Relações polidocentes na educação a Distância

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Universidade Federal Fluminense Especialização em Planejamento, Implementação e Gestão de Cursos a Distância Vanessa Gonçalves Vieira Grupo 06 RESENHA CRÍTICA Relações polidocentes na educação à Distância

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Resenha Crítica do texto: Relações sobre a autonomia e limitações nas relações polidocentes na educação a distância. de Daniel Mill e Denise Abreu e Lima

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Universidade Federal Fluminense

Especialização em Planejamento, Implementação e Gestão de Cursos a Distância

Vanessa Gonçalves Vieira

Grupo 06

RESENHA CRÍTICA

Relações polidocentes na educação à Distância

Rio das Ostras

2015

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Relações polidocentes na educação à Distância

LIMA, Denise Abreu e, MILL, Daniel. Reflexões sobre a autonomia e limitações nas

relações polidocentes na educação a distância. Revista Teoria e Prática da Educação, v.16,

n8 p. 33-46. Disponível em: http://www.dtp.uem.br/rtpe/volumes/v16n1/03%20-

%20Denise.pdf

O Artigo Reflexões sobre a autonomia e limitação nas relações polidocentes na

educação a distância foi escrito por Daniel Mill e Denise Abreu e Lima e, dentre outras

questões busca uma reflexão sobre a dinâmica das interações entre os diferentes educadores

que atuam na EaD. Os autores buscam de forma simples e objetiva apontar a questão delicada

das limitações e sobreposições das funções neste ambiente EaD onde se configura a

polidocência.

Num primeiro momento os autores nos apresentam os desafios e complexidades que a

docência no contexto da Educação a Distância trouxe para as universidades e professores do

nosso país. Denominando-os como um processo de “inovação no seio das instituições”.

Primeiramente, porque para compor o quadro de professores da EaD contou-se com

docentes que já atuavam na educação presencial destas universidades. Com pouca, ou

nenhuma, experiência no contexto tecnológico estes professores ainda se habituam à

modalidade EaD o que gera um ambiente de reaprendizagem docente. E neste ínterim,

validamente os autores nos fazem lembrar que “os conhecimentos docentes são aprendidos ao

longo do processo formativo e do exercício profissional” e consideram ainda que na EaD

apenas esta prática docente criará condições para a aprendizagem da docência a distância. O

que justifica totalmente a discussão do tema abordado pelo artigo.

Ocorre, que diferente da Educação presencial, onde o professor tem total autonomia

sobre o desenvolver de seu trabalho, na EaD as atividades docentes são realizadas por uma

equipe de docentes, chamada pelos autores como equipe polidocente, dada sua formação por

diferentes profissionais, dentre eles, professores, tutores, coordenadores de disciplinas e

outros profissionais que compõe uma equipe multidisciplinar.

Com esta composição, para que o desenvolvimento do trabalho obtenha bons resultados

há que se ter hierarquias, ou seja, funções determinadas para cada componente e cada membro

deve bem desenvolver sua atividade para que a aprendizagem de fato aconteça.

Os autores ressaltam esta importância da hierarquia e funções, visto que esta

modalidade da educação se dá numa pedagogia de previsão. Deixando, portanto, pouco ou

nenhum, espaço para improvisos. De tal forma, se um profissional não flui bem com seu

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trabalho, todo o processo pode ser prejudicado podendo a aprendizagem não ser satisfatória

para os alunos. De acordo com os autores, “a interação, mediada pelas tecnologias, necessita

de um mínimo de certeza” para que haja boa comunicação.

Partindo desta observação os autores nos apresentam quadros utilizados pela UAB,

instituição que é fonte de estudo do artigo, onde se distribuem as funções dos docentes na

Educação à distância, buscando de forma genérica, porque cada instituição se configura de

uma forma, mapear as funções e os saberes necessários aos educadores desta modalidade.

Entre estas funções cabe ressaltar a função do tutor virtual, que no texto é referido

como papel chave no processo de ensino-aprendizagem. Os tutores, segundo os autores, criam

“novas relações de aprendizagens no agir docente”, mas são importantes na mediação entre

professores coordenadores e alunos.

Buscando respostas na literatura sobre o agir docente, os autores chegam à conclusão de

que a EaD é uma reiniciação à docência. E ainda, destacam que embora haja diferenças

acentuadas no fazer docente presencial e no “Virtual” há que se considerar que a essência é a

mesma.

Finalizando as considerações sobre o fazer pedagógico na EaD, temos que há uma sutil

linha que separa os docentes da modalidade EaD e que, além de sutis estas linhas são

delicadas e podem gerar conflitos que são comuns, mas devem ser observados, discutidos e

disseminados pelos membros da equipe visto que o foco de todo o processo é a aprendizagem

do aluno.

De fato a docência virtual é um campo onde ainda se necessita de estudos, mas os

autores finalizam mencionando que há que se compreender de tanto na modalidade presencial

quanto à distância é imprescindível que o aluno possa ter condições de aprender. Portanto,

também é imprescindível que cada agente da EaD, nosso foco de estudo, esteja ciente de sua

função e atuação individual e conjunta para que este processo de aprendizagem possa de fato

ser algo real e significativo.