Relatório 1 - Ensaio de Dureza
-
Upload
espaco-merito -
Category
Documents
-
view
107 -
download
3
Transcript of Relatório 1 - Ensaio de Dureza
![Page 1: Relatório 1 - Ensaio de Dureza](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022082700/5485e9abb4af9ffd498b4946/html5/thumbnails/1.jpg)
Laboratório de Materiais de Construção Mecânica II
UNESP – Universidade Estadual Paulista“Julio de Mesquita Filho” – Campus de Ilha Solteira
FEIS – Faculdade de Engenharia de Ilha SolteiraDepartamento de Engenharia Mecânica
Laboratório de Materiais II
Ensaio de Dureza
Discentes:
200712481 BRUNO ALBERTINI BELENTANI
200710261 ERICKSON FABIANO MOURA SOUSA SILVA
200710411 MILTON JUNIOR TEIXEIRA DOS SANTOS
200710601 CARLOS EDUARDO DRUBI MARTINS
200712401 LUCAS MUNHOZ MEORALLI
Docente:
Celso Riyoitsi Sokei
Relatório 01 – Ensaio de Dureza1
![Page 2: Relatório 1 - Ensaio de Dureza](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022082700/5485e9abb4af9ffd498b4946/html5/thumbnails/2.jpg)
Laboratório de Materiais de Construção Mecânica II
Sumário
1. OBJETIVOS.......................................................................................................................3
2. INTRODUÇÃO TEÓRICA................................................................................................3
2.1. ENSAIO DE DUREZA BRINELL..................................................................................4
2.2. ENSAIO DE DUREZA VICKERS.................................................................................4
2.3. ENSAIO DE DUREZA ROCKWELL............................................................................5
3. PARTE EXPERIMENTAL................................................................................................6
4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS..................................................................................8
5. DISCUSSÃO....................................................................................................................11
6. CONCLUSÃO..................................................................................................................12
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................12
Relatório 01 – Ensaio de Dureza2
![Page 3: Relatório 1 - Ensaio de Dureza](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022082700/5485e9abb4af9ffd498b4946/html5/thumbnails/3.jpg)
Laboratório de Materiais de Construção Mecânica II
1. OBJETIVOS
Compararmos experimentalmente as diferenças nas propriedades
mecânicas de materiais metálicos com composições e tratamentos
térmicos diferentes, além de comprovarmos se a relação entre os
ensaios Brinell, Rochwell e Vickers se mantém.
2. INTRODUÇÃO TEÓRICA
A propriedade mecânica denominada dureza é largamente
utilizada na especificação de materiais, nos estudos e pesquisas
mecânicas e metalúrgicas e na comparação de diversos tipos de
materiais. Entretanto, o conceito físico de dureza não tem o mesmo
significado para todas as pessoas que tratam com essa propriedade.
Essa conceituação divergente de dureza depende da experiência
de cada um ao estudar o assunto. Para um metalurgista, dureza significa
a resistência à deformação plástica permanente; um engenheiro
mecânico define dureza como a resistência à penetração de um
material duro no outro; para um projetista, a dureza é considerada uma
base de medida para o conhecimento de resistência e do tratamento
térmico ou mecânico de um metal e da sua resistência ao desgaste;
para um técnico em usinagem de metais, a dureza fornece uma medida
da resistência ao corte do metal; e para um mineralogista, a dureza tem
um significado diferente, ou seja, o de medir a resistência ao risco que
um material pode fazer no outro.
Assim sendo, não é possível encontrar uma definição única de
dureza que englobe todos os conceitos acima mencionados, mesmo
porque para cada um desses significados de dureza, existem um ou
mais tipos de medidas adequadas. Sob esse ponto de vista, pode-se
Relatório 01 – Ensaio de Dureza3
![Page 4: Relatório 1 - Ensaio de Dureza](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022082700/5485e9abb4af9ffd498b4946/html5/thumbnails/4.jpg)
Laboratório de Materiais de Construção Mecânica II
dividir o ensaio de dureza em três principais tipos de ensaio que
dependem da maneira com que são executados: ensaios por
penetração, por choque e por risco, sendo este último raramente
utilizado para os metais.
Os ensaios por penetração e por choque são os mais usados no
ramo da Metalurgia e da Mecânica, sendo que a dureza por penetração é
mais largamente utilizada e citada nas especificações técnicas.
A seguir, daremos as definições do ensaio de Brinell, Vickers e
Rockwell para a determinação da dureza por penetração.
2.1. ENSAIO DE DUREZA BRINELL
O ensaio de dureza Brinell é realizado mais constantemente em
corpos de alumínio, latão e aço recozido. As cargas são aplicadas
utilizando-se de um penetrador de aço temperado em forma esférica.
Este tipo de ensaio de dureza por penetração foi proposto por J. A.
Brinell em 1900, sendo o tipo de ensaio mais usado na Engenharia até
os dias atuais.
O ensaio consiste em comprimir lentamente o penetrador esférico
de diâmetro D por meio da aplicação de uma carga Q sobre uma
superfície plana e polida durante um determinado espaço de tempo.
Essa compressão provocará uma impressão permanente no metal com o
formato de uma calota esférica de diâmetro d, que é medido por um
microscópio óptico. O valor do diâmetro d deve ser a média de duas
leituras, uma perpendicular à outra.
A dureza Brinell (HB) é definida por:
. (1)
Relatório 01 – Ensaio de Dureza4
![Page 5: Relatório 1 - Ensaio de Dureza](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022082700/5485e9abb4af9ffd498b4946/html5/thumbnails/5.jpg)
Laboratório de Materiais de Construção Mecânica II
2.2. ENSAIO DE DUREZA VICKERS
Os ensaios de dureza Vickers são realizados em vários tipos de
materiais.
Esse ensaio de dureza foi introduzido em 1925 por Smith e
Sandland e foi batizado com o nome Vickers porque a companhia
Vickers-Armstrong Ltda foi a responsável pela fabricação das máquinas
mais conhecidas por operar com esse tipo de dureza.
A espécie de penetrador utilizado nesse tipo de ensaio é uma
pirâmide de base quadrada, com ângulo de 136° entre as faces opostas.
Com esse ângulo, pode-se produzir valores de impressão semelhantes
aos da dureza Brinell. O penetrador é de diamante, sendo portanto
praticamente indeformável.
A forma da impressão é um losango regular. Com um microscópio
óptico faz-se a leitura das medidas de suas diagonais, tirando-se uma
média L.
A dureza Vickers (HV) é obtida por meio da seguinte equação:
.
(2)
2.3. ENSAIO DE DUREZA ROCKWELL
O ensaio de dureza Rockwell é geralmente realizado em corpos de
prova de aço temperado.
Este tipo de ensaio de dureza foi introduzido em 1922 por
Rockwell, motivo pelo qual leva o nome. Este ensaio oferece algumas
vantagens bastante significativas sobre os demais, o que o faz um tipo
de ensaio de extenso uso internacional.
Relatório 01 – Ensaio de Dureza5
![Page 6: Relatório 1 - Ensaio de Dureza](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022082700/5485e9abb4af9ffd498b4946/html5/thumbnails/6.jpg)
Laboratório de Materiais de Construção Mecânica II
A dureza Rockwell elimina o tempo necessário para a medição de
qualquer dimensão causada pela impressão, pois o valor da dureza do
material é lido diretamente na máquina de ensaio, sendo portanto um
ensaio mais rápido e menos sujeito a erros humanos. Além disso,
utilizando-se penetradores pequenos, muitas vezes não danificamos a
peça a ser usada como corpo de prova.
O ensaio é baseado na profundidade da penetração. Além da
aplicação da carga total sobre o penetrador, existe uma carga menor, a
pré-carga, que é aplicada com o objetivo de eliminar os efeitos da
deformação elástica do material.
O valor da dureza Rockwell (HR), ao contrário dos valores obtidos
nos demais ensaios, é adimensional.
Nos ensaios Brinell e Vickers a distância mínima do centro de uma
impressão ao bordo do corpo de prova ou ao bordo de qualquer outra
impressão dever ser no mínimo de 2,5d.
3. PARTE EXPERIMENTAL
3.1. MATERIAIS UTILIZADOS
• Aço ao carbono 1040 recozido,
• Aço ao carbono 1040 temperado,
• Alumínio comercial,
• Latão.
3.2. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
• Durômetro Biro VA-I,
• Durômetro HPO-250.
Relatório 01 – Ensaio de Dureza6
![Page 7: Relatório 1 - Ensaio de Dureza](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022082700/5485e9abb4af9ffd498b4946/html5/thumbnails/7.jpg)
Laboratório de Materiais de Construção Mecânica II
3.3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.3.1. DUREZA BRINELL
Realizamos este ensaio nos corpos de prova de alumínio, latão e
aço ao carbono 1040 recozido e aplicamos as cargas utilizando o
penetrador de esfera de aço temperado de diâmetro 2,5 mm. Não
realizamos este ensaio no corpo de prova de aço ao carbono 1040
temperado, pois o penetrador também é feito de aço ao carbono 1040
temperado o que poderia ocasionar a deformação também na esfera.
Pelo o diâmetro da esfera que estamos utilizando, as cargas
recomendadas para cada corpo de prova são: 31,25kgf para o alumínio,
62,50kgf para o latão e 187,50kgf para o aço ao carbono 1040 recozido.
A imagem na impressão foi ampliada 70 vezes. Com esta
ampliação cada divisão da escala graduada mede 0,1mm e corresponde
a 10 divisões do nômio, cada subdivisão no tambor equivale a 1 décimo
da divisão do nômio.
Realizamos três ensaios para cada material, onde em cada ensaio
duas medidas diferentes de d, e a partir da Equação (1) calculamos o
valor da dureza Brinell para tais materiais.
3.3.2. DUREZA VICKERS
Realizamos o ensaio de dureza Vickers nos corpos de prova de
alumínio, latão e nos de aço ao carbono 1040 recozido e temperado.
Para o alumínio utilizamos a carga de 20kgf, para o latão utilizamos uma
carga de 30kgf, e para os aços ao carbono 1040 recozido e temperado a
carga utilizada foi de 40kgf.
Relatório 01 – Ensaio de Dureza7
![Page 8: Relatório 1 - Ensaio de Dureza](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022082700/5485e9abb4af9ffd498b4946/html5/thumbnails/8.jpg)
Laboratório de Materiais de Construção Mecânica II
A imagem neste ensaio também foi ampliada em 70 vezes,
utilizando-se do mesmo aparelho da dureza Brinell, porém agora,
utilizamos um penetrador piramidal de diamante.
Realizamos três ensaios para cada material, onde em cada ensaio
as duas medidas das diagonais foram determinadas, e a partir da
Equação (2) calculamos o valor da dureza Vickers para tais materiais.
3.3.3. DUREZA ROCKWELL C
Realizamos esse ensaio somente no corpo de prova de aço ao
carbono 1040 temperado. Nele utilizamos uma pré-carga de 10kgf, e a
carga total aplicada no ensaio Rockwell C foi de 150kgf, sendo que
mantemos a distância mínima entre o centro de duas impressões ou o
centro de uma delas ao bordo do corpo de prova de pelo menos 3 mm.
4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS
4.1. DUREZA BRINELL
Para cada material, realizamos três ensaios, onde em cada ensaio
realizamos duas medidas diferentes para o diâmetro da penetração da
esfera, a Tabela 1 nos fornece tais dados obtidos.
Tabela 1 – Dados obtidos no ensaio de dureza Brinell.
Material Ensaio d1 (mm) d2 (mm)
Latão
1 0,853 0,855
2 0,858 0,868
Relatório 01 – Ensaio de Dureza8
![Page 9: Relatório 1 - Ensaio de Dureza](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022082700/5485e9abb4af9ffd498b4946/html5/thumbnails/9.jpg)
Laboratório de Materiais de Construção Mecânica II
3 0,882 0,884
Alumínio
1 0,625 0,624
2 0,636 0,623
3 0,617 0,636
Aço ao carbono 1040
recozido
1 0,971 0,960
2 0,963 0,966
3 0,955 0,950
A partir dos dados da Tabela 1, calculamos a média aritmética da
profundidade de impressão para cada material e com o auxílio da
Equação (1) calculamos o valor da dureza Brinell para cada material. A
Tabela 2, nos fornece os valores médios da impressão, o valor da carga
utilizado para tal e o valor da dureza Brinell para cada material
ensaiado.
Tabela 2 – Valores utilizados para o cálculo da dureza Brinell e o valor da dureza
Brinell para cada material ensaiado.
Material dmédio (mm) Q (kgf) HB (kgf/mm2)
Latão 0,867 62,5 102,63
Alumínio 0,627 31,25 99,64
Aço ao carbono 1040
recozido
0,961 187,5 248,70
4.2. DUREZA VICKERS
Para cada material, realizamos três ensaios, onde em cada ensaio
realizamos as medidas das diferentes diagonais da impressão deixada
pela pirâmide de base quadrada, a Tabela 2 nos fornece tais dados
obtidos.
Relatório 01 – Ensaio de Dureza9
![Page 10: Relatório 1 - Ensaio de Dureza](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022082700/5485e9abb4af9ffd498b4946/html5/thumbnails/10.jpg)
Laboratório de Materiais de Construção Mecânica II
Tabela 3 – Dados obtidos no ensaio de dureza Vickers.
Material Ensaio L1 (mm) L2 (mm)
Latão
1 0,722 0,727
2 0,726 0,728
3 0,712 0,705
Alumínio
1 0,592 0,597
2 0,598 0,594
3 0,600 0,593
Aço ao carbono 1040 recozido
1 0,542 0,541
2 0,525 0,524
3 0,539 0,529
Aço ao carbono 1040
temperado
1 0,335 0,327
2 0,327 0,320
3 0,326 0,328
A partir dos dados da Tabela 3, calculamos a média aritmética da
profundidade de impressão para cada material e com o auxílio da
Equação (2) calculamos o valor da dureza Vickers para cada material. A
Tabela 4, nos fornece os valores médios da impressão, o valor da carga
utilizado para tal e o valor da dureza Vickers para cada material
ensaiado.
Tabela 4 – Valores utilizados para o cálculo da dureza Vickers e o valor da dureza
Vickers para cada material ensaiado.
Material Lmédio (mm) Q (kgf) HV (kgf/mm2)
Latão 0,720 30,00 107,32
Alumínio 0,596 20,00 104,41
Aço ao carbono 1040 recozido 0,533 40,00 261,10
Relatório 01 – Ensaio de Dureza10
![Page 11: Relatório 1 - Ensaio de Dureza](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022082700/5485e9abb4af9ffd498b4946/html5/thumbnails/11.jpg)
Laboratório de Materiais de Construção Mecânica II
Aço ao carbono 1040
temperado
0,327 40,00 693,69
4.3. DUREZA ROCKWELL C
Esse ensaio foi realizado somente no corpo de prova do aço ao
carbono 1040 temperado, nele aplicamos uma pré-carga de 10kgf, e
logo em seguida aplicamos a carga restante para completar o ensaio de
dureza Rockwell C, ou seja, uma carga de 140kgf. A Tabela 5, fornece os
valores da dureza obtidos em três ensaios.
Tabela 5 – Dados obtidos no ensaio de dureza Rockwell C.
Material Ensaio HR
Aço ao carbono 1040
temperado
1 58,00
2 58,00
3 58,50
Com os dados obtidos pela Tabela 5, podemos concluir que a
dureza média do aço ao carbono 1040 temperado é de 58,16 HR.
5. DISCUSSÃO
Ao analisarmos os diversos experimentos observamos uma
coerência entre os valores de dureza, sendo que para os ensaios Brinell
e Vickers obtivemos valores crescentes de dureza ao ensaiarmos os
corpos de prova de alumínio, latão e aço ao carbono 1040 recozido
respectivamente, sendo o ensaio Brinell para o aço ao carbono 1040
temperado não recomendado devido à elevada deformação da esfera.
Relatório 01 – Ensaio de Dureza11
![Page 12: Relatório 1 - Ensaio de Dureza](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022082700/5485e9abb4af9ffd498b4946/html5/thumbnails/12.jpg)
Laboratório de Materiais de Construção Mecânica II
Como a impressão no ensaio de dureza Brinell abrange uma área
de contato maior do que as impressões dos outros ensaios, ela é a mais
recomendada para metais que tenham uma estrutura interna não
uniforme, como é o caso dos ferros fundidos cinzentos.
O ensaio de dureza Vickers não é tão prático como os demais
ensaios pois exige uma cuidadosa preparação do corpo de prova de
modo a promover uma impressão mais nítida.
6. CONCLUSÃO
Concluímos, portanto, que o ensaio Vickers é um dos mais
versáteis podendo medir uma grande amplitude de dureza com extrema
precisão, porém é um dos menos utilizados na prática, sendo os ensaios
Brinell e Rockwell mais utilizados. O ensaio Brinell não é recomendado
para materiais de elevada dureza superficial devido à deformação
ocorrida na esfera já a dureza Rockwell é mais prática e obtida
diretamente no aparelho medidor de dureza.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOUZA, S. A. Ensaios mecânicos de materiais metálicos. 3.ed. São
Paulo: Editora Edgard Blücher LTDA, 1977. 216p.
Relatório 01 – Ensaio de Dureza12