Rel 03 - Analise Sensorial (Teste Triangular)

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1. INTRODUÇÃO 1.1 – Fundamentos teóricos 1.1.1 – Teste triangular As provas triangulares são provas utilizadas para determinar diferenças sensoriais (inespecíficas) entre dois tratamentos ou produtos. Ao provador são apresentadas três amostras codificadas, sendo-lhe indicado que uma delas é diferente das outras duas. É solicitada a identificação da amostra que é diferente. Nesta prova são possíveis dois tipos de apresentação das amostras: dois As e um B ou dois Bs e um A. Cada um dos tipos de apresentação deve ser apresentado o mesmo número de vezes. Nos casos em que a ordem de prova das amostras é especificada existem um total de 6 modos diferentes para realizar a prova: ABB, BAB, BBA, BAA, ABA e AAB. Neste caso cada modo deve ser utilizado o mesmo número de vezes, o que implica que o número de provadores seja um múltiplo de 6. Às amostras deve ser atribuída uma codificação aleatória, sendo preferível que a codificação varie de avaliador para avaliador de modo a prevenir influências (acidentais ou deliberadas) entre provadores. (NORONHA, 2003) Figura 1 – Modelo aplicado no teste triangular 1.2 – Objetivo

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1. INTRODUÇÃO

1.1 – Fundamentos teóricos

1.1.1 – Teste triangular

As provas triangulares são provas utilizadas para determinar diferenças sensoriais (inespecíficas) entre dois tratamentos ou produtos.Ao provador são apresentadas três amostras codificadas, sendo-lhe indicado que uma delas é diferente das outras duas. É solicitada a identificação da amostra que é diferente.Nesta prova são possíveis dois tipos de apresentação das amostras: dois As e um B ou dois Bs e um A. Cada um dos tipos de apresentação deve ser apresentado o mesmo número de vezes.Nos casos em que a ordem de prova das amostras é especificada existem um total de 6 modos diferentes para realizar a prova: ABB, BAB, BBA, BAA, ABA e AAB. Neste caso cada modo deve ser utilizado o mesmo número de vezes, o que implica que o número de provadores seja um múltiplo de 6.Às amostras deve ser atribuída uma codificação aleatória, sendo preferível que a codificação varie de avaliador para avaliador de modo a prevenir influências (acidentais ou deliberadas) entre provadores. (NORONHA, 2003)

Figura 1 – Modelo aplicado no teste triangular

1.2 – Objetivo

Verificar se existe diferença significativa entre duas amostras que passaram por tratamentos diferentes e se estas diferenças são percebidas pelo julgador.

2. PARTE EXPERIMENTAL

2.1 – Material necessário:

Bandejas;

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Copos descartáveis;

Jarras contendo as amostras codificadas A e B;

Água;

Pincel atômico, caneta esferográfica;

Achocolatado (Amostra líquida);

2.2 – Procedimento

2.2.1 – Preparadores

Inicialmente foi feita a codificação e o delineamento das amostras. Em seguida com a banca preparada, já contendo as bandejas, copos descartáveis, as duas jarras codificadas (A e B) foram preparadas as amostras segundo o delineamento determinado e com os códigos escolhidos.

2.2.2 – Julgadores

A bandeja foi levada contendo as 3 amostras, um copo com água, o formulário e uma caneta até os julgadores. Foi dito aos mesmos, a importância da análise ser feita da esquerda para a direita, bem como a apresentação do formulário (Figura 1) onde foi marcada a amostra que julgasse diferente e que entre o intervalo de uma amostra e outra, fosse ingerido um pouco de água para que o resíduo da amostra anterior não influenciasse na amostra seguinte.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Como se trata de provadores não treinados foi feita a opção pela escolha forçada, para que os provadores não tivessem a opção de dizer que não conseguiram identificar nenhuma diferença entre as amostras provadas. O teste foi aplicado utilizando o achocolatado contendo os seguintes percentuais:

Amostra A: achocolatado diluído com 40% de leite.Amostra B: achocolatado diluído com 45% de leite.

Foram utilizados 24 provadores ao quais foi oferecido as amostras sendo 3 por cada provador. Entre as amostras oferecidas havia duas iguais e uma diferente, a qual deveria ser identificada pelos julgadores. As amostras codificadas foram oferecidas em uma sequência aleatória e variada para todos os provadores contemplando todas as combinações possíveis entre as amostras.

TABELA 30 – Significância no teste triangular (P = 1/3)Nº de julgamentos Nº de respostas corretas necessárias

para estabelecer diferença significativa

P = 0,05 P = 0,01 P=0,00124 13 14 16

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Fonte: ASTM, 1968.

Após a aplicação do teste foram obtidas 8 acertos, segundo a tabela acima para o nível de significância de 5% , no mínimo teriam que ter tidos 13 acertos.

4. CONCLUSÃO

Conclui-se, portanto que as amostras não são diferentes, ou seja, sensorialmente essas amostras são iguais. E que o resultado apresentado indica que uma alteração dessa grandeza na composição do achocolatado dificilmente será percebida pelo julgador o que pode causar aprovação ou, rejeição.

5. REFERÊNCIAS

Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/11757612/Analise-Sensorial-de-Alimentos-

Capitulo-6>. Acesso em 13 de Abril de 2011.

Disponível em: <http://www.esac.pt/noronha/A.S/Apontamentos/sebenta_v_1_0.pdf>.

Acesso em 13 de Abril de 2011.

Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/57077044/2-Relatorio-Teste-Triangular>.

Acesso em 14 de Abril de 2011.

Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/75177082/Relatorio-1-teste-triangular>.

Acesso em 14 de Abril de 2011.