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impacto social
2
sumário
.03 _A Move três Anos depois
.04 _queM soMos
.05 _AvAliAção de iMpActo
.07 _teoriAs de MudAnçA
.11 _MonitorAr resultAdos
.15 _A Move no MercAdo
.17 _sAber eM MoviMento
.19 _queM fAz A Move
impacto social
3
a movetrês anos
depois
O terceiro aniversário da Move chega acompanhado de nosso novo
relatório anual e de um balanço bastante positivo desta breve e intensa
trajetória. Com rigor técnico, leitura política, inovação metodológica e
forte espírito empreendedor, alcançamos o ano de 2014 com a sensação
de termos verdadeiramente apoiado nossos clientes a ampliarem o im-
pacto social de seus investimentos.
Lançando mão de métodos mistos em planejamento estratégico e
avaliação de programas e políticas sociais, profícua associação entre
qualitativo e quantitativo, criamos produtos e facilitamos discussões que
favoreceram a construção de conhecimentos e decisões firmes por parte
de nossos clientes, com mais inteligência e compromisso social.
Frente à crescente complexidade das demandas sociais, num período de
exigências por produtos e serviços mais resolutivos, ampliamos a força
técnica de nossa equipe, dando ênfase aos temas da educação pública,
garantia de direitos e meio-ambiente. Se compreender dinâmicas orga-
nizacionais e cenários políticos continua fundamental, tornou-se crucial
responder com maior saber técnico às exigências de clientes também
mais qualificados.
No triênio que começa agora, inauguramos na Move um regime de
partnership com boas perspectivas de garantir mais qualidade técnica,
inovação metodológica e uma estrutura mais competitiva para enfrentar
as tremendas mudanças no mercado de consultoria. Escolhemos também
centrar nossas práticas de responsabilidade social nos trabalhos pró-bono
prioritariamente para organizações de direitos humanos, além de zelar
pela neutralização do carbono gerado em nossas atividades, num bom
exercício de consciência ambiental.
Por estes três primeiros anos, agradecemos os diversos atores sem os
quais essa trajetória não teria sido possível. À nossa equipe de colabora-
dores e pesquisadores, nossos fornecedores, nossos amigos e parceiros
e, sobretudo, a cada um de nossos clientes, muito obrigado. Seguiremos
contando com vocês neste ciclo que se renova, da mesma maneira que os
tivemos ao nosso lado até agora.
Rogério Silva - Diretor Executivo de Projetos
Daniel Brandão - Diretor Executivo de Negócios
impacto social
4
quemsomos
M i s s ã o
Apoiar clientes a tomar as melhores decisões e desenhar as estratégias
mais relevantes para aumentar o impacto social de seus investimentos.
V i s ã o
Organizações públicas e privadas fazem investimentos sociais inteligen-
tes, melhor compreendem e demonstram o impacto de suas ações
e produzem resultados sociais relevantes para a sociedade brasileira.
Va lo r e s
• Nossa equipe é nosso maior ativo
• Cada cliente é único e exige resposta específica
• Atuamos com pluralidade e rigor metodológico
• Queremos organizações fortes para ajudar o Brasil a superar suas desigualdades sociais
• Planejamento e avaliação são dispositivos-chave para promover desenvolvimento organizacional
c o n s u lt o r i a• Avaliação de programas sociais
• Avaliação de políticas públicas
• Avaliação de impacto de negócios sociais
• Avaliação institucional
• Planejamento de programas sociais
• Planejamento estratégico organizacional
• Estudos de tendências
InvestImento socIalIntelIgente
impacto social
5
avaliaçãode impacto
O grupo hegemônico entre os três é definido pela perspectiva
metodológica. Sustentado por alguns dos grandes players do
campo do investimento social, tais como o Banco Mundial, Bill &
Melinda Gates Foundation e Fundação Itaú Social, entre outros,
esta concepção de avaliação de impacto tem uma pergunta
clássica que a expressa: o que teria ocorrido na realidade caso a
intervenção não fosse realizada? O método que vem em apoio a
esta questão traz o imperativo da presença de um contrafactual
no estudo, ou seja, um dispositivo metodológico caracterizado por
um grupo idealmente similar àquele que recebeu a intervenção
(grupo tratamento), diferenciando-se apenas por não ter recebido
/ participado da mesma intervenção (grupo controle). É o emprego
de contrafactuais que irá dividir os estudos entre experimentais ou
quasi-experimentais e não experimentais, sendo que estes último
não utilizam este dispositivo1.
Avaliações de base experimental encontram, entretanto, algumas
limitações para sua aplicação. Dentre as mais comumente
apontadas estão: (a) seus elevados custos financeiros; (b) seu
exigente processo de constituição aleatória dos grupos de
tratamento e controle; (c) sua dificuldade de compatibilizar a
escolha aleatória com outros critérios técnicos e políticos para
eleição de populações prioritárias e (d) sua necessidade de manter
controle sobre possíveis variáveis com capacidade de influenciar o
programa e comprometer o estudo entre outras.
1 - para mais informações sobre desenhos experimentais e quasi-experi-mentais ver a nota técnica 01/2011 “causalidade e Avaliação “, disponível no site da Move.
Daniel Brandão | Thaís Magalhães
Avaliações de impacto são processos orientados
a conhecer as mudanças produzidas em uma dada
realidade a partir de existência de determinada
intervenção, como um programa social, por exemplo.
Buscam conhecer mudanças efetivas (outcomes) na
vida de pessoas, organizações e ambientes e estão
comprometidas a ir além da medição de entregas
de produtos (outputs), aspectos geralmente mais
governáveis pelos gestores e tratados nos processos
de monitoramento.
Uma breve revisão teórica das concepções correntes
sobre avaliações de impacto permite que elas
sejam categorizadas em três grupos: (1) o grupo da
perspectiva metodológica; (2) o grupo da perspectiva
do território e (3) o grupo da perspectiva temporal.
Sem esgotá-las, tarefa de outras publicações e
autores, neste texto apresentamos algumas das
principais características destas avaliações, a fim de
favorecer o seu uso consciente.
impacto social
6
O segundo grupo de avaliações de impacto é demarcado
pelas transformações produzidas na estrutura de um
território (ou setor) em função de uma intervenção.
O território, unidade que compreende espaço e
sociedade, é o conceito central que guia esta concepção.
Nesta perspectiva, busca-se conhecer o que mudou na
estrutura social vigente, sendo que o uso de indicadores
socioeconômicos tradicionais é comum nestas avaliações.
Já o terceiro grupo de avaliações de impacto tem seus
contornos definidos pelo tempo de manifestação e
prevalência dos resultados. Nelas, toda expectativa está
apoiada em apostas de longo prazo, durante o qual os
efeitos diretos e indiretos, intencionais ou não, positivos
e negativos, irão se manifestar e mostrar sua perenidade
ou volatilidade. Esta perspectiva caracterizou por algum
tempo o senso comum sobre impacto entre boa parte dos
investidores sociais brasileiros. Equivalendo resultados
de longo prazo a impacto, e raramente dispostos ou
autorizados a conduzir avaliações para comprovar suas
hipóteses, tal confusão fez com que historicamente
as avaliações de resultados de curto prazo fossem
prioridade na agenda do investimento social, enquanto
o impacto permanecia no horizonte.
As posições sobre o significado de avaliação de impacto
devem ser assumidas por gestores dos investimentos
para que se desdobrem político e tecnicamente na
operacionalização da avaliação. O alinhamento desta
visão facilita diálogos organizacionais e estimula a
eficiência das avaliações. Entretanto a definição sobre
o sentido de avaliação de impacto dá vazão a outra
inquietação: o que difere impacto de resultados?
Para além de uma construção retórica, e com fortes implicações
políticas, há o risco de se reconhecer os resultados restritos às
entregas e aos produtos diretamente alcançados pelas intervenções,
sobre os quais um gestor e sua equipe têm elevada governabilidade.
Ao associar resultados a produtos, a responsabilidade de
transformação social perde espaço para agendas restritas a metas
de gestão, capturando o compromisso social na meritocracia.
Resultados configuram-se como expressões claras de mudanças
produzidas em um sistema social, o que o aproxima do conceito
de avaliação de impacto. Os resultados podem ocorrer em um
território ou no longo prazo, em familiaridade com as categorias
aqui tratadas. Nestes campos a distinção parece ser uma falsa
questão. Entretanto os resultados circulam por um repertório mais
amplo de associações, relacionados com o curto e médio prazos,
com pequenas transformações que não têm caráter estrutural ou
com dados de natureza qualitativa, que costumam ocupar apenas
a periferia do discurso do impacto, sempre de maneira ilustrativa,
quando não anedótica.
As distinções aqui apresentadas estão comprometidas com a
qualificação do discurso que orienta ações de avaliação entre
empresas e organizações da sociedade civil. Não se trata de uma
questão semântica, mas da preocupação legítima de estimular
constantemente o julgamento organizacional consistente e
crítico, abrangente e transparente, com vistas a forjar estratégias
inteligentes para produzir um futuro e um País com mais equidade.
impacto social
7
teorias de mudança
Daniel Brandão | Antonio Ribeiro
Teorias de Mudança (TM) são ferramentas valiosas para apoiar
processos de planejamento e avaliação de organizações e
programas sociais. São definidas como a tese que articula a
cadeia lógica de uma intervenção, concatenando os resultados
de longo prazo, os caminhos para alcança-los, as relações causais
existentes, os resultados intermediários, bem como as premissas
ou condicionantes que anteparam a viabilidade daquilo que se
espera (Anderson, 2005).
Uma Teoria de Mudança pode produzir questões novas e
desafiadoras para o grupo que a empreende, permitindo
aprofundar sua compreensão sobre objeto da intervenção, seu
contexto e as alternativas mais adequadas para nele atuar. O
processo de construção de uma TM, ao abordar estas e outras
questões, produz um claro alinhamento na equipe sobre as
ambições pretendidas, os papéis de cada um, as hipóteses em
jogo, entre outros. Num plano teórico, as TM estão associadas
com a abordagem das Avaliações Orientadas pela Teoria (Program
Theory Evaluation), nascidas na década de 1960.
Entre as ferramentas derivadas desta escola, o Marco Lógico foi a
que mais ganhou força, tendo sido adotado por inúmeras agências
de cooperação internacional no planejar e avaliar programas e
projetos. Hegemônicos em certo momento histórico, os modelos
lógicos perderam terreno em razão da linearidade causal com que
foram tratados, bem como da força controladora e burocratizante
que assumiram em muitas organizações, tornando-se incapazes de
responder à complexidade do objeto social (Vogel, 2012).
A missão central na elaboração de uma TM é capturar, explicitar e
articular uma cadeia causal com clara explicitação dos resultados
(efeitos) de médio e longo prazo gerados por uma intervenção
em uma realidade social. A TM clássica é composta por inputs,
atividades, outputs, outcomes (resultados) e impacto que formam
um constructo assim estruturado: um sistema (realidade social)
recebe uma inserção de energia (input), o que permite a realização
de um conjunto de atividades que, caso as condicionantes
(situações de contexto que influenciam a realização da ação)
sejam cumpridas, serão realizadas. As atividades geram produtos
objetivos (outputs), os quais desdobram-se no médio prazo em
resultados de transformação social (outcomes).
O processos de construção das TM são de base participativa e
exigem o envolvimento das lideranças e equipe das organizações.
No cerne deste trabalho esta a análise sobre os elementos de
uma TM e suas relações. Anderson (2005) propõe cinco tarefas
principais para esta elaboração: (a) identificar o resultado
de longo prazo; (b) desenhar um caminho de mudança; (c)
operacionalizar os outcomes dentro do caminho de mudança; (d)
definir as intervenções; (e) articular as premissas.
Cabe observar que a revisão de documentos organizacionais
cria um importante suporte para orientar os debates do grupo.
Dispositivos importantes para o sucesso da construção de uma
TM são a utilização correta das perguntas norteadoras de cada
passo, a produção de um ambiente de diálogo que facilite a
compreensão e organização das reflexões do grupo, bem como
a constante produção de imagens significativas.
A ilustração a seguir apresenta uma síntese das perguntas chave
que devem ser observadas em um processo de construção de
Teoria de Mudança.
impacto social
8
D e z P e r g u n ta s - c h aV e Pa r a P r o D u ç ã o D e u M a t e o r i a D e M u D a n ç a
Qual a visão de longo prazo da organização ou
programa? Que impacto(s) se quer alcançar?
Qual a visão do mundo transformado a partir
da nossa intervenção?
Quais são as condicionantes para que
estes resultados se realizem? Que fatores
(acontecimentos) estão condicionados a eles?
Qual o caminho geral de mudança?
Qual a relação entre as estratégias
e os resultados? Como elas se
influenciam? Como elas se articulam
na geração de resultados e impacto?
Se complementam gerando
resultados em mesmos públicos?Quais são os principais produtos (outputs)
que serão gerados no processo de alcance
de cada resultado?
Que relações existem entre uma
estratégia e outra?
Que imagem expressa esta Teoria
de Mudança?
Quais os objetivos e/ou estratégias
centrais que a organização/
programa vai realizar para alcance
dos resultados de longo prazo?
Quais são as principais táticas/conjunto de
atividades? Que táticas existem? Qual o
público de cada estratégia?
Quais os indicadores essenciais que informam
sobre cada mudança que se pretende gerar?
Quais são os resultados (outcomes)
que pretendemos alcançar no longo
prazo? Como cada público será
impactado por determinada
estratégia ou tática? Existem
resultados intermediários ou outros
de longo prazo que complementem
ou anulem os anteriormente
pensados?
impacto social
9
É pertinente detalhar o significado e
aplicabilidade de alguns dos conceitos que
compõe a estrutura de uma TM.
Em primeiro lugar a noção de atividades
pode ser convertida em estratégias e táticas,
uma que a ambição das TM organizacionais
é desenhar visões de médio e longo
prazo (5 – 10 anos), num ambiente onde
o detalhamento de atividades específicas
se torna restrito por dizerem respeito a
ações pontuais e finitas e que respondem
com limitações a períodos temporais mais
longos. Operar com estratégias e táticas
traz mais vigor para uma TM organizacional,
por contemplar os campos centrais para
a inteligência da organização, ao mesmo
tempo que permitem que tais atividades
sejam desdobradas posteriormente em
planos operacionais.
As atividades conectam-se aos produtos
(outputs), expressões tangíveis e
quantificáveis que expressam o
comportamento da intervenção. Produtos
dizem respeito à capacidade de execução
e geração de aspectos objetivos tais
como o número de oficinas realizadas, a
quantidade de participantes, a frequência
da participação de jovens, etc., o que
tem enorme valor para processos de
monitoramento de projetos e organizações
e, caso sejam agrupadas ao redor das táticas
e estratégias das quais são tributárias,
se constituem como peças importantes
para informar sobre o avanço da TM e a
confirmação de suas hipóteses. Entretanto,
não se pode considerar os outputs como
expressões dos resultados de mudanças
na sociedade. A transformação gerada
em uma realidade é expressa por meio de
resultados, efeitos, outcomes ou impactos
que, para serem observados, exigem lançar
mão de outros mecanismos de avaliação
para além do desenho do arcabouço teórico
da organização ou programa. Ao atuar
como suporte para processos de avaliação,
as TM guardam três opções de estratégias
avaliatórias que podem ser utilizadas
individualmente ou de maneira combinada.
A primeira diz respeito a observação dos
produtos, ancorando-se em hipóteses de
que se estes forem gerados os efeitos serão
alcançados. Se assumida de maneira isolada,
esta abordagem tem clara limitação, uma vez
que as hipóteses que defende não podem
ser empiricamente comprovadas. A segunda
estratégia sugere a revisão bibliográfica
de pesquisas científicas que comprovem
as relações causais entre os outputs e
outcomes e assim sustentem as hipóteses
levantadas na TM, superando a limitação
acima apontada.
impacto social
10
A restrição, entretanto, está nas eventuais limitações de validade
externa do estudo, o que impossibilita sua generalização precisa
para outros contextos, ou na própria inexistência de estudos que
validem as hipóteses levantadas na TM, aspecto muito provável
em um cenário de inciativas e negócios sociais inovadores, que
antecipam possibilidades e assumem novos caminhos e riscos
em busca de soluções de vanguarda. Já o terceiro caminho é
composto pela condução de avaliações de resultados (externas
ou internas), orientadas pela coleta sistemática e rigorosa de
dados, sua análise e postulação de conclusões sobre os efeitos
da organização ou programa.
A restrição desta proposta, entretanto, esta na sua exigência
de investimentos financeiros, o que pode encontrar limites na
disponibilidade de recursos da organização. Uma importante
característica que favorece o uso de TM em processos de
planejamento e avaliação é a sua forma de expressão por
meio de imagens sintéticas e esteticamente favoráveis à sua
compreensão. Ao lidar com objetos complexos, dinâmicas
sociais múltiplas e estratégias programáticas ou organizacionais
diversificadas a Teoria de Mudança ganha formas de expressão
não lineares (ilustração a seguir).
Como um objeto visível, as TM têm sido capazes de evidenciar
a virtualidade dos planos e das hipóteses, em sinergia com
uma linguagem contemporânea e de inegável eficiência para
comunicação, facilitando sua leitura e análise crítica. No atual
ambiente do investimento social e dos negócios sociais, as TM
justificam sua emergente força por responder à complexidade na
qual estão imersas as intervenções sociais contemporâneas de uma
maneira simples, ainda que possa ser trabalhosa; viável, ainda que
possa exigir tempo de dedicação; democrática, por ser acessível
a todos os que por ela se interessarem e principalmente por ser
relevante, com clara potência para criar, revisar e resignificar a
consistência estratégica de organizações e programas.
V i s ã o
o u t c o M e s
o u t P u t s
c o n D i c i o n a n t e s
t á t i c a s e e s t r at é g i a s
REfERênCiAS bibliOgRáfiCAS:
Anderson, A. The Community Builder’s Approach to the Theory of Change : a practical guide to theory development. The Aspen Institute, 2005.
Vogel,I. UK. Review of the use of “Theory of Change” in Internactional Development. Departament for International Development (DFID), 2012
PARA APROfUndAMEnTO:
Best,H. & Harjl,K. Social Impact Measurement Use Among Canadian Impact Investors. Venture Deli e Purpose Capital, 2013.
Brandão, D., Cruz, C., Arida, A. Métricas em Negócios Sociais: Fundamentos. São Paulo, Move e ICE, 2013.
Olsen, S& . galimidi, b. Catalog of Approaches to Impact Measurement: Assessing Social Impact in Private Ventures. The Rockfeller Foundation, 2008.
graig, E. On Logic Models Theories of Change and Evaluation. Usable Knowledge, 2010.
impacto social
11
monitorar resultados
Rogério Silva | Vanessa Orban
o M o D e lo D a r e D e M a r i s ta D e s o l i D a r i e D a D e
Trazer critérios úteis à diretoria e às unidades
Ser construído em diálogo com quem está no cotidiano
Trazer escala quantitativa que permitisse comparações
Ter critérios qualitativamente consistentes e transparentes
Nutrir o planejamento das unidades e da diretoria
Estimular o diálogo e a aprendizagem nas unidades e na diretoria, e entre elas
Ser operacionalmente simples
Não se sobrepor aos outros subsistemas de gestão
o M o D e lo D e M o n i t o r a M e n t o D e V e r i a :
O Grupo Marista é instituição com forte ênfase em atividades
educacionais, somadas a atuações em comunicação, saúde e
assistência social. Em seu corpo institucional, ao lado de colégios,
universidades, hospitais, entre outros, existem 24 unidades sociais
que oferecem serviços de educação e assistência social gratuitos
para populações de baixa renda. Distribuídas em 22 municípios dos
estados do Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Paraná,
as unidades que formam a Rede Marista de Solidariedade (RMS)
atuam em educação infantil, ensino fundamental, ensino médio,
educação profissional e apoio socioeducativo.
Entre 2012 e 2013, com apoio da Move, a RMS desenvolveu e
implementou um modelo de monitoramento de resultados das
24 unidades. A intenção era construir parâmetros que pudessem
elevar a qualidade do trabalho das unidades, especialmente em
elementos com influência direta nos direitos fundamentais das
crianças e adolescentes atendidas, e ajudar a identificar pontos para
a incidência estratégica da diretoria no conjunto das unidades. O
modelo de monitoramento deveria permitir a observação de cada
unidade isolada, assim como dentro do conjunto.
O modelo de monitoramento foi construído com a participação
ativa dos assessores da diretoria, assim como educadores
e gestores das unidades, num conjunto de cinco oficinas
presenciais. nelas foi possível pactuar as premissas que guiariam
o modelo de monitoramento, reconhecer as dimensões nas
quais se desejava investigar o desempenho das unidades,
construir as perguntas de avaliação e os critérios de análise, bem
como desenvolver toda a lógica de implementação do modelo.
impacto social
12
O processo de trabalho levou à eleição de oito dimensões
de análise e à construção de cinco variáveis em cada uma
delas, compondo um quadro de quarenta variáveis de análise.
Nesta criação, houve notável capacidade do grupo pactuar e
explicitar as expectativas de resultados para as unidades, o
que se constituiu no primeiro produto do trabalho, com forte
reconhecimento das unidades sociais. Para elas, conhecer os
parâmetros de desempenho nas dimensões mais importantes
do trabalho, tornava a gestão mais clara, favorecia que
dirigissem força a pontos que merecessem maior atenção, e
permitia um diálogo mais explícito com a diretoria, com base
em parâmetros e critérios mais evidentes.
no plano instrumental, as quarenta perguntas de
monitoramento foram acompanhadas da construção de
escalas qualitativas que diferenciavam cinco graus de
desempenho crescentes. Como se vê na imagem ao lado, as
questões possuíam uma escala numérica de 1 a 10, conjugada
a cinco afirmações qualitativas, conferindo aos respondentes a
possibilidade de localizar suas respostas entre 1 e 2 (primeiro
padrão), 3 e 4 (segundo padrão), e assim sucessivamente.
Poder variar entre dois pontos em cada posição qualitativa
criava zonas de maior aproximação ao que estava explícito na
escala, ampliando a variabilidade matemática do desempenho.
Em cada unidade, comissões de avaliação foram constituídos
por gestores, pedagogos, educadores e técnicos, com o
intuito de associar o monitoramento a um processo coletivo e
dialógico que levasse as equipes a refletirem conjuntamente
sobre seu desempenho frente às variáveis, e então responder
o instrumento, disponível numa plataforma digital.
A experiência das comissões foi bastante significativa para as
unidades e muito contribuiu para qualificar as respostas de
cada equipe ao instrumento de monitoramento.
o s c a s o s D e V i o l a ç ã o D e D i r e i t o s s ã o a c o M Pa n h a D o s D e f o r M a i n t e r D i s c i P l i n a r ?
A unidade identifica casos de violação de direitos da criança
e do adolescente, mas não consegue os encaminhar por meio
do seu serviço social.
A unidade identifica os casos de violação de direitos da
criança e do adolescente e os encaminha por meio de seu
serviço social.
A unidade identifica os casos de violação de direitos da
criança e do adolescente, os trata de forma interdisciplinar e
os encaminha quando necessário.
A unidade identifica os casos de violação de direitos da
criança e do adolescente, os trata de forma interdisciplinar,
os encaminha quando necessário e os acompanha
parcialmente.
A unidade identifica os casos de violação de direitos da
criança e do adolescente, os trata de forma interdisciplinar,
os encaminha quando necessário e os acompanha de
maneira proativa.
1
3
5
7
9
2
4
6
8
1 0
impacto social
13
Ao longo da construção do monitoramento, emergiu um consistente
debate a respeito do conceito de auto-avaliação, até então central ao
modelo. Em algumas rodadas de conversa, que incluíram instâncias
de decisão da RMS, reconheceu-se que o modelo de monitoramento
deveria admitir também a avaliação externa das unidades, a ser
realizada pelos assessores da diretoria. Desta forma, os mesmos
critérios utilizados pelas unidades sociais para analisarem seu
desempenho (auto-avaliação), passou a ser usado pelos assessores da
diretoria para o mesmo fim (avaliação externa), permitindo que cada
unidade alcançasse dois pontos para cada variável. Desta maneira,
o modelo de monitoramento passava a comportar importante
atividade de triangulação dos olhares.
Este processo exigiu da diretoria intensa revisão sobre sua
capacidade de analisar o conjunto de dimensões e perguntas para as
24 unidades sociais, abrindo oportunidades para que os assessores
tanto reconhecessem suas limitações de acompanhamento, quanto
analisassem os próprios limites do modelo de monitoramento,
elevando a consciência sobre seu desejado papel estratégico. Em
busca de fortalecer a autonomia das unidades e para exercer mais
atividade de governo e menos de gerência, estava em curso um
processo que modificava a lógica do acompanhamento das unidades,
o qual somou-se sinergicamente às construções realizadas na
construção do modelo de monitoramento.
Na imagem a seguir podem ser conhecidas as dimensões e o
desempenho das unidades, tanto na auto-avaliação quanto na
avaliação externa, numa escala variando entre 1 e 10. Em meio a uma
bela dose de receptividade, somada a certas tensões e divergências,
os debates sobre as discrepâncias de desempenho resultaram em
recomendações de forte valor estratégico para a diretoria, bem como
para as próprias unidades. O diálogo sobre a legitimidade e precisão
dos julgamentos externos, assim como em torno dos vieses da auto-
avaliação produziram também boas análises e aprendizagens.
7,4
7,27,9
8,8
8,26,0
3,05,0
4,4
3,8
0
6,66,8
5,8
6,4
5,8
10
8,4Gestão
Estratégica
Produção de Conhecimento
Articulação e Incidência
Qualidade Educacional
Avaliação Externa (DEAS)
Autoavaliação (Unidades)
Gestão Pedagógica
Formação Contínua
Gestão Administrativa
Mobilização e Parcerias
impacto social
14
Num plano mais profundo, as discrepâncias emergentes da
triangulação levaram a reflexões sobre os critérios objetivos
e não objetivos que costumavam acompanhar o olhar dos
assessores para as unidades. A frequência de visitas às unidades,
a relação afetiva com seus diretores, o contexto sociocultural das
populações usuárias, o tempo de funcionamento, o volume e a
natureza dos atendimentos, foram reconhecidos como bastante
determinantes do desempenho e tomados como pontos de
atenção para a próxima rodada de avaliação.
Depois de implementado, o modelo de monitoramento sofreu
leves ajustes para sua segunda rodada, a fim de favorecer sua
maior integração à construção dos planos estratégicos das
unidades sociais. na oficina final para análise dos resultados,
foram definidas unidades sociais que mereceriam atenção
particular em 2014, além de recomendadas novas formas de
colaboração entre os assessores e as unidades, a fim de garantir
olhares mais precisos sobre a realidade. Das oito dimensões de
análise, a gestão Estratégica foi reconhecida como prioritária
para 2014, num novo grau de aposta na autonomia das
unidades e em novos papéis para a diretoria.
impacto social
15
a moveno mercado
t r ê s a n o s D e P o i s
65%
23%
10%
2%aVa l i a ç ã o
P l a n e j a M e n t oe s t r at é g i c o
aVa l i a ç ã o D e n e g ó c i o s s o c a i s
o u t r o s
f r e n t e s D e at u a ç ã o
62%
18%
12%
6%
2%
o r g a n i z a ç ã oD a s o c i e D a D ec i V i l
f u n D a ç õ e s e i n s t i t u t o s e M P r e s a r i a i s
e M P r e s a s
g o V e r n o s
o u t r o s
P e r f i l D o s c l i e n t e s
143
81
1 6 0
1 4 0
1 2 0
1 0 0
8 0
6 0
4 0
2 0
0
42
D e M a n D a s D e c o n s u lt o r i a
2 0 1 1 2 0 1 2 2 0 1 3
impacto social
16
e D u c a ç ã o i n fa n t i l e e n s i n o f u n D a M e n ta l
P r e s e r Va ç ã oa M b i e n ta l
e d u c a ç ã o
P r o g r a m a s s o c i o a m b i e n ta i s
g a r a n t i a d e d i r e i t o s
D i r e i t o s h u M a n o s
c r i a n ç a e a D o l e s c e n t e
t e c n o lo g i a s D i g i ta i s
D i r e i t o s i n D í g e n a s
g e s t ã o P ú b l i c a D a e D u c a ç ã o
i n c lu s ã o s ó c i o - e c o n ô M i c a
t e M a s D e e x P e rt i s e2 0 1 1 - 2 0 1 3
P r i n c i Pa i s s e r V i ç o s
Matrizes de resultados e indicadores, planos
estratégicos, diagnósticos de redes de
educação, teorias de mudança, e avaliações
de impacto com métodos mistos, incluindo
técnicas de escuta de crianças e observação
participante em escolas.
P r i n c i Pa i s s e r V i ç o s
Desenvolvimento organizacional,
avaliação institucional, planos
estratégicos, teorias de mudança e
avaliações de impacto.
P r i n c i Pa i s s e r V i ç o s
Planejamento estratégico, avaliações
de resultados e impactos, matrizes
de indicadores, modelos de
monitoramento.
impacto social
17
saber em movimento
A produção e a disseminação de conhecimentos em planejamento
e avaliação contribui fortemente na formação de gestores,
pesquisadores, professores e consultores que atuam no campo social
brasileiro. Ao mesmo tempo, a produção reflexiva foi em
2013 um excelente exercício para qualificar o trabalho da Move.
PARA FAzER AVALIAçõES RELEVANTES
Rogério Silva assina um dos artigos do livro A relevância da avaliação
para o investimento social privado, fruto do I Seminário Internacional:
Avaliação para o Investimento Social Privado, realizado em parceria
com a fundação itaú Social, fundação Roberto Marinho, fundação
Maria Cecília Souto Vidigal, gifE e fundação Santillana .
COMPOSiçõES: MÉTOdOS MiSTOS EM PlAnEjAMEnTO E AVAliAçãO
Daniel Brandão, Rogério Silva e Ana Carolina Vargas assinam
diferentes artigos que teorias e práticas do uso de métodos mistos
em planejamento e avaliação.
AVAliAçãO dE PROgRAMAS E PROjETOS SOCiAiS nO bRASil:
hiSTORiA, COnqUiSTAS E dESAfiOS
Rogério Silva assina artigo que analisa o histórico recente da avaliação
de programas e políticas sociais no Brasil, no livro Avaliação de
Programas Sociais: a experiência da fundação banco do brasil .
impacto social
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AVAliAçãO: OS CinCO PAdRõES dA qUAlidAdE
daniel brandão assina artigo no Rede gife Online, que
discute a importância dos padrões de qualidade para avaliações,
segundo a American Evaluation Association.
AVAliAçãO dE PROgRAMAS SOCiAiS E dE POlíTiCAS PúbliCAS
Rogério Silva assina artigo na Revista ideias em gestão, no qual
apresenta o conceito de avaliações estratégicas .
O PROgRAMA dESEnVOlViMEnTO inSTiTUCiOnAl nA
PERSPECTiVA dA AVAliAçãO
daniel brandão, Antonio Ribeiro e Tânia Crespo assinam artigo que
analisa o programa de apoio ao fortalecimento de organizações da
sociedade civil do instituto C&A, publicado no livro Organizações da
Sociedade Civil: protagonismo e sustentabilidade.
A ESCOlhA dE MÉTOdOS PARA fAzER AVAliAçãO
Rogério Silva e Daniel Brandão assinam um dos artigos do livro
Avaliação para o investimento social privado: metodologias, fruto
do II Seminário Internacional Avaliação para o Investimento Social
Privado, realizado em parceria com a fundação itaú Social, fundação
Roberto Marinho, fundação Maria Cecília Souto Vidigal, gifE e
Fundação Santillana.
MÉTRiCAS EM nEgóCiOS dE iMPACTO - fUndAMEnTOS
Daniel Brandão, Anna Lívia Solon Arida e Célia Cruz assinam ensaio
que analisa o conceito de impacto no campo dos negócios sociais.
A Move participou também de diversos seminários e cursos
centrados em avaliação e estratégia de programas sociais, políticas
públicas e impact investing. Outros artigos produzidos em 2013
ainda aguardam publicação em revistas acadêmicas.
impacto social
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quem faz a move
s ó c i o s - D i r e t o r e sDaniel Brandão
Diretor Executivo de Negócios
Mestre em educação pela PUC- SP
Rogério Silva
Diretor Executivo de Projetos
doutor em saúde pública pela USP e psicanalista
pelo Centro de Estudos de Psicanálise/SP
s ó c i o s - g e r e n t e sAntonio Ribeiro
gerente de Projetos
Mestre em psicologia social pela USP
Vanessa Orban Aragão
gerente de Pesquisa
graduada na USP e mestre em sociologia pela UniCAMP
s ó c i a s - c o o r D e n a D o r a sThais Magalhães
Coordenadora de impacto social de negócios
Engenheira de produção pela USP com MBA em gestão
de negócios socioambientais
Bruna Ribeiro
Coordenadora de avaliações educacionais
Mestre em educação pela PUC/SP
a P o i o t é c n i c oAna Carolina Moraes
Analista Administrativo-financeira
Administradora de empresas pela UninOVE/SP
Amanda Takahashi
Estagiária
graduanda em gestão ambiental pela USP
Q u e M c h e g a e M 2 0 1 4
impacto social
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c o n s u lt o r e s c o l a b o r a D o r e sAnna Lívia Solon Arida, especialista em direito econômico
e Bacharel em Direito pela PUC/SP; Gabriela Vieira,
administradora de empresas pela fgV/SP; Ana Carolina
Vargas, mestre em psicologia social e psicóloga pela USP/
SP; Vanessa Munhoz, mestre em antropologia pela PUC/SP
e historiadora pela USP/SP; Fernanda Sato, psicóloga pela
USP/SP; Carina Fagundes Guedes, mestre em psicologia pela
USP; Tânia Crespo, especialista em tecnologias sociais pela
UNILA/PR e comunicadora pela UMESP; Gustavo Valentin,
mestrando em psicologia escolar e desenvolvimento humano
pela USP; Natália Nogushi, mestre em psicologia escolar e
desenvolvimento humano pela USP.
P e s Q u i s a D o r e sAline Barros, mestre em educação e currículo pela PUC/
SP; Renata Montrezol, pedagoga pela USP; Marcia Nanaka,
pedagoga pela Camilo Castelo Branco e pós-graduada em
gestão escolar pela UNICID e Educação Infantil pela PUC/
PR; Aldine Nogueira, mestre em Educação pela UNESP;
Andréia Pereira, Doutora em Educação pela UNESP; Michele
Schulle, pedagoga e especialista em educação infantil pelo
Mackenzie; Ariane Duarte, pedagoga pela UNESP; Lívia
Guimarães, pedagoga pela UfMg; Kleber Araújo, economista
pela UNICAMP; Federico Apablaza, sociólogo pela UNCuyo,
especialista em tecnologias sociais pela UNILA/PR e em
desenvolvimento local pela flACSO e mestrando em ciência,
tecnologia e sociedade na Unquilmes, Zélia Jesus Rosa,
pedagoga com especialização em educação infantil.
Pa rc e i r o s e s t r at é g i c o sAna Biglione - Noetá Consultoria.
Sérgio Sampaio - Pacto Planejamento.
e s P e c i a l i s ta s Q u e a P o i a r a M f o r wa r D t h i n k i n gVivianne Naigeborin, da Potencia Ventures; André Degenszajn, do
gifE; Isabel Santana, da fundação itaú Social; Célia Cruz, do Instituto
de Cidadania Empresarial de São Paulo (ICE-SP); Leila Regina Paiva
de Souza, da UMBRASIL; Fernando Coelho, Professor do Curso de
gestão de Políticas Públicas da USP lESTE; Emanuelle Magno Osório,
do Banco Santander; Flávia Oliveira, do Mattos Filho Advogados;
Juarez Furtado, professor da UNIFESP Campus Baixada Santista;
além de Carlos Eduardo Furlanetti, Pérsio Arida e Paulo Secches.
o u t r o s a P o i a D o r e sMárcia Joppert, da Lazzooli Consultoria; Mitti Koyama, da 8Frontiers;
Martina Otero e Madelene Barbosa, do Instituto Fonte; Lucas
Pestalozzi da blend Pesquisa de Mercado; Solfesta Viagens, pelo
apoio logístico; GFK, pelos trabalhos gráficos; Volpi ContJet, pelo
apoio contábil; Patrícia da Silveira, pelo apoio na Plataforma
LimeService; Roniel Lopes, assessoria em administração e finanças;
Tânia Crespo, pela consultoria em tecnologia de informação; a Karina
Lima, Alessandra Ortiz e Victor Augusto Magalhães, cientistas sociais
que, com Viviana Bianchi, administradora de empresas, apoiaram
processos de investigação qualitativa; Denise Kuperman, pelo apoio
no desenvolvimento de infográficos e à Santa Composição, pela
longa parceria em design e comunicação com a Move.
o s f o t ó g r a f o sClésio Sabino (fotos da capa, pág 03, 06, 09, 11, 13,
14, 19, 20), Gabriel Oliveira (fotos da equipe Move) e DB, pela
fotografia de bruna Ribeiro.
fa l e c o M a M o V efacebook.com/movesocial
www.movesocial.com.br
Rua Cardoso de Almeida, 2101 - São Paulo - SP
Tel +55 11 3868-4093