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RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES E CONTAS 2015 A Direção

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RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES

E CONTAS 2015

A Direção

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INDICE

CAPÍTULOS

Página

1. Recursos Humanos

3

2. Relações Públicas

8

3. Serviço de Apoio Domiciliário

20

4. Centro de Apoio à Infância e à Juventude

27

5. CAV: Centro de Apoio à Vida - Vigilante Vida

35

6. CAV: Residência Temporária para Mães Adolescentes

48

7. Programa de Apoio à Saúde Escolar

57

8. SOS Associados

59

9. Contas 60

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1. RECURSOS HUMANOS

O Departamento de Recursos Humanos é um dos processos de suporte da Instituição, permitindo gerir todo o pessoal, desde a contratação à gestão de horários, vencimentos e tudo o que daí advém, assim como os recursos independentes, ao nível da prestação de serviços, de forma a possibilitar que a atividade do Vigilante se efetive.

1.1. Quadro de Pessoal (colaboradores dependentes)

O quadro do pessoal dependente (com contrato de trabalho sem termo ou a termo certo/incerto) tem-se mantido estável. No geral, de 2014 para 2015 o número médio de colaboradores manteve-se inalterado, com exceção dos Educadores Sociais em que se efetuou uma redução de 3 para 2 (CAIJU).

Gráfico 1 – Evolução do Quadro de Pessoal entre 2006 e 2015

O gráfico seguinte permite constatar como se repartem os colaboradores dependentes, nas várias áreas de atuação, assim como as oscilações ao longo do ano.

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Gráfico 2 – Distribuição categorias profissionais em 2015 (número médio)

Gráfico 3 – Evolução dos colaboradores por categoria profissional em 2015

As oscilações observadas prendem-se apenas com ausências temporárias de colaboradores (12 por baixa, 5 por licença parental, 1 por licença por casamento) e 6 contratos sem termo terminados (por reforma, por iniciativa do colaborador e por caducidade resultante de impossibilidade absoluta e superveniente). Em alguns dos casos, foi necessário recorrer à contratação a termo certo/incerto (quer para substituições, quer também para fazer face a um acréscimo de trabalho motivado pelo período de férias das equipas).

1.2. Prestadores de Serviços

Os prestadores de serviços apoiam a atividade da Instituição, mantendo plena autonomia técnica, sem estarem sujeitos a ordens, e assim sem se encontrarem inseridos em qualquer estrutura hierárquica, da Instituição.

Ajudante Ação Direta; 24

Técnica Sup.Animação Socio-cultural; 1

Auxiliar de Ação Médica; 4Continu

o; 1

Cozinheira e Ajudante; 2Diretores de

Serviço; 3

Técnica Superior Educação Social; 2

Escriturários; 9Médicos; 2

Psicologos; 2

Rececionistas; 9

Técnica Superior de Serviço Social; 4

Motoristas; 1

Técnica de Serviço Social e Política

Social; 4 TOC; 1

Trabalhadores Auxiliares; 4

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

23 23 23 23 25 24 26 24 25 23 23 23

1 1 1 11 1

11 1

1 1 14 4 4 4

4 44

4 3 4 4 41 1 1 1

1 11

1 1 1 1 12 2 2 22 2

22 2 2 2 2

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33 3 3 3 32 2 2 2

2 22

2 2 2 2 29 9 9 9

9 99

9 9 9 9 92 2 2 2

2 22

2 2 2 2 22 2 2 22 2

22 2 2 2 2

9 9 9 99 8

99 9 9 9 9

4 4 4 44

44

4 4 4 4 41 1 1 11

11

1 1 1 1 14 4 4 44

44

4 4 4 4 41 1 1 11

10

0 0 0 1 14 4 4 44 5 3

3 4 4 4 4

Trabalhadores Auxiliares

TOC

Telefonistas

Motoristas

Técnica Superior deServiço SocialRececionistas

Psicologos

Médicos

Escriturários

Técnica SuperiorEducação SocialDiretores de Serviço

Cozinheira e Ajudante

Continuo

Auxiliar de Ação Médica

Técnica Sup.AnimaçãoSocio-culturalAjudante Ação Direta

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É possível notar uma diminuição crescente, ao longo dos anos, mas que não reglete diferenças muito significativas, nem qualquer tipo de variação nos serviços prestados, aos nossos clientes. Demonstra, no entanto, uma maior estabilidade nos vários prestadores, revelando muitas vezes uma maior disponibilidade horária.

Gráfico 4 – Evolução dos Prestadores de Serviços entre 2006 e 2015

Face ao ano anterior, a diferença de prestadores de serviços é mínima (apenas um prestador a menos, em 2015, relativamente a 2014).

Gráfico 5 – Evolução dos Prestadores de Serviços entre 2006 e 2015

* (Outros – Apoio Jurídico e atividades esporádicas)

120

114

112 112

109108

110109

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2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

0

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100

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2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

30 3026 24

20 21 20 20 21 23

51 5254 56

56 57 56 56 53 51

8 8 8 912 12

11 109 9

9 9 9 8 8 77 7

7 7

5 4 4 4 3 23 3

2 2

11 11 11 1110 9 10 10

10 10

6 4 3 42 3 4 3

3 2Outros *

Cobradores

Telefonistas

Motoristas

Enfermeiras eTécnicas

Especialidades

Clínicos Gerais

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O gráfico seguinte mostra como se repartem os prestadores de serviços por área.

Gráfico 6 – Distribuição dos Prestadores de Serviços em 2015

* (Outros – Apoio Jurídico e atividades esporádicas) Ao longo do ano, de 2015, as oscilações não são significativas, encontrando-se ligadas a períodos de maior ou menor afluência, refletindo essencialmente os períodos de ausência para férias dos vários prestadores.

Gráfico 7 – Evolução Detalhada dos Prestadores de Serviços em 2015

* (Outros – Apoio Jurídico e atividades esporádicas)

Clínicos Gerais; 23

Especialidades; 51

Enfermeiras e Técnicas; 9

Motoristas; 7

Telefonistas; 2

Outros *; 2 Cobradores; 10

0

20

40

60

80

100

120

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

24 24 24 24 23 23 23 23 23 24 22 22

51 52 50 50 53 52 52 51 49 49 50 47

9 9 9 810 9 9 8 10 8 7 8

7 7 7 77 7 7 7 7 7 7 7

2 2 2 22 2 2 2 2 2 2 2

3 3 3 33 2 2 2 2 2 2 2

10 10 10 1010

10 105 10 10 10 10

Cobradores

Outros *

Telefonistas

Motoristas

Enfermeiras eTécnicasEspecialidades

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1.3. Voluntariado

Apesar do voluntariado ter um peso bastante reduzido, em todo o trabalho efetuado na Instituição, é essencial e muito importante.

No CAV foi mantido um trabalho voluntário regular, semanal, que perfez um total de 216 horas, ao longo do ano, apoiando na gestão, organização e distribuição dos bens do Banquinho do Bebé.

No SAD colaboraram, ao longo do ano, 2 voluntárias, quer na preparação e desenvolvimento da atividade Vigi@rtes, quer no apoio a clientes na sua casa em serviços de animação, num total de 25 horas.

Os Corpos Gerentes da Instituição continuam a desenvolver as suas funções de forma voluntária com grande envolvimento e dedicação.

Contámos, ainda, com a colaboração de uma voluntária como Consultora, na parte da organização da Clínica, num total de mais de 400 horas.

1.4. Estágio Curriculares

Decorreram, ao longo do ano 2015, 3 estágios, num total de 810 horas: • 2 estágios curriculares, nos Serviços Administrativos, da Escola Secundária

Padre Alberto Neto, no âmbito do curso profissional de Gestão, num total de 600 horas;

• 1 estágio curricular , nos Serviços Administrativos, da Escola Secundária Padre Alberto Neto, no âmbito do curso profissional de Informática, num total de 210 horas.

1.5. Formação

Foi proporcionada formação profissional interna e externa a 32 colaboradores dependentes, com um total de cerca de 330 horas, em 16 ações de formação com temáticas variadas, conforme a tabela seguinte:

Tabela 1 – Temáticas das Ações de Formação Externas disponibilizadas, aos Colaboradores, em 2015

Ação de Formação Externas

"A Síndrome de Bournout" “Global Leadership Summit 2015” Coesão e Inclusão-Apanha a Onda

Competências de comunicação com crianças jovens Contabilidade - CAIJU

Demências Ergonomia no trabalho Iniciação à Informática Primeiros Socorros

Primeiros Socorros Pediátricos Sessão Esclarecimento sobre o novo CCT

Síndroma do Cuidador I WorkShop "ABC da Sustentabilidade das Organizações Sociais"

Workshop "Envelhecer na Amadora; problema comum; desafio para todos" XXIV Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas

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2. RELAÇÕES PÚBLICAS O Departamento de Relações Públicas visa tratar das questões relacionadas com os associados e quaisquer outros clientes da Associação. 2.1. Movimento de Sócios

O movimento de sócios, com as admissões, reentradas de sócios antigos assim como as desistências, fornece dados importantes, tendo em vista a sustentabilidade da Instituição.

Gráfico 8 – Evolução de Entradas e Reativações de Sócios em 2015

A procura dos serviços, e a adesão aos mesmo, deu-se maioritariamente no início do ano com um decréscimo nos meses do verão, seguindo a tendência dos últimos anos.

Gráfico 9 – Evolução das Entradas de Sócios entre 2010 e 2015

Ao nível de desistências, 2015 apresenta uma evolução irregular, nas saídas de sócios, com picos associados a falta de pagamento das quotizações. Algumas pessoas deixam de pagar as suas quotizações e depois simplesmente desistem, sem muitas vezes regularizar as verbas em atraso.

020406080

100120140160180200

168128 132

101 8258 55 52

78 64 57 60

16

9 14

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12 12 9

129 4 7

020406080

100120140160180200

2010

2011

2012

2013

2014

2015

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Gráfico 10 – Evolução das Saídas de Sócios em 2015

Os picos irregulares, nas saídas de associados, que se podem observar, estão relacionados com desistências administrativas (por falta de pagamento de quotizações) e são similares aos anos transatos.

Gráfico 11 – Evolução das Saídas de Sócios entre 2010 e 2015

Apesar do principal motivo de desistência ser a falta de pagamento das quotizações, que assume um peso de mais de metade do total, outras causas apontadas pelos associados, aquando do cancelamento do seu contrato, prendem-se essencialmente com razões pessoais tais como mudanças de residência, falecimento, internamento em lar e dificuldades financeiras. Acreditamos que a falta de pagamento de quotização se prenderá também com motivos pessoais. Os sócios que desistem são sempre contactados no sentido de se apurar o motivo assim como alguma eventual causa de descontentamento.

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50

100

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80 64 77

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2010

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Gráfico 12 – Motivos das desistências em 2015

Ao compararmos o movimento de sócios (com entradas e saídas) entre 2005 a 2015 observarmos uma ligeira inversão de tendência no tocante às entradas/reentradas de associados, neste último ano. Depois de uma diminuição constante de entradas/reentradas, que vinha a ocorrer desde 2009, é possível constatar, desde 2013, um ligeiro aumento. As desistências têm vindo a decrescer gradualmente, desde 2010, no entanto, no ano de 2015 voltaram a subir ligeiramente.

Gráfico 13 – Evolução das Entradas e Saídas de Sócios entre 2005 e 2015

Em 2015, temos assim, um balanço negativo (-77 associados), com um total de 1165 entradas/reentradas e 1242 saídas.

Não necessitam serviços; 117

Mudança residência; 100

Falecimento; 75

Sem motivo; 85

Queixas dos serviços; 24

Quotas atrasadas; 689

Motivos pessoais; 78

Dificuldades financeiras; 38

Lar; 26

Transitou para outro agregado; 10

0

200

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2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Entradas

Saídas

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Gráfico 14 – Balanço de Entradas e Saídas de Sócios entre 2005 e 2015

2.2. Reclamações

As reclamações representam uma forma de mostrar descontentamento mas são, pela Associação, sempre assumidas como oportunidades de correção, melhoria e conhecimento da expectativa do cliente, assim como da efetiva prestação do nosso serviço.

Continuamos a receber as reclamações formais no Livro de Reclamações, analisadas posteriormente pelas Entidades Competentes (ERS, ISS) assim como as reclamações informais que acompanham também as sugestões e até os louvores.

As reclamações informais decresceram, acompanhando a tendência dos últimos anos e as formais sofreram um ligeiro aumento, mantendo níveis significativamente baixos.

Gráfico 15 – Evolução das reclamações de 2005 a 2015

Ao longo de 2015, foram apresentadas 19 reclamações informais distribuídas de acordo com o gráfico seguinte:

-600

-400

-200

0

200

400

600

800

1000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Balanço

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2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

reclamaçõesinformais

reclamações formais

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Gráfico 16 – Motivos Reclamações Informais em 2015

As reclamações informais, em impresso da Instituição, apresentadas via telefónica (anotadas por um colaborador), por correio eletrónico ou diretamente nos nossos serviços, atingiram o valor mais baixo dos últimos anos (19).

O principal motivo de insatisfação dos clientes é a demora no atendimento telefónico (com 8 reclamações) seguido do atendimento dos médicos. Das 19 reclamações, uma deu origem a desistência. Estes valores são, no entanto, consideravelmente baixos, tendo em conta o número de consultas e atendimentos efetuados pelos nossos serviços.

As reclamações formais, apresentadas no livro de Reclamações aumentaram ligeiramente face ao ano anterior, passando de 6 para 9, um valor, ainda assim, diminuto. Os motivos destas reclamações são os Médicos, o Serviço de Urgências e a Receção. Os motivos das mesmas consistem essencialmente em expectativas diferentes face aos serviços efetivamente prestados (desejar condições diferentes das apresentadas e possibilitadas pela instituição). As reclamações foram, após a devida averiguação, respondidas aos clientes e enviadas para as entidades competentes, tendo-nos sido comunicada, em todas as situações, a decisão do seu arquivamento.

Gráfico 17 – Motivos das Reclamações Formais em 2015

8

5

1

1

1

21

Serviço Urgência

Médicos

Protésico

Receção

Atendimento Telef.ClínicaAtendimento Telef. S.U.

2

1

3

3

Receção

Serviço Urgência Diurna

Médico

Diversos

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2.3. Clínicas: consultas e exames

O ano de 2015 mantém a tendência dos últimos três anos de um aumento gradual de consultas, fruto de um esforço para se alargar a oferta de consultas de Especialidades e garantir horários alargados e completos de consultas de Clínica Geral. Acreditamos que a estabilidade e capacitação da equipa de colaboradores e a estabilidade da equipa de prestadores de serviços, associadas ao alargamento dos acordos médicos, têm também sido fundamentais para se obterem estes resultados, positivos, ainda que de aumento ligeiro.

Gráfico 18 – Evolução das Consultas de 2005 a 2015

Analisando a evolução das consultas resultantes de atos pagos (excluindo as consultas ofertadas no âmbito das valências sociais ou outros), podemos observar um aumento no valor anual, ainda que ligeiro, de 693 consultas.

Gráfico 19 – Evolução das consultas Cobradas de 2005 a 2015

As consultas ofertadas (a sócios e colaboradores no âmbito das regalias ofertadas pela associação) decresceram devido a uma diminuição da sua procura. No entanto, as consultas ofertadas, no âmbito das valências sociais da Instituição, aumentaram demonstrando, por um lado, maior procura, associada ao trabalho social que desenvolvemos, e por outro, o

0

5000

10000

15000

20000

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45000

2005 2007 2009 2011 2013 2015

Evolução Consultas

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

40000

2005 2007 2009 2011 2013 2015

Consultas Pagas

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acompanhamento da procura a nível da disponibilidade quer da Associação quer dos clínicos (nomeadamente ao nível do CAIJU, RTMA e PASE).

Gráfico 20 – Evolução das consultas Ofertadas e Projetos Sociais de 2005 a 2015

Ainda nas consultas das valências sociais, comparativamente com o ano anterior, podemos observar uma diminuição ao nível do PASE assim como da RTMA por decréscimo nos pedidos. No caso do SOS Associados, houve um aumento dos pedidos e da consequente efetivação das consultas inerentes. As consultas aos clientes do CAIJU mantiveram-se quase iguais às do ano anterior.

Gráfico 21 – Evolução das Consultas no âmbito das valências sociais de 2010 a 2015

No que respeita às consultas realizadas e pagas a preço de sócio, não-sócio ou no âmbito dos acordos efetuados (Clínica Geral e Especialidades, excetuando as Consultas de Urgência e os pedidos de Receituário), podemos observar um aumento de 394 consultas, continuando a tendência dos últimos anos.

0

500

1000

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2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Consultas Ofertadas

Consultas ValênciasSociais

0

50

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2010 2011 2012 2013 2014 2015

PASE

CAIJU

RTMA

SOS

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Gráfico 22 – Evolução das Consultas pagas de 2010 a 2015 (excluindo Consultas de Urgência e

pedidos de Receituário)

Os pedidos de receituário também aumentaram, embora de forma muito ténue.

Gráfico 23 – Evolução dos pedidos de receituário de 2010 a 2015

Ao nível das consultas de Urgência (diurnas, prestadas pelos Clínicos que se encontram a fazer Consultas de Clínica Geral de segunda a sexta-feira), podemos observar igualmente um aumento, de cerca de 200 consultas.

Gráfico 24 – Evolução das consultas de urgência diurna na Clínica de 2010 a 2015

25.745

24.098

23.103 23.233

23.786

24.180

21.500

22.000

22.500

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23.500

24.000

24.500

25.000

25.500

26.000

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Sócios; N/S;Seguradoras

6.028

5.886

5.6375.678 5.694

5.720

5.400

5.500

5.600

5.700

5.800

5.900

6.000

6.100

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Receitas

3.5393.275

2.635 2.6352.955

3.188

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

2010 2011 2012 2013 2014 2015

UrgênciasCl.Geral

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Em 2015, as consultas que aumentaram de forma mais significativa, a nível percentual, foram a Neuropsicologia, a Terapia da Fala e a Osteopatia. Sentiu-se uma diminuição drástica nas consultas de Cessação Tabágica. As consultas que tiveram maior peso foram as de Clínica Geral (total de 16 813 consultas), seguidas das de Estomatologia.

Eis a forma como se repartiram as 33.549 consultas pagas, efetuadas em 2015:

Gráfico 25 – Distribuição das várias Especialidades Médicas disponibilizadas aos clientes em 2015 (consultas pagas)

2.4. Serviço de Urgência

O corpo clínico do Serviço de Urgência foi composto por 18 Clínicos Gerais que, ao todo, efetuaram um total de 11.454 consultas, um valor superior ao do ano passado, mantendo-se a tendência e atingindo-se o maior número de consultas efetuadas, neste âmbito, nos últimos 6 anos.

clínica geral; 16813

Neuropediatria; 24

Tabagismo; 0

Med. Tropical; 8Alergologia; 327

Cardiologia; 897

Cirurgia Geral; 129

Oftalmologia; 1087

Estomatologia; 4264

Ortopedia; 561

Otorrinolaringologia; 1221

Pediatria; 727

Dermatologia; 884

Endocrinologia; 356

Ortodontia; 247Gastroenterologia; 217

Ginecologia; 1648

Med.Interna; 130Neurologia; 659

Nutrição; 89

Pedopsiquiatria; 100

Pneumologia; 215

Psicologia; 691

Psiquiatria; 818 Reumatologia; 306

Terapia da Fala; 156

Urologia; 684

Fisioterapia; 139

Osteopatia; 106 Neuro Psicologia; 46

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Gráfico 26 – Evolução anual das consultas do Serviço de Urgência de 2009 a 2015

A evolução anual da procura de consultas do SU é sazonal e continua a ser superior no domicílio do que na clínica.

Gráfico 27 – Evolução mensal das consultas do Serviço de Urgência em 2015

Em termos de faixa etária, a maior incidência, das consultas do SU, mantém-se nas mulheres entre os 18 e os 65 anos.

10.506 10.264 9.682 9.527 9.279

10.012

11.354

0

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4.000

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2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

0

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1800

2000

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Clínica 550 371 309 261 250 215 200 190 252 256 265 302

Domicílio 1448 1003 656 507 595 421 439 404 472 595 596 797

18/66

Gráfico 28 – Consultas do SU, por faixa etária, de 2013 a 2015

No âmbito do Protocolo de Cooperação entre a Instituição e a Câmara Municipal da Amadora - o Projeto 65+ (Linha Municipal de Saúde) - o SU efetuou 158 consultas, mantendo a tendência crescente natural de um protocolo ainda recente.

Gráfico 29 – Evolução das consultas do SU no âmbito do Projeto 65+ entre 2013 e 2015

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

2013 2014 2015

66…

18-65

0-17

2013 2014 2015

65+ 86 119 158

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Tít

ulo

do

Eix

o

65+

19/66

Gráfico 30 – Evolução mensal das consultas do SU no âmbito do Projeto 65+ entre 2013 e 2015

2.5. Divulgação e representação da Instituição, apoios e eventos

A Instituição recebeu, ao longo de 2015, de forma esporádica, apoios de várias empresas e particulares (ex. Grupo Sonae, SIC Esperança), do Banco Alimentar (produtos frescos excedentes) e do Banco de Bens Doados/Entreajuda.

A Instituição esteve representada de forma regular nas reuniões da Junta de Freguesia da Venteira e nas Sessões Plenárias do CLAS (Conselho Local de Ação Social), promovidas pela Câmara Municipal da Amadora e pela Câmara Municipal de Santarém.

Foram mantidos os espaços de divulgação nas Páginas Amarelas – lista e internet, e no Guia de Farmácias. O site da Instituição (www.ovigilante.pt) continua em funcionamento, sendo uma ferramenta essencial quer na divulgação e promoção da Instituição e das notícias, complementado com a presença nas redes sociais através do Facebook.

O trabalho desenvolvido na RTMA foi divulgado em 2015 no canal de televisão TVI, no programa “A Tarde é Sua”, com uma reportagem sobre o tema “Mães Adolescentes”.

0

5

10

15

20

25

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

8

6 6

14

5

11

6

45

7

5

910

6

8

17

11

5

15

10

13 13

7

4

2013

2014

2015

20/66

3. SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO

O Serviço de apoio Domiciliário é uma Resposta Social que é desenvolvida na residência das pessoas que, temporária ou definitivamente necessitam de apoio nas suas atividades básicas e/ou instrumentais da vida diária.

Com um Acordo de Cooperação com o Instituto da Segurança Social para 45 utentes/clientes por mês, o Vigilante desenvolve a sua ação, de acordo com a Legislação em vigor e as orientações técnicas do Instituto da Segurança Social, no concelho da Amadora.

De acordo com os objetivos delineados no Plano de Ação, foram desenvolvidas as atividades seguidamente indicadas, durante o ano de 2015.

3.1. Atividades desenvolvidas em 2015

Tabela 2 – Atividades realizadas na Resposta de Apoio Domiciliário no ano de 2015

AÇÃO OBJETIVOS ATIVIDADES INTERVENIENTES I. Atendimento Prestar as informações

solicitadas e necessárias a todos os utentes/clientes interessados em utilizar o Serviço de Apoio Domiciliário.

Foram atendidos todos os clientes que, presencialmente, ou por telefone, contactaram a Assistente Social para obter informações sobre o Serviço de Apoio Domiciliário; Foram preenchidas 28 fichas de inscrição (Parte A); Após a análise dos critérios definidos para priorização, os candidatos foram inscritos numa lista de espera e foi atribuído um número provisório de inscrição; Após a existência de vaga, foi realizada a Entrevista diagnóstica e feito o preenchimento da ficha de inscrição - Parte B, bem como a aplicação das escalas de avaliação da funcionalidade do utente/cliente.

Assistente Social; Administrativa de Serviço social;

II. Admissão Realizar a admissão de novos clientes até 20 dias após a existência de vaga, assegurando os 45 clientes/mês, de acordo com o protocolo estabelecido com o ISS.

Foram admitidos 11 utentes/clientes. Todos os utentes foram admitidos até 20 dias após a existência de vaga., com uma média de 7 dias.

Assistente Social; Administrativa de Serviço Social;

III. Prestação de cuidados de Apoio Social

Garantir a prestação de, pelo menos 2 serviços básicos de apoio social a 100% dos clientes, de acordo com as suas necessidades/expectativas; Efetuar pelo menos uma visita domiciliária trimestral a cada cliente.

O Serviço de Apoio Domiciliário abrange os seguintes Cuidados e Serviços: - Cuidados de higiene e conforto pessoal; - Higiene habitacional; - Fornecimento e apoio nas refeições; - Tratamento da roupa do uso pessoal do utente; -Atividades de animação e socialização, nomeadamente, animação, lazer, aquisição de bens e de géneros alimentícios, pagamento de serviços e deslocação a entidades da comunidade. A prestação de apenas 2 serviços foi realizada a 18% dos utentes/clientes. A prestação de 3 serviços foi realizada a 41% dos utentes e a 36% foram prestados 4 serviços. A 5% dos utentes foram prestados 5 ou 6 serviços. Foi realizado o acompanhamento social aos utentes, num total de 107 visitas domiciliárias. O objetivo traçado não foi atingido.

Assistente Social; Ajudantes de Ação Direta;

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Tabela 2 – Atividades realizadas na Resposta de Apoio Domiciliário no ano de 2015 (continuação)

AÇÃO OBJETIVOS ATIVIDADES INTERVENIENTES IV. Prestação de cuidados de Saúde

Prestar cuidados de saúde complementares ao Serviço Nacional de Saúde, semanalmente, no domicílio e/ou na Clínica;

Foram efetuadas 137 Consultas de Clínica geral na residência dos utentes e/ou na Clínica e, de acordo com indicação médica, foram ofertadas 6 consultas nas outras especialidades: Dermatologia, Estomatologia, Ginecologia Oftalmologia, Neurologia e Psiquiatria;

O Receituário mensal foi prescrito de acordo com o acompanhamento clínico;

Foram realizadas Análises Clínicas a todos os utentes interessados, bem como a realização de outros exames complementares de diagnóstico, de acordo com o diagnóstico clínico.

Os Cuidados de enfermagem incidiram sobre o controle da diabetes, avaliação da tensão arterial e a Assistência medicamentosa. Neste âmbito, foram preparadas semanalmente 4 caixas de medicação para 4 utentes e realizadas 18 visitas domiciliárias.

Médica de Clínica Geral; Médicos de outras especialidades; Enfermeira;

V. Vigi@rtes Dinamizar atividades lúdicas, socioculturais, de informação e sensibilização, exercícios de mobilidade e outros que, de acordo com os clientes, promovam um estilo de vida mais saudável, com uma periodicidade mensal ou quinzenal e um grau de satisfação geral positivo de pelo menos 95%; Participar nas atividades promovidas pela Junta de Freguesia e Câmara Municipal da Amadora, de acordo com o interesse dos clientes e disponibilidade da equipa.

Foram realizadas 9 atividades com uma frequência média de 9 participantes na Clínica do Vigilante e uma frequência média de 3 participantes nas atividades de exterior. A participação reduzida nas atividades de exterior deve-se às acentuadas dificuldades de mobilidade dos utentes.

Há 2 voluntárias que colaboram ativamente no desenvolvimento das atividades. Foram realizadas 2 atividades com a CMA e Junta de Freguesia da Venteira, nos Recreios da Amadora, para assistir ao Teatro dos Aloés, nos dias 21 de janeiro e 21 de outubro. No Natal foi realizada uma festa nas instalações da Igreja Evangélica Batista, em conjunto com as várias valências sociais. Participaram os colaboradores dos vários serviços do Vigilante e os clientes das valências sociais. O Lar de Infância e Juventude também esteve presente e o espaço tornou-se pequeno para a participação de todos.

Diretora Técnica; Ajudantes de Ação Direta; Técnica Superior de Animação Sociocultural; 2 Voluntárias; J. F. Venteira; CMA; Colaboradores das várias áreas do Vigilante e clientes das valências sociais.

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Tabela 2 – Atividades realizadas na Resposta de Apoio Domiciliário no ano de 2015 (continuação)

AÇÃO OBJETIVOS ATIVIDADES INTERVENIENTES VI. Formação, Supervisão e avaliação

Proporcionar, pelo menos, 2 ações de formação contínua às Ajudantes de Ação Direta e acompanhar regularmente o seu desempenho através de visitas domiciliárias e reuniões semanais para discussão de casos. Realizar, pelo menos 2 reuniões anuais com cada AAD, para avaliação de desempenho; Promover uma atividade anual para fortalecer o espírito de equipa e a relação interpessoal; Participar, pelo menos em 2 congressos sobre gerontologia e/ou liderança.

Foram realizadas 36 reuniões com as Ajudantes de Ação Direta para informações diversas e discussão de casos; As AAD frequentaram as seguintes ações de formação: - Ergonomia no trabalho (1h) – ministrada pela Enfermeira Elisabete Sofia Torres – Enfermeira da Equipa; - Primeiros Socorros. Quedas e feridas – como reagir e que procedimentos seguir; (3h) - Síndrome do cuidador. O cuidador formal (3h). Estas ações foram ministradas no Centro Social da Sagrada Família, Queluz. A Assistente Social e Diretora Técnica da Equipa, frequentou as seguintes ações de formação: - “Coesão e inclusão”, promovido pela UDIPSS – Lisboa, nos dias 28 e 29 de Maio; - “Demências” – promovida pela Casa de Saúde da Idanha, realizada nas instalações da AFID a 30 de outubro; - Sessão de esclarecimento pela UDIPSS sobre o novo CCT publicado no BTE nº 31/2015, de 22 de Agosto, no dia 19 de novembro; -Workshop: “Envelhecer na Amadora: problema comum, desafio para todos, ”ISCSP 11 de dezembro.

Equipa Técnica; Ajudantes de Ação Direta;

VII. Avaliação do grau de satisfação dos clientes

Obter, no mínimo, um grau de satisfação dos clientes, igual ou superior a 90% no total das questões.

Os questionários foram enviados a 35 utentes/clientes que frequentaram a resposta no mês de outubro, com capacidade cognitiva para poder responder ao mesmo. Foram preenchidos e devolvidos 30 questionários até dezembro. Os resultados verificados são de difícil análise, uma vez que houve vários utentes que não responderam a várias questões. Globalmente e nas questões de avaliação do SAD no geral, o grau de satisfação é de 70%. O objetivo traçado não foi atingido. Os resultados encontram-se disponíveis para consulta.

Diretora Técnica Ajudantes de Ação Direta; Administrativa de Serviço Social

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3.2. Apresentação dos dados estatísticos relativos à população abrangida durante o ano de 2015

Gráfico 31 – Número de Clientes por Género, de 2011 a 2015

Durante o ano de 2015 frequentaram a Resposta Social de Apoio Domiciliário 62 utentes, 47 utentes do género feminino e 15 utentes do género masculino. Comparativamente com os anos anteriores, a predominância do género feminino é constante e recorrente.

Gráfico 32 – Número de Clientes por grupo etário em 2015

Tabela 3 - Número de clientes por grupo etário, desde 2011 a 2015.

Ano 2011 2012 2013 2014 2015 Faixa etária M F M F M F M F M F

«45-54 1 1 1 1 3 2 3 3 1 2

55-64 1 1 1 2 1 2 2 3 2 4

65-74 2 4 1 4 1 6 3 5 2 7

75-84 9 21 6 22 6 23 4 16 6 14

85-94 5 21 2 17 3 23 2 16 4 19

» 95 1 1 0 1 0 1 0 1 0 1

Total: 19 49 11 47 14 57 14 44 15 47

0

5

10

15

20

«45-54

55-64

65-74

75-84

85-94

» 95

24

7

14

19

112 2

64

0

Nº clientes

Feminino Masculino

24/66

Os grupos etários que predominam, desde 2011, situam-se entre os 75-84 anos e os 85-94 anos, o que confirma a tendência do envelhecimento da população, quer a nível concelhio, quer a nível nacional (e europeu).

A média etária dos utentes/clientes género feminino é de 79,89 anos e dos utentes/clientes do género masculino é 75,53 anos.

Gráfico 33 – Composição do Agregado Familiar dos Clientes do SAD

Como resultado da faixa etária envelhecida, dos utentes/clientes que beneficiam SAD, constata-se que metade destes vive só (50%). Os que vivem acompanhados vivem com outros familiares (25,8%) ou com o cônjuge (24,2%).

Esta situação também tem sido uma constante ao longo destes cinco anos, como se pode verificar na tabela 4.

Tabela 4 - Número de clientes por agregado familiar, desde 2011 a 2015

Agregado Familiar 2011 2012 2013 2014 2015

vive c/ familiares 17 22 21 16 16

vive c/ conjuge 17 10 17 10 15

vive só 34 26 33 32 31

Os clientes em Serviço de Apoio Domiciliário apresentam algum grau de dependência, sendo que os utentes dependentes e muito dependentes representam 71%, o que implica uma periodicidade diária na prestação dos cuidados e serviços (93,5%), como se pode verificar nos gráficos 34 e 35.

Gráfico 34 – Grau de Dependência dos utentes do SAD

16

15

31

vive c/ outros familiaresvive c/ conjuge

24

20

18

Autónomo Dependente

Muito Dependente Parcialmente Dependente

25/66

Gráfico 35 – Periodicidade da prestação aos Clientes do SAD

Gráfico 36 – Número de utentes de acordo com as novas freguesias do Concelho da Amadora

A maioria dos utentes reside na freguesia da Venteira/Reboleira (64,5%), seguindo-se a Mina d`Água (25,8%). Águas Livres e Falagueira correspondem a 9,7% do total dos utentes/clientes assistidos.

Tabela 5 - Principais patologias dos clientes do SAD, desde 2011 a 2015.

PRINCIPAL PATOLOGIA

2011 Nº clientes

2012 Nº clientes

2013 Nº clientes

2014 Nº clientes

2015 Nº clientes

D. Neurológica 5 7 13 12 18

D. Oncológica 7 4 7 2 5

D. Psiquiátrica 2 3 13 12 9

Diabetes 4 4 7 7 7

D. Osteoarticular 5 5 8 6 6

D. Cardiovascular (HTA)

27 20 17 17 14

D. Respiratória 4 2 2 1 2

Outras 14 13 4 1 1

TOTAL 68 58 71 58 62

46

102 0 4 0 1x/dia

2x/dia3x/dia1x/sem.2x/semana3x/semana

1

5

16

40

Águas Livres

Falagueira

Mina d'Agua

Venteira (Reb.)

26/66

Os utentes/clientes apresentam várias patologias associadas, sendo as principais as doenças cardiovasculares e as doenças do foro neurológico e psiquiátrico. 3.3. Considerações Finais

O envelhecimento gradual da população constitui um desafio para a sociedade em geral, uma vez que diz respeito a todos. Todos devemos empenhar-nos em criar melhores condições para aqueles que vivem connosco e/ou ao nosso lado para que tenhamos uma sociedade inclusiva para todas as idades. As Instituições que trabalham com a população sénior têm igualmente a responsabilidade de responder adequadamente, no sentido de proporcionar uma melhor qualidade de vida aos seus clientes. A Instituição deve continuar a investir na formação dos seus colaboradores e no desenvolvimento de ações e de Programas que combatam o isolamento e a solidão, uma vez que a grande maioria dos clientes vivem sós ou com o cônjuge, também idoso.

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4. CENTRO DE APOIO À INFÂNCIA E À JUVENTUDE 4.1. Introdução

No ano de 2015, o Centro de Apoio à Infância e à Juventude acolheu 21 crianças e jovens provenientes do distrito de Santarém, sendo estes maioritariamente do género masculino e com idades prevalentes entre os 14 e os 18 anos (dados a Dezembro de 2015).

A aplicação de medida de acolhimento residencial no âmbito do Processo de Promoção e Proteção foi solicitada maioritariamente por Tribunais de Família e Menores.

A orientação do trabalho desenvolvido com as crianças e jovens tem por base o Projeto de Vida que é delineado para cada um, procurando integrar as várias dimensões do seu desenvolvimento numa perspetiva biopsicossocial. A elaboração do mesmo é da responsabilidade da equipa técnica multidisciplinar do lar de infância e juventude (LIJ) e é implementado através da articulação entre esta equipa, as Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) e as Equipas Multidisciplinares de Apoio ao Tribunal (EMAT) – equipa da Segurança Social, acolhendo, na medida do possível, a participação de cada criança/jovem e da sua família. Para tal é considerada a situação social, as características individuais, o perfil de interesses e as competências de cada criança/jovem. O objetivo fundamental é a garantia do normal desenvolvimento das crianças/jovens e a melhoria da qualidade de vida, tendo sempre em perspetiva o superior interesse destes nomeadamente, no que diz respeito ao direito a crescerem integrados numa família. O Projeto de Vida procura assim salvaguardar os direitos fundamentais da criança/jovem, no que diz respeito à igualdade de oportunidades na saúde, na educação, na cultura, e no que concerne ao amor e à compreensão por parte dos pais/família e sociedade.

Na concretização do Projeto de Vida de cada criança/jovem, a orientação e desenvolvimento escolar/profissional assume um lugar de destaque pela importância que a aquisição de conhecimentos escolares e de competências para-profissionais, bem como, o desenvolvimento das competências cognitivas que as suportam (raciocínio, compreensão, atenção ao detalhe, etc.), têm enquanto impulsionadoras do sucesso pessoal de cada jovem e da sua integração na sociedade.

Todas as crianças e jovens acolhidos, durante o ano de 2015, frequentaram o ensino básico e secundário, tendo a maioria do grupo obtido aproveitamento escolar.

O apoio à escolarização e ao estudo é uma área de intervenção privilegiada por parte da equipa técnico-educativa, dadas as dificuldades que estes jovens frequentemente apresentam. Tem havido, por isso, um cuidado acrescido na seleção de ofertas educativas/respostas educativas adequadas aos interesses, competências e perfil individual da criança e jovem, uma vez que a integração na comunidade escolar e as aprendizagens daí decorrentes constituem um dos pontos mais importantes no seu processo de desenvolvimento/projeto de vida.

De forma a orientar o percurso educativo de cada criança/jovem, no início do ano letivo, é elaborado um plano de estudo, de acordo com o programa educativo e as necessidades específicas de cada um, o qual funciona como base de trabalho diária para acompanhar e dar suporte à aquisição de competências escolares.

A equipa tem investido na promoção do desenvolvimento das crianças e jovens acolhidos, envolvendo-as na construção do seu projeto de vida, procurando desenvolver a sua projeção no futuro, pela construção e desenvolvimento das competências individuais e sociais na vivência quotidiana.

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No ano de 2015 foi com satisfação que constatámos a concretização de quatro projetos de vida de jovens acolhidos no LIJ. Em resultado, foram acolhidos quatro novos jovens, com os quais se tem vindo a delinear e estruturar o seu projeto de vida.

Uma vez que, a generalidade de saídas destes jovens se deu no final do ano letivo, as novas admissões decorreram durante o período de férias e início do novo ano letivo 2015/2016, constituindo um desafio para a equipa, atendendo a que a fase de integração exige um elevado envolvimento da mesma, no acompanhamento e intervenção junto das novas crianças e jovens e das suas famílias. Nesta fase realiza-se o enquadramento dos jovens na dinâmica relacional do lar e a criação de uma relação de trabalho com estes que propicie o melhor possível o sucesso na reintegração familiar.

Durante o ano de 2015 a equipa dedicou uma atenção particular a cada criança e jovem, apreendendo as especificidades de cada um, procurando deste modo potenciar o seu desenvolvimento e adequar a intervenção a situações mais exigentes.

O desenvolvimento do trabalho com cada criança e jovem assenta na promoção de um ambiente contentor e securizante, onde persiste uma relação baseada em valores de compreensão, amizade, justiça e solidariedade.

4.2. Caraterização dos clientes do LIJ

Durante o ano de 2015, estiveram acolhidos 21 crianças e jovens, sendo 19 do género masculino e 2 do género feminino, predominando o género masculino, conforme indica o gráfico seguinte:

Gráfico 37 - Caraterização dos clientes acolhidos no LIJ em 2015 por Género

As crianças e jovens acolhidos (dados a Dezembro 2015) apresentam idades compreendidas entre os 9 e os 20 anos, como é visível no gráfico abaixo apresentado. Verifica-se um aumento na idade média dos jovens acolhidos, que tende a concentrar-se na adolescência e a ser mais homogêneo no que refere à faixa etária.

Gráfico 38 - Caraterização das crianças e jovens acolhidos no LIJ em 2015 por Faixa Etária

2

19

Feminino

Masculino

0

1

2

3

4

5

9 anos 10anos

13anos

14anos

15anos

16anos

17anos

18anos

20anos

29/66

No início do ano de 2015 estavam acolhidos 17 crianças e jovens, tendo saído 4 jovens no final do ano letivo (conclusão do projeto de vida) e sido novamente acolhidos 4 jovens. Ao longo do ano manteve-se uma média de 17 jovens por mês, estando rentabilizada a capacidade de acolhimento da Instituição.

Gráfico 39 – Evolução mensal do número de crianças e jovens acolhidos no LIJ ao longo do ano de 2015

Os pedidos de acolhimento de crianças e jovens surgem por parte das entidades responsáveis em matéria de Infância e Juventude – Tribunais de Família e Menores e CPCJ em articulação com a Segurança Social. A maioria dos jovens tem medida de Promoção e Proteção aplicada por Tribunais de Família e Menores, tendo sido encaminhados por estes

Gráfico 40 – Entidades de Proveniência dos Processos de Promoção e Proteção das crianças e jovens

que estiveram acolhidos no LIJ no ano de 2015

O trabalho foi desenvolvido com o objetivo de desinstitucionalizar as crianças/jovens, privilegiando o regresso ao meio familiar, meta que se procurou atingir no menor tempo possível.

Relativamente à concretização dos Projetos de Vida, 3 jovens reintegraram a família nuclear e 1 jovem foi transferido para uma resposta de lar com características aproximadas às de lar especializado.

123456789

1011121314151617

Tribunal Família e Menores de Tomar

Tribunal Família e Menores de Vila Franca de…

Tribunal Família e Menores de Santarém

CPCJ de Santarém

CPCJ de Almerim

CPCJ da Golegã

CPCJ de Ourém

CPCJ Benavente

11

1

3

2

1

1

1

1

30/66

Gráfico 41 – Concretização dos Projetos de Vida das crianças e jovens do LIJ em 2015

As crianças/jovens frequentaram estabelecimentos de ensino público e semiprivado (comparticipado pelo estado), tendo obtido aproveitamento positivo 16 jovens que transitaram de ano letivo e 5 jovens ficaram retidos (dois dos jovens que ficaram retidos só foram acolhidos no lar após o termino do ano letivo 2014/2015, sendo que já vinham reprovados à data de admissão, os restantes 3 jovens revelaram elevada instabilidade ao longo do ano não apresentando motivação para as aquisições escolares).

Gráfico 42 – Graus de Ensino frequentados pelas crianças e jovens do LIJ em 2015

4.3. Atividades desenvolvidas

O plano de atividades do CAIJU de 2015 foi elaborado no sentido de dar resposta às diversas necessidades das crianças e jovens acolhidos, diagnosticadas no decorrer dos últimos anos, tendo sido definidos os seguintes objetivos gerais:

• Aumentar as competências pessoais e sociais das crianças/jovens de forma a facilitar a sua integração em contexto familiar e/ou na sociedade;

• Promover o sucesso escolar, a aquisição de competências académicas e a proatividade na construção do conhecimento e do seu percurso profissional;

• Promover a iniciativa, a participação na vida ativa e a cidadania das crianças/jovens; • Desenvolver a automotivação, a autonomia, a persistência e relacionamentos

interpessoais adequados. Paralelamente, as crianças/jovens foram estimulados a desenvolver a sua capacidade de organização e de gestão de recursos, de forma a tornarem-se mais ativos, responsáveis e

3

1

Reintegração Familia Nuclear

Transferência de Instituição

0 1 2 3 4 5

1º Ciclo - Valência Socioeducativa

1º Ciclo - Ensino Regular

2º Ciclo - Ensino Regular

2º Ciclo - Curso Vocacional

3º Ciclo - Ensino Regular

3º Ciclo - Ensino Regular/Curriculo Adaptado

3º Ciclo - PCA

3º Ciclo - CEF

3º Ciclo - Curso Vocacional

3º Ciclo - CRIT

Ensino Secundário

31/66

empreendedores. A estimulação destas competências, que são a base do sucesso e do bem-estar, levou-os a adotar uma atitude mais otimista e motivada perante a escola em particular e na vida em geral.

Depois da fase de deteção das necessidades, reuniram-se as condições para a definição das atividades, que visam a aquisição das competências referidas através da concretização dos seguintes temas: autonomia de vida; relações interpessoais – aquisição de valores e educar para os afetos; desporto e relação dos clientes com a família.

Para criar alguma conformidade na realização das atividades, decidiu-se dar nomes para motivar os clientes ao sucesso das mesmas, assim sendo:

− “Estudar para Crescer” – Estudo Acompanhado − “Estudo Fixe” – Estudo Acompanhado (premiar o bom empenho ao longo do

mês) − “Eu sou capaz de…” – Atividades de vida diária − “Fora do Espaço” – Saídas a espaços exteriores/visitas culturais − “Hortó – CAIJU” – fazer ou tratar da horta − “Mexe-te a 100%” – ida ao ginásio ou atividades desportivas − “Tachó-Mania” – aprender a confecionar refeições − “Tempo para mim” – Dinâmicas de grupo − “Tempo de leitura” - Promover o gosto pela leitura

Destacamos assim algumas atividades que se realizaram no decorrer deste ano. Durante os meses de verão as crianças e jovens frequentaram acampamentos de acordo com as respetivas faixas etárias. Realizaram-se as seguintes atividades: idas às praias nomeadamente à praia fluvial Olhos d’Água e à praia de São Martinho do Porto, a parques de diversão em Santarém, ao Complexo Aquático de Santarém, ao Badoca Safari Park e ao cinema; atividades no estádio do Jamor e de danças de salão e um acampamento na Costa Vicentina.

No final do ano foi organizada a festa de Natal dirigida às crianças/jovens, realizada no dia 18 de dezembro de 2015, onde marcaram presença a equipa de colaboradores e as suas famílias, elementos da Direção da instituição, representantes dos Parceiros Institucionais, assim como alguns amigos d’O Vigilante.

Tabela 6 – Tabela de Ações Desenvolvidas pelo CAIJU no Ano 2015

AÇÃO OBJETIVOS REALIZADOS

ATIVIDADES RESPONSÁVEL

I. Regularizou-se Documentação

Manteve-se a documentação dos clientes atualizada (após a sua admissão e sempre que foi necessário atualizá-la).

Regularização de documentação de 4 clientes nas Entidades Públicas

Assistente Social

II. Prestaram-se cuidados de saúde

Foram assegurados os cuidados de saúde a todos os clientes em acolhimento, tendo em conta as necessidades de cada um;

Despistaram-se doenças; Assegurou-se o plano de vacinação.

Inscrição de 4 clientes no Centro de Saúde da área de residência; Realização de consulta de Clínica Geral, após admissão para os 4 clientes acolhidos com realização de análises e outros exames auxiliares de diagnóstico;

Realização de 216 consultas de Clínica Geral e especialidades abrangendo 20 clientes; Atualização da vacinação dos 20 clientes institucionalizados ao longo do ano de 2015.

Assistente Social; Médicos; Equipa Técnica

32/66

Tabela 6 – Tabela de Ações Desenvolvidas pelo CAIJU no Ano 2015 (continuação)

AÇÃO OBJETIVOS REALIZADOS

ATIVIDADES RESPONSÁVEL

III. Acompanhamento Psicológico

Recolheram-se os dados anamnésicos e identificaram-se problemas com vista a estruturar os planos de intervenção psicológica; Minimizaram-se as consequências psicológicas e promoveu-se a estabilidade emocional e o bem-estar dos clientes; Identificaram-se e adequaram-se as estratégias educativas e de socialização a cada um dos clientes; Prestou-se informação sobre a saúde mental dos clientes às entidades que trabalham em articulação com o LIJ nos seus projetos de vida; Construíram-se estratégias de trabalho conjuntas;

Generalizaram-se estratégias de intervenção adequadas a cada cliente; Promoveu-se a integração afetivo-emocional dos clientes; Promoveu-se a identificação das dificuldades afetivo-emocionais e da comunicação junto das famílias; Elaborou-se o projeto de vida mais adequado ao desenvolvimento de cada cliente; Minimizaram-se / ultrapassaram-se conflitos em que os clientes estiveram envolvidos.

Realização de avaliação psicológica de 3 clientes acolhidos; Realização de intervenção psicológica com os clientes acolhidos que evidenciarem perturbações ao nível emocional, comportamental, social/familiar e de desenvolvimento (73 consultas internas de psicologia e 22 consultas externas de psicologia realizadas consoante as necessidades dos clientes). Realizaram-se contactos/reuniões de articulação com as instituições educativas e profissionais (mensalmente e/ou quando for necessário): Elaboração de relatórios trimestrais/semestrais (consoante necessidade identificada). Realizaram-se 19 reuniões de articulação com as equipas de Saúde Mental que acompanham os clientes do LIJ;

Apresentação e reflexão relativa à dinâmica psicológica dos clientes, junto da Equipa Técnica, Educativa e de Apoio (em 45 reuniões de equipa técnica); Foram realizados 4 processos de saída de clientes e 4 processos de acolhimento de clientes; Realização de comunicação terapêutica com as famílias dos clientes; Realizaram-se 49 reuniões de equipa técnica com partilha de elementos do diagnóstico e do prognóstico da evolução psicológica; Intervenção terapêutica com os clientes em articulação com a equipa (em situações emergentes)

Psicóloga

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Tabela 6 – Tabela de Ações Desenvolvidas pelo CAIJU no Ano 2015 (continuação)

AÇÃO OBJETIVOS REALIZADOS

ATIVIDADES RESPONSÁVEL

IV. Formação escolar

Integraram-se os clientes nos estabelecimentos de ensino; Possibilitou-se a aquisição de competências/grau académico.

Realizaram-se 21 matrículas dos clientes nos diferentes estabelecimentos de ensino adequados às suas idades, tendo os mesmos frequentado a escola assiduamente com aproveitamento.

Assistente Social

V. Apoio escolar Despistaram-se as dificuldades individuais de cada cliente e criou-se um plano individual de estudo; Facilitou-se a aquisição de competências escolares.

Realizaram-se 21 planos de estudo adequados às necessidades individuais de cada cliente; Promoveu-se a realização de 1 plano de estudo individual e pessoal no âmbito de promoção de autonomia em 1 jovem; Foi efetuado acompanhamento psicopedagógico diário a 17 clientes.

Educadoras Sociais

VI. Aquisição de competências

Sensibilizou-se para a importância da organização dos próprios recursos pessoais e sociais; Promoveram-se competências de autonomia de vida.

Dinamização de 47 ações de sensibilização com os clientes; Execução de tarefas para a autonomia de vida (diariamente/365 dias).

Equipa Técnica Equipa Educativa

VII. Acompanhamento Psicossocial

Envolveu-se as famílias no Projeto de Vida dos clientes com vista à sua concretização; Promoveu-se competências parentais/familiares; Adequou-se condições para a reintegração familiar.

Realizaram-se 75 atendimentos Psicossociais de famílias; Foram elaborados relatórios para as Equipas responsáveis pelo acompanhamento dos processos (Tribunais, CPCJ, IPSS) trimestrais/semestrais (consoante as necessidades identificadas) Realizaram-se 35 visitas domiciliárias, para avaliação das condições de vida e de habitação das famílias/intervenção social; Promoveram-se 476 contactos/visitas no LIJ entre crianças/jovens e a sua família;

Assistente Social; Gestor de caso dos clientes (Equipa Técnica)

VIII. Melhoria da comunicação

Criaram-se espaços de partilha que promoveram o diálogo entre os clientes e a equipa do LIJ.

Promoveram-se 2 momentos de diálogos em grupo

Equipa Técnica

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Tabela 6 – Tabela de Ações Desenvolvidas pelo CAIJU no Ano 2015 (continuação)

AÇÃO OBJETIVOS REALIZADOS

ATIVIDADES RESPONSÁVEL

IX. Formação e Supervisão da Equipa

Realizaram-se ações de supervisão com vista a uma intervenção terapêutico-educativa; Proporcionou-se espaços de diálogo entre os elementos da Equipa, para avaliar as diferentes situações, delinear objetivos e encontrar estratégias de intervenção para colmatar os problemas.

Realizaram-se 12 reuniões de Supervisão de Equipa; Realização de 3 reuniões entre Equipa Técnica e Equipa Educativa; Realizaram-se 45 reuniões de Equipa Técnica (1 reunião semanal);

Supervisor Diretora Técnica Equipa Técnica

X. Atividades Lúdicas e Expressivas

Desenvolveram-se competências artístico-culturais e promoveu-se a criatividade dos clientes; Proporcionou-se a aquisição de competências relacionais e de valores éticos e morais; Criou-se atividades de ocupação dos tempos livres Promoveu-se um desenvolvimento saudável.

Realizaram-se 25 atividades de Expressão Plástica; Realizaram-se 2 dinâmicas de grupo Realizaram-se 8 visitas socio-culturais (no período de férias letivas)

Educadoras Sociais

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5. CAV: CENTRO DE APOIO À VIDA - VIGILANTE VIDA

5.1 Nota Introdutória

O presente relatório visa realizar um balanço das atividades desenvolvidas na valência de atendimento / acompanhamento do Centro de Apoio à Vida, no decorrer do ano de 2015.

O Centro de Apoio à Vida compreende um Gabinete de Apoio à Vida - Vigilante Vida, (valência de Atendimento / Acompanhamento) e uma Residência Temporária de Mães Adolescentes (valência de Acolhimento). Para o Vigilante - Vida estão definidos os seguintes objetivos:

� Dar resposta a grávidas ou mães, no sentido de as apoiar, acompanhar, informar e/ou encaminhar para instituições especializadas;

� Proporcionar acompanhamento social e psicológico;

� Desenvolver ações de formação/sensibilização na área dos cuidados materno-infantis, nomeadamente, Aconselhamento em Aleitamento Materno, Cuidados Básicos ao Recém-Nascido, Introdução de Alimentos Sólidos no 1º Ano de Vida e Prevenção de Acidentes Domésticos com bebés;

� Promover a integração / formação profissional, auxiliando ao nível de técnicas de procura de emprego e elaboração do Currículo Vitae; � Disponibilizar bens materiais, e produtos alimentares, sempre que se considere essencial para a mãe e/ou bebé;

O CAV é assegurado pelas quotas dos associados da Associação de Socorros Médicos “O Vigilante”, pelos donativos e géneros ofertados pelos associados ou outros.

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5.2 Atividades desenvolvidas no CAV – Vigilante Vida

A seguinte tabela é representativa das ações / atividades realizadas no CAV, no ano de 2015, tendo por base os objetivos definidos no Plano de Atividades para o respetivo ano.

Tabela 7 – Ações desenvolvidas pelo CAV – Vigilante Vida em 2015

AÇÕES OBJETIVOS ATIVIDADES RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

I - Candidatura

� Efetuar uma triagem e avaliação social das candidaturas e prestar informação acerca do funcionamento do CAV a todos os clientes interessados

Em 2015 realizaram-se 57 triagens e avaliações sociais onde se preencheu a Ficha de Inscrição – Parte A e se prestaram e clarificaram informações aos clientes, acerca dos objetivos e funcionamento do CAV. Dessas triagens sociais, 5 candidaturas não foram aceites por diversos motivos, nomeadamente: beneficiarem de acompanhamento social em outra Instituição com os mesmos objetivos (2); não terem apresentado a documentação comprovativa da sua situação social atualizada (2) e apresentarem residência fora do Concelho da Amadora (1).

Assistente Social

II - Admissão

� Admitir num período de 30 dias todos os clientes com pontuação igual ou acima dos 40

Foram admitidas 52 candidaturas por corresponderem aos critérios de admissão/seleção definidos no CAV (preenchimento da Ficha de Inscrição – Parte B), tendo sido priorizadas e integradas na Lista de Espera.

As 2 clientes que obtiveram pontuação igual ou superior a 40 foram admitidas no período definido de 30 dias, por se considerar situação prioritária.

Assistente Social

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Tabela 7 – Ações desenvolvidas pelo CAV – Vigilante Vida em 2015 (continuação)

AÇÕES OBJETIVOS ATIVIDADES RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

III -

Acompanhamento Psicossocial

� Acompanhar pelo menos 30 processos sociais mensalmente � Conhecer e intervir no contexto habitacional / familiar

Ao longo do ano, foram acompanhados 48 agregados familiares ao nível social. As restantes 4 candidaturas inicialmente admitidas acabaram por não ser acompanhadas pelos seguintes motivos: - Impossibilidade de se contactar telefonicamente as clientes (2); - Conhecimento de que as clientes já estariam a beneficiar de acompanhamento social noutra Instituição, pelo que, em conjunto com as Técnicas da mesma e com próprias clientes se decidiu que deveriam continuar na Instituição inicial (2); Foram sempre acompanhados acima de 30 clientes mensalmente, numa média de 32 clientes por mês. Foram elaborados Contratos de Prestação de Serviços e definidos Planos de Acompanhamento Individual em conjunto com as clientes; Foram realizadas 35 visitas domiciliárias com o objetivo de conhecer / acompanhar as condições de habitabilidade, condições de higiene e restantes elementos do agregado familiar de modo a facilitar a intervenção social; Encaminharam-se diversas clientes para inscrição dos seus bebés em Equipamentos de Infância e em Amas da Segurança Social. Nos casos sociais considerados mais vulneráveis, a Equipa Técnica estabeleceu contacto telefónico e / ou reforçou o pedido de integração dos menores anexando uma breve Informação Social acerca da situação socioeconómica da família; Realizou-se um trabalho em articulação com o ISS, CPCJ da Amadora, com IPSS dentro e fora do Concelho, com Estabelecimentos de Ensino / Formação, com Serviços de Saúde, com o IEFP, com GIP’s, Cruz Vermelha, Santa Casa da Misericórdia, Câmara Municipal da Amadora, Juntas de Freguesia e Serviços de Apoio ao Imigrante, sempre que se revelou necessário e de acordo com as necessidades de cada agregado familiar;

Assistente Social

Psicóloga

Técnica de Animação Sociocultural

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Tabela 7 – Ações desenvolvidas pelo CAV – Vigilante Vida em 2015 (continuação)

AÇÕES OBJETIVOS ATIVIDADES RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

III -

Acompanhamento Psicossocial (continuação)

Ao nível da consulta de Psicologia: - Avaliar necessidades; - Definir objetivos de intervenção; - Intervir; - Dar feedback; - Elaborar relatórios.

- 128 Clientes beneficiaram do Serviço de Psicologia, nomeadamente: - Triagem psicológica; - Consulta Psicologia; - Aconselhamento psicológico; - Avaliação psicológica de crianças; - Encaminhamento para outros equipamentos de Psicologia.

Psicóloga

IV - Prevenção Saúde Materno-

Infantil

� Promover condutas para a saúde materno-infantil a todas as clientes

Efetuou-se um controlo, através do livro de saúde do bebé, do cumprimento das consultas agendadas bem como do plano de vacinação, sendo solicitado à cliente a apresentação do livro de saúde em cada atendimento social; Alertou-se individualmente para a importância de realizar a consulta de Revisão Pós-Parto e sensibilizou-se para a necessidade de marcar consultas de Planeamento Familiar; Ofertaram-se 2 consultas, uma de Clínica Geral e outra de Dermatologia a uma família carenciada do CAV. Em ambas as consultas, também se apoiou com a respetiva medicação. Acompanharam-se 2 famílias às Consultas no Centro de Saúde com os respetivos bebés por apresentarem dificuldades na língua e compreensão das recomendações médicas. A articulação com o Serviço Social do Hospital Fenando Fonseca e com os Centros de Saúde, particularmente com o da Venda-Nova, tem funcionado de uma forma muito célere e positiva, pelo que, foram efetuados diversos contactos quer telefonicamente, por email e até presencialmente, no sentido de se sinalizar e articular casos sociais mais alarmantes;

Assistente Social

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Tabela 7 – Ações desenvolvidas pelo CAV – Vigilante Vida em 2015 (continuação)

AÇÕES OBJETIVOS ATIVIDADES RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

V - Integração / Formação Profissional

� Apoiar a integração no mercado de trabalho ou Formação Profissional a todas as clientes interessadas

Elaborou-se o Curriculum Vitae conjuntamente com as clientes interessadas, criaram-se contas de email e realizou-se procura ativa de trabalho regularmente, disponibilizando, a Internet, o telefone e jornais (sempre que possível) para a respetiva procura de emprego e marcação de entrevistas de trabalho;

Encaminharam-se clientes para o Instituto de Emprego e Formação Profissional da Amadora e para Gabinetes de Inserção Profissional;

Contatou-se telefonicamente Escolas Profissionais e Centros de Formação da Amadora a fim de recolher informações acerca dos Cursos e/ Formações em funcionamento, bem como condições de acesso. Foram encaminhadas todas as clientes interessadas.

Assistente Social

VI - Ações de Formação / Informação

� Realizar até ao final de 2015, 2 ações de formação para aquisição de competências-chave para o Emprego � Realizar até ao final de 2015, 2 ações de formação para a promoção de competências maternas

Foi realizada 1 Ação de Formação na área do Emprego visando equipar com competências-chave para o Emprego (Técnicas de procura de Emprego; Como responder a anúncios de Emprego; Preparação para a entrevista de Emprego; etc.) A 2ª Ação de Formação prevista, não foi realizada por falta de disponibilidades das Técnicas (envolvimento noutras atividades); Realizaram-se 2 Ações de Formação sobre Cuidados ao Recém-Nascido com parte teórica e prática (Cuidados de Higiene e Saúde, Aleitamento Materno e Introdução de Alimentos Sólidos no 1º ano de vida) com o objetivo de fortalecer as competências já adquiridas e desenvolver as eventualmente deficitárias; Num dos casos acompanhados, a Equipa chegou mesmo a acompanhar a mãe nas compras ao supermercado e ensinou a confecionar a papa e a sopa para o bebé, no domicílio; Sensibilizou-se individualmente (em atendimento social) e em grupo, as clientes para os benefícios e vantagens do aleitamento materno;

Assistente Social

Psicóloga

Assistente Social Técnica Superior de

Animação Sociocultural

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Tabela 7 – Ações desenvolvidas pelo CAV – Vigilante Vida em 2015 (continuação)

AÇÕES OBJETIVOS ATIVIDADES RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

VII - Apoio material

� Prestar apoio material mensalmente

Apoiaram-se 12 grávidas ao nível do enxoval para o bebé; Foram distribuídos semanalmente bens materiais (fraldas, vestuário e artigos de puericultura) e alimentares com o objetivo de colmatar as necessidades básicas dos agregados familiares; Distribuíram-se 4 cabazes alimentares no âmbito do Programa FEAC em situação de grande carência alimentar;

Assistente Social

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5.3 Intervenção e Capacidade da Resposta Social em 2015

No ano de 2015 foram acompanhados ao nível social 48 agregados familiares, sendo que alguns dos processos, foram cessados no decorrer do ano, por diversos motivos, nomeadamente:

- 8 Clientes atingiram os objetivos contemplados no Plano de Acompanhamento Individual (PAI): aquisição de competências maternas e pessoais, maior autonomia, estabilidade emocional, integração profissional, frequência em Curso/Formação, etc.;

-13 Clientes deixaram de comparecer no início ou ao longo do acompanhamento social e/ou psicológico sem qualquer justificação. Nos casos considerados mais inquietantes, a Equipa Técnica tentou retomar contacto com a cliente e/ou sinalizou a situação a outras Entidades com maior competência em infância e juventude. Quando tal não se verificou, e ultrapassados os 15 dias previstos no Manual da Qualidade, sem que tenha existido da parte da cliente uma nova tentativa de contacto, o processo foi encerrado.

- 4 Clientes não cumpriram os objetivos com os quais se comprometeram, definidos no Plano de Acompanhamento Individual (PAI): pouca motivação para se envolverem no seu processo de mudança recorrendo ao CAV somente pelo apoio material; prestaram falsas declarações nomeadamente no que respeita à zona de residência ou aos rendimentos do agregado familiar.

- 23 Clientes continuam a beneficiar de acompanhamento social e/ou psicológico no ano corrente.

Em 2015, mantivemos Lista de Espera ao longo de todo o ano, sendo que, o número médio de dias de espera dos clientes foi cerca de 30 dias, exceto nos casos considerados prioritários (segundo os critérios de avaliação e priorização de candidaturas) em que se marcou início de acompanhamento social com a maior brevidade possível.

Foi elaborado um folheto informativo do CAV para ser distribuído às clientes aquando da admissão na valência, onde consta o objetivos geral, a população-alvo, os direitos e deveres das clientes, os objetivos e áreas de intervenção social e o período de acompanhamento. Este folheto surgiu da necessidade de desmistificar o apoio do CAV como sendo somente um apoio material, sendo que muitas das clientes revelaram desconhecer por completo todas as áreas de acompanhamento efetuado na valência em questão. Depois, o facto de ficarem com esta informação escrita e não apenas oralmente, também tem sido muito positivo.

Em 2015, o CAV voltou a candidatar-se ao programa FEAC – Fundo Europeu de Auxílio aos Carenciados como entidade mediadora, com o intuito de atenuar necessidades ao nível alimentar sentidas por alguns agregados familiares. Foram selecionadas e inscritas 5 famílias inicialmente, embora apenas 4 famílias tenham beneficiado de produtos alimentardes distribuídos pelo Vigilante (a 5ª família recebeu os produtos alimentares através de outra Instituição).

Em Dezembro de 2015, foi possível pela primeira vez, realizar-se uma Festa de Natal para os clientes de todas as valências sociais do Vigilante, graças à disponibilização das instalações para o efeito, por parte da Igreja Batista da Amadora. Observou-se que os clientes interagiram entre si, proporcionando desta forma o contacto, o conhecimento e o convívio entre si e igualmente do trabalho desenvolvido pelo Vigilante nas suas várias vertentes sociais. Apesar da equipa técnica esperar obter um maior número de clientes presentes, por parte do CAV, é de realçar o feedback bastante positivo, por parte de todas as clientes que participaram. Desta forma prevê-se repetir o evento, nestes moldes, em anos futuros, caso se consigam as instalações para tal.

42/66

5.4 Caracterização Socioeconómica das Clientes acompanhadas

Neste capítulo será apresentada uma Caracterização Socioeconómica das clientes, acompanhadas no CAV, no decorrer do ano de 2015, ao nível da Faixa Etária, da Nacionalidade e do Estado Civil, das Habilitações Literárias, da Situação Profissional, da Tipologia Familiar, do Número de Filhos por Agregado Familiar, do Planeamento da Gravidez, da Forma de Encaminhamento para o Serviço e do Motivo pelo qual recorreram ao CAV.

Gráfico 43 – Faixa Etária das Clientes do Vigilante Vida em 2015

Analisando o gráfico 43, referente à faixa etária das, clientes do CAV 2015, verifica-se que o número de clientes, distribuído pelas diferentes faixas etárias, é muito equilibrado. Entre os 18-24 anos acompanharam-se 14 clientes, entre os 25-29 anos apoiaram-se 16 clientes e entre os 30 – 39 anos, 17 clientes. Com 40 anos ou mais, apoiou-se apenas 1 cliente.

Gráfico 44 – Nacionalidade das Clientes do Vigilante Vida em 2015

No que concerne à nacionalidade, das Clientes do CAV 2015 (gráfico 44), ao contrário do que vem sendo habitual, acompanhou-se maioritariamente pessoas de nacionalidade portuguesa (28 clientes). Quando apresentam uma nacionalidade estrangeira estas são oriundas principalmente dos PALOP, nomeadamente da Guiné (8), de Cabo Verde (6), de São Tomé (3) e de Angola (1). Foram acompanhadas 2 clientes do Brasil.

Gráfico 45 – Estado Civil das Clientes do Vigilante Vida em 2015

14

16

17

1

18-24

25-29

30-39

40 >

286

8

31 2 Portuguesa

Caboverdiana

Guineense

Santomense

Angolana

Brasileira

21

9

17

1

0

5

10

15

20

25

Solteira Casada União deFacto

Separada

43/66

Observando o gráfico 45, relativamente ao Estado Civil, das clientes do CAV em 2015, constata-se que 21 clientes declararam ser solteiras, 17 clientes referiram viver em união de facto, 9 clientes são casadas e apenas 1 se encontrava separada do seu marido (em processo de divórcio).

Gráfico 46 – Habilitações Literárias das Clientes do Vigilante Vida em 2015

Relativamente às Habilitações Literárias, das clientes do CAV 2015, e à semelhança dos anos anteriores, continuam-se a verificar baixos níveis de escolaridade, predominando as que possuíam o 3º ciclo (16 clientes). Com o 2º Ciclo completo foram acompanhadas 14 clientes, 12 concluíram o Ensino Secundário e 5 clientes completaram apenas o 1º ciclo. Apenas 1 cliente referiu não ter frequentado Ensino Escolar (sabendo apenas assinar o seu nome).

Gráfico 47 – Situação Profissional das Clientes do Vigilante Vida em 2015

Relativamente à situação profissional, das clientes do CAV 2015, continuamos a observar uma situação de desemprego bastante acentuada, sendo que 40 destas não exerciam qualquer atividade profissional, 6 encontravam-se profissionalmente integradas (embora em alguns casos em trabalhos precários, sem contratos de trabalho e com vencimentos muito reduzidos) e 2 ainda se encontravam a estudar.

Gráfico 48 – Tipologia Familiar das Clientes do Vigilante Vida em 2015

1

5

14

16

12

Semhabilitações

1º ciclo

2º ciclo

3º ciclo

EnsinoSecundário

010203040

6

40

2

0 5 10 15 20

Nuclear

Monoparental

Alargada

Reconstruída

19

6

18

5

44/66

Analisando o gráfico 48, relativo à tipologia familiar, das clientes CAV 2015, 19 residiam com o companheiro e pai do(s) filho(s), 18 coabitavam com a família alargada (pais, irmãos, tios, etc.), 6 pertenciam a famílias monoparentais, e 5 pertenciam a famílias reconstruídas, onde existe uma nova união conjugal com descendentes de relações anteriores.

Gráfico 49 – Nº de filhos por Agregado Familiar das Clientes do Vigilante Vida em 2015

Quanto ao nº de filhos por agregado familiar (gráfico 49), 22 das clientes que recorreram ao CAV 2015 tinham apenas 1 filho, 12 clientes já tinham 2 filhos e 11 clientes eram mães de 3 filhos. Com 4 filhos ou mais acompanharam-se 3 clientes (4, 5 e 6 filhos respetivamente).

Gráfico 50 – Planeamento da Gravidez das Clientes do Vigilante Vida em 2015

O planeamento da gravidez, em 2015 (gráfico 50), continua a ser uma área muito sensível, principalmente devido a questões culturais e religiosas. Assim, 42 das clientes, acompanhadas no decorrer do ano, referiram não ter planeado a gravidez e apenas 6 afirmaram ter feito um planeamento da mesma.

Gráfico 51 – Encaminhamento das Clientes para o Vigilante Vida em 2015

22

12

11

31

2

3

4 >

0

10

20

30

40

50

Sim Não

6

42

14

23

7 3

1Amigos /conhecidos

Técnicos

Familiares

Ex-clientes

Ouviu falar

45/66

No que se refere à forma de encaminhamento para o CAV em 2015 (gráfico 51), a maior parte das clientes (23) refere ter sido encaminhada por técnicos de outras Instituições, 14 clientes referiram ter tido conhecimento através de amigos ou conhecidos, 7 clientes referiram ter sido informadas por familiares, 3 clientes já conheciam a resposta social (por terem beneficiado da mesma previamente) e apenas 1 das clientes referiu ter ouvido falar (enquanto aguardava na sala de espera do Centro de Saúde).

Gráfico 52 – Motivo de Contacto do Vigilante Vida em 2015

Por fim, analisando os motivos de contacto do CAV, por parte das clientes, em 2015 (gráfico 52), 45 referiram o apoio material (fraldas e vestuário para os bebés) como motivo primordial, 2 indicaram o apoio alimentar como principal necessidade e apenas 1 cliente solicitou apoio para frequentar curso / formação profissional.

5.5 Considerações Finais

Ao realizar-se um balanço das atividades desenvolvidas, ao longo do ano 2015, concluiu-se que os objetivos de intervenção, aos quais a Equipa Técnica se propôs, foram consideravelmente atingidos.

O número de clientes que recorreu ao CAV, no ano de 2015, foi muito semelhante ao ano transato, continuando, no entanto, a observar-se um número significativo de desistências no início ou no decorrer do acompanhamento psicossocial. Esta situação poderá ser explicada por: i) expectativas erradas acerca do serviço social do CAV, isto é, muitos agregados familiares procuram a nossa resposta somente para poderem beneficiar de leite e fraldas para os bebés; ii) a Equipa Técnica tem desenvolvido esforços para que cada agregado familiar estabeleça um compromisso com o CAV, envolvendo cada cliente no seu próprio processo de mudança e simultaneamente descentrando-se o apoio material do CAV como o serviço principal, iii) o passa a palavra entre as clientes, do tipo de acompanhamento psicossocial realizado no CAV, fazendo com que, apenas quem recorra ao nosso serviço, o faça porque realmente está interessado em ser acompanhado/apoiado numa mudança e organização de vida.

Contudo, o ligeiro decréscimo, no número de acompanhamentos sociais possibilitou um acompanhamento mais aprofundado e alargado aos agregados familiares que realmente se propuseram a tal.

Nos casos considerados preocupantes, as técnicas tentaram estabelecer novamente contacto (via telefónica ou por visita domiciliária) para tentar aferir o motivo da ausência. Quando tal não é possível, a equipa técnica sinalizou os casos que considerou mais prementes, às entidades competentes, sempre que se revelou ser fundamental.

Muitas destas clientes chegam até nós focadas no apoio material, e, o que a equipa técnica acabou por diagnosticar foi que as suas reais necessidades ultrapassavam amplamente esta

0 20 40 60

Apoio material

Apoio Curso

Apoio Alimentar

45

1

2

Série1

46/66

dimensão. Assim foi definido, de seguida, um Plano de Acompanhamento Individual (PAI), com cada cliente, onde são consideradas outras áreas de intervenção fundamentais para existência efetiva de mudança nas suas próprias vidas.

Este trabalho tem evidenciado fortes fragilidades, uma vez que, a Equipa Técnica tem verificado que, as clientes conhecem os múltiplos equipamentos sociais, o que cada um destes equipamentos fornece em termos materiais, e, portanto, vão recorrendo em primeira instância a todos os que lhes fornecerem o apoio material.

Sem educar, formar, desenvolver e capacitar, as problemáticas mantém-se, e, os recursos materiais existentes tornam-se cada vez mais escassos para o número cada vez mais crescente de pessoas em situação de enorme carência face à crise económica que assola o nosso país.

A comunicação e a articulação com os técnicos de outros equipamentos sociais, é fundamental, por forma a não se multiplicarem apoios materiais em simultâneo e se conseguir potencializar o desenvolvimento do PAI, com cada cliente. No ano passado, aumentou o número de clientes que recorreram ao CAV, encaminhados por técnicos de outras Instituições, nomeadamente do Hospital Fernando da Fonseca, com quem se tem conseguido estabelecer um trabalho de parceria muito próximo e eficiente. O facto de se dar a conhecer o trabalho do CAV como não sendo apenas um “apoio material”, mas sim um trabalho mais abrangente que tem como objetivo a mudança e organização pessoal, profissional e social tem contribuído para tal. Por vezes, foi mesmo necessário esclarecer esta questão, junto de determinados técnico. Ao nível da rede de suporte, muitas das vezes, as clientes do CAV não têm uma rede de apoio consistente e os apoios sociais são insuficientes para dar resposta às necessidades. Procura-se capacitar estas Mães com “novos” recursos que permitam uma maternidade mais eficaz, através de estratégias de educação e inserção social e profissional, acompanhando estas mamãs nas suas necessidades e nas suas conquistas, para que sintam no CAV um local de confiança e segurança a que possam recorrer nos momentos difíceis e de insegurança, e, também, nos momentos de conquistas pessoais, familiares e profissionais. Ainda assim, o apoio fica aquém das necessidades destas famílias, cujo isolamento social geralmente está presente versus não têm com quem deixar os filhos para ir por exemplo, a uma entrevista de trabalho, ou trabalhar em horários rotativos. A questão da integração dos menores em Equipamentos de Infância (nº vagas limitadas, prazos de inscrição específicos, documentação, etc.) é um dos principais obstáculos sentidos pela equipa técnica em conjunto com as mães, inviabilizando por vezes, a possibilidade de procura de emprego ativa e aceitação de um posto de trabalho.

Outros dos constrangimentos sentidos na nossa intervenção, continuam a ser principalmente ao nível de valores e costumes enraizados difíceis de trabalhar (questões relacionadas com o planeamento familiar e utilização de métodos contracetivos, o papel da mulher na sociedade, etc.), dificuldade em integração no mercado de trabalho aliada ao baixo nível de escolaridade e formação das clientes, o facto de algumas clientes estrangeiras não dominarem a língua portuguesa, falta de recursos e respostas sociais imediatas, etc. Continuamos a sentir, muitas das vezes, dificuldade em corresponder às necessidades materiais das mães, nomeadamente ao nível de vestuário para os bebés e artigos de puericultura, que se deve também a uma diminuição significativa de doações por parte da comunidade à Instituição.

Uma das grandes potencialidades do CAV continua a ser a realização de ações de formação e sensibilização (individuais e em grupo) quer ao nível das competências maternas (Cuidados Básicos ao Recém-Nascido, quer ao nível das competências para o Emprego, pois trabalha-se a prevenção de situações de negligência, promove-se e capacita-se para a

47/66

autonomia financeira e atenuam-se situações de grave isolamento social de algumas clientes.

Apesar de todas as dificuldades e constrangimentos acima referidos, o CAV tem sido um projeto bastante válido e positivo, acessível a todas as mulheres que em determinada altura das suas vidas se veem confrontadas com situações de extrema vulnerabilidade social e procuram uma resposta adequada e imediata.

O nosso compromisso é e continuará a ser, no sentido de apoiar / acompanhar na (re)organização aos vários níveis de uma maneira mais célere e eficaz, envolvendo sempre a cliente no seu próprio projeto de vida.

48/66

6. CAV: RESIDÊNCIA TEMPORÁRIA PARA MÃES ADOLESCENTES

6.1 Nota Introdutória

Na Residência Temporária para Mães Adolescentes (RTMA), sita no bairro Casal do Silva – Falagueira, desenvolveu-se durante o ano de 2015 um projeto educativo, num ambiente agradável. A RTMA em imagens:

Imagem 1 – Instalações da RTMA

Entrada da RTMA.

Espaço Infantil

Quarto Azul

(A RTMA tem quatro quartos).

Cozinha

WC

A RTMA tem duas WC’s

49/66

Imagem 1 – Instalações da RTMA (continuação)

Sala

Lavandaria

Durante o ano de 2015 as atividades desenvolvidas na RTMA consideraram os objetivos descritos no Plano de Atividades 2015 e Plano de Desenvolvimento Individual de cada jovem mãe acolhida.

Tal como em anos anteriores, procurou-se durante o ano de 2015: - Desenvolver ações e atividades diárias muito direcionadas à promoção e desenvolvimento de competências básicas de vida; - Motivar os pais dos bebés acolhidos e familiares das clientes para as atividades diárias que decorreram na RTMA; - Incentivar as mães e pais dos bebés a desenvolver a sua capacidade de organização e de gestão de recursos, de forma a tornarem-se mais ativos, responsáveis e empreendedores. O Tempo de Acolhimento da mãe e bebé na RTMA, teve por objetivo final promover na mãe e pai do bebe o sentido de autonomia, o desenvolvimento da autoestima, o sentido de responsabilidade e a aquisição de competências parentais, sociais e profissionais. A RTMA tem disponibilizado todo o apoio necessário à concretização de projetos de vida consistentes, dando um especial destaque às competências parentais.

6.2 Financiamento

A RTMA é financiada pela Segurança Social, por donativos (monetários e em espécie) e pela atividade normal da Associação de Socorros Médicos “O Vigilante”.

6.3 Atividades desenvolvidas no âmbito do Plano O Plano de Atividades de 2015 apresentou como principais objetivos:

� Acolher cinco mães e cinco bebés (garantir as necessidades básicas); � Construir e Promover o sucesso do Plano de Desenvolvimento Individual de cada

jovem mãe; � Ensinar e supervisionar diariamente as cinco mães e seus bebés; � Motivar os pais dos bebés para participar no quotidiano dos seus filhos; � Promover o desenvolvimento das competências pessoais, parentais e sociais das

jovens mães e pais das crianças. � Avaliar continuamente os resultados alcançados pelas Clientes e consequentemente

delinear estratégias de melhoria.

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Tabela 8 – Ações desenvolvidas pela RTMA em 2015

ATIVIDADES DESTINATÁRIOS INTERVENIENTES

Proporcionou-se Alojamento e Alimentação (Garantiu-se a satisfação das necessidades básicas).

Os Clientes da RTMA

- A Associação de Socorros Médicos – O Vigilante; - A Equipa Técnica; - A Equipa de Apoio.

- Nos dois primeiros meses de acolhimento de cada Cliente efetuou-se uma avaliação diagnostica; - No terceiro mês de acolhimento de cada Cliente definiu-se um Plano de Desenvolvimento Individual.

As Jovens mães da RTMA A Equipa Técnica.

Avaliou-se semanalmente o percurso de cada jovem mãe (em reunião individual): - Ouviu-se cada cliente e promoveu-se a reflexão; - Planificou-se; - Identificou-se e adequou-se estratégias educativas; - Prestou-se esclarecimentos; - Minimizaram-se / ultrapassaram-se conflitos em que as clientes estiveram envolvidas; - Elogiou-se os resultados positivos atingidos pela Cliente.

As Jovens mães da RTMA

A Técnica Superior de Serviço Social.

- Promoveu-se contacto entre a jovem e a sua família de origem; - Responsabilizou-se a família pelo Plano de Desenvolvimento Individual da Jovem; - Facilitou-se a reintegração na família e comunidade. - Promoveu-se a integração do pai do bebé no Plano de Desenvolvimento Individual de cada jovem; - Mediou-se conflitos entre as jovens e pai do bebé ou familiares.

Os familiares e pessoas de referência

das Clientes da RTMA.

- A Equipa Técnica. - A Equipa de Apoio.

- Promoveu-se relação de confiança entre a Técnica e os familiares ou pessoas de referência; - Conheceu-se as condições de habitabilidade dos familiares ou pessoas de referência sugeridos pelas jovens para eventualmente vir a ser estrutura de apoio. - Mediou-se o contacto das jovens com familiares ou pessoas de referência.

Os familiares e pessoas de referência

das Clientes da RTMA.

- A Técnica Superior de Serviço Social;

Facultou-se consultas periódicas de acordo com as necessidades; Acompanhou-se e supervisionou-se os Clientes nas consultas; Atingiu-se a promoção do bem-estar físico a partir da: - Realização de ecografias, exames complementares da gravidez, execução do plano de vacinação, consultas de Planeamento Familiar, Ginecologia/Obstetrícia, Estomatologia, Dermatologia, Oftalmologia, Pediatria, etc.; - Despiste de doenças da infância; - Acompanhamento do crescimento do bebe através de consultas de enfermagem periódicas - Execução do plano de alimentação tendo em conta a idade e características da criança.

Os Clientes da RTMA

- O Centro de Saúde; - O Hospital Fernando da Fonseca; - Os Serviços Clínicos da Associação de Socorros Médicos – O Vigilante; - A Técnica Superior de Serviço Social; - Técnica Superior de Animação.

Proporcionou-se Alojamento e Alimentação (Garantiu-se a satisfação das necessidades básicas).

Os Clientes da RTMA

- A Associação de Socorros Médicos – O Vigilante; - A Equipa Técnica; - A Equipa de Apoio.

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Tabela 8 – Ações desenvolvidas pela RTMA em 2015 (continuação)

ATIVIDADES DESTINATÁRIOS INTERVENIENTES

- Regularizou-se documentação (Jovem e bebé); - Efetuaram-se inscrições de jovens e bebes no Centro de Saúde; - Obtiveram-se subsídios ou outros benefícios; - Integrou-se bebés na creche; - (Re) integrou-se jovens no sistema escolar; - Promoveu-se a integração no mercado de trabalho ou Formação Profissional; - Promoveu-se a autonomia financeira de jovens; - Procurou-se habitação; - Acompanhou-se processos judiciais.

Os Clientes da RTMA

- A Equipa Técnica; - A Segurança Social; - A Câmara Municipal da Amadora; – As Creches Municipais; - As Escolas; - O Tribunal; - As Conservatórias; - O Centro Saúde da Venda Nova; - O IEFP. (Instituto do Emprego e Formação profissional); - As lojas do Cidadão.

- Formou-se diariamente cada jovem ao nível da saúde, alimentação e higiene pessoal; - Proporcionou-se espaço de diálogo informal entre as jovens e a Equipa; - Formou-se diariamente ao nível da organização e gestão do tempo.

As Jovens mães da RTMA

- A Técnica Superior de Serviço Social; - A Técnica Superior de Animação; - A Equipa de Apoio.

- Formou-se diariamente cada cliente ao nível da Saúde, alimentação e higiene pessoal do bebé e todas as questões relacionadas com o bebe; (utilizando situações do dia a dia); - Esclareceu-se dúvidas no âmbito dos comportamentos materno-infantis.

As Jovens da RTMA

- A Técnica Superior de Serviço Social; - A Técnica Superior de Animação; - A Equipa de Apoio; - Outras Instituições na área da Saúde e Educação.

- Desenvolveu-se atividades propícias à participação dos pais; - Promoveu-se passeios familiares; - Facilitou-se a colaboração dos pais ao nível da prestação de cuidados ao bebé; - Promoveu-se um espaço de diálogo e esclarecimento de dúvidas.

- Os Pais das crianças da RTMA

- A Técnica Superior de Serviço Social; - A Técnica Superior de Animação; - A Equipa de Apoio

Fomentou-se diariamente a aprendizagem de: - Gestão do orçamento doméstico – despesas mensais; - Organização da casa (Lavar e secar roupa, Utilizar aparelhos domésticos, etc.); - Limpezas gerais; - Confeção de alimentos – planeamento das refeições e compras.

As Jovens da RTMA e os pais das crianças da RTMA (que se disponibilizaram)

- A Equipa Técnica. - A Equipa de Apoio.

- Proporcionou-se estudo acompanhado; - Possibilitou-se a aquisição de competências de escrita; - Fomentou-se hábitos de leitura; - Promoveu-se a criatividade; - Desenvolveu-se capacidades; - Produziram-se manualmente objetos.

Os Clientes da RTMA

- A Técnica Superior de Serviço Social; - A Técnica Superior de Animação - A Equipa de Apoio

52/66

Tabela 8 – Ações desenvolvidas pela RTMA em 2015 (continuação)

6.4 Intervenção/Resultados

Durante o ano de 2015 passaram pelo Projeto que decorre na RTMA: - 9 (nove) mães e seus filhos. - 8 (oito) pais participaram nas atividades diárias da RTMA. 5 (cinco) destas mães ainda continuam acolhidas na valência referida, procurando alcançar os objetivos delineados no seu Plano de Desenvolvimento Individual.4 (quatro) destes pais continuam a participar nas atividades diárias da RTMA

4 (quarto) Mães finalizaram o seu projeto na RTMA: - Três jovens mães atingiram os objetivos contemplados nos seus Planos de Desenvolvimento Individual:

� Duas das jovens reuniram em conjunto com o pai do filho as condições necessárias a uma autonomia de vida;

� Uma jovem foi reintegrada na casa da sua família materna em conjunto com a sua filha.

- Uma jovem optou pela re- integração na sua família de origem e entregar a sua filha para a adoção. As mães, pais e bebés que passaram pela RTMA durante o ano de 2015 foram alvo e parte integrante das atividades anteriormente descritas.

ATIVIDADES DESTINATÁRIOS INTERVENIENTES

- Proporcionou-se experiências culturais diversificadas; - Fomentou-se o gosto pelo cinema, teatro e outras atividades de cariz sociocultural; - Proporcionou-se aos bebés saídas para locais adequados à sua faixa etária. - Promoveu-se a aquisição de princípios e valores éticos e morais a partir de atividades específicas. - Desenvolveu-se atividades de lazer e formação

Os Clientes da RTMA e os pais das crianças da RTMA

(que se disponibilizaram)

- A Técnica Superior de Serviço Social; - A Técnica Superior de Animação; - A Equipa de Apoio.

- Possibilitou-se o contacto com diferentes áreas de trabalho que serão úteis na escolha de uma profissão a seguir; - Promoveu-se o sentido de responsabilidade, que passou pelo cumprimento de horários e objetivos profissionais - Promoveu-se o desenvolvimento de competências pessoais na área da solidariedade social.

As Jovens da RTMA - PIEF - IEFF

Com a Equipa Técnica: - Delinearam-se Planos de Desenvolvimento Individual. - Avaliou-se resultados. - Delineou-se estratégias de melhoria. Com a Equipa de Apoio: - Estabeleceram-se normas. - Trocaram-se informações. - Avaliaram-se situações. - Debateram-se casos. - Planificaram-se atividades. - Facultou-se Formação.

- Equipa Técnica; - Equipa de Apoio

- Equipa Técnica; - Equipa de Apoio;

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As Clientes aceitaram integrar um projeto educativo de acolhimento, comprometendo-se a respeitar as normas e rotina diária da casa. Os pais dos bebés aceitaram participar diariamente nas rotinas da casa, respeitando normas e horários.

Nos dois primeiros meses de permanência na RTMA, cada uma das jovens mães foi alvo de uma avaliação diagnostica, tendo posteriormente delineado em conjunto com a Equipa Técnica um Plano de Desenvolvimento Individual. O Plano de Desenvolvimento Individual de cada cliente estabeleceu objetivos ao nível da saúde, competências pessoais, vertente escolar/profissional, competências materno-infantis, comportamento/cumprimento de regras, cumprimento dos horários, ao nível familiar, gestão doméstica /financeira e outras vertentes apuradas aquando da realização da avaliação diagnóstica.

Ao longo do ano de 2015 confrontámo-nos com dificuldades inerentes à integração profissional das jovens e dificuldades financeiras.

À parte das dificuldades, foi um ano de oportunidades, com sucessos para as jovens que aderiram ao projeto. Houve aquisição de conhecimentos, reintegrações familiares, promoções de autonomia e desafios superados.

6.5 Caracterização Socioeconómica das Clientes acompanhadas Número de mães acolhidas na RTMA por idade:

As jovens apenas podem permanecer em acolhimento após os 18 anos de idade se solicitarem a continuidade de apoio às Entidades responsáveis pela deliberação das medidas de promoção e proteção (Tribunal ou CPCJ).

Verifica-se que em 2015 cinco das nove jovens acolhidas sentiram a necessidade de continuar a beneficiar de apoio após os 18 anos de idade.

As redes de apoio são cada vez mais ténues e a população abrangida tem sentido a necessidade de apoio até mais tarde e durante um maior período de tempo.

Gráfico 53 – Número de mães acolhidas na RTMA por Idade

Situação escolar/profissional das jovens da RTMA:

Promover a integração ou formação profissional, auxiliando ao nível de técnicas de procura de emprego e elaboração do Currículo Vitae, tem sido uma das preocupações da Equipa da RTMA, área em que se sentiu bastantes dificuldades devido à baixa escolaridade das Clientes e à falta de respostas por parte da Sociedade. À parte das dificuldades, tal como se pode constatar no Gráfico, durante o ano de 2015 quatro das nove jovens acolhidas atingiram o objetivo da integração profissional.

0

1

2

3

4

19 anos 18 anos 17 anos 16 anos

54/66

Gráfico 54 – Situação escolar/profissional das jovens da RTMA

6.6 Considerações Finais

Realizando um balanço das atividades desenvolvidas ao longo do ano 2015 conclui-se que os objetivos de intervenção, aos quais a Equipa da RTMA se propôs, foram consideravelmente atingidos.

O bom ambiente que se procurou fomentar e viver na RTMA, a defesa da verdade em conjunto com a capacidade de lutar por aquilo que se acreditou ser o melhor para os Clientes, foram os grandes instrumentos do sucesso duma Equipa que diariamente foi confrontada com questões inerentes à adolescência, vivencia num bairro social e maternidade/paternidade precoce.

A RTMA dispõe de uma equipa empenhada e flexível, com a consciência de que continua a haver aspetos a melhorar, muitas estratégias para definir e resultados para analisar. A Equipa tem procurado atualizar-se para fazer frente a novas situações, pois é seu desejo inovar no âmbito do acolhimento institucional.

O trabalho que se desenvolveu na RTMA abrangeu para além das mães residentes, os pais das crianças acolhidas.

O quotidiano da RTMA em imagens:

Imagem 2 – O dia-a-dia na RTMA

Tratamento de Roupa

0

1

2

3

4

5

Frequencia de cursoprofissional - IEFP

A exercer umaprofissão

Frequencia de PIEF Ensino especializado

55/66

Imagem 2 – O dia-a-dia na RTMA (continuação)

Confeção de alimentos

Higiene

Brincadeiras

Procurámos envolver os pais das crianças nas tarefas e atividades da RTMA, tal como se pode constatar nas fotos.

O projeto que decorreu na RTMA durante o ano de 2015 procurou envolver cada Cliente no seu próprio processo de aprendizagem e mudança.

Felizmente durante o ano de 2015, foi possível criar laços, fomentar valores, incutir regras, capacitar jovens inexperientes, formar jovens mães e pais, promover estilos de vida saudáveis e contribuir para a concretização de projetos de vida consistentes.

Sem educar, formar, desenvolver e capacitar, as problemáticas mantém-se. Sendo que os resultados que foram atingidos pelos jovens dependeu primordialmente das opções e esforços desenvolvidos por estes.

A RTMA proporcionou aos jovens o ambiente propício e o apoio necessário para que cada um adquirir os conhecimentos e ferramentas necessárias para aprender a saber escolher sabiamente.

56/66

Foram trabalhadas áreas fundamentais para uma efetiva mudança de vida, tendo esta mudança ocorrido naqueles que aplicaram os conhecimentos adquiridos, desenvolveram as suas capacidades e competências pessoais, sociais e parentais. Finalizamos com as palavras de uma das jovens que finalizou o seu projeto em 2015:

Imagem 3 – Palavras de uma cliente da RTMA aquando da sua saída, em 2015

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7. PROGRAMA DE APOIO À SAÚDE ESCOLAR

Tabela 9 – Ações desenvolvidas no âmbito do Programa de Apoio à Saúde Escolar em 2015

AÇÕES OBJETIVOS ATIVIDADES RESPONSÁVEIS

I. Atendimento e Avaliação sócio económica das famílias;

Atender as famílias com menores entre os 6 e os 14 anos de idade, que necessitam de consultas nas Especialidades de Estomatologia, Oftalmologia e/ou Psicologia e avaliar a sua situação sócio económica através da apresentação de documentos, nomeadamente de natureza fiscal;

Durante o ano de 2015, foram atendidos 64 utentes assim distribuídos pelas seguintes especialidades: - Estomatologia: 34 utentes; - Oftalmologia: 25 utentes; - Psicologia: 5 utentes. Durante a entrevista avaliou-se a situação socioeconómica do agregado familiar dos menores referenciados pelo Centro de Saúde ou Agrupamento de escolas.

Assistente Social; Administrativa de Serviço Social.

II. Marcação da consulta requerida, quando abrangida pelo Programa

Facultar a marcação da consulta gratuita na especialidade requerida às famílias cujo rendimento per capita é inferior ao valor da pensão social.

Foram preenchidos os documentos que permitem a marcação da consulta requerida com o respetivo prazo de validade; A articulação com as escolas do concelho permite agilizar a marcação das entrevistas para os alunos que se encontram no escalão A do ASE. No total, foram disponibilizadas 154 consultas, assim distribuídas: Estomatologia – 95 consultas; Oftalmologia – 31 consultas; Psicologia – 28 consultas.

Gráfico 55 – Evolução das consultas oferecidas no âmbito do PASE e SOS Associados entre 2009 e 2015

Como se pode verificar pelo gráfico, o número de consultas do Programa PASE tem vindo a decrescer, particularmente neste último ano.

58/66

Apesar de neste último ano as consultas terem decrescido significativamente comparativamente com os anos anteriores, o Vigilante continua a ser um parceiro ativo e muito importante nos cuidados de saúde, particularmente nas especialidades de Estomatologia, Oftalmologia e Psicologia às crianças e adolescentes que residem no Concelho da Amadora. Através deste Programa, os alunos entre os 6 e os 14 anos inclusive, cujas famílias têm dificuldades económicas, têm a possibilidade de dispor de uma ou várias consultas, disponibilizadas gratuitamente pelos médicos, estomatologistas e psicólogos que trabalham na Instituição O Vigilante.

59/66

8. SOS ASSOCIADOS

Tabela 10 – Ações desenvolvidas no âmbito do SOS Associados em 2015

AÇÕES OBJETIVOS ATIVIDADES RESPONSÁVEIS I. Atendimento e avaliação sócio económica do agregado familiar do associado;

Prestar o Atendimento aos sócios que vêm requerer a gratuitidade nas consultas de Clínica Geral e/ou outras Especialidades; Avaliar as condições socio económicas para acesso ao programa: rendimento per capita da família inferior ao valor da pensão social;

Durante o ano de 2015, 20 sócios solicitaram consultas gratuitas através do Programa SOS associados; Foi preenchida uma ficha de inscrição e analisados os documentos necessários para avaliação das condições económicas do agregado familiar;

Administrativa de Serviço Social; Assistente Social

II. Resposta e eventual marcação de consulta.

Realizar a marcação da consulta para a especialidade requerida num total de 3 a 6 consultas por ano e por agregado, quando o associado se encontra abrangido pelo Programa SOS Associados. Disponibilizar até 5 consultas de especialidade, no âmbito do Serviço de Apoio Domiciliário, de acordo com a indicação clínica da médica da Equipa.

No ano de 2015, foram oferecidas 64 consultas, assim distribuídas: Clínica Geral – 2 Dermatologia – 2 Estomatologia – 8 Oftalmologia – 3 Ortodontia - 1 Ortopedia – 1 Pediatria – 8 Psicologia – 15 Psiquiatria – 1 Reumatologia - 1 Terapia da fala – 14 No âmbito do SAD: - Dermatologia – 1 - Estomatologia - 2 - Ginecologia – 1 - Neurologia – 2 - Oftalmologia – 1 - Psiquiatria - 1

Assistente Social; Administrativa do Serviço Social Médicos e outros Técnicos Superiores do Vigilante.

Como é possível constatar pelo gráfico 55, as consultas ofertadas no âmbito do Programa SOS têm tido um crescimento ténue, desde 2009, com alguns anos de ligeiras quedas, como é o caso de 2012 e 2014.

As consultas de Estomatologia, Psicologia e Terapia da fala foram as especialidades mais solicitadas pelos sócios. Para estas consultas que necessitam de um acompanhamento regular, procede-se da seguinte forma: o sócio pode beneficiar de, até 6 consultas (uma por mês), sendo que a marcação é alternada (uma ofertada pelo Vigilante e a seguinte da responsabilidade do sócio). O que se tem vindo a verificar é que os sócios não têm possibilidades financeiras para assegurar as consultas que deveriam ser a seu cargo.

A eventual disponibilidade de packs anuais com um número de 6 consultas, por exemplo, e que o sócio gere de acordo com as necessidades e indicação do médico ou terapeuta que o acompanha, poderá trazer mais benefícios para a sua saúde. No entanto, esta eventual alteração de procedimentos, terá repercussões no número de sócios apoiados, caso se mantenha o mesmo número de consultas disponibilizadas pelo Vigilante.

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9. CONTAS

A Associação de Socorros Médicos O Vigilante, no final do ano 2015, apresenta um Resultado Líquido do exercício de 240.479,69 €. Gráfico 56 – Evolução dos Custos, Proveitos e Resultados Líquidos Anuais entre 1990 e 2015

Apesar da ainda difícil situação económica e financeira das famílias portuguesas, com reflexo visível nas decisões dos seus gastos (mesmo no tocante aos relativos à saúde), conseguiu-se, ainda assim, um Resultado Líquido do Exercício positivo, 13% superior, face ao ano transato. Esta situação deve-se ao acréscimo de 1,24% nos proveitos, que colmatou o acréscimo de 0,19% nos custos, face a 2014.

É possível, contudo, constatar que não existem, na realidade, diferenças substanciais, em termos de custos, proveitos e resultado líquido do exercício, ao longo do último triénio.

Gráfico 57 – Evolução dos Custos, Proveitos e Resultados Líquidos Anuais entre 2013 e 2015

0,00

250.000,00

500.000,00

750.000,00

1.000.000,00

1.250.000,00

1.500.000,00

1.750.000,00

2.000.000,00

2.250.000,00

2.500.000,00

2.750.000,00

2013 2014 2015Anos

CustosProveitosR.L.

61/66

O resultado líquido no final do exercício de 2015 reflete um acréscimo de 239.937,58 €, relativamente ao inicialmente projetado, no Orçamento, para o período em causa. As margens de desvio aceitáveis (ou seja, de +/-10%) em termos do total de custos, do total de proveitos e do valor dos subsídios à exploração (relacionados com os acordos de cooperação), face ao 1º. Orçamento para 2015, não foram ultrapassadas, verificando-se uma margem diferencial percentual de -3,89%, +5,69% e +0,21%, respetivamente. Gráfico 58 – Os Custos, Proveitos, Resultados Líquidos e Subsídios com Acordos de Cooperação em

2015: Orçamento versus Final de Ano

O Imobilizado Líquido diminuiu 0,77 % face ao ano transato, atingindo o montante de 1.587.723,72 €. Esta situação (semelhantemente ao que tem acontecido ao longo da última década) encontra-se, uma vez mais, associada ao facto do investimento que ocorreu, no decorrer do ano, ainda ser relativamente baixo face à “depreciação” de todas as imobilizações corpóreas da Instituição (com a exceção óbvia dos terrenos de que dispõe).

Gráfico 59 – Evolução anual do Imobilizado Líquido e do Investimento entre 2003 e 2015

0,00

500.000,00

1.000.000,00

1.500.000,00

2.000.000,00

2.500.000,00

3.000.000,00

Custos Proveitos Subs Acord Coop

Orçamento

Final

0,00

500.000,00

1.000.000,00

1.500.000,00

2.000.000,00

2.500.000,00

Imobilizado Liquido

Investimento Anual

62/66

9.1 Contabilidade Geral

O total de proveitos da Associação de Socorros Médicos O Vigilante, em 2015, é de 2.644.784,40 euros e o total de custos é de 2.404.304,71 euros.

Gráfico 60 – Total de Custos e Proveitos em 2015

Os principais acréscimos nos proveitos da Instituição, entre 2014 e 2015, encontram-se relacionados com Protésico (+4.607,19 €), parceria com Reis Valle (+6.210,72 €), proveitos suplementares (+6.861,54 €), Ortodontia (+9.581,50 €) e sócios individuais (+19.259,20 €1). As descidas mais acentuadas dizem respeito a comparticipações do IEFP (-6.722,77 €), juros de depósitos bancários (-11.395,87 €) e exames médicos (-14.325,03 €).

No tocante aos custos, as descidas influíram essencialmente sobre os pagamentos de prestadores de serviços (-4.864,78 €, no conjunto de honorários e trabalhos especializados), as amortizações (-5.328,17 €) e ofertas de consultas médicas (-14.634,92 €). Os acréscimos mais acentuados estão relacionados com o material de estomatologia (+7.637,73 €).

Os próximos gráficos revelam os pesos das principais rúbricas dos proveitos e custos da Instituição, em 2014 e 2015, permitindo observar uma similaridade quase absoluta entre ambos os anos.

Gráfico 61 – Proveitos em 2014

1 Apesar do número de associados ter diminuído, entre 31/12/2014 e 31/12/2015, o número médio de

sócios, no decorrer do ano, aumentou.

2.404.304,71

2.644.784,40

0,00 500.000,00 1.000.000,00 1.500.000,00 2.000.000,00 2.500.000,00 3.000.000,00

CUSTOS

PROVEITOS

SAD - CLIENTES2%

SÓCIOS24%

CLÍNICA MÉDICA45%

PARCERIA ANÁLISES CLÍNICAS

5%

SEG. SOCIAL (ACORDOS)

20%

ESTADO (OUTROS)1%

DONATIVOS1%

JUROS1% OUTROS

1%

63/66

Gráfico 62 – Proveitos em 2015

Em geral, cerca de 50% dos proveitos gerados pela Instituição advêm da prestação efetiva de atos de saúde, cerca de 25% provêm dos seus associados e 20% são fruto dos acordos de cooperação, em vigor, com o Instituto de Segurança Social (ISS).

Gráfico 63 – Proveitos em 2014

SAD - CLIENTES2%

SÓCIOS24%

CLÍNICA MÉDICA44%

PARCERIA ANÁLISES CLÍNICAS

6%

SEG. SOCIAL (ACORDOS)

20%

ESTADO (OUTROS)1%

DONATIVOS1%

JUROS1% OUTROS

1%

GÉNEROS ALIMENTARES

2%

PRESTADORES SERVIÇOS

38%

MATERIAL MÉDICO2%

REFEIÇÕES SAD2%LUZ, ÁGUA,

GÁS, GASÓLEO

2%

COMUNICAÇÕES1%

SEGUROS1%

OUTROS SERVIÇOS4%

COLABORADORES39%

AMOTIZAÇÕES3%

DONATIVOS3% PROVISOES

2%

64/66

Gráfico 64 – Proveitos em 2015

Em geral, cerca de 80% dos custos suportados pela Instituição estão relacionados com pagamentos a colaboradores (39%) e prestadores de serviços (38%). 9.2 Contabilidade Analítica

Pela análise global da Instituição é possível continuar a constatar que a área social desenvolvida apresenta um resultado negativo. O prejuízo financeiro acumulado, no ano 2015, em termos das atividades sociais, foi de 160.921,60 € (SAD -20.919,29 €; Vigilante Vida -9.198,09; RTMA -43.519,80; LIJ -82.024,92; Outras -5.259,50 €), o que, ainda assim, reflete, contrariamente ao que ocorreu no último ano, uma melhoria global da situação financeira das valências sociais na ordem dos 15,49%, face ao ano transato, sentida na generalidade das atividades com exceção do CAIJU (-10,63%) e do Vigilante Vida (-19,36%).

Gráfico 65 – Resultado Líquido da Área Social em 2014 e 2015

GÉNEROS ALIMENTARES

2%

PRESTADORES SERVIÇOS

38%

MATERIAL MÉDICO2%

REFEIÇÕES SAD2%

LUZ, ÁGUA, GÁS, GASÓLEO

2%COMUNICAÇÕES

1%SEGUROS

1%

OUTROS SERVIÇOS4%

COLABORADORES39%

AMOTIZAÇÕES3%

DONATIVOS3%

PROVISOES2%

DÍVIDAS INCOBRÁVEIS1%

-200000 -180000 -160000 -140000 -120000 -100000 -80000 -60000 -40000 -20000 0

2014

2015

65/66

Gráfico 66 – Resultado Líquido das Valências Sociais em 2015

Gráfico 67 – Peso dos Resultados Líquidos Negativos das Valências na Globalidade do Prejuízo da Área Social em 2015

A margem de comparticipação das valências sociais pelo Instituto de Segurança Social, tendo em conta os valores apurados considerando apenas os custos diretos, foi a seguinte:

• Serviço de Apoio Domiciliário: 60,95% (mais 5,11% do que em 2014). • Vigilante Vida: 82,08% (menos 1,53% do que em 2014). • Residência Temporária para Mães Adolescentes: 57,08% (mais 0,69% do que

em 2014). • Lar de Infância e Juventude: 67,42% (menos 3,61% do que em 2014). • Sere+: 100,00% (idêntico a 2014).

-90.000,00

-80.000,00

-70.000,00

-60.000,00

-50.000,00

-40.000,00

-30.000,00

-20.000,00

-10.000,00

0,00

SAD Vigilante Vida RTMA LIJ Sere+ Outros ProjetosSociais

-13%

-6%

-27%

-51%

-3%

SAD

Vigilante Vida

RTMA

LIJ

Sere+

Outros Projetos Sociais

66/66

Gráfico 68 – Percentagem da Comparticipação do ISS no Total dos Custos das Valências Sociais em 2015

Para além das valências comparticipadas pelo ISS, as restantes áreas sociais, nomeadamente os Projetos SOS Associados, PASE e Robert Kalley, custaram à Instituição um total de 5.259,50 €, em 2015.

As perdas verificadas nas áreas supra indicadas acabam por ser contrabalançadas pelos proveitos gerados na área de saúde da Amadora (quer pelos atos médicos efetivamente prestados, quer pelo valor das quotizações, associado predominantemente à possibilidade de urgências domiciliárias gratuitas) e pelos donativos angariados para a Instituição.

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

SADVigilante

VidaRTMA

LIJSere+

Segurança Social

Custos Totais

ASSOCIAÇÃO DE SOCORROS MÉDICOS "O VIGILANTE"

2015 2014

RENDIMENTOS E GASTOS

Vendas e serviços prestados.................................................................................................. 2.013.586,53 1.982.461,08

Subsídios à exploração............................................................................................................ 574.242,32 570.697,52

Ganhos/perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos.........

Variação nos inventários da produção.....................................................................................

Trabalhos para a própria entidade............................................................................................

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas................................................. (45.731,11) (41.563,56)

Fornecimentos e serviços externos......................................................................................... (1.205.433,20) (1.198.868,46)

Gastos com o pessoal.............................................................................................................. (943.177,62) (941.160,46)

Imparidade de inventários (perdas/reversões).........................................................................

Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões)..............................................................

Provisões (aumentos/reduções)............................................................................................... (50.000,00) (50.000,00)

Imparidade de investimentos não depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões)...................

Aumentos/reduções de justo valor...........................................................................................

Outros rendimentos e ganhos................................................................................................... 69.138,47 59.331,44

Outros gastos e perdas............................................................................................................ (105.307,35) (93.921,80)

Resultados antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 307.318,04 286.975,76

Gastos/reversões de depreciação e de amortização............................................................. (63.509,21) (68.837,38)

Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões)..........................

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 243.808,83 218.138,38

Juros e rendimentos similares obtidos......................................................................................

Juros e gastos similares suportados........................................................................................ (3.329,14) (5.348,14)

Resultado antes de impostos 240.479,69 212.790,24

Imposto sobre o rendimento do período....................................................................................

Resultado líquido do período 240.479,69 212.790,24

Resultado das actividades descontinuadas (líquido de impostos) incluido no RL Exercício

Resultado líquido do período atribuível a: *

Detentores do capital da empresa-mãe.....................................................................................

Interesses minoritários..............................................................................................................

Resultado por acção básico.....................................................................................................

* - Esta informação apenas será fornecida no caso de contas consolidadas

RUBRICASPERÍODOS

NOTAS

Montantes expressos em EURO

DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DOS RESULTADOS POR NATUREZAS De Janeiro até Dezembro

ASSOCIAÇÃO DE SOCORROS MÉDICOS "O VIGILANTE"

2015 2014

ACTIVO

Activo não corrente:

Activos fixos tangíveis…………………………………………………... 1.587.021,89 1.599.937,70

Propriedades de investimento…………………………………………...

Goodwill…………………………………………………………………...

Activos intangíveis……………………………………………………….

Activos biológicos………………………………………………………..

Participações financeiras - método da equivalência patrimonial…….

Participações financeiras - outros métodos……………………………

Accionistas/sócios……………………………………………………….

Outros activos financeiros……………………………………………… 701,83 110,57

Activos por impostos diferidos………………………………………….

1.587.723,72 1.600.048,27

Activo corrente:

Inventários…………………………………………………………………

Activos biológicos………………………………………………………..

Clientes……………………………………………………………………. 48.921,14 35.311,59

Adiantamentos a fornecedores…………………………………………

Estado e outros entes públicos…………………………………………. 6.385,67

Accionistas/sócios………………………………………………………. 101.215,85

Outras contas a receber………………………………………………… 31.043,30 87.119,51

Diferimentos………………………………………………………………. 8.756,54 9.769,27

Activos financeiros detidos para negociação…………………………

Outros activos financeiros………………………………………………

Activos não correntes detidos para venda…………………………….

Caixa e depósitos bancários……………………………………………. 1.639.847,14 1.487.675,02

1.836.169,64 1.619.875,39

Total do Activo 3.423.893,36 3.219.923,66

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PERÍODOSRUBRICAS NOTAS

Montantes expressos em EURO

De Janeiro até Dezembro

BALANÇO INDIVIDUAL

ASSOCIAÇÃO DE SOCORROS MÉDICOS "O VIGILANTE"

2015 2014

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital próprio:

Capital realizado…………………………………………………………..

Acções (quotas) próprias……………………………………………….

Outros instrumentos de capital próprio…………………………………

Prémios de emissão………………………………………………………

Reservas legais…………………………………………………………..

Outras reservas…………………………………………………………..

Resultados transitados………………………………………………….. 2.372.455,11 2.159.664,87

Ajustamentos em activos financeiros…………………………………..

Excedentes de revalorização……………………………………………

Outras variações no capital próprio……………………………………. 102.397,52 105.203,12

2.474.852,63 2.264.867,99

Resultado líquido do período…………………………………………….. 240.479,69 212.790,24

2.715.332,32 2.477.658,23

Interesses minoritários…………………………………………………..

Total do capital próprio 2.715.332,32 2.477.658,23

Passivo

Passivo não corrente:

Provisões…………………………………………………………….. 100.000,00 50.000,00

Financiamentos obtidos…………………………………………………..

Responsabilidades por benefícios pós-emprego……………………...

Passivos por impostos diferidos………………………………………...

Outras contas a pagar…………………………………………………...

100.000,00 50.000,00

Passivo corrente:

Fornecedores…………………………………………………………….. 18.905,63 15.565,33

Adiantamentos de clientes……………………………………………….

Estado e outros entes públicos…………………………………………. 33.712,34 36.858,59

Accionistas/sócios…………………………………………………..

Financiamentos obtidos………………………………………………….. 403.383,55 506.791,29

Outras contas a pagar…………………………………………………... 128.691,41 109.387,09

Diferimentos………………………………………………………………. 23.868,11 23.663,13

Passivos financeiros detidos para negociação………………………..

Outros passivos financeiros…………………………………………….

Passivos não correntes detidos para venda…………………………..

608.561,04 692.265,43

Total do passivo 708.561,04 742.265,43

Total do Capital Próprio e do Passivo 3.423.893,36 3.219.923,66

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PERÍODOSRUBRICAS NOTAS

Montantes expressos em EURO

BALANÇO INDIVIDUALDe Janeiro até Dezembro