RELATÓRIO ANUAL 2008 - ri.bmfbovespa.com.brri.bmfbovespa.com.br/ptb/903/relatorio_Anual2008.pdf ·...

BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e FuturosPraça Antonio Prado, 48 01010-901 São Paulo, SP Brasil Tel +11-3119-2000 Fax +11-3107-9911Rua XV de Novembro, 275 01013-001 São Paulo, SP Brasil Tel +11-3233-2000 Fax +11-3242-3550

www.bmfbovespa.com.br

RELATÓRIOANUAL

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RELATÓRIO ANUAL 2008 | 5

UmA dAs mAIOREs bOLsAs dO mUNdO

A bm&FbOVEsPA teve lucro líquido de

R$909,6 milhões em 2008. O segmento bovespa

transacionou R$1,37 trilhões, valor 14,7% superior

ao obtido no ano anterior. O volume médio diário registrou

expansão de 12,9%, atingindo R$5,5 bilhões.

No segmento bm&F, foram negociados 391,6 milhões

de contratos, totalizando R$28 trilhões, queda de 9,6% em

relação a 2007.

O volume médio mensal transacionado via Home

broker aumentou de R$15,2 bilhões para de

R$27,5 bilhões.

A BM&FBOVESPA oferece à negociação ações, contratos futuros, de op-ções, a termo e de swaps referenciados em índices, taxas de juro e câm-bio, e commodities agropecuárias e de energia, além de operações no mercado a vista, como ouro, dólar pronto e títulos públicos federais.

Possui um banco de compensação, clearings para registro, compensa-ção e liquidação de operações realizadas em pregão de viva voz e ele-trônico, via internet e no mercado de balcão.

Em linha com os melhores padrões internacionais, a BM&FBOVESPA conta com avançados recursos tecnológicos para prestar serviços efi-cientes e seguros aos investidores.

A maioria das ordens de compra e venda é processada eletronicamen-te. Para os mercados derivativos (mercadorias e futuros), está disponível também o pregão de viva voz.

A BM&FBOVESPA – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros foi criada em maio de 2008 com a integração da Bolsa de Mercadorias & Futuros e da Bovespa.

Integradas, as companhias formam uma das maiores bolsas do mundo em valor de mercado e a maior da América Latina.

No cenário global, a BM&FBOVESPA posiciona o Brasil como centro fi-nanceiro internacional de negociação de ações, commodities e outros futuros.

PROdUTOs E sERVIçOs cOm dEsTAqUE INTERNAcIONAL

TEcNOLOgIA dE PONTA

PABL

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ÍNdIcE

MENSAgEM DO CONSELhO DE ADMINIStrAçãO

BM&FBOVESPA – A BOLSA BrASILEIrA

rESUMO FINANCEIrO

DESEMPENhO OPErACIONAL

rESUMO OPErACIONAL

PErFOrMANCE DO MErCADO

DESENVOLVIMENtO DE MErCADO

POPULArIZAçãO DOS MErCADOS

DIVULgAçãO DOS MErCADOS

EDUCAçãO PArA O MErCADO

gEStãO DA MArCA

rESPONSABILIDADE SOCIAL

PAtrIMÔNIO hUMANO

gOVErNANçA COrPOrAtIVA

DEMONStrAçÕES FINANCEIrAS

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mENsAgEm dO cONsELHO dE

AdmINIsTRAçãO


A bOA HERANçA Este é o primeiro relatório anual da BM&FBOVESPA, companhia criada em 2008 com a integração entre a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e a Bolsa de Va-lores de São Paulo (Bovespa). Esta empresa fundiu duas marcas fortes, reunindo, numa estrutura moderna, o mercado de equities (ações) e o de derivativos. Isso permitiu que já nascesse forte em termos de competição global e de excelência nos produtos e serviços oferecidos a seus clientes.

O batismo da BM&FBOVESPA foi especial: no ano em que surgiu, já como bolsa dominante na América Latina e uma das maiores do mundo, em valor de mer-cado, eclodiu a maior crise financeira e econômica de que se tem notícia desde a débâcle de 1929.

Debaixo desse cenário de stress, aperto de crédito e fuga de investimentos es-trangeiros, que ditou um ritmo ainda mais nervoso e volátil para os mercados emergentes, a BM&FBOVESPA foi intensamente testada e, sem alterar uma única regra de seu funcionamento, continuou proporcionando liquidez e segurança a todos os investidores – inclusive nos momentos mais agudos.

Não há dúvida de que essa experiência aprofundou o amadurecimento da com-panhia e do próprio mercado de capitais brasileiro, já vitaminado pelo fato de o País ter obtido o grau de investimento das agências de risco internacionais Standard & Poor’s e Fitch rating, no primeiro semestre de 2008. A confiança dos agentes econômicos no Brasil, hoje reconhecido como um lugar seguro para se investir, certamente refletiu-se nas emissões primárias – ações mais instrumen-tos de dívidas – que, apesar da crise, tiveram forte incremento em 2008 em rela-ção ao ano anterior.

Dois mil e oito ficará registrado na memória daqueles que vivenciaram os acon-tecimentos do mercado de capitais como um ano ditado por profundas e defi-nitivas transformações. A BM&FBOVESPA, por exemplo, por seu tamanho e des-taque, tornou-se centro internacional de negociação de ações, futuros, commo-dities e outros instrumentos financeiros, além de oferecer serviço completo de gerenciamento de risco, cuja qualidade é reconhecida internacionalmente. O balanço dessas atividades pode ser conferido nas páginas deste relatório.

Em 2008, inúmeros foram os desafios com os quais nos deparamos, especial-mente no tocante à sinergia das duas culturas organizacionais que rapidamente

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precisaram fundir-se em um novo formato, focado no desenvolvimento dos seg-mentos de ações e de derivativos e na busca consistente dos resultados positi-vos tão aguardados por nossos milhares de acionistas.

Um desafio particularmente relevante tem sido o aprimoramento das diretrizes de governança corporativa para a companhia. A BM&FBOVESPA ocupa posição singular no universo das empresas de capital aberto: por um lado, exibe estrutu-ra de propriedade pulverizada, sem acionista controlador; e, por outro, tem res-ponsabilidade institucional em relação aos mercados que ela própria administra. Essa dupla condição obriga-nos a buscar ainda mais rigorosamente a definição de uma política de governança corporativa para a empresa.

Os primeiros passos desse trabalho foram dados ao longo de 2008 e com previ-são de encerramento do processo em 2009. Convém lembrar, no entanto, que a governança corporativa não é um conjunto de regras e mecanismos estanques; ao contrário, ela necessitará constantemente de aperfeiçoamentos, revisões e adaptações à evolução natural da companhia e do mercado.

Para a BM&FBOVESPA, a governança corporativa é uma estrada com duas pistas, ambas na mesma direção. Uma visa ajudar a empresa a atingir suas metas estra-tégicas, enquanto que a outra tem como objetivo a criação de valor para todos os acionistas. Parte desse processo, ainda, é o relacionamento ético e parceiro com todos os públicos interessados (stakeholders).

Nesse sentido, é forçoso reconhecer e agradecer a confiança depositada por nos-sos acionistas, o trabalho desenvolvido pelos intermediários credenciados em nossos mercados, o apoio e o prestígio dos emissores aqui listados e, por último, mas não menos importante, o enorme e exemplar empenho dos conselheiros de administração e dos membros de seus comitês de assessoramento, e da equipe profissional da companhia.

Estamos seguros de que, apesar da crise, a BM&FBOVESPA continuará a crescer e a cumprir sua missão de auxiliar o desenvolvimento da economia do País, ao mesmo tempo em que, como companhia aberta, estará focada em gerar valor para seus acionistas.

Somos fortes, maduros e competitivos. Essa, afinal, é a herança que nos foi dei-xada pelas empresas que deram origem à BM&FBOVESPA.

gilberto MifanoPresidente do Conselho de Administração

1. gilberto Mifano Presidente do Conselho de Administração

2. Edemir Pinto Diretor Presidente


bm&FbOVEsPA A bOLsA bRAsILEIRA

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A BM&FBOVESPA – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros inseriu o Brasil no rol dos maiores centros financeiros do mundo. Após a conquista do investment grade, em abril de 2008, o País abriu a possibilidade de au-mentar a participação de grandes fundos de pensão mundiais investindo na bolsa brasileira.

No mês de novembro, em meio ao auge da turbulência financeira inter-nacional, o Brasil mostrou, por meio de seus mercados, que ocupa posi-ção de destaque em termos de sistemas de negociação, liquidação, ga-rantias e custódia.

A excelência profissional permite que a BM&FBOVESPA seja sempre ino-vadora, buscando desenvolver produtos cada vez mais sofisticados e

globalizados.

A bm&FbOVEsPA transformou solidez em um produto de exportação. com a força da Nova bolsa, o brasil está pronto para

assumir seu papel de liderança mundial.


PERFILA BM&FBOVESPA é uma companhia de capital aberto, tendo suas ações negociadas no Novo Mercado, sob o código BVMF3, desde 20 de agosto de 2008. Em 1º de setembro, o papel foi incluído na carteira do Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro de ações.

A companhia provê sistemas para negociação de ações, títulos de ren-da fixa, derivativos sobre ações, derivativos financeiros, câmbio a vista e mercadorias, bem como a compensação e liquidação dos ativos e valores mobiliários transacionados, a listagem de valores mobiliários e a comer-cialização de informações de mercado.

Além de oferecer esses serviços, atua como depositária central de ativos, licencia softwares e índices de ações, e explora comercialmente o acesso de instituições financeiras a seus sistemas de negociação.

As atividades de registro, compensação, liquidação e gerenciamento de riscos das operações são operacionalizadas por suas clearings – CBLC, Derivativos, Câmbio e Ativos – que atuam de forma integrada com o Ban-co BM&F, assegurando o bom funcionamento de seus mercados e a liqui-dação de todas as operações.

Os sistemas de negociação da Bolsa incluem pregão de viva voz e eletrôni-co (Mega Bolsa, gtS e Sisbex) e via internet (home Broker e Webtrading); registro de operações realizadas em mercado de balcão; custódia de títu-los do agronegócio, de certificados de ouro e de outros ativos.

UNIdAdEsOs escritórios da BM&FBOVESPA nos Estados Unidos (Nova Iorque) e na China (Xangai) oferecem infra-estrutura e suporte aos participantes de seus mercados que desenvolvem atividades junto a clientes estrangeiros, além de divulgar os produtos da Bolsa a potenciais investidores.

No Brasil, além de São Paulo, há unidades de representação da Bolsa em cinco estados: Ceará, Paraná, rio de Janeiro e rio grande do Sul.


A bm&FbOVEsPA firmou posição entre as maiores bolsas do mundo, adotando medidas necessárias para desenvolver, nos

mercados brasileiros, mecanismos de formação de preços e processos regulatórios ou auto-regulatórios aderentes aos

interesses nacionais.

ATUAçãO A BM&FBOVESPA é muito mais do que um espaço de negociação: lista empresas e fundos; realiza negociação de ações, títulos, contratos deriva-tivos; divulga cotações; produz índices de mercado; desenvolve sistemas e softwares; promove avanços tecnológicos e muito mais. A Bolsa, efeti-vamente, contribui para o crescimento econômico brasileiro.

As oportunidades são grandes. Os desafios são maiores ainda. Mas a BM&FBOVESPA está apta a disputar investidores locais e internacionais com qualquer bolsa do mundo. tem credibilidade e transparência para assegurar o acesso dos mais diversos investidores, de pessoas físicas a fundos internacionais.

CLEARINGS

A CBLC desempenha atividades de compensação, liquidação, gerencia-mento de risco e depositária central, além de oferecer serviços de em-préstimos de títulos e valores mobiliários. Atua como contraparte para o mercado de ações e de títulos de renda fixa privada, realizando todos os pagamentos e recebimentos, bem como a guarda de ativos.

BBM BM&F USA BVRJ BANCO BM&F BSM

EsTRUTURA ORgANIZAcIONAL


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O número de investidores com contas de custódia ativas subiu 14,5%, de 488 mil para 559 mil em 2008.

Já as Clearings de Derivativos, Câmbio e Ativos prestam serviços de re-gistro, compensação, liquidação e gerenciamento de risco de operações realizadas nos mercados derivativos, interbancário de dólar e de títulos públicos federais, respectivamente, proporcionando eficientes mecanis-mos para cobertura de perdas relacionadas a um ou mais participantes.

As clearings de derivativos, câmbio e Ativos são consideradas sistemicamente importantes

pelo banco central do brasil. Registraram receita operacional de R$622,9 milhões em 2008.

BSM

A BM&FBOVESPA Supervisão de Mercado (BSM) é responsável pela fisca-lização das operações e das atividades dos participantes do mercado e dos agentes de compensação e/ou custódia perante a CBLC, bem como pela administração do Mecanismo de ressarcimento de Prejuízos (MrP).

BANCO BM&F

Com atividades restritas às operações realizadas e/ou registradas nos ambientes de negociação da Bolsa, os serviços de liquidação do Banco BM&F responderam por r$3,4 milhões em 2008.

BOLSA BRASILEIRA dE MERCAdORIAS

Por intermédio de sua controlada, a Bolsa Brasileira de Mercadorias, a BM&FBOVESPA viabiliza a comercialização de produtos agropecuários e atua na prestação de serviços para o setor público por meio do sistema de licitação eletrônica e para a iniciativa privada na aquisição de bens e serviços.

REsUmO FINANcEIRO

(EM r$MIL)

18 | RELATÓRIO ANUAL 2008

Resultado financeiro 306.093 Receitas financeiras 364.859

despesas financeiras (58.766)

Resultado antes da tributação 1.363.559

Imposto de renda (337.145)

contribuição social (121.354)

Lucro líquido 909.605

EbITdA 1.089.408



dEsEmPENHO OPERAcIONAL

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O resultado operacional demonstra que a BM&FBOVESPA, apesar das tur-bulências internas e externas, manteve sua tendência de crescimento. A receita totalizou r$1.783,4 milhões ao final de 2008.

Os mercados de renda variável e fixa da BM&FBOVESPA movimentaram r$1,37 trilhão em 2008, volume 14,7% superior ao de 2007, enquanto a média diária cresceu 12,9%, alcançando r$5,52 bilhões. O número total de negócios apresentou elevação de 62,9%, somando 61 milhões, e a mé-dia diária atingiu 245.071 transações, superando em 60,3% a marca do ano anterior.

Os mercados de derivativos (incluindo financeiros e agropecuários) ne-gociaram 391,6 milhões de contratos em 2008, com redução de 8,15%, em relação aos 426,4 milhões negociados em 2007. O volume financeiro totalizou r$28 trilhões, ficando 13,43% abaixo dos r$32,4 trilhões no ano anterior.

Renda variável e fixa encerraram 2008 com R$1,37 trilhão, 14,7% a mais do que o ano anterior.


A CBLC possui duas modalidades de serviços: Liquidação garantida Lí-quida e Liquidação Bruta Facilitada. Em ambas, adota o princípio simultâ-neo de entrega contra pagamentos (delivery versus payment). Em 2008, o volume médio liquidado diariamente foi de r$4,01 bilhões.

A Clearing de derivativos registrou 1.573,3 milhões de contratos por dia, gerando receita operacional de r$601,2 milhões.

A composição da margem de garantia depositada no encerramento de 2008 foi de r$99 bilhões, sendo constituída, principalmente, de títulos públicos federais (89,8%). No final do ano anterior, o montante foi de r$79,8 bilhões.

Quanto às salvaguardas, a Clearing de Derivativos contou com r$1,6 bi-lhão em recursos próprios aportados em seus fundos operacionais.

A receita operacional da Clearing de Câmbio foi de r$21,3 milhões. Os ativos depositados em garantia das operações somaram r$3,7 bilhões.

O mercado de dólar pronto encerrou com 37,1 mil negócios, incremento de 50% em

comparação a 2007, quando registrou a marca de 24,6 mil. O volume registrado

no ano foi de R$221,6 bilhões.

Já a receita operacional da Clearing de Ativos foi de r$330mil. O mon-tante de garantias depositado de títulos públicos em 2008 foi de r$1,4 bilhão, ante r$2,7 bilhões do ano passado.

Em 2008, a Clearing de Ativos contava com r$40 milhões aportados em seu Fundo Operacional, constituído com recursos próprios.

A receita operacional das Clearings de Derivativos, Câmbio e Ativos foi de r$588,6 milhões para r$622,9 milhões, em 2008.

CBLC

Volume médio liquidado diariamente

r$4,01 bilhões

Volume em custódia

r$ 650,4 bilhões

Quantidade de ativos em custódia

2.200.836.000.075

Média diária de títulos processados

26.215.380.466

Média diária de operações realizadas

255.121

Clearing de Derivativos – Salvaguardas

Fundo de Operações do Mercado Agropecuário

r$50 milhõesFundo Especial dos Membros de Compensação

r$40 milhões Fundo de Liquidação de Operações

r$387,2 milhõesFundo de Desempenho Operacional

r$1.145,9 milhões

Clearing de Câmbio – Salvaguardas

Fundo Operacional

r$50 milhõesFundo garantidor de Dólar Pronto

r$15 mil Fundo de Participação

r$140,5 milhões


O Banco BM&F deu continuidade à atuação de custodiante, fechando o período com receita operacional de r$3,4 milhões.

Com atuação marcante nos leilões da Companhia Nacional de Abaste-cimento (Conab), a Bolsa Brasileira de Mercadorias registrou r$1,03 bilhão nesse segmento, com negociação de 4,1 milhões de toneladas de produtos agropecuários. Nos leilões de café administrados pelo Ministé-rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foram realizados negócios no montante de r$33 milhões. As operações com produtos físicos e os registros de contratos totalizaram r$2,77 bilhões.

R$7,8 milhões foram obtidos com a receita operacional da

bolsa brasileira de mercadorias.

OUTRAs REcEITAs OPERAcIONAIs

Além dos sistemas de negociação e liquidação, a BM&FBOVESPA gera receita operacional relacionada às taxas cobradas de empresas autoriza-das a distribuir os dados produzidos em seus ambientes de negociação (vendors), tais como preços e volumes de ativos e contratos negociados; à taxa de classificação de mercadorias (algodão, café e milho) cobrada pelos serviços prestados por seus laboratórios de classificação; taxas co-bradas pelos cursos do Instituto Educacional BM&FBOVESPA; e a taxa de administração do Fundo de garantia.

Em 2008, a receita operacional obtida com os vendors foi da ordem de R$43,4 milhões, correspondente a crescimento

de 97,6%. Já as taxas de classificação de mercadorias totalizaram R$3,5 milhões, sendo classificados 12.439 lotes

de café e 1.394.964 amostras de algodão.

24 | RELATÓRIO ANUAL 2008

REsUmO OPERAcIONAL

(EM r$MIL)

Receita operacional 1.783.358

sistema de negociação e/ou liquidação – bm&F 634.230

derivativos 601.275 câmbio 21.302 Ativos 330 bolsa brasileira de mercadorias 7.865 banco bm&F 3.458

sistema de negociação e/ou liquidação – bovespa 1.050.774

Negociação – emolumentos de pregão 635.091 Transações – compensação e liquidação 259.355 Empréstimos de valores mobiliários 48.528 Listagem de valores mobiliários 29.776 depositária, custódia e back-office 62.523 Acesso dos participantes de negociação 15.501

Outras receitas operacionais 98.354

Vendors 43.359 Taxa de classificação de mercadorias 3.535 Outras 51.460

deduções da receita (181.347)

PIs e cofins (162.752) Impostos sobre serviços (18.595)

Receita operacional líquida 1.602.011

despesas operacionais (544.545)

Resultado operacional 1.057.466



PERFORmANcE dO mERcAdO

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sEgmENTO bOVEsPAO ano de 2008 foi marcado pelo aumento da instabilidade no cenário econômico mundial, reflexo do agravamento da crise no setor financeiro internacional, gerada pela inadimplência nos créditos imobiliários sub-prime nos Estados Unidos.

Seus desdobramentos tiveram sérias conseqüências no segmento finan-ceiro norte-americano e em outras partes do mundo, afetando seriamente o desempenho de suas economias e provocando a desaceleração da ativi-dade econômica global em virtude da redução no nível de liquidez mun-dial e do aumento das incertezas sobre a intensidade e a duração da crise.

Os mercados de renda variável e fixa da bm&FbOVEsPA movimentaram R$1,37 trilhão, volume 14,7% superior

ao de 2007. O número total de negócios apresentou elevação de 62,9%, somando 61 milhões, com média

diária de 245.071 transações.


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ÍNdIcE bOVEsPA

Nesse cenário, o comportamento do mercado de ações brasileiro, medi-do pelo seu principal indicador, o Índice Bovespa, pode ser dividido em dois períodos distintos.

O primeiro, de janeiro a maio, foi marcado por contrastes. O Brasil re-cebeu, em abril, o grau de investimento de duas importantes agências internacionais de rating, que o colocou em posição privilegiada em ter-mos de atração de recursos estrangeiros. Diante disso, o Ibovespa bateu seu recorde histórico por dez vezes no período, sendo nove somente em maio, atingindo seu ponto máximo no dia 20, quando registrou 73.516 pontos, acumulando valorização de 15,1%.

O Ibovespa bateu seu recorde histórico por dez vezes no primeiro semestre, registrando

73.516 pontos em 20 de maio.

No segundo período, de junho a dezembro, verificou-se a intensificação da crise do setor financeiro internacional, afetando fortemente institui-ções como Lehman Brothers, AIg, Morgan Stanley, Washington Mutual e goldman Sacks.

Esse quadro teve efeitos bastante negativos sobre o desempenho das economias globais e sobre o nível de liquidez mundial. As bolsas apre-sentaram fortes quedas ao longo do segundo semestre. Nem mesmo a ação conjunta dos bancos centrais de vários países, anunciando cortes em suas taxas de juro e a adoção de uma série de medidas para amenizar os efeitos da crise, foi suficiente para animar os mercados de ações no mundo.

Em dezembro, observou-se melhoria da percepção do risco Brasil que, aliado aos baixos preços dos papéis negociados em bolsa, resultou em li-geira reação do mercado de ações brasileiro, que apresentou performan-ce positiva de 2,6%, diminuindo a queda do seu principal indicador.

O mercado acionário da BM&FBOVESPA encerrou 2008 com o Índice Bo-vespa em 37.550 pontos, desvalorização nominal de 41,2% e de 55,5% ante a variação cambial.


As ações que obtiveram as maiores altas de janeiro a dezembro de 2008 foram: Nossa Caixa ON (+200,59%); Brasil t PAr ON (+31,33%); trans Pau-lista PN (+20,74%); Natura ON (+18,03%); e telesp PN (+11,99%).

No mesmo período, as maiores baixas foram registradas pelas seguintes ações: rossi resid ON (-83,20%); Aracruz PNB (-80,16%); gol PN (–77,20%); BM&FBOVESPA ON (–72,81%); e gafisa ON (-68,19%).

OUTROs ÍNdIcEs dA bm&FbOVEsPA

O desempenho negativo do mercado refletiu-se nos demais indicadores da BM&FBOVESPA, que acompanharam a tendência do Ibovespa.

O Índice Brasil 50 (IBrX-50) teve queda de 43,1%; o Índice Brasil 100 (IBrX-100), de 41,7%; o Índice Valor Bovespa – 2ª linha (IVBX-2), de 36,9%; o Índice Setorial de telecomunicações (ItEL), de 16,4%; o Índice de Energia Elétrica (IEE), de 11,6%; o Índice de Ações com governança Corporativa Diferenciada (IgC), de 45,6%; o Índice de Ações com tag Along (ItAg), de 44,9%; o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), de 41,0%; o Índice do Setor Industrial (INDX), de 46,7%; o Índice MidLarge Cap (MLCX), de 43,4%; e o Índice SmallCap (SMLL), de 50,7%.

NEgOcIAçãO

O número de transações apresentou crescimento. Foram efetuados 61 milhões negócios, representando média diária de 245.071 operações, 60,3% superior à verificada em 2007, quando foram realizados 152.872 por dia.

Foram transacionados r$1,37 trilhão, valor 14,7% superior ao obtido em 2007. O volume médio diário registrou expansão de 12,9%, atingindo r$5,5 bilhões.

Em 8 de outubro, o recorde de número total de negócios foi superado, totalizando 414.401.


As transações no mercado a vista (lote-padrão), responsáveis por 89,7% do total movimentado em 2008, registraram montante médio diário de r$4,9 bilhões, 19,3% superior ao ano anterior.

O mercado de opções sobre ações, com participação de 89,7% no total movimentado com opções, totalizou r$40.243,0 milhões, valor 5,7% aci-ma do verificado no ano anterior.

O segmento de opções sobre o Ibovespa, no entanto, apresentou desem-penho negativo: 2.108.680 contratos, com volume de r$4,6 bilhões, cifras 45,2% e 22,5%, respectivamente, inferiores a 2007.

Em termos de quantidade de negócios, verificou-se incremento de 27,3%, passando da média diária de 37.530 para 47.764 em 2008.

Novo recorde no número de negócios do mercado de opções de venda sobre ações: 654, em 16 de dezembro.

Os ativos mais transacionados no mercado de opções foram: Petrobras, com 59,4%; Vale do rio Doce, com 28,0%; Ibovespa, com 10,3%; Brades-co, com 0,4%; e gerdau, com 0,3%.

As negociações no mercado a termo também mostraram elevação: subi-ram de 435.729 para 556.974 em 2008, somando r$44,2 bilhões, 15,7% a mais ao observado no ano anterior. Do total, 38,4% foram para prazos até 30 dias, 34,0% de 31 a 60 dias e 27,6% superiores a 60 dias.

Quanto ao segmento de renda fixa, o Bovespa Fix e o Soma Fix en-cerraram 2008 com r$128,5 bilhões em ativos registrados, correspon-dendo a 306 emissões de debêntures, Certificados de recebíveis Imo-biliários (CrI), Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) e notas promissórias. Os valores representam decréscimo de 2,8% em número de emissões e acréscimo de 8,6% em volume financeiro, na comparação com o final de 2007 (315 emissões e r$118,2 bilhões, res-pectivamente).

O volume negociado com debêntures passou de r$231,3 milhões em 2007, para r$149,2 milhões em 2008. As negociações com CrIs subiram de r$176,1 milhões em 2007 para r$217,7 milhões em 2008. Os FIDCs atingiram r$940,5 milhões em 2008, ante r$523,8 milhões em 2007.


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cAPITALIZAçãO bURsáTIL

O valor de mercado das empresas listadas exibiu significativa retração, em conseqüência da queda nas cotações das ações e da redução do nú-mero de empresas – em 2007, o total de companhias com ações nego-ciadas na BM&FBOVESPA era de 404; em dezembro de 2008, caiu para 392. A capitalização bursátil dessas companhias foi de r$1,37 trilhão em dezembro de 2008, decréscimo de 44,5%.

As 160 empresas que, ao final de 2008, integravam os Níveis Diferencia-dos de governança Corporativa, representavam 60,37% do valor de mer-cado, 64,47% do volume financeiro e 73,32% da quantidade de negócios no mercado a vista.

As empresas integrantes do Índice bovespa e do IbrX-100 representaram 79,1% e 83,5%, respectivamente,

do valor total da capitalização da bm&FbOVEsPA.

Os cinco setores de atividade com maior valor de mercado em 2008 fo-ram: financeiro, com r$298,9 bilhões (21,7% do total); petróleo, gás e biocombustível, com r$241,1 bilhões (17,5%); mineração, com r$141,9 bilhões (10,3%); energia elétrica, com r$137,5 bilhões (10,0%); e telefonia fixa, com r$91,9 bilhões (6,7%).

PARTIcIPAçãO dOs INVEsTIdOREs

Em decorrência da linha de atuação iniciada em 2002, que privilegiou a necessidade de trazer novos participantes ao mercado, em especial pes-soas físicas, houve aumento desse tipo de investidor ao longo dos anos. Com efeito, a percentagem de pessoas físicas no volume total transacio-nado passou de 23,01% para 26,67% em 2008.

A bm&FbOVEsPA encerrou 2008 com 536.483 contas de investidores pessoas físicas. Ao final de

2007, esse número era de 456.557.


Já a percentagem de investidores institucionais passou de 29,8% para 27,1% em 2008, enquanto a das instituições financeiras de 10,4% para 7,8%.

As empresas apresentaram crescimento em sua participação, passando de 2,1% em 2007 para 2,7% em 2008, demonstrando que os baixos pre-ços de suas ações desencadearam um movimento de recompra.

mais de 800 clubes de investimento foram criados ao longo de 2008, o número de investidores pessoas físicas ultrapassou 500 mil e a média mensal de investidores com ofertas alocadas no Home broker chegou a 200 mil.

A participação dos investidores estrangeiros apresentou elevação: 35,5% em 2008 ante 34,5% no ano anterior. Com volume de compras de r$474,4 bilhões, contra vendas de r$499,0 bilhões em 2008, esses investidores fo-ram vendedores líquidos na BM&FBOVESPA em r$24,6 bilhões.

O investimento estrangeiro nas ofertas públicas de ações representou 48,1% do total de R$41,1 bilhões das operações realizadas com Anúncios de Encerramento publicados até 5 de janeiro de 2009.

HOmE bROkER

Apresentando evolução constante desde seu lançamento em 1999, o vo-lume médio mensal do home Broker (conexão varejo) passou de r$15,2 bilhões para r$27,5 bilhões em 2008, revelando incremento de 80,9%.

A participação do home Broker foi de 12% no volume e 34,2% nos ne-gócios que, quando comparada aos resultados de 2007 (8,6% e 27,7%, respectivamente) evidencia seu bom desempenho.


FORmAdOR dE mERcAdO

No final do ano, 81 ativos possuíam Formador de Mercado, sendo 75 para ações, três para BDrs e três para EtFs. No segmento de renda fixa, há cin-co debêntures que contam com esse serviço.

Vale ressaltar que 17 das companhias que utilizavam esse serviço conse-guiram ingressar nos principais índices da BM&FBOVESPA, como o Ibo-vespa, IBrX-50 e IBrX-100, reforçando que a figura do Formador de Merca-do tem contribuído para fomentar os negócios com ações.

13 de junho de 2008 foi um dia especial para o mercado acionário brasileiro. O Novo mercado recebeu a centésima companhia listada – OgX Petróleo e gás Participações s.A.

Foi o primeiro IPO registrado na bm&FbOVEsPA após a integração das duas bolsas.

sEgmENTO bm&FOs mercados derivativos terminaram 2008 com 391,6 milhões de contra-tos, redução de 8,15% em comparação aos 426,4 milhões transacionados no ano anterior. O volume financeiro atingiu r$28 trilhões, 13,43% abaixo dos r$32,4 trilhões em 2007.

O mercado de balcão apresentou média diária de 12,4 mil contratos em 2008.

ATIVOs FINANcEIROs

Em 2008, o futuro de juro (DI) encerrou com 166,9 milhões de contratos; o dólar comercial futuro, com 87,4 milhões; e o futuro de Ibovespa, com 20,2 milhões.

Em relação aos contratos em aberto, ao final do último pregão de dezem-bro, o mercado de derivativos mantinha 17,9 milhões de posições.


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cOmmOdITIEs

O mercado de derivativos agropecuários totalizou 3,2 milhões de contra-tos em 2008, incremento de 47,7% em relação ao ano anterior, quando foram negociados 2,2 milhões de contratos. O volume financeiro foi su-perior a r$81 milhões, crescimento de 75% comparado a 2007.

O mercado de boi gordo consolidou-se como o maior contrato agrope-cuário da BM&FBOVESPA, responsável por 52% do volume, com 1,7 mi-lhão de contratos negociados, ante 940 mil contratos no ano anterior. O café arábica somou 838 mil contratos, contra 808 mil em 2007. A soja movimentou 292 mil contratos, ante 196 mil; e o milho, 407 mil contratos, contra 208 mil em 2007.

Ao final do último pregão de dezembro, os mercados agropecuários re-gistraram 69,5 mil posições em aberto.

O mercado de boi gordo foi responsável por 52% do volume agropecuá-rio, com 1,7 milhão de contratos negociados.

WEbTRAdINg

Em 2008, foram negociados 10,1 milhões de minicontratos derivativos, via Webtrading. O míni de Ibovespa atingiu 9,9 milhões, ante 10,7 mi-lhões no ano anterior.

O mercado disponível de ouro (250 gramas) atingiu 12,6 mil contratos, 38,4% acima de 2007: 9,1 mil.


dEsENVOLVImENTO dE mERcAdO

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bOVEsPA mAIsEm fevereiro de 2008, foi introduzido o segmento especial de listagem do mer-cado de balcão organizado Bovespa Mais, administrado pela BM&FBOVESPA e regulado pela CVM.

A primeira a ingressar foi a Nutriplant Indústria e Comércio, empresa do se-tor de fertilizantes que iniciou a negociação de suas ações ordinárias com distribuição primária de r$20,7 milhões.

ÍNdIcEsNovos índices foram lançados em 2008. MidLarge Cap (MLCX) e SmallCap (SMLL), respectivamente, medem o retorno de uma carteira composta pelas empresas listadas de maior capitalização e o retorno de uma carteira com-posta por empresas de menor capitalização.

Já o Índice de Consumo (Icon) e o Índice Imobiliário (Imob) têm como prin-cipais objetivos atender às demandas dos participantes, ampliar estratégias de investimentos, oferecer novos referenciais para produtos do mercado fi-nanceiro, além de possibilitar o lançamento de derivativos financeiros.

Com o lançamento desses indicadores, subiu para 14 o número de índices de ações calculados pela BM&FBOVESPA.


EXcHANgE TRAdEd FUNds (ETFs)Visando ampliar o leque de produtos foram lançados para negociação três novos EtFs: o iShare Ibovespa – Fundo de Índice, o iShare MidLarge Cap – Fundo de Índice e o iShare Small Cap – Fundo de Índice, todos sob gestão do Banco Barclays.

cONTRATOs dERIVATIVOsFUTUROs E dE OPçõEs sObRE mILHO cOm LIqUIdAçãO FINANcEIRA E dE bAsE dE PREçOs REgIONAIs

Lançados em setembro, possibilitam a negociação simultânea do contra-to futuro financeiro e do contrato de base regional de preço reduzindo o risco de base, aumentando a eficiência de hedge e favorecendo a co-municação de preços entre as principais regiões e o mercado exportador. Além disso, atraem novos participantes, como indústrias, cooperativas, produtores e exportadores, ampliando a liquidez.

FUTURO dE sWAP dE cRédITO dA dÍVIdA sObERANA bRAsILEIRA

Esse contrato, autorizado à negociação em março de 2008, é referenciado em títulos da dívida externa emitidos pela república Federativa do Brasil com 3, 5 ou 7 anos de maturidade.

FUTURO dE TAXA dE câmbIO dE REAIs POR IENE E FUTURO dE TAXA dE câmbIO dE REAIs POR EURO

Em outubro, a Bolsa apresentou ao mercado os novos contratos futuros de taxa de câmbio de reais por euro e de reais por iene, que serão au-torizados à negociação em 2009. Estes representam a primeira iniciativa conjunta da BM&FBOVESPA e do CME group para a formação de preços desses instrumentos, efetuada mediante a taxa de câmbio cruzada de im-portantes produtos das duas bolsas.


cONTRATO A TERmO dE mETAIs

Foi autorizada, em maio, a negociação dos contratos de opções flexíveis de compra e venda sobre metais.

LEILãO dE cRédITOs dE cARbONOA BM&FBOVESPA sediou, em setembro, o segundo leilão de reduções cer-tificadas de emissão (rCEs) de titularidade da Prefeitura Municipal de São Paulo. Foram leiloados 713.000 rCEs geradas nos termos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) em lote único, sendo 454.343 créditos procedentes do projeto do Aterro Sanitário Bandeirantes e 258.657 do Aterro Sanitário São João.

A Mercuria Energy trading S.A., de genebra, arrematou o lote por €19,20 por tonelada de carbono, pagando à Prefeitura o equivalente a €13,689 milhões (aproximadamente r$37 milhões), o que representa ágio de 35,21% em relação ao preço mínimo de €14,20 por tonelada. Dez institui-ções participaram do evento, sendo que oito fizeram ofertas.

sIsTEmAs ELETRôNIcOs dE NEgOcIAçãO

gLObAL TRAdINg sysTEm (gTs)

Em 2008, os sistemas eletrônicos de negociação da BM&FBOVESPA pas-saram por diversas transformações e completaram importante ciclo de evolução.

O gtS passou por profundas mudanças, dentre elas a completa substi-tuição da versão antiga de seu software, o lançamento da negociação eletrônica de câmbio pronto, a abertura da conectividade via troca de mensagens em formato FIX, a autorização para negociação via DMA e a integração com o sistema globex do CME group.

Em maio, foi finalizado o processo de substituição/migração do antigo gtS – software desenvolvido e mantido pela Nyse Euronext e licenciado


pela ex-BM&F – para o novo gtS – software desenvolvido e mantido pela equipe da BM&FBOVESPA. Em 17 de setembro, em meio à fase mais aguda da crise financeira mundial, foram fechados 48.783 negócios no novo gtS, configurando recorde histórico e atestando a capacidade do sistema.

A Bolsa lançou, em julho, a interface aberta de comunicação do gtS, pos-sibilitando aos participantes a conexão/comunicação com o sistema por meio de troca de mensagens em formato FIX, amplamente utilizado pela indústria financeira para a transmissão de market data e para o envio de ordens de compra e venda.

43 instituições estão conectadas ao gTs via FIX, sendo 36 corretoras e 7 vendors.

Ainda em julho, teve início a negociação de câmbio pronto no gtS. A partir de então, bancos e corretoras de câmbio passaram a comprar e vender dólares de forma eletrônica e anônima, sendo o registro de tais operações realizado de maneira automática na Clearing de Câmbio.

Em agosto, a BM&FBOVESPA autorizou, no gtS, a negociação com acesso direto do cliente, ou DMA (Direct Market Access). Na data de lançamento, 23 corretoras encontravam-se habilitadas. No final do ano, havia 31 ins-tituições.

Após obtenção da autorização da Commodity Futures trading Commis-sion (CFtC) em setembro, foi inaugurado o sistema de roteamento de ordens do CME group para a BM&FBOVESPA. Por meio desse sistema, investidores estrangeiros, conectados à plataforma globex, passaram a receber market data dos contratos derivativos negociados no gtS e a en-viar ordens.

Em dezembro, a Bolsa autorizou o roteamento de ordens ao gtS por meio de empresas provedoras de DMA, as quais, em geral, conectam-se a inves-tidores internacionais via grandes redes de transmissão de dados, sendo capazes de direcionar importantes fluxos de ordens. A BM&FBOVESPA as-sinou contrato com duas importantes empresas provedoras de DMA, que começarão a rotear ordens para o gtS no primeiro trimestre de 2009.

também em dezembro, foi realizada a primeira sessão de negociação simulada do roteamento de ordens do gtS para o globex, da qual parti-ciparam oito instituições, dentre as quais corretoras da BM&FBOVESPA e clearing firms do CME group.


mEgA bOLsA

No segmento Bovespa foi completado, em junho, o processo de migra-ção do software responsável pelo casamento de ofertas (matching engi-ne) do Mega Bolsa, que evoluiu da versão 380 para a 837, esta última mais veloz e com maior capacidade de processamento.

também foram adotadas mudanças de hardware que, em conjunto com a implantação da versão 837 do Mega Bolsa, permitiram o aumento da capacidade de processamento do sistema, a qual passou de 400 mil para 770 mil negócios/dia.

Essas mudanças auxiliaram o sistema a suportar as situações de pico/es-tresse observadas em setembro e outubro.

Em 8 de outubro, o mega bolsa registrou 414.401 negócios, recorde histórico absoluto.

Foram ainda realizadas melhorias nas portas automatizadas (portas 300, 310, 400 e 500) em termos de desempenho e funcionalidade, com des-taque para a possibilidade de alterações de ofertas e aceitação de novos tipos em operações de leilão.

Em dezembro, a BM&FBOVESPA promoveu treinamento para utilização da Estação Mega Bolsa para mais de 600 operadores de mesa das corre-toras participantes. No primeiro trimestre de 2009, a Estação Mega Bolsa substituirá, definitivamente, os terminais de negociação gLWIN atual-mente utilizados.

cORRETORAs PARTIcIPANTEs

A BM&FBOVESPA contava, ao final de 2008, com 142 corretoras, sendo 82 de valores e 66 de mercadorias. Destas, 36 são detentoras de selos de qualificação, distribuídos pelo PQO – programa de qualificação do seg-mento BM&F que também está sendo aplicado ao segmento Bovespa.


POPULARIZAçãO dOs mERcAdOs

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A Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros desenvolve vários programas para popularizar seus mercados e explicar qual é o papel da Nova Bol-sa na negociação de produtos como ações, fundos e contratos futuros. Em 2008, foram atendidos pessoalmente 78.305 visitantes. Os canais de atendimento somaram 21.683 consultas.

bm&FbOVEsPA VAI ATé VOcêA Bolsa segue prestando esclarecimento sobre o mercado de ações e de-rivativos para a população em geral, universidades, fábricas, feiras, expo-sições e outros locais de grande concentração de público, inclusive nas praias durante o verão.

Essas iniciativas fazem parte do programa BM&FBOVESPA Vai Até Você, criado em 2002 com o objetivo de divulgar os conceitos sobre o mercado e atrair maior número de participantes. Desde seu lançamento, já alcan-çou cerca de meio milhão de pessoas pelo Brasil, tendo realizado mais de 5 mil eventos e originado 3 mil clubes de investimento, sendo 800 somente em 2008.

Outro módulo é o Mulheres em Ação, com foco na aproximação do pú-blico feminino aos conceitos do mercado de capitais. Mais de 30 mil mu-lheres já foram atendidas pelo programa, em 13 estados. Em 2008, foram realizados nove cursos, nos quais 235 participantes foram atendidas.


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O BM&FBOVESPA Vai ao Campo é o mais recente módulo do programa de popularização. São realizadas visitas às principais cidades do agrone-gócio brasileiro, divulgando informações sobre os mercados da Bolsa.

Em dez eventos, o programa apresentou os conceitos básicos dos mer-cados de derivativos, futuros e ações para 2 mil participantes em 2008, além de esclarecer dúvidas para mais de 2.800 pessoas, atendidas no Bol-samóvel.

PROgRAmAs 2008

bm&FbOVEsPA Vai à Praia

22.823 pessoas

bm&FbOVEsPA Vai ao campo

4.809 pessoas

bm&FbOVEsPA Vai à Universidade

2.076 instituições

bm&FbOVEsPA Vai à Fábrica/Empresas

22 empresas

bm&FbOVEsPA Vai ao Judiciário

5 eventos

Feiras e exposições

49 eventos


dIVULgAçãO dOs mERcAdOs

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bEsT O BESt: Brazil Excellence in Securities transactions encerrou a primeira rodada das apresentações previstas para 2008 com a participação de 310 investidores não-residentes em quatro eventos oficiais e seis reuniões pa-ralelas. A agenda incluiu também Dubai, nos Emirados Árabes, colocando o Oriente Médio no roteiro. Londres, Luxemburgo e genebra completa-ram o ciclo.

Dentre os palestrantes do evento estiveram o secretário-adjunto do te-souro Nacional, o diretor de Política Monetária do Banco Central e o dire-tor da Comissão de Valores Mobiliários. Um dos assuntos mais abordados pelos investidores estrangeiros foi a recente introdução da alíquota de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações de renda fixa.

O BESt Brazil também realizou o 5º Seminário relacionamento com In-vestidores Não-residentes nos Mercados Financeiro e de Capitais Brasi-leiro/resolução CMN 2.689/00.


REVIsTA dA NOVA bOLsA Sucessora da Revista Bovespa e da Resenha BM&F, a Revista da Nova Bolsa simboliza a integração das bolsas, ao incorporar as equipes das publi-cações anteriores. Mas seu escopo é mais amplo, somando à macroeco-nomia, aos mercados de capitais, derivativos e à responsabilidade social temas de interesse geral, com a cidade de São Paulo ou o esporte. Com edição trimestral, a nova revista está disponível na versão impressa e na internet (www.bmfbovespa.com.br/revista).

sÍNTEsE AgROPEcUáRIA Além de trazer a análise dos mercados agropecuários da BM&FBOVESPA são publicados artigos e matérias escritos por jornalistas especializados, que abordam temas de importância do agronegócio no Brasil e no mun-do. A Síntese Agropecuária está disponível apenas na internet (www.bmf.com.br em Publicações).

INTERNET O website da BM&FBOVESPA compreende os mercados da Bovespa e da BM&F. Mensalmente, são mais de 5 milhões de visitas, com 15 milhões de páginas acessadas.

Dentre seus principais recursos, além da divulgação de informações ins-titucionais e operacionais, estão o acesso às informações dos negócios realizados nesses mercados, a recuperação de dados históricos e a trans-missão de áudio e vídeo para cobertura dos eventos realizados na Bolsa.

A BM&FBOVESPA administra também websites e call centers voltados ao comércio exterior, em parceria com os governos dos seguintes estados: Minas gerais, São Paulo, rio de Janeiro e rio grande do Sul.


cENTRO dE TVO Centro de tV oferece às emissoras de televisão informações em tem-po real diretamente do pregão e transmite, em rede nacional, palestras e eventos que ocorrem nos auditórios da Bolsa.

Diariamente, são gerados boletins informativos para as emissoras, em in-tervalos de tempo de dois a cinco minutos, além de programas em estú-dio, com duração de 30 minutos, para as emissoras que exibem em rede nacional as informações do mercado financeiro, dentre elas Bloomberg television, tV Bandeirantes, tV globo, Canal do Boi, Agrocanal e Canal rural. O sistema de tV corporativa abrange transmissões para as três Américas e para a Europa.

VENdORsEm 2008, a BM&FBOVESPA possuía contratos de venda de sinal com agên-cias de informação distintas, como reuters, Bloomberg e Agência Estado, englobando milhares de terminais distribuídos pelo mundo.

sEmINáRIOs, cONgREssOs E EXPOsIçõEscONFERêNcIA INTERNAcIONAL dA FIA

A Bolsa participou, em 11 e 12 de novembro, da 24ª Feira Anual de Futu-ros e Opções, realizada pela Futures Industry Association (FIA), em Chica-go. O evento contou com a presença de 140 expositores.

realizada anualmente, a exposição tem como objetivo divulgar produ-tos, serviços e informações sobre os mercados futuro e de derivativos. Aproximadamente 4 mil pessoas de 20 países visitaram a feira.


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OUTROs EVENTOs

Em 2008, a BM&FBOVESPA promoveu diversos eventos nacionais rela-cionados ao agronégocio, dentre eles o seminário Perspectivas para o Agribusiness em 2008 e 2009, em parceria com Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com o apoio da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag).

No campo financeiro, promoveu os seminários Acordo entre BM&F e CME group – Expandindo as Oportunidades de Negócios por meio de uma Distribuição global; e hedge Corporativo, em parceria com a Fiesp.

Além desses, a BM&FBOVESPA participou de outros eventos relaciona-dos aos mercados de sua atuação, como Agrishow, Encontro Nacional de relações com Investidores e Mercado de Capitais, Expo Money, Expocafé Congresso da Apimec, Feicorte.


EdUcAçãO PARA O mERcAdO

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A Bolsa desenvolve várias atividades para informar e formar poten-ciais investidores. Priorizando crianças, adolescentes e universitários, as atividades educacionais englobam visitas monitoradas ao Espaço BM&FBOVESPA, realização de palestras regionais, de concursos estudan-tis e parcerias com instituições de ensino. Foram atendidas 198.630 pes-soas, entre estudantes e público em geral, além de 1.889 instituições de ensino.

O interesse dos brasileiros por conhecimentos sobre os mercados de ações e de derivativos

manteve-se em alta em 2008. A bm&FbOVEsPA atendeu a mais de 400 mil pessoas

de todo o País, que participaram de cursos, palestras e visitas monitoradas.


EsPAçO bm&FbOVEsPAO recinto onde antigamente se realizava o pregão de viva voz do merca-do de ações foi transformado no Espaço BM&FBOVESPA, um centro de vi-sitação monitorada com acesso gratuito para pessoas de todas as idades. No local, grupos de interessados recebem explicações sobre o funciona-mento do mercado e, dentre outros atrativos, assistem a simulações de negócios entre investidor e corretora de valores. O Espaço BM&FBOVESPA já recebeu mais de 350 mil pessoas desde sua inauguração.

são metas da bm&FbOVEsPA ampliar e intensificar os programas de popularização dos mercados, mostrando às pessoas físicas e jurídicas que a bolsa serve ao futuro como instrumento de poupança para formação de patrimônio.

EdUcARPrograma de educação financeira que promove cursos sobre como ge-renciar as finanças pessoais para grupos de faixas etárias distintas. Desde seu lançamento em 2005, mais de 90 mil interessados foram atendidos, dos quais mais de 30 mil em 2008.

dEsAFIO bm&FbOVEsPA Criado para difundir os conceitos de mercado e de educação financei-ra entre os estudantes de Ensino Médio das redes pública e privada, em 2008 o Desafio BM&FBOVESPA foi ampliado para todo o Estado de São Paulo (nos anos anteriores, abrangia a grande São Paulo). Além disso, os professores orientadores das equipes passaram a contar com um espaço exclusivo no site da Bolsa para auxiliá-los na preparação dos alunos.


Em sua terceira edição, o Desafio BM&FBOVESPA recebeu inscrições de 505 instituições de ensino, de 134 municípios. Desse total, 210 foram sor-teadas para participar das eliminatórias que, ao longo do ano, classifica-ram 30 equipes. Cinco foram vencedoras. O Desafio BM&FBOVESPA mo-bilizou 1.659 mil pessoas dentre estudantes, professores e familiares, que fizeram parte da torcida. Desde 2006, já atendeu a 6.659 participantes.

cENTRO dE EsTUdOs NORbERTO bObbIO Abriga um rico acervo de acesso público sobre filosofia política e do direi-to, direitos humanos e relações internacionais, permitindo o debate entre os representantes das esferas jurídica, acadêmica e da sociedade civil. Em 2008, foram 1.550 visitas.

sImULAdO FOLHAINVEsTA Bolsa mantém, há dez anos, parceria com o jornal Folha de S. Paulo para a realização do Folhainvest, simulado on-line que oferece aos inscritos a oportunidade de conhecer o mercado na prática, por meio de uma car-teira fictícia de ações.

2008 foi mais um ano de sucesso para o Folhainvest: 303 mil pessoas participaram.


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sImULAdOR bm&FbOVEsPA Nesse sistema, é possível realizar operações com os minicontratos futuros de café, boi gordo, soja, dólar e Ibovespa. O participante pode escolher, de acordo com seu perfil, em qual mercado atuar.

As simulações são dinâmicas e idênticas às operações feitas em ambiente real de negociação na plataforma Webtrading, porém com atraso de 15 minutos em relação às cotações de mercado.

Ao final de 2008, o simulador bm&FbOVEsPA contava com mais de 33 mil usuários.

realizado em parceria com o jornal Valor Econômico, o projeto inclui pre-miação aos usuários que mais se destacam na administração de suas car-teiras fictícias.

PRêmIO bm&FbOVEsPA dE JORNALIsmO tem por objetivo reconhecer a contribuição da imprensa para o desen-volvimento do mercado de capitais brasileiro. Em sua 20ª edição, a pre-miação contou com uma nova categoria – Derivativos – e apresentou número recorde de inscrições, totalizando 141 matérias, escritas por 81 jornalistas e publicadas em 34 diferentes veículos. Foram entregues cinco prêmios de r$6 mil cada um, sendo dois para a categoria Mídia Impres-sa São Paulo-rio, um para Mídia Impressa Demais Capitais e Interior, um para Mídia On-line e um para Derivativos.

PRêmIO bm&FbOVEsPA dERIVATIVOs Anualmente, a Bolsa premia as melhores teses e dissertações com mon-tante em dinheiro e viagem aos Estados Unidos. Em 2008, foram conce-didos prêmios aos trabalhos vencedores de 2007: “Análise da Efetividade


das Estratégias e Dinâmicas de hedge para o Mercado Brasileiro de Café Arábica”, de André da Silva Müller, da Universidade Federal de Viçosa (UFV); e “Modelando Descontinuidades em Finanças Usando Distribui-ções hiperbólicas generalizadas”, de Aquiles rocha de Farias, da Univer-sidade de Brasília (UnB).

mbA PARA JORNALIsTAsA BM&FBOVESPA S.A. oferece, há sete anos, o curso de MBA Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais para Jornalistas, sob a res-ponsabilidade pedagógica da Fundação Instituto de Administração (FIA) e apoio da Associação Nacional de Jornais (ANJ). Destinado a jornalistas especializados na cobertura de assuntos econômico-financeiros, esse curso de pós-graduação latu sensu já formou mais de 200 profissionais.

INsTITUTO EdUcAcIONAL bm&FbOVEsPAresponsável por todas as ações de treinamento e formação sobre os mercados da BM&FBOVESPA, oferece ao público em geral, bem como aos profissionais do mercado financeiro e aos órgãos reguladores, cursos in-trodutórios, de especialização e de pós-graduação com alto padrão de excelência, mantendo a média anual de 2.800 alunos.

A biblioteca da bm&FbOVEsPA conta com mais de 8 mil títulos em seu acervo sobre mercado de capitais, derivativos e finaneiro. dispõe ainda de serviço de pesquisa gratuito destinado a pesquisadores, professores e estudantes.

A BM&FBOVESPA também patrocina salas de aula em instituições de ensino superior com o intuito de aproximar a comunidade acadêmica do mercado de capitais e de derivativos em instituições como FgV, USP, Faap, Facamp Ibmec e PUC.


O IE, principal centro de difusão dos mercados de ações e derivativos da América Latina, atendeu a mais de 4 mil alunos em 2008, entre progra-mas presenciais e on-line e lançou novos cursos com o objetivo de con-templar as principais atividades envolvidas em seus mercados.

Em 2008, 119 alunos fizeram mbA em derivativos e mbA em Pricing e Risco,

ambos com reconhecimento do mEc.

Os programas do Instituto Educacional BM&FBOVESPA são desenhados para satisfazer a vários perfis de profissionais.

Os cursos introdutórios tratam dos conceitos principais para se entender o funcionamento dos mercados e os de formação recuperam e sedimentam noções dos mercados financeiros. Já os cursos de especialização – MBA em Derivativos e MBA em Pricing e risco/USP – abordam assuntos específicos de modo intensivo, ampliando o campo de atuação dos profissionais.

O curso conheça o mercado de Ações do Instituto Educacional contou com

235 participantes em 2008.

cURsOs PREsENcIAIs E ON-LINEParticiparam dos programas totalmente presenciais 2.325 alunos, distri-buídos entre os cursos de pós-graduação, de especialização e de curta e média duração; e 1.353 dos cursos on-line, integrados em programas mistos e/ou individuais.


gEsTãO dA mARcA

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A BM&FBOVESPA veiculou, entre 6 e 10 de novembro, campanha publi-citária para mostrar que o Brasil ocupa posição de destaque mundial em termos de sistemas de liquidação, garantias e custódia.

No mesmo período, foi realizado, na cidade de São Paulo, encontro do ministro da Fazenda e presidentes dos bancos centrais do g-20, grupo que reúne os principais países emergentes e os líderes das economias mais desenvolvidas do mundo.

As peças publicitárias mostraram que o Brasil, por meio de seu mercado de capitais e financeiro, ocupa posição de liderança mundial. Foram pro-duzidos anúncios em inglês, ao lado da publicidade em português, para chamar a atenção desse grupo de autoridades das principais economias do mundo.

Do ponto de vista de consolidação da marca BM&FBOVESPA na cobertu-ra de mídia espontânea, os índices de exposição negativa nunca foram superiores a 10%. Foram registradas, em 2008, 17.198 matérias citando a Bolsa nos principais veículos de comunicação.

O ministro da Fazenda, em entrevista à imprensa em novembro de 2008, recomendou o sistema de liquidação, garantias e custódia das

clearings da bm&FbOVEsPA como modelo para o mundo.


REsPONsAbILIdAdEsOcIAL

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Após a integração da Bovespa e da BM&F, todas as iniciativas de responsa-bilidade social estão centralizadas na Nova Bolsa: Instituto BM&FBOVESPA, que abrange o Espaço Esportivo e Cultural da comunidade de Paraisópo-lis e a Bolsa de Valores Sociais e Ambientais (BVS&A); Associação Profissio-nalizante; Clube de Atletismo; e Espaço Cultural no centro de São Paulo.

Além desses programas, a BM&FBOVESPA mantém o site Em Boa Com-panhia (www.bovespa.com.br) para prestar reconhecimento às boas práticas corporativas das empresas listadas; e o Índice de Sustentabi-lidade Empresarial (ISE), criado para medir o retorno total de uma car-teira teórica composta por ações de companhias comprometidas com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial, dentre as emis-soras das 150 ações mais negociadas na Bolsa.

A BM&FBOVESPA também contribui por meio de recursos financeiros com instituições direcionadas para diferentes objetivos e públicos, den-tre eles tratamento de câncer, esclerose múltipla, dependência química, Aids, deficiência mental, além de creches, orfanatos e asilos.


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INsTITUTO bm&FbOVEsPA dE REsPONsAbILIdAdE sOcIAL E AmbIENTAL Atua principalmente na educação de crianças e jovens. Dentre suas iniciati-vas, destacam-se: reforço e complementação à educação formal, capacita-ção profissional, disseminação do conhecimento sobre democracia, preser-vação e recuperação do meio ambiente, prática de esportes, além da criação de meios para motivar a participação das empresas e da sociedade em geral nessas atividades.

Cabe também ao Instituto o acompanhamento do programa Bolsa de Valo-res Sociais e Ambientais (BVS&A), que reúne investidores interessados em contribuir com a melhoria da educação e do meio ambiente no País.

AssOcIAçãO PROFIssIONALIZANTE Mantém o compromisso de promover inclusão social por meio de ações que modifiquem o momento presente e, sobretudo, assegurem o futuro de mi-lhares de jovens. Oferece os programas Capacitação para Empregabilidade, Faz tudo e Espaço Beleza. Em 2008, mais de 400 alunos foram atendidos em suas dependências.

cLUbE dE ATLETIsmO Patrocina 90 esportistas e contribui para inserir representantes do País nessa modalidade nas principais competições mundiais. Em 2008, a BM&FBOVESPA entregou barras de ouro aos atletas do Clube medalhistas nos Jogos Olímpicos de Pequim. A premiação foi de 10,1kg de ouro: um quilo para medalha de ouro, meio quilo para medalha de prata e 250 gramas para medalha de bronze.

EsPAçO cULTURAL Consolida-se como centro de divulgação de arte aberto às várias tendências e escolas. Proporciona a quem freqüenta o centro de São Paulo a oportu-nidade de apreciar obras de renomados artistas nacionais e internacionais. Foram realizadas quatro exposições com mais de 30 mil visitantes em 2008.


PATRImôNIO HUmANO

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Em 2008, dentro do contexto da integração das bolsas, a BM&FBOVESPA adotou programa de sinergias com o intuito de reduzir despesas opera-cionais de modo a reforçar a cultura pela busca constante de resultados.

A nova estrutura organizacional permitirá manter o padrão de qualida-de e eficiência característico das duas companhias que deram origem à BM&FBOVESPA, bem como desenvolver ações mais comprometidas com a otimização de processos e captura de sinergias.

REALINHAmENTO dO qUAdRO FUNcIONALNo final do mês de agosto, foi concluída a estrutura organizacional da companhia, implicando a redução de 20,9% do quadro de funcionários e de terceiros. Vale destacar que o número de funcionários, no final de 2008, era de 1.168 pessoas.


POLÍTIcA sALARIALA BM&FBOVESPA busca compensar adequadamente as competências e as responsabilidades de seus profissionais por meio da adoção de po-lítica de remuneração alinhada com o mercado de trabalho e monito-rada por pesquisas salariais conduzidas com o suporte de consultorias especializadas.

AssIsTêNcIA à sAúdEA BM&FBOVESPA oferece a todos os seus funcionários assistência médica e odontológica, seguro de vida e plano de previdência privada. Mantém ainda o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, no qual promove anualmente campanhas de vacinação contra gripe, de preven-ção contra glaucoma e de controle de colesterol, pressão arterial, diabe-tes e obesidade, dentre outras.

Em 2008, foram realizados 21.409 atendimentos no ambulatório médico da BM&FBOVESPA.

PREVIdêNcIA cOmPLEmENTARO Mercaprev (Fundo de Pensão Multipatrocinado das Instituições do Mercado Financeiro e de Capitais) é estruturado na modalidade de con-tribuição definida. As contribuições feitas pela BM&FBOVESPA para o Mercaprev atingiram o valor de r$2,8 milhões em 2008.

REcURsOs HUmANOsbIO RITmO AcAdEmIA

A Bio ritmo possui centro de ginástica a 200 metros do edifício-sede da Bolsa. Os funcionários têm as mensalidades subsidiadas, assim como matrícula e exame médico gratuitos. Em 2008, 177 pessoas participaram desse programa.


EsPAçO ANTIEsTREssE

A BM&FBOVESPA mantém o Espaço Antiestresse nas dependências da Bio ritmo. Entre funcionários, colaboradores e estagiários, o espaço recebeu 7.007 visitas. Foram também contabilizadas 12.644 sessões terapêuticas de shiatsu, realizadas por profissionais da Shiozawa Prevenção em Saúde.

cORREdOREs dE RUA

A prática de exercícios físicos e de esporte vem sendo a maior aliada para aliviar o estresse do dia-a-dia, além de trazer benefícios à saúde. O pro-grama tem atraído funcionários, operadores e auxiliares de pregão e es-tagiários que desejam ganhar mais disposição, perder peso e manter a forma física. Os treinamentos ocorrem na pista de atletismo do Parque do Ibirapuera e são coordenados por experiente personal trainer.

Os corredores participaram de várias provas em 2008, dentre elas São Silvestre, Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro, Maratona de São Paulo, X Troféu Cidade de São Paulo, Nike 10k, Circuito das Estações Adidas, Track & Fields Run 10k, Graac 10k e Projeto Arrastão.

INFORmATIVO VOcê Em ALTA

Manter canais de comunicação interna para estimular boas relações en-tre funcionários e estabelecer princípios que norteiam os caminhos da BM&FBOVESPA é o principal objetivo dessa publicação. Consolidado como veículo de comunicação interna, o Você em Alta está disponível na intranet da companhia.


gOVERNANçA cORPORATIVA

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O Novo mercado é sinônimo de compromisso. compromisso com regras rígidas de governança corporativa, com

transparência e ética nos negócios.

A BM&FBOVESPA S.A. é uma companhia que incorpora sólidas práticas de governança corporativa a sua estrutura societária. Além de padrões elevados, estabelece atividades relacionadas à administração da Bolsa e à auto-regulação de seus sistemas de registro, negociação, compensação e liquidação.

Em sua estrutura de governança corporativa, estão o Conselho de Admi-nistração e a Diretoria, que são auxiliados pelos seguintes órgãos: Comitê de Auditoria, Comitê de Ética, Comitê de Indicação e remuneração, Co-mitê de Normas e Políticas regulatórias e Comitê de risco e Mercado.

Além desses, a Bolsa conta com o Conselho do Agronegócio, Câmaras Consultivas e outros voltados a ações específicas.


Manoel Felix Cintra NetoConselheiro

Julio de Siqueira Carvalho de AraújoConselheiro

René Marc KernConselheiro

Gilberto MifanoPresidente

Ary Oswaldo Mattos FilhoVice-presidente

Conselheiro Independente

cONsELHO dE AdmINIsTRAçãO

Craig donohueConselheiro


Roberto RodriguesConselheiro Independente

Marcelo TrindadeConselheiro Independente

Luiz Gonzaga de Mello BelluzzoConselheiro Independente

Gustavo Henrique de Barroso FrancoConselheiro Independente

José Roberto Mendonça de BarrosConselheiro Independente

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dEmONsTRAçõEs FINANcEIRAs

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PAREcER dOs AUdITOREs INdEPENdENTEs

Ao Conselho de Administração e AcionistasBM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros

Examinamos o balanço patrimonial da BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (“BM&FBOVESPA”) e o balanço patrimo-nial consolidado da BM&FBOVESPA e suas controladas (“Consolidado”) em 31 de dezembro de 2008 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do valor adicionado da BM&FOVESPA e as correspondentes demonstrações consolidadas do resultado, dos fluxos de caixa e do valor adicionado do exercício findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade de sua ad-ministração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas de-monstrações financeiras.

Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria apli-cáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos tra-


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DI/L

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balhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos das companhias, (b) a cons-tatação, com base em testes, das evidências e dos registros que supor-tam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da companhia, bem como da apresentação das demons-trações financeiras tomadas em conjunto.

Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresen-tam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patri-monial e financeira da BM&FBOVESPA e da BM&FBOVESPA e suas contro-ladas em 31 de dezembro de 2008 e o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido, os seus fluxos de caixa e os valores adicionados nas operações referentes ao exercício findo nessa data, bem como o resultado consolidado das operações, os fluxos de caixa consoli-dados e os valores adicionados consolidados desse exercício, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Conforme descrito na nota 1 às demonstrações financeiras, a Companhia foi constituída em 14 de dezembro de 2007 e não apresentou ativida-des operacionais até 8 de maio de 2008, quando ocorreu o processo de incorporação das bolsas de valores. Dessa forma, estas demonstrações financeiras não estão sendo apresentadas de forma comparativa com o exercício anterior.

São Paulo, 17 de março de 2009

PricewaterhouseCoopersAuditores IndependentesCrC 2SP000160/O-5

ricardo BaldinContador CrC 1SP110374/O-0


Ativo Notas BM&FBOVESPA Consolidado

Circulante 1.904.077 1.965.461

Disponibilidades 4 40.921 40.227

Aplicações financeiras 4 1.685.145 1.744.069

Contas a receber – líquido 5 104.481 105.169

Outros créditos – líquido 6 7.468 9.933

tributos a recuperar e antecipações 9.539 9.540

Imposto de renda e contribuição social diferidos 20 48.594 48.594

Despesas antecipadas 7.929 7.929

Não-circulante 18.342.857 18.464.628

Realizável a longo prazo 641.653 808.863

Aplicações financeiras 4 468.892 629.945

Outros créditos – líquido 6 6.576 11.361

Imposto de renda e contribuição social diferidos 20 73.476 73.476

Depósitos judiciais 92.513 93.885

Despesas antecipadas 196 196

Investimentos 7 1.407.909 1.318.282

Participações em empresas 92.063 –

Outros investimentos 1.315.846 1.318.282

Imobilizado 8 203.708 247.850

Intangível 9 16.089.587 16.089.633

Ágio 16.064.309 16.064.309

Softwares e projetos 25.278 25.324

Total do ativo 20.246.934 20.430.089

bALANçO PATRImONIAL em 31 de dezembro de 2008 (Em milhares de reais)


Passivo Notas BM&FBOVESPA Consolidado

Circulante 909.932 1.075.744

garantias recebidas em operações 18(b) 585.963 585.963

Proventos e direitos sobre títulos em custódia 10 36.020 36.020

Fornecedores 18.392 18.442

Salários e encargos sociais 20.288 20.806

Provisão para impostos e contribuições a recolher 11 40.065 40.254

Imposto de renda e contribuição social – 2.652

Financiamentos 13 4.087 4.087

Dividendos e juros sobre capital próprio a pagar 194.984 194.984

resgate de ações preferenciais a liquidar 12 4.132 4.132

Outras obrigações 14 6.001 168.404

Não-circulante 45.278 62.621

Exigível a longo prazo 45.278 46.729

Provisão para contingências e obrigações legais 15 43.657 46.160

Outras obrigações 14 1.621 569

Participação minoritária das controladas – 15.892

Patrimônio líquido 16 19.291.724 19.291.724

Capital social 2.540.239 2.540.239

reserva de capital 16.606.853 16.606.853

reservas de reavaliação 24.131 24.131

reserva legal 3.453 3.453

reservas estatutárias 302.928 302.928

Ações em tesouraria (185.880) (185.880)

Total do passivo e patrimônio líquido 20.246.934 20.430.089

As Notas Explicativas encontram-se disponíveis em www.bmfbovespa.com.br, no portal de Relações com Investidores, Informações Financeiras de 2008.

bALANçO PATRImONIAL em 31 de dezembro de 2008 (Em milhares de reais)


dEmONsTRAçõEs dO REsULTAdOExercício findo em 31 de dezembro de 2008 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

Notas BM&FBOVESPA Consolidado

Receita operacional bruta 994.037 1.783.358

Sistema de negociação e/ou liquidação – BM&F 622.907 634.230

Derivativos 601.275 601.275

Câmbio 21.302 21.302

Ativos 330 330

Bolsa Brasileira de Mercadorias – 7.865

Banco – 3.458

Sistema de negociação e/ou liquidação – Bovespa 295.401 1.050.774

Negociação – emolumentos de pregão 179.374 635.091

transações – compensação e liquidação 66.925 259.355

Empréstimos de valores mobiliários 9.774 48.528

Listagem de valores mobiliários 10.487 29.776

Depositária, custódia e back-office 22.379 62.523

Acesso dos participantes de negociação 6.462 15.501

Outras receitas operacionais 75.729 98.354

Vendors –cotações e informações de mercado 30.506 43.359

taxa de classificação de mercadorias 3.535 3.535

Outras 24 41.688 51.460

deduções da receita (104.176) (181.347)

repasse de emolumentos – Bovespa (4.104) -

PIS e Cofins (90.514) (162.752)

Impostos sobre serviços (9.558) (18.595)

Receita operacional liquida 889.861 1.602.011

despesas operacionais (448.518) (723.658)

Administrativas e gerais

Pessoal e encargos (173.390) (247.349)

Processamento de dados (83.962) (141.282)

Depreciação e amortização (22.126) (35.140) (continua)


Notas BM&FBOVESPA Consolidado

Serviços de terceiros (37.355) (44.043)

Manutenção em geral (9.822) (13.536)

Comunicações (8.108) (18.721)

Locações (3.089) (4.351)

Materiais de consumo (2.695) (3.629)

Promoção e divulgação (20.733) (29.602)

Impostos e taxas (454) (1.655)

honorários do conselho (6.582) (9.219)

gastos com integração 22 (58.537) (129.576)

Diversas 21 (21.665) (45.555)

Resultado de equivalência patrimonial 7 386.402 –

Amortização de ágio 9 (324.421) (324.421)

Resultado financeiro 171.588 305.972

receitas financeiras 199.667 364.859

Despesas financeiras (28.079) (58.887)

Resultado antes da tributação sobre o lucro 674.912 859.904

Imposto de renda e contribuição social 20 (c) (29.316) (212.741)

Corrente (142.392) (331.879)

Diferido 113.076 119.138

Participação minoritária – (1.567)

Lucro líquido do exercício 645.596 645.596

Quantidade de ações em circulação no fim do exercício 2.010.990.091 2.010.990.091

Lucro líquido por ação no fim do exercício (R$) 0,321034 0,321034



dEmONsTRAçãO dAs mUTAçõEs dO PATRImôNIO LÍqUIdO (Em milhares de reais)

Reservas de lucros

Reservas de Reservas Ações em

Capital Reserva reavaliação Reserva estatutárias tesouraria Lucros

Nota social de capital (Nota 16(d)) legal (Nota 16(e)) (Nota 16(b)) acumulados Total

Saldos em 31 de dezembro de 2007 1 – – – – – – 1

Incorporação da BM&F S.A. 1 1.010.785 1.175.121 24.711 3.453 401.447 – – 2.615.517

–

reconhecimento inicial do plano de opções de ações – CPC 10 19 229.519 – – (229.519) – – –

reconhecimento de contratos de arrendamento financeiro – CPC 06 – – 3.567 – – 3.567

Incorporação das ações da Bovespa holding 1 1.526.237 16.415.854 – – – – – 17.942.091

–

resgate de ações preferenciais 12 – (1.240.000) – – – – – (1.240.000)

–

Emissão de ações – plano de opções de ações 16 3.216 – – – – – – 3.216

–

realização da reserva de reavaliação - controladas – – (580) – – – – (580)

recompra de ações 16 – – – – – (192.448) – (192.448)

Alienação de ações em tesouraria 19 – – – – – 6.568 (5.401) 1.167

reconhecimento de plano de opções de ações 19 – 26.359 – – – – – 26.359

Lucro líquido do exercício – – – – – – 645.596 645.596

Destinações do lucro:

Dividendos 16(c) – – – – – – (203.644) (203.644)

Juros sobre capital próprio 16(c) – – – – – – (309.118) (309.118)

Constituição de reservas estatutárias – – – – 127.433 – (127.433) –

Saldos em 31 de dezembro de 2008 2.540.239 16.606.853 24.131 3.453 302.928 (185.880) – 19.291.724



dEmONsTRAçõEs dOs FLUXOs dE cAIXAExercício findo em 31 de dezembro de 2008 (Em milhares de reais)

BM&FBOVESPA Consolidado

Fluxos de caixa das atividades operacionais

Lucro líquido do exercício 645.596 645.596

Ajustes por:

Depreciação/amortização 22.126 35.140

resultado na venda de imobilizado 69 2.527

Imposto de renda e contribuição social diferidos (113.076) (119.138)

resultado de equivalência patrimonial (386.402) –

Despesas relativas ao plano de opções de ações 26.359 26.359

Amortização de ágio 324.421 324.421

Despesas de juros 18.531 18.531

Outros (10.169) 9.506

Variação de aplicações financeiras e garantias de operações 1.334.603 1.096.446

Variação em tributos a recuperar e antecipações 104.431 (2.115)

Variação em contas a receber 40.749 48.945

Variação em outros créditos 3.085 49.658

Variação em despesas antecipadas 4.465 3.663

Variação de depósitos judiciais (12.366) (64.186)

Variação em proventos e direitos sobre títulos em custódia (598) 8.023

Variação em fornecedores (4.564) (3.034)

Variação em provisão para impostos e contribuições a recolher (18.081) 4.316

Variação em impostos de renda e contribuição social (185.984) (105.713)

Aumento em salários e encargos sociais (17.053) (5.604)

Variação em outras obrigações (13.309) (30.950)

Variação em provisão para contingências 3.159 11.827

Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 1.765.992 1.954.218

Fluxos de caixa das atividades de investimento

recebimento pela venda de imobilizado 765 7.819

Pagamento pela compra de imobilizado (32.406) (56.544)

Saldo de disponibilidades incorporado/consolidado 94.373 10.816 (continua)



Variação em outros investimentos (437) 1.353

Variação em softwares e projetos (7.834) (21.616)

Caixa líquido proveniente/(utilizado) nas atividades de investimento 54.461 (58.172)

Fluxo de caixa das atividades de financiamento

Integralização de capital 3.216 3.216

Alienação de ações em tesouraria - exercício de opções de ações 1.167 1.167

recompra de ações (192.448) (192.448)

Pagamento de financiamentos (2.841) (2.841)

Empréstimos contraídos 500.000 500.000

Empréstimos amortizados (518.531) (518.531)

Pagamento de ações preferenciais (1.235.868) (1.235.868)

Pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (334.227) (410.514)

Caixa líquido utilizado nas atividades de financiamento (1.779.532) (1.855.819)

Aumento líquido de disponibilidades 40.921 40.227

demonstração da variação das disponibilidades – –

Saldo de disponibilidades no inicio do exercício – –

Saldo de disponibilidades no final do exercício 40.921 40.227

Aumento líquido de disponibilidades 40.921 40.227

dEmONsTRAçõEs dOs FLUXOs dE cAIXAExercício findo em 31 de dezembro de 2008 (Em milhares de reais)




1 – Receitas 994.037 1.783.358

Sistema de negociação e/ou liquidação 918.308 1.685.004

Outras receitas operacionais 75.729 98.354

2 – Bens e serviços adquiridos de terceiros 246.981 425.944

Despesas operacionais (a) 246.981 425.944

3 – Valor adicionado bruto (1-2) 747.056 1.357.414

4 – Retenções 346.547 359.561

Amortização de ágio 324.421 324.421

Depreciação e amortização 22.126 35.140

5 – Valor adicionado líquido produzido pela sociedade (3-4) 400.509 997.853

6 –Valor adicionado recebido em transferência 586.069 364.859

resultado de equivalência patrimonial 386.402 -

receitas financeiras 199.667 364.859

7 – Valor adicionado total a distribuir (5+6) 986.578 1.362.712

8 – distribuição do valor adicionado 986.578 1.362.712

Pessoal e encargos 173.390 247.349

honorários do conselho 6.582 9.219

Impostos, taxas e contribuições (b) 129.842 395.743

Juros e aluguéis (c) 31.168 63.238

Participação minoritária - 1.567

Juros sobre capital próprio e dividendos 512.762 512.762

Prejuízo na alienação de ações em tesouraria 5.401 5.401

Constituição de reservas 127.433 127.433


(a) Despesas operacionais (exclui pessoal, honorários do conselho, depreciações, locações e impostos e taxas) e inclui repasse de emolumentos – Bovespa (b) Inclui: impostos e taxas, PIS e Cofins, impostos sobre serviços, imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos(c) Inclui: locações e despesas financeiras

dEmONsTRAçõEs dO VALOR AdIcIONAdO Exercício findo em 31 de dezembro de 2008 (Em milhares de reais)


RELATÓRIO dO cOmITê dE AUdITORIA

INFORmAçõEs INIcIAIs

Em seqüência aos processos de desmutualização e de abertura de capital concluídos em 2007, teve início, em 08/05/2008, a integração das ativida-des da BOVESPA e da BM&F, por meio da criação da BM&FBOVESPA S.A. Essa integração foi concluída com a incorporação da BVSP e da CBLC pela BM&FBOVESPA S.A. em 28/11/2008, dentre outras deliberações das Assem-bléias realizadas. Em razão desses eventos societários, o Comitê de Audito-ria passou a ser composto pelos seguintes signatários: Luiz Nelson guedes de Carvalho, gustavo henrique de Barroso Franco, Marcelo Fernandez trin-dade, Paulo roberto Simões da Cunha e Sérgio Darcy da Silva Alves.

A BM&FBOVESPA S.A. exerce papel central no mercado brasileiro de valo-res mobiliários, dentre os quais especialmente ações e derivativos. tendo em vista sua área de atuação, a BM&FBOVESPA S.A. está sujeita à regula-ção e supervisão da CVM, em particular às determinações da Instrução CVM 461, de 23/10/2007. Adicionalmente, tendo em vista a relevância sistêmica das câmaras de liquidação e compensação por ela administra-das, tal como definida no artigo 4º da Lei 10.214, de 27/03/2001, a Bolsa se submete à supervisão do Banco Central do Brasil.

ATRIbUIçõEs E REsPONsAbILIdAdEs

A Administração da BM&FBOVESPA S.A. é responsável pela definição e pela implementação de sistemas de informações gerenciais que produ-zam as demonstrações financeiras, preparadas com observância da legis-lação societária, das práticas contábeis adotadas no Brasil e dos normati-vos pertinentes da Comissão de Valores Mobiliários.


A Administração é adicionalmente responsável pelos processos, pelas po-líticas e pelos procedimentos de controles internos que assegurem a sal-vaguarda de ativos, o tempestivo reconhecimento de passivos e a elimi-nação ou redução, a níveis aceitáveis, dos fatores de risco da instituição.

A auditoria interna tem como atribuições aferir a qualidade dos sistemas de controles internos da BM&FBOVESPA S.A. e a regularidade das políti-cas e dos procedimentos definidos pela Administração, inclusive aqueles adotados na elaboração dos relatórios financeiros.

A auditoria independente é responsável por examinar as demonstrações financeiras com vistas a emitir opinião sobre a aderência das mesmas aos princípios contábeis. Adicionalmente, como resultado de seus traba-lhos, a auditoria independente emite relatório de recomendações sobre procedimentos contábeis e controles internos, sem prejuízo de outros relatórios que também é incumbida de preparar, como os das revisões limitadas trimestrais.

As funções do Comitê de Auditoria foram definidas pela Instrução CVM 461/07. A BM&FBOVESPA encontra-se em processo de adaptação de suas normas à citada Instrução, na forma prevista do artigo 122. Não obstante, as determinações dessa Instrução, no tocante às funções deste Comitê, estão contidas integralmente no Estatuto Social.

O Comitê de Auditoria baseia seu julgamento e forma suas opiniões con-siderando as informações recebidas da Administração, as representações feitas pela Administração sobre sistemas de informação, demonstrações financeiras e controles internos, e os resultados dos trabalhos dos audito-res internos e dos auditores independentes.


ATIVIdAdEs dO cOmITê dE AUdITORIA

O Comitê de Auditoria reúne-se mensalmente em sessões ordinárias. No ano de 2008, na composição atual, o Comitê realizou 12 sessões ordiná-rias e 4 sessões extraordinárias, para as quais foram feitas 56 reuniões com os membros da Administração, auditores internos e independentes, e outros interlocutores. O Coordenador do Comitê reuniu-se 2 vezes com o Conselho de Administração.

Reuniões com a AdministraçãoO Comitê reuniu-se com os diretores e suas respectivas equipes para co-nhecer as estruturas, o funcionamento das respectivas áreas, seus proces-sos de trabalho e suas eventuais deficiências nos sistemas de controles e planos de melhorias, bem como as alterações decorrentes da integração entre a BOVESPA e a BM&F.

Dentre as matérias que demandaram atenção do Comitê, destacam-se, em particular, discussões sobre:• Adequação ao novo ordenamento contábil societário brasileiro e

aperfeiçoamento dos controles relacionados à geração dos relatórios financeiros;

• AcompanhamentodasaçõesdaAdministraçãoduranteacrisequese abateu sobre os mercados internacionais no segundo semestre de 2008, inclusive no que se refere à função de contraparte central con-forme adiante comentado;

• Acompanhamentodasquestõesrelativasacontrolesgeraisdetecno-logia da informação (tI).

Reuniões com os auditores independentesCom os auditores independentes, o Comitê reuniu-se para informar-se sobre a política de manutenção da independência na execução dos tra-balhos, a análise de risco de auditoria por eles efetuada, o planejamen-to dos trabalhos visando a estabelecer a natureza, época e extensão dos principais procedimentos de auditoria selecionados, os possíveis pontos de atenção identificados e como seriam auditados. Ao término dos tra-


balhos de revisão limitada das Informações trimestrais (Itr) aplicáveis, bem como dos trabalhos preliminares da auditoria de 31/12/2008 e no início dos trabalhos da respectiva fase final de 31/12/2008, foram redis-cutidas, em reuniões específicas, as áreas de risco de auditoria remanes-centes e os procedimentos de auditoria respectivos. todos os pontos considerados relevantes foram discutidos, com o intuito de se avaliar os riscos potenciais envolvendo as demonstrações financeiras e os negócios sociais, e a mitigação de tais riscos mediante procedimentos de auditoria e controle.

Reuniões com a Auditoria InternaO Diretor de Auditoria Interna é convidado permanente para as reuniões do Comitê de Auditoria. Ademais, é reservado espaço para discussões de metodologias de trabalho, apoio externo especializado, relatos das programações dos trabalhos de auditoria, bem como das constatações, quando concluídas.

Outros serviços solicitadosO Comitê de Auditoria, antecipando-se ao comando do artigo 75 da Ins-trução 461/07, solicitou a contratação de especialistas independentes para avaliar a infra-estrutura de gerenciamento de risco de contrapar-te, com base nas práticas líderes de mercado, e revisar o cumprimento das atuais rotinas e procedimentos exigidos em políticas internas da BM&FBOVESPA referentes às atividades de gerenciamento de tal risco. Esses trabalhos foram executados nos meses de outubro a dezembro de 2008.

PRINcIPAIs cOmENTáRIOs E REcOmENdAçõEs dO cOmITê dE AUdITORIA

As questões relevantes para a qualidade, tanto dos controles internos quanto dos procedimentos contábeis ao longo do exercício, consideran-do o contexto de transformação de duas entidades antes mutualizadas em uma companhia aberta, foram diagnosticadas pela Administração,


com o envolvimento de seus principais executivos. Os planos de ação daí decorrentes foram substancialmente implementados para eliminar ou mitigar os problemas de controle interno voltados ao preparo das de-monstrações financeiras – tudo acompanhado tempestiva e detalhada-mente pelo Comitê de Auditoria.

recomenda-se a manutenção da ênfase em aperfeiçoamentos visando à consolidação das alterações identificadas como necessárias no ambiente de controles, especialmente aqueles de tecnologia da informação, e à fi-nalização de implantações de procedimentos definitivos em substituição aos provisórios adotados como elementos mitigadores nas soluções que requerem prazos mais longos. recomenda-se por igual uma avaliação pela Administração das sugestões feitas pelos especialistas independen-tes no tocante ao gerenciamento dos riscos de contraparte central.

cONcLUsõEs

O Comitê de Auditoria vem acompanhando o progresso nos controles gerais de tecnologia da informação e os planos de ação de médio e longo prazos, cuja implementação permitirá avaliação definitiva.

O Comitê de Auditoria, baseado na conclusão dos especialistas indepen-dentes, é de opinião de que os procedimentos relativos ao gerenciamen-to de risco de contraparte atendem aos requerimentos básicos derivados de uma filosofia de prudência e segurança na apuração dos cálculos de margens.

O Comitê de Auditoria, baseado nos planejamentos apresentados pelos auditores independentes e pelos auditores internos, e nas discussões subseqüentes sobre os resultados, julgou que os trabalhos desenvolvidos por aquelas equipes foram adequados aos negócios da BM&FBOVESPA.

O Comitê de Auditoria é de opinião de que os controles internos que orientaram o processo de preparo das demonstrações financeiras de 31/12/2008 em vigência na BM&FBOVESPA S.A., tanto os já vigentes em caráter definitivo quanto os implantados em caráter transitório, são sa-tisfatórios.


cRédITOs

cOORdENAçãOAlcides Ferreira

TEXTO E EdIçãO

Rose Jordão

dEsIgN gRáFIcO E dIAgRAmAçãOglauce sayar e Ronald capristo Trapino

REVIsãOdaniela de Piccoli, Flávia mangini,

glauce Rocha e Rosangela kirst

cOLAbORAdORRogerio guerra

FOTOsAgência Luz

ImPREssãOPancrom Indústria gráfica

TIRAgEm1.000 exemplares

AgRAdEcImENTOsdPZ, Edifício Altino Arantes, Edifício copan,

Edifício mirante do Vale, museu da Língua Portuguesa, museu do Futebol e sesc Paulista

O Comitê de Auditoria julga que todos os fatos relevantes que lhe foram dados a conhecer pelos trabalhos efetuados e descritos neste relatório estão adequadamente divulgados no relatório da Administração e nas demonstrações financeiras auditadas relativas a 31/12/2008.

São Paulo, 17 de março de 2009

L. Nelson Carvalho – Coordenador e membro independente do Comitê

Paulo roberto Simões da Cunha – Membro independente do Comitê

Sérgio Darcy da Silva Alves – Membro independente do Comitê

gustavo h. B. Franco – Membro independente do Conselho de Adminis-tração da BM&FBOVESPA S.A. e membro do Comitê

Marcelo Fernandez trindade – Membro independente do Conselho de Administração da BM&FBOVESPA S.A. e membro do Comitê

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