Relatório 02 - Quanti Exp. I - Padronização e Dosagem HAc
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Relatório nº 2
Análise volumétrica - Volumetria de neutralização.
Jade Boscaglia Vieira da Cunha
Jenifer Rigo Almeida
Ludmila Rocha Rodrigues
Vitória, 12 de dezembro.
2° Semestre/2012
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1. INTRODUÇÃO
Volumetria é um tipo de análise em que a quantidade de amostra pode ser
determinada por meio de reações químicas utilizando-se soluções-padrão emsolução cuja concentração é conhecida. Desse modo, a reação ocorrerá entre as
duas espécies e através da estequiometria calcula-se a concentração da substância
analisada. [1]
A solução-padrão é incorporada ao meio reacional pelo processo de titulação,
podendo ser gravimétrica ou volumétrica. Na titulação gravimétrica, a determinação
é feita medindo-se o peso da solução-padrão que foi consumida. Já na volumétrica
mede-se o volume, assim como empregado nesta prática. [1]
Das variadas reações químicas, a titulação volumétrica se classifica em
volumetria de precipitação, de óxido-redução, de complexação e de neutralização. A
volumetria de neutralização foi utilizada neste experimento, se baseia na reação dos
íons hidrogênio e hidróxido para a formação de água. Quando as soluções padrões
são ácidas a titulação é feita com substâncias de caráter alcalino, quando soluções
padrões são alcalinas titula-se com substâncias de caráter ácido. O reagente
titulante é sempre um ácido forte ou uma base forte. [1]
A verificação do ponto final na volumetria de neutralização é realizada com o
auxílio de indicadores de pH. Esses indicadores são substâncias orgânicas
fracamente ácidas ou básicas, que variam gradativamente de coloração dentro de
uma faixa de pH. Na análise volumétrica, chama-se curva de titulação uma
representação gráfica que mostra como varia o logaritmo de uma concentração
crítica com a quantidade de solução titulante adicionada, ou seja, pH x volume de
titulante. A curva de titulação pode ser traçada com dados práticos ou teóricos. A
forma da curva varia consideravelmente com a concentração dos reagentes e o grau
com que se completam as reações, além de representar explicitamente a faixa de
variação do pH.[1]
Em uma titulação, a padronização é realizada utilizando um titulante padrão já
conhecido para se determinar a concentração real do titulado. Tal titulante deve ser
cuidadosamente preparado, pois, senão, a determinação resultará em erros. A
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preparação dessas soluções padrão requer direta ou indiretamente, o uso de um
reagente quimicamente puro e com composição definida. Os reagentes com essas
características são chamados de padrões primários. [2]
Para que uma substância seja considerada padrão primário, esta deve
satisfazer os seguintes requisitos: deve ser de fácil obtenção, purificação, secagem;
Deve ser inalterável ao ar durante a pesagem, ou seja, implica que a substância não
seja higroscópica, nem oxidável ao ar, muito menos afetada pelo dióxido de
carbono; O padrão deverá manter a sua composição imutável durante o
armazenamento; A substância deverá ser solúvel sob as condições em que é
utilizada; A reação com a solução deverá ser estequiométrica e praticamente
instantânea; O erro de titulação deverá ser desprezível, ou de fácil determinação.
Alguns exemplos de padrões primários são: Na2CO3, KHC8H4O4, NaCl, K2Cr 2O7,
KIO3, KBrO3, Na2C2O4.[2]
O ácido acético é um ácido orgânico produzido pela oxidação do álcool etílico.
É importante na indústria alimentícia como vinagre, uma solução diluída do ácido
acético glacial. O vinagre é utilizado como um tempero, pois atribui gosto e aroma
aos alimentos e o teor adequado para ingestão deve estar entre 4% e 6% de ácidoacético segundo a legislação brasileira. Se ingerido abusivamente, o ácido pode
causar forte irritação no revestimento bucal e gastrintestinal. Por isso, torna-se
imprescindível a determinação do seu teor nos produtos em que se encontra,
através da volumetria. [3]
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2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
2.1. Preparo da solução de NaOH 0,1mol/L
Uma solução de NaOH 0,1 mol/L foi preparada retirando-se uma alíquota de
10,00 mL de uma solução já preparada 40% (m/m) de NaOH. Essa alíquota foi
transferida para um balão volumétrico de 1000,00 mL e o volume restante foi
completado com água.
2.2. Padronização da solução de NaOH
Para padronização de NaOH foi utilizado o biftalato de potássio (KHC8H4O4).
Foi calculada a massa necessária de biftalato de potássio para realizar talpadronização. Tal procedimento foi realizado em triplicata e após cada massa
pesada foi acrescida 25,00 mL de água destilada e 3 gotas de fenolftaleína no
erlenmeyer. Realizou-se a titulação.
2.3. Preparo da solução de HCl 0,1mol/L
A solução foi preparada utilizando-se 8,70 mL de ácido clorídrico concentrado
transferidos através de uma pipeta para um balão volumétrico de 1000,00 mL. Porfim completou-se o volume com água destilada até o menisco, homogeneizou-se e
rotulou-se.
2.4. Padronização da solução de HCl
A princípio calculou-se a massa de carbonato de sódio (Na2CO3) necessária
para a reação com o HCl preparado anteriormente. Executou-se uma titulação feita
em triplicata usando erlenmeyers com a massa pesada acima, cerca de 25 mL de
água destilada e 3 gotas de alaranjado de metila (metilorange). Para verificar o
ponto de viragem, ao ser atingido aqueceu-se até o início da ebulição, resfriou-se, se
a solução continuasse com a mesma cor o ponto havia sido atingido.
2.5. Dosagem de ácido acético no vinagre
Primeiramente, pipetou-se 10,00 mL de vinagre comercial para um balão
volumétrico de 100,00 mL e completou-se o volume até a marca com água destilada.
Após a homogeneização, pipetou-se uma alíquota de 25,00 mL para um erlenmeyer
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de 250 mL e adicionou-se 50 mL de água destilada e algumas gotas de fenolftaleína
e em seguida fez-se a sua titulação com a solução de NaOH padronizada
anteriormente.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1. Preparo da solução de NaOH 0,1mol/L
A preparação da solução de NaOH 0,1 mol/L se deu através de uma solução
já existente de NaOH 40% (m/m), portanto era necessário saber qual o volume de
alíquota deveria ser retirada para obtenção de tal concentração.
Em uma solução 40%(m/m) tem-se: 40 g de NaOH em 100 g de água, porém
considerando a densidade da água igual a 1g/mL pode-se concluir que 40 g de
NaOH estão em 100 mL de água, além disso, 40 g de NaOH equivalem a 1 mol de
NaOH.
a) Cálculo do número de mols presente numa solução 40% (m/m) de NaOH:
40 g NaOH 1 mol NaOH 100 mL de água.
1 mol NaOH 100 mL de água.
X 1000 mL de água.
Então em uma solução 40%(m/m) de NaOH, tem-se uma concentração de 10
mol/L. Aplicando CiVi = Cf Vf tem-se:
(10mol/L).(V) = (0,1mol/L).(1L)
Portanto, para a preparação de uma solução 0,1 mol/L de NaOH a partir da
solução 40%(m/m) de NaOH foi retirada uma alíquota de 10,00 mL. Tal volume foi
posto em um balão volumétrico de 1000,00 mL e o restante do volume foi
completado com água destilada.
X = 10 mol de NaOH
V = 0,01L = 10 mL
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3.2. Padronização da solução de NaOH
A padronização do NaOH foi realizada com um padrão de biftalato de
potássio (KHC8H4O4). Para determinar a massa necessária de biftalato de potássiopara a padronização a estequiometria da equação foi levada em consideração:
(1)
De acordo com a equação (1) acima se percebe que a estequiometria da
equação é de 1:1, portanto os cálculos realizados foram:
a) Cálculo da massa de KHC8H4O4 presente em 0,1 mol:
1 mol de KHC8H4O4 204,00 g de KHC8H4O4
0,1mol de KHC8H4O4 Y
b) Cálculo da massa de KHC8H4O4 presente em 25 mL:
20,40 g de KHC8H4O4 1000 mL
M 25 mL
c) Dados registrados:
Massas pesadas de biftalato de potássio e volumes de NaOH obtidos durante
a padronização:
d) Cálculos para a verificação da concentração real de NaOH:
Da fórmula de quantidade de matéria: onde e M = 204,00
g/mol temos que:
1.
-
2.
-
Y = 20,40 g de KHC8H4O4
M = 0,51 g de KHC8H4O4
M1 = 0,5102 g V1 = 24,20 mL
M2 = 0,5048 g V2 = 23,60 mL
M3 = 0,5120 g V3 = 24,40 mL
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(iii) Da massa específica (densidade) tem-se:
1,18 g HCl 1 mL
10,25 g vHCl
Desse modo, adicionou-se o volume de ácido no balão volumétrico de
1000,00 mL e então aferiu-se obtendo uma solução de concentração esperada 0,1
mol/L. Em seguida essa concentração será verificada na padronização.
3.4. Padronização da solução de HCl
A padronização do HCl foi feita utilizando-se carbonato de sódio (Na2CO3)
como um padrão primário. Para o cálculo da massa necessária de carbonato
considera-se a estequiometria da reação ocorrida:
(2)
a) Cálculo da massa de Na2CO3:
(i) A quantidade de matéria de ácido presente em 25 mL de solução é de:
0,1 mol HCl 1.000,0 mL
n’ 25 mL
(ii) Pela estequiometria da Equação 2, tem-se que:
2 mol HCl 1 mol Na2CO3
0,0025 mol n
(iii) Através da massa molar do carbonato de sódio (M = 105,989 g/mol):
1 mol Na2CO3 105,989 g
0,00125 mol m
vHCl = 8,70 mL de HCl concentrado
n’ e H
n = 0,00125 mol de Na2CO3
m = 0,1325 g de Na2CO3
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b) Dados registrados:
Massas pesadas de carbonato de potássio e volumes de HCl obtidos durante
a padronização:
d) Cálculos para a verificação da concentração real de HCl:
Ass c ns cácus etr “” te sen te-
se que:
1.
-
2.
-
3.
-
e) Média das concentrações de HCl:
Calculando-se o erro:
Erro absoluto = 0,058 - 0,100 = - 0,042
Erro relativo (%) = -
-
Provavelmente esta análise foi afetada pelo erro devido a instrumentos e
reagentes. No caso, infere-se que seja um erro de reagente, pois o experimento foi
realizado em suas minúcias da manipulação com muito cuidado e aptidão.
Possivelmente, o ácido clorídrico ao ser reposto durante o procedimento em
laboratório foi trocado por outro de menor concentração, acusando por fim em uma
concentração menor que a esperada.
M1 = 0,1328 g V1 = 43,50 mL
M2 = 0,1375 g V2 = 43,60 mL
M3 = 0,1349 g V3 = 44,40 mL
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3.5. Dosagem de ácido acético no vinagre
Como o procedimento foi também realizado em triplicata, os volumes de
NaOH utilizados para cada titulação seguem abaixo.
(I) V1NaOH (II) V2NaOH (III) V3NaOH
16,50 mL 17,00 mL 17,10 mL
* Os cálculos serão feitos para os 3 volumes simultaneamente.
Sabe-se que, nesta titulação, no ponto de viragem o número de mols das
duas soluções será igual devido à proporção estequiométrica.
Podemos encontrar então o número de mols como a seguir.
(I) Para V1NaOH
nVinagre = nNaOH = 16,50 x 10-3 L x 0,1037 mol.L-1
(II) Para V2NaOH
nVinagre = nNaOH = 17,00 x 10-3 L x 0,1037 mol.L-1
(III) Para V3NaOH
nVinagre = nNaOH = 17,10 x 10-3 L x 0,1037 mol.L-1
Estes números de mols, considerando o vinagre, estão presentes na soluçãode 25 mL utilizada para a titulação. Encontrando então os números de mols totais da
solução preparada, de onde foi pipetada os 25 mL, temos:
(I) Para V1NaOH
1,71 x10-3 mol vinagre ----------- 25 mL
nt vinagre --------- 100 mL
nVinagre = 1,71 x10- mol
nVinagre = 1,76 x10- mol
nVinagre = 1,77 x10-3 mol
nt vinagre = 6,84 x 10- mol
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(II) Para V2NaOH
1,76 x10-3 mol vinagre ------- --- 25 mL
nt vinagre ---- 100 mL
(III) Para V3NaOH
1,77 x10-3 mol vinagre ------- --- 25 mL
nt vinagre ---- 100 mL
A partir destes números de mols e sabendo que a massa molecular do vinagre
(ácido acético) é de 60,00 g.mol-1, pode-se encontrar então as massas de vinagre.
(I) Para V1NaOH obtemos:
(II) Para V2NaOH obtemos:
(III) Para V3NaOH obtemos:
Estas massas são correspondentes aos volumes de 10 mL, pipetados a priori da
solução original de vinagre. Para verificar os teores de ácido acético na solução
original de vinagre então, temos:
(I) Para V1NaOH
0,410 g de ácido acético ------- 10 mL
mácido acético --------100 mL
(II) Para V2NaOH
0,422 g de ácido acético 10 mL
mácido acético 100 mL
nt vinagre = 7,04 x 10
-
mol
nt vinagre = 7,08 x 10- mol
mvinagre = 0,410 g
mvinagre = 0,422 g
mvinagre = 0,425 g
mácido acético = Teor ácido acético = 4,10%
mácido acético = Teor ácido acético = 4,22%
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(III) Para V3NaOH
0,425 g de ácido acético 10 mL
mácido acético 100 mL
Fazendo agora as médias dos teores encontrados, temos:
Teor médio ácido acético =
, portanto:
Segundo a literatura, o teor de ácido acético permitido é por volta de 4%.
mácido acético = Teor ácido acético = 4,25%
Teor médio ácido acético = 4,20%
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4. CONCLUSÃO
Através dos resultados obtidos compreende-se a importância da
padronização na preparação de uma solução, pois tal padronização determina aconcentração real de uma solução e mostra os erros e desvios presentes na análise,
portanto, conclui-se que estes resultados exemplificaram a ocorrência de erros.
O erro acusado foi atribuído a um dos reagentes, devido à minuciosidade com que
foi apontado e pode ser justificado pelo uso equivocado da sua concentração.
E ainda, de acordo com os cálculos para o teor de ácido acético no vinagre,
confirmou-se que o seu teor se encontra dentro dos limites apreciáveis.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] - BACCAN, Nivaldo et al. Química Analítica Quantitativa Elementar. São Paulo:
Edgard Blücher. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 1979. p.
41,42,46,47,48.
[2] – BICHINHO, Katia M.Titulometria: Conceitos gerais. Centro de Ciências Exatase da Natureza. Departamento de Química. Universidade Federal da Paraíba.
Disponível em: < www.quimica.ufpb.br/monitoria/.../Aula_7_QA_Classica_KMB.ppt >.
Acesso em: 13 dez. 2012.
[3] BRUSCO, Indiara; FOGLIARINI, Caroline B.; JUNQUEIRA, Caroline, et.al.
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ÁCIDO ACÉTICO EM AMOSTRAS DE VINAGRE.
Academia de farmácia. UNICRUZ. XVI mostra de iniciação científica. Cruz Alta – RS,
2011. Disponível em:<http://www.unicruz.edu.br/seminario/artigos/saude/DETERMINA%C3%87%C3%83
O%20DO%20TEOR%20DE%20%C3%81CIDO%20AC%C3%89TICO%20EM%20A
MOSTRAS%20DE%20VINAGRE%20ADQUIRIDAS%20NA%20REGI%C3%83O%2
0DE%20CRUZ%20ALTA.pdf>. Acesso em 12 de janeiro de 2013.