposta do trabalho como um processo emancipatrio (crtica de Bataille: no possvel fazer uma distino no interior do trabalho entre trabalho alienado e trablho livre). No entanto muito evidente como h uma perspe de emanci do trabalho no Marx.Inicia-se como definio Trabalho como modelo de exteriorizao do suj sob a forma do objeto. COmaprao de Marx sobre a caract do trabalho: o que distingue o pior construtor da melhor abelha que o construtor construiu os favos na cabea, o trabalho comea na sua representao. Atravs de afirmaes como essa marx eleva o trab no no apenas a uma cat antropoloogica fundamental mas como tambm uma categoria do da teoria do conhecimento (Habermas). Marx partilha com Hegel: a constituio dos obj da exp no seria a prod de uma subj. Trans, mas emprica. Essa ampliao da funo da cat de trabalho paga com a nec de uma distino ontolgica netre expresso subjetiva e comportamento natural. Toda produo apropriao da natureza pelo indivduo: apropriar-se relacionar-se com o que no me prprio, reduo do estranho ao familiar. Marx descreve essa aproporiao da natureza como metabolismo, onde as modificaes ocorerm a partir da passagem da potncia ao ato, o trab desenvolve as potencias que na natureza esto apenas latentes. Esse processo (passagem do possvel ao real) deve ser mehor definido. Marx parece inicialmente dizer que o trab distingue de toda atividade como exteriorizao do ideal. Mas essa exteriorizao ainda est presente tambm no animal. O que caracteriza ento o trabalho humano? O animal uno com sua atividade vital, no se distingue dela; o homem faz de sua atividade vital um objeto da vontade e da conscincia, ele o coincide com ela imediatamente. Se o trabalho um momento de expresso, existncia do trabalho pressupe a possibilidade humana do no exerccio do que se coloca como potncia, potncia de no passar ao ato. A atividade humana encontra sua essncia no excesso dos possveis em relao s determinaes.Insistir numa matriz hegeliana. Complexificar a noo de trabalho alienado. Normalmente (leitura de Luccs) se entende por trabalho alienado aquela modalidade de trabalho no qual eu no me reconheo no que produzo, j que as decises que direcionam as formas de produo foram tomadas por um outro; dessa forma, eu trabalho como um outro, como se estivesse animado pela vontade de um outro. A atividade do trabalhador no prpria, mas pertence a outro. Superar essa perda do que me prprio vai ser indissocivel da capacidade de me constituir. Abordar por outra via.

Marx pode falar simultaneamente de uma classe operria e de uma subjetividade moderna.

Contra a ideia da diviso do trabalho, esta o processo social de funcionalizao das identidades, marx no pensa numa diviso mais adequada, menos repressiva do trabalho, mas pensa numa suspenso das identidades funcionais. Natureza anti-predicativa do reconhecimento em Marx: no me defino como pastor, crtico, etc. O sujeito preserva algo da natureza negativa da essncia. Crtica ontolgica da identidade, recurso fundamental da dialtica.O trabalho livre s pode ser a produo do imprprio.

Sou uma mquina de produo de valor. S quebro essa dependncia ao pensar sujeitos de outra forma, sem essa individualidade possessiva. Da a introduo do conceito de vida do gnero de Marx.

O animal forma apenas segundo a medida e a necessidade da espcie a que pertence, enquanto o homem forma segundo a medida e a necessidade de qualquer espcie. Homem como ser sem espcie definida: possibilidade de uma experincia genrica.Diferentemente do que acontece em Aristteles, em Marx o gnero do homem desprovido de arch. Por isso no pode constituir natureza humana, normas para orientao da prxis.

1h50