Relatório 2 de fisiologia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS DEPARTAMENTO DE BIOFÍSICA E FISIOLOGIA DISCIPLINA: FISIOLOGIA PARA ENFERMAGEM CURSO: BACHARELADO EM ENFERMAGEM MINISTRANTE: PROF A . WALDILLENY RIBEIRO DE ARAÚJO MOURA AÇÕES REFLEXAS SOMÁTICAS E VISCERAIS NA ESPÉCIE HUMANA LAYZE BRAZ DE OLIVEIRA MÁRCIA DAIANE FERREIRA DA SILVA PRISCILA MARTINS MENDES VANESSA CAVALCANTE OLIVEIRA WLAIRTON CARVALHO BESERRA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPICENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCSDEPARTAMENTO DE BIOFÍSICA E FISIOLOGIADISCIPLINA: FISIOLOGIA PARA ENFERMAGEMCURSO: BACHARELADO EM ENFERMAGEMMINISTRANTE: PROFA. WALDILLENY RIBEIRO DE ARAÚJO MOURA

AÇÕES REFLEXAS SOMÁTICAS E VISCERAIS NA ESPÉCIE HUMANA

LAYZE BRAZ DE OLIVEIRAMÁRCIA DAIANE FERREIRA DA SILVA

PRISCILA MARTINS MENDESVANESSA CAVALCANTE OLIVEIRAWLAIRTON CARVALHO BESERRA

TERESINA – PIJANEIRO/2013

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INTRODUÇÃO

Os sentidos somáticos são mecanismos nervosos que coletam informações sensoriais, a partir do corpo. Esses sentidos diferem dos sentidos especiais, que compreendem especificamente, a visão, a audição, o olfato, a gustação e o equilíbrio. Estes últimos são trabalhados por receptores eletromagnéticos – detectam luz sobre a retina do olho; e quimiorreceptores – detectam o gosto, o cheiro, nível de oxigênio no sangue arterial, concentração de dióxido de carbono e talvez outros fatores que constituem a química do corpo. Os sentidos viscerais são sinais sensoriais subconscientes de um órgão visceral que podem entrar nos gânglios autônomos, no tronco cerebral ou no hipotálamo e então retornar como respostas reflexas subconscientes diretamente de volta para o órgão visceral para o controle de suas atividades (GUYTON; HALL, 2006).

O presente relatório foi realizado a partir de uma aula prática que teve como objetivo observar alguns dos reflexos somáticos e viscerais que ocorrem no organismo humano e analisá-los para compreender o seu comportamento fisiológico natural.

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MATERIAIS E MÉTODOS

I - REFLEXOS SOMÁTICOS

Primeiro foi realizado o reflexo corneal tocando na córnea do voluntário gentilmente com a ponta de um lenço de papel aproximou-se pelo lado e depois o mesmo procedimento foi feito na esclerótica.

Segundo foi analisado o reflexo plantar, esfregou-se com a ponta do bocal de uma caneta ao longo da superfície plantar, próximo ao lado medial, do pé do voluntário.

O terceiro reflexo testado foi o reflexo patelar, realizado induzindo um martelo de borracha no ligamento patelar da pessoa que estava sentada de forma que suas pernas balançassem livremente. Em seguida o mesmo método foi realizado com a perna em vários graus de flexão. Também foi feito o procedimento com o voluntário onde segurou-se fortemente os punhos e puxando-os em sentidos opostos.

O quarto reflexo estudado foi o reflexo aquileu, onde o voluntário posicionou-se de joelhos em um banco do laboratório, de modo que o pé se encontrou relaxado livremente, e prosseguiu-se com a percussão do martelo no tendão de Aquiles.

O quinto reflexo testado foi o tricipital, onde a voluntária ficou com o braço repousado nas mãos do examinador, verificou-se que o antebraço balançasse livremente, para só então bater o martelo de borracha sobre o tendão de inserção do tríceps braquial, bem proximal ao cotovelo.

II - REFLEXOS VISCERAIS:

O primeiro reflexo visceral testado foi o fotomotor, com o voluntário olhando um ponto iluminado originário de uma pequena lanterna. Depois o voluntário cobriu os olhos com as mãos durante cerca de 10 segundos, não deixando penetrar luz entre os dedos nem comprimindo os globos oculares, após esse tempo ele retirou rapidamente uma das mãos e, na mesma fração de segundo o examinador observa o diâmetro da pupila recém-descoberta e repete o procedimento com o outro olho.

O segundo reflexo visceral estudado é o espino-ciliar feito após beliscar, com o grau de surpresa possível, a pele da "nuca" do voluntário examinado observando alterações nos diâmetros das pupilas.

O terceiro reflexo analisado foi o bradicárdico onde durante 30 segundos, dois examinadores determinaram de forma secreta e simultânea a frequência cardíaca onde palpou-se os pulsos das artérias radiais do voluntário. Em seguida, e sem que tenha deixado de ter os pulsos palpados, o voluntário mergulhou a face em uma bacia com água um pouco fria, durante 15 segundos. Após isto, aguardou 5 segundos e, da mesma forma anterior, determinou novamente a frequência de pulso por 30 segundos.

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DISCUSSÃO

I - REFLEXO SOMÁTICO

I.1- REFLEXO CORNEAL

O reflexo corneal é dado pelo V nervo e a resposta do fechamento das pálpebras é função do nervo facial. A prática dessa experiência é importante, pois a partir dela é possível observar se houve paralisia ou não do nervo facial. O comprometimento do nervo impossibilitará o fechamento da pálpebra, esta permanece aberta e o olho roda, reflexivamente, para cima constatando-se o sinal de Bell. (CAMPBELL, 2007).

O reflexo acontece por vias dos axônios motores que ativam grupos de músculos após dado o estímulo. Assim podemos definir o reflexo corneal como um piscar brusco em resposta ao toque na córnea, ele é importante para proteger o globo ocular contra a entrada de corpos estranhos que possam vir a prejudicar.

I.2- REFLEXO PLANTAR

Quando um músculo normal é alongado passivamente, suas fibras resistem à extensão contraindo-se. O alongamento pode ser causado por gravidade, manipulação ou outros estímulos. Nas respostas reflexas, a contração decorre de estimulação dos órgãos sensoriais no músculo, quer direta ou indiretamente por um estímulo aplicado aos seus tendões, ao osso ao qual ele está fixado ou à pele sobrejacente. (CAMPBELL, 2007).

O reflexo plantar é um estímulo de pressão que toma como referência a planta do pé. A resposta mais freqüente a este estímulo é a flexão plantar dos pododáctilos. A extensão dos pododáctilos no reflexo plantar em adultos é chamada de sinal de Babinsky e pode indicar lesão superior no neurônio motor da medula espinhal na região torácico ou lombar, ou pode indicar doença cerebral – constituindo lesão no trato corticoespinhal, exceto em crianças de até dois anos de idade, nas quais é normal.

I.3 – REFLEXO PATELAR

Clinicamente, um método usado para determinar a sensibilidade dos reflexos de estiramento é provocar reflexo patelar e outros abalos musculares. O reflexo patelar pode ser induzido batendo-se no tendão patelar com um martelo de reflexo; isso instantaneamente estirar o músculo quadríceps e ativa o reflexo de estiramento dinâmico, que faz com que a perna “se lance” para frente (GUYTON; HALL, 2006).

No reflexo patelar os receptores são mais profundos do que nos dois anteriores; são do tipo proprioceptores, que de forma geral localizam-se principalmente nas articulações, músculos e tendões, sendo que sua ausência ou diminuição deste reflexo é conhecida como sinal de Westphal. Quanto maior o ângulo mais efetiva será a resposta do reflexo patelar.

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I.4 – REFLEXO AQUILEU

A percussão do martelo no tendão de Aquiles provoca a contração dos músculos crurais posteriores, o gastrocnêmio, o sóleo e o plantar, causa flexão do pé no tornozelo. Quando há disseminação reflexa, bater no tendão de Aquiles pode causar flexão do joelho. O reflexo aquiliano tende a diminuir com a idade. (CAMPBELL, 2007).

Assim como ocorre no reflexo patelar, o reflexo aquileu é necessário para a detecção de afecções da região lombar.

I.5 – REFLEXO TRICIPITAL

O reflexo do tríceps invertido ou paradoxal consiste em flexão do cotovelo em resposta a percussão do tendão do tríceps. Essa resposta aparece quando o arco aferente do reflexo do tríceps é lesado como nas lesões do sétimo e oitavo segmentos cervicais, especialmente quando há um elemento de espasticidade, como na espondilose cervical com radiculomielopatia. (CAMPBELL, 2007).

O reflexo tricipital é mediado pelos segmentos medulares C6-C7-C8 e pelo nervo radial.

II - REFLEXO VISCERAL

II.1 – REFLEXO FOTOMOTOR

Quando a luz incide sobre a retina, os impulsos resultantes seguem, pelo nervo óptico, em direção ao sistema nervoso central e voltam, pelos nervos parassimpáticos, para promover a contração do músculo do esfíncter da íris, ocasionando a miose (GUYTON, 2006).

Já a midriase ocorre quando a pupila encontra-se dilata por causa da perda da inervação parassimpática do músculo esfíncter deixando sem oposição o efeito da inervação simpática dos músculos dilatadores (JOHNSON, 2000). O olho humano é um órgão da visão, no qual uma imagem óptica do mundo externo é produzida e transformada em impulsos nervosos e conduzida ao cérebro.

Ao se incidir a luz sobre um dos olhos do indivíduo normal verifica-se, depois de curto período de latência, a contração da pupila do mesmo olho estimulado (reflexo fotomotor direto) e também a contração, simultânea e de mesma amplitude, da pupila do olho contralateral não estimulado (reflexo fotomotor consensual).

II.2 – REFLEXO ESPINO-CILIAR

A estimulação simpática e parassimpática produz efeitos diversos em diversos órgãos do organismo. No olho controla a abertura ciliar e o foco do cristalino. A estimulação simpática contrai as fibras meridionais da íris, e, portanto, dilata a pupila. A estimulação parassimpática contrai o músculo circular da íris e provoca constrição pupilar. Quando penetra um excesso de luz pela pupila, o parassimpático é estimulado reflexamente, contraindo a pupila. (BRIDI, 1997).

O reflexo espino-ciliar é causado pela dor e o susto provocado pelo ato de beliscar o que causa períodos de excitação que vai estimular o sistema nervoso simpático que prevalece sobre o parassimpático fazendo a pupila dilatar.

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II.3 – REFLEXO BRADICÁRDIO

O nodo sino atrial é o marca-passo fisiológico do coração e sua frequência de despolarização reflete a frequência cardíaca global. O nodo AS tem dois tipos de inervação, simpática e parassimpática, que funcionam reciprocamente para modular a frequência cardíaca. Assim, o aumento da atividade simpática aumenta a frequência cardíaca enquanto o aumento da atividade parassimpática a diminui (Constanzo, 2007).

Ao entrar em um estado em que a temperatura encontra-se muito abaixo do normal, o sistema nervoso parassimpático é ativado, submetendo o indivíduo a uma condição de bradicárdia dada pela da liberação da substância neurotransmissora “acetilcolina” pelas fibras colinérgicas do sistema nervoso parassimpático no órgão cardíaco, que provoca a diminuição da pressão arterial.

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CONCLUSÃO

A partir da análise e discussão dos dados coletados com a prática pode-se perceber que, foi importante para percepção dos acadêmicos de enfermagem a cerca dos reflexos somáticos e viscerais para entendermos o que está dentro dos padrões de normalidade como também reconhecer que a ausência de tais reflexos pode-se caracterizar como patologia.

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ANEXOS