Relacionamento Consorcial

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1 CATEGORIA Jovem Parceiro OBRA Usina Hidrelétrica (UHE) São Salvador / TO AUTOR Marcos Vinícius Azevedo da Costa ( Jovem Parceiro Administrador ) PATRONOS Isaias Amâncio de Souza ( Diretor de Contrato UHE São Salvador) João Henry Muller ( Gerente Administrativo Financeiro UHE São Salvador ) TÍTULO: SUCESSO NA RELAÇÃO CONSORCIAL - A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO PARA O ÊXITO DE EMPREENDIMENTOS EM CONSÓRCIOS – CASOS UHE’S SÃO SALVADOR, PEIXE-ANGICAL E LAJEADO.

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Este Trabalho foi inscrito no concurso interno da Construtora Odebrecht. E refer-se a necessidade de sinergia entre empresas concorrente para a conclusão de projetos muito grnades.

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CATEGORIA

Jovem Parceiro

OBRA

Usina Hidrelétrica (UHE) São Salvador / TO

AUTOR

Marcos Vinícius Azevedo da Costa ( Jovem Parceiro Administrador )

PATRONOS

Isaias Amâncio de Souza ( Diretor de Contrato UHE São Salvador)

João Henry Muller ( Gerente Administrativo Financeiro UHE São Salvador )

TÍTULO:

SUCESSO NA RELAÇÃO CONSORCIAL - A IMPORTÂNCIA DA

INTEGRAÇÃO PARA O ÊXITO DE EMPREENDIMENTOS EM CONSÓRCIOS – CASOS

UHE’S SÃO SALVADOR, PEIXE-ANGICAL E LAJEADO.

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DESCRIÇÃO SUMÁRIA

O presente trabalho tem como objetivo disseminar na organização Odebrecht a

importância da integração das empresas consorciadas para o sucesso dos projetos; uma

vez que a tendência à formação de consórcios construtores se tornou uma realidade

crescente no mercado da construção civil brasileira, demandando da Odebrecht: preparo

e discernimento para executar os empreendimentos nesse modelo de gestão. Para tal,

utilizamos os exemplos de sucesso dos consórcios construtores das Usinas Hidrelétricas

São Salvador, Peixe e Lajeado.

INTRODUÇÃO

No mundo dos negócios existe ao menos uma regra geral: toda empresa deseja

sobreviver e crescer. O que difere entre as tantas empresas do mercado são as ações

tomadas para alcançar estes objetivos, o que as remetem, obviamente, a resultados

diferentes.

Assumindo que toda a empresa quer sobreviver e crescer, e que o mercado é

limitado, a sobrevivência e o crescimento de umas implicam na estagnação de outras do

mesmo setor, é assim em qualquer lugar onde os recursos são limitados.

Porém, nesse mundo competitivo cabe uma pergunta retórica: a estagnação ou o

crescimento cooperado?

Certamente: o crescimento, através da cooperação de empresas.

É exatamente esse o tema deste trabalho: a cooperação de empresas, muito das

vezes concorrentes, para benefício mútuo; denominado consórcio. Mais

especificamente: A busca do sucesso na relação consorcial, e suas conseqüências na

conquista dos resultados, usando como exemplo o consórcio Odebrecht / Andrade

Gutierrez na construção das Hidroelétricas Lajeado (Dep. Luiz Eduardo Magalhães),

Peixe-Angical e São Salvador, todas no Estado do Tocantins, Brasil.

NECESSIDADE DOS CONSÓRCIOS

“O que une os seres humanos é a produção de riquezas morais e materiais”

Sobreviver, crescer e perpetuar, livro 1. Pág. 58.

Entre os diversos fatores que levam a constituição de consórcios podemos

destacar alguns.

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A globalização da economia está sendo um dos principais fatores que têm levado

as empresas de engenharia e construção a formarem consórcios construtores para

enfrentar as necessidades dos clientes em todo mundo. As grandes empresas mundiais

cada vez mais ampliam suas áreas de atuação, principalmente em países em

desenvolvimento, como é caso do Brasil. Nesse contexto, as exigências se tornam cada

vez maiores para as empresas que objetivam prestar serviços a esses clientes

internacionais, o que têm demandado das empresas uma empreitada rigorosa em busca

das certificações e adequações às normas internacionais, principalmente nos quesitos:

Segurança, qualidade, meio ambiente e saúde ocupacional. Esses esforços podem ser

compartilhados e os objetivos mais eficientemente alcançados pela junção de duas, ou

mais, grandes organizações com virtudes e deficiências, somando-se as virtudes e

trabalhando nas deficiências de cada uma.

Outra explicação para a formação dos consórcios é o compartilhamento de risco.

Obras muito grandes e complexas envolvem riscos muito altos; as empresas, então, para

suportar melhor esses riscos compartilham-os com outras organizações. Além do risco

de sinistro, há ainda o risco financeiro, pois algumas vezes as empresas esgotam suas

cotas de seguros e financiamentos, encontrando no consórcio uma possibilidade de

ampliar suas possibilidades financeiras.

As forças do mercado também têm importância nesse cenário de constituições de

consórcios, pois as vezes, elas demandam das empresas parcerias a níveis estratégicos,

como por exemplo: as alianças regionais; vislumbrando as oportunidades. Esse tipo de

consórcio é observado quando uma empresa possui contatos estratégicos com clientes,

tendo portanto, prioridade nas obras, assim, para que uma outra construtora também

execute aquele empreendimento é necessário uma aliança, que pode ser através do

consórcio.

As especialidades também podem ser fatores decisivos para a formação de

consórcios, na busca em atender as necessidades dos clientes. Uma empresa, por

exemplo, pode ter a tecnologia mais avançada em um determinado campo da

engenharia, em um outro campo, porém, uma outra empresa pode ser muito mais

eficiente; a junção dessas duas forças dará a cada empresa conjuntamente a

possibilidade de executar um determinado projeto de forma mais eficiente do que cada

uma individualmente.

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Esses cenários de demandas desafiadoras às empresas de engenharia e

construção têm favorecido a formação de consórcios projetistas, fornecedores,

construtores e montadores, como observado pela forma de execução dos principais e

maiores projetos em andamento no Brasil: A maioria em consórcios.

A FORMAÇÃO DO CONSÓRCIO ODEBRECHT / AG PARA

CONSTRUÇÕES DE UHE’S NO TOCANTINS.

O mercado da construção civil na área de energia estava paralisado na última

década, houve portanto, a necessidade de juntar esforços para enfrentar a escassez de

projetos e investimentos, tanto privado quanto estatal, mas principalmente estatal.

Na região Sul, Sudeste e Nordeste os projetos de obras hidroelétricas se

tornaram cada vez mais escassos, abrindo-se as novas oportunidades na região Norte e

Centro-Oeste do Brasil.

Dentre os vários projetos visualizados no Norte do país, destacava-se o da UHE

Lajeado, localizado no Rio Tocantins (TO) – com capacidade de gerar 900 MW.

Para realizar este empreendimento, formou-se o consórcio construtor UHE

Lajeado (CCL), formado pelas empresas Odebrecht e Andrade Gutierrez.

Esta primeira experiência alcançou o resultado desejado, tanto que na seqüência

as equipes assumiram também o Consórcio Construtor Peixe (CCP) – 450 MW e

atualmente o Consórcio São Salvador Civil (CSSC) – 243 MW, prestando serviços para

diferentes clientes: Investco (Grupo Rede), Enerpeixe (EDP / Furnas) e CESS

(Tractebel) respectivamente.

CULTURAS EMPRESARIAIS DIFERENTES

Duas empresas diferentes, duas histórias e objetivos diferentes, a Odebrecht é

uma empresa baiana, a Andrade mineira, a Odebrecht optou por profissionalizar sua

administração, a Andrade estrutura-se basicamente na administração familiar. A

Odebrecht utiliza o modelo de gestão descentralizado enquanto que a Andrade é

centralizadora. Na Odebrecht existe uma diversidade maior entre seus colaboradores,

enquanto que a Andrade optou por priorizar a mão-de-obra mineira, as duas empresas

diversificaram seus negócios, porém em setores diferentes, ou seja, têm culturas e

filosofias diferentes.

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A diferença, entretanto, pode ser uma atribuição extremamente proveitosa se for

utilizada como instrumento de soma positiva; soma de habilidades distintas, soma de

procedimentos distintos, soma de conceitos distintos e etc.

Nesse aspecto esse consórcio foi muito eficiente, pois as diferenças foram

somadas para formar um todo maior do que as partes individuais, ou seja, as

comparações tiveram como intuito o crescimento mútuo ao invés do subjugamento de

uma das partes. Nesse ínterim, o compromisso com o sucesso impôs às empresas que as

pequenas diferenças antagônicas rapidamente fossem superadas.

Mas embora as diferenças, o foco de ambas as empresas sempre foi o mesmo:

satisfação do cliente e retorno aos acionistas. Esse imperativo norteou as atitudes e

diretrizes necessárias ao sucesso dos empreendimentos de Lajeado, Peixe e o atual: São

Salvador.

AS OBRAS

UHE Dep. Luis Eduardo Magalhães - Lajeado

Obra da UHE Dep. Luiz Eduardo Magalhães - Lajeado

A Obra de Lajeado foi uma grande obra. A Hidrelétrica tem uma potência

instalada de 900 MW. Os números da obra são todos grandes: cerca de 6000 pessoas

trabalharam no Pico da Obra, foram lançados 1,182 Milhões de m³ de concreto. Foi a

primeira experiência dessa equipe de São Salvador, e dessa forma foi um exemplo

positivo, no sentido que a equipe pôde aprender com seus erros e rapidamente trabalhar

para corrigi-los.

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Parte da Equipe Dirigente de Lajeado

UHE Peixe-Angical

Obra UHE Peixe - Angical

Com o Fim de Lajeado foi formado o Consórcio Construtor Peixe, para a

Construção da UHE Peixe-Angical, um outro projeto de grande porte, com prazos

desafiadores. Observou-se que a experiência de Lajeado teve grande influência na

escolha das empresas para executar a obra de Peixe. As empresas consorciadas, então

escolheram a base da mesma equipe de Lajeado para a execução desta obra, observando

que já havia uma sinergia que gerava resultados na equipe. A obra de Peixe foi

concluída em 39 meses, para gerar uma quantidade de 450 MW, e foram lançados 940

mil m³ de concreto e movimentou 8 milhões de m³ de terra. A integração e a

competência da equipe fizeram de Peixe uma obra pioneira, conseguindo, em Dezembro

de 2004, as certificações ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18000. Os esforços foram

grandes e a comoção foi geral em busca dessas certificações, tanto que de maio a

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novembro de 2004 mais de 4200 pessoas foram treinadas, acumulando-se a um total de

260 mil horas de treinamento.

Parte da equipe do Consórcio Peixe comemorando a Certificação da Obra.

A integração da equipe de Peixe foi tema de uma reportagem da revista

Odebrecht Informa intitulada: “É preciso Saber Conviver”. Destacamos alguns trechos

dos depoimentos dos, então, principais dirigentes da obra para demonstrar o

compromisso com a integração a sua conseqüente influência nos resultados.

“Temos grande interação. Nosso diálogo é franco e permanente. Existe a

consciência, que se reflete no dia-a-dia de trabalho, de que buscamos os mesmo

objetivos” Isaías Amâncio de Souza.

“As pessoas se gostam, existem vínculos fortes de amizade, somos como uma

família aqui” Ricardo Muzzi.

“O resultado disso (Integração) é que as pessoas passaram a ter, de fato, os

mesmo objetivos. Com isso, estamos obtendo um elevado desempenho na obra, o que

evidencia o foco de todos na satisfação do cliente.” Luis César.

“É preciso ter humildade para trabalhar num consórcio. Mas, ao mesmo

tempo, deve haver firmeza para expor idéias e fazer sugestões. Acho que esse

equilíbrio se consegue buscando sempre o que é certo (Objetivo no atendimento às

necessidades e satisfação do cliente e preservação dos interesses dos acionistas). A

Tecnologia Empresarial Odebrecht dá a base para isso.” Reinaldo Freitas.

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“Esse exercício de integração e convívio aqui em Peixe está me

proporcionando um grande aprendizado. Percebo que estou aprimorando minha

capacidade de influenciar e ser influenciado.” Reinaldo Freitas.

Parte da Equipe Dirigente do Consórcio Construtor Peixe (sentido esq p/ dir: Sérgio Roberto Macedo

CNO, Isaías Amâncio CNO, Luis César Moreira AG, Reinaldo Freitas CNO, Fábio de Castro CNO, e Ricardo

Muzzi, AG). Foto Eduardo Moody - Odebrecht Informa, Ed:115, 2004.

E por ter sido um projeto de sucesso, a construção da UHE Peixe também foi

tema de uma reportagem da revista corporativa da Andrade Gutierrez – Informe AG.

Parte da Equipe Dirigente do Consórcio Construtor Peixe, Informe AG. Ed 22 Dezembro de 2003

UHE São Salvador

Findado a UHE Peixe, começaram as obras da UHE São Salvador, sendo

executada basicamente pela mesma equipe que construíram as duas outras hidrelétricas.

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Obra UHE São Salvador

Obra UHE São Salvador

A Obra da Hidrelétrica de São Salvador é a seqüência da parceria do Consórcio

Odebrecht / Andrade Gutierrez no Tocantins, desde Lajeado e passando por Peixe. A

obra está prevista para ser entregue em Abril de 2009, com as duas turbinas Kaplan já

gerando, perfazendo um total de 32 meses, com 290 mil m³ de concreto lançados e

movimentação de 2 milhões de m³ de terra.

Nesse estágio de maturidade da equipe observa-se que integração está de tal

forma que os colaboradores, em sua grande maioria, se sentem “Integrantes” do

Consórcio São Salvador Civil em primeiro lugar e depois das suas respectivas empresas

de origem.

Observa-se essa integração nas reuniões da produção, onde as discussões são

enriquecedoras e o diálogo transparente. Buscando sempre a resolução dos problemas

da obra. Todos estão com o foco voltado para o resultado.

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Reunião Semanal de Produção CSSC - Integração

Nas atividades diárias essa integração é mais percebida. A sinergia em busca dos

resultados, tanto a curto quanto a longo prazo, estimulou fortemente que as equipes

sejam coesas, como observado no treinamento dos Jovens parceiros da Produção e dos

Equipamentos, onde os líderes diretos dos mesmos são integrantes da Andrade

Gutierrez, e ainda assim, estes estão comprometidos com o desenvolvimentos desses

JP’s.

Mesmo nas funções de Encarregados e Oficias, onde se esperaria uma

divergência maior, não existe a velha discussão sobre a hegemonia de uma ou outra

empresa, com certeza reflexo das atitudes dos seus líderes e gerentes, que atuam e

demonstram fortemente a importância da integração.

CONSEQUÊNCIAS DO SUCESSO: O CONSÓRCIO CNO/AG

E O CLIENTE CESS (TRACTEBEL)

“A Odebrecht deve ser a escolha do cliente”. TEO

A busca da satisfação do cliente, base da filosofia da Odebrecht, também foi

base da Filosofia do Consórcio CNO/AG. A conseqüência disto foi o expressivo

reconhecimento do nosso atual cliente quanto aos nossos trabalhos, e esse

reconhecimento ficou explicito no convite para ofertarmos nossos serviços para a

construção da UHE Estreito (TO/MA).

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Participam do empreendimento: a Tractebel (nossa atual cliente), a Vale do Rio

Doce, Alcoa e a CCCC Energia. Essas empresas enxergam nesse consórcio da UHE São

Salvador a solução para seus problemas na UHE Estreito.

RESUMO DAS OBRAS DO CONSÓRCIO CNO/AG NO

TOCANTINS.

CONSÓRCIO CNO/AG NO TOCANTINS

CONTRATO (UHE)

VALOR (MILHÕES)

SET/07 RENTABILIDADE

LAJEADO (900 MW)

940 12%

PEIXE-ANGICAL (450 MW)

750 16%

SÃO SALVADOR (240 MW)

400 12%

ESTREITO (1087 MW)

CONVIDADOS PELO CLIENTE -

EM NEGOCIAÇÃO

790 13%

EXPERIÊNCIA DE SUCESSO: PERCEPÇÕES DOS

MEMBROS DO CONSÓRCIO.

Fábio de Castro – Gerente de Engenharia e Comercial.

Fábio de Castro ingressou nesta equipe no início da construção da UHE Lajeado,

como chefe do setor de engenharia, e posteriormente, assumiu a Gerência de Engenharia

e Comercial ainda em Lajeado, função que também desempenhou na UHE Peixe e

agora na UHE São Salvador.

Fábio relembra os problemas iniciais da obra de Lajeado: “Foi uma obra cercada

de turbulências, havia certa desconfiança”. Ele explica que esta desconfiança era devido

ao desconhecimento mútuo entre as pessoas, com o agravante de elas serem de

empresas originalmente concorrentes. “Não havia real integração, isto gerava re-

trabalhos, discussões demasiadamente longas, e certa insegurança nas decisões, ou seja,

ineficiência” relata. “Mas com o passar do tempo a convivência foi promovendo a

confiança entre as pessoas, que conseguiram se adaptar àquela situação de parceria, e

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constataram que se poderia obter um ‘bom casamento’; nos aspectos controversos, cada

uma das empresas cedeu um pouco, buscando chegar ao consenso. Ao final

conseguimos alcançar bons resultados”, prossegue Fábio. O Gerente de Engenharia do

Consórcio São Salvador Civil destaca, ainda, a importância da parceria no

desenvolvimento de ambas as empresas: “Acabamos desenvolvendo uma cultura

particular desta equipe do Consórcio, procurando mesclar a experiência das pessoas e as

melhores práticas de cada uma das empresas. Muitas destas práticas foram levadas para

outros projetos em consórcio.”

Fábio comenta que a construção da UHE Peixe foi muito mais tranqüila no

aspecto do relacionamento consorcial, pois já tinha havido a experiência anterior de

Lajeado. “Entramos em um círculo virtuoso de confiança, o que gerou integração e

sinergia na equipe”. Como resultado disto o cronograma foi cumprido sem sobressaltos

e a situação econômica foi estável, alcançando-se um excelente resultado financeiro.

“Aqui em São Salvador contamos com a força da integração da equipe, para

alcançar o sucesso num contrato diferenciado, com prazos e preços apertados e um

cliente exigente” finaliza Fábio.

Do depoimento de Fábio de Castro podemos constatar empiricamente que a

integração tem grande importância na eficiência de execução do projeto; visto que a

pouca integração inicial da equipe de Lajeado gerou perda de eficiência e grande

desgaste entre as pessoas para obtenção dos resultados, enquanto que nas obras

posteriores, com a mesma equipe já integrada, os resultados foram mais facilmente

alcançados e superados.

Reinaldo Freitas – Gerente de Produção.

Reinaldo Freitas é o Atual Gerente da Produção do Consórcio São Salvador,

ingressou nessa equipe já na construção da UHE Peixe, como Responsável pelos pátios,

passando para responsável pelo concreto, e posteriormente assumiu a função de Gerente

de Produção. Reinaldo inicia enfatizando que metade do sucesso dessa equipe deve-se

ao atual nível de integração da equipe. E destaca “As empresas consorciadas têm

expertise suficiente para executar a obra de São Salvador individualmente, porém a

integração dessa equipe favoreceu muito na decisão de se formar esse consórcio”.

Reinaldo, integrante da Odebrecht, aponta pontos importantes da TEO nessa equipe,

que fazem diferença, e que favorecem o bom relacionamento e os conseqüentes bons

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resultados alcançados: “A capacidade de influenciar e ser influenciado, confiança no

homem, a educação pelo trabalho e liderança por exemplos (pedagogia da presença)”.

Segundo Reinaldo as pessoas dessa equipe têm noção que o sucesso ou o

fracasso do empreendimento será também o sucesso ou o fracasso de ambas as

empresas. “Aqui temos a consciência que tudo é integrado: os custos, o crescimento, o

desenvolvimento e a perpetuidade, e por isso não temos medo de formar pessoas,

independente da empresa de origem”. Nesse ponto observa-se que o nível de motivação

dos colaboradores e da equipe entram em um círculo virtuoso, pois todos estão

preocupados e agindo em função do desenvolvimento de todos, gerando ainda mais

motivação, e os que se inserem acabam sentindo essa preocupação latente, e portanto

rapidamente se integram ao círculo.

Reinaldo complementa: “Nessa equipe todos estão com a cabeça voltada para o

empreendimento, por ser uma SPE (sociedade de propósitos específicos) temos que

gerar resultados aqui, que repercutam nos resultados pactuados com as nossas

empresas”.

Reinaldo ressalta ainda que um outro ponto fundamental para o sucesso é a

liderança por exemplos, “ Isaías e Luís César (atual Diretor de Contrato e antigo Diretor

de Peixe, respectivamente) estão comprometidos com a sinergia da equipe e agem dessa

forma”, conclui-se, portanto que a questão da integração não fica somente no discurso

da alta liderança, pois estes agem e motivam seus liderados nesse sentido.

Reinaldo conclui reafirmando a importância do perfil do colaborador para

ingressar nessa equipe: “As pessoas para se juntarem a nós precisam estar imbuias do

espírito de servir, e assim obter coesão com a equipe, caso contrário, elas acabam

ficando à margem, e consequentemente se auto-expelindo do processo”. Desse

depoimento do Gerente de Produção do Consórcio São Salvador pode-se concluir que o

compromisso com o desenvolvimento das pessoas independente da sua empresa de

origem, e esse compromisso as motiva e as mantem mais integradas, e, por conseguinte

geram resultados maiores.

Hermes Pereira – Chefe Setor de suprimentos

Hermes Pereira é o Atual Chefe do Setor de Suprimentos do Consórcio São

Salvador Civil. Ele foi Chefe de Materiais em Lajeado, onde ingressou em 1998, e

posteriormente tornou-se Chefe de Suprimentos em Peixe, função atual. Hermes inicia

destacando que o Consórcio de Lajeado, foi muito bom no que tange o relacionamento

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entre as equipes formadas por ambas as empresas: “Obviamente tivemos problemas de

integração, porém por ter sido a primeira obra em consórcio dessa equipe, até que

tivemos harmonia”, Hermes prossegue ressaltando a necessidade da sinergia entre as

equipes: “A obra foi muito desafiadora, uma obra difícil. A profissionalização da

equipe facilitou o trabalho integrado, e a direção promovia a integração”, Ele destaca

ainda a existência de pessoas que não se adaptaram a forma de se trabalhar em

consórcio, e portanto não puderam continuar na equipe. E continua: “A obra de Peixe

foi bem mais fácil, a equipe já estava praticamente integrada”. Segundo Hermes, o bom

desempenho na construção de Lajeado e de Peixe fez dessa equipe uma forte variável

quando um cliente quer escolher uma empresa para construir uma Hidrelétrica, e mais:

aumentou a confiança das empresas nesse Consórcio, que posteriormente veio a assumir

a construção de São Salvador, uma obra com prazo muito apertado. Hermes

complementa destacando que em São Salvador a equipe se renovou mais, porém a

diretriz da integração como forma de se aumentar a produtividade e os resultados

mantiveram-se presente, e foram difundida para os novos integrantes. “A direção têm na

cabeça o que quer e como quer, caso a equipe vá para novos programas a idéia da

integração será difundida” complementa. Pode-se concluir através do relato do Chefe de

Suprimentos do CSSC que os resultados da integração têm implicações, também, além

da própria equipe sendo disseminada para as empresas mães tornando-as mais

acessíveis ao trabalho em consórcios.

Sergio Morais – Chefe do Setor Financeiro

Sérgio Morais ingressou no Consórcio Lajeado como contador, função que

continuou exercendo na construção da UHE Peixe, vindo a se tornar chefe do setor

financeiro em São Salvador. Sérgio frisou bem que a integração das equipes foi muito

válida, “as equipes puderam conhecer os procedimentos de cada empresa e assim optar

pelos procedimentos que melhor atendiam as suas necessidades”. “Em Lajeado tivemos

muitos problemas de relacionamento, em Peixe melhorou e aqui (UHE São Salvador)

está ainda melhor” complementa. Sérgio destaca que embora as diferenças nos meio, o

fim de ambas as empresas é o mesmo: “As empresas são diferentes, porém o resultado

que buscam é o mesmo: o sucesso”.

O Chefe do Setor Financeiro do Consórcio São Salvador, egresso da Andrade

Gutierrez, ressalta que o relacionamento foi muito proveitoso, porém sente que poderia

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crescer mais se conhecesse melhor os procedimentos da Odebrecht para confrontá-los

com os procedimentos que já conhece da AG. Ou seja, acredita que ainda há espaço

para maior integração e desenvolvimento, e conseqüente melhoria dos processos, para

uma maior produtividade.

Sérgio conclui: “A troca de conhecimento está sendo muito sadia. No início,

houve certa dificuldade na adaptação entre os procedimentos de ambas as empresas,

porém isso logo foi superado, e houve uma maior integração tanto das pessoas quanto

dos procedimentos”.

Jaques Costa – Engenheiro de Segurança do Trabalho.

Jaques Costa ingressou no Consórcio Lajeado em 1999, em seguida participou

da construção da UHE Peixe e agora está na equipe do Consórcio São Salvador Civil.

Jaques iniciou comentando que houve pouco contato com os procedimentos de

segurança da Odebrecht na obra de Lajeado, mesmo a AG não tendo um procedimento

de segurança formalizado. “A integração no setor de segurança do trabalho poderia ter

sido maior na obra de Lajeado, visto que a Odebrecht já tinha um procedimento formal

de segurança do trabalho, porém o utilizamos parcialmente na obra” ressalta. Lembrou

porém, que participou algumas vezes de encontros com a equipe de engenheiros de

segurança do trabalho da Odebrecht em São Paulo, sempre contribuindo para

aperfeiçoamento dos procedimentos da CNO.

Na construção da UHE Peixe com a implementação do Sistema de Gestão

Integrada (SGI) a integração no que diz respeito à segurança do trabalho passou a ser

maior, devido a uma comoção geral em busca da certificação da obra.

Mas de uma forma geral Jaques vê na integração um meio de se conduzir melhor

o negócio, ou seja, de melhorar a eficiência, a produtividade, a qualidade e por

conseguinte os custos.

Jaques destaca ainda que o Diretor de Contrato é um dos principais responsáveis

nesse processo de integração, e ressalta: “Mesmo sendo do quadro da Andrade

Gutierrez tenho total liberdade de chegar na sala do DC Eng. Isaías, bater na porta e

entrar, não há o menor desconforto”. E finaliza comentando do excelente exemplo que

essa equipe dá as suas empresas: “Dou o exemplo de uma prefeitura que terá uma

grande obra prestes a ser construída no seu município: A melhor atitude que o prefeito

tem a fazer e buscar informações da empresa que vai fazer a obra, quais foram os

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impactos de obras similares em outros municípios, ou seja, buscar informações e

comparar, minimizando os impactos e maximizando os resultados (qualidade,

segurança, saúde, social e custos). Também é assim para nossas empresas se,

inevitavelmente formaremos novos consórcios, devemos buscar informações de

consórcios anteriores, para podermos tirar o maior proveito das experiências passadas. E

dessa equipe, com certeza, o sucesso da integração deve ser observada”.

Aladin Matos – Chefe da Divisão de Concreto

Aladin Matos é o Chefe da divisão de Concreto, responsável pelo concretagem

nesse consórcio desde Lajeado. Aladin percebe nessa parceria uma soma de valores:

“hoje não se sabe ao certo qual a origem de alguns trabalhadores, tamanha a

integração”. “Nós levantamos a bandeira do consórcio ao invés de uma das empresas

consorciadas, hoje somos como uma empresa independente das nossas empresas de

origem”, comenta. Em 05/10/1999 Aladin escreveu uma crônica cujo tema foi a parceria

CNO/AG; o trecho a seguir reflete bem a importância da parceria: “...Falar em

parceria é uma arma poderosa; força e união numa só direção; o resultado do

empresário e do trabalhador...”. Aladin continua afirmando que a experiência das

diversas pessoas envolvidas nos processos foram somados para potencializar os

resultados.

“A diretoria, também, foi um exemplo para todos nós, a enxergamos como uma

diretoria única”, prossegue e acrescenta relatando que: “essa chefia foi muito bem

escolhida pois, já tinha o espírito de integração”. Aladin acredita que o mercado

valoriza e busca esse consórcio, pois os clientes têm a garantia de qualidade, mas

ressalta que isso trás também grande responsabilidades: “Nossa equipe é referenciada

temos muita responsabilidade e um nome a zelar”. Aladim afirma que o sucesso destes

consórcios dá as empresas maior poder de barganha junto ao mercado, na construção de

Usinas Hidrelétrica. Aladin finaliza relatando um trecho da Política de Sistema de

Gestão Integrada do Complexo do Consórcio São Salvador Civil, para exemplificar bem

essa equipe: “O consórcio estabelece como compromisso: Desempenho empresarial

competitivo, melhoria continua de seus processos e produtos, buscando sempre a

melhoria continua dos nossos serviços atendendo bem nossos clientes interno e externo

com isso visa a satisfação dos clientes e acionistas e de seus trabalhadores.

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Wagner dos Santos – Topógrafo

Wagner dos Santos vem trabalhando nessa equipe desde Lajeado, e destaca que

nunca percebeu problemas de relacionamento em função da empresa de origem: “no

campo nunca presenciei discussões por conta de alguém reclamando pelo outro ser de

outra empresa, talvez porque os chefes não vêm diferenças nos seus subordinados”.

Do depoimento de Wagner podemos observar que mesmo que tenha havido

algum tipo de problema na integração, isso nunca chegou na linha de frente, ou seja,

nunca influenciou o trabalho dos colaboradores que têm a função de satisfazer ao

cliente. Isso porque o objetivo do resultado, do sucesso do empreendimento, sempre foi

um objetivo compartilhado por todos.

Rejane Suely – Técnica de Materiais

Rejane Suely trabalha nesse mesmo consórcio desde 1999, começando no

Lajeado, passando por Peixe e agora em São Salvador, sua percepção é muito clara

quanto ao desenvolvimento do relacionamento das pessoas e o benefício disto para o

trabalho. Ela destaca: “No começo (UHE Lajeado) era muito tumultuado, havia uma

certa disputa onde as pessoas apontavam os defeitos da outra empresa”. Nesse ponto

podemos observar que a experiência foi um fator determinante para o atual estágio de

desenvolvimento e integração dessa equipe. Para Rejane as coisas melhoraram

gradativamente conforme as pessoas foram se adaptando e conforme a Direção do

Consórcio determinava a integração. Rejane continua: “Já no Peixe o Convívio

melhorou muito as pessoas se conscientizaram que não havia necessidade de

‘picuinha’”. E complementou: “embora hoje as pessoas ‘vestem a camisa’ do CSSC,

ainda existem pontos a melhorar”, destaca também a importância da liderança em prol

desse objetivo, e complementa: “Os Líderes devem ser diplomáticos e integradores, não

há tempo para essas desavenças em um empreendimento em que um dia a mais de

trabalho significa grande desencaixe de dinheiro”. As equipes passaram a entender e a

utilizar os procedimentos positivos de cada consorciada. Desse breve relato pode-se

concluir que não há tempo a perder com re-trabalhos e improdutividade proveniente de

conflitos internos causados por, segundo Rejane: “picuinhas”, e ainda, que o

comprometimento da direção em busca a integração é extremamente importante

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Luis César Moreira – Gerente de Obra Civis

Luis César ingressou na equipe desse consórcio em Lajeado como Responsável

pelo concreto do vertedouro, vindo a assumir posteriormente a Gerência da Produção,

ainda em Lajeado, função que continuou a exercer em Peixe até assumir a Diretoria de

Contrato em Peixe.

Luís César destaca que o sucesso dessa equipe é devido à confiança e o respeito

ao trabalho do colega, independente da empresa dele. Ele comenta que essa confiança

foi adquirida ao longo do tempo, do dia-a-dia de trabalho e da percepção que o objetivo

comum do sucesso dos projetos deveria ser alcançado. “Nós utilizamos as melhores

práticas das empresas nos nossos procedimentos, temos o discernimento de escolher a

melhor ferramenta” comenta.

“Nós temos bem claro que temos dois clientes internos a serem atendidos a CNO

e a AG. Temos que atendê-los simultaneamente, e a ambos com o maior resultado

possível, por isso fixamos resultados mais restritivos para nossa obra.

Conseqüentemente os resultados esperados pelas empresas serão atingidos também”

ressalta Luís Cesar.

O Gerente de Obra Civis da UHE São Salvador relata que grande contingente foi

substituído em Lajedo por não estarem adaptados à relação em consórcio, e mais: ainda

houveram pessoas em Peixe e mesmo aqui em São Salvador que tentaram integrar a

equipe, mas que acabaram se auto-excluindo por não estarem alinhados à filosofia do

consórcio.

“Em Peixe as coisas fluíram naturalmente” destaca Luis César. “A base de

Lajeado foi transferida para Peixe; o relacionamento já estava consolidado, todos

estávamos voltados para os resultados, para a superação de desafios, e sabíamos que

como equipe nos completávamos, e aqui em São Salvador essa idéia, obviamente,

continuou”.

Luis César finaliza afirmando que um grande diferencial dessa equipe é a

formação de pessoas: “Nós nos sentimos obrigados a formar pessoas, o Isaías, por

exemplo, junto com o Ricardo Muzzi foi a pessoa que me formou no trabalho, e agora

estou envolvido na formação do Reinaldo”.

Essa formação do Luis César pelo Isaías, e agora do Reinaldo, também pelo Luis

César, não seria nada de extraordinário não fosse o fato de Isaías Amâncio (Diretor de

Contrato) e Reinaldo Freitas (Gerente de Obras Civis) serem colaboradores da

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19

Odebrecht, e Luis César Moreira (atual Gerente de Obras Civis e antigo Diretor de

Contrato de peixe) ser colaborador da Andrade Gutierrez. O que demonstra o real

compromisso com o desenvolvimento da equipe e das pessoas, não importando sua

origem.

O APRENDIZADO DAS EQUIPES

Esse cenário demonstrou o aprendizado e o crescimento da equipe ao longo do

tempo.

O aprendizado se dá pelo erro, pela experiência ou pelo estudo teórico, e esse

Consórcio utilizou essas três formas de aprendizado para o seu auto-desenvolvimento.

Houveram algumas desavenças, principalmente no início, porém o objetivo comum e a

experiência demonstraram que não há como alcançar resultados positivos com disputas

internas; nesse ponto o objetivo de satisfazer o cliente, o acionista, os colaboradores e a

sociedade, demandaram da equipe a maturidade necessária para superar suas diferenças

destrutivas. Houve uma rápida e forte inclinação à flexibilidade e a humildade dessa

equipe mista com profissionais das duas maiores empresas de construção do País, em

prol do sucesso. A flexibilidade e a humildade foram demonstradas no respeito à

opinião e a cultura do outro, sem perder a sua própria, também em não impor uma idéia

ou filosofia, compreendendo o parceiro como uma força multiplicadora.

A denominação consórcio, portanto, foi se tornando apenas uma denominação

legal, pois na equipe do Consórcio São Salvador Civil há uma Parceria, conforme

descrito na TEO.

“Parceria é o envolvimento de cada um e o comprometimento de todos na

busca da realização e da superação de um objetivo comum” Educação pelo

Trabalho pág.126.

E essa “parceirização” foi, e ainda é fundamental para o êxito destes

empreendimentos. Houve uma soma positiva com o intuito da geração de riquezas

maiores que a atuação individual, tendo como base a sinergia adquirida ao longo do

tempo em busca do aumento da produtividade e do alcance dos resultados comuns. A

confiança no parceiro se tornou primordial, ficou claro a interdependência entre os

membros da equipe na obtenção dos resultados, o que resultou conseqüentemente no

aprimoramento e exercício contínuo da negociação, do diálogo e da flexibilidade em

busca do acordo.

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20

E como não poderia deixar de ser, a sinergia da equipe, têm importância

fundamental na geração de resultados positivos como: o marco do lançamento de 100

mil m³ de concreto antes do planejado, com alto padrão de qualidade, certificado por

Furnas. A montagem da ponte rolante com 60 dias de antecedência, o levantamento da

Barragem de Terra da Margem Direita no prazo e os esforços pela certificação da Obra

nas categorias ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18000.

Parte da Equipe do Consórcio São Salvador Civil comemorando os 100 Mil

m³ de concreto lançados antes da data prevista.

Montagem da Ponte Rolante com 2 meses de antecedência em relação ao

planejado

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Barragem de Terra da Margem Direita no prazo

Busca pela certificação, ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18000 – Política do

Sistema de Gestão Integrada do Complexo.

Page 22: Relacionamento Consorcial

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ASPECTOS QUE LEVARAM AO ÊXITO NO

RELACIONAMENTO CONSORCIAL.

Dentre os diversos fatores que levaram ao êxito destes Consórcios podemos

destacar alguns marcantes, que influenciaram diretamente no sucesso dos projetos:

- Escolha da Direção dos Contratos

A escolha dos dirigentes dos consórcios pelas empresas foi fundamental,

pois o Diretor do Projeto e seus Gerentes tiveram que estar alinhados à forma de se

gerenciar um consórcio, eles trabalharam e deram exemplos demonstrando que essa

integração era primordial.

- Maturidade da equipe dirigente

A equipe que participou desses empreendimentos tiveram maturidade o

suficiente para perceber na integração um instrumento de otimização da eficiência dos

processos, e foi fundamental a identificação dessa maturidade nos novos integrantes que

foram entrando com o passar do tempo.

- Foco nos resultados

O objetivo maior de todos sempre foi o resultado; a geração de riquezas

para o cliente, para as empresas, para a sociedade, para o estado e para os

colaboradores. Esse foco nos resultados determinou que qualquer influência negativa

que impedisse o alcance desses objetivos deveria ser expelida do processo.

- Perceber que o sucesso da empresa, naquele projeto, passa antes pelo

sucesso do Consórcio, ou seja, “vestir a camisa” do consórcio em primeiro lugar e

depois das empresas de origem.

- Humildade, valorizar o relacionamento e a integração dos colaboradores

do consórcio.

Foi, e ainda é, extremamente necessário o respeito à cultura da empresa

parceira, a humildade deve ser demonstrada na percepção do parceiro como uma força

multiplicadora, uma soma positiva de habilidades diversas.

- Passar para todos o espírito de equipe, inclusive para o cliente,

demonstrando que as soluções encontradas foram obtidas via consórcio, ou seja

pela soma das empresas consorciadas.

- Buscar o que é certo e não quem está certo.

- Ter humildade para reconhecer os erros cometidos, buscando soluções

inovadoras, desprovidas de vaidades pessoais.

Page 23: Relacionamento Consorcial

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- Buscar a melhoria contínua do relacionamento entre as pessoas, tendo em

mente que a maior verdade é a soma das verdades das empresas

- Procurar se sentir em casa no dia a dia e respeitar a cultura e a filosofia

de trabalho das empresas consorciadas.

- Exercício da liderança de fato, por competência e naturalidade, sem o uso

da força e do direito.

- Formação e identificação de pessoas alinhadas à filosofia do consórcio

A formação e identificação de pessoas alinhadas à filosofia do consórcio

fizeram com que o sucesso da integração pudesse ser mantido para o futuro e

disseminado para outros empreendimentos.

E por fim, a equipe dos Consórcios São Salvador, Peixe e Lajeado conseguiram

e mantiveram uma sinergia de trabalho que culminou no sucesso dos empreendimentos.

“Sinergia: ação coordenada e integrada dos seres humanos, em busca da

potencialização de resultados comuns” Sobreviver, Crescer e Perpetuar. Livro 1

Pág. 58.

O PAPEL DO DIRETOR DO CONTRATO – DC

“O empresário verdadeiramente Lidera ao coordenar e integrar a ação

simultânea dos seres humanos, para que produzam mais riquezas do que cada um

individualmente é capaz” Sobreviver, Crescer e Perpetuar. Livro 1 Pág. 60.

O Presidente da pequena empresa tem a responsabilidade de coordenar a

geração das riquezas produzidas pela obra, coordenar os seres humanos a agirem de

forma sinérgica em prol dos resultados a serem alcançados.

O Diretor de Contrato deve ser o multiplicador inicial e nortear seus Gerentes e

outros liderados diretos a também se tornarem multiplicadores da integração.

Isaías Amâncio de Souza é o atual Diretor de Contrato da Obra da UHE São

Salvador e participou, também, das obras de Lajeado e Peixe. Na Odebrecht há 35 anos

e em sua 13ª Hidroelétrica, Isaías destaca a integração e o sucesso dessa equipe, e

percebe que seu papel é o mais importante na coordenação da sinergia das pessoas e

suas conseqüências na busca dos resultados: “O papel do diretor do contrato é de suma

importância no relacionamento das pessoas do consórcio. É dele que emanam as

atitudes, exemplos e as diretrizes para os seus liderados, cabendo a ele o importante

papel de líder empresarial do empreendimento. O êxito da equipe passa pelo sucesso do

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diretor de contrato, de sua maneira de tratar o acionista, o cliente e seus liderados”. Do

relato do Diretor de Contrato da Obra de São Salvador observamos que a liderança do

empreendimento deve promover a integração dos seus colaboradores, a sinergia

profissional e até a interação social.

Eventos sociais. Ex: Festa junina “Arraiá da Barragi”

Integração social. Diretriz do DC

CONSIDERAÇÕES FINAIS E APLICAÇÕES NA

ODEBRECHT

Como pudemos observar pelos exemplos das obras das UHE’s Lajeado, Peixe e

São Salvador a Integração das equipes do consórcio se mostrou extremamente

importante para o sucesso dos empreendimentos. O objetivo da Odebrecht é:

“Sobreviver, Crescer e Perpetuar”, e para tanto deve observar as mudanças no mercado

e se adaptar às tendência, sem perder sua base: sua filosofia. Os empreendimentos em

Consórcios se mostram cada vez mais reais, tanto no Brasil como no resto do Mundo.

Poderemos nos preparar para as futuras parcerias em qualquer lugar do planeta se

observarmos dois conceitos básicos a qualquer relacionamento: respeito e confiança.

Respeito pela cultura e pela filosofia do parceiro; e confiança pela sua busca em gerar

resultados positivos. A partir desses preceitos poderemos observar as nossas

experiências passadas, nossos erros e nossos acertos, e assim potencializar nossas

virtudes e trabalhar nas nossas deficiências. Dessa forma, quando olharmos para trás e

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quisermos tirar algumas lições de superação e de sucesso; no que diz respeito ao

relacionamento Consorcial e suas implicações nos êxitos dos projetos; poderemos

observar as Obras das Hidrelétricas Lajeado, Peixe e São Salvador, onde a Odebrecht,

em parceria com a AG, deixaram um legado de sucesso no Estado do Tocantins.

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RELAÇÃO DO PESSOAL ESTRATÉGICO ODEBRECHT QUE PARTICIPARAM / PARTICIPAM DOS EMPREENDIMENTOS LAJEADO,

PEIXE E SÃO SALVADOR DS's DC's RCR’s RP's JP's

João Pacifico Antonio Marcondes Fábio Castro Aderbal Pitagoras Glauber Freitas Henrique Valladares Délio Galvão Reinaldo Freitas Marcos Canuto Guilherme Miranda Heitor Azevedo Roberto Polachini Eduardo Camargo Marcos Vinícius Azevedo Sérgio Roberto Henry Muller Daniel Machado Ricardo Costa Isaías Souza Celso Lopes Claudio Bahia Ailton Nóbrega Paulo Nunes Anibal Boy Francisco Fonseca Luis Rahuan Josué Cerqueira Raul Filho Hermes Pereira Daniel Borges Joel Cardoso Reginaldo Kloss Paulo Armando

Augusto Castelo Branco Rogério Tadeu

Eustáquio José Henriques Tenório Borges

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Fontes de Conhecimento

ODEBRECHT, Norberto., Sobreviver, Crescer e Perpetuar. Salvador:

Odebrecht 7. ed. 2007.

ODEBRECHT, Norberto., Educação pelo Trabalho. Salvador: Odebrecht 1.

ed. 1991.

LOVATO FILHO, Cláudio; MOODY, Eduardo., Odebrecht Informa – “È

preciso saber Conviver”. Ed: 115 2004.

Odebrecht Informa, Edição 115 2004

Informe AG, Edições: 07 de 2005 e 22 de 2003

Setor de Tecnologia da Informação - Consórcio São Salvador Civil.

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Contatos

Isaias Amâncio de Souza

Diretor de Contrato

Tel: 63-33961801

João Henry Muller

Gerente Administrativo Financeiro

Tel: 63-33961807

Marcos Vinícius Azevedo da costa

Jovem Parceiro Administrador

Tel: 63-33961800

OBRA HIDROELÉTRICA SÃO SALVADOR

CANTEIRO DE OBRA UHE SÃO SALVADOR – SÃO SALVADOR – TO

CEP: 77365-000

TEL: 63-33961800