Relatório 14 05 mc

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Relatório 14/05/2015

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Relatório 14/05/2015

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Resumo 3

Varejo 6

Consumo 14

Crédito 18

Economia 30

Estudo : Índice de Potencial de Consumo do Brasileiro 49

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Resumo

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O principal assunto nos noticiários econômicos nos últimos dias é o ajuste fiscal que vem sendo realizado pelo governo federal, na tentativa de equilibrar as contas públicas. Entre as medidas, estão as mudanças no seguro-desemprego, aprovadas pela Câmara dos Deputados na última semana. Os indicadores anunciados semanalmente pelo Banco Central alimentam o cenário pessimista na economia, com todos os principais indicadores piores em relação às apostas da semana anterior. A projeção para a inflação aumentou para 8,26% em 2015. Economistas preveem juros de 13,5% no final do ano e retraçãode 1,18% do PIB.Os juros da economia brasileira subiram mais uma vez e chegaram ao maiorpatamar nos últimos seis anos, na tentativa do Comitê de Política Monetária de controlar uma inflação bem acima da meta. Agora a selic, a taxa básica de juros, está em 13,25%. Em março de 2013, estava no menor nível da história: 7,25%. Mas o governo se mantém otimista e firme no posicionamento que vemtomando. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tornou a dizer que as medidas do ajuste fiscal são difíceis, mas indispensáveis ao país, e afirmou que a economiabrasileira irá reagir favoravelmente a partir dessas ações. A presidente Dilmaafirmou que as medidas são necessárias para geração de emprego, renda e atividade industrial.O FMI também se mostrou otimista na última semana. O diretor do departamentopara o Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional, Alejandro Werner, disse que o ano de 2015 é um período de ajuste para o Brasil e, ao passoem que as medidas da equipe econômica para arrumar a economia vãoprogredindo, a confiança dos empresários e consumidores deve se recuperar dos atuais níveis baixos. Para ele, o Banco Central do Brasil tem mostrado um "compromisso muito claro" de trazer a inflação para perto da meta de 4,5%.Enquanto a casa não fica em ordem, o consumidor continua inseguro para buscarcrédito e realizar compras parceladas. A intenção de consumo das famíliaspaulistas é a menor desde 2010, registrando uma queda de 5,2% em abril, relacionado a março. A informação é da Fecomercio-SP, que diz que o quadro se deve à inflação que ultrapassa os 8% em 12 meses, à elevação dos juros e da tarifa de energia, à perspectiva de recessão e ao aumento das demissões.O crédito também vem sofrendo redução em quase todos os segmentos. Voltadoao consumidor, pode-se destacar a diminuição do volume de recursos e a alta dos juros no crédito imobiliário, além do corte anunciado pela Caixa no limite de financiamento para imóveis usados, passando para apenas 50% do total. No ladocomercial e empreendedor, a menor oferta de crédito vai impactar na redução de investimentos em novos projetos e na abertura de novos negócios.

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VAREJO ONLINELevantamento da E-Consulting, o Índice do Varejo Online (VOL) – soma trimestral dos volumes de transações online de automóveis, bens de consumo e turismoatravés de lojas virtuais – indica que o comércio eletrônico no Brasil devemovimentar cerca de R$ 63,9 bilhões em 2015. O volume registra um crescimentode 20,34% em relação ao ano anterior. Segundo o estudo, um dos fatores queimpulsionou os números do e-commerce brasileiro foi a consolidação das operações online de grandes varejistas.O levantamento revela que, entre as três categorias que compõem o índice, o bens de consumo é a classe mais promissora, representando em 49,7% do varejoonline. A previsão é que categoria cresça 42% neste ano, saindo de um volume de R$ 26,4 bilhões para R$ 32,2 bilhões.

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Varejo

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Lojas têm o maior estoque em dez anosNem as vendas do Dia das Mães, a mais importante data para o varejo no primeiro semestre, devem trazer um alívio para um grande número de empresas do comércio que acumulam um volume de estoques indesejáveis. Em abril, 28,3% das companhias do varejo acumulavam um volume de estoques acima do ritmo de vendas. É a maior marca de empresas com estoques encalhados da série histórica iniciada em março de 2011, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC)."A velocidade de vendas na ponta está aquém dos estoques que os varejistas contrataram", observa o economista da CNC, Fábio Bentes. Ele projeta crescimento de apenas 0,5% das vendas do Dia das Mães, o menor resultado desde 2004, quando houve um recuo de 1,9%.Esse descompasso entre os estoques e as vendas é maior especialmente nos bens duráveis (31,6%), que são os itens de maior valor, normalmente vendidos a prazo e dependentes do crédito, que está mais caro por causa da subida dos juros para conter o avanço da inflação. As vendas de móveis e de eletrodomésticos devem recuar 2,8% no Dia das Mães, aponta a CNC.Essa freada nos itens de maior valor e dependentes de crédito já foi sentida nas Lojas Cem, rede varejista especializada em eletroeletrônicos, eletrodomésticos e móveis. "Os negócios deram uma retraída nos últimos dois meses", conta o supervisor geral, José Domingos Alves. A projeção inicial da rede era crescer 20% em relação à mesma data de 2014, mas foi reduzida para 5%.Alves diz que não há muito o que fazer em termos de condições de pagamento para impulsionar os negócios, uma vez que o desemprego está aumentando e o consumidor ficou mais cauteloso. Ele acredita que o valor médio dos itens vendidos deve ser 15% menor em relação ao do ano passado, com retração dos produtos de maior valor.Essa tendência já foi observada no primeiro trimestre. Segundo fontes do mercado, as vendas de geladeiras, fogões e lavadoras, caíram 15% em relação ao primeiro trimestre de 2014. Nas TVs, outra linha de produto de alto valor, a retração anual no primeiro trimestre foi ainda maior, de 20%. Neste caso, além da recessão, o resultado foi afetado pela base de comparação forte, que foi a Copa do Mundo de 2014, que puxou as vendas de TVs no primeiro trimestre.

CompensaçãoA compensação parcial da queda nas vendas de itens mais caros e dependentes de crédito pode ocorrer por conta dos artigos de perfumaria e telefone celular, que ainda é objeto de desejo de muitos brasileiros. Segundo a CNC, as vendas de itens de perfumaria vão crescer 7,8% no Dia das Mães

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Brian Drummond, gerente de marketing da Mahogany, rede varejista com 160 lojas de perfumaria espalhadas pelo País, está otimista com as vendas no Dia das Mães. "Vamos crescer 8% em relação ao Dia das Mães do ano passado", prevê.Ele sustenta essa projeção de crescimento em vários fatores. O primeiro é que, com o bolso mais apertado, o brasileiro procura comprar itens que se encaixem no orçamento mais apertado. Outro fator que também contribui para as vendas de perfumaria é a alta do dólar, que encareceu os itens importados.Drummond observa, no entanto, que mesmo sem crise e sem a alta do dólar, o mercado brasileiro é promissor. "O Brasil é primeiro mercado consumidor de fragrâncias do mundo, superando a França e os Estados Unidos em volumes e valores comercializados", diz.

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Varejo online movimentará R$ 63,9 bilhões em 2015

De acordo com o levantamento da E-Consulting, o Índice do Varejo Online (VOL) –soma trimestral dos volumes de transações online de automóveis, bens de consumo e turismo através de lojas virtuais – indica que o comércio eletrônico no Brasil deve movimentar cerca de R$ 63,9 bilhões em 2015.O volume registra um crescimento de 20,34% em relação ao ano anterior. Segundo o estudo, um dos fatores que impulsionou os números do e-commerce brasileiro foi a consolidação das operações online de grandes varejistas.O levantamento revela que, entre as três categorias que compõem o índice, o bens de consumo é a classe mais promissora, representando em 49,7% do varejo online. A previsão para este é que categoria cresça 42%, saindo de um volume de R$ 26,4 bilhões para R$ 32,2 bilhões. Uma das razões que ainda garante esta elevação é a aquisição de produtos mais caros e a disseminação das práticas de financiamento ao consumo online feitas por grande parte das operações de e-commerce.Já o turismo online, que contempla 25,6% da fatia do VOL 2015, continuará na casa dos 19%, como no ano passado, porém com a expectativa de gerar R$ 17,6 bilhões frente aos 13,6 bilhões de reais movimentados em 2014. O destaque ainda são os programas de estímulo ao turismo interno no Brasil por parte do Governo Federal, além do crescimento do volume de viagens de negócios.Por fim, está o segmento de automóveis, que envolve transações de carros, motos e peças. Para a categoria, com participação de 24,7%, no varejo online estima-se uma expansão de 6%. Por ser um setor maduro e que experimentou forte crescimento levam este nicho a apresentar uma evolução menos expressiva se comparada às demais subcategorias. O volume parte de R$ 13,1 bilhões para R$ 14,1 bilhões.Segundo o estudo, entre os critérios positivos que motivam a compra na web, o item comodidade é o mais lembrado para 57% dos consumidores virtuais, ouvidos para o estudo. Em seguida, os preços competitivos é outro motivador para 54% dos entrevistados. Diversidades de ofertas e facilidades de pagamento oferecidas pelas lojas virtuais com meios de pagamentos seguros foram lembrados, respectivamente, por 53 e 45% dos internautas.“Neste ano de crise, ao contrário do que se pode supor, o e-commerce deve funcionar como um bom substituto de alguns modelos tradicionais porque é mais cômodo, comparativo, eficiente e, muitas vezes, mais barato.

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Assim, além do e-commerce padrão, ganham força modelos como C2C e redes/sites de troca, clubes de compras e novas formas de compras coletivas, modelos de assinatura, e-commerce orientado a serviço (as a service), modelos de rebate e desconto, revendas online e ofertas específicas online para portfólios de marcas mais tradicionais, dentre outros”, explica Daniel Domeneghetti, sócio fundador da E-Consulting.O levantamento também aponta que o número de consumidores online deve continuar aumentando, representando 49,6 milhões de e-consumidores (uma taxa perto de 20% de crescimento). Já o volume de internautas no Brasil foi um dos que cresceu mais rapidamente em todo o mundo tendo um incremento de 17,12%, o que contabiliza para um total com mais de 102milhões de pessoas acessando as redes”,Medido há mais dez anos, o cálculo do VOL, inclui em sua soma a potencialização do e-commerce B2C (do inglês,Business to Consumer) nas modalidades tradicional, mobile-commerce, social commerce e compras coletivas, além do C2C (do inglês, Consumer to Consumer).

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Pesquisa: compras online chegarão a 22% no Brasil até o fim de 2015

A Criteo, empresa especializada em performance de marketing digital, divulgou o relatório de e-commerce do primeiro trimestre deste ano. A pesquisa foi feita com base na análise individual de dados de transações que já movimentaram mais de US$ 160 bilhões em todo o mundo.O comércio online vem chamando mais atenção com o passar dos anos e vem crescendo de maneira rápida. Atualmente, ele representa cerca de 34% das transações online e, só neste trimestre, o crescimento no mercado norte-americano foi de 10% em todas as categorias do varejo, somando um total de 29% de vendas via mobile.Ainda de acordo com o relatório, é a primeira vez que dois países, no caso Japão e Coreia do Sul, tiveram a maior parte de suas compras online feitas por dispositivos móveis, sendo um pouco mais de 50% cada um. Já no Brasil, este tipo de compra representa 13%. A previsão para o fim deste ano é de que 22% das compras online sejam feitas por dispositivos mobile no país.Alessander Firmino, diretor geral da Criteo no Brasil, diz que a tendência já se torna realidade em alguns países do oriente. "Esses números devem alertar as empresas quanto à importância de se investir em melhorias para seus sistemas em smartphones e tablets, além de ter um relacionamento mais próximo com o consumidor e adotar o marketing digital cross device, afinal os dispositivos móveis são quase uma extensão dos indivíduos”, comenta.Mundialmente, as taxas de conversão mobile devem alcançar, em média, 40% até o fim de 2015. Os segmentos que mais venderam neste primeiro trimestre foram os de moda e luxo, seguido pelas grandes redes varejistas. O setor "home", de produtos para casa, foi o que se mostrou menos representativo. Firmino acredita que "as taxas de conversão são mais propensas a serem altas com a qualidade da experiência no site mobile".

Valor médioO valor médio das compras feitas no segmento de moda e luxo nos smartphones está na faixa dos US$ 86 e, nos tablets, US$ 114. Em esportes, US$ 80 e US$ 95, saúde e beleza com US$ 91 e US$ 96, home com US$ 45 e US$ 70, grandes varejistas com US$ 86 e US$ 102 e, finalmente, viagem com US$ 36 e US$ 85.

QuantidadeA quantidade de produtos visualizada por um usuário é a mesma tanto no smartphone quanto no desktop, sendo três produtos em média

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Já a taxa de pessoas que adicionam produtos à cesta e efetuam o pedido é menor nos dispositivos mobile, indicando que o fluxo de compras não funciona de maneira tão intuitiva como num desktop.

Horário de comprasOs pedidos feitos no navegador web geralmente acontecem em horas úteis, mudando para o mobile em horários de lazer. Os smartphones são mais usados de manhã, com 20% a mais de pedidos sendo feitos no período. Os tablets ficaram com 29% a mais de pedidos feitos durante a tarde e a noite.Nos Estados Unidos, acredita-se que a introdução de telas maiores, como o iPhone 6 Plus e o Galaxy Note, está fazendo com que os consumidores mudem seus hábitos e adotem mais esses dispositivos na hora de efetuar uma compra. Em breve, a taxa deve alcançar o Japão, país em que mais de 50% das vendas são feitas via mobile.No Brasil, cerca de 65% das compras feitas via mobile foram originadas de smartphones, ficando em terceiro lugar no ranking, atrás da Coreia do Sul e do Japão, com taxas de 99% e 90%, respectivamente.Desde setembro do ano passado, com o lançamento do iPhone 6, as vendas feitas através do smartphone da Apple tiveram um aumento de 18%. Os smartphones Android totalizaram 6% de transações no varejo e 8% em viagem. Já os iPhonescorrespondem a 9% no segmento de varejo e 9% de viagem. Os tabletscom Android totalizaram apenas 2% de vendas no varejo, enquanto o iPad gerou 11%.O varejo foi o responsável por 12% das vendas no Brasil, enquanto o setor de viagem alcançou o número de 18%. Smartphones Android conquistaram 6% no varejo e 7% em viagem e o iPhone ficou com 2% e 2 %, respectivamente. Tabletscom Android ficaram com o mesmo número nas duas categorias, 1% e 1%, e o iPad fechou com 12% e 18%.

TendênciasO chefe de departamento de produtos da Criteo, Jonathan Wolf, acredita que o segmento mobile está crescendo bastante. “Somente nos últimos 3 meses, houve um incremento de 10% nas transações mobile nos Estados Unidos. Os smartphones são agora a maioria dessas transações e o crescimento do tamanho das telas e melhores sites mobile irão acelerar essa tendência”, afirma.Com base nos resultados obtidos pela pesquisa, a empresa aposta em cinco grandes tendências para o restante do ano: o crescimento inevitável dos dispositivos móveis, a substituição dos tablets pelos smartphones, os diferentes funis de conversão dos smartphones, a vitória da Apple e do Android sobre os desktops e o entendimento do comportamento cross-device, que será o maior desafio para os publicitários.

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Venda de material de construção no varejo cai em abril, diz Anamaco

A venda de material de construção no varejo caiu 9% em abril, na comparação com março, e ficou estável frente ao mesmo mês do ano passado, de acordo com pesquisa divulgada pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). O levantamento ouviu 530 lojistas das cinco regiões do País entre os dias 27 e 29 de abril.No acumulado de janeiro a abril, as vendas cresceram 3% na comparação com o mesmo período do ano passado.De acordo com o estudo, 30% dos lojistas entrevistados pretendem fazer novos investimentos nos próximos 12 meses, com destaque para as regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Além disso, foi notada uma redução no pessimismo do setor com relação às ações do governo, ao passar de 57% para 52%. Cerca de 20% dos lojistas ainda se mostraram otimistas.Apesar dos resultados no mês, a Anamaco mantém a expectativa de crescer 6% sobre o ano passado, quando o setor bateu recorde de faturamento, ao tocar o patamar de R$ 60 bilhões. "Mantemos a nossa expectativa inicial, mas sabemos que os meses de maio e junho costumam ser meses mais fracos em vendas. O segundo semestre, no entanto, é sempre mais forte e é nesse período que historicamente vendemos mais todos os anos", explicou o presidente da Anamaco, Cláudio Conz.

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Consumo

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Intenção de consumo das famílias paulistas é a menor desde 2010

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) atingiu 100,1 pontos, em abril, uma queda de 5,2% em relação a março. É o menor nível desde janeiro de 2010, segundo levantamento feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviçose Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Em relação a igual mês do anopassado, houve recuo de 16,4%, o pior registrado pela entidade.Na nota técnica, a FecomercioSP destaca que esse comportamento de maiorcautela do consumidor foi afetado pelo quadro econômico do país maisdesfavorável, "com inflação que ultrapassa os 8% em 12 meses, a elevação dos juros e da tarifa de energia, a perspectiva de recessão e o aumento das demissões". Para a entidade, a queda na satisfação dos consumidores podeprovocar diminuição das vendas.A pesquisa do ICF é feita desde janeiro de 2010 por meio de entrevistas com 2,2 mil consumidores da cidade de São Paulo, em sondagens sobre emprego e renda, perspectiva profissional, acesso ao crédito e nível de consumo atual e projeçõesde aquisição. Em uma escala de 0 a 200 pontos, resultados abaixo de 100 indicamque o consumidor está pessimista e acima disso apontam otimismo.O maior recuo ocorreu em relação ao indicador perspectiva de consumo (- 6,4% ) com 85,3 pontos. É a sexta queda consecutiva e a quarta vez em que a pontuaçãofica abaixo dos 100 pontos. Já o nível de consumo apresentou a 27ª retraçãoseguida em nível de insatisfação, ao cair 5,3% e atingir 73 pontos. “Essapontuação sugere que um quinto dos entrevistados pretende ter um consumomaior, contra 46% que declararam estar consumindo menos em relação aomesmo período do ano anterior”, diz a nota técnica.Quanto ao indicador momentos para duráveis, a taxa ficou em 77,4 pontos em abril, 5,9% inferior à de março. No acesso ao crédito, o indicador caiu de 122,9 para 115,3 pontos, recuo de 6,2%. O quesito renda atual apresentou queda de 5%, atingindo 115,2 pontos. Diminuíram ainda os indicadores de emprego atual, com queda de 3,7% e 120,9 pontos, e perspectiva profissional, com recuo de 4,8% e 113,6 pontos.O grau de satisfação caiu mais entre as famílias com ganhos superiores a dezsalários mínimos, com recuo de 12,7%, para 90,5 pontos. No perfil abaixo desseteto, o indicador ficou em 103,4 pontos, com queda de 2,7%.

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Via Varejo vê recuperação do nível de confiança e consumo no 2º semestre

A Via Varejo espera uma recuperação do nível de confiança e consumo no segundo semestre, disse Líbano Miranda Barroso, diretor-presidente da Via Varejo, em teleconferência com analistas.

Ele sinalizou ainda que a companhia vai trabalhar a questão do mix de produtos nos próximos trimestres. "Vamos trabalhar vendas adequadas a este ambiente", afirmou, em referência ao cenário macroeconômico, que classificou como desafiador.

Outro ponto a ser trabalhado, disse, é a questão da sazonalidade, englobando mídia, produto de venda, promoção e produto. Nesse contexto, ele afirmou que "agora temo Dia das Mães e a companhia está tendo uma boa resposta". "No Dia dos Pais, no Natal e no dia da Black Friday, estaremos muito bem preparados", exemplificou. "Mesmo em um ambiente mais desafiador de vendas, vemos oportunidade principalmente no segundo semestre", acrescentou.

Barroso destacou também que a companhia teve um ganho orgânico de participação de mercado em janeiro, fevereiro e março, tanto no mercado especialista quanto mercado total (que inclui internet).

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Consumidor com dívida teme crédito caro e inflaçãoPercentual de famílias endividadas passou de 59,6% em março para 61,6% em abrilOs efeitos do aumento do custo de crédito e da inflação começaram a se fazer sentir na preocupação das famílias com suas dívidas, segundo os dados de abril da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada mais cedo pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).Os principais indicadores gerados pela pesquisa (porcentual das famílias entrevistadas que estão endividadas e que estão com dívidas em atraso) subiram em abril em relação a março, mas seguem em níveis inferiores a igual período de 2014, num movimento considerado normal. O dado divergente é que a fatia das famílias que creem não ter condições de pagar suas obrigações não seguiu os demais e ficou estável na comparação com abril de 2014, em vez de abaixo.Segundo Marianne Hanson, economista da CNC, a alta de janeiro a abril na comparação mês a mês é normal por causa da sazonalidade: os gastos típicos de início de ano, como matrícula de escolas, IPTU e IPVA, entre outros, levam as famílias a se endividarem mais. O ano passado foi marcado por um recuo generalizado no endividamento, incentivado pelo desaquecimento do consumo. Agora, custo de vida mais alto e juros mais elevados acenderam um sinal de alerta."Agravado pelo aumento expressivo no custo de vida, o crédito mais caro impacta na piora da percepção. Quem vai buscar crédito encontra juros mais altos do que no ano passado", disse Marianne.O porcentual de famílias endividadas subiu para 61,6% em abril ante 59,6% em março, mas ficou abaixo de abril de 2014 (62,3%). A proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso aumentou para 19,7% ante 17,9% em março, porém abaixo de abril do ano passado (21,0%). Já o porcentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso aumentou na comparação mensal (6,9% em abril ante 6,2% em março), mesmo nível de abril de 2014.O último indicador mede a percepção, segundo Marianne, porque a Peic não confere objetivamente a capacidade do entrevistado de pagar a dívida. O próprio informante diz se tem condições de pagar, ou seja, um consumidor de alta renda e com condições de pagar suas dívidas pode achar o contrário.Pela metodologia da pesquisa da CNC, são consideradas como dívidas cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros. Quem usa cartão de crédito é considerado endividado mesmo pagando a fatura em dia. A Peic coleta dados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, ouvindo cerca de 18 mil consumidores.

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Crédito

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Menor oferta de crédito pode afetar abertura de novas lojas, diz Abras

O varejo de supermercados deve sentir uma desaceleração no ritmo de expansão em número de lojas este ano, avaliam representantes do setor. Apesar dos líderes Carrefour e Grupo Pão de Açúcar (GPA) manterem investimentos, associações temem que a menor disponibilidade de financiamento este ano afete a capacidade de investimentos das redes médias.O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Fernando Yamada, considera que há menor oferta de crédito para construção de novas lojas ao mesmo tempo em que a alta de juros dificultou o acesso de empresas ao financiamento. Ele participou de uma feira do setor em São Paulo.Yamada ainda considera que as redes médias têm maior dependência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e, portanto, têm sido afetadas pelo processo de redução e reorganização dos investimentos do banco público. Segundo ele, o setor tem feito reuniões para pedir mais aportes no comércio.Apesar de duro, o cenário não indica ainda uma total estagnação na abertura de lojas do setor, de acordo com o economista da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Rodrigo Mariano. No Estado de São Paulo, a previsão da entidade é de um aumento em torno de 1% na base total de lojas do varejo supermercadista em 2015 ante 2014. O ritmo de crescimento, porém, é menor que em períodos anteriores. Em 2013, por exemplo, chegou a 2%, diz.Mariano lembra ainda que a expansão está concentrada em algumas companhias e em alguns formatos de loja. Ainda são inauguradas lojas novas no atacado de autosserviço (também conhecido como "atacarejo") e no segmento de minimercados, formatos que estão nos planos tanto do Carrefour e quanto do GPA. "Mas são investimentos que já haviam sido planejados com antecedência por esses grandes grupos", diz Mariano. "Quem está tentando planejar agora, tem mais dificuldades", completa.Por conta da expansão em lojas, ainda que pequena, o setor também ainda acredita em crescimento no número de empregos este ano. Mariano afirmou que a expectativa é que o setor em São Paulo chegue a 525 mil colaboradores, alta de 1,2% na comparação com o patamar de dezembro de 2014. O economista da Apas ressalta, porém, que o ritmo de criação de novos empregos é bastante menor do que em anos anteriores. Entre 2013 e 2014, por exemplo, houve aumento de 3,7% no total de colaboradores do

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56% dos consumidores quitam as dívidas apósserem procurados pelos credores, diz SPC

Segundo pesquisa, dívidas de cartões de crédito são as que menos resultam em acordos.Quando analisada em setores específicos, a taxa de sucesso aumenta entre as empresas de internet (70%) e escola ou faculdade (64%) e as negociações quemenos resultam em acordo são as de cartão de crédito (43%).Entre os meios utilizados para a comunicação entre a empresa e consumidor, o envio de carta é o mais frequente (31%), principalmente no caso de conta de água(91%). Outros meios são a conversa com o cobrador por telefone (16%, ou 52% no caso de escola ou faculdade), e o e-mail (16%, ou 51% na conta de TV a cabo).18% dos entrevistados sentem constrangimento ao receber cobrançaA pesquisa indica que a cobrança é um momento desconfortável para osconsumidores. Perguntados sobre como se sentiram, 18% relataramconstrangimento ao serem cobrados pelas empresas. Os sentimentos de humilhação, irritação e desrespeito tiveram o mesmo percentual de citações (6%).Quanto à postura do credor, 38% dos entrevistados a consideram respeitosa. Porém, 16% dos consumidores notam um comportamento frio por parte do profissional encarregado de fazer a cobrança, e 12% sentiram uma posturaagressiva."Muitas vezes essa impressão negativa se deve ao número de contatos (média de 10) e aos fortes argumentos utilizados pelos credores na hora da cobrança", explica Vignoli. "O argumento mais utilizado, em 37% dos casos, é a possibilidadedo consumidor ficar com o nome sujo e inserido em cadastros de proteção aocrédito se a dívida não for paga". Outras fortes estratégias usadas peloscobradores e mencionadas na pesquisa são a possibilidade de protesto em cartório (19%) e, em último caso, a possibilidade do consumidor ser acionadojudicialmente (17%).62% dos consumidores querem diminuir valor das dívidasSegundo a pesquisa, 84% dos consumidores que não quitaram sua pendênciaapós o contato de cobrança tentaram negociar as dívidas. Durante as negociações, os pedidos mais frequentes são por valores menores (62%) e número diferente de parcelas (10%). Ao aceitar uma proposta de negociação, os fatores de maiormotivação são o valor da prestação (30%), a redução significativa do valor da dívida para o pagamento parcelado (29%) e o desconto para pagamento à vista (21%).

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Quando consegue quitar a dívida, a maior parte dos entrevistados (63%) relata o sentimento de alívio. "Os dados da pesquisa revelam que o consumidor tentanegociar as dívidas e encontrar um acordo. Isso é essencial para que o planejamento mensal seja efetivo e a vida financeira entre nos eixos e saia do vermelho", explica o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli.Dicas para uma boa negociação das dívidasSegundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, é importante que a iniciativa de tentar negociar a dívida também parta do consumidor. "Mas antes deve existir um planejamento para saber quais dívidas são mais importantespagar primeiro e aí então negociar com a empresa credora", diz. "Antes de tudo o consumidor tem que conhecer a fundo os próprios gastos e sua renda para saber quanto pode disponibilizar para o pagamento do total da dívida ou das parcelasmensais", explica. Algumas dicas da economista para uma boa negociação:Tentar uma portabilidade da dívida, considerando taxas de juros mais baixas: "as taxas do cartão de crédito (média de 260% ao ano) e do cheque especial (médiade 158% ao ano) são muito altas e é possível trocar essas dívidas por um empréstimo pessoal. Mas é importante estar atento às parcelas do empréstimo e honrar o pagamento delas - 48% das pessoas que renegociaram as dívidas estãocom as parcelas atrasadas".Reservar uma parte da renda para o pagamento das dívidas, e caso não hajarenda, vender bens como automóveis e eletrônicos para usar o dinheiro: "O consumidor deve ir à negociação já com uma reserva financeira para pagar, independente de como será a negociação. Muitas vezes o credor aceita umaótima negociação, mas com início imediato, e o consumidor perde a oportunidadepor não ter se planejado anteriormente".Não ter vergonha ou medo do gerente do banco ou do responsável pela cobrança. "Segundo os dados da pesquisa, menos de 20% das pessoas que renegociaram a dívida fizeram contraproposta aos credores. O consumidor deve ser firme e conversar com o credor o quanto antes. Mesmo que o problema seja muitoantigo, vale a pena negociar com o gerente ou empresa credora para conseguirdescontos e menores taxas de juros. "O banco sempre tem interesse em negociar, por isso é importante não desistir e ir atrás".

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Limite da Caixa para financiar imóvel usado fica menor que da concorrência

Em seis bancos consultados pelo G1, limite permanece em até 80%.Anefac fez simulação de financiamento com as novas condições da Caixa.Com a redução do teto de financiamento com recursos da poupança para compra de imóveis usados pela Caixa Econômica Federal (de 80% para 50% na modalidade mais procurada), os bancos privados passaram a oferecer, ao menos por enquanto, um teto maior que o oferecido pela instituição que lidera o crédito imobiliário no país.Ou seja, o comprador que não tiver o valor mínimo exigido para a compra de um imóvel usado pela Caixa pode conseguir na concorrência – mas com taxas de juros, em geral, mais elevadas.Consultados pelo G1, os 6 maiores concorrentes da Caixa informaram que, por ora, continuam financiando até 80% do valor do imóvel. Veja as condições de cada um mais abaixoAs mudanças na Caixa começaram a valer nesta segunda-feira (4). A mudança vale apenas para imóveis usados financiados com recursos da poupança – ficam de fora da mudança o crédito para a habitação popular, como o programa Minha Casa Minha Vida, e os financiamentos com recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). O banco detém 70% de todos os financiamentos de imóveis no país.Pelas novas regras, os financiamentos com recursos da poupança (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) terão uma redução do limite do valor total financiado de 80% para 50% do valor do imóvel no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), e de 70% para 40% para imóveis no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), pelo Sistema de Amortização Constante (SAC).Oportunidade para a concorrênciaPara o diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, a mudança deve fazer crescer a procura por financiamentos nos bancos privados."Num primeiro momento, vai ocorrer uma migração. Há a possibilidade deles [os bancos privados] pegarem um pouco desse mercado que até então era cativo da Caixa. Vamos ver sim esses bancos crescerem as suas carteiras, aproveitando a oportunidade", afirma Oliveira.O especialista avalia, no entanto, que, dependendo da demanda, esses bancos poderão também seguir a Caixa e tomar algum tipo de medida para restringir o crédito.

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"A princípio não devem fazer isso em razão do próprio ambiente da economia. A inflação alta, a queda de renda, os juros em alta, o medo do desemprego, tudo isso leva o consumidor a adiar o plano da casa própria. E isso deve ajudar os bancos a suportar essa demanda num primeiro momento", afirma.Piores condições de créditoApesar do maior estímulo à concorrência, o diretor da Anefac destaca que não há dúvida de que ficou mais difícil financiar um imóvel."As condições de crédito pioraram muito. E só essa mudança da Caixa (diminuição do teto) já deixa o crédito mais difícil, porque os bancos privados são muito mais seletivos", afirma Oliveira, citando tanto as mudanças nas regras da Caixa, a elevação das taxas de juros e as mudanças na política econômica do Governo Federal. "Quando se fala em financiamento habitacional, estamos falando de valores altos, portanto qualquer qualquer pequena alteração tem impacto forte no custo final do imóvel", destaca.A restrição no crédito imobiliário da Caixa ocorre após a caderneta da poupança ter registrado uma saída líquida (retiradas menos depósitos) de R$ 11,43 bilhões em março, a maior fuga de recursos da aplicação para todos os meses. Quando a captação da poupança é reduzida, os recursos para empréstimos ficam mais escassos.No primeiro trimestre de 2015, foram destinados R$ 24,1 bilhões à compra e construção de imóveis, segundo pesquisa da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário (Abecip). O resultado ficou 4,6% abaixo do verificado no mesmo período do ano passado.Os imóveis usados representam a maior parte dos financiamentos feitos no país. Em 2014, foram 202 mil imóveis usados financiados ante 142 mil imóveis novos.Simulação para imóvel usado no valor de R$ 700 milUma simulação feita pela Anefac mostra que, no caso de um imóvel usado no valor de R$ 700 mil, a entrada mínima para financiamento pela Caixa passou de R$ 140 mil para R$ 350 mil, levando em consideração que os recursos estariam aplicados mensalmente na poupança. Ou seja, uma diferença de R$ 210 mil. O que exigirá mais tempo de economia para reunir o valor exigido para a entrada.ANTES – Aqui, o banco estaria financiando o valor de R$ 80% correspondente ao valor de R$ 560 mil e o consumidor precisaria ter o restante de 20% (montante de R$ 140 mil)– em 3 anos ele precisaria poupar mensalmente o montante de R$ 3.495,61– em 5 anos ele precisaria poupar mensalmente o montante de R$ 1.945,40AGORA – Aqui, o banco estaria financiando o valor de R$ 50% correspondente ao valor de R$ 350 mil e o consumidor precisaria ter os outros 50% (montante de R$ 350 mil)

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- em 3 anos ele precisaria poupar mensalmente o montante de R$ 8.739,02- em 5 anos ele precisaria poupar mensalmente o montante de R$ 4.863,49Segundo a Anefac, com as condições de crédito mais restritas na Caixa, as taxas ficaram muito mais variáveis entre os bancos, o que exige ainda mais pesquisa por parte do consumidor a fim de comparar cada uma das propostas."Não tem muito o que fazer. É barganhar e pesquisar muito porque agora existe uma variação grande de taxa de juros", diz o diretor.

Regras para financiamento de imóveis usadosConfira abaixo os limites, regras e taxas informadas pelos principais bancos:CAIXAFinancia até 50% do valor do imóvel pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e até 40% pelo Sistema Sistema Financeiro Imobiliário (SFI)Taxa balcão efetiva: 9,45% ao anoBanco do BrasilFinancia até 80% do valor de imóveis novos ou usadosTaxa de juros referencial: 9,9% + TRItaú-UnibancoFinancia até 80% do valor de imóveis novos ou usados, com valor mínimo de R$ 50 milValor da parcela deve comprometer até 35% da renda líquida do compradorAs taxas de juros são negociadas após aprovação de créditoBradescoFinancia até 80% do valor para imóvel novo ou usadoPrazo máximo do financiamento é de 30 anosValor da parcela deve comprometer até 35% da renda líquida do compradorTaxa efetiva balcão para imóveis até R$ 750 mil: 9,60% ao anoSantanderFinancia até 80% do valor de imóveis novos e usadosTaxa de juros a partir de 9,6% ao ano + TR (condições de crédito variam de acordo com o perfil do cliente e seu relacionamento com o banco)HSBCFinancia até 80% do valor de imóveis novos ou usadosO prazo máximo do financiamento é de 30 anosAs taxas dependem do relacionamento com o clienteCitibankFinancia até 80% do valor para imóveis novos e usadosTaxa de juros de 8,90% ao ano + TR para clientes Citibank com relacionamento

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Crise faz o crédito secar para as empresas

Nos primeiros três meses de 2015, contratação registrou recuo de 14% em relação ao quarto trimestre do ano passadoA forte restrição dos bancos à concessão de crédito tem travado os negócios das empresas em vários setores da economia. Com o caixa debilitado pelo baixo desempenho econômico e sem acesso a linhas de crédito para capital de giro ou investimentos, as companhias começam a enxugar as estruturas, reduzir o quadro de funcionários e adiar pagamentos.Nos três primeiros meses do ano, a concessão de crédito para empresas no País caiu 14% em relação ao quarto trimestre de 2014, de R$ 429,5 bilhões para R$ 407,3 bilhões, conforme relatório do Banco Central. No mesmo período, entretanto, a demanda por empréstimos continuou em alta: subiu 9,7%, segundo a Serasa Experian. "Se esse indicador está crescendo e a concessão caindo é sinal que os bancos estão mais seletivos na liberação de crédito", explica o economista da empresa, Luiz Rabi.Além do recuo no volume concedido, as taxas de juros aumentaram, os prazos de pagamento dos empréstimos diminuíram e a inadimplência cresceu. Pelos dados da Serasa, o atraso nos pagamentos de despesas financeiras e não financeiras avançou 12% no primeiro trimestre, demonstrando a dificuldade das companhias diante da queda da atividade, custos mais elevados (energia elétrica e combustíveis, por exemplo) e escassez (e encarecimento) de crédito."Hoje, o principal problema das empresas é a falta de crédito. Se nada for feito, poderá haver um colapso que vai travar ainda mais a economia. Isso precisa ser olhado com urgência pelo governo", afirma o diretor da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), José Ricardo Roriz. Ele acredita que a Operação Lava Jato, que investiga corrupção em contratos da Petrobras, tem ajudado a secar o mercado de crédito, já que alguns bancos terão prejuízos com operações feitas com empresas envolvidas no escândalo."Mas mesmo quem está fora dessa confusão vem sendo punido. Os bancos públicos, o Bndes, não podem fechar as portas para o setor produtivo", reclama o executivo. No Bndes, fonte mais barata de financiamento para as empresas, o crédito com recursos direcionados (voltado para determinado segmento ou atividade) despencou 44,6% de janeiro a março comparado ao último trimestre de 2014, segundo o relatório do Banco Central.A linha voltada para o capital de giro das empresas teve o maior baque na liberação: queda de 79,1% no período. O financiamento a investimentos caiu 43,6% e os empréstimos para o setor agroindustrial, 35,7%. Procurado, o banco de fomento não atendeu ao pedido de entrevista.

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No sistema financeiro como um todo, as modalidades de crédito que têm o objetivo de antecipar receitas são as mais afetadas pelo aperto dos bancos. No dia a dia, normalmente as companhias costumam entregar faturas, duplicatas e cheques a prazo para os bancos, pagam uma taxa de juros e recebem na hora o dinheiro que entraria no caixa apenas no futuro. Essas operações ajudam a equilibrar o caixa das empresas com as despesas que precisam ser pagas dentro do mês. A queda na concessão dessa modalidade foi de 21,4%."Sem esse dinheiro, muitas empresas, especialmente as de menor porte, podem ter sérios desequilíbrios no caixa", afirma o professor de Economia e coordenador dos cursos de extensão do Ibmec/RJ, Daniel Sousa. Segundo ele, algumas empresas podem até conseguir crédito nos bancos, mas o custo e as exigências serão bem maiores que antes. Na média, a taxa anual de juros do sistema financeiro para pessoa jurídica subiu de 16,5% em dezembro de 2014 para 18,1% em março."A falta de crédito aliada a alta de custos está sufocando as empresas. Daqui a pouco vamos ter um estrangulamento da capacidade produtiva. O resultado será reduzir o nível de atividade e de emprego", afirma o diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel. Segundo ele, a situação está tão complicada que já há inadimplência até em contratos com o Bndes - a fonte mais competitiva do mercado.Apesar das reclamações de crédito mais curto no sistema financeiro, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou, em nota, que a expansão do crédito deve continuar no País, tanto para empresas como para pessoa física, mesmo diante de uma conjuntura econômica menos favorável, de ajustes em várias frentes.

Mercado de capitais deixou de ser uma boa alternativaA situação das grandes empresas também não tem sido fácil nos últimos meses. Depois de surfar na onda do mercado de capital nos últimos anos - com emissão de ações, debêntures, comercial papers e bônus -, em 2015, elas pisaram no freio. As operações no mercado doméstico e internacional tiveram o pior resultado dos últimos sete anos, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).O total de recursos levantado pelas companhias brasileiras no mercado apresentou queda de 82,5% em relação a 2014 e foi inferior até mesmo ao resultado de 2009, que já tinha sido ruim. No primeiro trimestre de 2014, foram captados R$ 66 bilhões. Neste ano, o volume foi de R$ 10,1 bilhões.A preocupação, nesse caso, é com as empresas que têm vencimento de dívidas (especialmente em dólar) neste ano - da ordem de R$ 150 bilhões. Normalmente, as companhias não pagam esses valores. No jargão do mercado, dizem que elas "rolam" as dívidas. Ou seja, emitem novos papéis para pagar os antigos."Ainda há interesse do investidor estrangeiro pelo Brasil. Mas eles estão

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aguardando para ver se o plano de ajuste do governo vai dar certo ou não", afirma o economista Ernesto Lozardo, professor da FGV São Paulo. "O cenário de ajuste é difícil. Não vamos crescer este ano, mas a expectativa é de melhora. Nos próximos dois anos, o País estará mais arrumado."Segundo ele, hoje há um descompasso entre o ajuste econômico proposto pelo governo e a disposição política no Brasil. "A rivalidade de partidos no Congresso contra o governo cria uma expectativa negativa para aprovar o plano."Além disso, diz ele, a taxa de juros em alta desincentiva as operações no mercado de capitais. Se o papel do governo paga uma taxa alta, porque o investidor vai se arriscar comprando o papel de uma empresa privada, questiona ele. Nesse cenário, a preocupação da Associação Brasileira de Infraestrutura (Abdib) é com o programa de concessão que o governo federal promete lançar ainda neste ano. "Estamos trabalhando nesse assunto e o que mais chama a atenção é o crédito." Segundo o vice-presidente executivo da associação, Ralp Terra, o governo terá de criar condições para garantir a atratividade para o investidor privado.

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SELIC: Especialista indica modalidades de crédito para driblar alta dos juros

Coordenador da FASM indica alternativas mais acessíveis, mas destaca necessidade de pesquisar as taxas das diferentes instituições financeiras e negociar a cada operaçãoO Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (29) elevar mais uma vez a taxa básica de juros da economia em 0,5%. A Selic para o próximo período passa a ser de 13,25%. Para o coordenador de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina (FASM), Reginaldo Gonçalves, a estratégia de pressão para a redução da inflação, cuja escalada aponta para um nível próximo a 9%, cria outros problemas tão graves quanto o descontrole dos preços. “A escalada dos juros encarece o custo de capital para as empresas, inviabilizando alternativas de expansão e investimento, engessando ainda mais a economia”, explica.As dificuldades das empresas em financiar suas operações têm se refletido na queda do nível de emprego, expondo a fragilidade de muitos segmentos. Para ele, o caminho para amenizar esse impacto é optar por linhas de crédito mais baratas. “Não é a solução, pois as taxas estão majoradas de forma geral. Mas uma pesquisa mais apurada das linhas oferecidas pelo mercado pode trazer alguma economia”, avalia.Segundo o especialista, o desconto de duplicatas é uma modalidade de capital de giro mais flexível e de rápida liberação, assim como Crédito Direto ao Consumidor – CDC. As linhas do BNDES para financiamento de capital de giro, capital fixo e o Cartão BNDES também são alternativas a serem consideradas. “As taxas de juros variam conforme a instituição financeira. Por isso, é preciso pesquisa e negociar a cada operação”, aconselha.

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Aumenta número de brasileiros que deixam de pagar dívidas já negociadasLevantamento do Banco Central mostra que 16,6% do crédito renegociado com os bancos estavam com pagamento atrasado por até 90 dias, em março.

Uma consequência da economia mais fraca é o aumento do número de brasileiros que não pagam dívidas que já tinham sido negociadas com os credores.Gustavo deixou de pagar as prestações de um empréstimo há dois anos. Mas acha que este é um bom momento para negociar com o banco. “A crise está tão grande que estão fazendo de tudo para quem está devendo, poder pagar para liquidar o saldo”, ele diz.Negociar a dívida para reduzir os juros e parcelar o pagamento é uma prática comum de quem quer tirar o nome do vermelho. O que chama a atenção agora é a quantidade de gente que fez isso e não está conseguindo cumprir o compromisso. Deixou de pagar de novo a mesma dívida.Um levantamento do Banco Central mostra que 16,6% de todo o crédito renegociado com os bancos estavam com o pagamento atrasado por até 90 dias, em março. É o pior índice desde dezembro de 2013.A inadimplência é ainda maior na pesquisa feita pelo SPC, que considera todos os setores, incluindo o comércio. Neste caso, 48% das pessoas que renegociaram as dívidas disseram que estavam com parcelas atrasadas, em fevereiro.Jaqueline Ferreira é uma delas. Deixou de pagar uma conta de telefone em novembro. Negociou o pagamento em três parcelas, mas só quitou a primeira. Voltou a ficar inadimplente e diz que está difícil limpar o nome na praça. “Eu gostaria, mas, como eu estou desempregada, se eu negociar, eu vou ter que pagar. Como que eu vou pagar?”, ela questiona.Segundo o Procon, as condições de pagamento costumam piorar em uma renegociação. Por isso, o melhor é pensar bem na hora de fechar o acordo. “Eu posso pagar essa parcela que estou assumindo aqui agora? Porque se ele assina o compromisso e não vai e não arca com esse compromisso, ele vai entrar em uma situação muito pior. Pode ser executado”, explica Maria Lúcia Scarpelli, coordenadora do Procon de BH.É o que Cristian Fortunato quer evitar. Ele já conseguiu uma boa negociação com o banco no passado e vai tentar novamente. “Meu conselho é o seguinte: chorem, chorem muito, fale, expresse, fale a verdade, fale sempre a verdade e coloque sempre na mesa, ‘oh, está acontecendo isso, está acontecendo aquilo. Eu não estou conseguindo, mas eu preciso do meu nome’”, aconselha o segurança patrimonial Cristian.

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Economia

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Previsões do mercado financeiro para economia brasileira voltam a piorarProjeção para a inflação aumenta para 8,26% em 2015. Economistas preveem juros de 13,5% no final do ano e retração de 1,18% do PIB.

A menos que seu nome seja Floyd Mayweather (o pugilista que abocanhou mais de US$ 180 milhões em uma noite, 5 milhões para cada minuto lutando no ringue ou US$ 1,2 milhão para cada soco que acertou no oponente), o jeito é continuar trabalhando para pagar as contas do mês.Na luta do seu dia a dia, é importante saber o que pensa o mercado sobre a economia do país. Assim você consegue se preparar melhor para desferir golpes mais certeiros (na sua carreira, no seu orçamento e nos seus investimentos), tendo vista o cenário que vem por aí.Como toda segunda-feira, foi divulgado o boletim do Banco Central (que resume as previsões dos economistas de bancos, corretoras e consultorias do mercado). Todos os principais indicadores pioraram em relação às apostas da última semana.Vamos comparar as estimativas atuais para 2015 com o resultado efetivo da economia no ano passado.A gente começa falando de PIB. A previsão para o crescimento do Brasil, não é de crescimento, é de encolhimento. A economia do país deve andar para trás, uma queda de 1,18%. Em 2014, o Brasil cresceu 0,1%.Para a inflação, a previsão é de uma alta de 8,26%. A se confirmar, será o pior resultado em uma dúzia de anos. No ano passado, por exemplo, os preços avançaram 6,41%.E a taxa de juros, que terminou 2014 em 11,75%, deve subir mais um pouco e cravar 13,5% ao final deste ano.Do ponto de vista econômico, 2014 foi um ano para ser esquecido, mas tendo em vista a previsão para 2015, tudo indica que vai dar saudade do ano passado.

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Câmara rejeita mudanças e termina de votar MP do seguro-desemprego

Medida provisória faz parte do esforço do governo pelo ajuste fiscal.Oposição criticou proposta com argumento de que prejudica trabalhador.A Câmara dos Deputados concluiu nesta quinta-feira (7) a votação da medida provisória 665, que endurece as regras de acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial e ao seguro-defeso (leia mais abaixo o que mudou em cada um dos benefícios). Os deputados rejeitaram todos os destaques que visavam modificar o teor da MP. A medida agora segue para votação no Senado.O texto-base da MP foi aprovado nesta quarta (6) em sessão tumultuada da Câmara, que teve bate-boca entre deputados, panelaço no plenário e retirada de sindicalistas das galerias. A votação foi apertada: 252 votos a favor e 227 contra Um dos principais pontos do texto é a ampliação do tempo de trabalho necessário para a requisição do seguro-desemprego (de seis para 12 meses). Considerada pelo governo como necessária para o ajuste fiscal que visa reequilibrar as contas públicas, a medida provisória 665 foi editada em dezembro de 2014 pela presidente Dilma Rousseff juntamente com a MP 664, que restringe o acesso à pensão por morte – a 664 foi aprovada na última terça em comissão especial e será apreciada na próxima semana.A oposição tentou modificar o teor da MP 665 para resgatar as regras atuais. Um dos destaques, de autoria do DEM, visava restituir o tempo de seis meses de trabalho para obtenção do seguro-desemprego, mas foi derrubado pelo plenário.“Essa medida vai penalizar, sobretudo, os trabalhadores de menor renda. Veja como age o governo da presidente Dilma, que negou na campanha política que retiraria direitos, e que quer agora, com essa proposta, justamente retirar direito de trabalhadores de menor renda”, afirmou o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE).O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), disse que as medidas são necessárias para que o país “retome o crescimento” e defendeu a tese de que as propostas só “corrigem” distorções que resultavam em gasto excessivo para a Previdência.“As duas medida provisórias visam fazer correções, algumas alterações nas regras de acesso aos benefícios previdenciários. Todos os benefícios estão mantidos. O governo da presidenta Dilma jamais vai encaminhar medida ao Congresso visando retirar direitos.”

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ManifestantesDurante a votação desta quinta, integrantes da Força Sindical fizeram um ato no Salão Verde da Câmara. O secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos (SP), Célio Malta, disse que os manifestantes foram impedidos de entrar nas galerias do plenário.Por isso, segundo Malta, os sindicalistas decidiram fazer a manifestação no Salão Verde e jogaram papéis que imitam dólares, da forma como fizeram na terça-feira no plenário, durante a votação do texto-base.Os papéis trazem imagens da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Em cada cédula, há a foto de um dos três políticos, com a expressão “Petro Dólar”.

Críticas ao PTAntes de iniciar a votação dos destaques, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez uma crítica ao PT por não ter garantido todos os 64 votos dos deputados da bancada na votação do texo-base.Apesar de ter oficializado “fechamento de questão” em favor da MP, dos 64 deputados petistas, 55 votaram pela aprovação do texto, um votou contra –o deputado Weliton Prado(PT-MG) –, e nove não registraram voto e terão salário referente ao dia cortado se não apresentarem atestado médico.As ausências e o voto contrário representam 14% da bancada petista. Dos 67 deputados do PMDB, 50 (74,6%) votaram a favor da MP – 13 votaram contra, três não compareceram e, como presidente da Câmara, Eduardo Cunha não votou.Uma posição mais “enfática” do PT era cobrada pelo PMDB, que temia levar sozinho o ônus político da aprovação de uma medida provisória impopular. “Eles simplesmente se evadiram. Acho que quem tem que cobrar isso é o próprio PT. Apenas constatei o fato que tem alguns que fizeram discurso e se ausentaram. PT cumpriu com 80% [do compromisso de apoiar a MP]”, disse Eduardo Cunha.O líder do governo minimizou as ausências de petistas em plenário. “Foi uma demonstração do compromisso da base aliada com o Brasil. As ausências foram muito pequenas”, disse Guimarães.

Seguro-desempregoPelo texto aprovado pela Câmara, o trabalhador terá direito ao seguro-desemprego se tiver trabalhado por pelo menos 12 meses nos últimos dois anos. O prazo inicial proposto pelo governo era de 18 meses. Antes, o trabalhador precisava de apenas seis meses.

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Para poder pedir o benefício pela segunda vez, o projeto estipula que o trabalhador tenha nove meses de atividade. Antes, esse prazo exigido era de seis meses de trabalho, e o governo queria ampliar para 12 meses. A proposta mantém a regra prevista na MP (seis meses) se o trabalhador requisitar o benefício pela terceira vez.

Abono salarialEm relação ao abono salarial, o texto prevê que o trabalhador que recebe até dois salários mínimos deverá ter trabalhado por três meses para ter direito ao benefício. O texto do Executivo exigia seis meses.O abono salarial equivale a um salário mínimo vigente e é pago anualmente aos trabalhadores que recebem remuneração mensal de até dois salários mínimos. Atualmente o dinheiro é pago a quem tenha exercido atividade remunerada por, no mínimo, 30 dias consecutivos ou não, no ano.O texto aprovado na Câmara mantém o pagamento do abono ao empregado que comprovar vínculo formal de no mínimo 90 dias no ano anterior ao do pagamento. Paulo Rocha explicou que a regra seguirá a mesma linha de pagamento do 13º salario. Por exemplo, quem trabalhou um mês ou cinco meses receberá respectivamente 1/12 e 5/12 do abono, explicou o senador.

Seguro-defesoPara o seguro-defeso, pago ao pescador durante o período em que a pesca é proibida, foi mantida a regra vigente antes da edição da medida provisória - o pescador necessita ter ao menos um ano de registro na categoria. A intenção do governo era aumentar essa exigência para três anos.

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Desemprego ficou em 7,9% no primeiro trimestre de 2015, diz IBGEPercentual equivale a 7,9 milhões. No trimestre anterior, índice era de 6,5%.Região Nordeste teve a maior taxa desocupação do país, 9,6%.

A taxa de desemprego subiu nos três primeiros meses deste ano e chegou a 7,9%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual equivale a 7,934 milhões de pessoas.No quarto trimestre de 2014, a desocupação ficou em 6,5% e nos três primeiros meses do ano passado, em 7,2%.Enquanto a região Nordeste teve a maior taxa desocupação do país, 9,6%, a Sul registrou a menor, de 5,1% no período, abaixo da média nacional. Na análise por estados, os dois extremos ficaram com o Rio Grande do Norte, onde o desemprego atingiu 11,5%, e com Santa Catarina, onde a taxa chegou a 3,9%.Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que substitui a tradicional Pnad anual e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Pela primeira vez, o levantamento apresenta as informações detalhadas sobre o mercado de trabalho no Brasil, nas grandes regiões e nos estados."Um terço das 27 unidades da federação marcaram nesse primeiro trimestre de 2015 a taxa mais alta, desde o início da série [2012], na taxa marcada inteira, desde sempre. Houve elevação da taxa de desocupação de várias regiões. Você tem aumento da desocupação, que é superior, em termos proporcionais ao aumento da ocupação. Em comparação com janeiro, fevereiro e março de 2014, houve elevação mesmo. Mas quando você compara com outubro, novembro e dezembro, é natural estar mais elevado, isso é sazonal”, disse coordenador de rendimento e trabalho do IBGE, Cimar Azeredo.De acordo com o IBGE, a população desocupada cresceu 23% em relação ao trimestre anterior e 12,6% em relação aos três primeiros meses de 2014.Diferenças por gênero e escolaridadeA Pnad apontou diferenças significativas na taxa de desocupação entre homens e mulheres. No primeiro trimestre, a taxa ficou em 6,6% para os homens e 9,6% para as mulheres.A pesquisa mostrou também que o desemprego para quem tem ensino médio incompleto é maior entre todos os grupos, chegando a 14%. No caso de quem tem ensino superior incompleto, o índice foi de 9,1% e para aqueles com nível superior completo, atingiu 4,6%.

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RendimentosNo primeiro trimestre, o rendimento médio real (todos os ganhos recebidos no mês) de todos os trabalhadores ocupados foi estimado em R$ 1.840 – número estável em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o trimestre anterior, o rendimento cresceu 0,8%.“O aumento é esperado, dado que você tem dispensa de trabalhadores temporários, que são pessoas que ganham menos. E quando você tem menos pessoas ganhando menos, então, o rendimento acaba subindo”.De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que substitui a tradicional Pnad anual e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), e agora traz dados detalhados do mercado de trabalho por estados e regiões, ficaram acima da média nacional os rendimentos dos trabalhadores do Sudeste (R$ 2.116), Sul (R$ 2.007) e Centro-Oeste (R$ 2.090).Os menores rendimentos foram vistos no Maranhão (R$ 946), Piauí (R$ 1.122) e Ceará (R$ 1.137) , e os maiores no Distrito Federal (R$ 3.046), em São Paulo (R$ 2.401) e em Roraima (R$ 2.146)."Para o Brasil, a conta final ficou estável [do rendimento do trabalho]. Como a gente tem diferenças regionais fortes, os movimentos tendem a ser diferentes, mas, na média final, o rendimento está estável. Mas você vai ver em algumas regiões, você tem diferença em termos de patamar de rendimento, você tem diferenças grandes”, disse Azeredo.

Carteira de trabalhoA maioria dos trabalhadores empregados no setor privado, 78,2%, tinham carteira de trabalho assinada. O número não mudou em relação aos trimestres anteriores. Já entre as empregadas domésticas, o índice é bem menor. No primeiro trimestre, apenas 32,3% tinham carteira de trabalho assinada. No mesmo trimestre de 2014, o percentual era de 31,5%.“Você percebe que 78% dos funcionários do setor privado, excluindo trabalhador doméstico, têm carteira de trabalho. E esse número colocado pelo doméstico se inverte, 67% não têm carteira assinada.”

Nível de ocupaçãoO nível da ocupação, indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar, foi estimado em 56,2%. Os maiores percentuais partiram da região Sul (60,6%) e da Centro-Oeste (60,3%). O Nordeste apresentou o menor nível da ocupação (51,4%).No Brasil, 39% das pessoas em idade de trabalhar foram classificadas como "fora da força de trabalho", ou seja, aquelas que não estavam ocupadas nem desocupadas na semana de referência da pesquisa.

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“No mês, você tem perda significativa de 851 mil postos de trabalho. No ano, você tem avanço de 0,8%, que são 762 mil. O nível de ocupação caiu porque o crescimento vegetativo [população com idade para trabalhar] foi a 1,9%, e população ocupada só cresceu 0,8%. Ela sobe [a população ocupada], mas ela sobe inferior ao crescimento vegetativo.”A região Nordeste foi a que apresentou a maior parcela de pessoas fora da força de trabalho (43,1%). As regiões Sul (36,2%) e Centro-Oeste (34,9%) tiveram os menores percentuais.Pesquisa mensal até 2016O coordenador de rendimento e trabalho do IBGE, Cimar Azeredo, informou que a Pesquisa Mensal de Emprego deve ser encerrada em janeiro de 2016. A respeito da divulgação desta quinta-feira, ele afirmou que "é um momento histórico, porque está dando início ao processo de divulgação conjuntural do mercado de trabalho por UF e nunca teve".Ele acrescentou que a Pnad anual irá a campo em 2015, para divulgação também em 2016.A Pnad Contínua visita cerca de 3.464 municípios no trimestre. “Ou seja, cerca de 250 mil domicílios num trimestre.”

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Levy diz que ajuste fiscal é difícil, mas indispensável, e que economia reagirá

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta quinta-feira que as medidas do ajuste fiscal são difíceis, mas são indispensáveis ao país, afirmando ainda que a economia brasileira irá reagir favoravelmente a partir dessas ações.O ministro, que participa de evento em comemoração aos 15 anos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) no Tribunal de Contas da União (TCU), disse que não se deve olhar para a desaceleração da economia em 2014 e este ano, mas para as oportunidades que estão sendo criadas num momento em que o governo dá nova orientação à política macroeconômica.

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Fluxo cambial mostra que mercado vê melhora da economia, diz a GO Associados

O mercado financeiro internacional decidiu apostar nos primeiros sinais de melhora da economia e direcionou para o Brasil recursos para investimentos especulativos e na produção, segundo o diretor de Pesquisa Econômica da GO Associados, Fábio Silveira. "O investidor externo está satisfeito, e mercado vive da perspectiva", salientou ao comentar o ingresso líquido de US$ 13,1 bilhões de fluxo cambial em abril, o maior desde julho de 2011.Para Silveira, a melhora da percepção externa sobre o Brasil teve início dias antes da divulgação do balanço da Petrobras. "Houve melhora nas bolsas já e o mercado é muito rápido", considerou. Ele salientou que, nos últimos 30 dias até 1º de maio, o mercado acionário reagiu e o ganho foi de 7,5%. "Não é que seja uma maravilha, mas o mercado aposta que a recuperação da economia brasileira pode ocorrer, ainda que não saiba quando isso vai ocorrer: se no fim deste ano ou só no ano que vem", considerou.Além do balanço, também pesou positivamente na atratividade brasileira, segundo o economista da GO Associados, a perspectiva de aprovação do ajuste fiscal. "E teve ainda o roadshow que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fez no exterior a investidores, bancos, enfim... Isso trouxe mais credibilidade ao cenário", citou. Para coroar o interesse no Brasil, o retorno financeiro é fundamental, tendo como parâmetro que a Selic está em 13,25% ao ano. "É o maior do mundo em termos nominais."Silveira destacou que, além de investimentos em portfólio, o fluxo registra também recursos voltados para o setor produtivo. Ele lembrou que o investimento direto estava muito ruim em janeiro e fevereiro e que agora pode-se pensar em uma retomada. "Além disso, o mercado também não gosta de muito dólar alto demais e que suba rapidamente porque isso vira inflação e depois mais juro. O mercado entende que o câmbio não vai pressionar a inflação mais do que pressionou."

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Atividade, emprego e faturamento industrial recuam no 1º trimestreInformações foram divulgadas pela Confederação Nacional da Indústria.

Entidade avaliou que o desempenho da indústria no período foi 'negativo'.A indústria de transformação iniciou o ano de 2015 com queda do nível de atividade, no emprego e também no faturamento, segundo números divulgados nesta terça-feira (5) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), tendo por base os indicadores industriais."O desempenho da indústria no primeiro trimestre deste ano foi negativo. Todos os resultados apresentaram queda na comparação dos três primeiros meses de 2015 com os três meses anteriores e também na comparação com os três primeiros meses de 2014", assinalou a CNI, por meio de nota à imprensa.De acordo com o chefe da Unidade de Política Econômica da entidade, Flávio Castelo Branco, os resultados do primeiro trimestre foram influenciados pelas medidas de ajuste fiscal do governo - implementadas por meio de alta de tributos sobre a folha de pagamentos, exportações, combustíveis, empréstimos e corte de gastos, principalmente de investimentos, além do aumento de juros."As medidas de ajuste terminam, no primeiro momento, tendo impacto no custo das empresas, em termos de tributos. O custo de financiamento e os juros [altos] reduzindo a demanda das famílias e das empresas por investimentos. Tem todo um ambiente desfavorável. O ajuste foi muito forte até agora", avaliou o economista.

Dólar mais altoDe acordo com ele, a alta do dólar, que favorece as vendas externas, tornando-as mais baratas, não produz um "impacto imediato" nas exportações."Tem certas relações de fidelidade entre fornecedores, que não permitem mudanças abruptas, especialmente no quadro internacional, que tem contratos mais longos", observou Castelo Branco.Além disso, ele acrescentou que as moedas de competidores das exportações brasileiras, como países europeus, asiáticos e até do Reino Unido, também se desvalorizaram. Com isso, explicou o economista, "a margem de ganho não é tão grande". Ele lembrou que o governo também reverteu parcialmente um benefício para os exportadores de manufaturados, alterando a alíquota do Reintegra.

Horas trabalhadas e faturamentoDe acordo com a entidade, as horas trabalhadas na produção, indicador do nível de atividade do setor industrial, recuaram 1,1% nos três primeiros meses deste ano, na comparação com o último trimestre do ano passado.

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Se a comparação for feita com o primeiro trimestre de 2014, a queda é maior ainda: de 8,5%.Já o faturamento da indústria tombou 3,6% no primeiro trimestre deste ano, contra os três últimos meses do ano passado, e 6% contra o primeiro trimestre de 2014.

Emprego e massa salarialNo caso do emprego industrial, informou a CNI, o recuo foi de 0,4% nos três primeiros meses de 2015, contra o último trimestre de 2014. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o recuo foi de 3,9%.O recuo do emprego industrial afetou, de acordo com a entidade, os indicadores de massa salarial e rendimento médio real dos trabalhadores do setor, que se retraíram 0,9% e 0,1%, respectivamente, contra os três últimos meses de 2014. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a queda foi de 4,1% e 0,2%."Dada a dificuldade de reverter o cenário adverso no curto prazo, é provável que o rendimento médio dos trabalhadores da indústria continue caindo ao longo de 2015", acrescentou a Confederação Nacional da Indústria.

Nível de uso do parque fabrilA CNI informou ainda que a chamada utilização da capacidade instalada (nível de uso do parque fabril) somou 80,8%, em termos dessazonalizados, em março deste ano. Com isso, registrou queda de 0,2 ponto percentula na comparação com o último trimestre do ano passado e de 3,7 pontos contra o primeiro trimestre de 2014.

Mês de marçoDe acordo com os números divulgados pela CNI, a atividade industrial, medida pelas horas trabalhadas na produção, recuou 1,9% em março, na comparação com fevereiro, ao mesmo tempo em que o emprego industrial caiu 0,8% nesta comparação (taxa considerada elevada). O faturamento da indústria, porém, avançou 0,5%.O nível de uso do parque fabril, por sua vez, subiu 0,7 ponto percentual no período, para 80,8% - o que, segundo análise da CNI - ainda aponta para "ociosidade" do parque industrial.Já a massa salarial dos trabalhadores da indústria e o seu rendimento médio recuaram, respectivamente, 1,4% e 0,8% de fevereiro para março deste ano, infomou a Confederação Nacional da Indústria.

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Com ano difícil na economia, mais da metade dos brasileiros quer diminuir compras parceladas

O brasileiro está mais receoso em assumir dívidas este ano. É o que mostra uma pesquisa do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), divulgada nesta segunda-feira (4). Segundo o levantamento, 53% dos entrevistados pretendem diminuir o número de compras parceladas. O ano deve ser difícil na economia para 47% das pessoas ouvidas. Motivo que justifica a cautela na hora de gastar.A pesquisa destacou ainda que a preocupação com a economia atinge principalmente as classes A e B e pessoas com mais escolaridade. Foram ouvidas 642 pessoas nas 27 capitais brasileiras.Com a inflação pesando cada vez mais no orçamento das famílias, é natural que se cortem os gastos considerados extras. É isso que 56% dos entrevistados vão fazer. A pesquisa também mostrou que uma parcela dos brasileiros (12%) vai ter mais dificuldades para guardar dinheiro.Inadimplência do consumidor cresce em março, diz SPCPara 57% das pessoas ouvidas, as taxas de juros serão mais altas do que em 2014. O governo já deu um sinal claro disso na semana passada, quando a Selic (taxa básica de juros) foi elevada para 13,25% ao ano. Economistas esperam que esse índice suba, pelo menos, mais 0,25 ponto percentual.Três em cada dez entrevistados também já sentem que está mais difícil conseguir crédito em 2015. Esse fator contribui diretamente para que os consumidores desistam do parcelamento e optem pelo pagamento à vista.

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BC: Mercado vê inflação e Selic maiores e economia mais fraca em 2015

Os analistas do mercado financeiro aumentaram ligeiramente suas estimativas para a inflação e agora acreditam em um aperto monetário maior neste ano. Enquanto isso, a previsão para a atividade econômica piorou.De acordo com o boletim Focus, do Banco Central (BC), a mediana das estimativas para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 8,25% para 8,26% em 2015. Os analistas ainda veem uma desaceleração do indicador - na medida de 12 meses à frente, a estimativa saiu de 6% para 5,96%. Para 2016, a projeção de inflação seguiu em 5,60%.Depois de quatro semanas, os analistas elevaram a projeção para a Selic e agora esperam que a taxa básica de juros termine o ano em 13,50%, ante 13,25% estimados antes. Na quarta-feira passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic de 12,75% para 13,25%. Analistas consideraram que, ao repetir o comunicado - o texto foi igual ao da decisão anterior, em março -, o BC sinalizou que a Selic pode ter uma nova alta de 0,50 ponto neste ano. No Focus, os analistas mantiveram a estimativa referente ao custo do dinheiro para 2016, de 11,50%.Entre os Top 5 - aqueles que mais acertam as previsões - as estimativas para a Selic não mudaram, mas suas apostas já estavam mais altas que a do mercado em geral. Eles veem o juro em 13,50% neste ano e em 12% no fim do ano que vem. Esse grupo também aumentou a previsão para a inflação em 2015, de 8,67% para 8,73%. A previsão para 2016 seguiu em 6,40%. Neste grupo, as estimativas são medianas de médio prazo.Enquanto aumentaram a expectativa de inflação e juro, os analistas revisaram a previsão para a atividade e agora esperam uma queda maior, de 1,18% no Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, ante estimativa anterior de recuo de 1,10%. Para 2016, a estimativa foi mantida em avanço de 1%.As projeções para a produção industrial foram mantidas: queda de 2,50% em 2015 e aumento de 1,50% em 2016.

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FMI diz que 2015 é ano de ajuste no Brasil

O ano de 2015 é um ano de ajuste para o Brasil e na medida em que as medidas da equipe econômica para arrumar a economia vão progredindo, a confiança dos empresários e consumidores deve se recuperar dos atuais níveis baixos, afirma o diretor do departamento para o Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Alejandro Werner. Para ele, o Banco Central do Brasil tem mostrado um "compromisso muito claro" de trazer a inflação para perto da meta de 4,5%."À medida que a implementação dessas políticas de ajuste comece a se refletir nos números, isso vai fazer com que a confiança vá se recuperando e, eventualmente, depois de um período, pode haver um processo de recuperação do investimento", afirmou o diretor, citando que os empresários tem reduzido os gastos por conta do aumento da incerteza. Werner falou com jornalistas para comentar um novo relatório que o FMI divulgou na semana passada, chamado "Perspectiva Econômica Regional: Hemisfério Ocidental". O documento prevê que o Brasil terá em 2015 a desaceleração mais severa da economia em mais de duas décadas."A economia do Brasil vem enfrentando uma desaceleração importante", disse Werner na entrevista, afirmando que vários indicadores do país estavam mostrando piora, como o déficit em conta corrente, a inflação e as contas fiscais. Por isso, a necessidade de medidas do governo para arrumar a economia."O governo brasileiro anunciou um ajuste importante para recuperar a confiança e a sustentabilidade das finanças públicas. Além de um aumento importante dos juros para conter a inflação e as expectativas de inflação de médio prazo", disse Werner. Após subir 8% este ano, refletindo o ajuste em preços administrados, a previsão do FMI é que a inflação, medida pelo IPCA, reduza o ritmo de alta em 2016, para 5,4%.O próprio ajuste na economia, com corte de gastos e elevação dos juros, vai contribuir para afetar a atividade econômica em 2015. "Neste contexto, antecipávamos que a desaceleração que já vinha registrando a economia brasileira ia continuar", ressaltou Werner. Na medida em que o ajuste avance, o diretor afirma que a expectativa é de recuperação da credibilidade dos agentes "no conjunto de políticas macroeconômicas", com o Brasil voltando a crescer em 2016. O FMI projeta contração de 1% este ano na economia e expansão de 1% no ano que vem.

PetrobrasOutro impacto na atividade econômica no curto prazo vem da queda do preço do petróleo e da Petrobras, ressalta o diretor do FMI. As cotações mais baixas da commodity devem afetar o investimento do setor, que já vem sofrendo as implicações das denúncias de corrupção na Petrobras.

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Juros da economia chegam ao maior patamar dos últimos seis anos

A Selic, taxa básica de juros, fechou em 13,25%.Comitê de Política Monetária tenta controlar a inflação.Os juros da economia brasileira subiram mais uma vez e chegaram ao maior patamar nos últimos seis anos, na tentativa do Comitê de Política Monetária de controlar uma inflação bem acima da meta.Agora a selic, a taxa básica de juros, está em 13,25%. Em março de 2013, a Selic estava no menor nível da história: 7,25%. Depois disso, a taxa não parou de subir.O comunicado do Banco central informou que o aumento dos juros é o resultado da análise do cenário macroeconômico e das perspectivas para a inflação. A decisão foi unânime.A última previsão do mercado financeiro é que a inflação termine 2015 em 8,25%, muito acima do que o Banco Central e o regime de metas de inflação considera aceitável, que é uma taxa de 6,5%.Para alguns economistas, a decisão de hoje do Copom reafirma uma postura de política monetária mais dura. Com os juros altos, pegar empréstimos e financiamentos se torna mais caro, o que funciona como um desestímulo ao consumo.“Significa que o governo está tirando dinheiro do setor privado e guardando nos seus cofres. Se o governo está tirando dinheiro do setor privado, ele está diminuindo demanda na economia e consequentemente tá diminuindo as pressões sobre os preços”, declara José Márcio Camargo, economista da PUC.Se a alta dos juros ajuda a arrumar a casa e colocar os preços nos devidos dos lugares, também tem o efeito indesejado, vai reduzir ainda mais a atividade econômica em um mmento de retração do PIB e quem vai sentir é principalmente o trabalhador.“Você vai ter uma queda de reajustes salariais devido ao aumento do desemprego e você vai ter uma queda do rendimento real das pessoas porque a inflação está acelerando”, avalia Camargo.

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Banco Central eleva juro básico para 13,25% ao ano

Última alta, em março, elevou a Selic para 12,75%, maior taxa desde janeiro de 2009O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros (Selic) para 13,25% ao ano, uma alta de 0,5 ponto percentual. É a quinta alta seguida da taxa, que atinge o maior patamar desde janeiro de 2009, quando estava em 13,75% ao ano. Na última correção, em março, o Copom havia elevado a Selic para 12,75%.Entre as razões que explicam a elevação está a perspectiva de alta da inflação. A taxa é o principal instrumento do BC para manter a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), sob controle. O Copom estabelece, oficialmente, a meta em 4,5%, com tolerância de dois pontos, podendo chegar a 6,5%.No último Relatório de Inflação, porém, o próprio BC admitiu que 2015 deve terminar com o índice em 7,9%. Neste ano, a inflação está sendo pressionada pelos aumentos nos preços de energia e combustíveis.A decisão do Copom foi unânime em um momento delicado na economia brasileira. Embora ajude no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no consumo.De acordo com o boletim Focus, analistas econômicos projetam contração de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) — que é a soma dos bens e serviços produzidos pelo país — em 2015.Qual a influência da SelicA Selic serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, é contido o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.Quando se reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.Confira a nota divulgada pelo BC após a reunião:"Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,5 p.p., para 13,25% a.a., sem viés".

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Dilma diz que ajuste fiscal terá impacto positivo na economia

Ao inaugurar fábrica de automóveis em Goiana (PE), presidenta afirma que medidas são necessárias para geração de emprego, renda e atividade industrial; inovação também será estimulada pelo governoAo participar da inauguração de uma fábrica de automóveis, hoje (28), em Goiana (PE), a presidenta Dilma Rousseff defendeu as medidas de ajuste fiscal que, segundo ela, devem ter impacto positivo no estímulo à economia e na atividade industrial, geração de emprego e renda. Dilma disse que o governo está determinado a implementar as medidas para alcançar a expansão do mercado e da infraestrutura.“Os ajustes são conjunturais: eles são necessários, estamos determinados a implementá-los e, com eles, a implementar as condições para garantir a expansão não só da nossa infraestrutura, mas também do mercado e da indústria automobilística neste momento seguinte”, disse, durante discurso na inauguração do polo automotivo da Jeep, empreendimento da multinacional Fiat Chrysler Automobiles.Dilma afirmou ainda que o governo não ignora a desaceleração enfrentada pelo Brasil e trabalha com empenho para garantir o crescimento da demanda e da produção. “Não ignoramos as dificuldades e desaceleração que o Brasil passa neste momento, mas dentro da certeza do compromisso e do empenho do meu governo em trabalhar para aprimorar as bases para garantir o crescimento da demanda, da produção e do desenvolvimento social e regional do país”.No discurso, Dilma disse trabalhar para criar um ambiente de negócios mais favorável à indústria brasileira. “Falo de todas as empresas que escolheram e escolhem o Brasil como sede de seus produtos, de desenvolvimento de sua produção e também do desenvolvimento de suas tecnologias. Todas as empresas são muito bem-vindas”.Ao falar sobre a Refinaria Abreu e Lima, a presidenta citou a Petrobras e reforçou a ideia de que a empresa virou uma página em relação à Operação Lava Jato, da Polícia Federal. No último dia 24, Dilma havia dito que a divulgação do balanço de 2014, da Petrobras, marca uma nova fase da empresa.A fábrica para produção do Jeep inaugurada hoje tem como estratégia a produção de veículos para o mercado brasileiro e para exportação. O carro fabricado em Goiana sai da linha de produção com índice de nacionalização de mais de 70%. O objetivo é chegar a 80%. O complexo empregará até o final do ano mais de 9 mil trabalhadores. Deste contingente, 82% são nordestinos e 78% pernambucanos.Durante inauguração, a presidenta destacou que o Brasil pretende ser uma plataforma de produção e de inovação na indústria, sobretudo a automobilística.

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“Nós também queremos ser, além de uma plataforma de produção, uma das principais bases de inovação da indústria automobilística mundial. É este o sentido do Programa Brasil Maior. Nós desejamos que as indústrias automobilísticas aqui instaladas, e as que venham a se instalar, desenvolvam novas peças, novos processos e novos automóveis”, disse.Dilma ressaltou que a instalação da fábrica em plena Zona da Mata pernambucana demonstra a preocupação do governo federal com o desenvolvimento regional do país. “A escolha de Goiana decorre também de uma decisão clara do governo federal de ajuda e suporte a uma política de desenvolvimento regional e permite que o povo de Pernambuco possa ter aqui um polo industrial automotivo de imenso impacto para a geração de emprego e crescimento do estado”, garantiu.

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Estudo

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Índice de Potencial de Consumo do Brasileiro

2015

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Fim