RELAÇÃO DE SIMPÓSIOS TEMÁTICOS - Semana de História ... · Giliard da Silva Prado (UFU |...
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RELAÇÃO DE SIMPÓSIOS TEMÁTICOS
===================================================Simpósio Temático 1:
HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA DAS AMÉRICAS
Giliard da Silva Prado (UFU | FACIP)
Newman di Carlo Caldeira (UFU | FACIP)
Ementa:
Este simpósio temático pretende reunir trabalhos de pesquisa relacionados às diversas
temporalidades e espaços do continente americano, contemplando uma grande variedade de
processos históricos, tais como: as formas de organização social dos povos originários do
continente e suas interações com os europeus; colonização; guerras de independência; formação
dos estados nacionais; revoluções; regimes militares; relações interamericanas; projetos de
integração regional. O simpósio está, pois, aberto às mais diferentes perspectivas de análise dos
temas americanistas, englobando estudos que tratem de aspectos econômicos, sociais, políticos
e culturais. Os trabalhos de pesquisa poderão estar voltados tanto para as análises dos processos
históricos quanto para os debates historiográficos ou ainda para as reflexões sobre temáticas
americanistas no campo do ensino de História.
Justificativa:
Orientado pela pluralidade característica dos estudos históricos, este simpósio temático pretende
suscitar reflexões, promover debates, bem como estimular o interesse e o desenvolvimento de
pesquisas acerca de temas americanistas.
Referencias Bibliográficas:
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===================================================Simpósio Temático 2:
A OBRA DE ARTE E O FAZER HISTÓRICO
Cássia Abadia da Silva - Mestranda PPGHI- UFU/Bolsista CNPq
Elidiane Silva Ferreira - Mestranda PPGHI – UFU/Bolsista CNPq
Resumo:
À luz da instigante e apaixonante relação entre História e obra de arte (em seu sentido mais
amplo e múltiplo) é que propomos esse grupo de trabalho, tendo em vista as possibilidades do
diálogo interdisciplinar para a construção e produção do fazer histórico. Considerando que
qualquer vestígio humano pode evidenciar práticas culturais, políticas e socais em diferentes
lugares e temporalidades é que apostamos no uso de artefatos artísticos enquanto objetos, fontes
e documentos para historiadores e demais pesquisadores. Este será um espaço para debater e
refletir as contribuições e o lugar de tal temática na historiografia, assim como suas diferentes
metodologias e perspectivas.
Justificativa:
A proposta se pauta pela discussão teórica-metodológica da História Cultural, a qual se
consolidou como uma das perspectivas de maior impacto no campo da historiografia nas últimas
duas décadas. Outras práticas e novos sujeitos adentram a cena histórica, conceitos como
representação e sensibilidade nós ajudam a pensar e construir nossas análises e objetos,
permitindo assim apresentar nossa temática que pretende abranger as análogas experiências
advindas e tomadas da pintura, escultura, literatura, música, cinema, fotografia, literatura e
teatro.
Referências bibliográficas:
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de teoria da história. Bauru, SP: Edusc, 2007.
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LOPES, Antonio Herculano; PESAVENTO, Sandra Jatahy; VELLOSO, Monica Pimenta
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MOSTAÇO, Edélcio (org.). Para uma história cultural do teatro. Florianópolis: Design Editora,
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História e Imagens: textos visuais e práticas de leituras. Campinas, SP: Mercado de Letras,
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indagações na passagem para o modernismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p.241-
255.
===================================================Simpósio Temático 3:
ESCOLA PÚBLICA, ENSINO DE HISTÓRIA E EXPERIENCIAS DIDÁTICAS:
ABORDAGENS E INTERLOCUÇÕES POSSÍVEIS
Artur Nogueira Santos e Costa
Cinthia Cristina de Oliveira Martins
Resumo:
Este Simpósio Temático visa constituir um espaço para discussões coletivas que tenham como
eixo pensar a educação em suas múltiplas potencialidades. Queremos, assim, propiciar
condições para uma reflexão ativa e crítica sobre práticas e experiências de ensinar/aprender, a
partir da problematização de perspectivas, propostas e caminhos apresentados. Desse modo, são
bem-vindos trabalhos que versem sobre ensino de história ou outras disciplinas afins, sobre
escola pública, currículos, avaliação, políticas públicas direcionadas ao ensino ou outros temas
relacionados. Pretende-se, também, congregar discussões construídas nos mais diferentes
lugares: nos grupos do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), do
PET (Programa de Educação Tutorial), nos programas de Iniciação Científica ou outros, cujo
foco seja as diversas vertentes da educação e do ensino.
Justificativa:
A proposta, articulada em torno do eixo “experiências de ensino”, fundamenta-se na necessidade
de refletir sobre a escola pública e seus sujeitos, como modo de problematizar nossa prática e a
formação dos diferentes profissionais da educação. Assim, considerando que o conhecimento é
socialmente produzido, parte do pressuposto de que discutir e socializar os vários pressupostos
teórico-metodológicas que embasam práticas pedagógicas de formação e de atuação no campo
da educação é de fundamental relevância para politizar nosso ofício de professores
historiadores, bem como para fazer avançar novas possibilidades.
Referências Bibliográficas:
ARROYO, Miguel Gonzáles. Currículo, território em disputa. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.
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THOMPSON, E. P. A miséria da teoria ou um planetário de erros: uma crítica ao
pensamento de Althusser. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.
====================================================Simpósio Temático 4:
A IDADE MÉDIA: A HISTORIOGRAFIA ENTRE A CULUTURA E A POLÍTICA
Guilherme Antunes Junior (PPGHC/UFRJ/PEM)
Resumo:
O medievo é uma “invenção” arbitrária, assim como qualquer período estabelecido pela
historiografia. As sociedades possuem processos históricos complexos e multiformes. Cabe ao
historiador “recortar” seu objeto.
Justificativa:
Pensando nas diversas possibilidades de pensar o medievo, este ST “A Idade Média: a
historiografia entre a cultura e a política” visa agrupar historiadores que busquem interfaces
entre modelos teórico-metodológicos distintos, enriquecendo debates e saberes sobre o
medievo. Neste espaço, podemos dialogar com a escrita da História, com os estudos sobre
universidades medievais, com os discursos acerca da cultura monástica, acerca da Igreja e suas
múltiplas formas de exercício de poder, com a escrita e scriptorium medieval, etc. Abrindo para
perspectivas plurais, teremos a possibilidade de publicizar nossas pesquisas, comparar objetos
de investigação e discutirmos nossas epistemologias.
Referencias bibliográficas:
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SCHMITT, Jean-Claude. O corpo das imagens ¨C ensaios sobre a cultura visual na Idade
Média. São Paulo: EDUSC, 2007.
====================================================Simpósio Temático 5:
O EMPREGO NA DA ARTE (IMAGENS, LITERATURA, CHARGE, FILMES,
MUSICA) NA ABORDAGEM HISTÓRICA DO REGIME MILITAR
Mauro Conceição (PPGHC/UFRJ)
Resumo:
Neste ST objetiva-se refletir sobre as diversas e distintas modalidades de abordagens, e métodos
de ensino, que possam estabelecer um canal de dialogo com ensinar a pensar a História - em
sala de aula - deste período e dos acontecimentos nele ocorridos. Considerando, sobretudo, as
distintas metodologias a auxiliar no desenvolvimento da disciplina na sala de aula.
Justificativa:
O tema, que tem seus referenciais históricos e significação político-social, poderá se
apresentado, embora sua gravidade e, ainda, não desejando minimizar seus duros reflexos às
gerações de docentes e estudantes que o viveram, com uma certa dose de criatividade artística,
possibilitando o entendimento das motivações políticas, sociais e econômicas geradoras do
regime militar e, ainda, os desdobramentos observados e vividos no país.
===================================================Simpósio Temático 6:
ENSINO DE HISTÓRIA, FORMAÇÃO HISTÓRICA E DIDÁTICA DA HISTÓRIA
Astrogildo Fernandes da Silva Júnior (UFU | FACIP)
José Josberto Montenegro Sousa (UFU | FACIP)
Resumo:
O debate acerca de pressupostos teórico-metodológicos subjacentes ao ensino de história
assumiu nas últimas décadas novos contornos, tornando-se imprescindível pensá-lo a partir de
múltiplas dimensões - seja na escola, nas instituições de memória ou na universidade -, pois a
história ensinada abrange diversificadas estratégias, fontes, linguagens e atores sociais no
processo de aprender e ensinar história. A articulação entre fundamentos teóricos,
metodológicos e a didática da história constituem aspectos decisivos à formação do professor-
pesquisador, assim como ao ensino e aprendizagem. Neste sentido, a proposta deste simpósio
consiste em refletir sobre a história ensinada; as estratégias decorrentes da dinâmica de práticas
educativas voltadas usos de inúmeros objetos de investigação e interpretação da experiência
temporal; a historiografia escolar e sua relação com a historiografia acadêmica; o potencial das
diferentes fontes e linguagens no processo de ensinar e aprender história; a cultura histórica de
jovens estudantes e a relação com a aprendizagem histórica; as contribuições/lacunas da
Didática da História na formação de professores. Enfim, o simpósio acolhe trabalhos que
tenham como objeto de pesquisa o ensino de história e suas interfaces com a aprendizagem e
formação histórica.
Justificativa:
A proposta deste simpósio se justifica do debate acerca do ensino de história e formação
histórica. Entendemos que este é um campo de investigação que se apresenta em um espaço de
fronteira entre história e ensino. Assim como a pesquisa historiográfica, a pesquisa no ensino de
história é caracterizada por construir um texto com aspectos formais e linguísticos particulares,
por referir-se a um conjunto de técnicas e análises e por considerar as condições políticas,
socioeconômicas e culturais em que se desenvolve a investigação histórica. Nesse sentido, o
simpósio se apresenta como um lugar para a socialização e debates sobre este campo de
pesquisa.
Referências Bibliográficas:
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===================================================Simpósio Temático 7:
GÊNERO COMO CATEGORIA DE ANÁLISE EM PESQUISAS HISTORIOGRAFICAS
E SOCIAIS – REFLEXÕES SOBRE E COM MOVIMENTO SOCIAIS
Karina Klinke (UFU/FACIP)
Julia Moita (UFU/FACIP)
Resumo:
Propomos para esse grupo de apresentação de trabalhos que tenham o gênero como categoria de
análise, uma reflexão a partir de duas proposições de Joan Scott: 1) o gênero como um elemento
constitutivo de relações sociais baseado nas diferenças percebidas entre os sexos; 2) o gênero
como uma forma primeira de significar as relações de poder. Nesta perspectiva, consideraremos
as mudanças nas representações de poder em seus múltiplos sentidos nos campos de
investigação histórico, social, antropológico, linguístico e psicanalítico. Para tanto,
consideraremos quatro elementos do gênero relacionados entre si, segundo as proposições de
Scott: 1º) os símbolos culturalmente disponíveis que evocam representações múltiplas
(frequentemente contraditórias), questionando: quais as representações simbólicas evocadas,
quais suas modalidades e em que contextos? 2º) os conceitos normativos que colocam em
evidência interpretações do sentido dos símbolos que tentam limitar e conter as suas
possibilidades metafóricas; 3º) descobrir a natureza do debate ou da repressão que leva a
aparência de uma permanência eterna na representação binária dos gêneros, o que envolve
aspectos políticos, institucionais e de organizações sociais; 4º) conhecer a identidade subjetiva
dos gêneros, ou seja, como se estabelecem distribuições de poder (controle ou acesso diferencial
aos recursos materiais e simbólicos), com enfoque na interpretação de como a sociedade
“assombra” a sexualidade (corpo). Buscaremos entender com os trabalhos apresentados, como
os gêneros são socialmente (des)legitimados para refletirmos sobre e com os movimentos
sociais.
Palavras-chave: gênero, história, pesquisa social, movimentos sociais
Justificativa:
O gênero como categoria de análise para a historiografia e outros campos de pesquisa social se
instaurou no Brasil nos anos 1980, quando foram traduzidos os trabalhos de Joan Scott,
publicados na revista Cahiers du Gri, do Group de Recherche en Disciplinaire Feministe. Outros
grupos feministas influenciaram os primeiros estudos no País, como aqueles provenientes do
Grupo de Michelle Perrot, composto por Véronique Nahoum-Grappe e Arlette Farge. A partir
destes estudos sobre feminismo, os primeiros grupos fundados no Brasil também nos anos 80
foram os da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da
Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da Faculdade
de História da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Grupo de Estudos de
História da Educação da Mulher (GEHEM–UFMG). Antes dos estudos de gênero adentrarem a
academia, a música e o teatro, à falta de outros canais de articulação política, foram
extremamente importantes como catalizadores da opinião pública, como o Grupo teatral Dzi
Croquettes (1970), que expunham no palco, de forma mais picante que as discussões teóricas, a
relação entre sexo e gênero através do uso performático do corpo. Entre movimentos sociais,
culturais, artísticos e a academia várias foram as críticas sobre a perspectiva de olhar a
sociedade “a partir do gênero”, como proposto nos escritos de Michel Foucault, separando os
estudos do ativismo, apesar da luta pela concentração de esforços. Nos anos 90 vivemos no
Brasil um quase silenciamento dos movimentos sociais e, expandida a crítica acadêmica, os
estudos sobre gênero foram colocados em um lugar “menor” diante de outras categorias de
análise. O século XXI marca, por sua vez, outros olhares sobre a sexualidade e a constituição
dos gêneros por meio dos Estudos Feministas, Estudos Gays, Estudos Lésbicos e Estudos
Queer, desenvolvidos em centros universitários e núcleos de pesquisa, em parceria ou
subsidiando movimentos sociais. Assim, novas questões são colocadas, noções até então
consagradas de ética e de estética passam a ser objeto de investigação, como o mundo do
privado e do doméstico; as várias formas de viver o feminino e o masculino, a família, as
relações amorosas, a maternidade e a paternidade; o erotismo e o prazer. A partir destes, fazem-
se teses, escrevem-se livros, realizam-se seminários e cursos. Este Simpósio vem ao encontro
desta perspectiva de análise.
Bibliografia:
BRITZMAN, Deborah. O que é essa coisa chamada amor. Identidade homossexual,
educação e currículo. Revista Educação e Realidade. Porto Alegre: UFRGS, Faculdade de
Educação, vol. 21, n. 1, jan./jun. 1996.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade 1. A vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal,
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FOUCAULT, M. História da sexualidade II. O uso dos prazeres. Rio de Janeiro: Graal, 1984.
LOURO, Guacira Lopes. Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo
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PARKER, Richard; BARBOSA, Regina M. (orgs.). Sexualidades Brasileiras. Rio de Janeiro:
Rocco, 1996.
RAGO, Margareth. Epistemologia feminista, gênero e história. Secretaria de Imprensa e
Comunicação. CNT- Compostela, agosto/ 2012.
SCOTT, Joan W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Revista Educação e
Realidade, Porto Alegre, 16(2): 5-22, jul/dez de 1990.
===================================================Simpósio Temático 8:
HISTÓRIA, ENSINO E PESQUISA NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO, NA FORMAÇÃO
DOCENTE E NOS SABERES E PRÁTICAS ESCOLARES
Ângela Aparecida Teles (UFU – FACIP)
Betânia de Oliveira Laterza Ribeiro (UFU – FACIP)
Sandra Alves Fiuza (UFU – FACIP)
Sauloéber Tárcio de Souza (UFU – FACIP)
Resumo:
Este simpósio temático constitui-se como espaço para a apresentação de pesquisas no campo da
História articuladas à história da educação, à história das instituições escolares, à história do
ensino de história, à formação docente e às práticas escolares. Dessa maneira, os trabalhos
sobre a cultura escolar, o espaço escolar, o currículo, o saber histórico escolar, os saberes e as
práticas docentes produzidas no espaço escolar, na licenciatura e nos projetos de iniciação à
docência constituem-se como o eixo das reflexões, bem como as questões relacionadas aos
processos de formação do professor-pesquisador através do uso de novas metodologias de
ensino e pesquisa que envolvem as diferentes linguagens e fontes históricas no ensino de
história e a produção de materiais didáticos que incorporem as novas tecnologias da informação
e da comunicação.
Justificativa:
As reflexões sobre a formação do professor-pesquisador, sobre a história do ensino de História
têm inspirado a produção de conhecimento que articula História, Historiografia do Ensino de
História e a História da Educação, constituindo assim um campo de pesquisa com características
bem definidas e em diálogo permanente com os saberes e práticas produzidos no espaço escolar.
A divulgação destes trabalhos contribui para formação inicial e continuada de docentes.
Bibliografia
ABREU, Marta e SOIHET, Rachel (orgs.) Ensino de História – Conceitos, temáticas e
metodologia. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.
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FONSECA, Thais de Lima. História & Ensino de História. 2ª ed., Belo Horizonte: Autêntica,
2006.
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JULIA, Dominique. A Cultura escolar como objeto histórico. Revista Brasileira de História
da Educação. Rio de de Janeiro, n. 1, jan./jun.2001. p.09-43.
MONTEIRO, Ana Maria. Professores de História: entre saberes e práticas. Rio de Janeiro:
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VIÑAO FRAGO. Antônio; ESCOLAN Augustín. Currículo, Espaço e Subjetividade: a
arquitetura como programa. 2. ed., Rio de Janeiro: DP&A. 2001.
TARDIF, Maurice. Saberes Docentes e Formação Profissional. 8ª ed., Petrópolis, RJ: Vozes,
2007.
TARDIF, Maurice & LESSARD, Claude. O Trabalho Docente : elementos para uma teoria
da docência como profissão de interações humanas. Petrópolis, RJ : Vozes, 2007.
===================================================Simpósio Temático 9:
CAMPO E CIDADE: PERSPECTIVAS HISTÓRICAS E AMBIENTAIS
Eduardo Giavara (UFU|FACIP)
Resumo:
A proposta do GT “Campo e cidade: perspectivas históricas e ambientais” é abrir espaço para
apresentação de pesquisas que versem em torno das dinâmicas urbanas e suas múltiplas relações
com o espaço rural, observando o desenvolvimento histórico e os impactos ambientais oriundos
das atividades produtivas, do desenvolvimento da infraestrutura, das políticas habitacionais e
das manifestações culturais.
Justificativa:
Assim, interessa ao grupo de trabalho as pesquisas desenvolvidas de forma multidisciplinar e
em seus vários níveis acadêmicos. Por fim, a proposta pretende articular as várias narrativas e
propor uma interlocução das várias formas de escrita e perspectivas acerca da cidade.
===================================================Simpósio Temático 10:
RELIGIÕES, RELIGIOSIDADES E MOVIMENTO SOCIAIS NA FRONTEIRA
Ismar da Silva Costa (UFG – CATALÃO)
Resumo:
Pretendemos agregar, nesse Simpósio Temático, pesquisadores envolvidos com o pensar a
História nas suas interfaces com os movimentos sociais que tem suas provocações e suas
mediações nas várias possibilidades de dialogo com as religiões e as religiosidades em situações
de fronteira.
Justificativa:
Com uma proposta ampla compreender as tramas políticas, culturais e sociais; produtos e
produtoras de novas identidades e novas perspectivas de ações coletivas de transformações
sociais.
================================================== Simpósio Temático 11:
O OFÍCIO DO HISTORIADOR E A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
HISTÓRICO
Cátia Franciele Sanfelice de Paula – UNIR/Doutoranda UFU
Resumo:
A presente proposta de Simpósio Temático tem como objetivo reunir trabalhos que pontue
reflexões acerca das discussões relacionadas ao ofício do historiador e a construção do
conhecimento histórico. As visões mais comuns relativas ao trabalho do historiador e ao que
seja a ciência histórica muitas vezes são bastante simplificadoras e estão muito distantes da
atividade real dos profissionais desta área. Na maior parte dos casos, o historiador é visto como
um profissional que se dedica exclusivamente ao passado, geralmente um passado remoto e
distante da realidade cotidiana, e, portanto pouco útil para compreender o mundo em que
vivemos. A expressão “a história é ciência que estuda o passado” expressa em grande medida
esta visão simplória. Ao mesmo tempo, muitos acreditam que o campo de atuação do
profissional de História restringe-se à docência, como se o ensino fosse à única dimensão da
atividade do historiador. Desse modo, pretendemos refletir sobre as atividades desempenhadas
pelos historiadores, entendendo que seu ofício não se restringe ao tempo passado, mas ao
contrário, têm como questão fundamental a articulação entre passado, presente e futuro.
Conforme a sociedade da época a qual o historiador está inserido proporciona a emergência de
novas indagações e objetivos de busca ao passado, o processo de construção do conhecimento
histórico exige a ampliação das metodologias a serem utilizadas. Os vazios deixados pela
história hegemônica e as contradições alimentadas por vagas lembranças lineares do passado,
levam a “ciência histórica” a firmar-se na descontinuidade e investigação dos aspectos antes
ignorados. Assim a própria concepção de fato e documento ganharam com o tempo novas
conotações que possibilitaram aos historiadores a análise e interpretação dos acontecimentos
com novos olhares.
Justificativa:
Desse modo a presente proposta justifica-se por possibilitar um espaço de discussão em torno
do ofício do historiador construindo reflexões a partir de uma concepção de História engajada
com o presente. Isso requer uma análise sobre a concepção recorrente que associa a história ao
conhecimento do passado. A proposta estará aberta ao diálogo com pesquisas cuja concepção
perceba que o ofício do profissional de história começa quando este observa e questiona o
mundo a sua volta e promove através da pesquisa e da reflexão histórica o esforço para a
construção do conhecimento.
Bibliografia
BLOCH, Marc. Apologia da História ou o Ofício do Historiador. Rio de Janeiro: Zahar,
2001.
CHESNEAUX, J. Devemos fazer tabula rasa do passado? São Paulo: Ática, 1995.
FENELON, Déa R.; CRUZ, Heloísa F.; PEIXOTO, Maria do R. C. Muitas memórias, outras
histórias. São Paulo: Editora Olho d’Água, 2005.
FONTANA, Josep. A história dos homens. Bauru, SP: Edusc, 2004.LE GOFF, J. História e
memória. Campinas. SP: Editora da Unicamp, 1996