Reino Plantae - Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas.

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Abrange os organismos pluricelulares, eucariontes e autótrofos. Nesse reino, também conhecido como reino das plantas, incluem-se certas algas e todos os outros vegetais: briófitas (musgos e hepáticas), pteridófitas (como samambaias e avencas), gimnospermas (como pinheiros) e angiospermas (ipê, limoeiro, feijão, capim, etc.) Características básicas ALGAS PLURICELULARES Compreende: 1. Clorofíceas: são algas que possuem clorofila conferindo a cor verde característica 2. Rodofíceas : são algas que possuem além da clorofila e outros pigmentos, a ficoeritrina, um pigmento vermelho responsável por sua cor característica. 3. Feolíceas: são algas que possuem além da clorofila, a fucoseantina, um pigmento marrom responsável por sua coloração. Critérios de Classificação das plantas a) Organização do corpo Considerando a organização do corpo de uma planta, o reino vegetal subdivide-se em: Talófitas: compreendem os organismos cujo corpo é semelhante a um talo, não se verificando uma nítida diferenciação de órgãos representados por raízes, caules e folhas. Cornófitas: são plantas que apresentam diferenciação entre raízes, caules e folhas, como é o caso das pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. b) A presença de tecidos e transporte: plantas vasculares Os tecidos especializados de transporte, presentes, portanto, apenas em plantas vasculares, são representados pelo: Lenho ou xilema : basicamente formado por um conjunto de vasos que transporta a seiva bruta ou inorgânica. Algas Pluricelulares clorofíceas rodofíceas feofíceas Briófitas musgos hepáticas Pteridófitas samambaias avencas Gimnospermas pinheiros ciprestes Angiospermas lírio jacarandá Reino Metaphyta feijão REINO PLANTA Prof. André Maia

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Reino Plantae - Briófitas e Pteridófitas.

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  • Abrange os organismos pluricelulares, eucariontes e auttrofos. Nesse reino, tambm conhecido como reino das plantas, incluem-se certas algas e todos os outros vegetais: brifitas (musgos e hepticas),

    pteridfitas (como samambaias e avencas), gimnospermas (como pinheiros) e angiospermas (ip, limoeiro, feijo, capim, etc.)

    Caractersticas bsicas

    ALGAS PLURICELULARES

    Compreende:

    1. Clorofceas: so algas que possuem clorofila conferindo a cor verde caracterstica

    2. Rodofceas: so algas que possuem alm da clorofila e outros pigmentos, a ficoeritrina, um pigmento vermelho responsvel por sua cor caracterstica.

    3. Feolceas: so algas que possuem alm da clorofila, a fucoseantina, um pigmento marrom responsvel por sua colorao.

    Critrios de Classificao das plantas

    a) Organizao do corpo

    Considerando a organizao do corpo de uma planta, o reino vegetal subdivide-se em:

    Talfitas: compreendem os organismos cujo corpo semelhante a um talo, no se verificando uma ntida diferenciao de rgos representados por razes, caules e folhas.

    Cornfitas: so plantas que apresentam diferenciao entre razes, caules e folhas, como o caso das pteridfitas, gimnospermas e angiospermas.

    b) A presena de tecidos e transporte: plantas vasculares

    Os tecidos especializados de transporte, presentes, portanto, apenas em plantas vasculares, so representados pelo:

    Lenho ou xilema: basicamente formado por um conjunto de vasos que transporta a seiva bruta ou inorgnica.

    Algas Pluricelulares clorofceas

    rodofceas

    feofceas

    Brifitas musgos

    hepticas

    Pteridfitas samambaias

    avencas

    Gimnospermas pinheiros

    ciprestes

    Angiospermas lrio

    jacarand

    Reino Metaphyta

    feijo

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  • Lber ou floema: vasos condutores que distribuem pelo corpo vegetal a seiva elaborada ou orgnica.

    c) rgos de reproduo:

    Considerando o grau de desenvolvimento dos rgos reprodutores, as plantas classificam-se em:

    CRIPTGAMAS

    Possuem rgos de reproduo pouco desenvolvidos, no se verificando a produo de flores e sementes. Nesse grupo esto includas as algas, as brifitas e as pteridfitas.

    FANERGAMAS:

    So plantas portadoras de rgos reprodutores nitidamente visveis, representados pelas flores. Compreendem as gimnospermas e as angiospermas.

    BRIFITAS

    As brifitas so vegetais de porte mnimo. No so formadas por caule, folhas ou razes verdadeiras. So criptgamas, isto , no apresentam tecidos vasculares.

    Classificao

    Compreendem trs divises:

    Bryophyta Hepatophyta Anthocerophyta

    A diviso Bryophyta engloba os musgos, as brifitas mais conhecidas. O talo possui estrutura semelhante a um caule, o cauldeo, onde se prendem rizides e filides, estruturas semelhantes a razes e folhas respectivamente. So plantas terrestres comuns em

    bosques e florestas sombreadas. Tambm encontradas em climas temperados.

    Na diviso Hepatophyta esto s hepticas, as brifitas mais primitivas. So plantas de ambientes mais midos que os musgos e no possuem porte ereto.

    As antocerceas, representantes da diviso Anthocerophyta, tambm possuem talos e vivem em ambientes semelhantes s hepticas.

    Reproduo das Brifitas

    As brifitas podem apresentar reproduo assexuada e sexuada. Na reproduo assexuada, estruturas pluricelulares clorofiladas, os propgulos, existentes no interior de conceptculos, desprendem-se originando novos seres. Os conceptculos encontram-se na superfcie do talo.

    A reproduo sexuada acontece por alternncia de geraes. A gerao gametoftica permanente, enquanto a esporoftica temporria.

    PTERIDFITAS

    So as primeiras plantas vasculares ou traquefitas e os primeiros vegetais a apresentarem vasos condutores de seiva. So criptgamas, pois no formam flores ou sementes. Possuem raiz, caule e folhas.

    A raiz absorve do solo gua e sais minerais. O caule transporta substncias da raiz s folhas e das folhas raiz. As folhas produzem matria orgnica atravs da fotossntese. As pteridfitas so predominantemente terrestres. Algumas espcies vivem em gua doce. No existem representantes marinhos.

  • Classificao

    So classificadas em quatro divises:

    Pterophyta Lycophyta Psilotophyta Sphenophyta

    As pteridfitas da diviso Pterophyta ou filicneas mais conhecidas so as samambaias e as avencas, plantas terrestres de regies tropicais midas e sombreadas.

    Na diviso Lycophyta, os mais conhecidos so os licopdios, plantas de pequeno porte de regies temperadas.

    A diviso Psilotophyta um pequeno grupo com plantas muito simples e parecidas com as plantas vasculares primitivas.

    Ex.: Psilotum sp.

    A diviso Sphenophyta um grupo muitopequeno e com caractersticas peculiares.

    Ex: O principal representante Equisetum sp.

    Reproduo das Pteridfitas

    A reproduo assexuada pode acontecer por brotamento dos rizomas. O rizoma ao crescer, d origem a pontos em que brotam razes e folhas. Esses pontos so denominados estoles ou estolhos. Ao fragmentar-se nesses pontos, o rizoma torna independente cada nova planta recm-formada.

    A reproduo sexuada ocorre por alternncia de geraes. O esporfito o vegetal diplide (2n), duradouro, com raiz, caule e folhas. O gametfito o

    prtalo, vegetal haplide (n), transitrio, com cerca de 1 cm de altura.

    COMPARAO ENTRE BRIFITAS E PETRIDFITAS

    GMINOSPERMAS

    So plantas de sementes nuas, isto , no alojadas dentro de um fruto. So vegetais terrestres de regies temperadas e frias. Os mais conhecidos so os pinheiros, os cedros, os ciprestes e as sequias.

    BRIFITAS

    PETRIDFITAS Habitam regies

    midas e sombreadas. Habitam regies midas e sombreadas.

    Ausncia de flores, frutos e sementes.

    Ausncia de flores, frutos e sementes.

    Reproduo por metagnese.

    Reproduo por metagnese.

    rgos reprodutores: anterdeos e arquegnios.

    rgos reprodutores: anterdeos e arquegnios.

    Anterozides flagelados.

    Anterozides flagelados.

    Oosfera nica e imvel.

    Oosfera nica e imvel.

    Dependncia da gua para a reproduo.

    Dependncia da gua para a reproduo.

    Avasculares. Vasculares. Gametfito complexo e

    duradouro. Gametfito simples e transitrio.

    Gametfito a fase predominante.

    Esporfito a fase predominante.

    Esporfito simples e dependente do

    gametfito.

    Esporfito complexo, duradouro e depende do gametfito apenas no incio do desenvolvimento.

  • Classificao

    As gimnospermas so classificadas em quatro divises:

    Coniferophyta Ginkgophyta Cycadophyta Gnetophyta

    Diviso Coniferophyta as conferas so as gimnospermas mais conhecidas. So pinheiros, cipestres, cedros e sequias, vegetais de grande porte que forma grandes e densas florestas, preferencialmente em regies temperadas.

    Diviso Ginkgophyta o nico representante dessa diviso o Gingko biloba, uma rvore de grande porte com folhas em forma de leque.

    Diviso Cycadophyta as espcies mais representativas so as Cycas sp. Caule forte e folhas semelhantes a palmeiras

    Diviso Gnetophyta composta de apenas trs gneros bem diferentes entre si: Ephedra, Gnetum e Welwitschia.

    Reproduo das Gimnospermas

    As gimnospermas apresentam reproduo sexuada com alternncia de geraes, o esporfito a fase predominante. Ao amadurecer sexualmente, o esporfito desenvolve ramos reprodutores, os estrbilos, os cones ou as pinhas, que correspondem s flores e so sempre de um s sexo, ou masculino ou feminino. Em cada estrbilo, esto inseridas folhas modificadas, os esporfilos. Os esporfilos masculinos so os microsporfilos e os femininos, os megasporfilos. Os esporfitos formam esporngios.

    Esporngios masculinos so microsporngios e os femininos megasporngios. No interior dos esporngios desenvolvem-se esporos. Os esporos masculinos so os micrsporos e os femininos, os megsporos.

    Gro de Plen

    No interior dos microsporngios, centenas de micrsporos haplides (n) so originados por meiose. Cada micrsporo, por mitose, origina duas clulas haplides (n) que permanecem juntas, a clula geradora e a clula do tubo. Essas clulas envolvidas por uma camada de proteo, compem o gro de plen, que o gametfito masculino. Ao penetrar no vulo, o gro de plen germina, formando uma projeo, o tubo polnico. Esse tubo, que tem a forma de um sifo, que conduzira o ncleo masculino at o gameta feminino.

    vulo

    Cada megasporngio envolvido por um tegumento, possui pequena abertura, a micrpila por onde penetraro os gros de plen. O conjunto formado pelo megasporngio e o tegumento denomina-se vulo.

    Polinizao e Fecundao

    A polinizao o transporte dos gros de plen at os vulos, podendo ser feito pelo vento (anemfila), por insetos (entomfila), morcegos (quiropterfila), pssaros (ornitfila) ou pela gua.

    Ao atingir o vulo, o gro de plen germina formando o tubo polnico, dentro do qual est o ncleo masculino.

  • O tubo polnico cresce, por meio da micrplia, em direo ao arquegnio, perfura-o e o ncleo masculino funde-se com a oosfera originando o zigoto (2n). A fuso da clula espermtica com a oosfera a fecundao.

    Germinao

    A germinao ocorre quando o embrio perfura a casca da semente. Durante esse processo, nutre-se do endosperma primrio. Posteriormente, com o esgotamento das reservas nutritivas, a pequena planta j capaz de retirar do solo, pelas razes, seus nutrientes, bem como produzi-los pela fotossntese.

    ANGIOSPERMAS

    As angiospermas apresentam sementes protegidas por frutos. Podem ser herbceas (ervas), arbustivas (arbustos) ou lenhosas (rvores). Vivem, predominantemente, em terra, mas podem ser encontradas em gua doce e, mais raramente, no mar. As angiospermas apresentam reproduo sexuada por alternncia de geraes e seu rgo de reproduo sexual a flor.

    A Flor

    Uma flor completa possui trs elementos: pednculo haste que sustenta a flor unindo-a ao caule; receptculo poro dilatada do pednculo, onde se insere os verticilos florais; e verticilos florais que so clice e corola (verticilos de proteo) e androceu e gineceu (verticilos de reproduo).

    Estrutura da Flor

    Clice conjunto de spalas, folhas verdes modificadas.

    Corola corresponde ao conjunto de ptalas, folhas coloridas modificadas.

    Androceu rgo masculino da flor, formado por unidades chamadas de estames. Cada estame composto de filete, conectivo e antera ou tecas.

    Gineceu rgo feminino da flor, formado por um ou mais carpelos. O carpelo ou pistilo composto de estigma, estilete e ovrio. Dentro do ovrio esto os vulos.

  • INFLORESCNCIAS

    Denomina-se inflorescncia os diversos modos de agrupamento das flores sobre os ramos. Entretanto, h plantas que apresentam uma flor em cada ramo ou eixo,

    separadas de outras por folhas normais, como na violeteira, craveiro, papoula, tulipa, etc.

    Classificao das Angiospermas

    As angiospermas so divididas em duas classes, as monocotiledneas e as dicotiledneas, que so caracterizadas de acordo com o nmero de cotildones, sistema de razes, estrutura floral, tecidos meristemticos e tipos de crescimento e nervuras das folhas.

    As angiospermas, apesar de apresentarem uma grande diversidade de formas, de tamanho e da organizao de suas flores, podemos analisar seu processo reprodutivo num aspecto padro de ciclo de vida com alternncia de geraes, onde a gerao esporoftica o vegetal de vida longa, ficando a gerao gametoftica restrita s estruturas reprodutivas.

    As Angiospermas podem ser divididas em Monocotiledneas e Dicotiledneas:

    DIFERENAS ENTRE MONOCOTILEDNEAS E DICOTILEDNEAS:

    MONOCOTILEDNEAS DICOTILEDNEAS

    raiz fasciculada (cabeleira) pivotante ou axial (principal)

    caule em geral, sem crescimento em espessura (colmo, rizoma, bulbo)

    em geral, com crescimento em espessura (tronco)

    distribuio de vasos no caule

    feixes lbero-lenhosos espalhados(distribuio atactostlica = irregular)

    feixes lbero-lenhosos dispostos em crculo (distribuio eustlica = regular)

    folha invaginante: bainha desenvolvida; uninrvia ou paralelinrvia.

    peciolada: bainha reduzida; pecolo; nervuras reticuladas ou peninrvias.

    Flor trmera (3 elementos ou mltiplos) dmera, tetrmera ou pentmera

    embrio um cotildone 2 cotildones

    exemplos bambu; cana-de-acar; grama; milho; arroz; cebola; gengibre; coco; palmeiras.

    eucalipto; abacate; morango; ma; pra; feijo; ervilha; mamona; jacarand; batata.

  • Reproduo das Angiospermas

    O esporfito que corresponde ao vegetal a gerao diplide e se reproduz por meio de esporos. O gametfito, gerao haplide, est presente na flor do esporfito, onde se nutre e desenvolve, pequeno, de curta durao, e se reproduz por meio de gametas. Os micrsporos, esporos masculinos, so produzidos por meiose, no interior de microsporngios ou sacos polnicos localizados na antera. Cada micrsporo origina um gro de plen. O gro de plen no incio do seu desenvolvimento apresenta a clula geradora e a clula do tubo, ambas haplides (n). Antes de amadurecer, a clula geradora, por mitose, origina duas clulas espermticas (n), que so os gametas masculinos.

    Quando o gro de plen entra em contato com o estigma da flor, germina, e a clula do tubo alonga-se em direo a micrplia do vulo formando o tubo polnico. Atravs dele, as clulas espermticas deslizam at o vulo, dispensando a gua para realizar a fecundao.

    Frutos:

    Estrutura e Classificao

    Aps a fertilizao, o vulo se desenvolve e d origem a semente, enquanto o ovrio se transforma no fruto. Quando maduros, os frutos apresentam-se constitudos de pericarpo e de semente.

    O pericarpo se subdivide em: Epicarpo que o revestimento externo do fruto;

    Mesocarpo poro intermediria do fruto;

    Endocarpo poro interna s vezes endurecida, conhecida popularmente como caroo do fruto.

    Classificao dos Frutos

    Os frutos podem ser classificados basicamente em dois tipos:

    Carnosos possuem pericarpo suculento e normalmente so comestveis. Exemplos: laranja e abacate.

  • Os frutos carnosos podem ser do tipo:

    1. Baga apresenta sementes livres, isto , sem caroo.

    Ex.: laranja, melancia, mamo, uva, tomate.

    2. Drupa as sementes se encerram em um caroo.

    Ex.: pssego, azeitona, manga e abacate.

    3. Secos frutos dotados de pericarpo seco, que envolve a semente. o caso da ervilha e do feijo, entre outros.

    Os frutos secos podem ser do tipo:

    1. Indescentes no se abrem quando maduros.

    Tipos de frutos indescentes:

    Cariopse a semente inteiramente aderida ao pericarpo. Ex.: milho, trigo e arroz.

    Aqunio a semente ligada ao fruto por um ponto. Ex.: girassol e castanha de caju.

    2. Desicentes se abrem quando maduros. Ex.: feijo, soja, ervilha.

    Obs.: Nos frutos partenocrpicos, o ovrio desenvolve-se sem ser fecundado. Ex.: a banana.

    Pseudofrutos

    O pseudofruto resultado do desenvolvimento de outras partes da flor, ou de mais flores unidas. (inflorescncias). Na ma e na pra, a parte comestvel deriva do receptculo da flor: o fruto verdadeiro apenas a pequena bolsa interna que abriga as sementes. No caju, a parte comestvel corresponde ao pednculo floral: o fruto verdadeiro a castanha. No morango, no abacaxi e no figo, a parte carnosa representada pelo receptculo desenvolvido: no morango, os verdadeiros frutos so os pontinhos escuros verificados em sua superfcie e so frutos secos, do tipo aqunio; no abacaxi, os frutos verdadeiros situam-se na casca, no figo, os frutos verdadeiros so aquelas estruturas popularmente chamadas de sementes, que se encontram em seu interior.

    Abacaxi, pseudofruto mltiplo.

  • Sementes

    A semente nutre e protege o embrio, e auxilia a disperso. Ela provm da unio dos gametas masculino e feminino e dos tecidos do vulo. Uma semente composta de: embrio, endosperma e tegumento.

    O embrio constitudo de radcula, caulculo e cotildone. A radcula originar a raiz. O caulculo formar caules e folhas. Em sua extremidade encontra-se a gema apical ou gmula. O cotildone a primeira folha e pode aparecer em nmero de um ou dois. Sua funo absorver o endosperma e transferi-lo para o embrio.

    O endosperma, tecido triplide (3n), acumula substncia de reserva, formado pela fecundao dos dois ncleos polares.

    O tegumento ou a casca o conjunto das duas paredes (primina e secundina) que envolvem o endosperma e o embrio. A parede mais interna o tgmen; a mais externa, a testa.

    Ateno: Dormncia - a incapacidade que algumas sementes tm de germinar, causada por fatores internos, como a demora na maturao ou pela presena de produtos inibidores que desaparecem com o passar do tempo.

    OUTRAS PARTES DO VEGETAL

    A raiz A raiz permitiu que os vegetais vivessem em

    locais em que a superfcie fosse mais seca, por irem procurar abaixo do solo, vezes em profundidades razoveis, a gua e os minerais necessrios vida.

    Com o tempo elas se adaptaram para armazenar substncias de reserva e mesmo exercer outras funes muito mais complexas, em alguns casos, at mesmo a reproduo.

    Origem das razes

    A origem da raiz principal de um vegetal superior uma pequena regio do embrio contido na semente: a radcula. As razes laterais, por sua vez, se originam da raiz principal ou de outra raiz j existente.

    H casos, contudo em que uma raiz se origina de um outro rgo como o caule e a folha. Nestes casos as razes so chamadas de adventcias.

    Alm das funes de fixao, absoro e conduo de gua e sais minerais, as razes ainda exercem o papel de aerao e armazenamento de reservas nutritivas.

    As razes de uma nova planta terrestre se subdividem a partir da extremidade em:

    Coifa ou Caliptra ou Pileorriza.

    o revestimento protetor da estrutura meristemtica da ponta da raiz, em forma de dedal. As clulas mais externas vo morrendo e caindo por descamao, sendo substituda por outras que lhe so subjacentes. A principal funo da coifa proteger a extremidade da raiz, - clulas meristmaticas - contra o atrito com as partculas do solo, durante o crescimento.

    Regio lisa ou de crescimento

    Acima da coifa , a raiz apresenta-se desnuda ou lisa; nessa regio verifica-se o maior crescimento da raiz devido a distenso de suas clulas, razo pela qual chamada tambm de regio de distenso da raiz.

    Regio pilfera ou dos plos absorvente ou de absoro

    Situa-se aps a regio lisa ou de crescimento. Produz os plos absorventes ou plos radiculares, a partir de clulas epidrmicas que se alargam o se insinuam entre as partculas terrosas das quais absorvem os alimentos (gua e substncias dissolvidas).

  • Regio Suberosa

    Com a queda dos plos absorventes o tecido perifrico se suberiza, resultado; a regio suberosa que se torna imprpria para absoro. A suberizao impede a penetrao de bactrias e fungos pelas aberturas formadas com a queda dos plos. na regio suberosa que surgem as razes secundrias ou radicelas, sobre as quais se desenvolvem, posteriormente, as razes tercirias ou de terceira ordem e assim por diante. As razes de vrias ordens, enquanto novas, apresentam constituio morfolgica semelhante a da raiz principal, antes de sua transformao em raiz pivotante.

    CLASSIFICAO DAS RAZES

    Axiais Raiz principal de onde saem outras razes

    Subterrneas

    Fasciculadas Sem raiz principal, todas semelhantes.

    Escoras Para sustentar as plantas ou seus galhos

    Cinturas Para fixar, sem parasitar, em cima de outra planta

    Estrangulantes Engrossam ao redor e estrangulam outra planta

    Tabulares Laterais e achatadas. Para respirar e fixar melhor

    Respiratrias Crescem para cima. De plantas de mangue

    Areas

    Grampiformes Em forma de grampos. De plantas trepadeiras

    Haustrios Sugadoras de plantas parasitas Aquticas Aquticas Para fixao ou flutuao

  • O Caule

    Partes do caule O caule consta, principalmente de: ns, entre -ns

    ou meritalos, gemas.

    Ns Os ns so pequenas elevaes no caule, onde

    se inserem os rgos apendiculares, tais como as folhas, as estpulas, as brcteas, as escamas, as gavinhas foliares, etc.

    Entre ns

    Os entre-ns so os intervalos entre dois ns sucessivos. Ao longo do caule, o comprimento dos entre-ns constante entretanto, na regio do crescimento, prxima extremidade, os intervalos diminuem, progressivamente, de tamanho na direo apical.

    Gemas

    As gemas, tambm chamadas botes, so um esboo de rgo vegetal, susceptvel de evoluir de forma e que d origem ou a um ramo dotado de folhas ou a uma flor. A prpria flor no passa de um ramo rudimentar provido de folhas modificadas de rgos reprodutores, que podem ser acompanhados ou no de rgos protetores.

    Crescimento e origem dos tecidos

    A organizao do meristema apical do caule mostra-se mais complexa que a da raiz. O meristema apical do caule , alm de produzir clulas para o corpo primrio da planta, est tambm envolvido na formao de primrdios foliares e, muitas vezes de primrdios de gemas, os quais formam ramos laterais. O meristema apical do caule difere de um revestimento protetor comparvel coifa.

  • CLASSIFICAO DOS CAULES

    Classificao dos Caules

    Tronco - caule das rvores, lenhoso, engrossa

    Haste - caule das ervas, verde, mole e fino

    Estpite - caule das palmeiras, cilndrico sem meristemas secundrios

    Eretos

    Colmo - caule das gramneas, dividido em gomos

    Sarmentoso - que se agarra por gavinhas Trepadores

    Volvel - que se enrola em um suporte

    Areos

    Rastejantes Estolo - rastejante, que vai se alastrando pelo cho

    Rizoma - caule subterrneo encontrado nas bananeiras, samambaias e outros Subterrneos

    Tubrculo - ramo de caule que entumesce para armazenar reservas

    Aquticos Com parnquimas aerferos que servem para respirao e flutuao

    Tipos de Caule

    Armazenagem de alimento

    Os caules, como as razes desempenham funes de reserva de substncias nutritivas. Provavelmente, o

    tipo mais familiar de caule especializado no armazenamento o tubrculo exemplificado pela batatinha. Nesta os tubrculos desenvolvem-se nos pices de estolhos (ramos subterrneos do caule areo) de plantas que cresceram a partir de sementes. No entanto quando so utilizados segmentos de tubrculo para a propagao, os tubrculos surgem nas extremidades de longos e delgados rizomas ou ramos subterrneos.

    Um bulbo uma grande gema que consiste de um pequeno caule cnico no qual se inserem numerosas folhas modificadas. As folhas so escamosas e possuem bases espessadas onde o alimento armazenado. As razes adventcias nascem na base do caule. Exemplos familiares de plantas com bulbos so a cebola e o lrio.

  • A Folha

    rgo fotossintetizante das plantas. Em geral, nasce sobre o caule ou seus ramos e possui estrutura achatada e fina, de modo que o tecido clorofiliano, responsvel pela fotossntese, fica prximo superfcie.

    As folhas, embora apresentem grande variedade de formas e tamanhos, so constitudas basicamente de:

    Limbo - laminar e verde comumente muito delgado;

    Pecolo - espcie de pedicelo, inserido na base do limbo;

    Bainha - situada na parte inferior do pecolo.

    A base com freqncia desenvolve uma bainha e/ou estpulas. A lmina foliar caracteriza-se por ser achatada e larga. Tal forma otimiza a captao de luz e gs carbnico. A lmina de grande importncia na identificao do vegetal, pois em cada planta apresenta caractersticas especficas de forma, tamanho, tipo de margem, pice, base, etc. Quanto forma, os principais tipos de lmina so: simples (limbo indiviso) e composta (limbo dividido em fololos).

    De acordo com o nmero e a disposio dos fololos, as folhas so chamadas de:

    Unifoliadas (com um nico fololo unido por um peciololo ao pecolo da folha);

    Pinadas (com fololos dispostos posta ou alternadamente ao longo da raque, o eixo comum);

    Palmadas ou digitadas (com mais de trs fololos partindo de uma base comum).

    A nervao ou venao da lmina foliar tambm pode ser de diversos tipos:

    Peninrvea ou Pinada (uma nica nervura central primria d origem a nervuras de ordem superior); Palmatinrvea ou actindroma (trs ou mais nervuras primrias divergem radialmente de um ponto inicial comum);

    Curvinrvea ou Acrdroma (duas ou mais nervuras primrias ou secundrias bem desenvolvidas formas arcos que convergem no pice da folha);

    Campildroma (muitas nervuras primrias partindo de um ponto comum convergem no pice foliar);

    Paralelinrvea ou Paraleldroma (uma ou mais nervuras primrias originam-se lado a lado na base da folha e correm paralelamente at o pice da folha, onde convergem). O pecolo das folhas a parte que une a lmina base. Faz, assim, a conexo entre limbo e caule. Geralmente, o pecolo cncavo ou achatado em sua poro superior e arredondado em sua poro basal. Tal forma facilita a sustentao da folha, ao mesmo tempo em que confere flexibilidade e permite movimento, auxiliando na exposio da lmina foliar luz.

    Dentre as inmeras modificaes apresentadas pelas folhas, podemos citar:

    Gavinhas - As gavinhas servem para prender a planta a um suporte, enrolando-se nele.

    Espinhos - Os espinhos so estruturas de proteo, muitas vezes lignificadas. Alm de exercer a funo de proteo, as folhas modificadas em espinhos podem ter a funo de reduzir a transpirao, tal como ocorre em muitas cactceas (ex. figo-da-ndia, Opuntia sp.).

    Brcteas - As brcteas so folhas coloridas e vistosas, cuja funo a de atrair polinizadores. Parecem-se, muitas vezes, s ptalas de uma flor (ex. primavera, Bougainvillea spectabilis).

  • Transpirao

    A transpirao a eliminao de gua na forma de vapor que ocorre nos vegetais e animais por uma necessidade fisiolgica, sendo controlada por mecanismos fsicos, morfolgicos, anatmicos e fisiolgicos. Nos vegetais a transpirao ocorre principalmente atravs das folhas, que a principal superfcie de contato do vegetal com o ambiente.

    O fenmeno da transpirao fundamental para a vida do vegetal, mas deve ocorrer de modo a permitir a sobrevivncia do mesmo, pois o excesso de perda de gua na forma de vapor pela transpirao pode levar morte do vegetal.

    Os vegetais apresentam vrias adaptaes para evitar a transpirao excessiva, de acordo com o ambiente onde vivem.

    A organizao do corpo do vegetal est relacionada diretamente com o fenmeno da transpirao. O nmero de folhas e a superfcie foliar so fatores que determinam maior ou menor taxa de transpirao pelo vegetal. Numa primeira anlise, a perda de gua na forma de vapor parece ser algo extremamente prejudicial aos vegetais. A perda excessiva de gua pode levar ao ressecamento, desidratao e morte do vegetal. Podemos dizer que a transpirao um mal necessrio, para que atividades fisiolgicas vitais possam ocorrer no vegetal. A transpirao evita o aquecimento exagerado, principalmente das folhas do vegetal, atravs da eliminao do excesso de calor na forma de vapor atravs dos estmatos. Um outro aspecto importante a prpria ascenso de seiva bruta ou inorgnica (gua e

    sais), desde as razes at as folhas, que mantida graas transpirao contnua atravs das folhas. Com a transpirao mantida uma coluna de gua e sais minerais dentro do corpo do vegetal, das razes at as folhas, funcionando como uma bomba propulsora de gua e sais minerais de baixo para cima.

    HISTOLOGIA VEGETAL

    Os vegetais da mesma forma que os animais, so formados por clulas, que na fase embrionria se diferenciam, tanto na estrutura, quanto no funcionamento, constituindo os tecidos. Os tecidos vegetais so divididos em dois grupos: os meristemas (ou tecidos embrionrios) e tecidos permanentes ou diferenciados.

    Tecidos Meristemticos

    Os meristemas so tecidos responsveis pelo crescimento e desenvolvimento da planta. Formam-se a partir de sucessivas divises mitticas, desde o zigoto. Suas clulas so pequenas e no apresentam diferenciaes.

    Podem ser divididos em dois tipos: Meristema primrio responsvel pelo crescimento longitudinal da planta. Suas clulas originam-se a partir do embrio. So encontrados nas partes em que ocorre crescimento: regio apical da raiz e do caule, gemas apicais e gemas laterais. medida que as clulas do meristema primrio se proliferam, do origem a epiderme (funo de revestimento), ao crtex (acumula reservas) e ao cilindro central (vasos condutores). Na raiz, alm dessas trs variedades citadas, forma-se tambm o caliptognio, que dar origem a coifa, estrutura rgida que protege a ponta da raiz.

    Meristema secundrio responsvel pelo crescimento em espessura, dividido em dois tipos: o felognio e o cmbio.

    Felognio produz o sber ou cortia (tecido morto com funo de proteo) e o feloderma, tecido vivo com funo de preenchimento.

    Cmbio forma-se por desdiferenciao de clulas do cilindro central. Essas clulas se proliferam, dando origem aos vasos condutores de seiva: os lenhosos e os liberianos.

  • Tecidos Parnquimatosos

    Tambm conhecidos como de reserva e assimilao.

    Parnquima clorofiliano encontrado em grande quantidade nas folhas e nos caules finos e verdes. Suas clulas so ricas em clorofila, portanto tem funo fotossintetizante, produzindo alimentos.

    Parnquima de reserva especializados em armazenar reservas de substncias. Pode ser dividido em:

    1. Parnquima aqfero: armazena gua 2. Parnquima aerfero: armazena ar 3. Parnquima amilfero: armazena amido

    Tecidos Tegumentares

    Tambm conhecidos como tecidos de proteo e revestimento. Tem por funo proteger a planta e adapt-la ao ambiente terrestre. O tecido tegumentar apresenta dois tipos bsicos: a epiderme e o sber ou tecido suberoso.

    Epiderme camada de clulas justapostas, revestindo todas as partes da planta.

    Por exercer vrias funes, apresenta adaptaes como:

    1. Cutcula: camada de lipdeos, com funo impermeabilizadora, evitando a desidratao da planta.

    2. Acleos: projees pontiagudas e resistentes, com funo de proteo. So comuns em roseiras e facilmente confundidos com espinhos.

    3. Plos: quando presentes nas folhas, protegem contra a perda de gua. Nas razes, so encontrados os plos absorventes, com funo de absorver do solo gua e sais minerais.

    4. Estmatos: presentes nas folhas, em caules jovens, e em algumas flores. Formado por duas clulas, com um orifcio regulvel entre elas, o qual controla as trocas respiratrias e a sada de gua na forma de vapor, possibilitando a respirao e a fotossntese.

    5. Hidatdios: com caractersticas e funes semelhantes s dos estmatos. Localizam-se nas bordas das folhas, por onde so eliminados os excessos de gua e sais minerais. Esse fenmeno recebe o nome de gutao ou sudao.

    6. Lenticelas: so rgos de arejamento encontrados nos caules velhos e suberificados com funo de trocas gasosas entre o vegetal e o meio (ao nvel do caule).

    Tecidos Secretores

    Secrees so substncias produzidas pelos seres vivos, que devem ser utilizadas pelos mesmos ou jogadas para o exterior.

    Plos glandulares encontrados em folhas de urtiga (secretam substncias urticantes). Plantas carnvoras secretam enzimas digestivas, que promovem a digesto dos insetos.

    Nectrios bolsas secretoras, presentes nas folhas, onde produzido o nctar e substncias aromticas.

    Canais laticferos so canais produtores de ltex (substncia leitosa da qual se extrai a borracha), encontrada em plantas como as seringueiras.

    Tecidos de Sustentao

    Funcionam como suporte, sustentando e dando apoio ao corpo da planta. Podem ser de dois tipos:

    Colnquima formado por clulas vivas com aspecto de fibras que se multiplicam at a fase adulta. Mesmo com funo de sustentar a planta, no apresenta grande rigidez, o que possibilita certa flexibilidade do caule.

    Esclernquima formado por clulas mortas lignizadas, que do grande rigidez ao caule.

    Tecidos Condutores

    Presentes nas plantas vasculares ou traquefitas. o tecido que se encarrega de transportar pelo corpo do vegetal todas as substncias necessrias vida dos mesmos. Apresentam dois tipos:

  • Lenho ou xilema responsvel por transportar gua e sais minerais, absorvidos do solo, e transportar essas substncias inorgnicas at as folhas, onde so utilizados no processo da fotossntese.

    Lber ou floema responsvel pelo transporte da seiva orgnica ou elaborada para todas as partes do corpo do vegetal.

    Principais caractersticas dos vasos lenhosos ou xilema:

    Formados por clulas mortas, impregnadas de lignina. O material que forma a clula, ao se decompor, deixa canais atravs dos quais uma clula se comunica com a outra, recebendo o nome de traquias ou elementos dos vasos.

    Principais caractersticas dos vasos liberianos ou floema:

    Formados por clulas vivas, que contm aberturas em formas de canais. Esses canais sofrem interrupes de espao em espao, por uma fina membrana em posio transversal aos canais. Essa membrana apresenta perfuraes denominadas crivos ou placas crivadas. A seiva elaborada escoa pelos canais atravessando as placas crivadas, e distribuda por toda a planta.

    FISIOLOGIA VEGETAL

    Fisiologia da Conduo de Seiva

    O sistema de conduo de materiais pelos corpos dos seres vivos deve garantir a distribuio de nutrientes e retiradas de substncias txicas das clulas dos tecidos de todo organismo.

    Nos vegetais a conduo de seiva, isto , solues salinas e solues aucaradas, so realizadas atravs dos sistemas de vasos, que se distribuem ao longo do corpo das traquefitas.

    A distribuio de seiva bruta ou inorgnica (gua e sais minerais) realizada pelos vasos de xilema ou lenho. A distribuio de seiva elaborada ou orgnica (gua e acares) realizada pelos vasos de floema ou lber.

    O Mecanismo da Conduo de Seiva Bruta ou Inorgnica

    O transporte da seiva bruta ou inorgnica realizado em duas etapas, apresentando um transporte horizontal e um transporte vertical de ascenso de seiva.

    O transporte horizontal de seiva ocorre desde os plos absorventes da epiderme, at os vasos de xilema. A ascenso da seiva ocorre at as folhas, onde ocorrem os fenmenos da fotossntese e da transpirao.

    A melhor explicao para a ascenso de seiva bruta nos vegetais a teoria da coeso tenso transpirao ou teoria de Dixon, que est baseada no fato de as folhas exercerem uma fora de suco que garante a ascenso de uma coluna de gua pelo corpo do vegetal, conforme ocorre a transpirao.

    Nos vasos condutores de xilema, existe uma coluna contnua de gua, formada por molculas de gua, fortemente coesas, ligadas por pontes de hidrognio.

    Alm da fora de coeso entre as molculas de gua, estas esto fortemente aderidas s paredes dos vasos de xilema.

    Conforme ocorre a sada de gua na forma de vapor atravs das folhas, existe um movimento da coluna de gua atravs dos vasos, desde as razes at as folhas, pois esto coesas e submetidas a uma fora de tenso que movimenta a coluna de gua atravs do xilema.

    medida que a gua perdida pela transpirao ou usada na fotossntese, ela removida do caule e retirada da raiz, sendo absorvida pelo solo. Para este movimento de gua no corpo do vegetal imprescindvel a fora de suco exercida pelas folhas.

    Para ocorrer a ascenso da seiva bruta nos vasos de xilema, no deve ocorrer a formao de bolhas de ar nos vasos condutores, pois estas romperiam a coeso entre as molculas de gua, obstruindo a ascenso da coluna de gua atravs do xilema.

  • O Mecanismo da Conduo de Seiva Elaborada ou Orgnica

    A seiva elaborada ou orgnica formada nas clulas dos parnquimas clorofilianos das folhas atravs da fotossntese distribuda por todo o corpo do vegetal atravs dos vasos de floema ou lber, que esto localizados prximos casca dos vegetais.

    Apesar de a fora da gravidade ser favorvel a este transporte, existe um fluxo sob presso das folhas em direo s razes conforme o modelo fsico de Mnch.

    No vegetal deve ser mantida a diferena de concentrao de acar entre o rgo produtor, que so as folhas onde ocorre a fotossntese; e o rgo consumidor, que a raiz, onde ocorre apenas a respirao. Mantido este gradiente de concentrao entre folhas e o resto do corpo do vegetal, ocorrer o fluxo sob presso de seiva elaborada atravs do floema.

    Se retirarmos um anel completo da casca (anel de Malpighi) que envolve o vegetal, interrompemos a distribuio de seiva elaborada em direo raiz, pois os vasos liberianos so lesados, levando morte das razes depois de certo tempo. Com a morte das razes, no ocorre absoro de gua e sais minerais do solo e, conseqentemente, ocorrer morte do vegetal, pois as folhas no recebero mais gua.

    FISIOLOGIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

    Os Hormnios Vegetais

    Os hormnios vegetais, ou fitormnios,so mensageiros qumicos capazes de controlar o desenvolvimento, o crescimento, a diferenciao celular, a florao, o amadurecimento dos frutos e outros fenmenos que ocorrem com as plantas. Os principais fitormnios so: auxinas, giberelinas, citocininas, cido abscsico e etileno.

    Auxinas (cido indolactico)

    As auxinas so produzidas no pice do vegetal, sendo distribudas por um transporte polarizado do pice para o resto do corpo do vegetal.

    Um dos efeitos das auxinas est relacionado com o crescimento do vegetal, pois atuam sobre a parede celular do vegetal, provocando sua alongao ou distenso e, conseqentemente, o crescimento do vegetal.

    Aes das Auxinas

    Formao do fruto: aps a fecundao, as sementes em desenvolvimento produzem auxinas, que determinam o crescimento do ovrio. Quando aplicados a flores antes da fecundao, os ovrios crescem e originam frutos sem sementes, denominados partenocrpicos.

    Dependendo da concentrao das auxinas, tanto podem inibir como estimular o crescimento de razes, caules e gemas.

    Giberelinas

    Estimulam a distenso celular, promovem o desenvolvimento do fruto, estimulam a florao em muitas plantas, quebram a dormncia de gemas e da semente.

    Citocininas

    Estimulam a diviso celular. As citocininas tambm so conhecidos como hormnios anti-envelhecimento das folhas, permitindo que elas fiquem verdes por muito tempo.

    cido Abscsico

    Inibem efeitos de outros hormnios, principalmente das auxinas e giberelinas. Acumulando-se em grande quantidade na base do ovrio, provoca o envelhecimento e a quebra de folhas, flores e frutos e a dormncia de algumas sementes.

    Etileno

    Fitormnio gasoso que acelera o amadurecimento dos frutos e a queda das folhas. Frutos maduros ou podres liberam grande quantidade de etileno

  • Crescimento e Movimento das Plantas

    Tropismos so movimentos orientados, no acompanhados por deslocamento. So classificados de acordo com a natureza do estmulo:

    Fototropismo: movimentos orientados pela luz.

    a) Fototropismo positivo os caules crescem e se inclinam no sentido da luz.

    b) Fototropismo negativo a raiz cresce se afastando da luz.

    O fototropismo positivo ou negativo decorrncia da distribuio desigual de auxinas. Quando ilumina o caule unilateralmente, na face iluminada ocorre destruio das auxinas pela luz, o que inibe o seu crescimento. Com isso, o lado no iluminado, com maior concentrao de auxinas, cresce mais, determinando a curvatura em direo da luz.

    Geotropismo: tropismo estimulado pela ao da gravidade.

    a) Geotropismo positivo tropismo estimulado pela ao da gravidade.

    b) Geotropismo negativo o caule cresce em sentido oposto ao da raiz.

    A tendncia ao crescimento vertical, tanto do caule como o da raiz, deve-se a distribuio desigual das auxinas pelo corpo da planta: a face inferior tem maior concentrao de hormnios que a superior, e ela apresenta crescimento desigual. Como o caule e a raiz possuem sensibilidades diferentes em relao ao hormnio, o caule curva-se para cima e a raiz para baixo.

    Tigmotropismo

    Tropismo provocado pelo contato do caule em um suporte qualquer. Exemplo: as gavinhas de plantas como o chuchu, a videira, em contato com um suporte, enrolam-se a ele.

    Admite-se que a face em contato com o suporte cresa menos que a oposta, provocando crescimento desigual.

    Fotoperiodismo

    O fotoperiodismo a capacidade do organismo em responder a determinado fotoperodo, isto , a perodos de exposio iluminao.

    Nos vegetais o fotoperiodismo influi no fenmeno da florao e, conseqentemente, no processo reprodutivo e formao dos frutos.

    O florescimento do vegetal controlado em muitas plantas pelo comprimento dos dias (perodo de exposio luz) em relao aos perodos de noites (perodos de escuro).

    Ao longo do ano, em regies onde as estaes (outono, inverno, primavera e vero) so bem definidas, existe variao do comprimento dos dias em relao s noites, e muitas plantas so sensveis a estas variaes, respondendo com diferentes fotoperodos em relao florao.

    Testes e Questes de Vestibulares

    1. (OSEC-SP) Uma planta tem as seguintes caractersticas: atinge apenas alguns centmetros de altura; apresenta folhas diferenciadas, mas no possui vasos condutores; em lugar de raiz, tem rizides. Essa planta :

    a) lquen d) samambaia b) musgo e) gramnea c) alga

    2. (Cesgranrio-RJ) A conquista definitiva da terra pelas plantas s foi possvel quando estas adquiriram verdadeiros tecidos condutores. Do ponto de vista geocronolgico, as primeiras plantas com esses tecidos foram as:

    a) brifitas d) gimnospermas b) pteridfitas e) angiospermas c) algas

  • 3. (Fuvest-SP) Grama, musgo, pinheiro, avenca e bolor constituem, respectivamente, exemplos dos seguintes grupos:

    a) angiospermas, fungos, conferas, pteridfitas e musgos.

    b) monocotiledneas, pteridfitas, angiospermas, brifitas e fungos.

    c) monocotiledneas, brifitas, gimnospermas, pteridfitas e fungos.

    d) dicotilednea, brifitas, gimnospermas, pteridfitas e algas.

    e) dicotiledneas, hepticas, espermatfitas, brifitas e cianofceas.

    4. (UNITAU-SP) A aquisio de tecidos condutores foi um importante passo para a conquista definitiva do meio terrestre pelas plantas. As primeiras a apresent-los foram:

    a) as brifitas. b) as traquefitas. c) as embrifitas. d) as pteridfitas. e) as gimnospermas.

    5. (FCC) Encontram-se nas gimnospermas mas no nas pteridfitas:

    a) flores. b) frutos. c) razes. d) folhas verdes. e) vasos condutores.

    6. (MACK-SP) Para diferenciar gimnospermas de angiospermas, posso me basear na:

    a) ausncia de frutos nas angiospermas b) ausncia de sementes nas gimnospermas. c) ausncia de flores nas gimnospermas. d) presena de frutos nos gimnospermas. e) ausncia de frutos nas gimnospermas.

    7. (Unimep-SP) Com relao s gimnospermas, temos as seguintes afirmaes:

    I. So vegetais fanergamos vasculares. II. So plantas lenhosas, tipicamente terrestres e de

    clima temperado.

    III. Apresentam fruto que encerra matria nutritiva de reserva e que se destina proteo da semente.

    Assinale:

    a) se todas as afirmaes forem incorretas. b) se apenas uma afirmao for correta. c) se todas as afirmaes forem corretas. d) se apenas as afirmaes I e II forem corretas. e) se apenas as afirmaes II e III forem corretas.

    8. (Fuvest-SP) Plantas traquefitas, isto , possuidoras de sistemas condutores de seiva bruta elaborada so:

    a) algas, fungos e brifitas. b) algas, pteridfitas e angiospermas. c) brifitas, pteridfitas e angiospermas. d) brifitas, gimnospermas e angiospermas. e) pteridfitas, gimnospermas e angiospermas.

    9. (Cesgranrio-RJ) As samambaias, devido a certas particularidades de seu ciclo reprodutivo, proliferam mais facilmente:

    a) nas caatingas b) nos solos secos c) nas guas ocenicas. d) nos manguezais e) nos solos midos.

    10. (UFSCar-SP) O bolor, musgo, a samambaia e o pinheiro-do-paran so, respectivamente:

    a) brifita, fungo, pteridfita, gimnosperma. b) fungo, brifita, pteridfita, angiosperma. c) fungo, brifita, pteridfita, gimnosperma. d) fungo, brifita, gimnosperma, pteridfita. e) fungo, clorofcea, pteridfita, gimnosperma.

    11. (UFSCar-SP) Entre as alternativas abaixo assinale a que apresenta os grupos vegetais em srie ordenadas, domais primitivo (antigo) para o mais evoludo (recente):

    a) Brifitas, algas, pteridfitas, gimnospermas e angiospermas.

    b) Algas, pteridfitas, gimnospermas, brifitas e angiospermas.

  • c) Angiospermas, gimnospermas, brifitas, pteridfitas e algas.

    d) Pteridfitas, brifita, angiospermas, algas e gimnospermas.

    e) Algas, brifitas, pteridfitas, gimnospermas e angiospermas.

    12. (UFSCar-SP) No quadro abaixo (+) significa presena e (-) ausncia. Nesse quadro h erro na caracterizao das:

    a) gimnospermas. b) brifitas c) angiospermas d) pteridfitas e) nenhuma das anteriores

    13. (Vunesp-SP) Araucria, eucalipto, samambaia e orqudea so exemplos, respectivamente, de:

    a) pteridfita, angiosperma, gimnosperma e monocotilednea.

    b) monocotilednea, pteridfita, gimnosperma e dicotilednea

    c) pteridfita, gimnosperma, monocotilednea e dicotilednea.

    d) gimnosperma, monocotilednea, dicotilednea e pteridfita.

    e) gimnosperma, dicotilednea, pteridfita e monocotilednea.

    Taxonomia

    I. Conceito

    Processo pelo qual os seres vivos so divididos em grupos considerando-se o conjunto de suas caractersticas.

    II. Sistema de Classificao

    a) Classificao Artificial

    Aristteles foi o primeiro homem que tentou ordenar os seres vivos de uma forma elaborada. De acordo com seu sistema de classificao os seres vivos encontravam-se distribudos em 2 grandes grupos:

    Vegetais (rvores, arbustos e ervas)

    Animais (areos, aquticos e terrestres)

    b) Classificao Natural

    O botnico sueco, Karl Von Line (Lineu), em 1753, criou uma nova nomenclatura biolgica. Lineu procurou observar o parentesco existente entre os seres vivos, sendo por isso a sua classificao dita natural.

    Na 10 edio do livro Systema Natural, ele props as regras que deveriam ser utilizadas pela nomenclatura dos seres vivos e a partir desta edio suas regras passaram a ser aceitas universalmente.

    Nota: O sistema de classificao de Lineu continha falhas e foi, por isso, muitas vezes modificado.

    Principais Regras da Nomenclatura Binominal

    1 O nome cientfico deve ser escrito em latim. Ex.: Canis familiaris, Felis catis

    2 O nome cientfico deve ser formado por 2 termos. (Gnero espcie) Ex.: Homo sapiens

    3 O gnero deve ser iniciado com letra maiscula e a espcie com letra minscula.

    Ex.: Drosophila melanogaster

    Estrutura

    Diviso raiz caule folha flor fruto semente vasos

    Brifitas - + + - - - - Pteridfitas + + + - - - + Gimnospermas + + + + + - +

    Angiospermas + + + + + + +

  • 4 O subgnero deve ser representado logo aps o gnero entre ( ) com inicial maiscula

    Ex.: Drosophila (sophophora) melanogaster

    5 A subespcie deve ser escrita logo aps a espcie, sem nenhuma pontuao

    Ex.:Rhea americana americana

    6 O nome cientfico no deve ser acentuado Ex.: Musca domstica Musca domestica

    7 O nome cientfico deve ser desatacado do texto (negrito/ itlico/ grifado)

    Ex.:Homo sapiens

    Principais Categorias Taxionmicas

    III. Conceito de Espcie

    Indivduos que apresentam caractersticas semelhantes so capazes de intercruzar e produzir descendentes f.

    IV. A Sistemtica de Cinco Reinos

    Em 1969, foi proposta a classificao biolgica aceita atualmente.

    A Sistemtica dos Cinco Reinos

    a) Reino Monera: compreende os organismos unicelulares procariontes (bactrias e cianofceas)

    b) Reino Protista: compreende os organismo unicelulares e eucariontes (protozorios e algas)

    c) Reino Fungi: compreende organismos uni ou multicelulares e heterotrficos.

    d) Reino Metaphyta: Compreende organismos pluricelulares e eucariontes (plantas)

    e) Reino Metazoa: Compreende organismos pluricelulares, eucariontes e heterotrficos (animais)

    Exerccios

    1) (AEUDF-DF) A frase; Conjunto de organismos possuindo caracteres idnticos ou pouco diferentes e reproduzindo-se exclusivamente entre si servir para definir:

    a) gnero d) espcie b) subfamlia e) ordem c) subgnero

    2) (FCMSCSP) Qual dos seguintes grupos contem a menor variedade de organismos?

    a) mamferos d) Panthera b) carnvoros e) Panthera leo c) feldeos

    3) (CESGRANRIORJ) As categorias Taxionmicas em que se classificam os seres vivos so ordenadas, de modo ascendente, da seguinte forma:

    a) espcie, gnero, ordem, famlia, classe e filo. b) filo, classe, famlia, ordem, gnero e espcie. c) filo, ordem, classe,famlia, gnero e espcie. d) filo, classe, ordem, famlia, gnero e espcie. e) Espcie,gnero, famlia, ordem, classe e filo.

  • 4) (CESGRANRIO-RJ) O nome cientfico do grande gorila africano Gorila gorilla beringei. As palavras Gorilla e beringei so referentes, respectivamente, a:

    a) gnero e espcie b) gnero e subgenro c) gnero e suespcie d) espcie e subespcie e) ordem e espcie

    5) (PUC-SP) O diagrama a seguir mostra as principais categorias Taxonmicas a que pertencem o co e o gato:

    A anlise do diagrama permite dizer que os 2 animais so includos na mesma categoria at: a) classe b) famlia c) filo d) gnero e) ordem

    Ecologia

    Conceito: o estudo dos seres vivos nas suas relaes entre si e com o meio ambiente. Ela compreende:

    Ecobiose: Relao entre os seres e o meio

    Alelobiose: Relao dos seres entre si.

    Ecossistema: um complexo sistema de relaes mtuas, com transferncia de matria e de energia, entre o meio bitico e abitico de determinada regio.

    Todo o sistema deve compor-se de fatores biticos e fatores abiticos. Os primeiros compreendem os

    produtores, os consumidores e os decompositores, e os segundos compreendem os fatores fsicos e qumicos ambientais.

    Cadeia alimentar: o caminho que segue a matria desde os produtores at os decompositores, passando pelos consumidores. Ex.:

    Capim Gafanhoto Ave (produtor) (cons. Primrio) (cons. Secundrio)

    Teia alimentar: o fluxo de matria que, num ecossistema, passa dos produtores aos consumidores por numerosos caminhos opcionais que se cruzam.

    Diagrama de uma cadeia alimentar num ecossistema aqutico

    Bactrias e fungos (decompositores)

    Sol

  • Hbitat: o lugar fsico ou tipo de local onde normalmente vivem os indivduos de uma espcie.

    Nicho ecolgico: o lugar funcional ou posio funcional que ocupam os indivduos de uma espcie.

    Testes e questes de vestibulares

    1. (ACAFE-SC) Na teia alimentar esquematizada abaixo, podemos identificar os organismos b, c, e como:

    a) carnvoro, onvoro, herbvoro b) herbvoro, produtor, carnvoro c) carnvoro, onvoro, decompositor d) onvoro, carnvoro, produtor e) herbvoro, carnvoro, decompositor

    2. (FUVEST) O girino do sapo vive na gua e, aps metamorfose, passa a viver em terra firme; quando

    adulto,oculta-se, durante o dia, em lugares sombrios e midos para proteger-se de predadores e evitar a dessecao. Ao entardecer, abandona seu refgio procura de alimento. Como o acasalamento se realiza na gua, vive prximo a rios e lagoas. Essa descrio do modo e vida do sapo representa o seu:

    a) hbitat b) nicho ecolgico c) bioma d) ecossistema e) bitopo

    3. (VESTRIO-RJ) Em ecologia costuma-se empregar freqentemente a expresso nicho ecolgico. No que se refere a essa expresso, podemos dizer que:

    a) Os pres e os coelhos, que vivem em um campo e se alimentam de capim, ocupam o mesmo nicho ecolgico.

    b) As lombrigas e o ancilstoma, por viverem no intestino do homem, ocupam o mesmo nicho ecolgico.

    c) Hbitat o mesmo que nicho ecolgico. d) A coexistncia de duas espcies prximas em um

    mesmo lugar significa que cada espcie ocupa um nicho ecolgico especfico.

    e) Entre espcies que ocupam nichos ecolgicos diferentes, a competio muito acentuada.

    4. No ecossistema abaixo esquematizado, esto representados, de 1 a 8, os componentes de uma

  • comunidade bitica. Entre eles encontram-se: produtores, consumidores primrios, consumidores secundrios e consumidores tercirios.

    Pro

    duto

    res

    Con

    sum

    .

    prim

    rio

    s

    Con

    sum

    .

    secu

    nd

    rios

    Con

    sum

    .

    Terc

    irio

    s

    a) 1 e 5 2 e 8 3 e 4 6 e 7

    b) 3 e 5 4 e 6 1 e 8 2 e 7

    c) 4 e 5 1 e 6 3 e 7 2 e 8

    d) 1 e 3 2 e 7 6 e 8 4 e 5

    e) 1 e 5 4 e 6 3 e 7 2 e 8

    Pirmides Ecolgicas

    Pode ser:

    a) Pirmide dos nmeros: Os produtores so, geralmente, muito mais numerosos do que os consumidores primrios; estes so mais numerosos que os consumidores secundrios, e assim por diante.

    b) Pirmide das biomassas: Numa cadeia alimentar, a biomassa (quantidade total de matria viva) dos produtores deve ser muito maior do que a biomassa dos consumidores primrios; a destes ltimos deve ser maior do que a dos consumidores tercirios, assim como os consumidores quaternrios tero uma biomassa menor ainda do que a dos tercirios.

    c) Pirmide de energia: A quantidade de energia disponvel de um nvel trfico para outro, na cadeia alimentar, sempre reduzida a um dcimo, ou sejam os indivduos de um nvel trfico s conseguem aproveitar um dcimo da energia disponvel no grupo trfico anterior.

    A BIOSFERA E SUAS DIVISES

    Biosfera: o conjunto de todas as regies do globo terrestre onde existe vida, ou seja, a soma de todos os ecossistemas da terra.

    A Biosfera divide-se em biociclos:

    Epinociclo ou biociclo terrestre Talassociclo ou biociclo das guas salgadas Limnociclo ou biociclo das guas doces

    RELAO ENTRE OS SERES

    Podem ser harmnicas ou desarmnicas. As primeiras dividem-se em intra-especficas (relao entre indivduos da mesma espcie) e interespecficas (relao entre indivduos de espcies diferentes).

    Relaes intra-especficas harmnicas

    Colnias: So associaes de indivduos de mesma espcie que formam um conjunto funcional integrado em que, muitas vezes no se consegue distinguir um organismo individual.

    Ex.: caravela

    Sociedades: so grupos de organismos de mesma espcie em que h algum grau de cooperao entre os indivduos.

    Ex.: lobos, abelhas, cupins, etc.

    Relaes intra-especficas desarmnicas

    Competio: Indivduos de uma mesma espcie precisam dos mesmos recursos do meio. A competio geralmente traz algum prejuzo aos indivduos que competem.

  • Relaes interespecficas harmnicas

    Protocooperao (+/+): Traz benefcios para ambas as espcies que se associam.

    Ex.: caranguejo-eremita e as anmonas do mar

    Mutualismo (+/+): uma relao em que h vantagens recprocas para os indivduos das espcies que interagem. uma relao obrigatria. Ex.: lquens

    Comensalismo (+/0): uma relao em que o indivduo de uma espcie beneficiado e o outro no prejudicado. Ex.: peixe-piloto e tubaro Inquilinismo (+/0): Ocorre em vegetais, uma espcie beneficiada e a outra no prejudicada. Ex.: bromlias/samambaias/orqudeas

    Relaes interespecficas desarmnicas

    Herbivorismo (+/0): a relao entre os animais herbvoros e as plantas das quais se alimentam. Ex.: animais e plantas

    Parasitismo (+/): a relao entre seres em que uma das espcies chamada parasita e causa prejuzo outra espcie (hospedeira), da qual geralmente se alimenta. Ex.: Piolho/pulga/lombriga/carrapato

    Predatismo (+/): Tipo de relao, em que indivduos de uma espcie (predadora) comem indivduos de outra espcie (presa). Ex.: leo x veado

    Amensalismo (0/): Tipo de relao em que indivduos de uma espcie eliminam para o meio substncias que prejudicam o crescimento ou a reproduo de outras espcies do habitat. Ex.: Vrus x bactrias

    Exerccios

    1. (UNESP-SP) Considere as afirmativas:

    1) No controle biolgico, podem ser empregados insetos predadores ou parasitas das espcies cujas populaes devem ser reduzidas ou mantidas dentro de nveis tolerveis.

    2) A quase total eliminao de uma espcie pode provocar a expanso de outra.

    3) Um dos principais fatores para o sucesso do controle biolgico o conhecimento aprofundado da biologia dos organismos envolvidos.

    4) O uso repetido de pesticidas pode levar proliferao de formas resistentes.

    Assinale:

    a) se todas as afirmativas estiverem corretas b) se as afirmativas 1, 2 e 3 estiverem corretas c) se as afirmativas 1, 2 e 4 estiverem corretas d) se as afirmativas 1, 3 e 4 estiverem corretas e) se as afirmativas 2, 3 e 4 estiverem corretas

    2. (UFSC-SC) Um determinado lago, anteriormente no poludo, passa a ser utilizado por uma indstria para a eliminao de resduos qumicos no biodegradveis. Assinale as proposies corretas no que diz respeito a esta situao:

    (01) Considerando a natureza dos resduos qumicos lanados, de esperar que sua concentrao aumente com o tempo, nesse ecossistema.

    (02) Todas as espcies, produtoras ou consumidoras, tero o mesmo grau de tolerncia aos poluentes.

    (04) As substncias poluentes, ao se introduzirem numa cadeia alimentar formada por algas peixes aves, podero ficar mais concentradas nas algas e nos peixes por estes estarem contato direto com a gua, e menos concentradas nas aves.

    (08) A poluio afetar primeiro os vegetais e depois os animais.

    (16) No lago poludo poder ocorrer a diminuio de algumas formas de vida e o aumento de outras.

    D como resposta a soma dos nmeros das opes corretas: _______________

  • 3. (UFRJ-RJ) Leia o texto abaixo:

    ... amigo, venho contar uma grande novidade; acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavio e pinto, ona e veado, raposa e galinha, todos os bichos andam agora s beijocas, como namorados. Desa, portanto, desse poleiro e venha receber o meu abrao de paz e amor. Muito bem! Exclamou o galo. No imagina como tal notcia me alegra e comove! Que beleza vai ficar o mundo limpo de guerras, crueldades e traies! Vou descer para abraar a amiga raposa, mas... como l vm vindo trs cachorros, acho bom espera-los, para que tambm eles tomem parte na bela confraternizao... (Monteiro Lobato).

    Todos os animais do texto so, respectivamente, predador e presa, exceto:

    a) lobo e cordeiro b) gavio e pinto c) cachorro e raposa d) raposa e galinha e) N.d.r.

    4. (FUVEST-SP) A relao entre as abelhas e as plantas, cujas flores polinizam, deve ser classificada como:

    a) inquilinismo d) protocooperao b) comensalismo e) predatismo c) parasitismo

    5. (UFES-ES) O cip-chumbo (Cuscuta sp.) apresenta haustrios, razes que retiram do floema da planta hospedeira a seiva elaborada. Isso ocorre porque ele um vegetal que apresenta:

    a) caule filamentoso b) pouco colnquima c) bastante atividade fotossintetizadora d) pouca clorofila e) pouco esclernquima

    6. (UERJ-RJ) O quadro abaixo representa cinco casos de interao entre duas espcies diferentes. A e B:

    Tipos De interao

    Espcies reunidas A B

    Espcies separadas A B

    I 0 0 0 0 II 0 0 III + 0 0 0 IV 0 0 0 V + +

    Legendas: 0 = a espcie no afetada em seu desenvolvimento + = o desenvolvimento da espcie melhorado = o desenvolvimento da espcie reduzido ou

    torna-se impossvel

    Dentre as opes abaixo assinale a que apresenta as denominaes corretas das interaes I, II, III, IV e V respectivamente;

    a) competio, mutualismo, neutralismo, parasitismo, comensalismo

    b) neutralismo, competio, comensalismo, amensalismo, mutualismo.

    c) Mutualismo, cooperao, neutralismo, comensalismo, predao.

    d) neutralismo, competio, cooperao, comensalismo, amensalismo.

    e) predao, mutualismo, neutralismo, simbiose, competio.

    7. (UFA-PA) Cupins, piolhos e gafanhotos so respectivamente, exemplos de animais:

    a) sociais, parasitas, predadores b) sociais, comensais e predadores c) sociais, parasitas e comensais d) inquilinos, parasitas e predadores

  • CICLOS BIOGEOQUMICOS

    Os elementos qumicos e algumas sustncias, como a gua, circulam pela natureza, passando por sistemas abiticos e pelos seres vivos, num tunover contnuo, que caracteriza os ciclos biogeoqumicos.

    Ciclo do Carbono

    Compreende a passagem do carbono pela matria viva, formando as cadeias de carbono dos compostos orgnicos, e pelo meio abitico, sob a forma principalmente de CO2. Pela respirao dos seres vivos e pelas combustes, o carbono lanado na atmosfera como CO2. Nessa condio, ele recolhido pelas plantas, que o processam no mecanismo da fotossntese, restaurando cadeias de carbono.

    Representao esquemtica do ciclo do carbono

    Ciclo do Oxignio: Corre paralelamente ao ciclo do carbono. O oxignio circula pelo meio abitico participando da composio do ar atmosfrico. Mas recolhido pelos seres vivos, no fenmeno respiratrio. Terminada a respirao, os organismos lanam na atmosfera o CO2, que recolhido pelos vegetais

    clorofilados para ser processado na fotossntese, com imediata liberao de oxignio de novo para a atmosfera.

    O Ciclo do Oxignio na Natureza

    Ciclo do Nitrognio: Compreende a transformao do N2 atmosfrico em nitratos, que so assimilados pelas plantas. Isso ocorre pela ao de descargas eltricas na atmosfera e pela ao de microorganismos. Algumas bactrias assimilam bem o nitrognio do ar. Tambm as cianoftas e alguns fungos (micorrizas) participam desse fenmeno. Mas a maior parte do nitrognio fixado pelas plantas superiores decorre da ao dos microorganismos decompositores e das bactrias nitrificantes (nitrosas e ntricas). Existem, em compensao, as bactrias denitrificantes, que decompe a uria e a amnia em N2 livre para a atmosfera, fechando o ciclo.

    O Ciclo do Nitrognio na Natureza

  • Ciclo do Clcio: E de outros minerais envolve organismos que apresentam acmulo de tais elementos e depsitos dos mesmos nos solos, nas rochas e nas guas. O clcio abundante em esqueletos, em conchas e carapaas. A decomposio destes faz esse elemento retornar ao meio no-vivo. Mas pela nutrio clcio retorna constituio dos seres vivos.

    Ciclo da gua: Abrange um pequeno ciclo (circuito puramente abitico) e um ciclo longo (que envolve em circuito bitico e um circuito abitico) A gua se evapora dos mares, lagos e rios e vai formar nuvens, que se condensam ao nvel das montanhas, redundando em chuvas. Surgem os rios e os lenis subterrneos, que drenam a gua de novo para os mares. Nesse meio tempo, entram os seres vivos, que consomem a gua pela ingesto ou junto com os alimentos, mas depois a devolvem ao meio atravs da respirao, da transpirao e da excreo.

    O Ciclo da gua na Natureza